aprender juntos historia 4 ano

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7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano http://slidepdf.com/reader/full/aprender-juntos-historia-4-ano 1/192 São Paulo, 4 a  edição 2014 4 ENSINO FUNDAMENTAL  ANOS INICIAIS HISTÓRIA  4 O  ANO História Manual do Professor São Paulo, 4 a  edição 2014 Organizadora Edições SM Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. Raquel dos Santos Funari Licenciada em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte. Mestra e doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Pesquisadora-colaboradora do departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Professora de História e supervisora de área no Ensino Fundamental e Médio. Mônica Lungov Bacharela e licenciada em História pela Universidade de São Paulo (USP). Consultora pedagógica e professora de História no Ensino Fundamental e Médio. Editora responsável Valéria Vaz Mestra em Artes Visuais e Especialização em Linguagens Visuais pela Faculdade Santa Marcelina (FASM). Licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp). Professora do Ensino Fundamental. Editora de livros didáticos.

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  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    1/192

    So Paulo,

    4aedio

    2014

    4

    ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

    HISTRIA 4OANO

    Histria

    ManualdoProfessor

    So Paulo,

    4aedio

    2014

    Organizadora Edies SMObra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edies SM.

    Raquel dos Santos FunariLicenciada em Histria pela Faculdade de Filosofia, Cincias eLetras de Belo Horizonte. Mestra e doutora em Histria pelaUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp).Pesquisadora-colaboradora do departamento de Histria doInstituto de Filosofia e Cincias Humanas da Unicamp. Professorade Histria e supervisora de rea no Ensino Fundamental e Mdio.

    Mnica LungovBacharela e licenciada em Histria pela Universidade deSo Paulo (USP). Consultora pedaggica e professorade Histria no Ensino Fundamental e Mdio.

    Editora responsvelValria VazMestra em Artes Visuais e Especializao em Linguagens Visuaispela Faculdade Santa Marcelina (FASM).Licenciada em Histria pela Universidade Estadual PaulistaJlio de Mesquita Filho (Unesp).Professora do Ensino Fundamental. Editora de livros didticos.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    2/192

    Edies SM Ltda.Rua Tenente Lycurgo Lopes da Cruz, 55gua Branca 05036-120 So Paulo SP BrasilTel. [email protected]

    www.edicoessm.com.br

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)(Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

    Aprender juntos : histria, 4oano : ensino fundamental : anos iniciais / organizadora Edies SM ; editora responsvel Valria Vaz ; obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edies SM. 4. ed. So Paulo : Edies SM, 2014. (Aprender juntos)

    Bibliografia.

    ISBN 978-85-418-0452-3 (aluno)ISBN 978-85-418-0453-0 (professor)

    1. Histria (Ensino fundamental) I. Vaz, Valria. II. Srie.

    14-05307 CDD-372.89

    ndices para catlogo sistemtico:1. Histria : Ensino fundamental 372.89

    4 edio, 2014

    Aprender Juntos Histria 4

    Edies SM Ltda.Todos os direitos reservados

    Direo editorial Juliane Matsubara Barroso

    Gerncia editorial Jos Luiz Carvalho da Cruz

    Gerncia de processos editoriais Rosimeire Tada da Cunha

    Coordenao de rea Valria Vaz

    Edio Carlos Eduardo de Almeida Ogawa, Maria Izabel Simes Gonalves, Nanci Ricci Apoio editorial Jaqueline Martinho dos Santos

    Assistncia de produo editorial Alzira Aparecida Bertholim Meana, Flvia R. R. Chaluppe, Silvana Siqueira

    Preparao e reviso Cludia Rodrigues do Esprito Santo (Coord.), Ana Catarina Nogueira,Ana Paula Ribeiro Migiyama, Anglica Lau P. Soares, Eliana Vila Nova,

    Eliane Santoro, Ftima Valentina Cezare Pasculli, Fernanda Oliveira Souza,

    Izilda de Oliveira Pereira, Mara de Freitas Cammarano, Renata Tavares,

    Rosinei Aparecida Rodrigues Araujo, Valria Cristina Borsanelli,

    Marco Aurlio Feltran (apoio de equipe)

    Coordenao de design Erika Tiemi Yamauchi Asato

    Coordenao de arte Ulisses Pires

    Edio de arte Luis F. Lida Kinoshita

    Projeto grfico Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti

    Capa Erika Tiemi Yamauchi Asato, Adilson Casarotti sobre papertoy de Carlo Giovani

    Iconografia Priscila Ferraz, Odete Pereira, Bianca Fanelli, Josiane Laurentino

    Tratamento de imagem Marcelo Casaro, Robson Mereu

    Editorao eletrnica Equipe SM

    Fabricao Alexander Maeda

    Impresso

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    3/1923

    Apresentao

    Caro aluno,

    Este livro foi cuidadosamente pensado para ajud-lo a construir umaaprendizagem slida e cheia de significados que lhe sejam teis no so-

    mente hoje, mas tambm no futuro. Nele, voc vai encontrar estmulos

    para criar, expressar ideias e pensamentos, refletir sobre o que aprende,

    trocar experincias e conhecimentos.

    Os temas, as atividades, as imagens e os textos propostos neste livro

    oferecem oportunidades para que voc se desenvolva como estudante e

    como cidado, cultivando valores universais como responsabilidade, res-

    peito, solidariedade, liberdade e justia.Acreditamos que por meio de atitudes positivas e construtivas que

    se conquistam autonomia e capacidade para tomar decises acertadas,

    resolver problemas e superar conflitos.

    Esperamos que este material didtico contribua para o seu desenvolvi-

    mento e para a sua formao.

    Bons estudos!

    Equipe editorial

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    6/192

    Sumrio

    6

    2unidade

    1unidade

    3

    22

    3

    captulo captulo

    captulo captulo

    A chegada a um novo mundo

    A chegada Amrica Escravido na Colnia

    Resistindo escravido

    O que aprendi? O que aprendi?

    A travessia do Atlntico, 19

    O encontro entre portugueses e indgenas, 20

    Os indgenas, segundo os portugueses, 21

    Os portugueses, segundo os indgenas, 22

    Registros: Mapas, 23

    Pau-brasil: a primeira riqueza, 24

    Escambo, 25

    Agora j sei, 26

    A escravido nos engenhos, 51O dia a dia, 52

    Vivendo na senzala, 53

    A escravido nas minas, 54O trfico para as minas, 55

    O trabalho nas minas, 56

    Condies de vida dos africanosescravizados na minerao, 57

    Nas cidades, 58

    Escravos de ganho, 59

    Agora j sei, 60

    O incio da colonizao

    O trabalho escravo na Colnia

    Formas de resistncia, 63

    A Revolta dos Mals, 64

    Quilombo de Palmares, 65

    A vida em Palmares, 66

    A destruio de Palmares, 67

    Agora j sei, 68

    1

    captulo

    A escravido

    Quem eram as pessoas escravizadas?, 43O trfico negreiro, 44

    Registros: Navio negreiro, 44

    A travessia do Atlntico, 45

    Mercado de escravizados, 46

    Numa terra estranha, 47

    Agora j sei, 48

    1

    captulo

    As grandes viagens martimas, 11A arte da navegao, 12

    Vivendo em alto-mar, 13

    A tripulao dos navios, 14

    O cotidiano a bordo, 14

    As mulheres nas

    Grandes Navegaes, 15

    Agora j sei, 16

    Buscando novos caminhos 10

    Vamos fazer!

    Jogo de tabuleiroBssola

    Vamos fazer!

    O cultivo da cana ea produo do acar, 29

    O trabalho no cultivo, 30

    O trabalho na produo do acar, 31

    O engenho, 32

    Conhecendo melhor um engenho, 33

    Agora j sei, 34

    RobsonArajo/ID/BR

    RobsonArajo/ID/BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    7/1927

    4unidade

    3unidade

    3

    2

    1

    2

    3

    captulo

    captulo captulo

    captulo captulo

    Um novo cultivo: o caf

    Outros trabalhadoreslivres no campo

    Da escravido aotrabalho assalariado

    Trabalhador livre urbano Vida urbana e indstria

    Vamos fazer!

    O que aprendi?

    O que aprendi?

    A cafeicultura, 111A expanso das lavouras de caf, 112

    O trabalho nas fazendas de caf, 114

    A economia cafeeira, 115

    Mudanas no cenrio, 116

    As estradas de ferro, 117

    Agora j sei, 118

    O trabalho nas fazendas de gado, 87

    Os caminhos do gado na Colnia, 88

    Os missionrios e os bandeirantes, 89

    Os jesutas e as misses, 90

    Os bandeirantes, 92

    Registros: Casas, 92

    Agora j sei, 94

    Crescimento da populao urbana, 97

    Ofcios urbanos, 98

    Problemas nas cidades mineradoras, 99

    A fome, 99

    O controle do governo portugus, 100

    Conflitos, 101

    Agora j sei, 102

    Industrializao e urbanizao, 131

    As primeiras indstrias, 132

    O crescimento das cidades, 133

    Operrios: o trabalho nas fbricas, 134

    Uma vida nada fcil, 135

    Movimentos operrios: lutando por direitos, 135

    Agora j sei, 136

    Vamos fazer!

    Quadro sinptico Revoltas coloniais

    Painis para exposio

    O trabalho livre na Colnia O fim da escravido

    O processo da abolio da escravido, 121

    Leis, 122

    Registros: Documentos oficiais, 123

    Chegam os imigrantes, 124

    O trabalho dos imigrantes, 125

    Registros: Acervo de museu, 126

    Os imigrantes nas cidades, 127

    Os imigrantes no Sul do Brasil, 127

    Agora j sei, 128

    1

    captulo

    Homens e mulheres livresnos engenhos

    Trabalhadores livres nos engenhos, 77O que faziam, 78

    Mascates, 79

    Famlia patriarcal, 80

    A esposa e os filhos, 80

    A vida domstica, 81

    Registros: Desenhos,gravuras e pinturas, 83

    Agora j sei, 84

    Sugestes de leitura

    Bibliografia

    RobsonArajo/ID/BR

    RobsonArajo/ID/BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    8/192

    unidade

    1

    A chegada a umnovo mundo

    At o sculo XV, os europeus noconheciam todos os continentes eoceanos. Investindo em viagensmartimas, eles chegaram a uma

    terra que no conheciam e quefoi chamada de Amrica ou NovoMundo. Os europeus decidiramocupar essa terra, onde j haviamilhes de habitantes.

    Observe a imagem.

    Quais desses continentes eram co-

    nhecidos at o sculo XV?

    Aonde os europeus chegaram no s-

    culo XV?

    Voc conhece a rota martima repre-

    sentada na imagem?

    Os portugueses deci-

    diram ocupar as terras

    onde j viviam milhes

    de pessoas. Como ser

    que os portugueses viam os habi-

    tantes do Novo Mundo? Como ser

    que os habitantes do Novo Mun-

    do viam os europeus? Converse

    com os colegas e com o professor

    e depois anote suas concluses.

    Europa, sia e frica.

    Chegaram Amrica.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    Nasa/ID/BR

    Imagem de satlite representando

    parte da superfcie terrestre.

    Composio ilustrativa que no

    obedece s convenes cartogrficas.

    AMRICA

    OCEANO

    ATLNTICO

    Atividade oral. Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    9/1929

    ANTRTIDA

    OCEANIA

    FRICA

    EUROPA

    SIA

    OCEANONDICO

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    10/192

    1

    captulo

    10

    Buscando novos caminhos

    Nos sculos XV e XVI, os europeus fizeram diversas viagens martimas,

    chegando a lugares que antes desconheciam. Por isso, esse perodo conhe-cido como o das Grandes Navegaes.

    Os portugueses foram pioneiros nas viagens pelo oceano Atlntico. Nave-gando por guas desconhecidas, eles corriam muitos riscos.

    Muito tempo depois, o poeta Fernando Pessoa (1888-1935) escreveu umpoema sobre essas viagens. Leia alguns versos.

    1 Converse com os colegas sobre as questes a seguir.

    a) Por que mes, filhos e noivas ficavam tristes e preocupados?

    b) Naquela poca, quais eram os motivos das lgrimas de Portugal?

    c) Na sua opinio, por que os marinheiros enfrentavam o mar desconhecido?

    d) Pense na chegada dos portugueses ao Novo Mundo. Que resposta voc

    acha que dariam pergunta Valeu a pena??

    RobsonArajo/ID/BR

    Mar portugus mar salgado, quanto do teu salSo lgrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas mes choraram,Quantos filhos em vo rezaram!Quantas noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, mar!

    Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma no pequena.

    [...]Fernando Pessoa. Obra potica.

    Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1981. p. 16.

    Porque as viagens eram longas e arriscadas.

    As perdas que as arriscadas viagens ocasionavam.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    Informaes adicionais no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    11/19211

    As grandes viagens martimas Sugesto no Manual do Professor.

    Na poca das Grandes Navegaes, os oceanos eram pouco conhecidose vrias lendas assustavam os marinheiros. Uma delas dizia que as guas dooceano eram povoadas por monstros, como grandes serpentes marinhas.Outra, que esse oceano terminava em um abismo.

    Se tinham tantos temores, por que os europeus se aventuraram em guasdesconhecidas? O que buscavam?

    Alguns produtos eram raros e caros na Europa, comoespeciarias, porcelanas e tecidos de seda. Esses produ-tos eram encontrados na ndia e levados por comerciantesrabes at Constantinopla. L, eles eram comprados porcomerciantes europeus e distribudos por toda a Europa.Vendidos e revendidos, esses artigos alcanavam preos

    muito altos.Interessados em participar desse lucrativo comrcio, os

    portugueses comearam a buscar um novo caminho para andia, onde poderiam comprar especiarias dos prprios in-dianos, evitando os inmeros revendedores.

    Alm do interesse co-mercial, os marinheirosportugueses eram motiva-dos a viajar por outros fa-

    tores, como a paixo pelomar e a vontade de conhe-cer outros lugares.

    Especiaria:erva

    ou parte de planta,

    como canela, cravo,

    pimenta, gengibre e

    noz-moscada, que era

    usada no preparo e

    na conservao dos

    alimentos e tambm

    como medicamentos.

    A noz-moscada, por

    exemplo, era usada

    contra dores no

    estmago e clicas.

    1 Observe a rota indicada no mapa acima. Ela comeava em Portugal, pas-sava pelo cabo da Boa Esperana e chegava ndia. Agora responda:

    a) Por quais oceanos essa rota passava?

    b) Quais eram o continente e a cidade de origem dessa rota? E de destino?

    OCEANONDICOOCEANO

    ATLNTICO

    30S

    30N

    0

    0 60L

    Equador

    MeridianodeGre

    enwich

    MarMediterrneo

    EUROPA

    FRICA

    S I A

    Cabo da BoaEsperana

    Lisboa ConstantinoplaPORTUGAL

    NDIA

    PennsulaArbica

    Calicute

    0 1170 2

    340 km

    1 cm 1

    170 km

    Rota portuguesa das especiarias (sculos XV e XVI)

    Fonte de pesquisa: Atlas histricoescolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991.

    p. 112-113.

    ID/BR

    Passava pelos oceanos Atlntico e ndico.

    Origem: Lisboa, na Europa; destino: Calicute, na sia.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    12/19212

    A arte da navegaoNesse perodo, as rotas de navegao eram feitas pelo mar Mediterrneo,

    no litoral da Europa, da frica e da sia, mas no pelo oceano, que estava maisdistante da costa. Os marinheiros orientavam-se pelas estrelas. As navegaesocenicas, em alto-mar, exigiam embarcaes diferentes e instrumentos de

    navegao complexos.Na poca das Grandes Navegaes, os portugueseseram os que mais ti-

    nham conhecimentos nuticos. E, para as grandes viagens, eles aperfeioaramalguns instrumentos e inventaram outros.

    2 O que diferenciava a navegao pelo Mediterrneo da ocenica?

    3 Quando no existiam os instrumentos de orientao, como os

    navegantes faziam? Converse com os colegas e respondam.

    Caravela. Embarcao com casco estreito e fundoe velas triangulares. Resistente e ligeira, a caravelafoi ideal para a navegao ocenica naquelemomento. Pintura de Rafael Monleon (1843-1900)retratando caravelas do sculo XVI.

    Quadrante.Tambm era uminstrumento de orientao em alto-mar.Fotografia de quadrante do sculo XVI.

    Bssola.Importanteinstrumento deorientao; tem umaagulha magnticaque aponta semprepara o norte. Deorigem chinesa,foi aperfeioadadurante as GrandesNavegaes.Fotografia de bssolado sculo XV.

    Astrolbio.

    Instrumento quepermitia calculara localizao dos

    barcos em alto--mar. Fotografiade astrolbio dosculo XIV.

    MuseuNaval,Madri,

    Esp

    anha.

    Fotografia:ID/BR

    MuseuNaval,Madri,

    Espanha.

    Fotografia:

    Album/Oronoz/Latinstock

    ErichLessing/Album/Latinstock

    Museum

    ofthe

    Hist

    oryo

    fScie

    nces

    ,Flor

    ena

    ,Itlia

    .

    Fotografia:

    Tomsich/Ph

    otoRe

    search

    ers/L

    atins

    tock

    Sugesto no Manual do Professor.

    A navegao pelo Mediterrneo era mais fcil porque era costeira, passando pela Europa, fricae sia. A navegao ocenica, pelo Atlntico e pelo ndico, era mais difcil porque a frota passava

    muito tempo em mar aberto, tornando a orientao mais complicada.

    Orientavam-se pelas estrelas. Rena os alunos em grupos para que discutam a questo. Cada grupo deverdar a resposta com base em seus conhecimentos sobre orientao, integrando-os com Geografia.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    13/19213

    1 Voc j fez alguma viagem que durou muitos dias? Se fez, anote

    no caderno as informaes a seguir. Depois, conte para a classe:

    a) qual era o meio de transporte;

    b) quantos dias durou;

    c) para onde foi;

    d) como foi a viagem (onde comia, tomava banho, etc.).

    2 Se no fez nenhuma viagem longa, use sua imaginao e crie

    uma. Identifique o lugar para onde foi, o percurso, o meio de

    transporte. Conte, por exemplo, onde dormia, como fazia para

    comer e tomar banho.

    Vivendo em alto-mar Sugesto no Manual do Professor.

    Na poca das Grandes Navegaes, no se sabia ao certo quanto tempo

    levaria para chegar terra firme. Muitas vezes, os tripulantes passavam longos

    perodos em alto-mar. Como era essa viagem?

    Leia o texto.

    O objetivo levar o aluno aorganizar informaes de um

    relato para compartilhar sua vivncia com os colegas, assim como desenvolver a expresso oral.

    Resposta pessoal. Professor, lembre os alunos de integrar o relato com Geografia.Na redao, pea para eles descreverem ou imaginarem o local para onde viajaram, sefica ao norte, sul, leste ou oeste de onde o aluno mora, como era a paisagem, etc.

    Depois que a caravela deixava o porto, a nica paisagem que se podia avistar eram mare cu. Mas eram poucos os que estavam preparados para essas longas viagens. A maioriano sabia nem mesmo nadar. s vezes, o navio afundava a uma pequena distncia da costae muitos morriam afogados. No mar, todos tinham de enfrentar os mesmos riscos.

    Alfredo Boulos Jnior. A viagem de Cabral. So Paulo: FTD, 1999. p. 13.

    Gravura annima

    do sculo XVI

    representando

    uma nau

    portuguesa.

    AcademiadeCincias,

    Lisboa,

    Portugal.F

    otografia:ID/BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    14/19214

    A tripulao dos navios

    Cada navio tinha seu capito

    ou comandante, mas era o piloto

    que conduzia a embarcao. Os

    timoneiros trabalhavam no leme,

    sob as ordens do piloto.O mestre comandava os ou-

    tros membros da tripulao, dis-

    tribuindo tarefas e verificando

    seu cumprimento. Os marinhei-

    ros faziam a maior parte do traba-

    lho na embarcao. Carpinteiros

    e ferreiros faziam reparos no na-

    vio. O despenseiro cuidava dos

    alimentos e distribua a cota di-ria a cada um. O mdico-barbei-

    ro tratava dos doentes, fazia a

    barba e cortava o cabelo de to-

    dos. Os grumetes eram garotos

    aprendizes de marinheiro que

    realizavam tarefas pesadas e

    perigosas e estavam sujeitos a

    castigos fsicos. Havia ainda os

    cozinheiros.Sempre estavam a bordo:

    um padre; um escrivo, que re-

    gistrava os acontecimentos im-

    portantes da viagem; bombardei-

    ros, que eram encarregados dos

    canhes; e soldados.

    O cotidiano a bordo

    O espao no barco era muito pequeno, sendo difcil at se deslocar a bor-

    do. Ratos e pulgas eram comuns. No havia banheiros e a maior parte do navio

    era reservada a cargas. Grumetes e marinheiros no tinham cabine e dormiam

    em qualquer lugar.

    O dia a dia era cansativo e quase no havia momentos de folga.

    O alimento bsico era um biscoito salgado, duro e seco. Tambm havia car-

    ne de porco salgada e bacalhau. No mar era possvel pescar e ento comer peixe

    fresco. Frutas e legumes eram muito raros, pois estragavam com facilidade.

    Cada tripulante recebia uma cota diria de gua, comida e vinho.

    Escrivo.

    Marinheiro.

    Ilustraes:RobsonArajo/ID/BR

    Soldado.

    Leme:pea que controla a

    direo de uma embarcao.

    Sugesto e informaes

    adicionais no Manual

    do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    15/19215

    As mulheres nas Grandes Navegaes

    Pouco se fala da participao das mulheres nas Grandes Navegaes. Afi-

    nal, eram os homens que partiam nas caravelas para atravessar o oceano. E as

    mulheres, o que faziam?

    Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos,

    tratavam dos animais, cuidavam das crianas e dos idosos. A vida continuava

    normalmente em Portugal durante o tempo em que os homens navegavam.

    As mulheres tambm participaram ativamente das Grandes Navegaes.

    Eram elas que fabricavam as velas dos navios e outros equipamentos nuti-

    cos. Tambm preparavam muitos dos alimentos para as viagens, como mar-

    melada, biscoitos e carne salgada.

    Houve ainda mulheres que viajaram junto com os homens. Algumas acom-panhavam o marido ou o pai, outras trabalhavam nos barcos, como padeiras e

    enfermeiras, por exemplo.

    E foram muitas as que saram de Portugal para viver nas terras que os por-

    tugueses ocuparam. Um exemplo dona Brites de Albuquerque, que em 1534

    chegou a Pernambuco com o marido, Duarte Coelho. Ele voltou a Portugal, mas

    dona Brites ficou, tornando-se a maior autoridade de Pernambuco.

    3 Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres mantinham a vida

    cotidiana em Portugal. O que elas faziam? Responda no caderno.

    Pingado/ID/BR

    Enquanto os homens estavam no mar, as mulheres cultivavam os campos,

    tratavam dos animais e cuidavam das crianas e dos idosos. Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    16/192

    Agora j sei

    16

    a) O texto se refere a qual expedio?

    b) Cabral era o capito-mor da expedio, mas precisava de outras pessoaspara realizar a viagem. Voc se lembra das pessoas que faziam parte da

    tripulao? Quais eram?

    c) Quais eram os principais instrumentos de navegao que a tripulao dosnavios de Cabral usava? Bssola, astrolbio e quadrante.

    d) Se voc fosse dar outro ttulo ao texto, qual seria?

    e) Imagine que voc um grumete da expedio de Cabral. Conte

    aos colegas como foi a viagem.

    1 No texto a seguir, a autora imagina Pedro lvares Cabral quando criana.Leia-o e responda no caderno s questes abaixo.

    Expedio feita em 1500 que resultou na chegadados portugueses a terras que hoje fazem parte doterritrio brasileiro.

    Piloto, timoneiro, mestre, padre, carpinteiro, ferreiro, despensei-ro, mdico-barbeiro, cozinheiro, marinheiro, grumete, escrivo,soldados e bombardeiros.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    De olhos bem abertos, ele sonhava como dia em que seria navegador nos sete mares.Nas noites em que o sono demorava a chegar,as ondas que iam e vinham em seu pensamentoo levavam para alm-mar.L onde o mar termina.L onde ele queria chegar!E os olhos do meninofechavam-se sobre esse sonho,encontrando finalmente o sonoperdido na noite fria e longa.Um dia, um convite.Convite feito pelo Rei.O sonho tinha virado realidade.Pedro no era mais um menino.Era, agora, Pedro lvares Cabral,o homem que seria Capito-Morde uma importante expedioque ia cruzar o Atlntico.

    Lcia Fidalgo. Pedro, menino

    navegador. Rio de Janeiro:

    Manati, 2000. p. 5-6.

    IlustraCartoon/ID

    /BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    17/19217

    2 No texto da pgina ao lado, as ondas levavam o menino Pedro para ondeo mar termina. Essa imagem se refere a qu?

    3 Observe a gravura a seguir e responda s questes no caderno.

    a) O que essa imagem representa? Descreva-a.b) De acordo com o que voc estudou, essa gravura est relacionada a que

    acontecimentos e a qual poca?

    c) Agora, escreva uma legenda para a gravura usando as informaes dositens anteriores e relacionando-a ao poema da pgina 16.

    4 Os grumetes eram aprendizes de marinheiro.

    a) Quais eram as tarefas destinadas a eles? A que estavam sujei-tos?

    b) E hoje, existem crianas e jovens na condio de aprendizes? Como sotratados?

    Converse com os colegas e com o professor sobre essas ques-

    tes. Depois, registre no caderno as concluses a que chegaram.

    Gravura de Theodore de Bry, sculo XVI.

    ServiceHistoriquedelaMarine,

    Vincenn

    es,

    Frana.

    Fotografia:

    TheodoredeBry/TheBridgemanAr

    tLibrary/GettyImages

    Est relacionada ideia que se tinhado mundo na poca, ou seja, mundo plano e o oceano Atlntico terminando em um abismo.

    Navios prximo ao litoral, cercados por peixes com asas.

    s Grandes Navegaes, no sculo XV ou XVI, poisnessa poca havia lendas sobre monstros que habitavam os mares desconhecidos.

    Resposta pessoal.

    Estimule os alunos a formular hipteses acerca do imaginrio europeu

    na idealizao de seres fantsticos que habitavam os oceanos.

    Os grumetes realizavam tarefas pesadas e perigosas e esta-vam sujeitos a castigos fsicos.

    Resposta pessoal. O objetivo verificar as relaes e condies de trabalho em pocas diferentes edestacar o respeito aos direitos do trabalhador. Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    18/192

    2

    captulo

    18

    A chegada Amrica

    Os versos a seguir so de uma cano antiga. Eles foram adaptados de

    uma cantiga de marujada.A marujada ou chegana de marujos um conjunto de danas e msicas

    que contam as aventuras dos portugueses nas Grandes Navegaes. Elas fa-

    zem parte de uma festa popular comemorada em alguns estados do Brasil,

    como Bahia, Minas Gerais e Gois.

    Leia os versos.

    Peixinhos do mar

    Quem me ensinou a nadar, quem me ensinou a nadarFoi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do marFoi, foi, marinheiro, foi os peixinhos do mar

    ns que viemosde outras terras, de outro mar ns que viemosde outras terras, de outro mar[...]

    Adaptao: Tavinho Moura.

    Peixinhos do mar.

    Intrprete: Milton Nascimento.

    Em: Sentinela. Ariola, 1980.

    1 CD. Faixa 2.

    1 Voc conhece a cano? Se conhecer, rena-se com os colegas que aconhecem e cante-a para a classe. Assim, quem no a conhece poderaprender e cantar junto.

    2 Nos versos ns que viemos/ de outras terras, de outro mar:

    a) Quem veio de outras terras?b) De que terra vieram?

    3 Sobre a expresso outro mar, observe novamente a imagem das pgi-nas 8 e 9.

    a) Para chegar terra que hoje faz parte do Brasil, os portugueses tiveram depassar por outro mar?

    b) Na rota traada nessa imagem, que outro mar os portugueses atra-

    vessaram?

    Atividade oral. Verifique os conhecimentos prvios dos alunos. Se possvel,

    toque a cano. Sugesto e informaes adicionais no Manual do Professor.

    Resposta pessoal.

    Os portugueses.

    Portugal.

    No, porque Portugal e Brasil so banhados pelomesmo oceano, o Atlntico.

    O oceano ndico.

    RobsonArajo/ID/BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    19/19219

    Equador

    MeridianodeGreenwich

    30N

    60O 0

    30S

    0

    60L

    Lisboa

    Palos

    FRICA

    Melinde

    Porto Seguro

    S I A

    Calicute

    EUROPA

    PORTUGAL

    ESPANHA

    SofalaOCEANOPACFICO

    OCEANONDICO

    OCEANOATLNTICO

    Ma

    rMediterrneoA

    M

    R

    I

    C

    A

    Cristvo Colombo

    Vasco da GamaPedro lvares Cabral

    Rotas de viagem

    0 2125 4250 km

    1 cm 2125 km

    Viagens martimas (sculo XV)

    Em vez de contornar a costaafricana, Cristvo Colombo,navegador a servio dos reis

    da Espanha, seguiu para oeste.

    Acreditando na esfericidade daTerra, ele dizia que chegaria

    ndia navegando em linha reta.Fonte de pesquisa: Atlas histrico escolar. Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 112.

    A travessia do Atlntico Sugesto no Manual do Professor.

    Ao longo dos sculos XV e XVI, portugueses e espanhis fizeram viagensbem-sucedidas pelo oceano Atlntico. Em 1492, os espanhis chegaram aum continente que no conheciam e que seria chamado de Amrica. Os por-tugueses, por sua vez, encontraram o caminho martimo para a ndia em 1498.Dois anos depois, chegaram s terras que mais tarde chamariam de Brasil.

    A expedio que partiu de Lisboa com destino ndia, em 1500, foi coman-dada por Pedro lvares Cabral. A misso dele era retornar a Portugal com osnavios cheios de especiarias, sedas e outros artigos de luxo. Era uma grandeexpedio: 13 embar-caes, com um totalde 1 500 tripulantes.

    1 Observe o mapa e responda. Qual a cor que representa a rota de via-

    gem de:

    a) Cristvo Colombo?

    b) Vasco da Gama?

    c) Pedro lvares Cabral?

    ID/BR

    Saiba mais

    Alguns estudiosos afirmavam que, para Cabral chegar Amrica, os na-vios teriam se afastado da costa africana, devido s ms condies do tem-po. Contudo, pesquisas indicam que chegar Amrica j estava nos planos

    dos portugueses, porque eles j sabiam da existncia dessas terras por meiode viagens secretas de explorao realizadas antes de 1500.

    Vermelha.

    Verde.

    Lils.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    20/19220

    Descobrimento

    do Brasil, pinturade Oscar Pereirada Silva, 1922.

    O encontro entre portugueses e indgenas

    Depois de 44 dias navegando pelo oceano Atlntico, a expedio de Cabralavistou terra. Foi no dia 22 de abril de 1500, na regio onde hoje se encontra acidade de Porto Seguro, no sul do estado da Bahia.

    Os portugueses encontraram nesse local uma paisagem exuberante, com

    muita vegetao e abundncia de gua para beber. Encontraram tambm pes-soas muito diferentes deles os povos indgenas.

    Como deviam retornar Europa com mercadorias lucrativas, os portugue-ses quiseram saber o que poderia ser explorado. Fizeram ento o primeirocontato com os indgenas.

    2 Observe a pintura, prestando ateno em seus detalhes. Depois, faa o

    que se pede no caderno.

    a) Escreva o ttulo da pintura, o nome do autor e o ano em que foi feita.

    b) Que acontecimento representado na pintura? Quando isso ocorreu?

    c) A pintura foi feita quanto tempo depois desse acontecimento?

    d) Observe a vestimenta dos portugueses e a condio do convs do navio,considerando os 44 dias de viagem em alto-mar. Qual a sua impresso?

    3 Escreva uma nova legenda para a pintura, utilizando as informaes da

    questo anterior.

    MuseuPaulistadaUniversidadedeSoPaulo,S

    oPaulo.

    Fotografia:ID/BR

    Informaes complementares no Manual do Professor.

    Descobrimento do Brasil, de Oscar Pereira da Silva, feita em 1922.

    O momento do encontro entre a tripulao de Cabral e os indgenas, em 1500.

    422 anos depois.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    Os alunos devem perceber que roupas e convs aparecem bem-cuidadose limpos, mesmo aps um longo perodo em alto-mar.

    Comente com os alunos que, apesar de a pintura datar de 1922, ela retrata umacontecimento que se deu em 1500. Vale lembrar que reconstituies histricas

    so feitas com base em registros de pessoas envolvidas no episdio.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    21/19221

    4 Procure no dicionrio o significado das palavras que voc no conhece e,

    depois, releia o texto.

    5 Compare as informaes do relato de Caminha com a pintura da pginaao lado.

    a) Quais so as semelhanas e as diferenas entre os elementos apresenta-dos na carta e na pintura?

    b) Podemos dizer que Oscar Pereira da Silva se baseou nos registros de Cami-nha para fazer a pintura? Explique.

    6 Com base na pintura e na carta, como voc imagina que foi esse primeiro

    encontro entre indgenas e portugueses?

    A feio deles serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes,bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa[r]de encobrir suas vergonhas [...]. Acerca disso so de grande inocncia. [...]

    Os cabelos deles so corredios. E andavam tosquiados, de tosquiaalta [...], de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. [...]

    O Capito, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira[...] e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoo. [...] um deles fitou ocolar do Capito, e comeou a fazer acenos com a mo em direo terra, e depois para ocolar, como se quisesse dizer-

    -nos que havia ouro na terra.E tambm olhou para um cas-tial de prata e assim mesmoacenava para a terra e nova-mente para o castial, como sel tambm houvesse prata!

    Pero Vaz de Caminha. Carta a El-ReiD. Manuel.Disponvel em: .

    Acesso em: 21 jan. 2014.

    Os indgenas, segundo os portugueses

    Pero Vaz de Caminha era o escrivo da esquadra de Cabral. Ele escreveuuma carta informando ao rei portugus a chegada nova terra.

    Leia o trecho da carta em que Caminha descreve os indgenas.

    Resposta pessoal.

    5aSemelhanas: a descrio fsica dos indgenas, a posio do capito em uma cadeira e o

    castial. A diferena que, no quadro, os indgenas no esto nus como no relato da carta.

    Sim, pois o pintor no estava presente ao evento e exis-tem itens descritos na carta que esto representados na

    pintura. Embora inspirada na carta de Caminha, a pintura no um retrato fiel da realidade; reflete as ideias do autor.

    Resposta pessoal.

    Sugesto no Manual do Professor.

    O aluno deve perceber que o encontro foi pacfico e que havia o interesse portugus em descrever

    o indgena e saber da existncia de metais preciosos. Sugesto no Manual do Professor.

    Tosquiado:com

    o cabelo cortado.

    Pingad

    o/ID/BR

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    22/19222

    Os portugueses, segundo os indgenas Sugesto no Manual do Professor.

    Como os indgenas encararam a chegada dos portugueses s suas terras?

    Como a cultura dos indgenas daquela poca era oral, ns temos poucos regis-

    tros de suas opinies sobre os portugueses.

    Um desses registros o discurso do paj MBor Guau, do povo Tupinam-

    b, que viveu no Maranho no sculo XVII. O texto d uma ideia de como os

    indgenas viram os acontecimentos.

    Vi a chegada dos per [portugueses]. [...] disseram que devamos colaborar comeles, construindo fortalezas e erguendo cidades para que todos pudessem morar juntos.E assim parecia que queriam fazer uma s nao.

    [...] mandaram vir pa[padres], que ergueram cruzes ecomearam a instruir os nossos e a batiz-los. Depoisfalaram que os paprecisavam de escravos para osservir e trabalhar nas suas lavouras. E demos-lhespessoas para serem escravos.

    Depois, no satisfeitos com estes escravosque tomvamos nas guerras, exigiram tambmos nossos filhos e no fim acabaram escravizandotoda a nao. Com tal tirania e crueldadetrataram os pobres coitados, que os que aindaestavam livres, como ns, tivemos que deixara regio.

    Egon Heck e Benedito Prezia. Povos indgenas: terra

    vida. So Paulo: Atual, 2009. p. 25.

    7 Pesquise no dicionrio o significado das palavras que voc no conhece.

    Depois, releia o texto.

    8 Responda s perguntas a seguir no caderno para relembrar algumas ca-

    ractersticas da vida dos indgenas antes da chegada dos portugueses.

    a) As fortalezas e as cidades dos portugueses eram semelhantes s moradias

    dos indgenas?

    b) Nas crenas indgenas, havia o smbolo da cruz? E batismo?

    c) Os indgenas eram livres? Em que situao eram escravizados?

    9 Agora, compare suas respostas com as informaes do texto. Depois,

    faa uma lista das mudanas que aconteceram na vida dos povos indge-

    nas com a chegada dos per.

    Pingado/ID/BR

    Sugesto no Manual do Professor.

    Resposta pessoal.

    No.

    No. Oriente os alunos para perceberem que cada religio possui rituais e smbolos prprios.

    Os indgenas eram livres, mas, depois da chegada dos europeus, os prisioneiros de guerra comea-ram a ser escravizados para trabalhar nas lavouras.

    Grande parte dos indgenas perdeu a autonomia e a liber-dade, ficando sujeita aos portugueses. E, nessa condio,muitos deles foram convertidos ao catolicismo e batizados,alm de serem escravizados.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    23/19223

    Registros

    Mapas

    Quando comearam a viajar pelo Atlntico, os eu-

    ropeus logo perceberam que necessitariam de cartas

    nuticasmais precisas.As que existiam at ento j tinham a rosa dos ven-

    tos com traados de direo. Tinham tambm alguns

    desenhos que forneciam informaes sobre o local representado. Mas era

    necessrio aperfeio-las.

    Os cartgrafos se baseavam nas informaes dos viajantes para elaborar

    os mapas, que eram peas nicas, feitas manualmente.

    Na poca das Grandes Navegaes, devido disputa entre as naes

    para descobrir terras e riquezas, os mapas eram considerados segredo de

    Estado.O primeiro mapa que mostra as conquistas martimas dos portugueses

    o planisfrio de Cantino, feito em 1502.

    Observe o mapa e responda s questes no caderno.

    a) Quais as diferenas entre o planisfrio de Cantino e a imagem de abertura

    da unidade em relao aos continentes?

    b) Por que os mapas eram considerados segredo de Estado?

    c) Os mapas podem ser considerados documentos histricos? Por qu?

    Carta nutica:mapa

    usado para navegao;

    por isso, era elaborado

    dando destaque aosmares e oceanos.

    Planisfrio de Cantino, de 1502.

    BibliotecadeEstense,

    Modena.

    Fotografia:ID/BR

    Sugesto no Manual do Professor.

    O contorno de alguns continentes diferente.

    Sim, pois eles contm informaes referentes a uma determinada poca.

    bEmbora os mapas no fossem muito precisos, eles podiam

    ser usados para orientao em viagens martimas, possibi-litando chegar a novas

    terras e nelas encontrar riquezas.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    24/19224

    Pau-brasil: a primeira riqueza

    Quando chegaram, os portugueses no encontraram metais preciosos,

    uma das principais riquezas que buscavam na poca. Mas encontraram pau-

    -brasil, uma rvore que havia em grande quantidade no litoral, entre os atuais

    estados do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro.

    Para os ndios Tupi, o pau-brasil era ibirapitanga, que quer dizer rvore ver-

    melha. Da madeira, eles extraam um corante vermelho para tingir as penas

    dos ornamentos. Faziam tambm arcos e flechas.

    Os portugueses sabiam que poderiam ter lucros com a explorao do pau-

    -brasil. Na Europa, o corante serviria para tingir tecidos, e a madeira, para a fa-

    bricao de mveis e embarcaes. Passaram ento a extrair o pau-brasil.

    20S

    TrpicodeC

    apricrnio

    OCEANOATLNTICO

    OCEANOPACFICO

    EquadorRR

    AM

    RO

    AC

    PA

    AP

    PI

    CEMA

    TO

    GO

    BA

    MG

    ES

    RJ

    RN

    PB

    PE

    SE

    AL

    SP

    PR

    SC

    RS

    MS

    MT

    DF

    60 O 40 O

    0

    0 675 1350 km

    1 cm 675 km

    Mata Atlntica

    Diviso atual dos estados

    Limite atual doterritrio brasileiro

    60O 40O

    20S

    OCEANOATLNTICO

    OCEANOPACFICO

    Equador 0

    TrpicodeCap

    ricrnio

    RR

    AM

    RO

    AC

    PA

    AP

    PI

    CEMA

    TO

    GO

    BA

    MG

    ES

    RJ

    RN

    PB

    PE

    SE

    AL

    SP

    PR

    SC

    RS

    MS

    MT

    DF

    0 675 1350 km

    1 cm 675 km

    Mata Atlntica

    Diviso atual dos estados

    Limite atual doterritrio brasileiro

    Mata Atlntica no incio do sculo XVI Mata Atlntica atualmente

    Fonte de pesquisa: Conselho Nacional Reserva daBiosfera da Mata Atlntica. Disponvel em: .

    Acesso em: 11 dez. 2013.

    Fonte de pesquisa: Meu 1oatlas. Rio de Janeiro:IBGE, 2006. p. 120.

    1 Compare os mapas e responda no caderno.

    a) O que aconteceu com a Mata Atlntica ao longo do tempo?

    b) Quanto tempo levou para essa mudana acontecer?

    c) Por que isso deve ter ocorrido com a Mata Atlntica? Converse com

    os colegas e com o professor e anote suas concluses no caderno.

    ID/BR

    ID/BR

    Sugesto no Manual do Professor.

    Saiba mais

    A Mata Atlntica diminuiu bastante.Cerca de 500 anos.

    Resposta

    pessoal.

    Calcula-se que, durante cerca de trezentos anos, foram derrubadas 70 mi-

    lhes de rvores de pau-brasil da Mata Atlntica. Hoje elas praticamente s

    existem em reservas florestais e sua extrao proibida por lei.

    Estimule os alunos a formular hipteses. Provavelmente, eles percebero que o corte indiscriminado do pau-brasil foi

    uma das causas da diminuio da Mata Atlntica. Mencione tambm outras atividades, como a extrao de diferentes

    madeiras, o desmatamento para povoamento e para a agricultura. Veja mais informaes no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    25/19225

    No mapa TerraBrasilis, de1519, LopoHomem e

    Pedro Rangel

    representaram aextrao dopau-brasil.

    Escambo

    Para extrair o pau-brasil, os portugueses utilizaram o trabalho dos indge-nas. Eram os indgenas que derrubavam as rvores, cortavam os troncos emtoras, levavam a madeira at a praia e carregavam os navios.

    Em troca do trabalho, os portugueses entregavam aos indgenas macha-

    dos, foices, tecidos, espelhos, ps, facas e outros objetos que eles considera-vam importantes. Esse tipo de troca recebe o nome de escambo.

    Para armazenar as to-ras de madeira que seriamlevadas para a Europa, osportugueses construramfeitoriasao longo do lito-ral, que eram galpes demadeira protegidos porpaliadas. Durante o ano,apenas trs ou quatro ho-mens permaneciam nasfeitorias.

    2 Veja o mapa, leia a legenda e responda no caderno.

    a) De quando o mapa?

    b) Qual o nome desse mapa?

    c) O que os desenhos do mapa representam? Descreva os detalhes.

    d) Qual o nome da mata onde crescia o pau-brasil?

    Paliada:cerca feita de

    troncos pontiagudos.

    Departamento

    deMapasePlantasdaBibliotecaNacional,Paris,

    Frana.

    Fotografia:ID/BR

    Mata Atlntica. Sugesto no Manual do Professor.

    Sugesto no Manual do Professor.

    de 1519.

    Terra Brasilis.

    2cRepresentam a extrao de pau--brasil das matas do Brasil. Soindgenas que fazem o trabalho.Nas matas h pssaros emacacos; no oceano h caravelas.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    26/192

    Agora j sei

    26

    1 Observe novamente a pintura de Oscar Pereira da Silva na p-

    gina 20. O ttulo da pintura Descobrimento do Brasil. Como os

    portugueses no conheciam essas terras, para eles esse ttulo

    apropriado. Mas qual seria o ponto de vista dos indgenas? Eles dariam

    outro ttulo para a pintura? Se sim, qual seria? Converse com os colegase com o professor sobre essas questes.

    2 Relacione a situao atual dos povos indgenas, que voc estudou no

    volume anterior, com o processo iniciado em 1500, a chegada dos portu-

    gueses, a explorao e a colonizao do territrio.

    3 O mapa abaixo foi feito no sculo XVI. Observe-o responda no caderno.

    Brasil, mapa deGiacomo Gastaldi ede Giovanni Battista

    Ramusio, 1556.

    a) Segundo a imagem, qual era a principal riqueza do Brasil nesse perodo?

    b) Na imagem, os ndgenas foram representados usando machados, ferra-mentas que no pertenciam cultura deles. Como eles conseguiram essasferramentas?

    4 Compare o mapa da atividade anterior com o mapa do Brasil da pgina

    25, de Lopo Homem e Pedro Rangel, e responda no caderno.

    a) Qual dos mapas possui uma rosa dos ventos?

    b) Os dois mapas tm a mesma orientao?

    c) Qual dos dois mapas poderia servir como carta nutica? Justifique.

    Desde 1500 as terras dos po-vos indgenas foram invadidas pelos portugueses e europeus, que procuravam explor-las e coloniz-las. Os

    indgenas perderama maior parte de

    suas terras. Muitospovos que existiamna poca em que osportugueses chega-ram foram desapare-cendo. Ainda hoje, osindgenas lutam paraque seus direitos se-

    jam respeitados.

    MuseuPaulistadaUniversidadedeSoPaulo,

    SoPaulo.

    Fotog

    rafia:ID/BR

    O mapa da pgina 25.

    No, o mapa de Homem e Rangel

    O mapa de Lopo Homem e Pedro Rangel, porque possui rosa dos ventos e orien-tao norte, convenes cartogrficas que ajudam o navegador a se localizar.

    est orientado para o norte. O mapa de Gastaldi e Ramusio est orientado para o oeste.

    O mapa mostra indgenas extraindo pau-brasil.

    Eles trocaram pau-brasil por ferramentas com os portugueses.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    27/19227

    a) Como o autor descreve a terra do Brasil?

    b) Qual o significado da frase permanece sempre a verdura nela inverno evero?

    6 Sobre o escambo, relao de troca entre portugueses e indgenas, res-

    ponda no caderno.

    a) Por que os portugueses estavam interessados no pau-brasil encontrado naAmrica?

    b) E por que os indgenas aceitavam trabalhar em troca dos produtos que osportugueses traziam?

    7 Voc sabia que a Mata Atlntica possui uma grande variedade de plantase animais? Bromlia, suuarana, imbaba, bugio, jaguatirica, jacarand...

    a) Procure no dicionrio os nomes acima que voc no conhece. Copie o quadroabaixo no caderno, colocando cada variedade citada em seu respectivo lugar.

    Plantas

    Animais

    b) Em sua opinio, o que pode ser feito para preservar a Mata Atln-tica e garantir a existncia dessas plantas e desses animais?

    http://www.videonasaldeias.org.br/2009/

    No sitedo projeto Vdeo nas aldeias, possvel assistir a produesaudiovisuais de cineastas indgenas e uma srie de vdeos educativosintitulada: ndios no Brasil uma outra histria. Acesso em: 14 abr. 2014.

    Como uma terra frtil, coberta dearvoredos e espcies vegetais.

    Os portugueses desejavam vender o pau-brasil na Europa,onde a madeira era usada para fazer mveis e tinturas.

    Os indgenas se interessaram pelas mercadorias portuguesas porqueelas eram novidades e porque eles achavam as ferramentas teis.

    Esta terra he mui fertil e viosa, toda coberta de altissimos e frondosos arvoredos,permanece sempre a verdura nella inverno e vero; isto causa chover-lhe muitas vezese no haver frio que offenda ao que produz a terra.

    Pero de Magalhes Gndavo. Tratado da terra do Brasil.Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 46.

    5 O historiador portugus Pero de Magalhes Gndavo foi um dos primei-

    ros a registrar por escrito a histria do Brasil no sculo XVI. Leia um tre-

    cho do livro Tratado da terra do Brasil, em que o autor descreve algumas

    caractersticas naturais observadas por ele.

    Na frase, Gndavo afirma que a cor da vegetao no Brasil permanece verde o ano todo,

    ao contrrio da Europa, onde, a partir do outono, as folhas amarelam e caem, voltando acrescer na primavera. Retome o ciclo de vida das plantas, integrando com Cincias.

    Bromlia, imbaba e jacarand.

    Suuarana, bugio e jaguatirica.

    Resposta pessoal.

    Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    28/192

    3

    captulo

    28

    O incio da colonizao

    Quindim de liquidificadorINGREDIENTES:

    20 colheres de sopa de acar 1 pacote de 100 g de coco ralado 6 ovos inteiros 1 colher de sopa de margarina 1 pacote de 100 g de queijo ralado

    MODO DE PREPARAR:1. Bata todos os ingredientes no liquidificador por cinco minutos. Unte forminhas pequenas com

    margarina e acar. Coloque a massa nas forminhas.

    2. Asse em banho-maria at que fique dourado por cima.

    3. Desenforme e sirva gelado.

    Quem no gosta de doce? Uns mais, outros menos, mas, em geral, tanto

    crianas quanto adultos se deliciam com eles. Brigadeiro, p de moleque, bei-jinho, cocada e muitos outros.

    Leia esta receita. Sugesto no Manual do Professor.

    1 Qual o ingrediente que existe em quase todas as receitas de doces?

    2 Voc sabe como se produz esse ingrediente? Se sabe, conte

    aos colegas.

    3 Esse produto j foi um artigo de luxo, que custava muito caro,

    e faz parte da histria do Brasil. Foi a partir dele que os portu-

    gueses iniciaram a colonizao. O que voc sabe dessa hist-

    ria? Converse com o professor e com os colegas.

    SuzanneMulligan/iStockphoto/ID/BR

    Noprepareareceitasemoacompanhamentodeumadulto.

    Acar.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    29/19229

    O cultivo da cana e a produo do acar

    Logo aps chegarem, os portugueses tomaram posse das terras e o Brasilpassou a ser colnia de Portugal.

    Os portugueses comearam a extrair pau-brasil e construram feitorias no

    litoral. Foi assim por cerca de trinta anos.No entanto, eles perceberam que, para impedir invases estrangeiras e ga-rantir a posse da colnia, somente as feitorias no bastavam. Assim, passarama ocup-la e a fazer com que produzisse riqueza para Portugal. Para isso, culti-varam cana-de-acar, pois, na Europa, o acar era um produto caro e poderiagarantir bons lucros aos portugueses.

    Em 1532, Martim Afonso de Sousa, por ordem do rei de Portugal, veio parao Brasil trazendo mudas de cana-de-acar, alm de pessoas para viver aqui.Os portugueses passaram a cultivar a cana e a produzir acar.

    Os portugueses j plantavam cana-de-acar nas ilhas Madeira, Aores eCabo Verde, na frica. Essa experincia foi um dos fatores que contriburampara o sucesso dessa lavoura no Brasil. Alm disso, o solo, o clima quente e,sobretudo, o trabalho de africanos escravizados foram fundamentais.

    1 Observe a imagem, leia a legenda e responda no caderno.

    Eram os africanos escravizados que faziam quase todo o trabalho de cultivo da canae fabricao do acar. Gravura de Jean-Baptiste Debret, de 1834, representandouma pequena moenda.

    Quem so as pessoas que aparecem na imagem, trabalhando na fabrica-

    o do acar?

    MuseusCastroMaia,

    RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    So escravizados. (A legenda confirma esse dado.)

    Sugesto no Manual

    do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    30/19230

    Trabalhadores escravizados no canavial. O homema cavalo o feitor, encarregado de vigi-los.Gravura de 1881.

    Trabalhador rural durante a colheita de cana nacidade de Salinas, Minas Gerais, em foto de 2013.

    O trabalho no cultivo

    O cultivo da cana comeava com a limpeza do terreno. Os trabalhadoresescravizados derrubavam parte da mata, e depois, com enxadas ou arados (pu-xados por bois), preparavam a terra e plantavam as mudas.

    A cana era colhida cerca de um ano depois do plantio. Nesse perodo, os es-

    cravizados retiravam o mato da plantao e faziam outros trabalhos no engenho.Na poca da colheita, ateava-se fogo ao canavial para facilitar a circulao

    por ele. Era a queimada. Com faces e foices, os escravizados cortavam acana e carregavam os feixes at os carros de boi.

    Em seguida, ela era levada para a casa da moenda, onde se iniciava a pro-duo do acar.

    2 Observe as imagens e compare os trabalhadores. H diferenas entre

    eles? Quais? E o que permaneceu?

    3 Ainda se fazem queimadas no Brasil. Algumas so feitas em

    reas j desmatadas, para facilitar a atividade agrcola; outras,

    para fazer desmatamento. Muitas so ilegais. O Instituto Nacio-

    nal de Pesquisas Espaciais (Inpe) realiza o monitoramento (ob-

    servao) das queimadas por meio de imagens produzidas por satlite.

    Converse com os colegas e responda: Qual a importncia do

    monitoramento das queimadas?

    Coleoparticular.Fotografia:ID/BR

    Ro

    drigoLima/Nitro

    O trabalho de colheita manual com a utilizao defaco e foice permanece, mas hoje, por lei, os trabalha-dores so livres e devem usar luvas, botas e chapu.

    O monitoramento importante para que as autoridades possam controlar os riscosambientais das queimadas, como o desmatamento e a poluio, bem como para puniros crimes contra o meio ambiente. Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    31/19231

    O trabalho na produo do acar

    Na casa da moenda, a cana era espremida, extraindo-se o caldo.O caldo era transportado em recipientes de madeira para a casa das

    fornalhas, onde era cozido at se transformar em melao.O melao seguia ento para a casa de purgar, onde era coado e colocado

    em formas de barro. E ali, durante cerca de dois meses, o melao ficava se-cando at endurecer. No final desse perodo, retiravam-se das formas os cha-mados pes de acar.

    Esses pes de acareram quebrados em torrese selecionados: os pedaosmais claros eram embarca-dos para a Europa; e os maisescuros, consumidos no pr-prio engenho.

    O acar a ser exportadoera colocado em caixas demadeira forradas com folhassecas de bananeira e fecha-das com barro.

    4 Escreva no caderno a qual etapa da produo de acar corresponde

    cada fragmento da gravura.

    Gravura do holands Pieter van der Aa, de cerca de 1730,mostrando um engenho no nordeste brasileiro.

    1 2

    3 4

    Bib

    liotecaNacional,RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    BibliotecaNacional,RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    BibliotecaNacional,RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    BibliotecaNacional,RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    BibliotecaNacional,RiodeJaneiro.

    Fotografia:ID/BR

    (1)colheita;(2)moagem dacana para ex-trair o caldo; (3)cozimento docaldo para obtermelao; (4)sepa-rao do po deacar. Sugesto no

    Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    32/19232

    O engenho

    Originalmente, a palavra engenhoreferia-se aos equipamentos usados namoagem do acar. Com o tempo, passou a designar a propriedade onde se

    cultivava a cana e se produzia o acar.

    A vida no engenho girava emtorno de seu proprietrio, o senhorde engenho. Ele era a autoridademxima e controlava toda a vida no

    engenho, devido, principalmente,

    aos bens que possua: a fazenda, os

    animais, os escravos.

    O primeiro engenho foi instala-

    do na vila de So Vicente, localizada

    no litoral do atual estado de SoPaulo. Mas foram os engenhos do

    nordeste da colnia, onde hoje se

    situam os estados de Pernambuco

    e Bahia, os que mais prosperaram.

    1 Com relao produo aucareira, responda no caderno.

    a) Onde se cultivava a cana e se produzia o acar?

    b) Quem era o proprietrio?

    c) Por quem era formada a maioria dos trabalhadores do engenho?

    Usina localizada em Castro, no Paran, onde so

    produzidos acar e etanol. Foto de 2012.

    40O0

    20S

    TrpicodeCapricrnio

    Equador 50O

    Conceio

    Olinda

    S. Jorge dos Ilhus

    N. S. da Vitria

    S. Sebastio doRio de Janeiro

    So PauloSantos

    So Vicente

    Esprito Santo

    Santa CruzPorto Seguro

    LinhadeTordesilhas

    OCEANOATLNTICO

    Filipeia de N. S. das Neves

    Igarassu

    Salvador

    So Cristvo

    Cultivo decana-de-acar

    Terras pertencentesa Portugal

    Terras pertencentes Espanha

    0 425 850 km

    1 cm 425 km

    Brasil colonial: cultivo de cana-de-acar (sculo XVI)

    ID/BR

    Fonte de pesquisa: Atlas histrico escolar.Rio de Janeiro: MEC, 1991. p. 20.

    JooPrudente/PulsarImagen

    s

    O senhor de engenho.

    No engenho.

    Por africanos escravizados.

    Sugesto no Manual do Professor.

    Se considerar oportuno, integre com conhecimentos de Cincias esolicite que os alunos pesquisem sobre a produo atual de biocom-bustvel nas usinas de etanol.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    33/19233

    Conhecendo melhor um engenho

    A maior parte das terras do engenho era reservada ao canavial. Uma parte

    das matas era mantida para fornecer lenha s fornalhas. Alm do canavial e das

    matas, outras construes faziam parte do engenho.

    Na pintura a seguir, o pintor holands Frans Post representa algumas des-

    sas construes. Observe-a e conhea melhor um engenho.

    1. Casa-grande:construo ampla, com vrios cmodos, onde o senhor de

    engenho vivia com sua famlia.

    2. Capela:uma pequena igreja onde eram celebradas missas e cerimniasde batismo ou de casamento.

    3. Senzala:construo rstica, em condies precrias, sem moblia, que

    era a moradia dos escravizados.

    4. Local destinado produo do acar:que contava com a casa da

    moenda, a fornalha e a casa de purgar.

    2 Uma grande propriedade rural, hoje, no poderia ter qual dessas partes que

    compunham um engenho? Por qu? Responda no caderno.

    MuseuBoijmansVanBeuningen,

    Roterd.Fotografia:ID/BR

    O engenho, pintura de Frans Post, datada de 1668.

    43

    1

    2

    A senzala, pois aescravido foi oficialmente abolida no Brasil.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    34/192

    Agora j sei

    34

    a) Quem so as pessoas que aparecem na imagem?

    b) O que essas pessoas esto fazendo?

    c) Como movida a moenda da gravura?

    1 Leia as frases sobre o incio do processo de colonizao do Brasil. Escre-

    va-as no caderno, ordenando-as de acordo com os acontecimentos.

    A propriedade onde se cultivava cana e produzia acar chamava-se

    engenho.

    Havia ameaa de invaso estrangeira.

    Em 1500, os portugueses chegaram s terras dos indgenas e logo toma-

    ram posse delas.

    Para o trabalho no cultivo da cana e na produo do acar, os donos de

    engenho usaram mo de obra escrava, principalmente de africanos.

    O primeiro produto que os portugueses exploraram foi o pau-brasil, e o tra-

    balho era feito pelos indgenas.

    Com receio de perder a posse da colnia, os portugueses decidiram ocupar

    as terras, trazendo pessoas para morar e iniciando o cultivo de cana-de-

    -acar.

    2 Faa no caderno um quadro seguindo o

    modelo ao lado e classifique as ativida-

    des a seguir: derrubar parte da mata; ex-

    trair o caldo da cana; fazer a queimada;

    arar a terra; produzir o melao; purgar;

    retirar das formas os pes de acar; retirar o mato da lavoura.

    3 Observe a imagem e responda s questes no caderno.

    Gravura representandoengenho de cana,

    publicada na obra

    Historia Naturalis

    Brasiliae, de Willem

    Piso e George Marcgraf,

    1648.Em:W.

    Piso;G.

    Marcgraf;I.deLa

    et.

    HistoriaNaturalis

    Brasiliae.

    Amsterd:Leiden,

    Franciscus

    Hack,1648.

    Fac-smile:ID/BR

    2Cultivo de cana-de-acar: derrubar parte da mata, fazer a queimada, arar aterra e retirar o mato da lavoura. Produo do acar: extrair o caldo da cana,produzir o melao, purgar e retirar das formas os pes de acar.

    Cultivo de

    cana-de-acar

    Produo do

    acar

    Se possvel, faa uma linha do tempo com os alunos, usando os acontecimentos mencionados.

    5o-

    3o-

    1o-

    6o-

    2o-

    4o-

    So feitores e africanos escravizados.Os africanos escravizados conduzem os bois, car-regam e colocam os feixes de cana na moenda.Os feitores vigiam os escravizados.

    Por trao animal, bois.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    35/19235

    Fonte de pesquisa: Pero de Magalhes Gndavo.

    Tratado da terra do Brasil, de c. 1570.Belo Horizonte: Itatiaia, 1980. p. 25-40.

    4 Veja na tabela abaixo o nmero de engenhos que havia no Brasil por volta

    de 1560.

    Converse com os colegas e

    com o professor e responda.

    a) Onde no h engenhos? E onde

    h o menor nmero de enge-

    nhos?

    b) Onde havia mais engenhos?

    c) Quais os locais mais ricos da co-

    lnia? Por qu?

    5 O engenho era uma grande propriedade rural. Na casa-grande

    viviam o proprietrio e sua famlia. Na senzala, os escravizados.

    a) Onde viviam mais pessoas? Na casa-grande ou na senzala?

    b) Onde as condies de moradia eram melhores, na senzala ou na casa-

    -grande?

    c) Alm das diferentes condies de moradia, qual era a principal diferenaentre os moradores da casa-grande e os da senzala?

    6 Como era a casa-grande? E a senzala? Com base no que voc

    estudou, desenhe cada uma delas em uma folha avulsa. Depois,

    pendure seus trabalhos no varal ou no mural da sala. Veja o tra-

    balho de seus colegas e compare com o seu. Resposta pessoal.

    a) O que h de semelhante?

    b) E de diferente?

    Chame a ateno dos alunos para a data da tabela, mencionada no co-

    mando da atividade. Itamarac faz parte do atual estado de Pernambuco.

    Ilhus situa-se na Bahia. Explore conhecimentos de Matemtica para aleitura da tabela, relacionando diferenas de quantidade: mais, menos,

    maior ou menor. Oriente os alunos na leitura e anlise da tabela.

    Pernambuco e Bahia, pois a produo

    de acar nos engenhos era a ativi-

    dade que proporcionava mais ganhosaos colonos e ao governo de Portugal.

    LocalNmero de

    engenhos

    Itamarac 1

    Pernambuco 23

    Bahia 18

    Ilhus 8

    Porto Seguro 5

    Esprito Santo 1

    Rio de Janeiro 0

    So Vicente 4

    Na senzala.

    Na casa-grande; na senzala as condies eram muito precrias.

    Os que viviam na

    casa-grande eram livres, e os que viviam na senzala, no. Sugesto no Manual do Professor.

    Vale ressaltar que, por no trabalhar capitanias hereditrias, no

    utilizaremos essa denominao.

    4aNo havia engenhos no Rio de Janeiro; Esprito

    Santo e Itamarac tm o menor nmero deles.

    Em Pernambuco, seguido da Bahia.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    36/19236

    BssolaNa poca das Grandes Navegaes, os portugueses contaram com

    alguns instrumentos nuticos que tornaram possvel viajar por oceanos

    desconhecidos. Um desses instrumentos era a bssola, uma inveno dos

    chineses.Que tal se reunir com os colegas para fazer uma bssola e ver

    como ela funciona?

    Do que vocs vo precisar

    agulha

    rolha de cortia

    prato fundo com gua

    m

    etiqueta ou pequenos pedaos de papel e fita adesiva

    tesoura sem ponta

    Como fazer

    1. Recortem quatro pedaos pequenos

    da etiqueta e anotem: norte, sul, lestee oeste. Deixem separado por enquanto.

    Ilustraes:RobsonArajo/ID/BR

    Vamos fazer!

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    37/19237

    2. Com a ajuda do professor, magnetizem

    a agulha, esfregando uma de suas

    extremidades no m (sempre na

    mesma direo). Passem umas vinte

    vezes.

    3. A agulha deve ser fixada horizontalmente

    no meio da rolha de cortia. Coloquem-na

    na superfcie da gua do prato, de modoque ela flutue.

    4. Observem que a extremidade da agulha

    que foi magnetizada aponta sempre na

    mesma direo: norte. Mesmo que vocs a

    movimentem, ela retorna para essa direo.

    Agora, usem a bssola para identificar de que lado da

    sala o Sol aparece pela manh. Vocs podem verificar em

    que sentido esto localizados, por exemplo, o ptio, a can-

    tina, a biblioteca, a quadra, os banheiros, o bebedouro, en-

    fim, o que escolherem.

    Ilustraes:RobsonArajo/ID/BR

    N

    LO

    S

    5. Para terminar, s colar as etiquetas

    na borda do prato, de acordo com

    a direo norte-sul.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    38/192

    O que aprendi?

    38

    1 Leia o texto e responda s questes no caderno.

    a) Qual o nome do pas representado pelo smbolo ?

    b) Substitua o smbolo e escreva a que o texto se refere.

    c) Quais eram as imagens fantsticas sobre o desconhecido?

    d) O termo descoberta do Brasil refere-se a qu? Ele apropriado?

    e) Voc sabe o que cartografia? Pesquise em um dicionrio ou na internet e

    escreva o significado da palavra no caderno.

    2 Voc j ouviu falar no certificado chamado FSC? Esse certificado

    vem na forma de selo e acompanha mveis ou outros objetos de

    madeira. Ele indica que a madeira no de espcies de rvore

    ameaadas de extino nem de reas de desmatamento.

    a) De onde vem a madeira certificada com FSC?

    b) De que modo as pessoas podem contribuir para evitar a extino

    de espcies de rvores?

    c) E para evitar o aumento de reas desmatadas?

    d) Na sua opinio, qual a importncia desse certificado?

    Faa uma pesquisa sobre o assunto e depois converse com os

    colegas e com o professor.

    Ele contribui para a pre-

    1dRefere-se chegada dos portugueses s terras que hoje fazem parte do Brasil. No apropriado,

    pois as terras j estavam povoadas. Em vez de descoberta, pode-se falar em conquista ou ocupao.

    At o sculo XV, o mundo conhecido pelos europeus selimitava Europa, sia e ao norte da frica. O saber cien-

    tfico era escasso e os instrumentos, imprecisos. [...]Hoje, basta olhar um mapa-mndi para conhecer oscontornos dos seis continentes Europa, sia, frica,Amrica, Oceania e Antrtida que compem o nossoplaneta. Foram necessrios sculos para colocar todos ospedaos de terra e de gua no desenho do globo e desfazeras imagens fantsticas sobre o desconhecido. As condiesfavorveis para o conhecimento da Terra surgiram com anavegao em e na Espanha. Foi a partir dos sculos XVe XVI, poca das e da descoberta do Brasil, que a car-

    tografia comeou a se desenvolver como cincia cada vezmais prxima da realidade.

    O Estado de S. Paulo, 2000.Suplemento semanal

    Lio de Casa 2000, p. 16.

    Observe que o texto trata do contedo que os alunos acabaram de estudar. Assim, osconhecimentos adquiridos devem dar condies para que respondam s questes.

    Eram monstros fantsticos dos mares desconhecidos, que faziam parte das lendas dos navegantes.

    Grandes Navegaes.

    Portugal.

    Resposta pessoal.Retome com os alunos os contedos de Geografia.

    A madeira vem de floresta onde h

    Comprando mveis e outros objetos que tenham esse selo.

    Comprando mveis de madeira certificada e mantendo-se informadas sobre espcies ameaadas.

    Informaes complementares no Manual do Professor.

    controle do corte de rvores para evitar que se elimine a mata original.

    servao de espcies ameaadas de extino, a conservao de florestas e a conscientizaodas pessoas acerca da necessidade de cuidados com o meio ambiente.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    39/19239

    Desenho a lpis de Candido Portinari, feito em

    1938, que mostra o trabalho de extrao de

    pau-brasil.

    Pintura de Candido Portinari, feita em 1938, que

    mostra o trabalho de colheita de cana-de-acar.

    3 Observe as imagens, leia as legendas e responda no caderno.

    a) Quem o autor das imagens? Quando foram feitas?

    b) A imagem 1representa o qu? E a imagem 2?

    c) Quem so as pessoas representadas em cada uma?

    d) Qual das atividades representadas foi realizada primeiro durante a colonizao?

    e) Qual delas ainda praticada e que tipo de mo de obra ela emprega?

    4 Imagine que voc vai falar dessas obras de arte a um amigo. Para isso,

    escreva um pequeno texto utilizando as informaes da questo anterior.

    1 2

    Ac

    ervoProjetoPortinari.

    ReproduoautorizadaporJooCndidoPortinari/ProjetoPortinari

    PalcioGustavoCapa

    nema,

    RiodeJaneiro.

    ReproduoautorizadaporJooCndidoPortinari/ProjetoPortinari

    http://www.mas.ufba.br/#/acervo

    No sitedo Museu de Arte Sacra da Bahia, possvel ver como artistas e

    artesos que nasceram no Brasil e outros que vieram de Portugal recriaram a

    tradio catlica na Amrica. Acesso em: 3 fev. 2014.

    Candido Portinari. 1938.

    (1)extrao de pau-brasil; (2) colheita de cana.

    (1)indgenas; (2)africanos escravizados.

    Extrao de pau-brasil.

    A colheita de cana-de-acar, que feita por trabalhadores livres temporrios.

    Resposta pessoal.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    40/192

    unidade

    2Por mais de trezentos anos, aspessoas escravizadas realizaramquase todo o trabalho no Brasil.Privadas de liberdade, estavam

    sujeitas a castigos fsicos e proibidasde manifestar seus costumes e suascrenas. Resistiram e lutaram muito,at conquistarem a liberdade.

    Observe a imagem.

    Quem so as pessoas que apare-

    cem na cena?

    No Brasil colonial, quem eram os es-cravizados? Quais trabalhos faziam?

    Havia trabalhadores livres na Co-

    lnia? O que faziam?

    Por que ser que os portugueses

    optaram pela mo de obra escra-

    va em vez de trabalhadores livres?

    Na poca colonial, havia

    pessoas livres e escravi-

    zadas. Converse com os

    colegas. Na sua opinio:

    a) por que a escravido era permitida?

    b) o que dava direito a uns de priva-

    rem outros da liberdade?

    O trabalho escravo

    na Colnia

    Atividade oral. Sugesto no Manual do Professor.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    DuoDinmico/ID/BR

    Ilustrao representando as ruas de

    uma cidade brasileira no sculo XIX.

    Pessoas escravizadas e pessoaslivres (padre e outros homens e mulheres).

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    41/19241

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    42/192

    1

    captulo

    42

    A escravido

    MuseuArqueolgicoNacional,Atenas.

    Fotografia:Leemage/Diomedia

    Lpide grega de mrmore do

    sculo IV a.C. representando

    uma senhora e seus escravos.

    1 Observe a foto e responda no caderno.

    a) O que est representado na lpide?

    b) De quando a lpide?

    c) Como as pessoas se tornavam escravas na Grcia dessa poca?

    2 Procure no dicionrio o significado da palavra escravoe anote no caderno.

    3 Converse com os colegas e com o professor sobre a questo

    a seguir.

    Na sua opinio, a situao do escravo na Grcia Antiga era a mesma

    que a do escravizado no Brasil colonial? Por qu?

    De cerca de 2 400 anos atrs.

    Uma senhora de escravos e seus cativos.

    Os escravos gregos eram pessoas que no conseguiam pagar suas dvidas ou prisioneiros de guerra.

    Pessoa privada de sua liberdade e submetida vontade absoluta de outra pessoa.

    Resposta pessoal.

    Ser que a escravido sempre exis-

    tiu? A escravido era praticada por diver-sos povos de pocas bem antigas. Os

    primeiros registros dessa prtica tm

    milhares de anos.

    Na Grcia Antiga, por exemplo, h

    cerca de 2 500 anos, eram escravizados

    os prisioneiros de guerra e as pessoas

    que no conseguiam pagar suas dvidas.

    Eles faziam parte de um grupo social que

    no tinha alguns direitos bsicos, como aliberdade.

    A escravido grega e de outros po-

    vos da Antiguidade era diferente da pra-

    ticada pelos europeus nas colnias ame-

    ricanas. Nessas regies, prevaleceu o

    comrcio de escravizados. Milhes de

    africanos foram trazidos para a Amrica

    entre os sculos XVI e XIX.

    Sugesto no Manual do Professor.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    43/19243

    Gravura de Debret de cerca de 1834, mostrandoa captura de ndios. A escravizao de indgenasfoi proibida em 1755, mas continuou a serpraticada ilegalmente.

    Gravura de autoria desconhecida, do sculo XIX,representando a captura de escravizados na frica.

    Quem eram as pessoas escravizadas?

    Desde o incio da colonizao, praticamente todo o trabalho no Brasil erarealizado por indgenas e africanos escravizados.

    O sistema de escambo entre portugueses e indgenas no durou muito

    tempo. Os portugueses passaram a escravizar os nativos, pois queriam queeles trabalhassem mais e mais.Por volta de 1568, comerciantes portugueses ini-

    ciaram otrfico negreiro para o Brasil. Para eles, eraum comrcio altamente lucrativo. Homens, mulherese crianas eram aprisionados na frica e vendidos noBrasil, principalmente aos senhores de engenho.

    Mesmo com o trfico de africanos,a escravido indgena continuou. Esse

    foi um dos fatores que levaram redu-o das populaes indgenas.

    Trfico negreiro:comrcio e

    transporte forado de africanos

    para a Amrica, que se iniciou na

    poca da colonizao, no sculo

    XVI, e perdurou at o sculo XIX.

    1 Escreva duas perguntas para cada gravura, explorando as ima-

    gens. Depois, troque seu caderno com o de um colega. Responda

    s perguntas dele e vice-versa.

    2 Agora, compare as duas imagens. Elas tm semelhanas? Quais?

    3 Converse com os colegas e com o professor sobre estas questes. De-

    pois, anote no caderno suas concluses.

    a) A escravido africana substituiu a escravido indgena? Por qu?

    b) Na sua opinio, por que os portugueses usaram escravizados africanos se

    j tinham escravizados indgenas?

    2

    1

    MuseusCastroMaia/Div.Iconografia,RiodeJaneiro.Fotografia:ID/BR

    Bettmann/Corbis/Latinstock

    Resposta pessoal. Observe as duas imagens com os alunos, chamando a ateno deles para detalhes, para ele-

    2O modo como indgenas e africanos eram aprisionados e conduzidos para serem escravizados.

    No, pois a escravido indgena continuou a ser praticada.

    Resposta pessoal.Os alunos devem perceber que o trfico negreiro era um rico comrcio,

    com larga margem de lucro para os mercadores portugueses.

    mentos que ajudam a descrever a cena, a extrair otema, etc. Sugesto no Manual do Professor.

    Oriente os alunos para que tenham em mente as perguntas elaboradas e as respostas dadas.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    44/19244

    Registros

    O trfico negreiro Sugesto no Manual do Professor.

    Eram principalmente os mercadores portugueses que faziam o trfico dehomens e mulheres escravizados da frica para o Brasil. Esse comrcio erabastante lucrativo.

    Muitas vezes, os africanos trazidos ao Brasil eram aprisionados durante asguerras entre reinos inimigos na prpria frica. Eles eram mantidos em feitoriasnos portos do litoral at serem embarcados nos navios negreiros, como eramconhecidas as embarcaes usadas para transportar africanos escravizados.

    Navio negreiro

    O interior de alguns navios negreiros foi representado em esquemas.

    So registros que mostram as condies em que os africanos escravizadoseram transportados.

    Observe na imagem o nmero de africanos, quantos viajavam sentados equantos viajavam deitados e responda no caderno.

    a) Eles podiam se locomover dentro do navio?

    b) Todos podiam deitar e dormir ao mesmo tempo?

    Com base no esquema e em suas respostas ao item anterior,como voc descreveria as condies de viagem dos africanos nonavio negreiro?

    Esquema de 1823 representando o interior de um navio negreiro.

    Em:CarlosEugnioMarcondesdeMoura.

    A

    travessiadaCalungaGrande.SoPaulo:

    Ed.da

    UniversidadedeSoPaulo,2000.

    Fac-smile:ID/BR

    Sugesto no Manual do Professor.

    Resposta pessoal.

    No.

    No.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    45/19245

    A travessia do Atlntico

    Partindo da frica, o navio levava de trs a seis semanas para chegar aoBrasil. Muitos africanos morriam na viagem, devido s condies a que eramsubmetidos.

    Pores escuros e mal-ventilados, pou-

    ca comida e de m qualidade, espao muitopequeno para tanta gente. Nessas condi-es era comum os africanos terem desidratao e escorbuto.

    No Brasil, os africanos eram desembarcados nos portos de Recife, Rio deJaneiro e Salvador.

    1 Observe a imagem e responda no caderno.

    a) Quem so as pessoas e o lugar representados na imagem?

    b) O espao do lugar suficiente para todos? H janelas?

    c) Por que uma das pessoas est segurando um lampio?

    d) H duas pessoas carregando uma outra. Por qu?

    e) Uma pessoa est recebendo gua. O que isso evitava?

    2 Agora escreva no caderno outra legenda para a gravura de Rugendas,

    usando as respostas da questo anterior.

    Gravura representando o poro de um navio negreiro, de Rugendas, feita em cerca de 1835.

    Escorbuto:doena causada pela falta de

    vitamina C, que pode provocar sangramentos.

    Coleopa

    rticular.Fotografia:ID/BR

    Sugesto no Manual do Professor.Aproveite a oportunidade para comentar sobre as doenas mencionadas, integrando conhecimentos de Cincias.

    Muitos africanos escravizados e alguns tripulantes no poro de um navio negreiro.

    No, pois h muitas pessoas. No h janelas, apenas uma abertura.

    Porque os pores dos navios negreiros eram escuros.

    So tripulantes carregando um homem desfalecido, talvez morto, para fora do poro.

    Evitava a desidratao.

    Resposta pessoal.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    46/19246

    Mercado de escravizados

    No Brasil, os africanos eram expostos e colocados venda nos mercados

    de escravos. Aps a chegada, os comerciantes portugueses passavam leo de

    palmeira no corpo das pessoas escravizadas, para deixar a pele brilhante, com

    aspecto saudvel, melhorando sua aparncia.

    O preo de venda variava de acordo com o sexo, a idade, as condies fsi-cas e a origem. Os compradores preferiam homens jovens e saudveis.

    Para dificultar a resistncia escravido, os compradores evitavam adquirir

    muitos homens e mulheres de uma mesma aldeia. Eles tinham receio de que

    organizassem revoltas e fugas.

    3 Observe a foto, leia a legenda e responda s questes.

    a) Por que no h janelas no prdio?

    b) Podemos obter informaes histricas dessa construo? De que poca?

    4 Em sua opinio, por que os compradores preferiam africanos do sexo

    masculino, jovens e saudveis?

    Ca

    rolina

    Farias

    /Fo

    lhapress

    O atual Museu do Negro, em So Lus,

    no Maranho, era, no sculo XVIII,

    um mercado de escravos. O prdio

    no tem janelas, apenas aberturasestreitas para circulao do ar (veja o

    detalhe). Foto de 2012.

    ZLu

    izCavalca

    nti/Acervo

    do

    fotgra

    fo

    Para que as pessoas escravizadas no fugissem.

    Sim, sobre o comrcio de escravos no sculo XVIII.

    Resposta pessoal.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    47/19247

    Numa terra estranha

    Os homens e as mulheres que foram trazidos fora da frica pertenciama muitos povos, com diversos modos de viver e trabalhar.

    Muitos africanos eram ferreiros habilidosos. Eles faziam com grande cuida-do ferramentas, utenslios domsticos, enfeites, armas e outros objetos.

    Antes de serem capturados na frica, muitos tambm eram comerciantesou artesos, fabricando tecidos e objetos de cermica.

    5 Leia o texto e responda s questes no caderno.

    E a cada etapa da travessia [...] da frica para o Brasil, era mais provvel a pessoase ver sozinha diante do desconhecido, tendo de aprender quase tudo de novo.

    No entanto, nada disso era capaz de apagar o que ela havia sido at ento.Mesmo se capturada quando criana, ela traria dentro de si todo o conhecimentoe a sensibilidade que sua famlia e vizinhos haviam at ento lhe transmitido pela

    educao e pelo exemplo da vida cotidiana.Marina de Mello e Souza. frica e Brasil africano. So Paulo: tica, 2006. p. 85.

    a) Por que, segundo o texto, os africanos tinham de aprender quase tudo denovo?

    b) Imagine um africano que em sua terra era ferreiro ou fazia tecidos ouobjetos de cermica. No Brasil, ele vai trabalhar como escravo emum engenho. Em dupla com um colega, escreva uma histria sobre

    essa pessoa.

    Rei africano fabricando armase ferramentas de ferro diantede sua corte. Pintura doitaliano Antonio Cavazzi, quevisitou a frica no sculo XVII.

    UniversidadedeVirginia,

    EUA.

    Fo

    tografia:ID/BR

    Pode ser interessante retomar

    com os alunos o contedo estudado no terceiro ano (Unidade 3, captulo 3, Brasil africano).

    Porque vinham para uma terra diferente da sua, onde as pessoas falavam outras lnguas e tinhamoutros costumes. Alm disso, eram obrigados a fazer trabalhos diferentes dos que haviam aprendido na frica.

    Resposta pessoal.Essa atividade procura trabalhar a criatividade da criana e desenvolver a competncia escritora.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    48/192

    Agora j sei

    48

    a) Os pescadores formularam a hiptese de que o achado se tratava

    de um navio negreiro, pois encontraram uma ossada humana pre-

    sa a correntes. Voc concorda com a opinio deles? Converse com

    os colegas e com o professor e, depois, anote suas concluses no caderno.

    b) De acordo com o que voc estudou e se as pesquisas histricas confirma-

    rem que se trata de um navio negreiro, alm das praias do Cear, quais

    eram outros locais no litoral brasileiro onde esse tipo de embarcao pode-

    ria ser visto com frequncia?

    2 Os escravizados traziam para o Brasil muitos conhecimentos e habilidadesdesenvolvidos pelos povos africanos. Qual era a principal tcnica de fabri-

    cao de objetos dominada pelos africanos?

    3 Leia o texto e converse com os colegas sobre as questes

    propostas.

    1 Em dezembro de 2013, pescadores do litoral cearense encontraram res-

    tos de uma embarcao, que revela informaes importantes sobre o

    passado da regio. Leia o texto e a seguir faa o que se pede.

    Resposta pessoal.

    Era a metalurgia.

    Sugesto no Manual do Professor.

    Resposta pessoal. Deixe os alunos se expressarem livremente; possvel que haja opinies opostas. O importante que percebam que os pescado-

    Resposta pessoal.

    [...] Enquanto mirava para localizar peixes, Pedro Jos e outros dois pescadoresencontraram pedaos da histria do Cear, a partir de restos de uma antiga embarcaoe, possivelmente, de ossada humana presa a correntes. A Capitania dos Portos do Ceartomou conhecimento do material e levar uma equipe de mergulhadores ao local. Peloque avistaram no mergulho, os pescadores acreditam ter encontrado restos de uma em-barcao que levava escravos. Os famosos navios negreiros.

    Pescadores acham restos de possvel navio negreiro. Disponvel em: . Acesso em: 29 abr. 2014.

    Nos ltimos tempos [2003], uma praga atingiu as fazendas de cacau ondeUexlei Pereira trabalhava [...]. Aliciado por um gato, saiu de sua cidade, Ibirapitanga,com a oferta de um bom salrio, alimentao e condies dignas de alojamento. No suldo Par, Uexlei percebeu que havia sido enganado. Quando foi resgatado, recebia haviadois meses s a comida [...]. A sua histria no diferente da dos demais trabalhadoresque fogem do desemprego para cair na rede da escravido.

    Como uma pessoa livre se torna escrava. Disponvel em: . Acesso em: 2 maio 2014.

    a) O que aconteceu com Uexlei? Isso permitido por lei?

    b) Por que ainda hoje se tem notcia de trabalho escravo no Brasil?

    c) Por que os direitos de muitas pessoas no so respeitados?

    Foi enganado e submetido a trabalho anlogo escravido. No, proibido.

    Portos de Recife, Rio de Janeiro e Salvador.

    res fizeram a

    deduo com baseno conhecimento

    de que muitos

    escravizados eram

    transportados

    acorrentados.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    49/19249

    Mercado de escravizados de Recife no desenho de Augustus Earle, por volta de 1820.

    4 Observe a imagem, leia a legenda e responda s questes no caderno.

    a) O que a imagem representa?

    b) Em que lugar esto as pessoas?

    c) Descreva o que as pessoas escravizadas esto fazendo.

    d) O que os homens brancos esto fazendo?

    e) Como os homens e as mulheres escravizados parecem sentir-se?

    5 Converse com os colegas e com o professor e, depois, anote

    suas concluses.

    a) Como deviam se sentir as pessoas quando eram capturadas e

    embarcadas nos navios negreiros?

    b) O que voc pensa sobre a dominao de um povo sobre outro?

    Em:

    Carlos

    Eug

    n

    ioMarcon

    des

    de

    Moura.

    A

    travessiadaCalungaGrande.

    So

    Pau

    lo:

    Ed

    .da

    Un

    ivers

    ida

    de

    de

    So

    Pau

    lo,

    2000

    .p.4

    25

    .Fac-s

    mile:

    ID/BR

    Um mercado de escravos em Recife.

    Numa rua, ao ar livre.

    Algumas esto em p, outras sentadas; algumas conversam.H soldados, que parecem vigiar os africanos.

    Resposta pessoal.

    Sugesto no Manual do Professor.

    Resposta pessoal.

    Resposta pessoal.

    H um homem a cavalo e outro em p, talvez para comprar ou vender as pessoas escravizadas.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    50/192

    2

    captulo

    50

    [...] Nas casas das famlias mais abastadas havia dezenas de escravos domsticos: amasde leite, babs, mucamas, pajens, arrumadeiras, passadeiras, cavalarios, cocheiros e car-regadores de liteiras ou cadeirinhas [veja a gravura abaixo], onde os brancos eram trans-portados de um lugar para outro.

    As pessoas mais modestas pro-curavam comprar ao menos ummoleque para carregar os paco-tes quando saam s ruas. Alm doservio domstico, eram conside-rados trabalho de negro as obrasda construo civil e o comrcioambulante.

    Jlio Quevedo. A escravido no Brasil:

    trabalho e resistncia. So Paulo: FTD,

    1998. p. 24-25.

    1 Procure no dicionrio o significado das palavras que voc no conhece,

    anote no caderno e depois releia o texto.

    2 Responda s questes.

    a) De que trata o texto?

    b) Qual dos tipos de famlia citados no texto possua maior nmero de traba-

    lhadores escravizados?

    3 Faa um quadro como este no caderno.

    Na primeira coluna, liste as atividades

    dos escravizados mencionadas no tex-

    to. Na segunda coluna, escreva a ativi-

    dade correspondente nos dias atuais.

    Se ela no existe mais, marque X.

    4 Alm dos trabalhos mencionados, quais eram as atividades econmicas

    que usavam trabalho escravo?

    Escravido na ColniaSugesto no Manual do Professor.

    Leia o texto a seguir, do historiador Jlio Quevedo.

    Atividades das

    pessoas escravizadas

    Atividade

    hoje

    Em:CarlosEugnioMarcondesdeMoura.

    A

    trave

    ssiadaCalungaGrande.

    SoPaulo:

    Ed.

    daUniversidadedeSoPaulo,

    2000.p.

    332.

    Fac-smile:ID/BR

    Resposta pessoal.

    Trata do trabalho dos escravizados domsticos no Brasil colonial.

    As famlias ricas.

    Estimule os alunos a refletir sobre mudanas e

    permanncias ao longo do tempo. Informaes

    adicionais no Manual do Professor.

    O cultivo da cana, a produo do acar, o trabalho nas minas.O objetivo verificar os conhecimentos prvios dos alunos.

    Gravura de autoria desconhecida

    representando o transporte de

    senhora em liteira, 1816.

  • 7/26/2019 Aprender Juntos Historia 4 Ano

    51/19251

    A escravido nos engenhos

    Na lavoura ou nos trabalhos domsticos, eram os africanos escravizadosque faziam quase tudo.

    Leia o texto a seguir, para ter uma ideia da importncia do escravizado no

    engenho. um trecho de um livro que foi escrito pelo jesuta italiano Antonil epublicado pela primeira vez em 1711. Ele viveu no Brasil por cerca de 35 anos, par-ticipando da vida colonial.

    Os escravos so as mos e os ps do senhordo engenho, porque sem eles no Brasil no possvel

    fazer, conservar [...]. Uns chegam ao Brasil muito rudes e muito

    fechados e assim continuam por toda a vida.Outros, em poucos anos saem ladinose

    espertos, assim para aprenderema doutrina crist, como para

    buscarem modo de passar a vida [...]. Dos ladinos,se faz escolha para caldeireiros, carapinas, [...],

    tacheiros, barqueiros e marinheiros, porque estasocupaes querem maior advertncia. [...]

    Andr Joo Antonil.Cultura e opulncia do Brasil.

    Belo Horizonte: Itatiaia, 1997. p. 89.

    1 Vamos interpretar e analisar o texto? Siga as etapas.a) Procure no dicionrio o significado das palavras que no conhece, anote no

    caderno e releia o texto.

    b) Qual o ttulo da obra, quem o autor e quando foi publicada pela prim