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  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    Internacionalizao

    CADERNOS TCNICOS

    AIMinhoAssociao Industrial do Minho

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    AIMinhoAssociao Industrial do Minho

    Internacionalizao

    CADERNOS TCNICOS

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    1. Introduo internacionalizao

    1.1 O que internacionalizar...........................................................................................3

    1.2 Estratgias de internacionalizao............................................................................4

    1.3 Investimento estratgico financeiro..........................................................................5

    1.4 Mercados alvo............................................................................................................7

    2. Efeitos de uma estrtgia de internacionalizao

    2.1 Alteraes na organizao.........................................................................................8

    2.2 Efeitos na cultura de empresa ............................................ ......................................9

    2.3 Certificao e reconhecimentos.................................................. ..............................9

    3. Estratgias de marketing global

    3.1 O mercado e as empresas................................................... ......................................11

    3.2 Orientaes estratgicas ............................................. ..............................................12

    3.3 A seleco do destino.................................................. ..............................................14

    3.4 Modos de entrada ............................................... ................................................. .....14

    3.5 Avaliao do grau de internacionalizao.................................................................15

    4. Estratgias do marketing global

    4.1 Seleco de mercados ................................................. ..............................................16

    4.2 Pesquisa de mercados ................................................ ..............................................17

    5. Estratgias de expanso5.1 Princpios da expanso ................................................ ..............................................18

    5.2 Fases de exportao...................................................................................................19

    5.3 Preparao da expanso .............................................. ..............................................19

    6. Instrumentos de cooperao

    6.1 Enquadramento........................................... ................................................ ..............21

    6.2 Instrumentos comunitrios......................................................................................21

    6.3 Programas nacionais.................................................................................................24

    7. Marketing internacional

    7.1 Perspectivas de marketing internacional ............................................. .....................25

    7.2 Escolha dos mercados alvo.......................................................................................297.3 Formas de acesso aos mercados internacionais e polticas de marketing .............30

    7.4 Segmentao em marketing internacional...............................................................31

    7.5 Polticas de marketing no contexto internacional ............................................... .....32

    8. Novas ferramentas de internacionalizao

    8.1 O que so eMarketplaces ............................................ ..............................................35

    8.2 O papel dos eMarketplaces.......................................................................................36

    8.3 Cooperao cientfica .......................................... ................................................. .....36

    8.4 Como preparar e gerir uma reunio ........................................... ..............................36

    9. Apoios internacionalizao

    9.1 Programas nacionais.................................................................................................37

    9.2 Programas comunitrios ............................................ ..............................................38

    9.3 Outros programas.....................................................................................................40

    NDICE

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    1. Introduo Internacionalizao

    Cada vez mais as presses competitivas sobre as empresas portuguesas vm no de outras empresas da mesma regio, mas

    da concorrncia estrangeira, competindo de acordo com outras regras e, muitas vezes, perseguindo objectivos diferentes. Nesteambiente competitivo, em que a produo industrial vem crescentemente tornando-se uma actividade internacional, as empresas

    necessitam desenvolver novas competncias estratgicas.

    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    3

    1.1 O que internacionalizar

    A internacionalizao significa a actuao em diferentes

    naes conduzindo movimentos de factores de produo como

    transferncias de capital, desenvolvendo projectos em cooperao

    com parceiros estrangeiros ou simplesmente comercializandoos seus produtos e/ou prestando servios noutros pases.

    A internacionalizao, no sentido macro-econmico, tem a

    ver com o conjunto dos fluxos de trocas de matrias-primas,

    produtos acabados e semi-acabados e servios, ideias e pessoas,

    efectuadas entre dois Estados-Nao.

    As modalidades de internacionalizao podem agrupar-se

    em trs categorias distintas:

    . Transaces: comercializao de produtos, servios, pa-

    tentes e marcas;

    . Investimento directo: instalao de operaes nos mercados

    externos, inclusive atravs de joint-ventures e subsidirias;

    . Projectos: projectos especficos e limitados no tempo,

    nomeadamente projectos chave-na-mo e projectos BOT

    (Build-Operate-Transfer).

    RAZES PARA INTERNACIONALIZAR

    Os custos de transporte so elevados? Existem barreiras

    significativas importao? Os custos de produo do pas de

    destino so significativamente menores que no pas de origem?

    Ento pode muito bem acontecer ser vantajoso empreender

    uma estratgia de investimento nesse pas em vez de procurarpreviamente exportar.

    Por exemplo, sabido que se tornou uma certa moda para

    as empresas portuguesas instalarem-se no mercado brasileiro

    e mais recentemente em Espanha que se torna no principal pas

    de destino de exportao (dados de Janeiro a Maro 2003). No

    Brasil so 170 milhes de pessoas, com uma predisposio

    social muito consumista, com um rendimento per capita cerca

    de metade de Portugal.

    Podem-se mencionar dois argumentos fortes para preferir

    a produo in loco exportao:

    1. Barreiras alfandegrias elevadas e outras formas de pro-

    teccionismo;

    2. Custo do factor trabalho significativamente menor.

    So consideradas duas importantes mudanas recentes

    com repercusso na internacionalizao:

    1. O protagonismo adquirido pelas PMEs que, atravs de

    metodologias diversas, estendem a sua actividade atravsdas fronteiras, mostrando que o comercio externo no um

    exclusivo das grandes multinacionais;

    2. A proliferao de novas frmulas institucionais de acesso

    aos mercados internacionais, que deixa para trs o predomnio

    da relao empresa-me/filial, caracterstico da dcada de 60,

    para se estender por frmulas mistas e contratuais que permitem

    um melhor aproveitamento das vantagens competitivas.

    O processo de internacionalizao deixou de se apresentar

    como uma aventura solitria para a empresa. Internacionalizar-se

    , cada vez mais, integrar-se numa rede de acordos inter-empresariais

    erigidos por cima das fronteiras polticas. Por esta razo, a seleco

    de parceiros e de modelos contratuais passaram a ser um aspecto

    chave na estratgia internacional da empresa.

    Num contexto de crescente abertura das economias nacio-

    nais, a internacionalizao de uma indstria ou de uma empresa

    moderna deixou de ser uma questo de opo para se tornar

    numa questo de sobrevivncia.

    Pode dizer-se, pois, que a internacionalizao das economias

    e das empresas em particular apresenta-se como um assunto cada

    vez mais actual e continuamente renovado, suscitado por profundasalteraes no posicionamento dos pases e das condies em que

    as empresas, grandes e pequenas, tm de exercer a sua actividade.

    ETAPAS DE INTERNACIONALIZAO

    O processo de internacionalizao parece seguir uma se-

    quncia de estgios, sendo que a passagem de um estgio a

    outro vem acompanhada de uma aprendizagem progressiva

    dos mercados e das actividades no estrangeiro. As etapas que

    mais so mencionadas em diversos estudos so as seguintes:

    a) Exportao ocasional;

    b) Exportao por intermdio de um agente;

    c) Exportao por intermdio de uma filial comercial;

    d) Implantao produtiva que se substitui, total ou parcial-

    mente ao fluxo de exportao.

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    4 1.2 Estratgias de internacionalizao

    IDENTIFICAO DE OPORTUNIDADES

    importante montar um sistema de vigilncia a nvel

    internacional, de forma a poder eliminar partida os espaos

    geogrficos internacionais que no tenham potencial de expanso

    ou nos quais a concorrncia j domine o mercado. uma fase

    complexa, em que deve fazer uma anlise do ambiente con-

    correncial internacional, que pode ser apresentada da seguinte

    forma:

    anlise daatractividade

    identificaode

    oportunidades

    agressividadeconcorrencial

    factores chavede sucesso

    1. Anlise da atractividade da indstria a definio da

    dinmica internacional do sector, das presses externas

    (regulamentares, scio-econmicas, tecnolgicas, grau de

    proteccionismo, etc.) e da segmentao da indstria internacional

    (identificao e seleco dos critrios de segmentao).

    2. Agressividade concorrencial visa fazer uma anlise das

    caractersticas do sistema concorrencial internacional e as

    reestruturaes observadas ou previstas, bem como proceder

    identificao das foras da concorrncia internacional (ameaa

    de novos concorrentes ou de produtos substitutos e o poder

    negocial dos fornecedores e dos clientes).

    3. Definio dos factores crticos de sucesso da indstria

    dever analisar estes factores, quer do ponto de vista da oferta

    quer da procura nos mercados internacionais. De seguida,

    dever criar cenrios de evoluo possveis e quais as estratgiasvencedoras em cada um dos cenrios.

    IDENTIFICAO DOS PONTOS FORTES E FRACOS

    Visa avaliar os recursos e as lacunas da empresa tendo em

    vista a sua internacionalizao. Podem-se definir trs nveis de

    diagnstico:

    1. Internacionalizao inicial avalia o potencial da empresa

    para desenvolver relacionamentos negociais duradouros

    com empresas e clientes estrangeiros e a capacidade de

    adaptao da sua oferta e processos de compra e venda aos

    mercados internacionais.

    2. Implementao o desafio deste tipo de diagnstico

    de avaliar as condies para se poder criar e implementar

    uma estratgia de desenvolvimento internacional, associada

    capacidade para gerir e controlar o negcio distncia.

    3. Internacionalizao anlise da capacidade de concorrer

    globalmente.

    CLASSIFICAO DAS MODALIDADES

    DE INTERNACIONALIZAO

    As formas de internacionalizao vo diferir em funo da

    necessidade ou no de investimentos directos no exterior ou

    de corresponder ou no a uma deslocalizao das operaes

    produtivas para outros pases. Com base nestas duas variveis,

    apresenta-se a seguinte classificao das modalidades deinternacionalizao:

    internacionalizaoinicial

    identificaode pontos

    fortes e fracos

    implementao

    internacionalizao

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    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    5

    . Operaes comerciais sem investimento directo no exterior:

    exportao indirecta de produtos; exportao directa de

    produtos, exportao de servios; exportao de know-how,

    contratos de gesto, venda de tecnologia;

    . Operaes produtivas sem investimento directo no estran-

    geiro: licena, franquia, contrato de fabricao;

    . Operaes comerciais com investimento directo no exterior:

    filiais de promoo de vendas, unidade de stockagem,

    unidades de servio, filiais de venda;

    . Operaes produtivas com investimento directo no exterior:unidade de montagem e unidade de fabricao (em

    propriedade total, conjunta, participaes minoritrias,

    subcontratao internacional).

    INCENTIVOS INTERNACIONALIZAO

    A empresa quando internacionaliza as suas actividades,

    como resposta a um incentivo recebido. Pode-se identificar os

    seguintes tipos de incentivos:

    1. Perspectivas de crescimento do mercado interno so

    inferiores ao potencial de crescimento da empresa;

    2. Reduzir a dependncia do mercado domstico, especial-

    mente se ele estiver em declnio;

    3. Aproveitar as economias de escala;

    4. Disponibilidade de produtos, cuja atractividade para omercado domstico tende a se esgotar em breve;

    5. Explorar competncia nica da empresa;

    6. Enfrentar competidores domsticos que actuam em

    mercados externos.

    1.3 Investimento Directo Estrangeiro

    O investimento directo estrangeiro (IDE) consiste na posse

    e no controlo de activos no exterior. Distingue-se do investimento

    de carteira (portfolio investment) cujo objectivo se resume a obter

    um ganho dessas participaes, frequentemente obrigaes

    pblicas ou privadas.

    O IDE, por sua vez, pode ser atravs de investimentos de

    ndole comercial ou de ndole industrial, podendo estes assumir

    trs formas distintas:

    1. Joint-venture de distribuio e marketing empresa de

    capitais mistos criada no exterior destinada a desempenhar,

    apenas, funes de carcter comercial;2. Joint-venture integrada de capitais mistos como a

    anterior, mas para desempenhar a totalidade das operaes;

    3. Subsidiria empresa de capitais prprios que pode ser

    apenas de distribuio e marketing ou integrada, ou seja,

    para desenvolver todas as operaes.

    As razes para efectuar o IDE podem, entre outras, ser o

    aumento dos lucros e das vendas, quando o mercado interno

    se revela exguo para as possibilidades da empresa em gerar

    lucros; a rpida entrada em mercados com forte crescimento;

    e a reduo de custos, nomeadamente com salrios mais baixos,

    melhores fornecimentos de matrias-primas, reduo de custos

    de transporte e ganhos de produtividade.

    Podem ser identificados quatro tipos diferentes de IDE:

    . IDE baseado na busca de recursos (factores de produo)

    que pode constituir-se em filiais extractoras e proces-

    sadoras.

    . IDE baseado na reduo de custos (efficiency seekers) - pode

    concretizar na forma de fbricas offshore, constitudas para

    aproveitar locais baratos, nomeadamente mo de obra. Caso

    das designadas fbricas de montagem.

    . IDE motivado pelo mercado (market seekers) - pode desdo-

    brar em meros importadores/distribuidores, fbricas abas-

    tecedoras locais, fbricas especializadas em termos horizon-tais, i.e. que produzem uma ou duas linhas de produtos

    para venda nacional e internacional, complementadas por

    outras linhas produzidas por outras filiais geralmente insta-

    ladas em outros pases.

    . IDE em busca de activos/capacidades estratgicas (strategic

    asset or capability seekers)

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    cadernotcnico

    Internacionalizao vantagens

    VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS DIFERENTES MODOS DE ENTRADA

    exportaodirecta

    Barato, j que prescinde de grandes investi-

    mentos e permite alcanar eventuais econo-

    mias de escala a nvel do estabelecimento e

    contacto c/ clientes.

    exportaoindirecta(atravs de agentes

    e distribuidores

    residentes no pasdo exportador)

    licenciamento

    desvantagens

    Falta de controlo sobre os canais de dis-

    tribuio locais. Exposio aos riscos cambiais

    e a eventuais medidas proteccionistas.

    Ainda mais barato que a modalidade anterior

    (p.ex. no precisa de tomar a seu cargo as

    formalidades do processo de exportao).

    Cobertura extensa do mercado.

    Baixo risco.

    Alm das desvantagens acima mencionadas:

    Falta de controlo sobre operaes.

    Agentes podem sofrer de falta de lealdade

    quando comercializam produtos em regime

    de no-exclusividade (produtos da concorrn-

    cia e/ou mais lucrativos).

    Investimento/custo limitado.

    Permite acesso rpido a mercados protegidos

    contra importaes, atravs de tarifas, ou de

    canais de distribuio cativos e onde os aflu-

    xos de IDE so dificultados.

    Limitaes tcnicas e de marketing por parte

    do licenciado. Subaproveitamento dos lucros

    potenciais, at porque tm de ser partilhados.

    Perca de controlo sobre a tecnologia e o

    mercado para potenciais concorrentes. Custos

    de contrato e acompanhamento. Risco de

    dissipao doutras vantagens proprietrias,

    tais como a imagem da empresa.

    equityjointventure

    ide de raiz

    Riscos e investimento partilhados. Menor con-corrncia, sinergias e aprendizagem entre par-

    ceiros. Superao de ineficincias nos mercados

    de inputs intermdios. Economias de escala.

    Facilidade de adaptao s caractersticas am-

    bientais nos pases dos parceiros.

    Diluio/diminuio do controlo. Partilha delucros ou prejuzos. Dificuldades de comuni-

    cao, coordenao e organizao. Divergncias

    quanto aos objectivos e empenhamento de

    recursos dos parceiros. Reversibilidade dos

    acordos e comportamento de oportunidade.

    Efeito de presena directa no mercado alvo.

    Escala da operao pode ser adaptada aos

    recursos disponveis, cultura da empresa-

    -me e ao mercado alvo. Controlo facilitado.

    Acesso a subsdios e incentivos fiscais.

    Compromisso com relativa/ elevados investi-

    mentos cabea. Risco elevado de no acei-

    tao por parte dos clientes potenciais e

    outros riscos. Penetrao lenta no mercado.

    fuses eaquisies

    Potencial/ mais barato e menos arriscado no

    longo prazo que o IDE de raiz. Entrada mais

    rpida e fcil (barreiras entrada) nos (novos)

    mercados (diversificao). Ganho de poder

    de mercado e eliminao da concorrncia.

    Substituto da inovao.

    Preo e tipo dos activos podem ser pouco

    adequados. Sinergias por vezes sobreavalia-

    das. Complexidade da procura de alvo e das

    negociaes. Herana dos problemas da em-

    presa adquirida e dificuldades com integrao

    de duas culturas organizacionais. Necessidade

    de reestruturao.

    formas contratuaiscooperativas:

    aliana/consrcio/rede

    Flexibilidade, rapidez de entrada, partilha de

    riscos, de conhecimentos e de outros recur-

    sos, empenho mtuo, sinergias, eliminaode potencial concorrente.

    Limitaes expanso para certas linhas de

    negcio. Indefinio / Partilha de lucros. Perca

    de controlo. Risco de dissipao. Custos detransferncia. Custos do contrato, coorde-

    nao e acompanhamento.

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    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    71.4 Mercados alvo

    Para a seleco dos mercados so geralmente utilizados os

    seguintes dois critrios nmero de mercados a serem atendidos

    e grau de similaridade entre os mesmos.

    Em funo do primeiro critrio, pode-se ter uma concentrao

    ou diversificao de mercado, de acordo com situaes

    relacionadas ao produto, ao mercado e ao marketing, sendo:

    FACTORES QUE FAVORECEM A CONCENTRAO FACTORES QUE FAVORECEM A DIVERSIFICAO

    FACTORES PRODUTO

    a) produto requerendo uma adaptao aos diferentes

    mercados.b) compras repetitivas.

    c) produto no meio de seu ciclo de vida.

    a) produto podendo ser vendido em muitos pases

    sem adaptao.b) compras no repetitivas.

    c) produto no comeo ou no fim de seu ciclo de vida.

    FACTORES MERCADO

    a) nmero limitado de mercados comparveis.

    b) mercados/segmentos com volume elevado.

    c) mercados estveis.

    d) fidelidade de compra elevada.

    e) fraco risco de reaco d concorrncia:

    em cada mercado geogrfico.

    a) muitos mercados similares.

    b) pequenos mercados segmentos estreitos.

    c) mercados instveis.

    d) fraca fidelidade de compra.

    e) risco importante de reaco da concorrncia em cada

    mercado geogrfico.

    FACTORES DE MARKETING

    a) necessidade de adequado um conhecimento aprofundado

    do mercado e/ou dos intermedirios.

    b) Investimentos importantes para atingir a massa critica

    de cada pas (em actividades promocionais,

    servio aps -venda).

    c) insuficincia de recursos para se ocupar de novos

    problemas de gesto.

    a) poucos conhecimentos a obter do mercado e/ou dos

    intermedirios.

    b) poucos investimentos so necessrios para atingir a

    massa critica de cada pas.

    c) recursos adequados para gerir novos problemas.

    O grau de semelhana entre os mercados refere-se opo

    de procurar mercados que apresentem caractersticas

    semelhantes ao mercado domstico ou a empresa deve procurar

    uma complementaridade entre mercados. A vantagem do

    primeiro enfoque a possibilidade de a empresa obter reduo

    nos problemas de coordenao e controlo do seu programa de

    marketing, assim como de obter economias no custo de produo

    (devido ao menor nvel de adaptao requerido) e de marketing.

    A escolha de mercados no semelhantes pode reflectir a vontade

    da firma de equilibrar flutuaes cclicas ou de reduzir os riscos.

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

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    2. Efeitos de uma estratgia de internacionalizao

    2.1 Alteraes na organizao

    Existem vrios aspectos importantes que alteram o

    desempenho da organizao quando comea um processo de

    expanso para o estrangeiro. So alteraes de processo

    industrial, novas matrias-primas, novas embalagens, novas

    rotinas, etc.

    Impacte na organizao

    Alguns dos exemplos mais frequentes e imediatos dos

    impactes nas empresas so os seguintes:

    . Todo o material de promoo e apoio, assim como folhetos

    tcnicos, ensaios e boletins de anlises tem de ser emitidos

    no idioma do pas de destino;

    . Adaptao de produtos s normas em vigor noutros pases.

    Para exportar mobilirio de criana para muitos pases,

    sobretudo Escandinavos, os vernizes e tintas tm de ser em

    base aquosa, o que implica a montagem de linhas especficas,

    com equipamentos e processos mais caros do que os habituais.

    . Modificao do tamanho das paletes. A norma europeia

    da europalete fora as empresas exportadoras dentro da EU

    a utilizar uma medida comum a todos os pases, ainda que

    dentro dos respectivos pases as medidas possam ser muito

    diferentes.

    Muitas empresas tiveram que mudar, por exemplo, toda a

    arquitectura dos seus armazns para armazenarem os seus

    produtos acabados em paletes homogneas nas medidas,

    tal como os seus clientes no estrangeiro;

    . Alteraes de embalagens. A partir do momento que aAlemanha introduziu o seu sistema do Ponto Verde, em

    1992, todas as empresas presentes neste pas tiveram de

    se adaptar e alterar todas as suas embalagens, para poderem

    vender os seus produtos. Tambm devido s diferentes

    legislaes que regulam a utilizao de aditivos alimentares,

    a exportao de produtos alimentares pode implicar, e

    implica muitas vezes, a alterao dos ingredientes nas

    embalagens, assim como, em alguns casos como o Japo,

    a alterao dos prprios materiais;

    . Alteraes nas condies dos transportes. H pases onde

    os camies no podem circular com cargas cujo peso seja

    superior a 15 t, (Suia) e outros onde se admitem cargas

    at 30t (Sucia), contra o normal de 24t da restante Europa;

    Atravs destes exemplos, pode-se verificar que existem

    muitas alteraes que implicam custos, alteraes de procedi-

    mentos, e at, admisso de pessoal especializado.

    Como fazer face s mudanas

    Em primeiro lugar as empresas devem ter bem claro sequerem avanar na direco dos mercados externos de uma

    maneira consistente ou no.

    Uma vez mantida esta opo, devem ser criados os

    mecanismos adequados para ultrapassar estas contrariedades.

    a) A primeira fase consiste em recolher informao relevante

    sobre qualquer processo de venda. De uma maneira natural,

    esta funo torna-se responsabilidade do departamento

    comercial, uma vez que so os vendedores a charneira entre o

    mercado e o resto da organizao. aqui que se sente, em

    muitos casos, o primeiro ponto fraco da empresa, o baixo nvel

    das equipas de vendas. Uma primeira iniciativa, com resultados

    quase imediatos, aumentar a formao da equipa de vendas.

    Insistir na recolha de toda a informao, deixando claro que

    este um ponto muito importante do qual pode depender o

    sucesso do negcio.

    b) A segunda fase vai ser o tratamento da informao na

    empresa. Deve ser organizada uma equipa, para analisar os

    diferentes requisitos e, imediatamente, tomar uma atitude quepermita ultrapassar o problema. muito importante dar uma

    resposta rpida. As empresas nos outros pases aceitam que

    hajam problemas, no aceitam que no sejam resolvidos, e

    rapidamente. Uma equipa funcional, e sem demasiados

    elementos deve ter um elemento comercial, um de qualidade,

    e um da produo. Em alguns casos, pode ser includo um

    elemento da logstica.

    c) Por fim deve ser implementada a mudana, e informados

    os clientes das alteraes introduzidas.

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    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    92.2 Efeitos na cultura da empresa

    Desde que as empresas se comearam a expandir para o

    alm fronteiras, (e podemos recuar aos Fencios, 2000 anos

    a.C.) fizeram-se representar por elementos conhecedores do

    modus operandi da empresa, e o contrrio tambm foi, desde

    sempre, prtica corrente, ou seja, o envio de novos colaboradores

    da empresa, nos pases para onde esta se deslocou, de maneira

    a promover a troca de conhecimentos e mais rapidamente se

    implantar. Existem diferentes factores que influenciam os fluxos

    normais de informao (sem perdas nem distores) entre a

    empresa e o mercado, ou at, diferentes filiais de uma mesmaempresa. Podem ser a diferena de nveis de desenvolvimento

    dos dois pases, as diferenas culturais, o nvel de educao,

    os processos negociais e os diferentes idiomas.

    Todos estes factores so culturais, e ainda que inerentes a

    um indivduo, podem ser alargados a toda uma empresa.

    Deve ser preocupao da empresa proporcionar as

    ferramentas que permitam ultrapassar os desnveis acima. Os

    diferentes mtodos utilizados, tm como finalidade facilitar a

    comunicao entre as empresas, com os benefcios inerentes

    ao criar melhores mecanismos para fazer negcio.

    Algumas das modificaes sentidas na cultura de empresa,

    so apresentadas de seguida.

    a) Alteraes da gesto da empresa. Tornam-se fundamentais

    para adequar a empresa a um mundo mais profissional e

    evoludo, mas sobretudo diferente. Em muitos casos a gesto

    torna-se menos autocrtica e mais fluida, criam-se novos

    modelos de organigramas com o objectivo de se tornarem mais

    eficazes.

    b) Alteraes na responsabilizao de todos os elementos

    da empresa, de molde a responder aos novos desafios dos

    novos mercados. Um dos efeitos mais notrios so as normas

    de qualidade e ambientais, mais exigentes nos mercados de

    exportao, onde se tornam factores crticos do sucesso de

    uma empresa exportadora.

    c) Incluso de elementos de outros pases nos quadros da

    empresa. Isto traz aos funcionrios a conscincia da sua presena

    global, e melhora a transferncia de informao sobre o mercado.

    2.3 Certificao e reconhecimentos

    Actualmente, e dada a concorrncia, o utilizador tem sua

    disposio uma oferta variada quando pretende escolher um

    produto. Em contrapartida, nem sempre dispe de informao

    clara e objectiva que lhe permita assegurar-se do nvel dequalidade e fiabilidade dos produtos que adquire.

    A certificao de produtos permite fazer a diferena, porque

    fornece a prova da conformidade de um produto com uma

    referncia, indicando que o produto seguro e desempenha

    com qualidade as funes para as quais foi concebido.

    A certificao , para alm de uma ferramenta de marketing

    essencial para um produto, ser o elemento chave para o seu

    posicionamento no mercado, nomeadamente no mercado

    externo.

    A Certificao de Produtos a avaliao da conformidade

    do produto com os requisitos definidos em documentos

    normativos atravs de ensaios e auditoria ao controlo de fabrico.

    D lugar emisso de um certificado e concesso de umalicena para o produto certificado passar a ostentar uma marca

    de conformidade, ou seja, reconhecida a confiana.

    O processo de certificao consiste na realizao de ensaios

    e auditoria ao sistema de controlo do fabrico, para que possam

    utilizar nos produtos certificados a Marca Produto Certificado,

    Marca Nacional de Conformidade.

    2.3.1 Certificao de produtos

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    11/41

    cadernotcnico

    Internacionalizao

    0

    A certificao do sistema de gesto de uma empresa requer

    a interveno de um organismo externo acreditado ao nvel

    nacional (Instituto Portugus da Qualidade), devendo este ser

    reconhecido internacionalmente de modo a que o certificado

    emitido tenha valor no mercado destino.

    O mbito da certificao do sistema de gesto pode, de acordo

    com a exigncia do mercado destino, estar situada ao nvel da

    qualidade, ambiente, segurana, qualidade alimentar, entre outros.

    A certificao de uma entidade traduz-se pela emisso de

    um certificado de conformidade que comprova que a entidade

    tem em funcionamento um sistema de gesto, que lhe permite

    garantir a conformidade dos seus produtos ou servios com os

    requisitos pr-estabelecidos.

    As vantagens internacionalmente reconhecidas pela

    certificao podem caracterizar-se por:

    . Melhoria na organizao interna;

    . Melhoria da imagem;

    . Aumento satisfao / confiana dos clientes;

    . Aumento da motivao / envolvimento no sistema, por

    parte dos colaboradores internos;

    . Confiana no sistema;

    . Melhoria da posio competitiva;

    . Aumento da produtividade;

    . Reduo de custos;

    . Acesso a determinados mercados e concursos;

    . Facilidade de acesso a informao, entre outros.

    O reconhecimento atravs da certificao efectuado com

    base em referenciais normativos sendo:

    Ao nvel da qualidade:

    . NP EN ISO 9001:2000 Sistemas de gesto da qualidade.

    Requisitos.

    Podendo, para indstrias especficas serem utilizados os

    referenciais seguintes:

    . ISO TS 16949:2002 no mbito da indstria automvel

    . ISO 13485:2003 Medical devices Quality management

    systems Requirements for regulatory purposes no mbito

    da fabricao de dispositivos mdicos

    Modelos de sistemas de Gesto Ambiental definidos na norma:

    . ISO 14001: 1996 - Environmental management systems

    Specification with guidance for use.

    . Verificao EMAS - Sistema Comunitrio de Eco-Gesto e

    Auditoria - Regulamento (CE) n761/2001 de 19/03/2001

    Modelos de sistemas HACCP definidos na norma:

    . DS 3027 E: 1998 Food safety according to HACCP (Hazard

    Analysis and Critical Control Points) Requirements to be

    met by food producing companies.

    Modelos de sistemas de Gesto Sade e Segurana no

    Trabalho definidos na norma:

    . OHSAS 18001:1999 (NP 4397) Occupational Health

    and Safety Management System.

    Num mercado cada vez mais competitivo, exigente e global

    a Qualidade assume um papel preponderante no funcionamento

    e xito de uma entidade.

    , assim, consensual, considerar vital para uma organizao

    a implementao de um Sistema de Gesto da Qualidade. A

    sua posterior certificao, permite a avaliao contnua da sua

    implementao, adequabilidade e eficcia, por profissionais

    independentes e de reconhecida competncia tcnica.

    O sistema de gesto da qualidade e a sua certificao tem

    vrias vantagens, quer a nvel interno, quer a nvel externo.

    A nvel interno, a certificao contribui para uma clara melhoriada empresa, proporcionando organizao e disciplina, definio

    correcta de funes e de objectivos de cada um dos utilizadores

    do sistema.

    Por outro lado, evita a realizao de auditorias dos clientes, uma

    vez que as entidades certificadoras, enquanto entidades indepen-

    dentes, e credveis, do cliente e do fornecedor, se tornam o garante

    do bom funcionamento do sistema da qualidade do seu fornecedor.

    A nvel externo, a certificao confere s empresas um maior

    prestgio nos mercados onde operam, uma vez que conseguem

    evidenciar qualidade perante os seus clientes e face concorrncia,

    conduzindo, naturalmente, a uma maior fidelizao dos clientese uma significativa reduo dos conflitos com os mesmos.

    Tambm a Certificao dos Sistemas de Gesto Ambiental

    assume uma importncia crescente. O desenvolvimento da

    economia, torna evidente a necessidade de proceder a uma

    integrao cada vez maior das questes ambientais nos sistemas

    de gesto, de forma a satisfazer as necessidades scio-

    econmicas, optimizando a utilizao de recursos, protegendo

    o ambiente e prevenindo a poluio. A Certificao de Sistemas

    de Gesto Ambiental permite evidenciar, com credibilidade, que

    a organizao dispe de um sistema de gesto do ambiente

    em conformidade com os requisitos da norma ISO 14001. A

    organizao , pois, capaz de demonstrar a qualidade dos seus

    processos tecnolgicos, de um ponto de vista de proteco

    ambiental e de preveno da poluio.

    2.3.2 Certificao de Sistemas de Gesto

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    12/41

    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    11

    3. Estratgias de Marketing Global

    3.1 O mercado e as empresas

    O MERCADO

    A caracterizao da abordagem exportao bem como as

    suas consequncias so os aspectos relevantes de apoio

    deciso de exportao. Assim, a situao mais simples a de

    exportao que traduz o alargamento do mercado geogrfico

    da empresa que exporta, sendo na situao inversa, a importao

    acarreta, indirectamente, a extenso do mercado geogrfico das

    empresas domsticas que vem aparecer, atravs do seu produto,

    um novo concorrente no mercado.

    Ambas as situaes mantm a natureza da competio, que

    se processa no mesmo mercado do produto, embora com

    concretizaes diferenciadas da abrangncia geogrfica. A

    exportao atinge potencialmente novos clientes situados fora

    do pas, configurando uma concorrncia localmente acrescida

    que as empresas do pas de destino tero de defrontar. Em

    contrapartida e reciprocamente, a importao diminui poten-

    cialmente os clientes locais devido ao acrscimo de competio

    domstica imposta pelo produto importado.

    De um ponto de vista de gesto estratgica indispensvel

    entender a natureza potencialmente agressiva da exportao,

    impondo a sua concretizao um estudo prvio e cauteloso no

    s dos potenciais clientes e das condies concorrenciais

    prevalecentes no novo destino (vulgarmente designado, por

    estudo de mercado), mas tambm das possibilidades de re-

    taliao no mercado de origem das empresas (ou at dos

    produtos) que se vem confrontados com um novo desafio.

    Quer isto dizer que perspectivar uma exportao na lgica

    tradicional e exclusiva do estudo do mercado destino falharrotundamente a definio de base do novo mercado geogrfico

    aumentado (potencialmente nos dois sentidos exportao e

    importao) pela nova estratgia cujas consequncias devem

    ser estudadas a priori no novo mercado. Na verdade, perspecti-

    vando as possibilidades de retaliao, o que estamos a

    descrever um mercado domstico alargado, se no existirem,

    claro, qualquer tipo de entrave fronteirio, como o caso da

    Unio Europeia (e da a designao de Mercado Interno ou

    Mercado nico). No caso de entraves fronteirios, o estudo

    alargado no menos relevante, incorporando ainda a avaliao

    institucional das condies aduaneiras entre os pases de origem

    e destino, que podem, eventualmente, beneficiar um ou outro

    dos intervenientes.

    Clarificadas as caractersticas destes movimentos de inter-

    nacionalizao, importa salientar:

    . a manuteno da natureza da competio que as empresas

    j defrontavam previamente aos movimentos efectuados;

    . o alargamento do mercado geogrfico relevante para a

    empresa que faz o movimento e para as empresas que ven-

    dem no pas de destino;

    . a possibilidade de aumento de competio no pas de ori-

    gem em resultado de movimentos de sentido contrrio.

    AS EMPRESAS

    A internacionalizao das empresas portuguesas, com a

    subjacente necessidade de criao de Grupos Portugueses com

    crescente implantao no estrangeiro, assumiu contornos de um

    paradigma para a sociedade portuguesa, deixando na sombra,

    alguns aspectos relevantes que se devem examinar atentamente.

    Num mundo em grande mutao, desencadeada pela di-

    fuso crescente da Tecnologia e dos Sistemas de Informao,

    fundamental verificar se alguns conceitos aceites como norma

    no estaro a ser sujeitos a uma usura provocada por esta

    acelerao da mudana e, em consequncia, se todos continuam

    a atribuir o mesmo contedo a termos que at agora pouca

    controvrsia levantava.

    A internacionalizao das empresas um desses termos,

    a nosso ver, por duas ordens de razes que se imbricam pro-

    fundamente:

    . em primeiro lugar, por a internacionalizao aparecer ainda

    frequentemente como uma alternativa estratgica (o que

    significa que se pode ou no optar por ela);

    . em segundo lugar, porque pressupe uma separao deespaos econmicos nacionais e, em simultneo, uma radicao

    estrutural e estratgica num desses espaos nacionais.

    O elevado irrealismo da primeira alternativa, e o esbatimento

    continuado das fronteiras econmicas nacionais impem um

    reequacionamento dos movimentos de internacionalizao e

    sobretudo uma nova terminologia. No entanto, esse reequa-

    cionamento no invalida, antes suscita, o conhecimento dos

    movimentos "tradicionais" de internacionalizao.

    Por outro lado, atendendo dimenso relativamente pequena

    da generalidade das empresas portuguesas, h que ter conscin-

    cia de que a natureza e a profundidade dos movimentos que

    se lhes abrem so diferentes dos concretizados pelas grandes

    empresas que desde h muito operam no mercado internacional.

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    2 3.2 Orientaes Estratgicas

    A distino entre internacionalizao "activa" e "passiva"

    apenas tem sentido quando nos fixamos numa dada empresa.

    em relao a ela que a internacionalizao activa (sendo ela

    o sujeito) ou passiva (sendo ela o objecto alvo). Uma vez que

    a passiva no mais que um resultado de uma prvia estratgia

    activa, no tendo existncia autnoma, todos os estudos de

    internacionalizao centram-se quase exclusivamente nas

    estratgias activas (autnomas), o que significa estudarem-semuito mais as causas, motivaes e incentivos para a

    internacionalizao do que as suas consequncias ou reflexos

    (um dos quais a internacionalizao passiva).

    Modelos do Instituto de Upsala (U)

    Estes modelos so baseados na hiptese de que a

    internacionalizao de uma empresa se desenvolve em quatro

    estdios, hiptese essa originalmente apoiada pela evidncia

    fornecida por "estudos de casos" de quatro empresas suecas.

    . Estdio 1: no h qualquer actividade regular de exportao.

    . Estdio 2: as exportaes processam-se atravs de repre-

    sentantes independentes (agentes).

    . Estdio 3: a empresa abre no estrangeiro um estabelecimen-

    to de vendas.

    . Estdio 4: a empresa estabelece no estrangeiro unidades

    de produo prprias.

    Como evidente, os estdios esto apresentados por ordem

    crescente relativamente ao grau de envolvimento internacional,

    desde o isolamento completo at integrao total na actividadede transformao de um pas estrangeiro, num processo que

    vai da simples movimentao dos seus produtos at mobilidade

    de factores de produo e contratao de factores estrangeiros

    para levar a cabo as suas transformaes.

    Esta cadeia de estdios no esgota todas as modalidades

    de envolvimento internacional, fixando-se unicamente nas

    estratgias individuais, no cooperativas, das empresas, bem

    como em movimentos estritos entre o pas de origem da

    empresa em internacionalizao e um s pas de destino.

    Na tentativa de explicar a internacionalizao para mais de

    um pas, admitiu-se que as empresas em internacionalizaoentrariam em novos mercados em crculos concntricos de

    distanciamento fsico crescente. Este ponto de vista materiali-

    za-se hoje na defesa da lgica dos mercados regionais, admi-

    tindo-se at que os hiatos geogrficos de expanso natural das

    empresas so expresso da perverso da estratgia natural em

    resultado de desvios polticos: a formao da Unio Europeia,

    do MERCOSUL e dos emergentes mercados regionais asiticos

    so evidncia emprica assinalvel.

    Na base do desenvolvimento destes modelos esto dois

    conceitos:

    . Conhecimento do Mercado Este apresenta, ainda, duas

    variantes de grau diferente de profundidade: o conhecimento

    geral e o conhecimento especfico. Considera-se que o geral

    decorre do domnio das caractersticas globais da procura

    do produto em causa, que tm grande universalidade,

    enquanto o especfico mais exigente, pois releva as

    idiossincrasias locais e a influncia destas sobre os padres

    (os que decorreriam das caractersticas universais);

    . Compromisso com o mercado Em contrapartida, este

    conceito bem mais do que um conhecimento do mesmo.

    3.2.1 Nvel de internacionalizao

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    cadernot

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    Internacionalizao

    13

    A supresso das fronteiras econmicas nacionais abre outras

    potencialidades cooperao e reclama dimenses crescentes

    das empresas (bem para alm das capacidades da generalidade)

    no caso de estas quererem afirmar a sua competitividade nestes

    mercados alargados.

    Por tal, os modos de entrada mais cooperativos vm

    substituir a lgica tradicional da prevalncia dos movimentos.

    No fundo, esses movimentos de internacionalizao j no

    existem no estado puro tal como foram descritos, porque,

    tantas vezes, o mercado j nico.

    Portanto, no se trata de se mover de um mercado para

    outro. Trata-se primeiro de sobreviver e depois de triunfar num

    mercado integrado portanto, h que escolher a melhor forma

    para o fazer.

    A promoo crescente de empresas comuns (joint-ventures)

    e sobretudo de alianas estratgicas, justificando estas ltimas

    exactamente pelo facto de as arenas competitivas terem

    assumido uma natureza global e no nacional. No entanto a

    estratgia a desenvolver deve assentar no a interveno

    individualizada da empresa mas sim numa associao que

    permita uma maior interveno no mercado global.

    3.2.2 Novas orientaes de internacionalizao

    Na mesma linha est C. Freidhem (1998) que, provavelmente

    devido a essa maior dimenso do mercado relevante, define o que

    chama The Trillion Dollar Enterprise, afirmando basicamente que

    ser esse novo tipo de empresa fundada em alianas entre grandes

    empresas a revolucionar completamente o negcio global.

    Na viso da globalizao includa a nova vertente da

    digitalizao da economia, que proporciona enormes economias

    de rede e em que a rede se configura muito bem com uma

    lgica de alianas, as empresas portuguesas no se podero

    alhear deste novo modo de operar nos mercados internacionais

    que, com maior rigor, devero ser substitudos por mercado

    global.

    H que no esquecer uma espcie de um novo mercado

    geogrfico, a Internet, que pode permitir a um tempo uma

    presena mundializada de qualquer empresa e uma mais fcil

    concretizao das redes ou das alianas desejadas.

    Claro que todas estas novas orientaes estratgicas criam

    novos desafios organizao empresarial, portanto s

    modalidades de gesto de projectos, impe mesmo, que se

    arrisque na busca de novas estratgias.

    mercadolocal

    mercadoglobal

    empresas

    joint-ventures

    alianasestratgicas

    fuses/cruzamentode capitais

    estratgia demarketing

    orientada parao mercado local

    estratgia demarketing

    orientada para omercado global

    estratgia demarketing

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    Internacionalizao

    4

    a) CRITRIO DE DECISO E INFORMAES A RECOLHER

    Para uma empresa, a deciso de se implantar num novo

    pas inspira-se geralmente em trs critrios principais: o potencial

    do mercado, a regulamentao e os riscos polticos.

    1. O potencial do mercado

    Para avaliar o potencial de um mercado, as principais

    informaes a recolher so as seguintes:

    . situao e tendncias demogrficas;

    . situao econmica geral;

    . dimenso e tendncias do mercado;

    . anlise dos factores culturais e sociais;

    . anlise da concorrncia;

    . caractersticas dos canais de distribuio e de comunicao

    existentes.

    2. Regulamentao

    Deve ser estudada sob os seguintes aspectos principais:

    . barreiras entrada: eventuais restries importao,

    produo ou venda dos produtos considerados;. regulamentao respeitante ao preo;

    . restries eventuais relativas aos movimentos de capitais

    e repatriamenro dos lucros;

    . possibilidade de obter ajudas dos poderes pblicos;

    . legislao social, respeitante por exemplo ao emprego de

    pessoal estrangeiro, nvel de salrios mnimos, restries

    aos licenciamentos, etc.;

    . regulamentao da publicidade.

    3. Avaliao dos riscos polticos

    importante, tratando-se de pases cuja estabilidade poltica

    e institucional no est assegurada, avaliar a natureza e a importncia

    dos riscos aos quais se expe a empresa ao implantar-se nesse

    mercado: mudanas sociais susceptveis de provocar uma crise

    econmica ou financeira, riscos de nacionalizao de empresas

    estrangeiras, riscos de alteraes desfavorveis da legislao

    existente, etc.

    b) AS FONTES E MTODOS DE ESTUDO

    A maior parte das informaes necessrias para avaliar o

    interesse da implantao em determinado pas pode ser recolhida

    por mtodos de anlise de dados secundrios.

    Para completar e confirmar os dados secundrios, aempresa pode enviar uma misso de estudo ao pas considerado,

    ou confiar essa tarefa a um gabinete de estudos especializado.

    3.3 A seleco do destino

    3.4 Modos de entrada

    exportao

    . directa

    . indirecta

    produtor

    contratao

    . licenciamento e transfernciade tecnologia. franchising. contrato de gesto. subcontratao internacional. consrcio

    investimento directo

    . joint venture

    . propriedade total/parcial

    cliente

    intermedirio

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    Internacionalizao

    15

    Para avaliao do grau de internacionalizao podem ser

    identificados diversos indicadores. Seguem-se dois grupos de

    indicadores que foram alvo de estudo e anlise:

    A. CRITRIOS PARA AVALIAO DO GRAU DE

    INTERNACIONALIZAO DAS EMPRESAS

    (Conceito multidimensional) (Dunning 1993):

    1. Nmero e dimenso das subsidirias ou associadas que

    controla no estrangeiro.

    2. Nmero de pases em que desenvolve actividades de

    valor acrescentado.

    3. Proporo dos seus activos, receitas, lucros ou assalariados

    da responsabilidade das suas filiais no estrangeiro,

    4. Grau de internacionalizao do seu corpo de gestores ou

    de proprietrios.

    5. Extenso da internacionalizao das suas actividades de

    mais elevado valor acrescentado, p.ex. de investigao e

    desenvolvimento (I&D).

    6. Extenso e estrutura das vantagens sistmicas que decor- rem do seu controlo sobre uma rede de actividades eco-

    nmicas localizadas em vrios pases.

    B. SULLIVAN (1994) analisa a contribuio de cada um dos

    seguintes indicadores para a classificao das empresas de

    acordo com o seu grau de internacionalizao e chega

    concluso que os indicadores 2 e 3 podem ser descartados sem

    que isso diminua a capacidade classificativa do indicador

    composto pelas restantes variveis:

    1. Vendas ao estrangeiro como percentagem das vendas

    totais;

    2. Exportaes como percentagem das vendas totais;

    3. Lucros no estrangeiro como percentagem dos lucros

    totais;

    4. Activos no estrangeiro como percentagem dos activos

    totais;

    5. Subsidirias no estrangeiro como percentagem do total

    de subsidirias;

    6. Experincia internacional dos gestores de topo;

    Disperso psquica (cultural) das operaes internacionais.

    3.5 Avaliao do grau de internacionalizao

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    Internacionalizao

    4. Estratgias de Marketing Global

    No mundo actual existem mais de 200 pases, uns mais

    ricos e promissores que outros. Utilizando um critrio deproximidade, podemos reduzir o espectro para os 15 pases da

    CE, com cerca de 380 milhes de consumidores. Mas, quais

    so os que nos interessam como possveis mercados a explorar?

    Por onde comear? Quais podem estar interessados nos nossos

    produtos? Qual o critrio de seleco que devemos usar?

    Proximidade? Espanha ou Marrocos. Dimenso? Estados Unidosou China. Poder de compra? Alemanha ou Japo. So tudo

    decises a tomar, em funo do produto e atravs de um plano

    de marketing de exportao, que permitir estabelecer a estratgia

    e a tctica necessrias para a sua execuo.

    4.1 Seleco de mercados

    A seleco do mercado onde actuar deve ser baseada em

    critrios lgicos, mas muitas vezes aspectos como a proximidadeou a existncia de um mercado natural podem facilitar a escolha.

    De uma maneira geral, e para conhecer melhor o mercado

    onde se pretende vender, a recolha de dados como o PIB e PIB

    per capita, populao, ndices de poder de compra, distribuio

    de populao pelo meio urbano e rural, so nmeros que ajudam

    a conhecer um pas. A sua actualidade muito importante, pelo

    que estes nmeros no devem ter mais do que trs anos, e

    sempre que possvel devem ser comparados com os do nosso

    pas, para uma anlise mais fcil e estabelecer algumas

    correlaes simples.

    Estes elementos acima referidos, assim como muitos outros

    necessrios para o nosso trabalho podem ser disponibilizados

    por diferentes organismos, entre eles, para o caso dos pases

    da EU o Eurostat. Outra fonte de informao, europeia, o

    Kompass On-line, uma base de dados com informao de

    mais de 300 000 empresas de 12 pases, a Thomas Global Re-gister Europe com cerca de 200 000 empresas de 17 pases e

    cerca de 10000 produtos distintos, ou a Planet Business onde

    esto presentes cerca de 210 pases.

    Para quem actua na rea do retalho, publicaes como Eu-

    ropean Directory of Retailers and Wholesalers, ou Store Buyer

    International disponibilizam informao sobre milhares de

    empresas, o que fazem, quem compra, etc. Tambm o nosso

    INE e o ICEP dispem de muita informao geral sobre os

    mercados, que fornecem mediante pedido. Dentro de cada pais

    existem organismos que tambm disponibilizam este tipo de

    informao. Nos EUA, existem vrios como o American Statistics

    Index ou o Bureau of the Census Catalog. Por fim no podemos

    esquecer a Dun & Bradstreet, que possui um servio alargado

    a vrios nveis, til para quem est a comear a exportar e

    precisa de apoio na recolha de diferentes tipos de informao.

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    174.2 Pesquisa de mercados

    ESTUDOS E ANLISE DE MERCADOS

    O estudo de mercados pode ser definido com a recolha,

    anlise e arquivo sistemtico de informao relacionada com

    o mercado em geral e para o mercado dos nossos bens ou

    servios.

    Este trabalho pode ser dividido em duas fases, ambas

    importantes, mas distintas:

    1. Pesquisa primria. Trata-se da pesquisa prtica, no terreno,

    atravs de entrevistas, visitas a supermercados, mailings,

    sampling, etc. Este trabalho muito mais caro do que a alter-

    nativa, mas tem a vantagem de ser actual e, at mais real, uma

    vez que se trata da voz do mercado ouvida directamente.

    Pesquisa secundria. Aqui est includo todo o trabalho de

    secretria como pesquisa na Internet, bases de dados,

    trabalhos j publicados, e, no fundo, recolher toda e qualquer

    informao existente e disponvel sobre o mercado onde

    pretendemos actuar.

    1afase

    2afase

    3afase

    . seleco dos pases

    . proximidade coerncia cultural,...

    . potencial do mercado/pas

    . anlise de indicadores

    . anlise do potencial

    . grau de adequao ao produto

    . realizao do estudo de mercado

    . recolha de informao

    . tratamento da informao

    pesquisaprimria

    4afase

    . pesquisa primria pesquisa prtica no terreno

    . emisso de relatrios

    . tomada de decises

    . definio de objectivos

    . elaborao do plano de marketing

    pesquisasecundria . pesquisa secundria recolha e tratamento de dados a partir de diversas fontes

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    19/41

    cadernotcnico

    Internacionalizao

    5. Estratgias de expanso

    5.1 Princpios da expanso

    Uma empresa para se expandir tem diferentes possibilidades, usando as variveis que so os produtos, e os clientes.

    Num mercado saturado e para uma empresa industrial,

    produtora, torna-se difcil e sobretudo muito custoso aumentar

    a base de clientes ou o nmero de produtos. Os custos de

    marketing associados so muito elevados. Naturalmente que

    o posicionamento est numa empresa que tem uma base de

    clientes estvel, e com uma linha de produtos estruturada que

    preenche a maioria das necessidades dos seus clientes.

    Aumentar as vendas atravs da entrada num novo mercado,

    considerando este novo mercado como um novo segmento de

    clientes, pode ser, e habitualmente , uma soluo mais fcil e

    menos custosa.

    Pode-se considerar esse segmento um novo distrito, uma

    camada social no atingida ou um novo pas. Os dois motivos

    mais evidentes para facilitar essa entrada so:

    . Nesse segmento escolhido, o nosso produto tem uma

    presena nula, pelo que um crescimento, ainda que pequeno

    sempre possvel;

    . A concorrncia no est preparada nem informada sobre

    a empresa, facilitando a entrada a novos concorrentes.

    Se se admitir este novo segmento como uma expanso da

    empresa na exportao, quais seriam as diferentes estratgias

    a utilizar?

    aumentar

    simultaneamenteprodutose clientes

    aumentar o nodeclientes para osmesmos produtos

    aumentar o nodeprodutos para osmesmos clientes

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    20/41

    Esta ltima fase surge quase naturalmente, aps um perodo s com vendas, como a

    integrao de todo o negcio no pas de destino.

    Os motivos so vrios e prendem-se com diferentes razes:

    . Interessa desviar para um pas com impostos mais baixos a capacidade produtiva;

    . Interessa desviar para um pas com salrios mais baixos a capacidade produtiva;

    . importante ter a fbrica mais perto do mercado de destino dos produtos.

    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    195.2 Fases de exportao

    O modelo clssico de exportao, (seguido pelas empresas

    Japonesas nos anos sessenta como uma regra), passa por 4 fases.

    Desta maneira, qualquer estratgia de expanso para mercados

    externos pode passar por cada uma das diferentes fases.

    neste momento que algumas decises cruciais devem ser tomadas, tais como:

    . Avaliao dos mercados alvo;

    . Definio dos objectivos;

    . Seleco do modo de entrada;

    . Desenho do plano de marketing.

    A empresa decide que vai avanar para mercados externos, e passa fase seguinte.

    Este o passo que vai condicionar todo o futuro da empresa. A escolha apropriada de

    um parceiro comercial (ou at a opo de avanar sem intermedirios), vai determinar

    a rapidez de entrada num determinado mercado.

    Por outro lado, esta fase que vai determinar como e quando se passa s fases seguintes,

    em que condies, etc.

    ausncia de

    actividade de

    exportao

    exportao

    atravs de

    intermedirios

    estabelecimento

    de uma empresade vendas

    estabelecimento

    de actividade

    produtiva

    Nesta fase, com o conhecimento do mercado adquirido, a empresa opta por vender

    directamente atravs de uma empresa local.Com este movimento, procura apresentar solues para alguns dos problemas detectados

    ao longo do tempo, como a proximidade com o mercado, a lngua e os intermedirios.

    5.3 Preparao da expanso

    O primeiro passo deve ser uma anlise profunda das capacidades

    da empresa e dos seus produtos. Imediatamente em seguida, dos

    mercados para onde tenciona exportar.

    Algumas perguntas para iniciar o trabalho so:

    . Qual a dimenso do mercado?

    . Qual a sua taxa de crescimento?

    . Estrutura dos compradores. de fcil acesso aos clientes?

    . Ser fcil a entrada nesse sector?

    . Como so os produtos da concorrncia?

    Por fim, necessrio estabelecer uma estratgia para entrar

    no mercado seleccionado.

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    0

    . problemas ou rupturas tcnicas;

    . torna-se fcil a entrada de novos concorrentes

    e ser copiado pela concorrncia;

    . grandes investimentos em tecnologia.

    . tendncia para impor preos demasiado

    elevados;

    . rpida imitao pela concorrncia;

    . capital muito intensivo.

    . mudana das preferncias dos consumidores;

    . aparecimento de produtos standard,

    canibalizando os produtos da empresa;

    . muitos segmentos diferentes, difceis

    de controlar.

    . polticas de preos baixos;

    . diversidade de oferta;

    . forte concorrncia.

    . vulnervel a ataques da concorrncia;

    . pouca inovao, empresa seguidora;

    . recursos humanos limitados

    . pouco conhecimento da empresa, pelo mercado;

    . produtos pouco conhecidos, inovadores;

    . pouca comunicao sobre os produtos.

    . envelhecimento da gama de produtos;

    . pouca renovao, de mercados e produtos;

    . estrutura de custos acima da mdia do mercado.

    . sem inovao. Copiam o existente;

    . sem investimentos em marketing, seguemos lideres.

    1. custos

    2. diferenciao

    3. focusing

    4. ofensivas

    5. defensivas

    6. estratgias

    para industrias

    emergentes

    7. estratgias para

    empresas maduras

    8. estratgias para

    empresasseguidoras

    . esforo interno, produtivo e comercial.

    . melhorar continuamente o processo;

    . melhorar o produto simples, a sua

    funcionalidade;

    . melhorar o produto alargado, ou seja o servio,

    o aspecto, a embalagem.

    . esforo produtivo para determinados segmentosde mercado.

    . procurar comprar aos melhores fornecedores;

    . baixar os preos;

    . aumentar os gastos em promoes/ publicidade,

    aumentando a visibilidade da empresa;

    . dar servios gratuitos ou mais baratos que a

    concorrncia;. comprar as melhores localizaes

    . introduzir produtos semelhantes concorrncia;

    . financiar clientes e distribuidores.

    aumentar prazos de cobrana;

    . obter contratos exclusivos de distribuio/venda;

    . oferecer formao aos clientes e distribuidores

    . facilitar o acesso ao produto pelos primeiros

    clientes, baixando preos;

    . facilitar o acesso ao produto, aumentando acomunicao, fazendo promoes;

    . investir fortemente na qualidade do produto;

    . procurar novos clientes, em novas reas geogrficas.

    . localizar e abandonar produtos no rentveis;

    . reduzir custos, permanentemente;

    . aumentar vendas nos clientes actuais;

    . diversificar mercados, exportar.

    . apostar na diferenciao;

    . atacar clientes pequenos;

    . atacar os nichos negligenciados pelos grandes;

    . melhorar a imagem: boa qualidade, embalagem,

    melhor servio, baixo preo.

    ESTRATGIA PONTOS FRACOS TCTICA

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    21

    6. Instrumentos de cooperao

    6.1 Enquadramento

    A procura de parceiros externos para alavancar o desenvolvi-

    mento e o crescimento das empresas particularmente impor-

    tante para as PMEs, que dispem de recursos humanos, finan-

    ceiros e tcnicos limitados. Para contornar essas restries,

    deve ser desenvolvida a interactividade no seu ambiente e devem

    ser captados recursos externos. Trata-se aqui de adquirir activos

    complementares e de desenvolver uma estratgia baseada no

    apenas nas suas competncias internas mas tambm na ex-

    plorao de competncias disponveis no seu ambiente externo.

    A alavancagem das competncias internas atravs da interacocom actores externos que detm competncias complementares

    leva necessidade de cooperao e, consequentemente, ao

    desenvolvimento de redes.

    Uma das definies de rede considera-a como um complexo

    de relaes cooperativas que dinamizam a aco de seus agentes

    em torno de objectivos comuns ou complementares. Esta

    definio coloca a cooperao, nas suas variadas formas e para

    as mais diversas finalidades, como o conceito central na formao

    de uma rede.

    Vrias so as abordagens sobre as redes de empresas. Uma

    das mais significativas a abordagem orientada para a estratgia

    de cooperao das empresas.

    A cooperao, neste caso, orientada pela estratgia global

    da empresa, que dita o tipo de relaes que ela manter com

    outras empresas para a obteno de sucesso competitivo. A

    cooperao com outras empresas analisada, portanto, do

    ponto de vista das vantagens competitivas que podero ser

    obtidas, seja em custos de produo, seja noutros objectivosestratgicos. A questo de base, consequentemente, : que tipo

    de cooperao (alianas, acordos, parcerias), com quem e para

    atingir que objectivo(s) estratgico(s)?

    Os objectivos da cooperao devero focar, evidentemente,

    a remoo das deficincias em termos de recursos e competn-

    cias necessrios competio internacional, orientados por

    uma estratgia de internacionalizao.

    6.2 Instrumentos comunitrios

    Aps a introduo do euro foi oferecida s empresas a

    possibilidade de actuarem num mercado mais amplo, aberto e

    competitivo, por isso a Comisso Europeia sempre tratou de

    favorecer a cooperao transnacional entre as empresas, facilitandoo acesso a novos mercados, produtos, tecnologia, clientes, etc.

    Uma forma directa e demasiado arriscada para internacio-

    nalizar as empresas e que cada vez mais utilizada a coope-

    rao ou associao com outras, alternativa que tem a aceitao

    das autoridades comunitrias. Surge assim a Agrupamento

    Europeu de Interesse Econmico (AEIE), que permite a coope-

    rao transfronteiria entre empresas sem obrigao de se

    fundirem ou criar empresas conjuntas. O objectivo destes

    agrupamentos o de fomentar a unio entre empresas para

    obter melhores resultados do que poderiam obter em separado.

    A criao do AEIE fica a dever-se a diversas razes: organizativas,

    financeiras, comerciais, tcnicas, de desenvolvimento, etc. e

    apesar de ser um instrumento jurdico novo e estar formada

    por pelo menos dois scios de dois Estados Membros pode

    originar inconvenientes, como o regime fiscal a aplicar, a aplicao

    da normativa comunitria em matria de concorrncia e a

    dificuldade na redaco do contrato de constituio.

    As AEIE's apresentam numerosas vantagens. Facilitam a

    sada para o mercado europeu, incrementam o volume de

    vendas, potenciam uma maior competitividade, melhoram a

    imagem da empresa e a sua criao favorece a participao em

    programas comunitrios j que muitos deles necessitam que

    os projectos de participao sejam apresentados em conjunto

    com vrios Estados Membros.

    6.2.1 Agrupamento europeu de interesse econmico

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    23/41

    cadernotcnico

    Internacionalizao

    O reforo da competitividade das PME nacionais num

    contexto de globalizao crescente e de concorrncia acrescida,

    passa pela dinamizao da cooperao inter-empresarial como

    forma de aumentar a sua massa crtica e melhorar o seu posi-

    cionamento estratgico no mercado.

    Neste sentido, e no mbito da sua misso, o IAPMEI procura

    estimular a criao de uma rede de competncias susceptvel

    de assegurar a promoo e o apoio qualificado a projectos de

    cooperao em rede e a clubes de fornecedores emergentes.

    A actividade do IAPMEI nesta rea destina-se a ajudar as

    PME a estabelecer contactos de negcios e de relaes de

    cooperao a nvel internacional, designadamente na Unio

    Europeia, de forma a potenciar oportunidades de internacionali-

    zao e de reforo da sua capacidade competitiva.

    Existem, para alm de instrumentos de cooperao comu-

    nitrios, diversas redes de contactos internacionais atravs das

    quais o IAPMEI coloca, ao servio das PME, recursos adicionais

    para identificar parceiros e oportunidades de negcio e coope-

    rao a nvel internacional: Destes destacam-se:

    . AL-INVEST Programa de cooperao industrial e pro-

    moo dos investimentos em favor dos pases da Amrica Latina. Cooperao e desenvolvimento transnacional das PME

    . MEDA Programa no mbito da parceria euro-mediterrnica

    . Programa PHARE

    . Programa TACIS

    . UE-JAPO Centro para Cooperao Industrial

    AL-INVEST

    Programa de cooperao industrial e promoo dos inves-

    timentos em favor dos pases da Amrica Latina

    O Al-Invest foi criado em 1993 pela Comisso europeia, com

    o objectivo de promover a cooperao entre PME da Europa eempresas da Amrica Latina.

    Para implementar o programa foi constituda uma rede de

    operadores da Europa e da Amrica Latina que cooperam na

    organizao de encontros (tambm conhecidos como encontros

    sectoriais) entre empresas, nos dois lados do Atlntico.

    O Al-Invest est aberto a todas as empresas europeias e

    latino americanas. Os empresrios interessados em participar

    de encontros sectoriais devem contactar as organizaes da

    rede de operadores Al-Invest na Europa e na Amrica Latina.

    A rede de operadores econmicos participantes no programa

    constituda por Cmaras de Comrcio, Associaes Profissio-

    nais, Federaes de Industrias, Instituies de Comrcio Exterior,

    Agncias de Desenvolvimento e Consultores Privados.

    O Al-Invest proporciona acordos de distribuio, joint-

    ventures, transferncia da mais avanada tecnologia, ou simples-

    mente informaes imprescindveis sobre o sector que facilitam

    a formao de alianas estratgicas. Durante 4-5 anos, mais de

    6.000 empresas na Europa e na Amrica Latina foram benefici-

    adas com estes contactos. At ao ano 2004, a Comisso co-

    financia cerca de 200 encontros sectoriais para empresas

    europeias e latino-americanas que procurem estabelecer relaes

    comerciais e alianas estratgicas.

    Cooperao e desenvolvimento transnacional das PME

    As empresas, particularmente as PME, so confrontadas com

    o processo acelerado de mudana estrutural, a emergncia da

    economia digital e a intensificao da concorrncia e da globalizao.

    Tendo em vista a dinamizao da cooperao entre empresas

    a nvel internacional, a Direco Geral da Empresa criou uma

    base de dados especfica a Business Partner Search Database

    (http://eic.cec.eu.int/psd/), cujo objectivo promover e dinamizar

    a identificao de potenciais parceiros, visando o estabelecimento

    de parcerias entre PME a nvel internacional, bem como a dis-

    seminao e o intercmbio de informaes sobre oportunidadesde cooperao. Esta base de dados gerida pela DG Empresa

    sendo que, do ponto de vista operacional, o seu funcionamento

    tem por base a actividade de um conjunto de intermedirios

    (agncias pblicas para o desenvolvimento industrial ou regional,

    entidades pblicas, semi-pblicas ou privadas, Cmaras de

    Comrcio e Indstria, Associaes Empresariais, bancos, consul-

    tores, etc.) que, operando em rede, so responsveis pela criao,

    divulgao e intercmbio de informao referente a oportunidades

    de cooperao, informao essa que se apresenta sob a forma

    de perfis de cooperao (Co-operation Profiles / CP).

    Para Portugal, o IAPMEI, cujo interlocutor privilegiado soas empresas, nomeadamente as micro, pequenas e mdias

    empresas, na qualidade de correspondente da rede acima

    descrita, oferece a todas as empresas interessadas em identificar

    parceiros de negcio para o estabelecimento de acordos de

    cooperao a nvel internacional, os servios de assistncia

    necessrios configurao e disseminao dos respectivos

    perfis de cooperao (CP) via Business Partner Search Database.

    MEDA

    Programa no mbito da parceria euro-mediterrnica

    Programa que se destina a incentivar e apoiar a reforma das

    estruturas econmicas e sociais dos parceiros mediterrnicos,

    tendo em vista, nomeadamente, a preparao para o comrcio

    livre com a Comunidade Europeia.

    6.2.2 Cooperao inter-empresas iniciativas comunitrias

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    24/41

    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    23O programa destina-se a contribuir, atravs de determinadas

    medidas, para as iniciativas de interesse comum nas trsvertentes da parceria euro-mediterrnica:

    . reforo da estabilidade poltica e da democracia;

    . criao de uma zona de comrcio livre euro-mediterrnica;

    . desenvolvimento da cooperao econmica e social, em

    funo da dimenso humana e cultural.

    Na execuo dessas medidas de apoio, ter-se- em conta

    o objectivo da estabilidade e prosperidade a longo prazo,

    nomeadamente nos domnios da transio econmica, do

    desenvolvimento econmico e sustentvel e da cooperao

    regional e transfronteiria.As medidas a financiar sero seleccionadas, nomeadamente

    em funo das prioridades e da evoluo das necessidades dos

    beneficirios, da sua capacidade de absoro e dos processos

    efectuados na reforma estrutural. A seleco basear-se- tambm

    numa avaliao do potencial das medidas adoptadas para atingir

    os objectivos de apoio comunitrio, de acordo com as

    disposies dos acordos de cooperao ou de associao.

    Programa PHARE

    O programa PHARE constitui actualmente o principal ins-

    trumento da cooperao financeira e tcnica da Comunidade

    Europeia com os Pases da Europa Central e Oriental (PECO).

    Foi criado em 1989 para apoiar o processo de reforma e a tran-

    sio econmica e poltica na Polnia e na Hungria. Actualmente,

    o programa engloba 14 pases parceiros da regio.

    Na sequncia do Conselho Europeu de Essen de Dezembro

    de 1994, o programa PHARE tornou-se o instrumento financeiro

    da estratgia de pr-adeso que tinha como objectivo a adeso

    final dos dez pases associados da Europa Central Unio Europeia.

    Estes pases so: a Bulgria, a Estnia, a Hungria, a Letnia,

    a Litunia, a Polnia, a Repblica Checa, a Romnia, a Eslovquiae a Eslovnia.

    Alm disso, o programa PHARE ajuda os pases no asso-

    ciados da regio, isto , a Albnia, a Antiga Repblica Jugoslava

    da Macednia e a Bsnia-Herzegovina, no seu processo de

    transio para a democracia e a economia de mercado.

    Na sequncia da publicao da Agenda 2000 e da intensifi-

    cao do processo de alargamento que se lhe seguiu, o programa

    PHARE foi reorientado para a preparao dos pases candidatos

    adeso. As actividades do programa PHARE concentram-se

    doravante em duas prioridades:

    . Ajudar as administraes dos pases candidatos a adquirir

    as capacidades necessrias para aplicar o acervo comunitrio.

    O programa PHARE ajudar igualmente as administraes

    nacionais e regionais e os rgos de regulamentao e de

    controlo dos pases candidatos a familiarizarem-se com os

    objectivos e procedimentos comunitrios.

    . Ajustar a sua indstria e as suas infra-estruturas bsicas

    s normas comunitrias, mobilizando os investimentos

    necessrios. Este esforo ser principalmente consagrado

    aos domnios como o ambiente, os transportes, a indstria,

    a qualidade dos produtos, as condies de trabalho, etc.,

    em que as normas comunitrias so cada vez mais estritas.

    Programa TACIS

    O programa TACIS nasceu do reconhecimento de que as

    iniciativas de reforma econmica tomadas pela Unio Soviticaso importantes para a promoo da paz e da estabilidade na

    Europa e no mundo. Constitui uma iniciativa da Unio Europeia

    destinada a ajudar os Novos Estados Independentes a realizar

    a transio para a economia de mercado e a fortalecer as suas

    sociedades democrticas.

    um Programa que visa estabelecer parcerias e cooperao

    entre as organizaes dos Novos Estados Independentes e os

    membros da Unio Europeia. Estas ligaes devem existir no

    s entre os governos, mas tambm entre organizaes pblicas

    e privadas, bem como entre comunidades e entidades individuais.

    O TACIS o principal programa que garante o fornecimento

    de know-how aos Novos Estados Independentes. Inclui 13 pases:

    Armnia; Azerbaijo; Bielorrssia; Cazaquisto; Gergia;

    Moldvia; Quirguisto; Rssia; Tadiquisto; Turquemenisto;

    Ucrnia; Usbequisto; Monglia.

    O apoio consiste na concesso de financiamento que es-

    timule a troca de conhecimentos e de experincia tcnica

    especializada atravs de parcerias, ligaes mais ou menos

    generalizadas, estabelecidas a todos os nveis da sociedade.

    Os principais sectores prioritrios apoiados so a reestru-

    turao de empresas, a agricultura, as Infra-estruturas, a seg-urana nuclear e meio-ambiente, a reforma da Administrao

    Pblica e os servios sociais e Educao.

    UE-JAPO - Centro para Cooperao Industrial

    Programa no mbito da parceria euro-Japonesa, que se

    destina a incentivar a cooperao industrial entre empresas

    Japonesas e Europeias.

    Tem como objectivos organizar aces de formao e infor-

    mao, com vista a promover uma melhor compreenso das

    prticas de gesto no Japo, assim como aumentar as trocas

    industriais entre ambas as regies.

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

    25/41

    cadernotcnico

    Internacionalizao

    4

    O Programa SISCOOP consubstancia-se em actividades

    operacionais que visam:

    . dinamizar e consolidar um sistema integrado de cooperao

    empresarial;

    . divulgar e assimilar metodologias de suporte aos processos

    de cooperao;

    . contribuir para a diversificao e sistematizao das com-

    petncias ao nvel das entidades facilitadoras dos processos

    de cooperao;

    . induzir a identificao de oportunidades de cooperao e

    o seu desenvolvimento, atravs dos modelos mais adequa-

    dos s necessidades detectadas nos potenciais cooperantes

    (mobilizao trans-sectorial e/ou regional);

    . facilitar o recurso a servios de consultoria e de assistncia

    tcnica;

    . facilitar a articulao com instrumentos de financiamento

    (sistemas de incentivos e outros);

    . criar um sistema de informao abrangente e integrador

    capaz de funcionar como indutor de um relacionamento

    inter-activo entre os diversos agentes do sistema.

    6.3 Programas Nacionais

    COOPERAO EMPRESARIAL - SISCOOP

    A necessidade de potenciar os resultados obtidos e consolidar

    a experincia adquirida com a execuo do Programa de Dinami-

    zao da Cooperao Inter-Empresarial, desenvolvido no mbito

    do PEDIP II, fez com que o IAPMEI conceptualizasse o SISCOOP

    Programa de Reforo e Dinamizao da Cooperao Inter-

    -Empresarial, inserido no Programa de Incentivos Modernizao

    da Economia PRIME.

    O Programa SISCOOP tem como objectivo a dinamizao

    e consolidao de um sistema integrado de promoo da

    cooperao empresarial, por via da consolidao, da divulgao

    e assimilao das metodologias de suporte aos processos de

    cooperao, da diversificao e sistematizao das competncias

    ao nvel das entidades facilitadoras dos processos de cooperao

    e do estmulo s empresas de menor dimenso (e/ou sectores

    especficos) para utilizarem a cooperao empresarial como

    um instrumento de reposicionamento estratgico potencialmente

    indutor de ganhos de competitividade.

    O Programa SISCOOP tem como principais destinatriosas Pequenas e Mdias Empresas (PME), enquanto potenciais

    cooperantes, dos sectores do comrcio, da construo, da

    indstria e dos servios.

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    na globalizao dos mercados o que significa vender o mesmo

    produto, da mesma forma, em todos os mercados em que aempresa esteja presente. Esta perspectiva assenta no princpio

    de que existe homogeneidade das necessidades dos consumi-

    dores, provocada pelo desenvolvimento dos media, com rgos

    de comunicao social verdadeiramente globais, como The

    Economist, o Finantial Times, a MTV e a CNN, e com uma

    verdadeira revoluo nas comunicaes, protagonizada pela

    Internet, que em segundos permite estabelecer contactos entre

    quaisquer pontos da rede.

    A globalizao no se encontra, no entanto, confinada a

    produtos de alta tecnologia, em que a linguagem dos consu-

    midores universal, o que facilita a standardizao. Outroscasos de sucesso fora destas reas surgem cada vez mais,

    baseados na existncia de segmentos de mercado com cara-

    ctersticas de procura semelhantes para o mesmo produto, em

    diferentes pases. Entre estes contam-se as cadeias de fast-food

    americanas, os filmes de Hollywood, os cosmticos, alguns

    produtos txteis, os motociclos e os equipamentos de vdeo e

    audio japoneses. Empresas, como a Levi Strauss, Nike, Revlon,

    Honda e Sogrape, vendem bens relativamente standardizados

    em vrios segmentos de mercado globais, que procuram os

    mesmos produtos para satisfazer as suas necessidades e desejos.A estratgia destas empresas est em procurar encontrar estes

    segmentos, de forma a conseguirem atingir as economias de

    escala de que necessitam para ser competitivas.

    Todavia marketing global e globalizao no significam

    mundializao, ou seja, estar presente em todos os pases do

    mundo. A deciso de entrar ou no em determinados mercados

    externos, depende dos recursos da empresa e das oportunidades

    e ameaas de cada mercado no instante da anlise. O facto de

    empresas, como a IBM e a Coca-Cola, estarem presentes em

    mais de 100 pases, justificado pelo facto de terem iniciado

    a sua internacionalizao nos anos 50 e de ao longo dos anos,terem disposto de recursos e oportunidades que lhes permitiram

    ir entrando sucessivamente em novos mercados.

    Os principais obstculos globalizao so as diferenas

    culturais, os hbitos e padres nacionais e as caractersticas

    socioeconmicas especficas dos vrios pases.

    Uma comparao entre as perspectivas de marketing de

    exportao e marketing global, segundo as componentes tradicionais

    do marketing-mix., encontram-se resumidas no quadro seguinte.

    . Transferir para o estrangeiro a poltica comercial

    interna.

    . Visar o segmento de mercado mais importante.

    . Adaptar os produtos.

    . Conceber uma gama de exportao.

    . Calcular e fixar o preo de venda para exportao.

    . Formar uma fora de vendas.

    . Escolher canais.

    . Dar a conhecer a marca no estrangeiro.

    objectivos

    segmentao

    politica de

    produto

    politica de preo

    politica de

    distribuio

    politica de

    comunicao

    . Conceber uma poltica de marketing global.

    . Procurar segmentos de mercado idnticos

    transpondo as fronteiras.

    . Desenvolver produtos internacionais ou criar

    uma carteira de actividades.

    . Estabelecer uma poltica de preos internacional.

    . Constituir uma rede de distribuio

    internacional.

    . Criar uma imagem internacional homognea.

    MARKETING DE EXPORTAO MARKETING GLOBAL

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernot

    cnico

    Internacionalizao

    27MARKETING GLOCAL

    Este conceito est associado ao marketing global, todaviaem vez da standardizao integral, defende a ideia de que as

    empresas mais bem sucedidas sero as que adaptarem melhor

    os seus produtos e servios, s situaes especficas apresen-

    tadas pelos mercados locais.

    O sucesso das empresas glocais depende de quatro com-

    petncias: capacidade para construir um capital intelectual

    atravs da transmisso de poder e de responsabilizao aos

    colaboradores nos mercados onde actuam (empowerment);

    criao de produtos originais de uma forma contnua com

    capacidade de costumizao s caractersticas apresentadas

    pelos mercados locais; construo e desenvolvimento de umcapital de informao; e desenvolvimento de um capital tico

    atravs da responsabilizao empresarial global e local, isto ,

    a empresa glocal no est ligada a nenhum Estado, mas sim

    comunidade em que se insere.

    O desenvolvimento recente do Marketing Glocal podeexplicar-se pela cada vez maior flexibilizao da produo, que

    reduz a importncia das economias de escala, permitindo limitar

    a dimenso das fbricas, pela melhoria das comunicaes,

    conduzindo a custos de transporte cada vez mais baixos nos

    ltimos anos e pela preocupao em satisfazer as necessidades

    dos clientes. Nesta perspectiva nenhum produto universal.

    As empresas passam a fazer simultaneamente produtos pa-

    dronizados e diferenciados.

    MARKETING INTERNACIONAL Versus

    MARKETING DOMSTICOO marketing domstico est direccionado exclusivamente

    para os mercados do pas de origem da empresa. O marketing

    internacional no mais do que a aplicao de polticas de

    marketing ajustadas aos diferentes mercados-alvo.

    aspectos adicionais do marketing internacional relativamente ao marketing domstico

    . I&D para ir ao encontro das necessidades produto

    . Estabelecimento do preo

    . Preos de promoo

    . Crdito

    . Gesto dos canais

    . Canais paralelos. Countertrade

    . Mensagem

    . Alvos

    . Plano de media

    . Focalizada nos mercados domsticos

    produto

    preo

    distribuio

    comunicao

    organizao

    . Standardizao / adaptao do mercado

    . Ciclo de vida do produto I mercado prprio

    . Aspectos tcnicos prprios

    . Legislao

    . Aspectos culturais

    . Preo de transferncia

    . Adaptao de preos

    . Taxas de cmbio

    . Modo de entrada

    . Adaptaes da mensagem

    . Restries e costumes locais

    . Restries e costumes locais

    . Focalizada nos mercados internacionais: sub-

    sidirias, divises internacionais, etc.

    MARKETING DOMSTICO MARKETING INTERNACIONAL

  • 7/25/2019 Internacional Iza Cao

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    cadernotcnico

    Internacionalizao

    ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO

    INTERNACIONAL DA EMPRESAPodem ser identificadas cinco etapas no desenvolvimento

    de uma empresa, no caminho para o seu processo de interna-

    cionalizao.

    Cada uma delas apresenta diferenas significativas ao nvel

    de estratgia, abordagem do mercado mundial, orientao e

    forma de gesto das diferentes subsidirias.

    A chave do sucesso, em marketing internacional, reside na boa

    adaptao s diferentes formas como estes aspectos se manifestamnos vrios mercados e na capacidade de previso dos acontecimentos.

    Para o sucesso desta adaptao fundamental que o respon-

    svel pelo marketing internacional tenha um conhecimento profundo

    de cada um dos mercados com que est a trabalhar. ainda

    importante que conhea as instituies econmicas internacionais,

    como o FMI (www.fmi.org) e a OCDE (www.ocde.org), bem como

    os acordos comerciais entre naes, como a OMCI (Organizao

    Mundial de Comrcio) (www.wto.org) o NAFTA (www.nafta-sec-

    alena.org), ou o Mercosul entre outros.

    Uma leitura atenta deste quadro permite-nos descortinar que

    a empresa internacional e a domstica tm ambas uma orientao

    de gesto etnocntrica. Relativamente viso do mercado mundial,

    ela varia desde a empresa com orientao domstica, at

    empresa transnacional, que v mercados globais e recursos,

    similitudes e diferenas em cada um dos pases.

    No que respeita ao papel de cada uma das subsidirias, este

    varia profundamente medida que a empresa vai evoluindo no seu

    processo de desenvolvimento internacional. Na empresa interna-

    cional a subsidiria responsvel por adaptar e fortalecer competn-

    cias. Na empresa multinacional compete subsidiria explorar as

    oportunidades locais. Na empresa global, a subsidiria responsvel

    pelo marketing ou pelo aprovisionamento e na empresa transna-

    cional, responsvel pela contribuio das actividades no seu pas,

    para o sucesso global da organizao em que se insere e pela

    partilha das suas experincias com toda a organizao.

    domstico

    pas domstico

    etnocntrica

    localizados no pas

    domstico

    nico pas

    pas domstico

    modelo

    estratgico

    abordagem

    do mercado

    mundial

    orientao de

    gesto

    activos chave

    papel das

    subsidirias

    know-how

    internacional

    coordenao

    prolongamento de

    mercados

    etnocntrica

    em geral

    centralizados.

    por vezes dispersos

    adaptar