artigo audouinella 1998

11
V Simpósio Latino-Americano de Ficologia, Anais, v. II, 1998. AUDOUINELLA SANCTI-THOMAE (BÖRGESEN) GARBARY (ACROCHAETIACEAE, RHODOPHYTA) REFERÊNCIA NOVA PARA A COSTA SULAMERICANA. De-Paula, Joel Campos & Pedrini, Alexandre de Gusmão. Departamento de Biologia Animal e Vegetal, Instituto de Biologia, UERJ, Rua São Francisco Xavier, 524, CEP 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil([email protected]); (FAPERJ, PROC. E-29/170.103 e E-11/150.897/92). A B S T R A C T The rhodophyte Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary, a new occurrence for the marine flora of Atlantic South America, was recently discovered near the Itaipu Lagoon, on the coast of Rio de Janeiro state, Brazil (43º W, 23º S), during a taxonomic survey of this region. This plant was described from the Virgin Islands, USA, and hitherto were known from, Puerto Rico, Japan, India, Korea and Vietnam. It occurs as an epiphyte on Chaetomorpha antennina (Bory) Kützing. Audouinella sancti-thomae was identified on the basis of comparison with type material, with other species in the genus and with descriptions of various authors. A description is provided as well as an illustration of our and type material and comments. Kew words : Acrochaetiaceae, Rhodophyta, South America Audouinella sancti-thomae R E S U M O Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary (Acrochaetiaceae, Rhodophyta), uma nova referência para a flora marinha da costa sulamericana, foi descoberta próxima a Lagoa de Itaipu, Niterói, na costa do Rio de Janeiro, Brasil (43 o W, 23 o S), durante

Upload: alexandredegusmaopedrini

Post on 09-Feb-2017

142 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Artigo audouinella 1998

V Simpósio Latino-Americano de Ficologia, Anais, v. II, 1998.

AUDOUINELLA SANCTI-THOMAE (BÖRGESEN) GARBARY

(ACROCHAETIACEAE, RHODOPHYTA) REFERÊNCIA NOVA PARA A COSTA

SULAMERICANA.

De-Paula, Joel Campos & Pedrini, Alexandre de Gusmão.

Departamento de Biologia Animal e Vegetal, Instituto de Biologia, UERJ, Rua São

Francisco Xavier, 524, CEP 20550-013, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ,

Brasil([email protected]); (FAPERJ, PROC. E-29/170.103 e E-11/150.897/92).

A B S T R A C T

The rhodophyte Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary, a new

occurrence for the marine flora of Atlantic South America, was recently discovered near

the Itaipu Lagoon, on the coast of Rio de Janeiro state, Brazil (43º W, 23º S), during a

taxonomic survey of this region. This plant was described from the Virgin Islands, USA,

and hitherto were known from, Puerto Rico, Japan, India, Korea and Vietnam. It occurs

as an epiphyte on Chaetomorpha antennina (Bory) Kützing. Audouinella sancti-thomae

was identified on the basis of comparison with type material, with other species in the

genus and with descriptions of various authors. A description is provided as well as an

illustration of our and type material and comments.

Kew words : Acrochaetiaceae, Rhodophyta, South America Audouinella sancti-thomae

R E S U M O

Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary (Acrochaetiaceae, Rhodophyta),

uma nova referência para a flora marinha da costa sulamericana, foi descoberta próxima

a Lagoa de Itaipu, Niterói, na costa do Rio de Janeiro, Brasil (43o W, 23o S), durante

Page 2: Artigo audouinella 1998

estudo taxonômico desta área. A. sancti-thomae, ocorreu como epífita em

Chaetomorpha antennina (Bory) Kützing. Esta planta foi descrita para as Ilhas Virgens,

EUA, e foi citada sua ocorrência para Porto Rico, Japão, Índia Corea e Vietnam.

Comparações com o material tipo, com descrições de outros autores e com outras

espécies do gênero, proporcionaram a identificação do material como Audouinella

sancti-thomae. É fornecida descrição, acompanhada de ilustrações do material "tipo" e

do nosso material e comentários.

Palavras-Chave : Acrochaetiaceae, Rhodophyta, América do Sul, Audouinella sancti-

thomae

I N T R O D U Ç Ã O

O gênero Auduinella foi criado por Bory em 1823. Posteriormente o "General

Committee of Botanical Congress" (Lee & Lee, 1988) propôs a modificação de sua

grafia, passando então a ser escrita como Audouinella (Bory).

Há sérias controvérsias quanto a posição sistemática deste grupo de algas,

referido como um complexo por Papenfuss (1945) e Woelkerling (1983). Segundo

Garbary & Gabrielson (1987), a ordem Acrochaetiales foi proposta por Chemin em

1937, mas somente em 1953 Feldmann teria realmente feito uma caracterização da

ordem. Apesar da existência de trabalhos que contestam a ordem Acrochaetiales,

Gabrielson & Garbary (1987) e Garbary & Gabrielson (1987) demonstraram, através de

análises de cladística, a existência e os caracteres que asseguram sua existência.

Contemporaneamente, uma única família tem sido aceita, face aos estudos de Silva

(1980a,b), Garbary (1979, 1987) e Garbary & Gabrielson (1987). Nossa preferência,

pelo gênero único, deve-se a sua proposição por Drew (1928) como Rodochorton

Page 3: Artigo audouinella 1998

(Nägeli), e sua aceitação como Audouinella, por Dixon & Irvine (1977), Schneider

(1983) e aos argumentos recentes de Garbary & Gabrielson (1987), em estudo de

taxonomia e evolução e Garbary (1987) em sua revisão bibliográfica mundial sobre

Acrochaetiaceae, onde reafirma a existência do gênero único: Audouinella.

Para o Brasil, pequenas contribuições para a família têm sido assinaladas.

Inicialmente, a sistemática aceita era a ordem Nemaliales, família Chantransiaceae,

encontradas em Joly & Cordeiro (1963), onde são propostas duas novas espécies de

Acrochaetium Nageli, Oliveira Fo. & Ugadim (1974), citando duas novas espécies para a

flora brasileira, Ugadim (1974), onde quatro novas citações são acrescentadas e Oliveira

Fo. (1977), onde são reunidas quinze espécies sob o epíteto Acrochaetium pertencente a

ordem Nemaliales e a família Acrochaetiaceae. Além de Kylinia Rosenvinge, outro

antigo gênero do complexo. Embora a família Acrochaetiaceae já houvesse sido usada

anteriormente, por outros autores, Pedrini (1980) volta a usar Chantransiaceae para seis

espécies de Acrochaetium e o gênero Kylinia. Yoneshigue (1985) deu continuidade ao

uso do gênero Acrochaetium. Aparentemente, Figueiredo (1989) usa pela primeira vez o

gênero Audouinella para o Brasil, classificando-o como Nemaliales-Acrochaetiaceae.

Outros autores mais recentes seguiram a mesma posição sistemática, sendo que o

presente trabalho segue as sugestões de Feldmann (1962), Silva (1980 a,b), Garbary

(1979, 1987), Garbary & Gabrielson (1987) e Gabrielson & Garbary (1987), adotando a

ordem Acrochaetiales.

A espécie Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary é citada para

as Ilhas Virgens, EUA, Porto Rico, Japão, Índia, Coreia e Vietnan (Garbary, 1987).

No Brasil, exemplares deste gênero foram coletados durante o levantamento da flora

ficológica bentônica da Lagoa de Itaipu, Niterói, Estado do Rio de Janeiro.

Page 4: Artigo audouinella 1998

Neste trabalho é apresentado o resultado do estudo das estruturas

vegetativas e reprodutivas de Audouinella sancti-thomae (Börgesen) Garbary, bem

como comparações com os trabalhos que a descrevem na literatura internacional e

comparação com isótipo.

Á R E A E S T U D A D A

A Lagoa de Itaipu, localiza-se entre as coordenadas 43o 02' a 43o 03' W

e 22o 57' a 22o 58'S, apresentando uma ligação com o mar através de dois molhes

paralelos de pedra, onde o material foi coletado. Além da ligação com o mar, o canal de

Camboatá a comunica com a laguna de Piratininga, que a supera em extensão e volume.

Seu maior aporte dulcícola é proveniente do Rio João Mendes que tem sido utilizado

como vazadouro pelas comunidades vizinhas. De acordo com Knoppers, Kjerfve &

Carmouze (1991) a Lagoa de Itaipu é mesotrófica.

M A T E R I A L E M É T O D O S

O material foi coletado em novembro de 1990, janeiro e setembro de

1991. A aquisição das amostras deu-se através da retirada manual de Chaetomorpha

antennina (Bory) Kützing em local de alta energia. Visualizada a existência das epífitas

elas foram acondicionadas em frascos e fixadas em formol à 4% neutralizado com

Bórax. O material foi corado com Azul de Anilina para ressaltar as estruturas

celulares. Foi usado microscópio óptico "Standard" CARL ZEISS para o estudo

minucioso de amostras populacionais (mínimo de 30 plantas por coleta). Material

examinado : Brasil, Estado do Rio de Janeiro, município de Niterói, laguna de Itaipu,

Page 5: Artigo audouinella 1998

entrada do canal de ligação com o mar, 14-11-90, col. J. C. De-Paula (SP 255081);

30-01-91 col. J.C.De-Paula (SP 255082); 06-09-91 col. J.C.De-Paula.

Material adicional estudado: "TIPO": Acrochaetium sancti-thomae Börgesen, The

marine algae of Danish West Indies, Lâmina no.1063 Botanical Museum Copenhagen,

Denmark.

R E S U L T A D O S

RHODOPHYTA

FLORIDEOPHYCIDAE

ACROCHAETIALES

ACROCHAETIACEAE

Audouinella Bory, 1823

Audouinella sancti-thomae ( Börgesen ) Garbary

Basiônimo : Acrochaetium sancti-thomae Börgesen, The marine algae of Danish west

Indies Part 3-Rhodophyceae (A): pp. 30-32, fig.23 a-f e 24 a-b, 1915.

Referências : Börgesen 1915, p. 30, fig. 23 a-f, fig. 24 a-b; Nakamura 1941, p. 280,

fig. 5 a-b, fig. 6-7; Aziz 1965, p. 57; Taylor 1972, p. 310; Garbary 1987, p. 161.

Descrição : Plantas róseas a vermelhas em densos tufos, constituídas por filamentos

unisseriados, com ramificação alterna a oposta muito esparsa, eventualmente com

filamentos simples . Células pequenas barriliformes a ligeiramente cilíndricas,

com cromatóforo parietal recobrindo a parede da célula. Talo com o comprimento

entre 120-380 µm. Base da planta formada por um disco de filamentos

Page 6: Artigo audouinella 1998

decumbentes fortemente aderidos. Eixo principal com células da porção média de

9,6-16,8 µm de comprimento e 7,2-9,6 µm de largura e razão comprimento/largura

entre 1,25 e 1,75. Monosporângios ovais, sésseis ou pedunculados, dispostos

unilateralmente, com comprimento entre 12-14,4 µm e largura entre 7,2-9,6 µm e

razão comprimento/largura entre 1,2 e 2,0. Ápice da planta algumas vezes com

pêlos de 31,2-182,4 µm de comprimento.

D I S C U S S Ã O

Esta espécie foi descrita por Börgesen (1915) como plantas epífitas em

Sargassum vulgare C. Agardh oriundas das Ilhas Virgens no Caribe. O epíteto de A.

sancti-thomae, é uma homenagem ao porto da cidade de Sanct-Thome.

Posteriormente, Garbary (1979) transferiu todos os táxons da família Acrochaetiaceae

para o gênero Audouinella, baseado em estudos de taxonomia numérica. Wynne (1986)

reconheceu a combinação feita por Garbary (1979) para a presente espécie, sendo

ratificada neste trabalho.

A Tabela. 1 reúne as citações para este táxon. O táxon é conhecido para as Ilhas

Virgens, Japão, Vietnan, Índia, Coreia e Porto Rico como pode ser constatado na

extensa revisão bibliográfica feita por Garbary (1987). Percebe-se nitidamente que a

descrição original de Börgesen (1915) foi transcrita por Aziz (1965) e Taylor (1972),

embora não houvesse esta menção. Quanto à altura, as plantas de Nakamura (1941)

foram cerca do dobro da citação original. No entanto, tal fato poderia ser atribuído à

inclusão do pêlo na medição do comprimento total. Como nem sempre o pêlo está

presente no ápice da planta, pode-se supor que apenas aquele autor o tenha incluido em

suas medidas. As plantas brasileiras apresentam um comprimento 40% menor na

medida mínima, quando comparadas com as plantas caraíbicas, e 60% menor

Page 7: Artigo audouinella 1998

comparada com as japonesas. Certamente as plantas menores também portaram células

menores. Portanto, as diferenças encontradas entre os autores parecem ser variações

intra-específicas.

Audouinella flexuosa (Vickers) Garbary e A. hypneae (Börgesen)

Lawson & John são espécies próximas à A. sancti-thomae. Apresentam porção basal

decumbente e largura das células similares (de 8-10 µm, segundo Börgesen, 1915).

Entretanto, são de fácil distinção, pois, ambas possuem grande comprimento celular (2-5

vezes o diâmetro) que torna cilíndrica a forma das células. Além disto, há abundante

ramificação em A. flexuosa e A. hypneae, enquanto A. sancti-thomae tem o

comprimento celular menor, célula barriliforme e muito pouca ramificação. Destas três

espécies, apenas A. sancti-thomae possui pêlos terminais (Börgesen, 1915). Outra

espécie próxima é A. leptonema (Rosenvinge) Garbary, que pode ser separada de A.

sancti-thomae pelo diâmetro celular que é cerca da metade daquele encontrado nesta

planta e pelo fato de que, segundo Aziz (1965), os monosporângios nascerem também

da porção decumbente, fenômeno incomum no gênero.

Pela análise da Tabela 1 o material brasileiro se identifica com a

descrição original e a de autores posteriores que a estudaram. Além disso, consulta ao

material "tipo" (fig. 3), mostrou que suas células variaram em medidas muito próximas

(14,4 - 16,8 µm de comprimento X 9,6 µm de largura) a do material brasileiro (9,6 -

16,8 µm de comprimento X 7,2 a 9,6 µm de largura). Das duas lâminas enviadas pelo

Museu de Copenhagen como contendo A. sancti-thomae somente uma apresenta-se com

o material. Entretanto, todas as duas lâminas portam a mesma numeração. Não há, pois,

dúvidas de que se trata da determinação apresentada.

Page 8: Artigo audouinella 1998

As plantas crescem epífitas em Chaetomorpha antennina na zona das

marés, apresentando monosporângios em setembro, novembro e janeiro. Este táxon é

citado, pela primeira vez, para a América do Sul.

A G R A D E C I M E N T O S

À Dra. Sílvia Pita Beauclair Guimarães do Instituto de Botânica de São

Paulo pela ajuda na obtenção de: a) literatura; b) fotomicrografia e c) na revisão deste

trabalho. Às biólogas Maria Beatriz Barbosa de Barros Barreto e Valéria Cassano

pela ajuda na coleta de material. À FAPERJ pelo auxílio proc. E-29/170103/90 para

o projeto "Estudo Biológico Integrado das lagunas de Itaipu e Piratininga, Niterói, RJ".

Ao Dr. David J. Garbary por parte da bibliografia, ao Dr. Michael Wynne da

Universidade de Michigan (EUA) por parte complementar da bibliografia e sugestões.

Ao Botanical Museum Copenhagen pelo envio do material "tipo" e a Magui Aparecida

Vallim pelas sugestões.

TABELA I. Características morfológicas de A. sancti-thomae descritas por diferentes

autores.

autores 1 2 3 4 5 caracteres a)Altura da planta (µm)

200-300 300-700 200-300 200-300 120-380

b)comprimento das células (µm)

16-18 12-20 16-18 16-18 9,6-16,8

c)largura das células (µm)

8-9 7-10 8-9 8-9 7,2-9,6

d)forma das células

barriliforme

--- barriliforme --- barriliforme

Page 9: Artigo audouinella 1998

e)comprimento monosporângios (µm)

10 12-14 10 10 12-14,4

f) largura dos monosporângios (µm)

7 8-9 7 7 7,2-9,6

g) forma dos monosporângios

oval/ obovado

oval / obovado

obovado oval/ obovado

oval

h)posição dos monosporângios

unilaterais a opostos

alterno a opostos

------- unilaterais a

opostos

unilaterais a opostos

Legenda: 1 = Boergesen (1915); 2 = Nakamura (1941); 3 = Aziz (1965); 4 = Taylor

(1972); 5 = De-Paula & Pedrini (este trabalho)

R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S

Aziz, K. M. S. 1965. Acrochaetium and Kylinia in the South Western North Atlantic

Ocean. Duke University. Tese de Doutorado em Botânica. Ann Arbor, Michigan,

235 p.

Börgesen, F. 1915. The marine algae of the Danish west Indies Part. 3-Rhodophyceae

(A). Dansk Botanisk Arkiv. pag. 01-100.

Dixon, P. S. & Irvine, L. M. 1977. Seaweeds of the Britsh Isles. 1 part 1. British

Museum (Natural History) 252 p. il.

Drew, K.M. 1928. A revision of the genera Chantransia, Rodochorton and

Acrochaetium. Univ. of California Publications in Botany. 14 (5), pp. 139-224. pl

37-48.

Feldmann, J. 1962. The Rhodophyta order Acrochaetiales and its classification. Proc.

Pacif. Sci. Cong. 9(4): 219-221.

Page 10: Artigo audouinella 1998

Figueiredo, M, A. de O. 1989. Ficoflora Marinha Bentônica do Município de Paraty, rio

de Janeiro. Dissertação de Mestrado, UFRJ. Rio de Janeiro, 236 p. il.

Gabielson, P. W. & Garbary, D. J. 1987. A cladistic analysis of Rhodophyta:

Florideophycidean Orders. Br. Phycol. J. 22: 125-128.

Garbary, D. 1979. Numerical taxonomy and generic circunscription in the

Acrochaetiaceae (Rhodophyta). Bot. Mar., 22 (8) : 477-492.

__________ 1987. The Acrochaetiaceae (Rhodophyta) : An Annotated Bibliography.

Berlin, Cramer, Biblioteca Phycologica, band 77, 1987, 267 p.

Garbary, D. J. & Gabrielson, P. W. 1987. Acrochaetiales (Rhodophyta): Taxonomy and

evolution. Cryptogamie, algologie 8 (4): 241-252.

Joly, A. B. & Cordeiro, M. 1963. Two new species of Acrochaetium from southern

Brasil. Bol. Fac. Fil. Cienc. Letras. USP. Bot 19: 133-140, 2 pl.

Knoppers, B; Kjerfve, B. & Carmouze, J.P. 1991. Trophic state and water turn-over

time in six Choked castal lagoons in Brazil. Biogeochemistry 14: 149-166.

Lee, Y. & Lee, I. K. 1988. Contribution to the Generic Classification of the

Rhodochortaceae (Rhodophyta, Nemaliales). Bot. Mar., 31 : 119-131.

Nakamura, Y. 1941. The species of Rhodochorton from Japan I. Scient. pap. Inst.

Algol. Research, II : 273-291.

Oliveira Fo., E. C. de 1977. Algas Marinhas Bentônicas do Brasil. Tese de Livre

Docência. USP, São Paula, 407 p. il.

Oliveira Fo., E. C. de & Ugadim, Y. 1974. New references of benthic marine algae to

brazilian flora. Bol. Botânica, USP. 2: 71-91.

Papenfuss, G. F. 1945. Review of the Acrochaetium-Rhodochorton complex of the

red algae. Univ. Calif. Publ. Bot., 18(14): 299-334.

Page 11: Artigo audouinella 1998

Pedrini, A. de G. 1980. Algas marinhas bentônicas da Baía de Sepetiba e arredores (Rio

de Janeiro). Dissertação de Mestrado, UFRJ, Rio de Janeiro, 397 p. il.

Schneider, C. W. 1983. The red algal Genus Audouinella Bory (Nemaliales :

Acrochaetiaceae) from North Carolina. Smithsonian Institution Press no. 22, 25 p.

3 pl.

Silva, P. C. 1980a. Remarks on algal nomenclatures VI. Taxon 29 :121-145.

----------- 1980b. Names of Classes and Families of Living Algae. Bohn, Scheltema &

Holkema, Utrecht.,The Hague, 156 p.

Taylor, W. R. 1972. Marine algae of eastern tropical and subtropical coasts of

America. University of Michigan Press, Ann Arbor, 870 p.

Ugadim, Y. 1974. Algas marinhas bentônicas do litoral sul da Estado de São Paulo e do

litoral do Estado do Paraná, III-Divisão Rhodophyta (1): Goniotrichales,

Bangiales, Nemalionales e Gelidiales. Bol. Botânica, USP. 2: 93-137.

Wynne, J.M. 1986. A checklist of bentic marine algae of the tropical and subtropical

western Atlantic. Can. J. Botany, 64 (10) : 2239-2281.

Woelkerling, W.J. 1983. The Audouinella (Acrochaetium-Rhodochorton) complex

(Rhodophyta): present perspectives. Phycologia, 22 (1): 59-92.

Yoneshigue, Y. 1985. Taxonomie et ecologie des algues marines dans la region de Cabo

Frio (Rio de Janeiro, Brésil) These de Docteur d`Etat-Sciences, Faculté de

Sciences de Lummy, Univ. d`Aix-Marseille II, France, 460 p., il.