el obisp abao d y queipoaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...el obisp abao d y...

16
EL OBISPO ABAD Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCABA a su fin aquel 17 de noviembre de 1784 cuando una diligencia, flanqueada por nutrida cabal- gata, tramontaba la Loma del Zapote. Allí detuviéronse carruaje y jinetes; apeáronse éstos y respetuosos se des- cubrieron al descender de aquél un hombre, casi un anciano, que sobre el hábito de San Jerónimo portaba la cruz pastoral. Bajó en seguida otro sacerdote, cuya edad se aproximaba a la mitad del camino de la vida. Ambos encaminaron algunos pasos por la carretera y juntos paráronse a contemplar el escenario que ante ellos se abría. Era un valle ceñido, en tres de sus costados, por otros tantos cerros: el de Punguato al oriente, el de Quinceo al norte y el cerro del Águila en el final del poniente. Un fino lomerío cerraba por el sur el verdi- negro collar. En el centro del valle, una población de piedra pa- recía crecer en altura desde los aledaños al centro, hasta rematar en dos torres esbeltas, cuya cantera juvenil- mente rosa denunciaba sus apenas cuarenta años de vida. —Es vuestra catedral, Ilustrísimo Señor—, dijo uno de los presentes. Pues aquel prelado, que cincuenta y ocho años an- tes había nacido en el valle de Camargo de la diócesis * Introducción a l a obra próxima a publicarse en memoria de Abad y Queipo, con motivo del segundo centenario de su nacimiento: 1751-

Upload: others

Post on 31-Mar-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO A B A D Y QUEIPO

Felipe TENA RAMÍREZ

S E A C E R C A B A a su f i n a q u e l 1 7 de n o v i e m b r e de 1 7 8 4

c u a n d o u n a d i l i g e n c i a , f lanqueada p o r n u t r i d a cabal­

gata, t r a m o n t a b a l a L o m a d e l Zapote. A l l í detuviéronse

c a r r u a j e y j inetes; apeáronse éstos y respetuosos se des­

c u b r i e r o n a l descender de aquél u n h o m b r e , casi u n

a n c i a n o , q u e sobre e l hábito de San J e r ó n i m o portaba

l a cruz pastoral . Bajó en seguida otro sacerdote, c u y a

e d a d se a p r o x i m a b a a l a m i t a d d e l c a m i n o de l a v i d a .

A m b o s e n c a m i n a r o n algunos pasos p o r l a carretera y

j u n t o s paráronse a c o n t e m p l a r e l escenario que ante

e l los se abría.

E r a u n val le ceñido, en tres de sus costados, p o r

otros tantos cerros: e l de P u n g u a t o a l or iente , e l de

Q u i n c e o a l norte y e l cerro d e l Á g u i l a en e l f i n a l del

p o n i e n t e . U n f i n o lomerío cerraba p o r e l sur e l verdi ­

n e g r o c o l l a r .

E n e l centro d e l va l le , u n a poblac ión de p i e d r a pa­

rec ía crecer en a l t u r a desde los aledaños a l centro, hasta

r e m a t a r e n dos torres esbeltas, c u y a cantera j u v e n i l ­

m e n t e rosa d e n u n c i a b a sus apenas c u a r e n t a años de

v i d a .

—Es vuestra catedral , I lustr ís imo Señor—, d i j o u n o

de los presentes.

Pues a q u e l p r e l a d o , q u e c i n c u e n t a y ocho años an­

tes había n a c i d o e n e l va l le de C a m a r g o de l a diócesis

* I n t r o d u c c i ó n a l a o b r a p r ó x i m a a p u b l i c a r s e e n m e m o r i a d e A b a d

y Q u e i p o , c o n m o t i v o d e l s e g u n d o c e n t e n a r i o d e s u n a c i m i e n t o : 1751-

Page 2: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 6 3

de Santander y q u e d e l magis ter io en l a O r d e n Jeró-

n i m a había pasado a l a sede episcopal de C o m a y a g u á

e n H o n d u r a s , era D . F r a y A n t o n i o de San M i g u e l

Iglesias, poco antes designado vigésimo q u i n t o obispo

de M i c h o a c á n . 1 Y s u acompañante , q u e le había segui­

d o desde España c o m o f a m i l i a r , era D . M a n u e l A b a d

y Q u e i p o , acabado de n o m b r a r J u e z de Testamentos

p a r a el G o b i e r n o eclesiástico q u e se i n i c i a b a . 2

L o s dos viajeros c o n t e m p l a b a n l a c i u d a d episco­

p a l . V a l l a d o l i d de M i c h o a c á n se consumía en esos m o ­

m e n t o s en u n o de sus ocasos pecul iares , que años des­

p u é s y en ese m i s m o s i t io , habr ía de d e s c r i b i r l a

m a r q u e s a de C a l d e r ó n de l a B a r c a . 3

D e p r o n t o e m p e z ó a levantarse de l a c i u d a d u n a

c o l u m n a sonora. E l creciente conc ier to de sones gra­

ves parecía i m p r o v i s a r , e n l a serena tarde de n o v i e m ­

b r e , u n o de esos truenos d e l mes de j u n i o , que se d i l a ­

t a n p o r l a l l a n u r a , cabalgan p o r los cerros y se p i e r d e n

h a c i a e l m a r , c u y o r u m o r i m i t a n . E r a n los sones sono­

ros de las campanas de l a catedra l de V a l l a d o l i d , las

mejores campanas de N u e v a España. 4

Clérigos y cabal leros v o l v i e r o n a sus sitios, l a c o m i ­

t i v a r e a n u d ó su m a r c h a y a l l legar a l a calzada de M é ­

x i c o , término de l a carretera q u e los había c o n d u c i d o

desde l a c i u d a d c a p i t a l , t o p a r o n c o n pintoresca m u c h e ­

d u m b r e .

A lo largo de l a calzada estaba e n formación e l ba­

ta l lón de dragones p r o v i n c i a l e s de Michoacán, cuyos

guiones i b a a b e n d e c i r pocos días después e l n u e v o

o b i s p o . Detrás de l a t r o p a , p u l u l a b a n los indios y mes­

tizos, m o s t r a n d o sus andrajos. A l término de l a calzada,

e n u n l u g a r l l a m a d o P l a z u e l a de las Á n i m a s (hoy de

V i l l a l o n g í n ) , q u e i n i c i a b a l a cal le r e a l de la c i u d a d ,

a g u a r d a b a n ambos cabi ldos , e l c o r r e g i d o r , los caballe-

Page 3: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

04 FELIPE TENA RAMÍREZ

ros p r i n c i p a l e s y, p o n i e n d o e l c o l o r i d o de sus estame­

ñas, las órdenes religiosas: franciscanos, agustinos, car­

mel i tas , j u a n i n o s , mercedarios , d ieguinos , catalinas,

c a p u c h i n a s .

D e all í c o n t i n u ó e l p r e l a d o a l a Iglesia C a t e d r a l .

" L u e g o q u e l legó a l a C a t e d r a l -—escribe u n testigo

p r e s e n c i a l — se revistió de P o n t i f i c a l e n s i t i a l que c o n

u n al tar portát i l se p r e v i n o a su p u e r t a ; y h a b i e n d o

l legado hasta e l P r e s b i t e r i o , se cantó p o r l a C a p i l l a e l

T e D e u m c o n v a r i e d a d de b i e n concertados instru­

mentos . O c u p ó allí S. S. l i m a , o t r o S i t i a l entretanto se

cantó u n a área p o r e l célebre i t a l i a n o D . C a r l o s P e r a ,

maestro de a q u e l l a C a p i l l a , y c o n c l u l l ó e l acto, que

a u t o r i z a r o n e l I lustre A y u n t a m i e n t o , O f i c i a l i d a d , pre­

lados y demás personas de carácter, c o n b e n d e c i r a l

p u e b l o , pasó a su P a l a c i o E p i s c o p a l , d o n d e fué r e c i v i d o

y fe l i c i tado p o r los expresados d i s t i n g u i d o s C u e r p o s " . 5

Se h a l l a b a e l n u e v o p r e l a d o e n u n a c i u d a d carac­

teríst icamente c o l o n i a l , d o n d e u n a cantera de s i n g u l a r

d u r e z a h a b í a s u m i n i s t r a d o l a m a t e r i a p r i m a a l pode­

roso s iglo x v n i m e x i c a n o p a r a q u e i m p r i m i e r a en e l l a

s u espír i tu.

L a construcción de l a ca tedra l d o n d e acababa de

ser r e c i b i d o , se había i n i c i a d o e n 1660 y había con­

c l u i d o e n 1744; poco antes e l C a b i l d o había d i c h o :

" N o parece q u e pretendió su autor , V i c e n t e Barroso

de l a Escayola , q u e fuese esta catedra l t e m p l o perece­

d e r o c o n e l t i e m p o , s ino u n cast i l lo , b a l u a r t e i n m o r t a l ,

q u e c o m p i t i e s e durac iones c o n los s ig los" . 6

E l p a l a c i o episcopal a d o n d e se dir igía estaba si­

t u a d o dos cuadras a l nor te de l a catedral . " E l palac io

es a m p l i o , r e c i o y de dos pisos. L o s m u r o s son de pie­

d r a . P u e r t a s y ventanas de austera cantería, cerradas

c o n gruesas maderas, rancias y nobles y c o m o labradas

Page 4: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 6 5

p o r u n solo artífice. Está c o m u n i c a d o , p o r m e d i o de

u n l o c u t o r i o , c o n l a cárcel c l e r i c a l . T i e n e ventanas en

l o alto, a l a cal le de l a A m a r g u r a , y balcones c o n an­

chos colgadizos de cantera a l a d e l obispado y plazue­

l a . H e r r e r o s h a n golpeado c o n sus m a r t i l l o s , los h ierros

de esos balcones, y h a n hecho de ellos, sobrios, sencil los

barandales . T i e n e extensa h u e r t a q u e c o l i n d a c o n l a

de los frai les carmelitas. Y , e n todo e l e d i f i c i o , l a páti­

n a d e l t i e m p o , d e l sol y de las l l u v i a s " . 7 E n ese e d i f i c i o

se aposentó c o n e l obispo, su f a m i l i a r ; e n l a habitación

a l t a de l a e s q u i n a habría de hospedar F r a y A n t o n i o a l

B a r ó n de H u m b o l d t y en los pasos de l a h u e r t a trans­

curr i r ían di latados c o l o q u i o s entre A b a d y Q u e i p o y

D . M i g u e l H i d a l g o y C o s t i l l a .

P e r o a l d i r i g i r s e de l a catedral a su res idencia , e l

o b i s p o f l a n q u e ó otro e d i f i c i o de p i e d r a s i tuado frente

a aquél la , e l e d i f i c i o q u e catorce años antes había cons­

t r u i d o p a r a su s e m i n a r i o e l obispo Sánchez de T a g l e . 8

Y c o n t i n u a n d o p o r l a cal le de las A l c a n t a r i l l a s , q u e

conducía a s u m o r a d a , e l ob ispo perc ib ió , a l o lejos, dos

construcc iones levantadas en esa m i s m a c e n t u r i a d e l

x v í n : e l C o l e g i o de Santa R o s a , q u e c o n s u f i l a de

c o l u m n a s monol í t icas ceñía l a P l a z u e l a de las Rosas, y

e l v igoroso t e m p l o de San José, q u e c o n e l torreón de

su torre t r u n c a señoreaba c o m o u n cast i l lo l a c i u d a d

de p i e d r a .

P E R O no sólo e n su expresión arquitectónica alcanzaba

V a l l a d o l i d de M i c h o a c á n l a p l e n i t u d , e n aquel los días

e n q u e a r r i b a b a a e l l a A b a d y Q u e i p o . T a m b i é n l a

i n q u i e t u d i n t e l e c t u a l f e r m e n t a b a all í , e n m e d i d a n o

i g u a l a d a antes n i superada después.

L a segunda m i t a d d e l s iglo x v í n acoge e n N u e v a

España l a p r i m e r a reacción c o n t r a l a escolástica fosi-

Page 5: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

66 FELIPE TENA RAMÍREZ

l i z a d a , q u e habr ía de manifestarse a l cabo c o m o u n a

renovación, en sent ido de l a m o d e r n i d a d , de l a f i loso­

fía, las ciencias y las letras. Jóvenes sacerdotes jesuítas,

herederos de l a tradición c u l t u r a l de su o r d e n , r o t u r a n

e l hor izonte . " L o s colegios de l a C o m p a ñ í a de Jesús

— d i c e S a m u e l R a m o s — representaron en N u e v a Espa­

ñ a l a v a n g u a r d i a de las ideas modernas . E n ellos se em­

p e z a r o n a enseñar las ciencias físico-matemáticas, se

c o n o c i e r o n las ideas de Descartes, N e w t o n y L e i b n i z ,

y de sus aulas part ió l a renovac ión de l a filosofía esco­

lástica. P o r eso los colegios de los jesuítas f u e r o n a

veces centros de c u l t u r a más avanzados que l a U n i v e r ­

s i d a d " . 9

I n i c i a d o e l m o v i m i e n t o , a m a n e r a de suscitador so­

crático, p o r e l P . José R a f a e l C a m p o y , lo cont inúa u n

g r u p o n u t r i d o de humanistas , entre los que descuel lan

A g u s t í n Castro, D i e g o José A b a d , Francisco J a v i e r A l e ­

gre y, sobre todos, F r a n c i s c o J a v i e r C l a v i j e r o , q u i e n

p o r p r i m e r a vez expuso p ú b l i c a m e n t e las nuevas

ideas en e l C o l e g i o de San J a v i e r de V a l l a d o l i d de M i -

choacán.

N a c i d o C l a v i j e r o e n V e r a c r u z en 1731, ingresó a

l a C o m p a ñ í a de Jesús en 48 y m u r i ó desterrado en

B o l o n i a en 87. Después de enseñar en los colegios de

M é x i c o y de P u e b l a , l lega a V a l l a d o l i d en 1764 y

permanece en e l l a , enseñando filosofía, hasta e l mes de

a b r i l de 1766. 1 0

S u biógrafo y c o n t e m p o r á n e o , e l también ins igne

jesuíta J u a n L u i s M a n e i r o , concede a la aparic ión de

C l a v i j e r o e n l a cátedra de V a l l a d o l i d l a i m p o r t a n c i a

de u n a anunciac ión. " E r a ya t i e m p o e n v e r d a d

— d i c e — de r e s t i t u i r a su n a t i v o decoro l a filosofía, q u e

e n a q u e l país se h a l l a b a m u y decaída y con f recuencia

degeneraba en fúti les bagatelas. . . M a s no h u b o , antes

Page 6: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 6 7

d e C l a v i j e r o , n i n g u n o q u e enseñara allí u n a filosofía

enteramente r e n o v a d a y perfecta" . E n l a oración l a t i n a

q u e p r o n u n c i ó en l a i n a u g u r a c i ó n de las clases, e l nue­

v o maestro expuso de u n a vez p o r todas sus tendencias,

" p o r q u e desconociendo los art i f ic ios d e l d i s i m u l o , ma­

nifestó c o n i n g e n u a s i n c e r i d a d q u e él no enseñaría

a q u e l l a filosofía que fat igaba l a m e n t e de los jóvenes

c o n n i n g u n a , o m u y poca, u t i l i d a d , s ino a q u e l l a q u e

a n t a ñ o enseñaran los griegos y q u e los sabios m o d e r n o s

a l t a m e n t e e log iaban, a q u e l l a q u e aprobaba l a c u l t a

E u r o p a y q u e se enseñaba allá en las públicas escuelas,

a q u e l l a q u e él juzgaba út i l y m u y adecuada a l a i n t e l i ­

g e n c i a de los adolescentes. . . N o p u d o menos de t r i ­

b u t a r l e grandes aplausos y sinceras fel icitaciones, e l

C a b i l d o eclesiástico de V a l l a d o l i d , q u e acostumbraba

asist ir en c u e r p o y c o n g r a n s o l e m n i d a d a tales discur­

sos; y d e l aplauso de los canónigos, difundióse e l n o m ­

b r e de C l a v i j e r o p o r toda a q u e l l a r e g i ó n " . 1 1

N o toca a nuestro objeto e x p o n e r e n p o r m e n o r las

tendencias filosóficas y científicas de C l a v i j e r o y de su

g r u p o , s ino sólo hacer re ferenc ia a tres características

d e l m o v i m i e n t o p o r ellos i n i c i a d o : su m o d e r n i d a d , su

i n d e p e n d e n c i a y su c r i o l l i s m o .

Respecto a l a p r i m e r a , manifiéstase en su oposición

a l a escolástica c l a u d i c a n t e d e l x v m , q u e amparándose

e n los n o m b r e s de Aristóteles y Santo T o m á s , había

degenerado e n u n v e r b a l i s m o estéril; ellos tratan de

i n f o r m a r s e d e l p e n s a m i e n t o o r i g i n a l de los dos gran­

des filósofos, pero r e c i b e n t a m b i é n l a i n f l u e n c i a con­

t e m p o r á n e a de Descartes y los atomistas, a l a c u a l

agregan l a c u r i o s i d a d t íp icamente m o d e r n a p o r las

c iencias exper imenta les , q u e en A n t o n i o Álzate ha­

b r í a de l legar a tan a l ta m a d u r e z .

Page 7: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

68 FELIPE TENA RAMÍREZ

P e r o más b i e n q u e su pensamiento filosófico, de

escasa i m p o r t a n c i a e n sí m i s m o , y mejor q u e sus ade­

lantos científicos, m u c h o más trascendentales q u e

a q u é l , i m p o r t a registrar l a a c t i t u d de i n d e p e n d e n c i a de

estos innovadores . S u reto a l o t r a d i c i o n a l es e l p r i m e r

a d e m á n de rebeldía e n N u e v a España, que de l o mera­

m e n t e especulat ivo habr ía de trascender poco después

a l o pol í t ico y a l o social . " P u e s t o que l a ex is tencia

pol í t ica, social , económica de las colonias españolas se

f u n d a b a e n los p r i n c i p i o s filosóficos de u n a c u l t u r a tra­

d i c i o n a l q u e m a n t e n í a n dogmáticamente l a Iglesia y e l

Estado, u n a r e v o l u c i ó n de i n d e p e n d e n c i a n o era posi­

b l e s in p r e v i a r e v o l u c i ó n f i losóf ica" . 1 2

L a a c t i t u d a n t e r i o r suponía a su vez l a p r e v a l e n c i a

de l o c r i o l l o sobre l o p e n i n s u l a r . " C r i o l l o s todos el los

-—y algunos, c o m o C l a v i j e r o , hi jos inmediatos de pe­

ninsulares—, n o se s ienten ya españoles s ino m e x i c a ­

nos, y así l o p r o c l a m a n c o n n o b l e o r g u l l o en l a p o r t a d a

de sus obras; abogan p o r e l mestizaje entre españoles e

indígenas c o m o m e d i o de l o g r a r l a fusión n o sólo físi­

ca sino e s p i r i t u a l de ambas razas y de for jar u n a sola

nación; t i e n e n ya c o n c i e n c i a —profética— de l a p a t r i a

i n m i n e n t e q u e está gestándose en las entrañas de l a

N u e v a E s p a ñ a " . 1 3

L a a p e r t u r a d e l p r o g r a m a de C l a v i j e r o — m o d e r n i s ­

ta, rebelde, m e x i c a n o — e n u n centro c u l t u r a l tan aven­

tajado c o m o e l de V a l l a d o l i d , no sólo despertó e l a p l a u ­

so i n m e d i a t o d e l C a b i l d o , s ino q u e propic ió fermentos

revisionistas. E l b a c h i l l e r D . M i g u e l H i d a l g o y Cos­

t i l l a , q u e había ingresado a l C o l e g i o de San Nicolás

O b i s p o de V a l l a d o l i d precisamente en e l año de 1764

e n que C l a v i j e r o i n i c i a b a su cátedra en e l C o l e g i o de

S a n J a v i e r de l a p r o p i a c i u d a d , había de presentar e n

1783 u n a "disertación sobre e l verdadero m é t o d o de

Page 8: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 6 9

e s t u d i a r teología escolástica", e n lat ín y e n castellano,

c o n la q u e o b t u v o e l p r e m i o o frec ido p o r e l deán

D . José P é r e z C a l a m a c o n m o t i v o d e l concurso abier to

e n t r e los teólogos de l a diócesis.

P e r o hay q u e reconocer q u e los filósofos cr io l los d e l

s i g l o x v n r , a pesar de pertenecer e n su g r a n mayoría a

l a C o m p a ñ í a de Jesús, n o l l e g a r o n a e x h u m a r públ i ­

camente los conceptos sobre e l o r i g e n de l a a u t o r i d a d ,

sobre l a soberanía, sobre l a democrac ia , en suma, q u e

e n e l s ig lo x v i e x p u s i e r o n tan a d m i r a b l e m e n t e los

p r i n c i p a l e s filósofos de l a O r d e n de los jesuítas, c o m o

Suárez y M o l i n a . C o n ciertas restr icciones, y excep­

t u a n d o p l e n a m e n t e a l P . A l e g r e , cabr ía a p l i c a r a

c a d a u n o de ellos las siguientes palabras de S a m u e l R a ­

m o s para D í a z de G a m a r r a : " N o usó su espíritu crít ico

p a r a e x a m i n a r e l v a l o r d e l sistema pol í t ico re inante ,

h a c i a e l c u a l declaró, n o sólo su acatamiento, s ino su

a p r o b a c i ó n " . 1 4 Acaso las Reales Cédulas de C a r l o s I I I

de 1768 y de 1 7 7 2 , que p r o h i b í a n l a enseñanza de las

doctr inas popul i s tas d e l P . Suárez, d e t e r m i n a r o n q u e

C l a v i j e r o y s u g r u p o se a b s t u v i e r a n de p r o c l a m a r pú­

b l i c a m e n t e l a renovación filosófica e n e l c a m p o de

las ideas pol í t icas; e n este aspecto, su a c t i t u d fué

m e r o e j e m p l o de l o q u e en otros órdenes podría hacer­

se, e j e m p l o q u e e n H i d a l g o fructi f icó p o r l o p r o n t o e n

s i m p l e r e b e l d í a c o n t r a u n m é t o d o de enseñanza.

Y , s i n e m b a r g o , de t i e m p o atrás existía e n M é x i c o

u n a cátedra de Suárez. ¿Habíanse enseñado allí las doc­

tr inas democráticas q u e después censuró e l absolutis­

m o ? N o l o sabemos, pero es l o c ier to q u e f u e r o n las

doctr inas de Suárez y M o l i n a las q u e i n s p i r a r o n , a u n ­

q u e s i n m e n c i o n a r los n o m b r e s de sus proscritos auto­

res, l a tesis q u e en 1 8 0 8 sostuvo e l A y u n t a m i e n t o dé

l a c i u d a d de M é x i c o , vocero d e l i n d e p e n d e n t i s m o cr io-

Page 9: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

7 0 FELIPE TENA RAMÍREZ

l i o , en c o n t r a de l a R e a l A u d i e n c i a , representante de

los peninsulares .

E n a q u e l d u e l o de alta a l c u r n i a i n t e l e c t u a l , q u e

es, a n o d u d a r l o , e l episodio ideológicamente más dra­

mát ico de l a h i s t o r i a de M é x i c o , se discutió c ó m o ha­

b r í a de l lenarse e l vacío q u e dejaban en e l g o b i e r n o de

l a C o l o n i a las abdicaciones de Car los I V y de F e r n a n ­

d o V I I , consumadas e n B a y o n a en favor de N a p o l e ó n .

C o n destreza de juristas, ambos bandos e x h u m a r o n

viejos textos legales, q u e en v e r d a d n o eran de aplicarse

ajustadamente a l a i m p r e v i s i b l e acefalía q u e se presen­

taba. P e r o aparte de esos textos, y c o n m a y o r p r o p i e ­

d a d , e l A y u n t a m i e n t o expuso l a d o c t r i n a de l a reasun­

c i ó n de l a soberanía p o r e l r e i n o .

E n l a exposic ión q u e presentó a l v i r r e y I t u r r i g a r a y

e l 1 9 de j u l i o de 1 8 0 8 , e l A y u n t a m i e n t o de l a c i u d a d

de M é x i c o decía: " L a abdicac ión . . .es n u l a e i n s u b ­

sistente, por ser contra la voluntad de la nación que

llamó a l a f a m i l i a de los B o r b o n e s . . . D i s p u s o [el rey]

de bienes incapaces de enajenarse p o r fuero espe­

c i a l de l a nación, que los confió a su Real persona úni­

camente para su mejor gobierno y acrecentamiento. . .

E n consecuencia , l a r e n u n c i a n i abol ió l a i n c a p a c i d a d

n a t u r a l y lega l q u e todos t i e n e n p a r a enajenar lo que

no es suyo, n i menos p u d o a b o l i r e l justo derecho de

sus Reales descendientes. . . " . Y más adelante, e l A y u n ­

t a m i e n t o c o n c l u y e que , a falta d e l rey y sus legít imos

sucesores, reside la soberanía representada en todo el

Reyno y las clases que lo forman".15

Esa es exactamente l a d o c t r i n a de Suárez: "El reino

no puede ser enajenado, n i ser dado e n dote, c o m o dice

B a l d o , y l a razón parece ser q u e es c o m o e l o f ic io y

carga p e r s o n a l conferido por el reino, y p o r tanto n o

puede transferirse a otro sin consentimiento del reino,

Page 10: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 7 1

a n o ser según l a condic ión i n c l u i d a en l a m i s m a ins­

t i t u c i ó n d e l r e i n o , q u e suele ser q u e se transfiera p o r

e lecc ión o sucesión, mas n o p o r o t r o m o d o de" enaje­

n a c i ó n . " 1 6 Y es también l a d o c t r i n a d e l P . M o l i n a : " N o

se h a de negar que p e r m a n e c e n dos potestades, u n a e n

e l rey, y o tra c o m o h a b i t u a l e n l a repúbl ica , i m p e d i d a

ésta en sus actos mientras aquella otra potestad perdu­

ren, y precisamente i m p e d i d a e n e l grado en que la con­

cedió al rey p a r a q u e use de e l l a e n adelante i n d e p e n ­

d i e n t e m e n t e de sí. Mas abolida esa potestad, puede la

república usar de la suya íntegramente".17

L a mani f iesta i n f l u e n c i a de las doctrinas de Suárez

y de M o l i n a e n e l p e n s a m i e n t o de los juristas cr io l los ,

i n c l i n a a pensar q u e tales doctr inas c i r c u l a b a n p o r ve­

neros subterráneos; precisamente p o r q u e se enseñaban,

las cédulas de Car los I I I p r o h i b í a n su enseñanza. P e r o

n o es de creer q u e los filósofos de l a C o m p a ñ í a de Je­

sús, c u y a a u t o n o m í a habr ía p r o n t o de c o n d u c i r l o s a su

e x p u l s i ó n y después a l a d isolución de l a O r d e n , se ple­

g a r a n a obedecer, s incera y c iegamente, l a o r d e n d e l

a b s o l u t i s m o q u e vedaba l a enseñanza de las mejores

d o c t r i n a s de su escuela.

E l caso de F r a n c i s c o J a v i e r A l e g r e rect i f ica apa­

r e n t e m e n t e , pero e n v e r d a d c o r r o b o r a , l a precedente

interpretac ión. H a s t a d o n d e podemos saberlo, él fué

e l ú n i c o jesuíta m e x i c a n o de su época que expuso en

obras impresas l a d o c t r i n a de Suárez de que e l o r i g e n

de l a a u t o r i d a d está e n e l c o m ú n c o n s e n t i m i e n t o . 1 8 P e r o

esto l o expuso e n u n a o b r a p u b l i c a d a en V e n e c i a , es

d e c i r , en e l dest ierro, de los años de 1 7 8 9 a 9 1 , c u a n d o

p o d í a expresar p ú b l i c a m e n t e l o q u e él y los suyos se

v e í a n obl igados a c u l t i v a r c landest inamente e n N u e v a

España,

P u e d e infer i rse de m a n e r a vál ida, p o r lo tanto, q u e

Page 11: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

7 2 FELIPE TENA RAMÍREZ

si l a renovación ideológica q u e C l a v i j e r o inic ió e n V a -

l l a d o l i d se r e d u j o , en l a p u b l i c i d a d de l a cátedra, a l o

p u r a m e n t e filosófico y teológico —ya de p o r sí val ioso

p o r l o q u e tenía de reto y rebeldía—, en l o p r i v a d o de­

b i ó de esparcir las ideas de carácter pol í t ico que c o m o

jesuíta tenía l a obl igación de conocer y de aceptar, pues

e r a n las de su O r d e n .

T A L E R A e l a m b i e n t e de i n q u i e t u d i n t e l e c t u a l que pre­

valecía e n V a l l a d o l i d , c u a n d o a e l l a l l e g a b a n en 1784

e l obispo F r a y A n t o n i o y su f a m i l i a r A b a d y Q u e i p o . Y

a p a r t i r de entonces, en a q u e l m e d i o favorable, empie­

za a gestarse u n a de las más i m p o r t a n t e s revo luc iones

ideológicas q u e registra l a h i s t o r i a de M é x i c o .

L a c o r r i e n t e e m a n c i p a d o r a , q u e a u s p i c i a b a n c o n

leyes de C a s t i l l a los abogados de l a C a p i t a l y c o n doc­

tr inas suarecianas los teólogos jesuítas, tenía q u e con­

d u c i r a u n a i n d e p e n d e n c i a e x c l u s i v a m e n t e política.

N i n g u n o de sus promotores advert ía e l p r o b l e m a so­

c i a l que i n v o l u c r a b a l a i n d e p e n d e n c i a polít ica, p o r q u e

n i los jesuítas n i los teólogos de l a clase c r i o l l a estaban

e n contacto permeante c o n las urgencias de toda ín­

dole , especialmente económicas y cu l tura les , que gra­

v i t a b a n en e l m u n d o distante de los i n d i o s y mestizos.

L a incomprensión de los intelectuales cr io l los para

e l p r o b l e m a social emanaba acaso d e l desdén, mezclado

de temor, q u e l l e v a b a n en su sangre, h a c i a las clases

abyectas. C u a n d o i b a a celebrarse l a p r i m e r a de las

juntas a q u e convocó I t u r r i g a r a y e l 6 de agosto de 1808,

l a A u d i e n c i a se opuso, c o n u n a r g u m e n t o q u e valía

tanto p a r a los españoles c o m o los c r i o l l o s , p o r q u e para

los unos y p a r a los otros l a tesis de l a soberanía sig­

n i f i c a b a l a amenaza de ser desplazados d e l poder , ya

q u e " e l p u e b l o o r i g i n a r i o e n q u i e n debía recaer a q u e l

Page 12: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 7 3

derecho, s i acaso l o hubiese, sería e l de los I n d i o s " . 1 9 Y

d e l desdén h a c i a los indios , n o escapaban n i s i q u i e r a

gentes de espír i tu tan c o m p r e n s i v o c o m o e l de C l a v i ­

j e r o . E n carta fechada en "Profesa y A b r i l 23 de 1761",

e l P . P e d r o Reales r e p r e n d e a C l a v i j e r o p o r " s u des­

a m o r y desafecto a los i n d i o s " , 2 0 l o c u a l está e n

aparente desacuerdo c o n l a af irmación de su biógrafo

M a n e i r o , c u a n d o h a b l a de " a q u e l l a constante benevo­

l e n c i a hacia los indígenas, q u e l o impulsó c iertamente

a consagrar s u l a b o r y l a elegancia de su p l u m a a salvar

d e l o l v i d o los fastos de s u h i s t o r i a a n t i g u a " , 2 1 pero que

a n u e s t r o e n t e n d e r es e x p l i c a b l e , ya q u e podía conci-

l iarse la s impat ía p o r las t r i b u s precortesianas c o n e l

desapego h a c i a l a raza decrépita, q u e h a b í a n h u n d i d o

en e l o p r o b i o tres siglos de s e r v i d u m b r e .

E l p r o b l e m a social de N u e v a España, ta l c o m o l o

p l a n t e a b a n los finales d e l siglo x v m , v a a ser v i v i d o y

captado, n o p o r los cr io l los , s ino p o r dos españoles.

U n o de el los, e l ob ispo D . F r a y A n t o n i o de San M i ­

g u e l , aporta a l a solución d e l p r o b l e m a su i n t u i t i v a

c a r i d a d , a l v e r i f i c a r d irectamente l a m i s e r i a de las cla­

ses bajas y a l d e r r a m a r , para suavizar la , los caudales

de l a Iglesia y su p a t r i m o n i o personal . S i su i lus tre ante­

cesor, e l p r i m e r ob ispo de M i c h o a c á n D . Vasco de

Q u i r o g a , defendió a l a todavía entonces lozana estirpe

tarasca, F r a y A n t o n i o se i m p u s o l a tarea de descender

hasta su degradación.

E l c o n j u r o d e l g r a n obispo, en presencia d e l apos­

t o l a d o en acción, l a f i n a y aristocrática i n t e l i g e n c i a de

D . M a n u e l A b a d y Q u e i p o p e r c i b e l a extensión d e l

p r o b l e m a , l o p l a n t e a c o n audaz perspicacia , señala sus

causas y p r o p o n e los remedios . D e este m o d o en pos

d e l corazón d e l u n o va l a i n t e l i g e n c i a d e l otro, com­

p l e t a n d o así e n V a l l a d o l i d l a g e r m i n a c i ó n de l a s i m i e n -

Page 13: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

7 4 FELIPE TENA RAMÍREZ

te que pocos años antes había dejado all í e l P . Franc isco

J a v i e r C l a v i j e r o .

Y sucede q u e en esa m i s m a época, f recuentando

las mismas tertul ias , p a r t i c i p a n d o e n conversaciones

conf idencia les , D . M i g u e l H i d a l g o y C o s t i l l a m e d i t a

e n l a a c t i t u d desafiante de C l a v i j e r o , en l a h o s p i t a l a r i a

comprens ión de F r a y A n t o n i o , en las sugestivas ideas

de A b a d y Q u e i p o ; allí se le a b r i e r o n los ojos. P e r o

hay otro h o m b r e que, t r a n s c u r r i e n d o h u m i l d e m e n t e

entre tales personajes, siente c o m o nadie e l contagio

d e l a m b i e n t e , a l f ermentar en sus horas de estudio las

ideas q u e habían sido cavi lación en sus jornadas de l a

arriería; era D . José Mar ía M o r e l o s y . P a v ó n .

As í i n c u b a e n V a l l a d o l i d de M i c h o a c á n u n a co­

r r i e n t e ideológica, q u e a u n q u e d i r i g i d a c o n e l t i e m p o

h a c i a l a emancipac ión c o m o l a de los cr io l los , d i f iere

p r o f u n d a m e n t e de l a de éstos. M i e n t r a s los cr io l los de

l a metrópol i q u e r í a n u n a transformación e n l o pol í t ico

s i n tocar l o social , A b a d y Q u e i p o quer ía u n a trans­

formación en l o social s in tocar l o pol í t ico. E n e l mo­

v i m i e n t o de H i d a l g o se s u m a n las dos tendencias, pero

actúan preponderantemente* las ideas de A b a d , pues

d e l p r o g r a m a d e l A y u n t a m i e n t o de M é x i c o sólo sobre­

v i v e , c o m o u n pretexto, e l m i t o de F e r n a n d o V I I . E n

M o r e l o s se d e p u r a e l idear io , se p r o c l a m a l a i n d e p e n ­

d e n c i a s i n sujeción a l m o n a r c a español y se siente en

carne v i v a e l p r o b l e m a social p l a n t e a d o p o r A b a d y

Q u e i p o , e l p r o b l e m a q u e habr ía de i g n o r a r nuestro

c o n s t i t u c i o n a l i s t a s iglo x i x , p a r a af lorar u n a c e n t u r i a

después e n e l P l a n de A y a l a y e n los artículos 27 y 123

d e l a C o n s t i t u c i ó n de 1917.

L a v i d a desconcertante de A b a d y Q u e i p o es capaz

d e e n c a r n a r p o r sus i n q u i e t u d e s e incongruencias

u n o de los mejores ejemplares de a q u e l f i n de siglo,

Page 14: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO T 7 5

q u e dio de sí en M é x i c o a F r a y Servando de M i e r y

e n España a B l a n c o W h i t e . P e r o más q u e su v i d a i m ­

p o r t a su i d e a r i o . P o r h a b e r acertado en l o v i v o d e l p r o ­

b l e m a social m e x i c a n o y h a b e r suscitado con su acierto

l a decisión q u e desató e l m o v i m i e n t o de 1 8 1 0 , él es

p a r a nosotros precursor ideológico de l a i n d e p e n d e n ­

c i a de México . P e r o acaso merecería ser ident i f i cado,

c o n más ajustada designación, c o m o e l antecesor ideo­

l ó g i c o de l a revo luc ión m e x i c a n a .

N O T A S

1 N a c i ó e n S e v i l l a , v a l l e d e C a m a r g o , e n 1726; p r o f e s ó e n e l m o n a s ­

t e r i o d e M o n t e c o r b á n y a l c a n z ó l o s m á s a l t o s p u e s t o s d e s u O r d e n ; a l o s

35 a ñ o s d e c l a u s t r o f u é p r o m o v i d o a l a d ióces is d e C a m a y a g u a y e l 19

d e s e p t i e m b r e f u é t r a s l a d a d o a l a sede e p i s c o p a l d e M i c h o a c á n ; sa l ió d e

l a c i u d a d d e M é x i c o e l 3 d e n o v i e m b r e d e 1784 y l l e g ó a l a d e V a l l a d o l i d

e l 17 d e l m i s m o m e s . — D a t o s t o m a d o s d e l a b i o g r a f í a d e D o n F r a y A n ­

t o n i o d e S. M i g u e l , p u b l i c a d a e n l a r e v i s t a La Inmaculada, M o r e l i a , 1904,

a ñ o I , 155, d e a u t o r a n ó n i m o y a t r i b u i d a a D . F é l i x M . M a r t í n e z — D . J u a n

B . B u i t r ó n a s i e n t a , s i n e x p r e s a r e l f u n d a m e n t o , q u e F r a y A n t o n i o , y c o n

é l A b a d y Q u e i p o , l l e g ó a V a l l a d o l i d a l m e d i a r e l a ñ o d e 1785 (Apuntes

para servir a lax historia del arzobispado de Morelia. M é x i c o , 1948; 149).

2 A b a d y Q u e i p o f i r m a b a " A b a d Q u e y p o " , p e r o e n l a a c t u a l i d a d se

a c o s t u m b r a i n t e r c a l a r l a " y " e n t r e sus d o s a p e l l i d o s y se h a c a m b i a d o

l a " y " d e Q u e y p o p o r " i " . R e c o n o c i e n d o q u e e n g e n e r a l d e b e respetarse l a

o r t o g r a f í a e m p l e a d a p o r los u s u a r i o s d e l o s a p e l l i d o s , j u s t i f i c a m o s las d o s

a l t e r a c i o n e s q u e e l u s o h a i n t r o d u c i d o e n e l a p e l l i d o de n u e s t r o b i o ­

g r a f i a d o . E n t r e los casos e n q u e es a p r o p i a d o e m p l e a r l a c o p u l a t i v a , se­

ñ á l a s e e l s i g u i e n t e , d o n d e e n c a j a e l a p e l l i d o d e q u e t r a t a m o s : "'Se acos­

t u m b r a a e m p l e a r l a " y " c u a n d o e l p r i m e r a p e l l i d o es m o n o s i l á b i c o o

m u y c o r t o y c o n a c e n t o e n l a ú l t i m a s í l a b a " ( E n r i q u e S Á N C H E Z R E Y E S :

" ¿ M e n é n d e z y P e l a y o o M e n é n d e z P e l a y o ? " , a r t í c u l o p u b l i c a d o e n e l Bole­

tín d e l a B i b l i o t e c a M e n é n d e z P e l a y o , S a n t a n d e r , a ñ o X X V , N<? 2). E n

c u a n t o a l a p e l l i d o Q u e i p o , a c t u a l m e n t e u s a d o así e n E s p a ñ a , n o h a h e c h o

s i n o r e i v i n d i c a r e l b u e n e m p l e o d e l a " i " c u a n d o es v o c a l .

3 L a m u j e r d e l p r i m e r m i n i s t r o e s p a ñ o l e n M é x i c o , m a r q u é s d e C a l ­

d e r ó n d e l a B a r c a , d e s c r i b í a así , e n 1834, u n a p u e s t a d e so l e n l a c i u d a d

q u e p o r e n t o n c e s a c a b a b a d e c a m b i a r s u n o m b r e d e V a l l a d o l i d p o r e l

d e M o r e l i a : " M o r e l i a es f a m o s a p o r l a f u e r z a d e s u a t m ó s f e r a y l a exce­

s i v a b e l l e z a d e su c i e l o ; e n esta t a r d e n o d e s d i j o d e s u r e p u t a c i ó n . H a c i a

l a p u e s t a d e l s o l , t o d o e l h o r i z o n t e o c c i d e n t a l e s t a b a c u b i e r t o c o n m i r i a -

Page 15: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

7 6 FELIPE TENA RAMÍREZ

d a s de n u b é c u l a s d e o r o y m o r a d o , q u e e n v a r i e d a d de f a n t á s t i c a s f o r m a s

f l o t a b a n s o b r e e l a z u l b r i l l a n t e d e l f i r m a m e n t o ; e l m o r a d o se c o n v i r t i ó

e n p ú r p u r a , l u e g o se t o r n ó s o n r o s a d o , c u a l s i tuv iese v e r g ü e n z a y , p o r

ú l t i m o , b r i l l ó c o n t o d o e l e s p l e n d o r d e l c a r m e s í . E l a z u l d e l c i e l o f u é

p o n i é n d o s e v e r d e , c o n a q u e l t i n t e p e c u l i a r d e las puestas d e l s o l e n I t a l i a .

E l as tro p a r e c í a g l o b o d e v i v i e n t e l l a m a . G r a d u a l m e n t e se h u n d i ó e n u n a

h o g u e r a d e o r o y d e c a r m e s í , m i e n t r a s q u e e l h o r i z o n t e s e g u í a i l u m i n a d o

c o m o p o r las l l a m a s d e u n v o l c á n . L u e g o s u b r i l l a n t e c o r t e j o d e n u b e s ,

d e s p u é s d e f l a m e a r p o r c o r t o t i e m p o c o n e l e s p l e n d o r d e l s o l d e s a p a r e c i ­

d o , fué f u n d i é n d o s e g r a d u a l m e n t e e n t o d o s l o s co lores y m a t i c e s d e l a r c o -

i r i s , desde e l r o j o p r o f u n d o y e l c o l o r d e r o s a , y e l v i o l e t a p á l i d o y e l a z u l

s u a v e , e n v u e l t o t o d o e n v a p o r a r g e n t í f e r o , h a s t a f o r m a r u n a e n o r m e m a s a

d e leve t i n t a g r i s , q u e f u é e x t e n d i é n d o s e s o b r e t o d a l a p a r t e o c c i d e n t a l d e l

c i e l o . P e r o e n ese m o m e n t o se a l zó l a l u n a e n m e d i o d e u n a s e r e n i d a d

s i n n u b e s . . . " (La vida en México. M é x i c o , 1920; I I , 312).

4 " E n sus d o s t o r r e s [ d e l a c a t e d r a l d e V a l l a d o l i d ] d e 70 v a r a s , d e

c a n t e r a , de tres c u e r p o s , e n es t i los d ó r i c o s y j ó n i c o s b i e n c o m b i n a d o s ,

s u e n a n las m e j o r e s c a m p a n a s d e t o d a l a n a c i ó n " . M a r i a n o C U E V A S . — E l

Libertador. M é x i c o , 1947; 17.

5 B i o g r a f í a d e D o n F r a y A n t o n i o d e S a n M i g u e l , antes c i t a d a ; 156.

6 L i c . D . J o s é U G A R T E . — E n s a y o histórico acerca de la catedral de

Valladolid, Morelia. M o r e l i a , 1949; 13.

7 L i c . D . J o s é U G A R T E . — " E s t a m p a s V a l l i s o l e t a n a s " , R e v i s t a Trento,

V I I — 1, f e b r e r o d e 1950. C o n v i e n e r e c t i f i c a r l a espec ie , a d m i t i d a p o r t o d o s

l o s h i s t o r i a d o r e s , d e q u e l a h u e r t a d e l o b i s p a d o c o l i n d a b a c o n l a d e los

c a r m e l i t a s ; e n t r e l a s d o s h a b í a u n a c a l l e , l l a m a d a " p r i m e r a q u a d r a d e

las C a r m e l i t a s " , s e g ú n c o n s t a e n e l Plan o mapa de la nobilísima ciudad

de Valladolid, l e v a n t a d o p o r o r d e n d e l v i r r e y B r a n c i f o r t e e l 30 d e o c t u ­

b r e de 1794 ( A r c h i v o G e n e r a l d e I n d i a s ; Sec. I I , 565). A c t u a l m e n t e

este e d i f i c i o , q u e p e r d i ó e l a l a h a b i t a d a p o r F r a y A n t o n i o a l ser d e m o l i d a

p o r e l o b i s p o M u n g u í a e n e l i n t e n t o d e c o n s t r u i r u n n u e v o p a l a c i o e p i s ­

c o p a l , está d e s t i n a d o a l o s S e r v i c i o s C o o r d i n a d o s d e S a l u b r i d a d .

8 E n l a a c t u a l i d a d P a l a c i o d e l o s P o d e r e s d e l E s t a d o .

9 Historia de la filosofía en México. I m p r e n t a U n i v e r s i t a r i a . M é x i c o ,

1943' 9 8 -

10 L a f e c h a d e l a r r i b o d e C l a v i j e r o a V a l l a d o l i d es p r o b a b l e m e n t e

e n 1764, y a q u e e n 2 d e o c t u b r e d e d i c h o a ñ o se l e d i r i g i ó u n a c a r t a a esa

c i u d a d ; su s a l i d a d e V a l l a d o l i d y l l e g a d a a G u a d a l a j a r a o c u r r i e r o n e n e l

m e s d e a b r i l d e 1766, p u e s t o q u e e n c a r t a d e 3 d e j u n i o d e l m i s m o a ñ o ,

q u e d e l a ú l t i m a c i u d a d d i r i g i ó C l a v i j e r o a l P . P r o v i n c i a l S a l v a d o r G á n ­

d a r a , l e d i c e : " L l e v o m á s d e u n m e s e n esta c i u d a d " . L a s cartas d e refe­

r e n c i a f u e r o n p u b l i c a d a s p o r J e s ú s R o m e r o F l o r e s e n Documentos para

la biografía del historiador Clavijero; A n a l e s d e l I n s t i t u t o N a c i o n a l d e

A n t r o p o l o g í a e H i s t o r i a . M é x i c o , 1945; I , 324, 330.

11 J o a n n i s A l o y s ü M A N E I R I . — D e vitis aliquot mexicanorum aliorum-

que.. . — F r a g m e n t o s d e l a b i o g r a f í a d e C l a v i j e r o , t r a d u c i d o s p o r G a b r i e l

M é n d e z P l a n e a r t e : Humanistas del siglo xviii. M é x i c o , 1941; 190.

Page 16: EL OBISP ABAO D Y QUEIPOaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29679/1/01-001...EL OBISP ABAO D Y QUEIPO Felipe TENA RAMÍREZ SE ACERCAB a sA u fin aquel 17 de noviembre de 1784

EL OBISPO ABAD Y QUEIPO 77

12 S a m u e l R A M O S ; op. cit.; 6 2 .

1 3 G a b r i e l M É N D E Z P L A N C A R T E ; op. cit.; X I .

1 4 Op. cit.; 8 6 .

1 5 P . M I E R . — H i s t o r i a de la Revolución de Nueva España* T . I ,

l i b r o I , 2. U n e s t u d i o e n p o r m e n o r d e los e p i s o d i o s d e 1808, se e n c u e n t r a

e n l a o b r a e n p r e p a r a c i ó n , d e l a u t o r , r e l a t i v a a l a h i s t o r i a d e las ideas

p o l í t i c a s e n M é x i c o .

1 6 De legibus; L i b . I I I , C a p . I X , 5.

1 7 De iustitia et jure.

1 8 F r a n c i s c o J a v i e r ALEGKE.—Institutionum Theologicarum. T r a d . d e

G . M é n d e z P l a n c a r t e : Humanistas del siglo xix; 4 9 , 5 2 .

1 9 Reflexiones sobre el cuaderno de Juntas Generales. A r c h i v o H i s t ó ­

r i c o N a c i o n a l d e M a d r i d .

20 Jesús R O M E R O F L O R E S . — D o c u m e n t o s para la biografía del histo­

riador Clavijero; 319.

21 Op. cit.; 182.