esquizofrenia
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Rogério Oliveira
O que é Esquizofrenia
O termo esquizofrenia significa "cisão das funções mentais" (do grego schizo = divisão, cisão; phrenos = mente).
A esquizofrenia é um distúrbio psíquico que afeta a consciência do próprio eu, as relações afetivas, a percepção e o pensamento. É um distúrbio mental grave caracterizado por uma perda de contato com a realidade (psicose), alucinações, delírios, pensamento anormal e mudança de comportamento. É a psicose endógena mais frequente, afetando cerca de 0,65% da população.
Causa
Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico; o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos, embora não possamos afirmar que as substâncias psicoativas causem esquizofrenia.
Teoria Genética
Em pessoas com esquizofrenia, o córtex frontal, responsável pela atenção e raciocínio, era menos ativado, enquanto o corpo estriado, responsável por sensações, com grande número de receptores dopaminéricos, estava superativado.
Sintomas de Esquizofrenia
• Delírios
• Pensamento e discurso desorganizado
• Alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade constante na fase de crise.
• Alucinações
Sintomas de Esquizofrenia
• Frieza de emoções
• Anedonia
• Associabilidade
• Ausência de expressão
Tipos de EsquizofreniaEsquizofrenia Paranoide
alucinações auditivasdelírios
Esquizofrenia Residual
sintomas negativos
Tipos de Esquizofrenia
Esquizofrenia Hebefrênica
expressão desorganizada
comportamento desorganizado
emoções diminuídas ou inadequadas
Tipos de EsquizofreniaEsquizofrenia Catatônica
Imobilidadeadoção de posturas
excêntricas
atividade motora excessiva
Tipos de Esquizofrenia
Esquizofrenia Indiferenciada
delírios alucinações
sintomas negativos
alteração do pensamento comportamento
excêntrico
Diagnóstico
Não existe uma prova de diagnóstico definitiva para a esquizofrenia. Para estabelecer o diagnóstico de esquizofrenia, os sintomas devem durar pelo menos 6 meses e estarem associados à deterioração significativa no trabalho, nos estudos ou no convívio social. O médico deverá descartar a possibilidade de os sintomas psicóticos do paciente serem causados por um distúrbio afetivo. As pessoas com esquizofrenia têm anomalias cerebrais que podem ser vistas na tomografia computadorizada (TC) ou na ressonância magnética (RM).
Prognóstico
A evolução ou prognóstico da esquizofrenia é tão variável quanto à própria doença. A curto prazo (1 ano), o prognóstico da esquizofrenia está intimamente relacionado com o grau de fidelidade com que a pessoa cumpre o plano do tratamento medicamentoso. Sem tratamento medicamentoso, 70% a 80% das pessoas que têm um episódio de esquizofrenia terão durante os 12 meses seguintes um novo episódio. A longo prazo, o prognóstico da esquizofrenia varia. De um modo geral, um terço dos casos consegue uma melhoria significativa e duradoura, outro terço melhora de certo modo com recaídas intermitentes e incapacidade residual e outro terço experimenta uma incapacidade grave e permanente.
Um prognóstico bom ocorre quando há os seguintes fatores: começo súbito da doença, início na idade adulta, bom nível prévio de capacidade intelectual e subtipo paranóide. Os fatores associados a um mau prognóstico incluem um início em idade precoce, um escasso convívio social e profissional prévio, um histórico familiar de esquizofrenia e o subtipo hebefrênico ou negativo.
Tratamento
MEDICAÇÃO
Tratamento
REABILITAÇÃO
Tratamento
ATIVIDADES DE APOIO
Tratamento
PSICOTERAPIA
Interromper a perda da capacidade mental, preservando o contato com a realidade ;
Principais Objetivos
Se achar que a medicação não está a ajudar ou sentir efeitos não desejáveis deve avisar o seu médico psiquiatra;
Fazer psicoterapia e ter consultas regulares com seu psicólogo;
Ter o cuidado de conservar um ritmo de sono e vigília correto, com as horas de sono necessárias;
Evitar o stress;
Manter rotinas normais de higiene, alimentação, atividades físicas e de lazer;
Evitar substâncias psicoativas que possam interferir prejudicialmente no tratamento - como álcool e outras drogas;
Procurar ter horas para dormir, comer, trabalhar - ou seja, criar rotinas;
Permanecer em contato com as outras pessoas, não buscar o isolamento;
Manter o contato com o psiquiatra, psicólogo e a equipe de saúde mental;
Praticar desporto pelo menos uma vez por semana;
A participação da família é fundamental: reuniões dos psicólogos com os familiares são muito importantes porque a residência é o ambiente cerne da busca da sanidade mental.
PROBLEMAS QUE GERALMENTE OCORREM NA FAMÍLIA DO ESQUIZOFRÉNICO
Isolamento social… "As pessoas até nos procuram, mas não temos como fazer os programas que nos propõem"
Constante busca de explicações… "Ele está assim por algo que fizemos?"
Depressão… "Não consigo falar da doença do meu filho sem chorar".
Medo… "Ele poderá fazer mal a si ou às outras pessoas?"
Negação da gravidade… "Isso daqui a pouco passa", "Você não é como esse cara da televisão"
Incapacidade de falar ou pensar em outra coisa que não seja a doença… "Toda a nossa vida gira em torno do nosso filho doente"
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
INTERNAÇÃO• Atenção às necessidades individuais• Orientação (mesmo em situações de
surto)• Riscos• Autonomia• Educação• Efeitos adversos medicamentoso• Reações adversas do tratamento
ALTA/AMBULATÓRIO
Educação família:
• Aspectos da doença• Tratamento• Identificar sinais de reagudização
e riscos potenciais• Busca por atendimento • Diminuir reinternações• Melhor qualidade de vida.