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Disponible en: http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=65713201 Redalyc Sistema de Información Científica Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal Tartaruga Peyré, Leonardo Alexandre; Tartaruga Peikriszwili, Marcus; Black Lovis, Gabriela; Coertjens, Marcelo; Ribas Rossato, Leonardo; Kruel Martins, Luiz Fernando Comparação do ângulo da articulação subtalar durante velocidades submáximas de corrida Acta Ortopédica Brasileira, Vol. 13, Núm. 2, 2005, pp. 57-60 Universidade de São Paulo Brasil ¿Cómo citar? Número completo Más información del artículo Página de la revista Acta Ortopédica Brasileira ISSN (Versión impresa): 1413-7852 [email protected] Universidade de São Paulo Brasil www.redalyc.org Proyecto académico sin fines de lucro, desarrollado bajo la iniciativa de acceso abierto

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Disponible en: http://redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=65713201

RedalycSistema de Información Científica

Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

Tartaruga Peyré, Leonardo Alexandre; Tartaruga Peikriszwili, Marcus; Black Lovis,

Gabriela; Coertjens, Marcelo; Ribas Rossato, Leonardo; Kruel Martins, Luiz Fernando

Comparação do ângulo da articulação subtalar durante velocidades submáximas de

corrida

Acta Ortopédica Brasileira, Vol. 13, Núm. 2, 2005, pp. 57-60

Universidade de São Paulo

Brasil

¿Cómo citar? Número completo Más información del artículo Página de la revista

Acta Ortopédica Brasileira

ISSN (Versión impresa): 1413-7852

[email protected]

Universidade de São Paulo

Brasil

www.redalyc.orgProyecto académico sin fines de lucro, desarrollado bajo la iniciativa de acceso abierto

ACTA ORTOP BRAS 13(2) - 2005 57

Endereço para correspondência: Escola de Educação Física – ESEF / UFRGS, Laboratório de Pesquisa do Exercício – LAPEX / CENESP. Rua Felizardo, 750, Jardim Botânico, PortoAlegre / RS. CEP: 90690 / 200. E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]

Trabalho recebido em: 30/07/04 aprovado em 02/02/05

1. Professor de graduação da Esef/UFRGS, Professor de graduação da FACOS, Professor de graduação da FSG2. Acadêmico de Educação Física da Esef/UFRGS, Bolsista de Iniciação Científica do BIBIC/CNPq3. Mestranda em Ciências do Movimento Humano da Esef/UFRGS, Fisioterapeuta formada pelo IPA4. Mestrando em Ciências do Movimento Humano da Esef/UFRGS5. Licenciado em Educação Física pelo IPA, Técnico de Atletismo da Sociedade Ginástica Porto-Alegrense6. Professor de graduação e pós-graduação da Esef/UFRGS, Coordenador do GPAA/UFRGS

Trabalho realizado na Escola de Educação Física – ESEF / UFRGS, Laboratório de Pesquisa do Exercício – LAPEX, Jardim Botânico, Porto Alegre / RS.

ARTIGO ORIGINAL

Comparação do ângulo da articulação subtalar durantevelocidades submáximas de corrida

LEONARDO ALEXANDRE PEYRÉ TARTARUGA1, MARCUS PEIKRISZWILI TARTARUGA2, GABRIELA LOVIS BLACK3, MARCELO COERTJENS4, LEONARDO ROSSATO RIBAS5, LUIZ FERNANDO MARTINS KRUEL6

RESUMO

O objetivo foi descrever o comportamento da pronação má-xima (PM), da velocidade máxima de pronação (VP) e do cruza-mento linear (CL) dos pés direito e esquerdo, de 23 corredoresde rendimento, durante corrida em esteira rolante, em velocida-des de 11 e 13 km.h-1 para mulheres e, 14 e 16 km.h-1 para ho-mens, relacionadas a uma média de 70% e 75% do consumomáximo de Oxigênio (VO2máx). A análise estatística (Teste T deStudents para amostras dependentes e independentes, comp<0,05), demonstrou que, com o aumento da intensidade sub-máxima de corrida, houve um aumento significativo na PM e,com aumento da velocidade linear de corrida, houve um au-mento significativo na VP. Em relação ao CL, acreditamos queeste esteja influenciado pela técnica de corrida imposta pelocorredor.

DescritoresDescritoresDescritoresDescritoresDescritores: Articulação subtalar; Pronação; Pé.

SUMMARY

The objective was to describe the behavior of the maximumpronation (MP), of the maximum pronation speed (PS) and of thelinear crossover (LC) of the right and left feet of 23 distance run-ners during treadmill running, at speeds ranging from 11 to 13km.h-1 for female athletes and from 14 to 16 km.h-1 for male athle-tes, related to a average of 70% - 75% of the maximum aerobicpower (VO2max). The statistical analysis (Student’s T-Test for de-pendent and independent samples, p<0.05) showed that, byincreasing submaximal running power, there was a significantincrease on MP, and by increasing running linear speed, the PSwas significantly higher. Regarding LC, we believe that this is bi-ased by the running technique used by each runner.

KeywordsKeywordsKeywordsKeywordsKeywords: Subtalar joint; Pronation; Foot.

Comparison of the subtalar joint angle during submaximal running speeds

INTRODUÇÃO

Durante as últimas décadas, o estudo da marcha humanatem se difundido consideravelmente entre os diversos centrosde pesquisas esportivas(1). Muitas pesquisas foram desenvolvi-das com o objetivo de estudar a relação entre atividade física elesão(2), principalmente lesões referente à corrida(3,4).

Estudos relacionando o comportamento do ângulo da arti-culação subtalar e o tipo de calçado utilizado no transcorrer dacorrida, têm obtido importância significativa na busca de umamelhor compreensão das lesões referentes ao quadril, joelho,tornozelo e pé(2,5).

As causas prováveis de lesões por uso excessivo em des-portistas, principalmente corredores, podem ser atribuídas a fa-tores extrínsecos e intrínsecos (anatômicos)(2). Entre os fatoresextrínsecos, erros de treinamento foram associados em grandepercentagem (60%) com lesões em corredores(2). O erro de trei-namento mais comum foi o excessivo volume, seguido pelo trei-namento em lugares inapropriados (pisos duros e elevações).

Por outro lado, vários fatores anatômicos ou intrínsecos têmsido relacionados com lesões em corredores por uso exces-sivo, porém existe uma falta de dados relacionando variaçõesespecíficas estruturais ou funcionais dos mecanismos de lesõespor uso excessivo(3).

Atualmente, afirma-se que a etiologia destas lesões é multi-fatorial e diversa(6). Pequenas anormalidades, sem conseqüên-cias em outros esportes, podem se tornar um fator significativono desenvolvimento de lesões em corredores de distância devi-do à força de impacto existente, principalmente no primeiro con-tato do pé com o solo, equivalente a duas ou três vezes o pesocorporal, numa freqüência média de passada de 70 a 100 pas-sos/minuto. Uma porção da força de impacto é diminuída atra-vés de calçados esportivos, enquanto que o restante é transmi-tido para as estruturas anatômicas. Desta forma, a combinaçãode cargas cumulativas de impacto e desvios nas estruturas ana-tômicas podem contribuir para a incidência de lesões por usoexcessivo em corredores profissionais. Um caso muito comumé o da excessiva pronação do pé (Figura 1), entendida como

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Figura 1- Pronação excessiva da articulaçãosubtalar.

Figura 2 - Plano frontal posterior.

Figura 3 - Imagem detalhada daspernas.

Figura 4 - Pontos anatômicos:(a) Ponto ascendente do gastrocnêmio(b) Ponto descendente do gastrocnêmio(c) Ponto do tornozelo(d) Ponto do calcanhar

sendo a eversão, a dorso-flexão e a ab-dução do pé, que ocorrem respectiva-mente nos planos frontal, sagital e trans-versal(7). Afirmam existir uma relação cau-sal de hiperpronação e lesões por usoexcessivo, porém o mecanismo da cor-relação entre hiperpronação e lesões ain-da não é bem definido(8). O valor máximode pronação geralmente é alcançado porvolta de 45% do período da fase de apoio.Este valor é influenciado, principalmen-te, pela velocidade linear de corrida(9),bem como pelos desequilíbrios muscu-lares e/ou lassidão ligamentar, provocan-do alterações na altura dos maléolos (val-go ou varo)(7) e, pela técnica de corridaimposta pelo corredor, verificada atravésdo cruzamento linear de ambos os pésem relação à coluna lombar(10). Por voltados 75% do período de suporte há umaumento significativo na taxa de re-supi-nação. De acordo com alguns autores(8),uma certa quantidade de pronação énecessária para atenuar as forças de im-pacto.

Entretanto, a hiperpronação não é aúnica variável relacionada com as lesõespor uso excessivo(4). A velocidade máxi-ma de pronação possui importância re-levante devido ao fato de já existirem es-tudos comprovando a relação da veloci-dade máxima de pronação e lesões poruso excessivo, principalmente em situa-ção de exaustão. Alguns estudos descre-vem a importância do grau de desacele-ração do pé (amortecimento), principal-mente no primeiro contato do pé com osolo, para tentarem explicar os mecanis-mos das lesões relacionadas à corri-da(10,11). Porém, a falta de outros estudosdescrevendo a influência da velocidadede corrida e intensidade de esforço coma velocidade máxima de pronação, aolongo da fase de suporte da corrida, paraa prevenção de lesões, não permitemmaiores esclarecimentos a respeito doassunto. Outro fator possivelmente inter-veniente no comportamento da pronaçãomáxima e velocidade máxima de prona-ção é o gênero, pois existem evidênciasque demonstram modificações na técni-ca de corrida entre homens e mulherescorredores(12).

Desta forma, o estudo teve como ob-jetivo descrever o comportamento da pro-nação máxima, da velocidade máxima depronação e do cruzamento linear do am-bos os pés em relação a coluna lombarem diferentes intensidades submáximasde corrida e velocidades lineares de cor-rida, para o sexo masculino e feminino.

METODOLOGIA

Foram analisados 23 indivíduos, atle-tas de rendimento, integrantes da Socie-dade Ginástica Porto Alegrense - SOGI-PA, divididos em dois grupos: 16 homens(idade: 29 + 9 anos; VO2máx: 50,9 + 6,0ml.kg-1.min-1) e 7 mulheres (idade: 26 +14 anos; VO2máx: 42,5 + 5,7 ml.kg-1.min-1).Para cada grupo estipulou-se, a partir deum teste de VO2máx

(2), as velocidades sub-máximas de corrida (11 e 13 km.h-1 paramulheres e 14 e 16 km.h-1 para homens),relacionadas a uma média de 70% e 75%do VO2máx. Os indivíduos foram selecio-nados por voluntariedade, o que carac-terizou a pesquisa como sendo quase-experimental, devido a não aleatorieda-de na escolha da amostra e, todos assi-naram um termo de consentimento, queestá de acordo com as recomendaçõesdo ACSM (Colégio Americano de Medi-cina Esportiva, 1994).

Na semana subseqüente, após deter-minação das velocidades submáximasde corrida, foi elaborado um teste de eco-nomia de corrida na qual os participan-tes da amostra tiveram que correr, duran-te 5 (cinco) minutos, nas respectivas ve-locidades para cada sexo (11 e 13km.h-1 para mulheres e 14 e 16 km.h-1 parahomens), perfazendo um total de 10 mi-nutos de corrida para cada indivíduo.Durante o teste de economia de corrida,foi feita uma filmagem a 120 Hz, em umplano frontal, posterior ao corredor (Figu-ras 2 e 3). A câmera utilizada foi a PunixF4, e a mesma foi colocada a uma dis-tância de 3 (três) metros do avaliado e a1 (um) metro do solo. Dessa forma, fil-mou-se, durante 1 (um) minuto, a movi-mentação da parte posterior de ambosos pés, bem como o ponto da colunalombar (Figuras 2 e 3), nas velocidadescorrespondentes. Em seguida, utilizou-seo sistema computacional Peak Perfor-mance, versão 5.3.3 para a digitalizaçãoautomática dos pontos anatômicos. Paraa decodificação dos dados, foi feita aanálise residual proposta por Winter(13),onde decidiu-se utilizar o filtro Butterwor-th com freqüência de corte (Cut-off) de 9 Hz.

Neste estudo, decidiu-se adotar oconceito de economia de corrida propos-to por Daniels e Daniels(14) da qual defi-nem economia de corrida como sendo arelação entre o consumo de oxigênio(VO2) e a velocidade de corrida (v) ouseja, o dispêndio de energia pelo trabalhorealizado.

As nomenclaturas dos marcadoresanatômicos utilizados neste estudo

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Figura 5 - Cruzamento linear da pernaesquerda.

(7 marcadores no plano frontal posteri-or) foram retiradas, entre outras, das re-comendações propostas em 2002 pelaStandardization and Terminology Commit-tee (STC) da International Society of Bio-mechanics (ISB). A escolha dos pontosanatômicos teve como base os estudosfeitos por Edington, Frederick e Cavana-gh(3). Os marcadores anatômicos foramdistribuídos da seguinte forma (Figuras2, 3 e 4): 2 (dois) pontos na parte poste-rior de ambos os pés (denominados, res-pectivamente, de calcanhar (D) e torno-zelo (C)), 1 (um) ponto localizado a 1/3da porção distal do músculo gastrocnê-mio da perna esquerda (B), 1 (um) ponto no nível da origem domúsculo gastrocnêmio da perna esquerda (A) e, 1 (um) pontona coluna lombar (E), da qual serviu como referencial linear paraos pontos dos calcanhares de ambos os pés, no que se refereao cálculo do cruzamento linear (horizontal) destes pontos emrelação ao ponto referencial (Figura 5). A fixação dos pontosanatômicos foi feita com a utilização de uma fita reflexiva e oauxílio de um prumo, onde se procurou restringir o erro de posi-ção vertical dos respectivos pontos.

Todos os indivíduos utilizaram calçados esportivos da mes-ma marca e datas próximas de fabricação, o que deu mais con-fiabilidades nos resultados encontrados.

Efetuou-se a estatística descritiva, o teste de K-S (Lilliefors)e o teste T de Student para amostras dependentes e indepen-dentes, todos com p<0,05. O pacote estatístico utilizado foi oSPSS “Statistical for Social Sciences Software”, versão 10.0.

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Analisando-se o comportamento da pronação máxima for-mado pela articulação subtalar, através do método de 2 (dois)pontos(5), não se encontraram diferenças significativas entre opé esquerdo e o pé direito dos indivíduos, em ambos os sexos.O mesmo resultado foi verificado por Wit, Clercq e Lenoir(9) daqual encontraram comportamentos semelhantes nos valores depronação máxima entre os pés direito e esquerda dos indivídu-os avaliados. Sendo assim, resolveu-se analisar o comporta-mento da perna esquerda de cada indivíduo.

Verificou-se que a pronação máxima (PM) aumentou signifi-cativamente (p<0,05) dos 11 km.h-1 para os 13 km.h-1 (5,87 +4,66 graus para 9,44 + 5,15 graus) nas mulheres, bem comodos 14 km.h-1 para os 16 km.h-1 (6,79 + 4,01 graus para 9,69 + 3,14graus) nos homens (Gráfico 1).

A máxima velocidade de pronação(VP) (Gráfico 2) também aumentou sig-nificativamente (p<0,05) nas respectivasvelocidades (202,58 + 54,38 graus/s para278,42 + 74,33 graus/s nas mulheres e226,48 + 55,63 graus/s para 303,90 +69,54 graus/s nos homens).

Tanto o aumento dos valores de pro-nação máxima, como o aumento dos va-lores de velocidade máxima de pronaçãose devem ao acréscimo da velocidadelinear de corrida, para homens e mulhe-res separadamente.

Entretanto, não houve diferenças es-tatisticamente significativas (p>0,05) nos

valores de pronação máxima entre homens e mulheres, quandocomparados numa mesma intensidade submáxima de corrida(70% e 75% do VO2máx), o que nos leva a acreditar que o aumen-to da pronação máxima está relacionado ao aumento da inten-sidade de esforço (VO2). Estes resultados corroboram com osachados de Gheluwe e Madsen(4), da qual demonstraram que oaumento da pronação, bem como da supinação, estão direta-mente ligados a intensidade de esforço e não ao aumento docomprimento de passada, conseqüentemente, ao aumento davelocidade linear de corrida. Contudo, a influência da intensida-de de esforço não foi determinante no comportamento da velo-cidade máxima de pronação, enquanto que a velocidade linearinfluenciou significativamente (p<0,05) no comportamento destavariável.

Contrariamente à existência de diferenças significativas nosvalores de pronação máxima e velocidade máxima de prona-ção, não foram observadas diferenças significativas (p>0,05)no cruzamento linear entre as velocidades lineares de corridapara cada sexo (Gráficos 3 e 4). Entretanto, foram observadasdiferenças significativas (p<0,05) entre os pés (esquerdo e di-reito) para cada sexo, o que demonstra haver uma tendência decruzamento da perna esquerda em relação ao plano sagitalmediano do indivíduo (0,35 + 4,20 cm (perna esquerda) e 3,97+ 0,81 cm (perna direita) em 11 km.h-1 e - 0,27 + 4,88 cm (per-na esquerda) e 4,52 + 2,39 cm (perna direita) em 13 km.h-1, nasmulheres (Gráfico 3) e, - 0,29 + 3,89 (perna esquerda) e 5,07 +2,22 cm (perna direita) em 14 km.h-1 e - 0,29 + 2,20 cm (pernaesquerda) e 4,70 + 2,49 cm (perna direita) em 16 km.h-1, noshomens (Gráfico 4)). Essa tendência pode estar relacionada coma inclinação lateral do tronco, da qual, conseqüentemente, estárelacionada com a técnica de corrida imposta pelo corredor, re-sultado do treinamento em pistas de atletismo que possueminclinações desapercebíveis(10). Deste modo é possível afirmarque a oscilação lateral do tronco não sofre influência da veloci-

Gráfico 1 - Média e desvios-padrões dos valores de pronação máximanas velocidades de 11 e 13 km.h-1 para as muheres e 14 e 16 km.h-1

para os homens. * p<0,05.

Gráfico 2 - Média e desvios-padrões dos valores de velocidademáxima de pronação nas velocidades de 11 e 13 km.h-1 para asmuheres e 14 e 16 km.h-1 para os homens. * p<0,05.

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dade linear de corrida, dentro dos parâmetros analisados nesteestudo.

CONCLUSÃO

O presente estudo constatou que as variáveis angulares (pro-nação máxima e velocidade máxima de pronação) estão direta-mente relacionadas com a velocidade linear da corrida. Alémdisso, constatou-se que indivíduos de diferentes sexos, a umaintensidade de esforço semelhante (taxa de consumo de O2 se-melhante), tendem a apresentar um comportamento semelhan-te na pronação máxima, uma vez que não foram encontradasdiferenças significativas (p>0,05) entre as velocidades de 11km.h-1 (para mulheres) e 14 km.h-1 (para homens), correspon-dentes a 70% do VO2máx, bem como entre 13 km.h-1 (para mulhe-res) e 16 km.h-1 (para homens), correspondentes a 75% do VO2máx.Sendo assim, podemos concluir que o aumento da pronaçãomáxima está relacionado à intensidade de esforço (VO2), e que

a velocidade máxima de pronação, a velocidade linear de corri-da, o que nos leva a acreditar que a intensidade de esforçopode ser uma variável determinante no número de lesões de-correntes a corrida. Em contrapartida, não se verificou umamudança no comportamento dos valores do cruzamento linearde ambos os pés, para cada sexo, com o aumento da velocida-de linear de corrida e sim, uma tendência de cruzamento daperna esquerda em relação ao plano sagital mediano do indiví-duo, o que nos permite dizer que a oscilação do tronco está,provavelmente, relacionada à técnica de corrida e a estabilida-de do indivíduo em situações de esforço, e não dependentesda velocidade linear de corrida, nos parâmetros analisados.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq e ao Laboratório de Pes-quisa do Exercício da Universidade Federal do Rio Grande doSul, pelo apoio financeiro e instrumental necessários para o de-senvolvimento deste trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gráfico 3 - Média e desvios-padrões dos valores do cruzamento linearda perna direita e esquerda nas velocidades de 11 e 13 km.h-1 para osexo feminino. * p<0,05.

Gráfico 4 - Média e desvios-padrões dos valores do cruzamento linearda perna direita e esquerda nas velocidades de 14 e 16 km.h-1 para osexo masculino. * p<0,05.