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PANORAMA E PERSPECTIVA DA AVIAÇÃO DE COMBATE NA AMÉRICA DO SUL Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF, Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS) e Membro de Centro de Pesquisas Estratégicas “Paulino Soares de Sousa” da UFJF. [email protected] Ao iniciar esta breve análise do poderio das Forças Aéreas Sul-americanas, no que se refere à sua aviação de combate, dividiremos as mesmas em pequenas, enfraquecidas e fortalecidas, inserindo a seguir a Força Aérea Brasileira neste contexto. Forças Aéreas Pequenas Bolívia: A Força Aérea Boliviana não possui aeronaves de alto desempenho e sua aviação de combate está limitada a antigos Lockheed AT-33 e alguns turbo hélice Pilatus PC-7. Sua capacidade se limita ao máximo a missões de ataque ao solo sem oposição aérea inimiga, muito embora no momento político atual possa receber ajuda externa da Venezuela, o que em pequena escala já está acontecendo. Paraguai: A situação atual da Força Aérea Paraguaia é ainda mais precária que a boliviana, pois seus Lockheed AT-33 doados por Formosa estão sem voar já faz alguns anos, o mesmo ocorrendo com os seus Embraer AT-26 Xavante. Os únicos aviões operacionais com alguma capacidade de combate são os poucos turbo hélice Embraer T-27 Tucano, muito embora possa também ser a próxima a receber ajuda externa, diante o quadro político que se vislumbra no horizonte.

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Page 1: PANORAMA E PERSPECTIVA DA AVIAÇÃO DE COMBATE NA …ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/PPACAS.pdf · (Fotos: autor) Equador : A Força Aérea do Equadror – FAE, foi uma das mais bem

PANORAMA E PERSPECTIVA DA AVIAÇÃO DE COMBATE NA

AMÉRICA DO SUL

Roberto Portella Bertazzo, Bacharel em História pela UFJF,

Membro da Sociedade Latino Americana de Historiadores Aeronáuticos (LAAHS) e

Membro de Centro de Pesquisas Estratégicas “Paulino Soares de Sousa” da UFJF.

[email protected]

Ao iniciar esta breve análise do poderio das Forças Aéreas Sul-americanas, no

que se refere à sua aviação de combate, dividiremos as mesmas em pequenas,

enfraquecidas e fortalecidas, inserindo a seguir a Força Aérea Brasileira neste contexto.

Forças Aéreas Pequenas

Bolívia: A Força Aérea Boliviana não possui aeronaves de alto desempenho e sua

aviação de combate está limitada a antigos Lockheed AT-33 e alguns turbo hélice Pilatus PC-7. Sua capacidade se limita ao máximo a missões de ataque ao solo sem oposição aérea inimiga, muito embora no momento político atual possa receber ajuda

externa da Venezuela, o que em pequena escala já está acontecendo.

Paraguai: A situação atual da Força Aérea Paraguaia é ainda mais precária que a boliviana,

pois seus Lockheed AT-33 doados por Formosa estão sem voar já faz alguns anos, o mesmo ocorrendo com os seus Embraer AT-26 Xavante. Os únicos aviões operacionais com alguma capacidade de combate são os poucos turbo hélice Embraer T-27 Tucano, muito embora possa também ser a próxima a receber ajuda externa, diante o quadro político que se vislumbra no horizonte.

Page 2: PANORAMA E PERSPECTIVA DA AVIAÇÃO DE COMBATE NA …ecsbdefesa.com.br/defesa/fts/PPACAS.pdf · (Fotos: autor) Equador : A Força Aérea do Equadror – FAE, foi uma das mais bem

Uruguai: A aviação de combate da Força Aérea Uruguaia está composta por um

esquadrão de Cessna A-37B e outro de turbohélices FMA IA-58 Pucará, de fabricação Argentina.

Das pequenas é a mais bem equipada no continente, mesmo não possuindo

aviação de alto desempenho, pode realizar missões conjuntas com nações amigas como

ficou demonstrado no exercício Cruzex III em 2006.

Cessna A-37B e FMA IA-58 Pucará da Força Aérea Uruguaia na Cruzex 2006. (Fotos: autor)

Forças Aéreas Enfraquecidas

Argentina: Sem dúvida, é a que mais se enfraqueceu, desde a Guerra das Malvinas, em

1982. Seu poder relativo tem diminuindo gradativamente, refletindo também na

Aviação Naval.

Apesar da demonstração de enorme capacidade e coragem nas Malvinas, ao

enfrentarem as forças da Inglaterra, seu poderio vem decaindo desde então, inclusive

por questões ligadas ao revanchismo dos políticos locais contra os militares.

A Força Aérea Argentina - FAA incorporou, nesse período, alguns Douglas A-4M, modernizados para o padrão A-4AR, mas que não têm condições de competir com os Lockheed F-16C ou mesmo F-16A MLU do Chile. Nos últimos anos muitos aviões de combate da FAA foram desativados como os

A-4 mais antigos e agora os Dassault Mirage III após um acidente com uma destas aeronaves, durante as comemorações pelos 25 anos do fim da Guerra das Malvinas.

Os jatos nacionais AT-63 Pampa estão sendo modernizados e alguns novos estão sendo fabricados.

Já os FMA IA-58A Púcara também estão passando por um processo de modernização para o padrão IA-58D.

A aquisição de uma nova aeronave supersônica de primeira linha é primordial, e

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talvez a escolha recaia sobre alguns Dassault Mirage 2000C ou Lockheed F-16 usados.

Douglas A-4M, modernizados para o padrão A-4AR, e AT-63 Pampa da Força Aérea Argentina. (Fotos: autor)

Equador:

A Força Aérea do Equadror – FAE, foi uma das mais bem equipadas durante as

décadas de 1980 e 1990, como demonstra os resultados na Guerra do Cenepa, em 1995

contra o Peru, o Equador perdeu muito da sua capacidade com a desativação de mais de

25 Lockheed AT-33 e dos Specat Jaguar que não foram substituídos. Os Dassault Mirage F-1C ainda estão operacionais, mas não passaram por

nenhuma modernização importante, limitando-se a dotá-los dos mísseis israelenses

Python III.

Os únicos aviões de combate atualizados são partes da frota de IAI Kfir C-2 que foram modernizados para o padrão CE, com aviônica desenvolvida por Israel para o cancelado programa do jato Lavi. O Kfir CE leva mísseis Ar-Ar Python III e IV, podendo ser reabastecido em vôo, ainda que a FAE não possua no momento aviões

cisterna.

Os Cessna A-37C e Bae Strikemaster também estão no final de sua vida útil.

IAI Kfir C-2 modernizados para o padrão CE e Mirage F-1 da Força Aérea Equatoriana. (Foto: FAE)

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Peru: A Força Aérea Peruana – FAP foi a primeira na América do Sul a empregar

aviões supersônicos, ao adquirir os Dassault Mirage 5P em 1968, e vem perdendo bastante poder em sua aviação militar.

Seus Camberra foram desativados, juntamente com os Mirage 5P e os Sukhoi SU-22. Sua aviação de primeira linha se limita atualmente a um esquadrão de Dassault Mirage 2000P, com aviônicos inferior até mesmo aos Mirage 2000C comprados de segunda mão pelo Brasil e por um esquadrão de MiG-29A9.13 comprados da BieloRussia e armados com mísseis ar-ar de médio alcance R-27R e reforçados por duas

aeronaves MiG-29SE comprados da Rússia e armados com mísseis R-77. A capacidade peruana em utilizar o máximo potencial destes aviões é

constantemente questionada. Possui também 18 Sukhoi Su-25 de ataque ao solo, com características de certo modo semelhante ao AMX. Na segunda linha a FAP opera

também os Cessna A-37B.

Mig 29 A9.13 e Mirage 2000P da Força Aérea Peruana. (Fotos: FAP)

Colômbia:

Apesar dos grandes recursos alocados por Colômbia para defesa, inclusive com

ajuda dos Estados Unidos, o grosso das verbas são destinadas à luta contra os grupos

guerrilheiros que atuam no país.

A Força Aérea Colombiana - FAC opera aviões supersônicos Dassault Mirage 5CO e IAI Kfir C-7, modernizados na década de 1990, podendo inclusive utilizar bombas guiadas a laser, sendo o primeiro país da região a utilizar estas armas em

combate.

A aquisição mais importante da FAC nos últimos anos foi a do Embraer AT-29 Super Tucano, justamente para serem empregados contra os grupos guerrilheiros, junto com os Cessna A-37B ainda operacionais. Os OV-10 Bronco já estão no final da vida útil.

O grande problema colombiano está na aquisição por parte da Venezuela de

aeronaves Sukhoi SU-30 MK2 que desequilibram totalmente a situação da aviação de combate na região.

Provavelmente a FAC vai adquirir aviões Lockheed F-16 para equilibrar a situação, devido às suas boas relações com os Estados Unidos.

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Mirage 5CO com bomba guiada a laser e Kfir C-7 da Força Aérea Colombiana. (Foto: FAC)

Forças Aéreas Fortalecidas

Chile:

Historicamente a Força Aérea Chilena - FACh é sem dúvida, a que se manteve

mais equilibrada no que se refere à capacidade de combate na América do Sul.

Seus programas de modernização e aquisição são feitos com competência e no

prazo correto.

A seu favor está a alocação dos recursos necessários, inclusive por uma lei que

destina 10% dos lucros com as exportações do cobre chileno para gastos com defesa.

A desativação dos Hawker Hunter na metade da década de 1990 foi imediatamente compensada pela aquisição de Dassaut Mirage 5 da Bélgica, que passaram por um programa de modernização e receberam a designação de Elkan.

Após isso, os Northrop F-5E foram rapidamente modernizados com tecnologia israelense dando origem ao chamado Tiger III, cujo programa de modernização é de dar inveja aos militares brasileiros pela rapidez e competência com que foi levado a

cabo.

Posteriormente, o Chile escolheu o Lockheed F-16C como futuro caça para equipar sua Força Aérea. Os primeiros exemplares de um total de dez F-16C/D Block 50 foram recebidos em 2006.

Coerentemente, para reforçar os F-16 novos e substituir ao Dassault Mirage 5 foram adquiridos 18 Lockheed F-16A MLU da Holanda.

O Chile é ao lado do Brasil o único país a utilizar aeronaves AEW na região,

apesar de possuir um velho avião Boeing 707 modificado em Israel. Especula-se se o Chile já tem operacional mísseis Derby nos F-5 TigerIII e

AIM 120 Amraam nos F-16.

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Lockheed F-16 e Boeing 707 AEW da Força Aérea Chilena. (Fotos: autor)

Venezuela: A Força Aérea da Venezuela – FAV, há várias décadas, possui uma das mais

fortes aviação de combate na América do Sul.

Aos Dassault Mirage IIIEV (depois modernizados para o padrão 50 EV), se juntaram os Canadair F-5A, graças às excelentes relações que então existiam com os Estados Unidos. Foi o primeiro operador dos Lockheed F-16 na região, tendo-os recebidos em 1982.

Com a subida do Coronel Hugo Chávez ao poder, houve uma rápida

deterioração das relações com os Estados Unidos, embora seja o maior parceiro

comercial da Venezuela Bolivariana, mas tem tido dificuldades de conseguir peças de

reposição para as aeronaves de origem americana.

A tentativa de comprar aviões Embraer AMX-T e Super Tucano, no Brasil, foram vetadas pelo governo Americano.

Em resposta a isso, o tempestivo Cel. Chávez adquiriu da Rússia trinta e seis

caças Sukhoi SU-30 Mk II. A capacidade de manobra, alcance, carga de armas e o radar dos SU-30 junto com os mísseis ar-ar R-27 e R-77, estes com alcance estimado em mais de 100 km, dão

aos aviões venezuelanos um poderio que não pode ser igualado no momento por

qualquer força da região. O SU-30 também pode empregar bombas guiadas a laser de 500kg, que lhe conferem um grande poder de destruição contra alvos de valor

estratégico.

Os primeiros Sukhoi SU-30 venezuelanos chegaram ao país em dezembro de 2006 e foram declarados operacionais em maio de 2007 no Grupo Aéreo de Caza, “Libertador Simón Bolívar”, Nº 13, na Base de Aérea Luís del Valle Garcia -

Barcelona. Atualmente a FAV opera oito SU-30 e este número chegará a vinte e quatro até

2009.

A Venezuela ainda carece de uma aeronave AEW que permita um melhor

emprego destes poderosos vetores, porém a fartura de dólares provenientes das

exportações de petróleo permitiriam uma aquisição da Rússia sem maiores problemas.

No futuro, a FAV poderá adquirir os novos Sukhoi SU-35.

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Os moderno Sukhoi SU-30 e Mirage IIIEV da Força Aérea Venezuelana. (Foto: FAV e autor)

O caso do Brasil A aviação de combate brasileira está centrada em um esquadrão de Dassault Mirage 2000C comprado de segunda mão da França e ainda incompleto em número de aeronaves, armados com mísseis Matra Magic II e Super R-530, dois esquadrões de

Northrop F-5E com algumas aeronaves modernizadas para o padrão F-5M, armadas

com mísseis Pyton IV, Derby e com pods eletrônicos israelenses Litening III e Sky

Shield. O programa de modernização dos F-5 se arrasta por um período tão longo que quando os aviões começam a se tornarem operacionais o cenário regional já mudou

completamente. Claro que a grande mudança na capacidade da Força Aérea

Venezuelana não podia ser previstas, mas o exemplo serve para se adotar medias mais

rápidas com responsabilidade no caso, tanto para os militares quanto para os políticos.

F-5M e Mirage 2000D da Força Aérea Brasileira. (Fotos: Embraer e FAB)

A capacidade de ataque e reconhecimento da FAB está composta pelos

esquadrões de Embraer AMX que nunca tiveram todo o seu potencial desenvolvido por falta de recursos. Um programa de modernização para os AMX está sendo preparado no momento.

Um trunfo a favor do Brasil é o fato de ainda possui a maior e mais moderna

frota de aeronaves AEW/SR da América do sul, composta por oito aviões Embraer R-99.

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Embraer R-99 da Força Aérea Brasileira. (Foto: autor)

Os Embraer AT-26 Xavante estão no fim da vida útil e são destinados basicamente a missões de treinamento. Os Embraer AT-29 ALX formam uma força de segunda linha, com emprego limitado ao controle de fronteiras e ataque leve.

A necessidade de um novo vetor para a FAB, que equilibre o poderio na região é

inquestionável.

A compra de um vetor Russo, neste momento seria claramente contraria aos

interesses nacionais porque a Sukhoi está desenvolvendo um avião de passageiros, o

Sukhoi 100 Jet que concorre diretamente no mercado internacional com os produtos da

Embraer.

Resta a opção francesa, com o Dassault Rafale, a opção norte americana com o Boeing F-18E/F e a opção Européia com o Eurofigther. Não devemos esquecer das necessidades da Aviação Naval que será muito

importante para quando necessitarmos projeção de poder. Os Douglas A-4KU que equipam o porta-aviões São Paulo estão totalmente obsoletos e a aquisição de caças F-18A de segunda mão e mesmo Rafale M novos deve ser seriamente considerada,

deixando aos A-4 tarefas de treinamento e ataque. A compra de aviões AEW também é urgente.

Ao contrário do Chile e da Venezuela, onde se nota uma clara decisão política

por manter ou aumentar o poderio da aviação de combate e da defesa em geral, no

Brasil esse tema sempre causou polêmica.

Um argumento muito utilizado é de que o Brasil não possui inimigos e por isso

todo gasto com defesa se torna um desperdício em um país com tantas necessidades

sociais.

Ao iniciar o seu governo, o Presidente Luis Inácio Lula da Silva se serviu destes

argumentos para cancelar o programa FX que se destinava a adquirir um novo vetor

para a FAB.

O problema é que a situação confortável que vivíamos nas décadas 1980 e 1990,

sem conflitos com nossos vizinhos e com uma boa superioridade bélica regional mudou

para uma situação totalmente inversa.

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Muitas das causas destas mudanças no cenário regional podem ser atribuídas em

parte ao próprio governo brasileiro que em muitas ocasiões atuou mais por ideologia

que pelos interesses nacionais.

A verdade é que no momento o Brasil tem vários conflitos potenciais localizados

que põem em risco nossa economia e nosso suprimento energético.

Que poderá acontecer se um governo hostil assumir o poder no Paraguai?

Qual será a reação do Cel. Chávez e de Evo Morález?

Qual a capacidade do Brasil de lutar pelos seus interesses?

Somos sem dúvida a maior potência da região, com o maior PIB e a maior

população. O problema é que nunca assumimos nossa posição de potência e isso pode

trazer conseqüências catastróficas para o futuro da nossa nação.

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