ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS: ANÁLISIS DE SU TESTAMENTO LITERARIO

P E D R O C O R R E A

Universidad de Granada

R E S U M E N

E. Diez-Canedo fue u n poeta de encrucijadas. A lo largo de su vida asimi­ló todas las corrientes literarias en boga. Fue m u y tradicional y m u y moderno . El cancionero El desterrado representa su testamento l iterario; por eso encie­rra en él todos los mot ivos de su cond ic ión creadora. Atento a las literaturas extranjeras y a la española de su t iempo fue u n excelente traductor y crítico.

PALABRAS CLAVE

Versatilidad, romanticismo, parnasismo, tradición, modern ismo, Rubén Darío, J. R. Jiménez, tierra, raíz, árbol , famil ia, v ida, camino, destierro, muerte.

A B S T R A C T

E. Diez-Canedo was a crossroads poet. Throughout his l ife he assimilat­e d all the l iterary trends w h i c h were fashionable at the moment . He was b o t h very tradit ional and very modern . The antology El desterrado represents his Literary testament; therefore, it contains all the moti fs o f his creative cond i ­t ion . He was b o t h an excellent translator and literary crit ic, always concerned w i t h fore ign literatures and w i t h the Spanish ones of his peers.

K E Y W O R D S

Versatility, romant ic ism, parnasianism, t radi t ion, modern i ty , Rubén Darío, J. R. Jiménez, land, root , tree, family, l i fe, path, exi le, death.

R É S U M É

E. Diez-Canedo fut u n poète de carrefours. A u l o n g de sa vie i l s'assimi­la touts les courants littéraires à la mode. I l fut très t radi t ionnel et très moder-

CAUCE, Revista de Filología y su Didáctica, n" 22-23, 1999-2000 /pàgs. 49-65

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P E D R O CORREA

ne. Le chansonnier El desterrado représente son testament littéraire; aussi i l cont ient chez lu i touts les moti fs de sa cond i t ion créateuse. Alerte aux littéra­tures étrangers et à l'espagnole de son époque i l fut u n excel lent traducteur et cr i t ique.

M O T S - C L É

Versatilité, romantisme, parnassien, t radi t ion, moderni té , Rubén Darío, J. R. Jiménez, terre, racine, arbre, famil le , v ie , chemin , exi l , morte.

La o b r a poé t i c a d e E. D i e z - C a n e d o e s inclasif icable. C o n f o r m e se

e x p r e s a e n el t i e m p o va a c o m o d á n d o s e a es té t icas t an d iversas q u e

p o d e m o s e n c o n t r a r e n su l abo r c r e a d o r a d e s d e la t e n d e n c i a s f inisecu­

lares has ta lo m á s c o m p l e j o d e la p o e s í a de l s iglo xx. M u c h o t i ene q u e

ve r c o n e s t o el e s tud io so , el e r u d i t o y el crít ico. A t e n t o a c u a l q u i e r

n o v e d a d , el mul t i face t i smo d e su t rabajo se e c h a d e ve r e n los d iver ­

s o s c a n c i o n e r o s q u e fue ron s a l i e n d o s u c e s i v a m e n t e d e su p l u m a 1 . N a d a

le e s a jeno , n i de l h o m b r e ni de l ar te . E n c u e n t r o e n su o b r a d o s g r a n ­

d e s m o t i v o s e n c o n s t a n t e i n t e rpene t r ac ión : el q u e h a c e r y d e v e n i r h u m a ­

n o , h e c h o s íntesis e n su p r o p i a c o n d i c i ó n , y la es té t ica c a m b i a n t e d e

n u e s t r o s iglo i n c o r p o r a d a c o n na tu ra l idad in igua lab le 2 . D e s d e los c o m i e n -

1 Se inicia con Versos de las horas, Madrid, 1906. Es el cancionero inicial moder­nista en la línea rubeniana más plástica y decorativa; La visita del sol. Versos, Madrid, ed. Pueyo, 1907, donde continúa la tradición modernista, pule las tendencias fin de siglo e inicia una corriente más íntima y humana; La sombra del ensueño, 1910, can­cionero que ofrece ya las características de su obra posterior. Aparece de un modo evidente la huella de J. R. Jiménez. Hay una época de silencio, dedicado a otros menes­teres y recoge en forma antológica lo mejor de sus cancioneros anteriores en Algunos versos, Madrid, La Lectura, 1924; fruto de su estancia en América y el conocimiento de la obra poética de W. Whitman es Epigramas americanos, Madrid, ed. Espasa-Calpe, 1928 (poemario ampliado en el exilio y publicado en México, 1945); la evocación del pasado inmediato y la ruptura sentimental y personal con él da lugar a El desterrado, aparecido en 1940 y finalmente Jardinillos de Navidad y Año Nuevo, México, 1944. Podemos considerar, no labor de creación, pero sí muestra evidente de su interés por la poesía, la colectánea titulada Las cien mejores poesías españolas. Nueva Colección formada por Enrique Diez-Canedo, México-Nueva York, ed. Nuestro Pueblo, 1940; y el epílogo puesto a la selección Antología de la poesía española contemporánea (1900-1936) hecha por J. J. Domenchina, México, ed. Atlante, 1941.

2 E. Diez-Canedo tiene veintiún años cuando entra en el siglo xx. Es un hom­bre casi formado y en consecuencia recoge las diversas tendencias manifiestas en la poesía fin de siglo. Todavía perdura el romanticismo, que da sus últimos vagidos, per-

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ENRIQUE D I E Z - C A N E D O POETA D E ENCRUCIJADAS.

zos e l p o e t a es c o n s c i e n t e d e su c a p a c i d a d d e a d a p t a c i ó n . Ya l o a n u n ­

c ia e n u n c a n c i o n e r o l i m i n a r , Versos de las horas ( 1 9 0 6 ) , e s c r i t o b a j o la

i m p r o n t a d e la m a g i a r u b e n i a n a p e r o d o t a d o d e u n s e l l o p e r s o n a l r e f l e ­

x i v o q u e le p e r m i t e ser p ó r t i c o d e o b r a s p o s t e r i o r e s 3 . S í rvanos d e e j e m -

p l i f i c a c i ó n e l s o n e t o " A t a v i s m o " , e n la l ínea d e l m o d e r n i s m o e m p a r e n ­

t a d o c o n Prosas Profanas. A f i r m a e l p o e t a q u e la v o z d e u n p a s a d o

l e j a n o l l a m a a su i m a g i n a c i ó n c r e a d o r a y le i n v i t a a e n c o n t r a r e n é l los

m o t i v o s b á s i c o s d e su s u s t e n t o . U n a v u e l t a a la é p o c a d e los c o n ­

q u i s t a d o r e s e n la l ínea s o n o r a d e J . Santos C h o c a n o s u p o n e p a r a D i e z -

C a n e d o la m i s m a f u e n t e d e i n s p i r a c i ó n q u e e m p u j ó a R. D a r í o a e v o ­

car fan tás t icos p a s a d o s , d e s d e la le janía t e m p o r a l a l e x o t i s m o espac ia l

sistente en los ambientes poéticos provincianos; el parnasismo, recogido por S. Rue­da, poeta al que nuestro escritor conoce bien; el simbolismo, el preciosismo, el deca­dentismo fin de siglo y por supuesto el modernismo como síntesis. Recordemos que en la Revista España, de la que fue asiduo colaborador, leemos artículos sobre "Tomás Morales", "Los comienzos del modernismo en España", y en diversas publicaciones apa­recen breves pero enjundiosas páginas sobre "Villaespesa", "Rubén Darío y España". Se siente atraído por éste y su huella es perceptible en los primeros cancioneros, cada vez más delgada pero evidente. Conforme pasa el tiempo conoce el impresionismo, la poesía pura, el popularismo, el neotradicionalismo y la inicial vanguardia, especial­mente el ultraísmo, y todo se va remansando en obras sucesivas, sin que nada de esto afecte a su concepto personal de la poesía. Conviene recordar su acercamiento a la obra de José Moreno Villa, el artículo titulado "Los poetas jóvenes de España", "Rafael Alberti". Coincide con otros compañeros en sentirse ante todo un poeta urbano, gus­tador de las cosas cercanas. En un afán de irse liberando de oropeles exteriores, ter­mina por gustar del verso conceptual, duro, denso, abandonando progresivamente la rima acerada pero manteniendo siempre el gusto por el ritmo en el sentido más sim­ple del término. Por eso es muy difícil ubicar a Diez-Canedo como poeta dentro de una tendencia concreta; vid. J. F. Montesinos, Die Moderne Spanische Dichtung, Leip­zig-Berlín, 1927.

3 Versos de las horas debe ser considerado un buen exponente del modernismo en la línea popularizada por Rubén en Prosas Profanas. Tiene sus mismas virtudes y acepta lo mejor que encuentra en dicho poemario. Se siente atraído por las culturas extrañas, especialmente las orientales y buen ejemplo de ello es "Japonería"; acepta el gusto rubeniano por el exotismo. La selección versal y léxica confiere al cancionero una gran delicadeza y sentimentalismo en la línea de lo que conocemos por poesía fin de siglo. Cultiva las rimas sorpresivas; pasa del alejandrino rubeniano al octosílabo castellano con gran naturalidad, acepta el eneasílabo también tomado de Rubén y peca como todo buen modernista de superficialidad. Es el cancionero de la forma. Al hacer una selección de sus mejores poemas en Algunos versos, observamos el gusto por la visión castellana estilizada en el poema "Avila", la recreación del mundo del arte en "Claudio de Lorena", el contrate colorista en "Boda en la ermita". Muestra un prodi­gioso dominio del adjetivo, cromático y sugeridor (dorados horizontes, nubes crepus­culares, puertos de verdes aguas, vagos, azules montes, aromáticas volutas...). Todo esto es señal evidente de su delicadeza y elegancia.

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PEDRO CORREA

y la m o d e r n i d a d . El l éx ico s o n o r o ve r t i do e n "p ro eza s y locuras" , "caba­l lerescas aven tu ras" , " t roncos a romát i cos" , " p a p a g a y o s ve rde s " , "ricos me ta l e s br i l ladores" , de f inen u n a i n t e n c i ó n y u n e n s u e ñ o . El p o e t a e s c o n s c i e n t e d e su impos ib i l i dad d e e m u l a r a Dar ío , "mis ve r sos , g a l e o ­n e s h u m i l d e s y p e q u e ñ o s " , m a s n o p o r e s o se d a p o r v e n c i d o . P r o ­yec t a u n n u e v o m u n d o a t ravés d e s u s ve r sos c a p a z d e in ten ta r g a n a r "una c o n q u i s t a igual". Y es ta a sp i r ac ión la p l a s m a e n el ú l t imo t e r c e t o c o n p e n s a m i e n t o s l ap idar ios q u e n o de jan lugar a d u d a s :

Y aspiro a que u n día magníf ico y t r iunfa l , c o m o las carabelas de antaño, vuelvan dueños de inmensos y fantásticos tesoros de ideal 4 .

Y es te d e s e o se va h a c i e n d o r ea l idad c o n c r e t a t ras c a d a c a n c i o n e ­ro . A u n q u e b i e n e s v e r d a d q u e o t ras l a b o r e s cu l tu ra les y escr i turar ias de j a ron e n s e g u n d o p l a n o el a r te d e la c r eac ión .

Hay , e n c o n s e c u e n c i a , u n a p r i m e r a é p o c a , c r u c e d e d iversas t en ­d e n c i a s mani f ies tas t a m b i é n e n o t ro s p o e t a s , e s p e c i a l m e n t e J u a n R. J i m é n e z . Por e s o e n c o n t r a m o s e n sus d o s p r i m e r o s c a n c i o n e r o s j u n t o a las d iversas cor r i en tes a r ras t radas p o r el m o d e r n i s m o , p a r n a s i s m o y s i m b o l i s m o , g u s t o p o r el v e r s o cor to , senc i l lo y l ap ida r io e n la t radi ­c ión h i spán i ca m á s h o n d a , u n e v i d e n t e p o p u l a r i s m o q u e se d a la m a n o c o n v a r i e d a d e s r o m á n t i c a s p u e s t a s d e m o d a a finales de l s iglo xix.

4 Los "tesoros de ideal" a los que el poeta aspira revelan ya un cambio más en el contenido que en la forma. Lo esencial humano escapa en su primer cancionero ante la mirada asombrada del neófito dominado por la magia modernista. Pero pron­to iba a realizar una introspección acerca de su yo y posición en el mundo. Un acer­camiento a lo inmediato, familiar, íntimo, a lo que constituye la raíz que nos salva y ahinca en la tierra, pasa a erigirse hasta el final de sus días en motivo de inspiración. Esta posición ante las cosas y las gentes constituye el "ideal" soñado por el poeta. Nuevos temas, distintos motivos, diversas intenciones. Nunca pudo pensar que esta nueva trayectoria se iba a truncar cuando en 1938 tuvo que poner tierra por medio y abandonar cuanto había constituido su razón de ser. Los destinos del hombre a veces suelen ser así. La superación de la etapa modernista ya había sido anunciada por el crítico R. Blanco Fombona, en Motivos y letras de España, Madrid, ed. Renacimiento, 1930, p. 161, donde leemos estas reveladoras palabras:

moda correspondiente a la juventud de este escritor, no le sedujo por entero, aunque

prestó a los versos del poeta peculiares e inconfundibles encantos y enriqueció su sen­

sibilidad. Pero Diez-Canedo -y esto no se ha dicho hasta ahora- es uno de los pocos,

uno de los poquísimos poetas de su generación en España y en América a quien no

cubrió por entero la inundación modernista. Sacó afuera la cabeza como esos pe­

ñascos enormes que se yerguen en el centro de la corriente en los grandes ríos del

trópico.

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ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS.

E s t a m o s c a d a v e z m á s c o n v e n c i d o s q u e D i e z - C a n e d o se inser ta e n sus o r í g e n e s e n las m i s m a s co r r i en tes p a r n a s i a n a s y m o d e r n i s t a s q u e a l i m e n t a r o n a f iguras c o m o las d e M. M a c h a d o , P e d r o Ja ra Carril lo, el f i l ipino-t inerfeño M a n u e l Verdugo , Luis Rodr íguez F igueroa ; c o n e l los c o m p a r t e el g u s t o p o r lo o r n a m e n t a l , lo c o s m o p o l i t a , el p o p u l a r i s m o , la hue l la f rancesa, el p r imi t iv i smo. En u n a c o n s t a n t e e v o l u c i ó n e n c o n ­t r a m o s p u n t o s d e c o n t a c t o c o n g e n e r a c i o n e s n u e v a s , casi t rans ic iona-les a la v a n g u a r d i a , c o m o s o n los ca sos d e E n r i q u e d e Mesa , M. Baca-risse, s o b r e t o d o J o s é M o r e n o Villa, Alfonso Camín , R a i m u n d o d e los Reyes , A l o n s o Q u e s a d a y has ta León Fe l ipe . Crít icos bu l l i do re s d e la é p o c a c o m o R. C a n s i n o s Assens y e s t u d i o s o s m á s r e p o s a d o s c o m o J o s é F e r n á n d e z M o n t e s i n o s lo s i túan t a n t o e n su c o n d i c i ó n d e c r e a d o r c o m o o b s e r v a d o r y c o n o c e d o r d e la v ida literaria e n esa é p o c a t a n rica y comple ja q u e va d e s d e la p r i m e r a d e c e n a de l s iglo has ta la c o n s a g r a ­c ión d e la g e n e r a c i ó n de l 27. T o d o s el los fue ron b u e n o s c o n o c e d o r e s e imi t adores d e las c r e a c i o n e s fo ráneas e s p e c i a l m e n t e f r ancesas 5 .

Y n a d a d e c u a n t o d e c i m o s e s gra tu i to p u e s n u e s t r o a u t o r d e m u e s ­tra c o n c r eces es ta r al día n o só lo e n la l i teratura e s p a ñ o l a s i no e n las ex t r añas , e s p e c i a l m e n t e la f rancesa. Esta p a s i ó n p o r las le tras v e c i n a s a r r anca d e su es tanc ia e n París c o m o d i p l o m á t i c o e n 1909- Fru to d e ella e s el c a n c i o n e r o La sombra del ensueño (1910) , a u n q u e a ñ o s a n t e s ya hab ía o f rec ido a los l ec to res su versa t i l idad c o m o t r aduc to r de l ver­s o f o r á n e o e n Del cercado ajeno. Versiones poéticas (1907) . B u e n a p r u e ­b a d e el lo e s su l a b o r crítica c o m o difusor d e la c r e a c i ó n literaria y d e n t r o d e las m á s d iversas t e n d e n c i a s .

Es i m p o s i b l e d e n t r o d e los l ímites d e u n ar t ículo d a r u n a vis ión, s iquiera sea p a n o r á m i c a , d e su l a b o r difusora, a p a r t e d e q u e es ta face­ta e s h o y la m á s c o n o c i d a p o r el p ú b l i c o lec tor d e su o b r a y p o r la crítica. N o s in te resa dejar cons t anc i a de l a c e r c a m i e n t o e n s impa t í a hac ia d e t e r m i n a d a s pa r ce l a s d e la c r eac ión literaria, e s p e c i a l m e n t e poé t i ca , d e los p r i m e r o s v e i n t e a ñ o s de l siglo xx. N o d e s d e ñ a la p o e s í a r eg io ­nal t an e n b o g a y e n c o n t r a m o s t res ar t ículos ce r t e ros s o b r e Vicen te Medina , Gabr ie l y G a l á n y u n o p a n o r á m i c o , "La p o e s í a r eg iona l e s p a -

5 Uno de los mejores intérpretes de la época fue R. Cansinos Assens y a él hemos de acudir si queremos tener una visión certera del panorama literario de los primeros veinte años del siglo xx. Vid. Poetas y prosistas del novecientos (España y América), Madrid, 1919; del mismo, La nueva literatura (1898-1900-1916), Madrid, 1917; ídem, La novela de un literato, Madrid, Alianza Editorial, 1982. Las relaciones del escritor con el Ateneo se encuentran recogidas en A. Insúa, Memorias, vol. I, Madrid, ed. Tesoro, S.A., p, 469.

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PEDRO CORREA

ñ o l a " . D u r a , p e r o a c e r t a d a , e s s u c r í t i c a s o b r e S. R u e d a ; i n t e r e s a n t í s i ­

m a s u v i s i ó n d e l m a e s t r o d e l m o d e r n i s m o e n " R u b é n D a r í o y E s p a ñ a " ,

s i n o l v i d a r e l a c e r c a m i e n t o a l g r a n p ú b l i c o e n " L o s p o e t a s m á s j ó v e ­

n e s d e E s p a ñ a " , a c e r t a d a v i s i ó n d e c o n j u n t o d e q u i e n e s e n a q u e l l a é p o ­

c a e m p e z a b a n a h a c e r p i n i t o s p a r a m á s t a r d e c o n s t r u i r h i s t o r i a 6 . A é l

s e d e b e e l c o n o c i m i e n t o d e L e ó n F e l i p e , p o r c u y a p o e s í a y v i d a s i e n ­

t e e s p e c i a l d e b i l i d a d y p o r e n c i m a d e t o d o s J u a n R a m ó n , u n a e s p e c i e

d e g u í a e s p i r i t u a l y c u l t u r a l . P r e c i s a m e n t e s u ú l t i m a a p o r t a c i ó n i m p o r ­

t a n t e a l c a m p o d e l c o n o c i m i e n t o f u e Juan Ramón Jiménez en su obra

(1944) . T a m p o c o p o d e m o s o l v i d a r l a s t r a d u c c i o n e s d e l n e o p r i m i t i v i s t a

F. J a m m e s , d e l r o m á n t i c o H . H e i n e , d e l s i m b o l i s t a C h . B a u d e l a i r e y d e l

p o e t a é p i c o n o r t e a m e r i c a n o W . W i t m a n n . E s d e c i r , s u i n c a r d i n a c i ó n a

la c u l t u r a e s p a ñ o l a n o l e c i e g a h a s t a e l e x t r e m o d e n o r e c o n o c e r e n

l a l a b o r c r e a d o r a d e o t r o s p a í s e s a p o r t e s f u n d a m e n t a l e s p a r a e l d e v e ­

n i r d e l a p o e s í a 7 .

A s u r e g r e s o d e F r a n c i a y c o n u n c o n o c i m i e n t o p r o f u n d o d e l a

l i t e r a t u r a f r a n c e s a d e l s i g l o xix y d e s u t i e m p o , o f r e c e a l o s e r u d i t o s

e s p a ñ o l e s l o q u e e n a q u e l m o m e n t o s e c o n s i d e r a b a r e l e v a n t e e n l a c u l ­

t u r a d e l p a í s v e c i n o l l e g a n d o a s e n t i r p o r e l l a e s p e c i a l d e b i l i d a d . P a l ­

p a b l e d e m o s t r a c i ó n f u e r o n La poesía francesa moderna (1913) y La

poesía francesa del romanticismo al superrealismo (1945) . T o d a v í a h o y

s i g u e n v i v i e n d o l a s d i v e r s a s a n t o l o g í a s p o é t i c a s d e l a s t r a d u c c i o n e s

s e ñ e r a s r e a l i z a d a s e n s u t i e m p o p o r e l m a e s t r o e x t r e m e ñ o . La p a l a b r a

e x a c t a , e l m a t i z , la r i q u e z a d e i m á g e n e s v e r n á c u l a s p a s a n a n u e s t r a l e n ­

g u a c o n p r e c i s i ó n y n a t u r a l i d a d 8 .

6 Hemos de tener presentes sus tres excelentes artículos titulados, "Nuestro Vicente Medina", "Galán y el galanismo" y "La poesía regional española".

7 Colaboró en la Revista latina dirigida por F. Villaespesa, en Renacimiento de G. Martínez Sierra; asiduo articulista en España; fundador de El Sol en 1917; en La Pluma de Azaña; en índice de J. R. Jiménez; en Revista de Occidente de J. Ortega y lo mismo hace en el exilio. Su nombre está ligado a Taller, Letras de México, Excel-sior, Cuadernos Americanos, El Nacional, y otras revistas y periódicos. Desde fecha temprana se dedica a la traducción. Ya en 1907 aparece Del cercado ajeno. Versiones poéticas y a lo largo de los años divulga la obra de F. Jammes, E. Heine, Ch. Baude­laire, W. Whitman, G. Giraudoux y fue muy celebrada la extensa antología titulada La poesía francesa. Los precursores. Los parnasianos. Los maestros del simbolismo. Los poe­tas nuevos, en colaboración con F. Fortún, Madrid, ed. Renacimiento, 1913.

8 Se sintió atraído por las obras del primitivista F. Jammes del que ha dejado excelentes versiones de Manzana de anís y Del toque del alba al toque de oración, estudió a P. Claudel, se entusiasmó con M. de Montaigne, con el novelista hispanizante Valéry Larbaud. Todavía la ed. Losada publicó en 1945 una selección de sus mejores

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ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS.

Si p r o g r e s a m o s e n la lec tura d e sus p o e m a r i o s , e n c o n t r a m o s el r e f r e n d o a las p a l a b r a s iniciales d e e s t e ar t ículo . Su p o e s í a va p o c o a p o c o l i b e r á n d o s e de l o r o p e l e x t e r n o p a r a a h i n c a r s e e n la h o n d u r a de l a lma y saca r a luz sus entres i jos y c o n e spec ia l fruición las con t r ad i c ­c i o n e s de l y o . V a m o s c a m i n o de l i n t imismo e n la m i s m a l ínea d e t an ­tos o t ros p o e t a s d e su g e n e r a c i ó n . Es u n a t rayec tor ia c r e a d o r a b i e n exp l i cab le .

En el c a n c i o n e r o Algunos versos s e e n c u e n t r a u n o d e los p o e m a s m á s significativos, e n la d i r ecc ión d e u n ar te p o é t i c a b u s c a d o r a d e la p a l a b r a exac t a p a r a def inirse . Es u n a p legar ia supl ica tor ia t i tu lada "Ora­c ión e n el jardín". T a m b i é n con fes ión d e sus a n h e l o s , d e s e o s d e l iber­t ad c r e a d o r a . S u e ñ a c o n u n jardín c u y a s hojas y v e r d o r se r e n u e v a n c a d a a ñ o . En el i nv i e rno h u y e n las pá jaros l ibres p o r q u e n o t i e n e n d o n d e a c o g e r s e , p e r o el p o e t a s a b e q u e u n a v e z q u e p a s e n los fríos i nve rna le s el ja rdín vo lve rá a r e v e r d e c e r y r e g r e s a r á n los pá ja ros q u e lo a b a n d o n a r o n . U n c o n s t a n t e c a m b i o e s lo me jo r e n la l a b o r d e c rea ­c ión . Los v e r s o s e n d e c a s í l a b o s se s u c e d e n e n t i radas d e a rqu i t ec tu ra perfec ta : fo rma clásica y s e n t i m i e n t o m o d e r n o ,

Yo me quiero mor i r c o m o se muere todos los años el jardín, y luego renacer de igual m o d o que renace todos los años el jardín.

P e r o el p o e t a n o se limita so lo a e s e e t e r n o r e t o r n o s i no q u e n o s expl íc i ta cuá l e s el d e s e o p r o f u n d o q u e asp i ra a h a c e r r ea l idad c a d a v e z q u e neces i t a t r a s p o n e r su y o p o r m e d i o d e la p a l a b r a d e s d e la fan­tasía c r e a d o r a has ta el p a p e l . N o le in te resa el á rbo l d e hoja p e r e n n e , n i las hojas ca ídas i n c a p a c e s d e g e r m i n a r s i no el d e h o n d a raíz d o n ­d e b e b e la insp i rac ión y se e n r i q u e c e el g e n i o , t r o n c o y b r a z o s re tor­c idos e n v io len tas fo rmas fruto d e la l ucha p o r la v ida . Cierra el p o e ­m a c o n u n a p legar ia a D ios e n la q u e p i d e t o d o c u a n t o e s n e c e s a r i o p a r a t r ans formar e n be l l eza c o n c r e t a lo q u e se t i ene y s i en te d e n t r o . Pa l ab ras e s t r e m e c i d a s y s inceras l l enas d e v a l o r e s a l egór i cos y p ic tór i ­cas d e r icas i m á g e n e s :

... Aqu í me tienes Señor, desnudo c o m o el árbol . Dame

traducciones con el título La poesía francesa del romanticismo al superrealismo. Aun­que su pasión por la poesía francesa le viene desde temprana edad, mucho tuvo que ver su estancia en París y su pertenencia a la Escuela Central de Idiomas.

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PEDRO CORREA

tu bautismo de lluvias y tu crisma de sol, y dame vestiduras nuevas, inmaculadas. El jardín de invierno callado está: mi corazón, callado. Habla tú; luego, vísteme de hojas. Algo de tus palabras, al moverse, repetirán, como inspiradas lenguas.

También fue u n maestro e n el verso de arte menor; n o se c iñó s ó l o al octos í labo s ino q u e c o m o herencia del m o d e r n i s m o y conoc i ­miento d e la poes ía francesa cultiva c o n profusión el eneas í labo y el decasí labo. Ya está presente e n su primera obra pero alcanzará c imas d e auténtica bel leza y originalidad e n Algunos versos (1924) y Epigra­

mas americanos (1928-1945). N u m e r o s o s registros p o d e m o s sorprender e n los p o e m a s recogidos e n estos cancioneros , d e s d e el desgarro d e es tampas bajobarrieras, fruto d e u n primitivismo asilvestrado, e n la línea d e Valle-Inclán y de los poetas populares porteños hasta el brillo ful­gurante del m o m e n t o s o ñ a d o h e c h o realidad e n la brevedad de u n epi­grama sentenc ioso . Lo m i s m o p o d e m o s leer,

Arrabal de la canalla. Mis pasos; no hay otro mido. Un farol junto a una valla, trémulo, solo, perdido.

Corta el silencio la tralla de un pavoroso silbido... Me detengo estremecido... La noche, siniestra, calla.

Q u e meditar ante una observac ión tan penetrante c o m o

Ya está el árbol repleto. Mas no es son de aleluya su canto; es de tumulto, de pasión, de congoja. Vino volando un pájaro, se encontró sin su hoja. Todos protestan; nadie quiere dejar la suya.

O b ien la búsqueda d e u n centro, asidero para el cantor

No le asignéis un nombre cabalístico. Lleno de aves y mudo se levanta. Ya no es el árbol mágico que canta. Es, trémulo y callado, el árbol místico.

Podríamos seguir ilustrando su versatilidad c o n p o e m a s c o m o "Fau­n o y ruiseñor", el s o n e t o "Partida de ajedrez", la "Balada d e los tres naipes" o el impresionante "Avila", pero n o s llevaría demas iado lejos y

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ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS.

m i i n t e n c i ó n e s d e d i c a r u n r e c u e r d o a u n a o b r a d e c i s i v a e n l a v i d a d e l

h o m b r e , El Desterrado. H e m o s d e r e c o n o c e r , s i n e m b a r g o , q u e a l o l a r ­

g o d e t o d a s u c r e a c i ó n s e d a n la m a n o e l g u s t o p o r l a f o r m a y l a d e n ­

s i d a d d o c t r i n a l y c o n c e p t u a l , e n la l í n e a d e l p e n s a m i e n t o y l a r e f l e ­

x i ó n . H a y p o r l o t a n t o d o s g r a n d e s c o r r i e n t e s q u e s e c o n f u n d e n , e l

m o d e r n i s m o y la p o e s í a f in d e s i g l o q u e l e p r e s t a n i m á g e n e s y m e t á ­

f o r a s , s u s t a n c i a s c o n v a l o r a l e g ó r i c o , y la i n t e n c i ó n n o v e n t a i o c h i s t a p r o ­

y e c t a d a t a m b i é n e n s u l a b o r c r í t i c a . Al a m a l g a m a r a m b a s t e n d e n c i a s y

m a n i f e s t a r s e r e n i d a d , a g u d e z a y c l a r a v i s i ó n d e l f u t u r o , n o h u b o i n c o n ­

v e n i e n t e e n p r o c l a m a r l o m e n t o r d e l a s n u e v a s g e n e r a c i o n e s . E s d e u n

a u t é n t i c o m a e s t r o e l s a b e r p a s a r d e l a f r o n d a r u b e n i a n a , b e l l í s i m a e n

e l d i á l o g o " F a u n o y r u i s e ñ o r " a l a s e v o c a c i o n e s y r e c u e r d o s d e s u s

m u c h a s l e c t u r a s . M u y l o g r a d o e s e l p o p u l a r i s m o a l c a n z a d o e n " C a n t a ­

r e s r i m a d o s a la m a n e r a t o s c a n a " ; y a h i c i m o s a l u s i ó n a l a h u e l l a v a l l e i n -

c l a n e s c a q u e s e d a l a m a n o c o n r a s g o s d e l 9 8 e n p o e m a s c o m o " B r o n ­

c a " y " B a l a d a d e l o s t r e s n a i p e s " . A s í c o m o e l c e r c o a l a p o e s í a d e W .

W h i t m a n n s e e v i d e n c i a e n l o s Epigramas americanos. P o d r í a m o s s e g u i r

h a s t a e l i n f i n i t o , p e r o a l v e r d a d e r o p o e t a , s í n t e s i s d e s u d e n s a t r a y e c ­

t o r i a , h a y q u e e n c o n t r a r l o e n a q u e l l o s p o e m a s n a c i d o s t r a s l a n o s t a l ­

g i a d e l e x i l i o , l o s q u e s o n f r u t o y c o m p e n d i o d e t r e i n t a a ñ o s d e e s f u e r ­

z o , n a c i d o s d e la r e f l e x i ó n 9 . E s c o m o si q u i s i e r a a p r e h e n d e r e n u n

b r e v e c a n c i o n e r o t o d o s l o s s u e ñ o s p e r d i d o s y m i r a r h a c i a a d e l a n t e , u n

f u t u r o q u e e l d e s t i n o h i z o q u e s e t r u n c a r a e n 1 9 4 4 .

El desterrado e s u n a p e q u e ñ a g a v i l l a d e p o e m a s a p a r e c i d o s e n

M é x i c o e n 1 9 4 0 . C o n s t i t u y e n u n t e s t a m e n t o l i t e r a r i o y h u m a n o a c a b a ­

l l o e n t r e la t r a d i c i ó n y la m o d e r n i d a d . R e f l e j a n u n e s t a d o d e á n i m o y

s u p o n e n e l c o m p e n d i o d e t o d a u n a v i d a d e d i c a d a a l q u e h a c e r l i t e r a -

9 Pese a la densidad de su obra, especialmente crítica y periodística, la biblio­grafía generada es relativamente escasa. En vida del autor encontramos a J. Mas y Pi, "Los nuevos románticos: Diez-Canedo" en Letras españolas, Buenos Aires, 1911, pp. 225-232; R. Blanco Fombona, "Un poeta preterido: Enrique Diez-Canedo" en Motivos y Letras de España, Madrid, 1930, pp. 159-171; Max Aub y Varios, rev. Litoral (al poeta Enrique Diez-Canedo), n° 3, México, agosto 1944; AA.W. Litoral, n° 31-32, Torremoli-nos, agosto-septiembre 1972; M. Pecellín Lancharro, Literatura en Extremadura, vol. II, Badajoz, Universitas, 1981, pp. 231-242; J. M. Fernández Gutiérrez, Enrique Diez-Cane­do: su tiempo y su obra, Badajoz, Diputación Provincial de Badajoz, 1984; ídem, "Temas de la relación epistolar entre Diez-Canedo y Alfonso Reyes", Revista de Estudios Extre­meños, XLII, 1986; R. Senabre, Escritores de Extremadura, Diputación Provincial de Badajoz, 1988, pp. 163-176; M. S. Viola Morato, Medio siglo de Literatura en Extrema­dura, col. Rodríguez Moñino, n° 14, Badajoz, Departamento de Publicaciones de la Diputación Provincial de Badajoz, 1994.

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PEDRO CORREA

r i o , t a m b i é n e l r e c u e r d o d e u n p a s a d o p r ó x i m o q u e l e a r r a n c ó s u s r a í ­

c e s , r e c u p e r a d a s a t r a v é s d e l a p a l a b r a c o n i n f i n i t a n o s t a l g i a . La e s t r u c ­

t u r a d e l v e r s o r o m a n c e s e a d i v i n a e n l a s c i n c o m u e s t r a s d e l c a n c i o n e ­

r o a u n q u e h a y a u n a l i b e r t a d d e a c c i ó n f o r m a l q u e h a c e a l o s v e r s o s

d i s c u r r i r c o n l i m p i e z a , r e v e l a n d o s u e s e n c i a l e n c a r n a d u r a . E s c o m o s i

e l h o m b r e s e h u b i e r a p r o p u e s t o r e c u p e r a r a t r a v é s d e l r e c u e r d o l o i m ­

p o s i b l e d e u n p a s a d o . El b r e v e c a n c i o n e r o e s t á f o r m a d o p o r c i n c o

p o e m a s y t o d o s e l l o s m a n t i e n e n u n e s t r e c h a u n i d a d t e m á t i c a y f o r ­

m a l 1 0 . R e c u e r d a n e n a l g u n o s a s p e c t o s h i t o s d e l p a s a d o , r e c i e n t e y r e m o ­

t o , t a m b i é n m o t i v o s d e l p r e s e n t e y u n e s p e r a n z a d o e i n t e r r o g a n t e fu ­

t u r o . E s t a m o s a n t e u n a m e d i t a c i ó n l í r i c a p r o t a g o n i z a d a p o r e l a l m a d e l

p o e t a y l a n o s t a l g i a d e l h o m b r e , q u i e n e n s u c o n d i c i ó n d e d e s a r r a i g o

s e p r e g u n t a p o r c u a n t o h a d e j a d o a t r á s y l a s c a u s a s d e s e m e j a n t e

a b a n d o n o . U n a s u a v e m e l a n c o l í a , n o t a í n t i m a , v e r t e b r a t o d o e l l i b r o y

s e r e m a n s a , u n a s v e c e s e n f o r m a d e r í o q u i e t o , c o m o r e m a n s o d o n d e

s e r e p a s a la v i d a , e n o t r a s c o n l a f u e r z a d e l t o r r e n t e d e s c o n o c e d o r d e

s u t o r t u o s o c u r s o . El t í t u l o e s t o d a u n a r e v e l a c i ó n y a é l h a d e ir r e ­

f e r i d a c u a l q u i e r a c o n t e m p l a c i ó n q u e d e l m i s m o n o s i m a g i n e m o s . A

c a b a l l o e n t r e l a t r a d i c i ó n y la m o d e r n i d a d , m a n t i e n e e n e s e n c i a e l m o d o

d e p o e t i z a r d e D i e z - C a n e d o ; r e c o n o c e m o s e l e m e n t o s q u e s e p i e r d e n

e n l a l e j a n í a , d e l a m a n o d e J u a n R a m ó n o d e L e ó n F e l i p e , y s e n t e n ­

c i a s n u e v a s l i g a d a s a l a s c o n t i n g e n c i a s d e l o s a ñ o s t r e i n t a . N u n c a f u e

u n e s c r i t o r d e f i n i d o s i n o i n t é r p r e t e d e u n a é p o c a fér t i l y d i v e r s a .

A b r e e l c a n c i o n e r o c o n u n p o e m a t i t u l a d o " C a p a c i d a d d e o l v i d o " .

S e h a c e r e a l i d a d , a p e s a r d e s u p o l i m e t r í a , p o r m e d i o d e l v e r s o h e p -

t a s í l a b o y la r i m a a s o n a n t e m a n t e n i d a a l o l a r g o d e t o d o e l l i b r o . E s t a ­

m o s a n t e u n a i n v o c a c i ó n a l a m e m o r i a c o m o fiel g u a r d a d o r a d e l p a s a ­

d o , c a p a z d e t r a n s p o r t a r l o a l p r e s e n t e . El p o e m a s e d i v i d e e n t r e s p a r t e s

b a s t a n t e e q u i l i b r a d a s . D e m o s t r a c i ó n e v i d e n t e d e q u e n o e s t a m o s a n t e

u n a i m p r o v i s a c i ó n s i n o n e c e s i d a d v i t a l d e t r a d u c i r u n e s t a d o d e á n i m o

p o r m e d i o d e la p a l a b r a . La p r i m e r a s u p o n e u n a b ú s q u e d a i n c e s a n t e

d e l h o m b r e ; e l i n t e n t o i m p o s i b l e d e r e c u p e r a r e l t i e m p o i n m e d i a t o i d o

p e r o n e c e s a r i o d e s e r a p r e s a d o e n l a s r e d e s d e la i n t u i c i ó n . El p o e t a

e s c o n s c i e n t e d e l a i n u t i l i d a d d e s u l u c h a y l o t r a d u c e e n u n a t e r r i b l e

c o n f e s i ó n d e v e r s o s a t o r m e n t a d o s :

10 El desterrado aparece en México editado por Miguel N. Lira en la colección Amigos Españoles de Fábula; conocemos el año de edición, 1940, pero no sabemos el lugar de impresión, probablemente en la capital. Tengo presente la ed. El desterrado, poemas de Enrique Diez-Canedo, Málaga, ed. El manatí dorado 5, 1991.

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ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS.

mi dolor va perd ido y en la nada bracea buscando el eco impercept ib le , la inexistente huella de lo que fue y m u r i ó del todo.

Es tamos a n t e u n a e s p e c i e d e n ih i l i smo exis tencia l r e sue l to al final e n u n a a t o r m e n t a d a c o n c l u s i ó n cas i i m p o s i b l e d e p redec i r . T o d o h a s i do a r r a n c a d o d e raíz y mart i l lea su m e m o r i a p a r a q u e el p r e s e n t e s e o lv ide o al m e n o s se p a r e y la r u e d a d e la v ida r e t r o c e d a al ins tan te p r e v i o a su c o n d i c i ó n d e d e s t e r r a d o . Algo q u e ya n o se p u e d e repet ir .

Po r e s o la s e g u n d a p a r t e se cen t ra e n la l l a m a d a solícita y a p r e ­m i a n t e a la m e m o r i a c o m o r e s t au rado ra a t ravés de l r e c u e r d o de l b i e n p e r d i d o , de l p a r a í s o d e j a d o a s u s e s p a l d a s . Para u n p o e t a e s e p a r a í s o es t o d o c u a n t o fue m o t i v o d e insp i rac ión . La p i d e la d e v o l u c i ó n d e la estrella, la c iudad , el a l ien to , el pesar , el p l a c e r y la l l amarada . T o d o e s t o cons t i tuye u n baga je h u m a n o fundamen ta l , d e s d e el l i r ismo m á s a c e n d r a d o has ta lo e l e m e n t a l de f in idor de l h o m b r e . Lo q u e el p o e t a p i d e e s u n impos ib l e ; ésta e s la c a u s a p o r la q u e cierra e s t e s e g u n d o ins tan te c o n u n o s i n t e r rogan te s a luc inados :

¿No resucitan de tu sepulcro todos los muertos que entierras? ¿No ha de haber para todos u n sábado de gloria? ¡Devuelve, devuelve tus presas!

U n hál i to r o m á n t i c o , pe r s i s t en te a lo l a rgo d e t o d a su ob ra , se ad i ­v ina e n el entres i jo d e sus a n h e l o s y susu r ros . El p o e t a s a b e q u e t o d o c u a n t o p i d e es tá fuera de l a l c ance de l h o m b r e y n o le q u e d a ot ra so lu­c ión q u e i m p r e c a r a la m e m o r i a c o n p a l a b r a s d u r a s sa l idas de l cora ­zón . El ser h u m a n o es tá c o l o c a d o e n el c e n t r o , t a m b i é n el p o e t a ; a m b o s v a n al u n í s o n o e n c u a n t o al r e c u e r d o y la p r o y e c c i ó n d e d e s e o s :

Pero tú te callas ahita y avarienta, y sólo das residuos, mondos huesos para que los vistamos de carne y seda.

Es u n a invi tac ión al lec tor a t ravés d e es ta c o n v e r s a c i ó n con f iden ­cial. Sen t imos el d o l o r d e la lejanía y la conc i enc i a d e la s e p a r a c i ó n definitiva. El p o e t a p a r e c e es tar d i c i é n d o n o s u n ú l t imo ad iós .

T e r m i n a c o n u n a h o n d a r e s o n a n c i a h u m a n a . N o se p u e d e vo lver atrás; h a y q u e mirar hac ia a d e l a n t e p o r m u c h o q u e el r e c u e r d o n o s

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P E D R O CORREA

mart i l lee el a lma. N a d a d e e s t o e s o b s t á c u l o p a r a a n a t e m a t i z a r a la m e m o r i a infiel r e s t a u r a d o r a d e la in tegr idad . O í m o s al final e s tas pa l a ­b r a s d u r a s :

Pero sólo nos dejas lo que quieres t ú , dura madre que sus besos al h i jo regatea.

Anáforas y e n u m e r a c i o n e s fa t igadoras sin c u e n t o n o s e n c i e r r a n e n la r e d obses iva d e s u s p a l a b r a s y só lo a l c a n z a m o s la l ibe rac ión c u a n ­d o h e m o s p u e s t o p u n t o final al p o e m a .

El s e g u n d o cons t i t uye u n a invi tac ión al a r te d e la c r e a c i ó n p o r m e d i o d e la pa l ab ra . E s t a m o s e n p r e s e n c i a d e u n a suc in ta p o é t i c a e n la l ínea a n u n c i a d a p o r J u a n R a m ó n y los r o m á n t i c o s . D i e z - C a n e d o fue d e s d e t e m p r a n a é p o c a c o n s c i e n t e d e la i m p o r t a n c i a de l v e r b o y d e la p r e s e n c i a de l g e n i o c r e a d o r c o m o a l d a b ó n q u e abr ie ra c o n su l lama­d a la p u e r t a d e la insp i rac ión . C o m o t o d o p o e t a q u e se p rec i e , c an t a los i n c o n v e n i e n t e s y p r o b l e m a s ; la n e c e s i d a d a c u c i a n t e d e q u e las pa la ­b r a s a c u d a n p a r a h a c e r r ea l idad su m u n d o d e s u e ñ o s . N o se p u e d e des l igar la c o n d i c i ó n d e c r e a d o r d e la d e h o m b r e , p o r e s o m a r c a c o n m e l a n c o l í a u n a s i tuac ión h a r t o f r ecuen te , la p e r e n t o r i a l l a m a d a d e o t ro s p r o b l e m a s q u e lo a p a r t a n d e su c a m i n o :

La escuché cien veces en las horas más arduas del día, cuando a otra parte voz más urgente me llamaba.

Es u n a lucha d e v o c e s e n t r e el h o m b r e y el p o e t a . C o n d i c i ó n ine lu­d ib le d e la mor ta l idad . En o c a s i o n e s n o s a b s t r a e m o s d e la r ea l i dad i nme d ia t a y se e s c u c h a c o n a t e n c i ó n la v o z de l r i tmo y de l s en t i do ; e n ot ras , la c o n d i c i ó n h u m a n a se i m p o n e y aque l l a v o z n a c i d a d e la ins­p i r ac ión p e r m a n e c e e n d iscre ta p e n u m b r a e s p e r a n d o su t u r n o . El p r o ­b l e m a m a y o r rad ica e n q u e n o s i e m p r e a c u d a a la l l a m a d a de l h o m ­b r e . P a r e c e r o n d a r e l u m b r a l d e s u s s u e ñ o s p e r o n o s e a t r e v e a t raspasar los . El p o e t a lo e x p r e s a d e m o d o d i r ec to y senci l lo .

En su d u e r m e v e l a , la o y e y s i en te j un to a sí; p a r e c e d i s p u e s t a a e n t r e g a r s e al p o e t a e i nc luso le i m p o n e su " m a n d a t o ine lud ib l e" m a s se d e s v a n e c e e n t r e las s o m b r a s de l s u e ñ o n o sin dejar u n a hue l l a i m p o ­s ible d e borrar . Q u e d a el r e g u s t o de l c o n a t o :

Mis oídos dormidos la oyeron, m i lengua dormida

60

ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS...

61

ya cas i la a r t i cu laba

P e r o ¿ c ó m o la d i so lv í an

las l u c e s d e l a lba?

¿Por q u é c a m i n o s d e la n o c h e

d e m í h u y e n d o s e ex t rav iaba?

El p o e t a s e p r e g u n t a p o r l a s c a u s a s d e s e m e j a n t e d e s v a r í o y n o

e n c u e n t r a u n a r e s p u e s t a d e f i n i t i v a . N o t i e n e m á s r e m e d i o q u e p e r d e r ­

s e e n m e d i o d e i n t e r r o g a n t e s f o r m u l a d o r e s d e h i p ó t e s i s . S i n l u g a r a

d u d a s n o s e s t á d i c i e n d o q u e e l a r t e d e l a c r e a c i ó n p o r m e d i o d e l a

p a l a b r a e s f r u t o d e u n i n s t a n t e , d e e s e m o m e n t o e n l a c u a l s e e s c a p a z

d e a p r e h e n d e r la p a l a b r a v o l a n d e r a y n o d e j a r l a e s c a p a r . N o e s c u a n ­

d o e l p o e t a q u i e r e s i n o c u a n d o l a p o e s í a n e c e s i t a s a l i r a l a l u z . E n t o n ­

c e s s u m a t e r i a p r i m a a c u d e a l a l l a m a d a y l a p l u m a s e d e s l i z a s u a v e ­

m e n t e p o r e l p a p e l d e j a n d o i m p r e s a y e t e r n i z a n d o l a p a l a b r a p o é t i c a .

E s t a s i d e a s h a n m a c h a c a d o e l p e n s a m i e n t o d e l o s p o e t a s r o m á n t i ­

c o s ; p o d r í a m o s c i t a r e n t r e n o s o t r o s a B é c q u e r , o b s e s i o n a d o e n s u s

Rimas y e n l a Introducción sinfónica q u e l a s a b r e . T a m b i é n p a r e c e

r e c o r d a r a J o s é M a r t í e n s u s Versos libres y a t a n t o s p o e t a s d e l s i g l o xx

q u e c o n i n s i s t e n c i a o d e p a s a d a t a n t o s v e r s o s h a n d e d i c a d o a la p a l a ­

b r a p o é t i c a y a l a c t o d e l a c r e a c i ó n . S e g u i m o s s i e n d o h e r e d e r o s d e l a

g e n e r a c i ó n l í r i ca e u r o p e a l i g a d a a l r o m a n t i c i s m o d o n d e l o s l í m i t e s e n t r e

la r e a l i d a d y e l s u e ñ o s e b o r r a n , d o n d e s e u n e n e n e s t r e c h o v í n c u l o

la i m a g i n a c i ó n y e l g e n i o . L o s i n t e r r o g a n t e s s o n l o s m i s m o s , e l r e s u l ­

t a d o i d é n t i c o , s ó l o e l m e d i o d e h a c e r l o s r e a l i d a d c a m b i a e n f u n c i ó n

d e l o s t i e m p o s . H e a q u í c o m o l o h a v i s t o n u e s t r o p o e t a :

¿ q u é br i sa v o l a n d e r a ,

q u é r e p e n t i n a ráfaga,

d e j á n d o m e s e c a la b o c a ,

p a s a n d o p o r la p i za r ra

d e m i m e n t e c o m o u n a e s p o n j a

q u e lo e sc r i to a r rasa ,

m e d e j ó vac i l an t e , m u d o ,

y o t ra v e z c o n el ans ia

d e u n i r u n a s le t ras p e r d i d a s ,

d e s e g u i r u n a s c u r v a s b o r r a d a s ,

t e n d i d a al v i e n t o la m a n o

c o m o q u i e n b u s c a el f a n t a s m a

d e u n v i l a n o fugit ivo,

c o m o q u i e n p r e t e n d e u n ala

d e t e n e r ?

PEDRO CORREA

U n a ve ta exis tencia l r e c o r r e el p o e m a i n n o m i n a d o "¡Lo q u e p u d o ser!". El sujeto e s el p o e t a e n su c o n d i c i ó n d e h o m b r e ; ref lexiona s o b r e su v ida y la h a p e n s a d o c o m o u n c a m i n o rec to , inflexible, e n c u y o final se e n c u e n t r a la m u e r t e i nexo rab l e :

desde el primer vagido

frente a la luz del mundo abierto

hasta el postrer suspiro.

Cier to fa ta l ismo se des l iza c o n suav idad , d e u n m o d o , p o d r í a m o s decir , subrep t r i c io , c o m o el q u e n o q u i e r e la cosa y lo i n u n d a t o d o . P o r e s o el p o e t a h a d iv id ido el p o e m a e n d o s p a r t e s b i e n equ i l ib ra ­das . La p r i m e r a e s u n a revista al p a s a d o , a d e t e r m i n a d o s h i tos o p i e ­d ras mil iares q u e cons t i t uyen la conc i enc i a d e q u e ex i s t imos y v a n mar ­c a n d o el d e v e n i r d e c a d a u n o d e n o s o t r o s . P o d e m o s f irmar c u a n t o el h o m b r e D i e z - C a n e d o h a e n c o n t r a d o e i d o d e j a n d o a t rás . Cons t i t uyen lo e l e m e n t a l h u m a n o , la i m p o r t a n c i a d e las p e q u e ñ a s cosa s q u e h a c e n grat i f icante la ex is tenc ia y de jan u n a hue l la e n la conc i enc i a . Se i m p o ­n e u n a cierta se l ecc ión p e r f e c t a m e n t e a s u m i b l e . T o d o s h e m o s e n c o n ­t r a d o e n a l g u n a o c a s i ó n u n r e c o d o o "una revue l ta de l c a m i n o " e n el d e c u r s o de l vivir. T o d o s h e m o s a d m i r a d o u n á rbo l c o m o d e s c a n s o o s í m b o l o d e la na tu ra leza , b i e n u n a fuen te d o n d e ap l aca r la sed , t a n t o la de l c u e r p o c o m o la de l a lma , u n a b r i g o q u e n o s cobi ja e n los m o m e n t o s d e d e s a m p a r o , a l go t an i m p o r t a n t e c o m o las ca ras d e los a m i g o s q u e v a m o s d e j a n d o a t rás o b i e n r e a p a r e c e n d e c u a n d o e n c u a n ­d o . T o d o e s t o e s u n r e s u m e n d e la vida, d e la intrahis tor ia d e c a d a u n o d e n o s o t r o s .

Para el p o e t a la v ida n o cons i s t e e n g r a n d e s h a z a ñ a s ni e n for­m u l a r g r a n d e s doc t r inas ni e n p r o c l a m a r e n g a ñ o s o s s i s temas , s i no e n e s o s p e q u e ñ o s de ta l les q u e h a c e n gra ta la ex is tenc ia . Lo m á s d e s a g r a ­d a b l e e s q u e h e m o s d e segu i r a d e l a n t e , n o p o d e m o s vo lve r la vista a trás ni r e c u p e r a r lo p e r d i d o . Ese e s n u e s t r o des t i no . Y v i e n e el l a m e n ­to de l a n h e l o d e otra vida, d e lo q u e p u d i m o s h a c e r y n o h ic imos , c u a n d o la v e r d a d e s q u e si v o l v i é r a m o s a n a c e r h a r í a m o s lo m i s m o . Lo l l evamos i m p r e s o c o m o u n se l lo imbor r ab l e . Es n u e s t r o d e s t i n o d e se res c o n t i n g e n t e s a v a n z a r has ta el final, n o r e c u p e r a r el p a s a d o sa lvo a t ravés d e la m e m o r i a . Esta ref lexión a r r anca al p o e t a u n a s a u d a d o s a s en t enc i a y u n in t e r rogan te re tór ico :

¡Lo que pudo ser! ¿Y qué p u d o

ser sino esto mismo?

62

ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS.

A s í e s l a v i d a d e l h o m b r e , n o s t r a z a m o s u n c a m i n o y n o p o d e m o s

c a m b i a r l o , h e m o s d e a s u m i r l o c o m o e s a u n q u e n o e x i s t e o b s t á c u l o q u e

n o s i m p i d a s o ñ a r . N o s d e j a e l p o e t a a l f i n a l c o n la a m b i g ü e d a d b u s ­

c a d a a t r a v é s d e la p a l a b r a ; a c a b a l l o e n t r e u n d e s t i n o f i j a d o d e a n t e ­

m a n o y la p o s e s i ó n d e la p r e c i a d a l i b e r t a d p e r m i s o r a d e l a e l e c c i ó n

d e u n c a m i n o :

Y a u n mandato eterno sumiso

fuiste inconsciente, ciego,

c o m o u n hombre alt ivo c o n su conciencia, con su l ibertad,

c o n su albedrío,

con todo lo que te i lusionaba c o m o sus juguetes al n iño .

E x i s t e n c i a l l e n a d e c o n t r a s t e s , d e a l t i b a j o s , i n v i t a d o r a a l a r e f l e x i ó n

s o b r e n u e s t r o d e s t i n o . La e s e n c i a d e l p o e m a p u e d e r e d u c i r s e a e s t a s

i d e a s t a n s i m p l e s y l l e n a s d e p r o f u n d o s e n t i d o : e s i m p o s i b l e p a r a e l

h o m b r e e l p a s o a t r á s y h a y e n é l u n d e s e o i n e l u d i b l e d e p r o s e g u i r ,

a v a n z a r h a c i a l a m e t a ú l t i m a , y d e t a l m a n e r a e s a s í q u e e l h o m b r e n o

p u e d e a l t e r a r s u h i s t o r i a v i v i d a , t i e n e q u e s e g u i r a d e l a n t e y s o m e t e r s e

a u n m a n d a t o q u e e s t á e n la e s e n c i a c o n s t i t u t i v a d e s u c o n d i c i ó n

h u m a n a .

U n o d e l o s p o e m a s m á s h e r m o s o s y n o s t á l g i c o s e s " C e r t i d u m b r e " ,

e s c r i t o e n e n d e c a s í l a b o s e n c a b a l g a d o s , l l e n o d e i n t e r r o g a n t e s ; p r e g u n ­

t a s q u e e l p o e t a f o r m u l a a s u c o n c i e n c i a a f a n o s a e n l a b ú s q u e d a d e

la i n s p i r a c i ó n q u e d u r a n t e t a n t o t i e m p o l l e n ó s u s m e j o r e s m o m e n t o s y

q u e a h o r a s e m u e s t r a h u i d i z a , e s q u i v a e n l a s o l e m n i d a d d e l a s h o r a s .

T o d o u n a y e r e n t e r r a d o p o r c i r c u n s t a n c i a s y a v a t a r e s i m p r e v i s i b l e s q u e

l e a r r a n c a r o n d e s u e n t o r n o h a c i a u n d e s t i n o i n c o n t r o l a b l e . Q u e r e r

a p r e s a r e s e i n s t a n t e p o r e l q u e t a n t o h a b í a l u c h a d o s e d e s g r a n a e n u n

r o s a r i o d e e n c u e n t r o s y d e s e n c u e n t r o s ; u n a s v e c e s s e r e f u g i a e n l o s

e n t r e s i j o s d e l t i e m p o , o t r a s p a r e c e e s e r á p i d o r e s p l a n d o r o t o ñ a l c a s i

i n a s i b l e , e n o c a s i o n e s u n a p a l a b r a q u e n a c e s i n p o s i b i l i d a d d e s e r c o n ­

t i n u a d a , q u i z á u n e c o q u e t r a t a d e a p r e s a r e n l a s e n c r u c i j a d a s d e u n

c a m i n o . El p o e t a n o s a b e n i e l t i e m p o n i e l e s p a c i o . S u a r r a n q u e e s

e s t r e m e c e d o r ,

¿Pasaste y n o te vi? ¿llegaste y pude gozarte plenamente? ¿o n o has venido? ¿te ocultas todavía en u n severo repl iegue de los años, ...

63

PEDRO CORREA

Q u e d a a l f i n a l u n d e s e o f o r m u l a d o a m o d o d e h i p ó t e s i s . La c e r t i ­

d u m b r e s e r e s u e l v e e n u n i m p o s i b l e d e s e o :

Mas m e t e m o q u e faltes a la cita

n i q u e falle e l m o m e n t o e n q u e u n a so la

v e r d a d a n h e l o y m e t a al c a b o f o r m e n .

La c o n d i c i ó n d e e x i l i a d o q u e s e p e r p e t ú a c u a n d o u n o s e e n c u e n ­

t r a c a s i e n l a ú l t i m a v u e l t a d e l c a m i n o i n v i t a a u n a m e d i t a c i ó n , t a m ­

b i é n a d a r u n r e p a s o a l a v i d a y p e r c i b i r q u e e n l o m á s p r o f u n d o d e l

a l m a s i g u e n v i v o s l o s r e c u e r d o s d e l t i e m p o p a s a d o . Y a d i j o G a r c i l a s o

q u e n a d i e p o d r í a q u i t a r l e e l d o l o r i d o s e n t i r y a l g o p a r e c i d o p u e d e d e c i r

n u e s t r o p o e t a a l h i l o d e l o s r e c u e r d o s r e c u p e r a d o s p o r la m e m o r i a .

E s o s r e c u e r d o s s e h a n h e c h o e n c a r n a d u r a . H a n p a s a d o a f o r m a r p a r ­

t e d e s u e x i s t e n c i a y n a d i e s e l o s p o d r á a r r e b a t a r . S ó l o l a m u e r t e . A u n ­

q u e a l g o s o b r e v i v e c o m o s e m i l l a p a r a l a s g e n e r a c i o n e s f u t u r a s . "El d e s ­

t e r r a d o " , f in d e l c a n c i o n e r o , e s u n p o e m a e s t r e m e c e d o r . Y a e l a r r a n q u e

n o s p o n e e n t e n s i ó n y a l e r t a :

T o d o lo l levas c o n t i g o ,

tú , q u e n a d a t i e n e s .

H a c e e l p o e t a u n b a l a n c e d e s u v i d a ; l o s é x i t o s y f r a c a s o s s e i n s e r ­

t a n e n e l a l m a y p e r m a n e c e n , a f l o r a n c u a n d o e s n e c e s a r i o y n a d a n i

n a d i e l o s p u e d e e l i m i n a r , n i e l d e s t i e r r o , n i l a i n c o m p r e n s i ó n , n i e l o l v i ­

d o , n i l a s c i r c u n s t a n c i a s a d v e r s a s . La v i d a h u m a n a e s u n c o m p e n d i o

d e r e v e s e s y n o h a y m á s r e m e d i o q u e a c e p t a r l o s p o r q u e f o r m a n p a r ­

t e d e n u e s t r a c o n d i c i ó n d e l u c h a d o r e s . E l l o s s o n r a í z , t a l l o y h o j a s , flor

y f r u t o , a r o m a y j u g o , y c o n e l l o s h e m o s d e c o n v i v i r h a s t a e l f i na l d e l

c a m i n o . El v e r s o " N a d i e t e p u e d e q u i t a r " s e c o n s t i t u y e e n l e m a y l o

l e e m o s c o n v a r i a n t e s a l o l a r g o d e l p o e m a ( " N a d i e p o d r á d e s t e r r a r t e " ) .

L a s c o s a s p e q u e ñ a s d e la v i d a , l a s q u e s e i n t e g r a n e n e l m e o l l o d e l a

e x i s t e n c i a , h a n p o d i d o s e r a r r e b a t a d a s p o r la f a t a l i d a d d e l d e s t i n o p e r o

c o m o h a n p e n e t r a d o e n n u e s t r o p r o p i o y o l a s t e n d r e m o s p r e s e n t e s y

c o n s u a s u n c i ó n r e g r e s a r e m o s a l a t i e r r a d e l a q u e p r o c e d e m o s . El

a m a n e c e r s o r p r e n d i d o e n m i e s t u d i o , la l u z d e m i e s t a n c i a , l o s c u a ­

d r o s , l i b r o s y m u e b l e s f a m i l i a r e s , e l p l a c e r , e l e s t u d i o , l a s d u d a s , s o n ,

d i c e e l p o e t a " c a r n e y t i e r r a t u y a " , y n i e l d e s t i e r r o p u d o q u i t á r s e l a s .

V i s i ó n d e s o l a d a y e s p e r a n z a d o r a , g r i t o d e r e b e l d í a y d e s c a r g o d e c o n ­

c i e n c i a a p e s a d u m b r a d a p o r t a n t a s c o s a s d e j a d a s a t r á s s i n h a b e r t o m a ­

d o a r t e n i p a r t e e n s u a b a n d o n o . S ó l o la p a l a b r a e s c a p a z d e r e s c a t a r

l o p e r d i d o :

64

ENRIQUE DIEZ-CANEDO POETA DE ENCRUCIJADAS...

65

Nadie podrá desterrarte; tierra fuiste, tierra fért i l , y serán tierra, y más tierra cuando te entierren. N o desterrado, enterrado serás tierra, p o l v o y germen.

D e c i m o s q u e El desterrado e s s u t e s t a m e n t o l i t e r a r i o , n o p o r q u e

f u e r a o b r a p o s t u m a h e m o s d e t e n e r p r e s e n t e e l florilegio t i t u l a d o Jar-

dinillos de Navidad y Año Nuevo, s i n o p o r q u e e n c i e r r a e n l a b r e v e d a d

d e s u s p o e m a s t o d a u n a v i d a d e d i c a d a a la c r e a c i ó n e n c o n t r a p u n t o

c o n l a c o n d i c i ó n p r e s e n t e . E s c u r i o s o c o n s t a t a r e n a q u e l l i b r o r a s g o s

d e f i n i d o r e s d e s u p e r s o n a y p r e s e n t e s e n t o d a s u v a r i a d a p r o d u c c i ó n .

El g u s t o p o r la p e r f e c c i ó n f o r m a l , e l i n t e r r o g a n t e r o m á n t i c o , l a e v o c a ­

c i ó n d e l a s c o s a s i n m e d i a t a s q u e h a c e n g r a t a y a m a b l e l a v i d a , u n a

v e t a h u m o r í s t i c a c o m o e s c a p a t o r i a a n t e l a s i n j u s t i c i a s y s i l e n c i o s , u n a

l e n g u a d e l i c a d a a r a t o s , h i r i e n t e y c o n c e p t u a l a t r e c h o s , e x q u i s i t a e n

s u s j u g u e t e o s m e t a f ó r i c o s , l i b r e e n m u c h o s m o m e n t o s , s i n a t a d u r a s , a l

c o r r e r d e l p e n s a m i e n t o y l a p l u m a .

U n a l a n z a e n f a v o r d e E. D i e z - C a n e d o y l o s p o e t a s d e s u g e n e r a ­

c i ó n . U n a b r i l l a n t e p á g i n a d e la l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a e s t á a ú n p o r e s t u ­

d i a r y v a l o r a r e n s u v e r d a d e r a d i m e n s i ó n . El m o d e r n i s m o c a l ó b a s t a n ­

t e m á s h o n d o q u e l o s i s t e m a t i z a d o e n l o s m a n u a l e s y n u e s t r o s r u b e n i a n o s

n o f u e r o n m i m é t i c o s s i n o q u e s u p i e r o n e n c o n t r a r e l c a m i n o p a r a e n r a i ­

z a r l o n u e v o c o n l o v i e j o , l o m o d e r n o d e R u b é n c o n l a t r a d i c i ó n e s p a ­

ñ o l a e t e r n a . T a m b i é n h a y q u e v e r e n e l l o s la v e r s a t i l i d a d d e i r s e a b r i e n ­

d o c a m i n o e n t r e l a s c o n f u s a s t e n d e n c i a s n u e v a s . T u v i e r o n s u g u í a

e s p i r i t u a l e n J u a n R. J i m é n e z y a n u n c i a r o n p o r d i v e r s o s c a m i n o s y c o n

e m p r e s a s v a r i a s l a v a n g u a r d i a . F u e r o n m a e s t r o s e n la c o n s t r u c c i ó n d e

u n a r i c a i m a g i n e r í a y d o m i n a r o n la m e t á f o r a c o m o l o s m e j o r e s . P o l a ­

r i z a m o s n u e s t r a a t e n c i ó n e n l o s l l a m a d o s g r a n d e s s i n d a r n o s c u e n t a

q u e l o f u e r o n m u c h o s d e e l l o s p o r q u e o t r o s a b r i e r o n y d e s b r o z a r o n

s e n d a s . D e n t r o d e e s t a l a b o r h a y q u e s i t u a r e l n o m b r e d e D i e z - C a n e ­

d o a q u i e n a d e m á s d e b e m o s , y m u c h o , a g r a d e c e r s u l a b o r c r í t i c a . Si

t a n t o i n t e r é s e s t a m o s m o s t r a n d o p o r e l e x c e l e n t e t r a b a j o d e C a n s i n o s

A s s e n s , b u e n o e s q u e n o s a c e r q u e m o s a l h o m b r e d e s c u b r i d o r d e n u e ­

v o s v a l o r e s , a l p r o f u n d o c o n o c e d o r d e l i t e r a t u r a s e x t r a n j e r a s , a l v i a j e ­

r o p o r d o s m u n d o s e n l o s q u e f u e c a p a z d e p a s e a r s u m i r a d a a s o m ­

b r a d a e i n q u i s i d o r a b u s c a n d o l o m e j o r q u e e n e l l o s s e e n c o n t r a b a .

D. Enrique con su esposa Teresa Manteca Ortiz. La Granja, 1923.