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NÚMERO 26 /// FEVEREIRO 2011 FOLHA VIVA REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA Impresso em papel reciclado ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS Plano Estratégico da Mata da Machada | Ruído Ambiental

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Page 1: REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA … · aposta, a programação de atividades sobre a preservação do meio ambiente, realizadas pelo Espaço Criança “O Mercadi-nho”,

NÚMERO 26 /// FEVEREIRO 2011

FOLHA VIVA

REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTALDA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINA

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ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTASPlano Estratégico da Mata da Machada | Ruído Ambiental

Page 2: REVISTA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA … · aposta, a programação de atividades sobre a preservação do meio ambiente, realizadas pelo Espaço Criança “O Mercadi-nho”,

EDITORIAL

Olá,A educação ambiental começa pelos mais novos e é nesse senti-do que temos desenvolvido e apoiado projetos de sensibilização para a proteção e preservação de um meio ambiente melhor apelando, assim, a uma qualidade de vida e bem-estar mais saudáveis.

São muitos os projetos desenvolvidos pelos alunos do ensino secundário, no âmbito da área projeto, como por exemplo o levantamento botânico da Mata da Machada feito por alunos da Escola Secundária Augusto Cabrita. Também, tem sido uma aposta, a programação de atividades sobre a preservação do meio ambiente, realizadas pelo Espaço Criança “O Mercadi-nho”, pelo Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Coina, entre outros projetos como os Espaços Vivos, dedicado essencialmente às crianças do Jardim de Infância, pré-escolar e 1º Ciclo.

Recordo que há bem pouco tempo a autarquia desenvolveu o concurso sobre as figuras de Natal ecológicas, expostas no Hospital da Nossa Senhora do Rosário. Podemos encontrar a fotorreportagem da iniciativa, na rubrica “Paisagens”, deste mesmo boletim. Este projeto é o exemplo de como a criatividade pode ser um meio importante para reutilizar desperdícios sem usar recursos financeiros, envolvendo a comunidade educativa do concelho.

Também a salubridade das águas fluviais tem sido uma preo-cupação da Câmara Municipal do Barreiro. Como é de conhe-cimento geral, o rio Tejo já foi um recurso de rendimento para os Barreirenses, onde a atividade piscatória era uma fonte de subsistência. Com o tempo, foi ficando cada vez mais poluído. Hoje voltamos a ter esperança de inverter esta situação e com a ajuda da ETAR Barreiro/Moita, podemos novamente usufruir do rio através de atividades económicas, sociais e de recreio e ainda melhorar a flora e fauna aquática. Aqui, “Nada se cria, nada de perde, tudo se transforma”.

E como 2011 é o Ano Internacional das Florestas, proclama-do pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com o tema central “Floresta para Todos”, é fundamental sensibili-zar para a gestão, conservação e de-senvolvimento sustentável de todos os tipos de florestas, e no concelho temos a principal responsabilidade de proteger o “pulmão da cidade”, a Mata da Machada.

O Mundo é teu. Protege-o!

FICHA TÉCNICA

CÂMARA MUNICIPAL DO BARREIRORua Miguel Bombarda2830-355 Barreirowww.cm-barreiro.pt

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DA MATA DA MACHADA E SAPAL DO RIO COINATel.: 212 153 114 - Tel./Fax: 212 141 186E-mail: [email protected]

Coordenação de Edição e Redação:Divisão de Sustentabilidade Ambiental

Design e Paginação: Rostos da Cidade Impressão: Tipografia Belgrafica - Rua da Corça - Alhos Vedros

Depósito legal n.º 288714/10 - Data de Edição: fevereiro de 2011

caminhos

REGINA JANEIROVereadora do Desporto, Associativismo e Cultura; Intervenção Social e Educação; [email protected]

2

Almanaque

FEVEREIRO

Lua Nova – dia 3 às 02h30m Quarto Crescente – dia 11 às 07h18m Lua Cheia – dia 18 às 08h35m Quarto Minguante – dia 24 às 23h26m Quando fevereiro não tem grande frio, o vento dominará até ao estio.

MARÇO

Lua Nova – dia 04 às 20h45m Quarto Crescente – dia 12 às 23h44m Lua Cheia – dia 19 às 18h10m Quarto Minguante – dia 26 às 12h07m

Nasce erva em março, ainda que lhe dêem com um maço.

FEVEREIRO

02 Dia Mundial das Zonas Húmidas14 Dia dos Namorados2 1 Dia Internacional da Língua Materna

MARÇO

08 Dia Internacional da Mulher Carnaval19 Dia do Pai21 Dia Mundial da Árvore e da Floresta Dia Mundial da Poesia22 Dia Mundial da Água27 Dia Nacional do Dador de Sangue

Datas aassinalar

FEVEREIRO S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MARÇO

S T Q Q S S D 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

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CONCURSO “FIGURAS DE NATAL ECOLÓGICAS”Como já é habitual, o Centro de Educação Ambiental (CEA) promoveu uma atividade de Natal, dirigida à Comunidade Educativa do concelho. Este ano, o Concurso “Figuras de Natal Ecológicas” lançava o desafio da criação de elementos associados à quadra, a partir da reutilização de materiais.

De 17 de dezembro a 9 de janeiro, os 31 trabalhos estiveram em exposição no Hos-pital Nossa Senhora do Rosário, que se as-

sociou à Autarquia, recebendo esta mostra que coloriu e embelezou um espaço onde passam diariamente muitos profissionais, utentes e visitas.

Os premiados com material escolar no valor de ¤500, foram (de acordo com 3 escalões diferentes): JI nº1 do Alto do Seixalinho (Jardins de Infância e 1º Ciclo); Escola Secundária de Santo André (Ensino Básico 2+3 e Ensino Secundário); Serviço

de Pediatria do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo (Entidades Conexas). Foram ainda distinguidos com Menções Honrosas os tra-balhos da EB1/JI dos Fidalguinhos, EB1/JI nº 1 do Lavradio, Externato “O Início” e CAIC.

O júri não pode deixar de referir que “todos os trabalhos estavam muitos bons, reve-lando muita criatividade e empenho”, tendo sido difícil a escolha dos vencedores.

paisagens 3

Click !!! Foto Reportagem

Externato "O Início" - Menção Honrosa CAIC - Menção Honrosa

EB1/JI nº 1 Lavradio - Menção Honrosa

Exposição

Entrega de prémios JI nº 1 Alto do Seixalinho - prémio 1º EscalãoEsc. Sec. St. André - prémio 2º Escalão

EB1/JI Fidalguinhos - Menção HonrosaUnidade de Pediatria (HNSR)- prémio 3º Escalão

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Centro de Educação Ambiental

UM ANO DE NOVIDADES

Por se comemorar também o Dia da Árvore no dia 21, o CEA preparou um conjunto de atividades dirigidas ao público escolar, com o intuito de sensibilizar para a importância da floresta e da sua preservação, neste que é o Ano Internacional das Florestas, declarado pelas Nações Unidas.

Ser uma referência ao nível da educação ambiental, condu-zida pela qualidade do serviço prestado e pela excelência no desenvolvimento de uma consciência ambiental ativa e de uma cidadania responsável.

Conceber e implementar ações de educação e sensibilização ambiental junto da população, promovendo uma consciência ambiental crítica e a adoção de comportamentos ecológicos. Dar a conhecer a Mata da Machada e o Sapal do Rio Coina, e promover a sua preservação através da vivência e partilha de experiências de caráter ambiental.

•  Transparência• Ética• Princípio do interesse público• Responsabilidade social• Partilha de experiências e saberes• Cidadania• Desenvolvimento sustentável

Visão

Missão

Valores

‘Ajude-nos a mantera Mata da Machada limpa!’Campanha de SensibilizaçãoA Associação dos Amigos da Mata da Machada, Asso-ciação Cívica de Defesa deste nosso espaço florestal, está de volta e precisa de si.Na sequência da Ação decorrida a 24 de outubro, a AAMM lançou uma Campanha de Sensibilização no final de 2010, para que toda a população dê o seu contributo para podermos usufruir de uma Mata Nacional da Machada limpa.

Alguns cartazes estão colocados não só à entra-da como também no interior deste espaço verde do concelho, com exemplos fáceis de como proceder.Junte-se a nós na rede social Facebook e deixe as suas sugestões/opiniões nas nossas mensagens, bem como a sua intenção de ser nosso sócio.

TORNE-SE SÓCIO DA AAMM.

Para informações, contacte:[email protected]

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Dia 21 de março assinala-se um ano sobre a re-abertura do CEA, com novas valências e oferta de um programa ambiental mais vasto e diversi-ficado. Foi também a data em que mais de 35 entidades, representantes de variadas áreas, firmaram com a Autarquia o Acordo de Parceria Local.

No âmbito deste Acordo, muitas foram as atividades que tiveram lugar no CEA e na Mata da Machada, em estreita colaboração entre parceiros, revelando o interesse comum de partilha deste espaço e de criação de novos projetos e ações que divulguem a Mata da Machada e Sapal do Rio Coina, bem como toda a sua riqueza natural.

Após um percurso de quase 6 anos, foram redefinidos e devidamente formalizados a missão, visão e valores do CEA, que aqui apresentamos para conhecimento de todas as partes interessadas.

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projeto escola 5

Olhando de relance para o local, pouco mais veremos que um lamaçal. Contudo, a beleza aparece de manhã bem cedo, altura em que se pode observar uma enorme diversidade de fauna. No local, a quantidade e variedade de aves (que representam a maioria da fauna) durante a época migratória é impressionante, o que se deve ao fato de o Sapal constituir uma parte principal da rota de voo de milhares de aves. A flora é diversificada, mas muito caraterística e bem adaptada às condições particulares de humidade e salinidade.

Situado em Vale de Zebro, do lado oposto à Mata Nacional da Machada, é um local tran-quilo e pouco conhecido dos Barreirenses.De um modo geral, um sapal é um ecossis-tema de grande importância ecológica, uma vez que funciona como uma “ETAR natural”, filtrando os materiais poluentes do ar e da água. É também o berço de muitas espécies, sobretudo aves que se deslocam ao sapal na época de reprodução para procriarem. Além disso, constitui uma zona de alimentação e de refúgio. Por isso, o nosso Sapal é um

paraíso para os observadores de aves. Os Sapalianos da Escola Secundária Augusto Cabrita (E.S.A.C), em colaboração com o CEA, no âmbito da Área de Projeto (12ºano) estão a desenvolver atividades com a finalidade de divulgar a biodiversidade e especificidade do Sapal do Rio Coina, enquanto zona húmida no concelho.

Temos agendadas atividades a desenvolver na nossa escola e no Sapal como: saídas de campo; análise às águas do Sapal (em cola-boração com a Simarsul); uma palestra aberta à comunidade escolar com a participação do Engº Nuno Cabrita e outras entidades; jogos de identificação de espécies; exposições fo-tográficas; comemoração do Dia das Zonas Húmidas (2 de fevereiro); ação de limpeza no Sapal e ainda a participação no projeto Coastwatch.

Um dos pontos essenciais do nosso projeto é a construção de um herbário com as es-pécies mais representativas do Sapal, com a finalidade de fazer uma caraterização geral

da flora da região. No blog sapaldecoina.blogspot.com é possível encontrar toda a informação sobre o nosso projeto e atividades que vamos desenvolver ao longo do ano letivo.

Esperamos que este nosso projeto possa ser útil para futuros trabalhos sobre o Sapal e que sensibilize a nossa comunidade escolar e os Barreirenses para a importância deste ecossistema e sua preservação.

OS SAPALIANOSEscola Secundária Augusto Cabrita

SAPAL DO RIO COINA

Como alunos do 12º ano da Escola Secundá-ria Augusto Cabrita, constituímos um grupo de trabalho na disciplina de Área de Projeto, onde estamos a desenvolver um projeto bastante ambicioso e dinâmico, a que demos o nome de “Prazo de Validade: 0”.

A temática sobre a qual estamos a trabalhar é a Biodiversidade, e esta ideia surgiu por variadas razões. Uma delas é o fato de todos os elementos do grupo sentirem um enorme apelo em relação ao tema e esta-rem bastante sensibilizados para o mesmo. Outra das razões que nos compeliu a iniciar um trabalho desta natureza, foi o fato de termos plena consciência de que a maio-ria da população portuguesa não sabe o significado do conceito de Biodiversidade nem o que este engloba.

Assim, e como alunos da área de Ciência e Tecnologias, sentimo-nos no dever de informar, divulgar e alertar a comunidade para a necessidade urgente de proteger a Biodiversidade. Sublinhamos que a população barreirense é bastante privilegiada por ter perto de si um espaço natural com uma diversidade de espécies tão vasta, e onde todos podem ter um contato direto com a Natureza, re-laxar e conviver. Estamos, claro, a falar da Mata Nacional da Machada, rica em fauna e, principalmente, em flora.

Por este ser um local com que todos os barreirenses se podem identificar, o grupo decidiu estudar uma área específica da Mata, onde irá fazer um levantamento das espécies vegetais aí existentes, caraterizando-as e apontando a sua importância e relação com o ecossistema onde se inserem. Este estudo está a decorrer com o apoio do Centro de Educação Ambiental da Mata Nacional da Machada e Sapal de Coina.

O grupo dá uma enorme importância a esta componente prática do projeto, uma vez que

o contacto direto com a natureza é a melhor forma de nos sentirmos sensibilizados para esta temática.

No entanto, o nosso projeto visa igualmente fazer-se chegar à população em geral e, por isso, o grupo está a organizar e dinamizar algumas atividades com a comunidade es-colar. Além disso, e para que a divulgação deste trabalho se alargue para lá do espaço escolar, foi lançado recentemente o site oficial do projeto, que vai sendo atualizado com novidades e onde poderá participar e dar a sua opinião.

Contamos consigo para fazer crescer este projeto e divulgar a nossa mensagem!

Website: www.wix.com/prazodevalidade0/projectoprazodevalidade0

GRUPO “PRAZO DE VALIDADE: 0”

Catarina NogueiraAna Figueira

Diogo MartinsJoana Gonçalves

Rafael AzevedoSusana Lérias

PRAZO DE VALIDADE: 0

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PLANO ESTRATÉGICO PARAA MATA NACIONAL DA MACHADA

A Mata Nacional da Machada constitui a maior zona verde contínua do concelho do Barreiro e que, sendo propriedade pública, submetida ao regime florestal e de ocupação florestal, é o mais significativo espaço de lazer e de usufruição da população.

A Mata, só por si, tem um perfil relevante ao nível concelhio representando cerca de 10% da sua área territorial, razão pela qual é o pólo central de um plano estratégico, pen-sando nesta área pública numa perspetiva de parque suburbano.

A Mata tem como principais atrativos, para além de uma boa rede de infra-estruturas, rede viária e rede divisional, ou seja, uma boa rede de caminhos acessíveis a todas as idades, quatro chafarizes com água de mina, parques de merendas, barragem e uma zona confinante com o sapal do Rio Coina, proporcionando excelentes locais para observação de avifauna. É uma área de relevo relativamente suave, tendo três inclinações fortes correspondentes a três vales ricos em água.

A sua localização e as suas caraterísticas peculiares permitem, sem dificuldade, con-ciliar a produção florestal com um intenso

uso público de recreio e desporto, educação ambiental e ação social.

Tem um passado histórico e cultural digno de destaque, que é importante que seja devi-damente identificado e valorizado, enquanto património concelhio e nacional.

A partir da atual ocupação da Mata e das atividades já aí desenvolvidas pela Autarquia e pelos cidadãos individualmente, é lógico pensar numa gestão da sua ocupação vegetal que proporcione a sua evolução para uma mata periurbana, onde as diversas comuni-dades vegetais como sejam o sobreiral, ma-tagais mediterrânicos, formações ripícolas e formações halófitas dos sapais, possam constituir a “paisagem natural” e susten-tável para o desenvolvimento de diversas atividades de ar livre.

A Mata e propriedades envolventes, o sapal da Várzea de Coina, a Qtª de S. Vicente, Qtª dos Moinhos e Vale Romão, Qtª da Azinheira, Ponta do Mexilhoeiro - confluência da Ribeira de Coina com o Tejo, devem ter uma leitura conjunta tendo em conta o seu indiscutível valor ambiental e de requalificação do sis-tema territorial.

Partindo da já definida Estrutura Ecológica do Barreiro e da Rede de Corredores Verdes, importa avançar, concretizando um plano estratégico para a Mata e propriedades en-volventes, com vista à sua futura integração no Plano Diretor Municipal, que constitui um instrumento orientador da ocupação e trans-formação antrópica daquele território.

É para o contínuo natural que se pretende definir uma proposta de plano, que permita o funcionamento e desenvolvimento dos diversos ecossistemas, em presença, pro-movendo a biodiversidade e conciliando com a usufruição e diversificação da atividade dos cidadãos.

O Plano Estratégico terá que, em função dos valores naturais em presença e das respeti-vas potencialidades, garantir áreas non ae-dificandi e condicionantes à edificabilidade, definindo os espaços naturais e espaços a renaturalizar, suporte de usos compatíveis, promovendo/fomentando a concordância e a interligação das questões de planeamento ambiental e paisagístico, com as interven-ções em matéria de ordenamento do terri-tório concelhio.

ANTÓNIO PINTO ÂNGELO, ARQ.

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REBENTOS8

O que faz...O Geógrafo

Um geógrafo ocupa-se da geografia do planeta, ou seja, estuda a superfície terrestre e os elementos da paisagem.Historicamente são conhecidos por elaborarem mapas. Mas analisam também questões ligadas ao ambiente, como o clima, o aquecimento global ou a ecologia.Estuda a relação entre o Homem e o meio ambiente para poder compreender e planear os espaços onde vivemos.

Caderneta de desenhos

O meumelhor amigo

Margaridae Júnior

“O lixo no ecoponto devemos colocar, para a natureza salvar”.Bruna Alexandra, 12 anos

Envia-nos o teu desenhoou fotografia para

[email protected] liga para Linha Verde (gratuita)

800 205 681

“Na horta biológica vamos semear, para ter

mais lógica e o planeta melhorar”.

Leandro Garcia, 10 anos

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Capitão Jacques-Yves Cousteau, oceanógrafo e inventor, deixou a sua marca no planeta e nos oceanos. Nasceu a 11 de junho de 1910, em Saint-André-de-Cubzac. Em 1930 entrou na escola naval e graduou-se como oficial de artilharia. No entanto, após um acidente de automóvel que pôs termo à sua curta carreira na aviação naval, Cousteau abraçou o seu interesse pelo mar.

Em Toulon, teve as suas primeiras experi-ências subaquáticas, graças ao seu amigo Philippe Tailliez que, em 1936, lhe emprestou uma máscara subaquática (anterior às mo-dernas máscaras de mergulho).

No início dos anos 40, Cousteau torna-se amigo de Marcel Ichac, com quem compar-tilhava o desejo de revelar ao público locais desconhecidos e inacessíveis: Cousteau, o mundo subaquático, e Ichac, as altas monta-nhas. Para permitir a exploração subaquática, desenvolveu o equipamento conhecido por SCUBA, em 1943, que permitia estar mais tempo e de forma mais livre, debaixo de água. Ao longo dos tempos, desenvolveu ainda equi-pamentos de mergulho, submergíveis e casas submarinas, ficando conhecido, com outros dois amigos, como Mosqueteiro do Mar, pelas experiências de mergulho que desenvolveram, quer no mar, quer em laboratório.

Em 1950, adquiriu o Calypso, um antigo caça--minas, que transformou num navio usado no estudo dos oceanos, preparado com equipa-mento de mergulho e investigação. E a aventura teve início! Cousteau, a bordo do Calypso, explorou durante décadas os mares e os rios do mundo, numa altura em que ainda não se falava de poluição, sobre-exploração de recursos e gestão do litoral. Cousteau tinha como principal objetivo aler-

tar as pessoas para a preservação do meio ambiente, nomeadamente do meio marinho. Descrevia várias vezes a difícil situação dos golfinhos, baleias e focas e a importância de salvar os oceanos, a natureza e o próprio Homem, que se revelava incompetente na tarefa de conservar o ecossistema que habita. Através de mais de 50 livros e 115 docu-mentários, Cousteau levou as profundezas dos oceanos ao conhecimento de todos, e chamou a atenção do público para desastres ambientais que poderiam acontecer devido à desatenção do Homem.

Percebendo que seria necessário um esforço organizado para proteger o planeta, em 1974 criou a Sociedade Cousteau, e em 1981, a Fun-dação Cousteau. A partir destas organizações, lan-çou uma petição mundial, em 1990, com o objetivo de salvar a Antártida da exploração mineral. O seu sucesso permitiu que este continente esteja prote-gido por 50 anos.

Entre várias condecora-ções e reconhecimentos, recebeu em 1977, o Pré-mio Internacional de Ambiente das Nações Unidas. Morreu a 25 de junho de 1997, com 87 anos, mas a sua mensagem de proteção dos mares continua bem viva.

REBENTOS 9

Grandes Figuras

Jacques Cousteau

Mini-observatórioAbelharucoMerops apiaster

• Alimenta-se principalmente de abelhas, daí o seu nome

• Pode comer mais de 255 insetos por dia

• Muito colorido, destaca-se pela sua paleta de amarelo, verde e vermelho

• Ave migradora, pode ser vista em Portugal desde finais de março até setembro. Depois, ruma a África

• Faz o seu ninho escavando um buraco no solo, em forma de túnel que chega a atingir os 2 metros de comprimento

Jacques com o equipamento SCUBA

O navio Calypso

O escafandro não permitia

grande liberdade debaixo

de água

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REBENTOS10

1. No aquecimento de uma habitação, escolherias como fonte de energia:a) solb) petróleoc) gás natural

2. Quando sais de casa, desligas as luzes e os aparelhos elétricos:a) sempreb) às vezesc) nunca

3. Para fazeres pequenos percursos nor-malmente utilizas:a) bicicletab) autocarroc) automóvel

4. Quando lavas as mãos deixas a água a

correr:a) nuncab) às vezesc) sempre

5. Fazes a separação de lixo em tua casa:a) nuncab) às vezesc) sempre

6. Quando bebes um refrigerante, preferes a embalagem de:a) vidrob) alumínioc) plástico

7. A regra dos 3 R's significa:a) reduzir, reciclar e reutilizarb) reparar, reorganizar e reduzirc) reproduzir e reciclar

8. Os medicamentos que já não utilizas levas para:a) a farmáciab) o embalãoc) o caixote do lixo

9. Na escola preferes um caderno em papel:a) recicladob) normalc) brilhante

10. Nos teus tempos livres gostas de:a) colaborar no clube de ciênciasb) jogar computadorc) ir à pesca

11. Quando fazes um piquenique acendes uma fogueira:a) nuncab) às vezesc) sempre

12. Um dos teus sonhos é:a) que a Terra seja um planeta limpob) viajar pelo mundoc) ter um carro potente e uma grande piscina

Pontuação:Cada resposta a) – 5 pontosCada resposta b) – 3 pontosCada resposta c) – 1 ponto

Se obtiveste uma pontuação entre:

50 e 60 pontos, PARABÉNS! És um amigo do ambiente. Preocupas-te com o teu planeta e por isso contribuis ativamente para que todos tenham um planeta saudável.

35 a 49 pontos, PODES FAZER MELHOR! Às vezes até tens consciência que o pla-neta não é só teu, e cabe a todos mantê-lo saudável, mas nem sempre te comportas da melhor maneira para com ele. Tens de te esforçar mais.

Menos de 35 pontos, CUIDADO, ESTÁS A PREJUDICAR O AMBIENTE! As tuas atitudes perante a Natureza não são as melhores. Estas a ser egoísta e devias lembrar-te que o planeta pertence a muitos seres vivos. Inves-tiga sobre o que podes fazer para melhorares o teu comportamento. Mãos à obra!

Vamos ler?A CHAVE SECRETA PARA O UNIVERSOLucy eStephen HawkingEditorial Presença

O Computador mais potente da Terra, Cos-mos, que tem a capa-cidade de transportar as pessoas para um qualquer ponto do es-paço sideral, por mais longínquo que possa ser, vai levar George a aventuras com que este nunca sonhou.

Vamos jogar?A primavera está a chegar. Une os pontos edescobre a árvore escondida.

QuizÉs um bom ecologista??Responde ao questionário e descobre.

Adaptado de: www.smartkids.com.br

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Se há uma caraterística que distingue perfei-tamente esta ave de muitas outras da nossa avifauna, é o seu bico inconfundível, que tem a forma de uma colher. Trata-se do único representante regular da família Threskior-nithidae, em Portugal. De uma forma geral, distribuem-se pela Europa, associando-se a zonas húmidas, nomeadamente açudes, lagoas e albufeiras e ocorrendo também nas grandes zonas húmidas costeiras. Em Portu-gal, é mais abundante a sul do que a norte, nidificando em diversos locais do centro e do sul do país, como por exemplo nos estuários do Tejo e do Sado, assim como nas salinas de Castro Marim ou no Paul do Boquilobo. Ocorre durante todo ano, sendo que os seus efetivos são reforçados por aves invernantes provenientes de outros países europeus. As maiores concentrações ocorrem durante o verão e o início do outono.

O colhereiro é extremamente fácil de identifi-car, tanto quando se encontra pousado como em voo, sobretudo devido ao seu grande bico em forma de colher ou espátula, achatado na ponta, e que lhe permite varrer os lodos e fundos aquáticos em busca de alimento. Pode atingir 130cm de envergadura e 90cm de comprimento, possui patas longas e pretas e o pescoço comprido. A plumagem tem uma cor quase exclusivamente branca, no entan-to, durante a época de reprodução, apresenta

uma poupa com penas levemente amareladas e uma mancha alaranjada em torno do peito e na base do seu bico.

É uma espécie colonial, contudo pode fazer os seus ninhos no meio de colónias de ou-tras espécies, como por exemplo os corvos--marinhos e as garças. Os colhereiros pre-ferem caniçais extensos e que normalmente possuam arbustos, em ilhas ou em zonas em que se sintam seguros das ameaças de predadores terrestres ou de perturbações. Colocam cerca de 4 ovos, que são encubados durante 25 dias. Após aproximadamente 50 dias da eclosão, os juvenis abandonam os ninhos, até lá são alimentados com o ali-mento parcialmente digerido e regurgitado pelos pais.

Estas aves procuram alimento em águas rasas e de fundo lamacento, principalmen-te animais que habitam na lama, como por exemplo, insetos, pequenos peixes, crustá-ceos, répteis e moluscos. Para isso utilizam o seu bico, que com movimentos em zig-zag, lhes permite capturar o alimento.

Trata-se de uma espécie que se encontra em acentuado declínio, e por isso, em Por-tugal foi-lhe atribuído o estatuto de espécie vulnerável. A perda de locais de nidificação e alimentação tem contribuído para este de-clínio, bem como a exploração de ovos e a poluição generalizada das águas.

OBSERVATÓRIO 11

Colhereiro Platalea leucorodia CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA

Reino: Animalia

Filo: Chordata

Classe: Aves

Ordem: Ciconiiformes

Famílias: ThreskiornithidaeGénero: PlataleaEspécie: Platalea leucorodia

FOTOS: Faísca

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Qual o som que consi-dera mais desagradável quando está a descan-sar: a sirene de um ve-ículo de emergência a passar pela sua janela ou um alarme de um carro a tocar durante 10

minutos? Uma torneira a pingar na cozinha ou um

avião a passar?

É reconhecido por todos, que o som faz parte do nosso dia-a-dia;

muitos de nós não gostam de estar em si-lêncio absoluto. No entanto, dependendo do indivíduo, um som pode causar as mais diversas reações, tanto físicas como emocionais: susto, riso, lágrimas, sensação de prazer, segurança ou desconforto.

Todos nós temos perceções diferentes do ruído que nos pode cau-sar incomodidade: o nosso vizinho pode ficar chateado quando estamos a ouvir música muito alta, mas para nós trata-se de um momento de diversão. Estudos efetuados na área do ruído ambiental demonstram que existem diferentes fontes de ruído que podem causar sensação de desagrado, como por exemplo: a circulação rodo-viária, aeroportos, indústria, obras na via pública e ruído de vizinhança.

Os efeitos que o ruído pode ter sobre a saúde são hoje encarados com grande preocupação. No entanto, os primeiros relatos datam dos primórdios da humanidade, em que documentos históricos des-crevem que a população que se localizava junto às cataratas do rio Nilo, no Egito, apresentava níveis de surdez associados ao ruído permanente da queda de água. Existem ainda testemunhos que na antiga Roma, a população demonstrou grande desconforto quando as ruas foram pela primeira vez pavimentadas, devido à circulação dos veículos puxados por animais.

As cidades modernas caraterizam-se por oferecer uma grande quantidade de serviços e equipamentos culturais e de lazer, a fun-cionar dia e noite. O que significa que as cidades não dormem, nun-ca existe silêncio total, o que vai ter influência direta na qualidade de vida e saúde das populações.

A Organização Mundial de Saúde e Associações Internacionais para os Distúrbios do Sono, referem que cerca de 5% das insónias são causadas por fatores externos ao organismo, principalmente pelo ruído. No entanto, não é apenas ao nível da incapacidade de dor-mir que o ruído afeta, existem ainda outras patologias associadas à exposição prolongada ou temporária a determinados sons, tais como: stress, alterações no ritmo biológico, instabilidade no humor, irritabilidade, depressão, redução da memória, aumento do risco de enfarte, derrame cardiovascular, entre outros.

Surpreendentemente as habitações que ficam junto a cruzamentos, nas esquinas ou que possuem um grande número de janelas vira-das para as ruas principais, são as mais valorizáveis no mercado imobiliário, sendo exactamente estas que estão mais exposta ao ruído ambiente, mais concretamente ao ruído provocado pelo trá-fego rodoviário.

Cabe às autoridades locais atuar de uma forma mais consciente no planeamento das cidades, principalmente aquando do licenciamento de novas urbanizações, dos serviços e de equipamentos culturais e desportivos disponíveis à população.

No passado mês de novembro, a autarquia aprovou o Mapa de Ruído do concelho do Barreiro. Trata-se de uma ferramenta que permite caraterizar os níveis de ruído proveniente das principais fontes: transporte rodoviário, ferroviário e industrial no concelho do Bar-reiro. O Mapa de Ruído encontra-se disponível no sítio da internet da Câmara Municipal do Barreiro: www.cm-barreiro.pt

impressoes coloridas12

RUÍDO AMBIENTAL – EFEITOS E CONSEQUÊNCIAS

Fonte: Agência Portuguesa de Ambiente

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Este ano foi declarado, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, como o Ano Internacional das Florestas. O tema escolhido, Floresta para Todos (Forests for People) visa chamar a atenção da sociedade sobre os benefícios, quer em bens, quer em serviços, que as florestas proporcionam, tendo especialmente em conta a contribuição das florestas para atingir o desenvolvimento sustentado e a erradicação da pobreza, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

Em Portugal, é a oportunidade para recordar a importância da flo-resta nacional: o setor florestal representa cerca de 3% do PIB nacional, sustenta perto de 260 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, gera mais de 12% do VAB industrial e é responsável por 11% das exportações, com um comércio externo da atividade florestal fortemente positivo. Para além desta relevante dimensão socio-económica, a dimensão ambiental das florestas nacionais é também reconhecida: ocupando cerca de 3,4 milhões de hectares, as florestas constituem um elemento forte na definição da paisa-gem, são repositório de diversidade biológica, incluindo um vasto leque de espécies endémicas, contribuem para a regulação do ciclo da água e são essenciais ao ciclo do carbono, sequestrando dióxido de carbono e contribuindo desta forma para compensar emissões de gases com efeito de estufa.

Com o Ano Internacional das Florestas pretende-se congregar es-forços para reforçar a gestão, conservação e o desenvolvimento sustentado de todo os tipos de floresta, com benefício para as gerações presentes e futuras. Todos os governos, organizações regionais e internacionais, intergovernamentais ou não governa-mentais e, de forma geral, todos os agentes do setor, são chama-dos a promover atividades relacionadas com o Ano Internacional das Florestas. É neste sentido que a nível nacional foi instituído um Comité, sob liderança da Secretaria de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural e do Comité Nacional da UNESCO, o qual tem por missão dinamizar e coordenar as atividades destinadas a celebrar este evento em Portugal. No âmbito do Comité Nacio-

nal do Ano Internacional das Florestas, foi construída uma página na Internet (http://www.florestas2011.org.pt/) onde todos podem seguir as atividades que se estão a organizar, incluindo através de uma Newsletter. Esta página ficou disponível no passado dia 2 de fevereiro, por ocasião do lançamento oficial do Ano Inter-nacional das Florestas em Portugal, no Centro de Ciência Viva, em Proença-a-Nova, em simultâneo com o lançamento oficial do mesmo evento, em Nova Iorque, no âmbito do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas. Várias atividades estão já agendadas e a semana florestal, no próximo mês de março, por ocasião do Dia Mundial das Florestas, será rica em acontecimentos destinados a celebrar este Ano.

AMÂNDIO TORRESPRESIDENTE DA AUTORIDADE

FLORESTAL NACIONAL

PERFIL 13

FLORESTA PARA TODOS2011 - ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS

Floresta Laurissilva da Madeira

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ECO-PÁGINA14

CARTEIRA TETRA PAK

Lave bem a embalagem e abra os vincos nas laterais para poder achatar o pacote. Corte as extremidades no topo e base da embalagem.

Corte as laterais no topo da embalagem, cri-ando uma aba de cerca de 4 cm, que será a tampa da carteira.

Coloque as laterais da embalagem para dentro e em seguida dobre a carteira ao meio. Reforce os vincos com a ajuda de uma régua, se ne-cessário.

Com a carteira montada, reforce as laterais com papel autocolante.

Una a parte central da carteira com cola.

Cole o velcro e deixe secar durante cercade 10 minutos

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Alerta!Segundo estudo da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), das 47 677 espécies de animais e plantas exis-tentes, 17 291 encontram-se em risco de extinção. Ou seja, estão sob ameaça:

12% das aves21% dos mamíferos28% dos répteis30% dos anfíbios37% dos peixesde água doce

70% das plantas

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TRILHO DO PAUL DO BOQUILOBOPasseio pela margem direita do Almonda, da sede da Reserva ao Braço de Cortiça, des-cobrindo a área de transição entre as zonas húmida e seca, assim como o habitat de montado. Nos terrenos circundantes pastam manadas de cavalos, com garças pousadas sobre eles, e observam-se várias espécies de aves a cruzar o céu.

Destinos 15

FLORA

Nas várzeas inundáveis, dominam espécies de porte arbustivo como o bunho, o caniço, a tábua, a espadana, arrelvadas rasteiras de graminhão e o lírio-amarelo. Verificam-se ainda espécies típicas de ambientes salobros como é o caso da tamargueira e do junção.As zonas de cultura florestal, o choupal, o eucaliptal e o montado são igualmente bió-topos a considerar. O montado é constituído praticamente na sua totalidade por sobreiro, azinheira e carvalho-cerquinho, sendo no entanto uma formação pouco comum nes-ta região, uma vez que este tipo de habitat tem vindo a ser substituído por eucaliptos e culturas arvenses como é o caso do girassol e do milho.Salienta-se ainda a existência de espé-cies endémicas, como a borrazeira-branca, abrunheiro-bravo, a gilbardeira e o Narcissus bulbocodium.

FAUNA

Na RNPB foram inventariadas 16 espécies de peixes, 11 de répteis, 13 de anfíbios, 27 de mamíferos e foram observadas cerca de 221 espécies de aves, que constituem o principal valor do Paul, razão da sua classificação como Reserva Natural. Esta classificação permitiu travar a drenagem e o aproveita-mento agrícola integral que se verificavam aquando da sua criação. No que respeita à avifauna, aqui nidificam a garça-boeira, a garça-branca-pequena, o goraz, a garça-cinzenta, a garça-pequena e a garça-vermelha e o papa-ratos, ambas espécies protegidas. O colhereiro e o pato--de-bico-vermelho elegeram este como um dos seus poucos locais de nidificação. São também observadas com alguma frequência aves de rapina.Alberga praticamente todas as espécies de

anatídeos que ocorrem em Portugal durante o inverno, sendo as mais abundantes a mar-requinha, o pato-trombeteiro, o pato-real e o zarro-comum. Em relação às limícolas, foram já inventariadas 41 espécies. A ocorrência da gaivina-de-faces-brancas é singular e de grande relevância, pelas condições propícias à nidificação desta espécie que a Área Pro-tegida oferece, tornando-se no maior núcleo reprodutor em Portugal.Por se tratarem de espécies ameaçadas, destacam-se ainda a cotovia-pequena, a petinha-ribeirinha, a felosa-do-mato, o pisco--de-peito-azul e a felosa-aquática. Na comunidade piscícola, abundam a gam-búsia, a enguia, a fataça e o ruivaco. Verifi-cam-se ainda espécies como a rã-ibérica, o tritão-marmorado, o ameaçado cágado-de--carapaça-estriada, a lontra e o morcego--arborícola-gigante, entre outras.

RESERVA NATURAL DO PAUL DO BOQUILOBOSituada na confluência dos rios Tejo e Almonda (Golegã), a Reserva Natural do Paul do Boquilobo (RNPB) compreende uma área de cerca de 816 ha, com uma Área de Protecção Total de 196 ha, numa zona caraterizada principalmente por maciços de salgueiros e freixos. Trata-se de uma zona húmida, e a única área protegida portu-guesa integrada na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, estando cada vez mais ameaçada com a agricultura intensiva que se verifica na região.

A visitar:

GOLEGÃEsta vila acolhe todos os anos a Feira Nacional do Cavalo, onde poderá admirar o cavalo lusitano, reconhecido desde a antiguidade como o melhor cavalo de sela.

Aproveite ainda para conhecer a Casa--Estúdio do importante fotógrafo Carlos Relvas, pai de José Relvas, que proclamou a República, da varanda da Câmara Muni-cipal de Lisboa.

QUINTA DA BROAAdquirida no século XIX pelos irmãos Ma-nuel e Rafael José da Cunha, ficou conhecida por este nome graças à generosidade de Rafael em oferecer broa aos mais necessitados.

Fotos de: Arquivo RNPB Fernando Faria Pereira

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Sugestões16

Para Ler WWW...

MACHADA – Entre a Cidade e a FábricaPaulo Caetano e Joaquim Pedro FerreiraCâmara Municipal do Barreiro

Quem visita a Mata pode de-liciar todos os sentidos, cal-correando as encostas ou descendo aos vales, visitando as bicas de água ou descan-sando junto ao açude. Pode ter o privilégio de observar as

raposas e as genetas perseguindo coelhos, ou avistar uma ave de rapina levando alimento para o ninho. Ou pode encon-trar uma das raras plantas carnívoras que ainda sobrevivem neste espaço natural.

www.quepeixecomer.lpn.pt

Saiba mais sobre o cami-nho que as 20 espécies de peixe consumidas e captu-radas em Portugal percor-rem, desde o mar até ao nosso prato.

www.ambientesaude.pt

Um conhecimento rigoroso, exigente e científico sobre saúde ambiental, ao alcance de todos os cidadãos.

Para receber o seu Folha Viva, ligue grátis para a Linha Verde: 800 205 681Ou envie os seus dados (nome, morada e e-mail) para [email protected]

AGENDA11 A 15 E DE 18 A 21 DE ABRILCAMPOS DE FÉRIAS DA PÁSCOA

Local: Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do CoinaInformações: 800 205 681 – Linha Verde do Ambiente O CEA promove mais uma edição dos Campos de Férias, com muita brincadeira e boa disposição no espaço único da Mata da Machada. As inscrições encontram-se abertas a partir de 14 de março.

12 DE MARÇOWORKSHOP – “COMPOSTAGEMDOMÉSTICA – FAÇA VOCÊ MESMO”

Local: LPN - Liga para a Protecção da Natureza - LisboaInformações: www.lpn.pt

ATÉ 20 DE MARÇO

SEMENTES, VALOR CAPITAL

Local: MUDE - Museu do Design e da ModaInformações: www.mude.pt

23 A 25 DE FEVEREIRO7ª URBAVERDE - FEIRA DAS CIDADES SUSTENTÁVEIS

Local: Centro de Congressos do EstorilInformações: 218 806 148 / 129