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ANDREW JACKSON DAVIS

O GRANDE MDIUM CLARIVIDENTE

O PRECURSOR DA DOUTRINA ESPRITA NOS ESTADOS UNIDOS

(1826 - 1910)

CLMENCE GURIN

ESSAI BIOGRAPHIQUE SUR ANDREW JACKSON DAVIS

(OBRA BIOGRFICA CITADA POR ALLAN KARDEC)

Biografia de Andrew Jackson Davis:

Nasceu no dia 11 de agosto de 1826, nas margens do rio Hudson, nos Estados Unidos da Amrica do Norte e desencarnou em 1910, com a idade de 84 anos.

Davis foi o precursor americano do Espiritismo. Apesar de semi-analfabeto e alm do mais "fraco de corpo e mentalmente pobre" como enfatiza Conan Doyle, ele foi o continuador da obra de Swedenborg, que passa a orient-lo um sculo aps ele mesmo haver desenvolvido suas potencialidades medinicas.

Em 1844 Davis arrebatado em transe medinico para as montanhas de Catskill, para receber instrues espirituais. Seus orientadores so: Galeno, o mdico grego, e Swedenborg.

Jackson Davis descendia de famlia humilde. Sua faculdade medinica desabrochou quando tinha apenas 17 anos. Primeiro, desenvolveu a audincia. Ouvia vozes que lhe davam bons conselhos.

Depois, surgiu a clarividncia, tendo notvel viso, quando sua me morreu. Viu ele uma belssima regio muito brilhante, que sups fosse o lugar para onde teria ido a sua me.

Mais tarde, manifestou-se outra faculdade muito interessante e muito rara: a de ver e descrever o corpo humano, que se tornava transparente aos seus olhos espirituais. Dizia ele que cada rgo do corpo parecia claro e transparente, mas se tornava escuro quando apresentava enfermidade.

No de se admirar que Davis descrevesse a constituio anatmica do ser humano, pois j Hipcrates, o pai da medicina, dizia: A alma v de olhos fechados as afeces sofridas pelo corpo.

Na tarde do dia 6 de maro de 1844, deu-se, com Davis, um dos mais extraordinrios fenmenos - o do transporte. Foi ele tomado por uma fora estranha que o fez voar da cidade de Poughkeepsie a Catskill, cerca de quarenta milhas de distncia.

Naquela poca no se sabia explicar esse fenmeno, porquanto os fatos dessa natureza ainda eram desconhecidos.

Davis apresenta-se na histria do Espiritismo como um poderoso elo medinico que sustenta a unidade do processo doutrinrio.

Era comum v-lo discorrer em lngua hebraica sobre questes de Geologia, Arqueologia, Mitologia e outros assuntos. Swedenborg, j no plano espiritual h um sculo aperfeioando-se, teve oportunidade de passar descries e orientaes mais detalhadas e precisas que as suas prprias, registradas em sua obra.

O sueco vira o cu e o inferno, como Davis tambm vira e minuciosamente os descrevera. Mas a viso clara de Davis foi mais exata ao repassar a situao dos mortos e da verdadeira natureza do mundo espiritual com possibilidade de retorno. A srie de livros de Davis, intitulada "Filosofia Harmnica" teve mais de 40 edies no Estados Unidos. A esta srie seguiu-se, nos anos finais de sua vida, a das "Revelaes Divinas da Natureza".

Num dos seus livros, intitulado "Princpios da Natureza", Davis prev o aparecimento do Espiritismo, como doutrina e prtica medinica. Depois de acentuar que as comunicaes espirituais se generalizaro, declara: "No decorrer muito tempo para que essa verdade seja demonstrada de maneira viva.

E o mundo saudar alegremente o alvorecer dessa era, enquanto o ntimo dos homens se abrir para estabelecer a comunicao espiritual, como a desfrutam os habitantes de Marte, Jpiter e Saturno". Alm dessas previses, ele desenvolve a doutrina de Swedenborg, estendendo os seus princpios nos rumos da prxima codificao.

O mundo espiritual se lhe apresenta com a mesma nitidez com que o vidente sueco o descrevia, e sujeito as mesmas leis de evoluo que o Espiritismo afirmaria mais tarde.

Davis foi o elo entre Swedenborg, as irms Fox e Kardec, desde que, quatro anos depois do seu encontro com Swedenborg, vemo-lo escrever no seu dirio as anotaes referentes voz que lhe anuncia os fatos de Hydesville.

A falta de viso de conjunto tem levado muitas pessoas a considerarem Davis como um caso parte. Chegou-se mesmo a propor a tese da existncia de um "espiritismo americano", iniciado por Davis, em oposio ao "espiritismo europeu" de Allan Kardec. Mas os fatos histricos e as ligaes medinicas so de tal ordem, que todas essas proposies nasceram condenadas ao esquecimento.

A unidade do processo histrico se evidencia nas poderosas ligaes espirituais dos fatos medinicos. Davis um elo, jamais um caso isolado, pois a humanidade una, e a fase das revelaes parciais j ficou muito para trs.

Em seu caderno de notas, foi encontrada a seguinte passagem, datada de 31 de maro de 1848:

"Esta madrugada, um sopro quente passou pela minha face e ouvi uma voz, suave e forte, que me disse: 'Irmo, um bom trabalho foi comeado. Olha!, surgiu uma demonstrao vivente.' "

Davis ainda anotou: "Fiquei pensando o que queria dizer aquela mensagem."

Ao que parece, este aviso fazia meno aos fenmenos de Hydesville, pois foi exatamente nessa data, numa sexta-feira, que se estabeleceu o incio da telegrafia espiritual, atravs da menina Kate Fox.

Assim surgia a Doutrina Esprita.

A cena da morte observada pelo mdium Andrew Jackson Davis

CLMENCE GURIN

ESSAI BIOGRAPHIQUE SUR ANDREW JACKSON DAVIS

DIDIER ET COMPAGNIE, LEDOYEN

PARIS (1862)

I - Apresentao de Allan Kardec:

O ESPIRITISMO NA AMRICA

Fragmentos traduzidos do ingls pela Srta. Clmence Gurin (*)

O Espiritismo conta na Amrica homens eminentes que, desde o princpio, lhe avaliaram o alcance e nele viram algo mais do que simples manifestaes. Nesse nmero est o juiz Edmonds, de Nova Iorque, cujos escritos sobre esse importante assunto so bastante apreciados, mas muito pouco conhecidos na Europa, onde ainda no foram traduzidos. Devemos ser gratos Srta. Gurin por nos dar uma idia deles atravs de alguns fragmentos publicados em sua brochura. Apenas lamentamos no tenha ela acabado sua obra por uma traduo completa. Ela junta alguns extratos no menos notveis do Dr. Hare, de Filadlfia, que, tambm ele, teve a ousadia de ser um dos primeiros a afirmar sua f nas novas revelaes.

(*) Brochura grande in-18, preo 1 fr. Dentu, Palais Royal, galeria dOrlans.

A Srta. Gurin, que residiu muito tempo na Amrica, onde viu se produzirem e se desenvolverem as primeiras manifestaes, uma dessas espritas sinceras, conscienciosas, que tudo julgam com calma, sangue-frio e sem entusiasmo. Temos a honra de conhec-la pessoalmente e nos sentimos felizes por lhe dar aqui um testemunho merecido de nossa profunda estima. Pelo seguinte trecho de sua introduo, pode-se ver que nossa opinio justamente motivada.

Como os americanos, temos a F profunda, a esperana radiosa de que esta doutrina, to eminentemente baseada na caridade no esmola, mas amor seja bem aquela que deve regenerar e pacificar o mundo. Jamais a solidariedade fraternal foi demonstrada de maneira mais clara, nem de modo mais sedutor. Vindo consolar-nos, ajudar-nos, instruir-nos, indicar-nos, enfim, o melhor uso a ser feito de nossas faculdades, tendo em vista o futuro, os Espritos so de tal modo desinteressados que o homem no os pode ouvir muito tempo sem experimentar o desejo de os imitar, sem procurar ao seu redor algum para participar dos benefcios que lhe dispensaram to generosamente. Ele o faz com tanto mais boa vontade quanto compreende que seu prprio progresso tem esse preo e que, no grande livro de Deus, no so levados a seu favor seno os atos praticados em vista do bem-estar material ou moral de seus irmos. O que os Espritos fazem com sucesso neste momento foi tentado muitas vezes na Terra por nobres coraes, por almas corajosas, que foram e ainda so desconhecidos e ridicularizados. Suspeitam de seu devotamento e no seno quando desaparecem que tm chance de ser julgados com imparcialidade. Eis por que Deus lhes permite continuar a obra aps aquilo a que chamamos morte.

No o caso de repetir com Davis: Nada temais, irmos; sendo mortal, o erro no pode viver; sendo imortal, a verdade no pode morrer!

Clmence Gurin

A passagem seguinte, do juiz Edmonds, mostrar com que preciso ele entrevira as conseqncias do Espiritismo. No se deve esquecer que escrevia em 1854, poca em que o Espiritismo na Amrica, como na Europa, ainda era novo.

Falsas ou verdadeiras, outros julgaro as minhas dedues. Meu objetivo ser atingido se, falando do efeito produzido em meu esprito por essas revelaes, eu tiver feito brotar em alguns o desejo de tambm pesquisar e assim levar novas luzes ao estudo desses fenmenos. At aqui, os mais impetuosos adversrios, os que, na sua indignao, gritam contra a impostura, so tambm os mais obstinados na sua recusa de nada ver ou ouvir sobre isto, os mais decididos a permanecer na completa ignorncia da natureza dos fatos. Homens com reputao de saber, se no de cincia, no temem compromet-la dando explicaes que no satisfazem a ningum, baseadas em observaes superficiais, feitas com tal leviandade que faria corar um estudante.

Entretanto, no uma coisa indiferente esse novo poder inerente ao homem (connected with man),e que, sem a menor dvida, ter sobre o seu destino uma influncia considervel, para o bem ou para o mal.

E j podemos ver que, desde a origem, apenas h cinco anos, a idia espiritualista se propagou com uma rapidez que a igreja crist no havia igualado em cem anos. Ela no procura os lugares isolados, no se envolve em mistrios, mas vem abertamente aos homens, provocando minucioso exame de sua parte, no exigindo uma f cega, mas recomendando, em todas as circunstncias, o exerccio da razo e da livre apreciao.

Vimos que as zombarias dos filsofos no conseguiram desviar um s crente; que os sarcasmos da imprensa, os antemas do plpito so igualmente impotentes para deter o progresso e, sobretudo, j podemos constatar sua influncia moralizadora. O verdadeiro crente torna-se sempre mais prudente e melhor (a wiser and a better man), porque lhe foi demonstrado que a sobrevivncia do homem aps a morte do corpo est positivamente provada. Todos quantos, seriamente e com sinceridade, conduziram suas investigaes sobre o assunto, tiveram suas provas irrefutveis. Como poderia ser de outro modo? Eis uma inteligncia que nos fala todos os dias; um amigo. (Em geral os americanos comeam conversando com parentes ou amigos). Ele prova a sua identidade por mil circunstncias que no podem deixar a menor dvida, pelas numerosas recordaes que s ele pode conhecer. Fala-nos das conseqncias da vida terrena e nos pinta a vida futura em cores to racionais que ns sentimos que diz a verdade, tanto se conforma com a idia ntima que fazamos da Divindade e dos deveres que ela nos impe.

A morte no nos separa daqueles a quem amamos. Muitas vezes eles esto junto de ns, ajudam-nos e nos consolam pela esperana de uma reunio certa. Quantas vezes os vi para mim e para os outros! Quantas pessoas desoladas vi acalmadas pela doce certeza de que o ser querido, trazido pelos laos do amor, adeja em torno delas, murmura-lhes ao ouvido, contempla a sua alma, conversa com seu Esprito!

Assim, a morte se acha despojada do cortejo de terrores misteriosos e indefinidos com que foi cercada por aqueles que confiam mais na degradante paixo do medo que no nobre sentimento do amor.

Notemos, por alto que, sejam quais forem os matizes no ensino da nova filosofia, todos os seus discpulos se entendem sobre este ponto: a morte no um espantalho, mas um fenmeno natural, de passagem a uma existncia em que, livre de mil males da vida material e dos entraves que o confinam num mesmo planeta, o Esprito pode percorrer a imensidade dos mundos, levantar vo para regies onde a glria de Deus realmente visvel.

Est igualmente demonstrado (demonstrated) que os nossos mais secretos pensamentos so conhecidos pelos seres que nos amaram e que continuam a velar por ns. em vo que tentaramos nos livrar dessa inquisio, terrvel por sua prpria benevolncia. No possvel duvidar, como quiseram. Muitas vezes fiquei estupefato e me arrepiei ante a revelao imprevista, mas irrecusvel, de que os mais ntimos refolhos da conscincia podem ser revistados justamente por aqueles a quem quereramos ocultar nossas fraquezas.

No est a um freio salutar contra os maus pensamentos, os atos criminosos, na maioria das vezes cometidos porque o culpado se tranqilizou por estas palavras: Ningum ficar sabendo... Se algo pode confirmar esta verdade to terrificante para alguns, a lembrana do que cada um experimenta aps uma boa ao, mesmo quando ficou secreta: um contentamento ntimo incomparvel. Esses o sabem muito bem, pois a mo esquerda ignora o que d a direita. , pois, racional, crer que se nossos amigos nos podem felicitar, tambm nos podem admoestar; se vem nossos atos meritrios, igualmente percebem os nossos defeitos.

A isto no hesitamos em atribuir o fato incontestvel e inconteste, de que no h verdadeiro crente que no se tenha tornado melhor.

De nossa conduta, de nossa submisso a este grande preceito: Amar a Deus e ao prximo...depende o nosso destino futuro, e no de nossa adeso a esta ou quela seita religiosa. No devemos postergar a nossa converso e sim trabalhar, ns mesmos, pela nossa salvao,agora, e no mais tarde, hoje, e no amanh.

Que haver de mais consolador, mais reconfortante para a alma virtuosa, atravs das provas e vicissitudes desta vida, do que a certeza completa de que sua felicidade futura depende de suas aes, que ela pode dirigir?

Por outro lado o vicioso, o mau, o cruel, o egosta, sobretudo o egosta, sofrer por si e pelos outros (self and mutual torment) tormentos mais terrveis que os do inferno material, tal qual a imaginao mais desordenada jamais pde conceber.

Allan Kardec

(Allan Kardec - Revista Esprita de Novembro de 1861)

II - Apresentao de Allan Kardec:

Chamamos novamente a ateno dos nossos leitores para a interessante brochura da Srta. Clmence Gurin, intitulada: Ensaio biogrfico de Andrew Jackson Davis, um dos principais escritores espiritualistas dos Estados Unidos. Livraria Ledoyen. Preo, 1 franco.

Allan Kardec

(Allan Kardec - Revista Esprita de abril de 1862)

JOHN WORTH EDMONDS

O GRANDE JUIZ AMERICANO

O PIONEIRO DO ESPIRITISMO NOS ESTADOS UNIDOS

(1816 - 1874)

Este trabalhador da Doutrina Esprita foi um vasto farol de luz na confirmao dos postulados da Doutrina dos Espritos que estavam sendo Codificados por Allan Kardec no mesmo perodo na Frana. Sendo que Allan Kardec em anos posteriores comentaria os grandes avanos do Espiritismo na Amrica.

A obra traduzida pelo site e o seu autor possuem um vasto valor histrico, mais quem queira conhecer a essncia da Doutrina Esprita pedimos que os amigos possam acessar as obras de Allan kardec.

Irmos W.

Biografia de John Worth Edmonds:

O jurista norte-americano John Worth Edmonds, presidente da Suprema Corte de Nova York era, em 1851, um dos homens mais respeitados dos Estados Unidos. Tratava-se de uma pessoa notria e de reconhecido senso critico. Vale ressaltar que era um materialista convicto e que sempre desdenhara os provveis contatos com o mundo dos Espritos.

Em seu relato/testemunho com vrios trechos registrados no livro Histria do Espiritismo, de Arthur Conan Doyle, o juiz afirmou que, em janeiro de 1851, fora convidado para assistir s batidas de Rochester; diz ele que aceitou para ser atencioso e para matar uma hora de tdio.

A partir das observaes em Rochester, Edmonds partiu para suas experimentaes que duraram quatro meses. Neste perodo, os fenmenos foram registrados e comparados; buscava o juiz qualquer inconsistncia ou contradio.

Ele se espantava porque, algumas pessoas que assistiam como ele as demonstraes, criam mesmo tendo participado de apenas uma ou duas sesses e, por outro lado, outros descriam completamente no importando o nmero de reunies que participassem. O juiz persistiu em se negar a crer enquanto no tivesse o mais irrefragvel das provas.

A prova pedida veio em uma reunio de 23 de abril de 1851. Extramos o trecho a seguir do livro As Mesas Girantes e o Espiritismo, de Zus Wantuil:

Fiz parte de um grupo de nove pessoas e nos assentamos em torno de uma mesa colocada no meio do quarto, sobre a qual se achava um lampio aceso. Um outro lampio permanecia em cima da lareira.

Dentro em pouco a mesa foi elevada pelo menos a um p do soalho, e sacudida para frente e para trs, com largo desembarao. Alguns de ns tentamos ret-la, empregando toda a fora de que dispnhamos, mas em vo. Afastamo-nos todos para longe da mesa e, luz dos dois lampies, vimos este pesado mvel de acaju suspenso no ar.

Tomei a resoluo de prosseguir essas investigaes, decidido a esclarecer o pblico, pois pensava que tudo no passasse de iluso; minhas pesquisas, porm, me conduziram a um resultado totalmente oposto.

A partir do momento que concluiu pela veracidade dos fenmenos, ele renunciou a posio de juiz da Suprema Corte de Nova York. Em 1853, publicou o artigo To the Public (Ao Pblico), no New York Courier, onde confessou sua converso ao Espiritualismo e relacionou suas experimentaes. Em agosto daquele ano, ele destinou uma carta ao jornal New York Herald, onde novamente defendeu as suas posies.

Durante os anos de 1853 e 1854, Edmonds desenvolveu sua mediunidade. Junto a um grupo de amigos ele recebeu orientaes do Esprito que fora Emanuel Swedenborg; o resultado foi a publicao de dois volumes que receberam o nome de Spiritualism, Volumes I e II.

Tais obras foram publicadas com a colaborao de seu companheiro de crena, o mdico norte-americano George T. Dexter.

Estes volumes atingiram enorme sucesso, com vrias edies, sendo impressas. Eles so na verdade, alguns dos mais fascinantes e informativos da literatura jamais publicadas sobre o Espiritismo, uma obrigao para todos os estudantes do assunto. Infelizmente, eles esto fora de catlogos por dcadas.

Alm de seus prprios dons medinicos, a filha do juiz, Laura, se tornou uma mdium de transe. Ela desenvolveu incrveis poderes musicais e o dom de lnguas.

Embora pudesse s falava ingls e um pouco de francs, enquanto em transe provocado pelo Esprito falava nove lnguas diferentes, com grande fluncia: Espanhol, Francs, Grego, Italiano, Portugus, Latim, Hngaro, e tambm dialetos indgenas foram identificados.

O pesquisador, naturalista, gegrafo, antroplogo, critico social e co-criador da Teoria da Evoluo das Espcies, o gauls Alfred Russel Wallace, interessou-se pela mediunidade de Laura e relatou o trecho seguinte que lhe foi descrito pelo juiz Edmonds, e por ns extrado do livro O Fenmeno Esprita, de Gabriel Delanne:

Temos ainda a acrescentar um relatrio que ser, talvez, para muitas pessoas a prova mais convincente de todas as experincias desse magistrado. Sua prpria filha tornou-se mdium e ps-se a falar lnguas estrangeiras que lhe eram totalmente desconhecidas.

Ele exprime-se do seguinte modo sobre o assunto: Ela no dominava outro idioma alm do seu, salvo ligeiro conhecimento de francs, aprendido na escola. No obstante isso, tem conversado frequentemente em nove ou dez lnguas diferentes, muitas vezes durante uma hora, com a segurana e a facilidade de uma pessoa falando sua prpria lngua. No raro que estrangeiros se entretenham, por seu intermdio, com seus amigos espirituais e em seu prprio idioma.

Cumpre-nos dizer como se passou tal fato em uma dessas circunstncias. Uma noite, em que doze ou quatorze pessoas se achavam em meu pequeno salo, o Sr. E. D. Green, artista desta cidade, foi introduzido em companhia de um cavalheiro que se apresentou como sendo Evan Gelides, natural da Grcia.

Pouco depois um Esprito falou-lhe em lngua inglesa, por intermdio de Laura, e tantas coisas lhe disse que ele reconheceu estar por seu intermdio em relao com um amigo que falecera em sua casa, alguns anos antes, mas de que ningum tinha ouvido falar.

Nessa ocasio, por intermdio de Laura, o Esprito disse algumas palavras e pronunciou diversas mximas gregas, at que, enfim, o Sr. E. perguntou se ele poderia ser compreendido quando falasse grego? O resto da conversao foi, durante mais de uma hora, da parte do Sr. E. inteiramente em lngua grega. Laura tambm falava em grego e, algumas vezes, em ingls.

Em certos momentos, Laura no compreendia a idia sobre a qual ela ou o senhor Gelides falavam; mas, em outras ocasies, a compreendia, posto que falasse em grego e ela prpria se servisse de termos em grego.

Vrios outros casos so conhecidos e est averiguado que esta jovem tem falado as lnguas espanhola, francesa, grega, italiana, portuguesa, latina hngara, hindu, assim como outras que eram desconhecidas de todas as pessoas presentes. Isto no de forma alguma um caso isolado: apia-se numa autoridade e em testemunho absolutamente irrecusvel. Um pai deve saber ou no se a sua prpria filha aprendeu a falar corretamente oito idiomas alm da sua lngua natal.

O juiz Edmonds no fugiu verdade e testemunhou os fatos que experimentara, demonstrando coragem e desprendimento. O seu papel foi de grande importncia, pois com sua credibilidade abriu as portas para que outros se ocupassem da investigao dos fatos, alm de propiciar mais segurana para os mdiuns que, em muitas oportunidades, se viram ameaados de agresses fsicas, quando demonstravam os fenmenos medinicos e eram acusados de fraudadores.

Apesar de sua carreira jurdica e poltica e a sua incrvel inteligncia ainda mais surpreendente, a imprensa da poca e o pblico do seu tempo, condenou-o por seu apoio ao Espiritismo e, principalmente, por seu apoio das irms Fox e as batidas de Rochester.

Paulo Alves de Godoy - Os Grandes Vultos do Espiritismo

(O Certificado de Apreciao dos Espritas da Inglaterra)

No ano de 1873, em reconhecimento pelos seus anos de servio ao Esprito e a causa do Espiritismo, os espritas da Inglaterra apresentaram ao Juiz Edmonds, com um depoimento e um Certificado de Apreciao.

Este depoimento comea da seguinte forma:

"Para o Juiz Edmonds: em nome de seus muitos admiradores na Inglaterra, o desejo de testemunhar-lhe o nosso grande reconhecimento a distinguir-lhe os servios prestados causa do Espiritismo. "

Ele continua com belas palavras de reconhecimento e valorizao e assinado, no fundo, por 26 proeminentes espritas britnicos. Ela foi apresentada ao Juiz Edmonds, em Londres, em novembro de 1873.

Todos os espritas deveriam estar orgulhosos pelo trabalho realizado por este grande homem. Seu esprito combativo pela causa do Espiritismo foi, certamente, um fator importante no crescimento e propagao do Espiritismo dentro dos Estados Unidos.

Fragmentos traduzidos do ingls pela srta. Clmence Gurin:

O Espiritismo conta, na Amrica, com homens eminentes que desde o princpio lhe avaliaram o alcance e nele viram algo mais do que simples manifestaes. Nesse nmero est o juiz Edmonds, de Nova York, cujos escritos sobre to importante assunto so justamente apreciados e muito pouco conhecidos na Europa, onde no foram traduzidos. Devemos ser gratos Srta. Gurin por nos dar uma ideia deles por alguns fragmentos publicados em sua brochura, levando-nos a lamentar no tenha ela acabado sua obra por uma traduo completa. Ela junta alguns extratos no menos notveis do Dr. Hare, da Filadlfia, que, tambm ele, foi um dos primeiros a ter coragem de afirmar a sua f nas novas revelaes.

A Srta. Gurin, que residiu muito tempo na Amrica, onde viu se produzirem e se desenvolverem as primeiras manifestaes, uma dessas espritas sinceras, conscienciosas, que tudo julgam com calma, sangue-frio e sem entusiasmo. Tivemos a honra de conhec-la pessoalmente e sentimo-nos felizes por lhe dar aqui um testemunho merecido de nossa profunda estima. Pelo fragmento de seu prefcio que transcrevemos abaixo, pode-se ver que nossa opinio justamente motivada.

Como os americanos, temos a f profunda, a esperana radiosa de que esta doutrina, to eminentemente baseada na caridade no esmola, mas amor seja bem aquela que deve regenerar e pacificar o mundo. Nunca a solidariedade fraterna foi mais claramente demonstrada, nem de maneira mais sedutora. Vindo consolar-nos, ajudar-nos, instruir-nos, indicar-nos, enfim, o melhor uso a ser feito de nossas faculdades, em vista do futuro, os Espritos so to evidentemente desinteressados, que o homem no os pode ouvir muito tempo sem experimentar o desejo de imit-los; sem procurar ao seu redor algum para participar dos benefcios que lhe dispensam to generosamente. Ele o faz com muito mais boa vontade porque compreende enfim que esse o preo do seu prprio progresso, e que no grande livro de Deus no so levados a seu crdito seno os atos praticados com vistas ao bem-estar material ou moral de seus irmos. O que os Espritos fazem com sucesso neste momento foi tentado muitas vezes na Terra por coraes nobres e almas corajosas, mas que foram e so ainda desconhecidos e ridicularizados. Suspeitam de seu devotamento e s quando desaparecerem que tm chance de ser julgados com imparcialidade. Eis por que Deus lhes permite continuem a obra aps aquilo a que chamamos morte.

o caso de repetir com Davis: No temais, irmos; sendo mortal, o erro no pode viver; sendo imortal, a verdade no pode morrer!

Clmence Gurin.

A passagem seguinte, do juiz Edmonds, mostrar com que justeza tinha ele entrevisto as consequncias do Espiritismo. No se deve esquecer que ele escrevia em 1854, poca em que o Espiritismo ainda era novo na Amrica, como na Europa.

Outros julgaro se minhas dedues so verdadeiras ou falsas. Meu objetivo ser atingido se, falando do efeito produzido em meu esprito por essas revelaes, fiz brotar em alguns o desejo de tambm pesquisar e assim levar novas luzes ao estudo desses fenmenos, porque at aqui os mais veementes adversrios, os que, na sua indignao, gritam contra a impostura, so tambm os mais obstinados na sua resoluo de nada ver ou ouvir sobre este assunto; os mais decididos a permanecer na ignorncia completa da natureza dos fatos. Homens com reputao de saber, seno de Cincia, no temem compromet-la dando explicaes que a ningum satisfazem, baseadas em observaes superficiais, feitas com uma leviandade que faria corar um estudante.

Entretanto, no uma coisa indiferente esse novo poder inerente ao homem (connected with man) e que, sem a menor dvida, ter sobre o seu destino uma considervel influncia para o bem ou para o mal.

E j podemos ver que desde a origem, apenas h cinco anos, a ideia espiritualista se propagou com uma rapidez que a religio crist no havia igualado em cem anos. Ela no procura os lugares desertos, no se cerca de mistrios, mas vem abertamente aos homens, provocando um minucioso exame, no pedindo uma f cega, mas, em todas as circunstncias, recomendando o exerccio da razo e do julgamento livre.

Vimos que os ataques dos filsofos no conseguiram desviar um s crente; que os sarcasmos da imprensa e os antemas da ctedra so igualmente impotentes para deter o progresso, e, sobretudo, j podemos constatar sua influncia moralizadora. O verdadeiro crente torna-se sempre mais prudente e melhor (a wise and better man), porque lhe foi demonstrado que a existncia do homem aps a morte est positivamente provada. Todos quantos, sria e sinceramente, conduziram suas investigaes sobre o assunto, tiveram suas provas irrecusveis. Como poderia ser diferente? Eis uma inteligncia que nos fala todos os dias. um amigo. (Em geral os americanos comeam conversando com parentes ou amigos). Ele prova a sua identidade por mil circunstncias que no deixam a menor dvida, por meio de recordaes que s ele pode conhecer. Ele nos fala das consequncias da vida terrena e nos pinta a vida futura em cores to racionais que ns sentimos que diz a verdade, pois conforme ideia ntima que tnhamos da Divindade e dos deveres que ela nos impe.

Aqueles que amamos no so separados de ns pela morte, mas muitas vezes esto juntos de ns, ajudam-nos e nos consolam pela esperana de uma reunio certa. Quantas vezes os ouvi, por mim mesmo ou atravs de outros! Quantas pessoas desoladas vi acalmadas pela suave certeza de que o ser querido trazido pelos laos do amor, volteia em torno delas, fala-lhes ao ouvido, contempla a sua alma, conversa com o seu Esprito!

Assim, a morte est despojada do cortejo de terrores misteriosos e indefinidos com que foi cercada por aqueles que esperam mais da degradante paixo do medo que do nobre sentimento de amor.

Notemos de passagem que, sejam quais forem as nuanas no ensino da nova filosofia, todos os seus discpulos entendem que a morte no um espantalho, mas um fenmeno natural; a passagem a uma existncia em que, livre de mil males da vida material e dos entraves que o confinam num s planeta, o Esprito pode percorrer a imensidade dos mundos e alar vo para regies onde a glria de Deus realmente visvel.

Est igualmente demonstrado que nossos mais secretos pensamentos so conhecidos pelos seres que, tendo sido amados, continuam a velar por ns. em vo que a gente tentaria subtrair-se a essa inquisio, terrvel por sua prpria benevolncia. No possvel duvidar disto, como eles queriam. Muitas vezes fiquei estupefato e tive arrepios a esta revelao, imprevista mas irrecusvel, de que os mais ntimos refolhos da conscincia podem ser examinados por aqueles mesmos aos quais queramos ocultar nossas fraquezas.

No est a um freio salutar contra os maus pensamentos, os atos criminosos, na maioria das vezes cometidos porque o culpado se garantiu por estas palavras: No o sabero...? Se algo pode confirmar esta verdade to terrificante para alguns, a lembrana do que cada um experimenta aps uma boa ao, mesmo quando ficou secreta: um contentamento ntimo a nenhum outro comparvel. Esses o sabem bem, pois a mo esquerda ignora o que d a direita. , pois, racional crer que se nossos amigos nos podem felicitar, tambm nos podem censurar; se veem nossos atos meritrios, veem tambm nossos erros.

A isto no hesitamos em atribuir o fato incontestvel e incontestado de que no h verdadeiro crente que no se tenha tornado melhor.

De nossa conduta depende nosso destino futuro. No de nossa adeso a esta ou quela seita religiosa, mas de nossa submisso a este grande preceito: AMAR A DEUS E AO PRXIMO... No devemos adiar a nossa converso. Ns prprios devemos trabalhar pela nossa salvao, no mais tarde, mas agora; no amanh, mas hoje.

Nada h de mais consolador, de mais fortificante para a alma virtuosa, atravs das provas e vicissitudes desta vida, que a certeza completa de que sua felicidade futura depende de suas aes, que ela pode dirigir.

Por outro lado, o vicioso, o mau, o cruel, o egosta, especialmente o egosta, sofrer por si e pelos outros (self and mutual torments), tormentos mais terrveis que os do inferno material, tal qual a imaginao mais desordenada jamais conseguiu pintar.

Allan Kardec

Fontes: Revista Esprita - Ano 1861 - Ms Novembro

George T. Dexter

(1819 - 1863)

O Doutor George T. Dexter trabalhou em conjunto com juiz John Worth Edmonds na compilao e publicao de dois volumes que receberam o nome de Spiritualism, Volumes I e II.

"Eu descobri que havia muitos modos nos quais essa inteligncia invisvel comunicava-se conosco, alm das pancadas e mesas batedoras, e que atravs desses outros modos vieram muitas outras comunicaes distintas pela sua eloqncia, sua alta ordem intelectual e seu tom moral puro e elevado"

John Worth Edmonds "Spiritualism Vol. 01"

Testemunho da ex-mdium Mary Grace Hughes

INFNCIA

Sou de uma famlia de quatro filhos: dois homens e duas mulheres, meu pai e minha me. Minha me foi muito infeliz por causa das muitas ausncias do meu pai. Mame era indiferente com relao a religio. Diziam-se catlicos, porm simpatizante do espiritismo.. Naquela poca os crentes eram muito marginalizados pela sociedade. Ser crente era ser inferior e sem cultura. Ser esprita ou mesmo simpatizante do espiritismo era uma coqueluche da cultura brasileira. Esta foi uma das causas da decadncia moral, poltica e social do Brasil, pois a mente de um pas esprita fica alienada a carmas sofrimento e pobreza, conformismo e etc. Quando tinha dez anos minha me sofreu de uma doena paroxstica difusa que afetou sua personalidade. Ela foi para um sanatrio e aquele quadro machucou muito meu corao, pois eu a amava muito.

Nesta ocasio meu pai j havia constitudo nova famlia. Os divorciados eram muito discriminados naquela poca eu e meus irmos passamos a ter dificuldade por ser filhos de pais separados. Muitas vezes fui convidada, como criana, a me retirar de uma casa por causa deste motivo. Meu crculo de amizade passou a ser com crianas com quadro semelhante ao meu, Sem meu pai e minha me em casa minha vida passou a ser um tormento. Fui me tornando uma pessoa muito triste. Minha casa era o ltimo lugar em que eu queria estar. Passava maior parte do meu tempo na rua. Sempre encontrava uma maneira de fazer dinheirinho para pipocas, sorvetes e material para construir meus prprios brinquedos.

Eu sempre questionava o porqu daquele sofrimento.

ADOLESCNCIA

Com quatorze anos de idade passaram a acontecer fenmenos paranormais. Em minha casa janelas abriam e fechavam, vultos passavam rudos estranhos. Tinha impresso de que algum estava em casa o tempo todo. Muitas vezes a temperatura da casa se modificava e dava a impresso de ambiente mal assombrado.

Uma vez recebi uma visita de uma prima minha e um destes vultos se materializou para ela na forma de um macaco gigante. Ela ficou em desespero aterrador. Passei a ser muito sensitiva. Perdi o medo e passei a conversar com uma presena espiritual Um dia esta presena se manifestou na forma de um ndio passei a ter vontade de vestir e agir como um ndio. Pintei metade do meu rosto e fui pro quintal brincar de ndio. (Neste tipo de manifestao como se existisse uma mente paralela a da pessoa, no h confuso de personalidade, a pessoa tem plena conscincia de si e da entidade. So duas mentes distintas) Segundo os espritas eu era uma mdium, e para me livrar deveria desenvolver minha mediunidade num centro esprita. No me interessei pela proposta.

s vezes eu ia ao centro esprita Kardecista para tomar passes. L eles falavam de Jesus e me confortavam. Eles me asseguravam que no existiam demnios nem Satans e sim espritos que interferiam em nossa vida se no desenvolvesse a mediunidade Naquela ocasio me tornei simpatizante do espiritismo. Enquanto isto a situao de minha famlia se agravava cada vez mais. Minha me nunca voltou ser a mesma. Naquela poca comecei a freqentar bares noturnos, o cigarro, a bebida, os amigos me fizeram sentir outra pessoa. Sentia-me livre e adulta. Finalmente encontrei um ambiente onde era aceita.

Aos quinze anos eu j havia sido internada em hospital psiquitrico esprita por duas vezes. A enfermeira me levou a uma sala no interior do hospital onde pude observar os espritos se comunicando atravs dos mdiuns. Eram pessoas cultas e de alto nvel social. Um ano mais tarde fui internada pela terceira vez no mesmo hospital. Meus exames mdicos no acusavam nada. Eles sempre insistindo que eu deveria desenvolver minha mediunidade.

Internada em um Sanatrio.

Meu pai me mandou para um hospcio. As condies eram as piores possveis, muita gente assustadora por causa da loucura e dos excessos de comprimidos. Procurava no tomar os comprimidos, mas um dia a enfermeira descobriu e passou a me obrigar e eu fiquei igual s outras internas: ria toa e falava molemente. Fiquei seis meses no sanatrio. Fui muito dopada com injees, para calarem minha boca tendo em vista o que eu presenciara naquele lugar, inclusive maus tratos que levou morte de uma interna.

De volta para casa

Quando sa do sanatrio voltei ao convvio com o ttulo de pancada da cabea. Achei amizade agora s com pessoas pervertidas, o que tinha de pior na cidade.

Um dia orei a Jesus pedindo a ele que queria ser uma moa normal.. Queria ter algum que me amasse. Sonhava em casar-me e sair daquela cidade. Eu tinha todos os sonhos de uma adolescente.

Eu no queria ser esprita, no me interessava pelos mortos; no queria ser mdium.

Minha aparncia melhorou e logo conheci meu futuro esposo e aqui neste testemunho vou cham-lo d Carlos.

Era de boa famlia bom status social. Muitos o avisaram contra mim mas ele faz seu prprio julgamento. Ele era catlico praticante. Arrumei um trabalho de manequim. Comecei a desfilar, as pessoas me aplaudiram eu era admirada e reconhecida. Passei a ser modelo exclusiva da Maruere, uma Cia Japonesa. Passei ater um salrio altssimo. Agora o patinho feio se transformara num lindo Cisne.

Trs anos depois estava casada. Tive um lindo filho chamado Fbio. J possuamos um prprio negcio de confeco. Com os anos meu casamento foi sofrendo um desgaste. Eu e Carlos nos amvamos, mas no ramos felizes. Tentvamos de todo jeito at que Carlos procurou um Centro Esprita Kardecista. Ele era de forte formao catlica. Fiquei impressionada com esta deciso. Ele trouxe um recado de um mdium que eu deveria ir l tambm. Quando no temos conhecimento da bblia e no sabemos quem estes espritos realmente so, a experincia com os espritos se torna a de uma presa na rede A comunicao real, mas eles no so um ente querido, mas demnios, espritos familiares que passam na mesma famlia de gerao em gerao. Eles conhecem nossa vida, nossos antepassados e sabem de detalhes e segredos a nosso respeito que estavam ocultos. Atravs dos mdiuns eles nos revelam o que viram e convencem que sua doutrina verdade, principalmente porque eles falam o nome Jesus. Veja o que a bblia diz sobre isto em I TIMOTEO 4:1. MAS o Esprito expressamente diz que nos ltimos tempos apostataro alguns da f, dando ouvidos a espritos enganadores, e a doutrinas de demnios.

Na semana seguinte fui a uma sesso esprita. A mdium atendia um a um antes da sesso de desobsesso. (Segundo o espiritismo, nesta sesso os espritos dos mortos se manifestam atravs do mdium. Eles so doutrinados e levados por outros espritos para diversas partes do mundo espiritual dependendo da sua evoluo e do tratamento que necessitam. Na maioria das vezes este esprito de luz tambm chamado de anjo de luz, mentor do centro ou do mdium principal, manifesta-se dando uma mensagem) O Crente em Jesus Cristo que conhece a bblia no se deixa enganar, pois assim diz a palavra de Deus: II CORINTHIOS 11:13,15 Porque tais falsos apstolos so obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apstolos de Cristo.(referindo-se aos mdiuns)E no maravilha, porque o prprio Satans se transfigura em anjo de luz. No muito, pois, que os seus ministros (mdiuns) se transfigurem em ministros da justia; o fim dos quais ser conforme as suas obras.

Fiquei impressionada com as palavras de conhecimento da minha vida, sobre assuntos cotidianos. Ele disse que eu tinha de estudar o Evangelho do Espiritismo, O livro dos espritos e as obras de Andr Luiz. Se eu no fizesse minha vida nunca seria prspera e os espritos obsessores me perseguiriam, pois eles eram pessoas que em vidas passadas , ns os prejudicamos, perseguimos, atormentamos e em alguns casos at os assassinamos. Agora eles nos perseguem at que haja um acordo de paz ou uma reencarnao expiatria. Ai, eu me perguntei: Porque fugir do espiritismo? Afinal eles falam em Jesus, praticam a caridade e nunca os ouvi falar que deveramos praticar o mal.

Mergulhei da cabea no espiritismo. Dediquei-me a descobrir o que ensinavam. Fiquei impressionada quando eles me disseram que o CONSOLADOR, o esprito da verdade, que Jesus Cristo prometeu era o ESPIRITISMO. Fiquei atnita porque esta teoria esprita explicava meus sofrimentos, os desajustes de minha famlia (s no os resolvia) explicava e alimentava o meu intelecto. AQUI O PEIXE CAIU NA REDE.

UMA ESPRITA ATUANTE

Uma nova etapa comeou em minha vida. Feliz pela literatura esprita que satisfazia meu intelecto, mas nunca a minha alma, e motivada pelo amor que eu nutria por Jesus, passei a seguir o Kardecismo.

Seis meses aps o meu encontro com aquele mdium meu casamento acabou. O amor acabara. O espiritismo trouxe a soluo para o nosso casamento: segundo os espritos, nossa etapa juntos acabara; teramos de seguir nosso destino, separados. Mais tarde eu j estava num relacionamento confuso e decadente, envolvimento este que me custou caro: meu filho, minha paz e minha sade. Chamarei este indivduo com o qual me envolvi de Jos. Muitas vezes quis sair deste relacionamento, mas era muito difcil. Era como se minha prpria vontade nada valesse. Machucamos muitas pessoas por causa deste envolvimento, mas segundo os espritos no adiantava lutar contra, pois nos reencontrvamos para uma nova etapa de evoluo. Segundo os espritos nossa unio j havia sido ordenada antes de nos reencarnarmos.

Sete meses mais tarde nos unimos para o bem ou para o mal. Mas s aconteceu o mal. Jos sofrera uma perseguio de seu melhor amigo, uma ao judicial que nos custou seis lojas de confeco mais a falncia.

Devido a falta de condies financeiras e instabilidade entreguei meu filho ao seu pai para cuidasse at que as cousas melhorassem. O menino tinha apenas trs anos de idade. Devido a novo ramo comercial tivemos que viajar para outras cidades e fixarmos residncia de at dois anos em cada cidade. Eu e Jos ramos fieis ao espiritismo, em toda cidade que passvamos visitvamos os centros espritas. Ns divulgvamos a doutrina aonde quer que fssemos. Em 1982 mudamos para Belo Horizonte, onde por dois anos freqentamos a cidade de Pedro Leopoldo, cidade natal do famoso mdium Chico Xavier, o Centro Esprita Bezerra de Menezes.

O fundador daquele centro era o continuador das tarefas assistenciais de Chico Xavier, desde que o famoso mdium se mudara para Uberaba. Nosso primeiro encontro com o mdium de |Pedro Leopoldo foi muito marcante. Estvamos impressionados com sua mediunidade. Vrios espritos se manifestavam ali: desde Bezerra de Menezes at Scheilla que, segundo os espritos, fora uma enfermeira na segunda grande guerra mundial. Ela tambm era filha do esprito do Dr. Fritz, um esprito que vem se manifestando atravs de vrios mdiuns promovendo diversos tipos de curas e cirurgias espirituais. A maioria dos mdiuns que se envolveram com este esprito morreu tragicamente para se cumprir o que a bblia diz em Levtico 20:27. O homem ou a mulher que entre vs for mdium ou feiticeiro, certamente sero mortos, sero apedrejados, e o seu sangue cair sobre a suas prprias cabeas

Neste mesmo dia aps fazermos a distribuio de sopa fomos para o interior do centro, onde o mdium diretor convidava diversas pessoas para sentar-se volta da grande mesa. Aquele velhinho me tratou com muito carinho e foi me dizendo: Eurpedes Barsanulfo pediu-me que cuidasse de voc com muito carinho Aquilo foi um impacto para mim. Este nome era o mentor espiritual do centro que eu freqentara antes. Freqentei aquele centro por dois anos. Na ocasio meu guia espiritual se manifestou. Ele fazia parte da falange de Scheilla. Conheci os maiores mdiuns do Brasil.

Lembro-me de ter compreendido como os mdiuns sofrem.Quanto maiores so as manifestaes sobrenaturais, e mais alta a posio do esprito mentor da linhagem espiritual, mais o mdium sofre. Na maioria dos casos ele padece de doenas progressivas. Acidentes de carros eram comuns. O mdium daquela instituio, que passou a ser meu padrinho espiritual, andava arrastando, pois tinha parafuso emendando diversas partes do seu corpo, devido a um srio acidente de carro. Aprendi com ele a renunciar a mim mesmo em favor da doutrina dos espritos e ser tolerante nos momentos de provas e expiaes. Quando certos problemas viessem, teramos de suportar, tolerar e sofrer em silncio, para que pudssemos evoluir. Era um luxo ser mdium e ser pobre.

Meu padrinho era muito procurado por pessoas de todas as classes sociais. A resposta era sempre a mesma: Mediunidade. Segundo a doutrina dos espritos todos so mdiuns. Se voc j foi a um centro j deve ter ouvido isto. O quadro das congregaes espritas mesmo. Muitas pessoas sofrem de perseguies judiciais, perdem seus bens e vo falncia. Vinham em busca de consolo e a resposta era sempre a mesma: mediunidade. Este o seu carma, na prxima reencarnao voc estar livre desta dvida. A terra um lugar de provas e expiao. Os problemas mais comuns eram os familiares. A cada dez famlias, oito estavam enfrentando desiluses, separao e divrcio. Outros problemas muito comuns eram de ordem psquica, perturbao espiritual.

Em todos os casos os guias apresentavam sempre a mesma soluo: renda-se aos espritos, desenvolver mediunidade, freqentar sesses espritas, tomar passe e gua fluda. Os resultados eram sempre os mesmos: as pessoas no encontravam uma soluo positiva para os seus problemas. Nada melhorava apenas as pessoas ficavam conformadas com o fato de que carregavam consigo uma grande carga de culpas de vidas passadas. Sem conhecer verdadeiramente a pessoa do Senhor Jesus Cristo, o Filho ressuscitado do Deus Vivo. As pessoas se comprometiam com as prticas espritas, caridades ajudando as mais infelizes que elas. Quanto aos perturbados, se no se envolvessem com a doutrina esprita, acabavam sendo levadas a loucura pelos espritos e internados em hospitais psiquitricos como eu fora.

No ano de 1984 mudamos para os Estados Unidos. Durante este tempo fundamos naquele pas, EUA, um grupo esprita em Forte Lauderdale, Flrida, que se dissolveu quando voltamos ao Brasil em 1986.

Neste perodo eu j tinha fortes experincias com os espritos, pois desenvolvera diversas mediunidades. Uma foi a experincia fora do corpo, chamada pelo espiritismo de desdobramento. Conhecida tambm como viagem astral. Era muito fascinante, pois eu era levada pelos espritos a diversos locais no mundo espiritual, at pases e cidades distantes. Eu volitava pelas montanhas, bosques, florestas, praias e rios. Entrei at mesmo em um vulco. J sa de meu corpo e toquei-o fora de mim, passeava pelo meu quarto com meu corpo na cama e tocando todos os objetos de uso pessoal.

Quando eu estava nos EUA, ia ao Brasil levada pelos espritos e visitava familiares, amigos e etc. Era muito comum eu ter notcia de familiares e amigos antes mesmo que elas chegassem a ns pelos meios naturais. Meu esposo estava habituado a este tipo de experincia que eu tinha.

Em uma ocasio, no Brasil, hospedado na casa de meu padrinho espiritual. A noite eu e meu esposo, na cama. Conversando quando vi o meu padrinho espiritual entrar pela porta do quarto. Eu estava to habituada a exercer a sada do corpo que desejei estar ali com ele. Exerci a queda da respirao, e em segundos estvamos juntos no quarto, em esprito. Fomos para a sala de jantar onde ficamos conversando por dez minutos, Eu o acompanhei at ao porto da casa. Ele me pediu que eu voltasse para o meu corpo e ele seguiu volitando para o cu afora. Voltei para meu quarto, entrei em meu corpo e relatei a experincia ao meu marido. Na manh seguinte frente de vrias pessoas, meu padrinho veio e disse que ontem noite ele no pode me lavar aonde foi. Eu me considerava privilegiada, pois poucos mdiuns tm este tipo de experincia. Ficava feliz por fazer parte de uma minoria.

Por vrias vezes quando estava em desdobramentos corri srios perigos. Sempre havia algum tipo de armadilha para me pegar. Na maioria das vezes via meu mentor espiritual ao meu lado. Em algumas ocasies ele me levava para um tnel escuro, dentro dele eu comeava a sentir uma forte presso, como se um aspirador magntico muito forte me puxasse. Ao ser sugada, o tnel se tornava cada vez mais horrendo, eu sentia calafrios. Muitas vezes eu sentia que uma fora diferente me livrava da experincia. Nunca me preocupei mesmo sabendo que corria risco de morte, pois eu confiava no meu guia espiritual. (Eu no sabia quem realmente ele era)

Meus problemas pessoais e familiares eram grandes; a opresso e a perseguio espiritual vinham de todos os lados. Eu estava sempre doente e muito infeliz. Contudo quando eu olhava meus mestres espirituais, eu me considerava feliz, pois todos sofriam perseguies espirituais, a maioria deles padecia de doenas e enfermidades piores que as minhas. Quem era eu para reclamar. Eu era apenas uma simples cooperadora do espiritismo e dos espritos, se comparada a grandes mdiuns de renome. Quando eles me revelavam meu passado, vidas passadas eu me sentia a pior das pessoas, sem o mnimo de merecimento. Eu sofria calada, sempre esperanosa de uma vida futura melhor, nas prximas reencarnaes.

Eu renunciara meu direito a um lar feliz, sadio e estvel. Eu sentia muita falta do meu filho. A saudade doa. Muitas vezes eu chorava calada por estar distante dele. Buscava nas crianas ao meu redor a imagem de meu filho nas diferentes idades. Muitas foram as vezes que ansiava ter meu filho no colo, beij-lo, lev-lo ao parque. Entre ns estava a distncia, meu marido e a vida nmade e instvel. Poucas vezes tive a felicidade de ter meu filho comigo, por alguns dias ou algumas horas.

LDER NO ESPIRITISMO

No ano de 1986 voltamos ao Brasil, estabelecemos uma fbrica de confeco na cidade de So Joaquim da Barra/SP. Nesta ocasio ansiava por restabelecer meu lar e ter meu filho comigo. Meu esposo se ops totalmente minha vontade, ele no aceitava que meu filho morasse conosco. Meu filho passou poucos finais de semana comigo e, muitas vezes, chorei por isto.

O tempo passava e meus anseios de mes eram sufocados. Um dia meu padrinho espiritual me trouxe um consolo por parte dos espritos. Ele pedira ao doutor Bezerra de Menezes (esprito) que lhe apontasse o quadro espiritual entre ns trs (eu, meu esposo e meu filho) em vidas passadas. O esprito do Dr. Bezerra de Menezes mostrou-lhe as pginas de um livro que registravam o seguinte CARMA: eu e meu atual esposo ramos casados legalmente. Meu filho naquela poca era meu amante e, juntos assassinamos de modo cruel meu esposo. Era, portanto necessrio que a dor da renncia e da separao pagasse o carma contrado. Cri piamente nesta explicao para os acontecimentos. Com isto eu perdi toda energia para lutar ou querer mudar os fatos. O barco teria de seguir seu destino.

Eu poderia mudar os fatos sim, mas, segundo os espritos, iria contrair novas provas e novas provaes fora do meu destino e teria de pagar tudo de novo em uma vida futura.

Fico a pensar em quantos quadros e situaes como estas esto ocorrendo no Brasil agora. Num pas onde 40% da populao simpatizante desta doutrina e cr nestes mesmos fardos, ou piores,, quantos coraes aflitos passam pelos mesmos fardos ou semelhantes? Eles vivem oprimidos carregando nos ombros e no corao o sentimento de culpa de vidas passadas, renunciando seus preciosos filhos e filhas, deixando lares, abandonando cnjuges e entes queridos. Eles vivem miseravelmente por crerem nas mais absurdas farsas enganadoras de vidas passadas. Passei a dedicar ainda mais na caridade, pos fazer o bem aliviava meu corao. Dentre muitas aes de caridade que fiz na cidade de So Joaquim da Barra e de Franca, lidei com grupos jovens espritas e vi que desde cedo sofriam profundas perdas e sofrimentos. Mas seus coraes eram sinceros como o meu e se esforavam por buscar a Jesus. Os jovens pouco sabiam de Jesus.

Neste tempo os mdicos diagnosticaram um foco convulsivo do lado esquerdo da minha cabea. Passei a sofrer de convulses cerebrais. Foi uma poca muito dura para mim. O relacionamento com meu esposo era miservel. Eu sentia muita falta do meu filho. Eu guardava no corao as amarguras e sofrimentos do dia a dia. Os mdicos me disseram se eu continuasse renunciando a mim mesma daquela forma eu poderia sofrer leses mais srias.

Era tempo de por fim quele carma. Eu estava segura que se continuasse aquela vida com meu esposo eu ficaria doente e invlida e o perderia de qualquer forma. O mesmo egosmo que o mantinha unido a mim, faria com que ele me deixasse.

No foi fcil tomar esta deciso. Como uma pessoa subjugada a outra sofre. Mas Jesus mais uma vez interferiu a meu favor de forma maravilhosa, mesmo sem eu ter conhecimento.

Viajando pelo litoral santista, tarde eu e meu esposo passamos frente a uma igreja evanglica da Assemblia de Deus. Era um congresso. Senti uma grande vontade de ir aquela igreja. Com o consentimento dele eu fui. O Pastor Marco Tlio Barros pregava a palavra de Deus. Ele deu seu testemunho de como Jesus o havia livrado da priso e da morte numa viagem missionria no oriente mdio. Logo ele fez um apelo perguntando se algum queria aceitar Jesus. Eu dizia: Eu j tenho Jesus Dentro de mim algo me impulsionava a ir, mas eu resistia quela vontade. Uma jovem veio em minha direo com um olhar materno, segurou em minha mo, me levou at ao altar. Ali eles oraram fervorosamente por mim. Ao final da orao meu corao estava rendido. Senti-me aliviada, mas no sabia o que era. Retirei-me da igreja, relatei o fato ao meu marido e rimos juntos. Mas l no ntimo meu esprito meditava sobre o ocorrido e guardei aquela cena no corao. Ali eu ganhei foras e me libertei do jugo que me prendia aquele homem. Logo em seguida recebi um convite de amigos evanglicos dos EUA Mr. e Mrs. Wolpert. Eles queriam me ver novamente e me convidaram a passar um tempo com eles na Flrida.

As convulses haviam se intensificado. Recebi apoio de todos meus amigos com relao separao e minha ida para os EUA. Depois disso passei a lidar com um grande inimigo: meu esposo. Ele se recusava a dividir os bens e a indstria que adquirimos juntos. Ele queria me punir por deix-lo. Paguei mis um preo da separao. Fiquei com quase nada. Fui passar trinta dias de frias com o casal amigo.

A MISSO

Ao regressar aos EUA, de frias achava que ia ter descanso, como se isto fosse possvel sem os braos do Senhor e Salvador Jesus Cristo. O Casal Wolpert me dava muito carinho. O casal j alcanava setenta anos de idade. Eles liam a bblia toda manh, e duas vezes por semana amos a igreja. Eles me convenceram a passar mais seis meses com eles.

Meu guia espiritual comeou a me mostrar que o tempo previsto para a misso que eu me comprometera com os espritos havia chegado. Eu seria usada pelos espritos para implementar o centro esprita, onde os espritas brasileiros pudessem estudar e praticar a doutrina esprita. Eu procurava um centro kardecista, o que era impossvel, pois nos EUA, Flrida, s havia o centro esprita hispnico, com atividades bem diferentes das do Brasil. O kardecismo no conquistara espao na cultura americana.

Eu no me separava do Evangelho Segundo o Espiritismo, dos Livros dos Espritos, nem do meu costumeiro dilogo com os espritos. O casal Wolpert fez de tudo para que eu me congregasse na igreja, mas segundo a minha prpria ignorncia, concepes e credos, eu no queria regredir na minha vida espiritual, desejava ter comunho com os espritos. Era uma luta entre a Luz e as trevas. Jesus fizera tudo para me resgatar daquela vida de engano, mas eu estava cega.

Meu guia espiritual insistia que eu deveria iniciar um trabalho para brasileiros. Quando o famoso mdium Divaldo Pereira Franco visitou a comunidade Hispnica Kardecista, compartilhei meus intentos com ele. Fui encorajada a iniciar os trabalhos no prdio da Federao Esprita Hispnica, pois assim teria menos despesas com aluguel.

Voltei ao Brasil, vendi tudo, retornei aos EUA e nasceu o grupo esprita irm Scheilla Foi um sucesso. Em 1993 fundamos a folha esprita de Miami. Muito zelo, muita dedicao. Ali nunca uma comunidade latina tinha prosperado tanto como a nossa.

Em 1992 lancei a griffe Mary Grace Designers, linha praia esportiva. Depois passei a trabalhar como colunista do Flrida Review, maior jornal brasileiro no exterior. Fui crescendo, entrevistei gente famosa, fiz teatro. Implantei um programa na televiso.

Poucos meses aps a estria do meu programa,, o furaco Andrews devastou o centro de Miami, causando uma grande perda para os comerciantes brasileiros, eles eram meus patrocinadores e isto inviabilizou a manuteno do programa. Tive outros apoios na TV e isto me ocupava muito. Os estudos espritas comearam a enfraquecer-se. Meu guia me advertia que minha misso nos EUA era com o grupo esprita. Estava para ter um contrato com a Varig e fiquei entre a doutrina esprita e a vida profissional. Deixei a TV, pois no podia viver sem meus amigos espirituais. Alm disso, eu cria piamente que a doutrina Esprita era a terceira revelao de Deus, o Consolador prometido por Jesus Cristo. Tudo que o diabo d, ele toma.

O CAOS

Obra e sofrimento so a marca do espiritismo. Lder ou simpatizante, no importa. Ningum est livre de, lentamente cair no caos. Cedo ou tarde, tragdias devastadoras assolaro a nossa vida. Pagamos um carma e logo aparece outro. No h recompensa pelo trabalho, no h vitrias em nossas lutas. O drama da conscincia, o sentimento de culpa e de no merecimento, rouba at a f em ns mesmos. A doutrina esprita tem sempre a mesma explicao para as tragdias, os tormentos, o sofrimento e a mediunidade: a terra um lugar de provas e expiaes. Ns devemos ter sido muito maus, causando muito sofrimento a muitas pessoas em vidas passadas. Agentemos firmes; vamos superar mais essa.

Teria eu mais carmas? No h trguas! Os espritos no exigem de ns apenas obras e renuncias: a doutrina mais bem propagada quando a divulgamos miseravelmente. Exemplo disso a vida do codificador Alan Kardec que perdeu quase tudo o que tinha e morreu pobre, quase sem nada, e um grande esprita brasileiro que passou grande fase de sua vida enfermo, acamado, doente e em sofrimento. Pouco depois que deixei o programa de TV, sofri um grave acidente de carro. Quatro deles bateram contra meu automvel, que ficou totalmente destrudo. Sangrando e gemendo recobrei a conscincia quando j estava na ambulncia. Uma fora diferente, agradvel me sustentava, sentia paz e estava sem dor. Mas logo comecei a invocar os espritos, principalmente o Dr. Bezerra de Menezes, conhecido como mdico espiritual. Ento uma sensao sombria se apoderou de mim. Esperava receber consolo e conforto, mas no foi o que aconteceu. No entendi o que aconteceu, mas guardei comigo aquela impresso. Sofri muitos danos, fiquei longo tempo em recuperao. Meu lado esquerdo precisava de reabilitao. Meu pescoo tinha um disco deslocado. Minhas finanas viraram de cabea para baixo. No pude pagar aluguel, vendi parte de minhas cotas e fui morar de favor. Continuei firme com o propsito do centro esprita que aps passar por uma crise, cresceu como nunca. Mas o meu carma no parava a. No havia passado um ano deste acidente quando ainda sofri outro. A batida foi o suficiente para agravar os problemas que eu j tinha. No me foi possvel dirigir o centro, passei a responsabilidade dele a Federao Esprita Hispnica que indicou uma mdium substituta. Aos poucos me estado fsico piorou. Tive a sensao de estar paralisada. Novos testes acusaram uma possvel fratura na vrtebra. No h palavras para poder explicar meu drama. Dores fsicas, longe da minha famlia com profundo abalo emocional. S me restou um amigo que me cedeu sua cama e uma amiga, Regina, que vinha sempre me visitar.

Pela primeira vez na minha vida, depois de anos, no pensava nos espritos, nem os invocava, meus pensamentos e o meu corao estavam voltados apenas para Jesus.

O espiritismo ensina que os espritos so os mensageiros de Jesus e que apenas atravs deles temos acesso sua pessoa e ajuda que precisamos. Agora minha aflio e dor eram to grande que eu passei por cima de toda a hierarquia espiritual e fui direto quele que o crucificado, ressurreto, quele que o Autor da Vida, o Alfa e o mega, o Prncipe da Paz, a Resplandecente Estrela da Manh, o meu amado Jesus. Eu o invoquei de corao. No momento em que invoquei a Jesus eu estava em crise. A sensao de loucura. Quando me dei conta destes sintomas eu imaginava como seria o meu fim. No poderia responder por mim e acabaria num sanatrio. Nunca estive to s. Neste momento os espritas so os primeiros a se afastar de voc. Esto preocupados em cuidar dos seus prprios carmas. A prpria doutrina se encarrega de mant-los afastados. Mas Jesus passou a ser o Meu Companheiro.

O filme de minha vida passava pela minha mente: minha infncia, a rejeio da famlia, o sanatrio, minha desventura matrimonial, a negao de poder ser me e ter filhos, a misria em que eu me encontrava a dor, o cansao mental e a angstia. J no queria mais viver. No tinha coragem de tirar a minha prpria vida, mas ansiava pela morte. Pedia a Jesus que tirasse a minha vida. Eu era uma suicida em potencial, perdi todo meu amor pela vida, aguardava ansiosa pela morte. Naquela noite em que pedi a Jesus a morte, ele comeou ali o enterro daquela criatura solitria, triste e destituda da alegria de viver, para nascer uma nova. Eu pedi a morte a Jesus, o Autor da Vida, ele me deu uma vida nova.

A LIBERTAO FINAL

Aconteceu comigo. Jesus moveu a terra e o cu para me libertar do espiritismo. Houve lutas entre anjos e demnios. Eu estava em pecado, envolta em trevas, enferma e cega espiritualmente. Jesus sempre soube onde eu estive, mas meu corao no estava pronto para receb-lo. O leitor pode perguntar: Mas voc no disse que sempre amou Jesus? Sim, eu amava Jesus pela sua histria, pela forma que o conhecia. Meu corao estava sempre pronto a am-lo, mas nunca para receb-lo, assim como ele . Jesus Cristo, Senhor e Salvador. O Messias do Velho e do Novo Testamento. Aquele que derramou seu sangue para redimir o homem do pecado e nos dar a salvao eterna. Qual a diferena? No nesta parte final o leitor vai entender o que eu levei dezesseis anos para compreender. Minha orao que os olhos do seu entendimento se abram aos ler o que vou relatar agora.

O FOGO CONSUMIDOR

No outro dia acordei melhor. A lembrana de uma antiga amiga veio minha mente: Leila. Ela tinha sido umbandista e naquele momento professava SEICHO-NO-I. Havia tempo que no tinha contato com ela, mas ela vinha constantemente minha mente. Quinze dias se passaram e eu deveria fazer um minucioso exame. Eu pensei: Quem sabe eu devo ir ao Seich-no-i com Leila? pensava. Decidi procur-la depois dos exames. Ela havia trabalhado para mim, mas eu nunca havia visitado sua casa e nem conhecia seu esposo pessoalmente. Eles ficaram estarrecidos ao ver minha aparncia com aquele colete no pescoo. Depois de ouvirem minha histria comearam a me contar como a vida deles mudara. Eles haviam passado por tremenda dificuldade e encontraram Jesus Cristo numa igreja pentecostal evanglica.. Eles estavam radiantes falando de como Jesus manifestava sua presena e o seu poder nos cultos, como milagres aconteciam. Pude ver com meus prprios olhos uma mudana profunda na vida de Leila.

Eles me convidaram para ir a igreja com eles. Neguei de pronto; eu tinha pavor de pastores. Pedi a Leila que me levasse ao centro Seicho-no-i. Eu achava que me sentiria melhor num ambiente esprita. Com muito jeito ela disse que me levaria sim, mas no sabia quando. Eles levaram meu nome para que a igreja orasse. Pediram que eu aceitasse que o pastor fizesse uma orao por mim.

Voltei para casa e quando busquei os exames, fiquei maravilhada. Deus negativo; no havia fraturas. Teria sido um milagre? Leila e seu esposo ficavam felizes com meu progresso. Eles insistiam para que eu aceitasse que o pastor viesse orar por mim.

Toda noite eu passei a ter o mesmo sonho: Estava numa casa e vinha um fogo de fora para dentro, consumia tudo e depois que o fogo passava eu me via no meio da casa. Eu havia ligado para uma amiga minha Regina que conhecia todo tipo de espiritismo. Nem mesmo ela conseguiu interpretar o sonho. Achei que Jesus iria me levar e eu morreria queimada. Com medo aceitei que o Pastor viesse orar por mim.

O Pastor foi muito gentil, simptico ele e esposa me trataram com ternura. Ele se limitou a dizer que satans queria tirar minha vida, mas que ele j estava derrotado. Os espritas no crem em Satans. Eu pensava que ele estava se referindo aos espritos obsessores. O que me tocou o corao foi a preocupao que demonstraram para comigo.

Ao orar por mim ele pediu que eu repetisse a seguinte orao: Senhor Jesus, peo que entres no meu corao e seja meu senhor e salvador. Peo que perdoe meus pecados e me laves com seu sangue. Eu renuncio a todos os espritos (nesta frase eu interrompi a orao e disse:Mas no aos espritos de luz), renuncio ao Kardecismo (interrompi novamente Desculpe, pastor, mas no renuncio ao Kardecismo Ele disfarou e continuou a orao) Ele disse : no nome de Jesus eu ponho fogo nestes espritos das trevas, queimo o esprito de morte, tranca-rua. Pe fogo, Amarra. Falou nomes de espritos que eu jamais ouvira falar. Depois daquela orao eu me senti muito bem. O Pastor sempre me visitava e me ajudava.

Um dia ele me convidou para ir igreja. O Amor que eles demonstravam por mim foi decisivo para que eu aceitasse o convite. No dia do culto fiquei desanimada e liguei que iria sim, mas que no seria hoje. Eles foram l a casa me buscar. Enquanto eu ia para igreja, comecei a meditar na minha vida.

Eu uma lder Kardecista, fundadora do grupo esprita Irm Scheilla- o centro esprita mais freqentado de Miami- um jornal que j circulava em todo sul da Flrida e em vrias cidades do Brasil. Apesar de tudo isto eu estava indo a uma igreja para buscar ajuda. Lembro do cntico que entoavam: Renova-me Senhor Jesus. Pe em mim teu corao. Porque tudo que h dentro de mim necessita ser mudado Senhor. Era tudo o que gostaria de dizer a Jesus. Chorei durante todo culto. O fardo da minha angstia e aflies eram grandes. Enquanto eu chorava sentia que o peso da opresso se dissipava, dando lugar a um doce consolo. Eu sabia: Jesus Cristo me resgatou. Apesar de eu j ter um encontro com Jesus, em minha mente eu continuava esprita kardecista. Eu no mudara minhas convices a respeito dos espritos. Sabia que no precisava mais deles para me relacionar com Jesus. Mas minhas novas experincias no anularam o passado. Os espritos eram reais, a mediunidade, um fato. Eu me deparava com uma grande questo: Estive enganada todos esses anos?

Meu problema no era aceitar Jesus e receb-lo no corao; mas descobrir a verdade. Eu estive enganada durante aqueles quatorze anos de espiritismo? A minha mente estava confusa, mas meu corao havia mudado. Eu aceitara Jesus como meu Senhor Salvador e queria tudo o que ele tinha para me oferecer.

Jesus Cristo vive e real. Eu nunca havia experimentado isto. Freqentando os cultos ficava mais impressionada. Eu perguntei a uma senhora na reunio: que poder este que est neste lugar? Ela me disse: a uno de Deus derramada pelo Esprito Santo. E quem Ele? Eu perguntei. Ela disse O Esprito Santo o Consolador prometido por Jesus Cristo. Fiquei intrigada, pois eu havia aprendido que o Espiritismo o Consolador prometido por Jesus. A irm que me ensinava fez-me uma pergunta:

E Jesus iria esperar 2000 anos para mandar o Consolador. O Esprito Santo a promessa que se cumpriu no dia de pentecoste.

Eu disse: Jesus s voc pode me mostrar a verdade.

Ele disse ao meu corao: Eu lhe mostrarei tudo, apenas abra o corao para receber a minha palavra (a bblia).

A primeira cousa que Jesus me esclareceu foi a promessa do Consolador nas passagens bblicas de Joo 16:7 a 15, Atos 1: 4-5-8, Atos 2: 1 a 4. Estas passagens deixam claro que Jesus no esperou 2000 anos para enviar o consolador.

Na semana seguinte fiz igreja e fiz um pedido a Jesus Cristo. Que abenoasse meu filho. Quando disse meu filho algo rompeu dentro de mim. Era como que pela primeira vez, eu houvesse descoberto que era me. O amor de Deus estava em mim e eu pela primeira vez amava com o amor gape. Descobri ento que eu era Nascida de Novo. No resisti a tamanho amor, e pela primeira vez liguei para meu filho e lhe disse: Amo voc meu filho, sou sua me, e voc o tesouro que Jesus me deu de todas as bnos que Jesus me deu esta foi muito marcante.

A REVELAO FINAL

Estava confiante, recuperava minha sade de forma rpida. Uma nova esperana nascera no meu corao. Eu passava lutas espirituais; os espritos me rodeavam, soprando em meus ouvidos palavras de desnimo, tentando me persuadir a desistir da igreja.

Pouco depois destas experincias boas sofri um grande ataque das trevas. Eu voltara da igreja, estava preparando minha cama, quando ouvi panelas se mexendo na cozinha, fazendo muito barulho. (Nos EUA cozinha so ligadas sala, separadas s por um balco, por isso era muito claro). O pastor havia me ensinado a repreender os espritos usando o nome de Jesus, Eu disse: Espritos eu os repreendo, saiam desta casa em nome de Jesus Ouvi uma voz dizer: Ah! Voc est assim! Espera que eu vou chamar o meu chefe No me intimidei, pois eu estava acostumada com aquele tipo de manifestao. Eles no tinham domnio sobre mim enquanto eu estivesse consciente, a no ser que eu o permitisse. Eu me deitei logo. Eu estava pensando nos acontecimentos quando, de repente, fui jogada pelos ares por um forte chute nos quadris. Eu me levantei e antes que tivesse tempo de entender o que estava acontecendo, fui atingida por socos e pancadas no estmago, nas pernas e na cabea. Uma fora maligna sobrenatural no me deixava pensar nem agir. Aquela fora me atirava no cho e nos ares, sem me dar tempo de recompor entre um ataque e outro. A cachorra, escutando meus gritos, comeou a latir, e uma voz, sonido metlico audvel esbravejou:

Agora eu vou morder voc toda

Ento percebi que aquela fora maligna se apossara da cachorra, que rodopiava, rosnando desesperada e esbugalhando os olhos em minha direo. O quadro era desesperador. De repente senti a fora dentro de mim e gritei com grande autoridade:

Saia desta cachorra em nome de Jesus! O sangue de Jesus tem poder. A cachorra imediatamente ficou livre, saiu da sala chorando como se sentisse uma grande dor.

Eu ca no cho em estado de choque. Nunca tinha passado por isto. Eu fui espancada literalmente por foras malignas e tenebrosas. Trinta dias mais tarde a cachorra foi operada para retirada de um caroo no estmago.

Pela primeira vez eu tive medo dos espritos. Estava claro para mim que aqueles ataques foram feitos por espritos fortes, mais que simples obsessores. Satans era real, a sua falange de demnios estava ligada ao meu convvio, e tinha autoridade sobre coisas do meu domnio. Era hora de tomar uma atitude. Eu seguiria os conselhos e as orientaes dos pastores. Segundo eles eu teria de renunciar a todos os tipos de objetos e alianas com os espritos. Deveria renunciar a doutrina esprita, pois assim os espritos perderiam terreno e no teriam nenhuma autoridade sobre meus pertences e minha vida.

Para mim foi difcil crer que teria que fazer isto, mas optei por dar crdito aos homens de Deus.

No fundo do meu corao eu comeava a crer que os Crentes tinham conhecimento de algo que os espritas no tinham. Eles eram firmes ao tratar dos assuntos espirituais. Eu concordei em desfazer de todos os livros e objetos que possua. A maioria dos livros, mais de 200 e dos quadros estava na minha fbrica. Foi uma boa oportunidade para voltar l, pois havia meses que eu a fechara e no voltara mais l. Assim que o pastor entrou comigo em minha fbrica um grande espelho caiu e espatifou-se. O ambiente era sombrio. Quando temos a Luz de Jesus podemos divisar as trevas, mesmo quando tudo parece estar normal. O Pastor Ernani e a irm Izabel expulsaram os espritos, tiraram tudo o que me ligava ao espiritismo, ungiu as portas, o maquinrio, o escritrio, as mesas e todas as ferramentas de trabalho. Oraram com fervor, e eu, pela f, renunciei a todo o meu passado esprita, no tocante a objetos e livros etc.

Pouco tempo depois reativei a fbrica.

Voltei a dormir em paz, sem sonferos.

A LTIMA DVIDA.

O MEU GUIA ESPIRITUAL.

Como relatei anteriormente, eu podia sair do meu corpo e ter encontro com os espritos. Dentro da bblia esta experincia se chama arrebatamento. Eu faria qualquer sacrifcio para continuar mantendo aquele contato. Eu cria que meu guia espiritual era meu verdadeiro pai que me amava e estava no mundo espiritual junto de mim, e me consolava o corao. Eu tive muita dificuldade para renunciar isto. A bblia chama este fenmeno de arrebatamento. Eu me sentia confusa, sem entender como os espritos projetavam o mesmo fenmeno.

A MSCARA CAIU.

Jesus foi to maravilhoso que me permitiu ver mais uma vez o quadro no mundo espiritual. S que desta vez eu vi o real por trs das mscaras de anjos de luz.

Eu estava sendo levada pelo meu guia espiritual e ele se dirigiu ao mesmo tnel que citei anteriormente. Eu sentia sua presena e estava feliz. De repente eu me lembrei de que fui advertida que deveria renunciar aquela prtica. Num mpeto pensei em olhar para o meu guia. ( no mundo espiritual o pensamento e a ao tem diferentes capacidades e conotaes: muito mais rpido e ativo) Eu desejava intensamente v-lo. Ento deparei com uma triste e horrenda realidade. Quando eu me virei, vi o rosto do prprio Satans. Ele tinha o brao em volta do meu corpo e me arrastava para aquele tnel horrvel. Gritei o nome de Jesus, e a mesma fora, que em experincias anteriores me dera livramento, mais uma vez me livrou. Renunciei aquela prtica e nunca mais o fenmeno ocorreu.

Os espritas so arrebatados, sim, ao mundo espiritual; mas esto limitados atmosfera em que Satans reina: um reino de trapaas, mentiras e engano. Os crentes, porm so arrebatados aos cus.

Prezados leitores. Eu resumi uma pequena parte do livro Nascida de Novo da irm Mary Grace Hughes. As riquezas de detalhes voc poder conhecer adquirindo este livro.

Esta linda histria de amor com Jesus Cristo continua ainda por mais cinco captulos que so: O Batismo nas guas, A Renovao da Mente, O reencontro com o Fbio (filho), O Chamado de Deus, Rhema, O Galardo e finalmente o Eplogo: Entendendo o Novo Nascimento. A Mary Grace e seu esposo, atualmente, residem em Juiz de Fora/MG, seu esposo tambm. Frequentemente voltam ao EUA. Eles tm um ministrio abenoado. uma serva de Deus com grande corao. Est sempre disposta a orientar os espritas que desejam conhecer a verdade de Deus. Ela pode testemunhar em sua igreja.

Com muito amor ela sempre atende aos pedidos de espritas ou grupos de espritas para conversar.

Se voc desejar ter contato com ela entre no site de nossa igreja www.ibrem.com.br e no link Fale conosco pode se dirigir a mim pastor Gilmar Garbero que me empenharei para que ela receba seu pedido.

No sou representante, nem intermedirio. Sou apenas um amigo e irmo em Cristo que trabalha para que as pessoas possam conhecer a verdade que Jesus.

Juiz de Fora, 10 de julho de 2008.

Chico Xavier e 2019

Revelaes Sobre o Destino da Terra

Chico Xavier e 2019

Revelaes Sobre o Destino da Terra

Folha Esprita publica revelaes de Chico Xavier sobre o destino da Terra.

Em razo da gravidade do assunto, trazemos aos leitores da Folha Esprita a revelao feita pelo mais importante mdium da histria humana, Francisco Cndido Xavier, a Geraldo Lemos Neto, fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), e da Vinha de Luz Editora, de Belo Horizonte (MG), em 1986, sobre o futuro que est reservado ao planeta Terra e a todos os seus habitantes nos prximos anos.

"H muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico Xavier no me falaria tudo o que relato nesta edio da Folha Esprita toa, seno com uma finalidade especfica. Na ocasio da conversa que descrevo nas pginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento mnemnico diferente para que no viesse a esquecer aquelas palavras profticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunh-las.

Assim, tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espritos e do Evangelho de Jesus", recorda.

"Lembro-me, como hoje, a expresso surpresa do Chico me respondendo:

'Ora, Geraldinho, voc est querendo privilgios para a Ptria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguies para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais prximos e morrer crucificado entre dois ladres?

No nos esqueamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provaes, padeceu o martrio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Ptria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso prprio sacrifcio para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!', esclareceu".

Geraldo Lemos Neto - Na sequncia da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifcio do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nao e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos:

"Voc se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz?Nas pginas finais da narrativa de nosso benfeitor, no captulo XXIV, cujo ttulo O Espiritismo e as Grandes Transies?

Nele, Emmanuel afirmara que os espritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunio da comunidade das potncias anglicas do Sistema Solar, da qual Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada misso de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo.

"Pois ento, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunio de fato j ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetria, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar.

O homem, por seu prprio esforo, conquistou o direito e a possibilidade de viajar at a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.Naquela ocasio, o Governador Espiritual da Terra, que Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunio destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta.

O que posso lhe dizer, Geraldinho, que depois de muitos dilogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestes e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma ltima chance comunidade terrquea, uma ltima moratria para a atual civilizao no planeta Terra. Todas as injunes crmicas previstas para acontecerem ao final do sculo XX foram ento suspensas, pela Misericrdia dos Cus, para que o nosso mundo tivesse uma ltima chance de progresso moral.

"O curioso que ns vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este perodo atual, em que estamos vivendo, como a undcima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada ltima hora".

Perguntei-lhe sobre qual fora ento as deliberaes de Jesus, e ele me respondeu:

"Nosso Senhor deliberou conceder uma moratria de 50 anos sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, ento, que seus emissrios celestes se empenhassem mais diretamente na manuteno da paz entre os povos e as naes terrestres, com a finalidade de colaborar para que ns ingressssemos mais rapidamente na comunidade planetria do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse perodo.

Algumas potncias anglicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilao do prazo extra, e foi ento que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condio para os homens e as naes da vanguarda terrestre.

Segundo a imposio do Cristo,as naes mais desenvolvidas e responsveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas s outras, respeitando as diferenas entre si, abstendo-se de se lanarem a uma guerra de extermnio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial.

Segundo a deliberao do Cristo, se e somente se as naes terrenas, durante este perodo de 50 anos, aprendessem a arte do bom convvio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruio nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetria do Sistema Solar como um mundo em regenerao. Nenhum de ns pode prever, Geraldinho, os avanos que se daro a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas naes mais desenvolvidas e cultas!"

"Ns alcanaremos a soluo para todos os problemas de ordem social, como a soluo para a pobreza e a fome que estaro extintas;

Teremos a descoberta da cura de todas as doenas do corpo fsico pela manipulao gentica nos avanos da Medicina;

O homem terrestre ter amplo e total acesso informao e cultura, que se far mais generalizada;

Tambm os nossos irmos de outros planetas mais evoludos tero a permisso expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, at ento inimaginveis ao nosso atual estgio de desenvolvimento cientfico;

Haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitaro o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que j partiram para o alm-tmulo;

Enfim estaramos diante de um mundo novo, uma nova Terra,uma gloriosa fase de espiritualizao e beleza para os destinos de nosso planeta."

"Caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de consequncias imprevisveis e desastrosas, a ento a prpria me Terra, sob os auspcios da Vida Maior, reagir com violncia imprevista pelos nossos homens de cincia.

O homem comearia a III Guerra, mas quem iria termin-la seriam as foras telricas da natureza, da prpria Terra cansada dos desmandos humanos, e seramos defrontados ento com terremotos gigantescos;

Maremotos e ondas (tsunamis) consequentes;

Veramos a exploso de vulces h muito extintos;

Enfrentaramos degelos arrasadores que avassalariam os povos do globo com trgicos resultados para as zonas costeiras, devido elevao dos mares;

E, neste caso, as cinzas vulcnicas associadas s irradiaes nucleares nefastas acabariam por tomar totalmente inabitvel todo o Hemisfrio Norte de nosso globo terrestre".

"Em todas as duas situaes, o Brasil cumprir o seu papel no grande processo de espiritualizao planetria. Na melhor das hipteses, nossa nao crescer em importncia socio-cultural, poltica e econmica perante a comunidade das naes.

No s seremos o celeiro alimentcio e de matrias-primas para o mundo, como tambm a grande fonte energtica com o descobrimento de enormes reservas petrolferas que faro da Petrobrs uma das maiores empresas do mundo".

"O Brasil crescer a passos largos e ocupar importante papel no cenrio global, isso ter como consequncia a elevao da cultura brasileira ao cenrio internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristo, que aqui tiveram solo frtil no seu desenvolvimento, atingiro o interesse das outras naes tambm.

Agora,caso ocorra a pior hiptese, com o Hemisfrio Norte do planeta tornando-se inabitvel, grandes fluxos migratrios se formariam ento para o Hemisfrio Sul, onde se situa o Brasil, que ento seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Ptria do Evangelho, exemplificando o amor e a renncia, o perdo e a compreenso espiritual perante os povos migrantes.

"A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas cientficas e morais, porque seria necessrio mais um longo perodo de reconstruo de nossas naes e sociedades, foradas a se reorganizarem em seus fundamentos mais bsicos".

"Nosso Brasil como o conhecemos hoje ser ento desfigurado e dividido em quatro naes distintas.

Somente uma quarta parte de nosso territrio permanecer conosco e aos brasileiros restaro apenas os Estados do Sudeste somados a Gois e ao Distrito Federal.

Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparo os Estados da Regio Norte do Pas, em sintonia com a Colmbia e a Venezuela.

Os europeus viro ocupar os Estados da Regio Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, Argentina e ao Chile.

Os asiticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, viro ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexo com o Paraguai, a Bolvia e o Peru.

E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro sero ocupados pelos russos e povos eslavos.

Ns no podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendncia espiritual e somos forados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores.

O Brasil no ter privilgios e sofrer tambm os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras.

Acontece que, de acordo com o mdium, o impacto por aqui ser bem menor se comparado com o que sobrevir no Hemisfrio Norte do planeta.

No estamos entregues fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma encruzilhada do destino coletivo que nos une nossa casa planetria, aqui na Terra.

Temos diante de ns dois caminhos a seguir.

O caminho do amor e da sabedoria nos levar a mais rpida ascenso espiritual coletiva.

O caminho do dio e da ignorncia acarretar-nos- mais amplo dispndio de sculos na reconstruo material e espiritual de nossas coletividades.

Tudo vir de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito para que os Benfeitores da Vida Maior continuem a nos ajudar e incentivar a seguir pelo Caminho da Verdade e da Vida.

O prprio esprito Emmanuel, atravs de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista j publicada em livro nos diz que as profecias so reveladas aos homens para no serem cumpridas.

So na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de ns a hiptese do pior caminho.

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Solange Christtine Ventura

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