lll

LUIS PABLO NÚÑEZ

L U ZLIGHTLICHT

min bitiav e r s o

Lu z Li g h t Li c h t

luz. light. licht

© del texto y las fotografías, Luis Pablo Núñez 2010 lpnunez04@yahoo.es

© de la edición, Minobitia 2010 C/ Pintor Sorolla, 11, 28053 Madrid info@minobitia.com www.minobitia.com

1ª edición: Septiembre de 2010ISBN:Dep. Leg.:Impreso en España

Colección: minobitia verso

Dirección editorial: Valentín Pérez VenzaláDiseño y maquetación: minobitia se (www.servicioseditoriales.es)

Lu z Li g h t Li c h t

Lu is Pa b l o Nú ñ e z

2 0 1 0

min bitia v e r s o

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Luis Pablo Núñez es doctor en Fi lolog ía por la Univers idad Complutense de Madrid , donde se l icenció con Premio Extraordinario. Ha s ido investig ador invitado en la Univers idad de L ova ina ( UCL) y en la de Cerg y-Pontoise (París) y colaborador en la Univers idad de Bolonia . Ha trabajado en la Unidad de hispanismo del Instituto Cer vantes y como investig ador postdoctora l en e l Consejo Superior de Investig aciones Científ icas (CCHS, C SI C).

Desde e l año 2004 forma parte de la Red de Arte Joven de la Comunidad de Madrid en la moda l idad de poesía ; ha rea l izado más de una quincena de re cita les en centros públ icos y en cafés l i terarios . Durante 2005 y principios de 2006 coordinó un Ciclo de Poesía Joven Madrileña en e l café L ibertad , como miembro de la re vista l i teraria S afo de la Univers idad Carlos I II de Madrid , a cuyo consejo de re dacción ha pertene cido.

Desde e l año 2005 forma parte también de la Red de Arte Joven en su se cción de fotog raf ía , con la que ha rea l izado una docena de exposiciones . Es miembro f undador del cole ctivo Proyecto Díg itus , <http ://dig itus .atspace.com/>.

Ganó el tercer premio del certamen Jóvenes Arti stas 2004 en la moda l idad de narrativa convocado por e l Ay untamiento de Cáceres y f ig uró as imismo entre los se le ccionados de la misma moda l idad

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del Certamen de Jóvenes Creadores 2004 del Ay untamiento de Madrid .

En 2006 re cibó el primer Premio de Ensayo Cincuentenario de l a Facultad de Filosof ía y Letras de la Univers idad de Navarra por un ensayo sobre la historia de la música e le ctrónica y su re lación con los cambios socia les de la s ú ltimas dé cadas .

En 2009 f ue g a lardonado con el XII Premio de Investigación Bibliog ráf ica “ Bartolomé José Gall ardo” , por un estudio sobre la rea l ización materia l de los d iccionarios en e l Sig lo de Oro.

Ha escrito varios poemarios (Luz. Light . Licht   // Ref racciones // Estupor) y una pie za de teatro (Deconstrucción) iné dita . Alg unos de sus poemas y re latos bre ves han s ido publ icados en Ag ua : Símbolo y memoria (Madrid , Slovento, 2006) y en la s re vistas S afo ( Univers idad Carlos I II) , Hache (Diputación de Murcia) , E x Libris ( Univers idad de Al icante) y Cuadernos del Minotauro (Madrid ) .

Entre sus publicaciones se encuentra una treintena de artículos de especialidad sobre leng ua y l iteratura apare cidas en re vistas naciona les y extranjeras como el B oletín de l a Real Academia Español a , Pecia Complutense , Hesperia , Fontes Ling uæ Vasconum , B oletín de l a Real Academia de Buenas Letras de Barcelona , Nueva Revista de Filolog ía Hispánica o Bulletin Hispanique .

L icht es la ópera de los siete días , el principiode una espiral cuyo principio es la semana de la luz

J. M . L óp e z , S tockha u s e n

E ste e s un l ib ro d e v i d a

Ap er tura

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α

Viv i r : q u é te n s a i nte n s i d a d d e n ub eFran c i s c o Pin o , Y p or q u é

Po r q u é vi vim o s Para qu é Ha sta c uán d o L o s p o e ta sn o s dan re sp u e sta s : Por t iPor l o s o tro s ; Para na da

Pero n ing una b a sta . Tan s ó l ovi vir : o ír cantar l o s p á j aro s

en l o s pra d o s ; re c ordar c on car iñ o l o s m om ento s

vi vi d o s ; vo lver a ca s aNa da má s . Na da m en o s

AC TO I

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I V

R e nnes - Pa r i s ( S t . S ulp i ce – Nô tre D a me )R o u e n – R e i m s - Lil l e - B r u s s el s ( Z ui d)

A p ena s p u ed es a l z ar te d e la s i l lala s lu c e s f are an su can c i ón d e marc im bre an d o sus re f l e j o s a un la d o y a o troy e s en e s e s i l en c i o d e la nave prin c ip a l c uan d o , b a j o la s v i d ri era s , l a s i ente se s a e sp ir i tua l i da d qu e f l o ta s e a d ens ac om o n i e b la y te ro d e a , c om o e l s a l ter i od e l c ura or to d oxo en su p a s e o p or la i g l e s i am i entra s e l c oro d e g ente s s anti g uán d o s ere c i b e sus p a s o s . Y e stá a l l í , ina s i b l eta l y c om o la p erc i b e s inmateri a l a tus o j o s p ero n o a tus p l e g ari a s :Y s a b e s qu e s o l o c on e s o b a sta

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V

D es p u n ta n d o ha c i a l o a l to la f érre a a g uj a e l camp anari o p are c e ha b er enve j e c i d o f rente a l tens o a c ero y a l b o cr i sta l d e la torre : f r í o c entro d e n e g o c i o s ma x ima l i sta y amp l i of rente a l re c o g im i ento f am i l i ar d e la s m i s a s d om in i ca l e s d e l l e j an o s i g l o xv i iC ontra ste i rre sp e tu o s o d e l p a s a d o y d e l vora z d e ven ir, ar i sta s a d orna da s c on p i e d ra s s anta s f rente a m in ima l i sm o austero y f un c i ona l lu z re c o g i da p or ventana l e s v i d ri a d o s b lan c o s muro s c or tina , d i á f ana lu z n e utra o b j e ti vaqu é en canto ya p erd i d o d e l f i l tro antep a s a d o :tr i ste cam b i o e l d e l á b s i d e o va la d o y cr u zlatina p or la nu e va y aus ente re l i g i ón d e l c u b o

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V I

D e mon a ï e ul Ve r u s : l e c a ra c tè re honnête e t l ’égal i té d’â me

Marc o Aure l i o

L o q u e h e a p r en d i d o : cam inar c on p a s o s f i rm e s , a ve c e s c on m i e d op ero avan z an d o a ca da p a s os o sten er c on f u er z a ca da p untod e f en d i d o , ha sta ha l lar en e l ra z onam i ento d e l a dver s ar i ola i d e a qu e má s s e a justa a la verda dva l orar ante s d e ju z g ar ca da op in i óns in pre d i sp on er e l án im o a la s ap ari en c i a sintentar n o s er pre c ip i ta d o( la pri s a , f rente a l t i emp o ,nun ca f u e b u ena c ons e j era )Af rontar ca da m om entoc on e l ra s g o d e s er e l ú l t im oY, a p e s ar d e to d o e l l o ,a ve c e s m e e qu i vo qu é

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V I I I

Med i t er r á n eo

(Q ui nta d el Mol i no , Ma dr i d)

S o n a l m en d ro s y o l i vo s .R ep ar ti d o s en vari a s h e c táre a sd e terren o c u lt i va d o , f orman un e xtrañ o b o s qu een e l c ora z ón d e la c i u da d .

Han da d o c i ento s d e c o s e c ha sd e s d e qu e f u eran p lanta d o s ,y su e x i sten c i a trans c urre s erenac om o la m ente d e l arqu i te c toqu e l o s d i sp us o en dam eroen m i l n o ve c i ento s d i e z .

Ya n o vi ve e l j ard in ero qu e l o s v i era na c er, n i l o s du eñ o s ,p ero o tro s l o s r i e g an y re c o g ensu f r uto l l e g a d o e l añ o.

Un aroma a Me d i terrán e o ,d e mar y arena y ca l m o j a da ,inun da e l a ire .

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X I

A sp irá b am o s a l c i e l o .Pero o lvi dam o s la s a la s .R ayá b am o s en la lu z .Ca ím o s en la s t in i e b la s . Y qu e dam o s . R omp im o s l o s can da d o s .Entram o s en l o s temp l o s .Pero o lvi dam o s la f e .Marc ham o s entre t in i e b la s .Y n o s c e g am o s . Pre ten d í am o s s i l en c i o .Pero marc ham o s a vo c e s .Ca ím o s s in to car la lu z .Y re z am o s ca b i z b a j o s .Susurran d o.

AC TO I I

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X I I

El e g í a

Ab u el o

Vi e j o a m i g o , y o n o te re c u erd o Me d i j eron qu e p a s a b a s la s h ora s en l o s c h oz o s , cam inan d o c u i dan d o la s m ontaña s qu e te v i eron na c er la s m i sma s qu e te arrop a b an c ontra e l v i ento en l o s d í a s d e veran o la s m i sma s qu e c e d í an su a g ua f re s ca a l a l i ento d e tu b o cac uan d o b us ca b a s la s o ve j a s p erd i da s en l o s m onte sf uman d o y p ens an d o qu e la v i da , a ve c e s ,n o e s má s qu e e sto n i má s qu e e stol o qu e n o s ha c e f a l ta Ten í a s ra z ón , v i e j o am i g oy na d i e má s qu e tú l o sup o y p o c o imp or ta a h ora qu e p u d i era s s er má s a l to o b a j o , tú qu e p a s a ste la v i da a l e j a d o

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d e l o s o d i o s y d e envi d i a sd e a qu e l l o s qu e , c ontento s c on sus f i e sta s y p a la c i o sc onta b an su d in ero a la lu z d e la s ve la s p late a da s L o qu e qu e da d e t i n o e s má s qu e e sto :Tu l e c h o tus m ontaña s la g ente qu e te qu i s o y qu e m e ha b l ó d e t i y ap ena s una f o to d e la qu e d e du z c o tu ro stro y tus p a la bra s g rave sc uan d o te re s g uarda b a s d e la s g o ta s ca í da s en p l ena torm enta d e veran o s in imp or tar te qu é s e h i c i era en la c i u da d , s in imp or tar te la s in qu ina s d e tu ép o ca Tu canto o lvi da d o m ere c i era un d onp ara t i qu e sup i ste v i v ir c on la d o c tr ina d e la p a z d e l d e j ar ha c er y d e j ar v i v irAun qu e marc hara s ha c e lar g o t i emp ob i en s é qu e m ere c e s e sta s l e tra s No m e imp or ta tu la b or c om o s o l da d o , l o s t i ro s

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qu e c lava ste en un o s o en o tro s o l o intrép i d o qu e f u era sen t i emp o s d e g u erra ( p orqu e la g u erra ,tr i s tem ente , n o s ha c e s o l da d o a to d o s )Tan s o l o tu e j emp l o d e v i v ir tu terca re c ti tu d ante l o justo en l o s t i emp o s d e l s o b orn o y la m entira , y tu temp lan z as e vera , p ero f i rm e c om o e l muro qu e sustenta nu e stra ca s a . A t i , an c i an o am i g o , d e d i c o m i s p a la bra s s o bri a s y s in r ima sn i s í la b a s c onta da s p orqu e tú , ante to d o , sup i ste c on tu e s f u er z o c on tu e j emp l o y s en c i l l e z ha l lar la lu z

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X I I I

El e g í a ( marc ha )

A B ea Mos q u e ra

Ho y h e s a b i d o tu mu er teEra s aún j o venTe l l e g ó d e impro vi s om i entra s re í a s y s oña b a sc on l o qu e aún te qu e da b ap or v i v ir Ah ora s i entola tr i s te z a d e qu e yan o p o d rá s ver o tra primaverad e qu e l o s p á j aro s n o te cantaránD e qu e e l o l or d e la s f l ore so l o s prim ero s bro te sd e l o s ár b o l e s n o p o d ránc omp ar tir c onti g o su f ra g an c i a Me pre g unto qu é e sl o qu e h i c i ste ma lqu é dura re g la inf r ing i step ara m ere c er ta l ca st i g o Fí j ate en m í : n o s oy na daun s o l o d e d o tuy o ha brí a b a sta d op ara v i v ir má s qu e y o

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Y qu é e s a h ora d e l o s qu ete han qu eri d o ¿ No s h em o s v u e ltol o s h om bre s ins ens i b l e s a l d o l or d e l o s h om bre s ?D u l c e j o ven , f rá g i l am i g al o qu e ve a s en la d i stan c i ate p erm i tirá ha c er un ju i c i ojusto d e n o s o tro sTe l l e va s la p o e s í aL o s d í a s s in t i n o s tornarán f r í o s , s o l i tar i o s

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X V

Ante la a cróp o l i s

D e rek Wal co tt

D emost r a r f u er z a y f inura f u e e l d on d e G re c i a : l o s d i o s e s s e l o c on c e d i eronCap a c e s d e re c i tar ver s o s a l s on d e la l i ra y d e m ontar g uard i a ante e l en em i g o , e s una g ra c i a n o a to d o s o tor g a da Pero a h ora qu e d e e l l o n o qu e da má s qu e e l re c u erd o b a j o l e tra a b o l la da y ya na d i e re c u erda n i a l o s g r i e g o s n i a Sa lam ina n i a l o s d i o s e s¿ qu é s erá d e t i , G re c i a ?

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X V I I

Ante la tum b a d e un ca b a l l ero temp lari o

R i c a rd o Cora z ón d e L e ónR o u e n-R e i m s

E l t i em p o ha b orra d o tu n om breins cri to y la mu er te , ha c e ya mu c h o te qu i tó la f u er z a d e la e sp a da qu e a f erra s , aun qu e la ro ca aún c ons er ve e s a d i g n i da d qu e , en v i da , d e b i ste , s in du da , p o s e er. Ma lta re s i st i ó y sup eró l o s a f an e s d e a qu e l l o s qu e , c om o vo s o tro s , la pro te g i ste i sPero m i l añ o s d e Hi stori a s on mu c h o s , ca b a l l ero y e s e p o lvo en la m ira da n o e s s in o e l te st i g o dura d ero y mu e stra ins omn ed e una e ste la má s d e la Mu er te en su cam in o

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X X

Ante Santo D om ing o d e S i l o s

E n c er r a d os en sus camp o s l o s m onj e s p a s an sus h ora s re z an d o d e sus l i bro s ;na da d e e s a s m entira s imp or tante s qu e tú o y o apre c i am o s y p or la s c ua l e s d e s vi vim o s t i en en s enti d o p ara e l l o s Cu lti van d o su hu er to a s a z p a z re c i b í an y, c on sus h ora s d e lu z y d e e s cr i tura , a la b a b an a D i o s , d orm í an y v i v í an El j o ven p a stor g uarda b a sus re b añ o s y la v i da era un f in en s í m i sma : s in s om bra s , s in má s cara s s in eng añ o s ; a s í l o era y f u e , en e f e c to , antañ o

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X X I

Ante Santa Marí a la Blan ca

S on tumba s v i e j a s , d e t i e mp os a nti g u os ,e n l a s q u e unos homb res du e r me n el su e ño e te r no.

No hay e n su i nte r i or ni o di o ni e nv i di a ,ni ta mp oco a mor o e ne mi sta d d e v e c i nos .

Al v e rl a s , mi me nte no e s c a p a zd e di s t i ng ui r e ntre e s c l av os y s e ñores

Mo s h e h Ibn Ezra

E x p li c a r qu é d e b i eron d e s entir a qu e l l o s h om bre s d e b erí a s erm e f á c i l : re un i d o s en su f e re z a b an , s in imp or tar l e s má s qu e la p a la bra e s cr i ta p or sus antep a s a d o s Al g un o s a h ora du erm ene l su eñ o d e l o s justo s y e s Ibn Ezra qu i en n o s s eña laqu e , un o a l la d o d e o tro n i s on c orromp i d o s p or la avari c i a n i p or la f a stu o s i da d d e sus m ora da s :una s láp i da s s imp l e s ap ena s c on e l e s cr i to«Fu e p a d re d e f am i l i a

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vi vi ó p ara sus h i j o s » f u e to d o su l e g a d o V i vi eron h onra dam entey muri eron h onra d o s L o qu e f u era d e e l l o s tra s m i l añ o s o d o s m i l p o c o imp or ta : e l su eñ o d e l o s justo s nun ca a ca b a

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X X I I

Ante la ca l ma

En d e cha . Ma dr i d 1 1 M

I

C o mo s a li d os d e un lar g o d e sp er tarren d i d o s a una p e s a d i l la inf am e y l o ca , vo lvem o s l o s o j o s a l mun d oy a f rontam o s cans a d o s , la v i da qu e n o s qu e da :a g on i z ante lu z ante una aus en c i a d e un h i j o i d o qu e s e f u e j o ven s in ap ena s lan z are s e ú l t im o a d i ó s s a l i d o d e su b o ca ;e s e tr i s te e x i st ir c o ti d i an o marca d op or un p uña l d e s e g un d o s d e m inuto sy d e h ora s

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I I

Y to d o a l re d e d or cam b i a ,y p erd em o s la f e en la lu z , en la s s om bra sna c i da s d on d e ante s f u e a l e g r í ay l l oram o s p or la marc ha cr u e l qu e a g o ta Y s o l o s ya en nu e stro h o g ar y en nu e stravi da s o la , p ens am o s la dura d e c i s i ónqu e n o s a h on da : a f rontar e l e x i st i r d e d o s man era s : e l s i l en c i o , la p a la braL a p a la bra

T E RC E R AC TO

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X X I I I

El mun d o , d e o tra man era

Vis lum b r a r l a lu z e s c om o d e sp er tar d e un lar g o su eñ o : l o s o b j e to s , aus ente s v u e lven a m o strar su tenu e h i l o d e v i dasu m i ster i o s a qu i e tu d a l z a da s o l o p or la man o d e l a z ar, y e l e c o y e l s on i d o ap a g a d o s d e su r i c o r i tm o h om ó f on o , a g r i e tan c on su romp er a cr i s o la d onu e stro ám b i to m or ta l d e p i e d ra y lu z d e s om bra y d e cr i sta l d e cántaro d e a g ua a g i ta da m e c i da entre l o s bra z o s R e sp irar la lu z e s c on o c erla l l e g ar a e l la , tra sp a s ar la s a b er c óm o d e á g i l marc h ó d e nu e stra s man o s ; a car i c i ar e l ve l o d e l crep ús c u l o , s i empre d i sp u e sto a n o d e j ar

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inta c to e l r í o d e v i daa s a lp i car c on sus g o ta s d e lu z ra d i a da un p a s o má s un c u er p o má s un ra stro má s d e l d e am b u lar ráp i d o e in c i er to d e l v i v ir C on o c er e l mun d o d e o tra man era e s d e j ar s e a lum brar p or l o qu e vem o sh en c h i d o d e un s a b or a h ora d i st into , c om o e l f r uto y p ens ar qu é imp or ta a qu e l l o qu e c on o c im o s ante s s i ya n o e x i ste En su p a s o f ug a z ,re c on o c er s e y amp l i ar s e e l inter i or, d e j ar cre c er e l ta l l o hun d i d o en nu e stro s má s pro f un d o s b arro se s ha l lar la , p ara , una ve z ma duro , d e j ar a l mun d o ver la lu z d e la a b un dan c i a , e l ra c im o a dusto y f i rm em ente er g u i d o ; e l p a s o h o l la d o , y s e g uro , d e nu e stro v i v ir

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X X I V

Frè re s h um a i n s q ui a p rès no u s v iv e z ,[ . . . ] d e nostre m al p e rs onne ne s’e n r i e

m a i s p r i e z D i e u q u e to u s no u s v u e i l l e abs o ul dreFran c oy s V i l l on

L os p o eta s s i n c eros muri eron ha c e mu c h o s añ o s . S o l í an e s cr i b ir y re c i tar sus ver s o s ante p ú b l i c o s n o b l e s y v i l lan o s , p ero e s o na da imp or ta , p u e s la v i da era su p o e s í a . Fran ç oy s V i l l oncar g ó en sus ver s o s l o qu e la su er ten o l e d i o en sus a l f or j a sHoy l o re c ordam o s p or sus b a la da sd e c u er p o s m e c i d o s en la s s o g a s ,p ero f u e su g r i to a la v i dal o qu e n o s qu e d ó d e é lL a v i da , ing rata , a z o tó c on h i errosu manto , p ero l e d i o a V i l l on su may or d on : la m ente , c lara ;la p a la bra , e terna

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X X V

R u ina s d e la G ran Ca s a

An d whe n a w i n d shook i n the l i mes I hea rdWhat Kipl i n d hea rd , the d eath o f a g reat e mp i re

D ere k Wa l c o tt

Cu esta i m agi na r l o mu c h o qu e p u d i eron vi virentre tan inm ens o s camp o s , ro d e a da s p or la s má s f ina s c o s e c ha s a b un dan d o en sus m e s a s y e l v in o a l e g re d i s c urri en d o entre la s c op a s c om o la f u ente qu e mana ; L o s inm ens o s s a l on e s re s onan d o re c u erd o s y a h ora f r í o s y o s c uro s y a g r i e ta d o s y c i e g o s s in má s l ento p e s arqu e e l d e l o s añ o s L o s t i emp o s d e g u erra d e j aron ro ta s la s cr i sta l era s d on d e tomar e l s o l s o l í any la s e s ca l era s a c umu lan d o añ o s d e p o lvo n o re s i st i erone sto s p a s o s , a h ora s i l en c i o s o s y ca l la d o s , d e l va c í o

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L a s r u ina s d e l o s g ran d e s imp eri o s e s c i er to , d e j an g ran d e s r u ina sL o s re c u erd o s , c om o p ar ted e e s e m i sm o ju e g o cr u e l d e l t i emp o , n o s on má s qu e a qu e l la s

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X X V I I

C ontinu o re torn o

Nu est r a s pa l a b r a s , la s m i ster i o s a s re d e s qu e e l p e s ca d or f a ena ca da d í aa l s a l i r d e l p u er to , y la s eng ar z a , y la s re c o g e , y la s ata a l má sti l p ara ha c er su l enta y á sp era la b or,s on p ar te d e e s e ju e g o , tan inúti l ,d e la brar la v i da , d e c o s e c har, a z a daen man o , l o s camp o s d e tr i g o d e nu e stra juventu d ; d e s e g ar,c on l luvi a o v i ento o f r í o , e l ma durof r uto d e l o s añ o s , y d e p o dar c uan d ovi e j o s nu e stro s innúm ero s cans an c i o sC om o una h o j a ca í da p ar ti en d oa ca s o v i v ir n o s e a má s qu e e sto : bro tar y rena c er c om o s em i l la e terna

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X X V I I I

El nu e vo c om i en z o

Si em p r e hay un c om en z ar, un p untod e l qu e to d o p ar te , y l o imp or tante e s ha l lar l o . Na d i e s a b e in d i car e l cam in o p ara l l e g ar a é l :s imp l em ente s e b us ca s e cam ina y s e ha l la d on d e na d i e pre vi ó n i qu i s o m irar ; ma s n o e s e l m i sm o s i empre p ara to d o s , ma s l l e g a a ca da c ua l en su m om ento justouna s ve c e s b a j o e l manto d e la s s om bra s , o tra s b a j o e l manto d e la lu zen una c e sta c erra da b a j o l lave o en l o s su eñ o s en la s tard e s l e c h o s a sd e l luvi a s c om o mare s d e t i emp o s d e Ja c o b. . . Pero e l nu e vo c om i en z o e s a g ra da b l e y, aun qu e duro n o s invi ta a tra b a j aren su e s f u er z o , a re ír en e l d o l or d e l tráns i toa s e carn o s e l su d or

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c on una a l e g rí a na c i da d e f u era , da da a lu z c on f u er z as a lp i cán d on o s c on e s e intento d e l qu é p o d rá d e l qu i én o qu é o c óm o o p or qu é s erá , s erá s . . .a l im entán d on o s c on su f u e g o su v i entre d enta d o qu e a b s or b em o s en e l cam in oha c i a la lu z , la s g arra s d e l ins omn i o qu e n o s on na da y s i n o s p aran , c onti -nuam o s en e l á sp ero cam in o a s c en d ente , b us cán d o la El nu e vo c om i en z o e s e sted ema s i a d o lar g o y duro , s o l o p ara a qu e l l o s qu e , s e g uro s d e su f u er z a , s a b en p on er f in a l o qu e b us can o d e j ar c on d i g n i da d a qu e l l o qu e cre y eron , y n o en c ontraron

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X X X

To d o má s c laro

Q u é d i c h a la d e a qu e l qu e l l e g a a ca s atra s un d í a d e á sp ero j orna l y ve la lu z en c en d i da a su l l e g a da y a bra z a a l o s suy o s y lan z a una s p a la bra s s em bra da s a l o s v i ento s p ara s entir, a s í , su re g re s o y c ontinuar d e e sta f orma ca da d í a Yo , qu e un d í a tuve e stol o ve o a h ora to d o c laro y p i ens o :— Viv i r no e s m á s q u e s eg ui r l a s reg l a sa p ro v e chá n d ol a s a l m á xi mo

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X X X I

To d o s l o s cam in o s c on du c en a l mar

¿ Por q u é me tra j i s te , p a dre ,a l a c i u d a d ?

R a f a e l Al b er ti

Ahora v olv e ré a l m a rJo s é Hi erro

No es cierto que todos los caminos conduzcan al [marAlg unos se agotan, simplemente sin preverlo, unos pasos antes un instante antes un milenio antesno importa si un sig lo o varios : no desembocan Pero de nada sir ve buscar lo no halladolo que quisimos y no pudimos lo que prometí y no pude cumplirlo ante el cansancioporque simplemente lo agotado, lo eternoprosig ue su curso. Y ese curso te l leva a la oficina , al subterráneo, a la universidad, y siempre piensas : —¿Cuándo volveré al mar? El mar no se agota , pero sí los caminos; y aunque lo pienses y no lleg ues él seg uirá allí : ag uardándote

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X X X I I

R é qu i em

Mi ra r el r í o he cho d e t i e mp o y ag u ay re cord a r q u e e l t i e mp o e s o tro r í o

Jor g e Lu i s B or g e s

C o mo l o s áng e l e s , e s d i f í c i l c ons e g u irto car la e tern i da d roz ar la e tern i da dy n o s h em o s d e c ontentar c on s o l o c i tar su n om bre :a cari c i an d o la s a la s s in p o d er us ar la svi en d o e l re f l e j o d e la s c o s a sp ero n o la c o s a m i smaEste e s nu e stro ré qu i em nu e stro canto s in f in d e d o l or y e sp era Sup im o s l l e g ar a l toto car la s nu b e s s o brep a s ar la s . . . p ara , d e nu e vo , ca er, c om o un nu e vo Alta z or

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m o d ern o s in re d n i p ara ca í da s . Y to d o nu e stro a f án qu e d ó enterra d o b a j o la s a g ua s ,en e s e nu e stro inúti l y pr im ero f in : — S ob re v iv i r nos ; s í , s ob re v iv i r nos .

Ci erre

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ω

Hum o

C o mo u na ve la , e l t i emp oc onsum i d o s e d err i tep ara nun ca má s bri l lar :cam ina d e sp a c i o y s eren oc om o un ca z a d or s i g i l o s oqu e a g uarda su pre s a Su bri l l o n o s tra e enton c e sla ima g en d e una n o c h ed e invi ern o en qu e , s enta d o s ,e s c u c há b am o s cr uj irl o s g ozn e s d e la s p u er ta sven c i da s p or un f r í o v i ento d e m ontaña Y, c óm o e s d e f rá g i lla m em ori a : en un m om entos e b orra d e la m entec om o s e ap a g a la ve la ,d e j an d o una e ste lad e re c u erd o s marc ha d o sen hum o

{ Θ Ю } ~

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Lu z . Li g ht . Li cht

Aperturaα - Vivir . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

I Primer Acto 1 (Ecos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 2 (Luz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 3 (Claridad ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 4 (Espiritualidad ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24 5 (Diáfana luz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25 6 (Lo que he aprendido) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 7 (Descuidos de un instante). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 8 (Mediterráneo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 9 (Palazzo vecchio) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2910 (Destierro). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3011 (Continuamente retrocediendo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

I I Segundo Acto12 (Eleg ía : Carta al soldado desconocido) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3513 (Eleg ia : A Bea Mosquera) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3814 (Ante Mikonos : el sueño persa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4015 (Ante la acrópolis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4116 (Ante Persépolis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4217 (Ante la tumba de un caballero templario) . . . . . . . . . . . . 4318 (Ante el castil lo del Marqués de Santil lana) . . . . . . . . . . 4419 (Ante Leiden) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4620 (Ante Santo Domingo de Silos) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4821 (Ante Santa María la Blanca : el sueño de los justos) 4922 (Ante la calma) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

80

III Tercer Acto23 (El mundo, de otra manera) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5524 (Los poetas sinceros) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5725 (Ruinas de la Gran Casa) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5826 (Islas) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6027 (Continuo retorno) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6228 (El nuevo comienzo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6329 (De qué vale tanto).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6530 ( Todo más claro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6631 ( Todos los caminos conducen al mar) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6732 (Réquiem) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6833 (Anochecer de la luz) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

Cierreω - Humo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

La primera edición de Luz. Light. Licht de Luis Pablo Núñez

se terminó de imprimir en Sevil la en septiembre de 2010.Existe versión digital de este l ibro en

www.minobitia.com

Luz. Light. Licht.de Luis Pablo Núñez

Luis Pablo NúñezLuz. Light. LichtColección: versoAparición: Octubre 2010Formato: 13,5×18,5 • 84 páginasPrecio s / IVA: 8,64 €. Precio c / IVA: 9 € ISBN: 978-84-938344-0-1Distribuye: Breogán Tlf. 917 259 072 www.breogan.org

Luis Pablo Núñez se doctoró en Filología Hispánica con una tesis sobre diccionarios. Quizá ese conocimiento del arte de definir le ha permitido traducir en palabras algo tan intangible y a la vez tan esencialmente sólido como es la luz; la luz que inunda estas páginas y que no es siempre una luz que nos ilumine, que nos alumbre en el camino, sino que a menudo precisamente nos somete a otra tiniebla, la de la duda, la de la disputa eterna entre vida y muerte, y en definitiva una luz que pregunta más que responde.

luz. light. licht es sin duda un libro luminoso, no solo porque su esencia sea la luz, la luz que atraviesa edificios y personas, que baña las ciudades, que nos muestra el paso del tiempo y de la historia, la luz de la vida, en definitiva; sino porque está escrito también desde la luz, desde una iluminación verbal y una claridad que nos alcanza como la propia luz, y si no nos traspasa, desde luego, nos envuelve.

Más Información:www.minobitia.cominfo@minobitia.comTlf. 91 478 07 20 | 620 76 52 60

ISBN: 978-84-938344-0-1

min bitia v e r s o

minobitia es un nuevo sello editorial dirigido por Valentín Pérez Venzalá, que quiere ofrecer sus textos en diferentes formatos: en papel, en ebook, en la nube. Por esa razón en www.minobitia.com se puede

acceder también a este texto en formato ePub y asimismo a leerlo directamente en la web. En los próximos meses podrá accederse a nuevos textos y suscribirse a nuestro servicio de lectura en red, que permitirá leer

libremente todos los textos y comentar con otros lectores y con el autor. Más información: valentin.perez@venzala.es Tlf. 620 76 52 60

Luis Pablo Núñez es doctor en Filolog ía por la Universidad Complutense de Madrid, donde se l icenció con Premio Extraordinario. Ha sido investig ador invitado en la Universidad de Lovaina (UCL) y en la de Cerg y-Pontoise (París) y colaborador en la Universidad de Bolonia . Ha trabajado en la Unidad de hispanismo del Instituto Cer vantes y como investig ador postdoctoral en el Consejo Superior de Investig aciones Científicas (CCHS, C SIC).

Desde el año 2004 forma parte de la Red de Arte Joven de la Comunidad de Madrid en la modalidad de poesía ; ha real izado más de una quincena de recita les en centros públicos y en cafés l iterarios . Durante 2005 y principios de 2006 coordinó un Ciclo de Poesía Joven Madrileña en el café Libertad, como miembro de la revista l iteraria Safo de la Universidad Carlos III de Madrid, a cuyo consejo de redacción ha pertenecido.

Desde el año 2005 forma parte también de la Red de Arte Joven en su sección de fotografía , con la que ha real izado una docena de exposiciones. Es miembro fundador del colectivo Proyecto Dígitus, <http ://dig itus .atspace.com/>.

Ganó el tercer premio del certamen Jóvenes Artistas 2004 en la modalidad de narrativa convocado por el Ayuntamiento de Cáceres y fig uró asimismo entre los seleccionados de la misma modalidad del Certamen de Jóvenes

Creadores 2004 del Ayuntamiento de Madrid.

En 2006 recibó el primer Premio de Ensayo Cincuentenario de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Navarra por un ensayo sobre la historia de la música electrónica y su relación con los cambios socia les de las últimas décadas.

En 2009 fue g alardonado con el XII Premio de Investigación Bibliográfica “Bartolomé José Gallardo” , por un estudio sobre la real ización materia l de los diccionarios en el Sig lo de Oro.

Ha escrito varios poemarios (Luz. Light. Licht  // Refracciones // Estupor) y una pieza de teatro (Deconstrucción) inédita . Alg unos de sus poemas y relatos breves han sido publicados en Agua : Símbolo y memoria (Madrid, Slovento, 2006) y en las revistas Safo (Universidad Carlos III), Hache (Diputación de Murcia), Ex Libris (Universidad de Alicante) y Cuadernos del Minotauro (Madrid ).

Entre sus publicaciones se encuentra una treintena de artículos de especia l idad sobre leng ua y l iteratura aparecidas en revistas nacionales y extranjeras como el Boletín de la Real Academia Española , Pecia Complutense , Hesperia , Fontes Linguæ Vasconum , Boletín de la Real Academia de Buenas Letras de Barcelona , Nueva Revista de Filología Hispánica o Bulletin Hispanique .

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To d o s l o s cam in o s c on du c en a l mar

¿ Por q u é me tra j i s te , p a dre ,a l a c i u d a d ?

R a f a e l Al b er ti

Ahora v olv e ré a l m a rJo s é Hi erro

No es cierto que todos los caminos conduzcan al [marAlg unos se agotan, simplemente sin preverlo, unos pasos antes un instante antes un milenio antesno importa si un sig lo o varios : no desembocan Pero de nada sir ve buscar lo no halladolo que quisimos y no pudimos lo que prometí y no pude cumplirlo ante el cansancioporque simplemente lo agotado, lo eternoprosig ue su curso. Y ese curso te l leva a la oficina , al subterráneo, a la universidad, y siempre piensas : —¿Cuándo volveré al mar? El mar no se agota , pero sí los caminos; y aunque lo pienses y no lleg ues él seg uirá allí : ag uardándote

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To d o má s c laro

Q u é d i c h a la d e a qu e l qu e l l e g a a ca s atra s un d í a d e á sp ero j orna l y ve la lu z en c en d i da a su l l e g a da y a bra z a a l o s suy o s y lan z a una s p a la bra s s em bra da s a l o s v i ento s p ara s entir, a s í , su re g re s o y c ontinuar d e e sta f orma ca da d í a Yo , qu e un d í a tuve e stol o ve o a h ora to d o c laro y p i ens o :— Viv i r no e s m á s q u e s eg ui r l a s reg l a sa p ro v e chá n d ol a s a l m á xi mo