sebenta contabilidade financeira i

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  • 5/21/2018 SEBENTA Contabilidade Financeira I

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    Apontamentos de

    Contabilidade

    Financeira I2EDIO (21/01/2011)

    BASEADO NOS SLIDES DA DISCIPLINA,NOS EXERCCIOS E RESPECTIVAS SOLUES DISPONIBILIZADAS BEM

    COMO EM APONTAMENTOS DE ALGUMAS AULAS DO PROF.DR.RUI COUTO VIANA E NO LIVRO

    ELEMENTOS DE CONTABILIDADE GERALDE ANTNIO BORGES,AZEVEDO RODRIGUES E ROGRIORODRIGUES (25 EDIO)

    SENDO UM TRABALHO AMADOR E GRATUITO,NO EST LIVRE DE ERROS,FALHAS OU IMPRECISES;

    FALTA FRISAR QUE ESTA SEBENTA PODE NO CONTER TODA A MATRIA LECCIONADA,SENDO QUE A

    FREQUNCIA DAS AULAS INDISPENSVEL PARA O SUCESSO NA CADEIRA BEM COMO O ESCLARECIMENTO

    DE DVIDAS JUNTO DO PROFESSOR SEMPRE QUE ESTAS SURJAM.

    PEDE-SE A QUEM DETECTAR ALGUM ERRO QUE O COMUNIQUE PARA O E-MAIL

    [email protected].

    EDITADO PELA COMISSO DE PRIMEIRO ANO2010/2011

    An o Le ct ivo 201 0/20 11

    1 Semestre

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    I. A Empresa e a ContabilidadeContabilidade: O que e para que serve?

    A contabilidade um sistema de informao que passa pelo registo, classificao esumarizao das transaces efectuadas por uma empresa de uma forma organizada e em

    termos de unidades monetrias.

    A funo da contabilidade fornecer informao quantitativa, em primeira instncia de

    natureza financeira, sobre entidades econmicas. A anlise da informao disponibilizada pela

    contabilidade pode ser til na formulao na formulao de decises de natureza econmica.

    Como se faz contabilidade?

    No esquema apresentado podemos ver que a contabilidade passa por:

    1. Reconhecimento das alteraes quantitativas e/ou qualitativas do patrimnio.2. Mensurao do valor pelo qual se alterou o patrimnio da empresa (ateno que isto

    no implica variao do patrimnio, uma vez que se eu comprar uma mesa AFT,

    portanto vou ficar sem o dinheiro na conta mas aumenta o valor do mobilirio quetenho)

    3. Divulgao Apresentao de todos os registos feitos, num primeiro passo em peascontabilsticas (Balano, dem. Fluxos de caixa e dem. Resultados) e posteriormente em

    relatrios de contas,

    4. A anlise da contabilidade de uma empresa o para que serve a contabilidade, umavez que a partir do estudo financeiro de uma entidade -nos mais fcil tomar decises

    para o futuro.

    Apesar destes quatro pontos, o que aprendido nas aulas reconhecer, mensurar e

    representar atravs de peas contabilsticas simples (balano, dem. Fluxos de caixa e dem.Resultados)

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    Finalmente temos tambm que a contabilidade serve para:

    a) Relatar situaes, isto , dar conta do estado de uma entidade num determinadomomento, fornecer uma fotografia da capacidade financeira de uma empresa.

    b) Apresentar um fenmeno, ou seja, dar a conhecer a evoluo das contas da empresaao longo de um determinado perodo de tempo ou de uma conta em especial.

    Assim,

    Registo de situaes: Momento esttico, parado no tempo;

    Registo de fenmenos: Anlise continuada da empresa num determinado perodo de tempo.

    Contabilidade como sistema de informao:

    -Processamento de Inputs: Registo de fenmenos e situaes patrimoniais concretas, do dia-a-

    dia.

    -Obteno de Outputs: Aglomerao da informao nas diversas demonstraes financeiras

    podendo ter uma viso global da situao da empresa num determinado momento do seu

    desempenho num determinado perodo.

    Como referido anteriormente a contabilidade til para tomar decises. Como tal pode ser

    utilizada por utilizadores internos (accionistas, trabalhadores ou gestores) bem como por

    utilizadores externos (outras empresas, bancos, fornecedores, clientes, estado,)

    Assim a contabilidade TIL, mas para isso necessrio que a informao contabilstica seja

    1. Compreensvel pelos utentes;2. Relevante, ou seja, devem ser excludas informaes acessrias/desnecessrias3. Fidedigna, isto , a informao contabilstica deve ser o mais fiel possvel realidade.4. Comparvel com outras informaes, quer ao longo do tempo, quer entre empresas.

    Normalizao Contabilstica.

    O que ?

    Forma de organizao da contabilidade da maior parte das empresas

    Para que serve?

    -Facilita a comparao entre informaes de diversas empresas;

    -Promove o entendimento comum;

    -Facilita a obteno e o tratamento de informao.

    Princpios Contabilsticos

    Princpio da Continuidade

    Pressupe-se que a empresa no interrompe o exerccio da sua actividade.

    Princpio da ConsistnciaPressupe-se que a empresa no altera as suas polticas econmicas num curto espao de

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    tempo.

    Princpios da especializao

    Princpio da prudncia

    So contabilizados os gastos que ainda no so certos mas que com muita certeza se viro a

    sustentar (Ex: indemnizaes); por outro lado no se contabilizam os ganhos que, apesar de

    quase certos, no se tm por garantidos.

    Princpio da substncia sobre a forma

    Princpio da materialidade

    II. Modelizao contabilstica e principaisdemonstraes financeiras

    Antes do incio do estudo desta unidade importante esclarecer a diferena entre umconjunto de conceitos por vezes aplicados incorrectamente:

    Despesa: obrigao de pagar o que se compra. Numa situao como estas no h perda de

    patrimnio (ver definio a seguir) uma vez que apesar da diminuio do dinheiro possudo

    (em numerrio, conta bancria, etc) existe um movimento compensatrio que o aumento do

    valor dos recursos que dispomos. Exemplo: se eu compro um computador fico sem o dinheiro

    que ele custou, mas posso usufruir de todas as suas capacidades e posso, se no o utilizar,

    vend-lo pelo mesmo preo que o comprei. Ateno que despesa no implica pagar dinheiro;

    bvio que se no pago fico com a obrigao de pagar.

    Pagamento: Fluxo de sada de meios lquidos para extinguir dvidas a pagar. Ex. Eu pago ocomputador que comprei h um ms atrs.

    Gasto/Perda: diminuio do valor do patrimnio, decorrente da utilizao ou consumo de

    bens ou servios. H gasto sempre que se consome ou utiliza um bem, ou se utiliza um servio.

    Exemplo. Depois de utilizar o computador durante um ano ele j no vale tanto como valia no

    incio do perodo porque, entre outros, j est riscado, est mais lento e tem menos memria.

    Apesar de terem definies semelhantes, h que distinguir que os gastos tm a ver com o

    funcionamento da empresa (ex. desgaste de uma mquina), enquanto as perdas tem a ver

    com acontecimentos exteriores ao normal funcionamento da empresa (Exemplo: roubos)

    Nota: Quando uma empresa compra mercadorias a um fornecedor tem uma despesa. Omomento da despesa pode ou no coincidir com o momento do pagamento. No caso dacompra a crdito, existe um desfasamento temporal entre a despesa e o pagamento.

    Receita: Expresso financeira da venda de um produto ou servio, ou seja o direito a receber

    o valor do produto ou servio vendido. Uma receita pode no implicar o recebimento de

    dinheiro se a pessoa a quem se vende optar por ficar a dever. Neste caso no se tem o

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    dinheiro, mas tem-se a receita. Ex: venda de uma mquina fotogrfica. A pessoa pode ter

    ficado a dever ou ter pago no momento.

    Recebimento: Fluxo de entrada de meios financeiros lquidos que saldam dvidas a receber.

    Ex: receber o valor da mquina fotogrfica vendida h um ms

    Rendimentos: Ganho ou rdito: aumentos do valor do patrimnio, decorrente da

    produo de bens ou servios. Ex. Como eu coloquei a mquina fotogrfica mais prxima do

    utilizador, vendi-a por 100 embora ela me tenha custado apenas 60. Tive um

    rendimento/ganho de 40. Designa-se ganho se no tiver a ver com o normal funcionamento

    da empresa (exemplo: oferta de um fornecedor) e rdito se tiver a ver com o funcionamento

    da mesma (exemplo: preo de venda da mercadoria, que para alm do custo da mercadoria

    tem tambm uma margem de lucro).

    Patrimnio

    Conjunto de elementos utilizados por um agente econmico do exerccio da sua actividade;numa explicao simplista, podemos dizer que o conjunto de bens, direitos e obrigaes

    detidos por um agente econmico.

    Quando falamos em patrimnio h que distinguir entre a sua composio e o seu valor.

    Composio

    A composio do patrimnio diz respeito natureza dos elementos patrimoniais que o

    integram, como sejam mercadorias, edifcios ou numerrio. Por englobar diferentes elementos

    patrimoniais diz-se que o patrimnio, quanto sua composio heterogneo.

    Valor

    Daqui surge a necessidade de homogeneizar todo este conjunto. Para isso representa-se cada

    elemento patrimonial pelo seu valor, homogeneizando o patrimnio ao represent-lo em valor

    monetrio.

    Existe porm uma ressalva, j que difcil atribuir valor monetrio a alguns elementos.

    Quando isto acontece opta-se por no se considerar tal objecto como elemento patrimonial.

    Como afectado o valor do patrimnio?

    Nesta parte da matria introduzida a noo de ACTIVO e PASSIVO

    Ac tiv o Pa ssiv o Definio Recurso controlado pela

    entidade do qual se esperaque fluam benefcioseconmicos futuros

    Obrigao presente da qualse espera que resulte umadiminuio dos recursos daentidade

    Constituintes -valores que detemos-direitos a receber

    -conjunto de valores a pagar

    Influncia no Patrimnio Um aumento do activotraduz-se num aumento do

    Patrimnio e vice-versa,ceteris paribus

    Um aumento do passivotraduz-se numa diminuio

    do patrimnio e vice-versa,ceteris paribus

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    Como calculado o valor do patrimnio?

    Patrimnio = Activo Passivo

    Ex.1

    Empresa X

    Activo=1000

    Passivo=400

    Patrimnio=1000-400=600

    Como podemos facilmente constatar, apesar de termos 1000 de act ivo temos tambm um

    passivo de 400, o que nos permite concluir que os valores que pertencem efectivamente

    empresa X, ou seja, o patrimnio, correspondem apenas a 600.

    Os elementos patrimoniais activos e passivos podem ainda dividir-se em:

    -Correntes, se os elementos permanecerem, com alguma certeza, por perodos curtos(inferiores a um ano) no patrimnio. Exemplo: Dvida que ser liquidada dentro de 3 meses

    -No correntes , se os elementos permanecerem, com alguma certeza, por um longoperodo de tempo (superior a um ano) no patrimnio. Exemplo: Carro comprado este ano

    At este ponto podemos distinguir claramente 4 termos distintos:

    -Activo corrente. Exemplo: lpis n2 com ponta vermelha

    -Activo no corrente. Exemplo: Edifcio da FEP

    -Passivo corrente. Exemplo: dvida a um fornecedor que ser paga na prxima semana

    -Passivo no corrente. Exemplo: dvida ao banco a ser liquidada daqui a 5 anos

    A partir de agora estudaremos o que se enquadra em cada um dos conceitos apresentados.

    Activo

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    Como podemos ver pelo esquema, para alm da diviso do activo em corrente e no corrente

    podemos ainda dividir ainda mais esta classe, agrupando os diversos elementos patrimoniais

    em diversos grupos dependendo da sua natureza. Como atrs se falou aqui podemos ver quo

    diversa a natureza dos elementos patrimoniais e por isso quo necessrio reduzi-los todos

    a unidades monetrias para os podermos contabilizar.

    Passivo

    J no que diz respeito ao esquema do Passivo, podemos concluir que a maior parte das

    divises prende-se com dvidas e o nico factor diferenciador o credor dessas dvidas. Apesar

    desta concluso h que ressalvar que pode haver outras classes de passivo que no tenham a

    ver com dvidas.

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    Patrimnio/Capital Prprio

    Esta pode ser designada a classe abstracta. Como vimos atrs e se aplica aqui, o valor do

    Capital Prprio = ActivoPassivo.

    Nesta classe est includo, por um lado o capital inicial com que os scios criaram uma

    empresa (no caso de uma Sociedade annima) e por outro o capital realizado em exerccios,

    quer anteriores, quer do presente.

    Balano

    Documento que expressa a posio financeira de uma organizao

    Podemos agora passar explicao do Balano, visto que as 3 partes constituintes desta pea

    contabilstica esto sinteticamente explicadas.

    Esta pea contabilstica tem como objectivo informar sobre o patrimnio num DETERMINADO

    momento, sendo por isso uma pea esttica, uma fotografia da situao da empresa. Como

    muitas vezes foi dito nas aulas, no balano que podemos ver a capacidade que uma empresa

    tem de honrar os seus compromissos, no que diz respeito, sobretudo, a pagamento de dvidas.

    Para alm disto, nesta pea esto presentes informaes no que diz respeito quantidade de

    bens, direitos e obrigaes detidas pela empresa, bem como o valor do capital prprio.

    Para iniciar o estudo devemos deixar clara equao fundamental da Contabilidade:

    ACTIVO =CAPITAL PRPRIO +PASSIVOIsto porqu?

    Sendo o activo o conjunto de bens que controlamos e que usamos no nosso dia-a-dia,

    podemos facilmente concluir que estes recursos ou foram adquiridos com recurso a capital

    prprio ou com recurso a emprstimos (passivo, portanto). Esta , claro, uma explicao muito

    simplista, mas til para entender a equao fundamental da contabilidade.

    Da mesma forma vem que:

    Cap. Prprio = ActivoPassivo => traduz o que tnhamos visto no inicio. O capital prprio o

    valor de tudo aquilo que controlamos menos o valor daquilo que adquirimos com recurso

    contraco de dvidas

    OU

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    ACTIVO

    Direitos de Propriedade e de Crdito

    sobre Terceiros

    CAPITA IS PRPRIOSPatrimnio Lquido

    PassivoObrigaes e Deveres para com

    Terceiros

    Aplic ao dos fu nd os Or igem dos fundos

    Passivo = ActivoCapital Prprio => O valor do passivo igual ao valor do activo que NO foi

    adquirido com recurso a meios prprios

    Esquematicamente temos:

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    Ter em ateno que, de acordo com o Plano Oficial de Contabilidade (POC), os elementos do

    balano devem ser ordenados da seguinte maneira:

    Activo (separado em corrente e no corrente): liquidez crescente. Assim surgemprimeiro os elementos menos lquidos (edifcio por exemplo) e depois os mais lquidos.

    A forma mais lquida o dinheiro em caixa. Passivo: exigibilidade crescente. Assim surgem primeiro as dvidas a mdio/longo

    prazo e depois as dvidas a curto prazo.

    Capital Prprio: antiguidade no seio da empresa, dos mais antigos para os maisrecentes.

    Clculo de algumas rubricas importantes constituintes do balano (para empresas de natureza

    comercial)

    ATENO: Estas frmulas podem estar incompletas, uma vez que impossvel prever todas as

    operaes que faam aumentar/diminuir o valor dos constituintes do balano

    Activos:

    Activo fixo tangvel ano N = Activo fixo tangvel ano (N-1) variao de activos fixostangveis

    Inventrio ano N = Inventrio ano (N-1) + valor das mercadorias compradasvalor dasmercadorias vendidas + ganhos de mercadorias (ofertas de fornecedores, ) perdas

    de mercadorias (inundaes, roubos, )

    Clientes ano N = Clientes ano (N-1) + valor da mercadoria vendidarecebimento declientes

    Disponibilidades ano N = Disponibilidades ano (N-1) Variao de caixa e seusequivalentes (valor encontrado na Demonstrao de fluxos de caixa)

    Capital prprio:

    Capital inicial ano N = Capital inicial ano (N-1) Reservas e resultados transitados ano N = Reservas e res. transitados ano (N-1) +

    Resultado lquido do exerccio ano (N-1)

    Resultado lquido exerccio ano N um valor que tem de ser obtido atravs dademonstrao de resultados

    Passivo:

    Fornecedores (de mercadorias e de activos) ano N = Fornecedores ano (N-1) + custo damercadoria comprada + custo dos activos alienadospagamentos a fornecedores

    Estado ano N = Estado ano (N-1)Pagamentos ao estado + Segurana Social e IRSretidos aos trabalhadores + Encargos sociais por conta da empresa + IRC + outros

    impostos

    Financiamentos ano N = Financiamentos ano (N-1) + Emprstimos contradosEmprstimos Amortizados

    Aconselha-se a resoluo da ficha 1

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    Para alm do balano, que apenas fornece informao sobre a situao da empresa num

    determinado momento, existe tambm a necessidade de criar e usar peas contabilsticas que

    forneam informao sobre a evoluo da empresa, ou seja, o seu desempenho ao longo de

    um perodo de tempo. Assim, introduzido o conceito de demonstrao de resultados, querelata as alteraes ocorridas no patrimnio da empresa, ou seja, o relato dos fenmenos

    patrimoniais.

    Demonstrao de ResultadosPela demonstrao de resultados pode ser estudada a capacidade que uma empresa tem de

    gerir o seu patrimnio, ou seja, a sua capacidade de gerar rendimentos. Nesta pea

    contabilstica importa comparar os rendimentos com os gastos.

    Antes de avanar com a explicao da demonstrao de resultados importante distinguir

    entre fenmenos patrimoniais quantitativos e fenmenos patrimoniais qualitativos.

    -Qualitativos: apesar de se dar a alterao da composio do patrimnio, o seu valor no

    afectado. Exemplo. Depsito de 100 no banco. Fico sem 100 em numerrio, mas posso

    pagar 100 com carto de dbito.

    -Quantitativos: D-se, para alm duma alterao na composio do patrimnio, uma variao

    do seu valor. Exemplo: Contrai-se um emprstimo de 1000 mas tempos de pagar 10 de

    despesas administrativas. Apesar de ter ficado com um activo de 1000 (foi depositado este

    montante na nossa conta ordem) ficamos com a obrigao de pagar o montante depositado

    MAIS 10 MAIS os juros. Assim, veremos o nosso patrimnio diminuir no valor de 10 MAIS os

    juros. Como visto anteriormente podemos denominar esta alterao quantitativa do

    patrimnio como sendo um gasto.

    Continuando com a Demonstrao de Resultados podemos afirmar que o objectivo desta

    apurar a variao do patrimnio. Obtm-se este valor confrontando os Gastos com os

    Rendimentos, obtendo-se assim o Resultado Lquido (Lucro se os rendimentos forem

    superiores aos gastos, prejuzo se os gastos forem superiores aos rendimentos)

    Assim, de uma forma geral,

    Resultado = Rendimentos - Gastos

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    Como acontecia com o Balano, tambm o Resultado Lquido tem vrios constituintes:

    Apesar de podermos apresentar a demonstrao de Resultados por funes (isto, , segundo

    o resultado por departamentos da empresaprodutivo, comercial, administrativo, financeiro),

    o mais comum apresentar a demonstraao de resultados por naturezas, ou seja, interessa

    em que que foi gasto/ganho o dinheiro eno qual o departamento que o gastou/ganhou (se

    foi gasto em mo-de-obra, na compre de mercadorias/produtos,).

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    Assim podemos observar um esquema da DR por naturezas

    Antes de avanar na matria importante salientar que o RLP (resultado lquido do perodo)

    imprescindvel na construo do balano, pois existe, no modelo do balano acima

    apresentado uma rubrica no Capital Prprio intitulada Resultado Lquido do Perodo, valor que

    apenas se pode obter fazendo a Demonstrao de Resultados. Por isso, se for pedida a

    construo de um balano, em princpio ter que ser feita uma DR, a no ser que o valor do

    RLP seja dado.

    Demonstrao de Fluxos de CaixaA partir do momento que falamos em DFC estamos numa perspectiva de tesouraria, onde

    apenas importam os recebimentos e os pagamentos (consultar definies no incio do

    captulo). Com esta pea contabilstica podemos no s conhecer a variao de

    disponibilidades (numerrio, dep. ordem,) num determinado perodo.

    Como possvel observar no modelo de DFC a seguir apresentado, esta pea contabilstica

    permite discriminar de onde provieram os meios financeiros lquidos, comparando esse valor

    com o valor no ano anterior; para alm disso til quando se quer saber quais as rubricas que

    mais meios financeiros lquidos fizeram sair da empresa.

    importante referir, no mbito da DFC, que o resultado final, Caixa e seus equivalentes no

    final do perodo ou seja, o saldo de caixa no final do ano, importante para preencher a

    rubrica do balano no activo corrente intitulada Caixa e depsitos bancrios, uma vez que ovalor do ano N = valor do ano (N-1) variao de caixa e seus equivalentes.

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    Neste ponto necessrio j ter bem assentes as definies dadas no incio do captulo. Paraisso colocamos aqui alguns exerccios com as respectivas solues em que preciso identificar

    se gasto, perda, despesa, pagamento, ganho, rdito, receita ou recebimento.

    Carregamento de telemvel no multibanco.o DespesaVisto que posso efectuar comunicaes no valor de Xe tenho que

    pagar esse montante empresa de comunicaes

    o Pagamentoo dinheiro sai da conta ordem Uma empresa de transporte compra, a prazo, um computador a pagar no ms

    seguinte.

    o Despesa A empresa fica com a obrigao de pagar o valor do computadorque utilizar na sua actividade comercial.

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    Liquidao do montante devido pela compra do computador, acrescido do pagamentode juros

    o PagamentoH um efluxo de meios financeiros lquidos.o Gasto O pagamento de juros um gasto porque existe uma diminuio do

    patrimnio decorrente da normal actividade da empresa.

    Compra de material de escritrio e pagamento a prontoo Despesa A empresa no perde patrimnio, mas fica com a obrigao de

    pagar o material comprado.

    o PagamentoComo indicado, o material pago no acto da compra. Inundao numa loja de material informtico que causa prejuzo no valor de 1000.

    o PerdaDiminuio do patrimnio devido a um acontecimento no imputvelao normal funcionamento da empresa.

    Venda de uma caixa de chocolates a prazoo ReceitaApesar de no receber dinheiro, fico com o direito a receber o valor

    da caixa de chocolates.o Rendimento/Rdito Embora no seja dito, pressupe-se que se tenha

    vendido a caixa de chocolates a um preo superior ao valor do seu custo.

    Como tal, existe lucro na venda, a que chamamos rendimento.

    Recebimento de dividendos do banco BIP relativos a 200 aces detidas por umaempresa de fabrico txtil

    o GanhoA empresa v o seu patrimnio aumentar por motivos externos suaactividade.

    o Recebimento A empresa recebe, na sua conta ordem, o dinheiro relativoaos dividendos.

    III. O sistema de informao ContabilsticaAt agora falmos de trs peas contabilsticas muito importantes no seio da contabilidade de

    uma empresa. Porm, estas demonstraes apenas se costumam efectuar anualmente, no

    final do exerccio. Assim, h a necessidade de, ao longo do ano ir registando os fluxos

    econmicos, financeiros e monetrios da empresa para, por um lado, ajudar na construo das

    peas contabilsticas abordadas e, por outro, poder acompanhar a situao global da empresaao longo do ano.

    Surge assim a necessidade da criao de um sistema de informao contabilstica, um sistema

    que permite manter uma base de informao actualizada e organizada. Sendo um sistema

    existe um conjunto de procedimentos a respeitar:

    Inputs Identificao e registo dos fenmenos patrimoniais relevantes do ponto devista contabilstico

    Processing and storageClassificao e armazenamento (em suporte virtual ou fsico)dessas situaes ou fenmenos

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    Output Exteriorizao dos dados apurados sob a forma de demonstraesfinanceiras

    Um sistema de informao contabilstica exige que:

    Seja estabelecido um conjunto de princpios para que os inputs, o processing andstorage e os outputs sejam realizados de uma forma idntica, definindo assim ofuncionamento do sistema de informao contabilstica;

    Exista um plano de contas O registo seja feito ou em dirio geral ou em razo geral

    Plano de ContasO que uma conta?

    Numa empresa existe uma grande diversidade de elementos patrimoniais. Como j sabemos,cada um deles representado por um valor de forma a conseguir compar-los. Para facilitar o

    estudo e a comparao entre eles procedeu-se ao agrupamento dos elementos patrimoniais

    semelhantes em contas. Assim sendo, uma conta um agregado de elementos patrimoniais

    com caractersticas semelhantes expresso em valor monetrio e com denominao prpria.

    Exemplo: a conta 12/DEPSITOS ORDEM agrega todos os valores que a empresa tem em

    contas bancrias sob uma designao que caracteriza todos os elementos patrimoniais dessa

    conta.

    Caractersticas das contas:

    Homogeneidade: Os elementos patrimoniais da mesma conta tm caractersticassemelhantes

    Integralidade: Todos os fenmenos patrimoniais tm que ser integrados na conta aque dizem respeito para que cada conta tenha registado tudo aquilo que lhe diz

    respeito.

    Como as contas agregam elementos patrimoniais comuns podemos distinguir vrios tipos de

    contas; por exemplo, existem contas de gastos, que sero importantes na realizao da

    Demonstrao de Resultados; tambm existem contas de AFT que sero teis na construo

    do balano.

    Registos contabilsticos

    Como j dito cada fenmeno patrimonial tm de ser registados em contas. Porm as contas

    interferem directamente na equao fundamental da contabilidade, logo quando se regista,

    por exemplo, um depsito ordem de 100 (Conta 12/DEPSITOS ORDEM) tem de se

    registar, por exemplo, uma diminuio de dinheiro em caixa na conta 11/CAIXA no valor de

    100. A isto chamamos o mtodo digrfico (registo dos fenmenos patrimoniais em duas ou

    mais contas (numa(s) a dbito, na(s) outra(s) a crdito.)

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    Nas pginas anteriores est apresentado o Cdigo de Contas do Sistema de Normalizao

    Contabilstica. Falta referir que, apesar de nesta sebenta a maior parte das contas

    apresentadas constar no cdigo de contas com a mesma terminologia, isso no exigido na

    cadeira, pelo que na resoluo de exames/exerccios no necessrio escrever o cdigo da

    conta nem a designao exactamente igual que aparece no cdigo de contas.

    Falmos em diminuies do valor de uma conta. Em termos contabilsticos h uma notao

    que deve ser interiorizada: Creditar e debitar contas. No exemplo referido, quando se regista a

    diminuio de 100 na conta CAIXA estamos a creditar essa conta. Quando estamos a

    aumentar 100 conta ordem estamos a debitar essa conta.

    Neste momento h que diferenciar entre contas de Activo, Passivo, capital prprio,

    gastos/perdas e rditos/ganhos

    Exemplos:

    Contas de activos: 431/TERRENOS E RECURSOS NATURAIS, 32/INVENTRIOS DE MERCADORIASContas de Passivo: 2211/FORNECEDORES GERAIS, 2511/EMPRSTIMOS BANCRIOS

    Contas de Capital prprio: 51/CAPITAL, 818/RESULTADO LQUIDO

    Contas de Gastos/Perdas: 6911/JUROS DE FINANCIAMENTOS OBTIDOS, 684/PERDAS EM

    INVENTRIOS

    Contas de Rditos/Ganhos: 711/VENDAS DE MERCADORIAS, 7851/DIVIDENDOS

    COMO CREDITAR/DEBITAR CADA UMA DESTAS CONTAS?

    1) Activo e Gastos/Perdas: O valor inicial das contas registado a dbito, bem como osaumentos. As diminuies do valor destas contas so registadas a crdito

    2) Passivo, Capital Prprio e Rditos/Ganhos: O valor inicial das contas registado a crdito,

    bem como o aumento do valor destas contas. As diminuies so registadas a dbito.

    As contas de Gastos/Perdas S so registadas a dbito, pois o valor destas contas nunca

    diminui, s aumenta (no se pode reverter uma perda)

    As contas de Rditos/Ganhos S so registadas a crdito, pois o valor destas contas nunca

    diminui, s aumenta (nunca se pode reverter um rendimento)

    Assim, antes de pensar se temos que debitar ou creditar a conta temos que a classificar.

    Depois de classificada torna-se fcil de pensar se temos que debitar ou creditar.

    Cada conta pode ser representada em forma de T

    Quando estamos a trabalhar com Ts podemos debitar uma conta aoregistar um valor no lado

    do dbito (lado esquerdo) e credit-la ao inscrever um valor no lado do crdito (lado direito).

    Na primeira linha aparece sempre o nome da conta e um D e C respeitante a Dbito e Crdito,

    respectivamente (sempre por esta ordem)

    Assim, e para consolidar quer como creditar os diferentes tipos de contas, quer paraapresentar um exemplo prtico de como utilizar Ts temos:

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    Damos agora o exemplo dos slides (slide 9, captulo 3)

    Compra de mercadorias a um fornecedor no valor de 100

    Que contas vamos movimentar? => 32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS (conta de activo) e

    221/ FORNECEDORES C/C (conta de passivo)

    Como variou o valor destas contas? => 32 aumentou, uma vez que ficmos com mais

    mercadorias, logo vamos debitar. 221 aumentou, uma vez que ficmos com uma obrigao a

    pagar ao fornecedor, logo vamos creditar.

    Outra forma de explicar como se aborda nos slides: A empresa recebe um activo(mercadoria) e assume uma responsabilidade perante o fornecedor; A conta Inventriosdeve conta Fornecedores o aumento que verificou (da ser nela realizado um registo adbitoi.e., a conta debitada); Por sua vez, a conta Fornecedores tem a haver do activo daempresa uma contrapartida no montante da entrega efectuada, ou seja, passa a ter umcrdito sobre esse activo logo, nela realizado um registo a crdito i.e., a conta creditada)

    Esquematicamente temos:

    Para alm de apresentar movimentar as contas utilizando Ts (sistema de razo geral),podemos tambm utilizar o sistema de dirio geral, representado na figura semelhante.Apesar disto, o mais utilizado nas aulas o sistema de Razo, pelo que aquele que maisateno merece.No obstante, h que explicar que quando utilizamos este sistema devemos colocar os

    fenmenos patrimoniais por ordem cronolgica e sempre que creditamos uma conta devemos

    colocar um a antes do nome da conta, como se pode observar na figura.

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    Para concluir o estudo desta parte da matria basta abordar o saldo de uma conta.

    Saldo de conta a diferena entre o valor acumulado dos dbitos e o valor acumulado dos

    crditos.

    Saldo de conta = Dbitos (parte esquerda)Crditos (parte direita)

    Se este valor for positivo, ou seja, Dbitos> Crditos, ento existe um saldo devedor. Caso

    contrrio temos um saldo Credor (O valor dos crditos maior que o valor dos dbitos).

    Regra geral as contas de activo tm saldo devedor e as contas do passivo ou do capital prprio

    tm saldo credor.

    As contas de rendimentos so credoras e as contas de perdas/gastos so devedoras.

    A partir de agora estudaremos como se fazem alguns tipos de lanamentos mais especficos.

    a) Subscrio de Capital importante estudar como se comea a empresa, isto , quais os lanamentos que temos de

    efectuar para dar conta da constituio da empresa por uma ou mais pessoas.

    Normalmente as empresas so formadas por dois ou mais scios que decidem aplicar o seu

    capital nessa empresa. Neste caso h uma primeira fase em que os scios se comprometem a

    entregar o capital, ficando desde a vinculados; posteriormente procedem entrega efectiva

    do capital. Os registos contabilsticos a serem feitos sero apresentados de seguida sob a

    forma de um exemplo

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    Exemplo a)

    Antnio e Roberto constituem, a 1/1/n uma sociedade por quotas, sendo que Antnio

    contribui com 10000 depositados no banco BIP e Roberto entra com um edifcio avaliado em

    60000.

    Dbito Crdito

    262/ QUOTAS NO LIBERADAS (1) 70000

    51/ CAPITAL 70000

    262/ QUOTAS NO LIBERADAS (2) 70000

    12/ DEPSITOS ORDEM 10000

    432/ EDIFCIOS E OUTRAS CONSTRUES 60000

    (1) Scios (subscrio - os scios comprometem-se a entregar o capital)(2) Scios (os scios procedem entrega do capital)

    Normalmente a conta 262 est sempre saldada, ou seja, dbitos = crditos, pois significa que

    no h nenhum subscritor de capital que ainda no tenha entregado aquilo a que se

    comprometeu.

    Para mais informaes consultar pginas 578 a 580, 858 e 859 do livro Elementos de

    Contabilidade geral, daqui em diante designado ECG

    b) IVAO IVAImposto sobre valor acrescentado

    J todos estamos familiarizados com o IVA, o imposto que pagamos na compra de quase todos

    os bens e servios. No entanto necessrio estudar como funciona.

    Suponhamos o seguinte circuito comercial:

    1.Uma pedreira extrai rocha no valor de 100. Quer vend-la a uma indstria que transforma

    pedra virgem em pedra decorativa. O preo de venda ser 100 + 6%*100 (IVA de 2010), ou

    seja, 106, dos quais 6 a empresa extractora ter de entregar ao estado.

    2.Aps o tratamento da pedra, a indstria quer vender o resultado o seu produto a um

    retalhista que se dedica ao comrcio de pedras decorativas. O preo que a indstria pede

    200. Porm, a este preo vai acrescer a taxa de IVA de 6%, que so 12. Assim, a indstria vai

    receber do retalhista 212.

    3.Por fim o retalhista vai vender o lote de pedra a um cliente por 400 mais 6% de IVA, o quefaz um total de 424.

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    E como vai funcionar o pagamento do IVA?

    1. A Pedreira vai pagar 6

    2. A indstria vai pagar 12, mas tem o direito a receber do estado os 6que pagou pedreira,

    por isso s vai ter um gasto de 6

    3. O retalhista vai pagar 24, mas tem o direito a receber do estado os 12 que pagou

    indstria, logo s vai ter um gasto de 12

    Olhem os agora para a parte do valor acrescentado:

    - A pedreira acrescentou 100 ao valor da Pedra, por isso vai pagar 6% desse valor (6)

    - A indstria acrescentou 100 ao valor da pedra (preo venda s/ IVA preo de compra

    s/IVA), por isso vai pagar 6% desse valor (6)

    - O retalhista acrescentou 200 ao valor da pedra, por isso vai ter que pagar 6% desse valor

    (12)

    - O consumidor quem suporta o IVA, uma vez que para alm dos 400 do valor da pedra

    ainda tem de pagar a soma do IVA pago pelos trs agentes econmicos a montante (24).

    Como se registam os lanamentos de compras/vendas com IVA?

    O aumento do IVA-Dedutvel regista-se sempre a dbito (conta de activo, pois quando maior o

    IVA dedutvel, maior direito a receber do estado) e o aumento do IVA-Liquidado regista-se

    sempre a crdito (Conta de passivo, pois quanto mais IVA Liquidado tivermos, mais temos que

    pagar ao estado).

    Exemplo b)

    1. Compra, por 200, de mercadorias com Taxa de IVA a 6%. Pagamento a pronto emNumerrio.

    2. Venda, por 400 do mesmo lote de mercadorias comprado em 1. IVA taxa de 6%.Recebimento em numerrio.

    D C

    132/INVENTRIOS DE MERCADORIAS 200

    2432/IVA DEDUTVEL 12

    11/CAIXA 212

    2711/VENDA DE MERCADORIAS 400

    2433/IVA LIQUIDADO 24

    11/CAIXA 424

    32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS

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    3. Mensalmente/trimestralmente (dependendo do tamanho das empresas) efectuadauma comparao entre as duas contas de IVA com o objectivo de determinar o IVA a

    pagar ou a recuperar. Suponha que a empresa referida s teve os dois movimentos

    indicados acima. Faa o apuramento do IVA do perodo

    Neste caso vamos saldar (igualar a 0) as contas do IVA DEDUTVEL e IVA LIQUIDADO e transporos valores para a conta 2435/IVA APURAMENTO

    D C

    32432/IVA DEDUTVEL 12

    2433/IVA LIQUIDADO 24

    2435/IVA APURAMENTO 12 24

    Quando trabalhamos com a conta 2435/IVA APURAMENTO temos que ter em ateno o

    seguinte:

    -Quando os dbitos so maiores que os crditos quer dizer que temos direito a receber IVA. O

    apuramento deste valor feito realizando Dbitoscrditos.

    -Se, pelo contrrio, os crditos forem superiores aos dbitos quer dizer que temos que pagar

    IVA ao estado. O apuramento deste valor feito realizando Crditosdbitos.

    Neste caso movimentaramos a conta 2436/IVA A PAGAR a crdito, no valor de 12 (24 -12).

    Para aprofundar conhecimento sobre este ponto da matria, por favor ver slides 17 a 23 do

    Captulo 3.

    c) Operaes com letrasA letra um ttulo de crdito atravs do qual uma pessoa ou entidade (o sacador) ordena a

    outrem (o sacado) o pagamento de uma certa quantia (valor nominal da letra) a si ou a outra

    pessoa ou entidade (tomador) numa determinada data.

    Assim, facilmente entendemos que o sacado quem deve o dinheiro e o sacador quem

    titular do direito a receber.

    Existem vrias operaes relacionadas com a letra:

    1. O saqueEsta operao consiste na emisso da letra, ou seja, como j referido, ordenar ao sacado o

    pagamento de uma certa quantia na data de vencimento.

    2. O aceite

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    Como o prprio nome indica, quer dizer que o sacado aceita a responsabilidade de ter de

    pagar o valor nominal da letra na data de vencimento. Esta operao concretizada com a

    simples assinatura da letra pelo sacado. Aps a assinatura da letra o sacado passa a designar-

    se aceitante. Se o saque da letra for feito vista do sacado, considera-se, imediatamente,

    aceite.

    3. O DescontoO desconto consiste na realizao antecipada do valor da letra, apresentando a letra num

    banco comercial, que entrega ao sacador o valor da letra menos os juros e encargos relativos

    ao perodo compreendido entre a data de apresentao a desconto e a de vencimento.

    4. A ReformaA reforma consiste na substituio de uma letra com uma determinada data de vencimento

    por outra de montante igual ou inferior com uma data de vencimento posterior. Isto acontece

    porque o sacado toma conscincia que no conseguir liquidar o valor nominal da letra junto

    do sacador na data prevista

    Depois de isto tudo a letra apresentada, na data do vencimento, ao aceitante para que este

    proceda ao seu pagamento.

    Exemplo c)

    1. A empresa QWERTY vendeu, a prazo, livros no valor de 340, com IVA de 13% no dia1/2/n papelaria do canto.

    2. A empresa QWERTY sacou uma letra vista no valor dos livros mais o IVA com data devencimento no dia 10/2/n.3. A papelaria do canto paga a letra na data acordada, em numerrio.

    Realizao dos registos contabilsticos acima indicados na contabilidade da empresa QWERTY

    D C

    1 711/VENDAS DE MERCADORIAS 3402433/IVA LIQUIDADO 44.20211/CLIENTES C/C 384.20

    2211/CLIENTES C/C 384.20

    212/CLIENTESTTULOS A RECEBER 384.20

    3 212/CLIENTESTTULOS A RECEBER 384.2011/CAIXA 384.20D 711/VENDAS DE MERCADORIAS C

    340 1

    D 2433/IVA LIQUIDADO C

    44.20 1

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    Para ter um exemplo de um exerccio com o desconto por favor consultar resoluo do

    exerccio 1 do captulo III, lanamentos 12 e 13. Este , na generalidade, o exerccio que nas

    aulas mais ajudou a entender o bsico mas tambm o mais importante da movimentao com

    contas.

    d) Salrios: Processamento e PagamentoNeste tpico tem que ficar bem assente que o processamento de salrios o momento em

    que se regista o valor que a empresa tem de pagar aos trabalhadores e ao estado. O

    pagamento , como o prprio nome indica, o acto de saldar as contas e cumprir com as

    obrigaes.

    So despesas associadas ao salrio:

    Salrio lquido: O valor entregue ao funcionrio; Reteno de IRS: A empresa entrega parte do IRS do trabalhador ao estado. No

    confundir com IRC, pois o IRS um imposto que sai do bolso do funcionrio ou, neste

    caso, no chega a entrar. Este valor varivel consoante o estado civil, o nmero de

    dependentes e o rendimento.

    Contribuies para a segurana social de conta do trabalhador: Cada trabalhador temde entregar o equivalente a 11% da sua remunerao lquida segurana social.

    o Salrio bruto = Salrio lquido + Reteno de IRS + Contribuies para a SS deconta do trabalhador

    Contribuies para a Segurana social de conta da empresa: a empresa tem deentregar ao estado 23,75% do valor do salrio bruto do trabalhador

    (Valores podem estar desactualizados devido a possveis alteraes efectuadas)

    Exemplo d)

    1. Processamento dos salrios dos dois trabalhadores da empresa VAIFALIR.a. Salrios lquidos: 3000b.Reteno de IRS de 14%c. Descontos para a Seg. Social de conta dos trabalhadores: 330d.Descontos para a Seg. Social de conta da empresa: 890.63

    2.

    Pagamento dos salrios em numerrio e das obrigaes perante o estado e seguranasocial por cheque.

    D 211/CLIENTES C/C C

    1 384.20 384.20 2

    D 212/CLIENTESTTULOS A RECEBER C

    2 384.20 384.20 3

    D 11/CAIXA C

    3 384.20

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    D C

    12312/REMUNERAES A PAGAR AO PESSOAL 3000

    242/RETENO DE IMPOSTOS SOBRE RENDIMENTOS (14%) 420

    245/CONTRIBUIES PARA SEGURANA SOCIAL 1220.63

    63/GASTOS COM O PESSOAL 4840.63

    22312/REMUNERAES A PAGAR AO PESSOAL 300011/CAIXA 3000

    242/RETENO DE IMPOSTOS SOBRE RENDIMENTOS 420

    245/CONTRIBUIES PARA SEGURANA SOCIAL 1220.63

    12/DEPSITOS ORDEM 1640.63

    e) Descontos Comerciais e de financeirosDesconto comercial , por exemplo, um desconto de quantidade feito pelo fornecedor. Neste

    caso no h grandes registos contabilsticos:

    -Se for a nossa empresa a vender apenas teremos um rendimento menor e registamos:

    A crdito, a conta 711/RENDIMENTOS DE VENDAS DE MERCADORIAS, pelo valor dasvendas. Este valor ser menor do que aquele que registaramos se no concedssemos

    desconto comercial.

    Os devidos movimentos relacionados com o IVA.

    D 2312/REMUNERAES A PAGAR AO PESSOAL C

    2 3000 3000 1

    D 242/RETENO DE IMPOSTOS SOBRE RENDIMENTOS C2 420 420 1

    D 245/CONTRIBUIES PARA SEGURANA SOCIAL C

    2 1220.63 1220.63 1

    D 63/GASTOS COM O PESSOAL C

    1 4840.63

    D 11/CAIXA C

    3000 2

    D 12/DEPSITOS ORDEM C

    1640.63 2

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    Um exemplo prtico de um desconto comercial a compra de 100 cadernos no valor unitrio

    de 0.5 em que o fornecedor oferece mais 10. Neste caso 110 cadernos a 50 (100*0.5) ficam

    a 0.455 cada.

    Desconto financeiros so, por exemplo, descontos de pronto pagamento.

    Nesta caso necessrio movimentar a conta 682/DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO

    CONCEDIDOS a dbito se foi a nossa empresa que concedeu o desconto.

    Se o desconto nos foi concedido a ns h que movimentar a conta 782/DESCONTOS DE

    PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS a crdito.

    As movimentaes relacionadas com o IVA so feitas depois de aplicados todos os descontos.

    Exemplo e)

    1.

    Compra, a prazo, de 100 cadernos a 0.46 j considerando um desconto dequantidade de 0.14 por unidade. Ao preo acresce IVA taxa de 6%2. Venda a pronto ao cliente papelaria do crculo de50 cadernos. Preo de venda

    acordado: 0.75 euros por unidade. Desconto de pronto pagamento concedido: 5%.IVA liquidado taxa de 6%.

    D C

    1

    32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS 46

    221/FORNECEDORES C/C 48.76

    2432/IVA DEDUTVEL 2.76

    2711/VENDAS DE MERCADORIAS 37.5

    682/DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTO CONCEDIDOS 1.875

    2433/IVA LIQUIDADO 2.138

    11/CAIXA 37.763

    D 32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS C

    1 46

    D 682/DESCONTOS DE PRONTO PAGAMENTOCONCEDIDOS

    C

    2 1.875

    D 221/FORNECEDORES C/C C

    48.76 1D 2433/IVA LIQUIDADO C

    2.138 2

    D 2432/IVA DEDUTVEL C

    1 2.76

    D 11/CAIXA C

    2 37.763D 711/VENDAS DE MERCADORIAS C

    37.5 2

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    Neste ponto da sebenta j deves ser capaz de efectuar lanamentos que impliquemmovimentar contas como 11/CAIXA, 12/DEPSITOS ORDEM, 211/CLIENTES C/C,212/CLIENTESTTULOS A RECEBER (utilizada quando se trabalha com letras),221/FORNECEDORES C/C, 222/FORNECEDORESTTULOS A PAGAR, 231/REMUNERAES APAGAR, 243/IVA (algumas contas), 262/QUOTAS NO LIBERADAS, 31/COMPRAS, 51/CAPITAL,

    63/GASTOS COM PESSOAL e 71/VENDAS.

    Recomenda-se a resoluo de todos os exerccios do captulo II e III

    IV. Introduo ao Balano e Demonstrao de Resultados

    Contabilizao de Meios Financeiros Lquidos

    ValorimetriaDisponibilidades em moeda estrangeira

    As disponibilidades em moeda estrangeira so convertidas para euros com base na taxa de

    cmbio em vigor data da sua obteno.

    As que existirem data de elaborao do Balano, so actualizadas ao cmbio em vigor

    naquela data.

    As diferenas cambiais so reconhecidas como um ganho (se forem positivas) ou como uma

    perda (se forem negativas).

    Exemplo A)

    1. O stand de automveis vende, a prazo, no dia 15/12/2010, um carro empresaCars&Bikes por 50000. Como a empresa est sediada no Reino Unido necessrio

    efectuar cmbios de moedas. No dia em que celebra o contrato de venda com a

    empresa Cars&Bikes, 1 valia 0.855, pelo que se acorda que o preo a entregar pela

    referida empresa ser 50000*0.855=42750, sendo este o montante registado na

    factura. O carro exportado no mesmo dia da venda, sendo que as despesas de

    transporte ficaram a cargo do cliente.

    2. A empresa Cars&Bikes liquida a sua dvida, transferindo para a conta bancria dostand, as referidas 43750 no dia 20/12/2010. Nesse dia 1 valia 0.9

    Registo dos lanamentos apresentados:

    D C

    1 711/VENDAS DE MERCADORIAS 50000211/CLIENTES C/C 500002 211/CLIENTES C/C 5000012/DEPSITOS ORDEM 47500

    DIFERENAS DE CMBIO DESFAVORVEIS 2500

    Clculos auxiliares: No dia 20/12/2010, 42750=(42750/0.9)=47500

    NOTA. Neste captulo nem sempre sero apresentados os esquemas em T.

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    Conta 1431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS.

    Desta conta fazem parte aces, obrigaes e outros investimentos financeiros temporrios

    que podem facilmente ser convertidos em dinheiro.

    Como sabemos alguns investimentos financeiros tm um grau de risco no desprezvel pelo

    que pode acontecer que existam perdas. Assim, necessrio registar os possveis ganhos ou

    perdas que aconteceram com a venda. Para alm disso, sempre que estes activos financeiros

    transitam de um exerccio para o outro necessrio proceder regularizao que no mais

    que a actualizao do valor destes activos. Para entender, como que se realizam estes

    lanamentos na prtica temos o seguinte exemplo.

    Exemplo B

    1. A empresa MUITODINHEIRO decidiu comprar, no dia 10/10/10 um lote de 1000 acesdo BCP a 0.62 cada e um lote de 500 aces da ZON MULTIMDIA a 2.95 cada. Para

    alm de suportar o preo da compra pagou ainda despesas de corretagem e taxa de

    bolsa no valor de 20

    2. No dia 20/10/10, decide vender 500 aces do BCP. O preo de venda foi 0.75 cada eas taxas de bolsa e as comisses ascenderam ao valor de 7.5.

    3. Com a acentuada queda dos mercados a empresa decide vender todas as aces daZON MULTIMDIA a um valor unitrio de 2.9. A este valor acrescem despesas de

    corretagem e taxas de bolsa no valor de 11

    Para alm de efectuar o registo dos fenmenos patrimoniais acima descritos realize

    tambm o lanamento de regularizao data do Balano sabendo que no dia

    31/12/2010 as aces do BCP valiam 0.6

    D C

    11431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROSBCP 620

    1431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROSZON 1475

    GPF (1)COMISSES E TAXAS DE CORRECTAGEM 20

    12/DEPSITOS ORDEM 2115

    2

    1431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROSBCP (2) 310

    7868/OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS (3) 65

    GPFCOMISSES E TAXAS DE CORRECTAGEM 7.512/DEPSITOS ORDEM 367.5

    31431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROSZON 1475

    6868/OUTROS GASTOS E PERDAS (3) 25

    GPFCOMISSES E TAXAS DE CORRECTAGEM 11

    12/DEPSITOS ORDEM 1439

    (1)Como indicado no inicio do captulo III nem sempre preciso escrever a conta tale qual ela aparece no cdigo de contas. GPFgastos e perdas de financiamento.

    (2) Faz-se o registo multiplicando a quantidade de aces vendidas pelo valor dacompra.

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    (3)Nestes registos o valor a colocar a diferena entre o valor de compra e o valorde venda das aces. Se houver lucro registamos a crdito na conta 7868, se

    houver prejuzo registamos a dbito na conta 6868

    Vamos agora tratar da regularizao do valor das aces.

    A empresa tem, neste momento, 500 aces do BCP que custaram 0.62 cada (valor

    total: 310). No dia 31/12/10 estas aces j s valiam 0.6 cada (valor total: 300) o

    que significa que houve um perda por reduo do justo valor.

    D C

    661/PERDA POR REDUO DE JUSTO VALOR EM INSTRUMENTOSFINANCEIROS

    10

    1431/OUTROS ACTIVOS FINANCEIROSBCP 10

    Contabilizao de inventrios comerciaisSe puderes reparado, at aqui, sempre que registamos uma venda nunca registamos a

    diminuio do stock de mercadorias. Neste captulo vamos explicar porqu.

    Um inventrio o conjunto de bens armazenveis que foram adquiridos ou produzidos pela

    empresa e que se destinam a ser vendidos ou incorporados no processo produtivo.

    Existem dois tipos de inventrios:

    Comerciais: apenas contm mercadorias que foram compradas pela empresa e que sedestinam a ser vendidas, sem que nelas sejam efectuadas alteraes.

    Industriais, a serem estudados mais frente.

    Por agora vamos estudar a contabilizao dos inventrios comerciais.

    Sistemas de inventrio: Uma empresa tem duas formas de saber aquilo que possui em

    armazm. Se adoptar o:

    Sistema de inventrio permanente sabe, a todo o momento, o seu stock demercadorias. Este tipo de inventrio apresenta desvantagens porque no contabiliza

    roubos, sinistros ou perdas de mercadorias. Sistema de inventrio intermitente apenas sabe o seu stock de mercadorias no final do

    ano. Este o mtodo de contabilizao de inventrios mais adoptado pois d

    empresa um registo do que realmente ela tem e no do que contabilisticamente ela

    possui em armazm.

    Esquematicamente temos, numa empresa comercial, o seguinte.

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    Os fluxos financeiros so, ambos, fceis de determinar: O de sada tem a ver com a despesa

    que suportmos para ter o produto no nosso armazm e o de entrada tem a ver com as

    receitas obtidas com a venda do produto.

    O fluxo econmico de entrada tambm facilmente mensurvel assim que a mercadoria

    chega ao armazm. O seu valor inclui preo da compra+impostos que a empresa norecupera+custos de transporte-descontos de natureza comercial.

    O fluxo econmico de sada, que o Custo da mercadoria vendida, que varia conforme o

    sistema de inventrios adoptado. Como j foi dito, se vigorar o sistema de inventrios

    permanente, este fluxo registado sempre que sai mercadoria do armazm. Porm, na maior

    parte das empresas portuguesas este mtodo no fivel porque existem mercadorias que se

    estragam, que so roubadas ou perdidas, adulterando, por isso, o valor do stock. Se o sistema

    de inventrios adoptado for o intermitente s conhecido o valor deste fluxo no final do ano,

    aquando a contagem efectiva do stock em armazm.

    Exemplo C)

    Para por em prtica a distino entre fluxos econmicos e financeiros temos o seguinte.

    A empresa Florlinda vende plantas e flores. Na compra de orqudeas a empresa negociou com

    o seu fornecedor as seguintes condies:

    Preo unitrio: 10 Desconto de quantidade: 5% Despesas de transporte por nossa conta: 50 Desconto de pronto pagamento: 3% Incide IVA taxa de 13%

    A empresa comprou 200 orqudeas Qual o valor do fluxo econmico de entrada? E ao fluxo

    financeiro de sada?

    Custo unitrio = 1950/200 = 9.75

    O fluxo econmico de entrada est calculado. Falta agora calcular o fluxo financeiro de sada.

    Valor

    Valor da mercadoria comprada 1975

    Desconto de pronto pagamento (3%) -59.25

    Sub-total 1915.75

    IVA liquidado taxa de 13% 249.05

    Total das despesas inerentes compra das plantas 2164.80

    O fluxo financeiro de sada assumiu o valor de 2164.80.

    Qtd. Preo unitrio Valor

    200 Orqudeas 10 2000

    Desconto de quantidade (5%) -100

    Custos de transporte 50

    Sub-total 1950

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    No exerccio anterior o desconto de pronto pagamento no influencia o fluxo econmico de

    entrada pois como se trata de um ganho vai ser registado na conta 782/DESCONTOS DE

    PRONTO PAGAMENTO OBTIDOS. Tambm o IVA no influencia o fluxo econmico de entrada

    pois a empresa Florlinda tem o direito a deduzi-lo e por isso vai regist-lo a dbito na conta

    2432/IVA DEDUTVEL.

    Apesar de termos calculado o fluxo financeiro de sada, numa empresa comercial, as

    existncias so contabilizadas ao valor do fluxo econmico de entrada, tambm designado de

    valor de aquisio.

    Vimos como se processa a aquisio de um lote de mercadorias. Se todos os lotes tivessem o

    mesmo preo e se a empresa s comercializasse aquela mercadoria ou seja, se o custo fosse

    estvel - seria fcil calcular o valor dos inventrios e dos fluxos econmicos de sada. Mas isto

    quase nunca acontece. Assim, surge a necessidade de criar mtodos contabilsticos para

    uniformizar a atribuio de valores aos inventrios e aos fluxos de sada.

    Os critrios definidos para valorar as sadas e os inventrios so os seguintes:

    Custo especfico. Cada mercadoria contabilizada ao valor de aquisio. Esta situaopode ser prtica quando tratamos de mercadorias como jias ou carros, mas no se

    pode aplicar, por exemplo, a batatas em que se compram vrios lotes a vrios preos e

    se vende tudo a um mesmo preo.

    Custo mdio ponderado. Neste mtodo somamos todos os valores de aquisio deuma mesma mercadoria (que, apesar disso, foi adquirida a preos diferentes) e

    dividimos pela quantidade de mercadorias compradas. Depois fcil saber que o valor

    dos stocks o nmero de mercadorias multiplicado pelo custo mdio ponderado. LIFO (Last in, first out -> a ltima a entrar a primeira a sair). As empresas que usam

    este mtodo, proibido em Portugal, partem do pressuposto que a mercadoria vendida

    por ltimo foi adquirida em ltimo lugar. As unidades que vo ficando em armazm

    esto valoradas ao valor mais antigo.

    o Exemplo: Compro 10 camisolas por 10 cadao Compro 20 camisolas por 5 cadao Vendo 5 camisolas. Segundo este mtodo vendi 5 camisolas que me custaram

    5 cada, ou seja, do segundo lote.

    FIFO (First in, first out -> a primeira a entrar a primeira a sair). A utilizao destemtodo pressupe que a mercadoria vendida a que estava h mais tempo na

    empresa.

    o Seguindo o exemplo anterior, se vendesse 5 camisolas, considerar-se-ia,contabilisticamente que tinha vendido 5 camisolas que me haviam custado

    10 cada.

    Ateno: Estes dois critrios no implicam que a movimentao fsica de mercadorias seja

    igual movimentao contabilstica, ou seja, apesar de eu ter na contabilidade que vendi as

    camisolas do lote de 10 cada, posso ter vendido as que custaram 5 cada. O importante que

    o valor registado respeite os critrios.

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    Para ajudar na contabilizao do custo das mercadorias vendidas num perodo temos a

    seguinte frmula:

    Existnciasiniciais+ compras = CMV + Perdas/sinistros/roubos + Existnciasfinais

    Exemplo D)

    No incio do ano 2010 a empresa Chocobom tinha 500 de produtos em stock, que equivaliam

    a 100 unidades de caixas de chocolates. A empresa adopta o regime de inventrio

    intermitente.

    Suponhamos que a empresa s se dedica comercializao de um tipo de produto, a tal caixa

    de chocolates.

    Ao longo do ano registaram-se as seguintes operaes.

    1.

    Compra a prazo de 1000 caixas de chocolates a 4.5 cada. IVA taxa de 20%.2. Venda a pronto de 500 caixas de chocolates ao preo unitrio de 7.5. IVA taxa de

    20%

    3. Venda a pronto de 75 caixas de chocolates ao preo unitrio de 10, IVA taxa de 20%4. 100 caixas de chocolate passaram do prazo de validade.

    Muito rapidamente os registos dos fenmenos patrimoniais:

    D C

    1 INVENTRIOS DE MERCADORIAS 4500IVA-DEDUTVEL 900FORNECEDORES C/C 5400

    2 VENDAS 3750IVA-LIQUIDADO 750DEPSITOS ORDEM 4500

    3 VENDAS 750IVA-LIQUIDADO 150CAIXA 900

    4 No se regista este fenmeno porque foi adoptado o regime deinventrios intermitentes

    Calculemos, agora, o resultado das vendas

    Resultado das vendas = VendasCMV

    Lembramos a frmula enunciada atrs: Existnciasiniciais+ compras = CMV + Perdas / sinistros /

    roubos + Existnciasfinais

    Existnciasiniciais=500

    Neste momento necessrio saber que mtodo de valorimetria adoptar. Faremos para os trs

    principais:

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    Custo mdioPreo mdio da caixa de chocolates =

    ( ) ( )

    Existnciasfinais= quantidade final * preo mdio = (100+1000-500-75-100) *4.55=1933.75

    Pegando na frmula temos: 500 + 4500 = CMV + 100*4.55 + 1933.75 (=)

    (=) CMV = 5000-455-1933.75 (=) CMV=2611.25

    Vendas=3750+750=45000

    Resultado das vendas=4500-2611.25=1888.75 em Custo mdio

    FIFOAs existncias so contabilizadas ao custo mais antigo. Assim, sabendo que a quantidade final

    de existncias foi 1100-675=425 unidades, vamos valor-las ao custo mais antigo.

    O lote mais antigo era o das existncias iniciais, que era de 100 unidades. Portanto considera-

    se que esse lote ainda est todo no armazm. O seu valor de 1000. Faltam valorar 325

    unidades. O lote seguinte era de 1000 unidades, por isso vamos valorar estas 325 ao custo

    unitrio das unidades do 2 lote que era de 4,5. 325*4,5=1462.5

    Assim, as existncias finais tm o valor de 1462.5+1000=2462.5

    As caixas que esto fora do prazo de validade so as ltimas a ser contabilizadas, mas ainda se

    inserem no 2 lote. O seu valor de 100*4.5= 450

    Sendo assim, e pegando na frmula temos: 500 + 4500 = CMV + 450 + 2462.5 (=)

    (=) CMV = 5000 - 2912.5 =2087.5

    Resultado das vendas = 4500-2087.5=2412.5 em FIFO

    LIFOAs existncias finais so contabilizadas ao custo mais recente. Assim, vamos valorar as 425

    unidades que restam ao preo unitrio do ltimo lote de mercadorias, cujo preo de aquisio

    foi de 4.5por unidade.

    As existncias finais tm, por isso, o valor de 425*4.5=1912.5

    As caixas que ficaram fora do prazo de validade ainda so contabilizadas ao preo unitrio das

    mercadorias do 2 lote, que era de 1000 unidades. O valor das perdas , ento, de

    100*4.5=450

    Pegando na frmula temos: 500 + 4500 = CMV + 450 + 1912.5 (=) CMV = 5000 - 2362.5 =

    2637.5

    Resultado das vendas = 4500 - 2637.5 = 1862.5 em LIFO

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    Contabilizao de inventrios industriais

    Os inventrios industriais dividem-se em:

    Matrias-primas que se destinam a ser utilizadas no fabrico de outros produtos; Matrias subsidirias que, apesar de indispensveis produo, no aparecem no

    produto final;

    Produtos em curso de fabrico, que ainda no esto prontos para serem vendidos; Produtos acabados; Subprodutos, refugos e desperdcios que resultam da preparao das matrias-primas

    e/ou do processo produtivo;

    Mercadorias que a empresa adquiriu apenas com o intuito de as comercializar.Como podemos ver, o inventrio de uma empresa indica-nos, facilmente, o tipo de empresa

    com que estamos a lidar: industrial ou comercial. Isto porque as empresas comerciais apenas

    possuem mercadorias no seu inventrio, enquanto as industriais possuem uma srie de outrascategorias acima mencionadas.

    Enquanto que numa empresa comercial as mercadorias compradas no sofrem nenhuma

    alterao, numa empresa industrial os produtos comprados (Matrias-primas) so diferentes

    dos produtos vendidos (produtos acabados).

    Temos representado, no esquema seguinte, o que se passa numa empresa industrial

    Quando tratamos dos fluxos econmicos relacionados com o armazm de matrias-primas

    aplicamos as mesmas regras apresentadas para as mercadorias.

    Tudo muda quando se d a transformao das matrias-primas no produto final. Ora, comoeste produto final, para alm de matrias-primas inclui matrias subsidirias, mo-de-obra,

    necessrio calcular o custo de produo.

    Custo de produo = Custos da matria-prima consumida + custos de converso (mo-de-obra

    directa, matrias subsidirias consumidas (gua, electricidade, ) encargos gerais de fabrico

    fixos e variveis (renda da fbrica, amortizaes de factores produtivos, ))

    O custo de converso inclui apenas custos industriais, ligados transformao do produto.

    Para podermos apurar estes custos necessrio dividir os custos da empresa pelas diversas

    funes:

    Industrial/produo;

    Compra de

    matrias-primas

    Venda de produtos

    acabados

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    Comercial; Administrativa; Financeira.

    Normalmente, se for pedido para fazer um exerccio envolvendo esta matria os custos

    aparecem j divididos por funes

    Exemplo E)

    Vamos calcular o custo unitrio do produto KY, produzido pela empresa Siglas.

    Para isso so-nos dadas as seguintes informaes:

    Repartio funcional dos custos da empresa Siglas

    Natureza dos CustosFuno

    TotalIndustrial Comercial Administrativa Financeira

    Fornecimento e servios externos 5000 2000 250 100 7350

    Custos com o pessoal 2500 10000 1500 2000 16000

    Amortizaes do Exerccio 4000 2500 1000 750 8250

    Total 11500 14500 2750 2850 31600

    Outros dados:

    Consumo de matrias-primas: 15000 N de unidades produzidas: 100000 Capacidade mxima de produo: 150000 unidades Custos industriais variveis:

    o Matrias-primas: 15000, como referidoo FSE: 3500o Mo-de-obra: 2000

    Passemos ento a calcular o custo de produo.

    Custo de produo = Consumo de matrias-primas + custos de converso (como referido so

    todos os custos da funo industrial apenas quando utilizamos o mtodo de custeio total) =

    15000 + 11500 = 26500

    Custo unitrio = Custo de produo/n de unidades produzidas = 26500/100000=0.265

    Nos clculos que efectumos no separmos entre custos fixos e custos variveis. Esta

    distino vai ser importante para calcular o custo unitrio do produto segundo diferentes

    mtodos de custeio. Assim:

    Custos fixos: So todos aqueles que a empresa tem de suportar independentementeda quantidade produzida. Exemplos: Renda de edifcios, aluguer do contador da gua,

    depreciaes de mquinas com o tempo

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    Custos variveis: So todos aqueles que, como o nome indica, variam consoante aquantidade produzida. Exemplo: Matrias-primas, mo-de-obra.

    Agora vamos introduzir as diferentes tcnicas de custeio que a empresa pode adaptar:

    Custeio Total: Inclui a totalidade dos custos fixos e variveis Custeio Varivel ou directo: Apenas se incluem os custos variveis Custeio Racional: Inclui os custos variveis todos e os custos fixos so includos tendo

    em conta a capacidade mxima de produo, ou seja, quanto maior for a produo,

    maiores vo ser os custos fixos includos.

    No exemplo E) calculmos o valor do custo unitrio utilizando o mtodo de custeio total.

    Agora, com a ajuda dos seguintes dados, vamos calcular o custo unitrio utilizando o mtodo

    de custeio Varivel e Custeio Racional.

    Clculo do custo unitrio utilizando:

    Mtodo de custeio varivel/directo.Custos variveis = 15000 + 3500 + 2000 = 21000

    Custo de produo segundo mtodo de custeio varivel = Custos variveis

    Custo Unitrio = 21000/100000=0.21

    Mtodo de custeio racional.Qual a percentagem da capacidade produtiva utilizada?

    Grau de utilizao da capacidade = unidades produzidas/capacidade total = 100000/150000

    =66,7 %

    Assim, vo ser contabilizados todos os custos variveis mais 66,(6)% dos custos fixos, que so:

    o FSE=5000-3500=1500 x 0.66(6) = 1000o Mo-de-obra=2500-2000=500 x 0.66(6) = 333.33o Amortizaes=4000 x 0.66(6) = 2666.67

    Custo de produo segundo mtodo de custeio racional = custos variveis + custos fixos naproporo da capacidade de produo utilizada (66,(6)% neste caso)

    Custo de produo=21000+1000+333.33+2666.67=25000

    Custo unitrio do produto=25000/100000=0.25.

    Como podemos ver o custo unitrio do produto maior quando se utiliza o mtodo de custeio

    total. O mtodo de custeio racional d-nos um custo unitrio maior do que aquele que

    obteramos se utilizssemos o mtodo de custeio varivel.

    Agora que podemos definir os custos unitrios dos produtos deparamo-nos com outroproblema: Os custos no se mantm constantes. Se na ltima semana de 2010 eu conseguia

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    produzir toalhas de banho a 5, em 2011, com o aumento das matrias subsidirias (luz, gua,

    ) o custo unitrio de produo pode eventualmente subir para 5,5. Assim, definem-se lotes

    de produo em que os produtos que foram produzidos dentro desse lote tm todos o mesmo

    custo unitrio. Apesar de estar resolvido o problema da forma como valorizamos as

    existncias, ou seja, sabemos o valor dos produtos que vo para o armazm de produtos

    acabados deparamo-nos com o mesmo problema dos stocks comerciais. Como custear as

    sadas de produtos (os fluxos econmicos de sada), ou seja, qual o custo dos produtos

    vendidos?

    A soluo para este problema passa por adoptar um dos quatro mtodos de custei j

    apresentados:

    Custo especfico (aplicvel a produtos individualizados, de alto valor, por exemplo jiase carros)

    Custo mdio ponderado. O custo de cada unidade determinado a partir da mdiaponderada do custo de todas as unidades existentes em armazm.

    LIFO (Last in, First Out): Os produtos que ficam em armazm so valorizados ao customais antigo.

    FIFO (First in, First Out): Os produtos que ficam em armazm so valorizados ao customais recente.

    Aconselha-se a reviso do exemplo E) Para alm disso deixamos aqui algumas frmulas que

    podem ser teis:

    Existncias iniciais de produtos + produo=Produtos vendidos + Existncias Finais de produtos

    Existncias iniciais de mercadorias + Mercadorias compradas = Mercadorias utilizadas na

    produo + Existncias finais de mercadorias.

    Recomenda-se, para sistematizar a matria relativa a inventrios, a resoluo dos exerccios 1,

    2, 3 e 4 do captulo IV.

    Contas a receber e a pagarNo incio do captulo IV vimos como se registavam transaces que envolvessem taxas de

    cmbio. Nos slides esta matria apenas aparece explicada neste momento. Assim, apenas

    vamos acrescentar um resumo.

    No exemplo A) a taxa de cmbio no estava fixada, sendo que o carro foi vendido taxa de cmbio do dia. Se ambas as empresas acordarem, pode ser negociada com o

    banco uma taxa de cmbio fixa. Se assim acontecer no h risco de a moeda

    desvalorizar muito e assim o fornecedor d o produto/mercadoria sabe sempre quanto

    que vai receber na moeda do seu pas. Se utilizarmos a taxa de cmbio fixa no

    preciso regularizar o valor da conta Clientes c/c data do balano.

    Por outro lado, se data do balano o cliente ainda no tiver saldado a dvida necessrio proceder regularizao das perdas ou ganhos (sobre regularizaes

    consultar Exemplo B) na pgina 32.

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    Apesar da explicao fundamental estar presente na sebenta, podem consultar maisesclarecimentos sobre este ponto da matria nos slides 56 a 75 do captulo IV, 1

    parte.

    Clientes de cobrana duvidosa

    Nos nossos dias prtica generalizada que uma empresa venda produtos a prazo, isto ,

    permite ao seu cliente que pague num prazo alargado de 30, 90 ou 180 dias, por exemplo.

    Apesar de ser benfico para as vendas, porque os clientes compram mais por terem facilidades

    de pagamento, isto traz um problema: Alguns clientes no pagam o que compraram. Surge,

    assim, a necessidade de registar estes valores numa conta de perdas: 6511/PERDAS POR

    IMPARIDADE EM DIVIDAS A RECEBER DE CLIENTES.

    Porm, no se passa logo da conta 211/CLIENTES C/C para a conta anteriormente enunciada.

    H uma conta onde so registados os crditos de cobrana duvidosa: 217/CLIENTES

    COBRANA DUVIDOSA. Esta conta no est no cdigo de contas, mas escrever s o nome j considerado correcto, no preciso, como j foi dito, decorar a designao exacta das contas.

    Quando que um crdito a clientes se torna de cobrana duvidosa?

    H duas formas de analisar os crditos de cobrana duvidosa.

    1. Percentagem das vendas estimadasSegundo este mtodo, deve-se elaborar uma taxa mdia de cobrana duvidosa baseada em

    exerccios anteriores. No final do ano, depois de apurado o valor das vendas, aplica-se essa

    taxa sobre o valor vendido, obtendo-se assim o valor dos crditos de cobrana duvidosa.

    2. Antiguidade dos saldosA empresa define intervalos temporais e atribui a cada um a probabilidade de receber. Para

    alm desta probabilidade depender da antiguidade da dvida pode tambm depender do valor

    e do cliente. No quadro seguinte est apresentada uma combinao inventada, que no deve

    ser levada como regra, de probabilidades de receber o montante em dvida tendo em ateno

    a antiguidade (em dias) e o valor da dvida (em ):

    Valor

    Antiguidade

    [0;1000[ [1000;5000[ [5000;10000[ 10000

    [0;30[ 98% 97% 96% 95%

    [30;90[ 95% 93% 91% 89%

    [90;180[ 90% 85% 80% 77%

    [180;360[ 80% 80% 75% 70%

    360 60% 70% 70% 65%

    Quando que uma dvida se torna uma perda por imparidade acumulada?

    Sempre que se chega ao final de um exerccio ou se tem a certeza que a dvida incobrvel

    deve-se saldar a conta clientes cobrana duvidosa e transferir o seu valor para a contaCLIENTESPERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS

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    Exemplo F)

    No dia 31/12/2010 nossa empresa, RITU tem dois clientes com dvidas contradas:

    A empresa XPTO deve 1200. Esta dvida foi contrada h 200 dias.

    A empresa VAIFALNCIA deve 9000 nossa empresa. Esta dvida foi contrada na semana

    passada.

    Vamos realizar os lanamentos de regularizao pelo:

    Mtodo das percentagens das vendas estimadasPara a resoluo por este mtodo -nos dito, com base no histrico das dvidas, que 5% das

    dvidas so de cobrana duvidosa.

    D C

    211/CLIENTES C/C 5%*(1200+9000) =510217/CLIENTES COBRANA DUVIDOSA 510

    Mtodo da Antiguidade dos SaldosUtilizemos o quadro dado como exemplo acima.

    A probabilidade de e empresa XPTO no pagar de 100%-80%=20%

    Assim, vamos registar 20%*1200=240

    A probabilidade da empresa VAIFALNCIA no pagar de 100%-96%=4%

    Assim, vamos registar 4%*9000=360

    D C

    211/CLIENTES C/C 600

    217/CLIENTES COBRANA DUVIDOSA 600

    Sabemos agora que a empresa VAIFALNCIA foi falncia e a nossa empresa no tem direito

    a receber nada da dvida que a empresa tinha para connosco. Assumindo que se est a adoptaro mtodo da antiguidade dos saldos efectue o registo deste fenmeno patrimonial.

    D C

    211/CLIENTES C/C 8640

    217/CLIENTES DE COBRANA DUVIDOSA 360

    219/CLIENTESPERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS 9000

    Aconselha-se a resoluo do exerccio n5 e 6 do captulo IV

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    Investimentos

    Investimento todo o recurso detido pela empresa com carcter de continuidade cuja funo

    ajudar a rentabilizar o patrimnio e no ser comercializado nem transformado.

    Como j sabemos existem diversos tipos de investimentos:

    Activos Fixos Tangveis;Tudo o que palpvel e til empresa no ciclo operacional normal. Ex: carro, edifcio. Para

    alm dos activos que so propriedade da empresa fazem tambm parte deste grupo os activos

    detidos em Locao financeira, isto , que no estando registados em nome da empresa so

    controlados pela empresa (relembrar definio de activo).

    A sua aquisio registada pelo valor de compra acrescido do valor das despesas que a

    empresa teve para ter o activo pronto a ser integrado no ciclo operacional normal, isto ,

    custos de transporte, instalao, direitos de importao,

    o Activos detidos em regime de locao financeiraO que uma locao financeira?

    Esquematicamente temos:

    Normalmente tudo comea com o Locatrio, que, necessitando de adquirir um certo bem mas

    no tendo disponibilidades para sustentar a sua compra, se dirige a uma empresa que se

    dedique locao financeira e diz que est interessado em adquirir o bem X. O Locador paga o

    valor desse bem ao Vendedor. Apesar disso o Locatrio que fica com o usufruto do bem

    tendo, em contra-partida, de pagar uma renda ao Locador, que o proprietrio do bem.

    Este processo todo um contrato com as seguintes caractersticas:

    O bem locado escolhido/encomendado pelo locatrio; O locador mantm a propriedade jurdica do bem durante o perodo do contrato; O locatrio, enquanto pagar as rendas e cumprir as clusulas contratuais, tem direito a

    usufruir do bem.

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    Normalmente o perodo de locao corresponde ao perodo de vida econmica dobem locado, sendo que na maioria das vezes o locatrio pode adquirir juridicamente o

    bem por um valor simblico.

    Para entender como se regista, contabilisticamente, um contrato de locao temos o exemplo

    seguinte.

    Exemplo G)

    A empresa Cheiros&Odores adquiriu uma viatura comercial em regime de locao financeira

    atravs da celebrao de um contrato com a locadora Locus&Horus. O valor de compra do

    veculo foi 15000 e a vida til estimada de 5 anos, por isso o contrato tem a durao de 5

    anos. A taxa de juro acordada foi de 4% e as prestaes so mensais antecipadas.

    O plano do pagamento das rendas durante o primeiro semestre o seguinte

    N prestao Valor em dvida noincio do Perodo

    Prestao Juros Reembolsode capital

    Capital em divida nofim do perodo

    1 15,000 274.86 0 274.86 14,725

    2 14,725 274.86 48.21 226.66 14,498

    3 14,498 274.86 47.46 227.40 14,271

    4 14,271 274.86 46.72 228.14 14,043

    5 14,043 274.86 45.97 228.89 13,814

    6 13,814 274.86 45.22 229.64 13,584

    1) Registo inicial do Contrato2) Registo do pagamento da 1 prestao por transferncia bancria (acresce IVA taxa

    de 21%). (Apenas inclui reembolso do capital)

    3) Registo do pagamento da 2 prestao por transferncia bancria acresce IVA taxade 21%). (Para alm do reembolso do capital inclui juros)

    D C

    1 434/AFTEQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE 150002513/FINANCIAMENTOS OBTIDOS DE LOCADORA FINANCEIRA 150002 12/DEPSITOS ORDEM 332.582513/FINANCIAMENTOS OBTIDOS DE LOCADORA FINANCEIRA 274.86

    2432/IVA DEDUTVEL 57.72

    3 12/DEPSITOS ORDEM 332.582513/FINANCIAMENTOS OBTIDOS DE LOCADORA FINANCEIRA 226.666911/GPF - JUROS SUPORTADOS RELATIVOS A FIN. OBTIDOS 48.21

    2432/IVA DEDUTVEL 57.72

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    o Locao OperacionalAo contrrio d alocao financeira, neste tipo de contrato o bem no registado como AFT,

    mas sim como fornecimento de servios externos. Isto porque a locao operacional apenas

    pressupe que a empresa locatria pode servir-se do bem mas no tem controlo total sobre

    ele, uma vez que a empresa locadora que o controla. Ex: aluguer de carro em que aempresa locadora que controla a manuteno, os Kms que podem ser feitos, os seguros,

    o Valorizao de Activos Fixos Tangveis.Vamos agora estudar o registo contabilstico das valorizaes dos AFT. Para isso apenas

    utilizaremos um exemplo.

    Exemplo G)

    -A empresa FrutaBoa decidiu efectuar uma plantao de oliveiras num terreno. O terreno,

    avaliado em 100000 j era propriedade da empresa.

    1) A empresa compra 100 Oliveiras a 5 cada. A este valor acresce IVA taxa de 6%. O

    Pagamento realizado por transferncia bancria.

    2) Os custos de transporte ascenderam a 50 (IVA taxa de 21%). O pagamento realizado em

    numerrio.

    3) Os custos relacionados com a preparao do terreno e plantao das rvores por tcnicos

    especializados em oliveiras ascenderam a 500 (IVA Taxa de 21%).O Pagamento realizado

    em numerrio.

    4) Passados 5 anos a empresa decide vender o olival a uma indstria produtora de azeite que

    pretende comear a produzir azeitonas. O preo da Venda foi de 140000. Os gastos

    relacionados com a transaco de conta da empresa FrutaBoa ascendem a 500. Os fluxos

    monetrios so realizados por transferncia bancria.

    o Desvalorizao de Activos Fixos tangveisA situao mais normal que um AFT se desvalorize pois possui vida til limitada. Por

    exemplo, um carro vale menos com 100000 KM feitos do que com 100 KM. A explicao decomo contabilizar uma situao de desvalorizao ser feita no exemplo seguinte.

    D C

    12

    3

    436/AFT-EQUIPAMENTOS BIOLGICOS 5550

    2432/IVA DEDUTIVEL 6%*5000+21%*550=415.5

    12/DEPSITOS ORDEM 5300

    11/CAIXA 665.54 436/AFTEQUIPAMENTOS BIOLGICOS 5500

    431/AFTTERRENOS 100000

    56/EXCEDENTES DE REVALORIAZO 34500

    681/IMPOSTO SOBRE TRANSAO 500

    12/DEPSITOS ORDEM 139500

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    Exemplo H)

    1) No dia 1/6/2009 a empresa NB compra um computador porttil cuja vida til de doisanos. O custo de aquisio foi de 1200; o pagamento foi efectuado em numerrio.

    Acresce IVA taxa de 21%

    2) A 31/12/2009 a empresa quer revalorizar o computador. As amortizaes so feitassegundo o regime de duodcimos.

    O computador tem, portanto, vida til de 24 meses. A cada ms que passa este equipamento

    desvaloriza 1200/24=50.

    D C

    1 AFT-EQUIPAMENTO BSICO 1200IVA-DEDUTVEL 25211/CAIXA 1452

    2438/AFT-DEPRECIAES ACUMULADAS (7 MESES) 350

    AFT-EQUIPAMENTO BSICO 350Assim, no final de 2009 o computador tem um valor de 1200-350=850.

    Recomenda-se a resoluo do exerccio 7 e 8 do captulo IV

    Activos Fixos Intangveis;Activos sem substncia fsica detidos pela empresa que so teis empresa na realizao das

    suas actividades. Ex: Software (no confundir com suporte do software, isto , CDs ou DVDs,

    por exemplo), direitos de imagem, trespasses, licenas.

    A aquisio destes activos registada no no valor do custo do activo propriamente dito, mas

    sim no valor que a empresa teve que suportar para ter o activo em funcionamento. Isto pode

    incluir o prprio preo da compra, impostos no reembolsveis, servios tcnicos de

    instalao.

    Recomenda-se a resoluo do exerccio 9 do captulo IV

    Instrumentos Financeiros.Aplicaes financeiras de carcter permanente, isto , ao contrrio dos ttulos que se incluem

    na classe dos meios financeiros lquidos, que so de curto prazo, os investimentos que se

    incluem na conta 41/INVESTIMENTOS FINANCEIROS so de mdio/longo prazo e so,

    frequentemente, de natureza estratgica

    Existem dois tipos de instrumentos financeiros:

    o Instrumentos de dvida: Obrigaes e emprstimos concedidos a empresas; istosignifica que o objectivo destes instrumentos apenas possuir juros provenientes

    do emprstimo. O registo destes fenmenos semelhante ao dos instrumentos

    financeiros. Consultar pgina 31 desta sebenta.

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    o Instrumentos de capital so participaes financeiras no capital de outrasempresas (aces ou quotas). O interesse destes instrumentos sobretudo

    estratgico. Isto acontece porque, por exemplo, uma empresa de produo de

    folhas de papel pode ter controlo parcial sobre uma papelaria.

    Estes instrumentos financeiros podem ser divididos em grupos:

    Quando falamos em participaes no capital de uma empresa, esta pode ser directa e/ou

    indirecta, isto :

    o Uma empresa A pode possuir directamente 60% de outra empresa B, neste caso, filial.o Uma empresa A pode possuir:

    Directamente 30% da empresa B Indirectamente outros 30%. Como? Possuindo 50% de uma empresa C. Se a

    empresa C possuir 60% da B, ento a empresa A possui, indirectamente,

    50%*60%=30% da empresa B

    Quando estamos a registar fenmenos patrimoniais relativos a empresas adoptamos asmesmas regras que utilizamos para os activos financeiros correntes (consultar pgina 31 desta

    sebenta).

    Relativamente aos investimentos em empresas associadas ou filiais, no abordaremos esse

    ponto da matria na sebenta. Podem, porm, se acharem necessrio, consultar as pginas 733

    a 740 do livro ECG e os slides 44 a 48 do captulo IV Investimentos.

    Participaes nocapital podemser em:

    Empresas filiaisou do grupo

    Participao no capitalsuperior a 50% e logoexiste controlo total sobrea empresa

    Empresasassociadas

    Participao no capitalentre 20% e 50%. Existealgum controlo sobre aempresa.

    Restantesempresas

    Participao no capitalinferior a 20%, existindopouco controlo. Oprincipal objectivo nestescasos a obteno deganhos

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    Operaes de fim de exerccio.No final de cada exerccio, que, por norma, coincide com o final de cada ano, necessrio

    realizar operaes que tm em vista, por um lado rectificar os registos patrimoniais ao longo

    do ano (depreciaes, perdas, gastos,) e por outro lado a elaborao de documentos como o

    balano, demonstrao de resultados, que dem conta da situao e evoluo da empresadurante esse exerccio.

    Assim, chegado o final do exerccio, a empresa agrega todos os registos de fenmenos

    patrimoniais realizados durante um ano num documento chamado Balancete Provisrio. Neste

    documento possvel ver os saldos das contas num determinado momento, no

    necessariamente no final do ano. Porm os valores contidos neste balancete quase nunca

    esto correctos pois existem, durante o ano, perdas, depreciaes e outros fenmenos

    patrimoniais que no so contabilizados. Aps a rectificao do balancete provisrio obtemos

    o balancete rectificado. Com o Balancete rectificado apuramos os resultados do perodo, para

    depois elaborar o Balano e proceder aos lanamentos de encerramento e abertura de contas.

    Que tipos de rectificaes tm de ser feitas para obtermos o Balancete Rectificado?

    a) Rectificar os inventrios (s vamos abordar inventrios de empresas comerciais)b) Registar as amortizaes e depreciaes do perodoc) Apurar os ajustamentos e imparidades;d) Apurar os acrscimos e diferimentose) Apuramento dos resultados

    a) Rectificao de inventriosSe ao longo do ano a empresa no tiver registado as compras na conta inventrios

    necessrio proceder aos registos indicados no quadro abaixo no lanamento 1.

    Se tiver vindo a registar as compras como inventrios no momento da aquisio no

    necessrio efectuar o referido registo.

    Aps este passo inicial procede-se, se estivermos em regime de inventrio Intermitente

    necessrio proceder:

    2) Ao apuramento do custo da mercadoria vendida.3) Contagem do stock que leva ao apuramento e lanamento das regularizaes de

    existncias (no exemplo supe-se que houve perdas de mercadoria)

    4) Transferncia do saldo das regularizaes de existncia para Inventrios/MercadoriasD C

    1 311/COMPRAS DE MERCADORIAS X32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS X2 CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA Y32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS Y3 68/OUTROS GASTOS E PERDAS Z382/REGULARIZAO DE INVENTRIOS DE MERCADORIAS Z4 382/REGULARIZAO DE INVENTRIOS DE MERCADORIAS Z32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS Z

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    Assim, o valor das existncias finais de X-Y-Z, se estivermos a utilizar o sistema de inventrios

    intermitentes.

    Se a empresa trabalhar em sistema de inventrio permanente, apenas se tm que efectuar os

    lanamentos 1 e 4, pois o custo da matria vendida apurado ao longo do ano, bem como a

    conta de regularizaes.

    Exemplo H)

    Relativamente s mercadorias so apresentados, no balancete provisrio, os seguintes valores:

    Saldo Devedor Saldo Credor

    32/INVENTRIOS 3000

    311/COMPRAS DE MERCADORIAS 10560

    684/OUTROS GASTOS E PERDASINVENTRIOS 720

    Aps a contagem dos stocks verificou-se a existncia, em armazm, de 2010 em mercadorias.

    Registo dos fenmenos patrimoniais com respectivas rectificaes:

    CMV = Existncias iniciais + ComprasperdasExistncias finais

    CMV= 3000 + 10560 -720 - 2010 = 10830

    D C

    311/COMPRAS DE MERCADORIAS 10560

    32/INVENTRIOS 10560

    611/CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 10830

    32/INVENTRIOS 10830

    684/OUTROS GASTOS E PERDASINVENTRIOS 720

    382/REGULARIZAO DE INVENTRIOS DE MERCADORIAS 720

    382/REGULARIZAO DE INVENTRIOS DE MERCADORIAS 720

    32/INVENTRIOS DE MERCADORIAS 720

    Podemos agora rectificar as contas

    Dbitos CrditosSaldos

    Devedores Credores

    COMPRAS DE MERCADORIAS 10560 10560INVENTRIOS 13560 11550 2010

    CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA 10830 10830

    MERCADORIAS REGULARIZAO DEINVENTRIOS

    720 720

    PERDAS POR IMPARIDADE EM INVENTRIOS 720 720

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    b) Depreciaes ou amortizaes dos activos no correntesO termo depreciao aplica-se a AFT pois verifica-se um gasto do equipamento que no vale

    tanto hoje como valia no dia da sua compra. Os terrenos so excepo, pois um terreno nuncaperde valor, mas por exemplo, se considerarmos uma mquina com vida til de 4 anos, ela vai

    valendo cada vez menos ao longo do tempo at que chega a um ponto em que se torna

    obsoleta. As amortizaes tm como objectivo reflectir estas perdas de valor e dividir as

    perdas/gastos destes activos pelos exerccios em que estes sejam teis empresa.

    Os registos destes fenmenos patrimoniais so registados da seguinte forma:

    D C

    642/GASTOS DE DEPRECIAO DE ACTIVOS FIXOS TANGVEIS X

    438/AFTDEPRECIAES ACUMULADAS X

    J no que diz respeito aos activos intangveis, utilizamos o termo amortizaes, pois apenas

    interessa dividir o custo do activo pelos exerccios em que utilizado ao servio da empresa e

    actualizar, se possvel, o seu valor de mercado.

    Por agora interessa saber por que valores vamos amortizar os activos, uma vez que as

    movimentaes das contas so iguais s apresentadas s mudando o nome das contas (642

    passa a 643/GASTOS DE AMORTIZAO DE ACTIVOS INTANGVEIS e 438 a 448/AI -

    AMORTIZAES ACUMULADAS.

    Para determinar este valor precisamos de:

    Determinar a vida til do activo Calcular o valor amortizvel Escolher um mtodo de dep