el paradigma bioético(1)

8/18/2019 El Paradigma Bioético(1)

1/101

NUEV

CIENCI

Colección dirigida por Nicanor U r s i v .

8

G i l b e r t H o t t o i s

E L

P A R A D I G M A

B I O É T I C O

U n a

ética

p a r a

l a

tecnociencia

EDITORI L DEC HOMBRE

SERVICIO

EDITORI L r t » RGIT R PEN ZERBITZU

UNIVERSID D DEL P IS V SCO T B EUSK L HERRIKO UNIBERTSIT TE


2/101

E l

p a r a d i g m a b i o é t i c o : U n a ét i ca p a r a l a t ecn o c i en c i a /

G i l b e r t

H o t t o i s . — B a r c e l o n a : A n t h r o p o s ; L e i o a :

U n i v e r s i d a d d e l Pa í s V asco , 1 9 9 1 . — 2 0 8 p . ; 2 0 c m . —

( Nueva C i en c i a ; 8)

T i t .

o r ig . :

L e

p a r a d i g m e

b ioéth ique : Un e éth ique

p o u r

l a

t e c h n o s c i e n c e

Bib l i og ra f í a p .

1 9 9 - 2 0 2

I S B N 8 4 - 7 6 5 8 - 3 0 8 - 7

I. Un i ve r s i d a d

d e l P a í s

V a s c o ( L e io a )

EL T í tu lo

I I I .

Co lección

1. Bioét i ca

5 7 . 0 1 : 1 7

17 :57 .01

Tí tulo o r i g i n a l :

Le

paradigme

bioéthique. (Une éthique

pour

la

technoscience)

[ 1 9 9 0 ]

T r a d u c c ió n d e l fr a n c és : M . C a r m e n M o n g e

P r i m e r a e d i c i ó n e n

E d i t o r i a l

A n t h r o p o s : o c t u b r e 1 9 9 1

© G i l b e r t H o t t o i s , 1 9 9 1

© E d i t o r i a l A n t h r o p o s , 1 9 9 1

E d i t a : E d i t o r i a l A n t h r o p o s . Pr o m a t , S. Co o p . L t d a .

V ía A u g u s t a , 6 4 . 0 8 0 0 6 B a rce l o n a

E n

c o e d i c i ó n c o n e l

S e r v i c i o

E d i t o r i a l

d e l a

U n i v e r s i d a d

d e l Pa ís

V a s c o /

A r g i t a r a p e n Z e r b i t z u a E u s k a l H e r r i k o U n i b e r t s it a t e a

IS B N : 8 4 - 7 65 8 - 3 0 8 - 7

Depós i to l e ga l : B . 3 1 . 5 43 - 1 9 9 1

F o t o c o m p o s i c i ó n : S e t ed . S an t C ugat d e l V a l l e s

I m p r e s i ó n : I n d u g r a f , S C C L . B ad a j o z , 1 47 . B arce l o n a

I m p r e s o e n E s p a ña - Printed

in Spain

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previo

p o r

escrito

de la

editorial.

4 c

P R E F A C I O

Q u é i m p o r t a s i e l a m o r d e l p ró j i mo s e d a y

O re c ibe

e n

f o r m a

d e

ae roso l . . . S iempre

es rae-

j o r

s e r

s a l v a d o

p o r una máq u i n a q ue no s e r

C.

s a lvado . . . S i n e m b a r g o , e s t a s o l uc i ó n no m e


3/101

)

( v e r

í n d i c e d e

T e x t o s ) . E s t o s t e x t o s , e s p a r c i d o s

p o r e l l i b r o ,

n o n e c e s a r i a m e n t e

s o n u n

a p o y o

d e l

a r g u m e n t o

p r i n c i p a l :

p u e d e n

i l u s t r a r u n a

r e s e r v a ,

u n a o b j e ci ón , u n a

a l t e r n a t i v a ,

u n t i t u b e o i m p o r t a n t e

y

s i g n i f i ca t i v o , i n v i t a n d o

a l

l e c t o r

a

p e n s a r

e n

o t r o s e n t i d o .

L a o b r a

h a

s i d o r e a l i z a d a

d e

f o r m a

q u e

p u e d a

s e r

p e r

f e c t a m e n t e

l e í d a y

e n t e n d i d a i g n o r a n d o

l o s

t e x t o s

q u e l a

i l u s t r a n . L a m a n e r a d e i n t e g r a r l o s a l c u e r p o d e l l i b r o n o s

h a p a r e c i d o

m á s

r i c a

q u e l a y u x t a p o s i c i ón , t a l y

c o m o

s e

h i z o

e n l a e d i c i ó n

a n t e r i o r ,

d e l

t e x t o

d e l

a u t o r s e g u i d o

d e

u n a

a n t o l o g í a d e

e x t r a c t o s

n o

i n t e g r a d o s

e n e l

c o n t e x t o

a p r o p i a d o

y

s i e m p r e s i n g u l a r .

H e m o s q u e r i d o

q u e l a

o b r a f u e r a r e s u e l t a m e n t e c o n

t e m p o r á n e a y

p r o s p e c t i v a :

l a

t e c n o c i e n c i a

d e h o y y d e m a

ñ a n a e s l o q u e n o s h a

i m p u l s a d o

y l a s

p r e g u n t a s

s e h a n

p l a n t e a d o s i e m p r e

d e s d e

e s t a p e r s p e c t i v a . A u n q u e

l a

p r e o

c u p a c i ó n é t i c a s e a

d o m i n a n t e

y « f i n a l i s t a » , d e

a l g u n a

m a

n e r a ,

e l l i b r o ,

n u e s t r a

i n t e r r o g a c i ó n , n o e s s ó l o

i n t e r n a

a l a

p e r s p e c t i v a

é t i c a q u e

p r o p o n e .

P u e s l a r e f l e x i ó n f i l o s ó f i ca

s o b r e

l a

t e cn o c i e n c i a , c u a n d o

e s

r a d i c a l ,

n o

p u e d e c o n t e n

t a r s e

c o n

p r e g u n t a r s e

ú n i c a m e n t e

s o b r e

l o s

v a l o r e s

q u e

t r a t a ,

e n e l

s e n o

d e u n a

d e t e r m i n a d a

c o n c e p c i ó n

m o r a l

d e

p r o m o v e r c o n , o a p e s a r d e , l a s t e c n o c i e n c i a s . Y l o q u e e s

m á s

i m p o r t a n t e ,

l a

t e c n o c ie n c i a e m p u j a

a l f i l ó s o f o a p l a n

t e a r s e

y

r e p l a n t e a r s e

l a

p r e g u n t a s o b re

e l

s e n t i d o ,

l a n a t u

r a l e z a

y e l

v a l o r

d e l a

p r o p i a

é t i c a , d e l a é t i c a

c o m o

t a l

— d e

l a

e t i c i d a d — ,

y n o s ó lo d e u n a u

o t r a m o r a l p a r t i c u

l a r . E s t e

e s e l

t e m a c e n t r a l ,

e l c o r a z ó n d e l o s

t r e s

ú l t i m o s

c a p í t u l o s y , d e l

c u a l ,

l a b i o é t i c a e s u n a i l u s t r a c i ón

p r i v i

l e g i a d a .

T r a s h a b e r

s e ñ a l a d o l a p r i m a c í a d e l a t éc n i c a ,

c o n t r a

r iamente a

l a t r a d i c i ón

o c c id e n t a l d o m i n a n t e ,

e i n t r o d u c i

d a

l a n o c i ó n d e


( c a p í t u l o I ) ,

p r e s e n t a m o s

l a

e v a l u a c i ó n f i l o s ó fi c a ( q u e e s t a m b i é n l a d e l

s e n t i d o

c o

m ú n ) m á s

c o r r i e n t e

q u e

s i g u e d i s t i n g u i e n d o e n t r e

« c i e n c i a

p u r a » y « t é c n i c a » ,

a s i m i l a n d o

é s ta a u n

c o n j u n t o

d e ú t i l e s

o d e

m e d i o s

a l

s e r v i c i o

d e l

H o m b r e

( c a p í t u l o L T ) .

S e g u i d a

m e n t e m o s t r a m o s a l g u n o s d e l o s l í m i t e s d e e s t a e v a l u a

c i ó n c o m ú n ,

i n s t r u m e n t a l i s t a

y a n t r o p o c é n t r i c a ( c a p í t u l o

8

LTI)

y

p r o f u n d i z a m o s

e l

s e n t i d o

d e u n

p u n t o

d e

v i s t a e v o l u

c i o n i s t a d e f e n d i d o

p o r

m u c h o s

t e c n o c i e n t í f i c o s y q u e

h a c e

m á s

j u s t i c i a

a

a l g u n o s a s p e c t o s

d e l a s

p o s i b i l i d a d e s t e c n o -

c i e n t í fi c a s ( c a p í t u l o s I V y V ) .

C o m o

y a

h e m o s d i c h o ,

l o s

t r e s

ú l t i m o s c a p í t u l o s ( V I , V I I y V I H ) e s t án

d i r e c t a m e n t e

c o n s a g r a d o s

a l a

p r e g u n t a

( p o r l a ) ét i c a ,

t e n i e n d o

e n

c u e n

t a l o q u e h a s i d o d e s a r r o l l a d o e n l a s s e c c i o n e s p r e c e d e n

t e s .

S i

e x i s t e

u n a

p r e g u n t a

t e ó r i c a q u e

a t r a v i e s a t o d o

e l l i

b r o ,

e s l a

c u a r t a p r e g u n t a k a n t i a n a :

«¿ Q u é e s e l h o m b r e ? » .

S i

h a y u n a

i n q u i e t u d

q u e

s u b y a c e

a l a

p r e g u n t a

p r á c t i c a

« ¿ q u é

v a m o s

a

h a c e r

d e l h o m b r e ? » , e s l a d e

p r e s e r v a r

l a

a p e r t u r a

— e n i g m á t i c a — d e

e st a c u a r t a p r e g u n t a .

NOTAS

1. H. S a c h s s e , « D i e M o d e r n e T e c h n i c k u n d d i e h e u t i g e T e c h n i k d i s -

kus s i o n » ,

Universitas ( abr i l 198 1 ) .

2.

E s un a r eed i c i ón

p u e s t a

a l d í a ,

r e f un d i d a

y m u y

e x t e n s a m e n t e

a m

p l i a d a

( e n

r e a l i d a d , c a s i

d o b l a d a ) d e u n a m á s p e q u e ñ a

o b r a p u b l i c a d a

e n

1 9 8 4 ba jo e l t í tu lo Pour une etique

dans un

univers technicien, Un i ve r s i

d a d

d e

B r u s e l a s .

9


4/101

:. f .. '^^í*^'

U N I V E R S I D A D

E U

B O S Q U E

B J & U O T C C A

I N V E N T A R Í O

Él

v

FICHA;

• 2 2 ^ W P

C A P Í T U L O

I

L A

I M P O R T A N C I A D E L A T É C N I C A

Y D E L A T E C N O C I E N C I A

S e

p o d r í a

d e c i r , y e n d o i n m e d i a t a m e n t e

a l o

e s e nc i a l , q ue e l s a b e r c ient í fi co n o es n i de

t i p o s a p i e n c i a l ,

n i d e

t i p o c o n t e m p l a t i v o ,

n i

de t ip o

h e rmenéu t i c o ,

s ino

d e

t ip o ope r a t ivo .

J . L A D R I É R E

L a

c i e n c i a

s e h a

c o n ve r t i d o

e n u n

m e d i o

d e l a

técnica .

J .

E L L U L

1. L a p r im a c í a

t r a d i c i o n a l

d e l a t e o r í a

E l

b i n o m i o

« t e o r í a - t é c n i c a »

c o n s t i t u y e

u n a d e l a s

g r a n

d e s a r t i c u l a c i o n e s d e l p e n s a m i e n t o o c c id e n t a l . A l i g u a l q u e

s u c e d e e n

o t r o s b i n o m i o s

f i l o s ó f i c o s

( t a l e s c o m o ,

p o r

e j e m

p l o , « e s p í r i t u - m a t e r i a » , « r e a l i d a d - a p a r i e n c i a » , e tc . ) , u n o d e

l o s

d o s t é r m i n o s e s

t r a d i c i o n a l m e n t e v a l o r a d o

e n

d e t r i

m e n t o

d e l

o t r o :

e n e s t e c a s o , l a p r i m a c í a

c o r r e s p o n d e

a l a

t e o r í a . E s t a s u p r e m a c í a a r r a n c a d e m u y l e j o s . Y a e l p e n

s a m i e n t o

g r i e g o

m e n o s p r e c i a b a

l a t é c n i c a , e l

d o m i n i o

p r á c t i c o , y

c o l o c a b a

p o r

e n c i m a

l a

v i d a c o n t e m p l a t i v a

o

t e o r é t i c a .

1

« P l a t ó n (Las leyes, V I H , 8 4 6 ) y A ri s t ó te l e s (Polít ica, I I I ,

5 )

p r o p u s i e r o n

q u e e n s u s

c i u d a d e s i d e a l e s

n i n g ú n

t r a b a j a

d o r m a n u a l p u d i e r a

s e r

c i u d a d a n o .

E l

t r a b a j o a r t e s a n a l

y

m a n u a l

e s v e r g o n z o s o y

d e f o r m a

e l

a l m a

a l a v e z q u e e l

c u e r p o .

E n e l

Gorgias,

P l a t ó n

a c u s a

a l o s

" i n g e n i e r o s " ,

a

n u e s t r o s i n g e n i e r o s

a l o s q u e

h e m o s v i s t o a p a r e c e r

e n l a

11


5/101

>

m i s m a

é p o c a d e l

g r a n

f i l ó so f o . [ . . . ]

P a r a t o d o s

l o s f i l ó s o f o s

l a v i d a co n t e m p l a t i v a e s s u p e r i o r a l a s f o r m a s m á s a l t a s d e

a c t i v i d a d

p r á c t i c a . P . M .

S c h u h l

[ .. .] s e ñ a l a q u e l a

c o r r i e n

t e d e p e n s a m i e n t o q u e s u r g e e n J o n i a , e n

p a r t i c u l a r

c o n

A r q u i t a s

y

E u d o x o ,

y

f a v o r a b l e

a l a c r e a ci ó n d e u n a t é c

n i c a

c i e n t í f i c a , e s t á c o n t r a r r e s t a d a e n Ar q u í m e d e s a

c o n s e

c u e n c i a

d e l a

i n f l u e n c i a

p l a t ó n ic a . L a o p o s i c i ón

e n t r e

e l

e s c l a v o

y e l

h o m b r e l i b r e

s e

p r o l o n g a

e n l a o p o s i c i ó n

e n t r e

t é c n i c a y c i e n c i a » ( B .

G i l l e , Histoires

d es

tecniques,

p p .

3 6 2 - 3 6 3 ) .

« E l m á s

g r a n d e

d e l o s

i n g e n i e r o s

d e l a a n t ig ü e d a d , A r

q u í m e d e s , n o l l e g ó, p a r e c e s e r , a

c o n v e n c e r s e

d e l a

l e g i t i

m i d a d

d e s u s t r a b a j o s d e m e c á n i c a . » D e s d e l a A n t i g ü e d a d

Clás ica , « l a

v i d a c o n t e m p l a t i v a

t r i u n f a

d e c i d i d a m e n t e

s o

b r e l a v i d a p r á c t i c a , a u n q u e

T a l e s ,

p o r e j e m p l o , h a b í a t r a

t a d o

d e a s o c i a r l a s » ( P .

S c h u h l , Machinisme

et

philosophie,

p p .

1 5 - 1 6 ) .

La

descuálif icación

antigua

Po r

s u

l ad o , P l o t i n o l l e va has t a

e l

e x t r e m o

u n a

t e n d e n

ci a y a p a t e n t e en P la tón y A r i s tó te l es y en l a m a y o r p a r t e

d e

l o s f il ó so fos de l a Ant igüedad

— s a l v o ,

qu i zás , en e l caso

d e lo s so f i s tas y d e l o s a t o m i s t a s — , a s abe r , e l p r e d o m i n i o

d e

l a

a c t i t u d c o n t e m p l a t i v a

o teór ica

s o b r e

l a

a c t i t u d

prác

t ica

y s o b r e l a a c t i t u d p r o d u c t i v a o poé t ica : s i se a d m i t e

qu e

l a

a c t i t u d

teór ica

a p u n t a

a l

c o n o c i m i e n t o r i g u r o s o

y

d e m o s t r a t i v o , q u e l a a c t i t u d práctica c o n c i e rn e a l buen - ha-

ce r

d e u n a g e n t e

cua l qu i e ra

y q u e l a

a c t i t u d p r o d u c t i v a

o

poética

a p u n t a

a

c r ear

u n a

cosa

d i s t i n t a d e s u

c r ead o r ,

se

v e que l a v i s ión

g r i e ga

d e l

u n i v e r s o a s i g n a

a l a técn ica u n

status i n f e r i o r .

Ésta

q u e d a d e f i n i t i v a m e n t e

e n e l

p l a n o

i n

t e l e c t u a l

d e l

d o m i n i o

d e l a a p r o x im a c i ó n , e n e l

p l a n o

m o

r a l

d e l

d o m i n i o

d e l

a r t i f i c i o ;

s u

e f i cac i a m i sm a

le

h ace

co

r r e r , p e r m a n e n t e m e n t e ,

e l

r i esgo

d e l a

d e s m e d i d a .

S e e n

t i en d e , pues ,

q u e l a

r a c i o n a l i d a d

técnica

p e r c i b i d a

y , a m e

n ud o d esc r i t a

d e

f o r m a sut i l ,

q u e d e

e n u n

p l an o i n f e r i o r ;

qu e

l o s técn icos , p o r

o t r a par t e n ecesar io s , s ean so c i a l men -

t e men o sp r ec i ad o s y que l a técn ica m i s m a n o f o rme par t e

d e

l a r ea l i zac ión de l a

esencia

d e l

h o m b r e

[J .Y .

Go f f i,

La

philosophie de la technique, pp . 3 9 - 40 ] .

1 2

l menosprecio

platónico

De

la s

t res c lases soc i a l es

qu e

c o m p o n e n

e l

e s t a d o p l a

tón ico , l a v i r t u d

s u p r e m a

d e l a

episteme

es

p r o p i a

d e l a

p r i m e r a ,

l a d e l o s

go be rn an t es ,

l e

c o r r e spo n d e

e l

v a l o r

a l a

clase d e l o s

m i l i ta r e s , m i e n t r a s

q u e a l a c lase

i n f e r i o r f o r

m a d a p o r a r t e san o s y ag r i cu l t o r e s P la tón no l es a t r i b u y e

n i n g u n a

v i r t u d específ ica. A

j u i c i o

d e

P l u t a rco ,

P la tón es e l

r e spo n sab l e d e qu e l a techne mecánica f u e ra d eses t i mad a

c o m o o b j e t o

de interés teór ico: «La

ap r ec i ad a techne meca-

nica

hab ía s ido e jerc ida co n a n t e r i o r id a d p o r E u d o x o y A r

q u i ta s ;

éstos,

p a r a h a c e r

que l a g eom etr í a

par ec i e r a

más

agrad ab l e , hab ían s o l u c i o n a d o , c o n e j emp l o s mecán icos

co n c re t o s , aque l l o s p r o b l emas

g eométr icos

cu y a c o m p r e n

s i ón n o e r a i n m e d i a t a [ . . . ] . Pero Platón e s t aba d esco n t en t o

co n e l l o

y l e s r eprochó que

d e s h o n r a r a n

d e

e s ta m a n e r a

l o

s u p e r i o r

d e l a g e o m e t r í a

t r an spo r t an d o e s t a c i en c i a

d e l d o

m i n i o

de l a s cosas inco rpóreas y

abs t r ac t as

a l d e l o s

ob je

tos sens ib l es

y

u t i l i z an d o o b j e t o s

qu e

e r a n

sólo

p r o p i o s

d e

vu l gar es

y

t o scos a r t e san o s . C o m o consecuencia

d e

es t a s

co n s i d e rac i o n es ,

l a mecán ica se sepa ró de l a g eom etr í a y

f ue d e s p r e ci a d a d u r a n t e m u c h o t i e m p o

p o r l a f i l o so fí a

p u r a , q u e d a n d o r e d u c i d a

a l

r a n g o

d e u n a

techne

mi l i ta r »

[ M . M e d i n a , De la techne a la tecno logía ,

p p .

46-47].

E n

l a

h i s t o r i a

d e

O c c i d e n t e ,

e l

p r o y e c t o

d e l a

c i e n c i a

o

d e l s a b e r

s e h a

c o n f u n d i d o

c o n e l

p r o y e c t o

t e ó r i c o .

E t i m o

l ó g i c a m e n t e , e l t é r m i n o « t e o r í a » e v o c a l a v i s i ó n , l a c o n

t e m p l a c i ó n . P e r o l a t e o r í a

p r e s e n t a

t a m b i é n l a

f o r m a

d e

u n

logos,

d e u n d i s c u r s o r a c i o n a l . E l p r o y e c t o t e ó r i c o e s ,

p u e s ,

un

discurso racional articulado

qu e

contempla

o

refle

ja la estructura racional de lo real.

E l

s a b e r

e s « l o g o t e o r í a » .

E s t e p r o y e c t o

p e r t e n e c i ó ,

p r i m e r a m e n t e ,

a l a f il o so f ía ( co n

l a

q u e l a

c i e n c i a

s e c o n f u n d i ó

d u r a n t e m u c h o t i e m p o ) .

P a

s ó a s e r ,

p o s t e r i o r m e n t e ,

e l d e l a

c i e n c ia l l a m a d a p u r a .

T o d a v ía h o y , s o n

m u c h o s

l o s q u e

e s p e r a n ,

m á s o

m e n o s

e x p r e s a m e n t e ,

q u e l a

ci e n c i a p r o d u z c a

l a T e o r í a d e l o R e

a l ,

e s

d e c i r ,

u n a

i m a g e n

s i m b ó l i c a ( l ó g i c a , m a t e m á t i c a ,

u n i t a r i a , l i n g ü í s t i c a ) q u e n o s m o s t r a s e l a n a t u r a l e z a y l a

e s t r u c t u r a

d e l o

r e a l ,

o f r e c i én d o n o s l a m a e s t r í a

c o n t e m p l a

t i v a

c o m o

s i s e t r a t a r a d e u n c u a d r o q u e s e d o m i n a d e u n

v i s t a z o .

2

13


6/101


7/101

sad o r es es m u c h a . L a A n t i gü e d a d c o l o caba a l a técn ica en

l a

es fera d e l a n eces id ad , p e r o l a e v a l u a b a n e g a t i v a m e n t e

e n u n a c o m p a r a c i ó n i m p l í ci t a e n t r e e l a r t e y l a n a t u ra l e za .

L o q u e h a y e n c o m ú n en t r e B aco n y Descartes es u n a n u e

v a e va luac ión de l a técn ica que ent r aña u n a r e f le x ión iné

d i t a s o b r e la s r e l ac i o n es en t r e e l a r t e y l a n a t u r a l e z a . A l

m i s m o t i e m p o , l a técn ica s e conve r t i r á en p o d e r a u t ó n o m o

r e spec t o a l d o m i n i o e s t r i c t a m e n t e a n t r o p o l ó g i c o d e l a n e

ces i d ad .

* A ) Para B aco n las cosas están pa r t i cu l a rmen t e cl a ras : «Si

se en co n t ra ra u n m o r t a l q u e n o t uv i e r a o t r a am b ic ión m ás

qu e l a d e extender e l i m p e r i o y e l p o d e r de l géne r o h u m a n o

so b r e l a i n m e n s i d a d de l as cosas, t endr í am os que c o n ven i r e n

qu e ésta es más p u r a , m ás n o b l e y m ás augus t a q u e cualquier

o t r a » (Novum Organum). N o s e podr í a i r , m ás c laramente ,

con t r a l a

a c t i tu d

p latónica p a r a q u i e n l a am b ic ión m ás

p u r a

i m p l i c a , p o r e l c o n t ra r i o , el rechazo de e s e poder .

E l

m i s m o i d e a l i n t e r v e n c i o n is t a e n c o n t r a m o s e n Des

cartes: «E n l u g a r d e esta fi losofía e specu l a t i va que s e ense

ñ a e n l a s escuelas s e podr í a e n c o n t r a r e l m o d o d e o b r a r

m e d i a n t e

e l

cu a l , c o n o c i en d o

l a

f u e r za

y l as

acc iones

d e l

fuego , d e l a i r e , d e l o s as t r o s , d e l o s c i e l os y d e l r e s t o d e lo s

cuerpo s q u e n o s r o d e a n , t a n c l a r a m e n t e c o m o c o n o c e m o s

l os d i versos o f ic ios d e n ues t r o s a r t e san o s , p o d r ía m o s e m

p l e a r l o s d e i g u a l m o d o p a r a lo s u s os p a r a l o s q u e s o n p r o

p i o s y , as í , v o l v e r n o s d u e ño s y p o s e e d o r e s d e l a n a t u r a l e

z a » (E l discurso del método, V I ) . E s t a c o m p a r a c i ón en t r e e l

m a e s t r o d e escuela y e l a r t e san o , c o m p a r a c i ón d e l a q u e

sa l e ven t a j o so e l a r t e san o , n o s m u e s t r a q u e l a escala d e

va l o r e s s e h a i n v e r t i d o de sde P la tón .

B ) E l o b j e t i vo d e l a a c t i v i d a d técnica es e l d o m i n i o c r e

c i en t e so b r e

la s

c o sas . Aho r a b i e n ,

s i e s

n ecesar i o o b ra r

« p a r a e x t e n d e r l o s l ím i t e s de l i m p e r i o d e l h o m b r e s o b re l a

n a t u r a l e z a

e n t e r a y h a c e r t o d o c u a n t o l e e s p o s i b l e »

(La

nueva

Atlánt ida) , n o se « s o m e t e a l a n a t u r a l e z a m á s q u e

o b e d e c i é n d o l a » (Novum Organum). E s t a fó r m u la no s e r í a

m á s q u e u n

slogan

s i n o e s t u v i e r a m a t i z a d a : «l a c i enc ia y

e l

p o d e r h u m a n o c o i n c i d e n e n t o d o s l o s p u n t o s y se

d i r i -

ge n a l m i s m o o b j e t i v o ; e n l a i g n o r a n c i a es tá la c ausa q u e

n o s p r i v a d e l e fecto ; pu es n o se pued e ven ce r a l a n a t u r a l e

za m á s q u e o b e d e c i én d o l a ; y l o q u e e r a p r i n c i p i o , e f ec to o

causa en l a t e or í a s e c o n v i e r t e e n r e g l a , o b j e t i vo o m e d i o

e n l a p r ác t i ca » (Novum Organum).

1 6

>

[...] Puesto que la técnica está p e n s a d a d e n t r o d e u n

m i s m o m a r c o , u n m e c a n i s m o a l s e r v i c i o d e l p o d e r , l as

o pe rac i o n es de l t écn ico s e desc r ib ir án de f o r m a s i m i l a r .

Así, B a c o n a f i r m a : «e l h o m b r e n o t i en e o t r o po d e r so b r e l a

n a t u r a l e z a q u e e l d e p o d e r d a r l e m o v i m i e n t o ; y t o d o l o q u e

pued e hace r es a p r o x i m a r o a l e j a r , un o s d e o t r o s , a l o s

cuerpo s n a t u ra l e s . C uan d o es te a l e ja m i e n t o o ac e rcami en

t o s o n p o s i b l e s [...] lo pued e t o d o ; fue ra d e e s t o n o pued e

n a d a »

(De

Dignitate

et

a ugmentis,

U, 2).

Descartes ,

p o r s u

p a r t e , e s c r ib ió, en u n a f o r m a qu e r ecue rd a , cas i l i t e r a l m en

te , a l a d e s u p r ed eceso r , «l a m e d i c in a , l os m ecánicos y , en

gen e ra l , t o d as la s a r t e s p a r a la s cuales e l c o n o c i m i e n t o d e

l a

física pued e s e r v i r , n o t i e n e n m á s f i n q u e ap l i c ar a l gu

nos cuerpos sensib l es a o t r o s , d e m o d o qu e s e p r o d u z c a n

efectos

s en s ib l e s co m o co n secuen c i a d e causas naturales»

(Principios de F i losofía, I V , 2 0 4 ) [J . Y . G o f f i, La philosophie

de la technique, p p . 43-45] .

* L a n a t u r a l e z a p r o f u n d a m e n t e o p e r a t i v a d e l a n u e v a

c i e n c i a

s e

e x p r e s a ,

d e u n

m o d o c o n c r e to ,

e n e l

h e c h o

d e

q u e e l n u e v o s i s t e m a d e l m u n d o ( e l h e l i o c e n t r i s m o c op e r -

n i c a n o e n o p o s i c i ón a l g e o c e n t r i s m o p t o l o m e i c o ) s e i m

p o n e p o r q u e p e r m i t e c á l c u l o s m á s s i m p l e s y p r e d i c c i o n e s

m á s p r e c i s a s e n l o q u e s e r e f i e r e a l m o v i m i e n t o d e lo s

p l a n e t a s y n o p o r q u e s e a i n t u i t i v a m e n t e m á s e v i d e n t e ( a l

c o n t r a r i o ) o p o r q u e o f r e z ca u n a i m a g e n m á s fiel d e l o

r e a l . L a r e p r e s e n t a c i ó n t e ó r i ca d e l o r e a l c o n l a q u e l a

c i e n c i a t r a b a j a s e c o n v i e r t e a s í e n modelo, e s d e c i r ,

( r e ) co n s t r u c c ió n d e u n a p a r t e d e l o r e a l d e s t i n a d a a d a r

i n f o r m a c i o n e s s e g u ra s s o b r e e l e n c a d e n a m i e n t o d e l o s

h e c h o s y l a s c o n s e c u e n c i a s d e n u e s t r a s i n t e r v e n c i o n e s e n

e l

c u r s o d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s . J u n t o a l a i n t e r p r e t a c i ó n

r e a l i s t a q u e t u v o t a m b i é n d e s d e s u n a c i m i e n t o d i c h a c o n

c e p c i ó n ( y q u e t a n t o i n q u i e t a b a a l a I g le s i a p u e s t o q u e

d e f e n d í a q u e realmente l a t i e r r a g i r a b a a l r e d e d o r d e l s o l y

n o s e t r a t a b a s ó lo d e u n m o d e l o d e r e p r e s e n t a c i ón ) , e l

s i s t e m a c o p e r n i c a n o f u e co n c e b i d o c o m o u n a « f ic c i ón

m a t e m á t i c a c ó m o d a p a r a c a l c u l a r y r e c t i f i c a r l a s T a b l a s

a s t r o n ó m i c a s d e P t o l o m e o [ . . . ] , s i m p l e a r t i f i c io d e c á l c u l o

s i n

r e a l i d a d f í s i ca , ú t i l p a r a s i m p l i f i c a r l o s c á l c u l o s c o n

1 7


8/101

q u e

c o n s t r u i r u n

a n u a r i o

d e l t ie m p o » .

G a l i l e o ,

e l

p r e c u r

s o r

d e

e s t a

r e v o l u c i ó n , e r a a l a v e z m a t e m á t i c o , e

i n g e n i e

r o

d e l

d u q u e

d e

F l o r e n c i a .

T a m b i é n é l , q u e e n u n c i ó q u e

« e l l i b r o d e l a

n a t u r a l e z a

e s t á

e s c r i t o

e n

l e n g u a j e

m a t e m á

t i c o » , f u e

q u i e n

c o n s t ru y ó u n

t e l e s c o p i o

q u e s i r v i ó

p a r a

p r e p a r a r l a p e n e t r a c i ón

e x p e r i m e n t a l

d e e s t e

n u e v o e s pa

c i o

d e l

m u n d o

q u e l a s m a t e m á t ic a s h a b í a n

a b a l i z a d o

t e ó

r icamente .

*

3

L a t é cn i c a y l a m a t e m á t i c a s e

e n c u e n t r a n , s i l e n c i o s a s ,

e n

e l s e n o d e l a

n u e v a c i e n c i a

y , a l l í , s e

r e s p a l d a n p a r a

l e v a n t a r

l a

e m p r e s a

d e l

s a b e r

l o g o t e ó r i c o ,

e s p e c u l a t i v o

y

s i m b ó l i c o . L a ca r a c t e r í s t i ca

fu n d a m e n t a l

d e l a

c i e n c i a

m o

d e r n a

e s l a t e c n o m a t e m á t i c a , e s

d e c i r ,

l a

o p e r a t i v i d a d .

A d e m á s , y p e s e a q u e

e st a i d e n t i d a d

e s t á

l e j o s

d e s e r

i n m e

d i a t a m e n t e r e co n o c i d a p o r q u e

s e

h a l l a a h o g a d a

e n u n

o c é a n o d e f i l o s o f í a , t e o l o g í a y

e s o t e r i s m o d i v e r s o s , e s t a l l a

c o n v i o l e n c i a

e n

t o d a

u n a a l e g o ría d e l

d o m i n i o ,

l a

d o m i n a

c i ón , l a p e n e t r a c i ó n y l a p o s e s i ón d e l a

n a t u r a l e za ,

d e la s

q u e

s ó l o

e s ta m o s e m p e z a n d o

a

e l a b o r a r

s u

a s o m b r o s o

i n

v e n t a r i o

( c f . B .

E a s l e a , Science et philosophie. Un e revolu-

tion

1450-1750, P a r í s ,

R a m s a y , 1 9 8 6 ) . E s t a v i o l e n c i a

d e l a

a c c i ó n c i e n t í f i c a n o s e v e r á

d e s m e n t i d a .

S e g ú n C .

B e r n a r d :

« N o s e h a

p o d i d o d e s c u b r i r

l a s le y e s d e l a

m a t e r i a

b r u t a

m á s q u e

p e n e t r a n d o

l o s

c u e r p o s

y l a s m á q u i n a s

i n e r t e s ,

d e

i g u a l

m o d o

n o s e p o d r á

l l e g a r

a

c o n o c e r

l a s le y e s y

p r o p i e

d a d e s

d e l a

m a t e r i a v i v a

m á s q u e

m a n i p u l a n d o

l o s

o r g a

n i s m o s v i v o s p a r a i n t r o d u c i r s e

e n s u in t e r i o r » (Jntroduc-

tion

á l étude de la méd ec ine experiméntale) .^

La ciencia moderna es violenta

L o s

f i lósofos ar is toté l icos

e s t a b a n f a t a l m e n t e e s t a n c a

d o s , i m p o t e n t e s a n t e

l a

N a t u r a l e za — r i d i c u l i z a b a B a c o n — ,

y n o d e b ía n « n u n c a

p o n e r

l a

m a n o s o b r e e l l a

n i t o m a r l a » .

D i l a p i d a n d o

s u e n e r g ía e n

u n a v a n a

c ontem p lac ión , Ar i s tó

t e l e s

h a b í a « d e j a d o l a

N a t u r a l e za i n t o c a d a

e i n v i o l a d a » .

B a c o n ,

p o r e l

c o n t r a r i o , p e n s a b a

q u e p o d ía i n v i t a r a l o s

« v e r d a d e r o s

h i j o s

d e l s a b e r » q u e

a s p i r a n

a « i r m ás a l lá » y

a « s o m e te r [ . .. ] a l a

N a t u r a l e z a

e n a c c i ó n » , a

u n i r s e

a él

p a r a ,

« a t r a v e s a n d o l o s

cur s os e x t e r i o r e s

d e l a

N a t u r a l e z a

e n d o n d e t a n t o s

h a n

a v e n t u r a d o

y a s u s

pa s o s, e n c o n t r a r

18

p o r

f i n u n

c a m i n o

qu e

c o n d u z c a

a su s

h a b i t a ci o n e s p r i v a

d a s » .

Ba c o n p r o c l a m a b a

s u

v a r o n i l

i n t enc ión de

p r e s i d i r

«e l

n a c i m i e n t o v e r d a d e ra m e n t e m a s c u l i n o

d e l t i e m p o » , d e

i n a u g u r a r l a

n u e v a

e r a e n l a q u e la

h u m a n i d ad

deb í a ,

p r o

g r e s i v a m e n t e ,

a d q u i r i r e l

p o d e r

de «conqu i s ta r l a y

s o m e

t e r l a [ l a

N a t u r a l e z a ],

d e

c o n m o v e r l a h a s t a

su s

f u n d a m e n

t o s » .

E n su Av ancements d es S ciences,

B a c o n l l a m a b a

a l o s

h o m b r e s

a

r e c o n c i l i a r s e

y a

u n i r

su s

f ue r z a s con t r a

l a N a

t u r a l e z a ,

«par a

t o m a r

p o r

a s a l t o

y

o c u p a r

su s

ca s t i l l o s

y

s us p l a z as

fue r t e s », u n a inv i tac ión que e voca , u n

p o c o ,

l a

v i o l ac ión

co l e c t i v a

d e l a

N a t u r a l e z a . C o i n c i d i e n d o

c o n e l

p e n s a m i e n t o

d e

B a co n , H e n r y O l d e n b u r g

e s c ri b i ó a u n f u

t u r o

m i e m b ro

d e l a

Ro y a l S o c i e t y

q u e « l o s

v e r d a d e r o s

h i

j o s

d e l a c i e n c ia » s o n

a q u e l l o s

q ue n o e s tán

sat is f echos

c o n

l a s v e r dade s

y a

co n o c i d a s , s i n o

q u e s e

es fuerzan

p o r

« a b a n d o n a r l a a n t e c á m a r a d e l a

n a t u r a l e z a p a r a p e n e t r a r

e n

s u

g a b i n e t e

i n t e r i o r » . U n

h i s t o r i a d o r e s p e c i a li s t a

e n e l

Sig l o

d e l a s

L u c e s

q u e d ó

c o m p r e n s i b l e m e n t e i m p r e s i o n a

d o

p o r e s te

l e ngua j e

de l os fi l óso fos d e l

s i g l o

x v m « l l en o d e

m e tá for as que

a p e s t a n

a

b a t a l l a

y a l

a c to

f í s ico de la

p e ne

t r ac ión» .

C l a r a m e n t e ,

l a

c i e n c i a

e r a u n

a s u n t o m a s c u l i n o

y

l a t i e r r a u n a

m u j e r . N u e s t r a

ú l t im a I lus t r ac ión tom ar á

p r e s t a d o t o d o

e s to a

p r i n c i p i o s

d e l

s i gl o x r x .

E n e l

a lb a

d e

su

c a r r e r a

e n l a

Re a l

Ins t i tuc ión , s i r

H u m p h r e y D a v y,

f u t u -

r o p r e s i d e n t e

d e l a

R o y a l S o c ie t y , e x p l i ca b a o r g u l l o s a m e n -

t e

q u e « e l

h o m b r e

d e c i e n c i a » , n o

c o n t e n t o

de l o que s e

p u e d e e n c o n t r a r

e n l a

s up e r f i c i e

d e l a

T i e r r a ,

«h a

p e n e t r a

d o

en su s eno [ . . . ]

p a r a a p a c ig u a r

l a

f iebre

de sus deseos

y

p a r a e x t e n d e r

y

a c r e c e n t a r

s u po de r » . Y , r e tór icam en

te ,

p r e g u n t a b a :

«¿Qu ién n o sac ia rí a l a am b ic ión de f a m i

l i a r i z a r s e

c o n lo s

secre tos

m ás

p r o f u n d o s

d e l a

N a t u r a l e

za ,

d e

v e r i f i c a r

su s

o p e r a c i o n e s

e s cond idas? » . La

c i e nc ia

— p r o c l a m a b a

t r i u n f a n t e — h a

d a d o

a l f i lósofo n a t u r a l

« p o d e r e s q u e p o d r í a n

ca l i f i ca r s e

d e

c r e ador e s ;

éstos le

h a n

p e r m i t i d o

[ .. .] p o r l a p r ác t ica de l a expe r im en tac ión ,

i n t e r r o g a r

a l a

N a t u r a l e z a

c o n

a u t o r i d a d

y n o

c o m o

l o

har í a e l

e r u d i t o p a s i v o

q u e n o d e s e a

n a d a

m á s q u e

c o m

p r e n d e r

la s

o p e r a c i o n e s

d e l a

N a t u r a l e z a , s i n o

m ás

b i e n ,

c o m o

u n

m a e s t r o a c t i v o

q u e s e

s i r v e

d e s u s

p r o p i o s

i n s t r u

m e n t o s » .

H e i n d i c a d o

y a q u e l a

v o l u n t a d

d e

l i b e r a r

a l a h u m a n i

d a d

d e l a s

n u m e r o s a s

t i r an í as de l a

n a t u r a l e z a

es

una cos a

y e l d e s e o d e a d q u i r i r u n

p o d e r

t o t a l

s ob r e

l a

n a t u r a l e z a

1 9


9/101

>

« p o r s í m i s m o » ,

o t r a co sa

m u y d i s t i n t a . Pero , ¿se

t r a t a b a

r e a l m e n t e de es to? Pa rece más b i e n qu e t r a s u n l a r go d esa

r r o l l o

h i s tó r ico ha

a p a r e c id o

e n

E u r o p a o c c id e n t a l

u n

t i p o

d e h o m b r e s

que es tán deseosos de

r o m p e r

s u s l a z o s c o n l a

« T i e r r a M a d r e »

p a r a r e s p o n de r

a u n d e se o

c o m p u l s i v o

d e

p r o b a r

s u

m a s c u l i n i d a d

y v i r i l i d a d . E l

m e d i o

qu e

e l l o s

d e

b í an

e m p l e a r

e ra l a aprop iac ión tecno lóg ica ,

c ad a

v e z m á s

p u j a n t e ,

d e

u n a T i e r r a p a s iv a , p a r a p e r m i t i r

a l o s

h o m b r e s ,

según la s

p a l a b r a s m a e s t r a s

d e

F r a n c i s B a c o n ,

« h a c e r

t o d o

l o

q u e e s

p o s i b l e

h a c e r » [ B .

E as l ea , Science

et

philosophie,

p p . 2 9 5 - 2 9 6 ] .

3 .

L a


c o n t e m p o r á n e a

* E l

i d e a l a n t i g u o

— l o g o t e ó r i c o y fi l o s ó f i c o — d e l a

c i e n

c i a

e s t á t o d a v ía m u y

a r r a i g a d o

e n l a

c o n s c i e n c i a

( a d e s p e

c h o

d e l a m u t a c i ó n

p r o d u c i d a

e n e l

p r o y e c t o o c c i d e n t a l

d e l

s a b e r , e m p l a z a d o c a d a

v e z m á s

b a j o

e l

s i g n o t e c n o m a -

t e m á t i c o d e l a

o p e r a t i v i d a d ) . N o s o t r o s s e g u i r e m o s

d e é s t e ,

e s e n c i a l m e n t e ,

l a d i m e n s i ó n t éc n i ca . L a m a t e m a t i z a c i ó n

d e

l a

c i e n c i a

y d e s u

o b j e t o

s e

c o n c ib e c o m o

l a

p u e s t a

e n

m a r c h a d e l a

p o s i b i l i d a d

d e l

p l e n o d e s a r r o l l o

t é c n i c o . L a

m a t e m a t i z a c i ó n e s l a r e p e t i c i ó n

g e n e r a l d e

l a

a p r o x i m a

c i ó n a l a

t o t a l i d a d

d e l o

r e a l b a j o

e l á n g u l o d e s u

m a n i p u

l a c i ó n ü i m i t a d a , d e l

j u e g o ,

s i n l ím i t e s , d e l a r e a l iz a c i ó n d e

t o d o

l o

p o s i b l e .

*

« L a t e o r í a m a t e m á t i c a

p o t e n c i a l i z a [ cr e a

l o

p o s i b l e ,

G . H . ] ,

p o r e l

h e ch o m i s m o

d e q u e

e l l a i n v i s t e

a

priori

u n a

n a t u r a l e z a v i s t a

d e

m a n e r a o p e r a t i va .

L a té c n i ca l a

s e g u i

r á , m á s o

m e n o s b i e n ,

c o n m á s o

m e n o s

r a p i d e z » ( D . J a n i -

c a u d ,

La

puissance

d u

rationnel,

p . 1 9 4 ) .

H o y ,

l o s

p o l o s

t e ó r i c o y t é c n i c o d e l a

a c t i v i d a d

c i e n t í f i

ca

e s t á n

in d i s o l u b l e m e n t e t r e n z a d o s .

~ * « E s t a d i s t i n c i ó n

[ e n t r e c i e n c i a

y t é c n i c a ,

G . H . ] , a p a r e n

t e m e n t e c l a r a ,

e s t á

p u e s t a

e n

t e l a

d e

j u i c i o

p o r e l

c r e c i e n

t e e n t r e l a z a m i e n t o

d e l a s

c i e n c ia s n a t u r a l e s

y d e l a t é c n i c a ,

q u e

s e

m a n i f i e s t a t a n t o co m o

u n a t e c n i fi c a c ió n d e l a

c i e n

c i a

c o m o

u n a c i e n t i fi z a c i ón d e l a t é c n i c a » ( H .

S t o r k , Ein-

fuhrung

in die

Philosophie

d er

Technik,

p . 4 1 ) . B .

G i l l e

h a -

2 0

>

b l a

d e « l a i n t e r p e n e t r a c i ón d e l a

c i e n c i a

y d e l a t é c n i c a »

(op.

cit., p . 1 . 1 1 9 ) y d e « l a d i f i c u l t a d d e d i s o c i a r l a s » (His-

toires d es

techniques,

p . 1 .453) .

« E l g u i ó n q u e u n e l o s t é r m i n o s d e " c ie n c i a - t e cn o l o g í a "

i n d i c a

e s a u n i ó n

e s e n c i a l

[ . . . ] . L a

n u e v a c i e n c i a

e s , p o r s u

e s e n c i a ,

t e c n o l ó g i c a » ( W .

B a r r e t , The Illusion of Technique,

p .

2 0 2 ) .

*

l

entrelazamiento

tecnocientíf ico

La c i en c i a p u r a

n o es

s i n o

u n

e l e m e n t o e n t r e

l o s

va r i o s

q u e c o n s t i t u y e n

la s

ac t i v i d ad es

de inv es t i g ac ión : no

t i en e

p o r

qu é

o c u p a r

u n

l u g a r

p r i o r i t a r i o e n e l

c a m i n o

qu e

c o n

d uzca

a l a r eso luc ión de l o s

e n i g m a s

d e l

u n i v e r s o . T o d a

l a

inv es t i g ac ión con temporánea se

p r o d u c e

e n u n v a iv én e n

t r e

e l

c o n cep t o

y l a ap l icac ión ,

e n t r e

la teor ía y la práctica ,

e n p a l a b r a s

d e

B a c h e l a r d , e n t r e

« e l espír i tu

t r a b a j a d o r

y l a

m a t e r i a

t r a b a j a d a ». E n

esta

re lación, la

theoria

e s l a

i n s t a n

ci a p r i m e r a

d e l a

techne,

m á s e n

s en t i d o

c rono lóg ico que

j e r ár q u i co y s i n q u e s u s

p r i o r i d a d e s

ep i s temo lóg icas

s ean

u n a

c o n s t an t e r e spec t o

a l o s

l o g r o s

técn icos que l a s

f u n

d a n ;

l a s

c o n qu i s t as

d e l a

c i en c i a pasan

t a m b i é n p o r la s d e

l a

t e c n o l o g í a ^ L a

e xpe r i en c i a

d e l a

g u e r r a

y , más

r ec i en t e

m e n t e ,

la s

i n ves t i gac i o n es e spac ia l e s

o l o s

g r a n d es l a b o r a

t o r i o s

i n d u s t r i a l e s

( l o s

B e l l L a b o r a t o r i e s ,

l a

Gen e ra l E l ec

t r i c ,

e l D u

P o n t

o l a L B M ) s o n u n a

m u e s t r a

d e q u e , s i

b i e n

e l d esar r o l l o

técnico

d epen d e e s t r echam en t e

d e l a

c i enc ia

p u r a ,

e l

p r o g r e s o

d e l a

c i en c i a d epen d e

t a m b i é n , m u y e s

t r e c h a m e n t e ,

d e l a técn ica . E l

e m p l e o m a s i v o

d e

i n s t r u

m e n t o s

n o se h a

c o n v e r t i d o m e n o s

e n u n a

n o r m a p a r a

l o s

c i en t íf icos que l o s

c o n cep t o s

y teor ías

p a r a

l o s

i n gen i e r o s

[. . . ]. De

i g u a l m o d o

q u e l a

c ien c i a c r ea n u evo s

seres técni

cos,

la técnica

c r ea n uevas

l íneas de

o b j e t o s

c ientí f icos. La

f r o n t e r a

e s t a n

t e n u e

q u e n o s e

p u e d e d i s t i n g u i r e n t r e

l a

a c t i t u d

de l esp í r itu d e l c i en t íf i co y l a de l

i n g e n i e r o ,

y a q u e

ex i s t en

ca sos

i n t e r m e d i o s

[ J J . S a lo m ó n ,

Science et politi-

que,

p p .

135-136] . * ;

E s t a

u n i ó n

v a l e i n c l u s o p a r a

l a i n v e s t i g a c i ó n b á s i c a , y a

s e

t r a t e

d e l a b i o l o g í a , l a fí s ic a ( d e s d e l a a s t r o f ís i c a a l a

m i c r o f í s i c a ) o l a n e u r o l o g í a .

2 1


10/101

Tecnociencia e investigación física básica

C u a n d o o b s e r v a m o s l o s o b j e t o s d e n u e s t r a v i d a c o t i d ia

n a , e l p r o c e s o f í s ico que hace po s i b l e e s a o b s e r v a c i ó n n o

j u e g a m á s qu e u n p a p e l s e c u n d a r i o . A p e s a r d e e l l o , cada

p ro ceso de obse r va c ión p r o v o c a p e r t u r b a c i o n e s c o n s i d e r a

b les en l a s par t ícu las e l emen t a l e s d e l a m a t e r i a . E s a b s o l u

t a m e n t e i m p o s i b l e h a b l a r d e l o s c o m p o r t a m i e n t o s d e l a

par t í cu la s in t e n e r e n cuen t a l o s p r o ceso s de obse r vac ión

[ . . . ] . La

p r e g u n t a

de s i e sas par t í cu las

e x i s t en

« e n s í

m i s

m a s » e n e l espac io y e l t i e m p o n o p u e d e , p o r t a n t o , p l a n

t ea r s e e n e s o s t ér m i n o s ; e n e fecto , n o p o d e m o s h a b l a r m á s

qu e de , l os a c o n t e c i m i e n t o s q u e se d e s a r r o l l a n c u a n d o , p o r

l a a cc ión r ec í p r oca de l a par t ícu la y de n o i m p o r t a qué

o t r o

s i s t e m a f í s i c o , por e j e m p l o , l o s i n s t r u m e n t o s d e m e d i

d a , se i n t e n t a c o n o ce r e l c o m p o r t a m i e n t o de l a par t í cu la .

L a c o n c e p c i ó n d e l a r e a l i d a d o b j e t i v a de l a s par t ícu las e l e

m e n t a l e s está, p u e s , e x t r añam ente r e s u e l t a [ . . . ] . Los d e f en

s o r e s d e l a t o m i s m o h a n d e b i d o r e n d i r s e a l a e v i d en c i a d e

qu e s u c i en c i a n o e s m á s q u e u n e s la b ó n e n l a

i n f i n i t a

cad en a d e d i á lo g o s p o s i b l e s en t r e e l h o m b r e y l a n a t u r a l e

za y d e q u e , s e n c i ll a m e n t e , n o p o d e m o s h a b l a r d e u n a n a

t u r a l e z a « e n s í » . L a s c i enc ias d e l a n a t u r a l e z a p r e s u p o n e n

s i e m p r e a l h o m b r e y , c o m o B o h r h a d i c h o , n o s o t r o s n o

so m o s e spec t ad o r es s i n o ac t o r e s e n e l t e a t r o d e l a v i d a [ . . . ] .

An t es d e h a b l a r d e l a s c o n secuen c i as g e n e r a l e s q u e se

d e r i

v a n d e e s t a n ueva s i tuac ión de la f í s ica m o d e r n a , es

nece

s a r i o m e n c i o n a r e l d esar r o l l o " de l a técn ica , t a n t o p o r su

i m p o r t a n c i a e n la v i d a práct ica s o b r e l a

t i e r r a ,

c o m o p o r

qu e s u d e s a r r o l l o h a c o r r i d o p a r a l e l o a l d e l a s c i en c i as d e

l a n a t u r a l e z a ; h a s i d o l a t éc n ic a l a q u e h a e x t e n d i d o , d e s d e

Occ i d en t e , l a s c i enc ias d e l a n a t u r a l e z a s o b r e l a

t i e r r a

e n

t e r a

y l a s h a

s i t u a d o

e n e l

c e n t r o

d e l

p e n s a m i e n t o c o n t e m

p o r á n e o . D u r a n t e e s t e d e s a r r o l l o , a l o l a r g o de l os dos ú l t i

mo s s i g l o s , la técnica s i e m p r e h a s i d o l a c o n d i c i ó n y c o n

secuen c i a d e la s c i enc ias d e l a n a t u r a l e z a [ W . H e i s e n b e r g ,

La

naturaleza

en la física contemporánea, p p . 18-20 ] .

« E n l o s p r ó x im o s v e i n t e a ñ o s l a s t e c n o l o g í a s d e l o v i v o

t e n d rá n u n lu g a r i m p o r t a n t e n o s ó lo p a r a l a t r a n s f e r e n c i a

y a p l i c a c i ó n d e c o n o c i m i e n t o s n u e v o s q u e l l e g a n d e s d e l a s

i n v e s t i g a c i o n e s b á s i c a s o a p l i c a d a s , s i n o t a m b i é n p a r a

f e c u n d a r y p e r m i t i r , e l l a s m i s m a s ,

e s t o s

c o n o c i m i e n t o s »

2 2

( F . G r o s , Sciences

de la vie et société,

p . 1 1 9 ) . « L a i n t e r d e

p e n d e n c i a e n t r e l o s p r o g r e s o s e n l a b i o l o g í a b á s i c a y f a r

m a c o l o g í a e s

t o t a l :

l a f a r m a c o l o g ía d e p e n d e d e t o d a s l a s

a d q u i s i c i o n e s e n b i o l o g í a , l o s m e d i c a m e n t o s s o n y s e r á n ,

c a d a v e z m á s , u n e le m e n t o f u n d a m e n t a l p a r a l a i n v e s t i g a

c i ó n b á s i c a »

(ibíd.,

p . 1 4 7 ) . « L o s i n s t r u m e n t o s s o n a c t o r e s

p r i v i l e g i a d o s e n e l a v a n c e d e l a s c i e n c i a s . A l a v e z , c o n s e

c u e n c i a

y

c a u s a

d e l o s

d e s c u b r i m i e n t o s

t é c n i c o s y d e l o s

n u e v o s c o n c e p t o s »

(ibíd.,

p . 1 4 9 ) .

E s t o

n o

s i g n i f i c a

q u e l a d i s t i n c i ó n

e n t r e

i n v e s t i g a c i ó n

b á s i c a e i n v e s t i g a c i ó n a p l i c a d a (e s d e c i r , a q u e l l a c u y o f in

e s l a p u e s t a a p u n t o d e l o s d e s c u b r im i e n t o s e i n v e n t o s i n

m e d i a t a m e n t e e x p l o t a b l e s d e s de u n p u n t o d e v i s t a e c o n ó

m i c o ) h a y a d e s a p a r e c i d o . S i g n i f i c a s ó l o q u e n o s e t r a t a d e

u n a a c t i v i d a d ci e n t íf ic a « p u r a » , « t e ó r i c a » , p o r u n a p a r t e , y

c i e n c i a s a p l i c a d a s o t éc n i ca s , p o r o t r a . B á s i c a o a p l i c a d a ,

l a i n v e s t i g a c i ó n e s tecnocientíftca y l a s i m p l e o b s e r v a c i ó n

d e l o q u e s u c e d e e n u n l a b o r a t o r i o n o p e r m i t e , e n g e n e r a l ,

d i s t i n g u i r

s i l a s

a c t i v i d a d e s

q u e a l lí s e

d e s a r r o l l a n

s o n

a p l i

c a d a s o n o . S i e m p r e , y e n t o d o l u g a r , e l a p a r a t o t e c n o l ó g i

c o e s t á p r e s e n t e y t i e n e g r a n p e s o .

La

interacción

entre ciencia

y tecnología

L o q u e e s s i gn i f i c a t i vo e s q u e , p o r s u s p r o f u n d a s raíces ,

l a

a c t i v i d a d t e c n o l ó g ic a c o n t e m p o r á n e a e s t é l i g a d a a la

práct ica c ientí f ica. Por o t r a par t e , e s t a un ión e s t a n t o m á s

p a t e n t e c u a n t o m á s s e l a aso c i a a f o r m a s m ás avan zad as

d e t ecno l og í a . Es i n t e r e s a n t e c o n s t a t a r q u e , a l p r i n c i p i o ,

la s

teor ías c ientí f icas

s i g u i e r o n

a l a s

i n s t au rac i o n es t ecn o

l ó gi ca s ( c o m o e s e l c a s o d e l a m á q u in a d e v a p o r ) m i e n t r a s

qu e e n t i e m p o s m ás r ec i en t e s , p o r el c o n t r a r i o , e s l a t e or í a

l a q u e h a p r e c e d i d o a l a s r ea l i z ac i o n es t écn icas , p or e j e m

p l o , l a ene r g í a a tóm ica . Par ece , p u e s , q u e h a y u n ca r á ct e r

e spec í f ic o e n l a t ecno l og í a contem por áne a : su in te r acc ión

es t r echa c o n la c i enc ia.

E s t o p l a n t e a , d e i n m e d i a t o , d o s cues t i o n es . P o r u n

l a d o , n o s l l e va a p r e g u n t a r n o s , c o n s i d e r a n d o l a i n t e n s i d a d

de esta i n t e r acc ión , s i ex i s te aún v e r d a d e r a m e n t e u n a d i s

t i nc ión en t r e c i en c i a y t e c n o l o g ía y , p o r o t r a p ar t e , e xp l i car

c ó m o e s p o s i b l e e s t a i n t e r acc ión .

2 3


11/101

)

A p a r e n t e m e n t e ,

l a

f r o n t e r a e n t r e c i e n c i a

y t ecno log í a se

d i f u m i n a c ad a

v e z m á s . P o r u n o y

o t r o l a d o ,

l o q u e

s o r

p r e n d e , s o b r e t o d o ,

e s q u e n o s

e n c o n t r e m o s

e n

p r e sen c i a

d e

u n a

a c t i v i d a d s o c i a lm e n t e o r g a n i z a d a , p l a n i f i c a d a , p e r

s i g u i e n d o f i n e s

q u e h a n

s id o c o n s c ie n t e m e n t e

e l e g i d o s y

d e

carácter

e s e n c i a l m e n t e

práctico. Se t r a t a e n

a m b o s

ca

so s

d e u n a i n v e s t ig a c ió n

o r g a n i z a d a

y s i s temát ica y en l a

qu e e l t ér m i n o « i n v e s t ig a c i ón » c a r a c t e r i z a t a n t o l o q u e

se

hace ba j o

e l

n o m b r e t r a d i ci o n a l

d e

c i e n c i a c o m o

l o

qu e

se

hace ba j o

e l

n o m b r e

de técn ica .KPor

e j e m p l o ,

n o

h a y

m u c h a d i f e r e n c i a e n t r e

u n

l a b o r a t o r i o

d e

i n v e s t i

gac ión

a d s c r i t o

a l a

U n i v e r s i d a d

e n e l q u e , e n

p r i n c i p i o ,

se

p e r s i g u e

l a «i n v e s t i g a c ió n p u r a » y u n

l a b o r a t o r i o

d e

inv es t i g ac ión

a d s c r i t o

a u n a

g r a n e m p r e s a ,

e n e l q u e s e

p r e o c u p a n , s o b r e t o d o ,

p o r su s

p o s i b l e s ap l i cac i o n es

i n

d u s t r i a l e s .

%Per o , i n c l u s o

n o

c o n s i d e r a n d o

l o s

aspectos

soc ial es

d e l a

a c t i v i d a d

c i en t í f i ca , que en e f ec to

t a n t o

l a

a p r o x i m a n

a l a

a c t i v i d a d

t ecno lóg ica , se podr í an , desde

l a

e s t r u c t u r a

i n t e r n a d e l a

a n d a d u r a

c ien tí fica ,

e x t r a e r

a r

g u m e n t o s p a r a m o s t r a r

que ésta

t i en d e , cad a

v ez más , a

c o n f u n d i r s e

c o n l a

a n d a d u r a

t e c n o l óg i ca . E n

t o d o caso ,

n o

h a y o t r o p r o g r e s o p o s i b l e

e n la s

c i en c i as

n o

f o r m a l e s

m á s

qu e

e l q u e s e d e b e a l a e x p e r im e n t a c i ó n o , a l

m e n o s ,

a l a

observac ión .

[ .. .] E n

cua l qu i e r caso ,

l o q u e

m u e s t r a n h e ch o s

de es te

g é n e ro ( q u e , p o r

o t r a p a r t e ,

s o n

c ad a

v e z m á s

n u m e r o s o s )

e s , s i m p l e m e n t e ,

q u e h a y u n a

e s t r echa

in te racc ión

en t r e

c i en c i a

y t ecno log í a y que e l

p r o g r e s o

d e l a

c i en c i a d e pen

d e ,

e n

p a r t e ,

d e l

p r o g r e s o

de l a tecno log í a y

v i c eve r sa , p e r o

n o

qu e

c i en c i a

y t ecno log í a

t i e n d a n

a

c o n f u n d i r s e . E x i s t e ,

a pesar ,

d e

t o d o ,

u n a

d i f e r en c i a

d e

n a t u r a l e z a e n t r e

e s t o s

d o s t i p o s

d e

a c t i v i d a d .

E n p o ca s

p a l a b r a s ,

s e podr í a

d ec i r

qu e

e l f in de l a

c i en c i a

e s e l

p r o g r e s o

d e l

c o n o c i m i e n t o

m i e n t r a s

q u e l a t e c n o l o g ía

t i e n e

po r f in l a t r ans f o rmac ión

d e

l a

r e a l i d a d da d a [ J .

Ladr ié r e , Les

enjeux

de la rat ionalité,

p p .

5 5 - 5 7 ] .

N u e s t r a

r e l a c i ó n c o n l o

r e a l

e s t á , d e

a h o r a

e r i

a d e l a n t e ,

m e d i a d a

técnicamente y n o

s i m p l e m e n t e

s i m b ó l i c a m e n t e

4

m e d i a d a .

2 4

)

Del mundo natural

sensible a l

cosmos

tecnocientíf ico

L a

física

m o d e r n a

se

o c u p a , p r i n c i p a l m e n t e ,

de f enó

m e n o s

a l o s q u e l a

e x p e r i e n c i a

n a t u r a l n o

t i en e

n ingún

acceso .

L a ó p t i c a n o s e l i m i t a a

c u a n t i f i c a r

la s

d i s t i n t as

grad ac i o n es

qu e

c u a l i t a t i v a m e n t e p o d e m o s e x p e r i m e n t a r ,

s i n o

q u e

c o m p r e n d e

t a m b i é n e l

e s t u d i o

d e l a l uz

invisible;

l a acústica

e s t u d i a

l o s

u l t r a s o n i d o s i n a u d i b l e s

[ .. .] y n o te

n e m o s

n ingún ó rgano

p a r a p e r c i b i r

l o s

r a y o s

X o l o s

g a m

m a [ . . . ] . La f ís ica se

d e s a r r o l la

t a n

p e c u l ia r m e n t e

só lo

des

pués de

h a b e r s e d e s p r e n d i d o

d e l a

e x p e r i e n c ia n a t u r a l sen

s i b l e

[ . . .] . Po d e m o s

a c l a r a r

e s t o

t o m a n d o

u n

e j e m p l o

h istó

r i c o :

e s m u y

c o n o c i d o

qu e

G o e t h e

n o quer ía

d e j a r s e a r r e

b a t a r , m e d i a n t e

l o s

i n s t r u m e n t o s

y l a s ma temát icas , l a

v is ión

i n m e d i a t a

d e l a

n a t u r a l e z a ,

l a

N a t u r a le z a m i s m a ,

t a l

c o m o

ésta se

re f l e ja

en e l esp í r i tu

h u m a n o .

«E l

m i c r o s

co p i o

y e l

t e le s c o p i o d e s t r u y e n

l a

s e n s i b i l i d a d p u r a

d e l

h o m b r e . »

G o e t h e

sab ía que

q u i e n

hac ía uso de

e l l os

e n

t r a b a

e n u n a

n u e v a p a r c e l a

d e l

m u n d o .

E n

e fecto ,

e s tos

i n s t r u m e n t o s

n o s ó l o

s o b r e p a s a n

a l o s ó rganos

s en so r i a

le s

d e l

h o m b r e s i n o

q u e , a l a v e z ,

d e j a n t r a s

de s í a l

h o m

b r e n a t u r a l

[ . . . ] . S in

e m b a r g o ,

n o es

esta

l a concepc ión

que p r eva l ec e

h o y e n e l

m u n d o

d e l a

c i en c i a

y la técni

ca .

E n l a a p r o xi m a c i ón

a c t u a l

a l a

n a t u r a l e z a ,

ésta , ta l

c o m o

l a

d e f i n e He i s e n be rg , a caba

id en t i fi cándose con e l

á m b i t o q u e l a s

c i e n c i a s n a t u r a l e s p e n e t r a n m e d i a n t e

l a

técnica , s in c o n s i d e r a r e l h e c h o de que todav ía p u e d a d a r

se

co m o n a t u r a l e z a

e n l a

e x p e r i e n c i a i n m e d i a t a

[ . . . ] . E l

p r o g r e s o

técnico

estab lece

l a

v i d a h u m a n a s o b re

b a s e s q u e

se

a l e j an , cad a

v e z m á s , d e l a

e x i s t en c i a

n a t u r a l

d a d a

[...].

La c i en c i a

d e l a

n a t u r a l e z a a c a b a

conv i r t i éndose , necesa

r i a m e n t e ,

en técn ica

c o n f o r m e

s e v a

a l e j a n d o

d e l

d o m i n i o

sen s i b l e n a t u r a l

[ H . J .

M e y e r , Di e Technisierung der Welt ,

p p .

123-124] .

C o n v e r t i d a , s o b r e t o d o ,

e n p r o v o c a c i ó n , i n t e r v e n ci ó n y

m a n i p u l a c i ó n , l a in v e s t i g a c i ón c i e n t íf ic a n o e s s ó lo u n a r e

f lexión

s o b r e

l o

r e a l

e n s í .

C i e r t a m e n t e ,

l o t e ó r i c o e s

a c t i v o

e n

e l

p r o c e s o

d e i n v e s t i ga c i ón ,

a u n q u e

e s t o

c o n s t i t u y a

s ó l o

u n a e t a p a

— l a d e l a c o n s tr u c ci ón d e u n

m o d e l o ,

p o r

e j e m

p l o ,

q u e a

m o d o

d e

p l a n o s ir v e

d e

e l e m e n t o

d e

r e p r e

s e n t a c i ó n a l

s e r v i c i o

d e

a c t i v i d a d e s

p r á c t i c a s , f í s i c a s — y

s e a

u n t r a m p o l í n

h a c i a n u e v a s i n v e s t i g a c i o n e s

p r á c t i c a s .

..• X

2 5


12/101

« A p a r t i r d e a h í , l o q u e s u s c i t a l a i n v e n c i ó n e s e l d e s e o

d e i n n o v a c i ó n y , d e n u e v o , s e r e t o m a e l e s q u e m a [ . . . ] . P a r a

i n v e n t a r

c u a l q u i e r c o s a n u e v a d e b e d e t e r m i n a r s e e l n i v e l

c i e n t í f i c o n e c e s a r i o , a l q u e s e l l e g a m e d i a n t e l a i n v e s t i

g a c i ó n b á s i c a , q u e s u r g e p a r a e n c o n t r a r s o l u c i ón a u n

p r o b l e m a t é c n i c o » ( B . G i l l e , Histoires

d es

techniques, p p .

7 4 - 7 5 ) .

T a m p o c o

s e

d u d a

e n

d e c i r

q u e n o s ó l o t e o r í a y t é c n i c a

e s t á n e s t r e c h a m e n t e e n t r e l a z a d a s , s i n o t a m b i é n q u e l a p r i -

m a c í a l a t i e n e , c a d a v e z m á s , e l p o l o t é c n i c o .

« E s t a e s , e n e f e c t o , l a ú l t im a p a l a b r a : l a c i e n c i a s e h a

c o n v e r t i d o e n u n m e d i o d e l a t é c n i c a » ( J . E l l u l , La

techni-

que

ou

l'enjeu

du siécle,

p . 8 ) .

^ H e i d e g g e r ,

p o r s u p a r t e , p o n e d e m a n i f i e s t o « e l c a

r á ct e r e n g a ñ o s o d e l a a f ir m a c i ó n d e q u e l a t é cn i c a m o

d e r n a

e s c i e n c i a

n a t u r a l

a p l i c a d a »

(La cuestión de la

téc-

nica,

p . 3 1 ) . C o m o t a m b i é n C . M i t c h a m h a ce n o t a r , « e n

l u g a r d e d e s c r i b i r l a t e c n o l o g í a c o m o c i e n c i a a p l i c a d a ,

H e i d e g g e r p i e n s a q u e s e r ía m á s j u s t o l l a m a r a l a c i e n c i a

" t e c n o l o g í a t e ó r i c a " »

(¿Qué es la f i losofía de la

tecnolo

gía?). L a f ís i c a m o d e r n a n o e s u n a fís ic a e x p e r i m e n t a l

p o r q u e a p l i q u e a l a n a t u r a l e z a a p a r a t o s p a r a i n t e r r o g a r

l a , s i n o , p o r e l c o n t r a r i o , p o r q u e l a f ís i c a — y y a c o m o

p u r a t e o r í a — o b l i g a a l a n a t u r a l e z a a m o s t r a r s e c o m o

c o m p l e j o c a l c u l a b l e y p r e v i s i b l e d e l a s f u e r z a s q u e l a e x

p e r i m e n t a c i ó n e s t á e n c a r g a d a d e i n t e r r o g a r , p a r a q u e s e

s e p a s i y c ó m o l a n a t u r a l e z a , a s í o b l i g a d a , r e s p o n d e a l a

l l a m a d a (H e i d e g g e r ,

op. cit.,

p . 29). .

•Así

l a

v i e j a

c o n c e p c i ó n t e ó r ic a d e l a c o n t e m p l a c i ó n

d i s c u r s i v a h a c e d i d o s u l u g a r d o m i n a n t e a u n a r e l a ci ó n

e s e n c i a l m e n t e a c t i v a d e m a n i p u l a c i ó n , d e r e c o n s t r u c c ió n y

d e d e c o n s t r u c c ió n d e l a r e a l i d a d q u e p o n e l a r e p r e

s e n t a c i ó n t e ó r i c a a l s e r v i c i o d e l a activ idad manipulativa.

L o s t é r m i n o s « t e c n o c i e n c i a » y « t e c n o c i e n t í f ic o » s e ñ a l a n , a

l a v e z , e l e n t r e l a z a m i e n t o e n t r e l o s d o s p o l o s y l a p r e p o n

d e r a n c i a d e l p o l o t é c n i c o y , a d e m á s , s o n a p r o p i a d o s p a r a

d e s i g n a r l a a c t i v i d a d ci e n t íf ic a c o n t e m p o r á n e a e n s u c o m

p l e j i d a d y o r i g i n a l i d a d ,

T o m a r c o n s c i e n c i a d e l a n a t u r a l e z a t e c n o c i e n t í f i c a , d e

2 6

l a a c t i v i d a d ci e n t í fi c a c o n t e m p o r á n e a t i e n e , a s u ve z , m u

c h a s c o n s e c u e n c ia s i m p o r t a n t e s . D i c h o m á s g e n e r a l m e n t e ,

e l c o r r e l a t o d e l a c i e n c i a o d e l s a b e r t e ó r i c o t r a d i c i o n a l e r a

l a e s e n c i a d e l o b j e t o a c o n o c e r ; e l c o r r e l a t o d e l a t e c n o

c i e n c i a c o n t e m p o r á n e a e s l a plasticidad

del

objeto

a

mani

pular ( y a s e t r a t e d e l a m a t e r i a f í s i ca , v i v a o p e n s a n t e ) . E l

s e r y s u e s e n c i a s o n e l c o r r e l a t o d e l v e r y d e l h a b l a r . L o

p o s i b l e

y

c a p a z ,

e l

c o r r e l a t o

d e l

h a c e r .

E n t o d o s l o s á m b i t o s , c a d a v e z m á s , l a s t e c n o c i e n c i a s

crean e l o b j e t o , q u e e x p l o r a n . D e s c u b r i m i e n t o e i n v e n

c i ó n n o e s tá n cl a r a m e n t e d e l i m i t a d o s . A s í s u c e d e e n f ís i

ca d e p a r t í cu l a s , e n q u í m i c a ( s í n t e s i s n u e v a s ) , e n b i o l o

g ía ( n u e v a s f o r m a s d e v i d a ) y , q u i z á s , d e n t r o d e n o m u

c h o t i e m p o , e n e l c a m p o d e l a p s i c o l o g í a ( i n t e l i g e n c i a

a r t i f i c i a l ) .

L a n o c i ó n d e v e r d a d c a m b i a r a d i ca l m e n t e a l p a s a r d e l

s a b e r l o g o t e ó r i c o a l s a b e r t e c n o c i e n t í fi c o . L a v e r d a d n o es

y a a q u e l la e x p e r i e n c ia l u m i n o s a y e x p l i c a t i v a q u e n o s r e v e

l a

l a

es e n ci a p r o f u n d a

d e l o

r e a l

y

a t e s t i g u a

l a

c o n n i v e n c i a

f u n d a m e n t a l ( o n t o l ó g i c a ) d e l a s p a l a b r a s y d e l a s c o sas ,

d e l l e n g u a j e y d e l o r e a l e n l a i n t u i c i ó n d e l s e n t i d o d e l s e r .

N o e s n i s i q u i e r a e s a r e p r e s e n t a c i ó n s i m b ó l i ca a d e c u a d a

d e l o r e a l c o n l a q u e s u e ñ a a ú n l a c ie n c i a m o d e r n a . E s

eficiencia

tecnofísica,

s e g u r i d a d y p o d e r d e a c c ió n . L a v e r

d a d « o b j e t i v a » , r e c o n o c i d a c o m o fu n d a m e n t a l m e n t e o p e

r a t i v a , t i e n e c o m o c r i t e r i o n e g a t i v o : « s i e s o f a l l a e s q u e

h a y a l g ú n e r r o r e n a l g u n a p a r t e . E l f r a c a s o s i g n i f i c a e l

e r r o r ; e s e e s e l p u n t o fu n d a m e n t a l q u e i n t r o d u c e l a p r á c t i

c a ( a c e r t a r - f a l l a r )

e n e l c o r a z ó n

m i s m o

d e l a r e l a c i ó n d e

v e r d a d » . S i i n v e r t i m o s e l c r i t e r i o e n t o n c e s t e n e m o s : « s i

e s t o n o e s f a l s o , n o f a l l a r á » , q u e c o n s t i t u y e « l a c a r t a e p i s

t e m o l ó g i c a d e l a té cn i c a . D e s d e e s e

p u n t o

d e

v i s t a ,

l a t é c

n i c a e s l a m a n i f e s t a c i ó n m á s o s t e n s i b l e d e l a v e r d a d d e l

s a b e r o b j e t i v o , m a n i f e s t a c i ó n q u e c o n s i s t e e n l a i n v e r s i ón

d e l o s m o m e n t o s p r á c t i c o y t e ó r i c o d e e s t e s a b e r »

( R o q u e -

p l o ,

Penser

la

technique,

p . 2 8 ) .

« L a t é c n i c a s e c o n v i e r t e e n l a m a t e r i a l i z a c ió n d e l p o d e r

( a c e r t a r ) i n s c r i t o e n e l s a b e r a t í t u l o d e c r i t e r i o d e " v e r

d a d ( n o - f a l s e d a d ) o b j e t i v a . D e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a , l a s

2 7


13/101

t é c n i ca s s o n l a m a n i f e s t a c i ó n n a t u r a l d e l a

" v e r d a d "

d e l a s

c i e n c i a s s o b r e

l a s q u e se fu n d a m e n t a n . » H a y ,

p u e s , e n t r e

c i e n c i a

y t é c n i c a , u n a d i a l é c t ic a q u e s e p a r e c e a u n «b l o

q u e o d i n á m i c o » q u e

a l g u n o s l l a m a n

« a u t o d e s a r r o l l o

c i e n

t í f i c o - t é c n i c o »

( R o q u e p l o , op. cit.,

p p .

1 2 8 - 1 2 9 ) .

Esto

funciona

« ¡Es to func iona » C on es te

g r i t o

d e

t r i u n f o

e s t r e m e c i d o

d e l

i n v e n t o r

s e

e xp r esa

e l

o r i g e n

[ e l d e l a t é cn i c a ]

p r o f u n d o

[...] de

fr ases co m o :

E s

v e r d a d ,

es

a c e r t a d o ,

es bel lo» [ . . . ] . A

l a

v ez ,

Z s c h i m m e r

(Philosophie

der

Technik)

d e l i m i t a

l a d i

f e r en c i a en t r e

e l

f u n c i o n a m i e n t o

técn ico y l o s aspec tos

e c o n ó m i c o s . « N a d i e s é

p a r a

a

p e n s a r

e n l a

r e n t a b i l i d a d

e c o n ó m i c a c o n l a q u e e l o s a d o

p i l o t o

h a

d esa f i ad o ,

p o r

p r i m e r a

v ez , l a

t e m p e s t a d

y l a s

n u b e s .

S u

in g e n i o p u d o

s e r

t r a s o ñ a d o ,

d e r r o c h a n d o

energ í a y

m a t e r i a .

P e r o c o n é l ,

p u e d e v o l a r

—¡qué

a d m i r a b l e —.

Q u e

i n d e p e n d i e n te m e n t e

d e c u a l q u i e r o t r a

cons iderac ión , eso

" f u n c i o n e " ,

q u e e l

h o m b r e t e n g a

l a

p o s i b i l i d a d

d e

s u r c a r

l o s

a i r e s ,

l o s

m a r e s

y

l a s

t i e r r a s :

¡De

e s to

se

t r a t a

s o b r e t o d o

[...]. Y

e s to

r to

t i e n e n a d a

q u e v e r c o n l a e c o n o m ía .

S e g u r a m e n t e ,

e l

m i s e

r a b l e p r i n c i p i o

de l a economía an iqui la r í a

c u a l q u i e r c r e a

ción técnica ,

c u a l q u i e r a u d a c i a , t o d a

l a

c r e a t i v i d a d

técni

ca ,

s i ésta

h u b i e r a s i d o p r i o r i t a r ia

o s i

f u e r a

l a

i d ea

básica

qu e

s e i m p o n í a » [ A .

H u n i n g ,

Da s

Schaffen

der

Ingenieurs,

p p .

16-17 ] .

A s í

c o m o

l a

c i e n c i a

t e ó r i c a p o d í a s e r

l l a m a d a

p u r a e

i n o c e n t e ,

l a

t e c n o c i e n c i a ,

a l s e r

e s e n ci a l m e n t e a c t i v i d a d

p r o d u c t o r a

y

m o d i f i c a d o r a

d e l

m u n d o ,

n o e s

n u n c a t o t a l

m e n t e i n o c e n t e .

L a

praxis

e s é t i ca m e n t e p r o b l e m á t i c a . L a s

c u e s t i o n e s

é t i c a s s e

c o l o c a n

h o y e n e l

n i v e l

d e l a

i n v e s t i g a

c i ó n

l l a m a d a

b á s i c a

d e b i d o

a q u e e l

p r o y e c t o

d e l

s a b e r

e s

h a c e r

y

p o d e r . E s t o

e s

c i e r t o ,

p o r

e j e m p l o , t a n t o p a r a

l o

q u e

s e

r e f i e r e

a l a in v e s t i g a c i ó n b á s i c a e n f í s ic a

c o m o p a r a

l o

q u e s e

r e f i e r e

a l a g e n é t i c a

m o l e c u l a r .

R e t o m a n d o ,

e n u n

c o n t e x t o

c o n t e m p o r á n e o , l a

el paradigma bioético(1)

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