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Vigor Alimentos S.A. Demonstrações Financeiras Individuais e Consolidadas Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2018 e Relatório do Auditor Independente Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes
A Deloitte refere-se a uma ou mais entidades da Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada, de responsabilidade limitada, estabelecida no Reino Unido ("DTTL"), sua rede de firmas-membro, e entidades a ela relacionadas. A DTTL e cada uma de suas firmas-membro são entidades legalmente separadas e independentes. A DTTL (também chamada "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Consulte www.deloitte.com/about para obter uma descrição mais detalhada da DTTL e suas firmas-membro. A Deloitte oferece serviços de auditoria, consultoria, assessoria financeira, gestão de riscos e consultoria tributária para clientes públicos e privados dos mais diversos setores. A Deloitte atende a quatro de cada cinco organizações listadas pela Fortune Global 500®, por meio de uma rede globalmente conectada de firmas-membro em mais de 150 países, trazendo capacidades de classe global, visões e serviços de alta qualidade para abordar os mais complexos desafios de negócios dos clientes. Para saber mais sobre como os cerca de 225.000 profissionais da Deloitte impactam positivamente nossos clientes, conecte-se a nós pelo Facebook, LinkedIn e Twitter. © 2018 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.
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RELATÓRIO DO AUDITOR INDEPENDENTE SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS
Aos Acionistas e Administradores da Vigor Alimentos S.A.
Opinião com ressalva
Examinamos as demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Vigor Alimentos S.A. (“Companhia”), identificadas como controladora e consolidado, respectivamente, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2018 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.
Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito na seção a seguir intitulada “Base para opinião com ressalva”, as demonstrações financeiras individuais e consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira, individual e consolidada, da Vigor Alimentos S.A. em 31 de dezembro de 2018, o desempenho individual e consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa individuais e consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (“International Financial Reporting Standards - IFRS”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board - IASB”.
Base para opinião com ressalva
Conforme divulgado nas notas explicativas nº 1 e nº 9 às demonstrações financeiras, a Companhia concluiu a venda da antiga controlada Itambé Alimentos S.A. (“Itambé”) em 4 de dezembro de 2017, em consequência do exercício de direito de preferência por parte da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais - CCPR. As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia de 31 de dezembro de 2017 incluem o resultado do período da Itambé até a data da perda de controle, em 26 de outubro de 2017, conforme descrito nas referidas notas explicativas. Em razão de a Companhia não ter conseguido disponibilizar as informações financeiras da referida investida no período de 2017, não nos foi possível realizar os procedimentos de auditoria requeridos para a situação. Consequentemente, não foi possível concluir sobre a necessidade ou não de ajustes nos saldos das operações descontinuadas incluídas nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017. Nossa opinião de auditoria sobre as demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2017 conteve modificação referente a este assunto.
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e à sua controlada, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva.
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Ênfase sobre a reapresentação dos valores correspondentes
Conforme mencionado na nota explicativa nº 2.23, em decorrência da correção de erros, os valores correspondentes referentes ao exercício anterior, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto na norma brasileira de contabilidade NBC TG 23, ou pronunciamento técnico CPC 23- Práticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto.
Responsabilidades da Administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas
A Administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando e divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Companhia e sua controlada ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.
Os responsáveis pela governança da Companhia e de sua controlada são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.
Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detecta as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.
Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso:
• Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.
Vigor Alimentos S.A.
Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2018, 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2017
(Em milhares de reais)
4
NE 31.12.2018 31.12.2017 01.01.2017 31.12.2018 31.12.2017 01.01.2017
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa 4 245.615 884.061 419.467 247.811 898.839 602.308
Contas a receber de clientes 5 351.993 354.641 199.033 376.773 369.477 383.817
Instrumentos financeiros derivativos 25c 42.554 84 - 42.648 84 480
Estoques 6 33.604 9.652 21.134 204.697 180.687 367.815
Impostos a recuperar 7 47.350 22.785 71.914 101.380 44.820 298.381
Despesas antecipadas 8 42.461 9.978 13.294 42.477 9.989 14.031
Partes relacionadas 10 5.497 5.670 9.205 338 332 -
Outros ativos circulantes 12.000 16.192 27.900 37.701 25.540 46.986
TOTAL DO CIRCULANTE 781.074 1.303.063 761.947 1.053.825 1.529.768 1.713.818
NÃO CIRCULANTE
Realizável a Longo Prazo
Títulos e valores mobiliários - - 15.000 - - 22.075
Depósitos, cauções e outros 7.311 12.156 27.168 9.031 13.758 31.796
Impostos a recuperar 7 139.324 168.015 154.561 322.893 300.521 182.672
Impostos sobre o lucro diferidos 18 - - - 27.561 27.345 -
Outros ativos não circulantes 59.955 26.306 1.630 66.605 27.181 1.630
TOTAL DO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 206.590 206.477 198.359 426.090 368.805 238.173
Investimentos em controladas 11 366.155 273.446 771.434 - - -
Imobilizado 12 524.130 553.598 611.936 606.920 601.185 1.217.772
Intangível 13 885.227 880.861 885.544 1.143.294 1.138.957 1.422.586
1.775.512 1.707.905 2.268.914 1.750.214 1.740.142 2.640.358
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 1.982.102 1.914.382 2.467.273 2.176.304 2.108.947 2.878.531
TOTAL DO ATIVO 2.763.176 3.217.445 3.229.220 3.230.129 3.638.715 4.592.349
Reapresentado
Controladora Consolidado
Reapresentado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Vigor Alimentos S.A.
Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2018, 31 de dezembro e 1º de janeiro de 2017
(Em milhares de reais)
5
NE 31.12.2018 31.12.2017 01.01.2017 31.12.2018 31.12.2017 01.01.2017
PASSIVO
CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 15 351.294 546.591 224.674 373.697 713.756 501.502
Debêntures 15 - - 119.726 - - 119.726
Fornecedores 14a 173.223 79.730 225.732 281.542 256.863 505.670
Fornecedores risco sacado 14b 16.774 15.459 16.518 117.406 63.582 43.303
Instrumentos financeiros derivativos 25c - 14.688 14.909 119 14.688 15.182
Obrigações fiscais , trabalhistas e sociais 16 61.037 56.499 43.277 87.287 81.409 106.135
Dividendos declarados 19d 1 - - 1 - 8.325
Impostos sobre o lucro a pagar 18 - - - - - 4.741
Partes relacionadas 10 19 60.000 - 37 60.000 -
Outros passivos circulantes 20.429 24.494 52.323 22.834 27.073 104.959
TOTAL DO CIRCULANTE 622.777 797.461 697.159 882.923 1.217.371 1.409.543
NÃO CIRCULANTE
Empréstimos e financiamentos 15 7.487 382.161 402.509 207.340 382.161 543.902
Debêntures 15 - - 243.248 - - 243.248
Instrumentos financeiros derivativos 25c - 105 - - 105 -
Partes relacionadas 10 60.391 - - 60.391 - -
Fornecedores 14a - - - - - 2.959
Obrigações fiscais , trabalhistas e sociais 16 140.422 150.640 183.259 145.215 150.640 183.419
Impostos sobre o lucro diferidos 18 112.204 123.583 113.646 112.204 123.583 181.323
Provisão para riscos processuais 17 36.808 24.492 9.023 38.969 25.852 25.323
Outros passivos não circulantes 7.545 9.520 - 7.545 9.520 -
TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 364.857 690.501 951.685 571.664 691.861 1.180.174
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital social 19a 1.507.934 1.347.636 1.347.636 1.507.934 1.347.636 1.347.636
Adiantamento para futuro aumento de capital 19b - 159.906 - - 159.906 -
Reserva de lucros 19c 267.608 221.941 232.740 267.608 221.941 232.740
1.775.542 1.729.483 1.580.376 1.775.542 1.729.483 1.580.376
Participação dos acionistas não controladores - - - - - 422.256
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.775.542 1.729.483 1.580.376 1.775.542 1.729.483 2.002.632
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.763.176 3.217.445 3.229.220 3.230.129 3.638.715 4.592.349
Reapresentado Reapresentado
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Vigor Alimentos S.A.
Demonstrações dos resultados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
6
NE 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Reapresentado Reapresentado
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 20 2.319.428 2.371.188 2.421.792 2.465.855
Custo dos produtos vendidos 23 (1.803.730) (1.704.165) (1.702.018) (1.737.635)
LUCRO BRUTO 515.698 667.023 719.774 728.220
DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS
Administrativas e gerais 23 (96.139) (113.219) (138.702) (185.996)
Com vendas 23 (417.480) (411.159) (465.647) (431.247)
Resultado de equivalência patrimonial 23 92.708 (36.377) - -
Outras (despesas) receitas 23 9.251 (44.999) 6.088 (47.435)
(411.660) (605.754) (598.261) (664.678)
RESULTADO OPERACIONAL 104.038 61.269 121.513 63.542
Resultado financeiro líquido 22 (28.837) (138.473) (46.528) (159.006)
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 75.201 (77.204) 74.985 (95.464)
Imposto de renda e contribuição social diferidos 18a 19.722 10.998 19.938 29.258
RESULTADO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS 94.923 (66.206) 94.923 (66.206)
Resultado das operações descontinuadas 9 36.121 55.407 36.121 62.256
LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO 131.044 (10.799) 131.044 (3.950)
Participação dos acionistas controladores 131.044 (10.799) 131.044 (10.799)
Participação dos acionistas não controladores - - - 6.849
131.044 (10.799) 131.044 (3.950)
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Vigor Alimentos S.A.
Demonstrações dos resultados abrangentes para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
7
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Reapresentado Reapresentado
Lucro líquido (prejuízo) do período 131.044 (10.799) 131.044 (3.950)
Outros resultados abrangentes - - - -
Total do resultado abrangente 131.044 (10.799) 131.044 (3.950)
Total do resultado abrangente atribuível a:
Acionistas da Companhia 131.044 (10.799) 131.044 (10.799)
Não controladores - - - 6.849
131.044 (10.799) 131.044 (3.950)
Controladora Consolidado
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Vigor Alimentos S.A.
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os exercícios em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
8
Capital
social
Adto para
futuro
aumento de
capital Legal
Incentivos
fiscais
Lucros a
realizar
Para
expansão
Lucros
acumulados Total
Participação
dos não
controladores
Total do
Patrimônio
Líquido
SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2017 1.347.636 - 15.767 - 85.105 131.868 - 1.580.376 422.256 2.002.632
Lucro líquido do período - - - - - - 19.837 19.837 6.849 26.686
Adiantamento para futuro aumento de capital - 159.906 - - - - - 159.906 - 159.906
Constituição de reserva legal - - 992 - - - (992) - - -
Constituição de reserva de lucro para expansão - - - - - 14.134 (14.134) - - -
Constituição de reserva de lucros a realizar - - - - - - (4.711) (4.711) - (4.711)
Operações descontinuadas - - - - - - - - (429.105) (429.105)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 1.347.636 159.906 16.759 - 85.105 146.002 - 1.755.408 - 1.755.408
Ajustes de reapresentação
Reversão de lucro líquido do período - - - - - - (19.837) (19.837) - (19.837)
Reversão de reserva legal - - (992) - - - 992 - - -
Reversão de reserva de lucro para expansão - - - - - (24.933) 24.933 - - -
Reversão de reserva de lucros a realizar - - - - - - 4.711 4.711 - 4.711
Constituição do prejuízo do período - - - - - - (10.799) (10.799) - (10.799)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Reapresentado) 1.347.636 159.906 15.767 - 85.105 121.069 - 1.729.483 - 1.729.483
Lucro líquido do período - - - - - - 131.044 131.044 - 131.044
Ajustes de implementação IFRS 15/CPC 47 - - - - - (13.587) - (13.587) - (13.587)
Integralização do adto para futuro aumento de capital 159.906 (159.906) - - - - - - -
Integralização de capital 392 - - - - - - 392 - 392
Constituição de reserva legal - - 6.552 - - - (6.552) - - -
Reversão de reserva de lucro para expansão - - - - - (15.160) 15.160 - - -
Constituição reserva para incentivos fiscais - - - 46.312 - - (46.312) - - -
Constituição reserva para incentivos fiscais reflexa de subsidiarias - - - 93.340 - - (93.340) - - -
Reversão de reserva de lucro para expansão - - - - - - - - - -
Dividendos intermediários distribuidos - - - - - (71.790) - (71.790) - (71.790)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 1.507.934 - 22.319 139.652 85.105 20.532 - 1.775.542 - 1.775.542
Reservas de Lucros
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Vigor Alimentos S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
9
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Fluxos de caixa das atividades operacionais Reapresentado Reapresentado
Resultado antes dos impostos 129.930 3.218 129.714 (2.597)
Resultado antes dos impostos das operações descontinuadas (54.729) (80.422) (54.729) (92.867)
Resultado antes dos impostos da operações continuadas 75.201 (77.204) 74.985 (95.464)
Depreciação e amortização 37.819 41.697 43.497 46.108
Perda estimada com crédito de liquidação duvidosa 3.576 1.412 3.576 1.455
Resultado de equivalência patrimonial (92.708) 36.377 - -
Resultado na baixa de ativos 406 25.023 461 27.803
Resultado financeiro líquido 28.837 138.473 46.528 159.006
Provisões (3.742) 15.468 (3.568) 15.180
49.389 181.246 165.479 154.088
Variação em:
Contas a receber (1.661) 94.768 (11.592) 2.873
Estoques (23.952) 11.482 (24.011) 28.670
Impostos a recuperar 1.843 31.679 (81.200) (63.681)
Outros ativos circulantes e não circulantes 3.824 29.065 (12.059) 33.907
Partes relacionadas ativas 770 3.534 (492) (332)
Fornecedores 86.048 (145.012) 82.765 (5.970)
Partes relacionadas passivas 18 - 37 -
Outros passivos circulantes e não circulantes (51.003) (32.271) (51.275) (26.727)
Imposto de renda e contribuição social pago (1.885) - (1.885) -
Caixa gerado (aplicado) nas atividades operacionais das operações continuadas 63.391 174.491 65.767 122.828
Caixa gerado (aplicado) nas atividades operacionais das operações descontinuadas - - - 28.044
Caixa líquido gerado (aplicado) nas atividades operacionais 63.391 174.491 65.767 150.872
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Adições de ativo imobilizado (4.491) (5.235) (39.073) (26.111)
Alienação de ativo imobilizado 6.812 11.203 6.812 11.203
Adições de ativo intangível (6.996) (1.766) (7.061) (1.880)
Caixa gerado (aplicado) nas atividades de investimentos das operações continuadas (4.675) 4.202 (39.322) (16.788)
Caixa gerado (aplicado) nas atividades de investimentos das operações descontinuadas 43.215 560.868 43.215 371.104
Caixa líquido gerado (aplicado) nas atividades de investimentos 38.540 565.070 3.893 354.316
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos e financiamentos captados 204.811 2.599.564 403.051 2.782.198
Amortização de empréstimos e financiamentos (842.269) (2.554.595) (996.330) (2.635.282)
Juros pagos sobre empréstimos e financiamentos (22.197) (69.792) (46.687) (84.605)
Amortização de debêntures - (328.000) - (328.000)
Juros pagos sobre debêntures - (71.076) - (71.076)
Derivativos recebidos (pagos) (4.878) (6.984) (4.878) (6.984)
Pagamentos de dividendos (71.789) - (71.789) -
Transações com partes relacionadas (Nota 10) (4.055) 155.916 (4.055) 155.916
Caixa aplicado nas atividades de financiamentos das operações continuadas (740.377) (274.967) (720.688) (187.833)
Caixa aplicado nas atividades de financiamentos das operações descontinuadas - - - (20.824)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamentos (740.377) (274.967) (720.688) (208.657)
Variação no período das operações continuadas (681.661) (96.274) (694.243) (81.793)
Variação no período das operações descontinuadas 43.215 560.868 43.215 378.324
Variação no período (638.446) 464.594 (651.028) 296.531
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 884.061 419.467 898.839 602.308
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 245.615 884.061 247.811 898.839
Controladora Consolidado
Informações suplementares ao fluxo de caixa estão demonstradas da Nota 26.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
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1 Contexto operacional
A Vigor Alimentos S.A. ("Vigor” ou "Companhia") é uma sociedade por ações regida por Estatuto e pelas disposições legais
aplicáveis, tendo como objeto social: (a) distribuição e comércio varejista e atacadista, importação, exportação, comissão,
consignação e representação do leite e seus derivados; (b) distribuição e comércio varejista e atacadista, importação,
exportação, comissão, consignação e representação de produtos alimentícios de qualquer gênero; (c) distribuição,
comércio, importação, exportação, comissão, consignação e representação de produtos agropecuários, máquinas,
equipamentos, peças e insumos necessários à venda de produtos da Companhia; (d) distribuição, comércio, importação,
exportação, comissão, consignação e representação de vinagres, bebidas em geral, doces e conservas; (e) prestação de
serviços e assistência técnica a agricultores pecuaristas rurais; e (f) a participação em sociedades no Brasil ou no exterior,
como sócia ou acionista (holdings). A sede da Companhia é localizada na Rua Joaquim Carlos, 396, Brás, São Paulo,
Brasil.
Durante o exercício de 2016, os estabelecimentos fabris anteriormente operados pela Vigor, 10 (dez) Fábricas e 03 (três)
Pontos de Captação de leite, localizados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás, foram
arrendados à Dan Vigor, uma subsidiária integral da Vigor, com a incumbência de industrializar os produtos das marcas
de propriedade da Vigor com fornecimento à mesma, para o fim de distribuição, nos mesmos moldes da operação adotada
nos últimos anos.
Em 3 de agosto de 2017 foi realizado o acordo para a venda das participações da Controladora FB Participações e da
Coligada JBS detidas na Companhia, por meio de assinatura de contrato de compra e venda pela Controladora do Grupo,
J&F. para a Lala Brasil Holding Ltda. (“Lala Brasil” ou “Controladora”) que pertence ao Grupo LALA, sediado no México.
Em 26 de outubro de 2017 a referida venda foi concretizada com sucesso, sendo que a partir desta data a Companhia
passa a integrar ao Grupo LALA.
A Itambé Alimentos S.A. (“Itambé”), controlada direta até 26 de outubro de 2017, explora os segmentos de refrigerados e
mercearia (leite em pó, leite condensado, doce de leite). Está sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais, possui 5 fábricas
- 4 delas localizadas em Minas Gerais e 1 em Goiás e 11 centros de distribuição localizados nos estados de Minas Gerais,
São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Ceará e Distrito Federal. Tem como principal fornecedora a Cooperativa
Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais Ltda. (“CCPR”) que abrange o total de trinta e uma cooperativas em Minas
Gerais e Goiás, que agrupam aproximadamente 8.000 famílias produtoras de leite. De conformidade com o Acordo de
Acionistas assinado entre as partes, a Companhia detinha o controle operacional e poder de decisão na investida, razão
pela qual consolidava 100% do resultado de suas operações. Conforme previsto no Acordo de Acionistas, em virtude da
alteração na composição acionária da Vigor em 26 de outubro de 2017, a CCPR exerceu o seu direito de compra das
ações, assim sendo, nesta data a Companhia deixou de ter o controle na Itambé. A nota explicativa n° 9 - Operações
descontinuadas apresenta maiores detalhes a cerca dessa transação.
A Dan Vigor Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. (“Dan Vigor”), subsidiária integral, celebrou um contrato de
arrendamento mercantil operacional com a Vigor, no dia 5 de setembro de 2016, pelo prazo de 15 anos, sujeito a
renovação, para industrialização de todos os produtos das marcas de propriedade da Vigor.
A Companhia detém a seguinte participação societária:
Participação acionária
País 31.12.2018 31.12.2017
Dan Vigor Indústria e Comércio de Laticínios Ltda. Brasil 100% 100%
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2 Resumo das principais práticas contábeis
As demonstrações financeiras anuais individuais e consolidadas foram elaboradas utilizando informações da Companhia
e de suas controladas na mesma data-base, bem como, políticas e práticas contábeis consistentes. As empresas
controladas são consolidadas a partir da data em que o controle é obtido. As principais políticas contábeis aplicadas na
elaboração destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo
consistente em todos os exercícios apresentados.
2.1 Declaração de conformidade (com relação às normas IFRS e às normas do CPC)
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP), com base nas disposições contidas na legislação societária brasileira e
nos pronunciamentos, orientações e interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC,
aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC e de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro
(“International Financial Reporting Standards – IFRS”), emitidas pelo “International Accounting Standards Board – IASB”.
2.2 Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em reais, que é a moeda funcional da
Companhia. Todos os saldos foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma.
As transações em moedas estrangeiras são convertidas para reais. Para fins de apresentação destas demonstrações
financeiras os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira na data das demonstrações financeiras
são convertidos para reais pela taxa cambial correspondente à data de encerramento do balanço. As variações cambiais
positivas e negativas dos itens monetários é a diferença entre custo amortizado em moeda estrangeira convertidos à taxa
de câmbio no final do exercício.
2.3 Apuração do resultado
Os resultados das operações são apurados em conformidade com o regime contábil de competência. A receita
compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos no curso normal
das atividades.
Nas demonstrações do resultado a receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos
descontos, bem como após a eliminação das vendas entre empresas do grupo. É reconhecida no resultado do exercício
quando os riscos e benefícios inerentes aos produtos são transferidos para os clientes.
Em conformidade com a IFRS 15 (CPC 47) – Receita de Contrato com Cliente, a Companhia reconhece a receita quando
o modelo dos 5 passos apresentado na referida norma é cumprido. São eles:
(i) Identificada a existência de um contrato com cliente (por escrito ou verbalmente);
(ii) Identificada as obrigações de desempenho;
(iii) Determinado o preço da transação;
(iv) Alocação do preço da transação para cada obrigação de desempenho; e
(v) Cumprimento das obrigações de desempenho.
Adicionalmente, a Companhia reconhece os passivos de restituição para a receitas reconhecidas em que são esperadas
a restituição de parte da contraprestação recebida do cliente.
2.4 Estimativas contábeis
Na preparação destas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a Administração utilizou julgamentos,
estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis do Grupo e os valores reportados de ativos,
passivos, receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas.
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As estimativas e premissas são revisadas trimestralmente. As revisões das estimativas são reconhecidas
prospectivamente.
A Administração fez os seguintes julgamentos que tem efeito significativo sobre os valores reconhecidos nas
demonstrações financeiras:
i. Provisão para perdas de crédito esperadas (“PCE”) – nota explicativa n° 5;
ii. Análise da vida útil do imobilizado - nota explicativa n° 12;
iii. Análise de redução ao valor recuperável dos ativos – nota explicativa n° 13;
iv. Provisão para riscos - nota explicativa n° 17; e
v. Avaliação dos instrumentos financeiros derivativos pelo valor justo - nota explicativa n° 25.
2.5 Caixa e equivalentes de caixa
O caixa e os equivalentes de caixa compreendem os saldos de caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de
curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, com riscos insignificantes de mudança de valor.
São contabilizados pelo seu valor de face, acrescido dos rendimentos financeiros auferidos. Os saldos de caixa e
equivalentes de caixa são classificados como ativos financeiros mensurados ao valor justo e seus rendimentos são
registrados no resultado.
2.6 Contas a receber
As contas a receber de clientes correspondem aos valores devidos pelos clientes no curso normal do negócio da
Companhia e de suas controladas. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são
classificadas no ativo circulante. Caso contrário, o montante correspondente é classificado no ativo não circulante.
2.7 Provisão para perdas de crédito esperadas (“PCE”)
Conforme abordado na IFRS 9 (CPC 48) – Instrumentos Financeiros, a Companhia registra uma provisão para perda de
crédito esperada em ativos financeiros mensurados ao custo amortizado. O objetivo é reconhecer as perdas de crédito
esperadas para os instrumentos financeiros que apresentarem aumento significativo no risco de crédito desde o
reconhecimento inicial. A Companhia avalia os riscos de crédito de acordo com comportamento dos diferentes segmentos
de mercado com os quais possui relação comercial. A PCE foi constituída em montante considerado pela Administração
suficiente para cobrir prováveis perdas na realização desses créditos, os quais podem ser modificados em virtude da
recuperação de créditos junto a clientes devedores ou mudança na situação financeira de clientes.
2.8 Estoques
Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável. Os custos são compostos pelos
custos diretos de materiais e, se aplicável, pelos custos diretos de mão-de-obra e pelos custos gerais incorridos para trazê-
los às suas localizações e condições existentes. Os custos dos estoques são determinados pelo método do custo médio.
O valor líquido realizável corresponde ao preço de venda estimado dos estoques, deduzido dos custos estimados para
conclusão e custos necessários para a comercialização, venda e distribuição dos estoques.
2.9 Investimentos em controladas
Inicialmente os investimentos em controladas da Companhia são reconhecidos pelo valor de custo, o qual inclui os gastos
com a transação. Após o reconhecimento inicial, são mensurados pelo método de equivalência patrimonial na
demonstração de resultados ou em outros resultados abrangentes até a data em que o controle na investida deixa de
existir.
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2.10 Imobilizado
(i) Reconhecimento e mensuração
Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada
e quaisquer perdas acumuladas de redução ao valor recuperável (“impairment”).
Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum benefício econômico futuro for esperado do seu
uso ou venda. Eventual ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença entre o valor
líquido da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na demonstração do resultado, no exercício em que o ativo for
baixado.
O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são revistos no encerramento de cada exercício, e
ajustados de forma prospectiva, quando for o caso.
(ii) Depreciação
A depreciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, menos seus valores residuais estimados,
utilizando o método linear baseado na vida útil estimada dos itens. A depreciação é geralmente reconhecida no resultado.
As vidas úteis estimadas do ativo imobilizado estão demonstradas na nota explicativa de imobilizado (12).
2.11 Intangível
O ativo intangível é demonstrado ao custo de aquisição ou formação, deduzido da amortização. Os ativos intangíveis com
vida útil indefinida não são amortizados, sendo estes submetidos aos testes anuais de "impairment" para avaliação e
validação da recuperabilidade dos mesmos.
Ágio - reconhecido em uma combinação de negócios e que representa benefícios econômicos futuros gerados por outros
ativos adquiridos em uma combinação de negócios, que não são identificados individualmente e reconhecidos
separadamente. Tais benefícios econômicos futuros podem advir da sinergia entre os ativos identificáveis adquiridos ou
de ativos que, individualmente, não se qualificam para reconhecimento em separado nas Demonstrações Financeiras.
(i) Redução ao valor recuperável
Os itens do intangível com vida útil definida e outros ativos (circulantes e não circulantes), quando aplicável, têm o seu
valor recuperável testado no mínimo anualmente, caso haja indicadores de perda de valor. Os ativos intangíveis com vida
útil indefinida têm a recuperação do seu valor contábil testada quando houver indicadores potenciais de perda no valor
recuperável ou anualmente, independentemente de haver indicadores de perda de valor.
Ao fim de cada exercício, é feita revisão do valor contábil dos ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma
indicação de que tais ativos sofreram alguma perda por redução ao valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante
recuperável do ativo é estimado com a finalidade de mensurar o montante dessa perda, se houver.
O montante recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos na venda ou o valor em uso. Na avaliação do
valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados ao valor presente pela taxa de desconto, antes dos
impostos, que reflita uma avaliação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo para o
qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada.
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Se o montante recuperável de um ativo calculado for menor que seu valor contábil, o valor contábil do ativo é reduzido ao
seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado e é revertida
caso haja mudanças nas estimativas utilizadas para determinar o valor recuperável. Quando a perda por redução ao valor
recuperável é revertida subsequentemente, ocorre o aumento do valor contábil do ativo para a estimativa revisada de seu
valor recuperável, desde que não exceda o valor contábil como se nenhuma perda por redução ao valor recuperável
tivesse sido reconhecida para o ativo em exercícios anteriores. A reversão da perda por redução ao valor recuperável é
reconhecida diretamente no resultado.
2.12 Arrendamento mercantil
De acordo com o IAS 17/CPC 06 - Operações de arrendamento mercantil, a classificação de arrendamentos mercantis
baseia-se na extensão em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de ativo arrendado permanecem no
arrendador ou no arrendatário. Os riscos incluem as possibilidades de perdas devidas à capacidade ociosa ou
obsolescência tecnológica e de variações no retorno em função de alterações nas condições econômicas. Os benefícios
podem ser representados pela expectativa de operações lucrativas durante a vida econômica do ativo e de ganhos
derivados de aumentos de valor ou de realização do valor residual. Ainda de acordo com a norma citada, um arrendamento
mercantil deve ser classificado como financeiro se ele transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à
propriedade. Se ele não transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade deve ser
classificado como arrendamento mercantil operacional.
2.13 Outros ativos circulantes e não circulantes
São demonstrados ao valor de custo ou realização incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos até as datas dos
balanços.
2.14 Fornecedores
Correspondem aos valores devidos aos fornecedores no curso normal do negócio. Se o prazo de pagamento é equivalente
a um ano ou menos, os saldos de fornecedores são classificados no passivo circulante. Caso contrário, o montante
correspondente é classificado no passivo não circulante. Quando aplicável, são acrescidos encargos, variações
monetárias ou cambiais.
2.15 Impostos sobre o lucro
(i) Impostos correntes:
São registrados com base no lucro tributável, de acordo com a legislação e alíquotas vigentes.
(ii) Impostos diferidos:
O imposto de renda e a contribuição social diferidos (impostos diferidos) são calculados sobre as reservas de reavaliação,
compensação de ágio, diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis. Os
impostos diferidos são determinados usando as alíquotas de imposto vigentes na data do balanço e que devem ser
aplicadas quando os respectivos impostos diferidos ativos forem realizados ou quando o imposto de renda e a contribuição
social diferidos passivos forem liquidados.
Os impostos diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que o lucro real futuro esteja
disponível e contra o qual as diferenças temporárias, despesas tributárias e créditos tributários possam ser usados.
Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais
correntes, e eles se relacionam a imposto de renda e contribuição social lançados pela mesma autoridade tributária sobre
a mesma entidade sujeita à tributação.
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2.16 Passivos circulantes e não circulantes
São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos,
variações monetárias ou cambiais.
2.17 Ativos e passivos contingentes
Nos termos do IAS 37/CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, passivo contingente é uma
obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de
um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. Dessa forma, não é reconhecida nas
demonstrações financeiras porque não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja
exigida para liquidar a obrigação ou o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Ainda nos termos da referida norma, ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob
controle da entidade. Estes ativos são avaliados periodicamente para garantir que os desenvolvimentos sejam
apropriadamente refletidos nas Demonstrações Financeiras. Se for praticamente certo que ocorrerá uma entrada de
benefícios econômicos, o ativo e o correspondente ganho são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras do período
em que ocorrer a mudança de estimativa. Se a entrada de benefícios econômicos se tornar provável, a entidade divulga o
ativo contingente.
2.18 Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento dos recursos, líquidos dos
custos de transação. Em seguida, passam a ser mensurados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos, juros
e variações monetárias e cambiais conforme previstos contratualmente, incorridos até as datas dos balanços, conforme
demonstrado na nota explicativa nº 15.
2.19 Consolidação
As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas.
A Companhia controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direito sobre, os retornos variáveis advindos de seu
envolvimento com a entidade e tem a habilidade de afetar esses retornos exercendo seu poder sobre a entidade.
Quando necessário, as demonstrações financeiras das controladas são ajustadas para adequar suas políticas contábeis
àquelas estabelecidas pela Controladora. Todas as transações, saldos, receitas e despesas entre a Companhia e suas
controladas são eliminados integralmente nas Demonstrações Financeiras consolidadas.
2.20 Dividendos e juros sobre capital próprio
A proposta de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio efetuada pela Administração da Companhia que
estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo mínimo obrigatório é registrada como passivo circulante. A parcela dos
dividendos superior ao dividendo mínimo obrigatório, quando declarada pela Administração após o período contábil a que
se referem as demonstrações financeiras, mas antes da data de autorização para emissão das referidas demonstrações
financeiras, é registrada na rubrica "dividendos adicionais propostos", no patrimônio líquido.
2.21 Resultado por ação
A Companhia apresenta o cálculo do resultado por ação segregado da seguinte forma:
Básico: calculado através da divisão do resultado do período, atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora,
pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o período.
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Diluído: calculado através da divisão do resultado do período atribuído aos detentores de ações ordinárias da controladora
pela quantidade média ponderada de ações ordinárias disponíveis durante o período, mais a quantidade média ponderada
de ações ordinárias que seriam emitidas na conversão de todas as ações ordinárias potenciais diluídas em ações
ordinárias.
2.22 Instrumentos financeiros
A mensuração subsequente dos instrumentos financeiros ocorre a cada data de balanço de acordo com as regras
estabelecidas para cada tipo de classificação de ativos e passivos financeiros.
(i) Ativos financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado
Um ativo financeiro é classificado pelo valor justo por meio do resultado caso seja classificado como "mantido para
negociação" e seja designado como tal no momento do reconhecimento inicial. Os ativos financeiros são designados pelo
valor justo por meio do resultado se a Companhia gerencia tais investimentos e toma decisões de compra e venda
baseadas em seus valores justos de acordo com a gestão de riscos documentada e a estratégia de investimentos da
Companhia. Os custos da transação, após o reconhecimento inicial, são reconhecidos no resultado como incorridos. Ativos
financeiros registrados pelo valor justo por meio do resultado são medidos pelo valor justo, e mudanças no valor justo
desses ativos são reconhecidas no resultado do exercício.
(ii) Empréstimos e recebíveis
Empréstimos e recebíveis são ativos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis que não são cotados no mercado
ativo. Tais ativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis.
Após o reconhecimento inicial, os empréstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado através do método dos
juros efetivos, decrescidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. Os principais ativos que a Companhia
possui classificados nesta categoria são "Contas a receber" e "Transações com partes relacionadas".
(iii) Passivos financeiros não derivativos
A Companhia reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados.
Todos os outros passivos financeiros (incluindo passivos designados pelo valor justo registrado no resultado) são
reconhecidos inicialmente na data de negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais
do instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas
ou quitadas.
A Companhia tem os seguintes passivos financeiros não derivativos: empréstimos, financiamentos, debêntures,
fornecedores e outros passivos circulantes e não circulantes.
(iv) Redução ao valor recuperável de ativos financeiros
Ativos financeiros, exceto aqueles designados pelo valor justo por meio do resultado, são avaliados por indicadores de
redução ao valor recuperável no final de cada período. As perdas por redução ao valor recuperável são reconhecidas se,
e apenas se, houver evidência objetiva da redução ao valor recuperável do ativo financeiro como resultado de um ou mais
eventos que tenham ocorrido após seu reconhecimento inicial, com impacto nos fluxos de caixa futuros estimados desse
ativo.
O valor contábil do ativo financeiro é reduzido diretamente pela perda por redução ao valor recuperável para todos os
ativos financeiros, com exceção das contas a receber, em que o valor contábil é reduzido pelo uso de uma provisão.
Recuperações subsequentes de valores anteriormente baixados são creditadas à provisão. Mudanças no valor contábil
da provisão são reconhecidas no resultado.
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(v) Derivativos
A Companhia e sua controlada registram e divulgam seus instrumentos financeiros e derivativos de acordo com a IFRS 9
(CPC 48) Instrumentos Financeiros, IFRIC 9 - Reavaliação de derivativos embutidos e IFRS 7 (CPC 40) Instrumentos
Financeiros Divulgações. Os instrumentos financeiros são reconhecidos apenas a partir do momento em que a Companhia
e suas controladas se tornam parte das disposições contratuais dos instrumentos.
2.23 Reapresentação das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2017
Em consonância com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas Contábeis e Correção de Erros e CPC
26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Financeiras, a Administração está reapresentando as demonstrações
financeiras correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2017, anteriormente apresentadas em 23 de abril
de 2018. Os impactos destas alterações estão demonstrados a seguir:
Ajustes realizados no balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2017:
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Ativo circulante
Outros ativos circulantes (i) 16.192 - 16.192 28.113 (2.573) 25.540
Ativo não circulante
Imposto sobre o lucro diferidos (v) - - - 25.544 1.801 27.345
Investimentos em controladas (iii) 276.943 (3.497) 273.446 - - -
Imobilizado (ii) 581.624 (28.026) 553.598 631.901 (30.716) 601.185
Intangível (ii) 883.448 (2.587) 880.861 1.141.579 (2.622) 1.138.957
Total de ajustes no ativo 3.251.555 (34.110) 3.217.445 3.672.825 (34.110) 3.638.715
Passivo circulante
Dividendos a pagar (vi) 4.711 (4.711) - 4.711 (4.711) -
Impostos sobre o lucro a pagar (v) 4.111 (4.111) - 4.111 (4.111) -
Outros passivos circulantes (iv) 13.987 10.507 24.494 16.566 10.507 27.073
Passivo não circulante
Imposto sobre o lucro diferidos (v) 133.453 (9.870) 123.583 133.453 (9.870) 123.583
Patrimonio líquido
Reserva de lucros (vii) 247.866 (25.925) 221.941 247.866 (25.925) 221.941
Total de ajustes no passivo 3.251.555 (34.110) 3.217.445 3.672.825 (34.110) 3.638.715
Controladora Consolidado
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Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
18
Ajustes realizados na demonstração de resultados de 31 de dezembro de 2017:
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Resultado de equivalência patrimonial (iii) (32.880) (3.497) (36.377) - - -
Outras (despesas) receitas (i) e (ii) (14.387) (30.612) (44.999) (11.524) (35.911) (47.435)
Impostos sobre o lucro (v) 590 10.408 10.998 17.048 12.210 29.258
Resultado das operações continuadas (42.505) (23.701) (66.206) (42.505) (23.701) (66.206)
Operações descontinuadas (iv) 62.342 (6.935) 55.407 69.191 (6.935) 62.256
Resultado do exercício 19.837 (30.636) (10.799) 26.686 (30.636) (3.950)
Controladora Consolidado
Ajustes realizados na demonstração dos fluxos de caixa de 31 de dezembro de 2017:
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Apresentado
anteriormenteAjustes Reapresentado
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Resultado antes dos impostos 47.834 (44.616) 3.218 43.821 (46.418) (2.597)
Resultado antes dos impostos das operações
descontinuadas(90.929) 10.507 (80.422) (103.374) 10.507 (92.867)
Resultado de equivalência patrimonial (iii) 32.880 3.497 36.377 - - -
Depreciação e amortização (ii) 42.281 (584) 41.697 46.746 (638) 46.108
Resultado na baixa de ativos (ii) (6.173) 31.196 25.023 (6.173) 33.976 27.803
Variações em:
Outros ativos circulantes e não circulantes (i) 29.065 - 29.065 31.334 2.573 33.907
Caixa gerado nas atividades operacionais 174.491 - 174.491 150.872 - 150.872
Controladora Consolidado
(i) Mudança de tratamento contábil de ativo financeiro para ativo contingente
A subsidiária da Companhia, Dan Vigor, firmou no ano de 2014 um contrato de confissão de dívida com o fornecedor
Nordic Dayri Technology APS (“Nordic”) para receber o montante de € 650.000 (seiscentos e cinquenta mil euros). No
entanto, o fornecedor não cumpriu com o acordo e atualmente a Companhia busca por meio de ações administrativas
o recebimento. Desta maneira, ao final do exercício de 2017 o tratamento correto nas demonstrações financeiras para
o montante seria de ativo contingente, de acordo com o IAS 37/CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos
Contingentes.
(ii) Baixa de ativo imobilizado e intangível por ajuste de inventário
A controladora da Companhia, Lala Brasil, contratou consultoria especializada para realização de inventário de ativos
imobilizado e intangível na data base de 31 de outubro de 2017. Neste inventário foram identificados os montantes
informados que deveriam ter sido baixados nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de
2017. Como consequência, também houve o estorno das depreciações e amortizações registradas nos meses de
novembro e dezembro de 2017.
(iii) Resultado de equivalência patrimonial
Equivalência patrimonial dos ajustes realizados nas demonstrações financeiras da controlada Dan Vigor. Os ajustes
realizados estão descritos nos itens i, ii e v.
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Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
19
(iv) Provisão para pagamento do ajuste de preço de venda da Itambé Alimentos S/A
A Companhia realizou o pagamento para a CCPR referente a ajuste de preço de venda da Itambé. Dessa forma, foi
registrada a provisão do montante nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017. Na
demonstração de resultado o montante está apresentado líquido de impostos.
(v) Impactos nos impostos sobre o lucro referente aos ajustes realizados
Em decorrência dos ajustes realizados, houveram impactos nas contas de impostos diferidos. Adicionalmente, o
montante classificado como impostos sobre o lucro a pagar foi revertido devido a Companhia ter apresentado prejuízo
no exercício de 2017 após os ajustes.
(vi) Dividendos a pagar
Com os ajustes realizados nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, a
Companhia apresentou prejuízo de R$ 10.799 e dessa forma não houve dividendos a serem distribuídos. O valor
divulgado anteriormente, foi distribuído aos acionistas como antecipação de dividendos futuros e será abatido quando
houver nova distribuição.
(vii) Reservas de lucros
Impactos nas reservas de lucros da Companhia referente aos ajustes realizados.
3 Alterações às IFRS e as novas interpretações de aplicação obrigatória ainda não adotadas
3.1 Alterações às IFRS
IFRS 9/CPC 48 – Instrumentos Financeiros
A Companhia adotou a IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (revisada em julho de 2014) e as correspondentes alterações
relevantes às outras IFRS no exercício corrente, em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
2018. As disposições de transição da IFRS 9 permitem que a entidade não reapresente informações comparativas.
Adicionalmente, a Companhia adotou as alterações resultantes à IFRS 7 (CPC 40 (R1)) – Instrumentos Financeiros:
Evidenciação aplicáveis às divulgações para 2018 e para o período comparativo.
A IFRS 9 introduziu novas exigências para:
1) A classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros,
2) A redução ao valor recuperável de ativos financeiros, e
3) A contabilização geral de hedge.
Os detalhes dessas novas exigências, bem como seu impacto sobre as demonstrações financeiras consolidadas da
Companhia, estão descritos a seguir.
Classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros
O CPC 48 / IFRS 9 retém em grande parte os requerimentos existentes no CPC 38 / IAS 39 para a classificação e
mensuração de passivos financeiros. No entanto, ele elimina as antigas categorias do CPC 38 / IAS 39 para ativos
financeiros: mantidos até o vencimento, empréstimos e recebíveis e disponíveis para venda e introduz as seguintes
classificações para ativos financeiros: mensurados ao custo amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados
abrangente (VJORA) e ao valor justo por meio do resultado (VJR).
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Nos quadros abaixo, demonstramos a classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros da Companhia, a
partir dos requisitos da IFRS 9/ CPC 48:
Ativo/passivo financeiro Classificação original pela
IAS 39/CPC 38 Classificação pela
IFRS 9/CPC 48
Caixa e equivalentes de caixa Empréstimos e recebíveis Custo amortizado Contas a receber Empréstimos e recebíveis Custo amortizado Contas a receber de partes relacionadas Empréstimos e recebíveis Custo amortizado Contas a pagar para partes relacionadas Empréstimos e recebíveis Custo amortizado Empréstimos e financiamentos Outros passivos financeiros Custo amortizado “Swaps” VJR VJR Debêntures Outros passivos financeiros Custo amortizado Fornecedores Outros passivos financeiros Custo amortizado Dividendos Outros passivos financeiros Custo amortizado Outras contas a pagar Outros passivos financeiros Custo amortizado
Ativo/passivo financeiro
Mensuração original pela
IAS 39/CPC 38
Mensuração pela
IFRS 9/CPC 48
Caixa e equivalentes de caixa Custo amortizado Custo amortizado Contas a receber Custo amortizado Custo amortizado Contas a receber de partes relacionadas Custo amortizado Custo amortizado Contas a pagar para partes relacionadas Custo amortizado Custo amortizado Empréstimos e financiamentos Custo amortizado Custo amortizado “Swaps” VJR VJR Debêntures Custo amortizado Custo amortizado Fornecedores Custo amortizado Custo amortizado Dividendos Custo amortizado Custo amortizado Outras contas a pagar Custo amortizado Custo amortizado
Perda por redução ao valor recuperável (“impairment”)
Em relação à redução ao valor recuperável de ativos financeiros, a IFRS 9/ CPC 48 requer um modelo de perdas de crédito
esperadas em contrapartida a um modelo de perdas de crédito incorridas de acordo com a IAS 39
(CPC 38). O modelo de perdas de crédito esperadas requer que a Companhia contabilize as perdas de crédito esperadas
e as variações nessas perdas de crédito esperadas em cada data de relatório para refletir as mudanças no risco de crédito
desde o reconhecimento inicial dos ativos financeiros. Em outras palavras, não é mais necessário que um evento de crédito
ocorra antes que as perdas de crédito sejam reconhecidas.
Sendo assim, a Companhia passou a avaliar o comportamento da carteira de clientes que possui desde o momento em
que ocorre o reconhecimento inicial do ativo financeiro. Os riscos de crédito foram designados de acordo com os
segmentos de mercado em que são mantidas relações comerciais. O principal impacto está relacionado a mudança na
política de avaliação dos riscos de créditos, porém não foram apurados impactos relevantes nas demonstrações
financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017.
Hedge accounting
A IFRS 9 flexibiliza os requisitos para a efetividade do hedge ao substituir os testes de eficácia. Exige que a relação
econômica entre o item de hedge e o instrumento de hedge e o coeficiente de hedge seja a mesma que a administração
utiliza efetivamente para efeitos de gestão de risco. A Companhia realizou a adoção da referida norma para o exercício
corrente, mas não foram detectados impactos relevantes nas demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de
dezembro de 2017.
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(Em milhares de reais)
21
Os requerimentos do IFRS 9/CPC 48 para Hedge Accounting foram aplicados de forma prospectiva. O principal impacto
está relacionado a política de estratégias que passa a conter elementos mais específicos e detalhados das operações e
dos instrumentos designados como Hedge Accounting.
IFRS 15/CPC 47 – Receita de Contratos de Clientes
No exercício corrente, a Companhia adotou a IFRS 15 – Receita de Contratos com Clientes (conforme alterada em abril
de 2016) em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018. A IFRS 15 substitui o CPC 30/IAS
18, CPC 17/IAS 11 e interpretações relacionadas e introduz os princípios a serem aplicados por uma entidade para a
mensuração e reconhecimento de receitas.
A IFRS 15 introduziu uma abordagem de reconhecimento de receitas composta por cinco passos. Orientações muito mais
rígidas foram acrescentadas na IFRS 15 para abordar cenários específicos. Esta norma estabelece um novo modelo de
várias etapas, aplicável no reconhecimento de receitas originadas de contratos com clientes. A IFRS 15/CPC 47 tem como
princípio fundamental o reconhecimento da receita quando da transferência de controle dos bens e serviços para o cliente
e por um preço que reflita a contraprestação que a entidade espera ter direito a receber em troca da transferência desses
bens e direitos.
Sob esta abordagem, Companhia reconheceu os ajustes de transição em lucros acumulados na data de aplicação inicial
(01 de janeiro de 2018), sem correção do período comparativo.
Neste sentido, a Companhia realizou a aplicação inicial da norma registrando os impactos em lucros acumulados. A seguir
maiores detalhes sobre os novos tratamentos que foram aplicados:
Provisão para devoluções esperadas
Dentre as orientações existentes no item 55 da referida norma que trata de passivo de restituição, foi adotada a
contabilização do passivo relativo as vendas com direito de retorno por parte do cliente, ou seja, no fechamento das
demonstrações financeiras é estimado as devoluções de vendas que são esperadas pela administração. O cálculo é
realizado a partir de análise do comportamento histórico das devoluções de vendas e do período de vencimento dos
produtos. O saldo apurado em 31 de dezembro de 2017 e registrado em 1 de janeiro de 2018 foi de R$ 9.587 (R$ 6.329
líquido de impostos sobre o lucro).
Reconhecimento da receita quando a obrigação de desempenho for satisfeita
De acordo com a IFRS 15/CPC 47 o reconhecimento da receita está condicionado ao cumprimento de cinco passos: (i)
identificação do contrato; (ii) identificar as obrigações de desempenho; (iii) determinação do preço; (iv) alocação do preço;
e (v) reconhecimento da receita quando a obrigação de desempenho for satisfeita. Neste sentido, a Companhia analisou
os critérios utilizados para reconhecimento da receita e identificou que em determinadas situações a receita era
contabilizada antes da obrigação de desempenho estar cumprida. Os ajustes para implementação em 1 de janeiro de 2018
foram:
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Débito Crédito
Ativo circulante
Contas a receber de clientes - 37.079
Estoques 22.063 -
22.063 37.079
Passivo circulante
Fornecedores 478 -
Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais 3.539 -
Impostos sobre o lucro diferidos 3.740 -
7.757 -
Patrimonio líquido 7.259 -
Consolidado
3.2 Novas interpretações de aplicação obrigatória ainda não adotadas
IFRS 16/CPC 06 (R2) Arrendamento Mercantil
A nova norma, que substituirá o IAS 17 – “Leases” e o IFRIC 4 – “Determining whether an arrangement contains a lease e
estabelece os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulgação de arrendamento mercantil para
ambas as partes de um contrato, ou seja, os clientes (arrendatários) e fornecedores (arrendadores). Os arrendadores são
obrigados a registrar um passivo refletindo os pagamentos futuros do arrendamento e um "direito de uso do ativo" para
quase todos os contratos de arrendamentos, com exceção de alguns arrendamentos de curto prazo e contratos de ativos
de uma pequena quantidade. Para os locadores, o tratamento contábil permanece praticamente inalterado, com a
classificação dos arrendamentos operacional ou arrendamento financeiro.
Muito embora o novo pronunciamento não traga nenhuma alteração no montante total que deverá ser levado ao resultado
ao longo da vida útil do contrato, é correto afirmar que haverá um efeito temporal no lucro líquido, com uma distribuição
de despesa maior no início e menor no final, se comparado com a contabilização atual das despesas de ocupação, em
função principalmente do método de reconhecimento dos juros e atualização monetária associados aos arrendamentos,
ainda que, sem impacto relevante, conforme análises realizadas.
Até a data da divulgação dessas demonstrações financeiras, os efeitos referentes à aplicação destes pronunciamentos
não foram estimados e por esse motivo os impactos não estão sendo divulgados.
Para os valores dos arrendamentos de curto prazo e de ativo de baixo valor será mantida a prática contábil de apuração
e reconhecimento como despesa em base linear ao longo do prazo do arrendamento (CPC 06 / IAS 17).
Na elaboração das demonstrações financeiras do próximo exercício, serão efetuadas todas as divulgações exigidas pelo
IFRS16/CPC 06 (R2).
Outras alterações
No exercício corrente, a Companhia avaliou uma série de alterações às Normas e Interpretações IFRS, emitidas pelo
IASB, em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018, além das descritas acima. A adoção
dessas Normas e Interpretações não teve qualquer impacto relevante sobre as divulgações ou os valores apresentados
nestas demonstrações financeiras e estão descritas a seguir:
• Alterações ao CPC 10 (IFRS 2) Pagamento baseado em ações em relação à classificação e mensuração de
determinadas transações com pagamento baseado em ações.
• Alterações ao CPC 36 demonstrações consolidadas (IFRS 10) e ao CPC 18 Investimento em Coligada (IAS 28)
em relação a vendas ou contribuições de ativos entre um investidor e sua coligada ou seu empreendimento
controlado em conjunto.
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O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil ou alteração nos pronunciamentos
vigentes correspondentes a todas as novas IFRS. Portanto, a adoção antecipada dessas IFRS não é permitida para
entidades que divulgam as suas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
4 Caixa e equivalentes de caixa
Caixa, bancos e aplicações financeiras são os itens do balanço patrimonial apresentados na demonstração dos fluxos de
caixa como caixa e equivalentes de caixa, conforme abaixo:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Caixas e depósitos bancários à vista 834 1.958 2.518 5.021
Aplicações financeiras (CDB - DI) 244.781 882.103 245.293 893.818
245.615 884.061 247.811 898.839
Consolidado Controladora
Os Certificados de Depósitos Bancários - CDB, realizados junto a instituições financeiras de primeira linha, são pós-fixados
e rendem em média cerca de 100,0% do valor da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. As aplicações
possuem liquidez imediata, por força de compromissos de recompra, e estão sujeitas a um risco insignificante de mudança
de valor.
5 Contas a receber de clientes
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Valores a vencer 332.156 305.782 350.856 320.013
Vencidos:
De 1 a 60 dias 17.678 37.393 23.698 37.797
De 61 a 90 dias 1.074 2.074 1.080 2.097
Acima de 90 dias 10.106 14.878 10.160 15.056
Total de vencidos 28.858 54.345 34.938 54.950
Perdas esperadas (9.021) (5.486) (9.021) (5.486)
Contas a receber total 351.993 354.641 376.773 369.477
Controladora Consolidado
A Administração entende que os montantes vencidos a mais de 90 dias que não estão incluídos no cálculo da perda
esperada com créditos em liquidação duvidosa serão integralmente recebidos, com base em histórico de comportamento
de pagamento e em análises extensivas dos riscos de crédito dos respectivos clientes, incluindo as avaliações de crédito.
A Companhia possuía operações de cessão de recebíveis sem regresso com os bancos Original e Daycoval. Apesar de
serem operações sem regresso, os riscos e benefícios destes ativos financeiros não foram totalmente transferidos. A
Companhia mantém a gestão desses recebíveis, onde é a responsável por receber dos clientes e tem o prazo de até dois
dias para fazer o pagamento aos bancos, sendo que dentro deste período não há juros adicionais cobrados pelos bancos.
A Companhia também possui o poder de negociar com os clientes novas condições comerciais para o recebimento. Cabe
ressaltar que em caso de inadimplência, a perda será assumida pelos respectivos bancos e dessa forma os títulos vencidos
que estão envolvidos na operação não são considerados para cálculo da PCE. No entanto, havendo descaracterização
(alteração do valor a receber, vencimento, devolução ou qualquer outro evento que altere as condições iniciais acordadas)
a Companhia deve recompra-los.
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No quadro abaixo estão apresentados os saldos totais das operações e em seguida a segregação dos valores registrados
como contas a receber e empréstimos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017:
Instituição Financeira
Encargos
financeiros 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Banco Original
CDI + 5,30%
a.a. - 318.388 - 318.388
Banco Daycoval 1,04% a.m. - 8.658 - 19.922
- 327.046 - 338.310
Títulos em aberto (i) - 278.954 - 290.218
Títulos recebidos (ii) - 48.092 - 48.092
Total da operação de cessão de créditos - 327.046 - 338.310
Controladora Consolidado
Aging list dos títulos cedidos aos bancos 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
A vencer - 249.442 - 260.706
Vencidos
De 1 a 60 dias - 20.631 - 20.631
De 61 a 90 dias - 520 - 520
Acima de 90 dias - 8.361 - 8.361
- 29.512 - 29.512
Total contas a receber cedido - 278.954 - 290.218
Controladora Consolidado
(i) São os títulos que foram cedidos e que ainda não foram liquidados pelos clientes;
(ii) Títulos liquidados pelos clientes e que serão repassados para as respectivas instituições financeiras; e
(iii) Os títulos vencidos não são considerados para cálculo da PCE, conforme citado anteriormente, as perdas por
inadimplência são assumidas pelos respectivos bancos.
Movimentação da provisão para perdas esperadas de créditos:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Saldo inicial (5.486) (7.318) (5.486) (12.135)
Adições (3.576) (3.743) (3.576) (3.786)
Reversões - 2.331 - 2.331
Efeito no resultado das perdas esperadas (3.576) (1.412) (3.576) (1.455)
Perdas concretizadas 41 3.244 41 3.287
Movimentação das operações descontinuadas - - - (750)
Operações Descontinuadas - - - 5.567
Saldo final (9.021) (5.486) (9.021) (5.486)
Controladora Consolidado
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6 Estoques
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Produtos acabados 33.604 8.588 64.552 46.379
Produtos em processo - - 48.213 42.737
Matéria prima e insumos - - 69.065 65.301
Almoxarifado - 1.064 22.867 26.270
33.604 9.652 204.697 180.687
Controladora Consolidado
7 Impostos a recuperar
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
ICMS 12.599 8.336 104.059 71.465
IPI 173 1.666 435 1.860
PIS e COFINS 161.012 180.135 306.881 270.139
IRPJ e CSLL 12.803 585 12.811 1.799
Outros 87 78 87 78
186.674 190.800 424.273 345.341
Ativo circulante 47.350 22.785 101.380 44.820
Ativo não circulante 139.324 168.015 322.893 300.521
186.674 190.800 424.273 345.341
Controladora Consolidado
ICMS
O saldo credor de ICMS a recuperar advém da obtenção de créditos por compras de matérias-primas, materiais de
embalagem e secundários em volume superior aos débitos gerados.
PIS e COFINS
A Lei nº 10.637, de 30.12.2002, e a Lei nº 10.833, de 29.12.2003, respectivamente, instituíram o regime da não-
cumulatividade para fins de apuração do PIS e da COFINS, que consiste na apuração de tais contribuições devidas em
cada período de apuração com a dedução dos créditos decorrentes das aquisições de insumos, embalagens,
equipamentos industriais, e outros permitidos pela legislação em vigor.
Nesse contexto, a Companhia vem apurando créditos acumulados das referidas contribuições em função da tributação
pela alíquota zero de algumas linhas de produtos como o leite, iogurtes, queijos e margarinas, conforme as disposições
contidas na Lei nº 10.925 de 23.07.2004.
Referidos créditos acumulados estão sendo compensados com outros tributos devidos e a parcela de créditos constituídos
no quarto trimestre de 2012 ao quarto trimestre de 2014 encontra-se em processo de homologação com estimativa de
conclusão por parte da Secretaria da Receita Federal do Brasil em 2019.
IRPJ e CSLL
Corresponde ao imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras e IRPJ e CSLL a restituir apurado em
exercícios anteriores, além das antecipações de IRPJ e CSLL de 2018. A Companhia possui expectativa de utilização
destes créditos até 2019.
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8 Despesas antecipadas
A seguir está apresentada a composição das despesas pagas antecipadamente pela Companhia:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Marketing 36.026 6.358 36.026 6.358
Trade Marketing 4.840 1.646 4.840 1.646
Seguros 1.399 1.974 1.403 1.983
Outros 196 - 208 2
42.461 9.978 42.477 9.989
Controladora Consolidado
9 Operações descontinuadas
Conforme previsto no Acordo de Acionistas, em virtude da alteração na composição acionária da Vigor Alimentos S/A em
26 de outubro de 2017, a CCPR exerceu o seu direito de compra das ações, assim sendo, nesta data a Companhia perdeu
o controle na Itambé, bem como acesso às informações financeiras/contábeis do ano de 2017. Dessa forma não foi
possível disponibilizar as informações contábeis para fins de auditoria da Itambé. Em 04 de dezembro de 2017, foi
concretizado o direito de preferência de compra das ações, no entanto, na presente data, a venda da participação detida
pela Companhia na Itambé para a CCPR, está sob discussão judicial e arbitral.
Esta perda de controle foi caracterizada como operação descontinuada, de acordo com o CPC 31 - Ativo Não Circulante
Mantido para Venda e Operação Descontinuada, por representar uma importante linha separada de negócios ou área
geográfica de operações.
O valor da contraprestação recebida na data de fechamento da operação foi de R$ 552.543. O custo do investimento é
composto pela participação de 50% da Companhia no patrimônio líquido da Itambé, mais valia de ativos, ágio por
expectativa de rentabilidade futura e da avaliação a valor justo apurada no momento da perda de controle.
De acordo com o Contrato de Compra e Venda, a Companhia possui um saldo a receber de R$ 100.870 que está
condicionado a utilização dos créditos de PIS e COFINS na Itambé. Com base no CPC 25/IAS 37, o direito a este montante
foi classificado como ativo contingente e, portanto, não está reconhecido nestas Demonstrações Financeiras. No primeiro
semestre do exercício corrente foi recebido o montante de R$ 53.722 referente a parcela utilizada dos créditos que
acrescido de multa, juros e correção monetária (CDI) totalizaram o montante de R$ 54.925.
Adicionalmente, a Companhia fez a devolução do montante de R$ 10.507 referente a ajuste do preço de venda após
apuração efetiva da dívida líquida e variação do capital de giro na data base do fechamento da operação. O pagamento
foi realizado com correção monetária (CDI) e totalizou R$ 10.704.
O quadro a seguir apresenta o resultado apurado na alienação do investimento:
Valor de mercado 700.000
( - ) Dívida líquida e variação do capital de giro (157.964)
Contraprestação recebida na transferência do controle 542.036
Investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial (338.602)
Mais valia de ativos (imobilizado e marca, líquidos de IR/CSLL) (90.500)
Ágio por expectativa de rentabilidade futura (39.358)
Avaliação a valor justo no momento da perda de controle (73.576)
Custo total na alienação do investimento (542.036)
Contraprestação contingente realizada 53.722
Resultado na alienação do investimento 53.722
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
27
Nas Demonstrações Financeiras da Companhia, as transações referentes a operação descontinuada foram apresentadas
de forma separada, conforme determinado pelo CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e Operação
Descontinuada.
O quadro a seguir apresenta o resultado da Itambé que foi consolidado pela Companhia durante o exercício de 2017:
Demonstração do resultado do exercício 2017
Receitas de vendas 2.430.289
( - ) Deduções da receita (356.518)
Receita líquida 2.073.771
Custos dos produtos vendidos (1.671.138)
Lucro bruto 402.633
Despesas administrativas (54.540)
Despesas comerciais (325.120)
Outras receitas (despesas) 22.873
(356.787)
Resultado operacional 45.846
Resultado financeiro líquido (26.553)
Resultado antes dos impostos 19.293
Imposto de Renda e Contribuição Social corrente (4.287)
Imposto de Renda e Contribuição Social diferido (1.308)
(5.595)
Resultado líquido do exercício 13.698
A seguir a composição dos montantes com operações descontinuadas apresentados na demonstração de resultados:
Operações descontinuadas 2018 2017 2018 2017
Contraprestação contingente realizada 53.722 - 53.722 -
Muta, juros e correção monetária 1.203 - 1.203 -
Total recebido referente a contraprestação contingente 54.925 - 54.925 -
Correção monetária do ajuste de preço pago (197) - (197) -
Avaliação da valor justo de investimento - 73.576 - 73.576
Equivalência patrimonial - 6.849 - -
Lucro líquido da Itambé apurado no período - - - 13.698
IR/CSLL diferidos (18.607) (25.018) (18.607) (25.018)
Resultado das operações descontinuadas 36.121 55.407 36.121 62.256
Controladora Consolidado
10 Transações com partes relacionadas
Considerando as alterações na composição societária da Companhia, conforme informado na nota nº 1 - Contexto
operacional, os quadros a seguir, que apresentam os montantes de transações com partes relacionadas, está de acordo
com a seguinte estrutura:
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
28
Transações comerciais negociadas entre as empresas do grupo registradas como partes relacionadas ativas:
Moeda Vencimento 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Ativo
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. R$ 31.01.2019 5.159 5.338 - -
Lala Brasil Holding Ltda. R$ 31.01.2019 338 332 338 332
5.497 5.670 338 332
Passivo
Lala Servicios y Procesos
Globales, S.A. de C.V.R$ 31.01.2019 (19) - (37) -
Lala Brasil Holding Ltda. LP (i) R$ 31.12.2020 (60.391) (60.000) (60.391) (60.000)
(60.410) (60.000) (60.428) (60.000)
(54.913) (54.330) (60.090) (59.668)
Controladora Consolidado
(i) A Companhia mantém com a sua controladora Lala Brasil Holding Ltda. uma operação de mutuo originada em 26 de
outubro de 2017 com o objetivo de liquidação de operações financeiras com instituições bancárias. A operação possui
custo anual de CDI + 2,00% e a data de vencimento inicial era é 31 de dezembro 2018, no entanto o contrato foi renovado
e o vencimento previsto é 31 de dezembro de 2020 para o valor principal, com liquidação mensal dos juros incorridos. O
quadro a seguir apresenta a movimentação da operação:
31.12.2018 31.12.2017
Saldo inicial 60.000 -
Captação de recursos - 155.916
Obrigações liquidadas pela controladora - 60.014
Provisão de juros e outros encargos 4.924 3.976
Baixa para integralização de capital - (159.906)
Liquidações de juros (4.055) -
Outras movimentações (478) -
Saldo final 60.391 60.000
Transações comercias entre partes relacionadas registradas no balanço patrimonial como clientes, fornecedores e outros
ativos e passivos circulantes e não circulantes:
Vigor Alimentos S.A.
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(Em milhares de reais)
29
Saldos em 31 de dezembro de 2018 Clientes Outros ativos Fornecedores
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. 10.230 460 (140.592)
Lala Brasil Holding Ltda. - - (1.291)
10.230 460 (141.883)
Saldos em 31 de dezembro de 2017
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. 2 - (55.789)
Saldos em 31 de dezembro de 2018 Clientes Outros ativos Fornecedores
Lala Brasil Holding Ltda. - - (1.291)
Controladora
Consolidado
Efeitos das transações entre partes relacionadas nas contas de resultado: receita e despesa financeira, receita de venda
e prestação de serviços, compras de matérias primas, mercadorias para revenda e outros:
Exercício findo em 31 de
dezembro de 2018
Compras de
matérias
primas,
mercadorias
e serviços
Receitas de
vendas
Juros
passivos Juros ativos
Receita de
arrendamento
mercantil (i)
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. (ii) (1.960.060) 26 (24) 1.107 36.316
Lala Brasil Holding Ltda. (7.341) - (4.933) - -
Lala Servicios y Procesos Globales,
S.A. de C.V.(118) - - - -
(1.967.519) 26 (4.957) 1.107 36.316
Exercício findo em 31 de
dezembro de 2017
Banco Original S.A. (i) - - (31.393) 3.716 -
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. (ii) (1.786.559) 9.244 - 2.061 34.998
Itambé Alimentos S.A. (36) 429 - - -
JBS S.A. (2.677) 25.433 - - -
Seara Alimentos Ltda. (127) 183.735 - - -
Braslo Produtos de Carne Ltda. - 20 - - -
Arla Foods (2.053) - - - -
Enersea Com. de Energia (153) - - - -
(1.791.605) 218.861 (31.393) 5.777 34.998
Controladora
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
30
Exercício findo em 31 de
dezembro de 2018
Compras de
matérias
primas,
mercadorias
e serviços
Receitas de
vendas
Venda de
ativo
imobilizado
Juros
passivos Juros ativos
Lala Brasil Holding Ltda. (2.577) - - (1.250) -
Lala Servicios y Procesos Globales,
S.A. de C.V.(238) - - - -
(2.815) - - (1.250) -
Exercício findo em 31 de
dezembro de 2017
Banco Original S.A. (i) - - - (31.393) 3.716
JBS S.A. (53.342) 29.958 - - -
Seara Alimentos Ltda. (127) 240.590 - - -
Braslo Produtos de Carne Ltda. - 20 - - -
Arla Foods (2.053) - - - -
Enersea Com. de Energia Ltda. (9.886) - - - -
(65.408) 270.568 - (31.393) 3.716
Consolidado
(i) a Companhia mantém transações pactuadas com a instituição financeira referente a cessão de crédito com o objetivo
de antecipação de seus recebíveis, sem direito de regresso (nota nº 5 - Contas a receber de Clientes);
(ii) a Companhia mantém relações e transações comerciais com sua controlada direta, referente as operações pactuadas
entre as partes divulgadas na nota nº 1 - Contexto operacional;
(iii) Receitas com arrendamentos operacionais: a Companhia firmou em 5 de setembro de 2016 um contrato de
arrendamento mercantil operacional com a controlada Dan Vigor. São objetos do contrato de arrendamento operacional,
parte dos imóveis e todas as instalações, maquinários e equipamentos fabris. O valor pactuado é submetido a atualização
anual de acordo com a variação positiva do IGPM/FGV, a ser aplicado a partir do 13º mês e o prazo do contrato é de 15
anos. O quadro abaixo está demonstrando os valores futuros que a Controladora tem a receber:
Para os exercícios findos em: Controladora
2019 34.992
2020 34.992
2021 34.992
2022 34.992
2023 34.992
Acima de 2024 250.776
Total 425.736
Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da Administração inclui a Diretoria Executiva e o Conselho de Administração. O valor agregado das
remunerações recebidas por esses administradores, por serviços nas respectivas áreas de competência, no exercício
findo em 31 de dezembro de 2018 foi de R$ 13.552 (11 membros) e em 2017 foi de R$ 17.538 (11 membros).
O Diretor Comercial, Diretor de Marketing, Diretor de Recursos Humanos, Diretor de Administração e Controle, Finanças
e RI, Diretor de Supply Chain, Diretor Industrial, 2 Diretores de Unidades de Negócio e Diretor Presidente são parte de
contrato de trabalho no regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), onde seguem todas as prerrogativas legais de
remunerações e benefícios.
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
31
De acordo com o IAS 24 (alterações)/CPC 05 (R1) – Apresentação de Partes Relacionadas, com exceção aos descritos
acima, os demais membros da Diretoria Executiva e Conselho de Administração não são partes de contrato de trabalho
ou outros contratos que prevejam benefícios corporativos adicionais, tais como benefício pós-emprego ou quaisquer outros
benefícios de longo prazo, benefícios de rescisão de trabalho que não estejam de acordo com os requeridos pela CLT,
quando aplicável, ou remuneração com base em ações.
11 Investimentos em controladas
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Companhia detinha o controle integral da Dan Vigor. A seguir estão apresentadas informações consideradas relevantes desta controlada:
%
Total de
ativos Capital social
Patrimônio
líquido
Receita
líquida
Resultado do
período
Dan Vigor Ind. Com. Lat. Ltda. 100% 731.199 23.351 108.260 1.916.735 92.708
A seguir a movimentação ocorrida durante o período de 1 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2018:
Dan Vigor Itambé Total
Saldo em 01.01.2017 309.823 461.611 771.434
Equivalencia patrimonial (36.377) 6.849 (29.528)
Perda de controle (valor justo) - 73.576 73.576
Baixa por venda - (542.036) (542.036)
Saldo em 31.12.2017 273.446 - 273.446
Equivalencia patrimonial 92.709 92.709
Saldo em 31.12.2018 366.155 - 366.155
(*) O saldo do investimento na Dan Vigor corresponde a R$ 208.895 de ágio, R$ 49.000 de mais valia de marcas e R$ 108.260 do patrimônio Líquido.
12 Imobilizado
Reapresentado
31.12.2018 31.12.2017
Imóveis 254.150 (112.240) 141.910 147.185
Terra nua e terrenos 118.575 - 118.575 120.325
Máquinas e equipamentos 381.865 (215.226) 166.639 182.872
Instalações 147.083 (82.812) 64.271 73.869
Equipamentos de informática 19.161 (14.653) 4.508 1.923
Veículos 4.125 (3.881) 244 164
Imobilizado em andamento* 6.072 - 6.072 5.255
Outros 30.104 (8.193) 21.911 22.005
961.135 (437.005) 524.130 553.598
Líquido
Controladora Custo
Depreciação
acumulada
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
32
Reapresentado
31.12.2017 Adições Baixas Transferências 31.12.2018
Custo
Imóveis 253.974 176 - - 254.150
Terra nua e terrenos 120.325 - (1.750) - 118.575
Máquinas e equipamentos 382.067 287 (494) 5 381.865
Instalações 146.977 106 - - 147.083
Equipamentos de informática 15.423 3.743 - (5) 19.161
Veículos 4.204 100 (179) - 4.125
Imobilizado em andamento* 5.255 817 - - 6.072
Outros 28.961 1.143 - - 30.104
957.186 6.372 (2.423) - 961.135
Depreciação
Imóveis (106.789) (5.451) - - (112.240)
Máquinas e equipamentos (199.195) (16.472) 441 - (215.226)
Instalações (73.108) (9.704) - - (82.812)
Equipamentos de informática (13.500) (1.153) - - (14.653)
Veículos (4.040) (21) 180 - (3.881)
Outros (6.956) (1.237) - - (8.193)
(403.588) (34.038) 621 - (437.005)
Líquido 553.598 (27.666) (1.802) - 524.130
Reapresentado
31.12.2018 31.12.2017
Imóveis 261.800 (115.185) 146.615 152.072
Terra nua e terrenos 120.083 - 120.083 121.833
Máquinas e equipamentos 454.419 (240.317) 214.102 214.688
Instalações 165.781 (88.773) 77.008 81.307
Equipamentos de informática 20.225 (15.268) 4.957 2.120
Veículos 4.415 (4.171) 244 164
Imobilizado em andamento* 16.505 - 16.505 5.421
Outros 36.617 (9.211) 27.406 23.580
1.079.845 (472.925) 606.920 601.185
Líquido
Consolidado Custo
Depreciação
acumulada
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
33
Reapresentado
31.12.2017 Adições Baixas Transferências 31.12.2018
Custo
Imóveis 261.584 216 - - 261.800
Terra nua e terrenos 121.833 - (1.750) - 120.083
Máquinas e equipamentos 434.807 16.895 (545) 3.262 454.419
Instalações 159.420 6.393 (32) - 165.781
Equipamentos de informática 16.176 4.054 - (5) 20.225
Veículos 4.495 100 (180) - 4.415
Imobilizado em andamento* 5.421 14.595 (27) (3.484) 16.505
Outros 31.379 5.034 (4) 208 36.617
1.035.115 47.287 (2.538) (19) 1.079.845
Depreciação
Imóveis (109.512) (5.673) - - (115.185)
Máquinas e equipamentos (220.119) (20.643) 445 - (240.317)
Instalações (78.113) (10.660) - - (88.773)
Equipamentos de informática (14.056) (1.212) - - (15.268)
Veículos (4.331) (20) 180 - (4.171)
Outros (7.799) (1.412) - - (9.211)
(433.930) (39.620) 625 - (472.925)
Líquido 601.185 7.667 (1.913) (19) 606.920
Controladora Reapresentado
01.01.2017 Adições Baixas Transferências 31.12.2017
Custo
Imóveis 249.953 6.114 (2.093) - 253.974
Terra nua e terrenos 123.701 - (3.376) - 120.325
Máquinas e equipamentos 383.124 3.341 (14.520) 10.122 382.067
Instalações 157.532 231 (11.224) 438 146.977
Equipamentos de informática 15.329 702 (608) - 15.423
Veículos 4.364 - (156) (4) 4.204
Imobilizado em andamento* 15.563 534 - (10.842) 5.255
Outros 29.862 6 (1.193) 286 28.961
979.428 10.928 (33.170) - 957.186
Depreciação
Imóveis (102.076) (5.498) 785 - (106.789)
Máquinas e equipamentos (181.216) (18.152) 193 (20) (199.195)
Instalações (62.553) (11.081) 510 16 (73.108)
Equipamentos de informática (11.855) (1.646) 1 - (13.500)
Veículos (4.257) (45) 258 4 (4.040)
Outros (5.535) (1.423) 2 - (6.956)
(367.492) (37.845) 1.749 - (403.588)
Líquido 611.936 (26.917) (31.421) - 553.598
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
34
Consolidado
01.01.2017 Adições Baixas Transferências
Operações
descontinuadas
Perda de
controle
Itambé
Reapresentado
31.12.2017
Custo
Imóveis 467.940 6.180 (2.349) 4.880 1.853 (216.920) 261.584
Terra nua e terrenos 178.257 1.138 (3.376) - - (54.186) 121.833
Máquinas e equipamentos 930.742 15.173 (15.109) 11.574 2.123 (509.696) 434.807
Instalações 281.783 7.096 (12.838) 8 17.578 (134.207) 159.420
Equipamentos de informática 38.847 879 (679) - (1.847) (21.024) 16.176
Veículos 15.723 - (156) (4) (510) (10.558) 4.495
Imobilizado em andamento* 84.325 1.475 - (17.206) (19.772) (43.401) 5.421
Outros 45.767 981 (1.407) 748 2.926 (17.636) 31.379
2.043.384 32.922 (35.914) - 2.351 (1.007.628) 1.035.115
Depreciação
Imóveis (156.932) (5.697) 785 - (3.087) 55.419 (109.512)
Máquinas e equipamentos (462.525) (21.461) 193 (20) (3.957) 267.651 (220.119)
Instalações (152.796) (11.782) 510 26 (3.829) 89.758 (78.113)
Equipamentos de informática (29.802) (1.697) 1 - 3.252 14.190 (14.056)
Veículos (6.883) (50) 258 4 (914) 3.254 (4.331)
Outros (16.674) (1.501) 2 (10) (1.502) 11.886 (7.799)
(825.612) (42.188) 1.749 - (10.037) 442.158 (433.930)
Líquido 1.217.772 (9.266) (34.165) - (7.686) (565.470) 601.185
(*) O saldo de imobilizado em andamento refere-se substancialmente a projetos de melhorias das fábricas e processos produtivos.
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
35
A Companhia e sua controlada revisam anualmente as vidas úteis dos ativos imobilizados e não foram identificadas
alterações significativas durante o ano. A média ponderada das taxas de depreciação dos ativos que compõe cada grupo
são as seguintes:
Mínima Máxima
Imóveis 1,67% 5,00%
Máquinas e equipamentos 3,33% 10,00%
Instalações 3,33% 10,00%
Equipamentos de informática 20,00% 33,33%
Veículos 10,00% 20,00%
Outros 3,33% 33,33%
Consolidado
A Companhia possui um contrato de arrendamento mercantil operacional com a sua controlada direta Dan Vigor. Abaixo
estão relacionados os bens do ativo imobilizado que são parte deste contrato:
Reapresentado
31.12.2018 31.12.2017
Imóveis 224.292 (99.357) 124.935 129.581
Máquinas e equipamentos 389.362 (213.670) 175.692 192.194
Instalações 110.040 (45.078) 64.962 74.634
Equipamentos de informática 4.028 (3.667) 361 505
Veículos 32 (32) - -
Softw are 1.301 (1.108) 193 -
Outros 24.566 (4.445) 20.120 21.234
753.621 (367.359) 386.262 418.148
Líquido
Imobilizado Custo
Depreciação
acumulada
13 Intangível
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Ágio
Laticínios Serrabella Ltda. 1.459 1.459 1.459 1.459
S/A Fabrica de Produtos Alimentícios Vigor 860.946 860.946 860.946 860.946
Laticínios MB Ltda. 13.304 13.304 13.304 13.304
Dan Vigor Ind. e Com. de Laticínios Ltda. - - 208.895 208.895
875.709 875.709 1.084.604 1.084.604
Marcas e patentes 700 700 49.700 49.700
Softw are 8.818 4.452 8.990 4.653
885.227 880.861 1.143.294 1.138.957
Controladora Consolidado
Controladora 31.12.2017 Adições Amortizações 31.12.2018
Ágio 875.709 - - 875.709
Marcas e patentes 700 - - 700
Softw are 4.452 8.147 (3.781) 8.818
880.861 8.147 (3.781) 885.227
Controladora 01.01.2017 Adições Baixas Amortizações 31.12.2017
Ágio 875.709 - - - 875.709
Marcas e patentes 3.188 - (2.488) - 700
Softw are 6.647 1.766 (109) (3.852) 4.452
885.544 1.766 (2.597) (3.852) 880.861
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
36
Consolidado 31.12.2017 Adições Baixas Amortizações 31.12.2018
Ágio 1.084.604 - - - 1.084.604
Marcas e patentes 49.700 - - - 49.700
Softw are 4.653 8.213 - (3.876) 8.990
1.138.957 8.213 - (3.876) 1.143.294
Consolidado 01.01.2017 Adições Baixas Amortizações
Perda de
controle
Itambé 31.12.2017
Ágio 1.123.962 - - - (39.358) 1.084.604
Marcas e patentes 275.853 - (2.523) - (223.630) 49.700
Softw are 22.771 1.880 (109) (3.920) (15.969) 4.653
1.422.586 1.880 (2.632) (3.920) (278.957) 1.138.957
Conforme abordado na nota explicativa nº 9 - Operações descontinuadas, considerando o processo de venda de sua
participação na Itambé Alimentos S/A com a opção de compra exercida pela sócia "CCPR" prevista no acordo de
acionistas, este fato acarretou na descontinuação da marca Itambé nas operações da Companhia. Com relação as demais
marcas e patentes a Companhia não possui expectativa de descontinuidade, sendo relacionadas algumas com maior
destaque: Danúbio, Leco e Mesa.
Ágio
No ano de 2008, a Companhia adquiriu 100% do capital do Laticínios Serrabella Ltda, tendo apurado um ágio no valor de
R$ 1.459, que por não ter vida útil definida não é amortizado, mas, todavia, a sua recuperação é testada anualmente.
Em janeiro de 2012, houve a cessão do investimento a valor contábil da JBS S.A., incluindo ágio, na S.A Fábrica de
Produtos Alimentícios Vigor para capitalização na Companhia. Tal cessão ocorre em função de uma transação sob controle
comum, em que a controladora JBS S.A. efetuou capitalização de R$ 1.191.373 na Companhia, através de cessão a valor
contábil de seu investimento (R$ 330.427) e ágio (R$ 860.946) na S.A. Fábrica de Produtos Alimentícios Vigor (“Vigor”).
Naquela data a Companhia tornou-se detentora de 100% do capital na Vigor, sem que tenha havido alteração no seu
controle final, o qual permaneceu com a controladora JBS S.A. Os valores registrados das demonstrações financeiras da
Companhia representam os valores de livros na JBS S.A. antes da transação. Em novembro de 2012, a Vigor adquiriu
100% da Laticínios MB Ltda, tendo apurado um ágio no valor de R$ 13.304. Em junho de 2013, a Companhia adquiriu
50% da Itambé Alimentos S.A, tendo apurado um ágio no valor de R$ 39.358 e em 26 de outubro de 2017 houve a perda
de controle (nota 9). Em fevereiro de 2015, apurou um ágio de R$ 208.895 referente a compra de 50% da Dan Vigor.
Ágio: Conforme interpretação técnica ICPC 09 - Demonstrações Financeiras Individuais, Demonstrações Separadas,
Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, no balanço consolidado o ágio
(“goodwill”) fica registrado no subgrupo do Ativo Intangível por se referir à expectativa de rentabilidade da controlada
adquirida, cujos ativos e passivos estão consolidados nos da controladora. Já no balanço individual da controladora, esse
ágio fica no seu subgrupo de Investimentos, do mesmo grupo de ativos não circulantes, porque, para a investidora, faz
parte do seu investimento na aquisição da controlada, não sendo ativo intangível seu (como dito atrás, a expectativa de
rentabilidade futura – o genuíno intangível – é da controlada).
Teste para verificação de perda do valor recuperável (“impairment”) do ágio
Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Companhia avaliou a recuperação do valor contábil dos ágios
utilizando o conceito do “valor em uso”, por meio de modelos de fluxo de caixa descontado, representativas dos conjuntos
de bens tangíveis e intangíveis utilizados na produção e venda de produtos aos seus clientes.
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
37
O processo de determinação do Valor em Uso envolve utilização de premissas, julgamentos e estimativas sobre os fluxos
de caixa, tais como taxas de crescimento das receitas, custos e despesas, estimativas de investimentos e capital de giro
futuros e taxas de descontos. As premissas sobre projeções de crescimento dos fluxos de caixa são baseadas nas
melhores estimativas da Administração, bem como em dados comparáveis de mercado, das condições econômicas que
existirão durante a vida econômica do conjunto de ativos que proporcionam os mesmos. Os fluxos de caixa futuros foram
descontados com base na taxa representativa do custo médio ponderado de capital (WACC).
De forma consistente com as técnicas de avaliação econômica, a avaliação do valor em uso foi efetuada por um período
de 10 anos e, a partir de então, considerou-se a perpetuidade do fluxo tendo em vista a capacidade de continuidade dos
negócios por tempo indeterminado. A Administração julgou apropriada a utilização do período de dez anos com base em
sua experiência passada em elaborar com acurácia projeções de seu fluxo de caixa.
A taxa de crescimento utilizada para extrapolar as projeções além do período de dez anos foi de 4,8% ao ano em valores
nominais. Os fluxos de caixa futuros estimados foram descontados a taxa de 10,60%, também em valores nominais. As
principais premissas usadas na estimativa do valor em uso são como segue:
• Receitas de vendas: As receitas foram projetadas entre 2019 e 2028, considerando os crescimentos de volumes e
dinâmica de preços das diferentes categorias de produtos das Unidades Geradoras de Caixa.
• Custos e despesas operacionais: Os custos e despesas foram projetados em linha com o desempenho histórico da
Companhia, bem como, com o crescimento previsto das receitas.
• Investimentos de capital: Os investimentos em bens de capital foram estimados considerando a manutenção da infra-
estrutura existente e as expectativas necessárias para viabilizar a oferta dos produtos. Porém, não foram considerados
investimentos para expansão.
As premissas-chave foram baseadas no desempenho histórico da Companhia e em premissas macroeconômicas
razoáveis e fundamentadas com base em projeções do mercado financeiro, documentadas e aprovadas pela
Administração da Companhia.
Baseando-se no teste anual de recuperação dos ativos intangíveis da Companhia, elaborado sobre as projeções
realizadas sobre as demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, perspectivas de
crescimento a época e acompanhamento das projeções e dos resultados operacionais durante o exercício findo em 31 de
dezembro de 2018, não foram identificadas possíveis perdas ou indicativos de perdas, visto que o valor em uso é superior
ao valor líquido contábil na data da avaliação.
14 Fornecedores e fornecedores risco sacado
a) Fornecedores
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Mercado Interno
Materiais, Insumos e serviços 34.734 24.192 273.133 252.839
Produtos acabados 138.489 55.538 1.065 2.986
173.223 79.730 274.198 255.825
Mercado Externo
Insumos - - 7.344 1.038
173.223 79.730 281.542 256.863
Controladora Consolidado
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
38
b) Fornecedores risco sacado
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Fornecedores risco sacado 16.774 15.459 117.406 63.582
Controladora Consolidado
Alguns fornecedores tem a opção de ceder títulos da Companhia, sem direito de regresso, junto a instituição financeira de
primeira linha. A negociação da taxa de desconto é realizada diretamente entre Banco e fornecedor, no momento da
formalização de cada operação de cessão.
Cabe enfatizar que operacionalmente e comercialmente não houve alteração no processo, e que a referida transação de
risco sacado não gera alteração nos preços praticados pelos fornecedores, mantendo-se a mesma composição de preço
praticado previamente à operação de risco sacado por esses mesmos fornecedores.
15 Empréstimos e financiamentos
Passivo circulante
Modalidade 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Em moeda nacional
Capital de Giro 25.596 131.180 29.049 287.081
FGPP/NPR - - 11.885 -
Finame 2.253 2.295 2.253 2.295
Cessão de créditos - 327.046 - 338.310
27.849 460.521 43.187 627.686
Em moeda estrangeira
Lei 4131 - USD 323.445 86.070 323.445 86.070
FINIMP - - 7.065 -
323.445 86.070 330.510 86.070
351.294 546.591 373.697 713.756
Controladora Consolidado
4,07% a.a
2,98% a.a. (Sw ap a CDI
+0,98% a.a.)
3,08% a.a.
Custo financeiro
CDI + 0,34% a.a.
5,00% a.a.
CDI + 5,30% a.a.
Passivo não circulante
Modalidade
Custo
financeiro Vencimento 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Em moeda nacional
Capital de Giro 6,70% a.a. 05.03.2020 - 25.000 199.853 25.000
Finame 3,16% a.a. 15.07.2024 7.487 9.821 7.487 9.821
7.487 34.821 207.340 34.821
Em moeda estrangeira
Lei 4131 - USD
2,98% a.a.
(Sw ap a CDI
+0,98% a.a.) 01.10.2019 - 347.340 - 347.340
7.487 382.161 207.340 382.161
Controladora Consolidado
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
39
Desmembramento: 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Passivo circulante 351.294 546.591 373.697 713.756
Passivo não circulante 7.487 382.161 207.340 382.161
358.781 928.752 581.037 1.095.917
Controladora Consolidado
O vencimento do exigível a longo prazo compõe-se: 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
2018 - 374.618 - 374.618
2019 2.241 2.279 202.095 2.279
2020 2.241 2.260 2.241 2.260
2021 2.188 2.188 2.188 2.188
2022 a 2024 817 816 816 816
7.487 382.161 207.340 382.161
Controladora Consolidado
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Saldo inicial 928.752 627.183 1.095.918 1.045.404
Captações 204.811 2.599.564 423.249 2.782.198
Amortizações de principal (842.269) (2.614.608) (996.330) (2.695.295)
Juros pagos (i) (22.197) (69.792) (46.687) (84.605)
Despesas de juros e encargos 16.979 98.179 32.215 119.112
Variações cambiais 72.705 1.146 72.672 1.146
Reconhecimento da operação de cessão de créditos - 287.080 - 287.080
Perda de controle da Itambé (ii) - - - (359.123)
Saldo final 358.781 928.752 581.037 1.095.917
ConsolidadoControladora
(i) A administração da Companhia optou por considerar os juros pagos como fluxos de caixa das atividades de
financiamento; e
(ii) Do montante apresentado, R$ 41.117 refere-se a provisão de juros, R$ 148.018 refere-se a captações, R$ 128.736
refere-se a liquidações de principal, R$ 40.106 liquidações de juros e R$ 379.416 refere-se ao saldo de empréstimos e
financiamentos no momento em que a Companhia deixou de ter o controle da Itambé.
A maioria das captações de recursos da Companhia referentes à capital de giro não possuem garantias físicas e/ou
garantias específicas. Especificamente nos casos de financiamentos e arrendamentos de bens, as operações são
garantidas pelos ativos objetos dos financiamentos. Outras operações possuem garantias reais e/ou aval de sua
controladora.
A Companhia possuía uma operação de debêntures junto ao banco Bradesco que foi liquidada integralmente de forma
antecipada em 21 de novembro de 2017 no montante total de R$ 262.677.
A operação apresentada na rubrica “Lei 4131 – USD” está sujeita ao vencimento antecipado em caso da não observância
do índice financeiro “Dívida Líquida/EBITDA” inferior a 4,0x em base anual e no resultado consolidado, até o final do
contrato.
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
40
A Companhia possui em seus contratos de empréstimos e financiamentos as seguintes cláusulas de vencimento
antecipado (Covenants):
a - Obter e manter em vigor todas as autorizações e aprovações governamentais necessárias para que possa cumprir
suas obrigações;
b - Não tornar-se um "Facta- FFI" ou contribuinte americano; c - Cumprir integralmente todas as leis ambientais e manter todas as licenças / permissões exigidas pelas Leis Ambientais aplicáveis, bem como as leis de segurança de trabalho e proteção à saúde; d - Caso a Companhia ou seus fiadores tiverem títulos de sua responsabilidade ou coobrigação protestado ou sofrerem execução/arresto de bens, que possa comprometer a capacidade de pagamento, exceto se devidamente comprovado que foram cancelados, suspensos ou efetuados por erro; e - Existência de decisão administrativa final sancionada por um órgão competente, em razão de prática de atos que importem em discriminação de raça ou gênero, bem como trabalho infantil, trabalho análogo ao de escravo, assédio moral, sexual ou proveito criminoso de prostituição; f - A Companhia deve estar atenta ao disposto na legislação aplicável às pessoas portadoras de deficiência; g - Comunicar o banco caso algum dos seus proprietários, controladores ou diretores tenham sido diplomata ou empossada com Deputado Federal ou Senador; e h - A Companhia deverá manter segurados todos os bens dados as garantias do contrato (Finame). A Companhia está em conformidade com todas as restrições contratuais.
16 Obrigações fiscais, trabalhistas e sociais
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Salários e encargos sociais 11.126 14.117 19.320 22.472
Provisões para férias, 13º e encargos 12.464 11.227 22.929 21.790
Imposto de renda e contribuição social retido 1.029 2.720 1.723 3.446
ICMS a recolher 2.185 3.215 7.712 7.726
PIS e COFINS a recolher 5.721 3.644 6.161 4.028
Parcelamentos tributários (a) 168.595 171.852 173.741 171.852
Outros 339 364 916 735
201.459 207.139 232.502 232.049
Passivo circulante 61.037 56.499 87.287 81.409
Passivo não circulante 140.422 150.640 145.215 150.640
201.459 207.139 232.502 232.049
Controladora Consolidado
a) Parcelamentos tributários
1.) Parcelamento federal – Lei nº 11.941. de 27.05.2009
Em novembro de 2009 a Vigor aderiu ao parcelamento de débitos federais com a opção de liquidar os valores
correspondentes a multas e a juros moratórios, inclusive relativos a débitos inscritos na Dívida Ativa da União, com a
utilização de créditos decorrentes de prejuízo fiscal e base negativa da CSLL próprios.
A norma legal estabeleceu que até o mês anterior ao da consolidação do parcelamento, o contribuinte estaria obrigado
ao pagamento, a cada mês, de prestação em valor não inferior a R$ 100,00 (cem reais). Somente após a consolidação do
parcelamento pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a empresa procedeu ao recolhimento das parcelas pelo valor
correto, qual seja, o valor correspondente à divisão do montante do débito consolidado, computadas as prestações pagas,
pelo número de prestações restantes.
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
41
A opção do parcelamento se deu em 180 (cento e oitenta) parcelas do saldo devedor remanescente, acrescido de juros
correspondentes à variação da taxa SELIC.
2.) Parcelamento federal – Lei nº 13.496, de 24.10.2017
Em outubro de 2017 a Vigor aderiu ao parcelamento de débitos no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil e
inscritos em Dívida Ativa da União, por meio do PERT (Programa Especial de Regularização Tributária), mediante o
pagamento de 20% da dívida consolidada vencíveis de agosto a dezembro de 2017, e o restante em 145 (cento e quarenta
e cinco) parcelas com reduções de 80% dos juros de mora, 50% das multas de mora e de 100% dos encargos legais,
inclusive honorários advocatícios.
3.) Parcelamento federal – Lei nº 13.606, de 09.01.2018
Em outubro de 2018 a Vigor aderiu ao PRR (Programa de Regularização Tributária Rural), que trata do parcelamento das
contribuições de que tratam o artigo 25 da Lei nº 8.212, de 24.07.1991, e o artigo 25 da Lei n° 8.870, de 15 de abril de
1994, mediante o pagamento do valor correspondente a, no mínimo, 2,5% do valor da dívida consolidada, em até 02
parcelas iguais e sucessivas, e pagamento do restante da dívida consolidada por meio de parcelamento em até 176
prestações mensais e sucessivas, vencíveis a partir do mês de janeiro de 2019, equivalentes a 0,3% (três décimos por
cento) da média mensal da receita bruta proveniente da comercialização do ano civil imediatamente anterior ao do
vencimento da parcela, com redução de 100% do valor correspondente às multas de mora e de ofício e de 100% (cem por
cento) dos juros de mora.
Nos quadros a seguir temos a posição dos saldos dos parcelamentos tributários que a Companhia fez a adesão:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Federais 167.246 169.796 172.392 169.796
Estaduais 883 1.569 883 1.569
SENAI 466 487 466 487
Total de parcelamentos tributários 168.595 171.852 173.741 171.852
ConsolidadoControladora
Movimentação dos parcelamentos
Federais Estaduais SENAI Total
31.12.2017 169.796 1.569 487 171.852
Provisões 20.840 - - 20.840
Juros 7.288 83 36 7.407
Compensações e liquidações (30.678) (769) (57) (31.504)
31.12.2018 167.246 883 466 168.595
Controladora
Federais Estaduais SENAI Total
31.12.2017 169.796 1.569 487 171.852
Provisões 26.146 - - 26.146
Juros 7.339 83 36 7.458
Compensações e liquidações (30.889) (769) (57) (31.715)
31.12.2018 172.392 883 466 173.741
Consolidado
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
42
Próximos vencimentos
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
2018 - 24.655 - 24.655
2019 33.847 24.647 34.199 24.647
2020 33.322 24.179 33.675 24.179
2021 25.666 23.979 26.018 23.979
2022 24.170 23.979 24.523 23.979
Até 2030 51.590 50.413 55.326 50.413
168.595 171.852 173.741 171.852
Controladora Consolidado
17 Provisão para riscos
A Vigor é parte envolvida em processos judiciais de natureza trabalhista, tributária e cível em andamento, os quais
envolvem riscos em caso de perda, responsabilidades contingentes. Os processos encontram-se em fase de defesa
administrativa e/ou em trâmite na esfera judicial.
Com base no posicionamento da Administração, apoiado na opinião de seus assessores jurídicos internos e externos, a
Administração da Companhia e de sua controlada mantêm provisão para riscos em montantes considerados suficientes
para fazer face a eventuais perdas que possam advir de desfechos desfavoráveis, conforme a seguir:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Trabalhistas 21.062 21.892 22.857 23.205
Cíveis 2.064 836 2.430 883
Fiscais e Previdenciárias 13.682 1.764 13.682 1.764
Total 36.808 24.492 38.969 25.852
31.12.2017 Adições Baixas 31.12.2018
Controladora 24.492 24.920 (12.604) 36.808
Consolidado 25.852 26.859 (13.742) 38.969
Controladora Consolidado
Considerando o Contrato de Compra e Venda de Ações celebrado entre Grupo J&F e Grupo Lala para a compra das ações
da Vigor, as Demandas de Terceiro contra a Vigor, estão sujeitas a indenização, nos termos da Cláusula 10, cujo fato
gerador seja anterior à data do fechamento da operação.
Processos trabalhistas
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, com base na avaliação de risco feita pela Administração apoiada na
opinião de seus assessores jurídicos, a Companhia registrou provisões no montante de R$ 21.062 (R$ 22.857 no
consolidado) relativas a tais processos para fazer frente a eventuais resultados adversos nas ações em que é parte, já
incluídos os encargos previdenciários. As ações, em sua maioria, são movidas por ex-empregados e terceiros, e os
principais pedidos dizem respeito à jornada de trabalho, pedidos de vínculo empregatício, horas extras, adicional de
insalubridade e periculosidade, bem como suposta ocorrência de acidentes de trabalho.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as contingências classificadas com probabilidade de perda possível,
totalizavam R$ 24.383 (R$ 26.680 no consolidado).
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(Em milhares de reais)
43
Processos cíveis
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, na avaliação da Administração, apoiada na opinião de seus assessores
jurídicos, a expectativa de perda é de R$ 2.064 (R$ 2.430 no consolidado), sendo que esse montante está provisionado.
Os pleitos, em sua maioria, estão relacionados a ações de indenização por rescisão de contratos de representação
comercial e de prestação de serviços.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as contingências classificadas com probabilidade de perda possível,
totalizavam R$ 8.692 (R$ 8.383 no consolidado).
Processos fiscais e previdenciárias
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, na avaliação da Administração, apoiada na opinião de seus assessores
jurídicos, a expectativa de perda é de R$ 13.682, sendo que esse montante está provisionado. As principais ações
provisionadas são movidas:
1) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial / SENAI - Enquadramento do Fator de Previdência e Assistência
Social - FPAS e à cobrança do adicional incidente sobre as contribuições previdenciárias;
2) Receita Federal do Brasil - Processos administrativos de compensações previdenciárias; e
3) SEFAZ (RS) – Exigência de ICMS, juros e multa em decorrência de não ter sido realizado corretamente o estorno
proporcional dos créditos escriturados na entrada de mercadorias da cesta básica cujas saídas foram
beneficiadas com a redução da base de cálculo.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2018, as contingências classificadas com probabilidade de perda possível,
totalizavam R$ 351.177 (R$ 428.705 no consolidado). As principais ações com probabilidade de perda possível são:
1) R$ 34.299 - PIS e COFINS – Processo Administrativo que discute a divergência entre DACON e Sped Contábil
2012;
2) R$ 41.024 - PREVIDENCIÁRIOS - Processo Administrativo que discute a exigência de débitos previdenciários
regularmente compensados com créditos homologados pela Receita Federal do Brasil;
3) R$ 20.923 - ICMS/PR - Processo Administrativo que discute a manutenção de créditos presumidos do imposto
em operações resguardadas pela legislação;
4) R$ 141.557 - ICMS/MG - Processo Administrativo que discute a manutenção da base de cálculo do imposto
empregada em transferência interna, resguardada por meio de regime especial;
5) R$ 17.827 - ICMS/MG - Processo Administrativo que discute a manutenção dos incentivos fiscais (créditos
presumidos) em operações resguardadas por Regime Especial; e
6) R$ 27.909 - ICMS/MG - Processo Administrativo que discute a manutenção dos incentivos fiscais (créditos
presumidos) em operações resguardadas por Regime Especial. Em março de 2019 o processo saiu da esfera
administrativa para a esfera judicial em função do Auto de Infração.
18 Impostos sobre o lucro
São registrados com base no lucro tributável de acordo com a legislação e alíquotas vigentes. O imposto de renda e a
contribuição social diferidos ativos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias. O imposto de renda e contribuição
social diferidos passivos foram registrados sobre as reservas de reavaliação constituídas pela Companhia e sobre as
diferenças temporárias.
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(Em milhares de reais)
44
a) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social:
2018 2017 2018 2017
Resultado antes dos impostos sobre o lucro 75.201 (77.204) 74.985 (95.464)
Alíquotas nominais 34% 34% 34% 34%
Expectativa de impostos sobre o lucro (25.568) 26.249 (25.495) 32.458
Ajuste para demonstração da alíquota efetiva
(Adições) exclusões permanente: 45.290 (15.251) 45.433 (3.200)
Resultado de equivalência patrimonial 31.521 (12.369) - -
Incentivos Fiscais 15.746 (2.759) 47.482 (2.868)
Gratif icação para administradores (1.847) (307) (1.847) (516)
Outras (130) 184 (202) 184
Impostos sobre o lucro 19.722 10.998 19.938 29.258
Alíquota efetiva -26% 14% -27% 31%
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Imposto de renda e contribuição social 19.722 10.998 19.938 29.258
19.722 10.998 19.938 29.258
b) Composição do saldo de impostos sobre o lucro diferidos no balanço patrimonial
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social 49.103 44.870 74.917 70.576
Reserva de reavaliação (33.959) (35.617) (33.959) (35.617)
Ganho na aquisição de investimentos (Dan Vigor) (43.842) (43.842) (43.842) (43.842)
Agio e mais valia de investimentos (95.579) (95.605) (95.579) (95.605)
Outras diferenças temporárias ativas e passivas 12.073 6.611 13.820 8.250
Total (112.204) (123.583) (84.643) (96.238)
Impostos diferidos ativos - - 27.561 27.345
Impostos diferidos passivos (112.204) (123.583) (112.204) (123.583)
Controladora Consolidado
Impostos diferidos
Imposto diferido é gerado por diferenças temporárias na data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e
seus valores contábeis. Impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributárias temporárias,
exceto:
(i) quando o imposto diferido passivo surge do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação
que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o lucro contábil ou o lucro real ou prejuízo
fiscal; e
(ii) sobre as diferenças temporárias tributárias relacionadas com investimentos em controladas, em que o exercício da
reversão das diferenças temporárias pode ser controlado e é provável que as diferenças temporárias não sejam revertidas
no futuro próximo. Impostos diferidos ativos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e
perdas tributárias não utilizadas, na extensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que as
diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e perdas tributárias não utilizadas possam ser
utilizadas, exceto:
(iii) sobre as diferenças temporárias dedutíveis, associadas com investimentos em controladas, impostos diferidos ativos
são reconhecidos somente na extensão em que for provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro
próximo e o lucro tributável esteja disponível para que as diferenças temporárias possam ser utilizadas.
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(Em milhares de reais)
45
O período estimado para utilização do prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social é incerto e está vinculado a
diversos fatores que podem ou não estar sob controle da Administração. Contudo, o quadro a seguir apresenta a
expectativa aproximada para utilização desses créditos que foi elaborado no plano orçamentário para os próximos anos
da Companhia:
Controladora Consolidado
2019 15.222 23.224
2020 13.749 20.977
2021 15.222 23.224
2022 em diante 4.910 7.492
49.103 74.917
19 Patrimônio líquido
a) Capital social
Conforme artigo 5° do Estatuto Social da Vigor Alimentos S.A o capital social da Companhia é de R$ 1.507.934 (um bilhão,
quinhentos e sete milhões, novecentos e trinta e três mil, setecentos e quarenta e sete reais e sessenta e um centavos),
dividido em 179.465.112 (cento e setenta e nove milhões, quatrocentos e sessenta e cinco mil, cento e doze ações) ações
ordinárias, escriturais, nominativas, sem valor.
A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social em até mais 10.000.000 de ações ordinárias, nominativas,
escriturais e sem valor nominal. Conforme estatuto social, o Conselho de Administração fixará o número, o preço, o prazo
de integralização e as demais condições da emissão de ações. A Companhia poderá outorgar opção de compra de ações
a administradores, empregados ou pessoas naturais que lhe prestem serviços, ou a administradores, empregados ou
pessoas naturais que prestem serviços às empresas sob seu controle, com exclusão do direito de preferência dos
acionistas na outorga e no exercício das opções de compra.
b) Adiantamento para futuro aumento de capital
No exercício findo em 31 de dezembro de 2017 a Lala Brasil Holding Ltda, acionista controladora da Companhia, formalizou
um contrato de adiantamento para futuro aumento de capital no valor de R$ 159.906 que serão utilizados para
integralização de 16.696.652 ações ordinárias e nominativas. Em assembleia extraordinária realizada no dia 8 de março
de 2018 foi autorizado o aumento de capital através da integralização deste adiantamento.
c) Reservas de lucros
Legal
É constituída à razão de 5% do lucro líquido apurado em cada exercício nos termos do art. 193 da Lei 6.404/76, até o
limite de 20% do capital social.
Lucro a realizar
Reserva constituída em função do ganho de participação detida com a compra dos 50% restante da empresa Dan Vigor
no exercício de 2015.
Para expansão
Constituída à base do saldo remanescente do lucro líquido após as destinações para constituição da reserva legal e
distribuição de dividendos, que terá por finalidade financiar a aplicação em ativos operacionais.
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Incentivos Fiscais
Constituída por Incentivos Fiscais provenientes do ICMS concedidos e convalidados nos termos da Lei Complementar
160/17 e Convênio ICMS 190/17 caracterizados como subvenção de investimento. A Controladora capitalizou incentivos
fiscais no total de R$ 139.652, sendo que desse montante R$ 93.340 são incentivos fiscais utilizados na sua subsidiária
Dan Vigor.
O valor correspondente a Subvenção de Investimento em atendimento à Lei nº 11.638/07 e CPC 07 - Subvenções e
Assistências Governamentais são retidos em conta apropriada do Patrimônio Líquido (Reserva de Incentivos Fiscais) após
terem sido reconhecidas na Demonstração do Resultado para que não seja distribuído ou de qualquer forma repassado
aos sócios ou acionistas sem serem oferecidos a tributação conforme regulamentado.
d) Dividendos
De acordo com as disposições estatutárias da Companhia, o dividendo mínimo obrigatório é de 25% do lucro líquido do
exercício após as constituições das reservas legal, contingências e incentivos fiscais. A seguir está apresentada a
distribuição do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2018:
Resultado do exercício 131.044
Reserva legal (5%) (6.552)
Incentivos fiscais (46.312)
Incentivos fiscais de subsidiária (93.340)
Resultado após constiuição de reservas (15.160)
Reversão de reserva de lucros para expansão 15.160
Resultado atribuível para distribuição de dividendos -
Adicionalmente, a Companhia realizou o pagamento de dividendos intermediários no montante de R$ 71.790 para a
acionista controladora Lala Brasil. O referido valor foi reduzido da reserva de lucros para expansão.
20 Receita operacional líquida
2018 2017 2018 2017
RECEITA OPERACIONAL BRUTA DE VENDAS
Mercado interno 2.906.757 2.835.473 3.059.154 2.903.991
Mercado externo 3.731 28.530 3.871 33.306
2.910.488 2.864.003 3.063.025 2.937.297
DEDUÇÕES DE VENDAS
Devoluções e descontos (352.391) (265.096) (352.628) (266.401)
Impostos sobre as vendas (238.669) (227.719) (288.605) (205.041)
(591.060) (492.815) (641.233) (471.442)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.319.428 2.371.188 2.421.792 2.465.855
Controladora Consolidado
21 Resultado por ação
Básico
O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade
média ponderada de ações do exercício, excluindo as ações mantidas como ações em tesouraria. A Companhia não possui
ações em tesouraria nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017.
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(Em milhares de reais)
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2018 2017 2018 2017
Resultado atribuível aos acionistas - R$ 94.923 (66.206) 36.121 55.407
Média ponderada de ações do período - milhares 171.117 162.768 171.117 162.768
Resultado por lote de mil ações - Básico - R$ 0,55 (0,41) 0,21 0,34
Operações continuadas Operações descontinuadas
Diluído
O lucro por ação diluído é calculado ajustando-se à média ponderada da quantidade de ações em circulação supondo a
conversão de todas as ações potenciais que provocariam diluição. A Companhia não possui nenhuma categoria de ações
potenciais que provocariam diluição.
22 Resultado financeiro líquido
2018 2017 2018 2017
Receitas financeiras
Receita de variação cambial 450 15 894 961
Juros Ativos 27.769 26.574 28.446 27.535
28.219 26.589 29.340 28.496
Despesas financeiras
Despesa de variação cambial (198) (135) (1.635) (1.051)
Juros Passivos (50.220) (141.563) (66.175) (160.032)
Impostos, contribuições, tarifas e outros (6.638) (23.364) (8.058) (26.419)
(57.056) (165.062) (75.868) (187.502)
Resultado financeiro líquido (28.837) (138.473) (46.528) (159.006)
Controladora Consolidado
23 Despesas por natureza
A Companhia apresenta a seguir o detalhamento da demonstração do resultado por natureza e função:
Classificação por natureza 2018 2017 2018 2017
Depreciação e amortização (37.819) (41.697) (43.497) (46.108)
Despesas com pessoal (153.205) (180.856) (295.673) (320.938)
Matéria prima, mat. de uso e consumo, fretes e serviços (1.806.675) (1.840.841) (1.591.407) (1.810.916)
Remuneração de capitais de terceiros (134.513) (162.330) (161.906) (190.560)
Outras receitas e despesas (112.015) (222.668) (254.324) (192.797)
(2.244.227) (2.448.392) (2.346.807) (2.561.319)
Controladora Consolidado
Classificação por função 2018 2017 2018 2017
Custo dos produtos vendidos (1.803.730) (1.704.165) (1.702.018) (1.737.635)
Despesas com vendas (417.480) (411.159) (465.647) (431.247)
Administrativas e gerais (96.139) (113.219) (138.702) (185.996)
Resultado financeiro líquido (28.837) (138.473) (46.528) (159.006)
Resultado de equivalência patrimonial 92.708 (36.377) - -
Outras receitas e (despesas) operacionais 9.251 (44.999) 6.088 (47.435)
(2.244.227) (2.448.392) (2.346.807) (2.561.319)
Controladora Consolidado
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
48
24 Cobertura de seguros
No quadro abaixo está demonstrada a cobertura de seguros da Companhia em 31 de dezembro de 2018:
Modalidade Tipo de Cobertura Controladora Consolidado
Automóveis Incêndio, roubo e colisão para 8 veículos 100 200
Fiança Passivo Alienação Itambé
Garantia prevista no Contrato de Compra e
Venda de Ações na cláusula 8ª celebrado
entre Vigor e CCPR.
75.710 75.710
Responsabilidade civilRiscos contra terceiros e Administradores. 53.000 53.000
Riscos operacionais
Quaisquer danos materiais a edificações,
instalações, estoques e máquinas e
equipamentos.
150.000 150.000
Transporte Internacional de
Mercadorias - Importação
Consideram-se segurados todos os bens
e/ou mercadorias inerentes ao ramo de
atividade do Segurado,devidamente
acondicionadas em embalagem
apropriada a sua natureza e viagem.
29.269 58.539
308.079 337.449
25 Gerenciamento de riscos e instrumentos financeiros
As operações estão expostas a riscos de mercado, principalmente com relação às variações de taxas de câmbio, riscos
de créditos, taxas de juros e risco de liquidez.
a) Política de gestão de riscos
A Companhia possui uma política formal para gerenciamento de riscos cujo controle e gestão é de responsabilidade da
tesouraria, que se utiliza de instrumentos de controle através de sistemas adequados e profissionais capacitados na
mensuração, análise e gestão de riscos. Nossas estratégias compreendem análises das demonstrações financeiras de
nossos clientes e consultas a órgãos de monitoramento de crédito e risco. Adicionalmente, não são permitidas operações
com instrumentos financeiros de caráter especulativo.
b) Riscos de taxas de juros
O risco de taxa de juros está atrelado diretamente ao risco de aumentos nas despesas relacionadas aos empréstimos e
financiamentos ou da redução dos rendimentos atrelados às aplicações financeiras, considerando as flutuações de taxas
de mercado. Este risco é monitorado através da estratégia de equalização das taxas contratadas à taxa CDI.
Exposição à taxa CDI: 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Ativo
CDB 244.781 882.103 245.293 893.818
Passivo
Empréstimos e financiamentos (349.041) (891.636) (352.494) (1.058.801)
Exposição líquida (104.260) (9.533) (107.201) (164.983)
Controladora Consolidado
Análise de sensibilidade
Com o objetivo de prover informações de como se comportariam os riscos de mercado a que a Companhia está exposta
em 31 de dezembro de 2018, a seguir estão apresentadas possíveis alterações, de 25% e 50%, nas variáveis relevantes
de risco, em relação às do cenário provável:
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
49
Controladora Risco
Cenário
provável (I)
Cenário (II)
Apreciação
de 25%
Cenário (III)
Apreciação
de 50%
Operacional Aumento - (1.668) (3.336)
Premissa Taxa 6,40% 8,00% 9,60%
Consolidado Risco
Cenário
provável (I)
Cenário (II)
Apreciação
de 25%
Cenário (III)
Apreciação
de 50%
Operacional Aumento - (1.715) (3.430)
Premissa Taxa 6,40% 8,00% 9,60%
c) Riscos de taxas de câmbio
O risco de variação cambial refere-se ao potencial de perdas econômicas que a Companhia pode incorrer devido a
variações adversas neste fator de risco, ocasionadas por motivos diversos, como crises econômicas, alterações de
políticas monetárias soberanas ou oscilações de mercado. A Companhia possui ativos e passivos expostos a este risco,
porém a Política de Gestão de Riscos é clara ao não entender que a simples existência de exposições contrárias promova
naturalmente proteção econômica, pois devem ser apreciadas outras questões pertinentes, como descasamentos de prazo
e a volatilidade do mercado.
O risco é decorrente de variação cambial sobre empréstimos, contas a receber e a pagar em moedas estrangeiras
decorrentes de exportações e importações, e outras obrigações eventuais, denominadas em moeda estrangeira em
relação à moeda funcional da Companhia.
A seguir são apresentados os ativos e passivos, da Companhia, expostos a riscos de variação cambial em
31 de dezembro de 2018 e 31 de dezembro de 2017, bem como os efeitos dessas contas no resultado do exercício:
Efeitos no
resultado
Controladora 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018
Ativo
Contas a receber - US$ 1.047 367 292
Passivo
Empréstimos - US$ (323.445) (433.410) 72.705
Total da exposição (322.398) (433.043) 72.997
Derivativos
Contratos de SWAP 280.891 448.203 -
SWAP - Ativo 42.554 84 -
SWAP - Passivo - (14.793) (72.705)
Total de derivativos 323.445 433.494 (72.705)
Exposição líquida 1.047 451 292
Vigor Alimentos S.A.
Notas explicativas as demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017
(Em milhares de reais)
50
Efeitos no
resultado
Consolidado 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018
Ativo
Contas a receber - US$ 1.105 409 318
Passivo
Empréstimos - US$ (330.510) (433.410) 72.705
Fornecedores - US$ (7.344) (1.038) (766)
Subtotal (337.854) (434.448) 71.939
Total da exposição (336.749) (434.039) 72.257
Derivativos
Contratos de SWAP (i) 289.424 448.203 -
SWAP - Ativo 42.648 84 42.648
SWAP - Passivo (119) (14.793) (115.353)
Total de derivativos 331.953 433.494 (72.705)
Exposição líquida (4.796) (545) (448)
Análise de sensibilidade
Com o objetivo de prover informações de como se comportariam os riscos de mercado a que a Companhia está exposta
em 31 de dezembro de 2018, a seguir estão apresentadas possíveis alterações, de 25% e 50%, nas variáveis relevantes
de risco, em relação às do cenário provável. A Administração julga que as cotações de fechamento utilizadas na
mensuração de seus ativos e passivos financeiros, na data base destas demonstrações financeiras, representam um
cenário provável e os efeitos já estão reconhecidos no resultado. Seguem os resultados líquidos entre o resultado das
exposições e os respectivos derivativos:
Controladora Risco
Cenário
provável (I)
Cenário (II)
Apreciação
de 25%
Cenário (III)
Apreciação
de 50%
Operacional Aumento PTAX - 262 524
Premissa Câmbio 3,875 4,844 5,812
Consolidado Risco
Cenário
provável (I)
Cenário (II)
Apreciação
de 25%
Cenário (III)
Apreciação
de 50%
Operacional Aumento PTAX - (1.199) (2.398)
Premissa Câmbio 3,875 4,844 5,812
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Instrumentos financeiros derivativos
Instrumento
protegido Nocional (USD) Nocional (R$) Custo financeiro Vencimento Designação
Empréstimos e
f inanciamentos84.000 277.788
Ativa: 2,98% a.a. / Passiva:
CDI + 0,98% a.a.01.10.2019
Sw ap de VC e taxa de
juros para CDI/Reais
Empréstimos e
f inanciamentos469 1.850 N/A 29.05.2019
Hedge de variação
cambial
Empréstimos e
f inanciamentos469 1.854 N/A 12.06.2019
Hedge de variação
cambial
Fornecedores 1.350 5.324 N/A 02.01.2019Hedge de variação
cambial
Fornecedores 1.350 5.189 N/A 28.02.2019Hedge de variação
cambial
Fornecedores 1.350 5.248 N/A 22.04.2019Hedge de variação
cambial
Fornecedores 322 1.256 N/A 29.05.2019Hedge de variação
cambial
Fornecedores 840 3.278 N/A 29.05.2019Hedge de variação
cambial
d) Riscos de crédito
A Companhia está potencialmente sujeita a riscos de créditos relacionados com as contas a receber, aplicações financeiras
e contratos de proteção. No caso de contas a receber, as estratégias de redução do risco de crédito baseiam-se na
pulverização da carteira, não possuindo clientes ou grupo empresarial que representem mais de 10% do faturamento
consolidado, concessão de crédito relacionada com índices financeiros e operacionais saudáveis, limites de créditos,
análise detalhada da idoneidade financeira dos clientes através do CNPJ próprio, empresas coligadas e CPF dos sócios,
e através de consultas à órgãos de informações e monitoramento constante de clientes.
A Companhia limita sua exposição ao risco de crédito por cliente e por mercado, através de sua área de análise de crédito
e gestão da carteira de clientes. Desta forma, busca-se reduzir a exposição econômica a um dado cliente e/ou mercado
que possa vir a representar perdas expressivas em caso de inadimplência ou implementação de barreiras sanitárias e/ou
comerciais em países para os quais exporta. O risco por mercado de exposição é monitorado pelo Comitê de Crédito que
se reúne periodicamente com as áreas comerciais para análise e controle da carteira.
Os parâmetros utilizados são baseados nos fluxos diários de informações de monitoramento de operações que identificam
acréscimo de volumes de compras no mercado, eventuais inadimplências, cheques sem fundos, e protestos ou ações
movidas contra os clientes. Os controles internos englobam a atribuição de limites de crédito e configuração de status
conferidos individualmente a cada cliente e trava automática de faturamento em caso de inadimplência, limite excedido ou
ocorrência de informação restritiva.
A Diretoria de Administração e Controle acompanha as operações que têm como contrapartida instituições financeiras
(aplicações e contratos de proteção), monitorando limites de exposição definidos pelo Comitê de Gestão de Riscos
baseados em classificações de risco (ratings) de agências internacionais especializadas.
A Companhia possuía em 31 de dezembro de 2018 aplicações financeiras com saldos superiores a R$ 10.000 com as
seguintes instituições financeiras: Banco Original S.A., Caixa Econômica Federal, Banco Safra, Banco Santander, Bank of
China e Banco do Brasil.
O valor contábil dos ativos financeiros que representam a exposição máxima ao risco do crédito na data das
Demonstrações Financeiras foi:
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Notas 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Ativos
Caixa e equivalentes de caixa 4 245.615 884.061 247.811 898.839
Contas a receber de clientes 5 351.993 354.641 376.773 369.477
Instrumentos financeiros derivativos 25c 42.554 84 42.648 84
Partes relacionadas 10 5.497 5.670 338 332
645.659 1.244.456 667.570 1.268.732
Controladora Consolidado
e) Risco de liquidez
O risco de liquidez decorre da gestão de capital de giro e da amortização dos encargos financeiros e principal dos
instrumentos de dívida. É o risco que a Companhia encontrará dificuldade em cumprir as suas obrigações financeiras
vincendas.
A Companhia administra seu capital tendo como base parâmetros de otimização da estrutura de capital com foco nas
métricas de liquidez e alavancagem que possibilitem a um retorno aos sócios, no médio prazo, condizente com os riscos
assumidos na operação.
A administração da liquidez da Companhia e de suas controladas é feita levando em consideração principalmente o
indicador de liquidez imediata modificado, representado pelo nível de disponibilidades e investimentos divididos pela dívida
de curto prazo.
Com base na análise desses indicadores, define a gestão de capital de giro de forma a manter a alavancagem natural da
Companhia e de suas controladas em níveis iguais ou inferiores ao índice de alavancagem esperados.
Os índices de liquidez (consolidado) estão demonstrados abaixo:
Notas 31.12.2018 31.12.2017
Caixa e equivalentes de caixa 4 247.811 898.839
Empréstimos, f inanciamentos, derivativos ativos e passivos e partes
relacionadas passivas no curto prazo (i) 15/25c/10 331.168 788.360
Indicador de liquidez modificado 0,75 1,14
Consolidado
(i) Do montante total apresentado na rubrica partes relacionadas passivas, foi considerado apenas o valor que representa a operação de mútuo com a Controladora da Companhia Lala Brasil de R$ 60.391 em 31 de dezembro de 2018 e R$ 60.000 em 31 de dezembro de 2017, conforme apresentado na nota 10 – Partes Relacionadas.
f) Valores justos estimados
Os ativos e passivos financeiros estão representados nas Demonstrações Financeiras pelos valores de custo e respectivas
apropriações de receitas e despesas e estão contabilizados de acordo com a sua expectativa de realização ou liquidação.
g) Instrumentos financeiros
Todas as operações com instrumentos financeiros estão reconhecidas nas demonstrações financeiras da Companhia,
conforme quadros abaixo:
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Notas 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Ativos
Custo amortizado
Instrumentos f inanceiros derivativos 25c 42.554 84 42.648 84
Caixa e equivalentes de caixa 4 245.615 884.061 247.811 898.839
Contas a receber de clientes 5 351.993 354.641 376.773 369.477
Partes relacionadas 10 5.497 5.670 338 332
Ativos mensurados pelo custo amortizado 645.659 1.244.456 667.570 1.268.732
Total de ativos financeiros 645.659 1.244.456 667.570 1.268.732
Passivos
Valor justo por meio do resultado
Instrumentos f inanceiros derivativos 25c - (14.793) (119) (14.793)
Custo amortizado
Fornecedores 14a (173.223) (79.730) (281.542) (256.863)
Fornecedores risco sacado 14b (16.774) (15.459) (117.406) (63.582)
Empréstimos e f inanciamentos 15 (358.781) (928.752) (581.037) (1.095.917)
Partes relacionadas 10 (60.410) (60.000) (60.428) (60.000)
Passivos mensurados pelo custo amortizado (609.188) (1.083.941) (1.040.413) (1.476.362)
Total de passivos financeiros (609.188) (1.098.734) (1.040.532) (1.491.155)
Controladora Consolidado
Durante o exercício não houve nenhuma reclassificação entre as categorias, valor justo por meio do resultado,
empréstimos e recebíveis e passivos pelo custo amortizado, apresentadas no quadro acima.
h) Valor justo de instrumentos financeiros
De acordo com o IFRS 7/ CPC 40, a Companhia classifica a mensuração do valor justo de acordo com os níveis
hierárquicos que refletem a significância dos índices utilizados nesta mensuração, conforme os seguintes níveis:
Nível 1: Preços cotados em mercados ativos (não ajustados) para ativos e passivos idênticos;
Nível 2 - Outras informações disponíveis, exceto aquelas do Nível 1, em que os preços cotados são para ativos e passivos
similares, seja diretamente por obtenção de preços em mercados ativos ou indiretamente, como técnicas de avaliação que
utilizam dados dos mercados ativos.
Nível 3 - Os índices utilizados para cálculo não derivam de um mercado ativo.
Em 31 de dezembro de 2018, a Companhia possuía instrumentos financeiros avaliados conforme o nível 2. A seguir quadro
apresentando os montantes:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Controladora 244.781 882.103 42.554 84 - (14.793)
Consolidado 245.293 893.818 42.648 84 (119) (14.793)
Hierarquia de valor
justo - Nível 2
Ativos Passivos
Aplicações financeiras Derivativos a receber Derivativos a pagar
Valor justo versus valor contábil
Na opinião da Administração os ativos e passivos financeiros não apresentam variações significativas em relação aos
respectivos valores justos.
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2019-SPO0766 V1 NE.docx
26 Informações suplementares a demonstração dos fluxos de caixa
Transações não caixa
A seguir estão apresentadas as transações não caixa das atividades de investimento e financiamento da Companhia:
31.12.2018 31.12.2017 31.12.2018 31.12.2017
Atividades de investimentos
Adições de imobilizado (i) 1.881 5.693 8.214 6.811
Adições de intangível (i) 1.151 - 1.152 -
Total não caixa das atividades de investimento 3.032 5.693 9.366 6.811
Atividades de financiamento
Captações de empréstimos financiamentos (ii) - - 20.198 -
Liquidações de empréstimos e f inanciamentos (iii) - (60.013) - (60.013)
Transações com partes relacionadas (iii) - 60.013 - 60.013
Total não caixa das atividades de financiamento - - 20.198 -
Controladora Consolidado
(i) Adições ao imobilizado e intangível da Companhia que não houve utilização de recursos monetários ou que a utilização
dos recursos ocorrerá em datas posteriores ao fechamento destas demonstrações financeiras;
(ii) Pagamento a fornecedores de matérias primas ou insumos realizados por instituições financeiras parceiras da
Companhia. Dessa forma houve a negociação de novos prazos e condições com as instituições financeiras envolvidas
(NPR e FINIMP);
(iii) Liquidação de empréstimos e financiamentos da Companhia realizadas pela controladora Lala Brasil.
DIRETORIA EXECUTIVA
Gilberto Meirelles Xandó Baptista You Ta Ma
Diretor Presidente Diretor Financeiro Administrativo e de Relação com Investidores
Angelo Rodrigues Costa
Contador - CRC: MG-069865/O-2