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A Escola de Frankfurt Aspectos históricos e teóricos Teoria da Comunicação II - 2015/1

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Page 1: Frankfurt 01   2015:1

A Escola de FrankfurtAspectos históricos e teóricos

Teoria da Comunicação II - 2015/1

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CRONOGRAMA3 aulas

18 de março: introdução aos aspectos históricos e filosóficos dos

pensadores da Escola de Frankfurt/Teoria Crítica da Sociedade;

25 de março: aprofundamento das questões teóricas que são o

legado à dos pensadores frankfurtianos, em especial o conceito de

“Indústria Cultural” e a noção de “cultura como mercadoria", como

proposto por Theodor Adorno e Max Horkheimer;

1 de abril: aula proposta como revisão de todos os conceitos

abordados nas aulas anteriores, com especial atenção para o

conceito de “Indústria Cultural” e para o contexto histórico no qual os

pensadores frankfurtianos estavam inseridos;

8 de abril: PROVA - esta terá valor 10,0 (DEZ) e contará com um

número de questões objetivas e dissertativas (essas com valor maior

e requerendo um desenvolvimento que demonstre a apropriação pelo

aluno dos conceitos, problemática e questões propostas nas três

aulas anteriores).

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Membros da Escola nos anos 1930

❖ Foco era o padrão

contemporâneo e a

sociedade capitalista

❖ Análise da ideologia

fundada nas suas condições

concretas

❖ Crítica do modo socialmente

necessário de produção de

formas de razão, de

percepção e de sensibilidade

PRINCIPAIS PENSADORES:

Theodor Adorno

Max Horkheimer

Herbert Marcuse

Jürgen Habermas

Erich Fromm

Sirgfried Kracauer (proto-frankfurtiano)

Walter Benjamin (proto-frankfurtiano)

Teoria Crítica da Sociedade

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Crítica não significa juízo• Anulação da particularidade

• Sociedade Administrada

• Crítica das ideologias

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• Dialética1 do Esclarecimento2

• A Obra de Arte na Era da

Reprodutibilidade Técnica

• A Cultura como Mercadoria

• Indústria Cultural3

1 Dialética1. Arte de raciocinar com método.2. Lógica.3. Argumentação subtil.4. Argumentação engenhosa, dialogada.

2 Esclarecimento1. Sinônimo para Iluminismo ou “Época das

Luzes”

3 Indústria cultural: veremos na próxima aula

Dialética do Esclarecimento, de

Theodor Adorno e Max

Horkheimer

(1944-1947)

A Obra de Arte na Era de

sua Reprodutibilidade

Técnica

(1936)

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Fundamentação Histórica

O “Comício de Nuremberg”, 1934

TOTENEHRUNG

'

“[Hoje em dia] o aumento da produtividade econômica,

que por um lado produz as condições para um mundo

mais justo, confere por outro lado ao aparelho técnico e

aos grupos sociais que o controlam uma superioridade

imensa sobre o resto da população”

(ADORNO e HORKHMEIMER [1947], 1985, p.14-15)

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Mussolini, 1940s

“Era 1944, a 2a Guerra estava em curso. A

revolução social em que acreditavam

fracassara em todas as partes. Na Europa, a

bárbarie nazista [E FASCISTA] ainda não

terminara, e o socialismo consumira-se no

despotismo burocrático” (RÜDIGER, p.133)

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“A teoria crítica […] quer evitar a função

ideológica das ciências e das disciplinas

setorizadas” (WOLF, p.73)

“Desemprego, crises econômicas, militarismo, terrorismo, a

inteira condição das massas - do mesmo modo como é

experimentada por elas - não se baseia nas poucas

possibilidades técnicas, como podia ser para o passado,

mas nas relações produtivas, não mais adequadas à

situação atual” (HORKHEIMER, 1937, p.267)

Lenin

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Subúrbios Norte-Americanos,

1950s

“Refugiados nos Estados Unidos, os pensadores

do grupo puderam perceber […] que, não obstante

distintas, também nos regimes formalmente

democráticos havia tendências totalitárias”

(RÜDIGER, p.133)

“Nas sociedades capitalistas avançadas,

defenderam, a população é mobilizada a se

engajar nas tarefas necessárias à manutenção do

sistema econômico e social através do consumo

estético massificado […]”

(RÜDIGER, p.133)

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Dialética do Esclarecimento

"Os tempos modernos criaram a idéia de que não

apenas somos seres livres e distintos como podemos

construir uma sociedade capaz de permitir a todos

uma vida justa e realização individual. Noutros termos,

a modernidade concebeu um projeto coletivo cujo

sentido original era libertar o homem das autoridades

míticas e das opressões sociais, ao postular sua

capacidade de autodeterminação"

(RÜDIGER, p.133)

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“Agora que uma parte mínima do tempo de trabalho à

disposição dos donos da sociedade é suficiente para assegurar

a subsistência daqueles que ainda se fazem necessários para o

manejo das máquinas, o resto supérfluo, a massa imensa da

população, é adestrado como uma guarda suplementar do

sistema, a serviço de seus planos grandiosos para o presente e

o futuro. Eles são sustentados como exércitos dos

desempregados. Rebaixados ao nível de simples objetos do

sistema administrativo, que preforma todos os setores da vida

moderna, inclusive a linguagem e a percepção, sua degradação

reflete para eles a necessidade objetiva contra a qual se crêem

impotentes. Na medida em que cresce a capacidade de

eliminar duradouramente toda miséria, cresce também

desmesuradamente a miséria enquanto antítese da potência e

da impotência” (ADORNO e HORKHEIMER, 1985, p.43)

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A proposta que se encontra no centro do pensamento da Teoria

Crítica/Escola de Frankfurt é a avaliação das consequências do pensamento

Iluminista, de emancipação do homem frente às forças mítico/religiosas (o

homem deixa de ser creatura, aquele ser criado por deus a sua imagem e que

tem sua vida, intelectual e moral, pré-determinada por um sentido

transcendental) e de emancipação do próprio homem através de seus próprios

potenciais intelectuais (leia-se: sua capacidade lógico, técnica e artística de

superar as suas condições e de melhorá-las). O projeto, entretanto, é crítico e

por isso mesmo procura as dualidades e paradoxos originados na concepção

desse pensamento e na sua apropriação pela população em geral (em especial

pelas elites políticas e econômicas).

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“Liberdade liderando o Povo”, de Eugène Delacroix, 1830

“Os pensadores

frankfurtianos criticaram a

cultura de massa não

porque ela é popular mas,

sim, porque boa parte

dessa cultura conserva as

marcas das violências e

da exploração a que as

massas tem sido

submetidas desde as

origens da história”

(RÜDIGER, p.144)

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A Era da Reprodutibilidade Técnica

"No início do século XX, a

reprodução técnica tinha

atingido um nível tal que

começara a tornar objecto seu,

não só a totalidade das obras de

arte provenientes de épocas

anteriores, e a submeter os seus

efeitos às modificações mais

profundas, como também a

conquistar o seu próprio lugar

entre os procedimentos

artísticos”

(BENJAMIN, Walter, 1936)

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Modern Times, 1936

“Na época de Homero, a Humanidade oferecia-se em espetáculo aos

deuses olímpicos agora, ela se transforma em espetáculo para si mesma. Sua

auto-alienação atingiu o ponto que lhe permite viver sua própria destruição como

um prazer estético de primeira ordem. Eis a estetização da política, como a pratica

o fascismo. O comunismo responde com a politização da arte” (BENJAMIN, s/p)

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“O capitalismo criara sem querer as condições para uma democratização

da cultura, ao tornar os bens culturais objeto de produção industrial”

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É apenas o produto que se industrializa ou é também o conteúdo?

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BIBLIOGRAFIABENJAMIN, Walter - A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica

http://goo.gl/s8HULADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max - A Dialética do Esclarecimento

http://goo.gl/3Aq0N7pp.57-79

DISPONÍVEIS NO XERÓX DO PRÉDIO 8 - PASTA ANA

CAROLINA ESCOSTEGUY (TEORIAS 2) No. 043

HOHFELDT, Antonio; FRANÇA, Vera Veiga; MARTINO, Luiz C. Teorias da

Comunicação - Conceitos, Escolas e Tendências, 2011.

(APENAS DISPONÍVEL NO XERÓX)

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL:

Introducing the Frankfurt School: Summary - The Work of Art… -

https://frankfurtschool.wordpress.com/2008/02/28/summary-the-work-of-art-in-the-age-

of-mechanical-reproduction/

FERRIS, David. The Cambridge Introduction to Walter Benjamin -

http://www.colorado.edu/humanities/ferris/Content/Texts/Excerpt-Ferris_WB-CUP-

Intro.pdf

Notes on Walter Benjamin’s “The Work of Art…” - https://noppa.aalto.fi/noppa/kurssi/a-

60.3320/materiaali/A-60_3320_walter_benjamin_lecture.pdf

WOLF, Mauro. Teorias das comunicações de massa. São Paulo, Martins Fontes, 2005.

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Dr. Pedro Henrique Reis

Contatos:

[email protected]

• www.slideshare.net/pedrohreis/pre

sentations