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Comunicação, Técnica e Cultura
31 de Maio de 2014 (9:30/12:30 – 14/17 horas)
Sala de Atos – CECS/UMinho (Braga, Portugal)
José Manuel de Figueiredo Gomes Pinto ([email protected])
É professor associado na Escola de Comunicação, Arquitectura, Artes e Tecnologias da
Informação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Licenciado em
Filosofia (UNL), obteve um doutoramento em Estética e Teoria das Artes pela (US).
Apontamentos por Regina Cunha
1. Origens da Comunicação Humana
TOMASELLO, Michael. Origins of Human Communication. Cambridge, MA: The MIT
Press, 2008. (ver anexo)
Overview from MIT:
“A comunicação humana é fundamentalmente baseada na cooperatividade, mesmo que sejam
compartilhadas somente intenções. Neste livro original e provocador das origens evolutivas
da comunicação humana, Michael Tomasello liga a estrutura fundamentalmente cooperativa
da comunicação humana (inicialmente descoberta por Paul Grice) à especialmente
cooperativa estrutura humana (ao contrário de outros primatas) da interação social.
Tomasello argumenta que a comunicação cooperativa humana repousa sobre uma infra-
estrutura psicológica da intencionalidade compartilhada (atenção conjunta, base comum), que
evoluiu originalmente para a colaboração e cultura em geral. Os motivos básicos da infra-
estrutura são ajudar e compartilhar: os seres humanos se comunicam para pedir ajuda,
informar os outros sobre coisas de forma prestativa e compartilhar atitudes como uma forma
de ligação dentro do grupo cultural. Cada motivo de cooperação cria diferentes pressões
funcionais de forma a convencionalizar as construções gramaticais. Pedir ajuda de forma
imediata do tipo eu-e-você e aqui-e-agora, por exemplo, exige pouca gramática, mas informar
e compartilhar exigem dispositivos gramaticais cada vez mais complexos.
Baseando-se em pesquisa empírica sobre a comunicação vocal e gestual feita por grandes
macacos e bebês humanos, Tomasello argumenta que, a comunicação cooperativa dos seres
humanos surgiu pela primeira vez nos gestos naturais de mímica e de apontar para as coisas.
A comunicação convencional, primeiro gestual e depois vocal, evoluiu somente depois que os
humanos conseguiram usar os gestos de forma natural e sua infra-estrutura de
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intencionalidade já estava compartilhada, juntamente com as habilidades de aprendizagem
cultural para criar e repassar o que era compreendido como convenções comunicativas .
Desafiando a visão chomskiana de que o conhecimento linguístico é inato, Tomasello ao
contrário propõe que o aspecto mais fundamental da comunicação humana é a capacidade de
adaptação biológica para a cooperação interactiva social em geral, e que as dimensões
puramente linguísticas da comunicação humana são convenções culturais e construções
criadas por e repassadas dentro de determinados grupos culturais.”
2. A técnica e a linguagem
LEROI-GOURHAN, André. O gesto e a palavra, 1 - Técnica e linguagem. Lisboa: Edições
70, 1990. (ver anexo)
“A técnica define o que é o homem”.
3. As quatro causas
ARISTÓTELES. Metafísica. Livro I. Capítulo 3, p.7-8 (ver anexo)
3.1. Causa Material – matéria
3.2. Causa Formal – ideia
3.3. Causa Eficiente – humano
3.4. Causa Final – fim
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Os termos a seguir foram apontados, rapida e brevemente:
Interjeição – origem do humanismo, caracteriza todos os humanos a partir das vogais
(a, e, i, o, u).
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de
espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo
comportamento sem que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas
linguísticas mais elaboradas.
Oikos (privado/casa) Platão (ausência de publicidade, preservar a natureza)
Super Estrutura e Infraestrutura (Base) – Karl Marx
Ilustração. A ilustração (Aufklãrung) é a saída do homem de sua menoridade, da qual
ele é o próprio responsável.
Servidão voluntária Michel de Montaigne
Eremita das massas; trabalhador no domícilio ao ver TV; o mundo como um
fantasma; banalização do mundo.
4. Harold Adams Innis
Title The Bias of Communication
G - Reference,Information and Interdisciplinary Subjects Series
Author Harold Adams Innis
Contributor Alexander John Watson
Publisher University of Toronto Press, 2008
ISBN 0802096069, 9780802096067
Tempo e espaço no mesmo lugar ao mesmo tempo quando se confluem dá-se o
império. Tempo (duradouro) controla – inscrição da poesia, literatura, livro, de longa
duração, que perdura, papiro (paz). Espaço (rápido) – fazer contas rápidas, anotações
breves, muda, regras, leis, pergaminho, guerra. Capitalismo supera a si mesmo,
porque é uma narrativa que não precisa de tempo e espaço.
5. Günther Anders, The obsolescence of man (ver anexo)