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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PONTAL DO ARAGUAIA MATO GROSSO - BRASIL
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PONTAL DO ARAGUAIA
RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO PARTICIPATIVO
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
DRENAGEM URBANA
RESÍDUOS SÓLIDOS
Abril de 2014
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PONTAL DO ARAGUAIA MATO GROSSO - BRASIL
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PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL DO ARAGUAIA
CNPJ 33.000.670/0001-67
RUA JOAQUIM CORRÊA, Nº 21, SETOR JOÃO ROCHA – Tel. (66) 3401-7450
CEP: 78.698-000 – PONTAL DO ARAGUAIA/MT
DIVINA MARIA DA SILVA ODA
Prefeita Municipal
CONSULTORIA
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Sumário
APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................ 7
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................................................. 7
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................................... 7
3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ...................................................................................................... 7
3.1 HISTÓRIA DO MUNICÍPIO ........................................................................................................................ 8
3.2 MEIO SÓCIO ECONOMICO ...................................................................................................................... 9
3.2.1 POPULAÇÃO E ÍNDICE DE CRESCIMENTO .............................................................................................. 9
3.2.2 ECONOMIA .......................................................................................................................................12
3.2.3 TRABALHO .......................................................................................................................................15
3.2.4 VULNERABILIDADE SOCIAL .................................................................................................................17
3.2.5 IDHM ..............................................................................................................................................17
3.2.6 EDUCAÇÃO ......................................................................................................................................19
3.2.6.1População Adulta ......................................................................................................................24
3.2.6.2Anos Esperados de Estudo .......................................................................................................25
3.2.7 SAÚDE.............................................................................................................................................25
3.2.8 URBANIZAÇÃO ..................................................................................................................................31
3.3 MEIO FÍSICO ....................................................................................................................................31
3.3.1 HIDROGRAFIA ...................................................................................................................................31
4. VISÃO ESTRATÉGICA DO SETOR DE SANEAMENTO ........................................................................35
4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SANEAMENTO BÁSICO ...............................................................35
4.2 PARÂMETROS E CRITÉRIOS PARA A PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS.....................................36
4.2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................................................................................................36
4.2.1.1 INFORMAÇÕES E COEFICIENTES ADOTADOS ........................................................................36
4.2.1.2 ESTUDO DE DEMANDAS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .................................37
4.2.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................................................................38
4.2.2.1 VARIÁVEIS E PARÂMETROS DE PROJETO ..............................................................................40
4.2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS ..........................................................................................................................43
4.2.4 DRENAGEM URBANA .........................................................................................................................48
5. DIAGNÓSTICO SANEAMENTO BÁSICO DE PONTAL DO ARAGUAIA................................................53
5.1 POPULAÇÃO E ÍNDICE DE CRESCIMENTO ................................................................................................53
5.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA...................................................................................................................55
5.2.1 GESTÃO DOS SERVIÇOS ....................................................................................................................55
5.2.2 MANANCIAL ......................................................................................................................................57
5.2.3 CAPTAÇÃO E ADUÇÃO DA ÁGUA BRUTA ................................................................................................57
5.2.4 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA ........................................................................................57
5.3 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................................59
5.3.1 GESTÃO DO SERVIÇO ........................................................................................................................59
5.4 DIAGNÓSTICO DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS .......................................................................................61
5.4.1 GESTÃO DO SERVIÇO ........................................................................................................................61
Macrodrenagem ..................................................................................................................................61
Drenagem Urbana / Microdrenagem ....................................................................................................61
5.5 INFRAESTRUTURA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS...........................62
5.5.1 GESTÃO DO SERVIÇO ........................................................................................................................62
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................63
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APRESENTAÇÃO
Conforme exigência prevista no Artigo 9°, Parágrafo I, da Lei Federal n°11.445, de 05 de janeiro de 2007,
que “estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico”, fica o Município de Pontal do Araguaia
obrigado a elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). O Plano é requisito para que o
município possa ter acesso aos recursos públicos não onerosos e onerosos para aplicação em ações de
saneamento ambiental que abrange os serviços relativos a abastecimento de água, esgotamento sanitário,
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, como também, drenagem e manejo de águas pluviais.
O PMSB tem como objetivo estabelecer um planejamento das ações de saneamento com a participação
popular que atenda aos princípios da política nacional de saneamento básico, com vistas à melhoria da
salubridade ambiental, a proteção dos recursos hídricos e promoção da saúde pública, quanto aos serviços
de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
O presente documento constitui o Plano de Saneamento Básico do Município de PONTAL DO ARAGUAIA,
elaborado de acordo com as diretrizes estabelecidas no Artigo 19 da Lei Federal nº. 11.445 de 05 de janeiro
de 2007.
Foi desenvolvido, considerando-se período de planejamento de 20(vinte) anos projetados, portanto, para os
anos de 2013 a 2033.
Conforme determinação do § 4º do Artigo 19 da Lei 11.445/07, o Plano deverá ser revisto em prazo não
superior a quatro anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual do Município.
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1. INTRODUÇÃO
No final da década de 1960, as demandas urbanas por serviços públicos de abastecimento de água
e esgotamento sanitário atingiram uma magnitude que o Governo Federal decidiu implantar o PLANASA –
Plano Nacional de Saneamento, destinado a fomentar esses serviços com recursos provenientes do BNH –
Banco Nacional de Habitação, administrador do FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
A maior parte dos municípios, titulares da obrigação constitucional pela prestação dos serviços de
água e esgotos foi compelida a se alinhar com o PLANASA numa tentativa de solução dos problemas
sanitários prementes, afetos aos aspectos de riscos à saúde pública. Os estados, então, criaram as
companhias estaduais de saneamento e contratos de concessão foram assinados com os municípios que
assim optaram. Muitos municípios mantiveram os seus serviços próprios prestados através de companhias
municipais, autarquias, administração direta e departamentos, mas ficaram com poucas possibilidades de
investimentos com outras fontes que não fossem as próprias.
Com o advento da Constituição da República Federativa do Brasil, 1988, fica estabelecido à União instituir
diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos
(art. 21, inciso XX).
As diretrizes estabelecidas anteriormente eram pouco efetivas, tornando esse modelo saturado ao longo do
tempo, favorecendo, desse modo, a busca de outra ordem disciplinadora da matéria. Nesse sentido, foi
promulgada em 5 de janeiro de 2007 a Lei Federal n.o 11.445, que estabelece as novas diretrizes
nacionais para o saneamento básico. Por esse motivo, a lei é conhecida como o novo marco regulatório do
setor.
Nos termos da Lei Federal nº 11.445/2007 é designado titularidade dos serviços públicos de saneamento
básico aos municípios, incumbindo esses a desenvolver e formular a política de saneamento, elaborar seu
respectivo Plano Municipal de Saneamento Básico, definir o ente responsável pela regulação e fiscalização,
adotar parâmetros de controle dos serviços executados pelo operador, fixar direitos e deveres dos usuários,
estabelecer mecanismos de controle social, promover a universalização ao acesso dos serviços de
saneamento básico, definir metas, entre outras ações.
O Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB é instrumento exigido no Capítulo II da Lei n.o 11.445/07.
Define o exercício de titularidade pelo município, conforme art. 8º, ao estabelecer que os titulares dos
serviços públicos de saneamento básico podem delegar: a organização, a regulação, a fiscalização e a
prestação desses serviços, nos termos do art. 241 da Constituição Federal, bem como, do art. 9º da Lei nº
11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos).
O Decreto n.º 7.217, de 21 de junho de 2010, fixou as normas para execução das diretrizes do saneamento
básico e regulamentou a aplicação da Lei n.º 11.445/2007. Em suma o citado Decreto estabelece que o
titular dos serviços formula a respectiva política pública de saneamento básico, devendo para tanto elaborar
os Planos Municipais de Saneamento, destacando que o planejamento é de competência do titular.
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Em vista das dificuldades dos municípios em tomar para si a elaboração do seu PMSB, programas
governamentais e mesmo agências de bacia têm assumido a incumbência de desenvolvê-los mediante
parcerias, convênios, etc.
Nesse contexto, o presente Plano trata das propostas de programas, projetos e obras com metas em curto,
médio e longo prazo, todas ações necessárias ao atendimento das diretrizes e metas voltadas à
universalização da prestação dos serviços. Além disso, propõe indicadores e planos de contingência e
emergência, bem como identifica possíveis fontes de financiamento para o Setor de Saneamento no
Município de Pontal do Araguaia. Essas atividades são concernentes ao conjunto que compõe o Plano
Municipal de Saneamento Básico de acordo com o que propõe a Lei n.º 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
A construção da visão de futuro foi apoiada em levantamentos de campo e oficinas de participação social.
Nos levantamentos de campo foram obtidos dados in loco, verificando a sua conformidade com a legislação
em vigor. Outras informações secundárias foram coletadas junto a órgãos de governo, sejam Federais,
Estaduais e Municipais. Eventualmente pesquisas elaboradas por organizações não governamentais e
privadas foram consultadas, considerando e utilizando estudos precedentes sobre os temas de interesse
para os serviços de saneamento em questão.
A ação no total, portanto, caracterizou-se pela coleta de dados, análises e estudos existentes em
documentações, planos, bases cartográficas e bancos de dados disponíveis em fontes oficiais e locais,
utilizando-se como método fichas de leitura. Todos esses dados permitiram efetuar o diagnóstico da
situação atual da prestação dos serviços de saneamento básico, verificando os déficits atuais de cobertura.
A população teve a oportunidade de se manifestar quanto às proposições para universalização dos serviços
de saneamento, assim efetuando concretamente o Controle Social previsto na Lei nº 11.445/07.
Dessa forma, as proposições apresentadas no presente Plano tiveram como base a consolidação das
informações do diagnóstico e das oficinas, o que tornou mais seguras as decisões, sempre tendo como foco
a universalização da prestação de serviços de saneamento básico, nos quatro componentes.
O PMSB tem como abrangência as seguintes áreas: a) Abastecimento de Água Potável: Constituído pelas
atividades, infraestrutura e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a
captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) Esgotamento Sanitário:
Constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e
destinação final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no
meio ambiente; c) drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas que compreende as atividades,
infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção
ou retenção para o amortecimento de vazões e cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais
drenadas nas áreas urbanas; d) Resíduos Sólidos que compreende as atividades, infraestruturas e
instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino do lixo doméstico e do lixo
originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Estabelecimento de ações para a Universalização dos sistemas de Abastecimento de Água, Esgotamento
Sanitário, Drenagem Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos, através da ampliação progressiva do acesso
de todos os domicílios ocupados no município.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
.Garantir as condições de qualidade dos serviços existentes buscando sua melhoria e ampliação às
localidades não atendidas;
.Implementar os serviços ora inexistentes, em prazos factíveis;
.Criar instrumentos para regulação, fiscalização, monitoramento e gestão dos serviços;
.Estimular a conscientização ambiental da população e atingir condição de sustentabilidade técnica,
econômica, social e ambiental aos serviços de drenagem urbana, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.
3. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
O Município de Pontal do araguaia com área extensão territorial de 2.738,777 km² segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE, possui localização geográfica microrregião 537
Município de Tesouro leste mato-grossense.
Mapa de Localização Pontal do Araguaia/MT.
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Pontal do Araguaia é um município brasileiro do estado de Mato Grosso. Localiza-se a uma latitude
15º50'43" sul e a uma longitude 52º00'33" oeste, estando a uma altitude de 370 metros. Os
municípios limítrofes são: Tesouro, General Carneiro Barra do Garças Torixoréu e Guiratinga e o Estado de
Goias conforme mapa acima.
3.1 HISTÓRIA DO MUNICÍPIO
O Município de Pontal do Araguaia tem sua história calcada principalmente nas ações garimpeiras
desenvolvidas na região dos rios Garças e Araguaia, que banham seu território.
Os pioneiros do lugar foram famílias vindas de Goiás, Minas Gerais e do Nordeste Brasileiro. Por
um bom tempo toda esta região sofreu influências políticas de Goiás, que anexou vasto espaço
territorial de Mato Grosso, ainda no início do século XX. Mais tarde, por decisão do Superior Tribunal
Federal, o Estado de Mato Grosso foi declarado detentor do território da margem esquerda do rio
Araguaia, onde está situado o Município de Pontal do Araguaia.
A região também foi movimentada por ocasião da Chamada Primeira Borracha, no final do século XIX e
começo do XX. Os nordestinos, fugindo da seca, procuraram a região do Araguaia para extração do látex
e, eventualmente, garimpar. Na região proliferava a mangabeira do cerrado, matéria prima da borracha.
Atualmente, este vegetal encontra-se em fase de extinção.
Pela região passou o mineiro João José de Morais, o Cajango, que conhecia profundamente a área e
incentivou sobremaneira a cata diamantífera. Cajango era amigo dos índios bororos, que ainda habitavam a
região. Estes lhes indicavam os melhores "monchões" a serem trabalhados. Nesse período os bororos,
que acompanhavam Cajango, denominavam os diamantes de "toricueje".
Nesse tempo de garimpo efervescente nasciam corrutelas garimpeiras em diversos cantos do atual território
do Município de Pontal do Araguaia. A vida nos garimpos era difícil e o próprio Governo Estadual tinha
receio de buscar uma interveniência policial para impor a paz e a ordem e cuidava apenas de ter ao seu
lado o chefe local dos garimpos, assegurando, desta forma, os votos para o momento certo. Assim, a região
garimpeira tornara-se terra sem lei, onde a violência e o temor dominavam os ânimos.
A região ainda conheceu diversas fases desencadeadas pelo poder nos garimpos do leste mato-
grossense. Fez história a luta caudilhesca de Morbeck e Carvalhinho. A Igreja Católica foi a primeira
instituição a contribuir socialmente com o antigo distrito de Pontal do Araguaia. Percebe-se que seus
povoadores tinham a preocupação em preservar sua identidade cultural, resistindo a nova leva de
migrantes que chegava ao município notadamente de sulistas.
O progresso estabeleceu-se com a criação da fronteira agrícola mato-grossense. As terras de Pontal do
Araguaia, férteis, são um convite aos que lidam com agropecuária. Novas levas migratórias permitiram o
crescimento ordenado e sustentado por uma política social, cultural e econômica de suporte, a lhe granjear
o direito a emancipação político-administrativa, através da Lei Nº 5.097, de 20 de dezembro de 1991, de
autoria do Deputado Evaristo Roberto Cruz. Assim, foi criado o Município de Pontal do Araguaia,
desmembrando-se dos territórios de Torixoréu e Guiratinga. Inicial o povoamento ocorreu num
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processo normal de compra e venda de lotes residenciais, expandindo ainda mais, em 1988, com a
construção do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências e
letras do Médio Araguaia, que atende alunos dos municípios circunvizinhos, tanto de Mato
Grosso, como de Goiás.
O Município foi instalado com as eleições de 1992, quando os pontalenses-do-araguaia elegeram seus
primeiros representantes. Às urnas compareceram mais de 90%, dos 1.628 eleitores, para exercerem seus
direitos de cidadania.
3.2 MEIO SÓCIO ECONOMICO
3.2.1 POPULAÇÃO E ÍNDICE DE CRESCIMENTO
De acordo com dados do Censo de 2010, a população total de Pontal do Araguaia é de ´5.395 habitantes,
sendo 4.452 habitantes residentes na área urbana e 943 habitantes na área rural. Possui densidade
demográfica de 1,96 hab./km2.
População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização - Pontal do Araguaia - MT
População População
(1991)
% do Total
(1991)
População
(2000)
% do Total
(2000)
População
(2010)
% do Total
(2010)
População total 2.719 100,00 3.736 100,00 5.395 100,00
População residente
masculina 1.474 54,21 1.898 50,80 2.776 51,46
População residente
feminina 1.245 45,79 1.838 49,20 2.619 48,54
População urbana 1.520 55,90 3.090 82,71 4.452 82,52
População rural 1.199 44,10 646 17,29 943 17,48
Taxa de Urbanização - 55,90 - 82,71 - 82,52
Quadro - Evolução Populacional; Fonte Pnud, Ipea e FJP.
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O Incremento populacional no ano de 2010 é da ordem de 3,74% (percentual) conforme mostra o quadro
abaixo:
IBGE 2010
Entre 2000 e 2010, a razão de dependência de Pontal do Araguaia passou de 48,61% para 42,65% e a taxa
de envelhecimento evoluiu de 4,04% para 6,14%. Entre 1991 e 2000, a razão de dependência foi de
60,08% para 48,61%, enquanto a taxa de envelhecimento evoluiu de 3,16% para 4,04%.
Estrutura Etária da População - Pontal do Araguaia - MT
Estrutura Etária População
(1991)
% do Total
(1991)
População
(2000)
% do Total
(2000)
População
(2010)
% do
Total
(2010)
Menos de 15 anos 934 34,35 1.071 28,67 1.282 23,76
15 a 64 anos 1.699 62,49 2.514 67,29 3.782 70,10
População de 65 anos ou mais 86 3,16 151 4,04 331 6,14
Razão de dependência 60,08 2,21 48,61 1,30 42,65 0,79
Taxa de envelhecimento - 3,16 - 4,04 - 6,14
Pnud, Ipea e FJP
Pirâmide etária - Pontal do Araguaia - MT
Distribuição por Sexo, segundo os grupos de idade – 2010; Fonte: Pnud, Ipea e FJP.
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O município apresenta evolução do ano 2000 para o ano de 2010 conforme quadro acima e o crescimento
populacional é 3,74% em 2010. A Evolução populacional para o horizonte deste Plano é mostrada segundo
quadro:
Ano
Tx de
Cresc.
(aa)
Projeção
Populacional
em (hab)
2010 - 5.395
2011
3,74%
5.597
2012 5.806
2013 6.023
2014 6.249
2015 6.482
2016 6.725
2017 6.976
2018 7.237
2019 7.508
2020 7.789
2021 8.080
2022 8.382
2023 8.695
2024 9.021
2025 9.358
2026 9.708
2027 10.071
2028 10.448
2029 10.839
2030 11.244
2031 11.664
2032 12.101
2033 12.553
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3.2.2 ECONOMIA
As principais atividades econômicas desenvolvidas no Município são: agricultura, pecuária semi-intensiva
de corte e de leite, que fortalecem a economia local e dos municípios circunvizinhos. Além da Praia da
Arara, que recebe um número significativo de turistas no período de temporada, aquecendo ainda mais o
comércio local. Segundo o IBGE (Censo/2000), Pontal do Araguaia possui um rebanho de 94.390 cabeças,
entre bovinos, suínos, equinos, asininos, muares, caprinos e ovinos, além da produção de galinhas, frangos
e ovos, conforme Quadro.
Produção da Pecuária em Pontal do Araguaia
Produção Cabeças Reais Litros/dúzia
Rebanho bovino 88.897 - -
Rebanho de porcas criadeiras 282 - -
Outros rebanhos de porcos e porcas 1.045 - -
Rebanho de galinhas 10.704 - -
Rebanhos de galos, frangas, frangos e pintos 7.066 - -
Rebanho de equinos 1.540 - -
Rebanho de asininos 4 - -
Rebanho de muares 300 - -
Rebanho de caprinos 247 - -
Rebanho de ovinos 974 - -
Rebanho de vacas ordenhadas 1.128 - -
Leite de vaca (quantidade – mil litros) - - 1.306
Leite de vaca (valor em reais) - 326.605 -
Ovos de galinha (quantidade – mil dúzias) - - 41
Ovos de galinha - 49.066 -
Fonte: IBGE.
Quanto à agricultura, o Município produz arroz, mandioca, milho, melancia, banana e borracha. Os dados
da produção agrícola são apresentados no Quadro.
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Produção da Agricultura
Produção Hectare Kg/hectare Ton./Reais
Arroz (casca) - área destina a colheita 210 - -
Arroz (casca) - área Plantada 210 - -
Arroz (casca) - quantidade produzida 252 - -
Arroz (casca) – rendimento médio - 1.200 -
Arroz (casca) - valor - - 46 mil
Mandioca – área destinada à colheita 50 - -
Mandioca – área Plantada 50 - -
Mandioca – quantidade produzida - - 500 toneladas
Mandioca – rendimento médio - 10.000
Mandioca – valor - - 200 mil reais
Milho (grão) – área destinada à colheita 100 - -
Milho (grão) – área plantada 100 - -
Milho (grão) – rendimento médio - - 23 mil reais
Melancia – área destinada à colheita 5 - -
Melancia – área plantada 5 - -
Melancia – quantidade produzida - - 12 toneladas
Melancia - valor - - 10 mil reais
Borracha (látex líquido) - área destina a
colheita
100 - -
Borracha (látex líquido) – área colhida 100 - -
Borracha (látex líquido) – rendimento médio - 1.200 -
Borracha (látex líquido) - valor - - 84 mil reais
Banana – área destinada à colheita 20 - -
Banana – área plantada 20 - -
Banana – quantidade produzida 10 - -
Banana – rendimento médio - 500 -
Banana – valor - - 21 mil reais
Fonte: IBGE.
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No comércio local existem 43 empresas com CNPJ, sendo a maioria delas fundada de 1995 em diante.
Portanto, após a emancipação do Município. Essas empresas atuam nos diversos ramos da economia,
demonstrados no quadro apresentado a seguir.
Atividades Desenvolvidas nas Empresas de Pontal do Araguaia
Tipo de Atividades Quantitativo
Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos. 23 empresas
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços. 5 empresas
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais. 4 empresas
Administração pública, defesa e seguridade social. 2 empresas
Indústrias de transformação. 2 empresas
Alojamento e alimentação. 2 empresas
Construção. 2 empresas
Associação 2 empresas
Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal. 1 empresa
Fonte: IBGE
A renda per capita média de Pontal do Araguaia cresceu 102,26% nas últimas duas décadas,
passando de R$291,37 em 1991 para R$433,10 em 2000 e R$589,32 em 2010. A taxa média anual de
crescimento foi de 48,64% no primeiro período e 36,07% no segundo. A extrema pobreza (medida pela
proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010)
passou de 7,52% em 1991 para 2,44% em 2000 e para 3,38% em 2010.
A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini (que mede o grau de concentração de renda e, aponta a diferença
entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de 0 a 1, sendo que 0
representa a situação de total igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda, e o valor 1 significa completa
desigualdade de renda, ou seja, se uma só pessoa detém toda a renda do lugar) passou de 0,49 em 1991
para 0,53 em 2000 e para 0,48 em 2010.
Renda, Pobreza e Desigualdade - Pontal do Araguaia - MT
1991 2000 2010
Renda per capita 291,37 433,10 589,32
% de extremamente pobres 7,52 2,44 3,38
% de pobres 35,28 17,96 7,36
Índice de Gini 0,49 0,53 0,48
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
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15
Porcentagem da Renda Apropriada por Estratos da População - Pontal do Araguaia - MT
1991 2000 2010
20% mais pobres 5,08 4,82 4,80
40% mais pobres 13,44 12,59 14,05
60% mais pobres 25,70 23,58 27,55
80% mais pobres 43,75 40,19 45,94
20% mais ricos 56,25 59,81 54,06
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
3.2.3 TRABALHO
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual
dessa população que era economicamente ativa) passou de 70,18% em 2000 para 70,05% em 2010. Ao
mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que
estava desocupada) passou de 10,41% em 2000 para 4,74% em 2010.
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16
Ocupação da população de 18 anos ou mais - Pontal do Araguaia - MT
2000 2010
Taxa de atividade - 18 anos ou mais 70,18 70,05
Taxa de desocupação - 18 anos ou mais 10,41 4,74
Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 37,17 50,92
Nível educacional dos ocupados
% dos ocupados com fundamental completo - 18 anos ou mais 40,26 62,46
% dos ocupados com médio completo - 18 anos ou mais 22,18 39,81
Rendimento médio
% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. - 18 anos ou mais 55,32 19,09
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. - 18 anos ou mais 82,49 74,73
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais, 24,32% trabalhavam no setor
agropecuário, 2,33% na indústria extrativa, 5,70% na indústria de transformação, 5,75% no setor de
construção, 0,96% nos setores de utilidade pública, 11,37% no comércio e 46,77% no setor de
serviços.
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17
3.2.4 VULNERABILIDADE SOCIAL
Crianças e Jovens 1991 2000 2010
Mortalidade infantil 28,19 19,82 17,10
% de crianças de 4 a 5 anos fora da escola - 38,88 16,92
% de crianças de 6 a 14 anos fora da escola 24,16 1,99 2,36
% de pessoas de 15 a 24 anos que não estudam nem trabalham e
são vulneráveis à pobreza - 15,00 6,83
% de mulheres de 10 a 14 anos que tiveram filhos 0,00 0,00 0,00
% de mulheres de 15 a 17 anos que tiveram filhos 21,60 5,82 12,28
Taxa de atividade - 10 a 14 anos - 12,13 3,65
Família
% de mães chefes de família sem fundamental completo e com
filhos menores de 15 anos 10,79 8,70 6,86
% de pessoas em domicílios vulneráveis à pobreza e dependentes
de idosos 5,41 3,65 3,71
% de crianças extremamente pobres 11,99 4,07 2,21
Trabalho e Renda
% de vulneráveis à pobreza 69,56 54,86 29,75
% de pessoas de 18 anos ou mais sem fundamental completo e em
ocupação informal - 53,65 34,64
Condição de Moradia
% de pessoas em domicílios com abastecimento de água e
esgotamento sanitário inadequados 2,23 24,72 0,14
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
3.2.5 IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de Pontal do Araguaia é 0,734, em 2010. O
município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,7 e 0,799). Entre 2000
e 2010, a dimensão que mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,259),
seguida por Renda e por Longevidade. Entre 1991 e 2000, a dimensão que mais cresceu em termos
absolutos foi Educação (com crescimento de 0,301), seguida por Longevidade e por Renda.
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18
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Pontal do Araguaia - MT
IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,142 0,443 0,702
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental completo 14,85 34,76 55,80
% de 5 a 6 anos na escola 21,94 85,48 96,12
% de 11 a 13 anos nos anos finais do fundamental ou com
fundamental completo 18,52 66,54 95,99
% de 15 a 17 anos com fundamental completo 11,90 33,76 71,85
% de 18 a 20 anos com médio completo 2,74 13,62 51,18
IDHM Longevidade 0,689 0,786 0,816
Esperança de vida ao nascer (em anos) 66,31 72,15 73,94
IDHM Renda 0,578 0,641 0,691
Renda per capita 291,37 433,10 589,32
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
Entre2000 e 2010
O IDHM passou de 0,607 em 2000 para 0,734 em 2010 - uma taxa de crescimento de 0,92%. O hiato de
desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é
1, foi reduzido em 32,32% entre 2000 e 2010.
Entre 1991 e 2000
O IDHM passou de 0,384 em 1991 para 0,607 em 2000 - uma taxa de crescimento de 8,07%. O hiato de
desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é
1, foi reduzido em 36,20% entre 1991 e 2000.
Entre 1991 e 2010
Pontal do Araguaia teve um incremento no seu IDHM de 91,15% nas últimas duas décadas, acima da
média de crescimento nacional (47%) e acima da média de crescimento estadual (61%). O hiato de
desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM do município e o limite máximo do índice, que é
1, foi reduzido em 56,82% entre 1991 e 2010.
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19
3.2.6 EDUCAÇÃO
O desenvolvimento de qualquer região, depende do investimento que se faz em educação, pois não se
consegue melhorar as condições de vida dos cidadãos sem proporcionar-lhes educação de qualidade, onde
quer que eles estejam.
No quesito educação, Pontal do Araguaia é um município privilegiado, devido às possibilidades
educacionais, desde a educação infantil até a universidade, promovida pelas três esferas do Poder Público:
Município, Estado e União, além da rede particular. O Município oferece ensino fundamental, a escola
estadual ensinos fundamental e médio e a rede particular, num trabalho filantrópico, oferecem educação
infantil para crianças de 2 aos 6 anos de idade. O Instituto de Ciências e Letras do Médio Araguaia,
Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (ICMA/UFMT), oferece cursos de Letras, Matemática,
Biologia, Informática, Educação Física e Farmácia.
Nesses anos de emancipação político-administrativa, a educação foi um dos principais fatores para
desenvolvimento do Município. O crescimento da educação pode ser observado na evolução de matrícula
na educação básica e dos concluintes no ICLMA/UFMT, apresentados nos Quadros.
Evolução de Matrícula na Educação Básica – 1993-2004.
Cursos Educação Infantil Ensino
Fundamental
Ensino
Médio Dependência Municipal Particular
Letivo Mat. Creche Pré-
Escolar
Creche Pré-
Escolar
Municipal Estadual Estadual
1993 574 40 20 - - 99 415 -
1994 725 111 43 - - 154 417 -
1995 625 25 24 - - 117 486 -
1996 805 93 45 - - 89 545 33
1997 817 90 70 - - 211 425 21
1998 888 129 45 - - 224 448 42
1999 1161 160 102 - - 233 614 52
2000 1082 160 137 - - 226 499 60
2001 1023 160 45 - - 231 477 110
2002 1191 187 43 - - 308 443 210
2003 913 79 17 - - 340 300 177
2004 945 35 188 - - 393 219 110
Fonte: Censo Escolar
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20
Concluintes do ICLMA/UFMT – 1993-2002.
CURSOS
Ano Letivo Letras Biologia Matemática Direto Total
1993 16 13 01 - 30
1994 56 27 12 - 95
1995 51 27 10 - 88
1996 23 38 13 - 74
1997 33 26 24 - 83
1998 58 46 40 64 208
1999 31 48 04 - 83
2000 48 50 15 - 113
2001 40 25 06 - 71
2002 43 - - - 43
Total 399 300 125 64 888
Fonte: Seção de Registro Escolar
A qualidade de educação em nosso Município pode ser evidenciada, tanto na grande procura por vagas na
rede municipal de ensino, como nos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos pelos profissionais de
educação lotados na escola municipal e na Secretaria de Educação.
Merecem destaques os seguintes projetos e ações em desenvolvimento na área da educação em Pontal do
Araguaia:
. Informatização do sistema de escrituração escolar da rede municipal de ensino e da Secretaria de
Educação.
. Aulas de informática para os alunos da Escola Municipal São Jorge, a partir da 3ª série do Ensino
Fundamental. Com professores qualificados, alunos aprendem noções básicas de Word, Power Point,
internet e outros aplicativos do Windows, no Laboratório de Informática, que dispõe de oito computadores.
. Na matriz curricular do Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série foram incluídos estudos de Língua Inglesa,
ministrado por professor qualificado na área.
. A partir de 2002, A Escola Municipal São Jorge passou a oferecer o Ensino Fundamental completo, com
implantação gradativa das séries finais do curso.
. O Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico foram elaborados e aprovados pelo coletivo da
escola municipal.
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21
. Todos os cursos em funcionamento nas Escolas Municipais encontram-se autorizados e/ou reconhecidos
pelo Conselho Estadual de Educação e Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso.
. Todos os professores que atuam na rede municipal de ensino são habilitados e concursados como
determina o Plano de Carreira dos mesmos.
. A formação continuada dos professores está sendo garantida nos cursos dos PCNs, nas diversas áreas do
conhecimento, numa parceria entre a Prefeitura de Pontal do Araguaia e o MEC. Além disso, na Escola
Municipal São Jorge, uma vez por semana são realizadas reuniões de estudos, no período de horas
atividades, destinadas a formação permanente dos professores.
. A Prefeitura participa de um consórcio junto com os municípios circunvizinhos na oferta do Curso de
Pedagogia, que está funcionando atualmente na UFMT/Cuiabá. A Prefeitura é responsável pelo transporte e
hospedagem de 14 (quatorze) cursistas de Pontal do Araguaia, contribuindo com parte dos recursos
destinados ao pagamento de professores e coordenadores do curso.
. A Prefeitura participa também de um convênio com a UFMT para oferta do Curso de Educação Física, que
conta com a participação de alunos de Pontal do Araguaia.
. A Prefeitura paga 40% de mensalidades para seis professores da rede municipal de ensino participarem
do Curso de Pós-Graduação em Docência Multidisciplinar da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
. Para melhorar a qualidade da Merenda Escolar, a Prefeitura contribui com mais 70% dos recursos
recebidos do Governo Federal.
. Foram cadastradas e selecionadas 116 famílias que recebem a Bolsa Escola, após rigoroso controle de
frequência dos alunos beneficiados pelo programa.
. Doação de uniformes e materiais escolares para os alunos de famílias de baixa renda.
. Organização da Festa de Formatura do Pré-Escolar, Quadrilha na Zona Rural e Desfile no Aniversário da
Cidade, pois esses eventos já fazem parte das tradições do Município.
. Construção da Quadra de Esportes Coberta na Escola Municipal São Jorge para o desenvolvimento das
aulas de práticas desportivas.
. Construção do prédio para Biblioteca Municipal José Medrado, que possui um acervo de 5.400 obras nas
diversas áreas do conhecimento, sendo frequentada por alunos das escolas municipal, estadual, particular,
faculdade e comunidade em geral. Além disso, oferece cursos de datilografia para a comunidade local.
. Construção da Sala dos Professores e mais uma Sala de Aula na Escola Municipal São Jorge.
. Realização de Atividades Sócio Educativas do Programa Bolsa escola: Cursos de Culinária e de Tae
Kwond, esportes nas diversas modalidades e criação do Coral Municipal Canto do Araguaia.
. Realização de um levantamento de dados para elaboração do diagnóstico da situação educacional no
Município de Pontal do Araguaia, através da Assessoria Pedagógica, que realizou uma pesquisa
documental e um mini censo com a colaboração de três funcionários da Prefeitura que visitaram todas as
residências na zona urbana e rural. A Assessoria Pedagógica fez a sistematização e participou da análise
dos dados junto a Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Educação.
. Para que todos tenham acesso às melhorias educacionais, os alunos da zona rural estão sendo
transportados para as escolas urbanas. Duas toyotas, cedidas pelo Ministério da Agricultura, fazem o
translado dos alunos residentes nas imediações da Praia da Arara e na região do Boca-Pra-Riba até a
MT100 para pegarem o ônibus que os conduzem as escolas onde estudam. Vale ressaltar que o ônibus foi
adquirido com recursos do próprio município e para as despesas com combustível e manutenção dos
veículos, a Prefeitura mantém convênio com a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso.
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22
Dados Recentes
A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação
da educação entre a população em idade escolar do município e compõe o IDHM Educação.
No período de 2000 a 2010, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola cresceu 12,45% e no de
período 1991 e 2000, 289,61%. A proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do
ensino fundamental cresceu 44,26% entre 2000 e 2010 e 259,29% entre 1991 e 2000.
A proporção de jovens entre 15 e 17 anos com ensino fundamental completo cresceu 112,83% no período
de 2000 a 2010 e 183,70% no período de 1991 a 2000. E a proporção de jovens entre 18 e 20 anos com
ensino médio completo cresceu 275,77% entre 2000 e 2010 e 397,08% entre 1991 e 2000.
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23
Em 2010, 68,37% dos alunos entre 6 e 14 anos de Pontal do Araguaia estavam cursando o ensino
fundamental regular na série correta para a idade. Em 2000 eram 59,17% e, em 1991, 18,59%. Entre os
jovens de 15 a 17 anos, 45,12% estavam cursando o ensino médio regular sem atraso. Em 2000 eram
13,36% e, em 1991, 4,34%. Entre os alunos de 18 a 24 anos, 23,36% estavam cursando o ensino superior
em 2010, 5,85% em 2000 e 5,07% em 1991. Nota-se que, em 2010 , 2,36% das crianças de 6 a 14 anos
não frequentavam a escola, percentual que, entre os jovens de 15 a 17 anos
atingia 16,65%.
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24
3.2.6.1 - População Adulta
A escolaridade da população adulta é importante indicador de acesso a conhecimento e também compõe o
IDHM Educação. Em 2010, 55,80% da população de 18 anos ou mais de idade tinha completado o ensino
fundamental e 34,73% o ensino médio. Em Mato Grosso, 53,20% e 35,59% respectivamente. Esse
indicador carrega uma grande inércia, em função do peso das gerações mais antigas e de menos
escolaridade. A taxa de analfabetismo da população de 18 anos ou mais diminuiu 16,55% nas últimas duas
décadas.
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25
3.2.6.2 Anos Esperados de Estudo
Os anos esperados de estudo indicam o número de anos que a criança que inicia a vida escolar no ano de
referência tende a completar. Em 2010, Pontal do Araguaia tinha 10,25 anos esperados de estudo, em 2000
tinha 10,05 anos e em 1991 6,38 anos. Enquanto que Mato Grosso tinha 9,29 anos esperados de estudo
em 2010, 9,02 anos em 2000 e 8,16 anos em 1991.
3.2.7 SAÚDE
PRINCIPAIS AGRAVOS OCORRIDOS EM PONTAL DO ARAGUAIA-MT E
Atividades de prevenção a saúde, de janeiro a junho/2010.
De acordo com a vigilância sanitária do município o ano de 2010 iniciou-se de maneira atípica, tendo em
vista a epidemia de dengue que se instalou no município. Conforme verifica-se na gráfico 01, somente
nos primeiros meses do corrente ano, ocorreram 264 notificados de dengue, sendo 197 no mês de
janeiro, 51 no mês de fevereiro, 11 no mês de março e 05 no mês de abril, não havendo mais notificações a
partir desse período.
Casos de Dengue registrados nas Unidades de Saúde de Pontal do Araguaia em 2010
Mapeamento e monitoramento de casos de dengue no municipo – ações de controle, bloqueio e busca ativa de vetores – agentes trabalhando no combate.
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26
Equipe técnica – ações de controle, bloqueio e busca ativa de vetores.
Mapeamento e monitoramento de casos de dengue no municipo – ações de controle, bloqueio e busca ativa de vetores.
Mapeamento e monitoramento de casos de dengue no município – ações de controle, bloqueio e busca ativa de vetores.
No entanto, esse número de casos notificados já foi o suficiente para configurar uma situação
epidêmica, tendo em vista que superou em 198,5% o total de casos notificados durante todo o ano de 2008
e em 242,2% o total de casos de todo o ano 2009.
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27
Série Histórica dos casos de dengue no Município de Pontal do Araguaia 2008/2010
Configurada essa situação, a Secretaria Municipal de Saúde traçou estratégias para o controle dessa
epidemia. Dentre essas estratégias, podemos citar o redimensionamento do quadro de recursos humanos,
com a contratação de mais agentes de combate à endemias, agentes administrativos, fiscal sanitário
e coordenador para a vigilância em saúde. Foi realizada a compra de equipamentos (escada,
carrinhos de mão, pás, enxadas, rastelo, pesca-larvas, lanternas, máquina fotográfica, EPI’s, bolsas,
calçados e outros) que propiciasse um combate mais efetivo ao mosquito transmissor da dengue.
Além disso, também foi reestruturada a secretaria da Vigilância em Saúde, com a instalação de
computadores e mesa de reuniões. Foram ainda, elaborados banners para educação em saúde, assim
como, elaborado um mapa do município para delimitação das regiões mais atingidas. Realizou-se
diversas reuniões com os técnicos do Escritório Regional de Saúde de Barra do Garças – MT, em
formato de “Sala de situação da dengue”, com o intuito de definir diretrizes e estratégias a serem
adotadas, dentre as quais, inclusive, a intersetorialidade das ações dos Agentes Comunitários de Saúde
com Agentes de Combate à Endemias. E, por último foi dado prioridade na prevenção e combate à dengue,
com ênfase nas ações de educação em saúde, combate ao vetor e criação de mecanismos que
permitem punir proprietários de imóveis que não mantenham limpos os seus imóveis. Tudo isso resultando
na diminuição do número de casos notificados, passando inclusive a não haver mais notificações a partir do
mês de maio.
Esses avanços e modificações no perfil de trabalho e estratégias de combate, de controle vetorial, em
específico a dengue trazem melhorias e resultados no combate a outros agravos vetoriais que se
apresentam preocupantes em Pontal do Araguaia. É o caso, por exemplo, da Leishmaniose, pois
estamos em área endêmica e com casos registrados. Muitas ações como o bloqueio vetorial, e
limpeza dos terrenos e quintais, além de prevenir contra o mosquito da dengue, também afugenta o
mosquito palha transmissor da leishmaniose. E, nesse sentido, no combate a Leishimania também
houveram atividades específicas: recolhimento de cães errantes, coleta de material para exames
laboratoriais em cães suspeitos de infecção, eutanásia dos cães com diagnóstico positivo para
leishmaniose visceral e ações educativas e orientativas nas Unidades de Saúde e escolas do
município.
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28
Nesse contexto pudemos observar uma sensível queda nos números de casos registrados no ano de 2010,
sendo que foram registrados 14 (quatorze) casos em 2008, 23 (vinte e três) casos em 2009 e apenas 03
(três) casos até o momento em 2010.
Série Histórica dos Casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) em Pontal do Araguaia
2008/2010.
Ações de controle, bloqueio e busca de vetores e exames sorológicos em cães suspeitos.
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29
As campanhas de vacinação são outro exemplo de atividade preventiva que pode ser considerada
exitosa: todas as campanhas realizadas até o momento (contra Gripe “A”, contra gripe sazonal, contra a
poliomielite) atingiram a as metas estabelecidas pelo ministério da saúde. E oportunizados pelas
campanhas, foram realizadas todas as atualizações vacinais das pessoas que compareceram às unidades
de saúde. Doenças como a diarréia, que já representaram uma grande ameaça a comunidade, hoje é
mantida em números aceitáveis e até menores que em anos anteriores, o que significa uma grande
evolução da saúde, sobre tudo em relação à saúde infantil, e essa realidade é mais animadora se
considerarmos que a população tem taxa de crescimento em torno de 7% ao ano enquanto que os quadros
diarréicos tem decréscimo na mesma ordem (Graf. 04) e ainda que o período de maior ocorrência do agravo
já passou (período chuvoso).
Série Histórica dos Quadros de Enterites (diarréias) notificados em Pontal do Araguaia 2008 a 2010
Apesar de não haver Unidades Hospitalares em Pontal do Araguaia, os atendimentos de urgências,
emergências, internações e de cuidados hospitalares são encaminhados para o município de Barra
do Garças, e nesse ano de 2010 foram atendidos 64 pessoas de Pontal do Araguaia
encaminhados para o Hospital Municipal de Barra do Garças, desses, 17 foram encaminhados para
cirurgias diversas; 20 passaram por internações para tratamento; 15 partos, sendo 13 cesarianos e 02
normais; e 11 atendimentos ortopédicos (Imobilizações e cirurgias de), como apresentado no gráfico 07.
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30
Número de Atendimentos Hospitalares e clínicas de atendimento a Pacientes de Pontal do Araguaia
Encaminhados para Tratamento no Hospital Municipal de Barra do Garças – MT.
Os atendimentos de atenção básica, tratamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes,
tratamentos de leishmaniose, de Tuberculose, Hanseníase, pequenas cirurgias, tratamento de
tabagismo e outros atendimentos são realizados nas Unidades de Saúde. Além dos atendimentos
laboratoriais, odontológicos e de algumas especialidades como cardiologia, ginecologia e pediatria as
quais o Município é referência.na região.
Com foco voltado para a prevenção, os eventos de educação em saúde tem se destacado, pelo volume de
atividades, parcerias firmadas e resultados apresentados. Juntamente com parceiros como a Polícia
Militar, Bombeiros Militares, Centro de Reabilitação, Secretaria de Educação, SENAC, Escritório
Regional de Saúde, UFMT, e UNIVAR, de janeiro a junho de 2010 foram realizadas:
Campanha de combate à violência doméstica e sexual; Campanha de orientação contra DST’s e AIDS;
Campanha contra violência no trânsito; Campanha contra o uso abusivo de álcool e outras drogas;
Campanha de combate e ações de bloqueio da Dengue; Campanha e formação de grupos anti-tabagismo;
Campanhas de prevenção a gravidez indesejada; Campanha de combate a hanseníase; Campanha de
Vacinação contra a Gripe “A” (H1N1); Campanha pela Saúde e Valorização da Mulher; Conferência
Municipal de Saúde Mental; Campanha contra a Leishmaniose; Semana de Combate a Hipertensão Arterial
e Promoção da Qualidade de Vida; Aquisição e instalação da Academia Popular; Campanha pela
alimentação saudável (parceria com Pastoral da Criança);Campanha de Vacinação contra a Gripe comum
(vacina do idoso); Campanha de vacinação contra a Poliomielite (1ª etapa).
Em todas as campanhas foram realizadas orientações à comunidade perfazendo, paralelamente
às campanhas, cerca de 60 palestras nas Unidades de Saúde, Centro e Saúde, Centro de
referência em Assistência Social (CRAS), Câmara de Vereadores, Centro de Reabilitação, Escola
Municipal São Jorge, Escolar Estadual São Miguel e ainda com grupos específicos de gestantes,
fumantes, hipertensos e diabéticos.
E para os casos de atendimentos, acompanhamentos ou tratamentos em que Pontal do Araguaia e
Barra dos Garças não possuem suporte para realizar, são referenciados para pólos onde o
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31
atendimento possa ser concretizado, geralmente Cuiabá e Goiânia. Nessa perspectiva, além do
encaminhamento para tratamento de forma gratuita o município ainda custeia o translado do paciente
e acompanhantes. Sendo que nesse ano de 2010 já foram realizadas cerca de 13 viagens para Cuiabá e 8
para Goiânia via ambulância e mais 20 liberações de passagens (ida e volta), via transporte rodoviário, para
os mesmos destinos.
3.2.8 URBANIZAÇÃO
Entre as variadas maneiras de se definir urbanização, pode-se afirmar ser um processo de distanciamento
das características rurais de uma localidade ou região, para características urbanas. Normalmente o
fenômeno está associado ao desenvolvimento, tanto da civilização quanto tecnológico. Demograficamente,
o termo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. O termo
também pode designar a ação de dotar uma área com infraestrutura e equipamentos urbanos.
3.3 MEIO FÍSICO
3.3.1 HIDROGRAFIA
O Município de Pontal do Araguaia está localizado dentro da bacia hidrográfica do rio Araguaia. O município
nasceu as margens deste rio tendo sua história calcada principalmente nas ações garimpeiras
desenvolvidas na região dos rios Garças e Araguaia, que banham seu território. Os pioneiros do lugar foram
famílias vindas de Goiás, Minas Gerais e do nordeste brasileiro. Sofreu influências políticas de Goiás, que
anexou vasto espaço territorial de Mato Grosso, ainda no início do século XX. Mais tarde, Mato Grosso foi
declarado detentor do território da margem esquerda do rio Araguaia, onde está situado o município de
Pontal do Araguaia.
O Araguaia, que ainda se encontra em bom estado de preservação quando comparado a outros rios
brasileiros, é o fator chave que torna possível ávida dos habitantes de sua bacia.
Toda a região ao longo do rio tem grande valor turístico, especialmente pela beleza de suas praias na
estação da seca.
O rio Araguaia nasce na fazenda Holandia, nos contrafortes da Serra do Caiapó, a uma altitude de 850
metros. A nascente está localizada em um ponto que forma um limite tríplice dos Estados de Goiás, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul, nos municípios de Mineiros, Alto Taquari e Costa Rica, respectivamente.
Deságua no rio Tocantins, a uma altitude de aproximadamente 120 metros, numa região conhecida como o
Bico do Papagaio, formando uma grande rede hidrográfica que une o centro-oeste ao norte do Brasil. O
local também forma um limite tríplice, desta vez dos Estados de Tocantins, Pará e Maranhão,nos municípios
de Esperantina, São João do Araguaia e São Pedro da Água Branca, respectivamente.
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32
Imagem - bacia do Rio Araguaia, na cor Verde (Região 3).
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Resumo de localização da bacia hidrográfica
Nascente: Fazenda Holandia (S18º02´05 / W053º04´34);
Foz: Bico do Papagaio (S05º22´2 / W048º42´7);
Extensão: 2.115 km Região Hidrográfica: Araguaia-Tocantins Bioma: Cerrado e Floresta Amazônica;
Municípios contíguos ao rio: 55 MS (1) – Costa Rica GO (11) - Mineiros, Santa Rita do Araguaia,
Dorvelândia, Caiapónia, Aragarças, Montes Claros de Goiás, Jussara, Britânia, Aruanã, Nova Crizás, São
Miguel do Araguaia MT(13)- AltoTaquari, Alto Araguaia, Araguainha, Ponte Branca, Ribeirãozinho,
Torixoréu, Pontal do Araguaia, Barra do Garças, Araguaiana, Cocalinho, SãoFélix do Araguaia, Luciara,
Santa Terezinha.TO (19) – Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão, Pium, Caseara, Araguacema, Couto
de Magalhães, Juarina, Bernardo Sayão, Arapoema, Paud’Arco, Araguaína,Santa Fé do Araguaia,
Muricilândia, Aragominas, Araguanã, Xambioá, Ananás, Araguatins, Esperantina. PA(11)–Santana do
Araguaia,Santa Maria das Barreiras, Conceição do Araguaia, Floresta do Araguaia, Rio Maria, Xinguara,
Piçarra, São Geraldo do Araguaia, Palestina do Pará, Brejo Grande do Araguaia, São João do Araguaia.
População total desses municípios: Aproximadamente 820 mil habitantes. Fonte IBGE.
Oportunidades: Desenvolvimento sustentável, turismo sustentável. Belezas naturais da região (cachoeiras,
corredeiras, praias, natureza, pesca esportiva).
Ameaças ao rio: Desmatamento,assoreamento,sobre pesca, dragagem para hidrovia, construção de
hidrelétricas.Principais Preocupações da População: Sobre pesca e pesca predatória; desmatamento que
provoca assoreamento; Eliminação da mata ciliar, aumentando os barrancos do rio; Lixo deixado por
turistas; Dragagem para hidrovia; Hidrelétrica em Santa Isabel
O principal uso da água do rio é o abastecimento público (não é recomendado o consumo sem prévio
tratamento) e, secundariamente, a irrigação e uso agroindustrial. Levando em conta a vocação turística do
rio, urge a instalação de sistemas de tratamento de esgoto nas cidades ribeirinhas, onde atualmente
recomenda-se cuidado ao usar o rio para o lazer a jusante de centros urbanos.
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34
Bacia Hidrográfica do rio Araguaia.
Pontal do Araguaia
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35
4. VISÃO ESTRATÉGICA DO SETOR DE SANEAMENTO
Como já mencionado, o saneamento básico engloba o conjunto dos serviços e instalações de
abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos,
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Quando esses serviços de saneamento são prestados de maneira adequada garantem a qualidade de vida
da população e a conservação do meio ambiente. Segundo o Ministério das Cidades (2012), as ações de
saneamento são consideradas preventivas para a saúde, quando garantem a qualidade da água de
abastecimento, a coleta, o tratamento e a disposição adequada de dejetos humanos e resíduos sólidos.
Estas também são necessárias para prevenir a poluição dos corpos de água e a ocorrência de enchentes e
inundações.
4.1 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SANEAMENTO BÁSICO
A prestação do serviço, construída sob uma visão estratégica, destaca uma série de condições
(normas e critérios técnicos) que garantam o acesso da totalidade da população de um determinado local a
serviços de qualidade e com continuidade.
Como estabelecido pela Lei n.º 11.445/2007, a Política de Saneamento Básico é norteada pela
universalização do acesso aos quatro componentes com integralidade e de forma adequada à saúde
pública, à proteção do meio ambiente e às condições locais. Da mesma forma, promove a integração com
as políticas de desenvolvimento social, habitação, transporte, recursos hídricos, educação, entre outras.
Os principais atributos a serem observados na prestação de cada um dos componentes são:
Abastecimento de água: quantidade, qualidade, regularidade e eficiência.
Esgotamento sanitário: coleta, afastamento e tratamento com retorno ao meio ambiente ou mesmo reuso.
Resíduos Sólidos: acondicionamento, coleta, transferência ou transbordo, tratamento e disposição final,
sempre priorizando a redução da geração, reuso e reciclagem dos resíduos.
Drenagem de águas pluviais: controle do uso e ocupação do solo, coleta e afastamento das águas pluviais.
Conforme a Lei n.º 11.445/07, a forma de prestação dos serviços de saneamento é definida pelo município,
optando pela prestação direta por meio de um departamento; pela concessão a empresas qualificadas por
meio de convênios com os governos dos Estados, através do contrato de programa; licitações para
empresas privadas ou a criação de companhias e serviços autônomos municipais.
Sob esse aspecto, o Plano Municipal de Saneamento para o município de Pontal do Araguaia é o
instrumento de planejamento, onde estão definidas as prioridades de investimentos, os objetivos e metas de
forma a orientar a atuação dos prestadores, tendo como estratégia a universalização dos serviços de
saneamento.
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36
4.2 PARÂMETROS E CRITÉRIOS PARA A PROPOSIÇÃO DE ALTERNATIVAS
Os parâmetros e critérios de definição de empreendimentos a serem formulados como alternativas no
sentido de universalizar os serviços de saneamento são muito comuns aos de elaboração de projetos de
engenharia sanitária.
Aqui são apresentados para o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, o manejo de resíduos
sólidos e a drenagem urbana. Sua função é servir como referência para o pré-dimensionamento das
unidades que serão necessárias para reduzir os déficits ao longo do tempo. Propostos os empreendimentos
conforme critérios técnicos, logo viáveis tecnicamente, o passo seguinte é verificar a viabilidade econômica
e ambiental, bem como definir que ações seriam necessárias, sempre procurando aumentar o nível de
atendimento da população urbana, até que se atinja a universalização dos serviços em saneamento básico,
sempre considerando os quatro componentes, lembrando que não é possível legalmente atender a
população situada em áreas de preservação permanente ou em locais de invasão, onde não há
regularidade fundiária.
4.2.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA
A prestação desse serviço é reconhecida quando os seguintes critérios são seguidos para a oferta de água
para a população: quantidade, qualidade, regularidade e eficiência. Para tanto, existem normas brasileiras e
mesmo específicas de operadoras para o projeto das suas unidades. Para o acompanhamento do seu
desempenho, há indicadores bem definidos como os de cobertura, eficiência etc., os quais são encontrados
nas publicações do SNIS - Sistema Nacional de Informações em Saneamento.
O SNIS apoia-se em um banco de dados administrado na esfera federal, que contém informações de
caráter institucional, administrativo, operacional, gerencial, econômico-financeiro e de qualidade sobre a
prestação de serviços de água, de esgotos e de manejo de resíduos sólidos.
O dimensionamento é efetuado com base em informações básicas, coeficientes adotados ou obtidos e
critérios de dimensionamento aqui detalhados.
4.2.1.1 INFORMAÇÕES E COEFICIENTES ADOTADOS
Com a finalidade de abastecer com água potável a população beneficiada, seja atual ou futuro, o sistema
deve ter sua área delimitada, bem como apontada sua localização.
Localização e área atendida
Correspondem ao limite da área urbana, considerando as zonas de expansão com previsão de implantação
ou em implantação. Outras variáveis importantes seriam a variação altimétrica local, zonas
piezométricas e dados dos reservatórios abastecedores, caso existam.
Evolução de População
É apresentada evolução de população para início, meio e fim de plano, para um período de 30 anos.
Os critérios de projeção são obtidos pela população de saturação, ajuste de curvas ou adoção de taxas
geométricas de crescimento.
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37
As unidades do sistema serão projetadas conforme:
Rede de distribuição primária e secundária: população de saturação ou máxima prevista por setor ou
zona.
Captação, linhas adutoras, reservatórios e estações elevatórias, população prevista para 20 anos e
considerando uma taxa de ocupação inicial igual à totalidade dos lotes ou número de lotes já ocupados na
data do projeto. Outras taxas e períodos poderão ser utilizados, quando houver necessidade.
Consumo “per capita”
O consumo “per capita” para cidades que apresentam um relevo como o em questão varia de 100 a 250
litros por habitante por dia. A variação se origina nas medidas de gestão como a existência de
micromedição ou mesmo física, como válvula redutora de pressão, podendo atingir valores bem superiores,
chegando a 350 L/hab.dia ou mais.
Na falta de outro critério será adotado um consumo “per capita” único para a cidade.
D. Coeficiente de variação do consumo
Os seguintes valores são os usuais conforme norma brasileira:
k1: coeficiente de variação diária = 1,20;
k2: coeficiente de variação horária = 1,50.
O produto de ambos é igual a 1,80.
Perda de carga
Se necessária, a perda de carga distribuída seria calculada pela fórmula universal, considerando o efeito do
envelhecimento do material das tubulações da rede. Para tubos em PVC, adota-se k = 0,06 mm e k = 0,1
mm para tubos em FoFo, sendo que k é o coeficiente de rugosidade absoluta do material do conduto. No
caso de utilização da Fórmula de Hazen-Williams, adota-se C = 110.
Fluxograma do Sistema de Abastecimento de Água proposto
Indicará esquematicamente todo o sistema, incluindo os reservatórios, no qual os elementos lineares, a
rede de distribuição se insere. O mesmo será lançado na base cartográfica desenvolvida para o município.
4.2.1.2 ESTUDO DE DEMANDAS DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O estudo de demandas tem por objeto determinar as vazões de dimensionamento das unidades de
um Sistema de Abastecimento de Água - SAA. As unidades são: captação de água bruta, estação
elevatória (casa de bombas), adução, estação de tratamento de água – ETA, reservação (reservatórios) e
distribuição de água potável (adutoras e rede). Para obter essas vazões é necessário efetuar uma projeção
populacional, pois as obras em saneamento são complexas e onerosas, necessitando em média de 20 anos
para que sejam amortizadas. Utilizando os censos conhecidos do IBGE para o município em questão, é
feito um estudo para determinar a população a atender no horizonte de planejamento, em geral 30 anos
como vem sendo aqui colocado.
Com base na projeção populacional, são calculadas as vazões de dimensionamento das unidades do SAA,
lembrando que esse sistema atende somente a população urbana.
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38
Para dimensionar as unidades do SAA se faz necessário conhecer além das populações, as respectivas
vazões de operação. A saber:
• Vazão média diária (Qméd):
Qméd= P .qpc [Qméd] = L/s
86.400
Onde:
qpc = quota per capita, varia de 100 a 250 l/hab.dia. É a quantidade de água produzida para atender as
necessidades diárias de cada habitante. Depende dos hábitos da população, da disponibilidade hídrica etc.
P = população início, meio e fim de plano
• Vazão de captação (Qa):
Qa= K1. Qméd + perdas na ETA
Onde:
K1 = 1,2, coeficiente do dia de maior consumo. É o dia mais quente do ano, quando o consumo
d’água é maior.
Perdas na ETA = de 2 a 4%. Ressalta-se que essas perdas ocorrem se não houver tratamento do efluente
gerado na ETA ou recirculação da água.
Calculam-se as perdas da seguinte maneira:
Perdas = 0,02 .K1 . Qméd a 0,04 .K1 .Qméd
• Vazão de adução (Qb):
Qa= Qb= QETA
[Qb] = L/s
• Vazão de reservação (Qc):
Qc = K1.Qméd
[Qc] = L/s
• Vazão de distribuição (Qd):
Qd = K1 .K2. Qméd
[Qd] = l/s
Onde:
K2 = coeficiente da hora de maior consumo = 1,5. Por meio deste, se calcula a maior demanda d’água num
dia, em geral acontece ao final da tarde.
4.2.2 ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Os objetivos de um sistema de esgotos sanitários são reduzir os impactos negativos ao ambiente e diminuir
os riscos à saúde pública da população beneficiada. Isso ocorre concretamente por meio de rede coletora,
coletores-tronco, interceptores, estações elevatórias, emissários e tratamento de esgotos.
Essas unidades coletam, afastam e finalmente tratam o esgoto sanitário produzido por uma zona urbana,
beneficiando sua população.
A prestação do serviço seria entendida da seguinte forma: coleta, afastamento e tratamento com retorno ao
meio ou mesmo reuso. Existem normas brasileiras e mesmo específicas de operadoras, além do que, há
indicadores bem definidos como os estabelecidos no SNIS.
Enquanto a rede, coletores, emissários e interceptores coletam e afastam o esgoto, o tratamento visa
reduzir os teores de matéria orgânica, avaliados pela Demanda Bioquímica de Oxigênio – DBO, de
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39
Termotolerantes – CF e de Sólidos Suspensos – SS. A matéria orgânica não é avaliada diretamente pela
quantidade de matéria presente, isto é, a sua massa, mas sim pela redução que causa na concentração de
oxigênio dissolvido – OD, presente nos corpos d’água. Justifica-se isso pela enorme variedade de
substâncias orgânicas encontradas, de maneira que se fosse determinada a presença de cada uma destas,
seria um trabalho árduo, porém de pouca utilidade prática. Sua remoção se faz por meio de processo
biológico aeróbio ou anaeróbio.
A presença de coliformes termotolerantes (CF), por sua vez, avalia se há esgotos sanitários em
corpos d’água. Os termotolerantes (CF) pertencem à família dos coliformes totais, a qual abrange não só os
que vivem no intestino dos animais de sangue quente, mas ainda os que fazem parte da biota do
ecossistema do solo. Os termotolerantes (CF) têm como seu ambiente o intestino do homem e dos animais
de sangue quente, que são escuros e quentes, de maneira que é lá que se alimentam, crescem e se
reproduzem. Quando presentes em corpos d’água superficiais indicam uma contaminação recente destes
por esgotos sanitários, pois esses corpos, iluminados e frios, logo de condições adversas, não reúnem as
condições para a sua reprodução e crescimento. Portanto, a determinação do seu número mais provável
por 100 ml – NMP/100 ml é usual para verificar o grau de contaminação dos corpos d’água. Embora não
sejam patogênicos, somente oportunistas, indicam potencialmente a presença de outros organismos ou
microrganismos patogênicos provenientes dos esgotos sanitários. Sua remoção na ETE se faz da mesma
forma que o restante de matéria orgânica, mas, adicionalmente, poderá ser realizada a desinfecção do
efluente tratado com a aplicação de cloro.
Os sólidos em suspensão – SS também são utilizados como variável para avaliar a eficiência de estações
de tratamento de esgotos, porém seu uso é ainda pequeno, dada às condições ambientais aqui
encontradas. Em países onde se encontram corpos d’água com teor total de sais elevado, próximo a ser
salobro, é feito um controle também dessa variável, de maneira a evitar um aumento de seu valor nos
corpos receptores. Sua remoção ocorre principalmente por sedimentação. Atualmente e dependendo do
tipo de processo, tem sido colocado como objetivo a remoção dos SS para melhorar o aspecto do esgoto
tratado dada a clarificação.
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40
Nos estudos de concepção ou em projetos das unidades que compõem o SES, critérios e diretrizes são
adotadas para que se obtenham suas dimensões. Esses critérios e parâmetros são especificados a seguir,
onde se aborda os valores das variáveis utilizadas e também os critérios de projeto para que fossem
determinadas as respectivas vazões.
4.2.2.1 VARIÁVEIS E PARÂMETROS DE PROJETO
São aqueles que influem diretamente nas vazões de projeto, como quota per capita, coeficientes do dia e da
hora de maior consumo etc.
Quota per capita
É o valor adotado relativo ao volume produzido de água por habitante por dia. Varia entre 100 e 250
L/hab.dia em geral. A quota (qPC) usual fica em torno de 180 L/hab.dia, em função das características dos
municípios da região.
Coeficientes Ligados à Determinação de Vazão
São os relativos ao dia de maior consumo (K1), hora de maior consumo (K2) e de vazão mínima (K3).
Adotaram-se os propostos pela norma de projeto do Sistema de Abastecimento de Água, logo: K1 = 1,20;
K2 = 1,50 e de vazão mínima horária, K3 = 0,5.
C. Coeficiente de Retorno Água/Esgoto.
É o quanto de água se transforma em esgoto sanitário, após ser utilizada. O coeficiente de retorno-o
água/esgoto (C) aqui adotado é igual a 0,80.
Coeficiente de Contribuição Industrial
Para a área industrial seria adotado um coeficiente de contribuição industrial específica (Qai) igual a
0,70 L/s/ha.
E. Taxa de Infiltração
É a taxa de água do solo (ti) que se infiltra na rede coletora. Foram adotados os seguintes valores:
• Regiões altas:
ti = 0,05 L/s/km.
• Regiões baixas:
ti = 0,10 L/s/km.
F. Contribuição per capita de DBO
Foi adotada uma taxa (DBOPC) de 54 gDBO/hab.dia.
Critérios de Projeto
Os critérios adotados são aqueles para que se obtenham as vazões de dimensionamento da estação de
tratamento de esgotos.
• Vazão média:Esta vazão é utilizada para dimensionar unidades pertencentes à estação de tratamento de
esgotos e ao sistema de coleta.
Qméd = P.C.qPC
86400
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41
Onde:
Qméd = vazão média, L/s.
P = população servida, hab.
qPC = contribuição “per capita”.
C = coeficiente de retorno.
• Vazão Inicial:
Esta vazão é utilizada para dimensionar a coleta de esgotos.
Qi= K2 .Qmédia + Ti + Qci
Onde:
Qi = vazão inicial, L/s.
K2 = coeficiente da hora de maior consumo.
Qmédia = contribuição média inicial de esgotos domésticos, L/s.
Qci = contribuição concentrada inicial em um ponto da rede, L/s.
Ti = vazão inicial de infiltração na rede (L/s) = Lrede .ti .
Lrede = comprimento de rede no início de plano.
Caso se calcule a vazão no início de plano sem considerar a contribuição concentrada inicial e a de
infiltração, ter-se-ia a vazão da hora de maior consumo (Qh), a qual, ao menos uma vez ao dia, arrastaria os
sólidos sedimentados.
Assim:
Qh= K2 .Qmédia
Vazão final:
Esta vazão é utilizada para dimensionar a coleta de esgotos.
Qf= K1 .K2 .Qmédf + TI + Qcf
Onde:
Qf = vazão final em L/s,
K1 = coeficiente do dia de maior consumo.
K2 = coeficiente da hora de maior consumo.
Qmédf = contribuição média final de esgotos domésticos, L/s.
Qcf = contribuição concentrada final em um ponto da rede, L/s.
Tf = vazão final de infiltração na rede (l/s) = Lrede .ti .
Lrede = comprimento de rede no fim de plano.
Caso se calcule a vazão no fim de plano sem considerar a contribuição concentrada inicial e a de infiltração,
ter-se-ia a vazão do dia e da hora de maior consumo (Qdh), a qual, ao menos uma vez ao dia, arrastaria os
sólidos sedimentados, bem como suportaria essa solicitação de ponta do coletor. Assim:
Qdh= K1 .K2 .Qmédia
• Vazão mínima
Esta vazão é utilizada para verificar o tratamento de esgotos.
Qmín =K3 .Qmédia
ou
Qmín= K3 .Qmédf
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42
Onde:
Qmín = vazão mínima de esgotos, L/s.
• Volume médio diário de esgotos produzidos.
É utilizado para dimensionar o tratamento de esgotos.
Ve= 86400 . Qméd
1000
Onde:
Ve = volume médio diário de esgotos produzidos, m3/dia.
• Carga orgânica
Utilizada para o dimensionamento das estações depuradoras para o início, meio e fim de plano.
DBOt = P . DBOPC
Onde:
DBOt = carga orgânica total diária, kgBDO/dia.
P = população atendida, hab.
DBOPC = carga orgânica “per capita”, kgDBO/hab.dia.
Características do Esgoto Sanitário
Na literatura se aceitam como valores típicos de DBO dos esgotos sanitários 300 mg/L, para aquele definido
como médio; fraco, abaixo de 200 mg/L e forte, acima de 400 mg/L. Esses valores exemplificam as
condições usuais, porém é possível que o esgoto afluente a uma estação apresente variação em função da
hora em que é feita a amostragem. Para os sólidos suspensos os valores para esgoto sanitário concentrado
(forte), médio e fraco (diluído) respectivamente são: 500, 300 e 150 mg/L. Já para o teor dos sólidos
sedimentáveis, o valor mais comum situa-se na faixa de 3 a 5 mL/L.
O Quadro mostra uma síntese de valores das características típicas de sólidos no esgoto bruto
encontradas na literatura específica.
A variação das condições depende de muitos fatores: hábitos da população atendida pelo Sistema de
Esgotos Sanitários – SES, presença de efluentes industriais, taxa de infiltração de água subterrânea e
outras na rede coletora, ligações parasitárias de águas pluviais ou de outra origem na rede etc. Assim,
como já visto para a DBO, variações significativas são esperadas principalmente em função dos hábitos da
população e dos diversos contribuintes que são encontrados como indústrias, hospitais etc.
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43
4.2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS
O gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos consiste num conjunto articulado de ações
normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, que uma administração municipal desenvolve,
baseado em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor os resíduos sólidos
de uma cidade.
A prestação de serviço é considerada quando os resíduos passam pelas seguintes etapas:
acondicionamento, coleta, transferência ou transbordo, tratamento e disposição final. Existem normas
brasileiras, por exemplo, classificação dos resíduos, bem como indicadores definidos para verificar o grau
de eficiência da gestão do serviço de limpeza pública.
Uma importante regulamentação na área dos resíduos, recentemente instituída, foi a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n.o 12.305/2010. A PNRS define gerenciamento de resíduos sólidos como
um “conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos” (inciso X, art. 3o). Além de que, entre seus principais objetivos tem-
se a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento de resíduos sólidos.
O gerenciamento ideal dos resíduos sólidos urbanos, como preconizado pela PNRS, deve priorizar as
ações de não geração e redução, passando pela reciclagem e tratamento, até chegar às opções de menor
prioridade, a disposição final e a remediação, que muitas vezes envolvem altos custos e riscos.
Figura - Hierarquia do gerenciamento de resíduos.
.
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44
A gestão dos resíduos sólidos, desde a sua produção até o seu destino final, pressupõe o conhecimento
sistemático e aprofundado das suas características, quer quantitativas, quer qualitativas. A caracterização e
quantificação dos resíduos gerados por uma localidade, não é tarefa fácil, mas de primordial importância
para a verificação da eficiência das etapas de gerenciamento em operação e na proposição de projetos
futuros. Diversos fatores podem influenciar nas características e formação dos resíduos, tais como (LIMA,
2004):
• número de habitantes do local;
• área relativa de produção;
• variações sazonais;
• condições climáticas;
• hábitos e costumes da população;
• nível educacional;
• poder aquisitivo;
• tipo de equipamento de coleta;
• segregação na origem;
• sistematização da origem;
• disciplina e controle dos pontos produtores;
• leis e regulamentações específicas.
Os resíduos são classificados quanto a sua origem e periculosidade. Quanto à origem os resíduos sólidos
urbanos são classificados em (D’ALMEIDA e VILHENA, 2000):
Domiciliar:
originado nas residências, constituído por restos de alimentos, jornais e revistas, garrafas,
embalagens em geral, papel higiênico, fraldas descartáveis e uma grande diversidade de outros itens,
podendo ainda incluir resíduos perigosos, como: pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, medicamentos
vencidos, material para pintura (tintas, solventes, etc.), entre outros.
Comercial:
originado nos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, estabelecimentos
bancários, lojas, bares, restaurantes, etc. Os resíduos desses locais tem grande quantidade de papel,
plásticos, embalagens diversas e resíduos de asseio dos funcionários, tais como papel toalha, papel
higiênico, etc.
Serviços de limpeza pública:
inclui os resíduos de varrição das vias públicas, limpeza de praias, limpeza de galerias, córregos e terrenos,
restos de podas de árvores, corpos de animais, etc.
Inclui ainda a limpeza de áreas de feiras livres, constituído por restos vegetais diversos, emba-
lagens, etc.
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45
Serviços de saúde:
Constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou podem conter germes patogênicos,
oriundos de locais como: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde,
etc. Tratam-se de agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de
culturas e animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, remédios com prazo de
validade vencido, instrumentos de resina sintética, filmes fotográficos de raios X, etc. Os resíduos
assépticos destes locais, constituídos por papéis, restos da preparação de alimentos, resíduos de limpeza
gerais e outros materiais, desde que coletados segregadamente e não entrem em contato direto com
pacientes ou com os resíduos sépticos anteriormente descritos, são semelhantes aos resíduos domiciliares.
Portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários:
Constituem os resíduos sépticos, ou seja, aqueles que contêm ou podem conter germes patogênicos,
produzidos nos portos, aeroportos e terminais rodoviários e ferroviários. Basicamente, constituem-se de
materiais de higiene, asseio pessoal e restos de alimentos, os quais podem veicular doenças provenientes
de outras cidades, estados e países. Também nesse caso, os resíduos assépticos destes locais, desde que
coletados segregadamente e não entrem em contato direto com os resíduos sépticos anteriormente
descritos, são semelhantes aos resíduos domiciliares.
Industrial:
Originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como metalurgia, química, petroquímica,
papeleira, alimentícia, etc. O resíduo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas,
lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papéis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias,
vidros e cerâmicas, etc. Nesta categoria, inclui-se a grande maioria do resíduo considerado tóxico (classe I).
Agrícola:
Resíduos das atividades agrícolas e da pecuária. Incluem embalagens de fertilizantes e de defensivos
agrícolas, rações, restos de colheita, etc.
Construção e Demolição:
Resíduo da construção civil, composto por materiais de demolições, restos de obras, solos de escavações
diversas, etc. Trata-se geralmente de material inerte passível de reaproveitamento, porém pode conter
resíduos com característica tóxica, com destaque para restos de tintas e solventes, peças de amianto e
metais diversos, cujos componentes podem ser remobilizados caso o material não seja disposto
adequadamente.
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46
O Quadro indica a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos descritos anteriormente.
Quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública a ABNT com base na norma NBR 10.004
classificou os resíduos em três classes:
Resíduos Classe I – Perigosos:
São aqueles resíduos ou misturas dos mesmos, que apresentam periculosidade, ou qualquer característica
de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade ou ainda que constem nos
anexos.
A (resíduos perigosos de fontes não específicas) ou B (resíduos perigosos de fontes específicas) da Norma.
Estes resíduos podem apresentar risco a saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento da
mortalidade ou incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando
manuseados ou dispostos de maneira inadequada.
Resíduos Classe II – Não Perigosos, divididos em:
Resíduos Classe II A – Não Inertes:
aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos Classe I ou Classe II B nos termos da
Norma. Estes resíduos podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou
solubilidade em água.
Resíduos Classe II B – Inertes:
quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR
10.007, e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez,
dureza e sabor.
“Como exemplo destes materiais, pode-se citar: rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que
não são facilmente decompostos” (ROCCA, 1993).
De forma geral, os resíduos são classificados em função das suas propriedades físicas, químicas ou
infectocontagiosas e com base na identificação de contaminantes presentes em sua massa (ROCCA,
1993).
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47
Os fatores de geração consistem, basicamente, na taxa de geração por habitante e nível de atendimento
dos serviços públicos do município. Para obterem-se as taxas per capita estimadas de geração de resíduos
divide-se: a quantidade total de resíduos coletados no município no ano considerado, em kg, pelo número
de dias em um ano e pela população fixa atendida pelo serviço de coleta no município nesse mesmo ano:
T = Quantidade de resíduos (kg/dia)
População fixa (habitantes)
Com a taxa per capita e os estudos de projeção populacional é possível calcular ao longo do horizonte de
projeto (30 anos) a projeção da geração de resíduos. A partir da demanda estimada são previstos os
programas e ações a elaborar, visando atender a população dentro dos princípios de sustentabilidade, bem
como verificada a capacidade das unidades que compõem a limpeza pública.
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48
4.2.4 DRENAGEM URBANA
A prestação de serviço de manejo das águas pluviais urbanas, quando em comparação com os outros
serviços que compõem os serviços de saneamento, é menos definida em termos de planejamento.
Não há normas brasileiras, somente operação direta de prefeituras ou de companhias habitacionais, além
disso, possui indicadores de avaliação da prestação dos serviços pouco definidos.
A finalidade da drenagem urbana é combater as inundações que trazem prejuízos à vida urbana, bem como
evitar empoçamento d’água que é fonte de doenças como a dengue. O sistema tradicional é composto por
dois outros distintos que são planejados e projetados sob critérios diferenciados: o sistema inicial de
drenagem (microdrenagem) e o sistema de macrodrenagem.
O sistema de microdrenagem ou coletor de águas pluviais é aquele composto pelos pavimentos das ruas,
guias e sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de pequenas
dimensões. O sistema é dimensionado para o escoamento de vazões de 2 a 10 anos de período de retorno.
Quando bem projetado e com manutenção adequada, praticamente elimina as inconveniências ou as
interrupções das atividades urbanas que advém das inundações e das interferências de enxurradas. Esse
serviço é tipicamente municipal e é o primeiro a receber as águas pluviais e encaminhá-las aos corpos
receptores.
Já o sistema de macrodrenagem é constituído, em geral, por canais (abertos ou de contorno fechado) de
maiores dimensões, projetados para vazões de 25 a 100 anos de período de retorno. Do seu funcionamento
adequado depende a prevenção ou minimização dos danos às propriedades, dos danos à saúde e perdas
de vida das populações atingidas, seja em consequência direta das águas, seja por doenças de veiculação
hídrica.
Esses sistemas encaixam-se no contexto do controle do escoamento superficial direto, tendo
tradicionalmente como base o enfoque orientado para o aumento da condutividade hidráulica do sistema de
drenagem. O emprego inadequado desses sistemas ameaça apenas transferir o problema do escoamento
para jusante, resultando em inundações em áreas que anteriormente não sofriam com tal situação.
As tendências modernas dessa infraestrutura e que já vêm sendo amplamente aplicadas ou preconizadas
internacionalmente, é dar ênfase ao enfoque orientado para o armazenamento das águas por estruturas de
detenção ou retenção. Esse enfoque é mais indicado a áreas urbanas ainda em desenvolvimento, sendo
utilizado também em áreas de urbanização mais consolidadas, desde que existam locais(superficiais ou
subterrâneos) adequados para a implantação dos citados armazenamentos. Este conceito não dispensa,
contudo, a suplementação por sistemas de micro e macrodrenagem.
Segundo Canholi (2005), para a conveniente seleção entre as muitas alternativas possíveis dentro do
planejamento de drenagem urbana, é necessário escolher uma política de atuação que determine as
decisões presentes e futuras. Visando à consolidação dessas políticas, é preciso dispor de critérios gerais
de projetos, operação e manutenção. Também são importantes os dados físicos da bacia, hidráulicos,
hidrológicos, de uso e ocupação da área em estudo, os dados de qualidade da água (pontuais e difusos), a
regulamentação para a aprovação de projetos no âmbito da bacia (escopo mínimo, eficiências, custos e
aspectos ambientais), os planos de financiamento (agências internacionais, recursos locais), e as políticas
fiscais (taxas de melhoria, descontos para incentivar práticas de conservação, etc.).
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49
As dimensões e a tipologia tanto da micro como da macrodrenagem dependem diretamente da vazão
máxima, aquela que acontece a partir de uma determinada chuva intensa, definida em função de um tempo
de recorrência. O dimensionamento e os custos das estruturas hidráulicas por onde passam essas águas
dependem do cálculo apurado dessa vazão, que pode ser obtida a partir de dois métodos:
Dados de postos fluviométricos:
os grandes rios possuem registros que possibilitam o cálculo das vazões de cheia, como também a consulta
a outros trabalhos conduzidos na região de estudo podem servir de fonte para os valores dessas vazões
máximas ou da cota de inundação observada em eventos excepcionais.
Determinação sintética da vazão máxima por meio de métodos como o Racional e o I-PAI-WU.
O primeiro é mais utilizado para a microdrenagem enquanto que o segundo para a macro, desde que a
bacia hidrográfica tenha até 200 km2 de área.
Os métodos sintéticos mais recomendados de cálculo de vazões máximas e desenvolvidos para bacias com
áreas de drenagem de diversas ordens de grandeza, bem como os seus limites mais usuais de aplicação
são os seguintes:
Método Racional:
área da bacia menor ou igual a 2 km2 e período de retorno menor ou igual a 50 anos. Este método foi
introduzido em 1889 e é largamente utilizado nos Estados Unidos e em outros países. Embora
frequentemente esteja sujeito a críticas acadêmicas por sua simplicidade, continua sendo bastante aceito,
notadamente para as obras de microdrenagem em bacias pouco complexas.
O Método Racional adequadamente aplicado conduz a resultados satisfatórios em projetos de drenagem
urbana que tenham estruturas hidráulicas como sarjetas, sarjetões, bocas-de-lobo e galerias, ou ainda para
estruturas hidráulicas projetadas em pequenas áreas rurais. O método pode ser apresentado sob a seguinte
fórmula:
Q = 166,67. C. A. i
Onde:
Q= Vazão máxima ou de projeto [Q] = l/s
C= Coeficiente de escoamento superficial, função do uso e ocupação do solo
i= Intensidade de chuva [I] = mm/min
A= Área da bacia de contribuição [A] = há
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50
A equação anterior sintetiza o método, isto é, a partir da chuva intensa, chega-se a uma vazão máxima,
considerando características físicas da bacia em questão como área e coeficiente de escoamento
superficial ou de deflúvio (C). Este último coeficiente nada mais é que a razão entre o volume que escoa
superficialmente e o de precipitação.
O coeficiente de escoamento superficial necessário para os cálculos é determinado em função do uso e
ocupação do solo. Em função do tipo de ocupação podem ser utilizados os seguintes valores para
determinar o coeficiente de escoamento superficial:
Método I-PAI-WU: Este método constitui um aprimoramento, um desenvolvimento do Método Racional. Sua
aplicação tem sido aceita para bacias com áreas de drenagem de até 200 Km2, sem limitações quanto ao
período de retorno. O Racional, apesar de ser mais utilizado e aceito em bacias pequenas e pouco
complexas, permite aperfeiçoamentos efetuados por meio de análise e consideração de diversos fatores
intervenientes, como os efetuados pelo I-PAI-WU.
Os fatores adicionais referem-se ao armazenamento na bacia, à distribuição da chuva e à forma da bacia. A
aplicação deste método, levando em conta esses parâmetros adicionais, torna-se mais adequado na
medida em que estes exercem um papel importante no desenvolvimento de uma cheia para as bacias de
maior área de drenagem e mais complexas. A equação base para aplicação do método advém do método
racional, isto é:
Onde:
Qp = vazão de pico de cheia
[Qp] = m3/s
C = coeficiente de escoamento superficial
i = intensidade da chuva
[I] = mm/h
A = área da bacia de contribuição [A] = Km2
k = coeficiente de distribuição espacial da chuva
Sendo:
Q= Qb + Qp
Mas:
Qb = 0,10. Qp
Logo:
Q = 1,1.Qp
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51
Onde:
V = volume total de escoamento superficial [m3]
Qp = vazão de pico de cheia [m3/s]
Qb = vazão de base [m3/s]
Q = vazão de projeto [m3/s]
A vazão de base (Qb) de um curso d’água é a correspondente à contribuição exclusiva do solo, sem que
haja escoamento superficial direto. Após o início da precipitação, o escoamento superficial direto é o maior
responsável pelo acréscimo de vazão, efeito que vai cessando após o término da chuva. O método de I-
PAI-WU considera os efeitos mencionados e descritos na atenuação da vazão de pico de cheia, que é a
vazão máxima procurada.
A determinação sintética de vazão máxima nos cursos d’água depende diretamente do cálculo das
características físicas das bacias hidrográficas como: área, perímetro, comprimento e declividade do rio
principal, bem como do uso e ocupação do solo urbano. Essas características podem ser calculadas através
do emprego de Sistema de Informação Geográfica – SIG.
O Método Racional é adequado nos cálculos hidrológicos para o dimensionamento de estruturas hidráulicas
que compõem a microdrenagem, enquanto que o I-PAI-WU, para os mesmos cálculos, porém voltados à
macrodrenagem e respectivas obras como canalizações, vertedouros, etc. Cabe ainda ressaltar que o
serviço de microdrenagem, devido ao seu alcance, é tipicamente municipal, enquanto que a
macrodrenagem, relativa às bacias maiores, pode ser de domínio estadual ou federal em virtude do curso
d’água principal.
Quadro de referência da prestação de serviços de saneamento básico
A Lei Federal nº 11.445/07 veio estabelecer um novo marco Regulatório para o setor de saneamento
básico, tendo em vista que a prestação dos serviços ainda estava referenciada à época do BNH/PLANASA.
Como visto, as atribuições são bem definidas, constituindo o município o Poder Concedente, sendo o
responsável pelo planejamento dos serviços e gestão das informações. Para a operação em si, várias
opções são selecionáveis, como a efetuada pelo próprio município, contrato de programa com as
Companhias Estaduais e mesmo outras formas como a Parceria Pública Privada. Nesse novo cenário, o
que seria denominado de prestação de serviço, independentemente do componente, água, esgotos, lixo e
drenagem urbana?
A resposta passa pelo estabelecimento de metas a alcançar paulatinamente no sentido da universalização
da prestação dos mesmos e seguindo critérios de sustentabilidade econômica. Universalizar significa
atender as demandas da população, buscando qualificar os investimentos em unidades físicas em si, bem
como avançar na gestão dos serviços.
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52
Na medida em que se avança na oferta física dos serviços por meio de novas unidades ou mesmo reforma
das existentes de cada um dos componentes, também é necessária a gestão mais objetiva e consistente
dos serviços. No caso do abastecimento de água, a universalização seria alcançada quando toda a
população potencialmente abastecível o seria, exceto aquela situada em áreas com problemas fundiários,
como invasões ou moradora de Área de Proteção Permanente – APP que pela força da lei não são
atendidas.
Nesse caso, cabe à prefeitura regularizar a ocupação para que haja o abastecimento.
Da mesma forma, não cabe se entender como serviço universalizado aquele em que as perdas são
elevadas ou não há cobrança individualizada pelo consumo. Logo, universalizar significa também aumentar
a eficiência do uso d’água, combatendo o desperdício desse recurso natural cada vez mais objeto de
competição pelo uso.
De maneira semelhante, a universalização para qualquer outro dos componentes pressupõe gestão mais
acurada dos serviços.
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53
5. DIAGNÓSTICO SANEAMENTO BÁSICO DE PONTAL DO ARAGUAIA
O diagnóstico dos serviços de saneamento para o Plano inicia-se a partir da avaliação da demanda por
serviços de saneamento deste município e que, é calculada em função do crescimento populacional. Sendo
assim, o estudo apresenta primeiramente a projeção populacional para o município de Pontal do Araguaia,
considerando o horizonte de planejamento de 20 anos.
O diagnóstico abrange a situação atual dos sistemas componentes dos eixos temáticos do PMSB
(abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos urbanos).
5.1 POPULAÇÃO E ÍNDICE DE CRESCIMENTO
De acordo com dados do Censo de 2010, a população total de Pontal do Araguaia é de ´5.395 habitantes,
sendo 4.452 habitantes residentes na área urbana e 943 habitantes na área rural.
População Total, por Gênero, Rural/Urbana e Taxa de Urbanização - Pontal do Araguaia – MT
População População
(1991)
% do Total
(1991)
População
(2000)
% do Total
(2000)
População
(2010)
% do Total
(2010)
População total 2.719 100,00 3.736 100,00 5.395 100,00
População residente
masculina 1.474 54,21 1.898 50,80 2.776 51,46
População residente
feminina 1.245 45,79 1.838 49,20 2.619 48,54
População urbana 1.520 55,90 3.090 82,71 4.452 82,52
População rural 1.199 44,10 646 17,29 943 17,48
Taxa de Urbanização - 55,90 - 82,71 - 82,52
Quadro - Evolução Populacional. Fonte: Pnud, Ipea e FJP
O Incremento populacional no ano de 2010 é da ordem de 3,74% (percentual) conforme o quadro abaixo:
Quadro - Incremento populacional ao ano - 2010. Fonte dos Dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE / Censo Demográfico 2010 / Resultados do Universo - Características da População e dos Domicílios / Tabela 200 - População residente por sexo, situação e grupos de idade <http://www.sidra.ibge.gov.br/cd/cd2010CGP.asp>.
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54
O município apresenta evolução do ano 2000 para o ano de 2010 conforme quadro acima e o crescimento
populacional é 3,74% em 2010. A Evolução populacional para o horizonte deste Plano foi obtida aplicando-
se a taxa percentual de incremento populacional (taxa geométrica) de 3,74% (aa) conforme dados dos
quadros anteriores e como fonte o IBGE:
Ano
Tx. de
Cresc.
(aa)
Projeção
Populacional
em (hab)
2010 - 5.395
2011
3,74%
5.597
2012 5.806
2013 6.023
2014 6.249
2015 6.482
2016 6.725
2017 6.976
2018 7.237
2019 7.508
2020 7.789
2021 8.080
2022 8.382
2023 8.695
2024 9.021
2025 9.358
2026 9.708
2027 10.071
2028 10.448
2029 10.839
2030 11.244
2031 11.664
2032 12.101
2033 12.553
Evolução Populacional do Horizonte do Plano
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55
5.2. ABASTECIMENTO DE ÁGUA
As demandas do serviço de abastecimento de água potável são calculadas, tendo como norteador a
finalidade principal do sistema, de fornecer água em quantidade, qualidade e regularidade para a população
urbana do município.
O conhecimento das estruturas de saneamento existentes no município é imprescindível para avaliar
adequadamente a demanda atual e futura, com vistas a proposição das alternativas e metas. Sendo assim,
as informações coletadas durante o diagnóstico, resultantes de levantamentos de campo e busca de dados
secundários em diversas fontes.
5.2.1 GESTÃO DOS SERVIÇOS
O município através da Prefeitura é o único gestor do sistema de abastecimento de água através do Serviço
de Água e Esgoto criado pela lei municipal 294/2001. Possui uma rede geral de distribuição da água para o
abastecimento. O número de economias abastecidas, de economias ativas abastecidas e de domicílios é de
1.804 ligações sendo, 1.742 o Número de economias ativas abastecidas residenciais.
O volume total de água tratada distribuída diariamente é de 918 m3/dia. Também este, é o mesmo tratado
pelo método de tratamento convencional, segundo o IBGE.
O abastecimento de água é disponibilizado em número de 99% a sua população e, tem suas tarifas
referente ao abastecimento de água conforme o quadro:
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56
O SAE Serviço de Agua e Esgoto também dispõe da pratica dos seguintes serviços complementares
incluindo, mão de obra e material com os respectivos e seguintes valores conforme quadro:
Existe Taxa mínima para igrejas, entidades filantrópicas e associações de moradores de bairros para água
e o esgoto.
O município possui o Fundo Municipal de Meio Ambiente criado pela lei municipal 621/2012 e, também
existe o Código Ambiental do Município criado pela lei 623/2012.
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5.2.2 MANANCIAL
A bacia a qual pertence o Rio Araguaia é denominada Bacia do Tocantins/Araguaia, possui área de 757.000
km2, com chuva média de longo período de 11.800 m3/s, também vazão média específica ao longo do
período de 15,6 l/s.km2 com evapotranspiração real de longo período de 1.168 mm/ano.
5.2.3 CAPTAÇÃO E ADUÇÃO DA ÁGUA BRUTA
A captação de água proveniente do Rio Araguaia é destinada à estação de tratamento e, abastece o
município em sua totalidade.
O abastecimento municipal é realizado a partir de manancial superficial Rio Araguaia a distância de 1000m,
com acesso por dentro da Vila Luzia de Morais nas coordenadas geográficas Latitude 15º54’.52,1’’S e
Longitude 52º15’52,3’’W sendo, utilizado flutuador no ponto de captação com bomba de sucção com
potencia de 25 CV na margem esquerda sentido foz com o Rio das Garças. Possui neste ponto vazão
média de adução captação compreende volume de 54m3/h. No entorno localiza-se chácaras. Não há
segundo verificação, ponto de lançamento de efluentes domésticos ou industriais que possam prejudicar a
captação e a adução da água bruta. Os funcionários do Sistema de Água e Esgoto – SAE mantêm
constante vigilância.
5.2.4 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA
O município possui estação de tratamento de água operada pela SAE (Serviço de Água e Esgoto)
municipal. A ETA está localizada com endereço Av. Brasil, esquina com a rua Paris, loteamento Maria
Joaquina.
A Estação de Tratamento de água localiza-se na rodovia sentido a Torixoréu em local propício com
ausência de edificações e qualquer outros empreendimentos. O local é protegido (cercado) com
alambrados, portões e trancas. Possui área de 1.023m2 contendo 01 reservatório apoiado metálico de
capacidade 300m3, 01 ETA metálica capacidade de tratamento de 54m3/h e casa de química conjugada
com o laboratório de análises físico-química.
O processo de tratamento é do tipo convencional sendo que, possui adutora de chegada da água bruta com
material PVC vinilfer defofo, diâmetro ø=150mm, extensão 1000m interligando a ETA.
O início do processo de tratamento inicia-se por meio de mistura rápida com a adição de coagulante a fim
de promover a desestabilização e posterior aglutinação das substâncias e/ou partículas a serem
removidas.
O produto utilizado é o Sulfato de Alumínio Ferroso. A aplicação deste é realizada no sistema de entrada
denominado Calha Parshall seguindo para a etapa de floculação, ocorrendo em tanque para esta especifica
função.
Em seguida é realizada a decantação com fluxo horizontal e, logo na entrada desta zona (decantação)
existe dispositivo que promove ou permite a distribuição do fluxo (cortina distribuidora de fluxo). Para a
sedimentação dos flocos existe ou foi projetado poço de lodo com descarga de fundo.
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Os filtros são em número de 04 quatro, denominados de filtros rápidos de dupla camada com fluxo
ascendente, sendo a primeira camada é de antracito e segunda camada de areia onde, a água entra de
forma ascendente tendo saída superior.
A desinfecção é realizada através da adição de cloro (hipoclorito de cálcio) na dosagem 5kg por 1000 litros.
A dosagem é aplicada para que exista residual de cloro para ou na saída do reservatório.
A reservação acontece através de reservatório apoiado capacidade descrito anteriormente de 300m3
projetado para atender toda demanda.
O material de produtos químicos (insumo químico) utilizados (sulfato de alumínio, cloro e outros) é
armazenado na casa de química.
Existe para melhor distribuição do abastecimento estação pressurizodora atendendo vazão de 15l/s, altura
manométrica Hm=30m.c.a e potencia P=30 c.v. auxiliando assim a distribuição.
A rede de distribuição é composta de PVC-PBA e vinilfer com diâmetro de 50 a 150 mm.
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5.3 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Neste item as demandas do serviço de esgotamento sanitário são calculadas, tendo como norteador a
finalidade principal do sistema, de coletar, afastar e tratar os dejetos gerados nos domicílios urbanos do
município.
O conhecimento das estruturas de saneamento existentes no município é imprescindível para avaliar
adequadamente a demanda atual e futura, com vistas a proposição das alternativas e metas.
O uso da água como agente de limpeza a serviço dos habitantes da cidade leva a uma relação direta com a
geração de esgotos. Cerca de 80% transforma-se em esgoto necessitando de tratamento para que sua
carga poluidora seja diminuída, facilitando a depuração natural.
5.3.1 GESTÃO DO SERVIÇO
O município de Pontal do Araguaia que se enquadra na categoria de município com população de até
20.000 habitantes não possui esgotamento sanitário. A disposição do esgoto doméstico municipal e urbano,
podemos chamar assim, é realizada por fossas sépticas em 98% de suas residências. Não possui, nesse
caso, fossa rudimentar.
A Prefeitura Municipal é a única responsável pelo serviço de esgotamento sanitário através do SAE mas,
não existe o sistema de rede coletora.
Já em relação ao tratamento de esgoto sanitário que é a combinação de processos físicos, químicos e
biológicos com o objetivo de reduzir a carga orgânica existente no esgoto sanitário, o município também não
possui nenhum tipo de tratamento. Obviamente para se ter o tratamento deve-se ter anteriormente a este, a
rede coletora para que possa conduzir o efluente (esgoto) domestico ao devido local tratamento.
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O município tem suas tarifas referente ao esgotamento sanitário conforme o quadro:
Existe Taxa mínima para igrejas, entidades filantrópicas e associações de moradores de bairros para água
e o esgoto.
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5.4 DIAGNÓSTICO DE MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
O conhecimento das estruturas de saneamento existentes no município é imprescindível para avaliar
adequadamente a demanda atual e futura, com vistas a proposição das alternativas e metas.
A drenagem urbana é composta por um conjunto de obras que visam coletar, transportar e dar
destino final às águas de chuva, que em excesso, sejam indesejáveis. Seu objetivo é essencialmente a
prevenção a inundações, principalmente em áreas mais baixas, sujeitas a alagamentos, como também nas
áreas marginais a cursos de água naturais. Também tem por objetivo evitar empoçamento de água, pois a
água “parada” torna-se foco de várias doenças, como a dengue.
5.4.1 GESTÃO DO SERVIÇO
Diferentemente de outros serviços que compõe o saneamento básico, isto é, água, esgotos e resíduos
sólidos, o manejo das águas pluviais, também conhecida por drenagem urbana é corriqueiramente gerida
pela administração direta do município, logo a Prefeitura Municipal, não ocorrendo a concessão do mesmo.
Em geral, a Secretaria de Obras responde por todas as atividades previstas na Lei 11.445/07, isto é,
planejamento, regulação, fiscalização e operação.
O município não dispõe de sistema de macrodrenagem nem de microdrenagem.
Macrodrenagem
Não existem registros de alagamentos e inundações causadas por ocorrências da não resistência ou
insuficiência do sistema de macrodrenagem.
Drenagem Urbana / Microdrenagem
O município não dispõe de sistema de drenagem urbana. Assim como no esgotamento sanitário o serviço
de drenagem é essencial em locais onde ocorre logradouros (vias públicas) com pavimento.
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5.5 INFRAESTRUTURA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A finalidade da limpeza pública é dar uma solução adequada aos resíduos domiciliares gerados no
município.
Os serviço de manejo dos resíduos sólidos e limpeza pública são estudados e diagnosticados, tendo-se
como norteador a finalidade principal do sistema de gestão integrada e sustentável dos resíduos sólidos
urbanos no município e servirá de base para o plano de adequação da gestão dos resíduos sólidos
municipal no futuro.
O conhecimento das estruturas de saneamento existentes no município é imprescindível para avaliar
adequadamente a demanda atual e futura, com vistas a proposição das alternativas e metas. O mapa com a
ilustração das unidades que compõem o serviço de manejo de resíduos sólidos.
Para evitar possíveis comprometimentos ao meio ambiente e ao próprio homem, os resíduos urbanos
precisam contar com um gerenciamento integrado. Esse gerenciamento consiste num conjunto
articulado de ações normativas, operacionais, financeiras e de planejamento, que uma administração
municipal desenvolve, baseado em critérios sanitários, ambientais e econômicos para coletar, tratar e dispor
os resíduos sólidos de uma cidade.
Com a promulgação da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei n.° 11.445/07) e da Política Nacional
de Resíduos Sólidos (Lei n.° 12.305/10) os municípios passaram a contar com um conjunto de diretrizes
para auxiliar na construção deste gerenciamento integrado na elaboração dos seus Planos de Saneamento.
A seguir são abordadas as principais propriedades do sistema de limpeza e manejo dos resíduos sólidos
urbanos do município de Pontal do Araguaia.
5.5.1 GESTÃO DO SERVIÇO
Em Pontal do Araguaia a Prefeitura Municipal é a responsável pela gestão dos resíduos sólidos urbanos e
de saúde mas, criou lei municipal que autoriza a contratação de serviços de coleta de lixo da forma
terceirizada. A lei que autoriza é a 552/2010. O município não possui coleta seletiva.
Conforme lei 552/2010, o município recebe ajuda do município de Barra do Garças que coleta todo o lixo
gerado no perímetro urbano, destinando e dispondo-o em local a céu aberto (lixão). A zona rural não é
atendida com nenhum tipo de coleta e destinação.
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PONTAL DO ARAGUAIA MATO GROSSO - BRASIL
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