tÉcnicas de microscopia eletronica para ... - pmt · tÉcnicas de microscopia eletronica para ......
TRANSCRIPT
TÉCNICAS DE MICROSCOPIA ELETRONICA PARA
CARCATERIZAÇÃO DE MATERIAIS
PMT-5858
5ª AULA
• Detectores de Raios-X
Prof. Dr. Antonio Ramirez Londoño (LNLS)
Prof. Dr. André Paulo Tschiptschin (PMT)
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
1. REVISÃO -- RAIOS - X
O ESPALHAMENTO NÃO ELÁSTICO GERA DOIS DIFERENTES TIPOS
DE RAIOS-X
• BREMSSTRAHLUNG OU CONTÍNUO;
• PROCESSO DE IONIZAÇÃO DAS CAMADAS INTERNAS,
PODENDO GERAR RAIOS-X CARACTERÍSTICO
EeEhc 2398,1
==λ
RAIOS-X CONTÍNUO (BREMSSTRAHLUNG)
Desaceleração dos elétrons incidentes
ao atravessar o campo de Coulomb
dos átomos.
Energia varia de 0 até E0
Ic. = const x i x Z (E0 - Eυ) / Eυ
Eυ = energia do fóton liberado
E0 = energia do feixe
I = corrente de feixe Curva da emissão de fótons do Cu em
forma de hipérbole, sem se considerar os
efeitos de absorção dos raios-X gerados.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
Variação da intensidade de raios-X contínuo com a voltagem de
aceleração
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
IONIZAÇÃO DAS CAMADAS INTERNAS
Esquema do mecanismo de
ionização das camadas
internas gerando tanto
elétrons Auger como raios-X
característico.
Diagrama de níveis de energia
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
aumenta com Z para K, L, M
A produção de raios -X é
ineficiente para elementos de
baixo número atômico, bem
como na linha L para os
elementos com número atômico
entre 30 e 45.
ω = campo de fluorescência
ENERGIA DOS RAIOS-X CARACTERÍSTICOS Lei de Moseley:
λ = B / (Z - C)2 , onde
λ - comprimento de onda
B, C - constantes diferentes
para K, L, M
Z - número atômico
λ = 1,2396 / E
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
PROFUNDIDADE DE GERAÇÃO DOS RAIOS-X
ρ R = 0,064 (E01,68 - Ec) , onde
ρ - densidade
E0 - voltagem de aceleração
Ec - energia crítica de excitação
INFLUÊNCIA DA DENSIDADE
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
RESOLUÇÃO ESPACIAL DOS RAIOS-X - Φ(ρz) Histograma que dá o número relativo de raios-X gerados numa fatia de espessura dz. Ti Kα, tilt = 0
6 keV 10 keV
20 keV 40 keV 20 keV, tilt = 0
Mg, Kα Ti, Kα
Cu, Kα Nb, Kα
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
Função distribuição de profundidade de raios-X produzidos no alumínio.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
ABSORÇÃO DE RAIOS-X OS RAIOS-X CARACTERÍSTICOS INTERAGEM COM AS CAMADAS
ELETRÔNICAS INTERNAS DO ÂTOMO.
PODEM PRODUZIR VAZIOS NAS CAMADAS K, L, M E PRODUZIR NOVOS
RAIOS-X CARACTERÍSTICOS (FLUORESCÊNCIA) OU CONTÍNUO.
OS RAIOS-X ORIGINAIS PERDEM ENERGIA A QUAL É ABSORVIDA DE
ACORDO COM A FÓRMULA:
I / I0 = exp - ( μ / ρ ) ρx , onde
μ / ρ - coeficiente de absorção de massa
ρ - densidade
x - percurso
Ni Ti Kα, tilt = 0
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
6 keV 10 keV
20 keV 40 keV
20 keV, tilt = 0
Mg, Kα Ti, Kα
Cu, Kα Nb, Kα
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
2. TIPOS DE DETETORES
• ESPECTRÔMETRO POR DISPERSÃO DE ENERGIA - EDS
• ESPECTRÔMETRO POR DISPERSÃO DE COMPRIMENTO DE
ONDA - WDS
ESPECTRÔMETRO POR DISPERSÃO DE ENERGIA - EDS
ESQUEMA GERAL DE UM ESPECTRÔMETRO POR EDS
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO - SEMICONDUTOR INTRÍNSICO
• camada de valência -completa;
• camada de condução - vazia
Não conduz corrente a não ser que absorva energia com a passagem de elétrons para a camada de condução, simultaneamente à criação de vazios na camada de valência.
• Bons detectores de radiação.
Tanto os vazios como os elétrons na camada de condução
podem se mover.
DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS DE Si DOPADOS
• tipo p - vazios são os principais portadores - B (valência 3)
• tipo n - elétrons são os principais portadores - P (valência 5)
FORMAÇÃO DE UM PAR ELETRON-VAZIO (Electron-hole pair)
Um fóton de raios-X pode ser
absorvido por um
semicondutor intrínseco
gerando um número de pares
elétrons-vazios proporcional à
sua energia
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
DETETOR EDS - Si (Li)
tipo p (dead layer) Diferença de voltagem
intrínseco tipo n Nitrogênio Líquido
O PROCESSO DE DETECÇÃO
O fóton de raios-x é totalmente absorvido gerando:
• fóton-elétron; • elétron Auger; • Si Kα,
os quais, por sua vez, geram pares elétrons-vazios proporcionais à energia do fóton de raios-X incidente.
NÚMERO DE CARGAS (η) CRIADAS
η = E / ε , onde:
E = energia do fóton incidente
ε = energia média absorvida para criação de umpar elétron-
buraco eletrônio = 3,8 eV para Si
EXEMPLO:
E = 5 keV ==> η = 1300 , ou 2 X 10-16 C
Carga excepcionalmente baixa e difícil de ser medida.
Todo o ruído deve ser minimizado ==> baixa temperatura.
Necessidade de trabalhar com nitrogênio líquido.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
CONVERSÃO CARGA ==> VOLTAGEM (Pré-amplificação)
FET - field effect transistor
⇒ situado logo atrás do detetor de Si(Li);
⇒ resfriado com N líquido;
⇒ converte o sinal do detetor em uma diferença de potencial
proporcional à energia do fóton de raios-X (mV - 150 ns);
Capacitor - C
⇒ não deixa saturar o FET. Zera a voltagem de saída do FET;
⇒ Tempo ± 1ms
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
AMPLIFICADOR LINEAR DE FORMA DO PULSO
Controla a qualidade da conversão carga voltagem através da análise
do sinal.
II = 4,0 V
II = 4,5 V
II = 6,5 V
TC – Constante de tempo
Cada fóton de raios-X deve ser processado individualmente:
⇒ Fótons recebidos antes de finalizado o processamento do anterior
devem ser rejeitados;
⇒ Fótons que não atingiram o seu máximo antes da chegada de
fóton subseqüente devem ser desconsiderados;
⇒ Fótons que atingem simultaneamente o detetor têm suas energias
somadas ==> “sum peak”.
PROCESSAMENTO PARALELO:
⇒ Amplificador linear de pulso - Constante de tempo adequada para
minimizar o ruído;
⇒ Amplificador rápido, com constante de tempo baixa, identifica a
presença dos pulsos recebidos
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
REJEIÇÃO DE:
• Fótons recebidos antes de finalizado o processamento do
anterior;
• Fótons que não atingiram o seu máximo antes da chegada
de fóton subseqüente.
A discriminação sinal / ruído é dificultada para pulsos de baixa energia
DEAD TIME - tempo morto. Porcentagem do tempo real referente à
rejeição de pulsos empilhados (“pileup processing”)
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
EFEITOS DE EMPILHAMENTO DO SINAL (PILEUP PROCESSING)
RELAÇÃO ENTRE SINAIS DE ENTRADA E SAIDA
• baixas contagens (<2000 cps)
==> resposta linear;
• aumento da contagem implica
em elevação do “dead time”
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
COMPUTADOR DISCRIMINADOR DE RAIOS-X
CXA Computer X-Ray Analyzer
MCA Multichannel Analyzer
O sinal analógico é convertido em digital, com endereço definido em
função da energia de cada pulso.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
RESOLUÇÃO
FWHM - full width maximum half
Y = AA exp{-1/2 [(EA-E)/σ]2}
AA = intensidade máxima;
EA = energia do pico;
E = Energia dos raios-X;
σ = desvio padrão
Relação entre ruído e energia com
FWHM para detetor de SI(Li)
Resolução de detetor de Si(Li),
FWHM, para Mn Kα
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
Resolução e intensidade de pico em função da energia
CPS = constante
ARTEFATOS
⇒ pico de escape do Si;
⇒ bandas de absorção;
⇒ fluorescência;
⇒ “sum peaks”;
⇒ excitação remota por BSE ou raios-X;
⇒ derivados do detetor.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
PICO DE ESCAPE DO SILÍCIO ( - 1,838 keV ) E “SUM PEAKS”
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
BANDAS DE ABSORÇÃO:
⇒ JANELA DO DETETOR;
⇒ ELEMENTOS PRESENTES NA AMOSTRA
Transmissão em detetor
“windowless”
Transmissão em janelas de
diferentes naturezas.
diamante: 0,4 μm
quantum: 0,25 μm
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
ACUMULO DE GELO OU ÓLEO NA JANELA DO DETETOR
GELO EM DETETOR DE Si (Li)
ÓLEO
EXCITAÇÃO REMOTA POR BSE OU RAIOS-X
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
SUMÁRIO DA OPERAÇAO DO EDS
a - espectro de raios-X gerado na amostra;
b - espectro de raios-X emitido pela amostra;
c - espectro após passar pela janela do detetor;
d - espectro após detecção (Si) e e processamento.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
ESPECTRÔMETRO POR DISPERSÃO DE COMPRIMENTO DE ONDA -
WDS
ESQUEMA GERAL DO ESPECTRÔMETRO:
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
DISPERSÃO DE COMPRIMENTO DE ONDA - DIFRAÇÃO
Lei de Bragg
n λ = 2 d sen θ
GEOMETRIA DO WDS
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
CRISTAIS ANALISADORES
Cristal 2d (Å) Menor número
atômico difratado
Resolução Reflectiv.
Kα1 Lα1
LiF (200) 4,028 19 K 49 I alta alta
Quartzo 6,687 15 P 40 Zr alta alta
PET 8,742 13 Al 36 Kr baixa alta
RAP 26,121 8 O 23 V média média
KAP 26,632 8 O 23 V média média
PbSt (STE) 100,4 5 B 13 Al média média
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
DETETORES
⇒ CINTILAÇÃO
⇒ PROPORCIONAIS
⇒ PROPORCIONAL DE FLUXO
PROPORCIONAL DE FLUXO
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
ESPECTROS OBTIDOS
LiF (200)
TAP
Liga a base de Ni
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
COMPARAÇÃO ENTRE EDS E WDS
Eficiência geométrica de coleta:
%]100)4/[( πΩ
Eficiência de contagem de raios-X coletados
Medida da % de raios-X que entram no espectrômetro que são efetivamente
contados
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E MICROANÁLISE QUÍMICA
5ª aula
EDS possui maior eficiência de contagem para baixa corrente de feixe. WDS há
perdas por absorção na janela e nos cristais.
RESOLUÇÃO
A resolução do EDS medida em FWHM é cerca de 30 vezes menor que a resolução
no WDS