montalvo y menÉnde pelayz oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... ·...

21
MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO Ni el paralelo forzado ni la imaginable discordia: simplemente las mutuas "simpatías y diferencias" a través de la correspondencia personal entre ambos escritores 1 . Un epistolario en parte inédito ofrece no pocas sorpresas; más cuando lo conocido anda disperso y fragmentado, invitando ya a la parcialidad. Las cartas de Menén- dez Peiayo se han publicado íntegras, pero apenas se utilizan para entresacar los elogios a Montalvo, y de las tres de éste se conoce una, mutilada y anotada tan apresuradamente que no lo favorece 2 . Valga lo uno por lo otro; pero no se ha puesto mucho en claro, y tocio amenaza ponerse peor si con el material reunido dejamos de llevar las cosas a su dueño. 1 Las cartas autógrafas de Montalvo se conservan en la Biblioteca de Menéndez Pelayo, de Santander: /) de "Madrid, junio 3 de 1883"; 2) de "Pa- rís, junio 24 de 1887"; y 3) de "París, julio 7 de 1887". Esta última ha sido publicada parcialmente por el director de la Biblioteca, ENRIQUE SÁNCHEZ RE- YES, en su recopilación Menéndez Pelayo y la hispanidad. Correspondencia entre Menéndez Pelayo y escritores hispano-americanos, BBMP, 27 (1951), 250-252. Las cartas autógrafas de Menéndez Pelayo se guardan en la Casa de Montalvo, de Ambato: /) de "Madrid, 3 de julio de 1887"; y 2) de "Santander, 18 ele setiembre de 1887". Don Carlos Bolívar Sevilla, director de la Casa ele Montalvo, nos ha enviado copia mecanográfica de ambas; don ANTONIO JAÉN MORENTE las ha publicado en su trabajo sobre Juan Montalvo y Emi- lia Pardo y Bazán, Quito, 1944, pp. 68-72. Agradecemos aquí a los compila- dores y directores de las instituciones respectivas el obsequio de sus trabajos y la autorización para utilizar lo publicado y lo inédito, lo mismo a don Isaac J. Barrera que, por encargo de nuestro amigo el filólogo ecuatoriano don Humberto Toscano, nos envió también copia mecanográfica de las dos cartas de Menéndez Pelayo. 2 OSCAR EFRÉN REYES, en su excelente Vida de Juan Montalvo (Quito, 1935), publica, altera y mezcla bajo unas mismas comillas los fragmentos elo- giosos de las dos cartas, sin indicar fecha ni procedencia (cf. la 2* ed., Quito, 1943, pp. 227-228). DARÍO GUEVARA, en su "biografía novelada de Juan Mon- talvo o el Cervantes de América", fragmenta y altera unos renglones de la se- gunda carta, citando el trabajo de Jaén Morente (Quijote y maestro, Quito, 1947, pp. 225 y 280). JAÉN MORENTE, op. cit., subraya los elogios a Montalvo y al Ecuador (pp. 66 y 68), pasa como sobre ascuas al hablar de la "cuestión relativa a una agresión literaria y aun personal contra don Marcelino" (p. 67) y ofrece algunos defectos de trascripción que aquí se corrigen sin indicarlo (pp. 68 y 70). ISAAC J. BARRERA, al contestar públicamente ciertas consultas nuestras, aprovecha lo elogioso y augura retrospectivamente que "Montalvo

Upload: others

Post on 18-Mar-2020

6 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

M O N T A L V O Y MENÉNDEZ P E L A Y O

N i el paralelo forzado n i la imaginable discordia: simplemente las mutuas "simpatías y diferencias" a través de la correspondencia personal entre ambos escritores 1 . U n epistolario en parte inédito ofrece no pocas sorpresas; más cuando lo conocido anda disperso y fragmentado, invi tando ya a la parcial idad. Las cartas de Menén-dez Peiayo se han publ icado íntegras, pero apenas se ut i l i zan para entresacar los elogios a M o n t a l v o , y de las tres de éste se conoce una, mut i lada y anotada tan apresuradamente que no lo favorece 2 . Valga lo uno por lo otro; pero no se ha puesto mucho en claro, y tocio amenaza ponerse peor si con el material reunido dejamos de llevar las cosas a su dueño.

1 L a s cartas autógrafas de M o n t a l v o se conservan e n l a B i b l i o t e c a de

M e n é n d e z P e l a y o , de S a n t a n d e r : /) de " M a d r i d , j u n i o 3 de 1883"; 2) de " P a ­

rís, j u n i o 24 de 1887"; y 3) de "París , j u l i o 7 de 1887". E s t a ú l t i m a h a s ido

p u b l i c a d a p a r c i a l m e n t e p o r e l d i r e c t o r de l a B i b l i o t e c a , ENRIQUE SÁNCHEZ R E ­

YES, en su r e c o p i l a c i ó n Menéndez Pelayo y la hispanidad. Correspondencia

entre Menéndez Pelayo y escritores hispano-americanos, BBMP, 27 (1951),

250-252. L a s cartas autógrafas de M e n é n d e z P e l a y o se g u a r d a n e n l a C a s a de

M o n t a l v o , de A m b a t o : /) de " M a d r i d , 3 de j u l i o de 1887"; y 2) de " S a n t a n d e r ,

18 ele set iembre de 1887". D o n C a r l o s B o l í v a r S e v i l l a , d i r e c t o r de l a C a s a

ele M o n t a l v o , nos h a e n v i a d o c o p i a mecanográf ica d e ambas; d o n ANTONIO

J A É N M O R E N T E las h a p u b l i c a d o en su trabajo sobre Juan Montalvo y Emi­

lia Pardo y Bazán, Q u i t o , 1944, p p . 68-72. A g r a d e c e m o s a q u í a los c o m p i l a ­

dores y directores de las i n s t i t u c i o n e s respectivas e l o b s e q u i o de sus trabajos

y la autor ización p a r a u t i l i z a r l o p u b l i c a d o y l o i n é d i t o , l o m i s m o a d o n Isaac

J . B a r r e r a q u e , p o r encargo de nuestro a m i g o e l filólogo e c u a t o r i a n o d o n

H u m b e r t o T o s c a n o , nos env ió t a m b i é n c o p i a mecanográf ica de las dos cartas

de M e n é n d e z P e l a y o . 2 OSCAR EFRÉN R E Y E S , e n su excelente Vida de Juan Montalvo ( Q u i t o ,

1935), p u b l i c a , a l t e r a y mezc la bajo unas mismas c o m i l l a s los f ragmentos elo­

giosos de las dos cartas, s i n i n d i c a r fecha n i p r o c e d e n c i a (cf. l a 2* ed. , Q u i t o ,

1943, p p . 227-228). D A R Í O GUEVARA, e n su " b i o g r a f í a n o v e l a d a de J u a n M o n ­

ta lvo o e l Cervantes de A m é r i c a " , f r a g m e n t a y a l tera unos r e n g l o n e s de l a se­

g u n d a carta, c i t a n d o e l t rabajo de J a é n M o r e n t e (Quijote y maestro, Q u i t o ,

1947, p p . 225 y 280). J A É N M O R E N T E , op. cit., subraya los elogios a M o n t a l v o

y a l E c u a d o r ( p p . 66 y 68), pasa c o m o sobre ascuas a l h a b l a r de l a " c u e s t i ó n

r e l a t i v a a u n a agresión l i t e r a r i a y a u n p e r s o n a l c o n t r a d o n M a r c e l i n o " (p . 67)

y ofrece a lgunos defectos de trascripción q u e a q u í se c o r r i g e n s i n i n d i c a r l o

( p p . 68 y 70). ISAAC J . BARRERA, a l contestar p ú b l i c a m e n t e ciertas consul tas

nuestras, a p r o v e c h a l o e logioso y a u g u r a r e t r o s p e c t i v a m e n t e q u e " M o n t a l v o

Page 2: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 367

M o n t a l v o llega la tercera vez a París por octubre de 1881, dejan­do pendiente en Panamá la publicación seriada de las Catilinarias; la duodécima y última apareció allá el pr imero de enero del nuevo año. Dedica todo 1882 y parte de 1883 a la edición de los Siete tra­tados; por mayo de ese año salieron los primeros ejemplares. B i e n provisto de ellos haría el viaje a M a d r i d , sugerido, según se dice, por doña E m i l i a Pardo Bazán y otros amigos españoles. Campoamor, Castelar, Núñez de Arce , Va lera y algunos más pedirían su incorpo­ración a la A c a d e m i a 3 . M o n t a l v o debió de presentarse en la v i l l a y corte a fines de mayo de 1883 4 .

A pr incipios de j u n i o escribió su pr imera carta a Menéndez Peí ayo y le envió los Siete tratados con respetuosa dedicatoria; quizá M o n t a l v o , aconsejado por sus amigos académicos, trataba de ganar su benevolencia para la votación de r igor:

Sor. don Marcelino Menéndez Pelayo. Madrid , junio 3 de 1883. M u y señor mío: L a fama le ha servido á U . con muy buena voluntad; tan joven

como es, ya es U . conocido en dondequiera que se habla la lengua Castellana; n i podía por menos un ingenio así tan precoz y labo­rioso.

Como prueba de estimación remito á U . un ejemplar de la obra que acabo de dar á luz en Francia 5 . Por lo que sé de U . , no

d e b i ó r e p l i c a r l e i n d i g n a d o " a M e n é n d e z P e l a y o (cf. su " M o n t a l v o y M e n é n ­

dez P e l a y o " , e n El Comercio, Q u i t o , 11 de n o v i e m b r e de 1952). F i n a l m e n t e ,

l a n o t a q u e encabeza l a carta de M o n t a l v o p u b l i c a d a e n e l BBMP, además d e

r e f e r i r i n e x a c t i t u d e s sobre l a v i d a y o b r a de M o n t a l v o , inser ta estos r e n g l o ­

nes: "esta misteriosa y l a r g a carta (va m u y abrev iada) , carta en que se h a b l a

de a l g u n a p o l é m i c a o d i a t r i b a c o n t r a M e n é n d e z P e l a y o , q u e n o he p o d i d o

p o n e r en c l a r o " . L a l e t r a c u r s i v a y e l paréntesis n o son nuestros. 3 C f . R E Y E S , op. cit., p p . 378 y 380-382. 4 A u n q u e los biógrafos R E Y E S y GUEVARA (opp. cit., p p . 379 y 385, y p . 196,

respect ivamente) están acordes e n fechar l a l l e g a d a de M o n t a l v o a M a d r i d e n

j u n i o , l a d a t a de l a p r i m e r a carta a M e n é n d e z P e l a y o y l a d e d i c a t o r i a d e l

e j e m p l a r de los Siete tratados q u e conserva l a A c a d e m i a ( " A l E x m o . S e ñ o r

d o n M a n u e l T a m a y o y B a u s , e l autor , c o n e l más p r o f u n d o respeto. Juan

Montalvo. M a d r i d , á 1 9 de J u n i o de 1883") nos l a n z a a esta suposic ión; p o r

l o menos , estamos seguros de q u e n o " e m p r e n d i ó su viaje a E s p a ñ a " en j u n i o ,

y a q u e e l 1 9 de ese mes f i r m a b a e n M a d r i d . 5 Siete Tratados / p o r / J u a n M o n t a l v o / T o m o p r i m e r o / B e s a n z o n / I m ­

p r e n t a de José J a c q u i n / 1882;. 400 p p . más 415 d e l T o m o segundo, que t i e n e

las mismas características. E l t o m o p r i m e r o l l e v a esta d e d i c a t o r i a autógrafa :

" A l señor M e n é n d e z P e l a y o , H o m e n a j e d e l autor , Juan Montalvo. M a d r i d

j u n i o 3 de 1883" (signaturas 4298 y 4299 de l a B i b l i o t e c a de M e n é n d e z P e -

layo , Santander) . E n los días e n q u e M o n t a l v o firmó las dedicator ias p a r a

T a m a y o y B a u s y M e n é n d e z P e l a y o , d e b i ó de e n v i a r t a m b i é n sus Siete tratados

a J u a n V a l e r a ; así l o h i z o saber éste, desde L i s b o a , a M e n é n d e z P e l a y o e n

car ta fechada e l 7 de j u n i o de 1883: " ¿ Q u i é n es y q u é p i e n s a usted d e l a m e r i -

Page 3: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 367

M o n t a l v o llega la tercera vez a París por octubre de 1881, dejan­do pendiente en Panamá la publicación seriada de las Catilinarias; la duodécima y última apareció allá el pr imero de enero del nuevo año. Dedica todo 1882 y parte de 1883 a la edición de los Siete tra­tados; por mayo de ese año salieron los primeros ejemplares. B i e n provisto de ellos haría el viaje a M a d r i d , sugerido, según se dice, por doña E m i l i a Pardo Bazán y otros amigos españoles. Campoamor, Castelar, Núñez de Arce , Va lera y algunos más pedirían su incorpo­ración a la A c a d e m i a 3 . M o n t a l v o debió de presentarse en la v i l l a y corte a fines de mayo de 1883 4 .

A pr incipios de j u n i o escribió su pr imera carta a Menéndez Peí ayo y le envió los Siete tratados con respetuosa dedicatoria; quizá M o n t a l v o , aconsejado por sus amigos académicos, trataba de ganar su benevolencia para la votación de r igor:

Sor. don Marcelino Menéndez Pelayo. Madr id , junio 3 de 1883. M u y señor mío: L a fama le ha servido á U . con muy buena voluntad; tan joven

como es, ya es U . conocido en dondequiera que se habla la lengua Castellana; n i podía por menos un ingenio así tan precoz y labo­rioso.

Como prueba de estimación remito á U . un ejemplar de la obra que acabo de dar á luz en Francia 5 . Por lo que sé de U . , no

d e b i ó r e p l i c a r l e i n d i g n a d o " a M e n é n d e z P e l a y o (cf. su " M o n t a l v o y M e n é n ­

dez P e l a y o " , e n El Comercio, Q u i t o , 11 de n o v i e m b r e de 1952). F i n a l m e n t e ,

l a n o t a q u e encabeza l a carta de M o n t a l v o p u b l i c a d a e n e l BBMP, además d e

r e f e r i r i n e x a c t i t u d e s sobre l a v i d a y o b r a de M o n t a l v o , inser ta estos r e n g l o ­

nes: "esta misteriosa y l a r g a carta (va m u y a b r e v i a d a ) , carta en que se h a b l a

de a l g u n a p o l é m i c a o d i a t r i b a c o n t r a M e n é n d e z P e l a y o , q u e n o he p o d i d o

p o n e r en c l a r o " . L a l e t r a c u r s i v a y e l paréntesis n o son nuestros. 3 C f . R E Y E S , op. cit., p p . 378 y 380-382. 4 A u n q u e los b iógrafos R E Y E S y GUEVARA (opp. cit., p p . 379 y 385, y p . 196,

respect ivamente) están acordes en fechar l a l l e g a d a de M o n t a l v o a M a d r i d e n

j u n i o , l a d a t a de l a p r i m e r a carta a M e n é n d e z P e l a y o y l a d e d i c a t o r i a d e l

e j e m p l a r de los Siete tratados q u e conserva l a A c a d e m i a ( " A l E x m o . S e ñ o r

d o n M a n u e l T a m a y o y B a u s , e l autor , c o n e l más p r o f u n d o respeto. Juan

Montalvo. M a d r i d , á 1 9 de J u n i o de 1883") nos l a n z a a esta suposic ión; p o r

l o menos , estamos seguros de q u e n o " e m p r e n d i ó su viaje a E s p a ñ a " en j u n i o ,

y a q u e e l 19 de ese mes firmaba e n M a d r i d . 5 Siete Tratados / p o r / J u a n M o n t a l v o / T o m o p r i m e r o / B e s a n z o n / I m ­

p r e n t a de José J a c q u i n / 1882; 400 p p . más 415 d e l T o m o segundo, que t i e n e

las mismas características. E l t o m o p r i m e r o l l e v a esta d e d i c a t o r i a a u t ó g r a f a :

" A l señor M e n é n d e z P e l a y o , H o m e n a j e d e l a u t o r , Juan Montalvo. M a d r i d

j u n i o 3 de 1883" (signaturas 4298 y 4299 d e l a B i b l i o t e c a de M e n é n d e z P e ­

layo , S a n t a n d e r ) . E n los días e n q u e M o n t a l v o firmó las dedicator ias p a r a

T a m a y o y B a u s y M e n é n d e z P e l a y o , d e b i ó de e n v i a r t a m b i é n sus Siete tratados

a J u a n V a l e r a ; así l o h i z o saber éste, desde L i s b o a , a M e n é n d e z P e l a y o e n

c a r t a fechada e l 7 de j u n i o de 1883: " ¿ Q u i é n es y q u é p i e n s a usted d e l a m e r i -

Page 4: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

3 6 8 ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

todo su contenido merecerá su aprobación; pero echará U . de creer cuan lejos rae hallo de la impiedad y la vana filosofía. L o que encuentre U . de malo, cúbralo con la indulgencia, que la toleran­cia ha sido siempre virtud de varones superiores; y si halla algo que diga con sus propias ideas, redúzcase á esa parte el presente que le hago; pues m i ánimo no es otro que dar á U . una prueba de la consideración y el respeto con que soy de ü . atento y seguro servidor.

Hotel de París, Puerta del Sol. Juan Montalvo

L a carta de M o n t a l v o , por más interesada que fuese (y esto lo suponemos, no por el texto, sino por la situación en que fue redac­tada), desde u n p r i n c i p i o sentó la oposición ideológica del r e m i ­tente y el destinatario. Si la cortesía cuidaba de que las divergen­cias se atenuaran, la sinceridad se defendía ya de la acusadora le­yenda ("echará U . de creer c u a n lejos me hallo de la impiedad y la vana filosofía"). Menéndez Peí ayo dejó sin contestar la carta no por desdén o antipatía, como pudiera suponerse, sino porque pre­firió visitarlo personalmente; lo sabemos por su carta de 3 de j u l i o de 1887 ("si le hubiese encontrado en casa cuando le visité en el H o t e l de París"). L a mala suerte quiso que M o n t a l v o estuviera ausente, de lo cual éste a su vez se lamenta en carta del 17 del mis­mo mes y año ("siento no haber visto a usted en M a d r i d cuando me hizo el favor de i r a m i casa"). Luego veremos por qué ambos echaron de menos la entrevista.

L a Academia, si llegó a formularse una propuesta oficial, no abrió sus puertas a M o n t a l v o . Es lo único que sabemos, pero sin poder

c a n o J u a n M o n t a l v o ? A c a b o de r e c i b i r car ta suya, finísima, y u n e j e m p l a r ,

lu josamente e n c u a d e r n a d o , de sus Siete tratados. N o he hecho s ino h o j e a r

esta o b r a , pero me basta p a r a es t imar a l a u t o r c o m o erudit ís imo y c o m o p e n ­

sador o r i g i n a l y c o m o escri tor t a l vez sobrado castizo, que peca de r e b u s c a d o .

D í g a m e si conoce a J u a n M o n t a l v o y q u é p i e n s a de él. A h o r a está e n M a d r i d "

(Epistolario de Valera y Menéndez Pelayo, M a d r i d , 1946, p. 169). L á s t i m a

q u e n o se conserve l a contestación ele M e n é n d e z P e l a y o ; p e r o p o d e m o s estar

seguros de q u e en u n a carta d e l 15 d e l m i s m o mes y a ñ o , p e r d i d a c o n otras

m u c h a s , n o contestó a l a p r e g u n t a , pues V a l e r a v o l v i ó a formulársela e l 19

d e j u n i o : " ¿ Q u i é n es J u a n M o n t a l v o y q u é p i e n s a usted d e J u a n M o n t a l v o ,

q u e me h a e n v i a d o u n e j e m p l a r de sus Siete tratados, c o n u n a carta finísima?

A l g o de los Siete tratados he le ído ya. D e l f o n d o n o sé q u é pensar a ú n . D e

l a f o r m a p ienso b i e n . E l h o m b r e es o r i g i n a l y e x t r a ñ o a veces, p e r o se conoce

q u e sabe l a l e n g u a y nuestros clásicos y m u c h o de los la t inos y griegos. C r e o

q u e p r o p e n d e a i m i t a r a M i g u e l M o n t a i g n e " (Epistolario, p . 172). P o s i b l e ­

m e n t e e n o t r a carta d e s c o n o c i d a de M e n é n d e z P e l a y o , l a d e l 18 de j u l i o de

1883, fue " m a n i f e s t a d a c o n f i d e n c i a l m e n t e " l a respuesta; en su carta a M o n ­

t a l v o de 3 de j u l i o de 1887, M e n é n d e z P e l a y o admit ía haber d a d o t a l g é n e r o

d e o p i n i o n e s conf idencia les , s i n precisar a q u i é n , sobre l a " i n d i s c i p l i n a inte­

l e c t u a l " d e l e c u a t o r i a n o .

Page 5: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 369

comprobar lo 0 . Los biógrafos y críticos han especulado extensamente sobre la supuesta negativa de la corporación 7 . "Castelar ha afirmado últimamente que cuando tentó el vado halló en los viejos doctos de la calle de Valverde tal tempestad contra el autor de los Siete tratados, que juzgando como ortodojos y no como literatos, le ne­gaban los sacramentos", escribía M o n t a l v o en 1887. Pero dice, sola­mente, "tentó el vado"; si así fue, lo más probable es que Castelar, tratando de alcanzarle el nombramiento de m i e m b r o correspondien­te, sondeara, de palabra, el ánimo de los académicos más destacados, ya que M o n t a l v o no podía conseguirlo por medio de la A c a d e m i a ecuatoriana, conducto n o r m a l , por las enemistades políticas que tenía con sus miembros. C o n intentarlo nada se perdía; antes bien, conseguirlo parecía cosa fácil, porque "en ningún tiempo ha deja­d o la Academia de enviar diplomas de M i e m b r o s correspondientes a todas las repúblicas de América, y los sigue prodigando sin resig­nación n i empacho". L a opinión de algunos académicos fue, pues, contraria; no la de la Academia que, al parecer, no fue consultada oficialmente. M o n t a l v o con todo vigor y c laridad lo expresó así:

6 L a A c a d e m i a , n o hace m u c h o , t o m ó l a s iguiente d e t e r m i n a c i ó n : " C o n

m o t i v o de l a pet ic ión f o r m u l a d a p o r u n i n d i v i d u o p a r a q u e se le p e r m i t a

c o p i a r actas de sesiones y c o r r e s p o n d e n c i a referente a los A c a d é m i c o s , se t o m a

el a c u e r d o , p a r a este caso y los sucesivos, de n o a u t o r i z a r e l acceso a las A c t a s

y d o c u m e n t o s de l a A c a d e m i a hasta q u e h a y a t r a n s c u r r i d o siglo y m e d i o desde

su fecha. A c t a de l a C o m i s i ó n A d m i n i s t r a t i v a d e l 7 de n o v i e m b r e de 1946".

(Cf . l a Guía de los Archivos de Madrid, M a d r i d , 1952, p . 363). 7 R U F I N O BLANCO-FOMBONA a f i r m a : " ¡ Y a este g r a n d e de E s p a ñ a de las

letras [ M o n t a l v o ] n o l o q u i s i e r o n p o r colega u l t r a m a r i n o , a pesar de Caste lar

y de N ú ñ e z d e A r c e , las pá l idas sombras, cubiertas de or ín , d e l a A c a d e m i a ! "

( I n t r o d u c c i ó n a los Siete tratados, ed . G a r n i e r , París , [1912], t. 1, p . x i i i ) . JOSÉ

ENRIQUE RODÓ, más m o d e r a d o , d i c e : " A l l í [en M a d r i d ] f recuentó p o r a l g ú n

t i e m p o l a soc iedad l i t e r a r i a , e n l a q u e fue su i n t r o d u c t o r E m i l i o Castelar . . .

L e o p o l d o A l a s h a b l ó de él c o n f r a n c o h o m e n a j e , y d o n J u a n V a l e r a túvole

s i e m p r e e n s i n g u l a r predi lecc ión. . . E l t r i u n f o i n m e d i a t o de su l i b r o [los Siete

tratados'] n o fue, c o n t o d o , t a n extenso n i i n t e n s o c o m o h u b i e r a s ido jus to

esperar. . . P a r a p r i v a r e n ciertos círculos y merecer ciertas sanciones, d a ñ ó ,

s i n d u d a , a M o n t a l v o , l a l i b r e c o n d i c i ó n d e sus ideas, que a ú n solía ser al l í

capitis diminutio p a r a los t r i b u n a l e s de l a l i t e r a t u r a o f ic ia l . E n suma, de las

i m p r e s i o n e s de este viaje parec ió q u e d a r e n e l f o n d o de su espíritu c ierto dejo

de a c r i t u d y desengaño. V o l v i ó a París, d o n d e p e r m a n e c i ó hasta su m u e r ­

t e . . . " (El mirador de Próspero, M o n t e v i d e o , 1913; ensayo r e p r o d u c i d o e n Hom­

bres de América, V a l e n c i a , 1920, p p . 74-75). L o s m i s m o s l i teratos españoles, p o r

b o c a de El Sol de M a d r i d , h a n escrito l o q u e sigue: " M o n t a l v o — l o h e m o s

d i c h o todos m u c h a s veces— es u n p r o d u c t o español ís imo que h o n r a y acre­

c i e n t a n u e s t r o c a u d a l l i t e r a r i o , y, s i n e m b a r g o , l a g r a n decepc ión d e l a u t o r

ele los Siete tratados l a m o t i v ó u n desaire de l a A c a d e m i a Española . A n a d i e

se o c u l t a q u e h o y n u e s t r a A c a d e m i a t iene p a r a M o n t a l v o respeto y a d m i r a ­

c ión, p o r q u e esa e n t i d a d se h a p r e o c u p a d o de e x t e r i o r i z a r tales sent imientos ,

c o m o u n a tácita r e p a r a c i ó n p o r e l desvío de ayer" (citado e n RA, 15, 1927,

n ú n i 13, p . 196). T a m b i é n B L A N C O - F O M B O N A perc ibe este c a m b i o de a c t i t u d c u a n -

Page 6: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

" N o es verdad, como han propagado mis m a l querientes, que yo haya sufrido u n rechazo, pues nunca he sido propuesto" 8 .

N o obstante, lastimado por el desdén se retiró s in r u i d o a París. N o devolvió l a fa l l ida visita a Menéndez Pelayo n i procuró entre­vista con él antes de marcharse (y el hotel de M o n t a l v o estaba situado a poca distancia del H o t e l de las Cuatro Naciones, residen­cia de Menéndez Pelayo). N i pasados los años olvidó el espíritu gregario de quienes "juzgando como ortodojos y no como literatos, le negaban los sacramentos" a su obra. Varios de ellos l legaron a reconocerle méritos en privado, pero M o n t a l v o no consintió nue­vas gestiones para lograr el reconocimiento oficial, dando por segu­ro que la intolerancia de grupo se lo negaría en público. Suficiente­mente escarmentado, explicaba a su amigo J u l i o Gaicano, en octu­bre de 1887, los motivos de su actitud:

Según este modo de discurrir de muchos académicos, yo existo fuera de la Academia, y aun soy lo que ellos dicen; pero en la Academia no existo, porque así lo quiere la secta. Los hombres más cuerdos y razonables personalmente, suelen ser egoístas é in­tratables en corporación, y muchos tienen un voto en el seno de ella, y otro muy diferente fuera de ella 9 .

P o r eso, cuatro años después del infructuoso viaje a M a d r i d ,

d o escribe: " P a s a r o n los t iempos en que se denegaba a d o n J u a n M o n t a l v o e l i n o ­

cente t í tu lo de académico c o r r e s p o n d i e n t e p o r q u e d o n J u a n n o i b a a m i s a " ( " E n

t o r n o a u n i n c i d e n t e " , e n El Universal Ilustrado, M é x i c o , año X I , 16 de f e b r e r o

de 1928, p . 66). R E Y E S y GUEVARA, opp. cit., caps. 44 y 38-39 respect ivamente ,

h a n a p r o v e c h a d o l o novelesco d e l i n c i d e n t e , ÁNGEL ROSENBLAT ( I n t r o d u c c i ó n a

los Capítulos que se le olvidaron a Cervantes, B u e n o s A i r e s , 1944, p . 12) y

E . ANDERSON IMBERT (El arte de la prosa en Juan Montalvo, M é x i c o , 1948,

p p . 208 y 224) h a n d a d o crédito a l a " p r o p o s i c i ó n " y e l " r e c h a z o " de M o n t a l ­

v o ; A n d e r s o n I m b e r t m u y lacónicamente los n a r r a así: " N o figuró, pues, e n la

A c a d e m i a e c u a t o r i a n a , p e r o e n 1883, a l v i s i t a r España, fue p r o p u e s t o p o r C a r a -

p o a m o r , N ú ñ e z de A r c e , Caste lar , V a l e r a y l a P a r d o Bazán a l a A c a d e m i a Es­

p a ñ o l a . L a A c a d e m i a rechazó esa g e s t i ó n " (cap. 1, n o t a 26). S i n e m b a r g o , l a

p r e n s a d i a r i a m a d r i l e ñ a , de ser c ierto e l e p i s o d i o , n o h i z o n i n g ú n caso d e él:

El Progreso, El Globo y La Correspondencia de España, de 5 d e j u n i o de

1883, d i e r o n l a n o t i c i a de l a l l e g a d a de M o n t a l v o a l a v i l l a y corte c o n " d e l i ­

cada a t e n c i ó n " , p e r o n o " c o m o desagravio p o r e l desaire i n f e r i d o " , c o m o pre­

sume R E Y E S , op. cit., p . 385. El Globo, d i a r i o caste lar iano, a n u n c i a b a además

u n a entrevis ta entre C a s t e l a r y M o n t a l v o " e n l a presente s e m a n a " , p e r o que

e n r e a l i d a d se verificó e l 20, c o m o se sabe p o r e l m i s m o d i a r i o d e l d í a s i g u i e n t e

( " N u e s t r o i lus tre jefe, señor Caste lar , v is i tó ayer e l Senado, a c o m p a ñ a n d o a l

n o t a b l e p u b l i c i s t a a m e r i c a n o y d i s t i n g u i d o a m i g o nuestro señor M o n t a l v o " ) .

E l ú n i c o art ículo sobre M o n t a l v o y su o b r a l o p u b l i c ó t a m b i é n El Globo, 23

de j u l i o de 1883, ú l t i m a h u e l l a de su p e r m a n e n c i a e n M a d r i d . E l o g i o s o , p e r o

c o n a lgunos reparos , e l a u t o r pref ir ió n o f i r m a r l o . 8 C a r t a de M o n t a l v o a d o n J u l i o G a i c a n o , de "Par ís , o c t u b r e 9 de 1887"

(Inéditos y artículos escojidos de luán Montalvo, Q u i t o , 1897, p . 4). 9 Ibid., p p . 7-8.

Page 7: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENENDEZ PELAYO S 7 i

n o tiene reparo en dirigirse de nuevo a Menéndez Pelayo. M u y a t iempo comprendió M o n t a l v o que l a animadversión colectiva poco estorbaría las relaciones estrictamente personales que se dis­ponía a reanudar. E n el tono de la próxima carta resulta imposible sorprender el menor resquemor (en el apasionado M o n t a l v o tan pronto a salir a flote). Sincero es el empeño de hal lar algún punto común que, por encima de los credos opuestos, fortifique el m u t u o respeto intelectual:

Señor don Marcelino Menéndez Pelayo. París junio 24 de 1887. M u y señor mío de todo m i aprecio: Envío á U . el tomo segundo de mi librito titulado " E l Espec­

tador" 1 0 . Si tiene U . quince minutos de ocio, desperdicíelos en el artículo " E l naturalismo", y verá que hasta yo puedo estar acorde con U . en ciertas materias 1 1 . Digo esto, porque he visto el prólogo que U . ha puesto á la " V i d a de San Francisco" de la señora doña E m i l i a Pardo, y he tenido mucho gusto de que U . y yo nos halle­mos en un corazón respecto de la escuela naturalista de los fran­ceses1 2. Acepte U . esta manifestación de los sentimientos de mi áni­mo, y créame su más sincero admirador.

Rué Cardinet, 206 1 3 . Juan Montalvo

1 0 El I Espectador / p o r / J u a n M o n t a l v o . / T o m o segundo.—15 de j u n i o

de 1887. / P a r i s / L i b r e r í a F r a n c o - H i s p a n o A m e r i c a n a , / J . Y . F e r r e r , 71,

r u é de R e n n e s . 1887; 220 p p . C o n l a s iguiente d e d i c a t o r i a autógrafa: " A l

Señor d o n M a r c e l i n o M e n é n d e z y P e l a y o , c o n e l d e b i d o respeto. E l a u t o r .

París , J u n i o 24 de 1887" (s ignatura 6364 de l a B i b l i o t e c a de M e n é n d e z P e -

layo) . 1 1 E n " E l n a t u r a l i s m o " (cf. El Espectador, t. 2, p p . 92-102) M o n t a l v o e x p o ­

n í a su o p i n i ó n a l respecto: " S i e l n a t u r a l i s m o es e l arte d e escr ib i r según l a

n a t u r a l e z a y de presentar las costumbres de los h o m b r e s y los pasos de l a v i d a

c o m o ellos o c u r r e n , yo n o a lcanzo l a neces idad de p r e s e n t a r l a s i e m p r e p o r su

aspecto d e s d i c h a d o y c r i m i n a l . . . E l v e r d a d e r o escri tor n a t u r a l i s t a será e l q u e

presente a l a n a t u r a l e z a e n todas sus faces. . . N u e v a d o c t r i n a . . . Sancho P a n z a

es a n t e r i o r a E m i l i o Z o l a , y él puso e n l a escena de los batanes l a p i e d r a d e l

n a t u r a l i s m o . . ." 1 2 E M I L I A PARDO B A Z Á N , San Francisco de Asís (Siglo xiii). C o n u n p r ó l o g o

p o r D . M a r c e l i n o M e n é n d e z y P e l a y o , de l a R e a l A c a d e m i a Española . 2* ed . ,

G a r n i e r , París, 1886. E l p r ó l o g o de M e n é n d e z P e l a y o (pp. i x - x x ) entre otras

cosas decía: " E s m o r a l m e n t e i m p o s i b l e que l a h i j a de O z a n a m p u e d a ser p o r

l a r g o t i e m p o y de b u e n a fe, l a apolog is ta fervorosa de Zolá y de los G o n -

c o u r t . . . es i m p o s i b l e q u e l a p l u m a que trazó los éxtasis d e l s o l i t a r i o d e l m o n t e

A l v e r n i a y l a impres ión de los sagrados estigmas, y q u e acertó a descr ib ir los ,

c o n v e r d a d e r a u n c i ó n , c o n v e r d a d e r a p i e d a d , se moje luego e n t i n t a p a r a h a ­

cer l a a p o l o g í a de los tristes l i b r o s q u e fr íamente d isecan l a fría y s e n i l co­

r r u p c i ó n par is iense" . 1 3 L a s dos cartas de M o n t a l v o fechadas e n París a p u n t a n c l a r a m e n t e s u

d o m i c i l i o : " R u é C a r d i n e t , 206" , n o " 2 6 " , c o m o dice R E Y E S , op. cit., p p . 4 3 1 ,

435 Y 438. BLANCO-FOMBONA (loe. cit., p. x l i i ) y GUEVARA (op. cit., p p . 199,

Page 8: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

Encontrado el punto de coincidencia l i teraria, y relacionado c o n l a obra de una común y buena amiga, creyó M o n t a l v o pisar terreno firme. D e cierto lo tuvo, tras de aclararse u n incidente en sumo grado bochornoso. D e poco sirvió que en el mismo tomo de El Espectador, remit ido con dedicatoria, apareciera una "Correspon­dencia l i terar ia" ("a la señora doña E m i l i a Pardo Bazán") en la que se refería con elogio a Menéndez Pelayo y se regocijaba de la opinión concorde:

H e recibido la nueva edición de la Vida de San Francisco. N o me faltaba sino el prólogo de Menéndez y Pelayo, que no con­tiene la primera. D o n Marcelino Menéndez no ha podido dar me­jor empleo á su pluma; y pésele a quien le pesare, me alegro mu­cho de la fraterna que ese gran teólogo pagano les da á ciertas per-sonitas aficionadas al naturalismo de Zola, Goncourt, Flaubert y más hermanos de la cofradía de Le ventre de Paris14.

Menéndez Pelayo, al acusar recibo del tomo de El Espectador, en carta de " M a d r i d , 3 de j u l i o de 1887", pasó rápidamente sobre e l tema central de la de M o n t a l v o ("convenimos en nuestras apre­ciaciones acerca del m a l l lamado naturalismo, capaz de dar náuseas a todo estómago l i terario y a toda conciencia honrada"), apresurán­dose a reconocerle, en el vo lumen recibido y en los Siete tratados, "singulares condiciones de estilo, en medio de una i n d i s c i p l i n a inte­lectual con la que no puedo estar conforme". J u i c i o no solicitado que le permitió entrar directamente en materia:

Quizá esta opinión mía, manifestada confidencialmente (pues­to que en público, n i de U d . n i de sus libros he tenido nunca ocasión de hablar) me hayan valido de parte de los amigos y admi­radores que U d . tiene en América, diatribas tan feroces y viru­lentas como una que estampó en La Voz de Panamá, no sé quién, que indudablemente no me conocía n i en lo físico n i en lo moral.

207 y 279) c o m e t e n e l m i s m o e r r o r ; M a n u e l M . P e r a l t a d a o t r a d i recc ión:

" H a b i t a b a [ M o n t a l v o ] u n a casa de l a r u é L o g e l b a c h " (c i tado p o r R E Y E S ,

p . 417). A n o t e m o s q u e e n l a R u é C a r d i n e t 206 hay u n a " p l a c a c o n m e m o r a t i v a " . 1 4 El Espectador, t o m o y ed. cit . , p . 211. M o n t a l v o y d o ñ a E m i l i a asistie­

r o n j u n t o s en 1887 a l a representac ión de Le ventre de Paris, d r a m a de B u s -

n a c h y Z o l a , p r i m e r a p i e z a n a t u r a l i s t a que se m o n t ó e n e l T e a t r o de las N a ­

ciones (cf. ibid., p . 98); t a m b i é n a l a de los "Misterios de París q u e se d a b a

e n e l A m b i g ú C ó m i c o " (ibid., p . 96). M a n u e l M . P e r a l t a , r e f i r i e n d o o t r a

e n t r e v i s t a de M o n t a l v o y l a P a r d o Bazán, asegura q u e " d o ñ a E m i l i a a d m i r a b a

a M o n t a l v o y tenía p o r él p a r t i c u l a r a p r e c i o " (cit. p o r R E Y E S , p . 416). L o

c u a l se c o n f i r m a e n l a post-data de l a p r i m e r a carta de M e n é n d e z P e l a y o :

" N u e s t r a a m i g a D a . E m i l i a P a r d o Bazán m e h a h a b l a d o m u c h o y m u y b i e n

d e U d . " ; M o n t a l v o r e s p o n d i ó h a l a g a d o : " L o q u e m e d ice usted de nuestra

a m i g a D o ñ a E m i l i a , me h a l l e n a d o ele placer . E l q u e t iene abogados c o m o ése

y jueces c o m o usted, ya p u e d e tener acusadores y perseguidores ele c u a l q u i e r

l i n a j e " .

Page 9: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 373

Descuidaba M o n t a l v o que las defensas y elogios inmoderados de sus propios admiradores podían utilizarse aviesamente en contra suya; y más, cuando lo publ icado envolvía insultos gratuitos para escritores que él mismo leía con admiración y procuraba congra­ciarse. Si M o n t a l v o h u b i e r a sabido del ataque a Menéndez Pelayo, con toda seguridad habría adelantado explicaciones o guardado si­lencio; si lo supo y le escribió silenciándolo, no pudo escoger peor momento. Pero M o n t a l v o , en su rápida respuesta de "París, j u l i o 7 de 1887", lo negó rotundamente:

Si algún escrito... hubiera yo leído, por cierto que le hubiera ahorrado a usted el disgusto que le ha causado el artículo del periódico a que alude. N o conozco este diario; en seis años que permanezco en Francia, nunca me han enviado n i un solo número, n i he tenido noticia de que la prensa de esa ciudad hubiese hecho insultos a usted.

Pero la cosa todavía era más grave: el artículo a ludido se imputó a l propio M o n t a l v o , no a u n simple admirador. E n la misma carta, poco más abajo, Menéndez Pelayo vuelve a referirse a "los insultos que contra mí publicó La Voz de Panamá en artículo que atribuye a U d . el Sr. Pérez y Soto". Afortunadamente no ha dado crédito a semejante atribución:

yo no puedo creer que sea de U d . porque le conceptúo un perfecto caballero incapaz de apelar a tales recursos contra hombres que en nada le han ofendido, y que a lo sumo pueden haber pecado de alguna negligencia en agradecer sus favores literarios.

M o n t a l v o en su respuesta fue aún más explícito; pasando por alto a "ese señor Pérez y Soto, que usted no conoce, n i yo tampoco", defendió su inocencia con gallardía y entereza, hasta "quedar l ibre de l cargo", no sin mostrarse justamente do l ido:

E l director de ese periódico podrá certificar si alguna vez ha recibido comunicación mía acerca de ninguna cosa ni persona, y usted dirá si está puesto en razón que paguen justos por pecado­res. E n cuanto ha que escribo para la imprenta, una sola vez he hecho mención de usted, y ésta, mención honrosa. E l que se atri­buyan a un escritor artículos anónimos, por pura suposición o por malevolencia, ¿qué ha de probar? M i l veces, periodistas sin fe n i conciencia han citado obras, quizá de ellos mismos, diciendo llana­mente: "esto dijo en tal periódico". Puesto que usted mismo no ha dado crédito a esta imputación, no alarguemos un asunto que, por cierto, es tan enojoso para usted como para mí.

Menéndez Pelayo, en su carta de "Santander, 18 de setiembre de 1887", aceptó sin restricciones las protestas de lealtad y lo con­sideró desde entonces como viejo amigo:

Page 10: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

374 ERNESTO MEJÍA SÁNCHEZ N R F H , X I

Cuando la causa desaparece, desaparecen también los efectos. U d . comprenderá que no me faltaban motivos para quejarme de los destemplados y personalísimos ataques que me habían d i r i ­gido, sin provocación alguna de m i parte, gentes que se daban por amigas y admiradoras de U d . Como U d . ha sido extraño a todo esto, sólo me toca manifestarle m i gratitud por lo sincero y leal de sus explicaciones, que por otra parte yo no necesitaba, puesto que sabía que era U d . un perfecto caballero. Desaparezca pues, entre nosotros, todo asunto de recriminación, y si en algo puedo servirlo a U d . mándeme con franqueza como si toda la vida nos hubiéramos conocido.

Si los nublados se aclararon, el origen de la tempestad fue tan oscuro que n i el propio Menéndez Pelayo supo referirlo cabalmen­te a M o n t a l v o , a pesar de tener a mano buena parte de la docu­mentación precisa. N i M o n t a l v o , tan cercano a los hechos, llegó a sospecharlo a l parecer. D e l Ecuador fue remit ida a Menéndez Pe-layo u n a voluminosa refutación a los Siete tratados, con firma de J u a n Bautista Pérez y Soto, por estos años su detractor más labo­rioso y enconado 1 5 . N o era la pr imera vez que Menéndez Pelayo recibía escritos ofensivos contra M o n t a l v o ; u n académico ecuato­r iano, d o n Pablo Herrera , c u m p l i d o corresponsal de Menéndez Pelayo, le envió en 1884 el burlesco "Soneto bi l ingüe" de García M o r e n o contra el autor de El Cosmopolita16.

Ignoramos quién, con toda intención, remitió los volúmenes (si fue el autor, no se atrevió a dedicarlos); pero no es arriesgado su­poner como remitente hasta al más bondadoso de los corresponsales ecuatorianos, adversarios de M o n t a l v o en su mayoría. Menéndez Pelayo conservó en su bibl ioteca las tres entregas de La curar in a, y señaló con su p l u m a , en los márgenes de la tercera, los insultos contenidos. Quizá ofuscado por la crudeza de la ofensa, no acertó a referir los hechos con rigor. Guiados por las propias señales del ofendido, intentamos reconstruirlos aquí.

E n La Estrella de Panamá (no en La Voz, como dice Menéndez Pelayo) se publicó u n artículo "para desacreditar al autor de las Catilinarias y los Siete tratados"; su redactor uti l izaba parcialmente

1 5 La Curarina, ¡ Antídoto contra el montalvismo, / p o r / J u a n B a u t i s t a

Pérez i Soto. / (Colecc ión de los art ículos p u b l i c a d o s c o n este / t í tulo e n " L o s

A n d e s " de G u a y a q u i l . / . . . / G u a y a q u i l . / I m p r e n t a de C a l v o i C a . / 1884-

1886. L a s tres entregas de que consta l l e v a n p a g i n a c i ó n c o r r i d a : 1-198, 199-

382, 383-686 (signaturas 12703, 14498 y 14499 de l a B i b l i o t e c a de M e n é n d e z

P e l a y o ) . 1 6 C f . l a carta de H e r r e r a a M e n é n d e z P e l a y o ( " Q u i t o , oc tubre , 11 de

1884") p u b l i c a d a e n e l BBMP, 27 (1951), 228-229. E l soneto d e G a r c í a M o r e n o

p u e d e verse e n sus Escritos y discursos publicados por la Sociedad Católica de

Quito y anotados por su presidente D. Manuel María PólitT Q u i t o , 1887, t. 1,

p p . 296-297.

Page 11: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 375

los juicios sobre M o n t a l v o aparecidos en Los prosistas contempo­ráneos en Madrid, del periodista L u i s Carreras 1 7 . Europa y Amé­rica, quincenario español de París simpatizante de Monta lvo , lo refutó en dos artículos anónimos titulados " L a conspiración d e l s i lencio": citando el mismo l i b r o se ponía en claro que el autor, n o obstante considerar oscuro y arcaico el estilo de los Siete trata­dos, realmente estimaba mucho más a M o n t a l v o que a todos los prosistas contemporáneos, pues sus juicios sobre Castelar, Fernán­dez Guerra , P i M a r g a l l y Menéndez Pelayo no podían ser más de­presivos 1 8 . " L a conspiración del s i lencio", para elogiar a M o n t a l v o , hacía eco hasta cierto punto a los juicios de Carreras (más que j u i ­cios, verdaderas injurias y calumnias), pero citaba en todo momen­to a l autor y la obra de donde procedían 1 9 . Y J u a n Bautista Pérez y Soto, empeñado a la sazón en ganar enemigos a los Siete tratados, atribuyó a M o n t a l v o desde las columnas de Los Andes de Guaya­q u i l , con notoria mala fe, no sólo la defensa de Europa y América, sino también las frases de Carreras que allí se c i taban 2 0 .

U n a duda insalvable: resulta apenas creíble que M o n t a l v o igno­rara la verdadera fuente de las injurias. L a obra de Carreras que tanto lo distinguía l levaba el pie de imprenta de Europa y Amé­rica, el mismo de la Mercurial eclesiástica, publ icada el año ante­r i o r . A ú n menos creíble es que desconociera las diatribas de Pérez y Soto, b ien conocidas por el redactor de Europa y América ("Jus­to es que los compatriotas de M o n t a l v o , para honra y gloria de su patria, nos remitan libelos infamantes contra los Siete tratados. . . como el que. . . J u a n Bautista Pérez y Soto ha tenido la desver­güenza de mandarnos estos días") 2 1 . Quizá Monta lvo , retirado en París de toda polémica, trataba de apartarse de elogios y diatribas, y prefería acoger el dato erróneo de Menéndez Pelayo para salir de l paso sin largas y más enojosas explicaciones. Efectivamente,

1 7 L u i s CARRERAS [Y LASTORTAS], LOS prosistas contemporáneos en Ma­

drid. Estudios sobre el arte de escribir bien, A d m i n i s t r a c i ó n de l a Europa y

América, París 1885; 185 p p . (las p p . 28, 55-56, 71, 111-126, 151 y 180-181

se ref ieren a M o n t a l v o ) . 1 8 N o hemos p o d i d o c o n s u l t a r los tomos 4 a 6 (1884-1886) de Europa y

América, d o n d e se h a l l a " L a conspirac ión d e l s i l e n c i o " , p e r o conocemos e l tex­

to, t r a n s c r i t o y c o m e n t a d o p o r PÉREZ Y SOTO e n l a tercera entrega de La cura-

rina, p p . 669-685. E n 1883 Europa y América c o m e n t ó y a n u n c i ó los Siete tra­

tados (año 3, n ú m . 67, 1 9 de o c t u b r e , p . 3), p u b l i c ó u n retrato de M o n t a l v o ,

u n ar t ícu lo sobre él , p o r EDUARDO CALCAÑO, y las cartas de C a n t ú y D ' A m i c i s

(núm. 68, 15 de o c t u b r e , p p . 1-2), y e l año s iguiente ed i tó l a Mercurial ecle­

siástica. Libro de verdades, B i b l i o t e c a de Europa y América, París, 1884;

232 p p . 1 9 La curarina, tercera entrega, p p . 577-579 y 668-669. 20 Ibid., p p . 557 y 668. 2 1 Ibid., p p . 684-685.

Page 12: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

376 ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

sus escritos públicos y privados de estos años parecen despreocupar­se de tales acontecimientos: no hacen la menor referencia a Pérez y Soto, n i a Carreras, n i al joven R u b é n Darío, que lo defendió de Pérez y Soto y además le dirigió una extensa Epístola en que l o colmaba de e logios 2 2 . N o menos dudoso es que Menéndez Pelayo ignorase Los prosistas contemporáneos en Madrid, que el p r o p i o Carreras se encargó de hacer llegar a los ofendidos 2 3 . Menéndez Pe-layo, si recibió el impreso, no puso, y con razón, mayor cuidado en conservarlo. Si en real idad lo llegó a recibir , su reclamo a M o n ­ta h o era menos justificado. Pero ellos, a juzgar por lo que sabe­mos, no dudaron de sus mutuas afirmaciones.

O t r o malentendido que surgió a través del epistolario puede ser interpretado con parcial idad; debemos aclararlo aun a riesgo de m u l t i p l i c a r las transcripciones. Unas líneas de la pr imera carta de Menéndez Pelayo sin duda lastimaron la susceptibil idad patriótica y la honradez l i teraria de M o n t a l v o , m u y a pesar del justo recono-miento que allí mismo se hacía ele sus "méritos" como "prosista o r i ­g i n a l " :

U d . con sus ideas que no son las mías, y con procedimientos de polémica que estoy muy lejos de aprobar pero quizá sean tole­rables en el Ecuador, es un prosista original, a quien sólo ha fal­tado vivir en más sana atmósfera. Perdóneme U d . a mí. . . el que reconozca y proclame sus méritos, con esta salvedad, que exigen de mí juntamente m i amor a la justicia, y la repugnancia que siempre me ha inspirado toda sátira personal. Muchas de estas co­sas yo hubiera tenido el gusto de decírselas a U d . de palabra, si le hubiese encontrado en casa, cuando le visité en el Hotel de París. Pero m i mala suerte no lo quiso así. . .

E l párrafo que se mutiló a l publ icar la tercera carta de M o n ­talvo, copiado íntegramente a continuación, puntual iza, en efecto, los conceptos de Menéndez Pelayo:

2 2 D a r í o , c o n o c e d o r de La curarina y a d m i r a d o r de M o n t a l v o , atacó a Pérez

y Soto c o n su art ículo " E l águi la n o caza moscas", p u b l i c a d o en El Im parcial.

s e m a n a r i o de M a n a g u a , a ñ o I , n ú m . 5, 9 de febrero de 1886 (véase e n D I E G O

M A N U E L SEQUEIRA, Rubén Darío criollo, B u e n o s A i r e s , 1945, p p . 258-260). L a

epístola " A J u a n M o n t a l v o " , fechada e n " L e ó n de N i c a r a g u a , i Q de j u n i o de

1884", se p u b l i c ó en El Ferro-Carril, de M a n a g u a , e l 20 d e l m i s m o mes y a ñ o

(cf. m i t rabajo sobre Los primeros cuentos de Rubén Darío, M é x i c o , 1951,

p p . 47 y 88). D o y más detal les sobre estas re lac iones l i terar ias en " D a r í o y M o n ­

t a l v o " , NRFH, 2 (1948), 360-372, y en unos p r ó x i m o s addenda. 2 3 E l e j e m p l a r de Los prosistas contemporáneos q u e se conserva en l a B . N . M .

( s ignatura 2/53,771) l l e v a l a s iguiente d e d i c a t o r i a autógrafa: " R e m i t o este

e j e m p l a r á D . F r a n c i s c o P i M a r g a l l pa . qe. se consuele d e l m a l que de él d i g o

e n esta o b r a . Luis Carreras"; abajo, u n sello de g o m a : " F r a n c i s c o P i y M a r g a l l .

A b o g a d o . M a d r i d " . E n l a B i b l i o t e c a de M e n é n d e z P e l a y o (Santander) se en­

c u e n t r a n otras obras de Carreras , pero ésta n o .

Page 13: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 377

E n el tomo primero de " E l Espectador", que se lo envío con gusto, verá usted m i parecer respecto de esa terrible parte de la política y la literatura que se llama polémica; lo leerá en el ar­tículo titulado " E l polemista" 2 4 . Improbar y condenar de una ma­nera absoluta lo que no es de nuestro gusto o nuestro genio, no dirá usted que no envuelve algún abuso de autoridad, aun cuando ésta sea la de todo un Menéndez y Pelayo.

Si tuviera yo grandes motivos de queja contra mi patria, toda­vía no estaría de acuerdo con los que tienen mala opinión de ella. U n francés que, despechado de la suya, se fue para nunca más volver, volvió dentro de poco, y escribió: "Los defectos y las im­pertinencias de los pueblos que he visitado y estudiado me han reconciliado con m i patria". Ninguna atmósfera es más sana para el hombre bien nacido que la de su patria. Los defectos, los vicios, las vergüenzas y miserias de los pueblos que he recorrido en quince años de viajes voluntarios o forzados me han reconciliado con la mía; y de acá de estas tierras bajas, mirando hacia la Zona Tórrida con ojos llenos de amor, veo l impia y sana la atmósfera donde respiré el aire de la infancia y aprendí las primeras letras. Si usted alude al abuso de la imprenta, que por desgracia reina en algunas repúblicas de América, los escritos de Enrique Rochefort, de Pablo de Cassagnac, Cornely y otros muchos escritores famosos de todos los partidos en la capital del mundo, son capaces de reconciliarme con el demonio hecho periodista. Y en Londres, la otra capital del mundo, ¿qué ha visto usted, qué hemos visto en estos días? E n nin­guna república de América, y menos en la mía, hay un Pal! Malí Gazette, n i jurados semejantes a los que producen periódicos de esta clase. Sir Charles Dilke, ex-ministro de la Gran Bretaña; Ju l io Ferry, ministro de la República Francesa, son, sin duda, más desgraciados que yo, porque la atmósfera en que les hacen respirar sus enemigos los envenena. Envenenados por esta atmósfera mu­rieron León Gambetta, el general Farre, y están pataleando actual-

24 El I Espectador / p o r / J u a n M o n t a l v o / T o m o p r i m e r o . — i 9 de j u n i o

de 1886. / P a r i s / L i b r e r í a F r a n c o - H i s p a n o A m e r i c a n a , / 78, r u é R i c h e l i e u ;

/ J . Y . F e r r e r , 71, rué de R e n n e s . / 1886; 219 p p . E l e j e m p l a r de l a B i b l i o t e c a

de M e n é n d e z P e l a y o (s ignatura 6363) l l e v a d e d i c a t o r i a autógrafa de M o n t a l ­

v o : ' A l señor d o n M a r c e l i n o M e n é n d e z y P e l a y o , su m u y s incero a d m i r a d o r

y a tento y seguro serv idor , Juan Montalvo. París J u l i o 7 de 1887". E n " E l po le­

m i s t a " ( p p . 27-38), art ículo q u e r e c o m i e n d a M o n t a l v o , p u e d e n leerse frases

c o m o éstas: " L a profes ión d e l p o l e m i s t a es u n a de las más d u r a s y pel igrosas.

E l p o l e m i s t a es u n l u c h a d o r p ú b l i c o . . . ; e l v i g o r , e l v a l o r , e l tesón q u e nece­

sita p a r a n o s u c u m b i r a los golpes de l a e l o c u e n c i a e n e m i g a , o a los de l a

i n f a m e c a l u m n i a , h a c e n de él u n personaje respetable. . . E n e l p o l e m i s t a h a y

s i e m p r e pas ión; es p a t r i o t a a p a s i o n a d o , teólogo a p a s i o n a d o , l i t e r a t o apasio­

n a d o , o r a d o r a p a s i o n a d o , filósofo a p a s i o n a d o , l l a m a n d o pasión a h o r a a i a r d i ­

m i e n t o c o n que ciertos caracteres y ciertos corazones se a r r o j a n a l t o r b e l l i n o

de l a c o n t i e n d a pol í t ica , r e l i g i o s a o l i t e r a r i a , s iempre q u e e n e l b a n d o opuesto

estén c a m p a n d o p a l a d i n e s d ignos de su p r e p o t e n c i a " . Confes ión p e r s o n a l y

mani f ies to d o c t r i n a r i o .

Page 14: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

378 ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

mente los que tienen la desventura de llegar al puerto que les sirve de patíbulo. L a atmósfera sana y pura que han menester los pueblos cristianos y cultos, ojalá envolviera toda la tierra. Y no dirá usted que España no está requiriendo una esquinita de ese manto sagrado, para cubrir las carnes de la pobre Merceditas Mar­tín [ez] Campos, verbigracia?

E n el tono respetuoso y mesurado no se d is imula cierta dosis de acri tud; Menéndez Pelayo, en la segunda carta, creyó más opor­tuno dar nuevo sesgo a la cuestión:

Sólo quiero aclarar un concepto de m i carta que U d . creyó alusivo a su Patria, y que en m i ánimo no lo era de ningún modo; porque para mí son objetos de especial predilección todos los pue­blos que hablan lengua castellana y que constituyen en realidad una sola familia, con los mismos defectos y con las mismas buenas cualidades que distinguen al pueblo español. L o único que quise decir es que el alejamiento en que ahora vivía U d . de las luchas y polémicas personales de su país, le iba trayendo, con mucho con­tentamiento mío, a una manera más alta y serena de mirar las cosas y de juzgar a los hombres. N o quise con esto dar a entender (por­que esto sería contrario a toda verdad y evidencia) que los desbor­damientos de la prensa pública fuesen mayores en América que en Europa. Puntualmente sucede todo lo contrario, pero estos desbor­damientos influyen poco en el ánimo de un extranjero, que por el contrario, cuando está en su propio país, aún siendo más l impia y sana la atmósfera, tiene que contagiarse casi involuntariamente del encarnizamiento de las luchas públicas en que toma parte. Nada más que esto quise decir, pues por lo demás ¿quién ha de dudar que un pueblo nuevo, de costumbres sanas y sencillas como el Ecuador, ha de llevar gran ventaja bajo el aspecto moral a esas Babilonias modernas que se llaman París o Londres?

Hemos presentado hasta aquí los aspectos del epistolario que pueden llamarse negativos, resueltos por fortuna amistosamente por los mismos corresponsales. Los aspectos positivos que luego pre­sentamos arrojan u n saldo quizá menos rico, pero siempre intere­sante. A q u í lo l i terario sale ganancioso, sin menoscabo del aprecio personal que, antes bien, se afirma y fortifica. Establecida la amis­tad sobre la base del m u t u o respeto, no tardó en llegar el l ibre canje de opiniones y una mayor y recíproca estimación. E n la se­gunda carta de Menéndez Pelayo, otra vez el naturalismo, objeto de común antipatía, proporciona motivos de acuerdo y confiden­cias literarias:

E n las cuestiones relativas a la novela moderna, al naturalismo, ya sabe U d . que estamos conformes. Pienso como U d . en cuanto al Héctor Fiera mosca de Massimo de Azeglio, aunque todavía pre­fiero otra novela suya intitulada, si mal no recuerdo, Niccolo de

Page 15: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 379

Lapi, y cuyo asunto es el asedio de Florencia en 1527. E n cuanto a / promessi sposi, no sólo los admiro sino que los amo con cierta especie de devoción íntima. Son la segunda novela del mundo des­pués del Quixote. A lo menos, yo no conozco otra mejor 2 5 .

Q u i e n hasta hace poco se declaraba abiertamente inconforme con la " i n d i s c i p l i n a intelectual" del presunto enemigo, ahora pre­fiere la i n t i m i d a d en voz baja y la comunicación efusiva de sus pre­ferencias más íntimas. Los reparos ideológicos pasan a ocupar u n segundo plano, y los que se hacen al estilo son tan sinceros y evi­dentes que n i a l más punti l loso habrían podido ofender. Y todo el lo envuelto en halagüeños adjetivos, dictados igualmente por la cordia l idad y el reconocimiento:

. . .el primer tomo de El Espectador... me ha hecho pasar, lo mis­mo que el segundo, ratos muy agradables, trayéndome a la me­moria los mejores artículos de Addison o los de Gaspar Gozzi en s u Osservatore, que me gusta todavía más que el Spectator in­glés 2 0. U d . , procediendo con entera originalidad, ha logrado, no obstante, parecerse a estos amables moralistas y a veces al mismo Montaigne, sin que se trasluzca imitación directa. Claro que no

2 5 E n " L a n o v e l a francesa y l a i t a l i a n a " , M o n t a l v o se refiere a M a s s i m o

T a p p a r e l l i d ' A z e g l i o (1798-1866) y a su Ettore Fieramosca (1833), o l v i d á n d o s e

d e l Niccoló de' Lapi (1841), p r e f e r i d o p o r M e n é n d e z P e l a y o (El Espectador,

l i b r o segundo, ed. G a r n i e r , París, 1927, p p . 169-178); a M a n z o n i y sus Promessi

sposi (1827) d e d i c a especial a tenc ión: "Los desposados — o p i n a — son u n a de las

o b r a s que , en f o r m a de n o v e l a , h a n s ido más v i g o r o s a m e n t e concebidas y más

a d m i r a b l e m e n t e puestas p o r escrito e n nuestros t i e m p o s " (ibid., p p . 167-168).

C a b e señalar l a m o d e r a c i ó n (y m o d e r n i d a d ) d e l j u i c i o de M o n t a l v o , sobre t o d o

si se l o c o m p a r a c o n e l de M e n é n d e z P e l a y o , i n v a r i a b l e e n este p u n t o p o r

l o menos desde hacía doce años, y s iempre t e n d i e n t e a s i tuar l a n o v e l a de M a n ­

z o n i a l l a d o d e l Quijote, a d m i r a t i v a m e n t e . E l m a n u s c r i t o de su tesis d o c t o r a l

sobre La novela entre los latinos (1875) finaliza c o n este párrafo , m u y d i f e r e n t e

d e l i m p r e s o e n su fo l le to d e l m i s m o t í tu lo y d e l m i s m o a ñ o : . .el Quijote,

e n c a r n a c i ó n bel l ís ima de l a i d e a d e l R e n a c i m i e n t o , / promessi sposi, p i n t u r a

s i n i g u a l de los pasados t iempos , a n i m a d a p o r e l espír i tu de l a e d a d p r e s e n t e ! "

(cf. A . BONILLA Y SAN M A R T Í N , I n t r o d u c c i ó n a l t. 4 de los Orígenes de la no­

vela, ed. NBAE, p . 97). E x a l t a c i o n e s parecidas se e n c u e n t r a n e n l a carta a

José M a r í a de P e r e d a ( "Venec ia-Mi lán , 13 de m a y o de 1877"), a h o r a e n e l

t. 5 de los Estudios y discursos de crítica histórica y literaria, ed . de Obras

completas, e n las p p . 150-151 de ese m i s m o t o m o y e n e l t. 6, p . 313. T o d a v í a

e n 1890 sigue fiel a M a n z o n i , a u n q u e n o sabemos si c o n l a m i s m a p a s i ó n :

" P o r entonces d i o e n M a d r i d u n a c o n f e r e n c i a p ú b l i c a acerca de M a n z o n i ; p e r o

fue casi t o t a l m e n t e h a b l a d a , y n o h a b í a taquígrafos , p o r l o c u a l resultó i m p o ­

s ib le r e c o g e r l a " ( B O N I L L A Y SAN M A R T Í N , loe. cit., p . 51). O t r a s rect i f icaciones

o " p a l i n o d i a s " a sus j u i c i o s j u v e n i l e s h i z o d o n M a r c e l i n o , p e r o n o ésta.

" c Joseph A d d i s o n (1672-1719) y su Spectator (1711-1712 y 1714) y G a s p a r o

G o z z i (1713-1786) y su Osservatore Véneto (1761-1768). E l m i s m o j u i c i o de M e ­

n é n d e z P e l a y o sobre A d d i s o n y G o z z i p u e d e verse e n los Estudios y discursos

de crítica histórica y literaria, ed . cit . , t. 5, p . 345.

Page 16: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

3 8 o ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

son de m i agrado todas las ideas expuestas en El Espectador, pero aun en esto noto mayor templanza y serenidad que en los Siete tratados, así como también indudable ventaja en el estilo, que es más suelto y fácil en estos nuevos artículos, notándose en ellos me­nos rebusco de arcaísmos artificiosos. Digo a U d . con toda fran­queza y sinceridad mi impresión. Y no quiero disimular tampoco que siendo en general pura, castiza y abundante la dicción de U d . , la afean de vez en cuando algunos galicismos inútiles y por otra parte desconocidos en España, como el de romancista por novelista y romance por novela. E n España nadie entiende por romance otra cosa que la composición poética en versos octosílabos asonantados. Por eso creo que además de ser inútil este galicismo, tiene el incon­veniente de ser anfibológico, y ele confundir al que lee 2 7 . Claro es que este lunar es de poca nota, pero como se trata de un estilo, en general tan atildado y cuyo ideal es la pureza clásica, me atrevo a notarle, pidiendo a U d . m i l perdones por tal atrevimiento.

N o sabemos si M o n t a l v o contestó la última carta de Menéndez Pelayo; parece más probable que no llegó a contestarla. Segura­mente pensaría hacerlo cuando le remit iera el v o l u m e n tercero de El Espectador, entonces en prensa; pero la enfermedad que lo l levó a la tumba impidió uno y otro propósito. M o n t a l v o ocupó los últi­mos meses de 1887 y los primeros de 1888 en cuidar la edición de ese vo lumen. " D u r a n t e seis meses a part ir de marzo, mes en que se diera [sic] término a la impresión del número tercero de El Espec­tador, no pudo salir a la calle n i escribir una letra"; pescó u n la­mentable resfrío cuando ya corregía pruebas de los pliegos fina­les 2 8 . E n estos pliegos, precisamente, M o n t a l v o publ icaba su mea culpa de galicista: citando de memoria la carta de Menéndez Pe-layo, aceptaba la corrección con h u m i l d a d y beneplácito. Satisfe­cho de lo justo y benigno de la censura, y orgulloso de la amistad con el sabio crítico que se ocupaba de su obra, redacta la confe­sión de su yerro visiblemente regocijado:

P R O L I N G U A 2 9

M e gusta la vigilancia con que algunos literatos montan la guardia en el palacio del idioma; y cuando uno de estos vigías de penetrante vista nos advierte la presencia del enemigo, soy el pri­mero en echar el arma al brazo e ir en defensa de esta segunda religión que se llama lengua pura, lengua clásica. Don Marcelino Menéndez y Pelayo me ha dado la voz de: Moros en la costa: y aquí me tienen ustedes lanza en ristre contra ese musulmán 11a-

2 7 Véase " L a n o v e l a francesa y l a i t a l i a n a " , loe. cit., p p . 159-161. 2 8 R E Y E S , op. cit., p p . 428-430. 2 9 " P r o l i n g u a " es e l ú l t i m o art ículo d e l t. 3 de El Espectador, a p a r e c i d o

e n París e l 15 de m a r z o de 1888 (cf. ed. G a r n i e r , 1927, p p . 312-313).

Page 17: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO 3 8 l

mado El Espectador, que nos ha traído envuelto en su manto de rey antiguo un moro Muza désemejable, que puede hacer daño, si no en España, por lo menos en América. . . "Romance, dice don Marcelino, es galicismo en la significación de novela. E n España nadie comprende que se habla de novela cuando se la llama ro­mance". Como si no; hubiera sabido esto, fui yo a soltar ese gazapo en el tomo segundo de El Espectador^. Romance, en español, es la composición en verso de arte menor, en donde se refieren amo­res, aventuras o hechos de armas de los héroes populares. E l Ro­mancero del Cid hubiera bastado para salvarme de ese error, si, por mucha que sea nuestra buena voluntad, no nos faltaran la atención y advertencia cuando más necesitamos de ellas. Entre fran­ceses romance es la verdadera novela; y nouveíles llaman éstos a las novelillas cortas. L e pongo, pues, de patitas en la calle a ese gabacho advenedizo, y los dominios del Espectador quedan libres de moros, francos y lombardos, gracias a don Marcelino Menéndez.

Sin embargo, la concordia a que llegaron las relaciones n o obligaba a la renuncia de los credos respectivos n i excluía la posi­b i l i d a d de su manifestación antagónica. N o de otra manera se expl ica el recelo que Monta lvo , en esos mismos días, manifiesta ante el probable voto académico de Menéndez Pelayo; a u n t iempo escribía M o n t a l v o el jovia l artículo de El Espectador y el siguiente párrafo de la carta a Gaicano ("París, octubre 9 de 1887"):

Confieso que, sin ser soberbio, yo: no solicitara [el ingreso a la Academia] n i una vez, menos cuatro; y tanto menos cuanto que estoy cierto de que don Marcelino Menéndez y Pelayo, que me ha honrado con sus cartas como á escritor; don Aureliano Fernández Guerra, que "por dondequiera que abra ese maldito libro [los Siete tratados'] halla un pasaje elocuentísimo"; don Manuel Tama-yo y Baus, que se admira de que yo no esté en la Academia; y otros muchos respetables varones me echarían bola negra, si Cas-telar, Núñez de Arce ú otro de los miembros de buenas ideas, como decimos los liberales, viniese a proponerme 3 1 .

P o r otra parte, la prevención de M o n t a l v o se dirige al Menén­dez Pelayo académico, no al amigo particular; en la misma carta, u n poco antes, se duele de aquellos "hombres más cuerdos y razo­nables personalmente" que "suelen ser egoístas é intratables en cor­poración, y muchos tienen u n voto en el seno de ella, y otro m u y diferente fuera de e l l a " 3 2 . L a alusión no puede ser más directa.

8 0 C f . supra, n o t a 27. L a d i s c u l p a de M o n t a l v o n o se e x t i e n d e a romancista

' n o v e l i s t a ' , usado p o r él a l m i s m o t i e m p o q u e romance 'novela*. 8 1 L a car ta a G a i c a n o fue de las ú l t imas que p u d o e s c r i b i r M o n t a l v o ; c o n

t o d a s e g u r i d a d ya h a b í a r e c i b i d o l a segunda de M e n é n d e z P e l a y o ("Santander, .

18 de set iembre de 1887"), l o q u e just i f ica e l p l u r a l cartas (cf. supra, n o t a 8). 32 Inéditos y artículos escojidos de Juan Montalvo, ed. c i t . , p p . 7-8.

Page 18: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

382 ERNESTO M E J Í A SANCHEZ N R F H , X I

U n a prueba de que M o n t a l v o no andaba muy alejado de la verdad al imaginarse el criterio académico de Menéndez Pelayo, la proporciona una carta de éste a d o n Gumers indo Laverde R u i z (7 de octubre de 1885), escrita solamente dos años después de la visita de M o n t a l v o a M a d r i d y dos años antes de la carta a d o n J u l i o Gaicano:

H e oído decir que, para la vacante de la Academia española, se piensa en Ceferino Suárez Bravo. L o merece por todos concep­tos; pero (acá para entre nosotros) creo que debíamos abusar me­nos de la ventaja del número, y dar entrada de vez en cuando a algún liberal inofensivo y de mérito, o a algún escritor de relum­brón que nos congraciara un tanto con las masas. Van tres neos seguidos, y parece demasiada intolerancia. Yo no tendría incon­veniente en votar a Galdós por ejemplo; pero Tamayo, Cañete y Aureliano piensan de otra manera, y van cerrando demasiado el círculo. De todas maneras, mientras tengamos verdaderos literatos, como Suárez Bravo, los daños de este exclusivismo no serán gran­des**.

M o n t a l v o comprendía muy bien que los "egoístas e intrata­bles en corporación" podían ser a veces "cuerdos y razonables per­sonalmente", sobre todo Menéndez Pelayo, que ya parecía haber olvidado hasta el mismo voto contrario de Castelar cuando su elec­ción académica 8 4 , y que con ánimo más transigente no negaba ahora " a algún l ibera l inofensivo y de mérito" la entrada en la Academia. Actitudes aparentemente tan opuestas proceden de las más profun­das convicciones ele ambos escritores: creían posible mantener la concordia privada sin ocultar sus personales ideologías.

Que M o n t a l v o no era el " l i b e r a l " que Menéndez Pelayo habría estado dispuesto a admit i r públicamente en la Academia, lo pode­mos infer ir de la p r i o r i d a d que daba a lo " inofensivo" del posible candidato, posponiendo sus intrínsecos méritos. Fuera de toda duda, M o n t a l v o no fue nunca, n i aun muerto, el " l ibera l inofensivo" que los prejuicios de Menéndez Pelayo podían soportar, por más méritos literarios que éste, privadamente, le concediera. E l j u i c i o definiti­vo de Menéndez Pelayo demuestra igual prevención; apareció a los c inco años escasos de la muerte de M o n t a l v o en la Antología de poetas h ispan o-am etican os, en una nota ele pie de página sobre los parnasos y antologías del Ecuador publicados y proyectados hasta la fecha:

Falta a esta Antología [ecuatoriana]^5 un tercer tomo de pro­sistas que está confiado a la docta dirección de D. Pablo Herrera

3 3 BONILLA Y SAN M A R T Í N , loe. cit., p . 46. 3 4 E n d i c i e m b r e de 1880 d o n M a r c e l i n o fue electo académico c o n e l v o t o

adverso de E m i l i o Caste lar (cf. BONILLA, p. 42). 3 , 5 L a Antología ecuatoriana p u b l i c a d a en Q u i t o e n 1892; e l p r i m e r t o m o

Page 19: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENÉNDEZ PELAYO

y será quizá el más interesante, porque la aguadísima vida polí­tica del Ecuador ha hecho que el ingenio de sus hijos brille y se desarrolle principalmente en el campo de la polémica social y religiosa. Los nombres de Espejo, Mejía, el P. Solano, García M o ­reno y otros, a los cuales conviene añadir ya, con las necesarias reservas de ortodoxia y de gusto, el del sofista agudo e ingeniosí­simo, y brillante y castizo, aunque abigarrado y algo pedantesco prosista, Juan Montalvo, pueden dar especial interés a esta sec­ción 3 6 .

E n verdad, no hacía falta esta extensa nota sobre una antología ele prosa, todavía en proyecto, en una antología de poesía; pero Menéndez Pelayo quiso de una vez, aprovechando la ocasión, ma­nifestar —y quizá imponer— su opinión sobre M o n t a l v o a los a m i ­gos conservadores del Ecuador, en especial a su viejo corresponsal d o n Pablo Herrera . L a intención de Menéndez Pelayo era, si n o generosa, justa: no quería c o n t r i b u i r con el silencio a la exclusión de M o n t a l v o , no ya posible sino segura si él no la evitaba. Por e l contrario, la más leve indicación ("conviene añadir ya") serviría de orden expresa a sus admiradores ecuatorianos.

Pero su propósito fue redactado, como hemos visto, de la mane­ra más curiosa. Podría asegurarse que el texto manuscrito está l leno de borrones y tachaduras; no se puede escribir con l impieza de u n sólo intento la luenga y entrecortada frase final. D e los cuatro adje­tivos meritorios ("agudo e ingeniosísimo, y br i l lante y castizo"), los dos primeros se refieren al "sofista", y los dos últimos al "pro­sista", pero se atenúan rápidamente con otros dos, b ien negativos ("abigarrado" y "pedantesco"). Las mismas conjunciones, cargadas ele suspenso, evidencian la momentánea indecisión del espíritu, la inseguridad de la mano. S in embargo, pocas veces don M a r c e l i n o habló tan claro; las "necesarias reservas" que juzga preciso tener con Monta lvo , son primeramente "de ortodoxia" , y, luego, "de gusto". Las primeras van dirigidas al sofista, a los ojos de Menéndez Pelayo más de tomarse en cuenta por lo "agudo e ingeniosísimo", que el prosista "abigarrado y algo pedantesco", por más " b r i l l a n t e y castizo" que fuese. " D e ortodoxia y de gusto", " l i b e r a l inofensivo y de mérito", son frases de íntimo paralelismo mental . P r i m e r o la

r e ú n e so lamente a los Poetas, y e l segundo, los Cantares del pueblo ecuato­

riano, c o m p i l a c i ó n f o r m a d a p o r J u a n L e ó n M e r a , O t r o s dos tomos, d e d i c a d o s

a los Prosistas, aparecer ían más tarde. 36 Antología de poetas hispano-americanos, t. 3, M a d r i d , 1894, p . c x l v i i ,

n o t a . Y a ALFONSO R E Y E S , e n 1919, había l l a m a d o l a a tención sobre esta n o t a :

" M e n é n d e z y P e l a y o h a b l a de él [de M o n t a l v o ] c o n unas reservas que son de

p o r sí h a r t o e locuentes" , d ice , y a c o n t i n u a c i ó n subraya e n e l texto " a ñ a d i r ya"

y "aunque a b i g a r r a d o " (Simpatías y diferencias, P r i m e r a serie, M a d r i d , 1921,

p. 174; en las Obras completas, t. 4, M é x i c o , 1956, p . 79, a d v i e r t e : " L a s itáli­

cas son mías") .

Page 20: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

3«4 ERNESTO MEJÍA SANCHEZ N R F H , X I

creencia; después la estética. Pero M o n t a l v o nunca ignoró que había quienes juzgaban "como ortodojos y no como literatos".

L a ortodoxia fue aún más lejos en el j u i c i o de Menéndez Pelayo; l a prevenida y reticente nota sobre M o n t a l v o contrasta violenta­mente con la apología de García M o r e n o que figura en la siguiente página. Tras recitar los lugares comunes que prefieren los partida­rios más fervorosos, llega a reconocerle "grandes dotes para la alta poesía satírica", en las mismas composiciones donde el ojo crítico descubría "los descuidos inherentes a todo lo que se escribe para no ser i m p r e s o " 3 7 . Y Menéndez Pelayo ya conocía los dos volúmenes de Escritos y discursos (Quito , Imprenta del Clero, 1887-1888), en u n o de los cuales aparece el "Soneto bi l ingüe" contra M o n t a l v o que don Pablo H e r r e r a le había enviado manuscrito desde 1884 (cf. supra, nota 16).

Años después, ya para m o r i r en 1912, volvió Menéndez Pelayo a leer las páginas de su reseña histórica sobre la poesía en el Ecua­dor; al entregar a Vic tor iano Suárez los prólogos de la Antología para formar la Historia de la poesía hisp ano-americana, hizo algu­nas enmiendas y adiciones. L a p l u m a autocrítica pasó en alto sobre el j u i c i o referente a M o n t a l v o . Todavía se detuvo en el renglón anterior para hacer una adición; la hizo. L o que seguía estaba co­rrecto.

L a adición no tuvo más oficio que el de señalar la relectura de Menéndez Pelayo y la i n m o v i l i d a d de su ju ic io sobre M o n t a l v o . Ese renglón añadido a la nota sobre el futuro tomo de prosistas de la Antología ecuatoriana ( " N o tengo notic ia de que este tomo se haya publ icado") no hacía falta, como tampoco la nota m i s m a 3 8 . P o r otra parte, la prodigiosa memoria, seguramente ya fatigada, no estaba en lo cierto. Desde el 8 de j u l i o de 1893 don Pablo H e r r e r a le daba cuenta de su impresión ("Nuestra Antología, de prosistas ecuatorianos va avanzando; saldrá en dos o tres tomos, y el p r i m e r o estará concluido dentro de pocos días"), y aunque ésta se retrasó en dos años, el tomo primero por lo menos fue remit ido puntualmen­te a Menéndez P e l a y o 3 9 . E n el prólogo de H e r r e r a se cita u n elogio de Espejo procedente de la Antología de poetas hispano-america­nos; no parece probable que Menéndez Pelayo haya omit ido su examen: el ejemplar enviado fue abierto a su tiempo y todavía se conserva en su B i b l i o t e c a 4 0 . C o n toda seguridad, Menéndez Pelayo no habría olvidado el pr imer volumen de la Antología de prosistas

87 Antología de poetas hisp ano-americanos, loe. cit., p . c x l v i i i . 88 Historia de la poesía hispano-americana, M a d r i d , 1913, t. 2, p . 133, n o t a . 8 9 L a carta de H e r r e r a p u e d e verse t a m b i é n e n e l BBMP, 27, p p . 237-238. 40 Antología de prosistas ecuatorianos, I m p r e n t a d e l G o b i e r n o , Q u i t o , 1895,

I ; 417 p p . L a cita de M e n é n d e z P e l a y o aparece en l a p . x l i v d e l P r ó l o g o , y

p r o c e d e de l a Antología de poetas hispano-americanos, p . c iv .

Page 21: MONTALVO Y MENÉNDE PELAYZ Oaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/27530/1/11-003... · 2019-03-08 · debió replicarle indignado a Menénde" z Pelay (cf "Montalv.o su y Menéno

N R F H , X I MONTALVO Y MENENDEZ PELAYO 3 8 5

ecuatorianos si en éste hubiera figurado M o n t a l v o . Y el segundo, que debía i n c l u i r l o por la simple cronología, lo eliminó, contra­r i a n d o el deseo de Menéndez P e l a y o 4 1 . Quizá por eso n o le fue remit ido. Y a que el pr imero para él no contaba, mantuvo hasta el fin el criterio de i n c l u i r a M o n t a l v o , "con las necesarias reservas de ortodoxia y de gusto", creyendo que la Antología estaba aún en proyecto.

Así concluyen las relaciones literarias y personales de estos dos hombres representativos de su cu l tura en el fin de siglo. L a tradi­ción española y el l iberal ismo americano se enfrentaron, quizá p o r última vez, con igual tenacidad y grandeza. Generosidad e intran­sigencia parecen ser comunes a ambos. N i la caridad cristiana n i l a concordia más humanista expl ican por sí solas este modo de rela­ciones: respeto del credo ajeno, búsqueda de puntos comunes, con­descendencia, casi galantería con el adversario; en suma, l i b e r a l tolerancia y franco apostolado. E l "estúpido siglo x i x " creyó en l a tolerancia y la persuasión como en virtudes propias del hombre. Los tiempos que corren nos hacen añorar ese candor. E l l iberalis­m o se nos presenta a los ojos de hoy como fruto de otra edad "enor­me y delicada".

E R N E S T O M E J Í A S Á N C H E Z

E l C o l e g i o de M é x i c o .

4 1 Antología de prosistas ecuatorianos, I m p r e n t a d e l G o b i e r n o , Q u i t o , 1896,

I I ; 301 p p . N o hemos p o d i d o c o n s u l t a r p e r s o n a l m e n t e este v o l u m e n , p e r o e l

d o c t o r M a n u e l A l c a l á , d i r e c t o r de l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l de M é x i c o , con­

sultó a d o n J o a q u í n R ú a l e s L a s o , d i r e c t o r de l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l ele Q u i t o ,

q u i e n le contestó l o q u e sigue e l 18 de sept iembre de 1957: " n i e n e l p r ó l o g o

n i en n i n g u n o de los dos v o l ú m e n e s , hace H e r r e r a m e n c i ó n a l g u n a de J u a n

M o n t a l v o " .