modelo de tcc para o curso de ciência da computação da univalisiaibib01.univali.br/pdf/daniel...

133
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO AVALIAÇÃO DE USABILIDADE NO AMBIENTE SAPI 2.0 SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO INSTITUCIONAL Área de Engenharia de Produção por Daniel Alberto Rover Renate de Oliveira Raabe, M.Eng. Orientadora Itajaí (SC), julho de 2012

Upload: others

Post on 15-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

AVALIAÇÃO DE USABILIDADE NO AMBIENTE SAPI 2.0 – SISTEMA DE

AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO INSTITUCIONAL

Área de Engenharia de Produção

por

Daniel Alberto Rover

Renate de Oliveira Raabe, M.Eng.

Orientadora

Itajaí (SC), julho de 2012

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DA TERRA E DO MAR

CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

AVALIAÇÃO DE USABILIDADE NO AMBIENTE SAPI 2.0 – SISTEMA DE

AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO INSTITUCIONAL

Área de Engenharia de Produção

por

Daniel Alberto Rover

Relatório apresentado à Banca Examinadora do

Trabalho de Conclusão do Curso de Ciência da

Computação para análise e aprovação.

Orientadora: Renate de Oliveira Raabe, M.Eng.

Itajaí (SC), julho de 2012

Dedico este trabalho as pessoas que lutam diariamente ao meu lado, transmitindo fé, amor,

alegria, determinação, paciência, e coragem, tornando os meus dias mais felizes e bonitos.

Aos meus pais, Maria e Carlos, aos meus amigos, Ageu, Jefferson, Caroline. Sem vocês eu não

seria nada!

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, cuja fé me deu força, coragem e me guiou pelos caminhos mais escuros nos

momentos em que mais precisei.

Aos meus pais Maria e Carlos, e a toda minha família que, com muito carinho e apoio, não mediram

esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

À professora e orientadora Renate de Oliveira Raabe por seu apoio no amadurecimento dos meus

conhecimentos e conceitos que me auxiliaram na execução e conclusão deste trabalho.

Aos demais professores, colegas da turma de Ciência da Computação e aos amigos que me

acompanharam durante este período da minha vida.

A todos os participantes, que quando convidados aceitaram participar desta pesquisa, arranjando

tempo para a realização dos testes.

Eu pedi Força e Deus me deu dificuldades para me fazer forte. Eu pedi Sabedoria e

Deus me deu Problemas para resolver. Eu pedi Prosperidade e Deus me deu

Cérebro e Músculos para trabalhar. Eu pedi Coragem e Deus me deu Perigo para

superar. Eu pedi Amor e Deus me deu pessoas com Problemas para ajudar. Eu pedi

Favores e Deus me deu Oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas eu

recebi tudo de que precisava.

(autor desconhecido)

O meu muito obrigado, sem todos vocês esta pesquisa não poderia ser concluída.

RESUMO

ROVER, Daniel Alberto. Avaliação de usabilidade no ambiente SAPI – Sistema de Avaliação

de Produção Institucional. Itajaí, 2012. 133f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Ciência da Computação)–Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar, Universidade do

Vale do Itajaí, Itajaí, 2012.

Com o avanço constante dos produtos e serviços, observou-se que as pessoas passaram a se tornar

mais exigentes e menos tolerantes a falhas, com isso obrigou-se a tomar medidas as quais tornassem

os produtos e serviços oferecidos de maior qualidade. Sendo assim os testes de usabilidade são na

atualidade, essenciais no desenvolvimento de qualquer produto, seja ele um objeto físico ou um

software, pois permite de forma clara identificar falhas antes mesmo que os produtos possam chegar

às mãos destas pessoas. Com os testes podem ser eliminadas falhas, e a existência de coisas

desnecessárias que possam influenciar na qualidade do produto. O presente trabalho teve como

objetivo avaliar a eficiência e eficácia das interfaces do novo software também denominado de

Sistema de Avaliação de Produção Institucional (SAPI 2.0), tendo em vista que este sistema está em

desenvolvimento e será utilizado por docentes da UNIVALI para a publicação de seus materiais,

substituindo a sua versão anterior.

Neste trabalho é apresentada a metodologia utilizada para a avaliação do software bem como os

resultados obtidos através de avaliações heurísticas e testes de usabilidade que foram efetuados a

fim de identificar e apontar melhorias que poderão ser aplicadas ao produto final.

Palavras-chave: Engenharia de usabilidade. Design experimento. Testes de usabilidade. Avaliação

heurística. SAPI.

ABSTRACT

With the constant advancement of products and services, it was observed that people have become

more demanding and less tolerant of failures, thus forced to take measures which would make the

products and services of higher quality. Thus the usability tests are nowadays essential in the

development of any product, be it a physical object or software, making it possible to clearly

identify gaps even before the products can reach the hands of these people. With the tests failure

can be eliminated, and the existence of unnecessary things that may influence the quality of the

product. This study aimed to evaluate the efficiency and effectiveness of the new software interfaces

also called Sistema de Avaliação de Produção Institucional (SAPI), considering that this system is

under development and will be used by teachers of UNIVALI to the publication of their materials by

replacing its previous version. This paper presents the methodology used to evaluate the software

and the results obtained through heuristic evaluations and usability tests that were performed to

identify and point out improvements that can be applied to the final product.

Keywords: Usability engineering. Design experiment. Usability testing. Heuristic evaluation.

SAPI.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Ambiente virtual de aprendizagem da Unitis: área de aprendizagem ....................... 21

Figura 2. Visualização do Sistema POLVO ............................................................................. 23 Figura 3. Tela principal módulo Docente SAPI Atual ............................................................. 25 Figura 4. Tela detalhe produção módulo Docente SAPI Atual ................................................ 26 Figura 5. Tela de boas vindas do SAPI 2.0 .............................................................................. 27 Figura 6. Menu principal .......................................................................................................... 27

Figura 7. Tela de visualização das produções .......................................................................... 28

Figura 8. Tela com os atributos de uma produção .................................................................... 29

Figura 9. Seleção de docente para geração de relatório ........................................................... 30 Figura 10. Relatório de produtividade do docente. .................................................................. 30 Figura 11. Projeto de processo centrado no usuário ................................................................. 35 Figura 12. Número de avaliadores e porcentagem de problemas identificados de acordo com a

experiência do avaliador. .................................................................................................. 38

Figura 13. Relação de princípios X problemas encontrados na avaliação da interface docente

.......................................................................................................................................... 54 Figura 14. Relação de princípios X problemas encontrados na reavaliação da interface

validador ........................................................................................................................... 58

Figura 15. Tela de configuração inicial SAPI 2.0. ................................................................... 69 Figura 16. Tela de configuração inicial SAPI 2.0. ................................................................... 70

Figura 17. Tela de configuração inicial SAPI 2.0. ................................................................... 71 Figura 18. Menu de ferramentas interface docente. ................................................................. 72

Figura 19. Tela de minhas produções da interface docente. ..................................................... 73 Figura 20. Tela minhas produções da interface docente com visualização atributos. .............. 74

Figura 21. Tela de ajuda. .......................................................................................................... 75 Figura 22. Tela de minhas configurações. ................................................................................ 76 Figura 23. Tela de comprovação de produção interface docente. ............................................ 77

Figura 24. Tela de cadastro de produções não Lattes na interface docente. ............................. 78 Figura 25. Tela de inclusão de produção interface docente. .................................................... 79 Figura 26. Tela de menu interface do validador. ...................................................................... 80

Figura 27. Tela de validação de produção da interface validador. ........................................... 81

Figura 28. Tela de validação de produção da interface validador. ........................................... 82

Figura 29. Tela de validação de produção da interface validador. ........................................... 83 Figura 30. Tela de validação de produção da interface validador. ........................................... 84

Figura 31. Tela de alteração de peso do escore na interface do validador. .............................. 85 Figura 32. Tempo de execução do usuário Desenvolvedor x Média dos participantes Interface

Docente. ............................................................................................................................ 88

Figura 33. Tempo de execução do usuário Desenvolvedor x Média dos usuários Interface

Validador. ......................................................................................................................... 89

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Perfil dos participantes do teste de usabilidade modulo Docente 66

Tabela 2. Perfil dos participantes do teste de usabilidade modulo Docente 67 Tabela 3. Tempo de Execução das Tarefas em Segundos para a interface do Docente 87 Tabela 4. Tempo do usuário Desenvolvedor x Média de tempo dos usuários das tarefas do

módulo docente. 87 Tabela 5. Tempo de Execução das Tarefas em Segundos para a interface do Validador 88

Tabela 6. Tempo do usuário Desenvolvedor x Média de tempo usuários das tarefas do módulo

validador. 89

Tabela 7. Erros Cometidos na Execução das Tarefas na interface do Docente 90 Tabela 8. Erros Cometidos na Execução das Tarefas na interface do Validador 90 Tabela 9. Somatório de pontuação do questionário de satisfação 91 Tabela 10. Respostas dos participantes para interface do Docente 92 Tabela 11. Questões abertas sobre a satisfação da interface do docente 93

Tabela 12. Respostas dos participantes para interface do Validador 93 Tabela 13. Questões abertas sobre a satisfação da interface do validador 94 Tabela 14.Sugestões de Correção das Interfaces com base na norma ISO 9241-10 99

LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Avaliação heurística módulo docente ............................................................................... 53

Quadro 2. Avaliação heurística módulo validador ............................................................................ 56 Quadro 3. Definição do experimento ................................................................................................ 60 Quadro 4. Planejamento do experimento .......................................................................................... 63 Quadro 5. Operação do experimento ................................................................................................. 64

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

BDTD Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações

DOI Digital Object Identifier

EAD Ensino à Distância

IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

IHC Interface Humano-Computador

LabTIC Laboratório de Tecnologia de Informação e Comunicação

SAPI Sistema de Avaliação de Produção Institucional

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

UDESC Universidade do Estado de Santa Catarina

UNIVALI Universidade do Vale do Itajaí

URL Uniform Resource Locator

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 14

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................ 16

1.1.1 Formulação do Problema ............................................................................... 16

1.1.2 Solução Proposta ............................................................................................. 16

1.2 OBJETIVOS .............................................................................................. 17

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 17

1.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................... 17

1.3 METODOLOGIA ...................................................................................... 18

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .............................................................. 19

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 20

2.1 ANÁLISE DE TRABALHOS SIMILARES ............................................. 20

2.2 O SAPI ....................................................................................................... 24

2.2.1 O SAPI Atual ................................................................................................... 24

2.2.2 O SAPI 2.0 em Desenvolvimento ................................................................... 26

2.2.3 Perfil do Docente no SAPI 2.0 ........................................................................ 26

2.2.4 Perfil do Validador no SAPI 2.0 .................................................................... 28

2.3 USABILIDADE ......................................................................................... 31

2.4 ENGENHARIA DE USABILIDADE ....................................................... 33

2.4.1 Ciclo de Vida da Engenharia de Usabilidade ............................................... 33

2.4.2 Técnicas de Avaliação de Usabilidade .......................................................... 35

2.4.2.1 Avaliação Analítica .................................................................................. 36

2.4.2.2 Avaliação heurística ................................................................................. 36

2.4.2.3 Avaliação por lista de verificação ........................................................... 39

3. PROJETO ...................................................................................................................... 48

3.1 AVALIAÇÃO HEURÍSTICA DO SAPI 2.0 ............................................ 48

3.1.1 DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO HEURÍSTICA ...................... 48

3.1.2 RESULTADOS QUALITATIVOS ............................................................... 50

3.2 PLANEJAMENTO DOS TESTES DE USABILIDADE ......................... 59

3.2.1 Contexto de Uso ............................................................................................... 59

3.3 DESIGN DO EXPERIMENTO ................................................................. 60

4. DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 65

4.1 REALIZAÇÃO DOS TESTES DE USABILIDADE ............................... 65

4.2 PERFIL DOS PARTICIPANTES ............................................................. 66

4.3 DIAGNÓSTICOS DOS PROBLEMAS DE USABILIDADE NAS

INTERFACES DO SAPI ............................................................................................ 68

4.3.1 Interface Docente SAPI 2.0 ............................................................................ 68

4.3.2 Interface Validador SAPI 2.0 ........................................................................ 80

4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS ........................................................ 86

4.5 RESULTADOS QUALITATIVOS ........................................................... 95

4.6 ANÁLISE ................................................................................................... 97

4.7 SUGESTÕES DE MELHORIAS .............................................................. 99

5. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 103

4.8 TRABALHOS FUTUROS ...................................................................... 103

APÊNDICE A. QUESTIONÁRIO DE PERFIL .................................. 17

APÊNDICE B. TERMO DE CONCORDÂNCIA ............................... 19

APÊNDICE C. AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO .............................. 20

APÊNDICE D. SCRIPT DE TAREFAS - DOCENTE ........................ 22

APÊNDICE E. SCRIPT DE TAREFAS - VALIDADOR ................... 23

APÊNDICE F. CHECKLIST DO AVALIADOR - INTERFACE

DOCENTE 24

APÊNDICE G. CHECKLIST DO AVALIADOR - INTERFACE

VALIDADOR 26

APÊNDICE H. FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS

TAREFAS - INTERFACE VALIDADOR ............................................. 28

APÊNDICE I. FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS

TAREFAS - INTERFACE DOCENTE .................................................. 29

ANEXO A. NORMA NBR 941 - PARTE 10 EM CD ........................ 31

ANEXO B. UTILIZAÇÃO DO SAPI 2.0 ........................................... 32

14

1. INTRODUÇÃO

Atualmente o uso dos computadores vem aumentando significativamente e várias

pessoas estão tendo acesso ao computador e a sistemas de informática, porém estes usuários

leigos em informática estão muito mais acostumados com ambientes físicos que com

ambientes computacionais, sendo assim, os sistemas virtuais e dispositivos devem seguir

determinada lógica, devem ser intuitivos auxiliando e tornando o seu uso cada vez mais

confortável.

Devido a essa interação é que há a necessidade de criar sistemas com interfaces mais

amigáveis e intuitivas, tornando assim o seu uso o mais agradável possível. Porém a criação

de interfaces com usabilidade não é uma tarefa fácil, pois se deve utilizar métodos e técnicas

específicos da área de engenharia de usabilidade.

Segundo Nielsen (1994), quando são aplicados os métodos de engenharia de

usabilidade na fase de desenvolvimento, consegue-se obter uma redução de tempo e o corte de

custos, detalhes estes que muitas vezes não são visíveis aos desenvolvedores que já estão

habituados com sistemas, sendo que os mesmos têm uma visão de sistemas diferente do

usuário, onde coisas que podem ter uma ação óbvia para o desenvolvedor, para o usuário final

pode não ser tão claro e objetivo, aumentando assim o número de erros e deixando o usuário

insatisfeito. Todo usuário espera que os sistemas tenham suas interfaces agradáveis e

intuitivas, sendo que se o produto não segue este parâmetro, o mesmo torna-se alvo de

críticas.

As interfaces desenvolvidas por profissionais da área da informática acabam incluindo

elementos que podem distrair os usuários tornando-os desnecessários, provocando assim a

dispersão do usuário ou até mesmo a sua não adaptação, sendo assim o desenvolvimento de

interfaces gráficas deve ser feito envolvendo profissionais de outras áreas agregando assim

subsídios importantes para uma melhor e maior interação homem-máquina (ANDRADE,

2007).

O desenvolvimento da interface deve seguir os princípios de usabilidade, métodos e

técnicas de engenharia de usabilidade ou a aplicação de Normas ISO, tais como a 9241-10. As

interfaces também devem levar em consideração aspectos como cores, agrupamento das

informações, técnicas de avaliação, princípios de diálogo, entre outros, tornando assim o

sistema de fácil utilização e com uma interface intuitiva transformando o sistema em uma

ferramenta facilitadora otimizando assim as execuções de tarefas.

15

Segundo Nielsen e Loranger (2007) a usabilidade é um atributo de qualidade

relacionado à facilidade no uso de algo. Refere-se à velocidade com que os usuários podem

aprender a usar alguma coisa, a eficiência ao usá-la, o quanto lembram daquilo, o grau de

propensão a erros.

Seguindo estes passos a criação de sistemas pode ter seu caminho bem sucedido,

porém não unicamente pensando nisso, muitas vezes se pensa em sistemas ágeis, rápidos,

porém se esquece da usabilidade, transformando assim o sistema complexo para o uso de

pessoas leigas e tornando-os muitas vezes inutilizados e tendo fracasso em sua disseminação.

O Sistema de Avaliação da Produção Institucional (SAPI) que está em

desenvolvimento para substituir o atual será o objeto de estudo deste trabalho uma vez que há

um interesse por parte de seus desenvolvedores em avaliar a usabilidade das interfaces

projetadas. Os módulos do Professor e Validador já estão em uso por usuários finais da

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) após acordo feito entre as universidades

para o uso do software, o qual tem uma versão idêntica ao criado para UNIVALI, mas com

algumas personalizações, pois antes da sua implantação esta tarefa de pontuação era

executada manualmente, e com o crescimento das pesquisas e da instituição como um todo,

fez-se necessário a criação de um sistema eficaz, ágil e transparente ao usuário, facilitando

assim a participação dos docentes nos editais da instituição. A produção intelectual é

analisada e pontuada de acordo com as resoluções da instituição, baseada nessa pontuação

pode ser feita a estratificação dos produtos de maior qualidade.

O SAPI é um software desenvolvido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali)

utilizado para o controle e avaliação das produções de ensino, pesquisa e extensão de seus

docentes. Foi concebido para atender as necessidades específicas de avaliação da produção

científica baseando-se nos dados fornecidos pelo Currículo Lattes gerando como resultado

relatórios da produtividade com respectiva pontuação atendendo as necessidades

institucionais.

Devido a isso é que chegou-se à proposta deste Trabalho Técnico-Científico de

Conclusão de Curso (TTC), que consiste na avaliação heurística deste sistema atual com base

na norma ISO 9241-10 e através de testes de usabilidade1 das interfaces de docente e

1Testes de usabilidade Segundo Cybis (2007) é uma técnica formal que pode envolver usuários representando a

população alvo onde são designados a desenvolver tarefas típicas e críticas havendo com isso a coleta dos dados

para posterior análise.

16

validador, a fim de identificar os aspectos positivos e os aspectos a serem melhorados no que

se refere à interação do usuário.

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO

1.1.1 Formulação do Problema

Atualmente os docentes da UNIVALI utilizam do sistema SAPI o qual está

ultrapassado e necessitou de uma nova versão para atender a demanda atual. Esta nova versão

criada deixou seus desenvolvedores confusos quanto a usabilidade, se o sistema novo estaria

realmente atendendo as necessidades dos usuários e por isto se teve a preocupação de

verificar se o sistema esta dentro dos padrões de usabilidade atuais.

Sabendo-se que o SAPI versão 2.0 será utilizado por pessoas com um variado grau de

conhecimento em informática, e que o mesmo deve oferecer suas funcionalidades da maneira

adequada, além de ser uma ferramenta a qual será utilizada tanto dentro da própria

universidade que a desenvolveu como em outras, é que houve a preocupação em verificar se o

software atende as normas de usabilidade que garantem assim um produto adequado ao uso e

execução da tarefa.

1.1.2 Solução Proposta

A solução proposta neste trabalho-técnico científico de conclusão de curso é a análise

de usabilidade na nova versão do sistema SAPI (Sistema de Avaliação de Produção

Institucional) que está prevista para implantação na UNIVALI (Universidade do Vale do

Itajaí) no segundo semestre do ano de 2012, sistema este que substituirá o sistema atual.

Foi efetuada a avaliação heurística do sistema pelo pesquisador a fim de verificar

quais dos princípios de usabilidade descritos da Norma ISO 9241:10 são desrespeitados, e a

partir destes resultados a criação dos documentos que foram utilizados nos testes de

usabilidade a fim de constatar tal deficiência no sistema, e com isso propor melhorias aos

desenvolvedores.

Espera-se que com os resultados deste trabalho seja possível corrigir as principais

falhas no sistema antes que o mesmo seja liberado para o uso, contribuindo assim com o

sucesso no uso do sistema.

17

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste TTC (Trabalho Técnico-Científico de Conclusão de Curso) é a

avaliação de usabilidade nas interfaces dos módulos docente e validador do sistema SAPI 2.0

através de avaliação heurística e testes de usabilidade para identificar os aspectos positivos e

aspectos a serem melhorados.

1.2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos deste projeto são:

Pesquisar trabalhos similares;

Pesquisar e estudar conceitos da área de Engenharia de Usabilidade,

usabilidade, avaliações heurísticas e empíricas, testes de usabilidade, normas

de usabilidade, entre outras;

Estudar o sistema SAPI 2.0 e apresentar suas principais funcionalidades nos

módulos que serão avaliados;

Planejar o design do experimento;

Realizar a Avaliação heurística nas interfaces do SAPI 2.0;

Realizar a análise qualitativa dos resultados obtidos na Avaliação heurística;

Planejar os testes de usabilidade com base nos resultados da Avaliação

heurística;

Realizar os testes de usabilidade;

Identificar os resultados de eficiência, eficácia e satisfação da aplicação através

dos testes de usabilidade; e

Realizar a análise quantitativa e qualitativa dos resultados obtidos nos testes de

usabilidade.

18

1.3 Metodologia

A fundamentação teórica foi baseada em materiais encontrados em livros, dentre os

principais pode-se citar os livros de Ergonomia e Usabilidade: conhecimentos, métodos e

aplicações de Cybis, Betiol e Faust (2007) que fornece uma base sólida a respeito do

planejamento dos testes de usabilidade; Usability Engineering de Nielsen (1994) que fornece

um ótimo conhecimento sobre a área de usabilidade e a importância da mesma. Outros livros

foram utilizados bem como acesso a materiais online e estão disponíveis na bibliografia deste

trabalho.

Pesquisas por trabalhos similares foram realizadas utilizando-se de ferramentas de

busca como Google (2011). Dentre as palavras chaves pode-se citar: usabilidade, teste de

usabilidade, engenharia de usabilidade, importância da usabilidade, tipos de teste de

usabilidade, usability tests, usability engineering, entre outras.

Foi realizada uma análise dos trabalhos similares encontrados e tanto esta quanto as

conclusões e contribuições para este trabalho podem ser encontradas no Item 2.1 deste

trabalho.

A norma ISO 9241-10 serviu tanto para o embasamento da fundamentação teórica

como material de referência a execução da avaliação heurística e levantamento de problemas

no sistema SAPI 2.0.

Foram elaborados documentos para os testes de usabilidade, testes estes que foram

efetuados com os usuários reais do sistema em seu ambiente natural de trabalho, estes

documentos foram utilizados como guia e fonte de coleta de informações para o pesquisador.

Na avaliação heurística é apresentada a metodologia utilizada os dados obtidos e os

resultados através desta técnica que proporcionou informações para a criação dos documentos

para o teste de usabilidade.

Por fim são apresentados os resultados obtidos no estudo, assim como os problemas

encontrados e propostas de melhorias baseadas nos princípios da norma ISO 9241-10 e nas

sugestões indicadas pelos participantes dos testes bem como as conclusões finais do

pesquisador e a proposta para trabalhos futuros.

19

1.4 Estrutura do Trabalho

Este documento está estruturado em quatro capítulos.

O Capítulo 1 apresenta a introdução sobre o tema em estudo e apresenta um resumo

geral do trabalho, além de descrever os objetivos e a sua respectiva metodologia.

O Capítulo 2 descreve a fundamentação teórica utilizada como base no

desenvolvimento deste projeto abordando-se conceitos de história e importância da

Usabilidade, Engenharia da Usabilidade, funcionamento do sistema em estudo SAPI, além da

análise de trabalhos similares.

O Capítulo 3 apresenta o projeto detalhado do teste de usabilidade desde a análise até

a execução da avaliação heurística a qual permitiu a elaboração dos documentos para a

execução dos testes de usabilidade.

O Capítulo 4 apresenta o desenvolvimento dos testes de usabilidade bem como os

resultados obtidos e a avaliação dos mesmos.

O Capítulo 5 apresenta a conclusão do trabalho proposto. O texto inclui 09 apêndices

que complementam as informações apresentadas no trabalho.

20

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão apresentados os conceitos de usabilidade, avaliações heurísticas e

empíricas, testes de usabilidade, normas de usabilidade necessárias ao aprofundamento

teórico para a realização deste projeto proposto, bem como a análise de trabalhos similares,

apresentados a seguir.

2.1 ANÁLISE DE TRABALHOS SIMILARES

A análise de projetos similares contribuiu para o entendimento de como seria feito este

projeto e como seria executado. Para este projeto de pesquisa foram analisados quatro

trabalhos:

1. “Estudo da Usabilidade da Interface do Ambiente Virtual de Aprendizagem da

UNITINS”, de Almeida (2009).

O primeiro projeto pesquisado refere-se ao estudo e análise de usabilidade no AVA

(Ambiente Virtual de Aprendizagem) no curso de Administração da Fundação Universidade

do Tocantins - Unitins, onde o estudo foi feito nas interfaces utilizadas pelos professores e

alunos, observando-se o processo de interação dos usuários, destaca-se que esta avaliação foi

feita utilizando abordagens qualitativas e fenomenológicas. A autora identifica que os

usuários escolhidos para os testes foram baseados nos critérios apresentados nos estudos

realizados por Nielsen (2007). Para a seleção dos participantes foi efetuada a aplicação de um

questionário onde foi extraída uma relação de seis alunos e seis professores baseados em pré-

requisitos já definidos. Na Figura 1 é possível verificar o ambiente o qual foi feito o estudo de

usabilidade, nota-se que é um ambiente com várias ferramentas as quais aparentemente estão

dispostas de uma forma agrupada o que auxilia no uso da ferramenta, porém mesmo assim

alguns problemas foram encontrados, e isto tornou claro e de grande relevância para o

trabalho atual, onde algumas vezes achamos que uma interface está adequada porém, não é a

mesma realidade na visão de outros usuários.

21

Figura 1. Ambiente virtual de aprendizagem da Unitis: área de aprendizagem

Fonte: Almeida (2009).

Este trabalho também contribuiu mostrando a forma com que foram guiados os

estudos, os temas que deveriam ser abordados para se chegar a uma análise qualitativa de um

sistema, bem como foram feitas as seleções dos participantes.

2. “Análise de Usabilidade de um Laboratório Virtual de Química Orgânica” de Bottentuit

Junior e Coutinho (2007).

O segundo projeto pesquisado se refere ao estudo de usabilidade, eficiência, eficácia

e satisfação de usuários da área de química de um laboratório virtual criado pelo professor

André Arigony Souto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. A avaliação

é feita de quatro formas distintas, domínio técnico, pedagógico, linguístico e interface gráfica.

A seleção dos avaliadores foi feita em forma de critérios pré-definidos onde foi necessário

que pessoas com formação em química e informática fossem os escolhidos. Foram efetuados

testes com 30 (trinta) usuários onde 53% eram da formados em química e 47% tinham

formação em informática. Com os resultados obtidos foi efetuada apresentação de resultados

através de indicadores estatísticos como percentual, média e ranque.

22

Este trabalho também contribuiu para o entendimento de como são feitas as análises

de usabilidade tendo em vista que o mesmo se refere a eficiência, eficácia e satisfação as

quais também são objetivos para este trabalho. Além disso, o estudo do trabalho mostrou a

importância de ser feita uma boa seleção dos participantes dos testes de usabilidade

mostrando que, para um melhor resultado, deve-se considerar os usuários reais do sistema, os

quais entendem seus objetivos propostos, evidenciando assim nos testes as falhas do sistema e

não a falta de domínio dos usuários.

3. “Ergonomia Cognitiva em Ambientes Virtuais de Aprendizagem: uma análise da

interface Humano – Computador (IHC) do sistema Polvo” de Silva Filho, Klein Junior,

Lins, Costa (2008).

O terceiro projeto pesquisado se refere a estudo de usabilidade e ergonomia cognitiva

efetuada no sistema de EAD (Ensino A Distância) da UDESC nomeado de POLVO, foram

utilizadas técnicas de usabilidade e ergonomia de autores conhecidos na área como Jakob

Nielsen e Walter Cybis os quais estão sendo utilizados fortemente como referência para o

desenvolvimento deste trabalho.

Neste artigo os autores também se utilizam de técnicas descritas na norma de

usabilidade ISO 9241, assim como, os critérios definidos por Cybis, Beitol e Faust (2007)

para a avaliação deste sistema o qual foi desenvolvido pelos pesquisadores do LabTIC

(Laboratório de Tecnologia de Informação e Comunicação) da UDESC.

Este trabalho contribui para o entendimento com uma visão dos autores sobre as

técnicas de usabilidade e ergonomia o que ajudou a esclarecer o que foi encontrado na

literatura de forma explicativa e genérica, porém sem algum tipo de exemplo. Utilizou-se

também como reforço da necessidade atual de efetuar os testes de usabilidade também em

ferramentas que estão disponíveis de modo online e que atingem muitas pessoas.

Na Figura 2 é mostrada uma das interfaces do sistema POLVO onde a autora destaca

os pontos positivos do sistema.

23

Figura 2. Visualização do Sistema POLVO

Fonte: Silva Filho, Klein Júnior, Lins e Costa (2008).

4. “Avaliação de Usabilidade em Bibliotecas Digitais: Um Estudo de Caso” de Pereira

(2011).

O quarto projeto pesquisado refere-se a um estudo de usabilidade efetuado no sistema

de Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações a qual é mantida pelo instituto

Brasileiro de Ciência e Tecnologia BDTD-IBICT a fim de evidenciar e contribuir com

melhorias na interface através da aplicação da avaliação heurística e empírica. Os testes

geraram resultados qualitativos os quais foram analisados, e propostas soluções para os

problemas de usabilidade encontrados.

Pode-se destacar que a análise dos trabalhos aqui apresentados contribuiu com a

evolução do trabalho atual, abordando vários temas, contribuindo assim com a sua evolução.

Pode-se destacar que o estudo de todos estes trabalhos aqui citados contribuiu muito

para o desenvolvimento do trabalho atual no que se trata de obter o conhecimento sobre a

importância da usabilidade e quais os rumos a serem tomados em projetos deste mesmo

24

gênero, o qual se pode notar que são diferentes, porém possuem uma mesma metodologia de

aplicação. A seguir serão abordadas as interfaces sistema SAPI, as quais sofreram a avaliação

heurística e que na próxima etapa serão aplicados os testes de usabilidade com os usuários.

Este trabalho além de contribuir assim como os outros com a metodologia utilizada

para a elaboração de um projeto deste tipo, trouxe mais informações que estão atualizadas, e

também auxiliou na etapa da elaboração dos documentos que estão em anexo a este trabalho

além de reforçar a importância que se está dando na atualidade para os testes de usabilidade.

2.2 O SAPI

Serão apresentadas aqui as duas versões do SAPI, a versão que está atualmente em uso

que se encontra na intranet da UNIVALI e a versão que esta em desenvolvimento a qual é o

alvo deste trabalho.

2.2.1 O SAPI Atual

O Sistema de Avaliação de Produção Institucional (SAPI) foi criado com o objetivo de

avaliar as produções dos docentes da UNIVALI. A pontuação que é gerada com as produções

publicadas que podem se transformar em bolsas de pesquisa, horas de pesquisa aos docentes,

avaliações dos cursos, etc. O sistema deve permitir o acesso aos docentes que devem enviar o

seu material, os funcionários da Pró-Reitoria de Ensino que gerenciam as informações e

controlam a validação das produções e outros funcionários que necessitarem extrair relatórios

gerenciais (COSTA, 2008).

As funcionalidades do SAPI atual são apresentadas conforme o perfil do utilizador:

1. Docente

a) Envio de currículos;

b) Visualizar produções; e

c) Exibir relatórios disponíveis.

2. Funcionários da Pró-Reitoria de Ensino

a) Envio de currículos Lattes em nome de algum docente;

25

b) Buscas por currículos ou produções;

c) Verificar Status das produções;

d) Confeccionar relatórios customizados; e

e) Cadastros de áreas, grupos, cenários de pontuação, perfis de usuários.

Serão apresentadas algumas das interfaces do SAPI que está atualmente em uso para

que se possa ter um conhecimento do sistema atual e após será mostrado o sistema que esta

em desenvolvimento para a substituição.

Na Figura 3 é mostrada a tela inicial que é mostrada ao Docente após o seu acesso ao

sistema onde se pode notar muitas informações que não fazem parte da aplicação.

Figura 3. Tela principal módulo Docente SAPI Atual

Fonte: Costa (2008)

Na Figura 4 é apresentada a interface onde é detalhada a produção que o docente inseriu

no sistema.

26

Figura 4. Tela detalhe produção módulo Docente SAPI Atual

Fonte: Costa (2008)

2.2.2 O SAPI 2.0 em Desenvolvimento

Serão apresentadas a seguir as principais funcionalidades do sistema SAPI 2.0, as

quais serão avaliadas nesta proposta de trabalho de conclusão de curso. O sistema é dividido

basicamente em duas áreas definidas como área do docente e área do validador, área do

docente é a área a qual todos os docentes têm o seu acesso para inclusão, visualização ou

exclusão dos seus respectivos trabalhos, a área do validador é a parte do sistema onde

somente o usuário autorizado tem acesso para validar todos os trabalhos que são postados

pelos docentes, a seguir serão explanados individualmente para a melhor compreensão do

assunto.

2.2.3 Perfil do Docente no SAPI 2.0

O sistema do SAPI 2.0 possui interface distinta para ambos os perfis que são

acessados, porém o padrão permanece, adiante serão apresentadas as principais interfaces que

são necessárias para execução da tarefa pelo docente.

27

A Figura 5 mostra a tela de boas vindas ao sistema exibida no primeiro acesso pelo

usuário contendo as orientações necessárias para a configuração inicial do sistema (Manual

Docente SAPI).

Figura 5. Tela de boas vindas do SAPI 2.0

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

Após o término da inserção dos dados de configuração inicial o usuário é direcionado

a pagina principal do sistema onde é apresentado o menu principal contendo todas as funções

do sistema disponíveis para o perfil do usuário conforme ilustrado na Figura 6.

Figura 6. Menu principal

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

28

Na Figura 7 temos a tela a qual é exibida ao usuário no momento em que ele seleciona

a opção “Minhas Produções” no menu principal. Nesta tela pode-se procurar por produções já

inseridas no sistema para efetuar ações como exclusão ou visualização bem como criar o

cadastro de uma nova produção e enviá-la para validação.

Figura 7. Tela de visualização das produções

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

2.2.4 Perfil do Validador no SAPI 2.0

Serão abordadas aqui as principais funcionalidades do módulo validador do sistema

SAPI 2.0.

Dentre as atividades atribuídas ao validador as quais serão explanadas mais adiante,

está a atividade de validação dos materiais que foram inseridos no sistema SAPI 2.0 pelos

docentes de todas as áreas dentro da instituição, após a seleção desta atividade no menu

principal, há duas opções para busca que podem facilitar na tarefa do validador. Após a

localização de uma produção pendente de aprovação a mesma é exibida em detalhes conforme

demonstra a Figura 8 para a visualização e conferência das informações fornecidas pelo

docente na hora do seu cadastro. Nesta tela pode ser feita a escolha entre a aprovação ou

rejeição da produção inserida.

29

Figura 8. Tela com os atributos de uma produção

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

O SAPI 2.0 disponibiliza ao validador a opção de gerar relatórios de produtividade,

tanto individual para um docente como para vários indivíduos ou até mesmo por

departamentos, a Figura 9 ilustra a seleção de apenas um docente para e geração do relatório o

qual pode ser visualizado na Figura 10.

30

Figura 9. Seleção de docente para geração de relatório

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

Figura 10. Relatório de produtividade do docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2011).

31

Maiores detalhes quanto às telas de interface do sistema novo podem ser vistas no

Anexo B que se encontra neste trabalho.

2.3 Usabilidade

Com o avanço tecnológico integrando a cada dia mais os dispositivos digitais para

facilitar a execução de tarefas, entra em questão a forma com que estas tarefas são executadas,

se este dispositivo esta contribuindo para o avanço progressivo da atividade ou esta se tornado

uma barreira que teve como seu objetivo auxiliar, porém exerceu a tarefa contraria.

Acreditando-se nisso é que se começou a ter a preocupação de que certo produto, seja ele,

software ou hardware, deve ser de fácil manuseio facilitando assim o uso de pessoas que não

tem afinidade com o mesmo.

Segundo Pezzè e Young (2008) a usabilidade é dada quando um produto é aprendido

de forma rápida e eficiente tornando-o assim agradável o seu uso. Em usabilidade há critérios

objetivos os quais dizem respeito à quantidade de operações efetuadas e tempo necessário

para efetuar determinada tarefa, assim como a quantidade de erros cometidos pelo usuário.

Alguns passos são definidos para serem efetuados durante as etapas da elaboração do

projeto de software para garantir que o mesmo ao final tenha a melhor usabilidade possível,

estes passos são definidos a seguir (PEZZÈ; YOUNG, 2008):

Inspecionar as especificações – utiliza-se de listas onde são feitas as verificações para

averiguar que o sistema esta seguindo as especificações já determinadas no seu projeto,

garantindo assim sua fidelidade.

Teste dos protótipos – com estes testes, consegue-se obter diretamente com o usuário

do sistema suas dificuldades com relação ao sistema que esta em desenvolvimento (teste

exploratório2), avaliar alternativas diante das dificuldades do usuário (teste de comparação

3),

validando com isso a usabilidade do sistema, reconhecendo pontos que podem ser melhorados

de acordo com as necessidades do usuário. Este protótipo de software não tem necessidade de

2 Teste exploratório segundo Pezzè(2008) é investigar o modelo mental dos usuários questionando-os sobre a

abordagem de interação com o sistema. 3 Teste comparação segundo Pezzè(2008) é avaliar as opções disponíveis para efetuar a mesma tarefa.

32

ser funcional podendo ser até um simples protótipo de papelão, pois mesmo assim já se

consegue visualizar as dificuldades do usuário em utilizar o sistema.

Teste de versões do software de maneira incremental – estes testes são efetuados pelos

especialistas em usabilidade durante a produção do software a fim de detectar qualquer

problema de usabilidade antecipando assim a sua correção.

Efetuar os testes de execução e aceitação do software – nesta etapa são efetuados os

testes pelos especialistas, testes com os usuários finais, testes de compatibilidade com

sistemas em geral, a fim de verificar se há um bom funcionamento do sistema.

Cybis, Betiol e Faust (2007) definem usabilidade como sendo a qualidade no uso de

aplicações, porém não é somente usabilidade que determinará esta qualidade da aplicação e

sim um conjunto formado pelas características da interface e as necessidades de uso dos

usuários. Completa ainda com a descrição de que uma mesma interface pode ser muito boa

para usuários experientes, porém deixar muito a desejar quando a mesma é utilizada por

usuários com pouco grau de conhecimento.

Segundo a Norma ISO 9241, a usabilidade tem sua definição como sendo a capacidade

de um sistema interativo oferecer um determinado contexto ao usuário de forma eficaz,

eficiente e agradável para a realização de suas tarefas, onde estes pontos são definidos a

seguir segundo Nielsen (1994):

1. Eficácia – Definida como a capacidade da execução de atividades de forma

precisa alcançando assim a sua meta inicial;

2. Eficiência – Definida como a capacidade da execução de atividades de forma

que o tempo gasto e a quantidade de erros cometidos na utilização diminuam e

o seu nível de produtividade aumente gradativamente conforme o seu uso;

3. Satisfação – Definida como sendo o nível de satisfação dos usuários ao utilizar

determinado sistema.

A eficiência e a eficácia serão medidas, durante o teste, através da interação do

participante com o sistema, onde o avaliador fará anotações em um checklist já definido com

itens que visam obter informações a respeito do desempenho do participante no decorrer do

teste.

33

A satisfação será medida através da observação do participante durante o teste,

registrando suas críticas, elogios e sugestões e também será medida através de um

questionário de satisfação, que será aplicado após o teste de usabilidade.

Concluindo a usabilidade pode ser descrita como sendo a forma com que os usuários

utilizam o sistema de forma eficaz, eficiente e com satisfação, tornando assim um produto de

qualidade e que satisfaça as necessidades do usuário. A seguir será abordado sobre a

engenharia de usabilidade, explicando sobre ela.

2.4 Engenharia de Usabilidade

A engenharia de usabilidade assim como a engenharia de software surgiu a partir da

necessidade de criação de aplicações eficientes e de fácil utilização, distinguindo-se uma da

outra onde pode se destacar suas diferenças de forma simplificada sendo que a engenharia de

usabilidade preocupa-se com a interface com o usuário através de interfaces interativas e

intuitivas, em contra partida a engenharia de software se preocupa com o funcionamento do

software, visando que ele funcione de forma correta, rápida e sem erros (CYBIS; BEITOL;

FAUST, 2007).

Segundo Cybis, Betiol e Faust (2007), a engenharia de usabilidade pode privilegiar o

desempenho do usuário com a sua tarefa, fornecendo assim um sistema criado especialmente

para suas características e objetivos atendendo basicamente as expectativas de eficácia e

eficiência deixando para segundo plano a parte estética e emocional porém não deixando o

sistema “sem graça”. E é partindo deste princípio que será apresentado a seguir o ciclo da

engenharia de usabilidade o qual demonstra técnicas e métodos aplicados ao sistema a fim de

deixar que a parte estética do sistema seja o último objetivo a ser realizado.

2.4.1 Ciclo de Vida da Engenharia de Usabilidade

O ciclo de vida é um termo utilizado para representar um modelo o qual possui um

conjunto de atividades que devem ser desenvolvidas e trata da forma como que elas se

relacionam entre si. Existem ciclos de vida que são mais simples onde são ideais para projetos

menores e os mais complexos os quais são melhores para projetos onde há muitas pessoas

envolvidas, os quais são utilizados por oferecerem uma visão geral do projeto abrangendo

uma visão do esforço para execução assim como a capacidade de gerenciamento do progresso

34

pelo rastreamento dos resultados, recursos, metas, dentre outros (PREECE; ROGERS;

SHARP, 2005).

Segundo o site LabIUtil4(2011) a usabilidade é desenvolvida baseada em um conjunto

de atividades, que dependendo do paradigma para o ciclo de vida do produto podem estes

ligadas de diversas formas onde podem ser :

Cascata;

Prototipagem;

Espirais evolucionários; e

Reutilização.

A escolha do modelo irá depender do contexto do desenvolvimento, onde podem

haver particularidades, como, propostas de caráter inovador, conhecimento e domínio do

sistema, os recursos e tempo disponíveis, etc. Seja qual for o modelo utilizado todos eles

possuem atividades necessárias básicas que são:

Avaliação;

Análise; e

Síntese.

Independente do modelo utilizado para o desenvolvimento da análise, todos os

projetos de engenharia de usabilidade tem como foco uma abordagem centrada no uso, o que

é indispensável para assegurar a qualidade do produto, onde são especificadas medidas

quantificáveis a respeito do desempenho do mesmo, documentando em uma especificação de

usabilidade e a avaliação do produto relacionando-o com essas medidas. Na Figura 11 é

ilustrado o processo de engenharia de usabilidade centrado no usuário.

4http://www.labiutil.inf.ufsc.br

35

Figura 11. Projeto de processo centrado no usuário

Fonte: LabIUtil (2011).

Pode-se notar que na engenharia da usabilidade, diferente da engenharia de software o

ponto foco do projeto é o usuário, que deve fazer parte de todo o processo, validando a

interface ao seu uso para que a mesma seja elaborada de forma que seja de fácil utilização

dentro do contexto do seu uso. No próximo item será abordado o tema das avaliações

ergonômicas da interface onde são detalhadas algumas técnicas que podem ser utilizadas

(LABIUTIL, 2011).

2.4.2 Técnicas de Avaliação de Usabilidade

Segundo Cybis, Betiol e Faust (2007) as técnicas de avaliação ergonômica são

diagnosticas e são baseadas em verificações de aspectos ergonômicos das interfaces que

possam gerar algum problema ao usuário durante o seu uso, estas técnicas podem se

classificadas como:

Avaliação analítica;

Avaliação heurística;e

Inspeção através de listas de verificação.

36

2.4.2.1 Avaliação Analítica

Esta é técnica pode ser empregada durante as primeiras etapas da elaboração de uma

Interface Humano-Computador mesmo que ela ainda esteja organizada na forma de tarefas,

ela já pode ser aplicada avaliando questões como consistência, carga de trabalho e o controle

do usuário sobre os diálogos, assim pode ser feita a eliminação de aspectos irrelevantes antes

mesmo que sejam desenvolvidos. Pode se ressaltar que este tipo de avaliação procura

decompor a tarefa a fim de verificar a sua complexidade ou mesmo estimar o tempo gasto

com as interações que foram propostas (CYBIS; BEITOL; FAUST, 2007).

2.4.2.2 Avaliação heurística

Esta técnica julga um valor para as qualidades ergonômicas da Interface Humano-

Computador, onde, é realizada por especialistas em ergonomia os quais examinam a interface

a fim de encontrar os problemas e/ou barreiras que os usuários terão durante a interação com

o sistema. No processo de avaliação heurística os avaliadores baseiam-se em heurísticas ou

padrões de usabilidade gerais, que foram desenvolvidos por eles mesmos ou por especialistas

da área como Jakob Nielsen, Bem Shneiderman, Dominique Scapin e Christian Batisten ou

mesmo pela norma ISO 9241:10 (CYBIS; BEITOL; FAUST, 2007).

Segundo Pollier(1993 apud CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007) pode haver diferentes

abordagens durante a avaliação de uma interface as quais podem influenciar nos resultados

obtidos, a aplicação dessas estratégias é de grande importância.

Objetivos dos usuários – onde é avaliada a interface para a execução das

tarefas e subtarefas que são fundamentais para o usuário;

Estrutura da interface – onde é avaliada a estrutura dos menus em níveis

hierárquicos, seguindo os dois tipos de encadeamento, profundidade e largura;

Nível de abstração – neste tipo de avaliação é efetuada uma abordagem

seguindo um modelo linguístico estruturado nos níveis de abstração:

semântico, sintático, léxico e físico;

Objetos das interfaces – onde é avaliada a interface a partir da estrutura de um

modelo de objetos de interação;e

37

Qualidades das interfaces – onde é examinada a interface baseando-se em

conjuntos de qualidades, princípios, heurísticas ou critérios de usabilidade

necessária.

Jakob Nielsen, considerado um dos maiores especialistas em usabilidade, propõe em

seu livro Usability engineering de 1994 um conjunto de dez heurísticas de usabilidade

(NIELSEN, 1994):

Visibilidade do estado do sistema;

Mapeamento entre o sistema e o mundo real;

Liberdade e controle ao usuário;

Consistência de padrões;

Prevenção de erros;

Reconhecer em vez de lembrar;

Flexibilidade e eficiência de uso;

Design estético minimalista;

Suporte para usuário reconhecer, diagnosticar e recuperar erros;e

Ajuda e documentação.

Além disso, após pesquisas realizadas por Nielsen (1994) pode se definir a quantidade

necessária de avaliadores para a participação do projeto, tendo assim a possibilidade de

conciliar o menor custo com uma boa identificação de problemas de ergonomia. O estudo

feito por Nielsen deixa claro que com apenas cinco avaliadores especialistas em usabilidade e

com domínio do sistema se é capaz de identificar até 95% dos problemas de ergonomia de um

aplicativo, com cinco avaliadores apenas especialistas em usabilidade se é capaz de identificar

85% dos problemas, e com, cinco avaliadores novatos 50% dos problemas são identificados

apresentados de forma ilustrada na Figura 12.

38

Figura 12. Número de avaliadores e porcentagem de problemas identificados de

acordo com a experiência do avaliador.

Fonte: Cybis, Betiol e Faust (2007).

Segundo a Norma ISO 9241 parte 10 trata dos requisitos ergonômicos para o trabalho

de escritório com o uso de computadores, esta norma descreve os princípios ergonômicos

gerais que devem ser aplicados na especificação, desenvolvimento ou avaliação de sistemas

de diálogo. Esta norma possui um modelo geral, porém o mesmo deve ser aplicado

dependendo das características e dos usuários do sistema.

A Norma 9241 parte 10 fornece princípios ergonômicos que foram formulados de

forma geral, porém os mesmos devem ser adaptados para a avaliação que se quer fazer. São

identificados na norma sete princípios os quais são considerados importantes para um projeto

de avaliação de um dialogo com o computador que são:

Princípio 01 – Adequação à tarefa: Um diálogo pode ser considerado

adequado a tarefa quando ele ajuda o usuário em uma conclusão efetiva e

eficiente da tarefa;

Princípio 02 – Auto descrição: Um diálogo pode ser considerado auto-descrito

quando cada passo do diálogo é compreendido de forma imediata pelo usuário,

seja por meio de resposta do sistema ou uma explicação sob demanda;

39

Princípio 03 – Controlabilidade: Um diálogo pode ser considerado

controlável quando o usuário pode controlar desde o início da sua interação a

direção e o ritmo para que o objetivo seja alcançado;

Princípio 04 – Conformidade com expectativas do usuário: Um diálogo é

considerado em conformidade com as expectativas do usuário quando é

consistente e correspondem as características do usuário, tal como o

conhecimento da tarefa, a experiência do usuário, e as convenções usualmente

aceitas;

Princípio 05 – Tolerância ao erro: Um diálogo é considerado tolerante a erros

quando apesar de erros na entrada da informação, os resultados podem ser

obtidos através de pouca ou nenhuma ação do usuário para sua correção;

Princípio 06 – Adequação a individualização: Um diálogo é considerado

adequado a individualização quando a sua interface pode ser modificada para

se adequar as necessidades da tarefa, sendo por preferências individuais e

habilidades do usuário; e

Princípio 07 – Adequação ao aprendizado: Um diálogo é considerado

adequado ao aprendizado quando o mesmo o apoia e guia o usuário ao

aprendizado do uso do sistema.

Dentro do que foi visto, este trabalho utilizou dos princípios da Norma ISO 9241 –

parte 10 para efetuar a avaliação heurística da ferramenta SAPI por se tratar de uma norma

descrita especificamente para ser aplicada em ferramentas de uso de escritório o qual o SAPI

se enquadrou perfeitamente.

2.4.2.3 Avaliação por lista de verificação

As listas de verificação para inspeção de ergonomia permitem que profissionais que

não seja especialista possam identificar problemas menores e repetitivos nas interfaces, onde

neste tipo de técnica a qualidade explicita da ferramenta e o conhecimento implícito do

avaliador é quem determina a avaliação (CYBIS; BEITOL; FAUST, 2007).

A norma ISO 9241, parte 10 a 17, fornecem listas de verificação que são bem

definidas e estão anexas a este trabalho na parte de anexos.

40

As avaliações efetuadas a partir de listas de verificação apresentam as seguintes

vantagens (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007):

Fornece o conhecimento ergonômico sobre quais serão os aspectos a serem

avaliados;

Sistematizar as avaliações tratando-se das qualidades a serem inspecionadas;

Sistematizar as avaliações tratando-se da abrangência de componentes que

deverão ser inspecionados;

Reduzir os custos de avaliação, pois não é necessária a mão de obra de pessoal

especializado.

A avaliação através das listas pode ser de custo muito baixo, porém deve-se tomar

cuidado quanto à qualidade das mesmas. Listas mal elaborada podem apresentar questões

subjetivas e em um número insuficiente que pode gerar resultados que não sejam confiáveis,

com pouca uniformidade e pouca abrangência (CYBIS; BEITOL; FAUST, 2007).

2.4.2.4 Testes de Usabilidade

Segundo Cybis, Betiol e Faust (2007) o foco principal dos testes de usabilidade é a

avaliação da qualidade das interações entre o usuário e o sistema, tem como objetivo contatar

problemas, medir o impacto negativo nas interações e identificar as suas causas na interface.

Podem ser envolvidos usuários reais ou representativos da população alvo nos testes

de usabilidade a fim de interagir com o sistema e realiza as tarefas que já foram pré-definidas

através de um contexto de operação real do sistema ou uma operação simulada. O objetivo é

efetuar o teste do sistema em uma situação real ou que seja a mais próxima da realidade

possível (CYBIS; BEITOL; FAUST, 2007).

2.4.2.4.1 Parâmetros básicos dos testes de usabilidade

Existem características que são mais importantes e que devem ser refletidas durante o

planejamento desse tipo de atividade. Dentre elas estão a verbalização do usuário, o local

onde será realizado o teste, os resultados esperados e o constrangimento do participante.

41

A verbalização é utilizada para se colher as opiniões do usuário que lhe vem a mente

durante a interação com o sistema, estas opiniões podem ser classificadas como dúvidas,

sugestões, dificuldades, entre outras, estas informações proporcionam ao avaliador

informações sobre hesitações, bloqueios ou erros. Este tipo de avaliação pode ser feita durante

a interação do usuário com o sistema ou depois da interação, utilizando-se de perguntas com

relação ao uso sistema. Se esta avaliação é realizada durante a interação do usuário com o

sistema, o avaliador deve estar ciente que isso pode custar o foco do usuário e gerando uma

carga cognitiva maior do que a normal em uma interação real, levando-o, também ao

prolongamento no tempo para a tarefa ou mesmo gerar alguns erros devido à necessidade de

expressar suas ações. Quando é realizada após a interação, é recomendado que se apresente ao

participante um vídeo da sua interação, oferecendo uma melhor lembrança do que se estava

fazendo em determinado momento e assim podendo ser mais claro e objetivo ao expressar

suas ações, dificuldades, problemas ou sugestões ao avaliador (CYBIS; BETIOL; FAUST,

2007).

Em questão ao ambiente existem basicamente dois os quais podem ser: o local de

trabalho o qual permite que o participante se sinta mais confortável no uso da aplicação ou um

laboratório de teste de usabilidade onde é montado um cenário para que seja possível a

captação de toda a informação possível (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007).

No geral, os testes de usabilidade oferecem aos avaliadores dois tipos de resultados:

Qualitativos; e

Quantitativos.

Os resultados qualitativos estão relacionados ao conhecimento das estratégias

aplicadas aos usuários durante as interações e a relação de problemas de ergonomia sobre as

interfaces. Existe a possibilidade de eles confirmarem determinados comportamentos

esperado pelos avaliadores ou, pelo contrário, mostrar comportamentos que não eram

esperados por parte dos usuários. Além do mais mostram o que leva o usuário a cometer

desvios de um plano ideal e como ele faz para voltar ao caminho esperado após um incidente.

Estas estratégias exigem análises qualitativas, algumas vezes subjetivas, para relacionar uma

causa e um efeito que nem sempre se mostram evidentes na interface (CYBIS; BETIOL;

FAUST, 2007).

42

Resultados quantitativos estão relacionado a natureza mais objetiva, onde se busca

classificar e contabilizar quantas vezes, qual a frequência e a duração dos acontecimentos em

termos de eficiência e eficácia dos usuários durante o teste, podendo determinar de forma

objetiva a porcentagem de usuários que obtiveram êxito na tarefa proposta, quanto tempo foi

despendido na sua obtenção, quanto desse tempo foi empregado em atividades produtivas e

improdutivas (erros, desvios, ajuda), entre outros indicadores de usabilidade (CYBIS;

BETIOL; FAUST, 2007).

Sobre o constrangimento dos participantes é um fator previsível onde algum cuidados

podem ser tomados para se garantir a integridade psicológica do participante durante os testes,

apontados por Cybis, Betiol e Faust (2007):

Deve-se esclarecer ao participante sobre os objetivos do teste, enfatizando de que o

teste é para avaliar o sistema e não o usuário;

Os participantes devem ser voluntários ou remunerados pelo tempo oferecido ao teste,

sendo que, de nenhuma forma, deve-se forçar ou pressionar os usuários;

Não deve ser exposto a um participante à observação ou comentários de colegas;

O participante não devem se sentir culpados em nenhum momento pelo fracasso da

tarefa;

Nenhum dos resultados dos testes de usabilidade deve invadir a privacidade dos

participantes e seu nome não deve ser divulgado;

Deve-se deixar que o usuário resolva sozinho as suas tarefas;

Não se deve tomar atitudes grosseiras que possam inibir ou constranger o participante;

e

Em casos de persistência de impasse, se deve sugerir ao usuário a realização de uma

tarefa alternativa, previamente estipulada no roteiro de tarefas.

2.4.2.4.2 A implementação de um teste de usabilidade

Esta etapa é segmentada em atividades que são organizadas em três passos principais

que são a análise do contexto de uso, montagem a realização do teste.

43

Análise do contexto de uso

É na análise do contexto de uso são definidos os parâmetros básicos dos testes, como

descrito no item anterior, e ao mesmo tempo os profissionais adquirem conhecimento do

sistema e do contexto de desenvolvimento, identificando os problemas iniciais de ergonomia

da interface com o usuário. São realizadas entrevistas preliminares com os desenvolvedores a

fim de se obter o conhecimento do seu sistema trazendo informações sobre seu contexto de

operação e o seu estado atual. Este tipo de levantamento é destinado à compreensão do ciclo

de desenvolvimento sistema, sendo clássico ou centrado no usuário, servindo de embasamento

para o levantamento de problemas de ergonomia. Com estas informações obtidas dos

projetistas do sistema, é feito um exame de todo o aplicativo visando primeiramente conhecer

bem suas funcionalidades para que seja possível identificar as funções que possam ser mais

problemáticas. A análise dos problemas relacionados a ergonomia pode é dada através de

técnicas de avaliação heurísticas ou ao se aplicar listas de verificação com o objetivo de

inspecionar a ergonomia do sistema.(CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007).

Montagem

A montagem dos testes de usabilidade envolve três aspectos principais que são:

Amostra de usuários;

Roteiros de tarefas; e

Condições do ambiente de execução dos testes.

A amostra dos usuários deve ter o mesmo perfil da população alvo do sistema, sendo

essenciais que todos os participantes sejam usuários diretos, ou seja, pessoas que no seu dia a

dia realizem suas atividades com o uso do software, podendo eles ser experientes na execução

das tarefas envolvidas, algumas pessoas com baixo conhecimento e outras iniciantes. A

amostra deve ser o suficiente para abranger os diferentes tipos de usuários que possam a vir a

utilizar o sistema e devem permitir uma fácil distinção das observações que são pertinentes a

todos os usuários das informações que são específicas para um grupo da amostra.Um método

bastante utilizado para o levantamento dessas informações é a aplicação de um questionário,

onde se podem aplicar perguntas sobre (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007):

Formação, competência e experiência dos usuários;

44

Perfil de utilização do sistema, isto é, quais as funções que o usuário considera

de impacto positivo ou negativo sobre seu trabalho e qual é a frequência de

uso dessas funções; e

O ambiente do usuário, seus equipamentos e sistema operacional, suporte

oferecido pela empresa quanto a treinamento e apoio técnico.

Os roteiros de tarefas especificam quais são os conjuntos de tarefas que devem ser

realizados pelos usuários durante o teste de usabilidade. Os roteiros devem ser planejados de

forma que não ultrapassem uma hora de interação. Tempos superiores podem causar desgaste

excessivo e diminuir as capacidades psicológicas do usuário, reduzindo assim a fidelidade do

teste. Uma avaliação completa é impraticável, portanto o foco deve estar sobre os pontos mais

críticos, levando em consideração o ponto de vistas do usuário e da tarefa. Para se definir um

roteiro, deve-se levar em consideração o envolvimento das tarefas com (CYBIS; BETIOL;

FAUST, 2007):

Os principais objetivos do sistema, sob o ponto de vista de seus projetistas;

As funções mais importantes do sistema, apontados pelos usuários levando em

consideração o impacto sobre o trabalho dos mesmos;

As funções mais utilizadas pelos usuários na execução das tarefas; e

As funções que se enquadrem nas análises de problemas de ergonomia

identificadas anteriormente que possam causar problemas de usabilidade.

Para a definição do ambiente é levado em consideração às condições físicas e

organizacionais que são trazidas para a realização dos testes de usabilidade sendo um

representativo do contexto de uso do sistema que é montado a partir da coleta de informações

durante os passos de reconhecimento do sistema e da amostragem de participantes. Um teste

que o ambiente se caracterize como um escritório deve conter, por exemplo, uma

escrivaninha, armários, telefone tocando, documentos técnicos, e demais itens disponíveis,

tentando se retratar o mais fielmente possível o ambiente que faz parte do cotidiano dos

participantes (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007).

45

Realização do teste

Deve ser controlado e dirigido pelos ergonomistas que conduzirão os participantes e

auxiliarão no caso de constrangimento ou impasse. Além disso, deve se registrar em tempo

real o desempenho, incidentes e os erros dos usuários durante os testes, devendo ser marcado

no momento em que ocorreram. O facilitador atua junto do usuário lhe indicando as tarefas a

serem executadas pelo participante e intervindo quando necessário por indicações dos

ergonomistas. Dependendo do método de verbalização escolhido, pode também solicitar aos

participantes que verbalizem seus pensamentos durante ou depois dos testes. É possível

também que seja aplicada entrevista antes do término do teste para se analisar a satisfação do

participante com relação ao sistema (CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007).

Após a realização dos testes de usabilidade é necessário a geração de um relatório que

deve ser entregue aos projetistas do sistema. Esse relatório deve incluir uma descrição dos

tipos de testes apontando os parâmetros escolhidos. Deve apresentar também informações

sobre a amostragem de usuários, roteiros e o ambiente disponibilizado, além da política de

gestão do constrangimento. Todas essas informações são essenciais, porém a parte mais

importante do relatório será a que apresenta os dados coletados, resultados encontrados

relacionados à usabilidade, e os problemas de usabilidade e ergonomia que foram

identificados e deve-se incluir uma parte com os comentários sobre a prioridade dos

problemas(CYBIS; BETIOL; FAUST, 2007).

Avaliação dos Resultados

Segundo a Norma ISO 9241-11 as medidas de usabilidade de eficácia, eficiência e

satisfação podem ser medidas conforme a seguir:

Medidas de eficácia

Porcentagem de objetivos alcançados;

Porcentagem de usuários completando a tarefa com sucesso;e

Média da acurácia de tarefas completadas.

Medidas de eficiência

Tempo para completar uma tarefa;

46

Tarefas completadas por unidade de tempo; e

Custo monetário de realização da tarefa.

Medidas de satisfação

Escala de satisfação;

Frequência de uso; e

Frequência de reclamações.

Para estas medidas, pode-se ser coletado dados de performance que podem ser

resumidos em tarefas cronometradas e tarefas de precisão. Alguns simples exemplos de

estatística descritiva para performance de dados são mostrados a seguir:

Tarefas Cronometradas

As tarefas cronometradas apresentam quanto tempo os participantes levaram para

completar cada tarefa. Para demonstrar algumas estatísticas simples que podem ser realizadas

neste caso:

Média do tempo gasto para completar a tarefa – calculado pelo somatório do tempo

gasto por todos os participantes que completaram a tarefa divido pelo número de

participantes.

Range - é o tempo mais alto e o tempo mais baixo gasto para se completar a tarefa.

Esta estatística é bastante relevante no caso de uma diferença grande entre o menor e o maior

tempo apresentado e para se tentar detectar o motivo e ações a serem tomadas para se evitar a

ocorrência de diferenças tão grandes.

Desvio Padrão (S) – tal como o range, o desvio padrão é uma medida de variabilidade

dos dados, ou seja, em que grau os dados se diferem uns dos outros. A fórmula é a seguinte:

47

onde: x 2 => soma do quadrado de cada um dos tempos coletados

x => soma de todos os tempos coletados

n => total de participantes

48

3. PROJETO

Neste capítulo será apresentado o projeto desenvolvido neste trabalho a fim de testar

com alguns dos usuários da UNIVALI no campus de Itajaí, a eficiência, eficácia e satisfação

no uso do SAPI 2.0.

A etapa do projeto está dividida em duas seções: Avaliação heurística de usabilidade e

planejamento dos testes de usabilidade que serão detalhadas a seguir.

A avaliação heurística se faz necessária pois através dela é possível levantar os pontos

do sistema que possuem problemas de interface e com base nesses resultados a elaboração dos

documentos necessários para os testes de usabilidade, testes estes que comprovarão os

problemas encontrados na avaliação heurística.

3.1 AVALIAÇÃO HEURÍSTICA DO SAPI 2.0

Nesta seção é apresentado o detalhamento a avaliação heurística efetuada no SAPI 2.0,

nesta etapa avaliou-se o sistema com base no sete princípios da norma ISO 9241-10 com

objetivo de encontrar pontos onde o sistema apresenta falhas de usabilidade, auxiliando assim

na elaboração dos documentos que serviram para a coleta dos dados dos testes de usabilidade

que foram efetuados posteriormente.

3.1.1 DESENVOLVIMENTO DA AVALIAÇÃO HEURÍSTICA

Nesta etapa foram feitas as avaliações heurísticas nas interfaces do SAPI 2.0 a fim de

verificar se há algum tipo não conformidade com a Norma ISO 9241 parte 10 a qual foi

utilizada como base para a avaliação das interfaces.

Em um primeiro momento foi efetuado a avaliação heurística na interface do SAPI 2.0

porém como o sistema está em desenvolvimento e o período da avaliação heurística e os testes

de usabilidade foram muito distantes, alguma alterações foram efetuadas no sistema, o que

poderia comprometer os resultados do teste. Para tanto foi feita uma nova avaliação heurística

nas interfaces do sistema, as quais levaram a novos resultados os quais serão demonstrados a

seguir, garantindo assim a fidelidade dos testes.

A avaliação heurística foi efetuada em duas etapas conforme descritas a seguir. Na

primeira etapa foi efetuada a avaliação das interfaces do docente e do validador pelo

49

pesquisador, e na segunda etapa foi efetuada a compilação dos resultados obtidos e a

elaboração das constatações sobre a usabilidade do sistema SAPI 2.0.

Foi realizada a avaliação heurística no sistema conforme a norma ISO 9241-10 onde

os sete princípios de diálogo abaixo foram utilizados:

P1 - Adequação à tarefa– o diálogo é adequado a tarefa quando ele auxilia o

usuário na conclusão efetiva e eficiente da tarefa;

P2 - Auto-descrição – o diálogo é auto-descrito quando cada passo do diálogo é

explicado ao usuário ou através de resposta do sistema;

P3 - Controlabilidade – o diálogo é controlável quando o usuário pode

controlar a direção e o ritmo da interação até que a atividade tenha sido

concluída;

P4 - Conformidade com expectativas do usuário – o diálogo esta em

conformidade com as expectativas do usuário quando ele é consistente e

correspondem as características do usuário, tal como o conhecimento da

tarefa, a educação e experiência, e pelo outro lado as convenções que são

usualmente aceitas;

P5 - Tolerância ao erro – o diálogo é tolerante a erro se, apesar da entrada de

informação errada, o resultado pode ser obtido através de pouca ou nenhuma

ação de correção do usuário;

P6 - Adequação à individualização – o diálogo é capaz individualização

quando a interface pode ser modificada para se adequar a necessidade da

tarefa, conforme preferências individuais e habilidades do usuário; e

P7 - Adequação ao aprendizado – o diálogo dá-se como adequado quando

auxilia e guia o usuário no aprendizado na sua utilização.

Foram executadas pelo pesquisador algumas tarefas consideradas importantes na

interface do docente a fim de serem analisadas:

Fazer a configuração básica inicial do perfil;

50

Incluir produções não Lattes no sistema; e

Pesquisar por materiais publicados;

Após estas tarefas executadas pelo pesquisador na interface do docente, teve inicio as

tarefas para a interface do validador que foram consideradas importantes:

Buscar Materiais;

Aprovar e rejeitar materiais;

Gerar relatórios; e

Alterar pesos dos Escores.

Ao fim dessa etapa, obtiveram-se quadros contendo todos os problemas identificados

pelo avaliador, nestes quadros foram explicitados os problemas e identificados quais os

princípios que foram desrespeitados conforme a norma já citada.

A seguir será apresentado o resultado da avaliação heurística de forma individual para

cada interface, demonstrando os problemas encontrados e a categoria a qual eles pertencem

seguidos de gráficos que melhor visualizam os resultados.

3.1.2 RESULTADOS QUALITATIVOS

Esta seção tem como objetivo demonstrar os resultados obtidos através da avaliação

heurística do avaliador na interface do SAPI 2.0, onde foram encontrados problemas de

quebras de princípios da norma ISO 9241-10 que serão apresentados em forma de quadros e

posteriormente analisados.

No Quadro 1 é possível verificar os problemas encontrados e o principio o qual ele

afetou dentro da interface do Docente no sistema SAPI 2.0. O Grau de importância que varia

de 1 para irrelevante e 5 para grave apresentando ajuda na definição de quanto grave foi o

princípio afetado para ajuda no agrupamento dos resultados e na avaliação dos mesmos.

51

Problema Análise

Identificador Localização ou fonte

do Problema

Descrição do problema ou

observação

Princípio

de

Diálogo

afetado

Grau de

Importância

1 2 3 4 5

1 Configuração Inicial

As janelas da configuração inicial do sistema não podem ser

movidas arrastando dentro de uma área predefinida.

P4 1 2 3 4 5

2 Configuração Inicial

As janelas possuem Fontes e cores com tamanhos fixos que

não podem ser alterados para o auxilio com pessoas com

deficiência visual.

P6 1 2 3 4 5

3 Configuração Inicial As janelas não possuem a opção

de "cancelar" P3 1 2 3 4 5

4 Configuração Inicial Em nenhuma das janelas de

seleção há campo para efetuar pesquisa.

P4 1 2 3 4 5

5 Tela Principal Não há opção de cancelar o

acesso caso o usuário desista de preencher a primeira etapa

P3 1 2 3 4 5

6 Tela Principal

A sequencia antes de iniciar a inclusão de material no primeiro

acesso é a importação do currículo Lattes porém esta não

é informada ao usuário.

P5 1 2 3 4 5

7 Tela Principal Na indicação de ajuda que ao ser selecionada apresenta a opção

de visualizar o manual. P4 1 2 3 4 5

8 Tela Principal Não há uma breve descrição no

menu sobre os atalhos disponíveis

P2 1 2 3 4 5

9 Tela Principal

Após ter incluído o currículo Lattes pela primeira vez o

sistema mantém a opção como sendo "importar" e na realidade ele está fazendo uma atualização

e isto pode deixar o usuário confuso da operação que esta

sendo feita.

P7 1 2 3 4 5

10 Janela Minhas

Produções

Não é exibida uma legenda para o "status" dos materiais que

estão publicados. P2 1 2 3 4 5

52

11 Janela Minhas

Produções

Depois de selecionar uma produção e clicar em comprovar

o sistema não dá opção de cancelar a ação caso o usuário

desista.

P3 1 2 3 4 5

12 Janela Minhas

Produções

Depois que uma produção foi publicada, a mesma fica com status de pendente mesmo

depois de enviado a comprovação podendo confundir

com materiais que foram publicados porém não foram enviados para comprovação.

P2 1 2 3 4 5

13 Geral

Todas as solicitações efetuadas no sistema que demandam

processamento não fornecem a opção de "cancelar"

P3 1 2 3 4 5

14 Tela Principal

Após preencher os dados iniciais e envia-los, não há opção

confirmado que o usuário deseja enviar os dados

P3 1 2 3 4 5

15 Menu principal Após o primeiro acesso o sistema não oferece um suporte, tutorial

que apoie no primeiro acesso. P7 1 2 3 4 5

16 Menu Principal Após a primeira configuração

não há possibilidade de efetuar alterações ou correções

P3 1 2 3 4 5

17 Inclusão de Produção

Confuso o acesso para inclusão de produções, tendo que ser acessado através de "Minhas

Produções" deve ser selecionado a opção de

"Produções não Lattes" para que seja habilitado a opção de

"Nova"

P7 1 2 3 4 5

18 Inclusão de Produção

Não é identificado os campos que são de preenchimento

obrigatório antes que a primeira tentativa de envio seja realizada

P2 1 2 3 4 5

19 Inclusão de Produção

Não há uma auto descrição para o auxilio no preenchimento dos

campos P2 1 2 3 4 5

20 Inclusão de Produção

Não há o botão de cancelar a operação, e caso o usuário clique

no botão de "Enviar" a mesma não pede confirmação

P3 1 2 3 4 5

53

21 Inclusão de Produção

Depois de incluída a produção não há opção de excluí lá

P3 1 2 3 4 5

22 Inclusão de Produção

Há ícones que mostram o status de um produção porem não há

legenda do mesmo P2 1 2 3 4 5

Quadro 1. Avaliação heurística módulo docente

Na avaliação heurística pode-se constatar algumas irregularidades as quais serão

descritas a seguir:

O princípio P2 (Auto-descrição) foi afetado seis vezes;

O principio P3 (Controlabilidade) foi afetado oito vezes;

O principio P4 (Conformidade com expectativas do usuário) foi afetado três

vezes;

O principio P5 (Tolerância ao erro) foi afetado uma vez;

O principio P6 (Adequação à individualização) foi afetado uma vez; e

O principio P7 (Adequação ao aprendizado) foi afetado três vezes.

Agrupando os dados encontrados, chegou-se ao número total de princípios de diálogo

mais desrespeitados do módulo docente, separados por princípio que foram P3

(controlabilidade) com oito problemas onde não há a opção de cancelar ou desfazer alguma

ação feita no sistema em praticamente todas as tarefas realizadas, P2 (auto descrição) com

seis problemas onde algumas informações se tornam confusas na interface ou até mesmo

inexistentes, P4 (Conformidade com expectativas do usuário) com três problemas onde em

alguns momentos os objetos das telas não tinham padrão para o mesmo tipo de ação.

Continuando com o agrupamento dos princípios de diálogo temos P7 (Adequação ao

aprendizado) com três problemas onde em alguns momentos o sistema não oferece nenhum

tipo de auxilio ou mesmo descrições confusas para execução de tarefas, P5 (Tolerância ao

erro) com um problema onde em determinado momento o sistema necessita de uma ação

especifica para prosseguir porém não é informado ao usuário, após uma ação errada é exibida

a mensagem de erro a qual não auxilia na correção do problema e por fim P6 (adequação à

54

individualização) com um problema onde o usuário não consegue alterar características do

sistema para adequar-se as suas necessidades.

Com o agrupamento destas informações pode-se chegar a conclusão que 55% dos

problemas encontrados tem um grau de importância máximo e precisam de correção, 31%

dos problemas encontrados tem um grau de importância moderado e necessitam de uma

revisão e 14% dos problemas tem grau de importância mínimo que não impactam na

eficiência/eficácia do sistema porém não estão de acordo com a norma.

Com esta avaliação no módulo docente pode-se constatar problemas de usabilidade, os

quais contribuíram pra o ajuste das tarefas que foram realizadas nos testes de usabilidade que

servem para confirmar estes problemas que foram encontrados.

Com estes valores chegou-se ao gráfico da Figura 13 para melhor compreensão dos

dados que foram coletados durante a avaliação heurística baseada nos sete princípios da

norma ISO 9241-10.

Figura 13. Relação de princípios X problemas encontrados na avaliação da interface

docente

55

No Quadro 2 é possível verificar os problemas encontrados e o principio o qual ele

afetou dentro da interface do Validador no sistema SAPI 2.0. O Grau de importância que varia

de 1 para irrelevante e 5 para grave apresentando ajuda na definição de quanto grave foi o

princípio afetado para ajuda no agrupamento dos resultados e na avaliação dos mesmos.

Problema Análise

Identificador Localização ou fonte

do Problema

Descrição do problema ou

observação

Princípio de

Diálogo

afetado

Grau de

Importância

1 2 3 4 5

1 Tela Principal

As janelas possuem Fontes e cores com tamanhos

fixos que não podem ser alterados para o auxilio

com pessoas com deficiência visual.

P6 1 2 3 4 5

2 Tela Validar

Produção

Apresenta campo de pesquisa na parte superior porém não identifica que o

mesmo serve para pesquisa

P2 1 2 3 4 5

3 Tela Validar

Produção As janelas não possuem a

opção de "cancelar" P3

1 2 3 4 5

4 Tela Principal

Não ha opção de personalização conforme

as necessidades do usuário.

P6 1 2 3 4 5

5 Tela Validar

Produção

Depois de selecionada uma produção e clicado no

botão aprovar ou rejeitar não há uma mensagem

solicitando a confirmação somente uma informativa

de que foi efetuado

P3 1 2 3 4 5

6 Geral

Todas as solicitações efetuadas no sistema que

demandam processamento não fornecem a opção de

"cancelar"

P3 1 2 3 4 5

7 Tela Validar

Produção

Na tela de validação de produção por docente,

onde são listados os docentes, não há botão

para abertura do material,

P1 1 2 3 4 5

56

o mesmo deve ser clicado duas vezes.

8 Tela Validar

Produção

O botão de agrupamento utilizado inicialmente foi "+" porém nestas telas é

um símbolo de seta o que fica fora do padrão e pode

confundir

P4 1 2 3 4 5

9 Tela Validar

Produção

Se o aprovador clicar duas vezes na produção com a

intenção de abri lá, a mesma é aprovada

imediatamente.

P4 1 2 3 4 5

10 Tela Validar

Produção

Apenas o botão de "Rejeitar Produção"

apresenta uma Subjanela para confirmar a rejeição

pois é necessário descrever o motivo.

P4 1 2 3 4 5

Quadro 2. Avaliação heurística módulo validador

Nesta reavaliação pode-se constatar algumas irregularidades as quais serão descritas

a seguir:

O princípio P1 (Adequação à tarefa) foi afetado uma vez;

O princípio P2 (Auto-descrição) foi afetado uma vez;

O principio P3 (Controlabilidade) foi afetado três vezes;

O principio P4 (Conformidade com expectativas do usuário) foi afetado três

vezes; e

O principio P6 (Adequação à individualização) foi afetado duas vezes.

Agrupando os dados encontrados, chegou-se ao número total de princípios de diálogo

mais desrespeitados do módulo validador, separados por princípio que foram P3

(controlabilidade) com três problemas onde não há a opção de cancelar ou desfazer alguma

ação feita no sistema em praticamente todas as tarefas realizadas, P4 (Conformidade com

57

expectativas do usuário) com três problemas onde em alguns momentos no sistema a mesma

ação executada por botões com formatos diferentes (sem padrão), P6 (adequação à

individualização) com dois problemas onde não há a opção de personalização das telas para

cada usuário como por exemplo o aumento da fonte para melhor visualização das

informações.

Seguindo com o agrupamento dos princípios temos P1 (Adequação à tarefa) com um

problema onde em determinado momento, ações devem ser executadas para continuação da

tarefa porém o usuário não é informado de tal ação, e por fim P2 (auto descrição) com um

problema onde algumas informações se tornam confusas na interface ou até mesmo

inexistentes.

Com estes valores encontrados pôde-se chegar a conclusão de que 70% dos problemas

encontrados na interface do validador tem um grau de importância máxima e que devem ser

corrigidos pois afetam diretamente a eficiência/eficácia do sistema e 30% tem o grau de

importância moderado, necessitando de uma revisão para adequação a norma.

Com estes resultados chegou-se ao gráfico da Figura 14 para melhor compreensão dos

dados que foram coletados durante a avaliação heurística baseada nos sete princípios da

norma ISO 9241-10.

58

Figura 14. Relação de princípios X problemas encontrados na reavaliação da

interface validador

Além dos problemas enumerados e citados acima, foram identificados alguns “bugs”,

ou seja, problemas de implementação que comprometem a eficiência do sistema, não sendo,

entretanto, de usabilidade, propriamente. Um destes “bugs” dava-se no momento em que se

solicitava um relatório em formato “PDF” onde sem nenhuma informação o sistema

simplesmente travou. Apesar de a avaliação proposta se direcionar apenas à qualidade de uso

da interface, esses problemas podem influenciar, diretamente, a qualidade da interface,

prejudicando, assim, toda a experiência de uso.

Concluindo assim, o método avaliação heurística, embora não substitua os testes com

usuários, permite que seja feita uma avaliação global da interface e é eficaz para identificação

dos problemas de usabilidade de um sistema. Constitui um método básico da engenharia de

usabilidade relativamente fácil de ser aplicado, seu uso proporcionou um aprendizado e,

principalmente, melhorias para a interface em análise.

59

3.2 PLANEJAMENTO DOS TESTES DE USABILIDADE

Neste capítulo será apresentado o planejamento do experimento desenvolvido neste

trabalho a fim de testar com alguns dos usuários da UNIVALI no campus de Itajaí, a

eficiência, eficácia e satisfação no uso do SAPI 2.0.

3.2.1 Contexto de Uso

Foi desenvolvido o questionário de identificação do perfil dos participantes contendo

perguntas que servirão para auxiliar o pesquisador identificar o perfil dos participantes o qual

está disponível no apêndice A. O questionário foi desenvolvido baseando-se em atributos da

norma ISO 9241:10.

Para os usuários que concordaram em participar do teste de usabilidade, foi entregue

um termo de consentimento livre e esclarecido conforme apêndice B, que fornece

informações ao participante sobre a participação do teste de usabilidade, informa que os dados

que serão fornecidos estarão mantidos em sigilo, discrimina os riscos e benefícios da sua

participação nos testes e expõe que o participante, a qualquer momento, pode desistir do teste

caso não se sinta a vontade e que isso não trará de nenhuma forma prejuízos em sua relação

com o pesquisador. Neste documento constam também as assinaturas, tanto do avaliador,

quanto do participante.

Foi criado também o script de tarefas tanto para a interface do docente quanto para a

interface do validador, este documento foi entregue ao participante no início do teste e que

serviu para conduzir o participante através das etapas da tarefa realizadas durante o teste de

usabilidade, disponível nos apêndices D e E.

Por fim foram criados dois checklists, sendo que um para a interface do docente e o

outro para a interface do validador a fim de auxiliar o avaliador na coleta informações

pertinentes a respeito da interação dos participantes com o sistema nos testes de usabilidade,

estes documentos encontram-se nos apêndices F e G respectivamente.

60

3.3 DESIGN DO EXPERIMENTO

Abaixo serão apresentados quadros que contém os itens organizados com suas

respectivas descrições ou justificativas.

O Quadro 3 apresenta a definição do experimento

Definição do experimento

Estratégia de pesquisa: Justificativa: Quantitativa Foram obtidos dados numéricos de quantidade através dos

formulários do avaliador que serão utilizados durante os

testes de usabilidade.

Qualitativa Esta estratégia de pesquisa foi utilizada para medir o grau de

satisfação dos participantes durante e após os testes de

usabilidade, estes foram obtidos através de questionários

onde os participantes poderão expressar a sua opinião sobre

os testes.

Forma de realização: Justificativa:

In-vitro O teste de usabilidade foi realizado na UNIVALI, em um

dos laboratórios de desenvolvimento e nos locais de trabalho

dos usuários, onde foi feita a simulação do ambiente do

usuário.

Abordagem de pesquisa: Justificativa:

Descritiva O objetivo deste trabalho é efetuar os testes para descobrir a

eficiência, eficácia e satisfação no uso do sistema SAPI.

Haverá a participação dos desenvolvedores do sistema onde

será feita a coleta dos tempos considerados melhores a fim

de comparar com o tempo dos usuários reais que farão os

testes, serão apresentados gráficos, médias, medianas, moda,

desvio padrão para os dados coletados.

Questionários/termos: Conteúdo:

Concordância O conteúdo do termo de concordância está no apêndice B.

Perfil do Participante O questionário do Perfil do Participante está no apêndice A.

Avaliação de Satisfação O questionário de Avaliação de Satisfação está no apêndice

C.

Pré-condições para realização do experimento:

Para participação do experimento é necessário que os docentes tenham o mínimo de

conhecimento para o uso do computador para que a avaliação tenha influência direta sobre a

ferramenta SAPI 2.0 e não ocorram distorções pela falta de conhecimento de outras

ferramentas que não seja a avaliada.

Quadro 3. Definição do experimento

61

O Quadro 4 apresenta o planejamento do experimento

Planejamento do experimento

Seleção do Contexto

O estudo empírico ocorreu em laboratório de desenvolvimento entre outros na UNIVALI,

onde foi utilizado do computador do pesquisador que disponibilizou o sistema para que os

participantes pudessem efetuar a interação com o sistema SAPI 2.0.

Variáveis de controle: Detalhamento

Eficácia A eficácia foi medida através da análise da interação do

usuário com o sistema, análise foi descrita no checklist

do avaliador onde estão registrados, a quantidade de

objetivos que foram alcançados e a quantidade de

participantes que concluíram o teste com sucesso.

Houve a participação de usuário desenvolvedor do

sistema que serviu como parâmetro.

Eficiência A eficiência foi medida através da análise da interação

do usuário com o sistema, análise foi descrita no

checklist do avaliador onde esta registrado, o tempo

gasto para execução de cada tarefa, o tempo total do

teste e a quantidade de erros cometidos já classificados.

Satisfação A satisfação foi medida através do questionário de

satisfação do APÊNDICE C, e do número de

reclamações registrados durante os testes.

Seleção dos participantes:

Houve a participação de um dos desenvolvedores do sistema que auxiliou no registro das

informações dos melhores tempos de execução das tarefas que serviram na comparação com

os resultados dos testes de usabilidade para se chegar a resposta que se propõe este trabalho

que é a eficiência. Os usuários dos testes de usabilidades foram docentes da pós-graduação e

graduação que aceitaram o convite, o formulário de perfil foi aplicado apenas para a

identificação dos conhecimentos dos usuários para a análise posterior junto com os dados

obtidos nos testes.

Design do experimento utilizado: Detalhamento

Pós-teste

O design do experimento para este projeto

caracterizado como quase experimental e escolhido

pelo fato do estudo estar sendo realizado com o

objetivo de identificar os pontos em que o sistema não

obedece aos princípios de diálogo descritos na Norma

ISO 9241:10. Houve um grupo de usuários que utilizou

o sistema na interface docente e outro na interface

validador onde ao final de cada teste, os participantes

responderam um questionário de avaliação da

satisfação.

Planejamento da Instrumentalização

62

Tratamento a ser realizado: Na primeira etapa do teste foi aplicado o questionário

para a identificação do perfil dos usuários, foi entregue

também o termo que é necessário para efetuar a coleta

das informações e a participação dos usuários no teste.

Foram selecionados os usuários que efetuaram a

interação com a interface do docente assim como os

que efetuaram a interação com a interface do

validador. No final foi entregue o questionário de

satisfação aos participantes.

Objetos/Equipamentos: Os materiais que foram necessários são:

Script de atividades do docente;

Script de atividades do validador;

Termos de consentimento;

Checklist do Avaliador Interface Docente;

Checklist do Avaliador Interface Validador;

Questionários de pesquisa;

Computador;

Cronômetro;

Diretrizes: O experimento foi realizado no campus da UNIVALI

em Itajaí – SC, onde foram efetuados os testes

individualmente com cada participante. Os testes

previstos para a segunda semana de abril de 2012,

ocorreram somente na segunda semana de maio de

2012, nesta data foi efetuado a avaliação de usabilidade

com os participantes que efetuaram os testes na

interface do docente e na terceira semana deste mesmo

mês foi realizada a avaliação de usabilidade na

interface do validador pelos outros participantes.

Instrumentos de medição: Os dados que foram coletados para responder as

perguntas de pesquisa foram medidos através da

observação da interação do participante do teste através

do preenchimento do checklist pelo avaliador e do

questionário de satisfação pós-teste.

Avaliação da Validade

Validade de conclusão:

Ameaça de

conclusão 1

Os dados colhidos nas medições podem ser

transcritos indevidamente para a planilha

que será utilizada para efetuar os cálculos.

Ação: realizar após o término da transcrição

dos dados uma conferência detalhada.

Ameaça de

conclusão 2

Pode acontecer de alguns dos participantes

não poderem participar não havendo uma

amostra mínima significativa.

Ação: Será efetuado o convite a novos

participantes com as mesmas características

dos já convidados e caso não haja sucesso,

será realizado o teste com a amostra

disponível e documentado uma possível

redução na confiabilidade dos resultados

63

obtidos.

Validades Internas:

Ameaça

interna 1

Os participantes do teste podem não estar

motivados e interessados no teste

realizando-o sem nenhum tipo de

preocupação na colaboração com os

resultados obtidos.

Ação: motivar a participação efetiva dos

participantes na realização das atividades do

experimento, induzindo-os que os resultados

irão ajudar a melhorar a ferramenta que

futuramente todos estarão utilizando.

Ameaça

interna 2

Os participantes do teste podem interagir

com o sistema e aprender com ajuda antes

dos testes.

Ação: informar da importância de que eles

não efetuem as interações antes da data a

avaliação pois irão influenciar nos

resultados do teste de forma negativa.

Validades externas: Ameaça

externa 1

Poderá ocorrer a existência de participantes

em determinados grupos com experiência

prévia no uso com o sistema.

Ação: avaliar a existência através do

questionário de perfil a existência de

participantes com conhecimento prévio.

Quadro 4. Planejamento do experimento

O Quadro 5 apresenta a operação do experimento

Operação do experimento

Informações: Uma semana antes de iniciarem os testes, os

participantes foram informados do

experimento, e no dia do teste, receberam os

termos de concordância para assinatura e o

questionário de perfil do participante para o

preenchimento. Foram informados os

objetivos dos testes aos participantes e quais

os benefícios trazidos aos mesmos.

Materiais: Os Materiais utilizados foram:

Termo de concordância;

Questionário de perfil do participante;

Questionário de satisfação.

Comprometimento: As informações sobre o interesse e

comprometimento dos participantes foram

obtidas através do questionário de perfil.

64

Coleta dos dados: Os dados coletados através das respostas dos

participantes foram transcritos para uma

planilha eletrônica que auxiliou nos cálculos.

Ambiente: As seções de testes foram efetuadas nos

laboratórios da UNIVALI de Itajaí – SC.

Onde cada participante efetuou o teste em seu

próprio ambiente de trabalho.

Validade: Os participantes receberam informações

sobre suas atividades a serem realizadas bem

como os benefícios de sua participação,

durante o teste receberam um script contendo

as tarefas que deveriam ser efetuadas durante

o teste de usabilidade.

Conformidade: Foi acompanhado todo o teste pelo

pesquisador a fim de garantir que o estudo

realizado ocorresse de acordo com o

planejado.

Quadro 5. Operação do experimento

65

4. DESENVOLVIMENTO

Neste capítulo será apresentado o desenvolvimento bem como os resultados obtidos

nos testes de usabilidade deste trabalho a fim de identificar e mensurar a eficiência, eficácia e

satisfação no uso do SAPI 2.0.

4.1 REALIZAÇÃO DOS TESTES DE USABILIDADE

Antes da execução dos testes de usabilidade os documentos gerados passaram por uma

revisão necessária que foi constatada após a reavaliação heurística que foi efetuada. Com os

novos resultados da avaliação heurística foram reajustadas as tarefas para os testes de

usabilidade para que fossem constatados os problemas encontrados tanto na interface do

docente quando na interface do validador.

Os testes de usabilidade foram conduzidos em laboratórios de informática do curso de

Ciência da Computação e outros. O computador utilizado foi o do pesquisador onde o mesmo

disponibilizou um ambiente estável e idêntico para todos os participantes para que não

houvesse diferenças nos testes efetuados com cada usuário. Antes do início do teste foi

entregue aos participantes o Termo de Concordância disponível no apêndice B e o

questionário de perfil disponível no apêndice A e com isso foi preparado o ambiente para

execução dos testes, como o objetivo foi efetuar o teste de usabilidade no sistema SAPI 2.0,

teve-se o cuidado de eliminar qualquer empecilho que viesse a interferir nos resultados.

Ao início do teste de usabilidade foi entregue ao participantes o script de tarefas

pertinentes a interface que estava sendo avaliada, sendo o apêndice E para as tarefas do

validador juntamente com o apêndice H onde continham as informações individuais para a

execução das tarefas e o apêndice D para as tarefas do docente juntamente com o apêndice I

onde continham as informações individuais para a execução das tarefas.

Durante os testes de usabilidade o pesquisador utilizou o check-list do apêndice F para

o registro dos testes com os usuários da interface do docente e o check-list do apêndice G para

o registro dos testes com os usuários da interface do validador.

Ao final de cada teste de usabilidade, os participantes receberam um questionário para

avaliação da satisfação o qual está disponível no apêndice C onde puderam comentar

66

eventuais facilidades, dificuldades e sugestões de melhorias para o sistema as quais foram

transferidas para este relatório como forma de sugestão geral.

4.2 PERFIL DOS PARTICIPANTES

Para os testes de usabilidade, foi aplicado um questionário de perfil antes do inicio da

interação com o sistema, este questionário serviu para classificar o conhecimento dos usuários

que estariam interagindo com o sistema e eliminando possíveis resultados que pudessem

comprometer a avaliação.

Interface Docente

Para a avaliação da interface docente, teve-se a colaboração de quatro participantes

onde a sua onde os principais aspectos puderam ser levantados e listados conforme a Tabela

1.

Tabela 1. Perfil dos participantes do teste de usabilidade modulo Docente

Atributo Dado

Idade Variando de 33 à 43 anos

Sexo Três dos quatro participantes eram do sexo

Masculino.

Área de formação Três dos quatro participantes tinham

formação em informática e um participante

de outra área de formação.

Experiência em Informática Três dos quatro participantes com

experiência avançada e um com experiência

intermediária.

Experiência na utilização de sistemas de

publicação de material.

Dois participantes com conhecimento

avançado, um participante com

conhecimento intermediário e um

participante com conhecimento básico.

Publicação de Material online Todos os participantes já utilizaram algum

sistema para publicação de material online.

Tipo de material Todos os participantes já publicaram vários

tipo de materiais.

Utilização de sistema para publicação

de produção institucional.

Apenas um participante já utilizou algum

sistema para publicação de produção

institucional, o sistema utilizado foi o SAPI

(Antigo)

Participação de teste de usabilidade Nenhum dos participantes havia participado

de um teste de usabilidade.

Grau de importância dos testes para os

participantes

Dois participantes acham muito importante e

dois participantes acham importante.

Importância da Usabilidade Três dos quatro participantes acha importante

67

e um participante não acha importante pois

não tem conhecimento sobre a área.

Através do questionário pode-se constatar que o perfil dos participantes está bem

homogêneo, não interferindo assim nos resultados dos testes pois, apesar de poucas diferenças

os participantes possuem o mesmo conhecimento necessário para a interação com o sistema.

Pela quantidade pequena de participantes os valores são mostrados em número de

participantes pois o percentual não faria muita lógica para esta aplicação.

Pode-se destacar pontos importantes como a experiência em informática, a publicação

de material online e o grau de importância dado aos testes de usabilidade onde pode-se

afirmar que todos os participantes possuíam o mesmo perfil necessário para o teste.

Interface Validador

Para a avaliação da interface validador, teve-se a colaboração de dois participantes

onde a sua onde os principais aspectos puderam ser levantados e listados.

Tabela 2. Perfil dos participantes do teste de usabilidade modulo Docente

Atributo Dado

Idade 32 e 46 anos

Sexo Feminino e Masculino

Área de formação Química e Ciências Sociais

Experiência em Informática Intermediário para os dois participantes

Experiência na utilização de sistemas de

publicação de material.

Um possui experiência básica e o outro

Avançada.

Publicação de Material online Ambos publicam material

Tipo de material Pouca variedade para ambos entre Artigos e

Apresentações

Utilização de sistema para publicação

de produção institucional.

Nunca utilizaram para publicação

Participação de teste de usabilidade Nunca participaram

Grau de importância dos testes para os

participantes

Ambos acham muito importante

Importância da Usabilidade Ambos acham importante.

Para os participantes dos testes da interface do Validador, pode-se notar uma diferença

na experiência na utilização de sistema de publicação de material, mais esta diferença não foi

considerada um risco pois ambos os participantes são os atuais validadores no ambiente SAPI

(Antigo) e esta característica teve um peso maior levando em consideração que serão estes os

usuários do sistema quando estiver em utilização.

68

4.3 DIAGNÓSTICOS DOS PROBLEMAS DE USABILIDADE NAS

INTERFACES DO SAPI

Este item tem por objetivo a apresentação dos problemas de usabilidade encontrados

nas interfaces do SAPI 2.0 nos módulos Docente e Validador, baseadas nos resultados obtidos

com os testes de usabilidade efetuados e comparados com os princípios de diálogo contidos

na norma ISO 9241-10.

Serão apresentadas a seguir as interfaces do SAPI 2.0 as quais apresentaram

problemas de usabilidade durante os testes de usabilidade com os usuários, as mesmas estão

separadas por subitens para a interface do Docente e Validador, contendo a imagem da tela do

sistema e uma breve descrição do problema encontrado.

4.3.1 Interface Docente SAPI 2.0

As avaliações heurísticas e teste de usabilidade contribuíram para o levantamento dos

problemas de usabilidade encontrados na interface Docente do SAPI 2.0 conforme a seguir.

Na Figura 15 apresentamos a tela de configuração inicial do módulo do docente onde,

foi encontrado um erro de português o qual está identificado pelo marcador 1, este item pode

ser classificado como princípio Adequação para a tarefa contido na Norma ISO 9241-10.

69

Figura 15. Tela de configuração inicial SAPI 2.0.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 16 apresenta-se a tela de configuração inicial do módulo docente, onde na

sua última etapa de configuração foi encontrado um erro na programação. Ao selecionar

alguma área de atuação e utilizar a seta do teclado para correr a barra de rolagem, a mesma

vai rolando, porém marcando todos os itens na seqüência conforme marcador 1, na Norma

ISO 9241-10 este item pode ser classificado como princípio Conformidade com

expectativas do usuário.

70

Figura 16. Tela de configuração inicial SAPI 2.0.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 17 é apresentada a tela de configuração inicial no módulo docente onde ao

ser clicado no botão “Concluir” identificado pelo marcador 1 o sistema automaticamente

apresenta a janela confirmando o término dando somente a opção “OK” conforme marcador

2. Esperava-se que ao clicar no botão “Concluir” fosse exibida uma janela pedindo

confirmação, pois poderia ter sido clicado por engano ou fosse necessário voltar e corrigir

algo, este ponto entra no princípio Controlabilidade contido na norma.

71

Figura 17. Tela de configuração inicial SAPI 2.0.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 18 é apresentada a tela principal da interface docente com o menu de tarefas

localizada à esquerda como identificado no marcador 1, neste menu há a falta de botões de

uso comum para facilitar e agilizar a interação como sistema na sua interação, pois um ponto

forte no estudo, foi o tempo perdido "procurando" em qual local era necessário acessar para se

fazer a inclusão de material no sistema, este item pode ser classificado como princípio

Adequação para a tarefa na norma.

72

Figura 18. Menu de ferramentas interface docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 19 é apresentada a janela de minhas produções da interface do docente, nela

temos o marcador 1 que indica onde é selecionada a categoria de material exibido, notou-se

que o botão "Nova" indicado pelo marcador 3 só é exibido quando a categoria "Não Lattes" é

selecionada e os botões "Editar" e "Comprovar" ficam ativos mesmo sem que uma produção

seja selecionada.

Outro ponto importante está demonstrado pelo marcador 2 onde temos uma seta

apontando para direita, esta seta serve para expandir os atributos da produção e acabou

confundindo os usuários e levando-os a cometer erros. Estes itens apontados até o momento

se classificam como Conformidade com expectativas do usuário na norma.

73

Continuando com o marcador 2 temos ainda o símbolo que corresponde ao status

da produção, porém ninguém conseguiu definir o que ele significava. Este item se classifica

como Auto-descrição na norma.

Figura 19. Tela de minhas produções da interface docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 20 em continuação a tela anterior, na janela de “Minhas Produções” da

interface docente, porém com os atributos da produção expandida, não há um campo de

atributo identificando o status da obra no sistema conforme dito anteriormente. Este item se

classifica como Auto-descrição na norma.

74

Figura 20. Tela minhas produções da interface docente com visualização

atributos.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 21 é mostrada a janela que é exibida ao usuário quando o mesmo clica no

botão "Ajuda" conforme marcador 1, esta tela não foi avaliada pelos usuários, pois estava fora

do escopo de atividades, porém notou-se uma ajuda que não "ajudaria" muito o usuário final,

a ideia é que a ajuda fosse individual para cada tarefa onde dependendo o que o usuário está

fazendo a ajuda irá auxiliá-lo naquela tarefa em específico. Este item se classifica como

Conformidade com expectativas do usuário na norma.

75

Figura 21. Tela de ajuda.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 22 é apresentada a tela que é exibida ao usuário quando o mesmo clica no

botão "Minhas Configurações" no menu ao lado esquerdo, esta janela apresentada apenas

possui a opção de visualização com um botão de "OK" não permitindo qualquer correção ou

alteração de dados que se dá a entender quando se clica em um botão de "Configuração". Este

item se classifica como Conformidade com expectativas do usuário na norma.

76

Figura 22. Tela de minhas configurações.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 23 é apresentada a tela de comprovação de produção exibida no módulo

docente, notou-se que pelo fato do campo identificado pelo marcador 1 não impedir que fosse

digitado conteúdos e o botão para a busca do arquivo estar com pouco destaque, houve

incidências de erros nesta tarefa onde usuários digitaram o nome do arquivo e quando

clicaram no botão "Comprovar", acontecia o erro. Este item se classifica como Adequação

para a tarefa na norma.

77

Figura 23. Tela de comprovação de produção interface docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 24 é apresentada a tela de inclusão de produção não Lattes do módulo

docente onde nos últimos níveis do menu conforme marcador 1 ainda são exibidos os sinais

"+" nos últimos níveis de classificação de produção, o que levaram aos usuários a clicarem

nele, bem como o símbolo da "pasta" que por convenção indica que há conteúdos no seu

interior, levando-os assim a insatisfação e reclamações. Este item se classifica como

Conformidade com expectativas do usuário na norma.

78

Figura 24. Tela de cadastro de produções não Lattes na interface docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 25 apresenta-se a tela de inclusão de material não Lattes a qual também

gerou reclamações por não indicar previamente quais campos eram de preenchimento

obrigatório, somente quando se clica no botão "Salvar" que o erro é indicado, e indicado um

campo por vez. Exemplo, se o usuário esquecer-se de preencher 3 campos obrigatórios o

sistema informa um por vez a cada tentativa de salvar o documento. Este item se classifica

como Auto-descrição conforme a norma.

79

Figura 25. Tela de inclusão de produção interface docente.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Os problemas de usabilidade na interface do docente do SAPI 2.0 são estas e espera-se

que possa ser de grande contribuição para os desenvolvedores possam efetuar as correções do

sistema assim como para seus usuários.

80

4.3.2 Interface Validador SAPI 2.0

As avaliações heurísticas e teste de usabilidade contribuíram para o levantamento dos

problemas de usabilidade encontrados na interface Validador do SAPI 2.0 conforme a seguir.

Na Figura 26 é apresentada a tela principal do SAPI 2.0 para o módulo do validador

onde é dado destaque ao menu principal pelo marcador 1 onde ao iniciar o sistema o menu é

apresentado recolhido, escondendo botões que poderiam ser exibidos por padrão sem afetar o

sistema. Este item se classifica como Adequação para a tarefa na norma.

Figura 26. Tela de menu interface do validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

81

Na Figura 27 é apresentada a janela de validação de produção por docente no módulo

do validador, esta interface deixou os usuários confusos, pois deveriam efetuar dois cliques no

nome do docente para que fosse aberta as suas configurações não havendo nenhum botão para

edição conforme marcador 2. Este item se classifica como Adequação para a tarefa na

norma.

Figura 27. Tela de validação de produção da interface validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

82

Na Figura 28 é exibida a janela para a validação de uma produção no módulo

validador, nota-se que ela é semelhante à interface do módulo docente foi encontrado o

mesmo problema de padrão indicados pelo marcador 1 onde o sinal da seta não indica que há

itens recolhidos. Este item se classifica como Conformidade com expectativas do usuário

na norma.

Este ponto para a interface do validador foi o ponto mais crítico encontrado, pois o

usuário não conseguiu visualizar os atributos do material pela falta de padronização

convencionada e efetuou dois cliques na produção com a intenção de abri-la para visualização

e se deparou com a mensagem "Produção validada com sucesso" erro esse que foi

considerado grave.

Figura 28. Tela de validação de produção da interface validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

83

Na Figura 29 apresenta-se a janela que é exibida ao usuário após efetuar o clique no

botão "Rejeitar Produção", a mesma possui somente um botão "Rejeitar" e não possui um

botão "Cancelar" no local onde está o marcador 1 caso o usuário queira cancelar a rejeição por

algum outro fator. Este item pode ser classificado como Controlabilidade na norma.

Figura 29. Tela de validação de produção da interface validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 30 apresenta-se a janela que é exibida ao usuário após efetuar o clique no

botão "Validar Produção", a mesma apresenta uma janela informado que a produção foi

validada e caso o botão tenha sido apertado por engano não há opção de cancelar, o que

evidência a falta de controle do usuário na execução da tarefa e na recuperação de um erro.

Este item pode ser classificado como Controlabilidade na norma.

84

Figura 30. Tela de validação de produção da interface validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Na Figura 31 apresenta-se a janela de modificação de escore onde após a seleção de

um escore na lista, a troca do valor do peso no campo "Peso" e o clique no botão "OK"

indicado pelo marcador 1 "nada acontece" o sistema não retorna nenhuma informação ao

usuário, o que deixa muito confuso a ponto de se levantar a questão se realmente a alteração

foi efetivada. Este item pode ser classificado como Auto-descrição na norma.

85

Figura 31. Tela de alteração de peso do escore na interface do validador.

Fonte: SAPI 2.0 (2012).

Os problemas de usabilidade na interface do validador do SAPI 2.0 são estas e por

fim, espera-se que os problemas apontados aqui tanto na interface Docente quanto na

interface Validador do SAPI 2.0 possam contribuir a equipe de desenvolvimento na melhoria

do sistema.

86

4.4 RESULTADOS QUANTITATIVOS

Neste item será apresentado os resultados quantitativos obtidos através dos testes de

usabilidade efetuados no sistema SAPI 2.0 obtidos durante os testes de usabilidade através do

check-list bem como o questionário de satisfação aplicado após os testes, e será apresentado

na seguinte estrutura:

Eficiência

o Interface Docente

o Interface Validador

Eficácia

o Interface Docente

o Interface Validador

Satisfação

o Interface Docente

o Interface Validador

Será apresentado agora os valores obtidos durante os teste de usabilidade para a

eficiência.

Interface Docente

A Tabela 3 apresenta as medidas de tempo de execução das cinco tarefas que foram

realizadas no teste de usabilidade e os valores médios das medidas que foram coletadas e o

desvio padrão.

87

Tabela 3. Tempo de Execução das Tarefas em Segundos para a interface do Docente

Tarefas 1 2 3 4 5

Participante 1 20 55 100 66 20

Participante 2 25 38 100 95 40

Participante 3 42 52 144 40 25

Participante 4 15 90 120 40 20

Média 25,5 58,75 116 60,25 26,25

Desvio Padrão 11,73 22,11 20,91 26,21 9,46

Na Tabela 4 são apresentados os valores médios de tempo dos participantes dos testes

de usabilidade comparado com o tempo do desenvolvedor que se obteve como parâmetro de

melhor tempo para execução da tarefa.

Tabela 4. Tempo do usuário Desenvolvedor x Média de tempo dos usuários das tarefas do

módulo docente.

Usuário Desenvolvedor

(min.)

Média Usuários (min.)

Tarefa 1 00:20 00:26

Tarefa 2 00:50 01:04

Tarefa 3 01:15 02:00

Tarefa 4 00:15 01:00

Tarefa 5 00:25 00:26

Total 03:05 04:56

Na Figura 32 é apresentado em forma de gráfico para melhor visualização o

comparativo de tempo de execução das tarefas no módulo docente pelo usuário desenvolvedor

que se tomou como padrão para o tempo ideal e a média dos tempos dos participantes para

cada tarefa executada.

88

Figura 32. Tempo de execução do usuário Desenvolvedor x Média dos participantes

Interface Docente.

Interface Validador

A Tabela 5 apresenta as medidas de tempo de execução das cinco tarefas que foram

realizadas no teste de usabilidade e apresentado os valores médios das medidas que foram

coletadas e o desvio padrão.

Tabela 5. Tempo de Execução das Tarefas em Segundos para a interface do Validador

Tarefas 1 2 3 4

Participante 1 23 144 100 84

Participante 2 30 208,2 92 85

Média 26,5 176,1 96 84,5

Desvio Padrão 4,95 45,40 5,66 0,71

Na Tabela 6 são apresentados os valores médios de tempo dos participantes dos testes

de usabilidade comparado com o tempo do desenvolvedor que se obteve como parâmetro de

melhor tempo para execução da tarefa.

89

Tabela 6. Tempo do usuário Desenvolvedor x Média de tempo usuários das tarefas do módulo

validador.

Usuário Desenvolvedor

(min.)

Média Usuários (min.)

Tarefa 1 00:15 00:26

Tarefa 2 03:20 03:14

Tarefa 3 01:10 01:36

Tarefa 4 01:00 01:24

Total 05:45 06:40

Na Figura 33 é apresentado em forma de gráfico para melhor visualização o

comparativo de tempo de execução das tarefas no módulo validador pelo usuário

desenvolvedor que se tomou como padrão para o tempo ideal e a média dos tempos dos

usuários para cada tarefa executada.

Figura 33. Tempo de execução do usuário Desenvolvedor x Média dos usuários

Interface Validador.

90

Será apresentado agora os valores obtidos durante os teste de usabilidade para a

eficácia.

Interface Validador

A Tabela 7 apresenta a medida dos erros na execução das cinco tarefas que foram

realizadas no teste de usabilidade e os valores médios da medida que foram coletadas e o

desvio padrão.

Tabela 7. Erros Cometidos na Execução das Tarefas na interface do Docente

Tarefas 1 2 3 4 5

Participante 1 0 2 4 2 1

Participante 2 0 0 1 0 1

Participante 3 1 0 3 1 1

Participante 4 0 2 1 1 0

Média 0,25 1 2,25 1 0,75

Desvio Padrão 0,50 1,15 1,50 0,82 0,50

Interface Validador

A Tabela 8 apresenta a medida dos erros na execução das cinco tarefas que foram

realizadas no teste de usabilidade e os valores médios da medida que foram coletadas e o

desvio padrão.

Tabela 8. Erros Cometidos na Execução das Tarefas na interface do Validador

Tarefas 1 2 3 4

Participante 1 0 4 0 3

Participante 2 1 3 0 3

Média 0,5 3,5 0 3

Desvio Padrão 0,71 0,71 0,00 0,00

91

Será apresentado agora os valores obtidos durante os teste de usabilidade para a

satisfação.

Os dados sobre a satisfação foram coletados de três maneiras:

Através de observação dos participantes pelo avaliador;

Através do questionário de avaliação da satisfação aplicado no final de cada

teste de usabilidade; e

Através da quantidade de reclamações recebidas durante os testes.

A organização das perguntas objetivas do questionário de satisfação foi projetada para

que os participantes escolhessem um valor que variou de 1 a 10, sendo que o valor 1

corresponde ao menos satisfeito e o valor 10 corresponde a mais satisfeito. Sendo assim foi

efetuada a soma das respostas de cada participante e os que obtiveram o valor mais elevado

foram os que informaram estarem mais satisfeitos com o sistema.

A Tabela 9 exibe a soma da pontuação dos testes, esta soma levou em consideração os

itens que foram marcados como "NA", onde estes não fizeram parte da contabilização para

que não influenciassem na pontuação dos demais itens.

Tabela 9. Somatório de pontuação do questionário de satisfação

Pontuação Máxima Pontuação

Alcançada

Percentual

Interface Docente 290 196 67%

Interface Validador 180 155 87%

Analisando os valores obtidos, pode-se chegar à conclusão de que durante os testes de

usabilidade da interface do Docente o sistema satisfez em 67% as expectativas do usuário,

levando assim a concluir que a interface do docente possui um grande percentual de

aprovação, porém necessita de alguns ajustes.

Assim como a interface do docente a interface do validador conseguiu satisfazer em

87% as expectativas dos usuários levando assim também a um número menor de reclamações,

porém com alguns ajustes necessários.

92

Interface Docente

A Tabela 10 apresenta uma avaliação das respostas dos participantes do teste ao

questionário de avaliação do sistema, onde as respostas são oferecidas em uma escala de 1 a

10 sendo que 1 é para pouco satisfeito e 10 muito satisfeito.

Tabela 10. Respostas dos participantes para interface do Docente

Questão Participante

1 Participante

2 Participante

3 Participante

4 Média Desvio Padrão

Em geral, a interface SAPI é 6 5 7 7 6,25 0,96

Aprender a utilizar a interface é 9 8 5 7 7,25 1,71

A organização das informações é 7 5 6 7 6,25 0,96

A sequência das telas é 7 2 6 6 5,25 2,22

O retorno a tela anterior é 7 5 - - 6 1,41

As interfaces apresentam cores que tornam a interação agradável 7 10 9 10 9 1,41

A personalização da interface (aumento das letras, troca de cores, teclas de atalho) é bem definida no SAPI 4 6 - - 5 1,41

Comparando com o SAPI anterior, ao SAPI novo pode se dizer que é 7 - 9 - 8 1,41

A ajuda disponibilizada pelo sistema é - - - - - -

O sistema SAPI corresponde com as suas expectativas de uso 7 8 7 - 7,33 0,58

Geral

6,7

93

A Tabela 11 mostra os dados coletados com o questionário descritivo após os testes de

usabilidade com a interface do docente, juntamente com a quantidade de vezes que foi

sugerida pelos participantes.

Tabela 11. Questões abertas sobre a satisfação da interface do docente

Quantidade

Dificuldades 1 Tela com muito texto

1 Erros de Português

2 Localização de Ferramentas

1 Falta de segurança no que estava executando

Pontos Positivos 1 Sistema Funcional

2 Interface moderna - Tendência

Sugestões dos

Participantes

3 Ser mais intuitiva

1 Informar a ação atual ao usuário

1 Melhorar o acesso direto as funções

2 Botões de acesso direto no menu principal

Interface Validador

A Tabela 12 apresenta uma avaliação das respostas dos participantes do teste ao

questionário de avaliação do sistema, onde as respostas são oferecidas em uma escala de 1 a

10 sendo que 1 é para pouco satisfeito e 10 muito satisfeito.

Tabela 12. Respostas dos participantes para interface do Validador

Questão

Participante

1

Participante

2 Média

Desvio

Padrão

Em geral, a interface SAPI é 8 8 8 0,00

Aprender a utilizar a interface é 9 9 9 0,00

A organização das informações é 8 9 8,5 0,71

A sequência das telas é 8 9 8,5 0,71

O retorno a tela anterior é 7 9 8 1,41

As interfaces apresentam cores

que tornam a interação agradável 10 10 10 0,00

A personalização da interface

(aumento das letras, troca de

cores, teclas de atalho) é bem

definida no SAPI 8 - - -

Comparando com o SAPI

anterior, ao SAPI novo pode se

dizer que é 8 10 9 1,41

94

A ajuda disponibilizada pelo

sistema é 8 - - -

O sistema SAPI corresponde com

as suas expectativas de uso 8 9 8,50 0,71

Geral

8,7

A Tabela 13 mostra os dados coletados com o questionário descritivo após os testes de

usabilidade com a interface do validador, juntamente com a quantidade de vezes que foi

sugerida pelos participantes.

Tabela 13. Questões abertas sobre a satisfação da interface do validador

Quantidade

Dificuldades 2 Localização de Ferramentas

1 Falta de informação do status do sistema

Pontos Positivos 1 Interface mais "amigável"

1 Fácil acesso a informação

1 Cores

1 Velocidade

Sugestões dos

Participantes

1 Ser mais intuitiva

2 Melhorar o acesso direto as funções

2 Botões de acesso direto no menu principal

95

4.5 RESULTADOS QUALITATIVOS

Neste item será apresentado os resultados qualitativos obtidos através dos testes de

usabilidade efetuados no sistema SAPI 2.0 obtidos durante os testes de usabilidade através do

check-list bem como o questionário de satisfação aplicado após os testes, e será apresentado

na seguinte estrutura:

Eficiência

o Interface Docente

o Interface Validador

Eficácia

o Interface Docente

o Interface Validador

Satisfação

o Interface Docente

o Interface Validador

Foi solicitado aos participantes apontarem no questionário de avaliação da satisfação

em três questões abertas e descritivas, as facilidades, dificuldades e sugestões de melhoria nas

interfaces do sistema.

Interface Docente

Questão 1 - Por Favor, descreva quais situações onde foi encontrada maior

dificuldade.

Participante 1: "Encontrar os itens (ícones/comandos) para executar as tarefas"

Participante 2: "Compreender o significado dos itens do menu esquerdo. Ter certeza

de que eu estava fazendo uma inserção de fato."

96

Participante 3: "A inclusão de uma produção não é tão intuitiva como deveria.

Entende que esta ação deveria ter um botão de acesso direto no menu principal. A

comprovação da produção também ficou pouco confusa"

Participante 4: "Telas com muito texto orientativo - deveria ser mais intuitivo.

campos obrigatórios não identificados antes do envio do form. Erros de português. Achei

confuso localizar nova produção não Lattes."

Questão 2 - Por favor, descreva quais foram os pontos positivos encontrados no

sistema.

Participante 1: "A interface é bem limpa, sem muitos ícones e informação que possa

confundir o usuário"

Participante 2: "O sistema é funcional. Eu acho aceitável as dificuldades encontradas.

Me acostumaria numa boa."

Participante 3: "A interface está bem melhor em relação ao SAPI atual"

Participante 4: "Interface RIA - Adéqua a tendência"

Questão 3 - Descreva qual sua opinião geral sobre a utilização do sistema e caso

possua sugestões de melhorias podem ser descritas abaixo.

Participante 1: "O fato de ser limpa não implica em ser estéril, ou seja, faltam

algumas informações essenciais para a utilização adequada do sistema. O sistema deve ser

mais 'intuitivo' na interface para tornar mais fácil seu uso"

Participante 2: "Completamente funcional e de alta utilidade. Certamente pode

melhorar em situar o usuário sobre o que ele próprio está realizando em uma parte estratégica

da tela."

Participante 3: "Sugiro explanar um pouco mais o acesso direto às ações mais

frequentes."

Participante 4: "Já mencionado"

97

Interface Validador

Questão 1 - Por Favor, descreva quais situações onde foi encontrada maior

dificuldade.

Participante 1: "Localizar botões (abrir, fechar, voltar)"

Participante 2: "Na validação de produção, com dois cliques provou-se a validade

direta sem passar pela tela de análise de atributos. Na edição de escore de produção o sistema

não dá retorno se foi concluída com êxito"

Questão 2 - Por favor, descreva quais foram os pontos positivos encontrados no

sistema.

Participante 1: "Layout, Organização, Cores"

Participante 2: "Interface mais 'amigável', especialmente, para usuários desktop.

Acesso a informação facilitado"

Questão 3 - Descreva qual sua opinião geral sobre a utilização do sistema e caso

possua sugestões de melhorias podem ser descritas abaixo.

Participante 1: "Melhorar os botões de comando e ter uma tela intuitiva, de

orientação para o uso para fins de caso haja necessidade de consulta futura."

Participante 2: "Uma melhoria que talvez seja possível é tornar a barra de menu

expandida para dispor todos os itens, sem a necessidade de o usuário ter que procurá-los.

Ícones também poderiam estar presentes na parte superior da tela para facilitar a visualização

das funções."

4.6 Análise

A análise compreende a descrição dos problemas a partir dos resultados obtidos no

teste de usabilidade, foi realizada uma análise para detectar problemas de usabilidade e propor

as respectivas alterações.

98

Interface Docente

Para a interface do docente temos a tarefa 4 com o maior desvio padrão como pode ser

visto na Tabela 3 onde o participante 2 levou o maior tempo para a execução da tarefa, isso

deve-se ao fato do participante apesar de não ter cometido nenhum erro nesta tarefa conforme

a Tabela 7, ter perdido bastante tempo tentando compreender o significado do status no

sistema conforme a tarefa. Considerando também que nenhum participante conseguiu efetuar

esta tarefa com acurácia.

Pode-se observar também um grande número de erros para a tarefa 3 o qual ocasionou

uma diferença significativa entre o tempo esperado como ideal e o tempo mediano alcançado

durante os testes, provando assim que há problemas na interface do SAPI 2.0, problemas estes

que não impedem a execução da tarefa, porém afetam diretamente a eficácia e em

consequência a sua eficiência.

Para a interface do docente ainda pode-se citar a pontuação geral da satisfação obtida

que conforme a Tabela 10 foi de 67% de aprovação, fato esse que deve-se ao número de erros

que foram cometidos os que geraram uma pequena frustração por parte dos participantes.

Interface Validador

Para a interface do validador temos a tarefa 2 com o maior desvio padrão como pode

ser visto na Tabela 5 fato este constatado durante os testes pela falta de indicação, ou o

sistema ser mais intuitivo na execução da tarefa, onde o participante perdeu muito tempo sem

saber o que fazer e com isso cometendo erros que comparado com o outro participante foram

praticamente idênticos.

Para a interface do validador ainda pode-se citar a pontuação geral da satisfação obtida

que conforme a Tabela 12 foi de 87% de aprovação, fato esse que deve-se ao número de erros

que foram cometidos os que geraram uma pequena frustração por parte dos participantes

porém comparado com a interface do docente conseguiu alcançar uma ótima pontuação, fato

esse que deve-se ao número inferior de avaliações obtidas.

99

4.7 SUGESTÕES DE MELHORIAS

Este item tem por objetivo a apresentação de sugestões para a correção dos problemas

de usabilidade encontrados nas interfaces do SAPI 2.0 nos módulos Docente e Validador,

baseadas nos resultados obtidos com os testes de usabilidade efetuados e comparados com os

princípios de diálogo contidos na norma ISO 9241-10.

Serão apresentados em forma de Tabela para melhor organização dos dados

observados conforme é demonstrado abaixo na Tabela 14.

Tabela 14.Sugestões de Correção das Interfaces com base na norma ISO 9241-10

Interface Problema Sugestão Localização Princípio da

Norma ISO

9241-10

Docente No menu há a falta

de botões de uso

comum para facilitar

e agilizar a interação

como sistema na sua

interação

Sugere que seja

incluso os botões de

uso comum para

facilitar, como

exemplo o botão de

"Incluir Novo

Material" que

pressionado pode

apresentar um novo

menu suspenso para

escolha do tipo de

atividade a incluir.

Figura 18 Adequação para

a tarefa

Docente Na janela de

“Minhas Produções”

da interface do

docente, não é

exibido o botão

"Novo" para

inclusão de um

material antes que o

filtro seja alterado

para "Produção Não-

Lattes".

Sistema utiliza de

setas para

agrupamento de

informações em

algumas telas e o

Definir um padrão

para o sistema,

utilizar os símbolos

"+" e "-" que foram

melhor identificados

durante os testes.

Figura 19 Conformidade

com

expectativas do

usuário

100

simbolo de "+" ou "-

" em outras telas

tornando-o sem um

padrão.

Docente Na janela de

“Minhas Produções”

o sistema possui

uma simbologia para

identificar o status

do material no

sistema porém não

há nenhuma legenda

disponível

A sugestão é que seja

incluída na mesma

janela na parte

inferior uma legenda

para estes ícones.

Figura 19 Auto-descrição

Docente Na janela de

“Minhas Produções”

com os atributos de

uma produção

expandida, não há

um campo de

atributo

identificando o

status da obra no

sistema.

A sugestão é que seja

incluso um campo de

atributo identificando

o status da obra no

sistema.

Figura 20 Auto-descrição

Docente Tela de inclusão de

material não Lattes

não identifica os

campos de

preenchimento

obrigatório antes da

tentativa de

gravação.

A sugestão é que seja

feita a inclusão de um

símbolo como padrão

o "*" nos campos

obrigatórios e uma

legenda na parte

inferior indicando "*

Campo Obrigatório"

Figura 25

Auto-descrição

Validador Tela principal do

SAPI 2.0 para o

módulo do validador

o menu esconde

botões que

dificultam a

localização dos

mesmos.

A sugestão é que o

menu já apareça

expandido por padrão

ao iniciar o sistema.

Figura 26 Adequação para

a tarefa

101

Validador Janela de validação

de produção por

docente no módulo

do validador, não há

nenhum botão para

abrir o perfil do

docente selecionado,

apenas com dois

cliques não sendo

intuitivo.

A sugestão para esta

interface é a inclusão

de um botão "Abrir"

localizada na área

inferior da janela que

estaria inativo quando

nenhum docente fosse

selecionado e após a

seleção do docente

com um clique no seu

nome este botão seria

ativado para uso.

Figura 27 Adequação para

a tarefa

Validador Janela para a

validação de uma

produção no módulo

validador, com o

mesmo problema de

padrão para o

agrupamento de

informações.

Definir um padrão

para o sistema,

utilizar os símbolos

"+" e "-" que foram

melhor identificados

durante os testes.

Figura 28 Conformidade

com

expectativas do

usuário

Validador Janela para a

validação de uma

produção no módulo

validador, ao efetuar

dois cliques na

produção com a

intenção de abri-la

para visualização o

sistema valida

automaticamente.

Sugere-se que se

remova a opção de

dois cliques na

produção ou que os

dois cliques façam a

expansão dos

atributos do material

e não a mesma tarefa

que clicar no botão

"Validar Produção"

Figura 28 Conformidade

com

expectativas do

usuário

Validador Janela para a

validação de uma

produção no módulo

validador, após

efetuar o clique no

botão "Validar

Produção", a mesma

apresenta uma janela

informado que a

produção foi

validada e caso o

botão tenha sido

apertado por engano

não há opção de

Sugere-se que seja

padronizado para

todas as janelas de

gravação do sistema,

mensagens padrão

solicitando a

confirmação da

operação pelo

usuário, evitando

assim o erro cometido

por engano.

Figura 30 Controlabilidade

102

cancelar.

Validador Na janela de

modificação de

escore, após a

seleção de um

escore e a alteração

do valor de peso o

sistema não dá

nenhum retorno da

ação tomada.

A sugestão é a

inclusão de

mensagens

informando ao

usuário se ele deseja

realmente alterar o

valor e caso

confirmado

informando da

alteração efetuada.

Figura 31 Auto-descrição

Estas são as sugestões levantadas para a correção dos problemas de usabilidade

encontrados nos módulos Docente e Validador do SAPI 2.0 e espera-se que seja de grande

utilidade para os desenvolvedores do sistema.

103

5. CONCLUSÃO

O teste de usabilidade do sistema SAPI 2.0, mostrou sua utilidade na identificação dos

problemas de usabilidade analisados. Com as técnicas de Engenharia de Usabilidade foi

possível identificar não apenas os problemas, mas também o seu grau de importância,

auxiliando assim, o levantamento de itens a serem corrigidos por criticidade.

O estudo sobre as funcionalidades do sistema SAPI contribuíram para um melhor

entendimento da ferramenta a qual foi analisada, contribuindo assim na elaboração mais

detalhada dos documentos que foram utilizados nos testes, obtendo assim o resultado mais

real possível.

Houve a necessidade de refazer a avaliação heurística pois entre o período de

planejamento e os testes com os usuários houveram mudanças na ferramenta, mudanças estas

que poderiam influenciar nos resultados dos testes. Por este motivo foi feito a reavaliação

heurística e o ajuste dos documentos que foram utilizados para a coleta dos dados.

Os testes de usabilidade comprovaram os problemas de usabilidade que foram

encontrados durante a avaliação heurística o que levou a elaboração das seções que

identificam os problemas bem como a de sugestão de correção.

Por fim espera-se que com os resultados aqui apresentados, seja possível efetuar as

correções aqui descritas, obtidas através da interação dos reais usuários do sistema os quais

apresentaram dificuldades que foram descritas e as melhorias indicadas possam servir de

auxilio para a equipe de desenvolvimento aprimorar a ferramenta.

4.8 TRABALHOS FUTUROS

Para trabalhos futuros sugere-se o aumento da quantidade de avaliadores que neste

trabalho foram de quatro pessoas para a interface do Docente e duas pessoas para a Interface

do Validador, ou seja, uma amostra maior, tornando assim os resultados mais precisos e

apontando novos problemas de usabilidade que não foram identificados neste trabalho.

104

Sugere-se que depois que a equipe de desenvolvimento faça as correções de

usabilidade no sistema aqui identificadas, que seja refeito os testes de usabilidade para que

seja possível mensurar a melhoria obtida no sistema.

Sugere-se também que sejam efetuados os testes de usabilidade no ambiente de

inclusão de publicação de material Lattes, o qual não é funcionalidade do SAPI 2.0, porém faz

parte da atividade do docente, o qual apenas faz a importação dessas informações para o SAPI

2.0.

Por fim, sugere-se também, novas avaliações de usabilidade no sistema para

identificação de novos problemas de acordo quesitos de outras normas de usabilidade, tais

como usabilidade especifica para menus, formulários, entre outros. E posteriormente, o uso de

técnicas como design participatório, storyboards e protótipos em papel, que auxiliam na

melhor compreensão sobre usabilidade, por parte dos usuários-finais e dos desenvolvedores

leigos em IHC.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Mariana Carla de. Estudo da usabilidade da interface do ambiente virtual de

aprendizagem da UNITIS. 2009. 228f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de

Educação, Universidade de Brasília, Brasília, 2009. Disponível em:

<http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/8677/1/2009_MarianaCarladeAlmeida.pdf>.

Acesso em: 17 set. 2011.

ANDRADE, Antônio Luís Lordelo. Usabilidade de interfaces WEB: avaliação heurística no

jornalismo on-line, Rio de Janeiro: E-papers, 2007. 142p. ISBN 857650103-1

BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista; COUTINHO, Clara Pereira. Análise da usabilidade de

um laboratório virtual de química orgânica. In: CONFERENCIA IBERO-AMERICANA EM

SISTEMAS, CIBERNÉTICA E INFORMÁTICA, 6., 2007, Orlando, EUA. Anais

Eletrônicos ... Orlando, EUA: CISCI, 2007. Disponível em:

<http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/6718>. Acesso em: 17 set. 2011.

BRASIL ESCOLA. 2012 Disponível em :< http://www.brasilescola.com/matematica/media-

aritmetica.htm>. Acesso em 10 fev. 2012.

COSTA, Rodrigo Andreatta da.Análise de Métodos de Consulta por Similaridade de

Textos em Banco de Dados. Itajaí, 2008. 127 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

em Ciência da Computação)-Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar,

Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2008.

CRESPO, Antônio Arnot. Estatística fácil. São Paulo: Saraiva, 1996. 224p. ISBN 85-02-

02055-2

CYBIS, Walter; BETIOL, Adriana Holtz; FAUST, Richard.Ergonomia e usabilidade:

conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo: Novatec, 2007. 344 p. ISBN 978-85-7522-

138-9.

GOOGLE. 2011. Disponível em: <http://www.google.com.br>. Acesso em 17 set. 2011.

INFOESCOLA. 2012. Disponível em: <http://www.infoescola.com/estatistica/variancia-e-

desvio-padrao/>. Acesso em 14 abr. 2012.

ISO 9241-10 Parte 10: Princípios de diálogo. In: Requisitos ergonômicos para trabalho de

escritório com computadores, 2000.

ISO 9241-11 Parte 11: Orientações sobre usabilidade. In: Requisitos ergonômicos para

trabalho de escritório com computadores, 2000.

LabIUtil. 2011. Disponível em:

<http://www.labiutil.inf.ufsc.br/hiperdocumento/unidade1_4.html>. Acesso em: 03 nov.

2011.

NIELSEN, Jakob; LORANGER, Hoa. Usabilidade na web: projetando websites com

qualidade. São Paulo: Elsevier, 2007. 432p. ISBN 853522190-5.

NIELSEN, Jakob. Usability Engineering, Cidade: Morgan Kaufmann, 1994. 362p. ISBN

012518406-9

PEREIRA, Fernanda. Avaliação de usabilidade em bibliotecas digitais: um estudo de caso.

2011. 123f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Escola de Ciência da

Informação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.

PEZZÈ, Mauro; YOUNG, Michal. Teste e análise de software: projeto, princípios e técnicas.

Porto Alegre: Bookman, 2008. 512p. ISBN 978-85-7780-262-3

PREECE, Jennifer; ROGERS, Yvonne; SHARP, Helen.Design de interação: além da

interação homem-computador, Porto Alegre: BOOKMAN, 2005. 348p. ISBN 853630494-4.

SAPI. Disponível em: <http://sapi.udesc.br/sapi/>. Acesso em: 27 out. 2011.

SILVA FILHO, José Luiz Fonseca da; KLEIN JÚNIOR, Vitor Hugo; LINS, Odilio;COSTA,

Tiago da.Ergonomia cognitiva em ambientes virtuais de aprendizagem: uma análise da interface

humano-computador do sistema polvo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE

PRODUÇÃO, 28 .. 2008, Rio de Janeiro, Brasil. Anais Eletrônicos ... Rio de Janeiro, Brasil,

2008 Disponível em:

<http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_stp_069_490_11885.pdf>. Acessoem: 25

set. 2011.

SO Matemática. 2012. Disponível em:

<http://www.somatematica.com.br/estat/basica/pagina6.php>. Acesso em: 10 fev. 2012.

WOHLIN, Claes; HÖST, Martin; RUNESON, Per; OHLSSON, Magnus C.; REGNELL,

Björn; WESSLÉN, Anders.Experimentation in software engineering: an introduction.

Cidade: Springer, 2000.

APÊNDICES

APÊNDICE A. QUESTIONÁRIO DE PERFIL

QUESTIONÁRIO DE PERFIL DO PARTICIPANTE

O objetivo deste questionário é obter as informações do perfil do participante do teste

de usabilidade que será realizado no sistema SAPI 2.0.

Todas as informações aqui fornecidas são de extrema importância para uma boa

execução do teste de usabilidade o qual leva em consideração os conhecimentos dos

participantes não sendo reveladas em nenhuma circunstância.

Pede-se que sejam marcadas as questões com um “X” no quadrado correspondente a

resposta escolhida. As questões são de escolha única a não ser as que contenham em seu

enunciado os dizeres “múltipla escolha”.

Por favor, leia com atenção as questões a seguir e caso possua alguma dúvida, solicite

o esclarecimento com o avaliador.

Informações Pessoais

NOME_________________________________IDADE_________SEXO:M( ) F( )

1.1 Qual(is) a(s) sua(s) área(s) de formação?

_______________________________________________________________________________

Conhecimentos

Qual seu nível de experiência na utilização de computadores?

Avançado

Intermediário

Básico

Nenhum

Qual seu nível de experiência na utilização de sistemas de publicação de material?

Avançado

Intermediário

Básico

Nenhum

Você publica algum tipo de material online?

Não

Sim.

Se a resposta anteriormente foi “Sim” quais os tipos de materiais você já publicou? Caso

seja “Não” assinalar a opção “NA”.

Apresentação de trabalho

Artigo

Livro

Periódico

Relatório

Outros. Qual? ______________________

NA

Você já utilizou algum sistema para publicação de produção institucional?

Não

Sim. Qual?________________________________

Já participou de algum tipo de teste de usabilidade?

Não

Sim. Qual? ________________________________

O quanto você acha importante a avaliação de usabilidade de um software antes, durante e

depois do desenvolvimento?

Muito Importante

Importante

Não faz diferença

Pouco importante

Desnecessário

Você concorda que a usabilidade é essencial para um software?

Sim

Não. Por quê ?_____________________

Obrigado!

APÊNDICE B. TERMO DE CONCORDÂNCIA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado a participar da pesquisa AVALIAÇÃO DE

USABILIDADE NO AMBIENTE SAPI 2.0 – SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE

PRODUÇÃO INSTITUCIONAL.

Você foi selecionado por estar dentro do perfil de usuário do sistema em avaliação e

sua participação não é obrigatória. A qualquer momento da avaliação você pode desistir de

participar e retirar o seu consentimento para mesma. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em

sua relação com pesquisador bem como com a instituição de ensino. Os objetivos deste estudo

são avaliar os níveis de eficiência, eficácia e satisfação das interfaces de Docente e Validador

do sistema SAPI 2.0.

A sua participação nesta pesquisa consistirá em realizar um teste de usabilidade em

uma das duas interfaces e responder os questionários indicados.

Não há nenhum risco relacionado à sua participação.

Você será beneficiado com esta participação através da aquisição de conhecimentos

sobre a execução dos testes de usabilidade bem como a experiência da interação com a

ferramenta.

Todas as informações obtidas através desta pesquisa serão confidenciais, assegurando

assim o sigilo sobre a sua participação. Todas as informações obtidas não serão divulgadas de

forma a possibilitar a sua identificação.

Daniel Alberto Rover_________________________________

Nome e assinatura do pesquisador

Declaro que os objetivos, riscos e benefícios da minha participação na pesquisa foram

esclarecidos e concordo em participar.

___________________________________________________

Nome e Assinatura

Participante da pesquisa

APÊNDICE C. AVALIAÇÃO DE SATISFAÇÃO

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DO PARTICIPANTE

ATRAVÉS DA INTERAÇÃO COM O SISTEMA

O objetivo deste questionário é obter as informações sobre a opinião do participante do teste

de usabilidade que foi realizado no sistema SAPI 2.0.

Todas as informações aqui fornecidas são de extrema importância para o aprimoramento do

sistema, pois auxiliarão na sugestão de melhorias das interfaces do sistema.

Por favor, marque com um “X” a interface que foi avaliada.

[ ] Docente

[ ] Validador

1. Por favor, circule apenas um número para cada alternativa que melhor reflete a sua

impressão sobre a interface da ferramenta em análise.

NA = Não se Aplica ( deve ser usado em itens onde não se deseja opinar ).

a. Em geral, a interface SAPI 2.0 é

Péssima Excelente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

b. Aprender a utilizar a interface é

Difícil Fácil

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

c. A organização das informações é

Péssima Excelente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

d. A sequencia das telas é

Confusa Clara

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

e. O retorno a tela anterior é

Confuso Claro

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

f. As interfaces apresentam cores

que tornam a interação agradável

Péssima Excelente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

g A personalização da interface (

aumento das letras, troca de

cores, teclas de atalho) é bem

definida no SAPI 2.0

Discordo Concordo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

h Comparado com o SAPI 2.0

anterior, ao SAPI novo pode se

dizer que é

Péssimo Excelente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

i A ajuda disponibilizada pelo

sistema é

Péssima Excelente

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

j O sistema SAPI 2.0 corresponde

com as suas expectativas de uso

Discordo Concordo

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NA

1. Por favor, descreva quais situações onde foi encontrada maior dificuldade:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

______________________________

2. Por favor, descreva quais foram os pontos positivos encontrados no sistema:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

______________________________

3. Descreva qual sua opinião geral sobre a utilização do sistema e caso possua sugestões

de melhorias podem ser descritas abaixo:

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

______________________________

APÊNDICE D. SCRIPT DE TAREFAS - DOCENTE

SCRIPT DE TAREFAS – INTERFACE DOCENTE

Muito obrigado por participar neste teste que tem como objetivo avaliar a interface do sistema

SAPI 2.0 módulo docente a fim de verificar a usabilidade do mesmo. Abaixo se encontra a

lista de tarefas a qual você deverá efetuar, porém não se preocupe com erros que possam ser

cometidos, pois a avaliação que esta sendo feita é do sistema e não do seu desempenho.

Por favor, verbalize todas as suas dúvidas, e toda vez que terminar a tarefa. Dúvidas que

gerem perguntas devem ser ditas, porém não serão respondidas, pois é necessário que você

utilize o sistema de forma independente, simulando o mais real possível o ambiente de

trabalho.

O objetivo deste teste de usabilidade não é avaliar o seu conhecimento e sim, medir a

eficiência, eficácia e satisfação do sistema SAPI 2.0.

Tarefa 1 – Efetue o acesso no sistema com o usuário e senha informados pelo avaliador no

formulário em anexo antes do início dos testes.

Tarefa 2 – Seu acesso ao sistema está sendo efetuado pela primeira vez, sendo assim é

necessário ser efetuado uma configuração inicial antes da utilização do sistema, preencha as

informações conforme formulário em anexo.

Tarefa 3 – Agora que as configurações iniciais foram efetuadas será necessário que você

inclua uma produção ao seu currículo conforme os dados no formulário em anexo.

Tarefa 4 – Localize a Produção que você acabou de criar e verbalize qual o status dela.

Tarefa 5 – Comprove a produção criada, os dados para comprovação estão no formulário em

anexo.

APÊNDICE E. SCRIPT DE TAREFAS - VALIDADOR

SCRIPT DE TAREFAS – INTERFACE VALIDADOR

Muito obrigado por participar neste teste que tem como objetivo avaliar a interface do sistema

SAPI 2.0 módulo docente a fim de verificar a usabilidade do mesmo. Abaixo se encontra a

lista de tarefas a qual você deverá efetuar, porém não se preocupe com erros que possam ser

cometidos, pois a avaliação que esta sendo feita é do sistema e não do seu desempenho.

Por favor, verbalize todas as suas dúvidas, e toda vez que terminar a tarefa. Dúvidas que

gerem perguntas devem ser ditas, porém não serão respondidas, pois é necessário que você

utilize o sistema de forma independente, simulando o mais real possível o ambiente de

trabalho.

O objetivo deste teste de usabilidade não é avaliar o seu conhecimento e sim, medir a

eficiência, eficácia e satisfação do sistema SAPI 2.0.

Tarefa 1 – Efetue o acesso no sistema com o usuário e senha informados pelo avaliador no

formulário em anexo antes do início dos testes.

Tarefa 2 – Faça a busca da produção informada no formulário em anexo, verifique se os

atributos preenchidos correspondem ao comprovante enviado e aprove ou rejeite a produção

caso as informações estejam corretas ou contenham erros.

Tarefa 3 – O SAPI 2.0 disponibiliza relatórios de produtividade, você deverá gerar um

relatório de produtividade conjunta para os Docentes especificadas no formulário em anexo e

em seguida gerar em arquivo "PDF".

Tarefa 4 – O SAPI 2.0 trabalha com escores para dar pesos as atividades enviadas pelos

docentes, acesse a tela de escores e altere o peso do escore informado no formulário em

anexo.

APÊNDICE F. CHECKLIST DO AVALIADOR - INTERFACE

DOCENTE

FORMULÁRIO PARA COLETA DOS DADOS – INTERFACE DOCENTE

O objetivo deste documento é a coleta das informações no momento do teste de

usabilidade com os participantes selecionados, onde as informações contidas nele serão

originadas da observação do participante durante a interação com o sistema SAPI 2.0.

Nome do Participante: _________________________________.

Data e hora de inicio do teste: ___/___/___ ___:___

Data e hora de fim do teste: ___/___/___ ___:___

Tarefa Instrução dada ao

participante

Tempo

decorrido

(Eficiência)

Quantidade

de erros

(Eficácia)

Número de

reclamações

(Satisfação)

Observações

1

Efetue o acesso no

sistema com o usuário

e senha informados

pelo avaliador no

formulário em anexo

antes do início dos

testes.

2

Seu acesso ao sistema

está sendo efetuado

pela primeira vez,

sendo assim é

necessário ser efetuado

uma configuração

inicial antes da

utilização do sistema,

preencha as

informações conforme

formulário em anexo

serão solicitados.

3

Agora que as

configurações iniciais

foram efetuadas será

necessário que você

inclua uma produção

ao seu currículo

conforme os dados no

formulário em anexo.

4

Localize a Produção

que você acabou de

criar e verbalize qual o

status dela.

5

Comprove a produção

criada, os dados para

comprovação estão no

formulário em anexo.

APÊNDICE G. CHECKLIST DO AVALIADOR - INTERFACE

VALIDADOR

FORMULÁRIO PARA COLETA DOS DADOS – INTERFACE VALIDADOR

O objetivo deste documento é a coleta das informações no momento do teste de

usabilidade com os participantes selecionados, onde as informações contidas nele serão

originadas da observação do participante durante a interação com o sistema SAPI 2.0.

Nome do Participante: _________________________________.

Data e hora de inicio do teste: ___/___/___ ___:___

Data e hora de fim do teste: ___/___/___ ___:___

Tarefa Instrução dada ao

participante

Tempo

decorrido

(Eficiência)

Quantidade

de erros

(Eficácia)

Número de

reclamações

(Satisfação)

Observações

1

Efetue o acesso no

sistema com o usuário

e senha informados

pelo avaliador no

formulário em anexo

antes do início dos

testes.

2

Faça a busca da

produção informada

no formulário em

anexo, verifique se os

atributos preenchidos

correspondem ao

comprovante enviado

e aprove ou rejeite a

produção caso as

informações estejam

corretas ou contenham

erros.

3

O SAPI 2.0

disponibiliza relatórios

de produtividade, você

deverá gerar um

relatório de

produtividade conjunta

para os Docentes

especificadas no

formulário em anexo e

em seguida gerar em

arquivo "PDF".

4

O SAPI 2.0 trabalha

com escores para dar

pesos as atividades

enviadas pelos

docentes, acesse a tela

de escores e altere o

peso do escore

informado no

formulário em anexo.

APÊNDICE H. FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS

TAREFAS - INTERFACE VALIDADOR

FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS TAREFAS - INTERFACE

VALIDADOR

Tarefa 1 –

USUÁRIO: XXXXXXXX

SENHA: XXXXXXXXX

Tarefa 2 –

Docente: XXXXXXX

Produções: XXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXX

Tarefa 3 –

Docente XXXXX

XXXXX

XXXXX

Escore XXXXXXX

Ano Inicial XXXXX

Ano Final XXXXXX

Tarefa 4 –

Grupo de Escore: XXXXXXXXX

Tipo: XXXXXXXXXXX

Escore XXXXXXXXXX

Peso = XXX

APÊNDICE I. FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS

TAREFAS - INTERFACE DOCENTE

FORMULÁRIO PARA EXECUÇÃO DAS TAREFAS - INTERFACE

DOCENTE

Tarefa 1 –

USUÁRIO: XXXXXXXX

SENHA: XXXXXXXXX

Tarefa 2 –

Departamento = XXXXXXXX

Curso = XXXXXX

Áreas de Atuação = XXXXXXX

XXXXXXX

XXXXXXX

Tarefa 3 –

Categoria: XXXXXXXXXX

Produção Tipo: XXXXXXXXXX

Atributos

Título: XXXXXXXXXXXX

Ano: XXXX

Descrição: XXXXX

Observações: XXXXX

Tipo: XXXXX

Tarefa 5 –

Tipo de Comprovação XXXXXXX

Comprovante: XXXXXXX

ANEXOS

ANEXO A. NORMA NBR 941 - PARTE 10 EM CD

ANEXO B. UTILIZAÇÃO DO SAPI 2.0

Será apresentado em detalhes as atividades que podem ser efetuadas dentro do sistema

SAPI 2.0 as quais serão analisadas neste trabalho.

Perfil do Docente no SAPI 2.0

O sistema do SAPI 2.0 possui interface distinta para ambos os perfis que são

acessados, porém o padrão permanece, adiante serão apresentadas as principais interfaces que

são necessárias para execução da tarefa pelo docente.

A Figura 1 mostra a tela de boas vindas ao sistema exibida no primeiro acesso pelo

usuário contendo as orientações necessárias para a configuração inicial do sistema (Manual

Docente SAPI).

Figura 1. Tela de boas vindas do SAPI 2.0

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após a confirmação da leitura das informações iniciais o sistema automaticamente

redireciona para a tela representada na Figura 2 a qual solicita a informação do departamento

o qual o docente está lotado SAPI 2.0(2011).

Figura 2. Tela definição do departamento

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após a seleção do departamento o qual deve ser único o usuário deve avançar através

do botão exibido na extremidade inferior direita demonstrada na Figura 2, após esta

confirmação o sistema direciona o usuário para a próxima etapa que é a inserção dos cursos os

quais o docente leciona, deixando-o livre para a escolha dos cursos oferecidos pela instituição

assim como exibe a Figura 3.

Figura 3. Tela definição dos cursos

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após a seleção dos cursos os quais o docente leciona na instituição o mesmo deve

avançar através do botão exibido na extremidade inferior direita demonstrada na Figura 3,

após esta confirmação o sistema direciona o usuário para a próxima e última etapa da

configuração inicial que é a inserção das áreas de atuação do docente as quais dentro do

sistema SAPI 2.0 são nomeadas como “Áreas Qualis”, o usuário deve selecionar no mínimo

uma e no máximo duas “Áreas Qualis” tendo sua interface demonstrada na Figura 4.

Figura 4. Tela definição de “Áreas Qualis”

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após o término da inserção dos dados de configuração inicial o usuário é direcionado

a pagina principal do sistema onde é apresentado o menu principal contendo todas as funções

do sistema disponíveis para o perfil do usuário conforme ilustrado na Figura 5.

Figura 5. Menu principal

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Antes de iniciar as suas atividades o docente deve importar o seu currículo Lattes para

que o sistema possa associar toda a sua produção ao mesmo na Figura 6 demonstra a tela

exibida ao usuário ao efetuar a importação do seu currículo pela primeira vez.

Figura 6. Resumo da importação do currículo Lattes

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após estas configurações iniciais o docente pode começar a efetuar as suas inserções,

visualizações e exclusões de materiais ao sistema as quais ficaram pendentes de validação. Na

Figura 7 temos a tela a qual é exibida ao usuário no momento em que ele seleciona a opção

“Minhas Produções” no menu principal. Nesta tela pode-se procurar por produções já

inseridas no sistema para efetuar ações como exclusão ou visualização bem como criar o

cadastro de uma nova produção e enviá-la para validação.

Figura 7. Tela de visualização das produções

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Toda produção criada no SAPI 2.0 deve ser validada para poder contar escore no

currículo do docente, esta validação se dá através de uma comprovação que dentro do SAPI

2.0 pode ser feita de quatro formas assim como mostra a Figura 8, comprovação via papel,

comprovação via anexo, comprovação via DOI, comprovação via URL.

Figura 8. Tela de seleção do tipo de comprovação

Fonte: SAPI 2.0(2011).

A comprovação via papel, a validação será efetivada mediante comprovação da

produção através de fotocópias das partes que identificam o documento. No entanto a

informação de que a comprovação desta produção será feita desta forma o SAPI 2.0 dá opção

de enviar para a validação com mensagem para o validador informando assim algumas

informações que venham a ser importantes para a validação do material. Figura 9 à esquerda

temos o campo que é apresentado ao docente na hora em que o mesmo envia o material para

validação pelo meio de comprovação via papel, e a direita a mensagem confirmando o envio e

o número de registro do envio o qual pode ser anexado a documentação para maior facilidade

do validador em localizar no sistema.

Figura 9. Tela de observações ao validador à esquerda e informação do registro a

direita

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Para comprovação via anexo, o documento original deve ser digitalizado caso seja

impresso e anexado a produção por meio da segunda opção na janela de escolha de método

comprobatório, a Figura 10 apresenta a tela aberta para a inserção do arquivo para envio por

meio eletrônico, o qual deve ser localizado no sistema e enviado.

Figura 10. Tela de inserção de arquivo comprobatório

Fonte: SAPI 2.0(2011).

A terceira opção apresentada é a comprovação através de código DOI que é um código

único alfanumérico que é atribuído à produção no momento de sua publicação. O DOI é uma

instituição especializada, garantido assim a segurança elevada à comprovação da produção.

Mais informações podem ser adquiridas no site5 DOI.

A quarta e última opção é a comprovação via URL, onde este método é o menos

aconselhável e deve ser utilizado em último caso, o docente deve publicar sua produção

online e informar a URL onde ela está localizada, seleciona-se a opção de comprovação

através da tela de seleção do tipo de comprovação e a tela demonstrada na Figura 11 é exibida

para a inserção do link para a visualização do material. É importante deixar esclarecido que se

por algum motivo o link for inserido estiver incorreto o mesmo será identificado e informado

ao usuário para que efetue as correções necessárias.

Figura 11. Tela de inserção de URL

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Concluímos por aqui as principais atividades efetuadas pelo docente na interação com

o sistema SAPI 2.0 desde a sua configuração inicial até a inclusão de seu material e

comprovação de sua veracidade. A seguir serão demonstradas as principais funcionalidades

do módulo validador.

Perfil do Validador no SAPI 2.0

Serão abordadas aqui as principais funcionalidades do módulo validador do sistema

SAPI 2.0. Após o usuário com características de validador efetuar o acesso no sistema o

mesmo é direcionado a tela principal onde o menu principal é exibido ao lado esquerdo

conforme ilustrado.

5http://www.doi.org/

Dentre as atividades atribuídas ao validador as quais serão explanadas mais adiante,

está à atividade de validação dos materiais que foram inseridos no sistema SAPI 2.0 pelos

docentes de todas as áreas dentro da instituição, após a seleção desta atividade no menu

principal é exibida a tela conforme ilustra a Figura 12, nota-se que há duas opções para busca

que podem facilitar na tarefa do validador.

Figura 12. Menu de busca de produções

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após a seleção do tipo de busca a tela conforme a Figura 14 é exibida, onde são

mostradas todas as produções pendentes de aprovação.

Figura 14. Lista de produções por docente

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Após a localização de uma produção pendente de aprovação a mesma é exibida em

detalhes conforme demonstra a Figura 15 para a visualização e conferência das informações

fornecidas pelo docente na hora do seu cadastro. Nesta tela pode ser feita a escolha entre a

aprovação ou rejeição da produção inserida.

Figura 15. Tela com os atributos de uma produção

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Algumas produções inseridas no SAPI 2.0 para que possam ser validadas e atribuídas

escores precisam que atributos específicos sejam escolhidos a Figura 16 ilustra este tipo de

produção o qual necessita que este atributo seja definido para que o cálculo de sua pontuação

seja feito de forma correta.

Figura 16. Tela de edição de uma produção para preenchimento de atributos

Fonte: SAPI 2.0(2011).

O SAPI 2.0 disponibiliza ao validador a opção de gerar relatórios de produtividade,

tanto individual para um docente como para vários indivíduos ou até mesmo por

departamentos, a Figura 17 ilustra a seleção de apenas um docente para e geração do relatório

o qual pode ser visualizado na Figura 18.

Figura 17. Seleção de docente para geração de relatório

Fonte: SAPI 2.0(2011).

Figura 18. Relatório de produtividade do docente.

Fonte: SAPI 2.0(2011).