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Turismo Cultural Estrada Real De 30 de agosto a 03 de setembro 2006 Caderno de Subsídios Empresário/Técnico:______________________________________ Empresa:___________________________________________

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Turismo Cultural Estrada Real

De 30 de agosto a 03 de setembro

2006

Caderno de Subsídios

Empresário/Técnico:______________________________________ Empresa:___________________________________________

MINISTÉRIO DO TURISMO

Walfrido dos Mares Guia, Ministro de Estado

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo

Airton Nogueira Pereira, Secretário

Diretoria de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico

Tânia Brizolla, Diretora

Benita Monteiro, Coordenadora-geral de Regionalização

Wilken Souto

Marcelo Abreu

Daniele Velozo

SEBRAE NACIONAL

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

Paulo Tarciso Okamotto, Presidente

Diretoria de Administração e Finanças

Cezar Acosta Rech, Diretor

Diretoria Técnica

Luiz Carlos Barboza, Diretor

Gerência da Unidade de Atendimento Coletivo, Comércio e Serviços

Vinícius Lages, Gerente

Dival Schmidt

Ilma Ordine Lopes

Germana Barros Magalhães

Valéria Barros

BRAZTOA

Associação Brasileira das Operadoras de Turismo

José Zuquim, Presidente

Monica Samia, Diretora Executiva

Karem Basulto, Coordenadora Projeto

Lílian La Luna

IMB

Instituto Marca Brasil

Daniela Bitencourt, Diretora Superintendente

Alice Souto Maior

Rosiane Rockenbach

CONSULTOR VIAGEM TÉCNICA

Fátima Trópia

1

SUMÁRIO 1. Participantes da Viagem Técnica à Estrada Real................................... 2

1.1 Estados de Origem dos Empresários 2

1.2 Breve Perfil das Empresas Participantes 3

1.3 Equipe Técnica 4

2. Informações Gerais............................................................................... 5

2.1 Localização Geográfica

5

Estrada Real 6

Mapa da Estrada Real 8

3 Estrada Real Caminho Velho – De Paraty a Ouro Preto.................... 11

Roteiro – Ouro Preto a Tiradentes 11

Mapa 12

objetivo 12

4. As cidades – história e características................................................... 13

Ouro Preto 13

Mariana 16

Congonhas 18

São João Del Rei 19

Tiradentes 21

5. Turismo no Brasil................................................................................... 23

5.1 Turismo Cultural 23 5.2 Turismo Cultural no Brasil

26

5.3 Turismo Cultural na Estrada Real

28

6. Roteiro de Viagem 30

7. Instituições e empresas 34

Bibliografia 38

Dicas para o Desenvolvimento do Benchmarking.................................. 39

2

1. Participantes da Viagem Técnica Estrada Real

1.1 Estados de Origem dos Empresários

3

1.2 Breve Perfil das Empresas Participantes

EMPRESA PARTICIPANTE ATIVIDADES COMERCIALIZADAS

DESTINO DE OPERAÇÃO

ALIAR TURISMO E CULTURA

ELIZABETE PEREIRA DOS SANTOS

ECOTURISMO (outros); CULTURA (cidades patrimônio); NEGÓCIOS E EVENTOS (feiras, congressos, outros).

OURO PRETO/MG

BROCKER TURISMO

PATRÍCIA TERRES DA LUZ

CULTURA (étnico, festas populares, outros); ESPORTE (rafting); NEGÓCIOS E EVENTOS (feiras, congressos, incentivo, compras, visita técnica, outros).

CANELA/RS

ENLACE TURISMO ANNE CAROLINE SANTOS

ECOTURISMO (observação de fauna e aves, outros); CULTURA (cidades patrimônio, étnico, festas populares, outros); NEGÓCIOS E EVENTOS (congressos, incentivo, compras, visita técnica, outros).

BRASÍLIA/DF

GRANDE SERTÃO VIAGENS E TURISMO

THIAGO DE CASTRO AGUIAR

SOL E PRAIA, ECOTURISMO, CULTURA, NEGÓCIOS E EVENTOS.

CURVELO/MG

IMPERIAL TOUR

CAMILA FREITAS DE MELO

SOL E PRAIA, ECOTURISMO; CULTURAL; ESPORTE; NEGÓCIOS E EVENTOS; PRODUTOS FOCADOS.

PETRÓPOLIS/ RJ

MILÊNIO OPERADORA DE VIAGENS E TURISMO

LARA BOURGUIGNON

SOL E PRAIA, ECOTURISMO (outros); CULTURA (Cidades patrimônio, festas populares); NEGÓCIOS E EVENTOS (outros).

RIO DE JANEIRO/RJ

TERRA RASGADA ROTEIROS TURÍSTICOS

INGRID MARIE GIMENES DANTE

ECOTURISMO (outros); CULTURAL (Cidades patrimônio, outros); trilhas e arvorismo, passeios histórico-culturais por Sorocaba e região.

SOROCABA/SP

TROPICAL ADVENTURE

VIRLENE SANDOVAL CAMARGO LEAL

SOL E PRAIA, ECOTURISMO (caminhadas, flutuação,

BARREIRINHAS/MA

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ecoturismo - outros); CULTURA (festas populares, cultura - outros); ESPORTE (trekking, cavalgadas, motor, vela), NEGÓCIOS E EVENTOS (incentivo, negócios e eventos - outros).

TURISVALE AGÊNCIA DE TURISMO

MÁRCIA CRISTINA B. BENDIA

ECOTURISMO (caminhadas); CULTURA (cidades patrimônio, festas populares, outros); ESPORTE (cavalgadas); NEGÓCIOS E EVENTOS (incentivo) e Agroturismo.

MIGUEL PEREIRA/RJ

1.3 Equipe Técnica

ENTIDADE REPRESENTAN

TE E-MAIL LOCALIDADE

MINISTÉRIO DO TURISMO

CAROLINA CAMPOS

[email protected] BRASÍLIA/DF

BRAZTOA KAREM BASULTO [email protected] SÃO PAULO/SP

IMB ALICE SOUTO MAIOR

[email protected]

BRASÍLIA/DF

CONSULTORA FÁTIMA TROPIA [email protected] OURO PRETO/ MG

CONSULTORA BENCHMARKING

LUCIANE CAMILOTTI

[email protected] FLORIANÓPOLIS/SC

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2. Informações Gerais

2.1 Localização Geográfica

A Estrada Real está localizada no sudeste brasileiro nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, abrangendo 177 municípios. Mapa da Localização Geográfica

Fonte: www.estradareal.org.br

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Estrada Real Traçada a partir do século XVII pelos bandeirantes – que seguiram a marcação de trilhas indígenas ainda mais antigas -, a Estrada Real serviu, ao longo de mais de três séculos, como principal roteiro para o transporte de ouro, diamantes e idéias revolucionárias. Neste percurso, ainda hoje se encontram trilhas calçadas por escravos, monumentos, pontes, cidades, distritos, ruínas, povoados que preservam um rico patrimônio cultural e natural. Segundo Márcio Santos, o nome Estrada Real passou a aludir, assim, àquelas vias que, pela sua antiguidade, importância e natureza oficial, eram propriedade da Coroa metropolitana. Durante todo o século XVIII, e também em parte do XIX, quando a era mineradora já se fora e os caminhos se tornaram livres e empobrecidos, as estradas reais foram os troncos viários principais do centro-sul do território colonial. Ao longo dos caminhos reais espalharam-se os antigos registros, postos fiscais de controle, alguns dos quais ainda podem ser apreciados na atualidade. Eram de diversos tipos: registros do ouro, que fiscalizavam o transporte do metal e cobravam o quinto; registros de entradas, que cobravam pelo tráfego de pessoas, mercadorias e animais; registros da Demarcação Diamantina, responsáveis pelo severo policiamento do contrabando e pela cobrança dos direitos de entrada na zona diamantífera; e contagens, que tributavam o trânsito de animais. Os prédios dos registros eram instalados em locais estratégicos dos caminhos: passagens entre serras, desfiladeiros, margens de cursos de água. No seu interior se colocava o pessoal empregado: um administrador, um contador, um fiel e dois ou quatro soldados. Um portão com cadeado fechava a estrada. A expansão originária dos primeiros grandes caminhos do centro-sul do território colonial conformou um dos mais significativos movimentos de apropriação do interior brasileiro e de sua integração com a faixa litorânea. Ampliando a base territorial da América portuguesa, as vias hoje reunidas sob o nome de Estrada Real foram, assim, fundamentais na história do povoamento e da colonização de vastas regiões do território brasileiro, tornando-se verdadeiros eixos históricos-culturais de construção de parte da nossa história O historiador e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Friedrich Ewald Renger, destaca que, o conceito Estrada Real é de natureza tributária e fiscal. Diz respeito àqueles percursos que, abertos por índios e bandeirantes, foram utilizados pela Fazenda Real, a partir de 1718, para a instalação de postos de cobrança dos “Direitos de Entrada”, que incidiam sobre a circulação de produtos, de pessoas, do gado e escravos que chegavam ao solo mineiro. Ainda que possa estar no desejo de municípios instalados nas proximidades destas rotas históricas se verem incluídos no programa implantado, o Instituto Estrada Real, a Universidade Federal de Minas Gerais e o Departamento de Estradas de Rodagem, após estudos realizados, optaram por aqueles caminhos que, respeitando

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o conceito histórico e geográfico, apresentassem viabilidade para a atração de turistas e propiciassem a instalação de infra-estrutura turística. O programa turístico Estrada Real já ultrapassou, na curta existência de seis anos, a condição de um conceito, deixou de ser algo que guarda intimidade apenas com os sonhos de seus idealizadores, para tornar-se peça fundamental no incentivo ao desenvolvimento econômico e social sustentado, à diminuição das desigualdades regionais, à geração de emprego e renda e à preservação dos patrimônios históricos, culturais, artísticos e ecológicos. É conhecido o potencial da Estrada Real no incentivo ao turismo cultural, religioso, histórico, gastronômico, rural, ao ecoturismo e ao turismo de aventura em seu entorno, e sua contribuição na implantação ou ampliação de atividades empresariais e na melhoria da qualidade de vida de seus agentes nos municípios sob sua área de atuação. A Estrada Real é um dos maiores projetos turísticos em desenvolvimento no país. Abrange 1.400 quilômetros, passando por 177 municípios, sendo 162 em Minas Gerais, 8 no estado do Rio de Janeiro e 7 no estado de São Paulo, distribuídos em três caminhos: o Caminho Velho, foi a primeira via a ser oficializada, que liga Paraty (RJ) à Ouro Preto (MG); o Caminho Novo, foi aberto no final do séc.XVII, que liga a cidade do Rio de Janeiro (RJ) à Ouro Preto (MG); e o Caminho dos Diamantes, com a descoberta de diamantes em 1729, na região do Serro Frio, ligando Ouro Preto a Diamantina em Minas Gerais.

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Mapa da Estrada Real

Instituto Estrada Real – IER

Histórico

O Instituto Estrada Real, criado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais em 05 de outubro de 1999 como sociedade civil sem fins lucrativos, tem por objetivo organizar, fomentar e gerenciar o produto turístico Estrada Real. Elevado a

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programa estruturante do governo do Estado de Minas Gerais em abril de 2003, o Programa Estrada Real encontra-se implantado em 177 municípios de Minas Gerais (162 municípios), Rio de Janeiro (oito) e São Paulo (sete) e é peça fundamental no incentivo ao desenvolvimento econômico e social sustentado, à diminuição das desigualdades regionais, à geração de emprego e renda e à preservação dos patrimônios históricos, culturais, artísticos e ecológicos dos municípios onde implantado. Fruto das ações desenvolvidas, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais e o Instituto Estrada Real (Fiemg/IER) firmaram Termo de Cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do qual foram assegurados US$ 3,4 milhões para investimentos em programas de fortalecimento das redes de turismo locais ao longo da Estrada Real, atendendo numa primeira etapa, a Ouro Preto, São João del Rei e Santa Bárbara e municípios e distritos localizados no seu entorno. Os programas prevêem a criação da rede de pequenas e médias empresas da cadeia produtiva do turismo na Estrada Real, a qualificação e treinamento dos empresários locais e a elaboração de produtos turísticos e sua comercialização; e tem como objetivos a promoção do desenvolvimento regional e o aumento da competitividade das pequenas e médias empresas turísticas ao longo da Estrada Real. Em 1º de maio de 2006, as Nações Unidas, através do PNUD, incorporou-se ao projeto, ao assinar convênio de cooperação técnica com Instituto Estrada Real, que prevê o repasse pelo organismo internacional de tecnologia para a elaboração, execução e acompanhamento de projetos de desenvolvimento. Em 13 de junho de 2006, as Secretarias de Estado de Turismo e de Planejamento e Gestão também se incorporaram ao programa em desenvolvimento, através da assinatura de convênio para o repasse de R$ 1,05 milhão para projetos de desenvolvimento dos pólos turísticos de Diamantina e da Serra do Cipó e para o levantamento de dados, diagnóstico e elaboração de plano de gestão do Circuito das Águas. Através do Fundese-Estrada Real, linha de crédito criada pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, foram liberados R$ 12 milhões para o financiamentos de 281 empreendimentos, em 52 municípios, tendo como contrapartida R$ 19,6 milhões investidos pelos próprios empreendedores. Atendimento Para propiciar melhor atendimento aos turistas, o Instituto Estrada Real também instalou o Comitê Técnico do Organismo de Certificação. Composto por representantes dos circuitos turísticos, agências receptivas e secretarias de Turismo, o Comitê é um fórum técnico-consultivo que tem por objetivo contribuir para a identificação e atualização permanente das competências profissionais dos trabalhadores dos setores de turismo e hospitalidade. Entre as suas atribuições estão o monitoramento da utilização das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) na Estrada Real e a elaboração dos perfis profissionais para as atividades às quais se pretende certificar.

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Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial foram montadas três unidades móveis em carretas, devidamente equipadas, que levaram cursos diversos de qualificação e aperfeiçoamento profissional em confecção e vestuário, informática e alimentos a 33 municípios da Estrada Real; e, em parceria com Ministério do Turismo, foi implantado o Projeto Produção Associada ao Turismo, que tem por objetivo incentivar a geração de emprego e renda nos setores de produção de cachaça, gemas e jóias, artesanato e queijos especiais e a agregação de valor a produtos dos municípios da Estrada Real. Também foi implantado o Projeto de Implantação das Boas Práticas em Manipulação e Fabricação de Alimentos nos Circuitos Turísticos da Estrada Real em 12 municípios dos Circuitos Turísticos do Ouro, Trilha dos Inconfidentes, dos Diamantes, Parque Nacional da Serra do Cipó, Villas e Fazendas e das Águas em Minas Gerais, e Paraty no Rio de Janeiro. A previsão e de atendimento a 130 empresas, com o objetivo de qualificação de pessoal em relação à segurança dos alimentos. Marcos Dentre as ações desenvolvidas para incentivar o turismo, o Instituto Estrada Real, já promoveu a instalação de 881 marcos turísticos no trajeto histórico original e totalizará os 1.926 marcos previstos até dezembro de 2006. Convênios firmados com o governo do Estado de Minas Gerais e o governo federal, através do Ministério do Turismo, também asseguram a instalação de sinalização de todas as rodovias federais e estaduais que cortam ou levam à Estrada Real até o final de 2006. O Instituto Estrada Real, em parceria com as prefeituras, também deu início à instalação de totens e displays turísticos nos municípios da Estrada Real. A Estrada Real dispõem ainda de nove postos de telefonia rural e de cobertura total por telefonia móvel. Segurança Para a capacitação do efetivo policial local foram realizados cursos de relações interpessoais, ética, comportamento social, direitos humanos, qualidade no atendimento ao turista, educação ambiental, planejamento em segurança turística, introdução ao turismo e hospitalidade e conversação básica aplicada de inglês e espanhol. (Fonte: Texto fornecido pela Assessoria de Comunicação Social do Instituto Estrada Real IER)

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Estrada Real – Caminho Velho

De Paraty a Ouro Preto

A primeira via a ser oficializada, conhecida como Caminho Velho, ligava a antiga Vila Rica – hoje, cidade de Ouro Preto – ao porto da atual cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Ao longo do Caminho Velho encontra-se um grande número de atrativos culturais e naturais em um percurso de 630km. Saindo de Paraty destacamos o Parque Natural da Serra da Bocaina e o Parque Estadual da Serra do Mar, entrando em território mineiro, temos o Parque Estadual da Serra do Papagaio, na Serra da Mantiqueira. Em seguida temos o circuito das águas integrando as cidades de Caxambu, Cambuquira, Lambari e São Lourenço. Continuando o caminho o município de Carrancas tem seu destaque em suas belezas naturais. Logo em seguida, a região dos Campos das Vertentes, onde estão localizadas as cidades de São João Del Rei e Tiradentes e ao final do percurso no circuito do ouro se encontram as cidades de Congonhas, Ouro Preto e Mariana. Entre os municípios que fazem parte do caminho velho encontramos: Paraty(RJ), Cunha (SP), Guaratinguetá (SP), Lorena (SP), Cruzeiro (SP), e em Minas Gerais : Passa Quatro, Itanhamdu, Itamonte, Pouso Alto, São Lourenço, Caxambu, Baipendi, Carrancas, São João Del Rei, Tiradentes, Congonhas, Mariana e Ouro Preto. Nossa viagem faz um corte no trecho do Caminho Velho, percorrendo os caminhos das regiões que contemplam as cidades de Ouro Preto, Mariana, Congonhas, São João del-Rei e Tiradentes, descobrindo mais uma vez todas as riquezas de Minas Gerais, na busca de vivências e segredos singulares de uma região que oferece produtos artesanais, história, gastronomia, manifestações artísticas, projetos culturais, tudo isso associado a uma infra-estrutura turística com serviços e equipamentos de qualidade, desenvolvendo um exemplar roteiro de turismo cultural. Roteiro – De Ouro Preto a Tiradentes

Neste percurso, Minas tem muito a dizer. Ainda se revela a fé eterna e silenciosa dos mineiros, o sacrifício dos inconfidentes, os mistérios da culinária do fogão a lenha; ainda se vê o eterno espetáculo de inúmeras cachoeiras, ainda se percorre em sobressalto as trilhas secretas de bandoleiros e patriotas, as montanhas de muitos segredos e ainda circulam as idéias de liberdade. Percorrer os caminhos de Ouro Preto a Tiradentes é descobrir mais uma vez todas as riquezas de Minas Gerais, é ser um viajante no rastro dos mistérios da Estrada Real.

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MAPA do Roteiro de Ouro Preto a Tiradentes

Fonte :www.estradareal.gov.br

Distâncias entre as cidades do Roteiro

Ouro Preto a Mariana – 12 km

Ouro Preto a Congonhas – 55Km

Congonhas a São João Del Rei – 108km

São João Del Rei a Tiradentes – 8km

Objetivo da Viagem

O objetivo desta viagem e a escolha deste roteiro visam proporcionar aos participantes do projeto a vivência das boas práticas do turismo cultural na Estrada Real. Buscamos apresentar a diversidade cultural deste destino através da sua gastronomia, do artesanato, do patrimônio material e imaterial, da história, das artes, das riquezas naturais e principalmente dos saberes e fazeres locais. Tudo isso associado a um serviço de qualidade, com equipamentos turísticos preparados para receber bem o turista, seja na hospedagem, no transporte, na alimentação e no receptivo. Os municípios escolhidos para esta viagem apresentam semelhanças no traçado urbano, na forma de vida do seu cotidiano, na história do séc.XVIII, mas apresentam de forma especial suas singularidades que os tornam únicos. Cada um conta a sua história de forma diferenciada e se apresenta como um destino incomparável, que deve ser conhecido, degustado e vivenciado por todos.

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Cidades – História e Características

Ouro Preto

O Porquê de Começar por Ouro Preto...

A partir do final do século XVII, com a notícia da descoberta do ouro na região de Ouro Preto, milhares de pessoas partiram em busca desse metal preciso tão procurado e esperado pelos colonizadores portugueses. Começa, a partir de então, as primeiras chegadas de “visitantes” em busca do ouro. Uma igreja, um comércio e um garimpo eram mais do que suficiente para a criação de vilas, dentre elas, a maior de todas, Vila Rica, centro administrativo escolhido pela Coroa Portuguesa para garantir o recolhimento de impostos. Em Vila Rica, as artes encontraram um rico mercado inspirado na religiosidade. A febre do ouro passou ainda no século XVIII, mas deixou marcas eternas, seja nas igrejas repletas de obras de arte, na deliciosa comida típica que se preservou ou nas ruas de pedra cercadas por casarões coloniais. Ouro Preto, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, reúne um dos conjuntos mais importantes do barroco brasileiro. Fundada em 24 de julho de 1698, pelo bandeirante Antônio Dias de Oliveira e pelo padre João de Faria Fialho, foi elevada à categoria de vila em 1711 com o nome de Vila Rica. Em 1720, a Coroa instituiu a Capitania de Minas Gerais – desmembrada da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro - e a sua capital se estabeleceu na antiga Vila Rica. Em 1789, foi palco do movimento libertário que propunha a autonomia para a Colônia - a chamada Inconfidência Mineira. Vila Rica foi elevada à condição de cidade, em 1823, com o título de Imperial Cidade de Ouro Preto, tornando-se capital do Estado de Minas Gerais com a chegada da República em 1889. Em 1897, a capital foi transferida para Belo Horizonte. A antiga capital de Minas foi considerada Patrimônio da Memória Nacional, no ano de 1933 e em 1938 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo classificada em 1980 como Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido pela Unesco. O município possui 12 distritos, sendo os mais conhecidos: Amarantina, Cachoeira do Campo, Santa Rita de Ouro Preto, Santo Antônio do Leite, São Bartolomeu e Lavras Novas; destaque para as produções do artesanato em pedra-sabão, taquara, gemas, prata e doces caseiros. Palco de vários acontecimentos que marcaram a história brasileira, Ouro Preto sempre foi a preferência dos turistas - nacionais e internacionais - que buscam conhecer a história, a cultura e a religiosidade mineiras. Sempre citada por artistas, foi palco do movimento modernista brasileiro, no qual a preservação da memória nacional se tornou lei com a criação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

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O município completou seus 308 anos reafirmando sua vocação natural para o turismo. Através desta atividade, a economia recebe o impulso necessário para a continuidade de seu ciclo. São hotéis, pousadas, restaurantes, lojas, ateliês de artistas plásticos, irmandades religiosas, museus e instituições responsáveis pela manutenção da condição financeira de toda a população e pela conservação de importantes bens culturais e do patrimônio histórico. A inauguração do Parque Metalúrgico - Centro de Artes e Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto consiste num marco importante para o turismo em Ouro Preto. Com 7.200 m² de área construída e capacidade para 1.100 pessoas. Com ele, o município se efetivou como destino para a atração dos turismos de eventos e de negócios, que, associados aos turismos cultural e natural, passam a ter um grande valor agregado. Devido à grande diversidade, destacar alguns atrativos de Ouro Preto não é tarefa fácil, motivo pelo qual citaremos apenas alguns. Ouro Preto possui vários museus, eles se organizaram e criaram, o Circuito de Museus de Ouro Preto: Museu de Arte Sacra; Museu da Inconfidência; Museu Casa dos Contos; Museu de Ciência e Técnica; Museu Casa Guignard; Museu Aleijadinho; Museu do Oratório; Museu das Reduções. Pelas ruas da cidade o turista se depara com o Museu Aberto-Cidade Viva, projeto de interpretação do patrimônio que conta a história das edificações. O município possui ainda importantes construções histórico-religiosas – dentre elas a Igreja de São Francisco de Assis (início da construção, 1766) - que é o símbolo do barroco mineiro, obra - prima de Aleijadinho e do pintor Manoel da Costa Athaíde; a Matriz do Pilar (inaugurada em 1733), a mais rica de Minas; Santuário Nossa Senhora da Conceição (início da construção, 1727) e mais 10 Igrejas datadas do séc. XVIII. A maior parte dos atrativos naturais localiza-se nos distritos e no entorno da cidade: Parque Estadual do Itacolomi - Unidade de Conservação com infra-estrutura preparada para o recebimento de visitantes; Parque Municipal da Cachoeira das Andorinhas; Estação Ecológica do Tripuí. Possui também, uma das maiores jazidas de Topázio Imperial, pedra de grande valor econômico no mercado nacional e internacional. A cidade abriga: a Universidade Federal de Ouro Preto que possui 28 cursos de graduação, dentre eles os cursos de Turismo, Artes Cênicas, Música, História e outros. O CEFET - Escola Técnica Federal de Ouro Preto – que oferece, além de outros, o curso Técnico em Turismo; a Fundação de Arte de Ouro Preto – com os cursos de restauração, curso livre de artes plásticas, e galeria de arte. No ano de 2006 foi inaugurado dois grandes projetos: o Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG – com galeria de arte, café e livraria, e ponto de informação turística da Estrada Real, e o Projeto Trem da Vale, com o trem turístico – Maria Fumaça - que liga as cidades de Ouro Preto e Mariana, este ligado ao Projeto de Educação Patrimonial para a comunidade e visitantes.

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Em termos de infra-estrutura turística, a cidade apresenta uma rede de 60 estabelecimentos hoteleiros com aproximadamente 3.000 leitos, sendo 700 deles em nível de 03 a 05 estrelas. 80% dessa rede é constituída por pousadas - casas familiares que se transformaram em pouso -, havendo uma média de 08 a 22 unidades habitacionais por pousada. A gastronomia está presente em mais de 30 restaurantes que oferecem pratos das culinárias mineira, italiana, portuguesa e francesa, além de bares e lanchonetes. A cidade possui 02 agências de turismo, 02 centros de convenções, 30 lojas de artesanato, 27 joalherias, 01 cinema, 02 teatros, 02 rádios, 01 canal de TV educativa, jornais semanais, 07 Bancos, e sites com informações turísticas e jornalísticas como o www.ouropreto.com.br. Ouro Preto pertence ao Circuito do Ouro e à Associação das Cidades Históricas de Minas e é marco central da Estrada Real. Possui uma Agência de Desenvolvimento (ADOP) e a Associação de Guias de Turismo. Em termos de visitação, os períodos de maior fluxo turístico em Ouro Preto são os meses de:

• fevereiro - quando acontece o carnaval; • março e abril - nas comemorações da Semana Santa e da Inconfidência

Mineira; • junho - com as festas juninas; • julho - com o Festival de Inverno; • outubro – quando é comemorado o aniversário da Escola de Minas, a 1o

Escola de Engenharia de nível superior do Brasil; • setembro - quando a cidade recebe músicos de renome internacional para o

Festival Tudo é Jazz. Ouro Preto apresenta um excelente potencial em vários segmentos, tais como: turismo cultural, de aventura, educacional, de eventos; ecoturismo.

Localização Serra do Espinhaço, na zona Metalúrgica de Minas Gerais; Região Central do Estado.

Área Territorial 1.246,53 km² População População urbana de 56.284 habitantes e população

rural de 9.972 habitantes (IBGE -2000). Altitude Ponto central da cidade: 1.160 m

Máxima:1.772 m– Pico do Itacolomi

Temperatura Média anual: 18,5 ºC Média máxima anual: 23,2ºC Média mínima anual: 14,6 ºC

Distâncias: Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Brasília

95 Km 398 Km 618 Km 824 Km

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Mariana No princípio, foi a aventura e o ouro. A ousadia e a ambição. Tudo sob um regime de dominação. Com rei e súditos. Opulência e riqueza de uns, anseios de liberdade de outros. Neste cenário, foram surgindo as cidades de Minas. Neste cenário surgiu Mariana, primeira capital e primeiro arcebispado de Minas Gerais. Além de sua importância histórica, Mariana se destaca pela relevância de seu conjunto arquitetônico; entre as cidades coloniais mineiras, é a única de traçado planejado, tendo sido a primeira cidade planejada do país. Ela se encontra estruturada em torno de três praças: Cívica, Matriz e Intendência. Suas origens remontam a 1696, quando bandeirantes paulistas descobriram ouro em abundância às margens do Ribeirão do Carmo. O Arraial de Nossa Senhora do Carmo, em 1745, passou a se chamar Mariana, em homenagem à Rainha Dona Maria Ana D’Áustria. Nessa mesma data foi elevada à categoria de Bispado. A cidade foi sede conjunta das capitanias de Minas e São Paulo e em 1720, a capital do Estado foi transferida para Vila Rica – atual Ouro Preto. A cidade foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – como Monumento Nacional em 1945. O município de Mariana conta com 09 distritos e 22 sub-distritos. No distrito de Passagem de Mariana, a visita à mina da Passagem (que funcionou do começo do século XVIII até 1985), é um dos principais atrativos turísticos do município. A cidade concentra algumas das construções religiosas e monumentos civis mais importantes do período colonial brasileiro. São 6 Igrejas e 6 Capelas, que merecem destaques: a Catedral Basílica da Sé (1709-1750), onde fica o órgão alemão Arp-Schnitger; a Igreja de São Francisco de Assis (1762-1794) - o medalhão da portada, em pedra-sabão, é atribuído a Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo (1758-1826). Entre os monumentos civis (13) destacam-se: a Casa de Câmara e Cadeia (1795) e o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra. Mariana tem um comércio bem diversificado e abriga os cursos de Filosofia, Letras e História da Universidade Federal de Ouro Preto.Terra do poeta inconfidente Cláudio Manoel da Costa, do frei José de Santa Rita Durão e do pintor Manoel da Costa Athaíde. A partir de 2002, foram realizadas ações para divulgar o turismo de Mariana com qualidade. Neste ano o município elaborou um Plano Diretor, contando com participação comunitária, que é destacado pela Unesco como um dos melhores planos já realizados para centros históricos. Em 2003, aconteceu o I Fórum de Turismo das Cidades Históricas, o qual deu origem e resultou na criação da Associação Mineira de Cidades Históricas, que conta com a participação de 16 municípios.

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O calendário de eventos de Mariana apresenta algumas novidades: o carnaval relembra antigos carnavais, uma forma de preservar a memória e transferir informações para as novas gerações; a Semana Santa também merece destaque, assim como o aniversário da cidade (Julho), o Festival da Vida, o Festival de Inverno. Também faz parte do calendário de eventos as feiras de artesanato, a apresentação de serestas e corais e o festival de música. No ano de 2006 foi inaugurado o Projeto Trem da Vale, com o trem turístico – Maria Fumaça - que liga as cidades de Mariana e Ouro Preto, este ligado ao Projeto de Educação Patrimonial para a comunidade e visitantes. O município conta com o Centro de Cultura do SESIMINAS; 01 Casa de Cultura; cerca de 17 estabelecimentos de hospedagem – 11 na sede municipal, totalizando 750 leitos, diversos bares; 10 restaurantes; 01 agência de turismo; Associação de Guias de Turismo; 03 galerias de arte e 1 centro cultural; 05 agências bancárias; além de um terminal rodoviário-turístico de grande porte. A apresentação de música, sacra e barroca, na Catedral da Sé, atraí muitos visitantes do Brasil e do exterior. Julho se destaca como mês de maior visitação turística. Atualmente, o turismo local encontra-se concentrado nos segmentos cultural, de compras e de lazer. São famosos, e bastante procurados pelos turistas, os tapetes de pita, artesanato do distrito de Cachoeira do Brumado. Tal distrito também é famoso por suas cachoeiras. Mariana faz parte do Circuito do Ouro e das Cidades Históricas. Localização Serra do Espinhaço, na zona Metalúrgica de Minas

Gerais; Região Central do Estado. Área Territorial 1.193,86 km² População População urbana de 38.689 habitantes e população

rural de 8.030 habitantes (IBGE -2000). Altitude Ponto central da Cidade: 720 m

Máxima: 1.772 m– Pico do Itacolomi Temperatura Média anua: 18,5 ºC

Média máxima anual: 23,2ºC Média mínima anual: 14,6ºC

Distâncias: Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Brasília

112 Km 507 Km 709 Km 869 Km

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Congonhas

Em Congonhas está reunido o maior conjunto artístico de Aleijadinho. A Basílica do Senhor do Bom Jesus de Matosinhos, os doze profetas esculpidos em pedra-sabão, por Aleijadinho e seus auxiliares, que estão no adro e as imagens dos Passos de Cristo – pequenas capelas que pontuam o caminho até a Basílica -, é uma das mais ricas obras do barroco mineiro. O conjunto que fica na parte alta da cidade - santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em 1985 recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, e é um dos mais espetaculares monumentos religiosos de todo o mundo. O conjunto foi recentemente escolhido como a “Imagem de Minas”, pelo projeto Terra de Minas da Rede Globo. Nas Capelas dos Passos encontram-se 64 imagens feitas de cedro, em tamanho natural – algumas foram esculpidas por Aleijadinho e policromadas pelo mestre Athaíde, que retratam as cenas da Paixão de Cristo. Em Congonhas encontra-se ainda a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição; Igreja de Nossa Senhora do Rosário, Igreja Nossa Senhora da Soledade, Igreja de São José e a Igreja de Nossa Senhora D'Ajuda .

Um outro monumento que merece ser visitado é a Romaria - construção circular, de 1932, serviu de hospedagem para os fiéis, na Festa do Jubileu do Senhor Bom Jesus – a Festa acontece até hoje, de 7 a 14 de setembro, quando a cidade recebe muitos romeiros. Hoje abriga um importante espaço cultural e turístico, com o Museu de Arte Sacra, o Museu de Mineralogia, o Museu da Memória. Além dos museus, na Romaria estão a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo, lojas, lanchonete, auditório, oficinas de arte, etc. Os principais eventos culturais são: em julho Festival da Cultura e em agosto o Festival do Congado e Semana do Aleijadinho. O arraial de Congonhas do Campo surgiu em 1734 com a descoberta de ouro no leito do rio Maranhão e proximidades. O nome dado ao lugar tem origens nas palavras tupi-guaranis "Kõ" e "Gõi" e refere-se a uma erva-mate muito comum na região. A cidade de Congonhas faz parte do Circuito do Ouro e da Associação das Cidades Históricas. Ponto de visitação freqüente dos turistas que fazem o percurso Ouro Preto/ Tiradentes; possui 08 hotéis, 11 restaurantes. A mineração é sua principal fonte de renda. Possui uma Agência de Desenvolvimento em parceria com o Sebrae, muito atuante e responsável pelo desenvolvimento local do município. Localização Serra do Espinhaço, na zona Metalúrgica de Minas

Gerais; Região Central do Estado. Área Territorial 305,09 km² População População urbana de 39.454 habitantes e população

rural de 1.798 habitantes (IBGE -2000). Altitude Ponto central da cidade: 905,16 m

Máxima: 1.628 m - Serra da Bandeira. Temperatura Média anual: 20,9ºC

Média máxima anual: 26ºC Média mínima anual: 15 ºC

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Distâncias: Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Brasília

87 Km 366 Km 665 Km 807 Km

São João Del Rei

Aqui é d’El Rey. E há que andar por estas ruas e descobrir belezas insuspeitadas. Há que se surpreender em cada esquina entre o colonial e o eclético, entre o barroco e o neoclássico. Há que se ver mais do que com olhos, enxergar com o coração, ampla retina que açambarca séculos e transborda espanto e susto. Aqui, como em toda parte, nem sempre o homem compreendeu bem o significado de progresso. Mas no todo prevalece admirável composição de estilos, preciosidades coloniais e magníficos exemplares neoclássicos e ecléticos como não se há de ver em nenhuma outra cidade do ciclo do ouro. Porque aqui é d’El Rey, dourada pelo sol do seu verão ou visão ancestral nas brumosas madrugadas do seu inverno. Em São João del Rei, além das igrejas, que representam o estilo “barroco mineiro”, onde se destaca a opulência dos altares dourados e a profusão de detalhes arquitetônicos e ornamentais, a cidade apresenta uma grande diversidade de atrações: suas construções históricas, encravadas em meio a casas dos mais diversos estilos; a produção artesanal, principalmente objetos de estanho, móveis em madeira e imagens sacras; cachaça; e rica musicalidade sacra. A história de São João del Rei inicia-se no fim do século XVII com a entrada dos bandeirantes à Região do Rio das Mortes. Com as descobertas do ouro em pontos centrais da Capitania, o atual Campos das Vertentes tornou-se passagem forçada dos exploradores vindos de Taubaté e do Rio de Janeiro, via Parati, que transpondo a Serra da Mantiqueira, se dirigiam às lavras do Ouro Preto e Rio das Velhas. Esse roteiro, mais tarde caminho velho das Minas, motivou a fixação dos primeiros povoadores na microrregião. Em 1713, foi elevada à vila recebendo o nome atual em homenagem a Dom João V, rei de Portugal. Terra de Tiradentes, Bárbara Heliodora - a heroína da Inconfidência e de Tancredo Neves - São João del Rei guarda imenso legado histórico, artístico e arquitetônico do Brasil colonial, foi tombado em 1938 pelo IPHAN e representa hoje um importante conjunto cultural do País. São João del-Rei é uma cidade voltada especialmente para o turismo, o núcleo histórico se concentra às margens do Córrego do Lenheiro. Sendo ainda suas principais atividades econômicas, a educação, a mineração, a metalurgia, a indústria têxtil e a madeirense; é pólo político e econômico da região das Vertentes, a qual abrange 12 municípios. Em São João encontramos 6 Igrejas e 5 Capelas, onde se destaca: cercada por jardins, a Igreja de São Francisco de Assis (1774), pela magnífica capela-mor, onde brilha o raro lustre de cristal Baccarat; a Igreja de Nossa Senhora do Rosário (1719). A Catedral Nossa Senhora do Pilar (1721).

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Entre os monumentos civis (cerca de 13) destacam-se: O solar de João Antônio da Silva Mourão onde está instalado o Museu do SPHAN é um dos mais belos prédios da cidade. O Memorial Tancredo Neves perpetua a memória do fundador da Nova República; o Museu Ferroviário, que guarda em sua rotunda, locomotivas, carros e vagões da antiga Estrada de Ferro Oeste. A cidade possui ainda 8 museus , que merecem destaque : o Museu Regional de São João del Rei, com acervos de móveis e objetos do séc.XVIII e séc. XIX , a casa de Bárbara Heliodora, Museu de Arte Sacra, Museu Municipal Tomé Portes del Rei; e a Casa da Pedra (gruta), além do tradicional passeio de Maria-fumaça até Tiradentes, e o CEREM – Centro de Referência Musicológica José Maria Neves. O principal evento cultural, Inverno Cultural, movimenta a cidade no mês de julho; além do carnaval com os desfiles das escolas de samba, outro evento tradicional da cidade é a Semana Santa. A bela paisagem da serra do lenheiro favorece atividades de ecoturismo, de aventura e educacionais. Com relação à infra-estrutura turística, São João conta hoje com cerca de 50 estabelecimentos de hospedagem (Hotéis e Pousadas), 22 restaurantes, 13 lojas de artesanato, e 7 agências bancárias diversas, 2 agências de receptivo, serviço de informações turísticas. A Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) completa a infra-estrutura para grandes eventos como congressos, seminários, encontros etc. São João del Rei faz parte do circuito Trilha dos Inconfidentes e da Associação das Cidades Históricas . No ano de 2007 São João Del Rei recebe o título de Capital Brasileira da Cultura 2007. Localização Campos das Vertentes - entre a Serra do Lenheiro

(leste) e a Serra de São José (oeste); Região Central do Estado.

Área Territorial 1.465,78 km² População População urbana de 73.754 habitantes e população

rural de 7.822 habitantes (IBGE -2000). Altitude Ponto central da cidade: 910,2 m

Máxima:1.338 m – Morro do Chapéu. Temperatura Média anual: 19,2ºC

Média máxima anual: 25,8 ºC Média mínima anual: 14,1ºC

Distâncias: Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Brasília

180 Km 330 Km 480 Km 930 Km

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Tiradentes

A 8 Km de São João Del Rei - está localizada Tiradentes, fenômeno turístico de Minas nos últimos 10 anos. A pequena Tiradentes possui um charme inversamente proporcional ao seu tamanho. Uma das menores, e atualmente a mais visitada cidade histórica de Minas, é difícil encontrar quem não se encante por ela. Um dos motivos é a combinação perfeita entre patrimônio histórico e natureza exuberante. Com o seu casario e a arquitetura de suas Igrejas, a cidade de Tiradentes possui um dos perfis coloniais mais autênticos do Brasil e um dos mais expressivos acervos da arte barroca (Chafarizes, sobrados, museus, Igrejas, capelas, etc). Fundada em 1702, por João de Siqueira Afonso, foi batizada de Arraial de Santo Antonio. Em 1889 passou a se chamar Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Em 1938 o conjunto arquitetônico foi tombado pelo IPHAN, como Patrimônio Histórico Nacional e nos anos 60 Tiradentes descobriu a sua vocação Turística, sendo hoje considerada um dos pólos turísticos mais importantes do País. São 6 igrejas e 4 capelas, onde se destacam: a Matriz de Santo Antônio (inicio da construção, 1710), uma das obras primas da arquitetura barroca em Minas, especialmente por sua decoração interior. Em 1810, a fachada foi modificada pelo Aleijadinho sendo considerado o último trabalho do artista; a Igreja Nossa Senhora do Rosário (1708); e ainda seus monumentos civis (14): O chafariz de São José (1749), com três fontes; a antiga cadeia, onde funciona o Museu de Arte Sacra; o Sobrado Ramalho (1702), que funcionou como casa de fundição do ouro e o Museu Municipal Casa Padre Toledo, onde os inconfidentes se reunião. Também são atrativos: o Balneário de Águas Santas, o Parque Frei Veloso e a imponente Serra de São José com agradáveis cachoeiras e vegetação remanescente da Mata Atlântica. Como destino turístico Tiradentes se destaca, também, pelos equipamentos turísticos de hospedagem são 93 pousadas e 61 restaurantes, estes com uma variedade de ofertas gastronômicas como: Cozinha Mineira - Cozinha Internacional - Cozinha Italiana - Pizzas e Bacalhau; Bares, Cafés e Lanchonetes, Cachaças e Doces. Em Tiradentes encontramos um cenário propício para a “boa mesa”, com restaurantes charmosos e requintados, comandados por chefs que proporcionam um contato com a verdadeira arte da gastronomia. A cidade conta ainda com uma escola de gastronomia de nível internacional do Senac, conseqüência da consolidação e da importância do Festival Internacional de Gastronomia para a economia e divulgação da cidade. Seu calendário de eventos é muito diversificado. A cidade abriga anualmente a Mostra de Cinema Brasileiro (Janeiro), o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia (Agosto) e um encontro de Harley Davidson, como eventos de importância internacional. As festas populares e religiosas também são famosas. Durante estes eventos a cidade oferece uma infra-estrutura turística compatível

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para receber com qualidade, aproximadamente 15.000 turistas por semana; possui ainda o Centro Cultural Yves Alves, espaço cultural, com teatro, galeria de arte e cafeteria. A pequena viagem na locomotiva “Maria Fumaça”, que vai de Tiradentes a São João del-Rei é uma outra atração imperdível. Um dos charmes da Tiradentes é o passeio de charretes, que conduzem os turistas pelos principais pontos turísticos da cidade. Seu artesanato, como produto associado ao turismo, revela traços do passado, transmitidos de geração a geração, onde os objetos de Madeira, Artefatos de Couro, Cerâmica, Peças de Metal e Tecelagem representam a arte nativa. A localidade de Bichinho, próximo a Tiradentes, foi escolhida como espaço por vários artesãos e artistas tornando-se um ponto turístico importante, pois muitos trabalhos que lá são produzidos, são reconhecidos no Brasil e alguns deles no exterior, destaque para a Oficina de Agosto. Em Tiradentes, no mês de maio, acontece a festa da cruz, pela tradição no dia 2, todos os moradores colocam uma pequena cruz decorada, com uma flor no centro, na frente de suas casas. Os moradores acreditam que neste dia Nossa Senhora se transforma em um beija-flor e passa por todas as casas, deixando sua benção. Essas cruzes somente são retiradas e trocadas no próximo ano, na mesma data. Hoje, Tiradentes recebe visitantes de várias partes do Brasil e do exterior, com destaque os vindos dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, que costumam visitá-la em períodos de feriados, finais de semana e férias. Tiradentes, assim como São João del Rei, faz parte da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, da Estrada Real, que também cruzou a cidade e do circuito Trilha dos Inconfidentes. Tiradentes pode ser considerada como um dos melhores destinos turísticos de Minas.

Localização Campos das Vertentes - junto a Serra de São José;

Região Central do Estado. Área Territorial 83,25 km² População População urbana de 4.166 habitantes e população

rural de 1.592 habitantes (IBGE -2000). Altitude Ponto central da cidade: 894,97 m

Máxima: 1.362 m – Serra de São José. Temperatura Média anual: 19,2 ºC

Média máxima anual: 25,8ºC Média mínima anual: 14,1ºC

Distâncias: Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo Brasília

197 Km 332 Km 484 Km 917 Km

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5. Turismo no Brasil Nos últimos anos o turismo no Brasil vem apresentando um cenário favorável de crescimento, é o que mostra todos os indicadores do setor. Segundo dados da Embratur, em 2003 o número de turistas estrangeiros no Brasil era de 3,78 milhões e neste ano de 2006 é de 5,35 milhões, um aumento de 41,59%. Os gastos de turistas estrangeiros no País quase dobraram, saltando de US$ 1,998 bilhão para US$ 3,861. Os eventos internacionais realizados no Brasil praticamente triplicaram o que faz hoje o país ser o 11º colocado no ranking mundial em número de eventos e oitavo em número de participantes. Com a criação do Ministério do Turismo, políticas e diretrizes definidas focaram na regionalização do turismo, na qualificação profissional e empresarial, e na estruturação da oferta turística, ampliando os investimentos na promoção do país tanto no exterior como internamente. Todo este processo, segundo estimativas do Ministério do Trabalho e Emprego, a movimentação econômica do turismo gerou 560 mil empregos de 2003 a 2005. Em 2006 iniciativas como o programa “Vai Brasil” do Ministério do Turismo, incentivam o crescimento do fluxo de turismo interno, com redução dos custos das viagens em baixa temporada, com pacotes turísticos ofertados a preços mais acessíveis, e com grande investimento na promoção dos destinos brasileiros no mercado interno e externo. Os gestores públicos unidos às instituições de educação e empresariais, e com empresários e grupos organizados da sociedade têm hoje uma série de ferramentas para alavancar o Turismo: o estímulo ao Turismo de Eventos e Negócios, segmento cada vez mais próximo do Turismo Cultural; a exploração de vocações locais; a qualificação dos serviços, o desenvolvimento do turismo segmentado como o turismo ecológico e de aventuras, sempre com a preocupação na sustentabilidade e preservação dos espaços ambientais. É do conhecimento de todos que o turismo é uma atividade que movimenta cerca de mais de 50 segmentos da economia, sendo em sua maioria micro e pequenas empresas. Os benefícios do Turismo chegam à população através de abertura de novos negócios, com a geração de trabalho e renda, com o desenvolvimento profissional da mão de obra local, melhoria dos serviços públicos, crescimento cultural da comunidade, e com a garantia de melhoria geral das condições de vida urbana e rural.

5.1 Turismo Cultural

Conceitos O Conceito de Turismo Cultural está presente de várias formas nas abordagens teóricas da academia e de instituições especializadas, sempre focando as visitas aos sítios históricos, as manifestações culturais, as edificações históricas e as belezas naturais, hoje com ênfase na valorização da cultura local e no patrimônio imaterial.

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Segundo definição de Turismo Cultural descrito no documento “Segmentação do Turismo – marcos conceituais – lançado pelo Ministério do Turismo, em 2006 - Turismo Cultural compreende as atividades turísticas relacionadas à vivência do conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos even-tos culturais, valorizando e promovendo os bens materiais e imateriais da cultura. A existência de culturas diversas, a mistura de raças, as diversas manifestações culturais, as condições geográficas, climáticas e históricas criam elementos que caracterizam o Brasil como um importante destino do Turismo Cultural. Segundo estudos realizados para definição da “Cara Brasileira” no turismo realizado pelo SEBRAE, existem aspectos ligados às características do povo brasileiro que contribuem para a criação de uma imagem do País, como a hospitalidade, a sociabilidade, a abundância, o bom humor, a alegria, a espontaneidade, a criatividade e também as expressões coletivas de sua cultura, como o barroco, o modernismo, a música, a bossa nova, o samba, o futebol, a religiosidade, a capoeira e muitas outras. Organizar tudo isto e fazer a diferença na operacionalização e comercialização deste segmento do turismo é um grande desafio. O Ministério do Turismo vem desenvolvendo conceitos, diretrizes e debates para que se desenvolvam políticas necessárias para esta organização. Planejando o Turismo Cultural Podemos relacionar os pontos importantes para a prática do turismo cultural, aos quais devemos estar atentos na busca de modelos, experiências e tecnologias. É importante entendermos a Cadeia Produtiva (Hospedagem – Alimentação – Transporte – Guias – Atrativos Culturais e Naturais – Serviços – Infra-estrutura – Agências de Turismo – Cliente) para que possamos construir os nossos modelos de gestão. No Brasil, os atrativos culturais são pouco trabalhados para serem ofertados aos turistas. A falta de pesquisas e de planejamento nos torna amadores e pouco qualificados, seja no desenvolvimento de um plano de marketing de um destino, na forma de uso de um monumento histórico, na apresentação de uma manifestação cultural, na elaboração de um calendário de eventos, na interpretação de um patrimônio cultural e natural ou em um processo de comercialização dos atrativos e serviços. As estatísticas para esta modalidade de turismo no Brasil inexistem. Sabemos que há um crescimento pelo fato da forte tendência do turismo mundial para a exploração cada vez maior de atividades de interesses específicos, tais como história, cultura, ecologia, negócios, aventura, saúde, agropecuária e outros. De um modo geral, a preferência tem sido dada aos locais e situações onde o turista se sinta como um protagonista do ambiente visitado, em lugar de ser um visitante estranho, que permanece à distância e observa, mantendo apenas contatos superficiais e rápidos por onde passa. No Brasil e no mundo, os locais que se destacam com o título de Patrimônio da Humanidade vêm a cada ano promovendo e divulgando melhor seus atrativos. As

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cidades buscam um planejamento de desenvolvimento do turismo para que haja um aumento no tempo de permanência do turista na região e maior aproveitamento durante o tempo da viagem. Em cada região ou Estado brasileiro esses planejamentos estão sendo desenvolvidos através de rotas, de calendário de eventos, de circuitos culturais, ou de expedições temáticas. Portanto, é preciso ousar na criatividade, conhecer muito bem os territórios, avaliar os equipamentos e serviços existentes, levantar os atrativos naturais e culturais, conquistar parcerias e principalmente chamar a comunidade para ser co-responsável no processo de planejamento dos roteiros turísticos. Além de unir as riquezas naturais e culturais do Brasil, com a qualidade dos serviços existentes e com a singularidade dos fazeres e saberes das comunidades. Como em uma boa receita da culinária brasileira, saber colocar os ingredientes adequados, nas quantidades necessárias e levá-los ao forno deixando no tempo certo, para que possamos ter uma das melhores receitas de um destino turístico organizado em nosso país. Portanto, a atividade turística deve ser planejada de forma a:

• Promover o respeito à identidade das comunidades; • Promover e viabilizar recursos para melhoria da infra-estrutura, de produtos

e serviços; • Fomentar projetos que preservem e estimulem os valores culturais das

comunidades; • Promover a criação de calendários de eventos integrados e regionais; • Incentivar novos empreendimentos do setor cultural; • Articular e promover cursos de qualificação para os empresários e seus

funcionários; • Organizar e comercializar toda a cadeia produtiva do turismo cultural de

forma sustentável, para alcançar um resultado favorável. A tendência desse segmento é atrair um maior número de turistas pelas suas características e por estar muito ligado à educação, preservação e sustentabilidade, temas que estão sendo mais debatidos e valorizados nos dias atuais. Estima-se que o Turismo Cultural representa 30% das motivações de viagens. E tende a crescer proporcionalmente à ampliação da Educação e à circulação de informações e na medida em que o conhecimento e o aperfeiçoamento cultural são cada vez mais fatores alimentadores do sucesso pessoal e profissional. O turista cultural apresenta, no entanto, exigências específicas que o distinguem. É mais exigente, mais crítico, tem melhor poder aquisitivo e é mais susceptível de substituir destinos. Tem maior consciência de que o sentido do tombamento é a socialização do bem cultural, para sua guarda e divulgação para a Humanidade. Seu sentido crítico parece situar-se em quatro aspectos: 1- Pede autenticidade e qualidade; 2- Motiva-se positivamente pela constatação da existência adequada de proteção e preservação dos bens culturais; 3- É crítico quanto ao adequado uso dos bens patrimoniais, especialmente quanto à qualidade da interpretação e os modos de revitalização;

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4- É exigente quanto à cadeia de prestação de serviços do Turismo e as condições da preservação e organização dos conjuntos urbanos, especialmente os cuidados públicos com a limpeza, segurança, orientação e informação ao visitante etc. A preparação de cidades que, detentoras de títulos de Patrimônio Cultural da Humanidade concedidos pela Unesco e que, por conseqüência, são destinos turísticos importantes para receber grandes fluxos de visitantes, tem sido objeto de preocupação das organizações internacionais de Turismo. Além das obrigações e compromissos destas cidades para com as normas de tombamento e proteção de monumentos e conjuntos urbanos, impostos por legislações de proteção e que já determinam condutas especiais por parte da população, é hoje consensual que a compreensão e adesão da comunidade à formação de uma consciência comum de preservação é essencial. E esta consciência se formará e se consolidará na medida em que a exploração turística represente ganho econômico e melhoria real da vida local. Em vários sítios históricos, a inexistência desta consciência tem levado a conflitos entre a população e os órgãos gestores do patrimônio cultural, permitindo desfigurações que empobrecem os conjuntos e, afinal, prejudicam a todos com o enfraquecimento daquele destino turístico. A metodologia da “Interpretação do Patrimônio para o Turismo Sustentado” nos fornece uma ferramenta conceitual e prática para estas cidades, onde é necessário esforço pedagógico para a formação da consciência de preservação. E ainda traz o benefício de representar passo inicial e fundamental para a organização da oferta turística local. Baseia-se no entendimento de que “através da interpretação a compreensão; através da compreensão a apreciação; através da apreciação a proteção”. Ou seja, protege-se o que se conhece e gosta. “A interpretação é um processo de adicionar valor à experiência de um lugar, por meio da provisão de informações e representações que realcem sua história e características culturais e ambientais”. Fonte: GOODEY, Brian & MURTA, Stela Mares. Interpretação do patrimônio para o turismo sustentado - um guia. Belo Horizonte: Sebrae, 1995. Finalmente, é importante reafirmar que se a atividade turística não considerar a cultura local e não protegê-la, fazendo com que não se desfigure, ele estará extinguindo a sua própria possibilidade. Explorar o Turismo e preservar a herança cultural devem ser atividades compartilhadas com a comunidade, com gestão participativa, com parcerias responsáveis. 5.2 Turismo Cultural no Brasil Nos últimos 10 anos, inicia-se no Brasil um esforço no sentido de organização e aperfeiçoamento do Turismo Cultural, em bases mais modernas, com critérios empresariais e de melhor nível gerencial. O turismo cultural abre perspectivas para a valorização e revitalização do patrimônio, do revigoramento das tradições e de bens culturais materiais e imateriais, muitas vezes abafadas pela concepção moderna.

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Assim pensando, a atividade turística passa necessariamente pela questão da cultura local e regional. Reforça a necessidade em compreender as suas peculiaridades, admirar a complexidade e estimular a participação da comunidade. Surgem os circuitos culturais e roteiros temáticos, diversificando e ampliando atrativos, com inclusão de espetáculos e mostras, interpretações históricas e artísticas, agregando valor aos monumentos edificados. O patrimônio imaterial ganha expressão e presença, inclusive na legislação de preservação e tombamento e amplia a oferta dos atrativos. Novos produtos turísticos são criados e ampliam-se os vínculos emocionais do visitante, colocando-o como um protagonista do lugar visitado, ao invés de mero expectador dos atrativos. Podemos citar a Rota da Moqueca no Espírito Santo; o Circuito do Ouro e Rotas dos Tropeiros e a Estrada Real, em Minas Gerais; o Roteiro das Missões, no Rio Grande do Sul; a Rota do Cariri, no Ceará; Rota Agreste, em Pernambuco; a Rota do Café, em São Paulo; o Roteiro de Penedo ao Xingo – Das Fazendas de Coco ao Rio São Francisco, em Alagoas; o Projeto Cultural Som e luz no Museu Imperial, em Petrópolis (RJ); a Rota do Cacau, na Bahia e vários eventos artísticos culturais, como o Carnaval no Rio de Janeiro e Olinda, a Festa de Parintins na Amazônia, a Cavalhada em Pirinópolis (GO) ou a Festa de são João, na Paraíba. Além das cidades, monumentos e atrativos naturais classificados como Patrimônios Culturais da Humanidade. Este grande acervo cultural, de grande diversidade, proporciona ao Brasil posição de destaque como um destino de Turismo Cultural de grande importância. Para que possamos crescer e expandir este mercado, precisamos estar preparados e organizados através de planejamentos consistentes que possibilitem a integração da cadeia produtiva do Turismo. Na década de noventa, o crescente número de visitantes a sítios históricos e naturais despertou governos, empresários e comunidades locais a gerenciar e promover seu patrimônio. Planos e projetos são elaborados buscando a organização do turismo cultural através de roteiros, calendários de eventos temporários e interpretação do patrimônio cultural e natural. Nesse sentido, os Estados do Maranhão, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais saem na frente com projetos de rotas temáticas e planos de marketing para melhor divulgar o turismo cultural de suas regiões. No Brasil são vários os destinos para a prática do turismo cultural com características semelhantes, podemos classificá-los em: 1) Os eventos temporários – festas religiosas e profanas como o Carnaval, a Semana Santa, a festa de São João, festas populares e eventos como a festa do Boi, Rodeio de Barretos, Oktoberfest e várias outras espalhadas por todo o país que atraem milhares de visitantes nacionais e internacionais que buscam conhecer o Brasil através das manifestações populares. 2) Os atrativos culturais e naturais – sítios históricos e parques naturais que preservados atraem os visitantes pela sua arquitetura, seus museus, grutas, igrejas

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e pelas belezas naturais, que encantam os turistas com sua diversidade e singularidade. 3) Os saberes e fazeres - a gastronomia, a religiosidade, a crença, o artesanato e a história, que são ofertados e apresentados aos visitantes na forma mais autêntica e com sua identidade mais respeitada, estimulando o visitante a experimentar e a participar, não ficando como mero expectador. Todos os atrativos naturais e culturais associados à hospedagem, alimentação, transporte, e outros serviços precisam de uma organização para que possam ser transformados em produtos turísticos operacionalizáveis e comercializáveis. O produto turístico é resultado de um processo complexo que envolve ações do governo, dos empreendedores locais, da comunidade sobre os recursos e patrimônios locais. A gestão integrada dos serviços e equipamentos proporcionará a criação de produtos turísticos de qualidade, operacionalizáveis e comercializáveis no mercado nacional e internacional. É o conjunto de todos os esforços da cadeia produtiva do turismo, tornando-se necessário sempre pensar e trabalhar de forma sistêmica.

5.3 Turismo Cultural na Estrada Real

A Estrada Real é rica em patrimônios culturais e naturais que atraem milhares de turistas cada ano, especialmente de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. É um destino favorecido com recursos naturais, especialmente água. Mais de 60% das atrações consiste de lagos, cachoeiras, rios, etc. As áreas mais importantes são Serra do Cipó, Santa Bárbara, Diamantina e Carrancas. Mas seu maior potencial está nos patrimônios culturais, a Estrada Real pode ser considerada como uma janela para a história do Brasil. Ela foi criada em 1697 pela Coroa Portuguesa para ligar Paraty e Rio de Janeiro a Ouro Preto e Diamantina e, ao longo da Estrada, há alguns dos mais bonitos patrimônios culturais do Estado de Minas Gerais (igrejas, conjuntos de monumentos,gastronomia, artesanatos etc.). Em reconhecimento ao seu significado cultural e histórico altamente significante, três áreas de herança cultural foram inscritas na Lista de Sítios de Patrimônio da Humanidade da UNESCO, especialmente Ouro Preto (1980), Santuário do Bom Jesus em Congonhas (1985) e Diamantina (1999). Destaque para os vários festivais e eventos culturais que são realizados todo ano pelas autoridades privadas e instituições públicas. Por sua história, arquitetura, sua cozinha, suas belezas naturais e o calor humano de seu povo, a Estrada Real é um destino inimaginável para turistas de todo o mundo. Entre os inumeráveis lugares dignos de menção por ser de interesse cultural encontram-se: as Cidades de Ouro Preto, Diamantina, Tiradentes, Paraty, Mariana, São João Del Rei, Congonhas entre outras. Visitar a Estrada Real é encontrar-se com a história, as artes e a hospitalidade, mas também é descobrir seu riquíssimo patrimônio monumental ou sua deslumbrante natureza.

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O turismo cultural é motivado pela busca de informações, de novos conhecimentos, de interação com outras pessoas, comunidades e lugares, da curiosidade cultural, dos costumes, da tradição e da identidade cultural. Esta atividade turística tem como fundamento o elo entre o passado e o presente, o contato e a convivência com o legado cultural, com tradições que foram influenciadas pela dinâmica do tempo, mas que permaneceram; com as formas expressivas reveladoras do ser e fazer de cada comunidade. Este cenário vem sendo desenvolvido na Estrada Real com o objetivo de atrair os turistas interessados em visitar e vivenciar experiências na área da cultura. Agregando os atrativos aos equipamentos e serviços turísticos de qualidade com seus hotéis, pousadas, restaurantes e fazeres artísticos locais. O Patrimônio edificado é utilizado pela comunidade seja para suas atividades cotidianas, seja para apresentações culturais e artísticas, projetos de desenvolvimento social que utilizam atividades culturais como matéria prima da educação , transformam pequenos lugarejos e exercem a cidadania. A busca de lugares singulares e autênticos, pelo turista contemporâneo, faz do segmento do turismo cultural um forte elemento de atratividade, gerando um grande crescimento da demanda no cenário nacional. Para praticar o turismo cultural é importante ter um novo olhar, aguçar os sentidos, ficar atento aos detalhes, para melhor entender essas comunidades, seus costumes e valores. O Turismo cultural tem como base alguns princípios:

• Gestão,qualidade, sustentabilidade e interpretação; • Deve ser realizado por um número pequeno de visitantes, com tempo para

apreciar lugares e manifestações, recebendo mensagens detalhadas dos lugares, com muita qualidade;

• É preciso envolver o visitante em um novo universo de experiências, com visitas apoiadas em atividades práticas, através da arte, da gastronomia, das manifestações populares, das manifestações culturais, e dos atrativos naturais.

O patrimônio cultural sinaliza o valor único de um determinado ambiente, estabelecendo uma sincera comunicação com o visitante, ampliando seu conhecimento, estimulando suas várias formas de olhar e aprender, buscando a singularidade do lugar, seus símbolos e significados. A valorização da nossa cultura passa pela preservação de todo o patrimônio. Estudos mostram que a partir do momento que aproximamos a idéia de preservação para o coração e mente das pessoas, lidando com suas emoções de forma a desenvolver afeições pelo ambiente visitado, pelo espaço público, e pelos sítios históricos, formamos grandes aliados para a luta pela preservação. Na Estrada Real cada cidade tem seu movimento, suas características físicas, suas emoções, seus cheiros, seus sons, suas experiências e cada uma, a seu modo, nos convida a experimentar e vivenciar sua história.

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6. Roteiro da viagem

Data Local Horário Atividades 30/08 – Quarta

Ouro Preto

Centro Cultural e

Turístico

Do Sistema FIEMG

12h

14h

14h15

14h30

15h00

15h40

16h20

17h20

17h45

18h00

18h50

19h30

Saída do Aeroporto de Confins - BHZ

Chegada e acomodação em Ouro Preto –

Pousada Sinhá Olimpia

Café com prosa

Reunião de pactualização. – Apres. Projeto -

Coordenadores

Apresentação dos empresários e representantes

de instituições

Contextualização do destino e roteiro – Consultor

Treinamento de Benchmarking – Consultor

Apresentação dos questionários – Consultor

Café com prosa

Apresentação do Instituto da Estrada Real – IER

- com a Sra. Michelle Maciel

Encontro com a representante do Escritório

Regional do IPHAN – Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional – Lílian de Castro

Vieira

Apresentação do Sebrae Minas – Regina Ferreira

Encerramento

Ouro Preto – Tour

noturno pelas ruas

da cidade.

20h Passeio noturno pelo centro histórico

acompanhado por um guia de turismo - (Largo

de Coimbra, Praça Tiradentes, beco do Carmo,

Travessa do Arieira, Rua Direita, Praça do

Cinema, Rua São José).

Ouro Preto 20h30 Jantar - pizzaria O Passo – pizzas regionais .

Conversa com os proprietários sobre o

empreendimento e restauração do casarão.

Daniel e Leandro.

22h30 Retorno ao Hotel

31/08 - Ouro Preto 8h Café da manhã no hotel

31

Quinta Ouro Preto 9h00

09h45

10h20

Visita a Igreja São Francisco de Assis –obra

prima do Mestre Aleijadinho .

Visita a Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar –

Uma das mais ricas de Minas - pintura interior

foliada a ouro.

Encontro Prefeito Ângelo Oswaldo e/ou Séc.

Turismo – Vitório

Ouro Preto 11h

11h15

Visita a Estação Ferroviária de Ouro Preto –

Projeto Trem da Vale

Passeio Trem turístico – Ouro Preto – Mariana,

na Maria-fumaça

( 1 hora de viagem)

Mariana – Primeira

Capital de Minas

12h30

12h45

13h20

14h

Chegada na Estação Ferroviária de Mariana

Concerto com Josinéia Godinho – Catedral

Basílica de Nossa Senhora da Assunção ( Sé) –

Órgão alemão Arp-Schnitger, fabricado em 1701.

Assistir ao espetáculo no Ateliê de Marionetes –

Catin Nardi

Retorno para Ouro Preto (18 km)

Ouro Preto 14h20 Almoço – Restaurante Chafariz – Comida Típica

Mineira

Ouro Preto 15h40

16h20

17h

18h

18:30h

19:30h

Visita ao Museu da Inconfidência – Encontro com

o Sr . Rui Mourão – Diretor do Museu .

Visita ao Museu do Oratório – magnífica

coleção, única em todo o mundo com 162

oratórios e imagens sacras do Séc. XVII ao

Séc.XX - Encontro com a Gerente – Daise

Lustosa

Visita Praça Tiradentes e entorno (artesanato e

gemas)

City tour – Ouro Preto sobre Rodas

Visita a Pousada Arcanjo – hotel temático sobre

a história da Inconfidência Mineira. Encontro com

o Gerente – Ícaro.

32

22h00

Café mineiro – Quitutes e Quitandas Mineiras e

caldos - Casa colonial de família tradicional

ouropretana – proprietária Ione T. Pinheiro e

encontro com representantes de agências

receptivo local – Zizi, Grantour. Apresentação

Cida Zurlo Pres. Assoc Produtores de Cachaça.

Serestas pelas ruas da cidade – do Rosário até

Rua Direita – Bar do Beco.

01/09 – Sexta

Ouro Preto

8h Café da manhã e saída do hotel com destino a

Congonhas pela Estrada Real (55 km)

Congonhas 10h Chegada em Congonhas – Chegada a Romaria e

encontro com a Diretora de Turismo Ana

Acântara. Visita ao Santuário de Bom Jesus de

Matosinhos – onde estão os 12 profetas de

pedra-sabão esculpidos pelo Aleijadinho –

Patrimônio Mundial da Humanidade.

12h Saída de Congonhas com destino a São João del

Rei (108 km)

São João del Rei 14h

15H

Chegada em São João del Rei - almoço no

restaurante L’Arlequin - proprietária - Catherine

Encontro com agências de Turismo e com o

Secretário Municipal de Turismo e Cultura (no

restaurante).

16h

16h30

17h30

18h

Visita guiada à loja, fábrica e museu de estanho

Visita a Igreja São Francisco de Assis e ao

Centro Histórico.

Visita CEREM – Centro Referência Musicológica

- Encontro com Anna Maria Parsons – Diretora

Geral

Saída para Tiradentes (8km)

Tiradentes 18h30 Chega em Tiradentes, Hotel Brisa da Serra

19h45

20h15

Igreja Matriz de Santo Antônio - Espetáculo

Roteiro Narrado

Jantar no Restaurante – Tragaluz – Proprietária

Zenilca.

33

21h45

23h

Reunião de avaliação no Tragaluz

Retorno ao hotel

02/09-Sábado

Tiradentes

Bichinho – localidade

próxima a Tiradentes

concentração do

artesanato local

9h

10h

11h

12h

13h30

15h30

16h30

18h

20h30

Café da manhã.

Visita ao Centro Cultural Yves Alves – Encontro

com Maria Lídia – Presidente do Conselho

Deliberativo, empresários e Secretário Municipal

de Turismo e Cultura

Visita ao Hotel Solar da Ponte – Roteiro do

Charme – Encontro com os proprietários –

Palestra sobre Turismo Cultural com Anna Maria

Parsons.

Almoço no restaurante - Viradas do Largo –

Proprietária - Beth

Tour pela cidade

Visita a Bichinho – arredores de Tiradentes

onde se concentram um grande número de

artesãos- visita a Oficina de Agosto – um

trabalho coordenado pelo artista Toty, com a

participação da comunidade local.

Retorno a Tiradentes e visita à Pousada

Pequena Tiradentes

Jantar de Encerramento no Hotel Brisa da Serra

03/09 - Domingo

Tiradentes

8h30

9h00

12h

Café da manhã

Reunião de Avaliação

Saída de Tiradentes com parada em Lagoa

Dourada para compra na terra do

rocambole.Retorno para Belo Horizonte ( 197km)

ou cidade de origem.

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7. Instituições e empresas a serem visitadas

Cidade Nome Representante Foco de atuação Ouro Preto 30/08 Quarta

Centro Cultural e Turístico do Sistema FIEMG

Bernadete Cunha Tel.:(31) 3551 5220

Casa de Cultura. Ponto de informações turísticas de Ouro Preto e da Estrada Real; atendimento ao turista, galeria de arte, café e livraria.

Ouro Preto

Instituto Estrada Real

Eberhard Aichinger Presidente Michelle Maciel Tel.:(31) 3241 7166

Instituição de fomento e promoção da Estrada Real.

Ouro Preto IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Lílian de Castro Vieira Tel.:(31) 35513099

Organismo federal de proteção ao patrimônio, objetiva a fiscalização, proteção, identificação, restauração, preservação e revitalização dos monumentos, sítios e bens móveis do país.

Ouro Preto

SEBRAE MINAS Regina Ferreira Apoio a micro e pequenas empresas, através de programas multisetoriais.

Ouro Preto

Restaurante Pizzaria O Passo

Daniel e Leandro Tel.:(31) 3552 5089

Gastronomia – Pizzaria

Ouro Preto 31/08 Quinta

PMOP - Encontro com o Prefeito Palestra sobre o Barroco Mineiro

Ângelo Oswaldo Tel.:(31) 3559 3230 Prefeito Municipal Vittorio Lanari Tel: (31) 3559 3287 Secretário Municipal de Cultura e Turismo

Gestão Municipal

Ouro Preto

Igreja São Francisco de Assis

Tel.:(31)3551 4661

Monumento Religioso Símbolo do barroco mineiro, com obras de Aleijadinho e Athaíde.

Ouro Preto

Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar

Tel.:(31) 3551 4735

Monumento Religioso. Igreja mais rica de Minas

Ouro Preto

Estação Ferroviária de Ouro Preto – Projeto Trem da

Fátima Tropia Tel.:(31) 3551 7310

Trem Turístico Maria Fumaça – liga Ouro Preto a Mariana

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Vale

Projeto de Educação Patrimonial para a comunidade e visitantes

Mariana Catedral Basílica de Nossa Senhora da Assunção (Sé) Concerto, Órgão alemão Arp-Schnitger

Josinéia Godinho Tel.:(31) 3558 2641 3558 2785

Concerto de Música sacra e barroca

Mariana Ateliê de Marionetes

Catin Nardi Tel.:(31) 9801 7661

Espetáculo de marionetes dirigido pelo diretor da Cia. Navegante Teatro de Marionetes Catin Nardi.

Ouro Preto Restaurante Chafariz

Rosa e Vicente Tel.:(31) 3551 2828

Gastronomia- Comida típica mineira

Ouro Preto Museu da Inconfidência

Rui Mourão Diretor Tel.:(31)3551 1121

Museu histórico e artístico, implantado em 11 de agosto de 1944 na antiga Casa de Câmara e Cadeia . História de Vila Rica e da Inconfidência Mineira

Ouro Preto Museu do Oratório

Instituto Cultural Flávio Gutierrez Deise Lustosa Tel.:(31) 3551 5369

O Museu do Oratório/ Instituto Cultural Flávio Gutierrez apresenta coleção, com 162 oratórios e 300 imagens sacras do Séc. XVII ao Séc.XX.

Ouro Preto Café Colonial

Ione T. Pinheiro Tel.:(31) 3551 3135

Café mineiro Gastronomia regional

Ouro Preto Cachaçaria Bar do Beco

Cida Zurlo Tel.:(31) 3551 1429

Cachaçaria Gastronomia

Ouro Preto Pousada Arcanjo Ícaro Tel.:(31) 35514121

Pousada Arcanjo – hotel temático sobre a história da

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Inconfidência Mineira. Encontro com o Gerente - Ícaro

Congonhas 01/09 Sexta

Diretoria de Turismo Santuário de Bom Jesus de Matosinhos

Ana Alcântara Diretora de Turismo de Congonhas Tel.: (31) 37313100 (31) 3731 1590/1591

Monumento Religioso - onde estão os 12 profetas de pedra-sabão esculpidos pelo Aleijadinho – Patrimônio Mundial da Humanidade.

São João Del Rei

Restaurante L’Arlequim

Catherine Tel.:(32) 33715246

Gastronomia

São João Del Rei

Igreja São Francisco de Assis.

Contato: Tel.:(32)3372 3110

Monumento Religioso

São João Del Rei

Loja de estanho –John Somers

Lia Av. Leite de Castro 1150 Tel.:(32)33718000

Oferece visita ao setor de produção e museu do estanho anexo à loja.

São João Del Rei

Secretaria de Turismo Agências de Receptivo

Lucia Helena Bortolo de Rezende Tel.:(32) 33722990 – Lazer & Aventura Turismo – Marcelo e Ricardo . Tel.:(32) 33717956 – Tiradentes Viagens e Turismo – Eliete e Juscelino Tel.:(32) 33719586

Gestão Municipal Receptivo Turístico Receptivo Turístico

São João Del Rei

CEREM - Centro de Referência Musicológica José Maria Neves

Anna Maria Parssons Diretora Geral Tel.:(32) 33716397

Centro de referência da Música – Biblioteca, Videoteca e partituras

Tiradentes Restaurante Tragaluz

Zenilka Tel.:(32) 33551424

Gastronomia Nacional e Internacional

Tiradentes 02/09 Sábado

Centro Cultural Yves Alves

Maria Lídia Montenegro Presidente do

Realização de atividades culturais e artísticas, seminários,

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Conselho Deliberativo Regina Carvalho Assistente Administrativo. Tel.: (32) 3355-1503/1604

palestras, exposições, cinema , eventos musicais e trabalhos culturais com a comunidade.

Tiradentes Igreja Matriz Santo Antônio

Tel.:(32) 33551238

Monumento Religioso

Tiradentes Hotel Solar da Ponte – Roteiro do Charme

Anna Maria e John Parsons Tel.:(32) 33551255

Hospedagem– Roteiro do Charme

Tiradentes Restaurante Viradas do Largo

Contato: Tel.:(32) 33551111

Gastronomia Comida Mineira

Tiradentes Oficina de Agosto Toty Tel.:(32) 33537080

Artesanato Projeto de desenvolvimento e educação com crianças e adultos da região

Tiradentes Secretaria Municipal de Turismo e Cultura

Marcelo Gomes Secretário Municipal de Cultura, Turismo e Meio Ambiente Tel.:(32)33551212

Gestão de Turismo e Cultura

Apoio Instituto Estrada Real

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Bibliografia Patrimônio Mundial no Brasil. Brasília: UNESCO, Caixa Econômica Federal -2000. Guias Unibanco Brasil: Minas Gerais. São Paulo: BEI Comunicação, 2005. Caminho Velho de Paraty a Ouro Preto - Catálogo de Serviços Turísticos -Estrada Real – Brasil – maio 2006. Ministério do Turismo e Sebrae. Cidades Históricas: Brasil. São Paulo: Empresa das Artes, 2003. Plano Nacional do Turismo – Diretrizes, Metas e Programas para 2003-2007 – Ministério do Turismo do Brasil Preservação do Patrimônio Cultural em Cidades – Maria Cristina Rocha Simão – 2001 Interpretação do Patrimônio para o Turismo Sustentado – Um Guia – Stela Maris Murta e Brian Goodey – 1995 – Sebrae

Apoio de pesquisa : Instituto Estrada Real INTERNET Site: www.cultura.gov.br Site: www.almg.gov.br Site: www.iphan.gov.br Site: www.estradareal.org.br Site: www.cidadeshistoricas.art.br Site: www.ouropreto.mg.gov.br Site: www.ouropreto.com.br Site: www.mariana.mg.gov.br Site: www.sj.com.br Site: www.sãojoãodelreisite.com.br Site: www.tiradentes.mg.gov.br Site: www.guiadasvertentes.com.br Site: www.wikipedia.org Site: www. turismo.gov.br

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DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO BENCHMARKING

1. Lembre-se que benchmarking é um procedimento de pesquisa contínuo e sistemático. Para criar um padrão de comparação será necessário se comportar como um pesquisador que busca conhecimento.

2. O ponto de partida para conhecer uma situação é a observação, por isso tenha claro o que você quer conhecer.

3. Aprender com os outros, requer humildade e respeito. Sua missão é aprender, os pontos positivos e negativos são informações valiosas.

4. Tenha sempre em mente que: “a pressa é inimiga da perfeição”. A falta de paciência pode levar as conclusões impróprias.

5. Lembre-se de que as informações obtidas são matérias-primas para o relatório final. Registre tudo no momento observado, quando se deixa para depois, corre-se o risco de omitir dados importantes.

6. Estabeleça os pontos que são essenciais, isso ajudará a manter o foco e ter mais tranqüilidade para observar as situações menos relevantes.

7. Diante da quantidade de informações, fatos e acontecimentos, o foco na pesquisa é fundamental, ele poderá ajudar a filtrar as informações necessárias.

8. Não esqueça dos problemas que precisam de respostas, a empolgação da visita deve servir como motor de motivação, mas não deve desviar seu objetivo principal.

9. Conhecer o local e o público ajudará a preparar a mente e os sentidos para a pesquisa.

10. Prepare o material de pesquisa antecipadamente, considerando os pontos relevantes a serem observados.

11. A organização antecipada ajudará você a aproveitar melhor o tempo disponível.

12. O questionário é um instrumento muito importante para realizar o benchmarking. Conheça bem as perguntas antes de respondê-las.

13. A seriedade da pesquisa depende da atitude de quem observa e registra os fatos, por isso, você deve ser o primeiro a acreditar no que está realizando.

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14. A autenticidade das respostas será garantida com a responsabilidade de quem responde. Registre o que foi observado. Cuidado com as interpretações pessoais.

15. Além do questionário estruturado, conversa informal com pessoas envolvidas na área de pesquisa pode se tornar uma fonte relevante de informações.

16. Esteja atento para observar os detalhes, ao como e ao porquê as coisas são feitas. Aproveite todas as oportunidades!

17. Amplie sua percepção para ler nas entrelinhas. Resgate suas experiências e conhecimentos sobre o assunto e utilize-os para rastrear focos de informações.

18. Se você tiver dificuldade em registrar os fatos e situações resgate o objetivo principal da visita e utilize o material de apoio.

19. Lembre-se de que o Relatório Final e a disseminação da experiência depende do registro das observações e o preenchimento do questionário, por isso não economize esforços.

20. Ao preencher o questionário responda com clareza e objetividade, tendo a certeza que sua resposta representa a situação observada.