revista aliança de misericórdia lisboa

8
Aliança de Misericórdia Abril/Maio - 2013 - nº 29 - ano IV www.misericordia.com.pt Festa da Divina Misericórdia

Upload: alianca-de-misericordia-lisboa

Post on 13-Mar-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Edição Abril/Maio 2013

TRANSCRIPT

Page 1: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

Aliança de MisericórdiaAbril/Maio - 2013 - nº 29 - ano IV www.misericordia.com.pt

Festa da Divina Misericórdia

Page 2: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

Comunidade Aliança de Misericórdia

Rua da Casquilha, 7 1500-149 Santa Cruz - Benfica Tel: +351 216 051 936 Tlm: 926 711 401

NIB: 0010 0000 425 821 70001 16“

www.misericordia.com.pt

[email protected]

Índice

Editorial

Espiritualidade 3Palavra do mês 4Aliança em Ação 6Testemunho 7Agenda 8

PARABÉNS!!

DOAÇÕES

BANCO BPI PORTUGAL

NIB: 0010 0000 425 821 70001 16

Abril Maio

11 - Bernarda Rosário23 - Maria da Conceição José

10 - Aida Rodrigues Pinheiro15 - Paula Costa17 - Felipe Jorge Pedrosa 25 - Maria do Céu G. Pinto27 - Crisóstomo Leitão

Queridos amigos e benfeitores,

Louvamos a Deus pelo dom da vossa vida e agradecemos por ser canal para que a misericórdia de Deus se estenda ainda mais àqueles que necessitam.

Deus vos abençoe!

Caro leitor,

Nesta edição, somos convidados a mergulhar no oceano infinito do Amor de Deus revelado a nós pelo seu Filho na Festa da Divina Mi-sericórdia, celebrada por todos nós, filhos e filhas da Misericórdia, no segundo Domingo da Páscoa.

“Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está apro-vada nas profundezas da Minha compaixão”. (Diário de Santa Faustina, nº 420)

Que Maria, a Mãe que experimentou e gerou a Misericórdia, faça de nós autênticos apóstolos deste mesmo mistério de amor em nossos tempos.

Boa leitura!

Page 3: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

3

Maria, Mãe da Misericórdia

Espiritualidade

Lívia, missionária

“Sua misericórdia se estende de geração em geração para aqueles que o temem”. (Lc 1, 50)

No magnificat, ao visitar a casa de sua prima Isabel, Maria canta a misericór-dia de Deus que perdura de geração em geração porque existe uma íntima relação entre Maria Santíssima e o mistério da Misericórdia.

Maria é a pessoa que mais experimentou a misericórdia, desde a sua Imaculada Conceição, na anunciação e até o momento da paixão, morte e ressurreição de Jesus.

Ela tornou possível com o sacrifício do coração a participação na revelação da misericórdia divina. Este sacrifício está profundamente ligado à cruz de seu filho.

Por isso a chamamos Mãe da Misericórdia, pois através da sua participação es-condida e ao mesmo tempo ativa na missão do seu filho – no primeiro milagre nas bodas de Caná – foi chamada para aproximar a humanidade do amor de Deus que Jesus tinha vindo revelar. Amor este que se manifesta aos pobres, aos pecadores, aos marginalizados e a todos os que sofrem.

Este mistério está gravado em Maria, é ela que nos ensina a amar e sermos capazes de compreender a profundidade deste amor.

Maria canta a misericórdia, pois quer voltar o nosso olhar a este amor. Ela nos faz participantes desta geração e cremos que a nossa geração foi alcançada, não só Nela mas também por meio dela, pelo mesmo amor que não cansa de revelar-se na Igreja e em toda a humanidade.

Maria louva ao Pai Misericordioso, ela exalta a misericórdia de Deus. Maria é a mãe que gerou em seu ventre a Misericórdia Divina e assim, a partir do seu faça-se, é colocada numa relação de intimidade com o próprio “Pai das Miseri-córdias”.

Maria é a nossa grande intercessora, mesmo depois que foi assunta ao céu, continua a alcançar todos os dons que necessitamos para nossa salvação.

Com seu olhar doce e sua maternidade, ela cuida de nós e nos envolve na Mi-sericórdia do seu Filho.

Recorramos a Deus por meio de Cristo lembrando-nos sempre das palavras do Magnificat que proclama a Misericórdia divina e que pelas mãos de Maria seja-mos fieis a este amor

Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe, merece ser honrada como Mãe da Miseri-córdia e Mãe de Misericórdia, porque nos deu Jesus, aceitando-o em seu ventre e por sempre praticar a misericórdia com seus pequeninos filhos.

Page 4: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

4

Palavra do mês

Jesus dá aos seus discípulos linhas claras para continuarem o seu mandato: “Ide pelo mundo e evangelizai”. Um imperativo para nós também! Prin-cipalmente nós, membros da Comunidade Aliança de Misericórdia, que temos como lema Evangelizar para Transformar e a Palavra de vida “O Espírito do Senhor está sobre mim, por que me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e a restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os opri-midos” (Lc 4,18).

Agraciados pela confiança que a Igreja depositou sobre nós, que o Espírito suscita e pela força da Pa-lavra do Senhor que confirma Sua presença em nossa Obra, podemos louvar e contemplar a Ação de Deus e nos colocar mais dóceis à Sua Vontade.

São Paulo nos lembra: “Jesus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimen-to da verdade” (1Tm 2,4). Todos os homens, não só aqueles que já encontraram a verdade. Jesus deve ser anunciado tanto aos pobres como aos ricos, aos que tem cultura como aos que não tem, tanto no Brasil como nos outros paí-ses, nas praças como nas igrejas.

Para responder ao chamado, devemos estar a postos para dar a vida. Para Ele deve-mos nos tornar “discí-pulos do Cordeiro”.

Esta graça só nos é dada com o auxílio do Espírito Santo. Não

poderíamos gritar que Jesus é nosso Senhor, senão com a força do Espírito. É Ele que nos educa, dia após dia, para sermos evangelizadores, como afir-ma o Papa João Paulo II “Tantas vezes repeti, nestes anos, o apelo à Nova evangelização: Quero sublinhar que necessitamos reavivar em nós o entusiasmo das origens, deixando-nos impregnar pelo ardor da pre-gação dos apóstolos após Pentecostes. Devemos re-viver em nós o sentimento de Paulo: “Ai de mim se não evangelizar” (1Cor 9,16).

Ao fazer isto, o Espírito Santo nos ajuda a enten-der as linhas que devemos seguir para sermos verda-deiros evangelizadores. Ele nos impulsiona a resistir aos ataques do maligno com humilhações, calúnias, juízos, dores. Ele nos chama a não olhar para trás, mas lutar para acreditar que Ele, o Espírito, opera através de nós. “Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que falar, pois não sereis vós que falareis, mas o Espírito Santo, do vosso Pai, falará em vós (Mt 10, 19-20).

Nestes últimos anos nas diversas evangelizações que fazemos como Comunidade Aliança de Mise-

ricórdia, foi maravi-lhoso contemplar a presença do Senhor, a força do seu Espírito a agir naqueles que, um dia, retiramos da rua. Vê-los hoje a anun-ciar nas missões, nos encontros de Thalita Kum, a fazer experi-ências nas escolas de evangelização e até

Ide pelo mundo e evangelizai“Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos e disse-lhes: Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura!... Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: Expulsarão demônios em meu

nome, falarão novas línguas, se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal não lhes fará mal algum e quando impuserem as mãos sobre os doentes estes ficarão curados”( Mt 16,14-18).

Page 5: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

5

O Espírito do Senhor realmente está sobre aque-les que pregam sua Palavra, a Boa nova. São pesso-as convictas, são anunciadores repletos da Presença, proclamam com intrepidez, com ousadia com força e garra. E seus frutos? São inúmeros porque todos eles são resultados da entrega, de seu testemunho que arrasta, enfim, é resultado maior ainda do Espírito Santo que escolheu de agir naquela pessoa para estar próximos de seus filhos perdidos.

Lembro-me de um jovem de 17 anos que perdi-do em um grupo, numa praça do centro de São Pau-lo, encontrou durante a noite alguns missionários e

jovens que foram evangelizar com toda ousadia e criativi-dade, a todos que ali estavam. Este jovem não acreditando no que via, foi transformado. Pro-curou-nos depois e pediu ajuda para sair do mundo vazio, triste e violento que se encontrava. Com patins e skates nos pés, spray e tintas nas mãos, estes jovens discípulos/missionários de Jesus Cristo, conseguiram trazer para o rebanho Dele uma “Ovelha desgarrada”, e para o Senhor, naquela noite, houve

festa no céu, porque sua Palavra foi cumprida e o filho pródigo voltou à sua casa. Enfim, sua Palavra se tornou real, atual, seus discípulos realizaram seu mandato:

“Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a

criatura”.

mesmo a percorrer um caminho vocacional, testemu-nhando a transformação que Jesus Cristo fez e a gra-tidão que eles sentem por ter acontecido isto na vida deles, sinto o desejo de agradecer e louvar o Senhor, que verdadeiramente é fiel: prometeu-nos o Espírito, e Ele veio, e transforma hoje o coração de muitos, e estes pequenos são sinais desta ação de Jesus.

Esta experiência de evangelizar para transformar que tentamos viver só vem, então, através do poder do Espírito Santo, que nos fez reviver diariamente o encontro com Jesus que nos impulsiona a anunciá-lo. É Ele que nos envia para anunciar o Evangelho, também através dos sinais de cura, libertações e milagres.

Assim falou uma senhora durante um momento de cura na Itália: “Quero agradecer ao Pe. Antonello porque a mi-nha neta de quinze anos, que não acreditava no repouso no Espírito, foi tocada pelo Es-pírito Santo, caiu no repouso, viu Jesus que perdoava seus pecados e sentiu-se amada. Quando se levantou percebeu que Jesus tinha curado tam-bém sua dor na coluna.”

O espírito nos dá esta possibilidade de viver a pa-lavra do Senhor: “Eis os sinais... expulsarão demô-nios e... quando impuserem as mãos sobre os doen-tes, estes serão curados” (Mc 16,17-18).

Jesus não somente nos manda para evangelizar, mas, sabendo que o homem precisa de sinais, reali-za as curas. Ele conhece o quanto o homem é duro de coração e necessita ver o poder de Deus se ma-nifestar. É por isso que a pregação é acompanhada de sinais. Escreveu–me um casal de Caxias do Sul: “Padre, queremos agradecer o Senhor Jesus porque, quando o senhor veio a Caxias, durante a oração de cura, proclamou que Jesus estava a escutar o grito de um casal porque pedia um filho. Podemos dizer que pela graça de Deus, estamos agora a esperar um bebê”. Fiquei realmente feliz quando, um ano de-pois, ao voltar a Caxias, me apresentaram o recém-nascido. Pe. Antonello Caddedu

Page 6: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

6

Aliança em Ação

Instituída pelo beato João Paulo II em 30 de abril de 2000, a Festa da Divina Misericórdia passou a ser celebrada no segun-do Domingo da Páscoa, a partir das revelações de Jesus à Santa Faustina, que na década de 30 recebeu de Jesus uma mensagem de misericórdia para toda a hu-manidade.

Jesus pediu à Santa Faustina para pintar o quadro da Divi-na Misericórdia e descreveu as inscrições que deveriam estar no quadro: “Jesus, eu confio em vós”.

“Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pin-cel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diá-rio, 49).

O objetivo dessa festa é ce-lebrar a misericórdia de Deus, o Amor Dele pela humanidade, anunciar a salvação como gratui-

to amor de Jesus e da sua mise-ricórdia.

“Desejo que a Festa da Mi-sericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especial-mente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derra-mo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comun-gar alcançará o perdão das cul-pas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divi-nas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericór-dia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. “Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a Santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia” (D. 1109).

Jesus lhe pede que esta Festa seja preparada espiritualmente: “O Senhor me disse para rezar o Terço da Misericórdia por nove dias antes da Festa da Miseri-córdia. Devo começar na Sexta-feira Santa. Através desta novena concederei às almas toda espécie de graças” (D. 796).

“Oh! Como desejo ardente-mente que a Festa da Misericór-dia seja conhecida pelas almas!” (D. 505); “Apressai, Senhor, a Festa da Misericórdia, para que as almas conheçam a fonte da Vossa bondade” (D. 1003).

“As almas se perdem, apesar da Minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de sal-vação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha misericórdia, perecerão por toda a eternidade” (D. 965).

Não fechemos o nosso cora-ção: ouçamos a voz do Senhor! Eis o tempo da graça, eis o dia da salvação!

divinaMisericórdia

Page 7: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

7

Testemunho

Eu nasci em Cabo Verde e vivi com a minha mãe uma parte da minha infância. A minha vida nunca foi fácil e o meu sofrimento foi sempre em silêncio.

Sempre ajudei a minha mãe em casa, mas nada que eu fazia lhe agradava. Ela ia trabalhar e eu ficava em casa a cuidar dos meus irmãos mais novos. O que me deixava triste é que tudo o que eu fazia não era valorizado e se eu esquecesse de fazer algumas das tarefas de casa, apanhava.

Minha vida foi sempre marcada pela violência e com tudo isso ficava sempre com medo. Cada vez que ela batia-me, perguntava-me “Então, não vais me bater?”. A minha resposta era simples: “Mãe, podes até matar-me que eu nunca farei isso”. A minha vida foi assim durante muito tempo.

Aos meus 12 anos, ela chegou em casa e disse-me que ia viajar. Ao ouvir isso, fiquei muito feliz que nem queria saber de mais nada. A minha felicidade era saber que eu ia viver bem longe dela. Mas a mi-nha felicidade não durou muito tempo. Eu tinha que enfrentar o mundo sozinho, sem mãe e nem pai por perto, sem praticamente ninguém, somente eu e os meus irmãos. As únicas pessoas que eu tinha por per-to eram os avós dos meus irmãos e, principalmente, Nossa Senhora da Boa Esperança, a quem eu visitava e recorria sempre que precisava desabafar.

Passei muitas dificuldades com a ausência da minha mãe embora tivesse o apoio da mãe do meu padrasto. A maior dificuldade que eu tinha era de tolerar os vizinhos, como eu sou irmão mais velho tinha que ser o protetor deles. E a mim, quem me

protegia? Ninguém, mas mesmo assim fiz o possível para me defender.

Quando viemos todos para Portugal pensei que no início ia ser diferente, mas não foi fácil lidar com a minha mãe porque as mágoas e o rancor eram tantos que, por tudo e por nada, discutíamos.

Uma vez discutimos na troca de palavras. Ela dis-se-me que nunca mais foi feliz depois que eu nasci. Ao ouvir estas palavras fiquei sem chão e logo pen-sei que nunca ia perdoar a minha mãe. Eu preferia apanhar do que ouvir isso. Depois de uns dias ela me pediu perdão, mas não aceitei.

Na mesma época, fui convidado para participar no encontro Thalita Kum e aceitei o convite. Nesse en-contro de jovens eu senti que Deus tinha algo de espe-cial para mim, que Deus queria mais de mim.

No momento de oração com Nossa Senhora, sen-ti um amor todo especial de mãe, algo que eu nunca tinha experimentado. Senti que Maria queria que eu perdoasse a minha mãe, mas antes eu tinha que per-doar a mim mesmo.

Eu perdoei a mim mesmo, perdoei a minha mãe e aos poucos percebi que tudo estava diferente na mi-nha casa. Hoje consigo entender as atitudes e os so-frimentos da minha mãe e contemplo na nossa vida a graça do perdão que transformou as nossas vidas.

Esta é a minha história. Algumas páginas têm co-res suaves, outras, cores mais escuras. Graças a Deus, percebo que o passado já está escrito e que a cada dia Deus me dá a oportunidade de escrever mais uma pá-gina da minha vida e eu posso escolher as cores.

Edmilson Tavares

Um amor que transforma

Page 8: Revista Aliança de Misericórdia Lisboa

Agenda

Vigília MMAEToda 1º Sexta do mês.-Casal da Mira, às 20h, Capela São José- Guarda, às 21h, Capela São Pedro

JAM Todo 1º Domingo do mês, às 14h30 Centro Catequético São José, Guarda.

GRUPO SÃO MIGUEL Toda 4ª feira, às 20h30 Casa de Missão, St. Cruz de Benfica.

ESTUDO BÍBLICO Toda 3ª feira, às 20h.Capela São José, Casal da Mira.

SANTA MISSA Com oração de Cura e LibertaçãoTodo último domingo do mês, às 15h Capela São José,Casal da Mira.