libro rojo

44
El libro rojo CONTINUACIÓN II Gerardo Villadelángel Viñas COORDINADOR

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Page 1: Libro Rojo

El libro rojoC O N T I N UA C I Ó N

II

Gerardo Villadelángel ViñasC O O R D I N A D O R

Page 2: Libro Rojo

I I Í N D I C E

Page 3: Libro Rojo

La literatura ha testimoniado este morbo compulsivo. Desde la

Ilíada de Homero o Guerra y paz de Tolstoi hasta nuestros clásicos

mexicanos: las novelas históricas de Victoriano Salado Álvarez y Juan

A. Mateos, Los de abajo de Mariano Azuela, los libros de Martín Luis

Guzmán. A esa fascinante belleza de la guerra sólo puede oponerse,

para convertirla en otra realidad —dice Alessandro Baricco—, la

Imagen M Ó N I C A

M A Y E R

Y V Í C T O R

L E R M A

El libro rojo

T E Z O N T L E

Page 4: Libro Rojo
Page 5: Libro Rojo
Page 6: Libro Rojo

1 9 2 81 9 5 9

II

Page 7: Libro Rojo

F O N D O D E C U L T U R A E C O N Ó M I C A

El libro rojo

C O N T I N U A C I Ó N

Idea y coordinación general de

G E R A R D O V I L L A D E L Á N G E L V I Ñ A S

Curaduría artística de

E D G A R D O G A N A D O K I M

Page 8: Libro Rojo

Primera edición: 2011

_________________________________________________________________

Villadelángel Viñas, Gerardo, coord.

El libro rojo, continuación, II / coord. de Gerardo Villadelángel

Viñas ; pról. de Josu Landa ; curaduría de Edgardo Ganado Kim. –

México : FCE, 2011

XXVI + 478 p. : ilus. ; 27 × 21 cm – (Colec. Tezontle)

Edición ilustrada con obra plástica original para este volumen.

ISBN 978-607-16-0676-1 (empastada)

978-607-16-0675-4 (rústica)

1. México – Historia 2. Crimen – México – Historia 3. Periodismo –

México – Nota roja 4. Artes visuales 5. Literatura I. Landa, Josu,

pról. II. Ganado Kim, Edgardo, curaduría III. Ser. IV. t.

LC F1227 Dewey 972 V196l Vol. II

_________________________________________________________________

Distribución mundial

Comentarios y sugerencias: [email protected]

www.fondodeculturaeconomica.comTel. (55) 5227-4672 Fax (55) 5227-4640

Empresa certificada ISO 9001:2008

Diseño editorial: León Muñoz Santini

D. R. © 2011 FONDO DE CULTURA ECONÓMICACarretera Picacho-Ajusco, 227; 14738 México, D. F.

Se prohíbe la reproducción total o parcial de esta obra, sea cual fuere el medio, sin la anuencia por escrito del titular de los derechos.

ISBN:

978-607-16-0676-1 (empastada) 978-607-16-0675-4 (rústica)

Impreso en México Printed in Mexico

Página Vfrase de daniel guzmán

Page 9: Libro Rojo

IX

índice

A G R A D E C I M I E N T O S

xvii

P R Ó LO G O

L A S A N G R E E N T I N TA C O N V E R T I D A

T E X T O D E J O S U L A N DA

xix

1 9 2 8 - 1 9 2 9

¿ Q U É H A C E M O S ? M ATA R A O B R E G Ó N

T E X T O D E Á N G E L E S M A G DA L E N O C Á R D E N A S

I M A G E N D E M Ó N I C A M AY E R Y V Í C T O R L E R M A

3

1 9 2 9

E L C R I M E N D E L A C A L L E M ATA M O R O S

T E X T O D E A L A I N - PA U L M A L L A R D

I M A G E N D E A N A B E L Q U I R A R T E Y J O R G E O R N E L A S

1 9

Page 10: Libro Rojo

X Í N D I C E

1 9 2 9

M A R Í A T E R E S A L A N D A

T E X T O D E E D UA R D O R O JA S R E B O L L E D O

I M A G E N D E B E AT R I Z Z A M O R A

3 9

1 9 3 0

L O S A H O R C A D O S D E T O P I L E J O

( P A L A B R A S P E R D I D A S / P A L A B R A S TA C H A D A S )

T E X T O D E F E R N A N D O C U R I E L

I M A G E N D E F E R N A N D A B R U N E T

5 5

1 9 3 2

R E P O R T E A Z N A R

T E X T O D E PA B L O R A P H A E L

I M A G E N D E E D U A R D O A B A R O A

7 1

1 9 3 4

D O M I N G O R O J O E N C O Y O A C Á N

T E X T O D E DAV I D M A RT Í N D E L C A M P O

I M A G E N D E F E R N A N D O C A R A B A J A L

8 7

1 9 3 6

L A P A S I Ó N S E G Ú N C O N C E T TA

T E X T O D E FA B I E N N E B R A D U

I M A G E N D E M A G A L I L A R A

10 3

Page 11: Libro Rojo

Í N D I C E XI

1 9 3 8U N S O L D A D O L L A M A D O J U A N .

U N A C I U D A D L L A M A D A 1 9 3 8

T E X T O D E H E R I B E RT O Y É P E Z

I M A G E N D E R U B É N G U T I É R R E Z

1 2 3

1 9 3 9

¡ YA “ T R A I M O S ” L A F ATA L I D A D E N L A S A N G R E !

T E X T O D E R I C A R D O P É R E Z M O N T F O RT

I M A G E N D E V I C E N T E R A Z O

1 3 9

1 9 4 0

L A S E L E C C I O N E S A L M A Z A N I S TA S

T E X T O D E J O S E F I N A M O G U E L F L O R E S

I M A G E N D E S A Ú L V I L L A

1 5 3

1 9 4 0

L A L O C A D E C O Y O A C Á N

T E X T O D E A L B E RT O R U Y- S Á N C H E Z

I M A G E N D E N É S T O R Q U I Ñ O N E S

1 7 1

1 9 4 2

L A S M U E R TA S D E G OY O

T E X T O D E V I C E N T E L E Ñ E R O

I M A G E N D E J U A N P A B L O M A C Í A S

1 9 3

Page 12: Libro Rojo

XI I Í N D I C E

1 9 4 3

E L C A S O D E L F A Q U I R H A R R Y

T E X T O D E J O S É D E L A C O L I N A

I M A G E N D E G E R D A G R U B E R

2 0 9

1 9 4 4

U N B A I L E D E M Á S C A R A S

( Ó P E R A E N S E I S A C T O S )

T E X T O D E A L I N E P E T T E R S S O N

I M A G E N D E J O S É M I G U E L G O N Z Á L E Z C A S A N O VA

2 1 5

1 9 4 5

M A X I M I N O Á V I L A C A M A C H O

T E X T O D E C A R L O S S I LVA C Á Z A R E S

I M A G E N D E G U S TAV O M O N R O Y

2 3 3

1 9 4 2 - 1 9 4 5

U N A TA R D E P I N TA D A D E A C E R O

T E X T O D E C A R L O S C H I M A L

I M A G E N D E M A R I A N O V I L L A L O B O S

2 47

1 9 4 5

L O S H E R M A N O S V I L L A R L L E D Í A S

T E X T O D E R O L O D I E Z

I M A G E N D E R I TA P O N C E D E L E Ó N

2 6 9

Page 13: Libro Rojo

Í N D I C E XI I I

1 9 4 6

L A M ATA N Z A D E L E Ó N

T E X T O D E L U I S F E R N A N D O B E R N A L

I M A G E N D E L O R E N Z O V E N T U R A

2 8 3

1 9 5 1

W I L L I A M S . B U R R O U G H S M ATA A S U E S P O S A

T E X T O D E J O R G E G A R C Í A - R O B L E S

I M A G E N D E G A B R I E L M A C O T E L A

3 0 1

1 9 5 2

N E B U L O S O F U L M I N A N T E :

H I G I N I O S O B E R A D E L A F L O R

T E X T O D E A L B E RT O C H I M A L

I M A G E N D E I L Á N L I E B E R M A N

3 1 3

1 9 5 2

C R Ó N I C A D E U N D Í A D E S P U É S :

L A N O C H E H E N R I Q U I S TA E N L A A L A M E D A

T E X T O D E E L I S A S E RV Í N

I N T E R V E N C I Ó N D E D A N I E L A L C A L Á

3 2 9

1 9 5 6 - 1 9 6 1

L A M U E R T E D E A C O S TA M E Z A Y O T R O S

P E R I O D I S TA S B A J A C A L I F O R N I A N O S

T E X T O D E G A B R I E L T R U J I L L O M U Ñ O Z ;

I N T E R V E N C I Ó N D E C A R O L I N A E S P A R R A G O Z A

Page 14: Libro Rojo

XIV Í N D I C E

1 9 5 7

P A N C H O VA L E N T I N O ,

E L C O N F E S O R D E C U R A S

T E X T O D E J . M . S E RV Í N

I N T E R V E N C I Ó N D E L A U R A A N D E R S O N B A R B ATA

3 3 9

1 9 5 8

U N A S O N R I S A E N T R E L A S S O M B R A S

T E X T O D E G O N Z A L O L I Z A R D O

I M A G E N D E I V Á N T R U E TA

3 6 1

1 9 5 9

E L M É D I C O A S E S I N O

T E X T O D E PA B L O B E L A U N Z A R Á N

I M A G E N D E H U M B E R T O D U Q U E

3 8 3

1 9 5 9

P E Q U E Ñ O T R I U N F A D O R

T E X T O D E A N A G A R C Í A B E R G UA

I M A G E N D E A L E J A N D R O G A R C Í A

4 0 3

Page 15: Libro Rojo

Í N D I C E XV

L I S TA D E O B R A S

4 1 3

A U T O R E S

4 2 3

A R T I S TA S

4 3 1

B I B L I O G R A F Í A

4 3 9

Page 16: Libro Rojo
Page 17: Libro Rojo

XVI I

A los colaboradores, y en especial a Adriana Segura Andrade, Marvel

del Ángel Viñas, Manu y Silvia Augé, Ana Laura Álvarez, Mauricio

Badillo, Roger Bartra, Constantino Bértolo, Lolita Bosch, Angélica

Bracho, Fabienne Bradu, Alfredo y Mario Carrasco Teja, Gabriel

Castillo, Alejandra y Antonio Chacón, Teófilo Cohen, José Antonio

Cordero, Edgar Córdova, Adriana Díaz Enciso, Marcelo Díaz Alessi,

Manuel Díaz González Rojas, Joaquín Díez-Canedo Flores, Ío i Dogme

Eliot, Miguel Ángel Echegaray, Joseph Estavillo, Alejandra García

Hernández, Simone Victoria García-Ramírez, Dora Gómez Viñas,

Jennifer González Covarrubias, Irmi Gropp, Alma Guillermoprieto,

Juan José Gurrola (†), Alfredo Gurza, Jorge F. Hernández, Antonio

Huitrón, Rubén Hurtado, Cecilia Jarero, Vannesa Kaldman, Josu

Landa, Sun Lee, Vicente Leñero, Gabriela Eugenia López, Ángeles

Magdaleno, Alain-Paul Mallard, Erika Miller Flores, Ivett Montalván,

Eulalio Montero Carrasco (†), Gabriel de la Mora, Fernando Morales,

Iván Morales, Susana Morales, Paola Morán, León Muñoz Santini,

Amalia Ortiz Cortez, José Ortiz Monasterio, Servando Ortoll, Paulina

Osorio, José Emilio Pacheco, Nelly Palafox, Eduar do Antonio Parra,

Raquel Peguero, Ricardo Pérez Montfort, Roberto Pliego, Ednodio

Quintero, Alberto Ruy-Sánchez, Antonio Saborit, Juan José Saer (†),

Consuelo Sáizar, Bárbara Santana, Ana María Serna Rodríguez, Martí

Soler, César Solís, Abraham Tari, Ryukichi Terao, Ana María Trujillo

Plaisant, Hiroyuki Ukeda, Álvaro Uribe, Marcelo Uribe, Bernardo,

Fernando y Jorge Villadelángel, Patricia Villegas, Zoila Viñas Fajardo

(†), Daniel Weisberg Madrazo, Gregory Zambrano, Carla y Tomás

Zurián, y a Neuronal Laboratorio+Creativo, diario El Gráfico y las

galerías kurimanzutto y La Refaccionaria.

agradecimientos

Page 18: Libro Rojo
Page 19: Libro Rojo

XIX

Todos los caminos de la vida conducen a la

muerte, pero hay unos que son largos y lisos, mien-

tras otros son breves y abruptos.

Esta meritoria compilación de escritos e imáge-

nes, concebida e impulsada por Gerardo Villadelán-

gel Viñas, ofrece una amplia relación de veintiséis

sucesos en los que numerosos habitantes de este país llegaron a la

inevitable meta de casi todos tan temida, por atajos escabrosos y por

demás cruentos.

Según el Génesis, el primer hijo de la primera pareja humana,

Caín, mató brutalmente a su hasta entonces único hermano, por una

pasión tan vulgar como los celos. No soportó que Yahveh prefiriera

J O S U L A N DA

La sangre en tinta convertida

prólogo

Page 20: Libro Rojo

XX P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A

los corderos degollados por el pastor Abel a su ofrenda de agricultor.

El mito no tendría mayor relieve si no se cifraran en lo que cuenta,

cuando menos, cuatro consecuencias capitales: el surgimiento de la

civilización, la peligrosa incidencia de las pasiones en las relaciones

interpersonales, la diversificación y complicación del deseo y la pre-

sencia del crimen como epítome de lo antihumano en todo lo que

concierne a lo humano.

En el origen demasiado humano de la sociedad está el crimen.

El mal arte de asesinar —con vocación de estilo o burdamente, tanto

da— es tan antiguo que aparece como condición para el surgimiento y

despliegue del eufemísticamente llamado “oficio más antiguo” y todos

los que se hayan dado a su rededor. Y, por supuesto, se ha ejercido en

toda comunidad humana, incluso en las de mayor refinamiento cultu-

ral; no solamente en el ámbito del “pueblo del Libro”. Baste con recor-

dar cómo en la cultísima Atenas del siglo iv a.C. prosperó la confabula-

ción que terminó segando la vida de Sócrates. El recurso a las normas

vigentes no bastó para ocultar la pulsión vengativa de quienes lo acu-

saban. No soportaban la independencia política del filósofo ni su inte-

gridad ante ciertos intereses dominantes en la ciudad-Estado ni que

—de modo similar a Abel— pareciera favorecido por el propio Apolo dél-

fico ni que descubriera, con sus procederes irónicos, la raigal y no

pocas veces petulante ignorancia de quienes creían saber de todo, aun

de los asuntos más abstrusos. “A causa de esta investigación me he

creado muchas enemistades, muy duras y pesadas”, dice Platón que

dijo su maestro durante su apología ante el jurado. La condena contra

Sócrates ilustra un gran avance respecto de lo que evidencia el mito de

Caín y Abel: la invención de la pena capital como el ejercicio de las

más bajas pasiones, en especial la venganza, por otra vía (mucho más

sofisticada y más llevadera, en la medida en que su condición legal la

exime de toda eventual culpa). Con ello, finalmente, ese hecho trágico

da una buena pauta sobre una de las supuestas señas de la identidad

mexicana: las complejas y profundas ligas entre el monopolio legal de

la violencia —prerrogativa exclusiva del Estado— y los delitos más

nefandos.

Page 21: Libro Rojo

P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A XXI

El libro rojo, tanto en su versión decimonónica como en ésta de

ahora, resalta la inserción de México en esa corriente demasiado

humana de la que dan cuenta los grandes mitos. También aquí somos

cainitas y abelinos, según las proporciones del caso en cada quien.

Y entre los que, sin ambages, se adscriben en la estirpe de Caín, unos

se valen de poderes públicos mientras otros actúan por iniciativa pri-

vada. Sin descartar, desde luego, las mixturas de ambas opciones.

Por eso, los textos que contienen este y todos los tomos de El libro

rojo. Continuación son como retazos tejidos con el hilo rojo, el hilo de

sangre, con que finalmente debe tejerse la memoria de la nación

—gran avatar del mito—, si no queremos que aparezca minada de tro-

neras o exornada con las flores artificiales de una retórica mendaz.

Estos escritos empujan hacia la luz las sombras de nuestra historia y

nuestra intrahistoria, la sordidez de los actos de muchos de nuestros

antepasados que no nos atrevemos a encarar. Su aparición es, por

ello, una suerte de exorcismo que, en palabras de J. M. Servín, plas-

madas en este mismo volumen, nos induce a “mirar el pasado sin

suspiros nostálgicos”.

Todos tenemos lo nuestro de cainitas y abelinos. Estamos com-

puestos de fiereza y mansedumbre en partes y grados específicos y,

en realidad, como advirtió Spinoza, nadie sabe de lo que es capaz un

cuerpo. No faltan las reencarnaciones de Caín en estado “puro” —con

independencia del tipo de pasión que agite sus entrañas: no solamen-

te la envidia o la venganza—. La historiografía da cuenta de esos

monstruos, según el calado social de sus actos. Hitler, Franco, Stalin,

son algunos de los casos más sonados en nuestro tiempo. Es com-

prensible que los relatos historiográficos se interesen más en esa

clase de potencias genocidas, puesto que sus crímenes ponen en peli-

gro la suerte de toda una comunidad o de colectivos humanos muy

amplios. Una contribución de textos como los que aquí se compen-

dian consiste en poner de relieve el hecho incómodo y menos atracti-

vo de que la intrahistoria, ese despliegue silencioso del tiempo a lomo

de las vidas de gente más o menos común, mientras reafirma las raí-

ces de una sociedad, también está manchada de sangre.

Page 22: Libro Rojo

XXI I P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A

Pero tal vez la aportación más singular de El libro rojo. Continuación

estribe en evidenciar el modo concreto en que se han entreverado

una historia y una intrahistoria sangrientas en México. La muerte

cruenta fue a un tiempo el método y la “solución” cuando un poder

fáctico decidió deshacerse de Álvaro Obregón en La Bombilla, de los

vasconcelistas que murieron ahorcados y/o con los cráneos reventa-

dos a culatazos en Topilejo, de los almazanistas baleados en medio de

los mítines en los que intervenía su candidato, de los católicos que

osaban enfrentarse a las huestes de Garrido Canabal, de un caudillo

díscolo e impresentable como Saturnino Cedillo, de un enemigo polí-

tico siempre incómodo como León Trotski, de un peligroso arribista

como Maximino Ávila Camacho, de un chivo expiatorio criminaliza-

do como el norteño Juan Soldado o de periodistas indómitos como

Manuel Acosta Meza, Fernando Márquez y Carlos Estrada Sastré. En

fin, si algo evidencian estas páginas es el peso del asesinato en la vida

política del país.

Esa corriente de cainismo institucionalizado sigue su curso con-

forme a nuevos dispositivos y procedimientos. Todo indica que la

delincuencia organizada, en especial el narcotráfico, ha confecciona-

do con piezas procedentes de nuestras cleptocracias, de los ideales

del mercado global, de los efectos hiperestimulantes del deseo susci-

tados por el marketing y los medios de comunicación masiva, de las

instancias policiacas y judiciales más corruptas, de las decadentes

estructuras del aparato seudoeducativo y afines, una de las maquina-

rias más mortíferas de todos los tiempos. Hay claros indicios que per-

miten pensar en la gradual formación de una megaestructura de

administración “legítima” de la muerte, en la que suman sus fuerzas

nihilistas ciertos Estados cada vez más “canallas” y las más variadas

mafias y bandas, movidas por el afán de lucro fácil, ilimitado e im-

pune o por alguna bandería de cariz político o religioso.

De manera análoga, la muerte perpetrada con alevosía y violen-

cia, como expresión de una vil voluntad de poder, fue el recurso y el

“remedio” cuando alguien con sangre fría o caliente optó por aniqui-

lar a la mujer reacia a satisfacer urgencias afectivas o sexuales o, en

Page 23: Libro Rojo

P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A XXI I I

contrapartida, a la que prodiga con excesiva facilidad sus favores en

ese mismo terreno. También a la ricachona displicente y ostentosa, al

comerciante empeñado en criar a su verdugo en el seno de su propia

familia, a tantas y tantos “objetos del deseo” incapaces de aquilatar la

profunda frustración de sus amantes, a las parias orilladas a prácticas

y formas de vida despreciables… En suma, a cuanto ser más o menos

indefenso o poseedor de algún bien codiciado o de algún rasgo de

carácter de difícil o imposible encaje para ciertos espíritus cainitas.

Entre muchos otros, el caso de los hermanos Villar Lledías, narrado

en este libro, confirma de manera modélica los móviles y la brutali-

dad de ese impulso asesino, pero adquiere un relieve más llamativo

en virtud de que, al estilo más típicamente mexicano, los policías

encargados de resolverlo pusieron su ilícito grano de arena sobre el

horrendo crimen: saquearon hasta donde pudieron —con toda natura-

lidad, como si fuera parte del procedimiento— las riquezas que el trío

de avaros había acumulado durante décadas.

Los cuajarones de sangre que pringan nuestra historia e intrahis-

toria son indelebles: no habrá agua que los lave. La eliminación o el

confinamiento de los cainitas más activos no basta para la reparación

de sus daños a la sociedad. Hace falta algo más para que sus efectos

nocivos se disuelvan en el tiempo y la normalidad siga su curso.

Lo que, finalmente, metaboliza las secuelas del crimen es su trans-

formación en mito, en literatura. Las muertes violentas seguirán

repitiéndose, como si se tratara de una ofrenda continua en el altar

de un tácito dios sanguinario; pero el país será capaz de asimilar sus

funestas consecuencias en la medida que sepa convertirlas en leyen-

da oral o escrita. Éste es el Tezcatlipoca, el espejo humeante, en el

que podremos encarar la terrible verdad desatada por Caín y su qui-

jada asesina.

En su mayor parte, los cada vez más complejos e influyentes apa-

ratos de información no parecen enterarse de su enorme responsabi-

lidad en ese proceso de creación discursiva, sin el cual tanto crimen

acumulado sería insoportable. El afán de lucro y de poder de sus pro-

pietarios no necesita más legitimidad que los réditos obtenidos y está

Page 24: Libro Rojo

XXIV P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A

por encima de todo lo que implique el bien común. Algún día se

verán, con una nitidez inesquivable, los acerbos efectos de un perio-

dismo escrito y audiovisual empeñado en potenciar el morbo ante los

sucesos criminales y no en su transfiguración mítica, por medio de

las posibilidades que a tal fin ofrece la palabra. Con esa actitud,

muchos periódicos, televisoras, radioemisoras, sitios de internet y

similares no sólo siembran el temor y el temblor en la sociedad, sino

que estimulan los más graves delitos. De ahí que su incidencia alcan-

ce cotas cada día mayores, allí donde la “información” se practica

como un irresponsable sucedáneo de una verdadera narrativa y de un

discurso crítico, analítico, en suma comprometido con lo más emi-

nentemente humano.

Gerardo Villadelángel ha sabido catar bien estas verdades y ha

tenido la feliz audacia de convocar a una nutrida cohorte de escrito-

res, historiadores, biógrafos, cronistas, periodistas, ensayistas y afines

—algunos de ellos eminentes en sus respectivos campos, incluidos los

de las artes visuales— con la encomienda de renovar esa imprescindi-

ble narrativa del crimen. Hay que celebrar que hayan respondido a su

llamado y que lo hayan hecho con la calidad y rigor que los trabajos

compendiados en este volumen permiten apreciar.

Buena parte de los textos aquí reunidos versan sobre hechos am plia-

mente estudiados. Fenómenos como la guerra sucia contra grupos

opositores y las atrocidades en torno a los feminicidios del celebérrimo

Goyo Cárdenas, por mencionar sólo dos casos sonados, son bastante

conocidos en el país y resulta muy difícil agregar algún dato importan-

te sobre ellos. Pero eso no desdice la originalidad ni el interés de los

escritos que revisitan esos acontecimientos. Precisamente, uno de

los efectos laudables de la iniciativa de Villadelángel radica en que ha

inducido a una reinterpretación epocal de esos sucesos tan conocidos,

a nuevos modos de acercarse a viejos tópicos enquistados en las zonas

más sombrías de nuestra historia e intrahistoria. Por eso, la pluralidad

de tratamientos, visiones y modos de narrar a que ello ha dado lugar

hace de esta resurrección y continuación de El libro rojo una de las

más ricas y amenas fuentes de conocimiento de nuestro pasado.

Page 25: Libro Rojo

P R Ó L O G O : L A S A N G R E E N T I N T A C O N V E R T I D A XXV

Lo anterior, por supuesto, sin dejar de contar la valía que tam-

bién le imprimen a este libro las estimables relaciones de sucesos no

siempre tan resaltados, pero no por ello menos representativos del

torrente criminal que fluye bajo el suelo histórico que nos sostiene.

Ahí están, el espantoso caso, entre tantos más, de Pequeño Triunfador

que borda con maestría la pluma de Ana García Bergua, y la inefable

práctica de tiro de William S. Burroughs sobre la cabeza de su esposa.

Las páginas de este libro son un espejo de nuestras almas, no tan

apacibles ni límpidas como lo exigen la siempre difícil convivencia

con los otros y nuestro propio anhelo de paz interior. A fin de cuentas,

nada humano nos es ajeno, incluyendo esa violencia que, en deter-

minadas circunstancias, puede derivar en lo peor. Y, en ese punto, los

mexicanos aportan, a lo más, una coloratura específica a la participa-

ción en esa verdad universal. Así es como pueden entenderse las pri-

meras palabras de la confesión, escrita con mano y letra propios, del

polifacético aventurero y hampón Pancho Valentino: “Soy producto de

México”.

Page 26: Libro Rojo
Page 27: Libro Rojo

1 9 2 81 9 5 9

II

Page 28: Libro Rojo
Page 29: Libro Rojo

3

Imagen m ó n i c a m a y e r y v í c t o r l e r m a

Á N G E L E S M AG DA L E N O C Á R D E NA S

¿Qué hacemos? Matar a Obregón

1928- 1929

Al mirar al pobre Manco,

revuelto dijo el infi erno:

“¡De México están llegando

los bandidos del gobierno!”

c o r r i d o a n ó n i m o

El martes 17 de julio de 1928 fue el día mar-

cado para que un capítulo más de la historia polí-

tica mexicana tocara su fin. El lugar, un restau-

rante famoso por su comida y servicio, propiedad

del español Emilio Casado: La Bombilla, situado al

final de la avenida Insurgentes en la municipalidad

de San Ángel, al sur de la ciudad de México. En ese comedor campes-

tre se reunían para diferentes festejos los políticos importantes de la

época, sobre todo si eran grupos numerosos. En agosto de 1927 ahí se

le ofreció al general Carlos A. Vidal, jefe de la campaña pro Serrano,

un banquete con motivo de su cumpleaños, al que asistieron como

invitados especiales los precandidatos presidenciales Arnulfo R. Gómez

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4 E L L I B R O R O J O

y el propio Francisco Serrano. El dato quizá no lo tuvo en mente el

diputado guanajuatense Enrique Fernández Martínez cuando un año

después reservó cincuenta y cinco asientos y mandó confeccionar un

arco floral que decía: “Homenaje de honor de los guanajuatenses al

C. Álvaro Obregón”, caudillo cuyo cuerpo sin vida deshojó, tras des-

plomarse, la terminación de esa frase.

Se trataba de amigos, el acceso era libre, no se solicitó vigilancia

especial. ¿A qué o a quiénes podía temer el todopoderoso jefe militar?

Serrano y R. Gómez ya estaban muertos y el presidente Plutarco Elías

Calles había cedido al grado de apoyarlo públicamente, muy a pesar de

Luis Napoleón Morones, su secretario de Industria y Comercio. Por lo

demás, los que lucharon por el sufragio efectivo y la no reelección —y

que seguían con vida— tenían cargos públicos importantes, y el Congreso

logró modificar la Constitución para permitirle reelegirse —eso sí, no de

manera consecutiva, había que cuidar las formas— y aumentar su perio-

do presidencial de cuatro a seis años. De hecho algunos de esos dóciles

diputados estaban sentados a su mesa: a su izquierda, Aarón Sáenz,

Enrique Romero, Ricardo Topete, Ezequiel Padilla; a su derecha, Fede-

ri co Medrano, Arturo H. Orcí y Octavio Mendoza acompañados del

senador Antonio Valadés, José Aguilar y Maya y Jesús Guzmán Baca,

presidente de la Suprema Corte de Justicia. La única seguridad personal

era el general Ignacio Otero, su ayudante.

Obregón y la mayor parte de los comensales llegaron al festejo

entre diez y veinte minutos antes de la hora convenida: la una de la

tarde. En la mesa principal, adornada con claveles rojos, se habló de

las reformas tocantes a la supresión de los ayuntamientos en el Dis-

tri to Federal. Mientras se bebía brandy y coñac los meseros servían tro-

zos de lomo, arroz y frijoles. Al llegar al plato final el agasajado, que

tenía frente a sí un vaso de vino tinto a medio consumir, pudo hacer

el último chiste de su vida a propósito del cabrito enchilado que le

servían. Luego escuchó: “El limón me dio en la cara y el zumo en el

corazón…”, versos de la canción El limoncito.

Un joven delgado de veintisiete años, vestido con un sencillo traje

café, suéter tipo charleston y corbata de moño, llevaba al cuello una

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 5

cámara fotográfica. Portaba también un lápiz y una libreta de notas

en la que había trazado los rostros del director de la Orquesta Típica,

el maestro Alfonso Esparza Oteo, de Aarón Sáenz y de Álvaro Obregón.

Todos sonreían, y cedieron al halago al verse retratados. El dibujante,

José de León Toral, se acercó al general para mostrarle un segundo

perfil. Sostuvo sus papeles con la mano izquierda y con la derecha no

supo cuántas veces apretó el gatillo.

De la necropsia se desprendió que disparó en doce ocasiones.

La primera bala de la pistola semiautomática star calibre 705 entró

por la nuca al nivel de la primera vértebra cervical; la segunda a cuatro

centímetros de la comisura labial. Ambas terminaron su trayectoria

en la cavidad bucal, desgarrando la base de la lengua, lo que hubiese

sido suficiente para lograr una muerte segura. Pero Dios le dio la for-

taleza y la confianza que tanto le había pedido hasta por escrito, según

constó en sus apuntes. Entonces siguieron la tercera, la cuarta y las

restantes que se incrustaron en lo que quedaba del brazo derecho, en

la cavidad torácica y las vértebras dorsales, dañando los pulmones

en ambas pleuras, la aorta descendente, el diafragma y el estómago.

Las últimas dos se alojaron en la cavidad craneana, dañando el cere-

bro y sus envolturas pálidas. Cada una de las heridas fue mortal.

En La Bombilla todo era confusión. Los obregonistas golpearon a

José de León con puños y cachas de pistola. Lo arrastraron y lo patea-

ron. Le gritaron: “¡Asesino! ¡Cobarde!” El coronel Juan Jaimes, enlo-

quecido por la ira, no sabía si acribillarlo o torcerle un brazo. A punto

estaba de matarlo cuando intervino el diputado Aurelio Manrique:

“¡No! ¡No! ¡No! ¿No ven que su vida es clave para descubrir la trama

del crimen?” La pequeña libreta y el arma resultarían fundamentales

para entender por qué se había llegado a ese momento. Topete llora-

ba en medio de los clamores: “¡Un médico! ¡Aún vive!” A la postre se

convencieron de que Álvaro Obregón había fallecido y juraron ven-

gar el atentado. A las 14:55 Plutarco Elías Calles llegó, y con él Roberto

Cruz, inspector general de Policía, Joaquín Amaro, secretario de Gue-

rra y Marina, y Abundio Gómez, oficial mayor y encargado de la sub-

secretaría que se hizo acompañar por jefes y oficiales que se respon-

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6 E L L I B R O R O J O

sabilizaron de limpiar el cadáver. El diputado Eduardo Mena Córdova

y Lauro Quiroz Cevallos, empleado público de veinte años, identifica-

ron el cuerpo que fue velado en Palacio Nacional para luego ser inhu-

mado en su natal Sonora.

José de León Toral fue interrogado por el presidente. No dio su

verdadero nombre. Dijo llamarse Juan, alias que adoptó como jefe de

la Liga Defensora de la Libertad Religiosa (ldlr) en la colonia Santa

María la Ribera. Aun así, no negó su acto. “Yo soy el único responsa-

ble. Maté al general Obregón porque quiero que reine Cristo Rey, pero

no a medias, sino por completo.”

La página editorial de Excélsior del 18 de julio de 1928 se pregun-

taba: “¿Cómo vamos a crear una democracia si apenas electo [re -

electo en realidad] al candidato presidencial se le asesina?” No hubo

cuestionamientos similares cuando mataron salvajemente a Serrano

y a Gómez, por sólo mencionar a los personajes del escenario electo-

ral del momento. El diario agregaba que quien ejecutó al general era

un individuo oscuro, anónimo, sin personalidad de ninguna especie,

acaso un loco o el instrumento de terceras personas. Sí, era oscuro y

anónimo porque no pertenecía al grupo que usufructuó la Revolución,

porque era un ciudadano común y corriente, un ferviente católico, un

hombre que asumió —siempre— la responsabilidad de haber actuado

por su cuenta.

Sobre él y su familia se hizo sentir todo el poder del Estado. El

diputado José Llerenas, director del autodenominado “Periódico de

las Vanguardias”, El Mexicanista, envió una carta abierta al presi-

dente, con copia al general Amaro, sobre el “hecho revelador de que

la mayor parte de la familia Toral presta sus servicios personales al

gobierno que usted representa, lo que causa sonrojo y vergüenza a

la familia revolucionaria en general”.1 Enlistaba además cómo y en

qué dependencias lo hacían, afirmando que se trataba del nepotis-

mo más taimado. Era una muestra de la venganza de “las viudas de

Obregón”, que pedían sangre en nombre de la lucha revolucionaria

1 El Mexicanista, 6 de agosto de 1928. La copia en Fideicomiso Calles-Torreblanca, archivo de

Joaquín Amaro.

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 7

por tan “monstruoso asesinato” mientras posicionaban a una nueva

figura por encima de Emiliano Zapata, Francisco Villa y Venustiano

Carranza.

El mismo día del crimen, con la cara sangrada por los golpes, José

de León Toral rindió su declaración ministerial. El proceso pasó por

tres juzgados de primera instancia, empezando en Coyoacán, turnán-

dose a Tlalpan e instalándose en definitiva en Tacubaya a cargo del

juez segundo Alonso Aznar Mendoza, quien ordenó inventariar los

objetos personales del preso: una pistola automática marca star 705

con seis balas, dieciocho pesos plata, una goma, puntillas, una cáma-

ra fotográfica, un rosario de cuentas negras, una estampa del Apostolado

del Espíritu Santo, un pañuelo con las iniciales jlt y, por supuesto,

una libreta con sus dibujos y reflexiones:

Golpes y la muerte inmediatamente. Que me coman vivo y me tachen de

asesino. Que me falle la cosa. Que no me anime a la mera hora. Miedo al

cielo. ¿Cómo me irá? ¿Resistiré? Dios dirá y me dará fortaleza, confianza.

Qué bonito ratito pasé hoy con el Santísimo. Acostarme más temprano.

Fomentar el amor a Paz.2 ¿Qué hacemos? Matar a Obregón.

Ante el juez, De León Toral, casado, padre de Juan José y Esperanza de

la Paz, con domicilio en Sabino número 212 colonia Santa María la

Ribera, hizo un recuento de su educación formal en colegios católi-

cos, tanto en su natal San Luis Potosí como en Monterrey y la ciudad

de México. Perteneció al Centro Unión, integrado por antiguos alum-

nos del marista Colegio Francés, y al Club Alvarado de futbol, donde

conoció a los hermanos Miguel Agustín y Humberto Pro, quien lo

invitó a participar en la ldlr. Los dos compartieron, además del

juego y el destino trágico marcado por la figura de Obregón, una

estrecha amistad que incluso llevó a José a llamar Humberto a su ter-

cer hijo, nacido cuando estaba en prisión.

2 El Universal, febrero de 1929. Un reportero le preguntó si Paz Martín del Campo, su esposa,

había sido “su único episodio amoroso”, José de León le respondió: “No es un episodio, ha sido

mi vida entera”.

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8 E L L I B R O R O J O

Acudía a oír misa, confesarse y comulgar a la parroquia del

Espíritu Santo, situada en la misma calle en que vivía. Después de

cerradas las iglesias practicaba sus ejercicios religiosos en casas par-

ticulares como la suya, la de su pariente Pascual Toral o la de la monja

Concepción Acevedo de la Llata —la famosa madre Conchita—.

A preguntas expresas sobre su educación, lecturas, aficiones y

experiencias laborales, respondió que había leído a Tomás de Kempis,3

autor de La imitación de Cristo, a Emilio Salgari, Julio Verne y las

Sagradas Escrituras. Como discípulo en la Academia de San Carlos

del romántico Germán Gedovius, pintó varias copias del Último día

de Numancia, imagen atemporal de la resistencia a la vez que para-

digma del pequeño frente al poderoso. Escuchaba a Schubert, aunque

a últimas fechas, dijo, por influencia de su hermano Aureliano, había

conocido la música de Beethoven. Le gustaba el circo —al que fue

pocas veces— y sólo recordaba haber asistido a una corrida de toros.

Era aficionado a los deportes —su cuerpo lo confirmaba—, señalada-

mente al box y al futbol. No olvidó decir, bromeando, que no tenía

ninguno de los dos vicios, “el de fumar y el de no comprar”. Asimismo,

hizo un recuento desde su trabajo en la casa H. E. Gerber, donde dejó

su puesto a Humberto Pro, a las clases de gráfica en el Colegio

Católico de la calle de San Borja y su paso por el Departamento de

Dibujo del periódico Excélsior. En sus informes, los interrogadores

incluyeron una nota diciendo: “Cada vez que lo hemos visitado nos

acoge con benevolencia y saluda de manera cortés”.4

En la parte crítica de sus declaraciones confirmó que la idea de

matar al general le vino días después del atentado dinamitero en

Chapultepec, ocurrido en noviembre de 1927. Entonces estimó que

alguna razón habría tenido el ingeniero Luis Segura Vilchis para diri-

gir su ataque, y conversó con la madre Conchita sobre Judith y

Holofernes y de cuál sería la solución para que pudieran profesar

3 El libro IV de La imitación de Cristo está dedicado a la Eucaristía, y es quizá el más famoso

tratado sobre el Santísimo Sacramento.4 Archivo General de la Nación (agn), Antiguo Fondo Reservado, “Proceso a José de León

Toral”, vol. 13, f. 17.

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 9

libremente su religión y pasar todos los momentos que quisieran con

el Santísimo expuesto, sin miedo, sin tiempo. La respuesta era sim-

ple: desaparecer tanto al que era considerado el autor intelectual de

la persecución, como a Calles, el ejecutor, y al patriarca de la Iglesia

cismática José Joaquín Pérez, la comparsa. La madre le presentó a

Manuel Trejo, que le prestó la pistola facilitándole dieciocho balas y

le enseñó en dos o tres ocasiones su manejo. El 12 de julio fue a la

Villa de Guadalupe para hacer prácticas de tiro. Por esos días escuchó

en un tranvía una conversación que le causó una fuerte impresión: el

aviador Emilio Carranza había sido fulminado por un rayo, castigo

del cielo según la señorita que transmitía la noticia. En efecto, el pilo-

to salió de Nueva York el 12 de julio de 1928 y el 13 su cuerpo fue

encontrado por unos campesinos entre bayas y cerezas. Estaba car-

bonizado a escasos metros del avión, que recibió la descarga en

Mount Holly, Nueva Jersey. La historia la comentó con su confidente,

concluyendo que el rayo aquel debía haberle caído al Manco. Luego,

su muerte bien podía ser un asunto forjado por el destino, la romana

fortuna o la cristiana providencia.

Tras las confesiones iniciales, los arrestos no se hicieron espe-

rar. Fueron consignadas las primeras diez personas, entre ellas

María de la Paz Toral y Aureliano de León Sánchez, padres de José;

su esposa Paz; las hermanas Josefina y Concepción Acevedo de la

Llata, e Ignacio Trejo Morales, hermano de Manuel, su maestro en

el uso de la star 705. La lista se amplió desmesuradamente, de acuer-

do con las investigaciones de dos policías célebres por su eficacia y

su escrupulosa corrupción, que incluía desde la trata de blancas

hasta la complicidad y extorsión con grupos de chinos: Valente

Quintana y Pablo Meneses, agente confidencial de la Secretaría de

Gobernación.5 Ambos firmarían como testigos en todas las detencio-

nes y declaraciones. Si desde Beccaria6 se aceptaba que las penas no

debían ser trascendentes, ¿por qué detener a padres, esposa, herma-

nos, amigos?

5 Excélsior, 4 de julio de 1931.6 Cesare Bonesana, marqués de Beccaria, De los delitos y de las penas, 1764.

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10 E L L I B R O R O J O

Comparecieron todos aquellos que guardaban la más mínima

relación con José y que pudieron ser localizados en la ciudad de

México e incluso en el interior del país.7 Por fortuna para su hermano

Jesús, entonces subteniente, el jefe de Operaciones Militares de la

Huasteca, José Amarillas, avaló tanto su desempeño militar como su

conducta, lo que el tiempo confirmó al ascender a general brigadier y

profesor de la Escuela Superior de Guerra, donde creó e impartió

cursos y escribió varios textos históricos, en uno de los cuales admi-

tió, al igual que Pablo de León, su adhesión al socialismo.8

Pero no toda la familia tuvo la misma suerte. A sus padres, esposa

y hermanas se les detuvo en los sótanos de la inspección de policía,

que para colmo se inundaron en esas fechas, agravándose las condi-

ciones de insalubridad. Ahí permanecieron quince días, sin alimentos

ni autorización para sentarse. Al cabo serían liberados por falta de

pruebas.

A José y a la madre Conchita les fue confirmado el auto de formal

prisión. El 20 de octubre el procurador general de la República,

Ezequiel Padilla, entregó sus conclusiones y pidió la pena de muerte

para el primero y veinte años de prisión para la segunda. Dirigidos

los debates por el juez Alonso Aznar, en ellos participaron los defen-

sores José García Gaminde y Demetrio Sodi Pallares, que años atrás

había redactado la renuncia de Porfirio Díaz, y los acusadores Antonio

Taracena, Enrique Medina, Antonio del Palacio, Juan Correa Nieto,

procurador del Distrito Federal, y el ya citado licenciado Padilla

—quien estuvo presente en los hechos, lo que no era una violación

procesal aunque sí implicaba un problema ético (poco después de la

acusación renunció a su cargo en la procuraduría, donde permaneció

sólo cuarenta y cinco días)—. El jurado popular se integró por nueve

ciudadanos. A los reportes de la prensa nacional y extranjera se sumó

la filmación de una película, según consta en los archivos del De par-

7 De Guadalajara y San Luis Potosí trajeron a Paz y a Jesús de León Toral.8 Jesús de León Toral, Memorias, edición particular, Centro de Estudios Históricos José de

León Toral.

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 11

tamento Confidencial de Gobernación,9 entidad que prohibió que

circulara y se exhibiera.

Bastó que Excélsior consignara la tranquilidad y buenos modales

de José durante el proceso para que los obregonistas amenazaran con

incendiar el diario.10 De hecho el 1º de noviembre se presentaron en

la audiencia para, ahí sí, inflamar el clima con gritos de “¡Viva

Obregón! ¡Muera Toral! ¡Muera Sodi!” y azuzar a la multitud por con-

ducto de Ricardo Topete, Aurelio Manrique, Arturo H. Orcí y otros

diputados. Los indiciados fueron agredidos salvajemente, les arran-

caron los cabellos, los golpearon y escupieron.

De León Toral tuvo tiempo de denunciar las torturas que padecía

en la Inspección General de Policía —y que constan en sus dibujos y

notas—. Eran inútiles, no tenían siquiera la finalidad de obtener una

confesión puesto que siempre admitió su culpabilidad. Tiempo des-

pués su amigo Ernesto el Chango García Cabral las ilustró. Además del

tormento físico “no lo dejaban dormir, le daban de comer cada veinti-

cuatro horas. Tenía las piernas hinchadas, estaba en la silla como un

andrajo, como un hilacho… en los ojos una profunda pena, algo inquie-

tante [y] junto a él [el general titular Antonio] Ríos Zertuche”.11

El 8 de noviembre de 1928 el secretario del juzgado Luis Lajous

leyó con la voz alterada: “Primero. José de León Toral es culpable del

delito de homicidio de que lo acusa el Ministerio Público. Segundo:

Por tal motivo se le impone la pena de muerte”. Y fue conducido a la

Penitenciaría del Distrito Federal, al Palacio de Lecumberri, y alojado

en la crujía H, en bartolinas con centinelas de vista.

Sus defensores apelaron ante la Suprema Corte de Justicia, que

atravesaba al igual que otras instituciones por un periodo de inestabi-

lidad. El licenciado Sodi interpuso un amparo argumentando que se

9 agn, Fondo Gobernación, sección Dirección de Investigaciones Políticas y Sociales, cajas 27

y 31.10 El 6 de agosto de 1928 el periódico El Mexicanista acusó a Excélsior de reaccionario, toda

vez que probablemente la madre Conchita había tenido tratos con la viuda de Rafael Alducín,

su fundador. 11 María Concepción Acevedo y de la Llata, Obregón. Memorias inéditas de la madre Conchita,

México, Libro-Mex Editores, 1957, edición y prólogo de Armando de Maria y Campos, p. 110.

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12 E L L I B R O R O J O

trataba de un delito político, en cuyo caso estaba prohibida la pena de

muerte, mas Paulino Machorro Narváez objetó diciendo que un deli-

to político ataca la vida del Estado y no la de una sola persona; por

ello el homicidio era un delito común, y luego no estaba compren-

dido en las excepciones establecidas por el artículo 22 de la Constitu-

ción. Añadió que no debían confundirse los delitos políticos con los

crímenes y atentados que pudieran ser cometidos a la sombra de

un ideal: “Privar de la vida es un homicidio que carece de natura-

leza política”.

El 6 de febrero de 1929 las ideas de Machorro fueron aprobadas

por otros tres ministros, pero como siempre hay gente digna que

busca un margen para actuar correctamente y no convalidar decisio-

nes superiores, bien procedan de la presidencia de la República o del

Congreso y se les adorne con el velo de la legalidad, Francisco Barba

se excusó por haber actuado sin esperar los resultados de la inves-

tigación.12 Los magistrados habían afirmado conocer el caso jurí-

dicamente, a pesar de que la Suprema Corte quedó integrada en

diciembre de 1928 y no comenzó a funcionar hasta el 7 de enero

de 1929 con un rezago de quince mil amparos —uno de ellos era el de

José de León, que le fue negado con gran celeridad—.

La defensa cumplió hasta el último momento e interpuso todos

los recursos que la ley autorizaba. Para obtener la gracia del indulto

recurrió al ya presidente Emilio Portes Gil, que la negó mediante un

telegrama remitido desde el tren en que se trasladaba a su natal Ta mau-

lipas para asistir a la toma de posesión del gobernador Francisco

Castellanos. Su respuesta fue:

[José de León] gozó en el proceso de toda clase de garantías… se le permi-

tió rendir todas las pruebas de descargo… el jurado popular fallando en

conciencia y el Tribunal Superior fundándose en la ley lo encontraron

culpable… por ello la justicia y la legalidad justifican la pena capital

impuesta.

12 La discusión del caso aparece en las versiones taquigráficas del Libro de Actas de la

Suprema Corte de Justicia de febrero de 1929.

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 13

Contradecir la opinión generalizada ante los obregonistas que cla-

maban venganza era un riesgo muy difícil de correr, y Portes Gil no

lo corrió.

Al día siguiente, el 7 de febrero, el doctor José Manuel Puig

Ca sauranc, jefe del Departamento Central, firmó la orden de fusila-

miento número 291 y ordenó al director de la Penitenciaría del Distrito

Federal, el coronel Felipe Islas, que informara a José de León Toral

que disponía de veinticuatro horas para dictar sus disposiciones,

luego de lo cual se llevaría a cabo la sentencia. De acuerdo con el

código penal, la ejecución se hizo pública fijando carteles en el lugar

en que se desarrollaría y en el domicilio del reo, expresando su nom-

bre y su delito. Aun así, se prohibió la presencia del público, además

de la impresión de placas y películas fotográficas en el interior de

la penitenciaría antes, durante y después del fusilamiento, aunque

pudieron asistir representantes de los medios nacionales y extranje-

ros. A pesar de que la ley establecía que no debían apersonarse fun-

cionarios, éstos pelearon por obtener un lugar en primera fila.

Por su parte, José de León firmó de enterado y dijo: “Estoy sereno.

El pensamiento de la muerte no me atormenta en lo absoluto. Mi

padre, mi madre, mi esposa, todos están resignados. Esperamos jun-

tos el final”. En la víspera recibió a sus familiares hasta las 23:00

horas, salvo a su hermano mayor, que fue retenido al abandonar la

celda 997 de la crujía H por habérsele encontrado unos dibujos —el

croquis de la penitenciaría y el paredón— con una nota: “Pablo de

León, hermano. Desde allá sabré lo que más falta te haga y procuraré

conseguírtelo”. Pidió hablar con la madre Conchita, pero se lo nega-

ron. El coronel Islas ordenó no abrir las celdas. Esa noche reinó un

silencio profundo.

La última mañana el jefe de celadores le preparó el desayuno

—chocolate y pan—. José de León se lavó y se peinó. A las 8:00 horas

recibió los auxilios espirituales de los presbíteros Ignacio Flores y

Luis Soto. Lo acompañaban sus defensores, su hermano Pablo, su

padre y su madre, a la que no se le permitió entregarle un pequeño

bulto que contenía una sábana de seda blanca. Un diputado pudo

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14 E L L I B R O R O J O

acercarse para cuestionarlo: “¿Conoce y está de acuerdo con el quinto

mandamiento?”13 José sólo respondió: “Señor, yo no discutiré nada,

quiero estar tranquilo”.

A las 11:30, con su saco negro “impecablemente cepillado” y su

pantalón a rayas, se despidió de doña María, que lo abrazó fuerte-

mente y lo besó varias veces diciéndole: “ ‘Hijito, no te olvides de tu

pobre madre cuando estés en el Cielo’. [José] le pidió la bendición y se

hincó con respeto y humildad”.14

A las 12:20, sin pronunciar palabra, salió de su celda, donde dejó

caricaturas del capitán Vieyra, jefe de celadores de la penitenciaría,

“por el buen trato”; de José Mijares Palencia, jefe de la Fuerza de

Seguridad Pública, y de su peluquero. Al coronel Islas le regaló el

espejito frente al que se peinaba.

El capitán José Rodríguez Rabiela dirigió al pelotón que ejecutó la

sentencia, integrado por ocho gendarmes que escoltaron a José por el

largo pasillo que conducía al polígono:

Entraron por una reja a un jardincillo de perfumados heliotropos. Siguieron

hasta el patio de la enfermería y luego al pasillo que conduce al paredón.

En el ángulo de la muralla, lado noreste, se veía la mancha blanca del cua-

dro pintado sobre el paredón materialmente salpicado de impactos. Volvía la

cara para ver a los que quedaban detrás, como si buscara un amigo; creyen-

do reconocer a uno en un gendarme de la escolta, le sonrió, pero rectifi-

cando su debilidad recuperó la serenidad […] El sol daba con toda su fuerza

en aquel lugar, de tal manera que José de León Toral, al ponerse frente a los

que habían de disparar sobre él, quedaría bañado por la luz.15

Cayó del lado derecho y fue palideciendo hasta tener un color terroso.

Cuando aún movía una de sus manos, el jefe de celadores le dio el

tiro de gracia en la sien izquierda, con una pistola colt. 45 con cachas

13 No matarás.14 María Toral de De León, Memorias de María Toral de De León, madre de José de León Toral,

México, Tradición, 1972, ejemplar N1.1. de Federico de León Toral.15 El Universal, 9 de febrero de 1929.

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¿ Q U É H A C E M O S ? M A T A R A O B R E G Ó N 15

de cuerno de reno que había sido regalo de Obregón a Rodríguez

Rabiela. Luis Soto sacó de su pecho un relicario con los santos óleos.

Fueron él y el general Lucas González quienes lo cubrieron con la

sábana de seda de la señora María Toral.

Sin ser necesaria la autopsia los médicos legistas dieron fe de que el cadáver

presentaba heridas por proyectil de arma de fuego, una circular de seis milí-

metros en la región masteterial izquierda, otros orificios penetrantes de crá-

neo, tórax y abdomen, con ocho orificios de entrada, múltiples fracturas

escapulares, costales y vertebrales. Conclusión: que juntas y separadas fue-

ron mortales y que por sí solas produjeron la muerte.16

Según lo dispuesto por las autoridades, no se permitiría ninguna

pompa ni manifestación con motivo del sepelio. Esa tarde el cuerpo

del hijo le fue entregado al señor Aureliano de León. Miles de perso-

nas esperaron su turno durante horas para desfilar en la capilla

ardiente instalada en el domicilio de la familia. La policía y los bom-

beros, que lanzaron chorros de agua para contener a los católicos que

deseaban entrar, permanecieron en guardia el resto del día. Una misa

secreta se realizó como a eso de las dos de la madrugada. La inhuma-

ción se llevó a cabo el domingo 9 de febrero de 1929, en medio de un

fuerte dispositivo de seguridad que cubrió desde la colonia Santa

María la Ribera hasta el Panteón Español. Miles de personas arroja-

ron flores al paso del cadáver de José de León Toral.

Delante de la señora María Claudia Tapia viuda de Obregón no

volvió a pronunciarse el nombre de De León Toral.17 Sin embargo

envió a la Secretaría de Gobernación el telegrama que le dirigió la

señora María de la Paz Toral pidiendo por la vida de su hijo, después

de ser detenida por segunda ocasión con su esposo y su nuera.

Antes, en noviembre de 1928, un sobrino del general Álvaro

Obregón, el capitán Jesús Obregón, intentó asesinar al ya preso José

16 agn, Antiguo Fondo Reservado, Proceso a José de León Toral, vol. 14, certificado de defun-

ción firmado por el doctor José Manuel Puig Casauranc.17 Sara Sefchovich, La suerte de la consorte, México, Océano, 2002, 2ª ed., p. 231.

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16 E L L I B R O R O J O

de León, mas fue desarmado. Una hora después, en su casa de las

calles de Colima, el militar se suicidó.

Los obregonistas lograron, además de su venganza, que sus inte-

reses alcanzaran estatus oficial, apoyo simbólico, legitimidad históri-

ca. En 1930 Enrique Aragón diseñó, con esculturas exteriores de

Ignacio Asúnsolo representando el sacrificio y el triunfo, el monu-

mento más grande a la memoria de un solo revolucionario. El templo

art déco al caudillo sonorense sería terminado en 1935, en el mismo

lugar de su muerte.

La madre Conchita fue enviada a las islas Marías a cumplir su

sentencia. Ahí estuvo trece años, ahí el general Mújica, director de la

cárcel de muros de agua, la instó a escribir sus memorias —a la par

que instruir a sus hijos.

Era entre ama de llaves, presa a la que se tiene consideraciones y compañe-

ra de los que ahí vivíamos. Concepción cosía, bordaba, cocinaba dulces y

pasteles estupendos, pintaba sobre seda y terciopelo ramos de nomeolvides,

rosas, cabezas de charros y chinas poblanas, hacía óleos y acuarelas horri-

bles y escribía cosas muy cursis.18

También ahí contrajo matrimonio con otro de los implicados en el

caso, Carlos Castro Balda. Concepción Acevedo de la Llata murió en

la ciudad de México en 1979, en su domicilio de la avenida Álvaro

Obregón.

18 Judith Martínez Ortega, La isla, citado por Armando de Maria y Campos en Obregón.

Memorias inéditas de la madre Conchita.

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“Los cuajarones de sangre que pringan nuestra historia e intrahis-toria son indelebles: no habrá agua que los lave. La eliminación o el confi namiento de los cainitas más activos no basta para la re-paración de sus daños a la sociedad. Hace falta algo más para que sus efectos nocivos se disuelvan en el tiempo y la normalidad siga su curso. Lo que, fi nalmente, metaboliza las secuelas del crimen es su transformación en mito, en literatura. Las muertes violentas seguirán repitiéndose, como si se tratara de una ofrenda continua en el altar de un tácito dios sanguinario; pero el país será capaz de asimilar sus funestas consecuencias en la medida que sepa con-vertirlas en leyenda oral o escrita. Éste es el Tezcatlipoca, el espejo humeante, en el que podremos encarar la terrible verdad desatada por Caín y su quijada asesina […] Gerardo Villadelángel ha sabido catar bien estas verdades y ha tenido la feliz audacia de convocar a una nutrida cohorte de escritores […] y afi nes con la encomienda de renovar esa imprescindible narrativa del crimen. Hay que cele-brar que hayan respondido a su llamado y que lo hayan hecho con la calidad y rigor que los trabajos compendiados en este volumen permiten apreciar […] La pluralidad de tratamientos, visiones y modos de narrar a que ello ha dado lugar, hacen de esta resurrec-ción y continuación de El libro rojo una de las más ricas y amenas fuentes de conocimiento de nuestro pasado.”

JOSU LANDA

Secuela de lo que fue, en palabras de José Luis Martínez, una de las grandes empresas edito-riales del siglo XIX mexicano, esta obra en cinco volúmenes abunda en la tradición del ejerci-cio de la prosa que vincula los discursos historiográfi co, literario y periodístico, en su inter-pretación paralela sustentada en la imagen y, sobre todo, en el tratamiento de la sangre como leitmotiv. A manera de continuación de El libro rojo publicado en 1870, cerca de trescientos autores –historiadores, cronistas, narradores y artistas visuales– compendian una suerte de antología abreviada, por su horizonte inabarcable, de crímenes ocurridos en nuestro país de 1868 a nuestros días.