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  • 8/3/2019 Principios Interpretacao Biblia - Marcio Rocha

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    Princpios de

    Interpretao da BbliaComo Ler e Entender a Bblia Sagrada

    Marcio S. da Rocha

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    1Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    MARCIO SOARES DA ROCHA

    PRINCPIOS DEINTERPRETAO DA

    BBLIAComo ler e entender a Bblia Sagrada

    [1 Edio do Autor]

    Fortaleza

    Marcio S. da Rocha2010

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    7Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Se o prprio Deus no abrir e explicar as Escrituras

    Sagradas, ningum poder entend-la; ela permanecer umlivro fechado, envelopado na escurido

    Martinho Lutero

    Aquele que quer crescer na Graa, precisa ser inquisitivo.

    Matthew Henry

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    8Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Sumrio

    Prefcio.......9Introduo.......10Princpio # 1. Iluminao do Esprito Santo.......12Princpio # 2. Unidade Ausncia de Contradio.......14Princpio # 3. Autoridade Divina.......17Princpio # 4. Considerao do Estilo Literrio e Gramatical.......19Princpio # 5. Considerao do Contexto.......21Princpio # 6. Precedncia das Passagens Claras.......24Princpio # 7. Revelao Cumulativa ou Progressiva.......26Princpio # 8. Precedncia do Sentido Literal.......28Princpio # 9. Precedncia das Passagens Didticas.......31Princpio # 10. Significado Pela Primeira Meno.......33Acerca das Diversas Verses da Bblia.......34Questionrio de Ajuda Para Aplicao dos Princpios.......36Concluso.......38Apndice - Significados das Parbolas de Jesus.......39Referncias Bibliogrficas.......45

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    9Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Prefcio

    O senhor entende o que est lendo? Ele respondeu: Como

    posso entender se algum no me explicar? (Atos 8.30-31).

    interpretao adequada da Bblia muito importante para todo aqueleque j ou quer ser seguidor de Jesus Cristo. Entretanto, muitosdesconhecem ou desprezam os princpios desta cincia e deixam de

    entender as maravilhosas verdades bblicas, ou pior: obtm entendimentosparticulares que tm conduzido alguns a at formularem doutrinas estranhas aoCristianismo. Como toda literatura antiga, a Bblia tem suas prpriaspeculiaridades que precisam ser respeitadas por quem a l e interpreta, docontrrio, no entender; ou entender erradamente a sua mensagem.

    Interpretar uma literatura, no conceito clssico, significa descobrir eentender o sentido original do seu texto, aquele que o autor quis comunicar ao escrev-la .Quem l a Bblia tambm precisa ter em mente esse objetivo: descobrir o maisfielmente possvel o sentido do que os escritores dos seus livros comunicaram aoescrever e ainda mais o que o autor (Deus) nos comunicou por meio de seusservos, nos livros sagrados.

    A presente obra no se constitui num tratado exaustivo sobreinterpretao bblica. Ele enfoca de modo sinttico, os princpios maisimportantes que devem nortear a interpretao adequada do Livro dos livros.Princpios que tm sido percebidos e ensinados por cristos notveis desde aigreja primitiva at hoje. Esperamos contribuir para a sade da vida espiritual doleitor da Bblia, ajudando-o a ler e entender a Palavra de Deus. Para aqueles quequiserem se aprofundar no tema, a Bibliografia aqui indicada ser bastante til.

    Enfim, objetivamos com a presente obra contribuir para que pessoascomuns, no estudiosas de Teologia Acadmica, compreendam a Bblia Sagrada.

    Esperamos ajudar a minimizar as diferenas de interpretaes que existem hojeem dia entre diferentes correntes do Cristianismo, apresentando aqui, de modosimples, os princpios que devem reger a interpretao bblica, segundo ametodologia ortodoxa (histrica e clssica). Esperamos tambm estarcontribuindo para o ensino correto da Hermenutica Bblica. Aos professores efacilitadores que porventura venham a utilizar esta obra como texto-base,sugerimos que enriqueam os poucos exemplos aqui dados, conforme o tempoque disponham em seus estudos e aulas, e conforme as necessidades e interessesdos seus alunos. Que o Senhor os ilumine.

    Marcio S. da Rocha

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    10Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Introduo

    ntes de comear a apresentar as principais diretrizes (princpios) que

    regem a Hermenutica Bblica Clssica, convm destacar que, apesar deClemente de Alexandria (150 215 d.C.) e Orgenes (185 254 d.C.)

    terem dado contribuies significantes para a arte-cincia da HermenuticaBblica, o primeiro cristo a sistematizar notavelmente esta disciplina,transformando-a num conhecimento teolgico-cientfico foi Agostinho (304 430d.C.). Em seu livro Sobre a Doutrina Crist, ele estabeleceu diversas regras parainterpretao e exposio das Escrituras, algumas das quais esto em uso athoje. Segundo VIRKLER (1987)1, seus princpios mais importantes eram:

    1. O intrprete deve possuir f crist autntica;2. Deve-se ter em alta conta o significado literal e histrico das Escrituras;3. As Escrituras possuem mais que um significado e, portanto, o mtodo

    alegrico adequado;

    4. H significado nos nmeros bblicos;5. O Antigo Testamento documento Cristo, porque Cristo est retratado

    nele do princpio ao fim;

    6. Compete ao intrprete entender o que o autor pretendia dizer, e nointroduzir no texto o significado que ele, o intrprete, quer lhe dar;

    7. O intrprete deve consultar o credo ortodoxo;8. Um verso deve ser estudado em seu contexto, e no isolado dos versos

    que os cercam;

    9. Se o significado de um texto obscuro, nada na passagem podeconstituir-se matria de f ortodoxa;

    10.O Esprito Santo no toma o lugar do aprendizado necessrio para seentender as Escrituras. O intrprete deve conhecer Hebraico, Grego,Geografia Bblica e outros assuntos;

    11.A passagem obscura deve dar preferncia passagem clara;12.O intrprete deve levar em considerao que a revelao progressiva.

    Apesar de sua brilhante contribuio no campo da Hermenutica Bblica,paradoxalmente, Agostinho cometeu um erro quando interpretava as Escrituras.Seu erro foi considerar que toda passagem da Bblia possua um sentidoalegrico, alm do sentido literal, e colocar excessiva fora nesse sentido

    1 VIRKLER, Henry A. Hermenutica: Princpios e processos de interpretao bblica. Miami: EditoraVida, 1987.

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    11Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    alegrico, em detrimento do sentido literal. Aplicava o seu princpio de nmero 3de forma generalizada, e assim entrava em contradio com o seu princpio denmero 2. certo que h muitas passagens na Bblia no Velho Testamento que foram alegorizadas por autores do Novo Testamento, mas isto no significa

    que todas as passagens bblicas podem ser alegorizadas, como ele afirmava. Nateoria, Agostinho foi brilhante; na prtica, porm, ele desprezou vrios dosprincpios que ele prprio sistematizou e suas interpretaes deixaram muito adesejar. Consequentemente, este e os princpios de nmeros 4 e 7 de Agostinho(mencionados neste captulo) foram sendo reformulados ao longo do tempopelos telogos, pois com a redao de Agostinho conduziam o intrprete daBblia a um entendimento bitolado, ao invs de permitir o real entendimento dainteno do escritor bblico. Por exemplo, no tocante ao princpio 4, nem todos osnmeros que aparecem nas Escrituras so simblicos. Os nmeros simblicos so

    especificamente os nmeros constantes nos livros profticos, ou aqueles inseridosem passagens cujas linguagens esto em sentido figurado. Os demais devem serpreferencialmente entendidos literalmente. Com relao ao princpio 7, hoje emdia se diz que o intrprete deve sempre considerar as diretrizes do Credo dos

    Apstolos.

    Assim, os princpios de Agostinho so at hoje utilizados, apesar de quealguns, embora mantendo sua essncia, tiveram seus enunciados modificadospara dar-lhes maior clareza. Outros princpios foram sistematizados com opassar do tempo por vrios eruditos cristos, culminando num legado que hoje

    nos propicia uma boa contribuio para o entendimento adequado da Bblia.

    Nos captulos seguintes, apresentamos os modernos princpios deinterpretao da Bblia. Para alguns princpios, so indicadas passagens bblicas,e so dados alguns exemplos de interpretao, com a aplicao daquele princpioem estudo.

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    12Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Princpio # 1

    Iluminao do Esprito Santo

    Bblia uma coleo de livros que, ao mesmo tempo, so humanos edivinos. Portanto, a Bblia no um livro comum! Seus livros foramescritos por homens, porm esses escritores escreveram o que Deus

    mandou; foram movidos (inspirados) pelo Esprito Santo. Assim nos diz II Pedro1:21:

    Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana;entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo EspritoSanto.

    Devido sua inspirao divina, a Bblia s pode ser compreendidaplenamente com o auxlio do Esprito Santo. Veja o que o Apstolo Pauloescreveu em 1 Corntios 2.14: Ora, o homem natural no aceita as coisas doEsprito de Deus, porque lhe so loucura; e no pode entend-las, porque elas sediscernem espiritualmente. Isto no significa que qualquer pessoa que apliqueadequadamente os princpios clssicos de interpretao textual e que tenhainformaes bsicas sobre o contexto histrico das pocas bblicas no consigaentender a Bblia. At mesmo um ctico pode entend-la. Alis, ela foi feita paracomunicar verdades a todos os homens, tanto os que crem quanto os incrdulos.

    Porm, sem a presena do Esprito Santo, ningum a aceitar como verdade, pois o Esprito Santo quem convence o ser humano de que a Bblia a Palavra deDeus. Isso o que se chama de Compreenso Plenadas Escrituras: entendimento,aceitao e aplicao prtica.

    O homem, em seu estado natural, um rebelde contra o Criador e lutacontra Deus e sua verdade (ver Gnesis 6:5-6; Joo 3:19; Romanos 3:23; Efsios2:3). O homem natural criatura e no filho de Deus, no sentido de que nodesenvolve um relacionamento pessoal com Deus, em submisso e amor.Quando algum desiste dessa rebeldia e se rende ao Eterno Deus, recebendo emseu corao o seu Filho Jesus, como est escrito em Joo 1.12: Mas, a todos osque o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber os quecrem no seu nome., Deus altera o estado inicial dessa pessoa, que deixa de seruma criatura rebelde contra o criador e se torna seu filho. Ento, o Esprito Santovem ajud-lo a compreender e praticar a verdade. Jesus afirmou que os seusseguidores seriam guiados pelo Esprito Santo toda verdade (Joo 16.13).

    Assim, qualquer pessoa (convertida ou no) pode entender a Bblia, desdeque conhea os princpios da Hermenutica Bblica; no entanto, somente os que

    nasceram de novo, receberam a Jesus como seu Senhor e Salvador, podemcompreend-la em sua plenitude, aceit-la e aplic-la na vida prtica. Os no

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    13Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    convertidos so perfeitamente capazes de entender a Bblia, mas noconcordaro plenamente com ela. Estes aceitaro apenas os princpios eensinamentos que lhes forem convenientes, luz do Humanismo (filosofia queconsidera o ser humano como o centro do universo) ou de suas convices

    religiosas/espirituais prvias.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (sobre o Princpio # 1):

    O que significa a Compreenso Plena Das Escrituras? Paulo diz que existem homens naturais (I Cor. 2.14) e homens

    espirituais (I Cor. 2.15). Diz tambm que o homem natural noconsegue aceitar nem entender as coisas do Esprito de Deus. Por que eleno entende?

    Costuma-se dizer popularmente que todos so filhos de Deus . O que aBblia diz sobre isto? (ver Evangelho de Joo 1.10-13). A Bblia concordaque todos sejam filhos de Deus, ou h uma condio para que uma pessoase torne filho de Deus, passando de homem natural para homemespiritual?

    Uma pessoa inteligente, que conhea e saiba aplicar os princpios deinterpretao bblica, mas no cr em Deus, pode entender a mensagem daBblia?

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    14Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Princpio # 2

    Unidade Ausncia de Contradio

    ma vez que Deus o autor dos livros sagrados, e visto que cerca dequarenta escritores os escreveram (em pocas diferentes) por inspiraodivina, a Bblia toda contm uma unidade em sua mensagem. O

    contedo de nenhum dos sessenta e seis livros cannicos (inspirados por Deus)contradiz o de outro livro da Bblia, nem o seu prprio, pois Deus no se contradiz.

    O que muitos apontam como contradies bblicas so, na verdade,erros de interpretao, intencionais ou no intencionais. Alm disso, oponentesda Bblia e da F Crist apontam como contraditrios alguns relatos feitos pelosdiferentes autores dos Evangelhos que contm aspectos diferentes em suasnarraes de um mesmo evento. Na verdade, o que acontece que certos eventosnarrados nos Evangelhos se complementam quando juntamos os diferentesrelatos eles no se contradizem, mas, se integram. Deve-se, tambm, procurarentender adequadamente os diferentes sistemas de datas e medidas usados pelosdiferentes autores, para no pensar que h contradies.

    Costuma-se pensar que Tiago, no captulo 2 de sua carta, combate Paulo,a respeito da justificao (salvao), porm, na verdade, os dois se

    complementam. Paulo diz que a justificao somente pela f (Romanos 4.13;5.1; 10.4, 9,10; Glatas 2.16, 21; Efsios 2.8-9). Tiago complementa que esta f que justifica e salva nunca apenas terica; deve ser refletida no comportamentocotidiano, ou seja, nas aes daquele que cr. Tiago jamais diz que as obras

    justificam (salvam) por si mesmas, mas diz que a f que justifica sempreacompanhada de uma transformao de vida (Tiago 2.14-26). Paulo tambmexorta, em vrias de suas cartas, os cristos a praticarem boas obras como frutode sua f. Tiago e Paulo se complementam, e no se contradizem.

    importante enfatizar aqui que esta unidade perfeita e impressionante

    de pensamento somente se encontra nos sessenta e seis livros consensualmentecannicos, isto , aqueles que tanto os catlicos quanto os protestantes aceitamcomo inspirados por Deus. Quando se comparam os ensinamentos dos livroscannicos com os chamados Deuterocannicos2. , diversas contradies ficamevidentes.

    O Conclio Catlico-Romano de Trento (1546), ocorrido logo depois daReforma Protestante (1517), atribuiu canonicidade a mais sete livros, incluindo-osno Antigo Testamento, alm de pequenos trechos dos livros de Ester e Daniel.

    2Deuterocannico uma palavra de origem grega, que significa segundo Cnon, ou seja, que foiadicionado posteriormente ao Cnon j existente.

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    15Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Esses livros e trechos eram usados antes de Cristo pelos judeus de lngua grega, ealguns estudiosos afirmam (sem provas conclusivas) que eles integravam aSeptuaginta a verso grega do Antigo Testamento Hebraico, feita emAlexandria-Egito.

    Desde o incio da Idade Mdia at o Conclio de Trento, osdeuterocannicos integravam as Bblias, mas sua canonicidade era controversa.Muitos cristos os consideravam apenas como importantes pelo seu valorhistrico e cultural. O fato que eles no entraram no cnon das EscriturasSagradas Judaicas (o Antigo Testamento), definido no ano 90 d.C, no Conclio

    Judaico de Jamnia. significante que os judeus guardies das palavrassagradas do Antigo Testamento no consideraram esses livros e trechos comosendo inspirados por Deus. Para eles, esses livros e trechos no sodeuterocannicos, mas apenas histricos.

    Os que defendem a canonicidade dos deuterocannicos com base em queeles integravam a Septuaginta, no foram capazes de apresentar um smanuscrito que os contenha todos. Esses livros aparecem em cdices (colees demanuscritos) gregos datados a partir do Sculo IV, e mesmo assim, os sete livroscanonizados em 1546 pela Igreja Catlica-Romana nunca foram encontradostodos em um s cdice. Nenhum cdice contm a lista completa de todos os setelivros acrescentados em 1546. Isto mais uma indicao de que esses livrosnunca foram considerados cannicos pela igreja crist primitiva. So livros

    preservados pelos judeus e pela igreja por seu valor histrico, mas no foraminspirados por Deus. Nesses livros (deuterocannicos) existem ensinamentosclaramente contrrios aos dos demais livros cannicos (tais como Purgatrio, Reza

    pelos mortos, Pagamento de pecados por meio de dar esmolas etc.) e isso causa confusona mente dos leitores da Bblia Catlica. Nos livros inspirados sagrados(cannicos), entretanto, no h contradio e este um dos mais importantesprincpios de interpretao bblica.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (sobre o Princpio # 2):

    Foram os protestantes que excluram do Velho Testamento da Bblia (AsEscrituras Hebraicas) os sete livros Deuterocannicos, ou foram osCatlicos Romanos que os incluram?

    O livro de Glatas, cap. 2 verso16 diz:Sabendo, contudo, que o homem no justificado por obras dalei, mas sim, pela f em Cristo Jesus, ns temos tambm crido emCristo Jesus para que fssemos justificados pela f em Cristo, eno por obras da lei; pois por obras da lei ningum ser

    justificado. (Bblia Almeida Revista e Atualizada)

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    16Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    O livro de Efsios, no cap. 2, versos 8-9, diz:

    Porque pela graa sois salvos, mediante a f; e isto no vem devs; dom de Deus; no de obras para que ningum se glorie .

    (Bblia Almeida Revista e Atualizada)O livro de Hebreus, cap. 9, versos 11 e 12 diz:

    Porm, j veio Cristo, Sumo Sacerdote dos bens vindouros. Eatravs de um tabernculo mais excelente e mais perfeito, noconstrudo por mos humanas (isto , no deste mundo), semlevar consigo o sangue de carneiros ou novilhos, mas com seuprprio sangue , entrou de uma vez por todas no santurio,adquirindo-nos uma redeno eterna. (Bblia Ave Maria)

    Tambm o livro de Hebreus, cap. 9, verso 22, diz:

    E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue;e sem derramamento de sangue no h perdo. (Bblia AlmeidaRevista e Atualizada)

    O livro de Tobias, cap 4, verso11, diz:

    Porque a esmola livra do pecado e da morte, e preserva a almade cair nas trevas. (Bblia Ave Maria)

    No est o verso de Tobias 4.11 em clara contradio com os quatro versos

    anteriores de Glatas, Efsios e Hebreus? Se sim, como explicar isto? Tobias 12.12-15 diz:

    Quando tu oravas com lgrimas e enterravas os mortos, quandodeixavas a tua refeio e ias ocultar os mortos em tua casadurante o dia, para sepult-los quando viesse a noite, euapresentava as tuas oraes ao Senhor. Mas porque erasagradvel ao Senhor, foi preciso que a tentao te provasse.Agora o Senhor enviou-me para curar-te e livrar do demnioSara, mulher de teu filho. Eu sou o anjo Rafael, um dos sete queassistimos na presena do Senhor. (Bblia Ave Maria)

    I Timteo 2.5 diz:

    Porque h um s Deus e h um s mediador entre Deus e oshomens: Jesus Cristo, homem. (Bblia Ave Maria)

    Em Tobias 12.12-15 est escrito que um anjo fazia mediao entre umhomem e Deus (apresentando suas oraes). J em I Timteo 2.5 estcategoricamente afirmado que s h um nico mediador entre Deus e oshomens: Jesus Cristo. As duas passagens entram em choque direto. Como

    explicar isto?

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    17Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Princpio # 3

    Autoridade Divina

    s originais da Bblia foram escritos (em Hebraico, Aramaico3 e Grego) porprofetas e por apstolos (2 Timteo 3:16; 2 Pedro 1.19-21). Esses homensregistraram fielmente o que Deus queria nos comunicar. Hoje ns no

    dispomos mais dos autgrafos (os originais escritos pelas prprias mos dosescritores), mas dispomos de milhares de manuscritos (aproximadamente vinte equatro mil, no caso do Novo Testamento), encontrados pelos arquelogos, aolongo dos sculos. O manuscrito mais antigo do Novo Testamento (P52), nossadisposio hoje, data de aproximadamente 120 d.C., portanto, cerca de apenas

    cinquenta anos depois do original deste livro ter sido escrito! Nenhum livroantigo possui uma atestao arqueolgica to prxima do seu original. Aliteratura antiga que mais se aproxima do Novo Testamento, em termos deatestao manuscrita disponvel a Ilada de Homero, com aproximadamente 500manuscritos existentes na atualidade e diferena de mais de quinhentos anosentre o original e a cpia mais antiga. Veja a diferena entre o primeiro e osegundo colocado: 450 anos e 23.500 manuscritos!

    Os manuscritos Gregos do Novo Testamento (hoje, em nmero deaproximadamente 5.700) apresentam leituras variantes porque as cpias dasEscrituras at o sculo XV eram feitas mo. Entretanto, vrios eruditos jconstataram que os ensinamentos centrais do Cristianismo foram transmitidosat hoje com fidelidade; as leituras variantes s ocorreram em frases e versos quetratam de assuntos perifricos da F Crist. Alm disso, um grupo de eruditosacadmicos de renomadas universidades (chamados de Crticos Textuais) sededica restaurao dos originais da Bblia a partir dos manuscritos disponveis.

    A Bblia, para os cristos, a autoridade suprema quanto s verdadesespirituais e quanto essncia do ser humano. Ela est acima da Filosofia e daPsicologia, pois estas so expresses do pensamento humano, enquanto a Bblia a expresso do pensamento de Deus. Ela tambm est acima da tradio religiosa(judaica, crist ou de outra religio) e, sempre que houver uma contradio entreuma tradio religiosa e o ensino bblico, este deve prevalecer, pois afinal, apalavra de Deus contra a dos homens. Somente a Bblia foi inspirada. A tradiono. Jesus disse que os fariseus transgrediam e invalidavam a palavra de Deuspor causa das tradies deles (Mateus 15:3, 6). Por semelhana, qualquer religio

    3Todos os livros do Velho Testamento foram escritos originalmente por profetas judeus, em Hebraico.

    Apenas um pequeno trecho do Livro de Esdras foi escrito em Aramaico. Todos os livros do NovoTestamento foram escritos originalmente em Grego. Alguns eruditos afirmam que Mateus pode ter sidoescrito em Aramaico, porm nenhum manuscrito antigo desse livro em Aramaico foi descoberto at hoje.

    O

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    18Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    ou instituio que coloca suas tradies acima da Bblia est incorrendo nomesmo erro dos fariseus, to combatidos por Jesus.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 3): Apesar de se saber que os textos dos manuscritos do Novo Testamento

    sofreram alteraes ao longo do tempo, possvel confiar no textomoderno da Bblia como sendo fiel aos originais?

    Qual a fonte essencial dos ensinamento do Cristianismo, a Bblia ou aigreja? Em outras palavras, onde podemos encontrar, de forma mais pura,os ensinamentos de Cristo e dos seus apstolos: na Bblia ou nosensinamentos verbais, livros e catecismos de uma instituio eclesisticaparticular?

    Leia esta frase: Se a igreja deixar de existir como instituio, o Cristianismono se extingue, pois permanecer no corao daqueles que crem em Cristo;

    porm, se a Bblia for extinta, em poucas geraes, o Cristianismo ser

    completamente esquecido. Voc concorda ou discorda com ela? Justifique.

    Todo grupo ou instituio religiosa desenvolve suas prprias tradies aolongo do tempo. Essas tradies podem prevalecer contra o texto Bblico?Em outras palavras, se os lderes e adeptos de uma instituio religiosapraticam algo contrrio ao que a Bblia claramente ensina, o cristo deve

    desprezar o ensino bblico ou abandonar a prtica daquela religio? Qual a diferena essencial entre as afirmaes da Bblia e as da Filosofia

    e da Psicologia?

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    Princpio # 4

    Considerao do Estilo Literrio e Gramatical

    ada livro da Bblia possui seu estilo literrio peculiar, que deve serconsiderado para a sua adequada interpretao. Alis, at mesmo dentrode cada livro pode haver mais de um estilo literrio. A Bblia contm

    narrativas, mandamentos, leis, poesias, profecias, parbolas, provrbios ereflexes etc. No se deve interpretar histria como se fosse poesia e nemparbola como se fosse histria. Alis, esse um princpio comum a qualqueroutra literatura, no se aplicando apenas Bblia Sagrada.

    Alm do estilo gramatical, a etimologia e a semntica das palavrasconstantes no texto bblico no podem ser desprezadas em sua interpretao. Asconstrues gramaticais usadas na Bblia indicam um sentido prprio que devenortear a interpretao. Um verbo no um substantivo; um substantivo no um advrbio e assim por diante.

    A Bblia um conjunto de livros. Como literatura, o seu objetivo comunicar e no confundir. Afora algumas dificuldades relacionadas ao contextohistrico-cultural ou s tradues, no h sentido oculto ou misterioso nas letrase palavras da Bblia. Ela no nem contm um cdigo secreto que apenas os

    iniciados na religio ou nos mistrios antigos podem compreender. No hmistrios nas entrelinhas. Quem procura interpretar a Bblia lendo as entrelinhas,deixa de ler as linhas.

    Como literatura, as Escrituras Sagradas podem ser compreendidas porqualquer pessoa que a leia, desde que conhea os seus princpios hermenuticos.Ento, sempre que alguma pessoa ou instituio religiosa afirmar que possuiexclusividade quanto correta interpretao da Bblia, que ningum conseguecompreender a Bblia por si, essa no est bem intencionada. A Bblia foiproduzida por Deus, por meio de homens, para nos comunicar (revelar) quem

    Ele e como Ele nos v. Portanto, no faz sentido que Ele (Deus), querendocomunicar, escondeu, deixando os segredos para determinado e exclusivogrupo religioso. Ao contrrio, geralmente a linguagem da Bblia simples edireta, e o estilo literrio, bem como as regras gramaticais devem serconsiderados, como em qualquer outra literatura. No h intrprete oficial daBblia, a no ser o autor Deus, por meio do Esprito Santo, dado a todo aqueleque o pede (Se vs, pois, sendo maus, sabeis dar boas ddivas aos vossos filhos,quanto mais dar o Pai celestial o Esprito Santo queles que lho pedirem?,Mateus 7.11).

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    20Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 4):

    Veja a seguinte passagem bblica:Como s formosa, amada minha, eis que s formosa! Os teus olhos socomo pombas por detrs do teu vu; o teu cabelo como o rebanho decabras que descem pelas colinas de Gileade. Os teus dentes so como orebanho das ovelhas tosquiadas, que sobem do lavadouro, e das quais cadauma tem gmeos, e nenhuma delas desfilhada. Os teus lbios so como umfio de escarlate, e a tua boca e formosa; as tuas faces so como as metades deuma rom por detrs do teu vu. O teu pescoo como a torre de Davi,edificada para sala de armas; no qual pendem mil broquis, todos escudosde guerreiros valentes. Os teus seios so como dois filhos gmeos da gazela,que se apascentam entre os lrios. Antes que refresque o dia e fujam as

    sombras, irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso. Tu s toda formosa,amada minha, e em ti no h mancha.

    Qual o estilo literrio da passagem acima?

    ( ) Narrativa histrica

    ( ) Poesia

    ( ) Mandamento

    ( ) Profecia

    ( ) Carta H alguma dificuldade em perceber que o texto faz comparaes

    metafricas?

    O que significa No h sentido oculto ou misterioso nas letras e palavrasda Bblia?

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    Princpio # 5

    Considerao do Contexto

    Um texto fora do contexto um pretexto (provrbio popular)

    ste princpio pode ser classificado como o mais importante daHermenutica Bblica e tambm da Hermenutica Geral. A maioria doserros de interpretao da Bblia ocorre por falta de considerao da

    passagem ou do livro onde esto a palavra ou o verso que se est interpretando.Ler apenas um pargrafo, um verso, ou uma palavra isoladamente do seucaptulo, ou do conjunto de captulos que tratam daquele tema, ou do prpriolivro, pode induzir o leitor a uma concluso que jamais o escritor intencionou.Outros erros se do por causa do desconhecimento de fatos histricosrelacionados poca dos escritores bblicos.

    Contexto Literrio

    As palavras no possuem um nico sentido e o sentido de uma palavraBblica deve ser percebido na frase, no pargrafo e no captulo onde ela se situa e,no isoladamente. Citando um exemplo no bblico da lngua portuguesa, apalavra manga tem um sentido em rasgou a manga de sua camisa quando a

    enganchou na fechadura da porta e outro totalmente diferente em saboreou umamanga.

    De forma anloga, o sentido de uma palavra usada na Bblia pode serdiferente em passagens diferentes, s sendo percebido claramente pelo seucontexto. Por exemplo, a palavra irmo utilizada na Bblia tanto no sentidoliteral de irmo de sangue (Mateus 12:46-47 e 13:55-56), bem como no sentidomais amplo de parente (Gnesis 13:8), de irmo de f (Mateus 12:50), ou decompatriota (xodo 2:11). No entanto, o contexto onde ela aparece deixar claroqual o sentido intencionado pelo escritor. Tambm a palavra salvao muitas

    vezes usada no sentido da converso , que se d pelo reconhecimento earrependimento dos pecados e pela aceitao do perdo de Deus, para que umapessoa seja aceita no Reino de Deus e passe a ter o direito de viver eternamenteem comunho com ele (ex. Lucas 1:77; 19:9; Atos 4:12); porm, s vezes, ela usada na Bblia no sentido de restaurao do corpo humano (fsico) dos crentes aoestado original da criao , que acontecer quando Jesus Cristo retornar a terra eressuscitar os mortos (este o sentido em 1 Pedro 1:5; 2:2).

    Alm disto, algumas palavras na Bblia podem ter significado bastantediferente daquele usado na poca atual, portanto, o dicionrio no deve ser anica fonte de consulta para quem quer compreend-la. O verbo batizar , por

    E

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    exemplo, nos dias de hoje, pode significar dar nome a algo ou a algum. NaBblia, batizar nunca significa isto. O intrprete da Bblia deve ter como fonte deconsulta um dicionrio bblico e/ou um lxico bblico, e no um dicionriocomum. Um lxico um dicionrio bilnge entre uma lngua original da Bblia e

    a lngua ptria, que indica todos os possveis sentidos de uma palavra da Bblia,considerando o adequado contexto histrico-cultural e literrio dos tempos

    bblicos.

    O contexto imediato de uma frase ou verso so as frases ou versosimediatamente anteriores e posteriores a ele. O contexto amplo pode serentendido como os captulos ou o livro no qual a passagem ou verso estoinseridos, ou at outras passagens em outros livros bblicos nos quais o mesmoassunto / tema enfocado.

    Um dos versos mais mal interpretados da Bblia Filipenses 4:13 (Tudo posso naquele que me fortalece). A frase, isolada de seu contexto , tm levadomuitos a pensar que o escritor transmitiu a idia de que uma pessoa, com a forade Deus, se torna quase onipotente. O seu contexto imediato, entretanto,evidencia que o significado do verso outro. O Apstolo Paulo escreveu a frasedentro de um contexto no qual disse que conseguia suportar todo tipo desofrimento pelo qual ele passou por pregar o Evangelho (castigos fsicos etorturas, prises, naufrgio, perseguio etc.) com a fora que lhe era dada peloprprio Senhor Jesus. Outro exemplo de texto fora do contexto: a frase contida no

    Salmo 14:1 (No h Deus.), se isolada de seu contexto imediato (no caso, aorao anterior do mesmo verso), pode induzir a se dizer absurdamente que aBblia ensina que no existe Deus. Um versculo bblico deve ser interpretado luz de seu pargrafo, captulo, livro e at da Bblia toda, pois ela, como j foivisto, possui uma unidade harmnica (Princpio # 2).

    Considerao da Biografia do Autor

    Conhecer algo sobre a biografia do autor ajuda a entender a suamensagem com maior clareza. Deve-se perguntar: Quem escreveu? Para quemfoi escrito? Para que ou por que foi escrito? Quando foi escrito? Onde foi escrito?

    Nem sempre possvel extrair todas as respostas a essas questes apenasdo texto Bblico. O bom intrprete da Bblia deve recorrer a pesquisas biogrficasdos escritores bblicos, realizadas por eruditos telogos e historiadores. Bbliascom comentrios em notas de rodap tambm so bastante teis neste aspecto.

    O leitor deve, entretanto, saber fazer diferena entre o texto sagrado e ocomentrio. No se deve sacramentar notas de rodap de Bblias,principalmente aquelas cujas edies so comprometidas com posiesdoutrinrias particulares de certas instituies e denominaes religiosas. Notas

    de rodaps no so inspiradas por Deus; apenas o texto bblico sagrado. Ao lercomentrios e notas de rodaps de edies de Bblias, principalmente quando se

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    23Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    trata de temas polmicos, deve-se procurar ler mais de um comentarista/editor es depois formar a sua prpria opinio, dando sempre preferncia ao que diz otexto em si.

    Contexto Histrico-CulturalDo mesmo modo que conhecer a biografia do autor ajuda a entender a

    sua mensagem, saber alguns detalhes do panorama histrico e geogrfico queenvolvia o autor e o livro amplia a sua compreenso. Conhecer aspectos culturais(moradia, costumes, vestimentas), tecnolgicos (ferramentas, armas e outrosequipamentos), econmicos (moedas e medidas), sociais e geogrficos, faro oleitor perceber de forma mais vvida e clara o contedo da mensagem bblica. Osleitores da Bblia devem recorrer a pesquisas histrico-culturais dos tempos epovos bblicos, realizadas por telogos e historiadores, bem como a mapas e atlas

    antigos. Um livro muito bom o Manual dos Tempos e Costumes Bblicos, deWilliam Colleman. H diversas boas edies de atlas bblicos, e muitas ediesde Bblias trazem mapas ao final.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 5):

    O que significa considerar o contexto, na interpretao dos livrossagrados?

    O que o contexto imediato? O que o contexto amplo? O dicionrio comum adequado para explicar o significado das palavras

    bblicas? Por que?

    Qual a correlao entre este princpio e o da Unidade (princpio # 2)? O que voc sabe sobre a biografia de Paulo, o apstolo? Pesquise e escreva. O que voc sabe sobre a biografia dos quatro autores dos Evangelhos

    bblicos? Pesquise e escreva.

    No que estes fatos biogrficos ajudam para o entendimento dos livrosescritos por esses escritores?

    O que voc sabe sobre o Imprio Romano nos tempos de Jesus? O que voc sabe sobre as lnguas faladas em Israel, nos tempos de Jesus? O que voc sabe sobre as moradias (casas) das pessoas em Israel, nos

    tempos de Jesus?

    O que voc sabe sobre as roupas usadas nas pocas bblicas, na Palestina? No que essas informaes ajudam, com relao ao entendimento doslivros do Novo Testamento?

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    Princpio # 6

    Precedncia das Passagens Claras -A Bblia explica a

    Bblia

    certo que na Bblia h passagens mais difceis de entender, e outras maisfceis. Por isso Agostinho dizia que no se deve construir ou elaborardoutrinas com base em passagens obscuras da Bblia. Ele disse: A

    passagem obscura deve dar preferncia passagem clara. Em outras palavras,os textos obscuros e difceis de interpretar devem ser interpretados luz dos queso mais fceis de ser interpretados. preciso ter muito cuidado cominterpretaes de certas passagens da Bblia que so mais difceis de entender.

    Algumas expresses idiomticas prprias do Hebraico e do Aramaico antigos, bem como do Grego Koin , lnguas nas quais a Bblia foi escrita, no fazemsentido nem no Hebraico nem no Grego modernos. O longo tempo decorridoentre a poca em que os manuscritos originais foram escritos e os dias de hoje,fez com que algumas expresses se tornassem difceis de compreender naatualidade.

    Lutero dizia: O texto bblico interpreta a si prprio. Para Lutero, oentendimento da Bblia no requer a necessidade de outro material bibliogrficode ajuda, externo a ela, para seu entendimento, uma vez que vrios textos eautores bblicos se complementam e se explicam. Esta frase de Lutero exprimeeste princpio de interpretao aqui enfocado. O princpio significa que, ao leruma determinada passagem da Bblia, quando o leitor no a entender, deveprimeiramente aquietar o corao, e procurar na prpria Bblia (em outro livrodo mesmo, ou de outro escritor bblico) outras passagens mais fceis que tratemdo mesmo assunto. Essas outras passagens4 iro clarear o entendimento do leitor.

    A Bblia explica a Bblia. A idia aqui que se algum texto bblico enfoca umassunto ou doutrina de forma no muito clara, deve-se procurar saber se existemoutras passagens na Bblia que tratem o mesmo assunto de forma mais clara e/ou

    definitiva. Se existirem, o entendimento do cristo (sua doutrina) acerca desseassunto deve ser definido com base nas passagens claras. Por outro lado, se noexistirem outras passagens que expliquem melhor o texto que est sendo lido, oleitor deve aceitar que aquela passagem permanecer um mistrio at Jesusretornar terra.

    4 Outras passagens que tratam do mesmo assunto so encontradas facilmente na Bblia por meio das

    concordncias bblicas. Algumas edies de Bblias trazem concordncias includas. Elas tambm podemser adquiridas em separado. O conjunto de passagens da Bblia que tratam sobre um mesmo assuntoformam o que se chama de contexto amplo das Escrituras.

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    Trs exemplos de passagens difceis, sobre as quais no se deve definir nenhumadoutrina crist:

    De outra maneira, que faro os que se batizam pelos mortos? Seabsolutamente os mortos no ressuscitam, por que ento se batizam poreles? (1 Co. 15.29. ARA)

    Naqueles dias estavam os nefilins na terra, e tambm depois, quando osfilhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos.Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome, que houve naantigidade. (Gen 6.4. ARA)

    Poders tirar com anzol o leviat, ou apertar-lhe a lngua com uma corda?Poders meter-lhe uma corda de junco no nariz, ou com um gancho furar asua queixada? Porventura te far muitas splicas, ou brandamente te falar?Far ele aliana contigo, ou o tomars tu por servo para sempre? Brincars

    com ele, como se fora um pssaro, ou o prenders para tuas meninas? Faroos scios de pesca trfico dele, ou o dividiro entre os negociantes? Podersencher-lhe a pele de arpes, ou a cabea de fisgas? Pe a tua mo sobre ele;lembra-te da peleja; nunca mais o fars! Eis que v a esperana de apanh-lo; pois no ser um homem derrubado s ao v-lo? (J 41.1-9)

    Existem muitas passagens claras na Bblia sobre o batismo cristo,portanto, no se deve concluir que exista ou se deva praticar batismo pelosmortos. No segundo exemplo, embora j se saiba que nefilins eram homens comestatura exagerada (gigantes, com cerca de trs metros de altura ou mais), no se

    sabe exatamente o que o texto quer dizer com Os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens , e no se deve igualmente estabelecer doutrina sobre essapassagem. Na terceira passagem, o leviatera um animal grande e feroz, existente poca de J (aproximadamente trs mil anos antes de Cristo) que deve ter sidoextinto.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 6):

    Todas as passagens bblicas so fceis de entender? Quando h um texto fcil e um texto difcil de entender, ambos tratando

    do mesmo assunto, qual deve ser a nossa postura quanto interpretaodesses textos?

    Quando um texto difcil no tiver outros textos paralelos que o expliquem,o que se deve fazer?

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    Princpio # 7

    Revelao Cumulativa ou Progressiva

    a Bblia, as verdades reveladas no Velho Testamento so esclarecidase/ou ampliadas no Novo Testamento. A Nova revelao nos ajuda aentender a revelao anterior.

    Como exemplo, citamos o sacerdcio. No Velho Testamento, foraminstitudos sacerdotes para fazerem intermediao e intercesso entre Deus e opovo comum. No Velho Testamento, somente os sacerdotes falavamdiretamente com Deus e somente eles o ouviam. No Novo Testamento, Pedro dizque todos os cristos so sacerdotes (1 Pedro 2:9); em outras palavras, o Novo

    Testamento amplia o conceito de sacerdcio e o transforma. Pedro ensina queentre os cristos no h mais sacerdotes especiais ou exclusivos. No h maisprivilegiados que intercedam pelos outros diante de Deus. No h mais diferenaentre sacerdotes e povo comum perante Deus. Nenhum ser humano pode maisfazer algo para perdoar os pecados de outro ser humano, mas agora cada umpode pedir perdo diretamente a Deus. Todo cristo pode falar diretamente comDeus, em nome de Jesus. O Novo Testamento ampliou a verdade j exposta noAntigo Testamento, no caso, o sacerdcio.

    Outro exemplo deste princpio so os tipos ou prefiguraes deCristo no Antigo Testamento. Moiss, por exemplo, apesar de ter sido umpersonagem histrico real, foi um tipo de Cristo. Ele anunciava o carter deCristo em sua prpria personalidade e histria. Moiss era manso e humilde;Cristo tambm; Moiss libertou o povo de Deus da escravido no Egito; Cristoliberta os que crem nele da escravido ao pecado; Moiss falava com Deus,intercedendo pelo povo Hebreu; Cristo fala com Deus-Pai, intercedendo pelosseus discpulos; Moiss guiou o povo Hebreu terra prometida; Jesus guia osque nele crem ao Reino do cu. Cristo j estava sendo parcialmente revelado emMoiss e em outros personagens bblicos. Depois ele prprio se revelou,

    completando a revelao.Os sacrifcios expiatrios so outro tpico exemplo da revelao

    progressiva. No Antigo Testamento (antes de Cristo), para que os pecados daspessoas fossem perdoados, tinha que haver o derramamento de sangue inocente,de um animal manso, sem nenhuma mancha, perfeito. Este animal era morto nolugar do pecador; por isso era chamado de animal expiatrio. Esta verdade nofoi anulada no Novo Testamento; ao contrrio, ela se tornou evidente. JooBatista disse que Cristo O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo(Joo 1.29). Hebreus 9.26 diz, a respeito de Jesus Cristo, que Uma vez por todasse manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifcio de si mesmo. Assim, este

    N

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    ensino (expiao) se tornou mais claro no Novo Testamento. Ao invs de animaissacrificados, Jesus Cristo foi sacrificado para pagar pelos pecados de todos os quenele crem. Ao invs de sacrificar animais repetidamente, o sacrifcio de Cristofoi definitivo, como est escrito em Hebreus:

    Da mesma forma, como o homem est destinado a morrer uma s vez edepois disso enfrentar o juzo, assim tambm Cristo foi oferecido emsacrifcio uma nica vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecersegunda vez, no para tirar o pecado, mas para trazer salvao aos que oaguardam. (Hebreus 9.27-28. NVI)

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 7):

    O Novo Testamento anulou o Velho Testamento ou o esclareceu eampliou?

    O sacerdcio era uma prtica do Antigo Testamento, que foi ampliada noNovo Testamento. O que aconteceu com o sacerdcio, depois que Cristoveio?

    Como a revelao progrediu com relao aos sacrifcios para expiaopelos pecados? E como era isto antes de Cristo?

    Os cristos devem observar e imitar os ensinos e as prticas constantes noNovo Testamento ou tentar reproduzir o modelo religioso judeu constante

    no Velho Testamento? Justifique sua resposta.

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    Princpio # 8

    Precedncia do Sentido Literal

    sentido literal dos textos bblicos deve ser preferido ao sentido figurado,a menos que na passagem esteja claro que o autor est usando umafigura de linguagem (metfora, hiprbole, eufemismo, etc.). O

    significado do texto, na maioria das vezes, exatamente o que as palavras, frasese o estilo literrio esto indicando. Por mais que seja difcil de aceitar, o intrpretedeve priorizar o sentido literal das passagens Bblicas.

    No se deve alegorizar as narrativas histricas das Escrituras(principalmente do Novo Testamento), ou seja, atribuir a elas um significado

    alm do que o prprio texto est transmitindo. As alegorias existentes na Bbliaso aquelas j explicadas no Novo Testamento acerca de eventos do AntigoTestamento. No se deve criar outras.

    Muitos que j enxergaram alegorias na criao ou nos milagres narradosna Bblia, assim agiram por no crer que ela narra feitos sobrenaturais comoeventos histricos (reais), e no como mitos. Quando certas pessoas lem, porexemplo, que Jesus e Pedro andaram sobre as guas do Mar da Galilia, elasdizem que as guas do mar nesse episdio no se tratam de H2O (significadoclaro do texto) , mas que so as dificuldades da vida que temos de atravessar(significado oculto alegrico). Os textos dos Evangelhos que narram o episdiosimplesmente no nos do esta alternativa de interpretao. Afirmam claramenteque de fato Jesus e Pedro andaram sobre as guas do Mar da Galilia e essaseram literalmente gua (H2O). Os eventos histricos registrados nos quatroEvangelhos bblicos tm o propsito de demonstrar a divindade de Cristo;alegoriz-los, portanto, o mesmo que deixar de crer que Cristo Deus. Sealgum alegoriza as narrativas neo-testamentrias, no est interpretando aBblia, mas, est impondo a ela um significado estranho sua mensagem.

    Isto no significa que no se possam tirar lies (morais, prticas outeolgicas) a partir das narrativas bblicas, porm, o que no se deve fazer achar que o que est narrado literalmente no o que o autor quis dizer.

    Deixe a Bblia falar por si. uma frase que traduz o princpio aquiabordado. Ao invs de predefinir sua prpria opinio e forar a barra parafazer com que a Bblia concorde com ela, o leitor sincero deve ouvir o que aprpria Bblia diz, mesmo que, em sua opinio, no concorde com ela. Amensagem da Bblia no difcil de entender, mas difcil de aceitar, por que nssomos pecadores por natureza, e temos pouca f. Temos a tendncia de achar que

    certos ensinamentos no podem ser interpretados literalmente por que osconsideramos impossveis de explicar cientificamente ou de p-los em prtica.

    O

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    Como explicar os milagres de Jesus? Como podemos amar o inimigo e orar porquem nos persegue? A resposta foi dada por Jesus quando foi perguntado sobreo significado de: mais fcil um camelo passar pelo fundo de uma agulha doque um rico entrar no reino dos cus. Ele disse: Para os homens impossvel,

    mas no para Deus; porque para Deus tudo possvel.Uma palavra a mais merece ser dada acerca da precedncia do sentido

    literal. que este deve ser desconsiderado quando conduzir a uma conclusoabsurda. Alguns versos do Velho Testamento dizem, por exemplo, que Deus searrependeu5. Nesses casos o leitor pode perceber que a h uma linguagem noliteral, pois Deus perfeito; no erra; portanto, no se arrepende, uma vez que searrepender significa reconhecer um erro e no querer mais pratic-lo. Isso seriaum absurdo teolgico, uma contradio com a prpria definio da pessoa deDeus. Quando a Bblia diz que Deus se arrependeu, geralmente significa queDeus mudou seu procedimento com relao ao homem, em dada situao.Outros exemplos de sentido figurado claro so as passagens onde Jesus secomparou a coisas e elementos da natureza. Ele disse que era a porta, ocaminho etc. No d para pensar que ele se transformava em porta nem emcaminho. Quando Jesus, na ceia, tomando o po, disse Este o meu corpo. Ele(Jesus) e o po eram coisas distintas. O po no se transformou literalmente nocorpo de Cristo em carne e osso (e sangue); isso no faz o menor sentido. Seadmitirmos que esse fenmeno aconteceu literalmente, os discpulos estariam alipraticando canibalismo, comendo carne humana. E pior, o prprio Jesus comeu

    sua prpria carne? Portanto, se o sentido literal conduz a um absurdo(principalmente teolgico), resta-nos interpretar o verso ou passagem de formametafrica, observando o sentido figurado e prestando mais ateno noensinamento que est sendo transmitido por meio daquela figura de linguagem.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 8):

    O que significa Deixe a Bblia falar por si? Por que muitas pessoas tendem a alegorizar certas passagens da Bblia? Qual a diretriz a ser seguida para que deixemos adequadamente de

    considerar um texto bblico literalmente e passemos a prestar mais atenoao seu sentido figurado?

    Na hora em que Cristo estava jantando com seus discpulos, na chamadaltima ceia, ele disse isto o meu corpo. Esta afirmao literal oufigurada? Jesus, naquele momento, transformou literalmente o po em seu

    5 Deus se arrependeu. Esta expresso aparece em Gnesis. 6.6; xodo. 32.14; I Samuel 15.35; 24.16;I Crnicas 21.15; Jeremias 26.19; Ams 7.3, 6; e Jonas 3.10.

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    corpo ou utilizou o po como figura? Se voc acha que esta passagem literal, como voc explica que ele prprio comeu o po? Estaria ele alidando mordidas e engolindo o seu prprio corpo, e os discpulostambm?

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    31Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Princpio # 9

    Precedncia das Passagens Didticas

    s passagens didticas da Bblia definem as doutrinas crists. As narrativashistricas devem ser vistas apenas como ilustraes positivas ounegativas das doutrinas estabelecidas nas passagens didticas. O que

    chamamos de passagens didticas so principalmente os mandamentos, asrecomendaes e os ensinamentos diretos. Quando o rei Saul foi consultar umamdium em Endor, ele sabia que Deus j havia claramente proibido essa prticaem Deuteronmio 18.9-13, e em outras passagens:

    Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te d, no aprenders a fazer

    conforme as abominaes daqueles povos. No se achar no meio de ti quem faapassar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador,nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espritoadivinhador, nem mgico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que fazestas coisas abominvel ao Senhor, e por causa destas abominaes que oSenhor teu Deus os lana fora de diante de ti. Perfeito sers para com o Senhor teuDeus.

    Saul conhecia este mandamento claro das Escrituras, e mesmo assim odesobedeceu.

    Este episdio na vida de Saul, portanto, no pode estabelecer nada emtermos de doutrina crist; apenas evidencia o quanto Saul era desobediente aDeus. Nenhum detalhe desta narrativa pode ser usado para definir doutrinacrist positivamente. Os espritas cometem este erro de tentar justificar amediunidade a partir desta narrativa. No se deve consultar os mortos porqueisto ofende a Deus, sendo claramente ensinado nos textos didticos,principalmente em Deuteronmio 18.

    importante ressaltar, entretanto, que dentro das narrativas, muitas vezes,constam transcries de palavras diretas de Deus, ou de profetas ou de apstolos

    que falaram em seu nome (Assim diz o Senhor...). Neste caso, essas palavraspassam a ser diretas; so didticas e so vlidas como argumentao paraestabelecimento de doutrinas.

    tambm importante destacar que, enquanto as passagens narrativas queevidenciam comportamentos negativos no devem nos servir de exemplo deprtica nem de doutrina, aquelas narrativas que demonstram comportamentospositivos podem ser consideradas como padro de comportamento para oscristos de hoje e de todas as pocas. Um exemplo disto o dia-a-dia da igrejaprimitiva do primeiro sculo, conforme narrado em Atos e nos demais livros doNovo Testamento. O que eles faziam deve ser exemplo para os cristos. Suas

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    32Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    vidas simples, seu sentimento de comunidade, suas reunies participativas noslares, a ausncia de hierarquia entre eles, tudo isso compe o que se chamapropriamente de tradies apostlicas, e, embora no sejam passagensdidticas, so exemplos que ensinam , e que devem ser seguidos, como prtica de

    vida saudvel e aprovada por Deus.

    Perguntas para reflexo e aprofundamento (Sobre o Princpio # 9):

    A maior parte do texto bblico se constitui de narrativas histricas. Nelash bons e maus exemplos. Os maus exemplos podem servir de base para aformulao de uma doutrina bblica?

    Cite exemplos de passagens didticas. Quando aparece nas narrativas cannicas a expresso Assim diz oSenhor, seguida de um ensinamento ou mandamento, ela passa a ser

    didtica ou no? Por que?

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    33Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Princpio # 10

    Significado Pela Primeira Meno

    bservar o sentido de uma palavra na primeira vez que esta mencionadana Bblia pode ajudar a compreender o seu sentido. A palavra dzimo,por exemplo, aparece pela primeira vez em Gnesis 14.20 e 28.22.

    Percebe-se ali, que dizimar essencialmente entregar a Deus de livre eespontnea vontade, como um ato de adorao, a dcima parte da produo ouda renda. Este o significado original, extrado da primeira meno. Alm disso,dizimar para o Criador era um costume de povos antigos, mesmo dos no

    judeus. Abrao trouxe este costume de sua civilizao de origem, os Caldeus. O

    dzimo foi transformado depois em um tributo, cujo propsito era a manutenodo templo de Jerusalm e dos sacerdotes judeus. A maioria das pessoas hoje emdia desconhece o significado de dzimo como ato de adorao pessoal e o entendecomo um tributo espiritual exatamente porque desconhecem o seu sentidooriginal, dado pela primeira meno.

    O

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    34Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Acerca das Diversas Verses da Bblia

    s originais da Bblia foram inspirados por Deus; no as verses

    (tradues e revises). Existem muitas pessoas que fecham questo emtorno de uma verso como se ela fosse a nica inspirada por Deus, em

    uma determinada lngua. A verso King James, na lngua inglesa, consideradapor muitos como sendo a verso inglesa inspirada enquanto que outrasverses da Bblia, em ingls, no so assim consideradas. O mesmo ocorre com averso Almeida Revista e Corrigida para algumas denominaes evanglicas

    brasileiras e a verso de Matos Soares6 , uma das verses adotadas comooficiais pela Igreja Catlica Romana, no Brasil.

    As diversas verses trazem suas contribuies adequada compreensoda mensagem divina. No entanto, existem tradues melhores e piores. Astradues feitas a partir dos manuscritos nas lnguas originais so sempremelhores do que aquelas feitas a partir de verses em outras lnguas nooriginais. As tradues feitas por comits mistos ou por editoras tendem a sermais imparciais, enquanto que as chamadas tradues oficiais (editadas porigrejas) so influenciadas por crenas (doutrinas) particulares que essasinstituies adotaram e induzem o leitor a pensar como elas 7.

    Existem verses mais literais em Portugus (ex. Almeida ARA) e outras

    que procuram mais transmitir o sentido do texto (ex. NTLH e NVI),considerando e usando, no entanto, expresses e palavras prprias do Portuguscoloquial do Brasil. Ambas so importantes e boas para a compreenso dasEscrituras. H tambm verses que so parafraseadas, que se afastam mais dotexto bblico literal original (ex. Bblia Viva). H algumas verses queincorporaram os entendimentos da Crtica Textual 8 acadmica (Almeida ARA,NVI, NTLH), traduzindo os textos prioritariamente a partir dos manuscritosmais antigos (manuscritos do chamado Texto Alexandrino). H outras quetraduzem os textos bblicos baseando-se principalmente nos manuscritos maisrecentes (denominados Bizantinos), transmitidos pela igreja Catlica Ortodoxadesde a Idade Mdia (ex. em Portugus, a versoAlmeida Revista e Corrigida).

    No quero aqui indicar uma verso particular, mas sugerir ao leitor que,caso no possa possuir mais de uma edio da Bblia, escolha uma verso queprocura transmitir mais o sentido do texto (ex. NTLH e NVI) e facilitam o seu

    6 A traduo de Matos Soares no foi feita a partir dos manuscritos originais (em Hebraico, Grego eAramaico), mas a partir da Vulgata Latina, a Bblia em Latim, editada por Jernimo e concluda em 405d.C.7 A Bblia de Jerusalm, por exemplo, uma edio catlica, traduz , em 1 Corntios 13, a palavra gregagapecomo caridade ao invs de amor. Isto induz o leitor a supervalorizar as boas obras, como ensina

    a Igreja Catlica Romana.8 Crtica Textual. Cincia e arte que visa estabelecer os originais de textos antigos, a partir de seusmanuscritos, com o auxlio da arqueologia, da Histria, da Paleografia e da Lingstica.

    O

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    35Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    entendimento para o homem moderno. Caso tenha condies de adquirir outrasverses da Bblia, e j tenha um bom conhecimento bblico, sugiro adquirirtambm as verses com tradues literais, como o Novo Testamento InterlinearGrego-Portugus (editado pela Sociedade Bblica do Brasil). Bom seria se todo

    leitor da Bblia tivesse mais de uma verso em sua lngua ptria. Recomendotambm que o leitor iniciante evite as verses parafraseadas, pela razo jevidenciada anteriormente. Todavia, o maior cuidado deve ser o de evitar o textobblico editado por certas seitas, tais como as Testemunhas de Jeov e outras.Tais textos foram intencionalmente adulterados e levaro o leitor a conclusesherticas.

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    36Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Questionrio de Ajuda Para Aplicao dos Princpios

    Hermenuticos

    s perguntas a seguir esto correlacionadas aos princpios tratados nestaobra. Se respondidas com sinceridade, com o mximo de imparcialidade,e com a busca de informaes confiveis sobre o respectivo contexto

    histrico, ajudaro o leitor a compreender mais adequadamente os textos bblicos. importante acrescentar que nem sempre ser necessrio procurarresponder a todas as quinze questes para se chegar ao adequado entendimentode uma passagem. s vezes, o leitor consegue entender uma passagem logo como auxlio das primeiras perguntas.

    Ao ler uma passagem bblica, o intrprete pode fazer para si as seguintesperguntas:

    1) H algo no contexto imediato (versos anteriores e posteriores) ou nocaptulo, que afeta o meu entendimento prvio do verso ou passagemsob anlise?

    2) possvel identificar o estilo literrio da passagem / verso? O estiloliterrio est indicando que a passagem pode estar em sentidofigurado?

    3)

    O que o sentido literal est dizendo? Est conduzindo a uma conclusoabsurda9? Na passagem ou verso, o sentido figurado o nico que fazsentido?

    4) Quais as palavras-chave do verso ou passagem? Uma vez que se sabeque h mais de um significado para uma palavra bblica, qual deles omais harmnico com o contexto em pauta?

    5) O que as funes gramaticais (verbos, pronomes, conjunes) daspalavras usadas no verso ou passagem esto indicando?

    6)

    Quem foi o escritor do livro? possvel saber algo sobre ele?7) Este autor escreveu algo mais sobre o assunto, no mesmo livro ou em

    algum outro livro da Bblia? O que ele disse, em outra passagem, sobreo mesmo assunto?

    9 Uma concluso absurda seria, por exemplo, chegar a uma clara contradio com as grandes verdadesbblicas, tais como Deus bom, ou Jesus Deus, Deus esprito ou Deus eterno. Nosignifica, entretanto, que um texto bblico no possa contradizer claramente certos dogmas particulares de

    certas faces do Cristianismo, ou leis naturais. H certos dogmas e pensamentos adotados por algumasigrejas que no se sustentam luz de uma interpretao adequada. Concluses contrrias a dogmas deigrejas, se estes no se fundamentam na Bblia, no so concluses teolgicas absurdas.

    A

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    37Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    8) Se a passagem consiste num dilogo ou numa pregao, quem estfalando? E para quem ele ou ela est falando?

    9) Qual o propsito geral do livro? Meu entendimento sobre a passagemou verso est em harmonia com o propsito geral do livro?

    10) A Bblia trata desse mesmo assunto de forma mais clara ou definitivaem outros livros do mesmo ou de outros escritores10? Se sim, o queessas passagens esto a dizer sobre o assunto? H algum mandamentorelacionado ao assunto do qual trata o verso ou passagem sob anlise?

    11) Se a passagem do Velho Testamento, e considerando que, ao longo daBblia, a revelao foi progressiva, alguns temas tiveram seussignificados ampliados, melhor esclarecidos ou at alterados pelosescritos do Novo Testamento. Ser que isto se aplica passagem em

    pauta?12) Como as verses NVI e NTLH (que utilizam equivalncia dinmica11)

    traduzem o mesmo verso ou passagem? H, nessas, ou em outrasverses, algo que esclarea o texto ou lhe ajude a compreend-lo?

    13) Estou usando uma verso da Bblia que traduzida a partir das lnguasoriginais e dos manuscritos mais antigos?

    14) Se outras verses diferem daquela que eu usei primeiro, quais delasusam as lnguas originais para traduzir? Como as edies mais neutras

    (editadas por editoras que no sejam de igrejas ou denominaes)traduzem o verso ou a passagem?

    15) O que os grandes telogos, de vrias correntes, escreveram, aocomentar o verso ou a passagem em pauta12? As minhas conclusescombinam com a da maioria deles (ou alguns deles)?

    10 Para responder a esta questo, procurar auxlio em Concordncias Bblicas.11

    Equivalncia dinmica o tipo de traduo que procura traduzir o sentido da lngua original, adotando,no entanto, expresses prprias da lngua receptora.12 Para no ser parcial, preciso ler opinies de pelo menos trs autores, de correntes ou igrejas diferentes.

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    38Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Concluso

    ste livro aborda os princpios mais importantes da Hermenutica Bblica,sendo, portanto, um guia introdutrio a esta cincia. H outros bonstratados, principalmente os indicados nas referncias bibliogrficas desta

    obra, que merecem ser consultados pelo leitor que queira se aprofundar noassunto. Entretanto, preciso que se enfatize que nem este, nem qualquer outrolivro sobre interpretao bblica substitui a leitura da prpria Bblia, como fontedo conhecimento e compreenso das verdades divinas. A pessoa que quersinceramente entender a Bblia precisa l-la per si. necessrio ler os sessenta eseis livros sagrados, para entend-la. Somente quem os ler pessoalmente, com fe com a mente aberta, perceber a unidade e a inspirao dos livros da Bblia.

    Para aquele que nunca leu a Bblia e pretende faz-lo doravante, douaqui uma sugesto: comece pelo Evangelho de Joo; depois leia Glatas e Efsios;depois o Evangelho de Lucas; depois leia os demais evangelhos; em seguida leiaas demais cartas dos apstolos; depois o Velho Testamento; e por ltimo,Apocalipse.

    Estou convicto de que ler a Bblia, com os princpios de hermenutica emmente, e com a ajuda do Esprito Santo, far com que o leitor possa compreend-la corretamente e plenamente.

    Espero, enfim, ter contribudo no somente para despertar o leitor eincentiv-lo para a leitura devocional e diria da Bblia (o que venho fazendo halguns anos), mas tambm para bem entender as Escrituras e poder praticar seusensinamentos e assim viver para a glria de Deus, para o prprio bem, e para o

    bem da humanidade e do planeta.

    E

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    39Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Apndice - Significados das Parbolas de Jesus

    ParbolaReferncias

    Significado / Mensagem CentralMateus Marcos Lucas

    1. A candeiadebaixo da vasilha 5.14-15 4.21-22

    8.16;11:33

    A vida ntegra e o bom testemunho do cristodevem ser exemplos para a humanidade,portanto, devem ser visveis, e noescondidos.

    2. O construtorprudente e oinsensato

    7.24-27 6.47-49

    Crer e praticar os ensinamentos de Cristo oque torna a vida de uma pessoa firme, forte e(eternamente) duradoura, alm de preparadapara toda adversidade.

    3. O remendo depano novo emroupa velha

    9.16 2.21 5.36

    Jesus Cristo pactuou uma nova aliana entreDeus e os homens, e no se deve tentar viveresta nova aliana com as prticas (formas) e osritos da velha aliana o Antigo Testamento.

    4. O vinho novoem odres velhos

    9.17 2.22 5.37-38

    A mensagem de Jesus o vinho novo umanova forma de se relacionar com Deus. Areligio judaica do Antigo Testamento (antigaaliana), com seus sacrifcios de animais,rituais e regras, seu edifcio-templo, e seusacerdcio humano restrito, o odre13 velho

    que no deve reger a nova vida em Cristo. Osacrifcio de Cristo foi suficiente valeu parasempre; Deus no se agrada de rituais, massim da inteno do homem; o templo de Deushoje o corpo de cada cristo onde elehabita; todo cristo um sacerdote, queministra diretamente diante de Deus, semrestrio nem mediadores. Tentar viver oCristianismo com as prticas do AntigoTestamento prejudicial.

    5. O semeador eos solos

    13.3-84.3-8;14-20

    8.5-8;11-15

    Muitas pessoas ouvem a mensagem doEvangelho de Jesus Cristo a semente e seagradam dela, porm, poucos se tornamverdadeiramente seguidores de Jesus Cristo.

    6. O Trigo e o Joio/ As ervasdaninhas

    13.24-30;

    4.30-32

    No mundo, s Deus sabe quem so os seusfilhos (o trigo) e os que so filhos do maligno(o joio). Contudo, no fim da histria, os anjosde Deus retiraro os filhos do maligno domeio do povo de Deus e eles (os mpios) serolanados no inferno.

    13 Odre. Vasilha de couro usada para transportar vinho.

    http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%209:16http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%202:21http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%205:36http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%209:17http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%202:22http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%205:37,38http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:3-8,14-20http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:3-8,14-20http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%208:5-8,11-15http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%208:5-8,11-15http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:30-32http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:30-32http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%208:5-8,11-15http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%208:5-8,11-15http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:3-8,14-20http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%204:3-8,14-20http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%205:37,38http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%202:22http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%209:17http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%205:36http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%202:21http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%209:16
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    40Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Parbola

    RefernciasSignificado / Mensagem Central

    Mateus Marcos Lucas

    7. O gro demostarda

    13.31-32

    4.30-31 13.18-19

    Assim como uma grande rvore nasce a partirde uma pequena semente, o Reino de Deusnasce no corao de um homem por um atomuito simples a f em Cristo e em suapalavra que a semente.

    8. O fermento 13.33 13.20-21

    Assim como o fermento se alastra pela massa,o Reino do Cu se alastra na vida de quemrecebe o Senhor Jesus, por meio da ao doEsprito Santo.

    9. O tesouroescondido

    13.44

    Pertencer ao Reino de Cristo vale mais do quetoda a riqueza material que algum possaacumular na vida.

    10. A prola degrande valor

    13.45-46

    Idem.

    11. A rede13.47-

    50

    Semelhante ao da parbola do joio. No fim dahistria, os anjos de Deus separaro os mpios(os sem Deus) dos fiis. Os mpios serolanados no inferno.

    12. O dono deuma casa

    13.52

    Quando um antigo copista da lei judaica(escriba) compreendia a mensagem de JesusCristo (do Reino do Cu), ele passava adistinguir quais so as coisas da Velha Aliana

    e as da Nova Aliana.

    13. A ovelhaperdida

    18.12-14

    15.4-7

    Cada um dos eleitos de Deus especialmenteimportante para Ele. Quando um filho deDeus peca e se afasta do rebanho, Deus vai busc-lo com amor, e o traz de volta ao seureino. Essa mesma atitude deve ser a doscristos, com relao aos pecadores. Osfariseus, ao invs disso, recriminavam ospecadores.

    14. O servoimpiedoso

    18.23-34

    Assim como Deus foi misericordioso conosco

    e perdoou completamente os nossos pecados,devemos ser misericordiosos e perdoarcompletamente aqueles que nos ofenderam.

    15. Ostrabalhadores navinha

    20.1-16

    Deus soberano e a sua justia diferente da justia humana. A vida eterna ser dada porDeus tanto queles que receberem a JesusCristo em pouca idade e trabalharem para oseu reino mais tempo na terra, quanto aos queo receberem no fim da vida terrena.

    http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2013:18-19http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:33http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2013:20-21http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:45,46http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:45,46http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:47-50http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:47-50http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:52http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:12-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:12-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2015:4-7http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:23-34http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:23-34http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2020:1-16http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2020:1-16http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:23-34http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:23-34http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2015:4-7http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:12-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2018:12-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:52http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:47-50http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:47-50http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:45,46http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:45,46http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2013:20-21http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2013:33http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2013:18-19
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    41Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    ParbolaReferncias Significado / Mensagem Central

    Mateus Marcos Lucas

    16. Os dois filhos21.28-

    32

    Uma pessoa que apenas sabe qual a vontadede Deus ou concorda intelectualmente comela, mas no a obedece nem a pratica, noagrada a Deus.

    17. Os lavradoresmaus

    21.33-44

    12.1-11 20.9-18

    Deus escolheu os descendentes de Abraopara que cuidassem do seu reino na terra. Os judeus deveriam abenoar todas as etnias daterra, ao tornar o Deus nico conhecido aoshomens. Todavia, esses foram infiis erebeldes a Deus e no cumpriram a suamisso. Deus enviou vrios profetas ao longoda histria para adverti-los, mas, os judeus(principalmente os religiosos) os rejeitaram e

    mataram. Deus resolveu enviar-lhes seuprprio filho (Jesus Cristo) e eles tambm orejeitaram e mataram. Deus, ento, resolveucastig-los severamente e entregar aadministrao de seu reino na terra aosgentios (no judeus).

    18. O banquete decasamento

    22.2-14

    O banquete de casamento uma figura dacelebrao da vitria final de Deus sobre omundo e sobre a humanidade; o cumprimentodo eterno propsito de Deus a unio entreCristo e os que so da igreja sua noiva. Deuschamou inicialmente os judeus para unirem-seao seu filho Jesus Cristo e participaremdessa festa. Contudo, esses se envolveram emassuntos terrenos e desprezaram o Reino doCu. Deus, ento, chamou vrios gentios paraa celebrao de sua vitria. Satans estarnessa festa, mas como sua inteno no ser ade celebrar a vitria de Jesus, ser lanado noinferno, juntamente com os seus anjosrebeldes (demnios), e com os homens emulheres que rejeitarem o Reino de Deus,quer sejam judeus ou no.

    19. A figueira24.32-

    3513.28-

    2921.29-31

    Quando Jesus estiver perto de retornar terra,os sinais que ele descreveu acontecero.Assim, os seus discpulos podero perceberque sua segunda vinda est prxima.

    20. O servo fiel esensato

    24.45-51

    12.42-48

    Aqueles que nunca desanimam da f porcausa do longo tempo de espera at a volta de Jesus Cristo, so por ele considerados servosfiis. Esses no somente cuidam de si mesmos,como tambm cuidam dos outros irmos.

    http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:28-32http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:28-32http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:33-44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:33-44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2012:1-11http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2020:9-18http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2022:2-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:32-35http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:32-35http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2013:28,29http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2013:28,29http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2021:29-31http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:45-51http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:45-51http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2012:42-48http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2012:42-48http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:45-51http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:45-51http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2021:29-31http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2013:28,29http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2013:28,29http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:32-35http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2024:32-35http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2022:2-14http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=luc%2020:9-18http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=marc%2012:1-11http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:33-44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:33-44http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:28-32http://www.portaldabiblia.com/?do=p&p=mat%2021:28-32
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    42Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    ParbolaReferncias Significado / Mensagem Central

    Mateus Marcos Lucas

    21. As dez virgens 25.1-13

    No primeiro sculo, na Judia, durante umcasamento, a noiva era acompanhada por umcortejo de amigas (damas-de-honra) at seencontrarem com o cortejo do noivo em certolugar, para dali irem juntos casa do pai donoivo, onde haveria as bodas (festa decasamento). Na parbola, a noiva seriaacompanhada por um cortejo de 10 virgens.As cinco virgens tolas significam pessoas queatenderam o convite para pertencerem aoReino de Deus, porm esmoreceram na f,com o passar do tempo, por causa da demorado noivo, que s chegou meia-noite (horriotardio para uma festa de casamento). Asvirgens sbias representam as pessoas queatenderam ao contive para as bodas doCordeiro, e nunca esmoreceram, estandosempre preparadas e confiantes que o noivo(Jesus Cristo) chegaria.

    22. Os talentos

    (minas)

    25.14-

    30 19.12-27

    Deus distribuiu habilidades/capacidades acada um de seus filhos, e espera que sejamusadas em prol do seu Reino. Aqueles queaplicarem bem suas habilidades econseguirem resultados para o reino de Deus

    (crescimento espiritual e/ou novos discpulos)sero recompensados. Por outro lado, os queno produzirem nada para Deus, pordesinteresse ou falta de f, sero punidosseveramente.

    23. A semente emcrescimento

    4.26-29A mensagem do evangelho (a semente) tem,em si mesma, o poder de transformar vidas.

    24. Os servosvigilantes

    13.35-37

    12.35-40Os filhos de Deus devem estar semprepreparados para a volta de Jesus.

    25. O credorperdoador

    7.41-43

    Aqueles que se reconhecem como grandespecadores so muito mais gratos a Deus peloperdo de seus pecados do que aqueles queacham que pecam pouco ou no seconsideram pecadores.

    26. O bomsamaritano

    10.30-37Quem ajuda ao que est necessitado se tornaseu prximo.

    27. O amigonecessitado

    11.5-8 Deus quer que sejamos insistentes na orao.

    28. O rico

    insensato 12.16-21

    Quem se apega s riquezas deste mundo insensato, pois a vida terrena muito pequenaem relao vida eterna.

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    43Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    ParbolaReferncias Significado / Mensagem Central

    Mateus Marcos Lucas

    29. A figueirainfrutfera

    13.6-9

    Geralmente a figueira um smbolo de Israel.Assim, Jesus afirmou que Israel no tem maisfrutificado para o Reino de Deus.

    30. O lugar menosimportante nobanquete

    14.7-11Todo o que se exalta ser humilhado e o quese humilha ser exaltado. (Lc. 14.11)

    31. O grandebanquete

    14.16-24

    Semelhante Parbola do Banquete deCasamento. Deus chamou inicialmente os judeus para unirem-se ao seu filho JesusCristo e participarem de sua ceia devitria, no final da histria. Contudo, esses seenvolveram em assuntos terrenos edesprezaram o Reino do Cu. Deus, ento,

    chamou vrios gentios para celebrarem comele.

    32. A moeda(dracma) perdida

    15.8-10Deus tem mais prazer no pecador arrependidodo que naquele que se acha santo - justo.

    33. O filho

    perdido (prdigo)

    15.11-32

    Olhando para o filho prdigo, podemosperceber na parbola que Deus tem maisprazer no pecador arrependido do quenaquele que se acha santo - justo. Por outrolado, olhando para o filho que estava semprecom o pai, aprende-se que aqueles que esto

    na presena de Deus devem goz-laplenamente como filhos, e no apenas comoempregados. S assim, no sentiro inveja dasfestas que o Pai d pelos que chegam ao seuReino.

    34. Oadministrador

    astuto

    16.1-8

    O fim da administrao (a demisso) significao fim da vida na terra. O administradorastuto, ao perceber que seria demitido, tratoude preparar sua vida futura com diligncia einteligncia, apesar de agir comdesonestidade. Os seres humanos,principalmente os filhos de Deus deveminvestir na eternidade, enquanto esto aqui naterra, pois a vida humana curta e no eterna.

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    44Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    ParbolaReferncias Significado / Mensagem Central

    Mateus Marcos Lucas

    35. O rico eLzaro

    16.19

    Vrios ensinamentos foram passados porJesus Cristo por meio desta parbola:

    A grande dificuldade dos ricosentrarem no Reino do Cu; A impossibilidade de alterao do

    estado aps a morte quem morreusem crer vai para o Hades14 e somentesair de l para ir para o inferno; poroutro lado, quem foi salvo vaidiretamente para o paraso (Seio deAbrao) e no sair mais de l;

    A Bblia (Moiss e os profetas) suficiente para que algum creia em

    Deus para salvao.

    36. O senhor eseu servo

    17.7

    A realizao da obra do Senhor pelo cristonada mais do que cumprimento do dever. OSenhor no deve nada (nem mesmo elogios) aquem faz o que ele mandou.

    37. A vivapersistente

    18.2 Deus quer que sejamos insistentes na orao.

    38. O fariseu e opublicano

    18.10

    No se deve pensar que alguma prtica ouinstituio religiosa possa produzir a salvao.Esta s ser dada aos que humildemente sereconhecerem pecadores perante Deus diretamente e o buscarem.

    14Hades. Mundo dos mortos. Lugar para onde aqueles que no creram em vida vo, e ficam em tormentossemelhantes aos do inferno, aguardando at o dia do juzo final, quando finalmente iro para o inferno.

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    45Princpios de Interpretao da Bblia Marcio S. da Rocha

    Referncias Bibliograficas

    1. ANDRADE, Claudionor Correia de. Geografia Bblica. Rio de Janeiro:CPAD, 1987. 116 p.

    2. BAKER, Kenneth et al. Bblia de Estudo NVI. So Paulo: Editora Vida,2003. 2424 p.

    3. COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bblicos: o contextocultural, social, poltico e religioso das terras e dos povos da Bblia, com base nas

    mais recentes descobertas arqueolgicas. Belo Horizonte: Editora Betnia,1991. 360 p.

    4. DAVIDSON, F. et al. O Novo comentrio da Bblia. So Paulo: EdiesVida Nova, 1997. 2528 p.

    5. FEE, Gordon D; STUART, Douglas. How to read the Bible for all its worth.Grand Rapids: Zondervan, 2003. 287 p.

    6. MCDOWELL, Josh. Evidncia que exige um veredito: evidncias histricas daf crist. 2. ed. - So Paulo: Editora Candeia, 1996. 331 p.

    7. SAULNIER, Cristiane; ROLLAND, Bernard. Coleo Cadernos Bblicos 27:A Palestina nos tempos de Jesus. So Paulo: Paulus, 1983. 66 p.

    8. SILVA, Hlio O. Panorama Bblico: Antigo e Novo Testamento. Apostila decurso. Goinia: Seminrio Presbiteriano Brasil Central, 2003. 41 p.

    9. VIRKLER, Henry A. Hermenutica: Princpios e processos de interpretaobblica. Miami: Editora Vida, 1987. 197p.

    10.ZUCK, Roy B.A interpretao bblica: meios de descobrir a verdade da Bblia.So Paulo: Vida Nova, 1994. 356 p.

    11.http://www.crivoice.org/historyculture.html. The Voice: Biblical andtheological resources for growing Christians. Website. Acessado emdezembro/2008.

    12.http://bible.crosswalk.com. Website. Acessado em setembro/2008.13.http://www.hermeneutica.com.br/principios/index.html. Princpios da

    Hermenutica. Website. Acessado em novembro/2008.

    14.http://www.luz.eti.br/estudos.html#bibliologia.Interpretando a Bblia hoje.Artigo. Acessado em dezembro/2008.

    15.http://www.vivos.com.br/89.htm. Esboo dos livros da Bblia. Website.Acessado em outubro/2008

    http://www.crivoice.org/historyculture.htmlhttp://www.crivoice.org/historyculture.htmlhttp://www.crivoice.org/historyculture.htmlhttp://www.crivoice.org/historyculture.html.%20Acessado%20em%20dezembro/2008http://www.crivoice.org/historyculture.html.%20Acessado%20em%20dezembro/2008http://www.crivoice.org/historyculture.html.%20Acessado%20em%20dezembro/2008http://bible.crosswalk.com/http://bible.crosswalk.com/http://bible.crosswalk.com/http://www.hermeneutica.com.br/principios/index.htmlhttp://www.hermeneutica.com.br/principios/index.htmlhttp://www.hermeneutica.com.br/principios/index.htmlhttp://www.luz.eti.br/estudos.html#bibliologiahttp://www.luz.eti.br/estudos.html#bibliologiahttp://www.luz.eti.br/estudos.html#bibliologiahttp://www.vivos.com.br/89.htmhttp://www.vivos.com.br/89.htmhttp://www.vivos.com.br/89.htmhttp://www.vivos.com.br/89.htmhttp://www.luz.eti.br/estudos.html#bibliologiahttp://www.hermeneutica.com.br/principios/index.htmlhttp://bible.crosswalk.com/http://www.crivoice.org/historyculture.html.%20Acessado%20em%20dezembro/2008http://www.crivoice.org/historyculture.html.%20Acessado%20em%20dezembro/2008http://www.crivoice.org/historyculture.html
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    46Princpios de Interpretao da BbliaMarcio S. da Rocha

    Marcio Rocha lder de uma das igrejas nos lares que integram a Comunidade deDiscpulos , em Fortaleza-CE (www.comunidadedediscipulos.com.br); cursaBacharelado em Teologia no Seminrio Teolgico Batista do Cear e Mestradoem Teologia pela Trinity Graduate School of Apologetics and Theology (Kerala-ndia); compositor e cantor de msicas crists; graduado em Liderana Cristpelo Instituto Haggai (Hava - USA); Engenheiro Civil pela UNIFOR desde

    1992; Mestre em Cincias (rea - Gesto Pblica) pela UniversidadeInternacional de Lisboa (Portugal) desde 2001.

    Entre em contato com o autor:[email protected]

    Blogs:

    Igreja Orgnica:http://igrejaorganica.blogspot.com

    Pensamento Cristo Essencial:http://doutrinasessenciais.wordpress.com

    http://www.comunidadedediscipulos.com.br/http://www.comunidadedediscipulos.com.br/http://www.comunidadedediscipulos.com.br/mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]://igrejaorganica.blogspot.com/http://igrejaorganica.blogspot.com/http://igrejaorganica.blogspot.com/http://doutrinasessenciais.wordpress.com/http://doutrinasessenciais.wordpress.com/http://doutrinasessenciais.wordpress.com/http://doutrinasessenciais.wordpress.com/http://igrejaorganica.blogspot.com/mailto:[email protected]://www.comunidadedediscipulos.com.br/