r sustentabilidade 2006 07 portucel
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Relatrio de Sustentabilidade2006/2007
O Ciclo Sustentvel do Papel
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02 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 03
ndice
3. O Ciclo Sustentvel do Papel: da floresta ao consumidor3.1 Gesto Florestal Sustentvel
3.1.1 Certificao florestal
3.1.2 Biodiversidade
3.1.3 Preveno e apoio ao combate aos incndios florestais
3.2 Madeira de Origem Controlada
3.3 Produo Eco-eficiente
3.3.1 Investimento ambiental
3.3.2 Desempenho ambiental
3.3.3 Conformidade legal
3.3.4 Investigao e desenvolvimento
3.4 Produtos Ambientalmente Responsveis
3.4.1 Mercados de pasta e papel
3.4.2 Fibras virgens e fibras recicladas
3.4.3 Garantia de qualidade e informao aos Clientes
4. A Energia Renovvel4.1 Energia Sustentvel
4.2 Bioenergia e Combustveis Fsseis
4.3 Nova Directiva das Energias Renovveis
e Mercado de Emisses
4.4 Influncia e Actuao do Grupo nas Alteraes Climticas
AnexosI - Tabela GRI
II - Tabela de Indicadores
III - Critrios de Clculo de Indicadores
IV - Glossrio
V - Contactos
Sobre o Relatrio Mensagem do Presidente do Conselho de Administrao Mensagem do Presidente da Comisso Executiva Perfil do grupo Portucel Soporcel 1. O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.1 Desafios e Oportunidades do Sector
1.2 Estratgia e Compromissos
1.2.1 Principais linhas de actuao
1.2.2 Compromissos
1.2.3 Gesto de Sustentabilidade
1.3 Dilogo com Stakeholders
1.3.1 Stakeholders estratgicos
1.3.2 Processo de consulta e resultados obtidos
2. A Cultura de Criao de Valor2.1 Modelo de Gesto
2.2 Valor do Capital Humano
2.2.1 Estrutura de quadros
2.2.2 Formao
2.2.3 Segurana no trabalho
2.2.4 Avaliao de desempenho e gesto de carreiras
2.2.5 Sistema de remuneraes
2.2.6 Motivao e bem-estar
2.2.7 Direitos humanos e liberdade de associativismo
2.3 Envolvimento com as Comunidades Locais
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02 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 03
ndice
3. O Ciclo Sustentvel do Papel: da floresta ao consumidor3.1 Gesto Florestal Sustentvel
3.1.1 Certificao florestal
3.1.2 Biodiversidade
3.1.3 Preveno e apoio ao combate aos incndios florestais
3.2 Madeira de Origem Controlada
3.3 Produo Eco-eficiente
3.3.1 Investimento ambiental
3.3.2 Desempenho ambiental
3.3.3 Conformidade legal
3.3.4 Investigao e desenvolvimento
3.4 Produtos Ambientalmente Responsveis
3.4.1 Mercados de pasta e papel
3.4.2 Fibras virgens e fibras recicladas
3.4.3 Garantia de qualidade e informao aos Clientes
4. A Energia Renovvel4.1 Energia Sustentvel
4.2 Bioenergia e Combustveis Fsseis
4.3 Nova Directiva das Energias Renovveis
e Mercado de Emisses
4.4 Influncia e Actuao do Grupo nas Alteraes Climticas
AnexosI - Tabela GRI
II - Tabela de Indicadores
III - Critrios de Clculo de Indicadores
IV - Glossrio
V - Contactos
Sobre o Relatrio Mensagem do Presidente do Conselho de Administrao Mensagem do Presidente da Comisso Executiva Perfil do grupo Portucel Soporcel 1. O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.1 Desafios e Oportunidades do Sector
1.2 Estratgia e Compromissos
1.2.1 Principais linhas de actuao
1.2.2 Compromissos
1.2.3 Gesto de Sustentabilidade
1.3 Dilogo com Stakeholders
1.3.1 Stakeholders estratgicos
1.3.2 Processo de consulta e resultados obtidos
2. A Cultura de Criao de Valor2.1 Modelo de Gesto
2.2 Valor do Capital Humano
2.2.1 Estrutura de quadros
2.2.2 Formao
2.2.3 Segurana no trabalho
2.2.4 Avaliao de desempenho e gesto de carreiras
2.2.5 Sistema de remuneraes
2.2.6 Motivao e bem-estar
2.2.7 Direitos humanos e liberdade de associativismo
2.3 Envolvimento com as Comunidades Locais
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Este relatrio tem como objectivo fundamental fornecer informao sobre o desempenho do grupo Portucel Soporcel, face aos principais desafios do desenvolvimento
sustentvel com que se depara.
O Relatrio de Sustentabilidade, referente aos anos de 2006 e 2007, foi elaborado de acordo com as directrizes do Global Reporting Initiative (GRI) G3, que incluem um
conjunto de orientaes e princpios que tm como objectivo definir o contedo e mbito do relatrio, bem como garantir a qualidade da informao reportada.
A informao reportada complementa-se com a leitura do Relatrio e Contas de 2007 e do Relatrio de Corporate Governance de 2007, disponibilizados no website
(www.portucelsoporcel.com) sempre que assinalado com o smbolo .
O grupo Portucel Soporcel classificou este relatrio como sendo de nvel A, de acordo com as directrizes GRI. Em anexo inclui-se uma tabela de
correspondncia com os requisitos e os indicadores GRI e a explicao dos critrios de clculo de alguns indicadores.
mbito
O Relatrio de Sustentabilidade de 2006/2007 pretende dar continuidade prestao de informao aos leitores sobre o desempenho do grupo Portucel Soporcel no
mbito da sustentabilidade, iniciada com o Relatrio de Sustentabilidade de 2004/2005.
O Grupo assumiu o compromisso de manter a coerncia no que se refere aos limites, periodicidade (bianual) e mbito do seu anterior Relatrio de Sustentabilidade,
pelo que este documento tem como alcance as mesmas reas de negcio, exceptuando-se as empresas que foram criadas em 2006 e 2007 (apresentadas de seguida
com* e **) que no estavam contempladas no Relatrio anterior.
O mbito deste Relatrio inclui as seguintes reas de actividade e respectivas empresas do grupo Portucel Soporcel:
04 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 05
Sobre o Relatrio
Definio dos Contedos do Relatrio
Para a identificao dos temas relevantes a serem abordados no presente Relatrio, foi realizado um estudo de materialidade que teve como base trs principais
actividades:
Realizao de uma anlise de benchmark com base na anlise documental de informao pblica de algumas empresas de referncia do sector, sobre o seu desempenho
no mbito do desenvolvimento sustentvel;
Anlise de aspectos que constituem tendncias futuras do sector;
Realizao de entrevistas individuais a 12 entidades externas (entre Abril e Julho de 2008), entendidas como sendo representativas de alguns dos seus principais
stakeholders: Accionistas/ Investidores, Estado, Clientes, Fornecedores, ONGs, Media, Universidades e Entidades Sectoriais.
A importncia conferida ao dilogo com os diferentes stakeholders e o interesse sobre o feedback obtido neste processo, levou a que fosse considerado pertinente
reforar, em 2007, alguns dos mecanismos de dilogo j implementados, atravs da realizao de uma consulta aos representantes dos grupos de stakeholders mais
relevantes para a actividade do Grupo. Esta consulta consistiu na realizao de entrevistas presenciais ou telefnicas.
Nas entrevistas foram realizadas questes sobre as prticas de sustentabilidade implementadas no Grupo e sobre o contedo do Relatrio de Sustentabilidade de
2004/2005.
grupo Portucel Soporcel
Produode Pasta e Papel
Comercializaode Pasta e Papel EnergiaAgro-Florestal
Investigaoe Desenvolvimento
RAIZ Aliana Florestal Portucel Florestal Enerforest*
Portucel Soporcel About the Future**
Soporcel 2000 Soporcel Austria Soporcel Deutschland Soporcel Espaa Soporcel France Soporcel International Soporcel Italia Soporcel North America Soporcel United Kingdom Portucel International Trading
Enerpulp SPCG
** Empresa constituda em 2007
* Empresa constituda em 2006
Metodologiapara a identificaodos temas materiais
Consultaa Stakeholders externos
Benchmark(Relatrios de sustentabilidade)
Tendnciasdo sector
Envolvente externa
Identificaode temas
materiais parao grupoPortucelSoporcel
Definio dos compromissospara assegurar o desenvolvi-
mento sustentvel do Grupo.
Seleco dos temas a considerarno Relatrio de Sustentabilidade
2006/2007 do Grupo.
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Este relatrio tem como objectivo fundamental fornecer informao sobre o desempenho do grupo Portucel Soporcel, face aos principais desafios do desenvolvimento
sustentvel com que se depara.
O Relatrio de Sustentabilidade, referente aos anos de 2006 e 2007, foi elaborado de acordo com as directrizes do Global Reporting Initiative (GRI) G3, que incluem um
conjunto de orientaes e princpios que tm como objectivo definir o contedo e mbito do relatrio, bem como garantir a qualidade da informao reportada.
A informao reportada complementa-se com a leitura do Relatrio e Contas de 2007 e do Relatrio de Corporate Governance de 2007, disponibilizados no website
(www.portucelsoporcel.com) sempre que assinalado com o smbolo .
O grupo Portucel Soporcel classificou este relatrio como sendo de nvel A, de acordo com as directrizes GRI. Em anexo inclui-se uma tabela de
correspondncia com os requisitos e os indicadores GRI e a explicao dos critrios de clculo de alguns indicadores.
mbito
O Relatrio de Sustentabilidade de 2006/2007 pretende dar continuidade prestao de informao aos leitores sobre o desempenho do grupo Portucel Soporcel no
mbito da sustentabilidade, iniciada com o Relatrio de Sustentabilidade de 2004/2005.
O Grupo assumiu o compromisso de manter a coerncia no que se refere aos limites, periodicidade (bianual) e mbito do seu anterior Relatrio de Sustentabilidade,
pelo que este documento tem como alcance as mesmas reas de negcio, exceptuando-se as empresas que foram criadas em 2006 e 2007 (apresentadas de seguida
com* e **) que no estavam contempladas no Relatrio anterior.
O mbito deste Relatrio inclui as seguintes reas de actividade e respectivas empresas do grupo Portucel Soporcel:
04 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 05
Sobre o Relatrio
Definio dos Contedos do Relatrio
Para a identificao dos temas relevantes a serem abordados no presente Relatrio, foi realizado um estudo de materialidade que teve como base trs principais
actividades:
Realizao de uma anlise de benchmark com base na anlise documental de informao pblica de algumas empresas de referncia do sector, sobre o seu desempenho
no mbito do desenvolvimento sustentvel;
Anlise de aspectos que constituem tendncias futuras do sector;
Realizao de entrevistas individuais a 12 entidades externas (entre Abril e Julho de 2008), entendidas como sendo representativas de alguns dos seus principais
stakeholders: Accionistas/ Investidores, Estado, Clientes, Fornecedores, ONGs, Media, Universidades e Entidades Sectoriais.
A importncia conferida ao dilogo com os diferentes stakeholders e o interesse sobre o feedback obtido neste processo, levou a que fosse considerado pertinente
reforar, em 2007, alguns dos mecanismos de dilogo j implementados, atravs da realizao de uma consulta aos representantes dos grupos de stakeholders mais
relevantes para a actividade do Grupo. Esta consulta consistiu na realizao de entrevistas presenciais ou telefnicas.
Nas entrevistas foram realizadas questes sobre as prticas de sustentabilidade implementadas no Grupo e sobre o contedo do Relatrio de Sustentabilidade de
2004/2005.
grupo Portucel Soporcel
Produode Pasta e Papel
Comercializaode Pasta e Papel EnergiaAgro-Florestal
Investigaoe Desenvolvimento
RAIZ Aliana Florestal Portucel Florestal Enerforest*
Portucel Soporcel About the Future**
Soporcel 2000 Soporcel Austria Soporcel Deutschland Soporcel Espaa Soporcel France Soporcel International Soporcel Italia Soporcel North America Soporcel United Kingdom Portucel International Trading
Enerpulp SPCG
** Empresa constituda em 2007
* Empresa constituda em 2006
Metodologiapara a identificaodos temas materiais
Consultaa Stakeholders externos
Benchmark(Relatrios de sustentabilidade)
Tendnciasdo sector
Envolvente externa
Identificaode temas
materiais parao grupoPortucelSoporcel
Definio dos compromissospara assegurar o desenvolvi-
mento sustentvel do Grupo.
Seleco dos temas a considerarno Relatrio de Sustentabilidade
2006/2007 do Grupo.
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R.Susten PORTUCEL_07final 08/10/03 12:14 Page 4C M Y CM MY CY CMY K
Jos Honrio
O perodo a que diz respeito este relatrio, especialmente o ano de 2007, ficou
marcado pela enorme e rpida alterao dos paradigmas econmicos prevalecentes
desde a segunda metade do Sculo XX.
As alteraes na procura e consumo de matrias-primas e a dramtica mudana
da paisagem energtica mundial ameaaram pr em causa as estratgias clssicas
do desenvolvimento dos negcios no dito mundo ocidental.
Mas nem por isso a indstria papeleira deixou de continuar a ser, provavelmente,
uma das mais escrutinadas actividades econmicas do Planeta. Pela Sociedade
em geral e pelos movimentos ambientalistas em particular.
As preocupaes em torno da sustentabilidade dos recursos e a dimenso dos
impactes e emisses suscitaram na opinio pblica a justa vontade de conhecer,
ao pormenor, as (boas) prticas da indstria do papel, bem para alm do mero
cumprimento das disposies legais aplicveis.
06 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 07
Mensagem do Presidente do Conselho de Administrao Mensagem do Presidente da Comisso Executiva
O grupo Portucel Soporcel publicou em 2006 o seu primeiro Relatrio de
Sustentabilidade, onde deu a conhecer, de uma forma estruturada, o processo
de negcio nas suas componentes ambientais e sociais.
H na sociedade em geral uma preocupao crescente pelo tema do Desenvolvimento
Sustentvel, sendo nossa obrigao contribuir para que, no caso especfico da
fileira florestal do eucalipto e do nosso Grupo em particular, o conhecimento seja
crescente e fundamentado.
Esta obrigao tanto mais importante quanto proliferam mensagens e sugestes
sem qualquer fundamento e manifestamente erradas - a ttulo de exemplo,
refiram-se as campanhas de adeso a extractos e facturas digitais - em que se
procura associar o consumo de papel a uma actividade que no preserva a
floresta, disfarando o real objectivo de reduo de custos das entidades que
Pedro Queiroz Pereira
Do mesmo passo, os investidores deste ramo (e no s) vm descobrindo que
as empresas no existem apenas para maximizar os seus lucros mas tambm
para fazerem o bem (no conceito de promoverem o desenvolvimento) quer no
interior da sua organizao, quer na comunidade envolvente.
O grupo Portucel Soporcel, sem perder de vista que a sua misso produzir, de
forma competitiva, papel de alta qualidade, gerando valor para os seus accionistas
e stakeholders, vem afirmando a sua responsabilidade em torno dos diferentes
pilares do Desenvolvimento Sustentvel.
Perseguimos a segurana e a qualidade. Respeitamos o presente e o Ambiente.
Olhamos para o futuro como forma de construir, responsavelmente, uma Sociedade
Sustentvel.
Queremos continuar a ser a Empresa que o cliente escolhe, quando escolhe os
papis por ns fabricados.
Queremos continuar a ser um esteio do desenvolvimento rural de muitas reas
do interior do Pas e queremos continuar a ser a razo de existir de uma vastssima
rede de prestadores de servios que asseguram a ponte entre a produo florestal
e as portas das nossas fbricas.
E queremos que os nossos centros fabris e as nossas florestas sejam vizinhos
desejveis enquanto fontes de rendimento e de bem-estar social.
Merecer a confiana de todas estas partes interessadas a razo de ser do grupo
Portucel Soporcel que se afirma - e quer continuar a afirmar-se - economicamente
vivel, ambientalmente responsvel e socialmente aceitvel.
promovem estas campanhas, pouco preocupadas, de resto, com a qualidade e
a segurana da informao que prestam, a este respeito, aos seus clientes.
Quem conhece o tema e o estuda sabe que na Europa a actividade florestal
assenta em plantaes feitas pelo agente econmico - ser humano - que, tal como
a agricultura e outras formas de ocupao do solo, visam o desenvolvimento de
uma actividade econmica.
A indstria de produo de pasta e de papel uma actividade que requer elevada
utilizao de capital, em floresta e activos industriais, cujo retorno s obtido
no longo prazo. Por isso, tem uma actuao informada na preservao do solo
e na capacidade de o mesmo produzir a madeira enquanto recurso natural em
condies que assegurem a sustentabilidade desse recurso e do processo de
negcio que lhe est associado.
O grupo Portucel Soporcel tem credenciais ambientais e de sustentabilidade nicas
e singulares, tais como:
Produz a matria-prima que consome, atravs de plantaes de rvores, deuma forma que garante a sustentabilidade do recurso eucalipto e uma
remunerao atractiva pelo risco assumido pelo proprietrio florestal;
Desenvolve uma actividade de investigao permanente nos domnios florestale de processo, industrial e de produto (pasta e papel), a par de uma valorizao
crescente dos recursos humanos envolvidos;
A rea florestal gerida pelo Grupo representa 57% da rea florestal certificadaem Portugal segundo o normativo FSC;
Produz energia em quantidade no negligencivel, superior que consome,mediante a utilizao de um recurso sustentvel, a biomassa, e representa 55%
da energia total produzida em Portugal a partir de biomassa;
Contribui de forma determinada para a preservao da floresta portuguesa epara a melhoria do rendimento do proprietrio florestal, atravs da cedncia
Presidente do Conselho de Administrao
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Jos Honrio
O perodo a que diz respeito este relatrio, especialmente o ano de 2007, ficou
marcado pela enorme e rpida alterao dos paradigmas econmicos prevalecentes
desde a segunda metade do Sculo XX.
As alteraes na procura e consumo de matrias-primas e a dramtica mudana
da paisagem energtica mundial ameaaram pr em causa as estratgias clssicas
do desenvolvimento dos negcios no dito mundo ocidental.
Mas nem por isso a indstria papeleira deixou de continuar a ser, provavelmente,
uma das mais escrutinadas actividades econmicas do Planeta. Pela Sociedade
em geral e pelos movimentos ambientalistas em particular.
As preocupaes em torno da sustentabilidade dos recursos e a dimenso dos
impactes e emisses suscitaram na opinio pblica a justa vontade de conhecer,
ao pormenor, as (boas) prticas da indstria do papel, bem para alm do mero
cumprimento das disposies legais aplicveis.
06 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 07
Mensagem do Presidente do Conselho de Administrao Mensagem do Presidente da Comisso Executiva
O grupo Portucel Soporcel publicou em 2006 o seu primeiro Relatrio de
Sustentabilidade, onde deu a conhecer, de uma forma estruturada, o processo
de negcio nas suas componentes ambientais e sociais.
H na sociedade em geral uma preocupao crescente pelo tema do Desenvolvimento
Sustentvel, sendo nossa obrigao contribuir para que, no caso especfico da
fileira florestal do eucalipto e do nosso Grupo em particular, o conhecimento seja
crescente e fundamentado.
Esta obrigao tanto mais importante quanto proliferam mensagens e sugestes
sem qualquer fundamento e manifestamente erradas - a ttulo de exemplo,
refiram-se as campanhas de adeso a extractos e facturas digitais - em que se
procura associar o consumo de papel a uma actividade que no preserva a
floresta, disfarando o real objectivo de reduo de custos das entidades que
Pedro Queiroz Pereira
Do mesmo passo, os investidores deste ramo (e no s) vm descobrindo que
as empresas no existem apenas para maximizar os seus lucros mas tambm
para fazerem o bem (no conceito de promoverem o desenvolvimento) quer no
interior da sua organizao, quer na comunidade envolvente.
O grupo Portucel Soporcel, sem perder de vista que a sua misso produzir, de
forma competitiva, papel de alta qualidade, gerando valor para os seus accionistas
e stakeholders, vem afirmando a sua responsabilidade em torno dos diferentes
pilares do Desenvolvimento Sustentvel.
Perseguimos a segurana e a qualidade. Respeitamos o presente e o Ambiente.
Olhamos para o futuro como forma de construir, responsavelmente, uma Sociedade
Sustentvel.
Queremos continuar a ser a Empresa que o cliente escolhe, quando escolhe os
papis por ns fabricados.
Queremos continuar a ser um esteio do desenvolvimento rural de muitas reas
do interior do Pas e queremos continuar a ser a razo de existir de uma vastssima
rede de prestadores de servios que asseguram a ponte entre a produo florestal
e as portas das nossas fbricas.
E queremos que os nossos centros fabris e as nossas florestas sejam vizinhos
desejveis enquanto fontes de rendimento e de bem-estar social.
Merecer a confiana de todas estas partes interessadas a razo de ser do grupo
Portucel Soporcel que se afirma - e quer continuar a afirmar-se - economicamente
vivel, ambientalmente responsvel e socialmente aceitvel.
promovem estas campanhas, pouco preocupadas, de resto, com a qualidade e
a segurana da informao que prestam, a este respeito, aos seus clientes.
Quem conhece o tema e o estuda sabe que na Europa a actividade florestal
assenta em plantaes feitas pelo agente econmico - ser humano - que, tal como
a agricultura e outras formas de ocupao do solo, visam o desenvolvimento de
uma actividade econmica.
A indstria de produo de pasta e de papel uma actividade que requer elevada
utilizao de capital, em floresta e activos industriais, cujo retorno s obtido
no longo prazo. Por isso, tem uma actuao informada na preservao do solo
e na capacidade de o mesmo produzir a madeira enquanto recurso natural em
condies que assegurem a sustentabilidade desse recurso e do processo de
negcio que lhe est associado.
O grupo Portucel Soporcel tem credenciais ambientais e de sustentabilidade nicas
e singulares, tais como:
Produz a matria-prima que consome, atravs de plantaes de rvores, deuma forma que garante a sustentabilidade do recurso eucalipto e uma
remunerao atractiva pelo risco assumido pelo proprietrio florestal;
Desenvolve uma actividade de investigao permanente nos domnios florestale de processo, industrial e de produto (pasta e papel), a par de uma valorizao
crescente dos recursos humanos envolvidos;
A rea florestal gerida pelo Grupo representa 57% da rea florestal certificadaem Portugal segundo o normativo FSC;
Produz energia em quantidade no negligencivel, superior que consome,mediante a utilizao de um recurso sustentvel, a biomassa, e representa 55%
da energia total produzida em Portugal a partir de biomassa;
Contribui de forma determinada para a preservao da floresta portuguesa epara a melhoria do rendimento do proprietrio florestal, atravs da cedncia
Presidente do Conselho de Administrao
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08 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 09
Mensagem do Presidente da Comisso Executiva
Num momento em que no segredo que estudamos opes de investimento
fora do Pas, seja na vertente florestal seja na vertente da transformao industrial,
no descuramos a necessidade de melhorar as condies globais para a produo
de papis finos de impresso e escrita em Portugal.
urgente uma melhoria determinada da poltica florestal nacional para que se
criem condies para resolver as ameaas que hoje pairam sobre a fileira
rvore/papel e temos sido parte activa nas discusses das vias que entendemos
adequadas soluo dos principais estrangulamentos actividade silvo-industrial
em Portugal.
A Natureza e a Biodiversidade assumem um papel de relevo nesta pea de
comunicao. No s porque so bens que o Grupo defende e preserva, mas
tambm porque temos orgulho de conservar no nosso patrimnio valores naturais
muito valiosos. o caso da Quinta de So Francisco, propriedade pertencente
ao Grupo, que conta com diferentes espcies de eucaliptos centenrios e uma
fauna rica e variada, destacando-se as aves que habitam neste espao de grande
diversidade natural. So as imagens desta Quinta que sugestivamente ilustram
os separadores dos captulos deste Relatrio.
Sempre tivemos presente que os profissionais do Grupo so o seu recurso mais
valioso. O seu trabalho assduo e dedicado a chave do sustentado sucesso
actual e futuro do Grupo.
de conhecimento a ttulo gratuito e de material gentico, em condies
preferenciais, oriundo de investigao prpria;
Investe, de forma contnua, montantes significativos em aces planeadas delimpeza da floresta, preveno e apoio ao combate aos incndios florestais;
Contribui para a reduo lquida das emisses de dixido de carbono atravsdo ciclo contnuo das plantaes em crescimento;
Valoriza cerca de 80% dos resduos provenientes da sua actividade; Compete, com sucesso, no mercado mundial em condies de livre concorrncia
com o resto do Mundo.
Enquanto alguns agentes econmicos decidiram fazer agricultura e serem parte
da cadeia alimentar, ns plantamos rvores e satisfazemos uma necessidade
econmica, mediante um processo integrado de elevada criao de valor acrescentado
nacional.
Continuamos determinados a crescer com a adopo das melhores prticas sociais
e ambientais, oferecendo mais e melhores produtos e servios, garantindo a
conservao dos recursos naturais e promovendo o bem-estar Social e a valorizao
contnua dos nossos recursos humanos.
De facto, foi no decorrer do perodo a que diz respeito o presente Relatrio que
ficou consolidada a deciso de construir a nova fbrica de papel do Grupo, no
plo industrial de Setbal, que nos transformar no lder europeu no nosso sector
e os desafios da sua concretizao sero objecto do prximo Relatrio, tanto
mais que, em permanncia, o Desenvolvimento Sustentvel est presente neste
ambicioso projecto que assenta na excelncia operacional e na inovao tecnolgica.
Somos e continuaremos a ser pr-activos e acreditamos que a Sustentabilidade,
alm de oferecer uma vasta gama de novas oportunidades para os negcios,
permitir ao longo do tempo desfazer mitos e fundamentar opinies e juzos de
valor, com clara vantagem para os agentes econmicos que desenvolvem a sua
actividade com transparncia e tica.
Presidente da Comisso Executiva
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08 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 09
Mensagem do Presidente da Comisso Executiva
Num momento em que no segredo que estudamos opes de investimento
fora do Pas, seja na vertente florestal seja na vertente da transformao industrial,
no descuramos a necessidade de melhorar as condies globais para a produo
de papis finos de impresso e escrita em Portugal.
urgente uma melhoria determinada da poltica florestal nacional para que se
criem condies para resolver as ameaas que hoje pairam sobre a fileira
rvore/papel e temos sido parte activa nas discusses das vias que entendemos
adequadas soluo dos principais estrangulamentos actividade silvo-industrial
em Portugal.
A Natureza e a Biodiversidade assumem um papel de relevo nesta pea de
comunicao. No s porque so bens que o Grupo defende e preserva, mas
tambm porque temos orgulho de conservar no nosso patrimnio valores naturais
muito valiosos. o caso da Quinta de So Francisco, propriedade pertencente
ao Grupo, que conta com diferentes espcies de eucaliptos centenrios e uma
fauna rica e variada, destacando-se as aves que habitam neste espao de grande
diversidade natural. So as imagens desta Quinta que sugestivamente ilustram
os separadores dos captulos deste Relatrio.
Sempre tivemos presente que os profissionais do Grupo so o seu recurso mais
valioso. O seu trabalho assduo e dedicado a chave do sustentado sucesso
actual e futuro do Grupo.
de conhecimento a ttulo gratuito e de material gentico, em condies
preferenciais, oriundo de investigao prpria;
Investe, de forma contnua, montantes significativos em aces planeadas delimpeza da floresta, preveno e apoio ao combate aos incndios florestais;
Contribui para a reduo lquida das emisses de dixido de carbono atravsdo ciclo contnuo das plantaes em crescimento;
Valoriza cerca de 80% dos resduos provenientes da sua actividade; Compete, com sucesso, no mercado mundial em condies de livre concorrncia
com o resto do Mundo.
Enquanto alguns agentes econmicos decidiram fazer agricultura e serem parte
da cadeia alimentar, ns plantamos rvores e satisfazemos uma necessidade
econmica, mediante um processo integrado de elevada criao de valor acrescentado
nacional.
Continuamos determinados a crescer com a adopo das melhores prticas sociais
e ambientais, oferecendo mais e melhores produtos e servios, garantindo a
conservao dos recursos naturais e promovendo o bem-estar Social e a valorizao
contnua dos nossos recursos humanos.
De facto, foi no decorrer do perodo a que diz respeito o presente Relatrio que
ficou consolidada a deciso de construir a nova fbrica de papel do Grupo, no
plo industrial de Setbal, que nos transformar no lder europeu no nosso sector
e os desafios da sua concretizao sero objecto do prximo Relatrio, tanto
mais que, em permanncia, o Desenvolvimento Sustentvel est presente neste
ambicioso projecto que assenta na excelncia operacional e na inovao tecnolgica.
Somos e continuaremos a ser pr-activos e acreditamos que a Sustentabilidade,
alm de oferecer uma vasta gama de novas oportunidades para os negcios,
permitir ao longo do tempo desfazer mitos e fundamentar opinies e juzos de
valor, com clara vantagem para os agentes econmicos que desenvolvem a sua
actividade com transparncia e tica.
Presidente da Comisso Executiva
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10 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 11
Perfil do grupo Portucel Soporcel
PERFIL DO GRUPO PORTUCEL SOPORCEL
1 produtor europeu de papis offset no revestidos 5 produtor europeu de papis de escritrio 1 produtor europeu de pasta branqueada de
eucalipto (BEKP)
3 produtor mundial de BEKP 1 produtor nacional de energia a partir da
biomassa
Volume de exportao de cerca de 1.000 milhesde euros para 80 pases (92% das suas vendas)
18% da exportao direccionada para mercadosno comunitrios
Contribuio em 2,6% para as exportaes portuguesasde bens
Contribuio para 0,7% do PIB nacional e para2% do PIB industrial
Gesto de 120 000 hectares de floresta 85% da rea florestal gerida com certificao FSC 57% da floresta portuguesa certificada (FSC)
O ANO DE
2007Volume de negcios
1 147M
Colaboradores
1 952
Produo de Papel
1,03 M ton
Produo de Pasta
1,32 M ton
Produo de Energia
992 GWh
CO2 retido pela floresta
7,7 M tonno final de 2007
Impostos pagos
68,3M
272 m ton/anoPasta para mercado
FB
RIC
AD
ECA
CIA
555 m ton/anoPasta integrada
770 m ton/anoProduo de papel
COM
PLE
XO
IND
US
TRIA
LD
AFI
GU
EIR
AD
AFO
Z
210 m ton/anoPasta integrada
300 m ton/anoPasta para mercado
280 m ton/anoProduo de papelC
OM
PLE
XO
IND
US
TRIA
LD
ES
ET
BA
L
Quotas demercado (papel)
1-9
10-19
20-29
30-39
40-49
50-100
Quotas no definidas
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R.Susten PORTUCEL_07final 08/10/03 12:14 Page 6C M Y CM MY CY CMY K
10 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 11
Perfil do grupo Portucel Soporcel
PERFIL DO GRUPO PORTUCEL SOPORCEL
1 produtor europeu de papis offset no revestidos 5 produtor europeu de papis de escritrio 1 produtor europeu de pasta branqueada de
eucalipto (BEKP)
3 produtor mundial de BEKP 1 produtor nacional de energia a partir da
biomassa
Volume de exportao de cerca de 1.000 milhesde euros para 80 pases (92% das suas vendas)
18% da exportao direccionada para mercadosno comunitrios
Contribuio em 2,6% para as exportaes portuguesasde bens
Contribuio para 0,7% do PIB nacional e para2% do PIB industrial
Gesto de 120 000 hectares de floresta 85% da rea florestal gerida com certificao FSC 57% da floresta portuguesa certificada (FSC)
O ANO DE
2007Volume de negcios
1 147M
Colaboradores
1 952
Produo de Papel
1,03 M ton
Produo de Pasta
1,32 M ton
Produo de Energia
992 GWh
CO2 retido pela floresta
7,7 M tonno final de 2007
Impostos pagos
68,3M
272 m ton/anoPasta para mercado
FB
RIC
AD
ECA
CIA
555 m ton/anoPasta integrada
770 m ton/anoProduo de papel
COM
PLE
XO
IND
US
TRIA
LD
AFI
GU
EIR
AD
AFO
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210 m ton/anoPasta integrada
300 m ton/anoPasta para mercado
280 m ton/anoProduo de papelC
OM
PLE
XO
IND
US
TRIA
LD
ES
ET
BA
L
Quotas demercado (papel)
1-9
10-19
20-29
30-39
40-49
50-100
Quotas no definidas
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1. O Desenvolvimento Sustentvelno Grupo
O grupo Portucel Soporcel encara osdesafios do sector como oportunidadespara o desenvolvimento do seu negcio,tendo por base uma cultura deexcelncia assente em modelos degesto que garantem a sustentabilidade,a valorizao pessoal e profissional dosrecursos humanos, a eficincia dosprocessos e a qualidade dos produtos.
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1. O Desenvolvimento Sustentvelno Grupo
O grupo Portucel Soporcel encara osdesafios do sector como oportunidadespara o desenvolvimento do seu negcio,tendo por base uma cultura deexcelncia assente em modelos degesto que garantem a sustentabilidade,a valorizao pessoal e profissional dosrecursos humanos, a eficincia dosprocessos e a qualidade dos produtos.
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
Ligado ao tema da energia, tem-se vindo a observar uma aposta na utilizao
de fontes renovveis para a produo de energia. A utilizao de biomassa
proveniente de resduos florestais surge assim como uma oportunidade para as
empresas do sector, que, em conjunto com uma melhoria da eficincia energtica,
resulta numa reduo real do impacte sectorial nas alteraes climticas.
Com efeito, a utilizao da biomassa florestal para fins de produo de electricidade,
calor/frio e biocombustveis, ser instrumental para cumprir at 2020, os objectivos
anunciados pela Comisso Europeia, de reduo de 20% das emisses de CO2
e de aumento para 20% do consumo de energia produzida a partir de fontes
renovveis.
No entanto, decorrente da aplicao das Directivas para cumprir os objectivos
20/20/20, do pacote legislativo sobre energia da UE, que regulamentam estes
valores, e atendendo falsa expectativa de obteno de elevadas remuneraes
do negcio da biomassa, acredita-se que a procura de biomassa florestal para
produo de energia, nomeadamente toros inteiros ao invs de resduos florestais,
possa levar a um significativo dfice de oferta de madeira para alguns segmentos
do sub-sector (fileiras da madeira e do mobilirio e fileiras da pasta e do papel).
Um outro aspecto incontornvel deste sector prende-se com a necessidade de
controlar a origem da madeira, de forma a garantir a credibilidade e a legalidade
dos produtos, uma clara e firme exigncia dos mercados mais evoludos. Neste
contexto, as indstrias florestais procuram garantir que as reas florestais so
geridas de acordo com boas prticas sociais, ambientais e econmicas. Os sistemas
de certificao como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PEFC (Programme
for the Endorsement of Forest Certification Schemes) surgem neste mbito como
uma garantia adicional de que estas prticas so efectivamente cumpridas.
A certificao florestal assegura, naturalmente, melhorias do desempenho processual
e ambiental, da resultando nomeadamente, uma diminuio dos impactes
ambientais, um cumprimento rigoroso dos requisitos legais e uma diminuio do
risco de incndios florestais. Contribui, tambm, para o controlo da origem da
madeira e para que os requisitos sociais e ambientais, impostos pelas empresas
aos seus Fornecedores, sejam efectivamente respeitados.
Estas aces tambm induzem o aparecimento de marcas de papel certificadas,
que vo de encontro s expectativas dos Clientes e que aumentam o seu nvel
de satisfao.
Da abordagem global aos desafios do sector resulta uma inequvoca melhoria
do processo produtivo, efectivada principalmente atravs da reduo do consumo
portanto, parte integrante da gesto do negcio no Grupo e, por isso, componentes
fundamentais da sua estratgia de desenvolvimento futuro.
Sendo responsvel pela gesto de um recurso natural valioso, as plantaes
florestais, o Grupo dedica particular ateno s questes da sustentabilidade,
tendo como principais linhas de actuao, as seguintes:
Gesto sustentvel das plantaes florestais; Produo eco-eficiente; Produo de energia com base em fontes renovveis; Inovao.
de recursos, que conduz muitas vezes a uma diminuio dos impactes ambientais,
e que, na maioria das vezes, o resultado de significativos projectos de investigao
e desenvolvimento.
1.1 Desafios e Oportunidades do Sector
As empresas cuja actuao depende do produto primrio da floresta - a madeira
no transformada - esto cada vez mais sujeitas a presses e desafios.
A procura crescente de madeira pelas indstrias que utilizam este recurso como
principal matria-prima - desde as actividades ligadas produo de pasta e de
papel, passando pelas indstrias da madeira e do mobilirio at produo de
energia a partir da biomassa florestal (esta ltima, com um significativo aumento
na procura nos ltimos anos) - poder influenciar a competitividade destas
indstrias, a nvel local, nacional e global.
De facto, a contribuio das indstrias florestais para a economia portuguesa tem
vindo a ser muito significativa, tendo contribudo em 2007 para 2,8% do PIB
nacional, 3,7% do emprego e 9,3% das exportaes de bens, nmeros estes
bastante expressivos quando comparados com a mdia dos restantes pases
europeus.
A potencial escassez da matria-prima um tema prioritrio para o sector, a nvel
internacional. Com efeito, questes globais que se prendem com a desflorestao
e com a utilizao de madeira para fins energticos, so preocupaes reais e
prioritrias para as indstrias da madeira, aglomerados e mobilirio, da pasta e
papel e da energia e biomassa. Em Portugal, apesar de se ter verificado um
crescimento da rea florestal (no perodo de 1902-2006, a totalidade da rea
florestal portuguesa aumentou 1 455 000 hectares), existem diversos riscos que
no podem ser menosprezados e que podem conduzir a uma situao de escassez
de madeira, assumindo particular relevo o problema dos incndios florestais e
a pouca consistncia da poltica florestal nacional.
Dada a actividade acentuadamente industrial do sector, existem tambm presses
no sentido de as empresas minimizarem os seus impactes ambientais nos diversos
indicadores relevantes (consumo de energia e de gua, emisses atmosfricas,
efluentes e resduos, minimizao da utilizao de qumicos e dos nveis de odor,
entre outros). Na mesma perspectiva, e de acordo com a resposta conjuntura
global com especial enfoque nas alteraes climticas, as empresas com forte
conscincia ambiental, minimizam tambm os seus impactes, atravs da utilizao
de energias renovveis e da reduo das emisses de CO2.
Com toda esta envolvncia, vrios outros desafios se colocam s empresas deste
sector de actividade, sendo de destacar o aumento dos custos de logstica e a
falsa percepo do pblico em geral acerca do verdadeiro papel das indstrias
com negcio baseado na fileira florestal, que lutam diariamente pela preservao
e sustentabilidade dos recursos florestais e por um adequado uso do solo.
Caber indstria como um todo e a cada empresa, individualmente, actuar no
sentido de melhor responder a todos estes desafios numa perspectiva de
desenvolvimento sustentvel, alinhando os desafios do sector nas vertentes
econmicas, ambientais e sociais com as oportunidades do negcio, a curto,
mdio e longo prazo.
1.2 Estratgia e Compromissos
O Grupo tem adoptado uma estratgia que lhe possibilita, para alm de
preparar-se para vencer os desafios com que se depara, antecipar os desafios
futuros e transform-los em oportunidades de aperfeioamento e/ou inovao do
negcio. A adopo das melhores tcnicas disponveis e de um constante dilogo
com os seus stakeholders para a identificao de oportunidades de melhoria, so
exemplos do modo de actuao do Grupo para tornar o negcio sustentvel.
As questes relacionadas com o desenvolvimento sustentvel sempre foram,
14 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 15
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R.Susten PORTUCEL_07final 08/10/03 12:14 Page 8C M Y CM MY CY CMY K
O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
Ligado ao tema da energia, tem-se vindo a observar uma aposta na utilizao
de fontes renovveis para a produo de energia. A utilizao de biomassa
proveniente de resduos florestais surge assim como uma oportunidade para as
empresas do sector, que, em conjunto com uma melhoria da eficincia energtica,
resulta numa reduo real do impacte sectorial nas alteraes climticas.
Com efeito, a utilizao da biomassa florestal para fins de produo de electricidade,
calor/frio e biocombustveis, ser instrumental para cumprir at 2020, os objectivos
anunciados pela Comisso Europeia, de reduo de 20% das emisses de CO2
e de aumento para 20% do consumo de energia produzida a partir de fontes
renovveis.
No entanto, decorrente da aplicao das Directivas para cumprir os objectivos
20/20/20, do pacote legislativo sobre energia da UE, que regulamentam estes
valores, e atendendo falsa expectativa de obteno de elevadas remuneraes
do negcio da biomassa, acredita-se que a procura de biomassa florestal para
produo de energia, nomeadamente toros inteiros ao invs de resduos florestais,
possa levar a um significativo dfice de oferta de madeira para alguns segmentos
do sub-sector (fileiras da madeira e do mobilirio e fileiras da pasta e do papel).
Um outro aspecto incontornvel deste sector prende-se com a necessidade de
controlar a origem da madeira, de forma a garantir a credibilidade e a legalidade
dos produtos, uma clara e firme exigncia dos mercados mais evoludos. Neste
contexto, as indstrias florestais procuram garantir que as reas florestais so
geridas de acordo com boas prticas sociais, ambientais e econmicas. Os sistemas
de certificao como o FSC (Forest Stewardship Council) e o PEFC (Programme
for the Endorsement of Forest Certification Schemes) surgem neste mbito como
uma garantia adicional de que estas prticas so efectivamente cumpridas.
A certificao florestal assegura, naturalmente, melhorias do desempenho processual
e ambiental, da resultando nomeadamente, uma diminuio dos impactes
ambientais, um cumprimento rigoroso dos requisitos legais e uma diminuio do
risco de incndios florestais. Contribui, tambm, para o controlo da origem da
madeira e para que os requisitos sociais e ambientais, impostos pelas empresas
aos seus Fornecedores, sejam efectivamente respeitados.
Estas aces tambm induzem o aparecimento de marcas de papel certificadas,
que vo de encontro s expectativas dos Clientes e que aumentam o seu nvel
de satisfao.
Da abordagem global aos desafios do sector resulta uma inequvoca melhoria
do processo produtivo, efectivada principalmente atravs da reduo do consumo
portanto, parte integrante da gesto do negcio no Grupo e, por isso, componentes
fundamentais da sua estratgia de desenvolvimento futuro.
Sendo responsvel pela gesto de um recurso natural valioso, as plantaes
florestais, o Grupo dedica particular ateno s questes da sustentabilidade,
tendo como principais linhas de actuao, as seguintes:
Gesto sustentvel das plantaes florestais; Produo eco-eficiente; Produo de energia com base em fontes renovveis; Inovao.
de recursos, que conduz muitas vezes a uma diminuio dos impactes ambientais,
e que, na maioria das vezes, o resultado de significativos projectos de investigao
e desenvolvimento.
1.1 Desafios e Oportunidades do Sector
As empresas cuja actuao depende do produto primrio da floresta - a madeira
no transformada - esto cada vez mais sujeitas a presses e desafios.
A procura crescente de madeira pelas indstrias que utilizam este recurso como
principal matria-prima - desde as actividades ligadas produo de pasta e de
papel, passando pelas indstrias da madeira e do mobilirio at produo de
energia a partir da biomassa florestal (esta ltima, com um significativo aumento
na procura nos ltimos anos) - poder influenciar a competitividade destas
indstrias, a nvel local, nacional e global.
De facto, a contribuio das indstrias florestais para a economia portuguesa tem
vindo a ser muito significativa, tendo contribudo em 2007 para 2,8% do PIB
nacional, 3,7% do emprego e 9,3% das exportaes de bens, nmeros estes
bastante expressivos quando comparados com a mdia dos restantes pases
europeus.
A potencial escassez da matria-prima um tema prioritrio para o sector, a nvel
internacional. Com efeito, questes globais que se prendem com a desflorestao
e com a utilizao de madeira para fins energticos, so preocupaes reais e
prioritrias para as indstrias da madeira, aglomerados e mobilirio, da pasta e
papel e da energia e biomassa. Em Portugal, apesar de se ter verificado um
crescimento da rea florestal (no perodo de 1902-2006, a totalidade da rea
florestal portuguesa aumentou 1 455 000 hectares), existem diversos riscos que
no podem ser menosprezados e que podem conduzir a uma situao de escassez
de madeira, assumindo particular relevo o problema dos incndios florestais e
a pouca consistncia da poltica florestal nacional.
Dada a actividade acentuadamente industrial do sector, existem tambm presses
no sentido de as empresas minimizarem os seus impactes ambientais nos diversos
indicadores relevantes (consumo de energia e de gua, emisses atmosfricas,
efluentes e resduos, minimizao da utilizao de qumicos e dos nveis de odor,
entre outros). Na mesma perspectiva, e de acordo com a resposta conjuntura
global com especial enfoque nas alteraes climticas, as empresas com forte
conscincia ambiental, minimizam tambm os seus impactes, atravs da utilizao
de energias renovveis e da reduo das emisses de CO2.
Com toda esta envolvncia, vrios outros desafios se colocam s empresas deste
sector de actividade, sendo de destacar o aumento dos custos de logstica e a
falsa percepo do pblico em geral acerca do verdadeiro papel das indstrias
com negcio baseado na fileira florestal, que lutam diariamente pela preservao
e sustentabilidade dos recursos florestais e por um adequado uso do solo.
Caber indstria como um todo e a cada empresa, individualmente, actuar no
sentido de melhor responder a todos estes desafios numa perspectiva de
desenvolvimento sustentvel, alinhando os desafios do sector nas vertentes
econmicas, ambientais e sociais com as oportunidades do negcio, a curto,
mdio e longo prazo.
1.2 Estratgia e Compromissos
O Grupo tem adoptado uma estratgia que lhe possibilita, para alm de
preparar-se para vencer os desafios com que se depara, antecipar os desafios
futuros e transform-los em oportunidades de aperfeioamento e/ou inovao do
negcio. A adopo das melhores tcnicas disponveis e de um constante dilogo
com os seus stakeholders para a identificao de oportunidades de melhoria, so
exemplos do modo de actuao do Grupo para tornar o negcio sustentvel.
As questes relacionadas com o desenvolvimento sustentvel sempre foram,
14 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 15
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.2.1 Principais Linhas de Actuao
Abordagem econmica
O Grupo ocupa uma posio de destaque no mercado internacional da pasta e
do papel, sendo uma das mais fortes presenas de Portugal no mundo.
o maior produtor europeu e um dos maiores a nvel mundial de pasta branca
de eucalipto (BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp) encontrando-se entre os
grandes produtores de papis finos no revestidos (UWF - Uncoated Woodfree
Paper) da Europa.
O Grupo representa 61% das exportaes do sector da pasta e do papel. A sua
actividade emprega directamente cerca de 2 000 Colaboradores, mas tem um
peso muito mais elevado, principalmente ao considerar o emprego indirecto que
gera nas vrias actividades econmicas das regies onde esto situadas as suas
unidades fabris e as plantaes florestais que as abastecem.
Neste enquadramento, o grupo Portucel Soporcel tem uma forte influncia na
economia portuguesa, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento
regional sustentado e para a competitividade da fileira florestal nacional, pois
representa 2,6% das exportaes portuguesas de bens (no total, o sector de pasta
e papel representa 4,3%), com origem em matrias-primas maioritariamente
nacionais.
As vendas do Grupo representam 0,7% do PIB nacional e o VAB corresponde a
0,3% do PIB nacional e a 2% do PIB industrial.
Abordagem social
Na vertente da responsabilidade social, o Grupo investe e apoia um conjunto
significativo de iniciativas de carcter social, cultural, educacional e desportivo.
Neste mbito destacam-se os donativos a projectos de mrito social levados a
cabo por instituies sociais e humanitrias que se situam na rea envolvente
das suas unidades fabris.
Tambm os elevados investimentos em preveno e apoio ao combate aos
incndios florestais (cerca de 7,1 milhes de euros no perodo de 2006 a 2007),
so indicadores da preocupao do Grupo em preservar o patrimnio florestal
nacional.
A auto-suficincia do Grupo em termos energticos outro contributo de particular
importncia para o desenvolvimento sustentvel, tendo em conta que em 2007,
a Empresa produziu 74% das suas necessidades de energia e 92% da energia
elctrica que produz obtida por cogerao a partir de uma fonte renovvel, a
biomassa florestal.
O Grupo destaca-se da mdia das empresas europeias do sector, em termos de
auto-suficincia energtica, que se situa na ordem dos 60%.
A certificao florestal do Grupo outro tema relevante na rea ambiental, na
medida em que permite disponibilizar ao mercado produtos com a garantia
adicional de que so obtidos a partir de matrias-primas provenientes de reas
florestais geridas de forma sustentvel.
Como prticas inerentes poltica de valorizao dos recursos humanos, so de
salientar a preocupao em desenvolver modelos de avaliao de desempenho
e planos de carreira e os significativos investimentos em formao e segurana
dos Colaboradores.
de igual modo prtica do Grupo fomentar uma cultura de portas abertas, pelo
que se promovem com frequncia visitas dos diversos stakeholders s unidades
fabris tendo, no perodo compreendido entre 2006 e 2007, sido registadas 309
visitas, das quais 12% foram de escolas, 9% tiveram cariz institucional e 79%
cariz comercial, num total de 3 335 visitantes.
Abordagem ambiental
O Grupo tem vindo a consolidar a sua estratgia no sentido de posicionar o
ambiente no topo das suas prioridades de gesto, atravs da adopo proactiva
de prticas e tecnologias inovadoras, capazes de responder s preocupaes
ambientais da sua actividade.
O significativo investimento em equipamentos para utilizao das melhores
tcnicas disponveis tem permitido ao Grupo alcanar importantes redues na
utilizao de recursos naturais. Com efeito, desde 2000, verificaram-se aumentos
de produo (19% na produo de pasta e 54% na produo de papel) que foram
acompanhados por diminuies de cerca de 43% ao nvel do consumo especfico(1)
de gua e de 58% na utilizao de combustveis fsseis. Obtiveram-se de igual
modo importantes ganhos decorrentes da poltica de melhoria da eficincia
energtica, minimizao do uso de recursos naturais e valorizao de resduos.
As plantaes florestais em crescimento geridas pelo Grupo, contribuem, por si
s, para a reduo dos gases com efeito de estufa (GEE), tendo em conta que
funcionam como sumidouro de carbono.
No final de 2007, o carbono retido e acumulado nas suas florestas em crescimento,
correspondia ao equivalente a 26 vezes o CO2 fssil emitido no mesmo ano pelas
suas fbricas.
UM CASE STUDY DE RECONHECIMENTO NACIONAL
O grupo Portucel Soporcel foi um caso destacado no Caderno de Sustentabilidade
do Dirio Econmico a 11 de Julho de 2007. Um investimento na rea ambiental
que representou, nos ltimos anos, uma larga fatia do investimento total,
uma situao que se aproxima da auto-suficincia energtica atravs da
produo de biomassa, a certificao ambiental de todas as unidades fabris,
a par do ambicioso projecto de certificao florestal, foram temas evidenciados
e que destacaram o Grupo como um importante agente nesta matria.
UM CASE STUDY DE RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
A Cmara do Comrcio Luso-Francesa atribuiu ao grupo Portucel Soporcel, a
16 de Outubro de 2007, o Trofu de Desenvolvimento Sustentvel, um prmio
que distingue a empresa que melhor adoptou uma poltica de sustentabilidade
nos domnios ambiental, social e econmico, para alm das vertentes de
inovao e qualidade.
Estes trofus visam incentivar as trocas comerciais entre Portugal e Frana,
pas onde Grupo detinha uma quota de mercado de papel de 12%, em 2007.
De igual modo, a afectao de uma percentagem significativa do seu oramento
a investimentos ambientais, revela o compromisso do Grupo em produzir pasta
e papel de qualidade ao mesmo tempo que representa um contributo real para
o desenvolvimento sustentvel.
Perante esta viso, o Grupo prossegue uma estratgia de desenvolvimento
sustentvel dos seus negcios que se traduz na fixao de metas e na obteno
de resultados que vo para alm das exigncias legais.
Mas no s na componente florestal e de produo os princpios de sustentabilidade
so tidos em considerao na estratgia do Grupo. Tambm o respeito pelo capital
humano, o seu recurso mais valioso, uma das preocupaes prioritrias que
o Grupo integra na gesto do seu negcio.
(1) Consumo especfico - consumo por unidade de produto
16 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 17
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.2.1 Principais Linhas de Actuao
Abordagem econmica
O Grupo ocupa uma posio de destaque no mercado internacional da pasta e
do papel, sendo uma das mais fortes presenas de Portugal no mundo.
o maior produtor europeu e um dos maiores a nvel mundial de pasta branca
de eucalipto (BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp) encontrando-se entre os
grandes produtores de papis finos no revestidos (UWF - Uncoated Woodfree
Paper) da Europa.
O Grupo representa 61% das exportaes do sector da pasta e do papel. A sua
actividade emprega directamente cerca de 2 000 Colaboradores, mas tem um
peso muito mais elevado, principalmente ao considerar o emprego indirecto que
gera nas vrias actividades econmicas das regies onde esto situadas as suas
unidades fabris e as plantaes florestais que as abastecem.
Neste enquadramento, o grupo Portucel Soporcel tem uma forte influncia na
economia portuguesa, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento
regional sustentado e para a competitividade da fileira florestal nacional, pois
representa 2,6% das exportaes portuguesas de bens (no total, o sector de pasta
e papel representa 4,3%), com origem em matrias-primas maioritariamente
nacionais.
As vendas do Grupo representam 0,7% do PIB nacional e o VAB corresponde a
0,3% do PIB nacional e a 2% do PIB industrial.
Abordagem social
Na vertente da responsabilidade social, o Grupo investe e apoia um conjunto
significativo de iniciativas de carcter social, cultural, educacional e desportivo.
Neste mbito destacam-se os donativos a projectos de mrito social levados a
cabo por instituies sociais e humanitrias que se situam na rea envolvente
das suas unidades fabris.
Tambm os elevados investimentos em preveno e apoio ao combate aos
incndios florestais (cerca de 7,1 milhes de euros no perodo de 2006 a 2007),
so indicadores da preocupao do Grupo em preservar o patrimnio florestal
nacional.
A auto-suficincia do Grupo em termos energticos outro contributo de particular
importncia para o desenvolvimento sustentvel, tendo em conta que em 2007,
a Empresa produziu 74% das suas necessidades de energia e 92% da energia
elctrica que produz obtida por cogerao a partir de uma fonte renovvel, a
biomassa florestal.
O Grupo destaca-se da mdia das empresas europeias do sector, em termos de
auto-suficincia energtica, que se situa na ordem dos 60%.
A certificao florestal do Grupo outro tema relevante na rea ambiental, na
medida em que permite disponibilizar ao mercado produtos com a garantia
adicional de que so obtidos a partir de matrias-primas provenientes de reas
florestais geridas de forma sustentvel.
Como prticas inerentes poltica de valorizao dos recursos humanos, so de
salientar a preocupao em desenvolver modelos de avaliao de desempenho
e planos de carreira e os significativos investimentos em formao e segurana
dos Colaboradores.
de igual modo prtica do Grupo fomentar uma cultura de portas abertas, pelo
que se promovem com frequncia visitas dos diversos stakeholders s unidades
fabris tendo, no perodo compreendido entre 2006 e 2007, sido registadas 309
visitas, das quais 12% foram de escolas, 9% tiveram cariz institucional e 79%
cariz comercial, num total de 3 335 visitantes.
Abordagem ambiental
O Grupo tem vindo a consolidar a sua estratgia no sentido de posicionar o
ambiente no topo das suas prioridades de gesto, atravs da adopo proactiva
de prticas e tecnologias inovadoras, capazes de responder s preocupaes
ambientais da sua actividade.
O significativo investimento em equipamentos para utilizao das melhores
tcnicas disponveis tem permitido ao Grupo alcanar importantes redues na
utilizao de recursos naturais. Com efeito, desde 2000, verificaram-se aumentos
de produo (19% na produo de pasta e 54% na produo de papel) que foram
acompanhados por diminuies de cerca de 43% ao nvel do consumo especfico(1)
de gua e de 58% na utilizao de combustveis fsseis. Obtiveram-se de igual
modo importantes ganhos decorrentes da poltica de melhoria da eficincia
energtica, minimizao do uso de recursos naturais e valorizao de resduos.
As plantaes florestais em crescimento geridas pelo Grupo, contribuem, por si
s, para a reduo dos gases com efeito de estufa (GEE), tendo em conta que
funcionam como sumidouro de carbono.
No final de 2007, o carbono retido e acumulado nas suas florestas em crescimento,
correspondia ao equivalente a 26 vezes o CO2 fssil emitido no mesmo ano pelas
suas fbricas.
UM CASE STUDY DE RECONHECIMENTO NACIONAL
O grupo Portucel Soporcel foi um caso destacado no Caderno de Sustentabilidade
do Dirio Econmico a 11 de Julho de 2007. Um investimento na rea ambiental
que representou, nos ltimos anos, uma larga fatia do investimento total,
uma situao que se aproxima da auto-suficincia energtica atravs da
produo de biomassa, a certificao ambiental de todas as unidades fabris,
a par do ambicioso projecto de certificao florestal, foram temas evidenciados
e que destacaram o Grupo como um importante agente nesta matria.
UM CASE STUDY DE RECONHECIMENTO INTERNACIONAL
A Cmara do Comrcio Luso-Francesa atribuiu ao grupo Portucel Soporcel, a
16 de Outubro de 2007, o Trofu de Desenvolvimento Sustentvel, um prmio
que distingue a empresa que melhor adoptou uma poltica de sustentabilidade
nos domnios ambiental, social e econmico, para alm das vertentes de
inovao e qualidade.
Estes trofus visam incentivar as trocas comerciais entre Portugal e Frana,
pas onde Grupo detinha uma quota de mercado de papel de 12%, em 2007.
De igual modo, a afectao de uma percentagem significativa do seu oramento
a investimentos ambientais, revela o compromisso do Grupo em produzir pasta
e papel de qualidade ao mesmo tempo que representa um contributo real para
o desenvolvimento sustentvel.
Perante esta viso, o Grupo prossegue uma estratgia de desenvolvimento
sustentvel dos seus negcios que se traduz na fixao de metas e na obteno
de resultados que vo para alm das exigncias legais.
Mas no s na componente florestal e de produo os princpios de sustentabilidade
so tidos em considerao na estratgia do Grupo. Tambm o respeito pelo capital
humano, o seu recurso mais valioso, uma das preocupaes prioritrias que
o Grupo integra na gesto do seu negcio.
(1) Consumo especfico - consumo por unidade de produto
16 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 17
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.2.2 Compromissos
De acordo com a Poltica de Sustentabilidade e orientaes estratgicas definidas (http://www.portucelsoporcel.com/pt/info-centre.php), e para fazer face aos desafios com que se depara,
o grupo Portucel Soporcel estabeleceu um conjunto de compromissos, a concretizar nos prximos anos. Os compromissos assumidos abrangem temas econmicos, ticos, ambientais e sociais.
PRINCIPAIS CONCRETIZAES DO GRUPO (evoluo no perodo de 2005-2007)
REA ECONMICA
Aumento de 11,5% no volume de negciosrelativamente a 2005, atingindo 1 147 milhes de
euros em 2007.
Crescimento de 95,3% nos resultados operacionais,atingindo 260 milhes de euros em 2007.
Crescimento de 3,3% na produo global, comas Fbricas de Cacia e da Figueira a atingirem a
sua capacidade mxima.
Aumento de 12,2% nas vendas totais, registando-se um crescimento de 6% nos mercados europeus.
REA SOCIAL
Atribuio de mais 16,9% de donativos paraprojectos de ndole social, educacional, desportiva
e cultural e de 248,6% de patrocnios, face a
2005.
Introduo do sistema de gesto de desempenhopara Quadros e Executantes e definio de um
novo plano de carreiras profissionais.
Realizao de mais 76,7% de horas de formaoface a 2005.
REA AMBIENTAL
Reteno acumulada de 7,7 milhes de toneladasde CO2 pelas plantaes geridas pelo Grupo, no
final de 2007.
Produo total de 992 GWh de energia elctricaem 2007.
Investimento na rea ambiental de cerca de 13 milhesde euros traduzidos em ganhos de eficincia.
Reduo de 1% no consumo especfico deelectricidade e de 7% no consumo de gua.
Certificao de 85% da rea florestal gerida peloGrupo, no final de 2007.
Valorizao de 78% dos resduos produzidos,no final de 2007.
TEMA COMPROMISSOS FUTUROS
Estabelecer indicadores para avaliao e monitorizao do desempenho do Grupo em termos de desenvolvimentosustentvel.
Reforar o modelo de gesto de risco implementado no Grupo.Econmico
Consolidar as linhas de orientao em matria de tica profissional, atravs da publicao de um cdigo de conduta.tica e Integridade Dar continuidade poltica de gesto e minimizao dos recursos consumidos pela actividade. Continuar a aposta em projectos de inovao, investigao e desenvolvimento para a melhoria dos processos de
gesto de florestas e processos produtivos, e para o lanamento de novos produtos e servios com benefcios ambientais.
Procurar solues e implementar medidas conducentes melhoria da pegada de carbono. Impedir a perda de biodiversidade no mbito da adeso iniciativa Countdown 2010, desenvolvida pelo IUCN
(International Union for Conservation of Nature and Natural Resources).
Ambiental
Continuar a convergncia dos processos de recursos humanos e identificar reas de insatisfao dos Colaboradores. Continuar a apoiar a promoo de aces junto de produtores e proprietrios florestais privados com vista
dinamizao da certificao florestal, implementao de boas prticas, racionalizao e optimizao da produo
e defesa das florestas contra os incndios.
Reforar os procedimentos de dilogo e comunicao com os diversos stakeholders. Dar continuidade poltica de apoio a iniciativas de cariz social e educacional nas comunidades envolventes. Sensibilizar a sociedade para o facto de a utilizao de papel no ser prejudicial para a Natureza, sendo a
indstria papeleira a principal responsvel pelo acrscimo das reas florestais na Europa.
Social
18 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 19
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
1.2.2 Compromissos
De acordo com a Poltica de Sustentabilidade e orientaes estratgicas definidas (http://www.portucelsoporcel.com/pt/info-centre.php), e para fazer face aos desafios com que se depara,
o grupo Portucel Soporcel estabeleceu um conjunto de compromissos, a concretizar nos prximos anos. Os compromissos assumidos abrangem temas econmicos, ticos, ambientais e sociais.
PRINCIPAIS CONCRETIZAES DO GRUPO (evoluo no perodo de 2005-2007)
REA ECONMICA
Aumento de 11,5% no volume de negciosrelativamente a 2005, atingindo 1 147 milhes de
euros em 2007.
Crescimento de 95,3% nos resultados operacionais,atingindo 260 milhes de euros em 2007.
Crescimento de 3,3% na produo global, comas Fbricas de Cacia e da Figueira a atingirem a
sua capacidade mxima.
Aumento de 12,2% nas vendas totais, registando-se um crescimento de 6% nos mercados europeus.
REA SOCIAL
Atribuio de mais 16,9% de donativos paraprojectos de ndole social, educacional, desportiva
e cultural e de 248,6% de patrocnios, face a
2005.
Introduo do sistema de gesto de desempenhopara Quadros e Executantes e definio de um
novo plano de carreiras profissionais.
Realizao de mais 76,7% de horas de formaoface a 2005.
REA AMBIENTAL
Reteno acumulada de 7,7 milhes de toneladasde CO2 pelas plantaes geridas pelo Grupo, no
final de 2007.
Produo total de 992 GWh de energia elctricaem 2007.
Investimento na rea ambiental de cerca de 13 milhesde euros traduzidos em ganhos de eficincia.
Reduo de 1% no consumo especfico deelectricidade e de 7% no consumo de gua.
Certificao de 85% da rea florestal gerida peloGrupo, no final de 2007.
Valorizao de 78% dos resduos produzidos,no final de 2007.
TEMA COMPROMISSOS FUTUROS
Estabelecer indicadores para avaliao e monitorizao do desempenho do Grupo em termos de desenvolvimentosustentvel.
Reforar o modelo de gesto de risco implementado no Grupo.Econmico
Consolidar as linhas de orientao em matria de tica profissional, atravs da publicao de um cdigo de conduta.tica e Integridade Dar continuidade poltica de gesto e minimizao dos recursos consumidos pela actividade. Continuar a aposta em projectos de inovao, investigao e desenvolvimento para a melhoria dos processos de
gesto de florestas e processos produtivos, e para o lanamento de novos produtos e servios com benefcios ambientais.
Procurar solues e implementar medidas conducentes melhoria da pegada de carbono. Impedir a perda de biodiversidade no mbito da adeso iniciativa Countdown 2010, desenvolvida pelo IUCN
(International Union for Conservation of Nature and Natural Resources).
Ambiental
Continuar a convergncia dos processos de recursos humanos e identificar reas de insatisfao dos Colaboradores. Continuar a apoiar a promoo de aces junto de produtores e proprietrios florestais privados com vista
dinamizao da certificao florestal, implementao de boas prticas, racionalizao e optimizao da produo
e defesa das florestas contra os incndios.
Reforar os procedimentos de dilogo e comunicao com os diversos stakeholders. Dar continuidade poltica de apoio a iniciativas de cariz social e educacional nas comunidades envolventes. Sensibilizar a sociedade para o facto de a utilizao de papel no ser prejudicial para a Natureza, sendo a
indstria papeleira a principal responsvel pelo acrscimo das reas florestais na Europa.
Social
18 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 19
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20 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 21
O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
PARTICIPAO EM ENTIDADES DE REFERNCIA
Entidade comque se relaciona
O Grupo subscreveu os princpios do Global Compact, das Naes Unidas, em 2004.
O Grupo aderiu iniciativa Objectivos do Milnio, das Naes Unidas, em 2005.ONU
1.2.3 Gesto de Sustentabilidade
A sustentabilidade de um negcio s possvel atravs da contribuio e participao de todos. sobretudo atravs do empenho permanente e esprito de inovao
dos Colaboradores, que se conseguem atingir nveis de desempenho excelentes em todas as vertentes do negcio (econmica, ambiental e social).
Para apoiar a implementao da estratgia assumida pelo grupo Portucel Soporcel nas questes relacionadas com o desenvolvimento sustentvel, bem como os
compromissos assumidos e respectivos planos de aco, o Grupo dispe de uma Comisso de Sustentabilidade presidida por um Administrador no executivo. Esta
Comisso tem tambm como principais atribuies a formulao da Poltica de Sustentabilidade e a elaborao do Relatrio de Sustentabilidade do Grupo.
Conselhode Administrao
ComissoExecutiva
Comissode Sustentabilidade
reaIndustrial
reaFlorestal
reaCorporativa
reaComercial
No mbito da sua Poltica de Sustentabilidade, o Grupo participa activamente em organizaes do sector e em organismos internacionais do foro da sustentabilidade
empresarial. A presena nestes organismos permite ao Grupo aferir os principais desafios e oportunidades do sector e intervir pr-activamente na resoluo de problemas
e na definio de objectivos de melhoria, em consonncia com a sua estratgia de desenvolvimento sustentvel.
No conjunto, participam nestes organismos cerca de 13 membros do Grupo pertencentes a diversos dos seus rgos, tais como: Conselho de Administrao, Comisso
Executiva e/ou comisses especficas, nos quais assumem diversos cargos de gesto.
Organismos no mbito da Sustentabilidade
Tipo de Participao
WBCSD O Grupo membro desde 1995. Participa atravs da presena de um Delegado de Ligao.
BCSD Portugal O Grupo foi membro fundador em 2001. Participa activamente na Direco e no Secretariado Executivo.
RSE Portugal O Grupo foi membro fundador em 2002. Participa nos orgos sociais e no Conselho de Orientao Estratgica.
IUCN O Grupo aderiu iniciativa Countdown 2010, do IUCN, em 2007.
Entidades de referncia no Sector
Entidade Cargos desempenhados pelos membros do grupo Portucel Soporcel
CELPAPresidente; Presidente do Conselho Geral e da Comisso Executiva; Membros do Conselho Geral;
Membros dos Grupos Tcnicos.
CEPIMembro do Conselho de Administrao e da Comisso Executiva; Presidente do Advisory Committee of Pulp and Paper;
Membros das Comisses Florestal, de Ambiente e de Energia.
CEPIFINE (CEPI) Vice-Presidente.
CIP Membro da Direco; Responsvel pelo Grupo de Trabalho de Licenciamentos.
COGEN Portugal Membro do Conselho Director.
ISQ Membro do Conselho Geral.
IBET Presidente da Direco.
FSC - Portugal Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Paper Profile Membro do Steering Committee.
PEFC - Portugal Membro da Direco.
FAO Membro do Advisory Committee on Paper and Wood Products.
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20 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 21
O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
PARTICIPAO EM ENTIDADES DE REFERNCIA
Entidade comque se relaciona
O Grupo subscreveu os princpios do Global Compact, das Naes Unidas, em 2004.
O Grupo aderiu iniciativa Objectivos do Milnio, das Naes Unidas, em 2005.ONU
1.2.3 Gesto de Sustentabilidade
A sustentabilidade de um negcio s possvel atravs da contribuio e participao de todos. sobretudo atravs do empenho permanente e esprito de inovao
dos Colaboradores, que se conseguem atingir nveis de desempenho excelentes em todas as vertentes do negcio (econmica, ambiental e social).
Para apoiar a implementao da estratgia assumida pelo grupo Portucel Soporcel nas questes relacionadas com o desenvolvimento sustentvel, bem como os
compromissos assumidos e respectivos planos de aco, o Grupo dispe de uma Comisso de Sustentabilidade presidida por um Administrador no executivo. Esta
Comisso tem tambm como principais atribuies a formulao da Poltica de Sustentabilidade e a elaborao do Relatrio de Sustentabilidade do Grupo.
Conselhode Administrao
ComissoExecutiva
Comissode Sustentabilidade
reaIndustrial
reaFlorestal
reaCorporativa
reaComercial
No mbito da sua Poltica de Sustentabilidade, o Grupo participa activamente em organizaes do sector e em organismos internacionais do foro da sustentabilidade
empresarial. A presena nestes organismos permite ao Grupo aferir os principais desafios e oportunidades do sector e intervir pr-activamente na resoluo de problemas
e na definio de objectivos de melhoria, em consonncia com a sua estratgia de desenvolvimento sustentvel.
No conjunto, participam nestes organismos cerca de 13 membros do Grupo pertencentes a diversos dos seus rgos, tais como: Conselho de Administrao, Comisso
Executiva e/ou comisses especficas, nos quais assumem diversos cargos de gesto.
Organismos no mbito da Sustentabilidade
Tipo de Participao
WBCSD O Grupo membro desde 1995. Participa atravs da presena de um Delegado de Ligao.
BCSD Portugal O Grupo foi membro fundador em 2001. Participa activamente na Direco e no Secretariado Executivo.
RSE Portugal O Grupo foi membro fundador em 2002. Participa nos orgos sociais e no Conselho de Orientao Estratgica.
IUCN O Grupo aderiu iniciativa Countdown 2010, do IUCN, em 2007.
Entidades de referncia no Sector
Entidade Cargos desempenhados pelos membros do grupo Portucel Soporcel
CELPAPresidente; Presidente do Conselho Geral e da Comisso Executiva; Membros do Conselho Geral;
Membros dos Grupos Tcnicos.
CEPIMembro do Conselho de Administrao e da Comisso Executiva; Presidente do Advisory Committee of Pulp and Paper;
Membros das Comisses Florestal, de Ambiente e de Energia.
CEPIFINE (CEPI) Vice-Presidente.
CIP Membro da Direco; Responsvel pelo Grupo de Trabalho de Licenciamentos.
COGEN Portugal Membro do Conselho Director.
ISQ Membro do Conselho Geral.
IBET Presidente da Direco.
FSC - Portugal Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
Paper Profile Membro do Steering Committee.
PEFC - Portugal Membro da Direco.
FAO Membro do Advisory Committee on Paper and Wood Products.
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
Gesto de Riscos
As actividades do Grupo esto expostas a uma variedade de factores de risco
de negcio e operacional. Neste contexto, o Grupo tem uma abordagem activa
de gesto, baseada no princpio da Precauo, procurando minimizar os potenciais
efeitos adversos associados aos mesmos. o que sucede no que respeita aos
riscos financeiros e aos riscos associados a bens patrimoniais, s implicaes
ambientais das suas actividades e s questes de higiene e segurana dos seus
Colaboradores.
O controlo de riscos relevantes no mbito da actividade do Grupo do pelouro
da Comisso de Controlo Interno, que tem como misso identificar, avaliar e
monitorizar estes riscos, cabendo a diferentes estruturas dentro do Grupo a sua
gesto e/ou mitigao. Para mais informao sobre as atribuies desta Comisso
e sobre a descrio do Governo da Sociedade e respectivos pelouros atribudos,
recomenda-se a leitura do Relatrio sobre o Governo da Sociedade de 2007
disponvel em www.portucelsoporcel.com/pt/investors/governance.php.
1.3 Dilogo com Stakeholders
O desenvolvimento e sustentao de um bom relacionamento com todos os
stakeholders constitui um valioso mecanismo de melhoria interna para o
Grupo, na medida em que o seu reconhecimento e crescimento dependem
cada vez mais da capacidade de lidar com todos os grupos de interesse.
Compreender esta relao e a sua contribuio para estabelecer um futuro
comum, a base para que o relacionamento com os seus stakeholders seja
bem sucedido, resultando numa real agregao de valor.
Constitui, deste modo, um desafio, possibilitar uma crescente incluso das
expectativas e interesses dos stakeholders nos negcios das empresas do
Grupo.
1.3.1 Stakeholders estratgicos
Tanto a comunicao interna (e a identificao das necessidades dos Colaboradores)
como a projeco do Grupo no exterior enquanto agente para o desenvolvimento
sustentvel, abrem um leque de oportunidades de comunicao, dimensionadas
de acordo com as prioridades estratgicas assumidas.
Neste enquadramento, em 2005, o Grupo iniciou um processo de identificao
sistemtica dos stakeholders que considera estratgicos e o estabelecimento de
canais de comunicao, tendo sido categorizados, para o efeito, 12 grupos
especficos, tal como ilustrado.
Grupos de stakeholders estratgicos do grupo Portucel Soporcel
Governo
Fornecedores
Entidades Sectoriais
OrganizaesAmbientais
Gestores Sociedade Civil
Comunidade Local
Media
Clientes
ColaboradoresUniversidades
AccionistasInvestidores
grupo
Portucel Soporcel
Principais formas de dilogo:
Realizao de inquritos de satisfao; Visitas s unidades fabris; Realizao de jornadas tcnicas, workshops e sesses de trabalho regulares; Participao em sesses de esclarecimento; Organizao de sesses de formao tcnica; Montras tecnolgicas de boas prticas silvcolas.
MONTRAS TECNOLGICAS FLORESTAIS
Entre os vrios objectivos da poltica florestal do Grupo,
distinguem-se:
O aumento da produtividade privada pela difuso de boas prticasculturais e emprego de planta melhorada;
A promoo da imagem da rea florestal do Grupo e a facilitao dodesenvolvimento de parcerias com produtores florestais privados.
Como meio de concretizao destes objectivos, foram criados projectos-piloto
denominados montras tecnolgicas, que visam fundamentalmente a divulgao
das tcnicas de silvicultura mais apropriadas. Para tal, foram seleccionados
alguns dos povoamentos do patrimnio do Grupo bem como de produtores
florestais privados, que pudessem ser exemplo de boas prticas junto dos
restantes produtores privados e dos agentes da fileira florestal de eucalipto.
1.3.2 Processo de consulta e resultados obtidos
Para aferio e consolidao de algumas linhas de orientao estratgica, o grupo
Portucel Soporcel desenvolveu um processo de consulta a um conjunto de
entidades representantes dos seus grupos de stakeholders externos.
Decorrente da consulta efectuada, foram identificados vrios temas considerados
relevantes pelos stakeholders auscultados.
De salientar, neste contexto, a importncia que os stakeholders do Grupo atribuem
aos assuntos relacionados com a estratgia do Grupo e ao relacionamento deste
com os seus grupos de interesse, e s questes relativas gesto florestal
sustentvel, nomeadamente no que se refere aos sistemas de certificao florestal
e da cadeia de custdia e aos sistemas de preveno e apoio ao combate aos
incndios florestais.
LISBOA
Serra do Socorro 22 rot. 5 anos
PORTO
Mata da Arrota1 rot. 6 anos
Quinta da Lameira2 rot. 5 anos
COIMBRA
ODEMIRA
Barqueiro de Cima1 rot. 8 anos
CASTELO BRANCO
ABRANTESCaniceira
1 rot. 4,5 anos
Casal do Gavio1 rot. 5 anos
N
Localizao das montras tecnolgicas, rotao e idade
22 _ grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 grupo Portucel Soporcel Relatrio de Sustentabilidade 2006/2007 _ 23
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O Desenvolvimento Sustentvel no Grupo
Gesto de Riscos
As actividades do Grupo esto expostas a uma variedade de factores de risco
de negcio e operacional. Neste contexto, o Grupo tem uma abordagem activa
de gesto, baseada no princpio da Precauo, procurando minimizar os potenciais
efeitos adversos associados aos mesmos. o que sucede no que respeita aos
riscos financeiros e aos riscos associados a bens patrimoniais, s implicaes
ambientais das suas actividades e s questes de higiene e segurana dos seus
Colaboradores.
O controlo de riscos relevantes no mbito da actividade do Grupo do pelouro
da Comisso de Controlo Interno, que tem como misso identificar, avaliar e
monitorizar estes riscos, cabendo a diferentes estruturas dentro do Grupo a sua
gesto e/ou mitigao. Para mais informao sobre as atribuies desta Comisso
e sobre a descrio do Govern