entrega numero 59 de la revista de aipral ”la voz”

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LA UNIÓN MÍSTICIA DE CRISTO Y SU IGLESIA.

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ENTREGA NUMERO 54 DE LA REVISTA DE AIPRAL ”LA VOZ” ALIANZA DE IGLESIAS PRESBITERIANAS Y REFORMADAS DE AMERICA LATINA.

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LA UNIÓN MÍSTICIA DE CRISTO Y SU IGLESIA.

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·#Año XXII Nº 059Diciembre 2013

E D I T O RDarío BarolinSecretario [email protected] 1729 - 75100Dolores - Soriano - Uruguay

ISSN Nº 1667-4685

Esta revista se terminó de imprimir en Diciembre de 2013.

Revista de distribución gratuita.

Diseño:Carlos Camp MoralesImpresión:Impresos MoyanoHaedo y Ferreira AldunateMercedes - Soriano

ÍndicePresentación 2A união mística 3Justicia Climática 13Actualidades Reformadas 17Arquitectura Financiera Regional 25Alianza por la justicia 26Instituto Global de Teología 31Mujeres por la Paz 35Credo de la IEPCH 37João Calvino e o Calvinismo 39

PresentaciónComo un entramado de colores e hilos se convierte en la mano de artistas en un bello tejido esperamos que estos colores e hilos diversos que pueblan este nuevo número de La Voz pueda ser convertido por las lectoras y lec-tores en un tejido que abrigue nuevos desafíos para nuestras iglesias siem-pre reformándose en búsqueda de un testimonio claro y contundente de la esperanza que nos viene de nuestro Señor Jesucristo. “La unión mística del cuerpo de Cristo” es una preciosa perla teológica para sustentar nuestro llamado a la comunión y a la construc-ción colectiva de nuestras iglesias. El encuentro en Chile sobre Justicia cli-mática nos marca uno de los temas im-prescindibles que desde nuestra teolo-gía reformada debemos comprender y comprometernos. Lo mismo sucede con el tema de la economía global. A diez años de la confesión de Accra es importante revalidar nuestros es-fuerzos para subrayar la relevancia y pertinencia de este tema en la agenda de nuestras iglesias. Desde el corazón de centroamérica se escucha el can-to porfiado de vida y esperanza con el que el depto de mujeres invita a con-tagiarnos y sumarnos a la misión de justicia de género y paz.Desde Chile también, la Iglesia Evan-gélica Presbiteriana de Chile comparte su teología hecha en forma de un cre-do contextualizado al momento histó-rico que se vivía en aquel país treinta años atrás. Y por sí hubiesen dudas de la relevancia teológica de Juan Cal-vino para nuestro siglo XXI, compar-timos la publicación en portugués del libro Calvino y el Calvinismo.

Darío Barolin.Secretario Ejecutivo.AIPRAL

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A UNIÃOMÍSTICA DE CRISTO

E SUA IGREJA.“Sean uno para que todo el mundo crea” (Juan 17:21). Este esel mandato de nuestro Señor Jesucristo. La unidad no es, sin embargo espontánea. Se necesita de un trabajo continúo e incansable para fortalecer los vínculos que nos unen con las demás iglesias y organismos cristianos. Más aún cuando la riqueza y la diversidad de las manifestacio-nes del Espíritu Santo nos van llevando por caminos distintos y afrontando nuevos desafíos.La Iglesia Presbiteriana Independente do Brasil en su última asamblea aprobó por gran mayoría continuar los vínculos de aparcería establecidos con un buen número de iglesias cristianas, comunidades y organizaciones eclesiásticas. Esto de por sí es una buena noticia digna de compartir. Pero más rico aún es conocer el documento elaborado por la Comissão de Reavaliação das Parcerias da IPI do Brasil que muestra los fundamentos bíblico-teológicos que susten-tan su decisión de continuar y profundizar en su tarea de aparcería.Consideramos que esta profunda reflexión ayudará a muchas iglesias de la familia reformada a fortalecer su llamado a cooperar de diversas maneras para fortalecer el común testimonio en nuestro Señor Jesucristo.Esta comisión fue nombrada por la Asamblea General de San Paulo que sesionó del 13 al 15 de Abril de 2012 y que tenía como tarea la de reflexionar los motivos que fundamentan la existencia de aparecerías con iglesias cristiana, comunidades y organizaciones eclesiásticas.

A Assembleia Geral da IPI do Brasil reunida em 2005, na Primeira IPI de Santo André, SP aprovou docu-mento padrão que estabelece os princípios que conceituam o que nós compreendemos como (parceria). De acordo com este documento padrão, a nossa compreensão de parceria é baseada na oração de nosso Senhor Jesus Cristo, “para que todos sejam um” (Jo 17.21).

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O referido documento preceitua que nosso entendi-mento sobre parceria passa pelo “esforço contínuo de enlaçar nossa diversidade como igrejas espalha-das pelo mundo com o objetivo de edificar o corpo de Jesus Cristo”. Além dessa edificação mútua, há também o entendimento de que uma parceria deva “compartilhar nossas experiências de fé e vida, que nos unem uns aos outros em nossa responsabilida-de pela implantação do Reino de Deus”. Cabe res-saltar que, a despeito de nosso entendimento sobre a necessidade da edificação mútua e da unidade de fé e experiência, o documento reitera nossas di-ferenças, afirmando que estas “não serão usadas para que um tenha poder ou controle sobre o outro”; e mais do que isso, há uma “cláusula pétrea” neste documento que menciona a seguinte constituciona-lidade: “Nossa parceria irá respeitar mutuamente a autonomia de nossas igrejas, bem como suas res-pectivas políticas e estruturas, programas e priori-dades”.Contudo, os mesmos ventos de desconfiança, des-informação e, por vezes, de ignorância que sopra-vam em alguns cantos do arraial presbiteriano inde-pendente, na época de sua filiação aos organismos eclesiásticos acima mencionados, atualmente so-pram quanto ao tema das parcerias com igrejas e organismos evangélicos. Entretanto, talvez possamos pensar que tais ventos de que acima mencionamos estejam atualmente

soprando sobre nós a desconfiança sobre algumas posturas quanto à hermenêutica bíblico-doutrinária adotadas por parte de alguma de nossas igrejas parceiras, ou mesmo tais ventos estejam soprando o questionamento sobre os motivos que nos leva-ram como IPI do Brasil a firmarmos parcerias que, sequer saíram do “papel”. E para dissiparmos todos estes ventos, entendemos que duas tarefas devam ser adotadas por todos nós presbiterianos indepen-dentes.A primeira é a de revisitarmos os nossos documen-tos históricos, detalhadamente, para percebermos o quanto nossa igreja sempre esteve ligada à tra-dição de expandir a sua reflexão e atuação como parte do corpo de Cristo no Brasil e no mundo. A segunda tarefa é a de revisitar para ressignificar sempre o conceito da “união mística de Cristo e sua igreja”. Entendemos que esta segunda tarefa é de extrema relevância pois, não podemos nos limitar ao ingênuo e ideológico conceito de “denominação cristã”, quando na verdade devemos nos debruçar intuitiva e teologicamente sobre a união mística de Cristo e sua igreja. E é sobre esta segunda tarefa que nós, como Comissão Especial, decidimos co-laborar, escrevendo o texto que segue anexo para nossa reflexão como IPI do Brasil, para em seguida, apresentarmos nosso parecer sobre a “Reavaliação das Parcerias”.

A união mística de Cristo e sua igreja“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra an-gular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo

edificados para habitação de Deus no Espírito” (Ef 2.19-22).É certo que onde quer que se escute com reverência a pregação do Evangelho, e não se menosprezam os sacramentos, ali há uma forma de igreja, da qual não se pode duvidar, e nem é lícito menosprezar sua autoridade ou fazer-se omisso frente às suas admoestações, nem contradizer seus concílios, ou esquivar-se de suas correções. Muito menos será lícito apartar-se dela e romper sua união (João Calvino).

A relação entre Cristo e sua igreja é descrita, sobretudo, nas palavras de Jesus registradas em Ma-teus 16.18-19. A união é mística porque está condicionada ao elemento de mistério, sobrenatural, fenomenológico; ou ainda, numa linguagem teológica, podemos falar da ação do Espírito Santo

junto ao coração humano, estabelecendo essa união espiritual entre Deus e seu povo, conforme temos em Romanos 8.16. Karl Barth, nesse sentido, falou da fundação da igreja, iniciada por meio do transbor-damento do Espírito Santo sobre a assembleia do Cenáculo em Dia de Pentecostes. Desse modo, a união mística de Cristo e sua igreja tem seu início entre a Paixão, a Páscoa e o Pentecostes.

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Logo de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas.

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Esta passagem do Evangelho de Mateus é rica em detalhes. Suge-re tanto a união mística de Cristo e sua igreja, bem como a relação institucional. O próprio Jesus anuncia profeticamente que ele mesmo seria o fundamento da igreja ao dizer: “... edificarei a minha igreja”. É exatamente este sentido que encontramos nas palavras do apóstolo Pau-lo: “... sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edifica-dos para habitação de Deus no Espírito” (Ef 2.19-22).

A figura da “pedra” pode ser apli-cada àquilo que chamamos de denominação e toda a sua insti-tucionalização eclesiástica. Con-tudo, é importante dizer que esta figura da pedra, mesmo sendo a sua imagem terrena, humana, eclesiástica, denominacional, não está dissociada de seu as-pecto numinoso e de sua carac-terística espiritual, que estamos definindo como união mística. Conceito semelhante foi adota-do também pelo apóstolo Pedro ao relacionar a união mística de Cristo com a igreja: “... também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa es-piritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sa-crifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1Pe 2.5). O apóstolo Pe-dro usou a metáfora da “pedra” em duplo sentido, ligando-a tanto a Cristo, a pedra angular, quan-to a todos aqueles que creem, constituindo-se “casa espiritual”. Cabe aqui perfeitamente a defi-nição teológica do conceito de união mística, pois há uma con-junção misteriosa entre a exis-tência humana da igreja na terra com a presença espiritual de Cristo sobre ela. É neste sentido que o apóstolo Paulo usou a me-táfora do corpo humano para di-

mensionar a união entre Cristo e a igreja. Trata-se de uma unidade dinâmica, viva, diversa, porém, una, santa, católica e apostólica.

A Teologia da igreja e a Teologia da literatura em hipótese alguma dissociam os conceitos “igreja e corpo”. A metáfora do corpo dá o sentido de entidade viva, dinâmi-ca, multiforme, orgânica e bem ajustada. E, para completar essa bela metáfora, o apóstolo Paulo, brilhante e anatomicamente con-dicionou todo o corpo ao coman-do da cabeça, que é Jesus Cristo (Cl 1.18). Assim como há a me-táfora da pedra e a metáfora do corpo, há também a metáfora da árvore, na qual Cristo é a videira e os seus eleitos são os ramos (Jo 15.5).

Em qualquer uma dessas metá-foras, a ênfase sempre recairá sobre o senhorio de Cristo: Ele é a pedra angular; Ele é a cabeça do corpo; e Ele é a videira. Cristo é o único Senhor da sua igreja. Foi Ele quem se entregou por ela (Ef 5.25). Segundo a passagem de Atos 20.28, Deus comprou a igreja com o seu próprio sangue.

Desse modo, todos nós que es-tamos ligados à igreja de Cristo o somos pelo exclusivo mérito do Christus-Kyrios. Todos nós fo-mos comprados por preço (1Co 6.20). Sendo Cristo o único e le-gítimo Senhor da sua igreja, en-tão fica claramente evidenciada em nosso coração a certeza de que há “somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batis-mo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Ef 4.4-6). O reformador Bullinger, em seu artigo A Quinta Década, falando sobre a universalidade da igreja de Cristo, disse: A igre-ja católica de Deus mora conos-co continuamente de geração a geração, desde o início, e está no presente dispersa por todo o mundo, tanto visível quanto invi-sivelmente; e o povo do Senhor e a casa de Deus continuarão na terra até o final do mundo... pois os testemunhos dos antigos profetas registram que a igreja é perpétua . 3

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Entretanto, movidos por nossas sempre frequentes fraquezas, confundimos com facilidade a união mística de Cristo e sua igreja com aquilo que nós mes-mos definimos por denominação eclesiástica. É verdade que de-nominações podem conter em si mesmas a marca distintiva do Christus-Kyrios. Porém, segundo Gustaf Aulén, corre-se sempre o risco de as denominações histó-ricas perderem sua característica como igreja quando se permitem as divisões; o resultado mais sé-rio dessa tal divisão é a disso-lução e destruição da consciên-cia do ser igreja.

O Novo Testamento conheceu uma só igreja, e esta foi com-prada pelo próprio Deus que nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; Ele é a ca-beça do corpo da igreja. Essa união mística de que fala a teo-logia é dialética e paradoxal, pois

reúne sob a unidade do Espírito a existência visível da igreja com a presença invisível de Cristo. Paul Tillich definiu esse paradoxo da igreja como as ambiguidades da vida em geral, bem como a par-ticipação da Comunidade Santa que é a vida sem ambiguidade . Ou seja, a igreja, ao mesmo tem-po em que é una, santa, católica, apostólica, é também pecadora.

Para Gustaf Aulén, não se pode dizer que a igreja seja livre do pe-cado, se os membros não o são De acordo com Lutero, quando declaramos ser a igreja “santa”, o fazemos por meio da fé na vi-tória de Cristo . Parodiando Lu-tero, dizemos com segurança que a igreja é, ao mesmo tempo, sancta et peccatrix, do mesmo modo que seus membros são si-multaneamente justi et peccato-res. Desse modo, a santidade da igreja não é a santidade externa, hierárquica e institucional, nem consiste no caráter dos membros

de uma sociedade fechada e li-mitada, cuja alegação de “santi-dade” fundamenta-se nas suas próprias qualidades pessoais . É isso que afirmou Tillich ao di-zer que as igrejas são santas por causa da santidade de seu fundamento, o Novo Ser, que está presente nelas. Sua santi-dade não pode ser derivada da santidade de suas instituições, doutrinas, atividades rituais e de-vocionais, ou de seus princípios éticos; tudo isso pertence às am-biguidades da religião .

Na igreja primitiva, alguns pen-savam que a santidade da igre-ja dizia respeito à santidade do povo; e, por essa razão, excluíam da comunhão aqueles que eram culpados por determinados pe-cados, tais como homicídio, adultério e apostasia. Outros ainda diziam que a santidade da igreja dizia respeito à santidade do sacerdócio. Contudo, se a

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“Dos hombres ancianos disputando”, Pintu-ra al óleo de Rembrandt (1628). Se puede ver a los apóstoles Pablo y Pedro discutien-do sobre la inclusión de los no gentiles en la comunidad cristiana.

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santidade da igreja dependesse da santidade do povo ou mesmo dos sacerdotes, sua existência na terra seria totalmente precária Para Santo Agostinho, a santida-de da igreja refere-se tão somen-te ao ato de Deus sobre Jesus Cristo e nunca ao povo .

Nesse sentido, por exemplo, por mais violentas que fossem suas críticas a Roma, Lutero dizia que a Igreja Romana era “santa”, porque nela havia “batismo, sa-cramento, a obra do Evangelho, as Santas Escrituras, os ofícios eclesiásticos, o nome de Cris-to e o nome de Deus” . Usando um trocadilho, Calvino dizia que o ouro no pescoço da prosti-tuta não deixava de ser ouro. Esta afirmação dizia respeito às muitas críticas que fez contra a Igreja Romana. Porém, o que se nota com clareza na teologia dos reformadores é o fato que eles procuraram evitar que suas crí-ticas e contestações agredissem a santidade da igreja; antes, elas apontavam para o governo huma-no, papal, que distanciava cada vez mais a igreja de sua união mística com o Christus-Kyrios. A defesa de João Calvino sobre a universalidade da igreja de Cristo era tão evidente que, ele jamais poderia ter imaginado, como nós vimos hoje, uma sociedade civil sem qualquer compromisso ofi-cial de fé e, muito menos poderia imaginar a communio sanctorum diferenciada denominacional-mente .

Portanto, o que podemos extrair teologicamente do conceito da união mística de Cristo e sua igreja é a certeza de que todos aqueles que são chamados em Cristo o são por meio de sua graça, na ação sensível e convin-cente do Espírito Santo. E todos esses que são chamados são regenerados. É em Cristo, e so-mente nele, que todos nós temos a oportunidade de nos quebrar da oliveira brava e, por sua ma-

ravilhosa graça, ser enxertados na oliveira que tem sua raiz no amor insondável de Deus. Sendo assim, a missão de apresentar a igreja gloriosa e sem mácula perante Deus é única e exclu-sivamente reservada ao Chris-tus-Kyrios.

De acordo com Zuínglio, em seu tratado sobre A verdadeira e a falsa religião (1525), ao anali-sar a igreja de Cristo, destacou que ela não é a hierarquia, mas, sim, o povo cristão . Seguindo o

conselho do apóstolo Paulo, não devemos nos gloriar contra os ra-mos quebrados, pois não somos nós quem sustentamos a raiz, mas é a raiz quem nos sustenta a todos (Rm 11.18). Até porque, como dizia Santo Agostinho, há muitas ovelhas de Cristo fora da igreja, como também há muitos lobos dentro dela . Assim, rei-teramos que a prerrogativa de distinguir as ovelhas dos lobos é unicamente de Deus, o único

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Semana de oración por la unidad de los cristianos.

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Tomado de la Iglesia Evangélica Española.

que conhece aqueles que lhes pertencem (2Tm 2.19).

É preciso dizermos ainda, que não há razão alguma para ali-mentarmos no coração, qual-quer sentimento purista, capaz de levar aos exclusivismos que intentam destruir a unidade da igreja. Calvino chamou de espíri-tos diabólicos todos aqueles que intentam destruir a universalida-de da igreja de Cristo . Evidente-mente, João Calvino não negou o fato de que as congregaciones

eclesiásticas apresentam várias diferenças doutrinárias entre si mesmas; dizia que há igrejas que trazem, em sua natureza, algum tipo de vício ou defeito na doutri-na, ou na maneira de administrar os sacramentos; contudo, isso não é motivo para nos afastar de sua comunhão . Como dizia Cal-vino: Não é possível haver duas ou três igrejas, a menos que Cristo seja despedaçado .

Sobre isso, Tillich afirmou: “Exis-te poder regenerador nas igrejas,

mesmo naquelas que se acham no estado mais miserável. Na medida em que são igrejas e que estão vinculadas pela recepção e reação ao Novo Ser em Jes-us Cristo, a Presença Espiritual atua nelas, e podem ser detec-tados sintomas dessa atuação” . Cabe ainda citar a igreja primiti-va, sobretudo o contexto da sua presença em Jerusalém. Estava longe a ideia de uma igreja ple-namente unívoca em seu sentido cultural, litúrgico e até mesmo teológico. Mas, apesar da diver-sidade, o Novo Testamento só conheceu uma igreja, e esta tem como cabeça o Christus-Kyrios.

Essa diversidade é parte consti-tutiva da única igreja que o Novo Testamento conheceu. Mas se quisermos regressar nosso olhar também para o Antigo Testamen-to, chegaremos à conclusão de que Deus também teve somente um povo, separado para ser san-to e luz do mundo. A escolha de Deus é soberana, não leva em consideração as qualidades hu-manas. A missão da comunidade de fé no Antigo Testamento era a de alcançar todos os povos da terra, conforme Gênesis 12.4; e isto pressupõe diversidade cul-tural, moral, social e até mesmo litúrgica. Esta mesma missão foi dada para a igreja nascente do Novo Testamento (Mt 28.19-20). Vale dizer que a ênfase de Jes-us, na Grande Comissão, é dirigi-da para a multiplicidade de povos (etnos), juntamente com suas di-versidades étnicas. Dois momen-tos significativos que pontuam essa diversidade de que esta-mos falando são o dia de Pen-tecostes, conforme o registro de Atos 2.1-4, bem como o episódio da igreja em oração, conforme Atos 4.23-32. O que nos chama atenção nestas passagens é a diversidade cultural, étnica e até mesmo religiosa. Porém, a diver-sidade cultural, étnica e, propria-mente, a hermenêutica teológica

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se diluem sob o derramamento do Espírito Santo.

É neste contexto que usamos a expressão grega Homothyma-don – que traduzimos como “co-mum acordo”. Só existe comum acordo quando há a unção do Espírito Santo sobre a igreja de Cristo. É isto que encontramos em Atos 4.32: Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava ex-clusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. Essa Presença Espiritual na Comunidade faz com que o indivíduo seja possuí-do pelo ato de fé que transcende todas as condições humanas. É isso que quer dizer a expressão “um só coração e alma”; é isso que chamamos de Homothyma-don – “comum acordo”. Esse é o elemento de êxtase que susten-ta a tese da Presença Espiritual na Comunidade, de que nos fala Paul Tillich; ou, de modo mais simples, é isso que podemos chamar de verdadeira communio sanctorum que elimina todo di-verso em detrimento da unanimi-dade/unidade provinda da ação do Espírito Santo. É isto que fez tremer o lugar onde estava reuni-da a multidão em Atos 4.31. Tudo isso nos faz crer que a igreja de Deus é estabelecida onde o Espí-

rito Santo age. Este sempre foi o propósito do Criador. Certamente por isso é que o apóstolo Paulo afirmou, ao criticar a religiosida-de farisaica do judaísmo, que a verdadeira circuncisão acontece no coração (Rm 2.28-29). Paro-diando o mesmo apóstolo, diría-mos que a verdadeira communio sanctorum acontece no coração e na alma.

João Calvino, falando sobre a universalidade da igreja de Je-sus Cristo, lançou mão de um conceito que ele definiu de “Pon-tos Fundamentais e Pontos Se-cundários”. Para ele, os pontos secundários são aqueles que dizem respeito às peculiaridades das diversas congregaciones eclesiásticas. Já os pontos fun-damentais são aqueles que iden-tificam a religião cristã: Há um só Deus; Jesus Cristo é Deus e é Filho de Deus; a nossa salvação vem somente da misericórdia de Deus . Desse modo, ele defendia que não devemos abandonar por qualquer dissensão uma igre-ja que guarda em sua pureza e perfeição a doutrina principal de nossa salvação e que administra os sacramentos como o Senhor os instituiu .

Inspirados pelas palavras de João Calvino, poderíamos per-

guntar a nós mesmos: Como conviver com os pecados de-clarados de irmãos nossos que vivem na comunhão da igreja de Cristo? Muitas respostas po-deriam ser sugeridas; inclusive algumas dessas respostas já poderiam conter em si mesmas o vírus do pecado humano. Eu-gene Peterson, ao falar sobre a atuação de Cristo na comunida-de, nos sugere algo interessante como tentativa de responder a questão colocada acima. Para Eugene Peterson, todos nós que convivemos em comunidades cristãs, mais cedo ou mais tar-de, iremos nos envolver no ser-viço voluntário, acompanhado de homens e mulheres que nem sempre são do nosso agrado, e alguns até poderão despertar em nós a mais completa antipatia . Talvez seja isso o que mais nos irrita na experiência da vida cristã em comunidade: temos de convi-ver com pessoas das quais nós não gostamos. E talvez seja esse o motivo pelo qual o pós-Refor-ma Protestante desencadeou o surgimento de tantas denomi-nações cristãs.

O perigo disso se mostra na fragi-lidade humana de constituir com tanta facilidade aquilo que con-hecemos como instituição ecle-siástica. A sensação que temos é a de que na instituição eclesiás-tica podemos exercer o jogo do poder. Porém, na comunidade de fé não podemos fazê-lo, pois, só Jesus é o Christus-Kyrios. E, ao contrário de nós, no corpo de Cristo, que é a igreja que nós convivemos, o próprio Chris-tus-Kyrios tem a “mania” de amar as pessoas que nós habitual-mente odiamos. Certamente a resposta de Calvino para a ques-tão que acima colocamos seria a mesma que ele próprio apresen-ta em sua instituição da religião cristã, afirmando: se procuramos corrigir os erros que na igreja nos

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Cruz elaborada para la última asamblea de CLAI en Cuba, Mayo

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desagrada, cumprimos com nos-so dever .

Contudo, não podemos trocar a palavra “corrigir” por “dividir”. Num trocadilho poderíamos di-zer que “corrigir é obrigação” e “dividir é tentação”. Para Cal-vino, condenar a fraqueza dos membros da igreja é uma coisa, mas renunciar à comunhão da igreja por conta disto é outra . Talvez por isso que as palavras que nos identificam como cris-tãos reformados sejam “Refor-ma Protestante”. Haja vista não ter havido uma Reforma e, sim, uma Divisão, vale ressaltarmos sempre que os reformadores não

se viam destituídos – ou mesmo excomungados – da igreja una, santa, católica e apostólica.

A prova disso está fundamentada nas dezenas de páginas contidas no último capítulo das Institutas de João Calvino, apresentando exclusiva defesa da universali-dade da igreja de Cristo na terra; pois, como dizia, não é lícito, em hipótese alguma, separar o que Deus uniu, a saber, que a igreja seja a mãe de todos aqueles de quem Deus é Pai . Assim como é certo dizer que tudo começa na fé, porque o centro é Cristo, assim também é errado afirmar que a igreja pode ser construída

sobre os fundamentos das cre-denciais humanas de fé pessoal ou definida como soma total de todos os verdadeiros fiéis .

Para Calvino, é inútil esperar que a igreja na terra seja purificada completamente. Citando o após-tolo Paulo, Calvino mencionou os variados problemas da igreja de Corinto; apesar do litígio, das contendas, cobiça e ainda o fato de alguns coríntios ridiculariza-rem a doutrina da ressurreição, ainda assim Paulo reconhecia-os como a igreja de Cristo e como communio sanctorum . Os teólo-gos reformados sempre insisti-ram na afirmação da universali-

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Pela Comissão

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dade da igreja, por mais que sua unidade e catolicidade pudes-sem estar comprometidas com doutrina, política e diferenças sociais que separam os cristãos Entretanto, jamais deixaram de confessar o Credo in Ecclesia, sobretudo a afirmação de que a igreja é Una, Santa, Católica e Apostólica.

Palavras semelhantes podem ser encontradas nos escritos de Karl Barth, o mais intenso leitor e intérprete de Calvino. Podemos dizer que Barth constituiu-se au-toridade sobre esse assunto, pois participou com intensidade do movimento que levou à cons-tituição do Conselho Mundial de Igrejas, em 1948, na Holanda, precisamente em Amsterdã. Karl Barth, lutando contra o nazismo, dizia que no projeto político de Hitler, incluía-se a unificação de todas as igrejas protestantes na Alemanha; isto resultou em au-mento de força do partido dos chamados “cristãos alemães”. À medida que a Igreja Evangé-lica se misturava cada vez mais com a força política e anti-semi-ta alemã, os teólogos contrários a tal postura tendiam ao afasta-mento.

Em 1934, Barth e Bultmann assi-naram um protesto contra os ru-mos que a Igreja Evangélica ha-via tomado. Neste mesmo ano, precisamente de 29 a 31 de maio de 1934, o Sínodo Confessional da Igreja Evangélica Alemã re-uniu-se na cidade de Barmen. Faziam-se presentes, ainda, re-presentantes de todas as igrejas confessionais alemãs, reforma-das, luteranas e unida; tratava-se de um concílio livre . Não havia interesse por parte das igrejas confessantes, conforme decla-rado na introdução da Confissão de Barmen, de romperem com a Igreja Unida Alemã; porém, havia o incômodo devido aos rumos to-

mados por causa da influência do Führer na Igreja Unida. Desta re-união sinodal nasceu a chamada Confissão de Barmen, redigida com a colaboração de Barth. A Confissão de Barmen reafirmou dogmaticamente o Credo de que Jesus Cristo é o único Senhor da igreja.

Tudo isso nos convence de que a santidade da igreja só é possí-vel por meio da fé na vitória de Cristo. E nesta união mística de Cristo e sua igreja teremos de li-dar sempre com aquilo que Barth chamou de situação limite entre a ecclesia invisibilis e ecclesia visibilis; ou ainda, nas palavras de Tillich, trata-se da luta cons-tante contra as suas ambiguida-des, intencionando o alcance da Comunidade Espiritual sem am-biguidade. Para Barth:

Nós conhecemos a igreja apenas em seu estado rompido, isto é, apenas a conhecemos na forma da denominação na qual fomos batizados e criados. Existem ou-tras igrejas além da Igreja Refor-mada, nas quais nós devemos reconhecer a única e verdadeira igreja de Jesus Cristo. Existem outras igrejas, em cuja confissão há diferenças, porém reconhece-mos nela nossa própria fé, fazen-do parte da única igreja de Jesus Cristo. Mas, existem outras igre-jas nas quais não somos capazes de reconhecer nossa própria fé e, portanto, não podemos iden-tificá-la como única e verdadeira igreja de Jesus Cristo .

Entretanto, de acordo com o contexto brasileiro, poderíamos dizer que estas possíveis igre-jas de que menciona Karl Barth, com as quais não podemos iden-tificar nossa fé, seriam aquelas que descrevemos como seitas. Segundo Calvino, como dizemos anteriormente, seriam aquelas

que se distanciaram dos pontos fundamentais da religião cristã. Portanto, por um lado, de acor-do com Calvino, reiteramos nos-so dever de corrigir em nossa communio sanctorum tudo aquilo que contradiga os princípios do Evangelho. Mas, por outro lado, também seguindo o conselho de Calvino, devemos ter prudência para não defraudarmos a auto-ridade legítima das congregacio-nes eclesiásticas, em cujo seio Deus quer recolher seus filhos .

Onde estiverem dois ou três reu-nidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mt 18.20).

Rev. Dr. Adilson de Souza Filho (Relator)Rev. Leontino Farias dos Santos

Rev. Osni Messo HonórioRev. Clayton Leal da Silva

Rev. Reginaldo von ZubenRevª Regina Niura Silva do Amaral

Presbº Moacir Benvindo de Carvalho

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Bibliografía

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Encuentro sobre “Justicia Climática, y Agua” con

Enfoque de DDHH. LUGAR DEL ENCUENTRO: Santiago de Chile

Hotel Mercure, Cd. De Santiago.1 a 3 de noviembre 2013

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“DECLARACIÓN DE SANTIAGO”

En el camino que se viene transitando desde AIPRAL, en el marco del programa

de Justicia Climática y Agua, ini-ciado en Guatemala con el tema Agua, un Bien Común con enfo-que de Derechos Humanos, lue-go en San Jose sobre el Cambio Climático y Agua, nos reunimos delegados y delegadas de las iglesias Presbiterianas y Refor-madas; en Santiago de Chile los días 1 al 3 de noviembre de 2013 para continuar este caminar en un espacio de reflexión, análisis y propuestas de acción sobre los temas de Cambio Climático y Agua, Explotación Minera a Cielo Abierto y sus impactos en las comunidades del entorno y la temática de Seguridad y Auto-nomía Alimentaria.Llamados a reflexionar como comunidad de fe, a partir de la relectura que hace Juan Calvino sobre Génesis 2:15 donde dice: "Moisés añade, que la custodia del jardín fue otorgada a Adán para mostrar que poseemos las cosas que Dios ha confiado en nuestras manos, con la condi-ción de contentar nos con un uso

frugal y moderado de ellas, hay que cuidar lo que debe perma-necer. Quien posee un campo, participe de sus frutos anuales sin que el suelo sufra daño por su negligencia; sino que más bien se esfuerce para entregar a quienes lo siguen como lo ha recibido, incluso mejor cultivado. Que se alimente de sus frutos que no disipa por lujo ni permite que se estropee o arruine por su negligencia. Además, que esta economía y esta diligencia, con respecto a los bienes que Dios nos ha dado para disfrutar, pue-dan florecer entre nosotros; que cada uno se considere a sí mis-mo como mayordomo de Dios en todas las cosas que posee. Entonces, no se comportará en forma disoluta, ni corrupto por abusar de las cosas que Dios re-quiere que sean preservadas.”Nos enfrentamos a la problemá-tica de la alimentación (tierra) y el agua, vinculados a la concen-tración y abuso de los recursos naturales.Confrontando esta realidad con la reflexión Bíblica, nos sentimos llamados a comprometernos en

la lucha por la defensa de la vida en todas sus expresiones.Hemos escuchado el testimonio de resistencia de la comunidad en el Valle del Huasco, enfren-tados a la amenaza, alteración y perdida de los recursos vita-les para la vida, principalmente del agua, fuente de vida de toda creación, provocado por la explo-tación minera a cielo abierto.El saqueo de las multinaciona-les, y la conjunta priorización de los gobiernos de responder al mercado global, por encima de los intereses comunes de nues-tros pueblos, atentan claramente contra los recursos naturales, las culturas, y las soberanía alimen-ticia de los y las pobladores de esta tierra.La concentración de los recursos naturales en mano de algunas empresas transnacionales y na-cionales, la marcada tendencia de explotación de la tierra, la apli-cación de la tecnología al servicio de la alteración de los recursos de la creación de Dios, la modifi-cación genética, el monocultivo y el consumo energético de forma

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exagerada; generan reiteradas violaciones a los DDHH y a la dignidad de la vida.

Por lo tanto como comunidad de fe nos sentimos desafiados a:* Tomar conciencia sobre el valor de la vida y de los recursos que Dios nos concedió.* Asumir responsablemente la importancia del cui-dado integral de la creación, desde nuestra tarea comunitaria y celebrativa.* Alimentarnos espiritualmente, desde la relectura de los textos bíblicos que nos hablan de la conce-sión que Dios hace con el ser humano sobre la tie-rra y el mandato de su cuidado.* Llamamos a los lectores\as a estar en alerta frente a los intereses que persiguen los mega emprendi-mientos del agro negocio, la minería, las hidroeléc-tricas y otros que atentan contra los recursos na-turales y las economías regionales. De esta forma tomamos una postura consciente sobre el valor de la vida y una postura solidaria con las poblaciones directamente afectadas.* Declarar el agua como un recurso natural para toda la humanidad, como un derecho humano y un bien común.* La valoración de la vida como centro de todos los esfuerzos ambientales; la promoción de la digni-dad humana, exige nuestra acción y participación colectiva, solidaria y manifiesta hacia las practicas concretas que buscan recuperar los valores ances-trales vinculados al uso cuidadoso y responsable de los recursos dados por Dios.

Entendemos que hay un compromiso que debemos asumir cada uno y cada una desde nuestro lugar con la naturaleza, como parte de ella. Recordamos la presencia y bendición de Dios cuando sabemos dar gracias por la vida en plenitud."Entonces vendrá sobre ti y te alcanzara todas las bendiciones, por haber obedecido a la voz de Yave, tu Dios" Deuteronomio 28:2

Damos gracias a Dios por confrontarnos con estos temas, que nos permite primeramente sensibilizar-nos y solidarizarnos con la lucha de hombres y mu-jeres que viven estas realidades. Y hoy sentimos que Dios nos llama, una vez más, a renovarnos en su Espíritu y confiar nuestra lucha e iniciativa a su cuidado. Que el Dios Padre y Madre de la vida nos cuide y de fuerzas para la lucha por la vida de toda la creación.

Declaración endosada y firmada por los y las par-ticipantes en el Encuentro sobre Cambio Climático y Agua realizado en Santiago de Chile el día 3 de noviembre del 2013.

Agua del rio Huasco com-partida durante la

presentación.

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JUSTICIA CLIMÁTICA Y AGUA.

ENCUENTRO EN SANTIAGO DE CHILE.

En el marco del programa de Justicia Climática y Agua que lleva adelante el Departamento de Justicia y Comunión de AIPRAL nos reunimos en Santiago de Chile los días 1-3 de noviembre del 2013, delega-dos y delegadas de las iglesias Presbiterianas y Reformadas del Cono Sur. Participaron delegaciones

de las iglesias Presbiteriana Independiente, Presbiteriana Unida y Evangélica Congregacional de Brasil, Evangélica Valdense del Río de La Plata, Evangélica del Río de La Plata, Reformadas en Argentina, Pres-biteriana San Andrés, Presbiteriana Independiente de Bolivia, Presbiteriana y Evangélica Presbiteriana de Chile. A esto se sumaron los miembros del comité ejecutivo de AIPRAL provenientes de Puerto Rico, Guatemala y Costa Rica.Una treintena de personas nos convocamos para continuar las reflexiones sobre “Justicia Climática, y Agua” con Enfoque de DDHH y una Nueva Espiritualidad. Este camino fue iniciado en la última asamblea de AIPRAL, Guatemala (Agosto 2011) con el tema “Agua, un Bien Común con enfoque de Derechos Hu-manos,” y tuvo su continuidad en mesoamérica en el encuentro de San José de Costa Rica (Marzo 2013) con la temática sobre el Cambio Climático y Agua.

En esta ocasión recibimos las experiencias y contribuciones de:- El ingeniero Pablo Galeano de la Organización “amigos de la tierra”, (Uruguay) con una presentación sobre “Agroecología, Seguridad y autonomía alimentaria, una asignatura a profundizar como alternativa a la crisis global.”

- El Pastor Manuel Gajardo y las hermanas Clotilde Carvajal y Maria Robles compartieron su lucha y tarea de evangelización llevada adelante por la Iglesia Evangélica Presbiteriana de Chile en el valle de Huasco con la presentación sobre “Agua Fuente de Vida y Espiritualidad” Los impactos de la explotación minera, consecuencias y quiebres del tejido social de la comunidad del Valle del Huasco.

- Sara Larraín Directora Ejecutiva del Programa Chile Sustentable presentó la temática “Cambio Climático y Agua, Impactos humanos, ambientales y socio económicos ¿Cuáles son las vulnerabilidades y que podemos hacer como Comunidades de Fe?

Como comunidades de fe presbiterianas y Reformadas, y reflexionamos y discutimos estos temas a partir de la interpretación que hace Juan Calvino sobre Génesis 2:15 donde dice: “Moisés añade, que la custodia del jardín fue otorgada a Adán para mostrar que poseemos las cosas que Dios ha confiado en nuestras manos, con la condición de contentarnos con un uso frugal y moderado de ellas, hay que cuidar lo que debe permanecer. Quien posee un campo, participe de sus frutos anuales sin que el suelo sufra daño por su negligencia; sino que más bien se esfuerce para entregar a quienes lo siguen como lo ha recibido, incluso mejor cultivado. Que se alimente de sus frutos que no disipa por lujo ni permite que se estropee o arruine por su negligencia. Además, que esta economía y esta diligencia, con respecto a los bienes que Dios nos ha dado para disfrutar, puedan florecer entre nosotros; que cada uno se considere a sí mismo como mayordomo de Dios en todas las cosas que posee. Entonces, no se comportará en forma disoluta, ni corrupto por abusar de las cosas que Dios requiere que sean preservadas.”

El objetivo de nuestro encuentro fue hacer un análisis sobre estos temas y construir propuestas de acción viables para la movilización de las Iglesias desde su fe y compromiso cristiano, en acciones pastorales,

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sociales y políticas sobre los temas de Cambio Climático y Agua, Explotación Minera a Cielo Abierto y sus impactos en las comunidades del entorno y la temática de Seguridad y Autonomía Alimentaria.

Analizamos también la problemática de la seguridad y autonomía alimentaria, vinculadas a la concentra-ción y abuso de los recursos naturales, relacionando esta realidad con la reflexión Bíblica. Como una experiencia vivencial de una de nuestras comunidades ubicada en esa zona, escuchamos su testimonio de la resistencia de la comunidad en la comunidad donde viven las familias en el Valle del Huasco, que nos relataron que están enfrentados a la amenaza, alteración y perdida de los recursos vitales para la vida, principalmente del agua, fuente de vida de toda creación, provocado por la explota-ción minera a cielo abierto, y que ya en estos momentos es una realidad con la desaparición en repetidas ocasiones del Río que los alimenta de agua para las necesidades fundamentales.Nos describieron el saqueo que realizan las multinacionales, en alianza con los gobiernos de turno para responder al mercado global, por encima de los intereses comunes de nuestros pueblos, atentando además y claramente contra los recursos naturales, las culturas, y la soberanía alimenticia de los y las pobladores de esta tierra.

DESAFÍOS PLANTEADOS COMO CONCLUSIÓN DE LOS TRABAJOS DE EXPOSICIONES Y GRU-POS DE TRABAJO:

A. Tomar conciencia sobre el valor de la vida y de los recursos que Dios nos concedió.B. Asumir responsablemente la importancia del cuidado integral de la creación, desde nuestra tarea co-munitaria y celebrativa.C. Alimentarnos espiritualmente, desde la relectura de los textos bíblicos que nos hablan de la concesión que Dios hace con el ser humano sobre la tierra y el mandato de su cuidado.D. Llamar a los lectores\as a estar en alerta frente a los intereses que persiguen los mega emprendimien-tos del agro negocio, la minería, las hidroeléctricas y otros que atentan contra los recursos naturales y las economías regionales. De esta forma tomamos una postura consciente sobre el valor de la vida y una postura solidaria con las poblaciones directamente afectadas.E. Promover la declaración del agua como un recurso natural para toda la humanidad, y como un derecho humano y un bien común.

Justicia climática y Agua, Santiago de Chile, Noviembre 2013.

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“Vayamos donde Dios nos llama”

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afirma el líder de la CMIR.

Los miembros del Comité Ejecutivo de la CMIR comparten un gesto simbólico de la curación y la esperanza en la oración en el Castillo de Elmina - un antiguo sitio de comercio de esclavos en Ghana. (Foto: William Koopmans)

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La Comunión Mundial de Iglesias Reformadas (CMIR) con-cluyó su encuentro anual en mayo con un llamado a seguir el camino que marca Dios. El secretario general de la CMIR, Setri Nyomi, recordó a los 30 miembros del comité la impor-tancia de seguir la voluntad de Dios, aun cuando nos lleve a lugares que están fuera de nuestra “zona de confort”.“Somos llamados a ir donde Dios nos necesita”, declaró Nyomi. “¿Estamos preparados para hacerlo aunque nos re-sulte incómodo?” Nyomi, que es originario de Ghana, pronunció este mensaje durante su predicación el 16 de mayo en el culto de cierre de la reunión del Comité ejecutivo, que se llevó a cabo en la Iglesia Evangélica Presbiteriana en la región de Gran Acra. Fue una liturgia caracterizada por el canto, la danza y el so-nido de los tambores a la que asistieron 200 personas de las congregaciones locales para compartir un momento de alabanza con los miembros del comité. El comité se reunió en Dodowa cerca de Acra, la capital del país, del 7 al 16 de mayo. Las iglesias anfitrionas fueron dos

miembros de la CMIR en ese país: la Iglesia Presbiteriana Evangélica de Ghana (EPCG) y la Iglesia Presbiteriana de Ghana (PCG).El lema de la reunión – “Nuestra visión ecuménica: Quo imus? (¿Hacia dónde vamos?)” – abordó algunos interro-gantes que surgieron en las iglesias miembros y las organizaciones eclesiásticas globales sobre la naturaleza de las relaciones entre la CMIR, el Consejo Mundial de Iglesias y otras organizaciones ecuménicas con sede central en Gi-nebra, tras la reubicación de las oficinas internacionales de la Comunión en Hannover, Alemania, en enero de 2014.Al debatir sobre el tema, la CMIR afirmó su compromiso permanente con el ecumenismo a nivel global y advirtió la necesidad pragmática y constitucional de mantener un es-pacio de oficinas en el Centro Ecuménico en Ginebra. En 2014, el personal de la oficina de Ginebra estará compuesto

ACTUALIDADES REFORMADAS

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Emanuel Tettey: de estudiante de economìa a capacitador en un centro interreligioso y de paz.

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por Páraic Reamonn, Director suplente del Fondo de Coparti-cipación, y Setri Nyomi, Secretario general de la CMIR, quien repartirá su tiempo entre Ginebra y Hannover hasta que su sucesor entre en funciones.El Comité ejecutivo tenía que nombrar al próximo Secreta-rio general durante esta reunión. Sin embargo, en la primera ronda de selección no se logró identificar un candidato para el puesto. Tras la revisión del proceso de reclutamiento lleva-do a cabo en Dodowa, el comité votó convocar al presidente de la CMIR, Jerry Pillay, para ocupar la posición. Pillay solici-tó un tiempo para conversarlo con su iglesia y su familia. Se espera que dé una respuesta a fines de julio.En otro orden de cosas, el comité revisó los planes para la mudanza de las oficinas globales de la CMIR de Ginebra, Suiza a Hannover, Alemania. El objetivo de la reubicación, aprobada por el comité en 2012, es que la organización aho-rre dinero. El ahorro se percibirá en la disminución de los gastos en el personal debido a que el costo de vida en Han-nover es inferior y que se eliminaría la tasa de conversión de cambio entre el Euro y el Franco suizo. Asimismo, la dismi-nución de las pérdidas que se generan por las diferencias entre las tasa de conversión entre el dólar norteamericano y el Euro, en comparación con la del dólar respecto de los francos también redundará en una ahorro para la comunión. El Tesorero general, Johann Weusmann, informó al comité que en 2014 habrá un leve aumento de los costos relacio-nados con el personal debido a superposición entre el que esté ubicado en Ginebra y el que estará en Hannover. Sin embargo, se estima que en 2015 se ahorrará aproximada-mente USD 185.000.Calcular el impacto sobre el ingreso a causa de la reducción de las pérdidas en las tasas de conversión de moneda no es tan sencillo ya que son variables, afirma Nyomi. No obstante, observa que en 2014, la CMIR recibirá el valor total de las donaciones y de las cuotas de los miembros en Euros porque la organización operará en una zona que utiliza esa moneda. En la reunión que se llevó 2012, el Comité ejecutivo tomó conocimiento de que el fondo de reservas estaba prácti-

camente agotado. En 2013, los números muestran que se prevé contar con un fondo de reservas de USD 1.200.000 para fines de este año. Este monto incluye una contribución de USD 400.000 que realizó la Union Evangelischer Kirchen (Unión de Iglesias Evangélicas) de Alemania.El Comité ejecutivo aprobó un presupuesto tentativo para la reubicación de aproximadamente USD 217.000. Los planes para el 2014 que presentó la Oficina de Justicia y Coparticipación al comité contemplan concentrarse en la respuesta de la iglesia a la trata de personas; la promoción de relaciones respetuosas y no violentas entre hombres y mujeres y el trabajo continuo para generar propuestas para lograr un cambio en el sistema económico global. Se esta-bleció un “panel de especialistas” en economía, sociología y teología con el fin de desarrollar principios para lograr un sis-tema más justo y equitativo. Sus propuestas se presentarán ante gobiernos e instituciones financieras.El informe de la Oficina de Teología, Comunión y Misión pre-sentó los planes para la próxima sesión bienal del Global Institute of Theology (GIT) que se llevará a cabo en Costa Rica en 2014. El GIT ofrece un programa intensivo de corto plazo sobre temas relacionados con el ecumenismo global para jóvenes teólogos y ministros recientemente ordenados. Los planes de trabajo de la oficina para el año próximo con-templan una reunión de una red internacional de teólogos en la que se alentará a los teólogos jóvenes a participar en los debates.En el culto de cierre, Pillay agradeció al grupo organizador local por haber recibido al Comité ejecutivo y destacó la parti-cipación de los oficiales ecuménicos de las dos iglesias, Seth Agidi (EPCG) y Solomon Sule Saa (PCG), que estuvieron presentes durante todo el encuentro brindando su apoyo y sus contribuciones programáticas.Asimismo, rindió homenaje a Setri Nyomi que en 2014 con-cluye su mandato de 14 años como Secretario general. En sus palabras, Pillay destacó el compromiso del teólogo gha-nés con la justicia social tanto en África como en el mundo, y sus contribuciones a la iglesia a nivel mundial.

Emanuel Tettey estudió economía en la universidad, pero en la actualidad trabaja en un centro interreligioso dirigido por la iglesia y en un programa de paz para jóvenes. Ambas iniciativas pertenecen a la Iglesia Presbiteriana de Ghana (PCG), una de las dos iglesias miembros de la Comunión Mundial de Iglesias Reforma-das (CMIR) de ese país.La transición de estudiante a trabajador de la iglesia comenzó en 2010 cuando aceptó un ofrecimiento para trabajar seis meses como joven ecuménico voluntario en Baden, Alemania, en el marco de un programa organizado por la Misión Evan-gélica en Solidaridad (Evangelical Mission in Solidarity -EMS). Cuando volvió de Alemania, tenía que cumplir el servicio nacional obligatorio que los jóvenes gha-neses deben realizar. Él eligió trabajar con Solomon Sule Saa, que dirige el Centro Interreligioso de la PCG y el Programa de paz para jóvenes. Su año de servicio comenzó en octubre de 2010 y ya se extendió casi tres años. En este tiempo, Tettey participó como ujier en la Convocatoria Ecuménica Inter-nacional por la Paz del Consejo Mundial de Iglesias, que se llevó a cabo en 2011 en Jamaica. Fue aquella experiencia la que captó la atención de la CMIR. Re-cientemente, se desempeñó como líder de los ujieres para la reunión del Comité ejecutivo de la CMIR que se llevó a cabo en Dodowa, Ghana. Su función en esa ocasión era colaborar con Ida Milli, asistente administrativa principal de la CMIR, para capacitar a los 7 ujieres y organizar sus horarios durante los 12 días que duró

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el encuentro. Tettey sorprendió a los lí-deres de la CMIR por su capacidad de mantener la calma y la concentración, y encontrar soluciones a las complejas y cambiantes necesidades de un grupo de 60 personas provenientes de más de 20 países.

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Se otorga el Premio Lombard al ensayo teológico ganador sobre el concepto de “paraíso” para celebrar el Día Mundial del Medioambiente.

Victor Audu, los estudios en el Colegio de Teología del Norte de Nigeria (Foto: Cortesía de Audu)

Maria Elisabeth Voorwinden, un estudiante holan-dés se matriculó en el Instituto Protestante de Théo-logie en Montpellier, Francia (Foto: Voorwinden)

Un estudiante de teología nigeriano re-cibió el Premio Lombard 2013 por su ensayo sobre cómo afecta el concepto bíblico de “paraíso” las actitudes con-temporáneas frente a los recursos hu-manos y naturales de la tierra. Victor Audu, que estudia en el Theo-logical College del norte de Nigeria, recibió USD 600 por su ensayo en el que examina cómo las ideas de pa-raíso pueden servir como fuente de inspiración para la renovación de las estructuras sociales y económicas de la sociedad global.Los resultados del concurso fueron anunciados el 5 de junio por la Secre-taría General de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas (CMIR) para celebrar del Día Mundial de Medioam-biente. Audu, miembro de la Iglesia Re-formada de Cristo en Nigeria, escribió que el concepto de paraíso contenido en los primeros capítulos del Génesis puede conceptualizarse como “la clave para construir estructuras económicas y sociales que podrían servir como modelo inspirador para una sociedad justa”.El premio de USD 400 fue para María Elisabeth Voorwinden, una estudiante holandesa del Institut Protestant de Théologie de Montpellier, Francia, que es miembro de la Protestantste Kerk en Holanda y de la Église Protestante Unie de Francia. La joven presentó un ensayo intitulado “L’homme économe, le créateur créé et décentré” (El hom-

bre económico: creador creado y des-centrado)Además de los premios en efectivo, ambos ganadores recibirán becas para participar del Global Institute of Theo-logy (GIT) de la CMIR que se llevará a cabo en Costa Rica en julio de 2014.El concurso está destinado a estudian-tes de teología o pastores hasta 35 años. Se recibieron ensayos de India, Indonesia, Nigeria, el Reino Unido, Ca-merún y Holanda. El Secretario ejecutivo de Teología y Comunión de la CMIR, Douwe Visser, afirma: “Es significativo que se anun-cien estos premios en relación con el Día Mundial del Medioambiente por-que el tema del paraíso es un concepto bíblico con profundas raíces en nues-tro ambiente natural”.

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Los años que pasó junto a la PCG fueron muy productivos. En el Centro Interreligioso, Emmanuel se dedica a planificar y organizar seminarios y conferencias para diálogos desti-nados a satisfacer las necesidades de una amplia gama de grupos dentro de las comunidades musulmanas y cristianas. En la actualidad se está empezando a debatir la posibilidad de desarrollar estos programas para cristianos y miembros de la religión tradicional de Ghana (los espiritualistas).Los matrimonios entre cristianos y musulmanes constituyen el foco del estudio que conduce actualmente la PCG. Este tipo de uniones es común en el norte. La iglesia está realizando estudios acerca de la percepción de las personas de la región al respecto. El objetivo es documentar experien-cias de matrimonios interreligiosos en las que poder basar un manual para pastores y ministros que deben aconsejar a parejas jóvenes que están considerando casarse con per-sonas de otra religión y a quienes ya están casados y tienen dificultades en este aspecto. Capacitar a los jóvenes para que sean agentes de paz es otro de los componentes principales del trabajo de Tettey. Emmanuel cita como ejemplo un proyecto patrocinado por la EMS que capacitaba a jóvenes del norte en la resolución

pacífica de conflictos durante un período anterior a las elec-ciones de diciembre de 2012 en Ghana. Asimismo, hay una creciente red de Clubes de Paz en parroquias y escuelas que pertenecen a las iglesias. Los miembros de los clubes aprenden a promover una “cultura de paz” en sus escuelas y barrios. El programa se propone expandirse al sistema de escuelas estatales. Los estudiantes de secundaria que se unen a los Clubes de Paz reciben charlas y ensayos sobre la paz y tienen la oportunidad de aprender mediante ejerci-cios de role-playing. Se le solicitó a Legon, un profesor de la Escuela de arte dramática de la Universidad Ghana, que ayudara a preparar animaciones para utilizar en el programa.El director de Emmanuel, Saa, considera que los jóvenes son “soldados de infantería que tratan de prevenir los esfuerzos de movilización por la violencia”. Saa cree que son ellos los que pueden convencer a sus pares de que existe una mejor forma de resolver los conflictos sin recurrir a la violencia. Si los jóvenes del norte del Ghana no se adueñan del mensaje, “ellos serán los más perjudicados”, afirma. “Tienen el futuro por delante. Si lo destruyen, no conseguirán trabajo. Es im-portante para ellos tener un país estable. Cuando un país está en paz hay desarrollo y trabajo”.

Se le solicitó a los participantes que reflexionen sobre el concepto bíblico de “paraíso” según se desarrolla en los primeros capítulos del libro de Géne-sis. El concepto de paraíso como un tiempo y un lugar en el que todas las formas de vida prosperaban en armo-nía sirvió a las iglesias de tradición Re-formada como modelo para construir las estructuras sociales y económicas de la sociedad. Los trabajos presentados fueron eva-luados en base a la presentación de cuestiones relacionadas con la con-signa planteada y por su reflexión teo-lógica respecto de esos temas. Los miembros del jurado para los ensayos escritos en inglés fueron Jason

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La trata de personas será el centro de la campaña de Pascua 2014.

La consulta sobre la trata de personas internacional de personas que se realizó en Cuba concluyó con un llama-do a realizar una campaña para generar conciencia en las iglesias respecto de la escala, las causas y el impacto de este problema. El plan es lanzar campañas de concien-tización durante Pascua de 2014 para llamar la atención sobre este tema.“No hay ninguna región que pueda decir que este asunto no le concierne”, afirma la organizadora, Dora Arce-Va-lentín. “Durante la consulta nos dimos cuenta de que, sin saberlo, nosotros mismos podemos convertirnos en cómplices en el tráfico ilegal. Sin ir más lejos, la persona que nos ayuda en casa o un donante de órganos para un trasplante pueden ser víctimas de la trata de personas”.Veinticinco participantes de 17 países se reunieron en el Seminario teológico de Matanzas para una consulta que duró 3 días, del 18 al 20 de marzo. La mayoría pertene-cen a las dos redes de justicia de la CMIR: una que está trabaja sobre la igualdad de género y la otra que se dedi-ca a temas relacionados con la economía y el medioam-biente. La consulta realizada en Cuba fue convocada para que la CMIR proponga una estrategia de respuesta a una cuestión que, según afirma Arce-Valentín, está pro-fundamente conectada con temas económicos, ecológi-cos y de género.Arce-Valentín dirige la Oficina de Justicia y Coparticipa-ción de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas (CMIR) en Ginebra, Suiza. La organización es conoci-

da por su compromiso con la justicia de género, con la protección del medioambiente y con la necesidad de re-formar los sistemas económicos. El programa de justicia de la CMIR tiene el apoyo del Consejo Mundial para la Misión y de la región europea de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas.El programa contó con el aporte de Ryan Smith de la Oficina de las Naciones Unidas en Nueva York auspicia-do por la CMIR y la Iglesia Presbiteriana de los Estados Unidos, quien brindó a los participantes un panorama del alcance global del problema y de lo que se hizo en algu-nos países para proporcionar un marco legislativo para reducir la actividad ilegal. Aiesha John, un abogado que trabaja en asuntos relacio-nados con la trata de personas en el Consejo de Iglesias de Granada, explicó los desafíos que enfrentó la región respecto de este problema y las respuestas a las que se llegó. Los participantes completaron el panorama com-partiendo la situación en sus respectivas regiones.En respuesta, las dos redes de justicia de la CMIR acor-daron cooperar en una estrategia de acción conjunta. Entre las propuestas se incluye una campaña que se rea-lizará durante Pascua de 2014 para generar conciencia entre las iglesias miembros de la CMIR, alentar la soli-daridad mediante actividades anti-trata que ya están en marcha a nivel local, regional y global, y brindar una base sólida para la acción.

Hay planes para lanzar una campaña de sensibilización durante la Cuaresma 2014 (Foto: We Will Speak Out)

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Goroncy (Nueva Zelanda), Christopher Dorn (E.E.U.U.), Vi-ktoria Koczian (Hungría) y Douwe Visser (Holanda). Por su parte, Liz Vuadi Vibila (Congo) y Visser revisaron los trabajos presentados en francés.El premio recibe su nombre en honor al fallecido Georges Lombard, banquero de Ginebra que sirvió como Tesorero general de la Alianza Reformada Mundial (una de las orga-nizaciones fundadoras de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas) desde 1948 hasta 1970. La CMIR es la encar-gada de coordinar el concurso en nombre del Comité del premio Lombard. La última vez que se otorgó este premio fue en 2009.

Visser, que dirige la oficina que administra el concurso por cuenta del Secretario General, señaló: “Felicitamos a los ganadores y agradecemos a Lombard Darier Hentsch Bank por hacer posible este concurso”.

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“Somos personas de fe y queremos crear herramientas teológicas que nos ayuden a comprender por qué tene-mos que tomar una postura en contra de la trata de perso-nas”, señaló Arce-Valentín. “La declaración sobre los de-rechos económicos, humanos y ambientales de la CMIR llamada ‘Confesión de Accra’ brinda una sólida base para esta reflexión teológica”.La idea es que las redes de justicia social de la CMIR trabajen en estrecha colaboración con la oficina de teo-

logía de la organización para crear una página web con recursos para Pascua 2014 que incluya liturgias, estudios bíblicos, videos y enlaces a materiales ya existentes. “Quisiéramos comenzar con un concurso, invitando a los jóvenes de nuestras iglesias miembros a crear un logo para la campaña anti-trata”, explicó Arce-Valentín.Las propuestas de las redes fueron presentadas ante el Comité Ejecutivo de la CMIR en la reunión que tuvo lugar en mayo en Dodowa, Ghana.

Hong-tiong Lyim: capacitando gente para la misión y para la transformación social.

Hong Tiong Lim trae compromiso con la for-mación y crecimiento de la iglesia a su nuevo rol (Foto: cmdc / Greenaway)

Era una tarde cálida de principios de abril. Hong-tiong Lyim se sentó en una terraza a la sombra de la montaña sa-grada de los Paiwan en el condado taiwanés de Ping-Tung y habló de los planes que tiene para la Iglesia Pres-biteriana de Taiwán cuando asuma el puesto de secretario general en julio. En una extensa entrevista que le rea-lizaron en su región natal, Lyim señaló cuáles son sus prioridades. La capacitación para la misión será una de las características principales de su trabajo como Secretario general. Es plenamente consciente de que los cristianos son una minoría en Taiwán y señala que su función será ayudar a la iglesia a crear programas que de-muestren que “Jesús ama a todos los taiwaneses del mismo modo que a los demás pueblos del mundo”. La cues-tión, afirma, es cómo ser “una minoría creativa en la iglesia Reformada tra-dicional y transformar la expresión de nuestra fe”.Lyim, que es el 7mo Secretario gene-ral, asumirá el liderazgo de una iglesia que, gracias a su posición profética sobre temas humanitarios y de justicia ecológica, se ganó tanto el desprecio de los sucesivos gobiernos taiwaneses como el respeto de la Comunión Mun-dial de Iglesias Reformadas, de la que la PCT es miembro. Lyim reemplazará a Te-Chien (Andrew) Chang con quien trabajó como Secretario general adjun-

to en 2005.Su intención es continuar apoyando los programas de capacitación que comenzaron cuando era Secretario general adjunto, y concentrarse en buscar formas de ser discípulos en un país en que los budistas y los taoís-tas constituyen los principales grupos religiosos. El pastor ordenado recibió amplia capacitación en la identifica-ción y organización de respuestas para necesidades sociales. Participó de los cursos ecuménicos de formación de líderes sobre misión urbana-rural, dise-ño creativo de programas y resolución de conflictos en Alemania, Canadá y los Estados Unidos.Su principal prioridad como Secretario general será el plan de la iglesia para aumentar la membresía mediante el movimiento “One-leads-One,New Dou-bling” (Uno trae a otro, nueva multipli-cación). El programa de crecimiento de la iglesia se basa en un proceso de cuatro pasos destinado a atraer nue-vos miembros que no son cristianos. Para ello, se publicó un extenso mate-rial que ayuda a llegar a la población de cultura china del país. Es único en Asia y las iglesias de habla china de Singapur, Malasia y Hong Kong ya lo están pidiendo. Próximamente, Lyim tiene planificado desarrollar recursos adecuados para llegar a las 14 tribus indígenas de Taiwán. Espera que el programa continúe hasta el año 2020. Además, en 2015 la PCT celebrará su 150 aniversario. La segunda prioridad del recientemen-te elegido Secretario General es resol-ver las tensiones internas de la iglesia. Resulta irónico que gran parte de la tensión se deba al éxito de la PCT en la creación de hospitales, escuelas y otros servicios sociales. A medida que estas misiones tradicionales de la igle-sia fueron adquiriendo un sentido más comercial, se suscitaron problemas relacionados con el poder que llevaron

a conflictos. La intención de Lyim es resolver estas tensiones recurriendo a programas que inició cuando fue secre-tario general adjunto. Programas como “tecnología de espacio abierto” [Open Space Technology] y “tercero neutral” [Third Party Neutral] están diseñados para incentivar el pensamiento creati-vo y facilitar la resolución de conflictos. La tercera prioridad de Lyim no sor-prenderá a quienes conozcan su com-promiso con su país y con los derechos humanos. Está decidido a seguir mani-festándose por el derecho de Taiwán a la autodeterminación. Lyim quiere que la gente de su país reconozca, respete y reclame su identidad. Es la única for-ma en que podrán asegurarse de que sus derechos humanos se respeten, afirma. El apasionado defensor de la justicia conoce la historia de su país, que fue colonia holandesa, china y ja-ponesa, y cree fervientemente que es momento de que Taiwán decida sobre su propio futuro.La instalación oficial de Lyim como Secretario general tuvo lugar duran-te la Asamblea General Anual de la PCT que se llevó a cabo del 9 al 12 de abril en Taipéi, la capital de Taiwán. En esa ocasión, Lyim dijo a Presbyterian Church News que ser Secretario gene-ral de la PCT es un llamado y un nuevo capítulo en su vida, y que es conscien-te de que enfrentará muchos desafíos en el futuro. Instó a los miembros de la iglesia a trabajar juntos para poder llevar a cabo la tarea que Dios les en-comendó: “Practicar la justicia, amar la misericordia, y humillarte ante tu Dios”.

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El seminario de Tainan prepara a sus estudiantes para un ministerio contextual Tal vez resulte simbólico que el primer seminario cristiano en Taiwán esté ubicado junto al primer templo budista del país. La facultad y seminario teológico de Tainan encuentra ins-piración en el contexto mismo en el que los estudiantes se preparan para el ministerio. Los cursos sobre religiones comparadas son parte funda-mental del plan de estudios. En este país predominantemen-te budista, los cristianos son minoría. Aquí, como en muchos otros lugares del mundo, los cristianos enfrentan además el desafío de vivir en una sociedad que es cada vez más secu-lar. Establecer buenas relaciones con los vecinos budistas y con los que no profesan ninguna religión es una habilidad esencial que los 198 estudiantes del seminario deben desa-rrollar. El presidente del seminario, Wong Chong-giau, considera que, para poder trabajar en una comunidad, los estudiantes necesitan conocer la forma en que piensan y las preocupa-ciones que tienen las personas que profesan otras religiones.

“Es probable que la mayoría de las personas con las que los miembros de una comunidad tienen relación no sean cris-tianos. El pastor debe ser capaz de identificarse con ellos”, observa.El seminario en la ciudad sureña de Tainan es uno de los tres que dirige la Iglesia Presbiteriana de Taiwán (PCT). Los otros son la Facultad y Seminario Teológico de Taiwán, el Semi-nario de Taipéi, capital del país, y la Facultad de Teología de Yu-Shan y el Seminario de Hualien.Conversando con Wong y varios profesores en una reciente visita a Taiwán, Reformed Communiqué pudo comprobar que la inspiración del fundador del seminario, Shoki Coe, sigue vigente en el plan de estudios actual. El ministro y teólogo presbiteriano Coe fue uno de los líderes del movimiento que reclamaba que los chinos respetaran del idioma y de la cultura del Taiwán a principios del siglo XX.

Yvette Noble-Bloomfield: Moderador electo de la Iglesia Unida de Jamaica y las Islas Caimán se enfrenta a los medios de comunicación en Elmina castillo de esclavos de Ghana (Foto: cmdc / Greenaway)

La iglesia del Caribe nombra a una moderadora mujer por segunda vez.La nueva moderadora de la Iglesia Unida de Jamaica y las Islas Caimán es una terapeuta comprometida con la tarea de brindar apoyo a los pastores de su iglesia y sus familias. Además, es una de las líderes del movimiento de la iglesia Reformada global. Desde su instalación como moderadora el 16 de abril en el culto que se realizó en St. Mary, Jamaica, Yvette Noble-Bloom-field agrega a su lista de logros ser la primera persona de las Islas Caimán en haber sido elegida para ese puesto y la segunda mujer. En la actualidad, Noble-Bloomfield se desempeña como vicepresidente de la región de América del Norte y el Caribe de la CMIR y moderadora del Grupo de Comunicación del Comité Ejecuti-vo. Posee un Master en divinidad del Seminario Teológico Colombia en De-catur, Georgia, Estados Unidos y fue ordenada al ministerio en julio de 1984, tras estudiar teología en la Universidad de West Indies en Jamaica. En una entrevista que concedió en junio a Reformed Communiqué des-de su casa en las Islas Caimán, No-ble-Bloomfield expresó sus prioridades para el período que durará su manda-to. El cargo sólo puede renovarse una vez.Como era de esperar, una de las prin-cipales prioridades de la pastora/tera-peuta es brindar cuidado pastoral a los presbíteros y sus familias, lograr que los pastores sean más conscientes de su vocación, y reubicar o “volver a equipar” a quienes sienten que su vocación o sus talentos no se ajustan al contexto en el que ejercen el minis-terio. Noble-Bloomfield también habló de la

calidad del culto en las iglesias como una de sus preocupaciones centrales y manifestó que quiere que su iglesia garantice que haya “un culto de vida en todas las congregaciones cada do-mingo”.Respecto de su compromiso con el ecumenismo global y su actual cargo

de vicepresidente de la CMIR, No-ble-Bloomfield afirma que, como mode-radora de su iglesia, buscará aumentar la visibilidad de la Comunión Reforma-da en su denominación. “Quiero asegurarme de que la iglesia sepa lo que significa ser Reformado y formar parte del movimiento global de la iglesia, y que siga la agenda que propone la CMIR” señala.Noble-Bloomfield subrayó que una parte fundamental del proceso de toma de conciencia implica darle la oportuni-dad a los jóvenes y a los seminaristas recién recibidos de participar en los

acontecimientos ecuménicos a nivel regional y global. Dado que los puestos que le han ofrecido últimamente tienen perfil cada vez más alto y con mayor visibilidad en los círculos ecuménicos globales, Noble-Bloomfield es cons-ciente de la importancia de utilizar su experiencia para preparar a la próxima generación de líderes.“Nosotros, los líderes ecuménicos es-tablecidos, somos responsables de preparar a los ministros jóvenes para que nos reemplacen a nivel global”, dice. “Esto significa incluirlos en los consejos nacionales de la iglesia, en el Consejo de Iglesias del Caribe, en el Consejo para la Misión Mundial y en la CMIR”. Noble-Bloomfield busca transmitir el lema de su iglesia L.I.F.E. [VIDA] (en inglés Libertad, Integridad, Fe y Mayor-domía ambiental) al foro público. Seña-la con orgullo la “increíble respuesta” que recibió la iglesia durante las re-cientes elecciones nacionales en las Islas Caimán cuando propuso orar por los candidatos de todos los partidos y los invitó a participar del culto. Cua-renta de los 56 candidatos asistieron al culto previo a las elecciones que se llevó a cabo en George Town, la capital del país, el 19 de mayo. “La iglesia está recuperando su voz profética de autoridad en las Islas Cai-mán”, señala.La preocupación por el bienestar de los individuos, la iglesia y el estado sin duda será el sello distintivo del man-dato de Noble-Bloomfield en la CMIR y en su denominación. Su profunda fe, su experiencia ecuménica y la voluntad de invertir tiempo y esfuerzo para satis-facer las necesidades de las personas con las que trabaja y a las que sirve la acompañarán en esta tarea.

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La PCT sigue siendo una fuerza líder en el movimiento por el reconocimiento del derecho de los taiwaneses a decidir su propio futuro político, hablar su propio idioma (incluidas las lenguas aborígenes) y proteger los recursos naturales de país de la explotación de empresas extranjeras. En la actualidad, el seminario de Tainan hace hincapié en el estudio y el uso del idioma taiwanés. Lim, al igual que otros profesores, considera que el idioma es la clave para preser-var la identidad y la historia. Sin ir más lejos, uno de los do-centes enseña historia de la PCT en una universidad secular para “apuntalar” los esfuerzos y evitar la pérdida del idioma y la identidad. Los estudiantes del seminario se preparan para ejercer sus nombramientos en las distintas comunidades o para trabajar en la misión. Algunos, que llegan al ministerio como segunda o tercera carrera, pueden asumir ministerios especiales en

escuelas, bancos u hospitales. El seminario de Tainan tam-bién prepara a los estudiantes para desempeñarse en mi-siones en la frontera con peones, campesinos, comunidades indígenas y obreros. Además, el seminario brinda clases en inglés para estu-diantes internacionales financiadas por las becas del Con-sejo para la Misión Mundial. Los estudiantes internacionales provienen de la región del Pacífico, de África y del Sudeste Asiático. El programa de extensión del seminario incluye un Master en Arte en Misión que se ofrece a los más de 50 laicos que tra-bajan como enfermeros, empleados y médicos en el Hospital Cristiano Chang Hua. El lema del seminario, Juan 15:16: “yo los escogí a ustedes y los comisioné para que vayan y den fruto”, resulta una ade-cuada descripción de su enfoque educativo.

Teólogas feministas de Corea del Sur reciben un premio de parte de las líderes de la Iglesia suiza.Una asociación de teólogas feministas de Corea del Sur recibió un premio de parte de las líderes de la Iglesia Pro-testante Suiza por su transformador trabajo de apoyo al rol de las mujeres en posiciones de liderazgo en las igle-sias coreanas.En una ceremonia que se llevó a cabo Suiza el 10 de marzo, las representantes de la Asociación Coreana de Mujeres Teólogas (KAWT, por sus siglas en inglés) reci-bieron el premio Sylvia Michel. Este premio distingue a organizaciones e individuos que promueven a la mujer como líder de la iglesia. La presidenta de la KAWT, Hee Soo Kang, y la directora ejecutiva de la asociación, Nan Hee Lee, asistieron a la ceremonia en representación de la asociación. Su fundadora, la teóloga Soon Kyung Park (89), no estaba en condiciones de realizar el viaje desde Seúl, Corea.Kang, que es pastora de una comunidad y candidata al doctorado afirmó que el premio implica una confirmación muy necesaria: “En Corea, las mujeres cristianas piensan que no pueden ser iguales y lograr las mismas cosas que los hombres. Recibir este premio será un gran estímulo para las mujeres coreanas de parte de las mujeres sui-zas”.Las presidentas actuales y anteriores de las iglesias can-tonales de Suiza eligieron a la ganadora del premio bienal en colaboración con la Secretaria ejecutiva del Departa-mento de Justicia y Coparticipación de la Comunión Mun-dial de Iglesias Reformadas (CMIR), Dora Arce-Valentín.La ceremonia, que se llevó a cabo en la histórica iglesia de La Fusterie, fue organizada por la Iglesia Protestante de Ginebra. Su presidenta, Charlotte Küffer, entregó el premio que fue acompañado por USD5000.Lee señaló que el dinero se utilizará para publicar un libro sobre la historia de la KAWT, que también es reconocida por promover la reunificación de Corea del Norte y del Sur.“Es importante que recordemos nuestra historia (y sobre todo nuestra historia como mujeres) para poder lograr más en el futuro”, afirma Lee, que tiene un doctorado del Seminario Teológico Hanshin de la Iglesia Presbiteriana de la República de Corea. “Si la olvidamos será muy duro volver a empezar”.El libro se presentará en la Asamblea Mundial del CMI, que se realizará en noviembre en Busan. Los temas tra-

tados en él se relacionan con el lema de la asamblea que llama a apoyar la vida, la justicia y la paz.El premio lleva el nombre de la suiza Sylvia Michel, que fue la primera mujer europea en asumir la presidencia de la iglesia, cuando fue elegida en 1980 por la Iglesia Can-tonal suiza de Argovia. Hace dos semanas, Nicole Fischer fue nombrada presidenta de la iglesia Protestante de Gi-nebra. Ambas estuvieron presentes ayer en la ceremonia. Fischer dijo a los casi 100 invitados presentes que la in-tención del premio era llamar la atención de las mujeres suizas sobre el hecho de que en otras partes del mundo la situación de las mujeres es mucho más difícil que en su país. “Es nuestra oportunidad para demostrar que nos preocupa y que queremos brindar nuestro apoyo” afirmó.La iglesia cantonal suiza de Argovia coordinó el proceso de selección para el premio de 2013. Esta es la tercera vez que se otorga esta distinción. En la ceremonia estu-vieron presentes Claudia Bandixen, ex presidenta de la iglesia y actual directora de Mission 21, y Irmelin Kradol-fer, responsable del programa de mujeres de la iglesia.La pastora local Vanessa Lagier presidió el culto que dio lugar a la ceremonia de entrega del premio. La música estuvo a cargo del coro y los músicos de la Iglesia Presbi-teriana coreana en Suiza.

De izquierda a derecha: Hee Soo Kang y Nan Hee Lee recibieron Sylvia Premio Michel en la celebración en

Ginebra (Foto: cmdc / Greenaway)

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Columna del Secretario General - junio/septiembre

Orar por la justicia y la paz"El que quiera amar la vida y gozar de días felices, que refrene su lengua de ha-blar el mal y sus labios de proferir engaños; que se aparte del mal y haga el bien; que busque la paz y la siga. Porque los ojos del Señor están sobre los justos, y sus oídos, atentos a sus oraciones”. (1 Pedro 3: 10 – 12)

“¡Ya se te ha declarado lo que es bueno! Ya se te ha dicho lo que de ti espera el Señor: practicar la justicia, amar la misericordia, y humillarte ante tu Dios” (Miqueas 6: 8)

La Comunión Mundial de Iglesias Reformadas se une a las iglesias de distintas partes del mundo para decir: “Dios de vida, condúcenos a la justicia y la paz”. Este es el lema bajo el que el Consejo Mundial de Iglesias se reúne en Busan, Corea para su 10ma Asam-blea General en Octubre-Noviembre 2013. La CMIR y sus iglesias miem-bros (muchas de las cuales también pertenecen al CMI) están orando con estas palabras durante estos meses. En esta oración reconocemos que Dios es el Dios de la vida en el que confia-mos, en especial cuando millones de personas en el mundo enfrentan situa-ciones de sufrimiento, confusión, con-

Setri Nyomi, secretario general(Foto: Helen Putsman-Penet)

Seminaristas taiwaneses aprenden a ser “pastores - eruditos”

La oración, el estudio y la misión constituyen los fundamen-tos del Seminario y Colegio Teológico de Taiwán. Su presi-dente, Shang-Jen Chen, considera que la oración debe for-mar parte de la vida cotidiana de profesores y alumnos. De martes a viernes, los estudiantes se reúnen a las 06:30 para compartir 45 minutos de oración. “Mediante la oración buscamos comprender la palabra de Dios, que es la fuente de nuestro compromiso”, afirma Chen.Chen y los 18 profesores del seminario esperan que los gra-duados logren el éxito académico para estar bien equipados y llegar a ser “pastores-eruditos”, como decía Juan Calvino. “Queremos que nuestros estudiantes sean reconocidos por su piedad y por su arduo trabajo”, señala Chen. “Es mejor quemarse que oxidarse”. El seminario está ubicado en la capital de Taiwan, Taipéi. Cada año, el programa de Maestría en divinidad cuenta con 30 estudiantes. La mayoría de ellos se prepara para el minis-terio en una parroquia; sin embargo, algunos se concentran en la música y otros en el asesoramiento. Este año se otor-gará el primer doctorado del seminario. Chen, que tiene un doctorado del Seminario Teológico de Princeton en los Estados Unidos, es consciente del impacto de la teología occidental en los teólogos taiwaneses. Consi-dera que es momento de que los profesores del seminario re-flexionen de forma crítica sobre la teología que aprendieron en occidente. Esto es importante, según indica Chen, dado

el debilitamiento que están sufriendo las principales denomi-naciones occidentales. “No es necesario copiar todo. Tenemos que preguntarnos qué cosas de las que nos enseñaron son prácticas y cuáles son bíblicas”, asegura Chen. Chen está profundamente comprometido con el trabajo in-tercultural. En los últimos años, el seminario se concentró en la misión en Myanmar. Se espera que los estudiantes hagan una experiencia directa de misión de campo y que eso sirva para influir en el enfoque que darán a su ministerio. “Queremos que vayan más allá del modelo de ministerio local y aprendan sobre la misiología en contexto”, explica Chen. “Buscamos que nuestros estudiantes desarrollen una pasión por el ministerio intercultural y por el trabajo con los pobres”.Chen ya dio dos cursos cortos sobre ética cristiana en Myan-mar. Su plan es pasar una semana por año en ese país. Afirma que está fascinado con las cuestiones éticas que enfrenta el país. Cita ejemplos del impacto del comercio de opio en el presupuesto parroquial. Sé pregunta qué hacen los pastores cuando los miembros de la iglesia le dicen: “todo lo que tenemos para la ofrenda del domingo proviene de la venta de opio” En los tres años que pasaron desde que Chen aceptó el puesto de Presidente y Profesor adjunto de ética en el semi-nario se dedicó a alentar a los estudiantes a “trabajar por la justicia social sin perder de vista el enfoque bíblico, el creci-miento espiritual y el evangelismo”. Una vez más, su referen-te es Calvino. Los conceptos de piedad y sabiduría y espíritu y corazón del Reformador son los que Chen espera desper-tar en sus estudiantes, nada más y nada menos.

flicto, destrucción y muerte. Ante esta realidad, clamamos y deseamos con todo nuestro corazón una vida plena determinada por la paz y la justicia. Por eso, esta oración expresa nuestra súplica en la convicción de que, como Dios es Dios de vida, nos puede con-ducir a la paz que tanto buscamos y necesitamos.En esta reflexión, me gustaría llamar la atención hacia una palabra que a pri-mera vista puede parecer insignificante dentro del lema: “condúcenos”. La ora-ción no se limita a pedirle a Dios que nos dé Justicia y paz o que las haga posibles. Pide que los que oran se con-viertan en agentes de Dios y que se los conduzca hacia la paz y la justicia. A veces me pregunto si los que pro-nunciamos esta oración somos cons-cientes de que estamos pidiendo algo “peligroso”. Estamos expresando que estamos dispuestos a sacrificarnos a nosotros mismos para ser utilizados

por Dios en esta búsqueda de la paz y la justicia. Por eso, la pregunta es si estamos o no dispuestos y preparados para convertirnos en instrumentos de Dios para la justicia y la paz.La buena noticia es que Dios es el Dios de la vida y tiene el poder de condu-cirnos a la justicia y la paz. El desafío para los que pronunciamos esta ora-ción es colocarnos deliberadamente en sus manos y permitir que nos utilice como ejemplo, para marcar el paso ha-cia la justicia y la paz en este mundo. Si realmente nos preguntamos qué quiere el Señor de nosotros, el com-promiso con la justicia se vuelve esen-cial. Por eso, al rogar al Dios de la vida que nos conduzca a la justicia y la paz, estamos haciendo lo que fuimos lla-mados a hacer. Pero seremos aún más fieles si al orar también afirmamos que estamos listos para ser agentes de paz y justicia. Dios de vida, condúcenos a la justicia y la paz.

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Por un mayor compromiso e incidencia, se realizó el encuentro sobre

Nueva Arquitectura Financiera.Los días 9 y 10 de noviembre, tal cual lo programado, se llevó a cabo en Buenos Aires, el encuentro coorganizado por la Alianza de Igle-sias Reformadas y Presbiterianas de América Latina- AIIPRAL y el Consejo Latinoamericano de Iglesias-CLAI, sobre Nueva Arquitectura Financiera.

Con la participación de 40 personas representantes de iglesias y organismos

ecuménicos de Paraguay, Uru-guay y Argentina, se recibieron aportes que dieron cuenta de los pasos dados desde diversos ámbitos ecuménicos en relación a este tema: Deuda Ilegítima y Justicia Ecológica, Federación Luterana Mundial; Confesión de ACCRA, Alianza Reformada Mundial (hoy Comunión Mundial de Iglesias de la Reforma); De-claración de San Pablo.En conjunto se apuntó a respon-der cómo todos estos antece-dentes de búsqueda de sistemas justos, viables y sustentables sensibilizaron la vida y misión de las iglesias incidiendo en la mis-ma.“Las contribuciones desde la mirada económica, ambiental, bíblico teológica y litúrgica ayu-daron a reflexionar sobre las herramientas que se necesitan para poder hacer desde las igle-sias una lectura crítica de la rea-lidad que nos permita contribuir y comprometernos en procesos de transformación e incidencia pública”, dice la pastora Clau-dia Tron, secretaria regional del CLAI Río de La Plata.Este es un tema de largo reco-rrido que nos sigue convocando y desafiando a asumir con fuerza nuestras voces proféticas en tan-to asistimos a un tiempo donde el sistema lo transforma todo en

mercancía, hasta la fe y la vida en todas sus formas, reflexiona.

Y finaliza considerando que “se vuelve imprescindible y nos sentimos desafiados/as a acom-pañarnos en la construcción de herramientas y estrategias que nos permitan reencontrarnos con el Espíritu de libertad capaz de develar las esclavitudes que este modelo económico extractivista y basado en un consumismo sin límites, nos impone”.

Quienes quieran recibir el regis-tro del encuentro y las ponen-

cias, solicitar el material a [email protected]

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ALIANZA POR LA JUSTICIAECONÓMICA Y LA VIDA EN LA

TIERRA.

El año próximo estaremos celebrando los 10 años de la confesión de Accra. La cual fue una nota distintiva en el caminar de la familia reformada en todo el mundo y especialmente en nuestra región de América La-tina. El pastor Sergio Bertinat, quien entonces coordinaba el departamento de Teología de AIPRAL, realizó en el encuentro co-organizado por CLAI y AIPRAL (Buenos Aires, 9 y 10 de noviembre) una síntesis del proceso que culmina con la confesión de Accra, así como su contenido y continúo desafío.

La Confesión de Accra.Algunos asuntos previosLa entonces Alianza Reformada Mundial (ARM), hoy Comunión Mundial de Iglesias Reformadas (CMIR) en su 24ª Asamblea General, en Accra, Ghana, desarrollada desde el 30 de julio al 13 de agosto de 2004, concluye con lo que hoy conocemos como “La Confesión de Accra”. En realidad se llega a ella luego de un proceso de varios años. La misma confesión expresa que surge en respuesta al perentorio llamamiento de la región del África austral, reunida en 1995 en Kitwe a recono-cer la urgencia cada vez mayor de la injusticia económica mundial y la destrucción del medio ambiente. Luego, la 23ª Asamblea General (Debrecen/ Hungría, 1997) invitó a las iglesias miembros de la Alianza a entrar en un proceso de "reconocimiento, educación y confesión" (processus confessionis).En este punto un breve paréntesis para detenernos en las implicancias de un processus confesssionis. La cuestión del status confessionis se planteó en la consulta de la ARM en Kitwe en 1995 y ello implicó el desafío a comprometerse a un proceso de confesión, con el objetivo de llegar a una confesión común. El punto de partida es la convicción de que la integridad del Evangelio es lo que está en peligro. Esto exige de la iglesia una decisión clara e inequívoca de la verdad del Evangelio, e identifica la opinión opuesta, enseñanza o práctica como herético. La declaración de un estado de confessión refiere a la práctica de la iglesia, así como a su enseñanza. En el pasado se vivió un proceso similar ante las situaciones de discri-minación, genocidio racial y cultural, atendiendo de modo especial la entonces situación de apartheid en Sudafrica.

La misma confesión lo define al decir: “Escoge-mos la confesión, no en el sentido de una con-fesión doctrinal clásica, ya que la Alianza Re-

formada Mundial no puede hacer una tal confesión, sino para mostrar la necesidad y urgencia de una respuesta activa a los problemas de nuestro tiem-po y al llamado de Debrecen. Invitamos a nuestras iglesias miembros a recibir y responder a nuestro testimonio común.” Dicho esto, es bueno detenernos un instante en algunos momentos significativos del proceso que llevó a la Confesión. Desde el inicio se entendió

que era un camino a recorrer en cooperación con el Consejo Mundial de Iglesias, la Federación Lutera-na Mundial y organizaciones ecuménicas regiona-les. En lo específico la Alianza Reformada Mundial celebró consultas en todas las regiones del mun-do, desde Seúl/Bangkok (1999) hasta Stony Point (2004). Asimismo, cabe señalar la consulta de las iglesias del Sur, Buenos Aires (2003), y la de las iglesias del Norte y del Sur, London Colney (2004). Porque nos ha involucrado directamente y por la significación que tuvo, nos detenemos un instante en el Forum Sur/Sur de las Iglesias Miembros de

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la ARM, celebrado en abril de 2003 en Buenos Aires. Lo prime-ro a destacar fue la posibilidad de encuentro de las iglesias del sur: asiáticas, africanas, islas del pacífico, caribe y américa latina; sin la mediación o moderación

Fuerte de Elmina, Ghana

de líderes de norte. Y luego su aporte por medio de la “declara-ción de fe sobre la crisis global de la vida”, que tuvo una influen-cia determinante en el texto de la confesión de Accra.

La Confesión de AccraDesde donde se pronuncia: un símboloUn detalle simbólico, no menor tiene que ver con una expe-riencia puntual y singular de los asambleístas, quienes expre-san: “Reunidos en Accra (Gha-na) para celebrar la Asamblea General de la Alianza Reforma-da Mundial, tuvimos ocasión de visitar los calabozos en que se recluía a los esclavos de Elmina y Cape Coast, donde millones de africanos fueron tratados como mercancías, vendidos y someti-dos a los horrores de la represión y la muerte. En la actualidad, las realidades en curso de la trata de seres y la opresión provocada por el sistema económico mun-dial hacen que el clamor de "nun-ca más" suene a mentira.” (3)

Leer los signos de los tiemposEn esta primera parte del desa-rrollo de la confesión se hace un análisis de la realidad en diálogo con el mensaje bíblico y nues-tras afirmaciones de fe. Como primera afirmación se expresa: “Hemos escuchado que la crea-ción sigue gimiendo, en cautive-rio, esperando su liberación (Ro 8:22). El clamor de las personas que sufren y las heridas de la creación misma nos están cues-tionando. Observamos una con-vergencia drástica entre el sufri-miento de las personas y el daño hecho al resto de la creación.”(5)

Entrada a la celda donde se condenaba a muerte por hambre a los esclavos que intentaban escaparse o se revelaban contra la injusticia

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En su desarrollo se procura inter-pretar estos tremendos peligros para la vida, coincidiendo en que son sobre todo, producto de un sistema económico injusto de-fendido y protegido mediante la fuerza política y militar. Los siste-mas económicos constituyen una cuestión de vida o muerte.

Esto se corrobora con datos de ese momento, que mostraban que vivimos en un mundo escan-daloso que niega el llamamiento de Dios a la vida para todas las personas y cuya política de creci-miento ilimitado entre los países industrializados, y el afán de lu-cro de las empresas transnacio-nales han saqueado la tierra y han dañado gravemente el me-dio ambiente.Presentamos algunos de esos datos, que hoy tendríamos que actualizar y los cuales segura-mente nos mostrarían que en su gran mayoría se han agravado, en lugar de notarse mejoras.“* Los ingresos anuales del 1 por ciento de los más ricos del mundo equivalen a los del 57 por ciento de los más pobres. * Cada día, 24.000 personas mueren a causa de la pobreza y la malnutrición. La mayoría de las personas sumidas en la po-breza son mujeres, niños y niñas, y sigue aumentando el número de personas que viven en la po-breza absoluta con un ingreso inferior a un dólar por día.* En 1989, desaparecía una es-pecie al día; en 2000, una cada hora. Entre las consecuencias devastadoras cabe mencionar el cambio climático, el agotamiento de las poblaciones de peces, la deforestación, la erosión del sue-lo y el peligro de agotamiento de las fuentes de agua dulce. * Altos grados de radioactividad ponen en peligro la salud y el me-dio ambiente.”

Estas constataciones permiten concluir que “esta crisis guarda

relación directa con la implanta-ción de la globalización económi-ca neoliberal que se basa en los siguientes principios:• la competencia ilimitada, el consumismo y la acumulación de riquezas y el crecimiento econó-mico desmedidos son mejor para el mundo entero;• la posesión de la propiedad privada no conlleva ninguna res-ponsabilidad social;• la especulación con el capital, la liberalización y la desregula-ción del mercado, la privatización de los servicios públicos y los re-cursos nacionales, el acceso sin restricciones para las inversiones e importaciones del extranjero, impuestos más bajos y el libre desplazamiento del capital van a producir riquezas para todos;• las obligaciones sociales, la protección de los pobres y los más débiles, los sindicatos y las relaciones interpersonales que-dan subordinados a los procesos de crecimiento económico y acu-mulación de capital.Finalmente se señala que, se trata de una ideología que adu-ce que no hay otra alternativa y exige una cadena interminable de sacrificios a los pobres y a la creación. Promete la falacia de salvar el mundo mediante la crea-ción de riqueza y prosperidad, se atribuye la soberanía sobre la vida y se exige una lealtad total que equivale a idolatría. Desde la óptica bíblica se entiende que tal sistema de acumulación de riquezas a costa de los pobres no es fiel a Dios y ocasiona sufri-mientos evitables a las personas. Se denomina Mamón. Jesús nos dijo que no es posible servir a Dios y a Mamón (Lc 16:13)”.

Confesión de fe frente a la in-justicia económica y la des-trucción del medio ambienteEn tanto que la justicia económi-ca mundial es esencial para la integridad de nuestra fe en Dios y nuestro discipulado como cris-

tianos, la Asamblea de la ARM (CMIR) expresa claramente: “Creemos que la integridad de nuestra fe corre peligro si guar-damos silencio o nos negamos a actuar frente al sistema actual de globalización económica neo-liberal.” Es a partir de este principio bási-co que se elabora la confesión, de lo que señalamos los puntos salientes.

Creemos y rechazamos“* Creemos en Dios, Creador y Sustentador de toda la vida, que nos llama asociados en la crea-ción y redención del mundo. * Creemos que Dios es soberano sobre toda la creación. "De Jeho-vá es la tierra y su plenitud" (Sal 24:1).- En consecuencia, rechazamos el orden económico mundial ac-tual impuesto por el capitalismo neoliberal global y todo sistema económico, con inclusión de las economías planificadas absolu-tas que cuestionen el pacto de Dios y excluyan de la plenitud de vida a los pobres, los vulnerables y toda la creación. Rechazamos toda pretensión de imperio eco-nómico, político y militar que sub-vierta la soberanía divina sobre la vida y atente contra el justo reinado de Dios.* Creemos que Dios es un Dios de justicia. En un mundo de co-rrupción, explotación y avaricia, Dios es, de manera especial, el Dios de los desamparados, los pobres, los explotados, los que han sufrido injusticias y malos tratos (Sal 146:7-9). Dios llama a establecer relaciones justas con toda la creación.- Por esto rechazamos toda ideo-logía o sistema económico que anteponga las ganancias a las personas, que no se preocupe por toda la creación y que priva-tice esos dones de Dios creados para todos. * Creemos que la economía exis-te para servir a la dignidad y el

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bienestar del pueblo en comuni-dad, dentro de los límites de la sostenibilidad de la creación. - Por eso rechazamos la acumu-lación incontrolada de riquezas y el crecimiento sin límite que ya han costado la vida de millones de personas y han destruido gran parte de la creación de Dios.* Creemos que Dios nos llama a escuchar el clamor de los pobres y el gemido de toda la creación y a ser seguidores en la misión pública de Jesucristo que vino para que todos tengan vida y la tengan en plenitud (Jn 10:10). Jesús trae justicia al oprimido y da pan al hambriento; libera al preso y devuelve la vista al cie-go (Lc 4:18); él apoya y protege a los humillados, al extranjero, al huérfano y a la viuda.- Por esto rechazamos todas las prácticas o enseñanzas de la iglesia que excluyan de su mi-sión a los pobres y el cuidado de la creación y acomoden a aque-llos que vinieron a "hurtar, ma-tar y destruir" (Jn 10:10), en vez de seguir al "Buen Pastor" que vino a dar la vida por todos (Jn 10:11).”

Reconocimiento y confesiónNi la realidad, ni las afirmaciones de fe, nos colocan por fuera, sino que nos involucra y nos hace responsables y coparticipes de la realidad, y por tanto se sostiene que nosotros también nos some-temos al juicio de la justicia de Dios.- Reconocemos la complicidad y la culpa de aquellos que cons-ciente o conscientemente se benefician del sistema econó-mico neoliberal mundial actual; reconocemos que entre ellos se cuentan iglesias y miembros de nuestra propia familia reformada, y, por lo tanto, hacemos un lla-mamiento a confesar el pecado.• Reconocemos que nos ha cau-tivado la cultura del consumo y la codicia competitiva y el egoísmo del actual sistema económico

Publicación co-editada por AIPRAL e ISEDET para ayudar a profundizar en el llamado

evangélico de la justicia económica.

que, con demasiada frecuencia, ha impregnado nuestra propia espiritualidad.• Confesamos el pecado de mal utilizar la creación y no haber lo-grado desempeñar nuestro papel como custodios y compañeros de la naturaleza.”

CompromisosEn el final viene la toma de com-promisos, para lo cual se asume

que las iglesias están en distintos procesos. Algunas ya han expre-sado su compromiso en una con-fesión de fe, por lo que se las ins-ta a que sigan traduciendo esta confesión en acciones concretas tanto a nivel regional como local. Otras ya han empezado a com-prometerse en este proceso, y se las insta a que incrementen su grado de compromiso mediante

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la educación, la confesión y la acción.Finalmente la Asamblea General insta a sus iglesias miembros a que emprendan la difícil y profética ta-rea de interpretar esta confesión para sus respecti-vas congregaciones locales; a que lleven a la prác-tica esta confesión mediante el seguimiento de las recomendaciones del Comité de Asuntos Internacio-nales en materia de justicia económica y ecología. También la Asamblea General compromete a la ARM (hoy Comunión Mundial de Iglesias Reforma-das) a trabajar junto con otras comuniones, la co-munidad ecuménica, la comunidad de otros credos, los movimientos civiles y populares que luchan por la justicia económica y la integridad de la creación y hace un llamamiento a nuestras iglesias miembros para que hagan lo mismo.

A casi 10 años.Finalmente indicar algo del proceso posterior a la aprobación de la Confesión por parte de la 24 Asam-blea de la por entonces Alianza Reformada Mundial.Un primer punto a señalar es que, si bien en el seno del Comité Ejecutivo de la Alianza, hubo algunos planteos que mostraron desacuerdo, no es menos significativo señalar que la Alianza se agrandó, y la unión con el Consejo Ecuménico Reformado que dio inicio a la Comunión Mundial de Iglesias Reforma-das, ratificó plenamente la vigencia de la Confesión de Accra. Lo segundo a señalar es que en nuestra región, AI-PRAL, toma la Confesión como su eje fundamental,

siendo el tema central de la Consulta y X Asamblea General que se desarrolló en Cartagena de Indias, Colombia en agosto de 2006, bajo el lema Vida en la tierra y justicia económica. En dicha oportu-nidad se hizo expresa adhesión a la Confesión de Accra, expresando que “AIPRAL llega a esta con-fesión como resultado de un largo caminar a la luz del Evangelio, haciéndose partícipe de la realidad latinoamericana y caribeña en la que vive y celebra desde hace 50 años, con la esperanza de seguir in-tensificando su compromiso con la vida en la tierra y la justicia económica”. En consonancia con este sentir, y en conjunto con el Instituto Universitario ISEDET se produjo el libro VIDA PLEANA para toda la CREACIÓN, en el que se incluyeron aportes bíblico teológicos, documen-tos sobre el tema de las iglesias miembros y orga-nismos, aportes para la reflexión y celebración co-munitaria y testimonios y experiencias. También, y de modo especial el área de Cooperación y testimo-nio le fue dando cause en las distintas regiones de AIPRAL. La XI asamblea desarrollada en Guatema-la en agosto de 2011, retomó el tema con el enfo-que específico de “El agua, don de Dios y derecho humano para la vida plena en la tierra.” Es un proceso que continua, y este encuentro es parte del compromiso asumido desde AIPRAL.

Sergio Bertinat.

Publicación de las iglesias refor-madas caribeñas de habla inglesia para el estudio de la confesión de Accra.

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Participar en el GIT me cambió la vida y la experiencia.Se ha integrado en las fibras de mi actual ministerio y trabajo, ya que me enseñó de primera mano sobre contexto, cultura y sensibilidad religiosa. Cynthia Breadner

La diversidad contextual, cultural y teológica que caracterizó a todos los participantes fue muy esclarecedor en el encantador entorno de Jogja. Lilly PhiriUna oportunidad para aprender de nuevos amigos de todo el mundo. Helen WarmingtonEn el GIT, nuestro aprendizaje no sucedió sólo en el aula, nuestro aprendizaje fue la clase misma: diver-sidad de identidades, culturas, idiomas, creencias y tradiciones hicieron de GIT una experiencia tan rica. Sheryl Johnson.La experiencia del GIT de 2012 fue una experiencia que transforma la vida. Fernando Linhares

Universidad Bíbliaca Latinoamericana

Costa Rica5 - 28 July 2014

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Vivir y aprender en el con-texto cultural y social de Centroamericana.

La Comunión Mundial de Iglesias Reformadas (CMIR) celebrará su cuarto Instituto Global de Teología (GIT) en Costa Rica, del 5 al 28 de

julio de 2014. El instituto se llevará a cabo en co-laboración con y bajo los auspicios académicos de la Universidad Bíblica Latinoamericana, San José, Costa Rica.El propósito del GIT es dar a estudiantes de teolo-gía y profesores de todo el mundo la oportunidad de aprender, enseñar y hacer teología de una manera ecuménica e inter-contextual, situando la tarea teo-lógica en contextos locales, regionales y mundiales.El Instituto Global de Teología (GIT) está destina-do a estudiantes de teología y pastores/as que co-mienzan su ministerio. Se seleccionará hasta 35 participantes.La CMIR tiene interés en la formación intercontex-tual de nuevas generaciones de líderes reformados plenamente conscientes de la dimensión de fe que tienen los desafíos contemporáneos, tales como la injusticia económica y la destrucción ambiental y que se han comprometido con la solidaridad inte-rreligiosa, la renovación espiritual, la inclusión de la iglesia y la unidad cristiana.Los/as solicitantes deben tener un interés particu-lar en la teología ecuménica y la misión. Se hará lo posible para seleccionar un cuerpo de estudiantes y docentes que reflejen un balance de género y re-gional y la diversidad de la familia reformada en el mundo actual.El Instituto Global de Teología trabajará a través de conferencias, seminarios, cultos, visitas de exposi-ción, experiencias contextuales, el intercambio de historias y la participación en la vida de las iglesias en Costa Rica. Los estudiantes y profesores se re-unirán regularmente, tanto dentro como fuera del aula.

Los objetivos específicos del Instituto Global de Teología son cuatro:

1 . Construir una comunidad de aprendizaje y fe con estudiantes y profesores trabajando juntos en temas vitales de la Biblia y de la teología actual y crear para nosotros mismos un contexto internacio-nal inmediato.2 . Encontrar enfoques bíblicos y teológicos con-temporáneos en sus dimensiones interconfesiona-les , interculturales e interreligiosas . Esto incluirá el estudio de misiologías vividas y vivas y el presente estudio de la CMIR sobre la misión y la identidad Reformada.3 . Introducir las diferentes perspectivas contextua-les sobre el testimonio cristiano de la familia refor-mada mundial teniendo en cuenta nuestra compren-sión de la misión de Dios en todos los continentes y siendo conscientes de lo que todas nuestras igle-sias tienen que aprender del testimonio reformado en cada país.4 . Fortalecer las redes globales de intercambio y reflexión entre estudiantes de teología y profesores, trabajadores en la iglesia, instituciones teológicas e iglesias para continuar con la acción y la reflexión en la CMIR . Esto también contribuirá a la formación ecuménica de una nueva generación de líderes de la iglesia dentro de la comunidad reformada.

Estos cuatro objetivos se reflejan en la forma en que organizamos el Instituto.Nos reuniremos en San José, en Costa Rica , en el contexto de una nación que se fijó la meta de ser climáticamente neutral en 2021 y ya se ha cla-sificado para varios años número uno en el ‘happy planet index”. Costa Rica también tiene una larga historia democrática y abolió su ejército en 1949. El catolicismo romano es la religión estatal, pero hay plena libertad religiosa con vitales denominaciones protestantes. ¡Qué privilegio será aprender de la perspectiva y la experiencia de los académicos que vienen al Instituto desde el contexto local y también de contextos radicalmente diferentes!

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A todos las/los estudiantes se les solicitará tomar un curso central (por 2.0 créditos) y dos de seis posibles cursos (por 2.0 créditos). Los créditos académicos serán entregados de acuerdo a estándares internacionales a los estudiantes que hayan cumplido los requisitos. El lenguaje que se utilizará en el GIT es el inglés.

CURSO CENTRAL“Misión transformadora, comunidad e Iglesia”El tema del curso central será desarollado en los siguientes sub-cursos:

a - Misión: misión como evangelismo y servicio;b - Comunidad: lugares de epifanía/presencia reformada en el mundo; c - Iglesia: la iglesia reformada desafiando al mundo ecuménico

CURRICULUM

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CURSOS OPTATIVOS

Cada estudiante puede tomar un curso de cada grupo.Grupo 11 - Teología reformada, feminismo y masculinidad.2 - Lectura contextual de la Biblia.3 - Ecoteología.Grupo 21 - Identidad reformada y la búsqueda de iglesias vitales.2 - Misión cristiana en latinoamerica.3 - Fe, cultura y arte.

COORDINACIÓN Y FACULTADEl Instituto Global de Teología será coordinado por un equipo internacional que llevará la responsabilidad de todos los asuntos relacionados con el plan de estudios, la administración y manejo financiero. El equipo de coordinación también nombrará un profesorado internacional .Dr. Bas Plaisier• Presidente del Instituto Glonal de Teología• Moderador del Grupo Central para la Teología, Misión y Comunión de la Comunión Mundial de Iglesias ReformadasDr. Peter Wyatt• Decano del Instituto Global de Teología• Profesor emérito asociado y ex director de Emmanuel College de la Universidad de Toronto,CanadáDra. Aruna Gnanadason• Decana de Estudiantes del Instituto Global de Teología• Ex Directora Ejecutiva del CMI para la Planificación e integraciónDr. Douwe Visser• Secretario del Instituto Global de Teología• Secretario Ejecutivo para la Teología de la Comunión de la Comunión Mundial de Iglesias Reformadas

Además, los y las docentes se elegirán de seminarios teológicos situados en todo el mundo.El Instituto Global de Teología en cooperación con las instituciones teológicas de todo el mundo.A través del Instituto Global de Teología, la Comunión Mundial Reformada tiene la intención de reforzar sus vínculos con instituciones teológicas relacionadas con sus iglesias miembros , así como facilitar aún más la comunicación y la cooperación entre las escuelas teológicas de diferentes regiones del mundo.Aspectos importantes del Instituto como la inscripción de los futuros estudiantes, asegurar los recursos fi-nancieros necesarios para que participen los estudiantes de los países del Sur y los requisitos académicos generales para su operación serán considerados en consulta con las instituciones teológicas que apoyan el GIT.

La Comunión Mundial de Iglesias Reformadas presenta tres peticiones a las instituciones teológicas rela-cionadas con las iglesias miembros de la CMIR:1 . Que oren por el trabajo del Instituto Global de Teología;2 . Que nombren a un máximo de tres estudiantes para asistir al GIT y, en caso necesario, facilitar su par-ticipación.3 . Que ayudar a facilitar la participación de los estudiantes reformadas del Sur.

Si desea saber más sobre el Instituto Global de Teología, por favor visite nuestro sitio webwww.wcrc.ch o globalinstituteoftheology.org

Las aplicaciones para el Instituto Global de Teología deberán realizarse antes del 1 de Enero de 2014 y enviado a:

Dr. Douwe Visser Executive Secretary for Theology World Communion of Reformed Churches

150, route de Ferney – PO Box 2100 1211 Geneva 2 Switzerland

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Una copia electronica de la aplicación deberá ser también enviada por mail a:Aiko Sumichan, Asistente del Global Institute of Theology: [email protected]

Todos los días, y me refiero literalmente cada día desde GIT 2012 viene a mi una memoria de alguno de nuestro grupo, recuerdo nuestro tiempo juntos, su país y su ministerio, soy desafiado por esos recuerdos, y oro por esa persona; que bendición que son estos recuerdos y oraciones para cada uno de nosotros. Matthew Sams.

Fui testigo de la gracia de Dios en diálogo: GIT 2012 cambió profundamente la forma en que yo compren-día la teología y la proclamación del Evangelio, en este mundo complejo. Pascale Renaud-Grosbras.

Las oportunidades académicas y culturas, el crecimiento personal y spiritual –todo fue más allá de lo que podría haber imaginado. Pero la bendición más grande para mí fue la oportunidad de encontrar hermanos y hermanas en Cristo de todo el mundo. Nuestro Dios es un gran Dios!! Marianne Emig Munro.

GIT 2012!!! Un tiempo para extender el círculo del ecumenismo, encontrar amigos y aprender de manera diferente. Satvasheela Pandhare.

GIT 2012Alumnos en Indonesia.

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En el marco de la belleza y tranquilidad del Cen-tro de Retiros Villa Gracia, de la Iglesia de Santidad en Tegucigalpa, se realizó el Encuen-

tro de Mujeres de AIPRAL- Región Mesoamérica, continuando con el lema que hemos asumido como eje temático “Mujeres Constructoras de Paz en un Mundo de Violencia” . Contamos con 27 mujeres participantes en todo el evento, llegando en dife-rentes medios de transporte desde Costa Rica, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, México, Ve-nezuela y Honduras como país anfitrion. Como sigo de esperanza resaltamos la participación de Muje-res Jóvenes en el Encuentro.La tematica antes mencionada, adquiere especial relevancia debido al alto indice de feminisidios que ocurren en el mundo y al que no escapan nuestros paises integrantes de la Región Mesoamericana. Para atender esta problemática desde nuestra con-dición de Mujeres de AIPRAL, vimos que era nece-sario tomar como herramienta la Palabra que nos empodera experesada en el texto bíblico, articulada con las Ciencias Sociales y las Vivencias de nues-tras Mujeres en su cotidianidad. Logramos conseguir apoyo para la facilitación de los espacios planificados de formación a la Lic. Ada María Doblado de la “Asociación para una Sociedad Mas Justa”. Organización cristiana que realiza un trabajo interdisciplinario desde lo jurídico, lo psico-logico, lo espiritual para atender asuntos referentes a diferentes tipos de violencia, minimizar la re-victi-mización y los retardos judiciales. Así como también la restauración emocional.Para las reflexiones bíblicas contamos con los apor-tes de la Dra. Violeta Rocha (Docente Universidad Bíblica Latinoamericana), la Rvda. Verónica Lozada (Secretaria Ejecutiva de la Comunidad Mexicana de Iglesias Reformadas y Presbiterianas), la Pastora Yudit Bermúdez (Secretaria de las Mujeres Presbi-terinas Hispanas USA), la Lic.en Teología Betsabé Reyes y el Lic. en Teología Victor Huamani.

Motivadas las Mujeres después de toda la iteracción vivida, nos atrevimos a reafirmar que es de suma importancia renocer que en pleno Siglo XXI en me-dio de tantos avances tecnológicos, se ha arraigado con mayor fuerza la Cultura de la Violencia. Por lo tanto si la Iglesia como vocera del Reinado de Dios no asume el rol de denuncia, si no levanta su ban-

dera en defensa de las personas vulnerables per-sonifacadas en las mujeres y la niñez, ha dejado de cumplir con gran parte de su Misión expresada en el Evangelio de Lucas 4;18-21. Según el testimo-nio de Mujeres de Mesoamérica observamos que en muchas Comunidades de Fe no hay espacios seguros para las mujeres y que ellas esperan que en sus Iglesias se hable de la violencia, que se le llame pecado y que se le denuncie. Que además se brinde ayuda y se busque ayuda para atender a las víctimas de violencia. Con gran énfasis afir-man que La Iglesia es un ente de influencia social y de incidencia pública, que La Iglesia está llamada a ser un espacio en donde se de atención adecuada a la crisis que provoca la violencia y por lo tanto a las victimas de esa violencia. En esta afrmación también se incluye que es de vital imprtancia que las Mujeres asuman esta lucha como personas di-rectamente involucradas y afectadas por las dife-rentes manifestaciones de violencia. Por lo tanto, iluminadas por este Encuentro nos llevamos Retos y Desafíos tales como:- Visibilizar la lucha contra todo tipo de violencia me-diante la utilización de simbologías significativas.- Incidir en las leyes de los paises a favor de una “Vida Libre de Violencia”. - Afirmar el derecho a vivir sin violencia, creando conciencia colectiva.-Proveer información sobe las diferentes instancias de defensa y apoyo a la Mujer. - Facilitar espacios de formación para el análisis de la Biblia desde donde se promueva la predicación, estudios bíblicos, escuelas dominicales, entre otros, con la temática de la violencia y el compromiso para erradicarla.- Visibilizar y denunciar la violencia eclesial.- Identificar los diferentes tipos de violencia y los mitos que la validan, para desmontarlos. - Generar espacios de sensibilización hacia estas temáticas y facilitar capacitación al cuerpo pastoral en las mismas. - Promover con mayor énfasis la realización del día oración por la Mujer Latinoamericana como uno de los aportes de integración de las Mujeres desde AI-PRAL.- Impartir talleres y charlas con mujeres de la Iglesia y de la comunidad sobre ciudadania y participación Social.

Mujeres Constructoras de Paz con Justicia en un Mundo de Violencia Encuentro de Mujeres Región

Mesoamérica – AIPRALHonduras, 26-29 Septiembre

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- Formar Redes, reaccionar y accionar, fraternizar y fortalecer la Sororidad como propuesta para romper las enemistades históricas entre las mujeres.- Crear herramientas literarias para informar a las mujeres: Un ¿sabías qué?-Elaboración de una Cartilla de prevención de vio-lencia contra la mujer. - Facilitar espacios de capacitación en el uso de las herramientas tecnológicas.- Promover espacios de recreación para las Mujeres- Transformar el dolor para romper la cadena de su transferencia en la familia. - Contribuir a la Construcción de la Paz desde la ruptura del silencio cómplice (Juan 18;23)

Con expresiones de gratitud al Señor y a AIPRAL por esta oportunidad de formación y de compartir experiencias, clausuramos el Encuentro con la invi-tación a “bajar de la montaña” e ir al encuentro con nuestra realidad, con el compromiso de socializar en los diferentes espacios de Fe los aprendizajes adquiridos. A recorrer el camino sabiendo que no estamos solas que contamos con la compañía del

Señor, con AIPRAL y con herramientas biblico-teo-lógicas, jurídicas, psicológicas de las cuales pode-mos hechar mano en nuestra condición de seres bio-psico-socio-espirituales que somos. Animadas y empoderadas para hacer posible el Sueño de una “Vida Libre de Violencia”, que tenemos el compro-miso de seguir “Soñando por que hay que Soñar” tal como nos lo afirma el canto lema de nuestro En-cuentro. Recordando siempre que somos ¡Mujeres Constructoras de Paz con Justicia y Compañe-ras en el Camino para erradicar la violencia! Señor, ayudanos a construir un mundo sin violen-cia. Un mundo donde el amor y la verdad se darán cita, la paz y la rectitud se besarán, la verdad bro-tará de la tierra y la rectitud mirará desde el cielo. Salmo 85;10-11Con gratitud y gran afecto reconocemos el trabajo organizativo realizado por nuestra hermana Dino-rah Espinoza y su esposo quienes con su cariño y cuidado nos acogieron de manera muy especial fa-voreciendo un clima de armonía y bienestar antes, durante y después del Encuentro.

Rvda. María Jiménez de RamírezDepartamento de Mujeres AIPRAL

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Credo de la Iglesia Evangélica Presbiteriana en Chile (1983)Treinta años atrás la Iglesia Evangélica Presbiteriana en Chile realizó un pequeño credo tratando de situar su fe en ese momento particular de la historia que estaban viviendo. Compartimos con uds. ese credo y una

breve reflexión realizada por el pastor Manuel Gajardo al respecto.

CREO EN UN SOLO DIOS, PADRE HIJO Y ESPÍRITU SANTO - Fuente de futuro y de Vida para toda la creación. CREO EN DIOS PADRE - Creador y dueño de todo, proveedor y sustentador de la vida. Quién nos creó de una sola sangre con creatividad, solidaridad y responsabilidad, como expresiones de su propia imagen; quién nos entregó las riquezas de la naturaleza bajo nuestro cuidado, para transformarlas en beneficio del bien común, respetando la dignidad de la persona que demanda una sociedad justa, participante y humana para todos. CREO QUE EL PECADO - Es una realidad que rompe profundamente nuestra relación con DIOS y que se expresa, tanto en lo personal, como en lo social, inclinando el propósito de nuestro quehacer hacia el egoísmo la destrucción y la muerte. CREO EN DIOS HIJO - Quién se encarnó en Jesucristo, para ser uno con nosotros los seres humanos, para librarnos del pecado y la maldad que nos oprime. Anuncio e inició el REINO DE DIOS, denunciando la injusticia, y ofreciéndonos la Gracia reconciliadora y liberadora, dándonos la Esperanza de la plenitud del REINO. Sufrió con el género humano y se comprometió hasta morir por él, bajo el poder imperial. Resucitó, confirmando el triunfo del poder Dios de la Vida, sobre las instituciones de opresión e injusticia que impiden la vida plena; Ascendió, asumiendo su reinado para juzgar y transformar el mundo hasta que prevalezca la justicia y la paz de DIOS. Volverá para reunir a todos los suyos estableciendo la plenitud del REINO. CREO EN DIOS ESPIRITU SANTO - Presencia permanente y poder de DIOS que hace real el SEÑORÍO de Jesucristo en el mundo al reunir, capacitar y conducir a la Iglesia, Inspiró e interpreta las sagradas escri-tura y obra a través de los Sacramentos y Ministerios de la Iglesia para producir la fe y guiar nuestra Vidas. CREO EN LA IGLESIA - Pueblo de Dios, es una y universal, dirigido por Cristo y toma forma de comu-nidades particulares, donde la comunión consiste en el Amor de Jesucristo que se extiende en todos los hermanos, generando el Espíritu solidario y recíproco entre nosotros. Todos nosotros recibimos el llamado y los dones para cumplir distintos ministerios de igual valor para edi-ficar la Iglesia y realizar su acción hacia el mundo. Nuestra misión como Iglesia es compartir la fe con la humanidad, denunciando el mal que separa y anunciando la Gracia que reconcilia y ser así el instrumento, para hacer presente cada día y en cada lugar el SEÑORÍO Universal de CRISTO.Por esta razón, somos responsables de identificarnos con todos los seres humanos y servirles luchando contra las fuerzas que les oprimen y se oponen a su plena realización como personas creadas por Dios.

Amén

BREVE REFLEXIÓN A 30 AÑOS DE NUESTRA DECLARACIÓN DE FE. Pastor Manuel A. Gajardo

Modestamente nuestra Confe-sión trató de determinar el rol de nuestra Iglesia en este momen-to histórico, especialmente en una sociedad chilena en crisis, teniendo en cuenta la moderna erudición bíblica, que impulsa a la Iglesia a estudiar las escrituras con entendimiento, convenci-miento y discernimiento histórico,

es un llamado a la Iglesia a la ac-ción obediente, particularmente en respuesta a los problemas so-ciales del momento, atropello de la dignidad humana y el impedi-mento para ejercer las libertades propias de los hijos de Dios, tales como la arrogancia nacionalista,

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y persecución por el simple he-cho de pensar diferente; destaca el valor de la vida como don de Dios, la muerte y resurrección de Cristo, humanizado en cada ser humano, impulsa a la Iglesia a la misión de compartir el evan-gelio encarnado y llama a todos los cristianos a reconciliarse con Dios y los unos a los otros.

Los acontecimientos en la so-ciedad chilena a partir de 1973, obligó a los cristianos y espe-cialmente a los presbiterianos a re-definir sus postulados de fe y su rol como Iglesia en medio de un pueblo dividido. El papel que le toca a su teología y su dimen-sión hermenéutica.

Nuestro Libro de Confesiones, cuenta entre otras, con la “De-claración Teológica de Barmen”, que es el instrumento que los cristiano alemanes construye-ron para rechazar la ideología Nazi, que trataba de utilizar el cristianismo como señal de iden-tidad alemana, subordinada a la ideología oficial del régimen. En nuestra situación chilena, el

régimen militar busco el amparo de las Iglesias protestantes para legitimar su poder, ya que la Igle-sia católica no mostro simpatías por él; y trataba de justificarse haciendo ostentación una inter-pretación mesiánica de su actua-ción “ Al terminar esta exposición pido al Altísimo que nos ilumine y nos de fuerza para afrontar las difíciles tareas del gobierno y a mis compatriotas, la fe y el sacri-ficio para salvar la patria dolida y enferma de la dura prueba a que el destino la sometió, quizás si para señalarle con este golpe, cuál será su verdadera misión” (Discurso pronunciado por A. Pinochet a un mes del Golpe de Estado). Aparentemente esto tra-ta de ser un antecedente válido y dualista para oponer la civiliza-ción cristiana contra el marxismo, los vencedores y los derrotados, el caos que se le asigna al go-bierno elegido por el pueblo y representado por el Presidente Salvador Allende.- De otra mane-ra, el Golpe de Estado se inter-preta como la respuesta de Dios ante el caos social, económico y político; la represión como el sa-

crificio necesario a la misión sal-vadora de las FF. AA. “Uds. Sa-ben que el pueblo oraba por su salvación y que ahora (conmigo) se sienten libres y apartados del mal” (respuesta de A. Pinochet a una entrevista en 1974).

Varias Iglesia Protestantes fue-ron encandiladas por el Régimen y aceptaron estas preferencias modelando su actitud y satisfac-ción por estas preeminencias, confundiendo su misión cristiana y evangélica.

A pesar de esta religiosidad apa-rente, el Régimen no tuvo ningún respeto a la hora de reprimir a los sectores eclesiásticos que se oponían a su proyecto, esta vio-lencia estaría bajo la acusación: “Politización Ilegitima del aparato religioso”. Muchos fueron los sa-cerdotes y pastores que debieron pagar su osadía de resistir y ser fiel a su fe.

Nuestra pequeña Iglesia, sufrió la persecución, varios de sus pastores y lideres que debieron salir al exilio, otros encarcelados; nuestro pueblo maduro en medio de sus lagrimas, y finalmente se reconstruyó, demoró 10 años a partir de estos acontecimientos, para fijar su postura que junto a otros cristianos, se declaro una Iglesia Confesante, al poner por escrito ante el Régimen Militar y la sociedad chilena, su fe, su es-peranza y su certeza que la vida es más fuerte, y que al final está el “Cielo nuevo y la tierra nue-va… Enjugará Dios toda lágrima de los ojos de ellos y ya no habrá muerte, ni más llanto, ni clamor ni dolor, porque las primeras cosas pasaron “ (Apocalip. 21: 1 y 4)

Pastor Manuel A. Gajardo.

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João Calvino e o CalvinismoEduardo Galasso Faria , Organizador, João Calvino e o Calvinismo, São Paulo: Editora Pendão Real, 2013. Seleção de textos traduzidos de: Juan Calvino, su vida y obra a 500 años de su nacimiento. Leopol-do Cervantes-Ortiz, editor, Editorial CLIE, Viladecavalls (Barcelona), España 2009.

Combinando sua teologia política com sua eclesiolo-gia pneumática, Calvino ajudou a Reforma a sobrevi-ver e a projetar-se. O movimento evangélico encon-trou nele um organizador e sistematizador que lhe permitiu resistir a Contra-Reforma e, posteriormente, a Reforma Católica. Paradoxalmente, esta mesma herança calvinista é uma fonte de possibilidades ecumênicas, dadas significativas coincidências que se observam entre Calvino e o Concílio Vaticano II. Alexandre Ganoczy.O calvinismo foi muito mais uma doutrina de disci-plina e obediência do que de justificação. “Trazer os homens a obediência do evangelho, apresentá-los a Deus como sacrifício”, escreveu Calvino, era o dever do pastor cristão.

Calvino... escrevia em prosa com uma lógica brilhan-te, era mestre na arte de interpretar. Seu trabalho possuía a grande virtude política da ambiguidade. Não estava tão sujeito a um processo particular de interiorização e recapitulação emocional e, sim, e um processo público de desenvolvimento, acréscimos, alteração e prática. Michael Walzer.Tanto no aspecto doutrinal como no prático, a tra-dição reformada/presbiteriana não conhece outro centro que a represente, a não ser seu verdadeiro Senhor e Redentor. A soberania de Jesus Cristo, seu propósito absoluto e significado para a vida da Igreja, constitui o eixo central da identidade calvinista. Salatiel Palonio López.

PRESENTAÇÃO

Os dez capítulos deste livro são um convite a fazer uma séria e es-timulante análise dos desafios que nos alcançam como calvinistas, herdeiros de João Calvino em nosso tempo.

Em um primeiro momento, os textos focalizam a pessoa do reforma-dor: traços marcantes de sua personalidade, pouco conhecidos, são apresentados; sua atitude para com o sexo oposto é vasculhada; sua preocupação com a ameaça das seitas radicais à causa reformada é examinada; seu pensamento é tratado por teólogos católicos como referência para um diálogo na atualidade.

A segunda parte, voltada para o calvinismo, mostra sinais da polêmica sobre a ligação – legítima ou não – entre o reformador e seus seguidores. Ao final, sob a inspiração de uma prática de fé diaconal libertadora vivida em Genebra no século XVI, so-mos convocados a reivindicar, de forma contextualizada, sua aplicação em terras da América Latina.

SUMÁRIOCAPÍTULO 1 - A VIDA DE CALVINO - Alexandre GanoczyCAPÍTULO 2 - MULHERES AO LADO DE CALVINO: IDELETTE DE BURE - E MARIE DENTIÈRE - Irena BackusCAPÍTULO 3 - AUSÊNCIAS - Denis CrouzetCAPÍTULO 4 - CALVINO E A OPINIÃO DOS CATÓLICOS - Alexandre GanoczyCAPÍTULO 5 - CALVINO, FUNDADOR DE UMA CIVILIZAÇÃO - Émile G. LéonardCAPÍTULO 6 - CALVINO E A REFORMA RADICAL - George WilliamsCAPÍTULO 7 - O CALVINISMO - Michael WalzerCAPÍTULO 8 - FOI CALVINO CALVINISTA? - Bernard CottretCAPÍTULO 9 - HERANÇA REFORMADA E BUSCA PELAS RAÍZES - Salatiel Palomino LópezCAPÍTULO 10 - CALVINO OU O CALVINISMO: REIVINDICANDO A TRADIÇÃO REFORMADA PARA A AMÉRICA LATINA - Rubén Rosario Rodríguez

Page 40: ENTREGA NUMERO 59 DE LA REVISTA DE AIPRAL ”LA VOZ”