lingüística infantil y origen del lenguaje · pdf fileuniversidad de sevilla ... -...

26
LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE FERNANDO MILLÁN CHIVITE Universidad de Sevilla RESUMEN Más allá de paralelismos y analogías, los inicios de la lengua del niño pue- den servirnos para asomarnos al origen del lenguaje humano. Selecciono al res- pecto tres vías infantiles de acceso, que asumirían un carácter comunicativo: secuencias iterativas, onomatopeyas basadas en la perfección imitativa y estadio germinal. El soporte idóneo para una comunicación oral humana, económica y sistemática, lo ofrece una vía similar a la representada por el estadio germinal del niño. Dentro del estadio germinal descubro tres fórmulas concretas que fun- damentan la relación significativa, es decir, la asociación de un significante con un significado, en orden a la constitución del signo: onomatopeyas sencillas, exclamaciones o apelaciones y sugerencias fónicas de índole opositiva. PALABRAS CLAVE Lengua infantil, estadio germinal, enfoque estructural, origen del lenguaje. ABSTRACT Apart from parallelisms and analogies, the beginning of the child's langua- ge may be used to gain some insight into the origins of human language. To this respect, I select three children's access paths, with a communicative cha- racter: iterative sequences, onomatopoeias based on imitative perfection, and 'germinal' stage. A process similar to that represented by the child's germinal stage offers the most appropriate support for economical and systematic human oral communication. Within this germinal stage, three specific formulae are found, which are the foundations of the meaning relationship, ie the association of form plus meaning to make up a sign: Easy onomatopoeias, ejaculations or phonic appeals and suggestions of an oppositional character. CAVOS, Reiisla de FiltAvgUiy su Diddclka. 11° 20-21. 1997-9H /JMRS. S7.Um 873

Upload: lamngoc

Post on 20-Mar-2018

218 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

L I N G Ü Í S T I C A INFANTIL Y O R I G E N D E L LENGUAJE

F E R N A N D O M I L L Á N C H I V I T E

Univers idad d e Sevil la

R E S U M E N

Más allá de paralelismos y analogías, los inicios de la lengua del n i ñ o pue­den servirnos para asomarnos al or igen del lenguaje humano. Selecciono al res­pecto tres vías infantiles de acceso, que asumirían u n carácter comunicat ivo: secuencias iterativas, onomatopeyas basadas en la perfección imitativa y estadio germinal . El soporte idóneo para una comunicac ión oral humana, económica y sistemática, lo ofrece una vía similar a la representada por el estadio germinal del n iño . Dentro del estadio germinal descubro tres fórmulas concretas que f u n ­damentan la relación significativa, es decir, la asociación de u n significante con u n signif icado, en orden a la const i tución del signo: onomatopeyas sencillas, exclamaciones o apelaciones y sugerencias fónicas de índole oposit iva.

P A L A B R A S CLAVE

Lengua infant i l , estadio germinal , enfoque estructural, or igen del lenguaje.

ABSTRACT

Apart f r o m parallelisms and analogies, the beg inn ing of the child's langua­ge may be used to gain some insight into the origins o f h u m a n language. To this respect, I select three children's access paths, w i t h a communicat ive cha­racter: iterative sequences, onomatopoeias based o n imitative perfect ion, and 'germinal ' stage. A process similar to that represented by the child's germinal stage offers the most appropriate support for economical and systematic h u m a n oral communicat ion . W i t h i n this germinal stage, three specific formulae are f o u n d , w h i c h are the foundat ions o f the meaning relat ionship, ie the association o f f o r m plus meaning to make u p a sign: Easy onomatopoeias, ejaculations or phonic appeals and suggestions of an opposi t ional character.

CAVOS, Reiisla de FiltAvgUiy su Diddclka. 11° 20-21. 1997-9H /JMRS. S7.Um 873

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

KEY W O R D S

Children's language, germinal stage, structural approach, origins o f lan­guage.

RÉSUMÉ

Au-delà de parallélismes et d'analogies, les débuts de la langue de l'enfant peuvent nous servir à nous pencher sur l 'origine du langage humain . Je choisis à cet égard trois voies enfantines d'accès, q u i assumeraient u n caractère c o m -municatif: des séquences itératives, des onomatopées basées sur la perfect ion imitative et stade germinal . Le support appropié pour une communica t ion orale humaine, économique et systématique, est offert par une voie similaire à celle représentée par le stade germinal de l'enfant. Dans le stade germinal, je découvre trois formules concrètes qu i sont à la base du rapport significatif, c'est-à-dire, l 'association d 'un signifiant avec u n signifié, à la const i tut ion d u signe: des o n o ­matopées simples, des exclamations ou des appels et des suggestions p h o n i ­ques de caractère opposit i f .

M O T S - C L É

Langage enfantin, stade germinal , opt ique structural, or igine du langage.

0. I N T R O D U C C I Ó N

Cuando abordé el estadio germinal del n i ño en u n artículo prece­

dente 1, me asaltó la idea de u t i l i zar m i s conocimientos y documentación

en torno a la l ingüíst ica infant i l para di lucidar el or igen del lenguaje.

T a l pretensión puede parecer utópica y así me lo han manifestado

var ios colegas, a quienes agradezco s u sincera op in ión .

S i n embargo, no comparto la inviabi l idad del proyecto y, en cual­

quier caso, creo que me asiste el derecho a esbozar pos ib les conexiones

1. Millán Chivite, F. (1996) "El estadio germinal en la lengua del niño" en Cauce, revista de filología y su didáctica, 18-19, pp. 817-850.

874

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

o r a l i d a d n o c o m u n i c a t i v a — > o r a l i d a d c o m u n i c a t i v a m u y e l e m e n t a l

D e t e c t o u n a d i f e r e n c i a bás ica , q u e p o s i b i l i t a o fac i l i ta la t r a n s f o r ­

m a c i ó n de la o r a l i d a d h u m a n a n o c o m u n i c a t i v a e n c o m u n i c a t i v a . M e

r e f i e r o a la c o m u n i c a c i ó n a d u l t a , c o e x i s t e n t e c o n e l d i n a m i s m o de la

o r a l i d a d i n f a n t i l y caracter izada p o r u n a c o m p l e j i d a d e x t r e m a . Ta l c o m u ­

n i c a c i ó n a d u l t a n o f i g u r a l ó g i c a m e n t e e n la génes is d e l l e n g u a j e h u ­

m a n o .

875

e n t r e los da tos e x t r a í d o s d e la l i n g ü í s t i c a i n f a n t i l y e l o r i g e n d e l l e n ­

gua je .

Q u i z á sea c o n v e n i e n t e a p u n t a r al r e s p e c t o q u e n o p r e t e n d o s e g u i r

todas las vías r e l a c i o n a d a s c o n e l o r i g e n d e l l e n g u a j e h u m a n o : s o c i o l ó ­

g ica , p s i c o l ó g i c a , a n t r o p o l ó g i c a , n e u r o l ó g i c a , b i o l ó g i c a , etc . M i p l a n t e a ­

m i e n t o - m u c h o más m o d e s t o - se l i m i t a a c o n e c t a r los i n i c i o s d e la l e n ­

g u a d e l n i ñ o c o n e l o r i g e n d e l l e n g u a j e . E n e f e c t o , a b r i g o la e s p e r a n z a

d e q u e , sa lvadas las d i f e r e n c i a s o p o r t u n a s , c ie r tos aspec tos ora les de la

t r a y e c t o r i a i n f a n t i l c o m o las secuenc ias i te ra t ivas , las o n o m a t o p e y a s y e l

e s t a d i o g e r m i n a l p r o y e c t e n s o l u c i o n e s v á l i d a s a la génes is d e l l e n g u a j e

h u m a n o .

La a d q u i s i c i ó n d e l l e n g u a j e e n e l n i ñ o y e l o r i g e n d e l l e n g u a j e

h u m a n o p r e s e n t a n e v i d e n t e s ana log ías , q u e c o n v i e n e destacar:

1) Surge e n los d o s casos u n a c o m u n i c a c i ó n o r a l h u m a n a , d o t a d a d e

c ier ta e s t a b i l i d a d y s is temat izada o e n p r o c e s o de s i s t e m a t i z a c i ó n . N o

p o s t u l a m o s u n a c o m p l e j i d a d d e a r t i c u l a c i o n e s y n i v e l e s l i n g ü í s t i c o s , q u e

a f lo ra a c o n s e c u e n c i a d e u n d e s a r r o l l o p o s t e r i o r .

2 ) T a n t o e l l e n g u a j e d e l n i ñ o c o m o el l e n g u a j e d e la espec ie h u m a ­

na se r e t r o t r a e n a u n p u n t o c e r o , m o m e n t o o e s t a d i o c r o n o l ó g i c o carac­

t e r i z a d o p o r la ausenc ia de c o m u n i c a c i ó n o r a l .

3 ) La ausenc ia de c o m u n i c a c i ó n o r a l h u m a n a e n la e tapa p r e v i a a la

l i n g ü í s t i c a n o i m p l i c a ausenc ia d e o r a l i d a d . P r e c i s a m e n t e la o r a l i d a d n o

c o m u n i c a t i v a just i f ica la d e n o m i n a c i ó n de e tapa p r e l i n g ü í s t i c a . Así , p u e s ,

resul ta l e g í t i m o s u p o n e r q u e e l l e n g u a j e d e la e s p e c i e h u m a n a se a p o y ó

e n u n a e tapa p r e l i n g ü í s t i c a de carácter o r a l al i g u a l q u e a c o n t e c e c o n e l

l e n g u a j e d e l n i ñ o . P o r t o d o e l l o , i n c l u y o e n u n s o l o e s q u e m a e l d i n a ­

m i s m o e m e r g e n t e d e la c o m u n i c a c i ó n o r a l h u m a n a :

e tapa p r e l i n g ü í s t i c a — > e s t a d i o g e r m i n a l

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

P o r consiguiente, el esquema varía atendiendo a la oralidad infant i l

o a la oralidad de la especie humana.

O r a l i d a d i n f a n t i l

comunicación adulta —>

etapa prel ingüíst ica — > estadio germinal

oralidad no comunicativa — > oralidad comunicativa m u y elemental

O r a l i d a d d e l a e s p e c i e h u m a n a

etapa prel ingüíst ica — > estadio germinal

oralidad no comunicativa — > oralidad comunicativa m u y elemental

A través de analogías y diferencias hemos trazado l os elementos fun ­

damentales que configuran dos si tuaciones (la del n i ñ o y la de la espe­

cie humana) procl ives a la emergencia de la comunicación: en el n iño ,

esos elementos se identif ican con la etapa no l ingüíst ica, el estadio ger­

mina l y e l s is tema adulto; en la especie humana, con la etapa no l i n ­

güística y el estadio germinal .

1 . LA ETAPA DE BALBUCEO O ETAPA PRELINGÜÍSTICA

S i n o s planteamos el or igen del lenguaje en la especie humana,

deberíamos admit i r la existencia de una etapa oral no l ingüíst ica, previa

o anterior a la etapa l ingüíst ica, que por s i m i l i t u d con el lenguaje infan­

t i l cabe denominar etapa prel ingüíst ica.

Me resulta indiferente sostener que tal etapa prel ingüíst ica fue asu­

mida por la especie humana en cuanto tal o por u n grupo de antropoi-

des que funcionaron como eslabón precedente de la especie humana.

Creo que se deben mantener las dos pr imeras funciones del balbu­

ceo presentes en la lengua del n iño , a saber, ejercitación articulatoria y

auditiva más identif icaciones y diferenciaciones fónicas. La pr imera fun ­

ción (ejercitación articulatoria y audit iva) se consigue en buena medida

a través de la segunda (identif icaciones y diferenciaciones fónicas).

8 7 6

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

Quizá requiera algunas puntual izaciones la tercera función, f o r m u ­

lada como respuesta al entorno fónico y que incluía l os s iguientes estí­

m u l o s pos ib les:

- ru idos de la naturaleza

- ru idos de l os animales

- ru idos de art i lugios creados por el hombre

- las lenguas naturales habladas.

Hay que prescindir por supuesto del cuarto t ipo de es t ímu los , ya

que las lenguas naturales habladas surg i rán a continuación de la etapa

prel ingüíst ica. E n la situación comunicativa del hombre p r im i t i vo desa­

parece el s istema adulto y en consecuencia se esfuma un sistema que

facilita, acelera y -sobre todo- encauza dentro de una l ínea determinada

la progres ión comunicativa.

Presenta menos entidad la puntual ización alusiva al tercer t ipo de

es t ímu los . E l hombre p r im i t i vo no fabrica ar t i lugios complejos, aunque

s í ejercita acciones s im i la res a las del p r imer t ipo: desplaza una piedra,

desgaja la rama de u n árbol, se mueve por la maleza...

Po r consiguiente, el hombre p r im i t i vo se inserta dentro de u n un i ­

verso sonoro , con frecuencia hos t i l . E l l o provocaría una actitud perma­

nente de escucha, que comporta la anticipación del pel igro más allá de

l os datos v isua les , la identif icación por l os ru idos de l os referentes (cosas

o animales) que l os producen, y -desde u n punto de vista activo- imitar

l os ru idos externos, conjurar la agresión de un animal, coordinar la caza

o el ataque del grupo humano, etc. E n cualquier caso, el hombre p r im i ­

t ivo debió de u t i l i za r secuencias iterativas, que consisten en la repetición

del m i s m o segmento, a la manera de papapapapapa...

2. LAS S E C U E N C I A S ITERATIVAS

Const i tuyen la manifestación más característica del balbuceo infant i l

en la etapa prel ingüíst ica del n iño. Recordemos que las considerábamos

desprovistas de contenido y, por tanto, previas en u n despliegue crono­

lógico a la consti tución del s igno.

E n efecto, la iteración del m i s m o segmento impr ime a las emis iones

fónicas lent i tud, pesadez, carácter antieconómico, y por e l lo las secuen­

cias iterativas no son muy adecuadas para la t ransmis ión de nociones

numerosas y diversas.

877

FERNANDO MILI.ÁN CHIVITE

878

S i n embargo, cualquier em is ión fónica puede asociarse con u n con­

tenido. Y de manera especial las secuencias iterativas son aptas para la

t ransmis ión de los s iguientes valores:

- la función expresiva, como pena o tr isteza y alegría.

- la función apelativa, como afecto (ej. mamamama), indignación o

repulsa.. .

- imitación de ru idos senc i l los , caracterizados por la prolongación

o la intermitencia.

La imitación serv i r ía en este caso para denotar el ru ido, la entidad

que lo produce, la acción conexa, etc.

Veamos con más detalle la aplicación de las secuencias iterativas a

la t ransmis ión de las tres l íneas mencionadas ( función expres iva, función

apelativa e imitación de ru idos senc i l l os ) tanto en el n iño como en el o r i ­

gen del lenguaje.

Repasando m i documentación personal só lo he detectado en la

adquisic ión infant i l una secuencia iterativa asociada con la indignación

o la repulsa. Se cumpl i r ía, pues, la segunda de las l íneas expuestas.

Respecto al or igen del lenguaje humano, p ienso que la ausencia de

sistema adulto favorece la dilatación cronológica de las secuencias itera­

t ivas y el intento de asignarles d iversos valores. E s presumib le , por tanto,

que se cumpl ieran las tres l íneas reseñadas de aplicación: función expre­

s iva , función apelativa e imitación de ru idos senc i l los , caracterizados por

la prolongación o la intermitencia.

3. L A P E R F E C C I Ó N I M I T A T I V A

3 . 1 . Consideraciones generales

E n el paso anterior las secuencias iterativas se han aplicado a la im i ­

tación de ru idos senc i l los . Surgen ahora numerosos ru idos que provocan

la atención del hombre pr imi t i vo : el receptor quiere asumi r l os como

emisor. La imitación se caracteriza por u n grado notable de perfección

en cuanto que capta la variación o la complejidad interna del ru ido o r i ­

ginario. N o s encontramos, pues, ante imitaciones relativamente numero­

sas, diferentes entre s í (diferenciación extema) y dotadas de cambios en

s u estructura o composición (complejidad o diferenciación interna).

A s í imagino la consti tución de una señal fónica basada en la per­

fección imitativa:

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

realidades conexas <•

Referente ru ido exter ior <

Recurro al anacronismo de un ejemplo actual: quiquiriquí'canto del

gallo', ejemplo que supongo realizado por el hombre pr im i t i vo .

E l gallo emite un m ido característico, que con l os medios técnicos

de hoy día admite una reproducción prácticamente idéntica al ru ido o r i ­

ginar io.

E l ru ido característico del gallo se conecta con diversas realidades

como el prop io canto del gallo, el ave que emite ese canto, las gal l inas,

el corral, la madrugada, la valentía, etc.

Hasta el momento no hemos aludido en este ejemplo a n ingún ele­

mento directamente relacionado con la comunicación. Se trata só lo de

realidades que pueden ser captadas por u n receptor adecuado, pero que

no implican n ingún género de proceso comunicativo. Const i tuyen, por

tanto, el referente de la señal fónica, un referente peculiar en cuanto que

f igura desdoblado: ru ido exterior, enlazado con la imitación fónica

(referente del signif icante) y realidades conexas, vinculadas con la real i­

dad seleccionada (referente del s ignif icado).

Pasemos a considerar la señal fónica, que consta de signif icante y

signif icado.

La imitación fónica del ru ido exter ior resul ta diversa o variable aten­

diendo a d is t in tos factores como la percepción auditiva, la destreza arti­

culatoria, las emis iones ya incorporadas, etc. E n efecto, la imitación fón i ­

ca actúa respecto al ru ido exter ior a la manera de u n f i l t ro , que selec­

ciona ciertos rasgos y prescinde de otros. Po r consiguiente, la perfección

imitativa nunca es total, s i n o relativa. Concretamente, nuestro quiqui­

riquí refleja el carácter agudo del ru ido or ig inar io a través del son ido

vocálico iterado [i], mientras que aporta la variación del m i s m o ru ido o r i ­

g inar io por medio del son ido velar iterado [k] y del vibrante [r].

Por ú l t imo, el signif icado de la señal fónica capta alguna de las rea­

l idades conexas que figuraban en el referente, es decir, efectúa una

selección. Por ejemplo, quiquiriquí alude a la realidad más directa, el

canto del gallo, y no a otras realidades conexas como el prop io gallo, el

alba o s u prox imidad, etc.

Tanto el signif icante como el signif icado de la señal fónica se com­

portan de manera paralela o s imi lar , pues aislan o seleccionan aspectos

879

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

parciales de s u s respectivos referentes. De ahí que -con diferentes for­

mulaciones- pueda establecerse una relación proporcional:

E l ru ido exter ior es a la imitación fónica como las realidades cone­

xas s o n a la realidad seleccionada.

O de otra manera:

E l ru ido exter ior es a las realidades conexas como la imitación fón i ­

ca es a la realidad seleccionada.

La relación natural se transf iere a una relación elaborada por el hom­

bre a partir de la relación natural. E n efecto, la relación elaborada por el

hombre no es s i n o la depuración, s impl i f icación o t ipif icación de la rela­

ción natural. Me recuerda el concepto f i losóf ico del hombre como

microcosmos, que compendia, resume o refunde la complejidad del cos­

mos . D i r í a m o s que la nueva relación deja ver o transparenta la antigua.

O de otra manera, la relación humana mantiene en cierto modo la rela­

ción natural.

H e aquí, por tanto, el fundamento de la relación signif icativa esta­

blecida entre el signif icante y el signif icado de la señal fónica en cuan­

to que la relación signif icativa asume la relación natural entre el ru ido

exter ior y las realidades conexas, pues el signif icante remite al referente

del signif icante, mientras que el signif icado remite al referente del s i gn i ­

ficado. E n defini t iva, la relación signif icativa de la señal fónica no es s i n o

la codificación -muy tosca por cierto- de la relación natural.

¿Qué razones imp id ie ron la consol idación de u n presunto s is tema

basado en la perfección imitativa? Creo que las presentes señales fón i ­

cas funcionan mejor como señales aisladas (según evidencia el esque­

ma prev io ) que como señales codificadas o integradas dentro de u n s i s ­

tema.

La codificación o elaboración del sistema es tan precaria que no

excluye u n fuerte y decisivo condicionamiento externo: el signif icante de

la señal fónica está condicionado por el referente del signif icante; el s i g ­

nif icado de la señal fónica, por el referente del signif icado; la relación

signif icativa entre el signif icante y el signif icado de la señal fónica, por

la relación natural entre l o s dos referentes. E n efecto, i n tu imos que el

grado de codificación de las señales fónicas está en relación inversa a la

p res ión del condicionamiento externo ejercido sobre cada señal fónica.

O de otra manera, el condicionamiento externo ind iv idual iza una señal

fónica determinada y le impide s u conexión con otras señales fónicas,

es decir, s u integración dentro de u n sistema.

8 8 0

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

8 8 1

3.2. El significante de las señales fónicas basadas en la perfección

imitativa

H e m o s destacado hasta la saciedad el carácter no autónomo o sub ­

s id ia r io de las presentes señales fónicas respecto a s u s referentes, que

actúan a t í tu lo de realidades condicionantes. E l l o comporta la indiv idua­

l ización de cada señal fónica o de otra manera la falta de conexión

existente entre las diversas señales fónicas. Pues b ien, ahora debemos

centrarnos en l os signif icantes de las mencionadas señales fónicas.

Caracterizaría cada signif icante de las señales fónicas basadas en la

perfección imitativa mediante dos expres iones: complejo fónico y blo­

que fónico.

La imitación consti tuye u n complejo fónico atendiendo precisamen­

te a la propia perfección imitativa. E l signif icante asume las variaciones

del ru ido or ig inar io y en consecuencia coincide con una secuencia fón i ­

ca dotada de cierta complejidad. La progres ión se advierte confrontando

estos complejos fónicos con las secuencias iterativas que comentábamos

en el apartado previo.

La consideración de bloque fónico se fundamenta en las s iguientes

razones:

1 ) La complejidad fónica, que se manif iesta a través de d iversos

aspectos como u n inventar io ampl io de son idos , variación vocálica,

variación consonantica, t ipos si lábicos con margen posnuclear o doble

margen prenuclear, etc.

2 ) Número ex iguo de signif icantes en relación con la complejidad

fónica. H e de advertir que el número de signif icantes puede superar al

de la etapa posterior. Só lo quiero indicar que l os signif icantes dotados

de complejidad fónica deben ser m u y numerosos para que permitan la

génesis de la segunda articulación.

3 ) Acusada indiv idual ización y diversi f icación de l os signif icantes de

las señales fónicas.

4 ) Pos ib i l idad nula o muy esporádica respecto a la conmutación par­

cial de l os signif icantes.

3.3- El significado de las señales fónicas basadas en la perfección

imitativa

Como planteamiento inicial , l os signif icados de las señales fónicas

basadas en la perfección imitativa debieran comportarse de manera s i m i ­

lar o paralela a l os signif icantes respectivos. La s i m i l i t u d o paralel ismo

FERNANDO MILLÁN CH1VITE

no impl ica, por supuesto, identidad absoluta, coincidencia o superpos i ­

c ión total, ya que se trata de planos asociados, pero divergentes.

Cabe pensar en teoría que u n signif icante determinado es suscept i ­

ble de asociarse con cualquier signif icado. E l l o facilita l os desplaza­

mientos semánticos del signif icado x , s u integración dentro de u n s is te ­

ma, s u adaptación a las necesidades comunicativas de una sociedad o

grupo humano, etc.

Po r el contrario, cada signif icante de las presentes señales fónicas se

asocia con u n signif icado inscr i to dentro del marco ofrecido por s u

referente: el referente aporta una ser ie de posibi l idades, de las cuales el

signif icado extrae una o var ias, pero s i n sobrepasar esas posibi l idades.

Veamos el caso concreto de quiquiriquí. Se puede aplicar al canto del

gallo, al alba, al gallo, al valor, al macho... La conexión está marcada por

el gallo, que subyace a través de todos l os valores reseñados.

La pol isemia se produce cuando se actualizan varias de las pos ib i l i ­

dades ofrecidas por el referente, posibi l idades que comparten una carac­

terística común, interpretable en consecuencia como u n único signif ica­

do.

As í , pues, en la const i tución de una de estas señales fónicas se elige

el signif icado dentro del marco establecido por s u referente. Y en época

poster ior puede modif icarse el signif icado inicial , pero s iempre dentro

del marco reseñado. Po r consiguiente, el signif icado muestra u n margen

l imitado de variación, que en lógica complementariedad implica cierta

estabil idad o f i jeza relativa del signif icado. Desde u n punto de vista com­

parativo, tal estabilidad puede ser calificada de alta por ex i s t i r u n l ími te

en la variación del signif icado, frente a la estabilidad reducida de otras

señales fónicas, que carecen de ese l ími te.

La presencia de un marco que encuadra los signi f icados pos ib les y

actúa a modo de l ími te en la variación de l os signif icados comporta algu­

nas consecuencias:

1 ) Con estas señales fónicas es posib le acceder a la pol isemia ( u n

signif icante dotado de var ios signif icados que comparten uno o var ios

rasgos comunes) , no a la homon imia (un signif icante dotado de var ios

signif icados totalmente d is t in tos) .

2 ) P ienso que el condicionamiento externo del referente representa

un obstáculo para la organización de l os signif icados en s istemas como

los campos semánticos y para la adaptación de l os signi f icados a las

necesidades comunicativas de u n determinado grupo humano.

3 ) Po r mantener una vinculación muy trabada con la realidad, el s i g ­

nificado de cada señal fónica implica una caracterización posit iva y no

882

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

n e g a t i v a , a b s o l u t a y n o re la t iva . E n c o n s e c u e n c i a , los s i g n i f i c a d o s de u n a y o t ra seña l f ó n i c a d i v e r g e n de m a n e r a g l o b a l , e n v i r t u d d e u n a a c u m u ­l a c i ó n d e caracter íst icas, y n o p o r o p o s i c i ó n b i n a r i a d e rasgos s e m á n t i ­cos .

3 .4 . Balance de la perfección imitativa.

R e s u m o e n b r e v e s c o n s i d e r a c i o n e s los e l e m e n t o s bás icos d e la p e r ­

f e c c i ó n i m i t a t i v a :

1) S i n g u l a r i d a d d e l s i g n i f i c a n t e .

2) S i n g u l a r i d a d d e l s i g n i f i c a d o .

3 ) Las señales f ó n i c a s f u n c i o n a n e n t r e sí a m o d o d e c o m p a r t i m e n ­

tos estancos.

4 ) La r e l a c i ó n s i g n i f i c a t i v a n o sus t i tuye , s i n o q u e se a ñ a d e a la re la­

c i ó n n a t u r a l : la c o m u n i c a c i ó n se a p o y a e n e l c o n o c i m i e n t o de la r e a l i ­

d a d m á s c o n c r e t a .

5) A p a r t i r de los da tos p r e c e d e n t e s , s e l e c c i o n a m o s d o s señales f ó n i ­

cas c u a l e s q u i e r a p e r t e n e c i e n t e s al c i c l o o á m b i t o de la p e r f e c c i ó n i m i t a ­

t i va . C o m p r o b a m o s q u e tales señales f ó n i c a s d o t a d a s d e s ign i f i can tes y

s i g n i f i c a d o s d i s t i n t o s n o p r e s e n t a n s ign i f i can tes p r ó x i m o s n i s i g n i f i c a d o s

a f ines . P o r t a n t o , es i m p o s i b l e l l egar a u n a c o n m u t a c i ó n p a r c i a l d e l s ig ­

n i f i c a n t e o d e l s i g n i f i c a d o q u e a p o r t e e l e m e n t o s c o m u n e s y e l e m e n t o s

d i f e r e n c i a l e s .

6 ) Si n o s c e n t r a m o s e n la a r t i c u l a c i ó n d e l s i g n i f i c a n t e , m e at rever ía

a d e f e n d e r d o s a f i r m a c i o n e s c o m p l e m e n t a r i a s :

- N o h a s u r g i d o la s e g u n d a a r t i c u l a c i ó n o a r t i c u l a c i ó n d e l s i g n i f i ­can te e n f o n e m a s .

- La p e r f e c c i ó n i m i t a t i v a n o c o n s t i t u y e la v ía a d e c u a d a q u e p o s i b i l i ­te e n u n f u t u r o la génes is d e la s e g u n d a a r t i c u l a c i ó n .

4 . EL ESTADIO GERMINAL

4 . 1 . Consideraciones generales.

El h o m b r e p r i m i t i v o d e b i ó de ensayar u n a n u e v a f ó r m u l a c o m u n i ­

ca t iva , c o i n c i d e n t e e n l íneas genera les c o n e l q u e d e n o m i n é estadio ger­

minal en la lengua del niño.

Señalaba tres etapas d e n t r o d e l e s t a d i o g e r m i n a l : c o n s t i t u c i ó n d e l

s i g n o , s is tema in ic ia l (s is tema A ) y s istemas a m p l i a d o s (s is tema B, C...).

8 8 3

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

pa ta

apa / ata

papa tata

Qu izá resul te más claro el s iguiente esquema de carácter l ineal :

E j . pa~apa~papa/'ta-ata-tata2.

E l segundo sistema o s is tema B comporta tres signif icantes de las

señales fónicas.

E j .

pa ta ma

apa / ata / ama

papa tata mama

T a l s istema admite esta presentación:

E j . pa~apa~papa / ta~ata~tata / ma-ama-mama.

E l tercer s istema o s istema C incluye cuatro signif icantes de las seña­

les fónicas:

E j .

pa ta ma ba

apa / ata / ama / aba

papa tata mama baba

Recurro de nuevo a una presentación l ineal:

pa~apa~papa / ta~ata~tata / ma~ama~mama / ba~aba~baba.

N o he intentado reproducir la descripción del estadio germinal en el

n iño , s i n o más b ien ofrecer una base mín ima que nos permita evaluar y

caracterizar la presente etapa comunicativa.

2. En el esquema lineal - indica simple variante y / representa oposición.

884

E n el s istema inicial detectábamos dos signif icantes de las señales

fónicas y cada uno de e l los d isponía de tres variantes.

E j . .

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

885

4 . 1 . 1 . Punto de vista fonético.

Desde una perspectiva que para entendernos cabe denominar foné­

tica, destacaré dos puntos: l os elementos que const i tuyen u n inventar io

y las combinatorias de esos elementos dentro de las secuencias fónicas.

4 .1 .1 .1 . E n el corpus infant i l que he manejado, el inventar io del s i s ­

tema inicial o s istema A comprende tres elementos: la vocal a y las con­

sonantes p y t. E l p r imer s istema ampliado o s istema B posee cuatro ele­

mentos: la vocal a y las consonantes p, ty m. E l segundo s istema amplia­

do o s istema C abarca cinco elementos: la vocal a y las consonantes p,

t, m y b.

4.1.1 . 2 . Circunscr i tos al m i s m o corpus in fant i l , detecto dos t ipos de

sílaba: por una parte, la vocal a-, por otra, consonante + vocal a.

E j . a

pa, ta, ma, ba.

Por otra parte, observemos que en cada secuencia fónica no se

registra n i variación vocálica n i variación consonantica. La variación

vocálica es descartada ya por el propio inventar io, que só lo incluye la

vocal a.

E n efecto, ex is ten secuencias monosí labas como pa, ta, ma o ba,

dotadas de una consonante (p, t, m o tí) y una vocal (la vocal a).

Además, aparecen secuencias bisí labas de dos t ipos: por presencia de la

vocal in ic ial a y por duplicación silábica. E l p r imer t ipo (apa, ata, ama,

aba) muestra la iteración de la vocal a y el segundo t ipo (papa, tata,

mama o baba) ofrece la iteración de la vocal a y de la consonante

correspondiente (p, t, m o b).

4.1 . 2 . Punto de vista fonológico.

E l enfoque fonológico se apoya en la pertinencia de l o s elementos

fónicos, de suerte que d is t ingu imos l os elementos pert inentes de l o s no

pert inentes. Consideramos elementos pert inentes aquel los que generan

una diferencia de signif icado.

Ejempl i f icábamos el s is tema inicial del n i ño mediante la opos ic ión

de dos subconjuntos de formas:

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

s i g n i f i c a n t e A s i g n i f i c a n t e B

p a ta

apa / ata

p a p a tata

El s i g n i f i c a n t e A consta d e tres f o r m a s : pa, apa y papa. Las tres f o r ­m a s están d o t a d a s d e l m i s m o o d e los m i s m o s s i g n i f i c a d o s .

A s i m i s m o , e l s i g n i f i c a n t e B c o n s t a de tres f o r m a s : ta, ata, tata. Las tres f o r m a s están d o t a d a s d e l m i s m o o d e los m i s m o s s i g n i f i c a d o s .

El s i g n i f i c a n t e A ( e n c u a l q u i e r a de sus tres f o r m a s ) m a n i f i e s t a s i g n i ­f i c a d o d i s t i n t o o s i g n i f i c a d o s d i s t i n t o s q u e e l s i g n i f i c a n t e B.

V e a m o s las c o n s e c u e n c i a s d e la d e s c r i p c i ó n p r e c e d e n t e :

1) El s i g n i f i c a n t e A c o m p o r t a u n s o l o e l e m e n t o p e r t i n e n t e (p) e i g u a l m e n t e e l s i g n i f i c a n t e B i n c l u y e u n s o l o e l e m e n t o p e r t i n e n t e (f).

2) T o d o s los d e m á s e l e m e n t o s q u e e n e l s i g n i f i c a n t e A o B a c o m ­p a ñ a n al e l e m e n t o p e r t i n e n t e d e b e n r e c i b i r la c o n s i d e r a c i ó n de n o p e r ­t i n e n t e s .

A su v e z , e x i s t e n d o s clases d e e l e m e n t o s n o p e r t i n e n t e s :

- La v o c a l d e a p o y o a, q u e p e r m i t e la e m i s i ó n d e l e l e m e n t o p e r t i ­n e n t e p o t. P o r t a n t o , ta l e l e m e n t o n o p e r t i n e n t e f i g u r a d e m a n e r a o b l i ­g a t o r i a o f o r z o s a .

- Los e l e m e n t o s n o p e r t i n e n t e s de carácter p o t e s t a t i v o q u e a m p l í a n e l c u e r p o f ó n i c o de pa o ta: v o c a l i n i c i a l o de a r r a n q u e p r e s e n t e e n a p a o ota y d u p l i c a c i ó n s i láb ica (papa, tata).

Los e l e m e n t o s n o p e r t i n e n t e s d e los d o s s i g n i f i c a n t e s s o n igua les ( v o c a l d e a p o y o y v o c a l i n i c i a l ) o e q u i v a l e n t e s ( d u p l i c a c i ó n s i l áb ica ) .

4 .2 . Caracterización del estadio germinal.

D i s t i n g u i m o s d o s aspectos bás icos: s i m p l i c i d a d f ó n i c a y carácter o p o s i t i v o .

4 . 2 . 1 . S i m p l i c i d a d f ó n i c a .

A p a r t i r de los da tos p r e v i o s destacar ía d e s d e d i f e r e n t e s p e r s p e c t i ­vas ( a t e n d i e n d o al i n v e n t a r i o o a la c o m b i n a t o r i a , c o n u n e n f o q u e f o n é ­t i c o o f o n o l ó g i c o ) la simplicidad fónica del sistema inicial, caracter íst ica a p l i c a b l e p o r l o d e m á s e n b u e n a m e d i d a a t o d o s los sistemas d e l esta­d i o g e r m i n a l , i n c l u i d o s los s istemas a m p l i a d o s (s is tema B, C...).

La s i m p l i c i d a d f ó n i c a se a p o y a e n d iversas razones .

886

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

887

4 . 2 . 1 . 1 . Consideremos en pr imer lugar el punto de vista del inventa­r io .

E l inventar io só lo incluye u n elemento vocálico (en concreto, la vocal a).

Por lo que respecta al inventar io la plural idad se circunscribe al con­sonant ismo, con dos consonantes en el s istema A, t res consonantes en el s istema B , cuatro consonantes en el s is tema C, etc. y el incremento de una consonante en el paso de u n sistema al inmediato sucesivo.

Como ya sabemos, la pertinencia de l o s signif icantes es asumida por el consonant ismo. E n consecuencia, y s iguiendo el parale l ismo con el párrafo previo, el inventar io del s istema A opone dos elementos pert i­nentes, t res el s istema B , cuatro el s istema C, etc. Po r e l lo, en el paso de u n sistema al inmediato sucesivo se produce el incremento de un ele­mento pertinente. As í , pues, atendiendo al inventar io desde u n enfoque fonológico, existe u n punto de partida m í n i m o , que s o n l o s dos ele­mentos pert inentes opuestos en el s istema inicial , y el incremento m í n i ­mo de u n elemento pertinente en el paso de u n s istema al inmediato sucesivo.

La insistencia en el enfoque fonológico nos lleva a observar que el número de elementos pert inentes coincide con el número de signi f ican­tes.

4 . 2 . 1 . 2 . Anal icemos ahora la s impl ic idad fónica desde el punto de vista de la combinatoria.

Las secuencias fónicas están provistas de una sílaba (pa, ta, ma y ba) o dos sí labas (apa y papa, ata y tata, ama y mama, aba y baba).

Las sí labas están integradas por una vocal o por consonante segui­da de vocal. E n esquema, só lo f iguran dos t ipos de sí laba, que repre­sentamos así:

V E j . a CV E j . pa, ta, ma y ba.

Las secuencias fónicas carecen de variación vocálica y consonantica. Respecto al vocal ismo só lo ex is ten, pues, dos posib i l idades en las

secuencias: a presente en pa, ta, ma y ba. a...a presente en apa y papa, ata y tata, ama y mama, aba y baba. E , igualmente, respecto al consonant ismo só lo ex is ten dos pos ib i l i ­

dades en las secuencias:

FERNANDO MILLÁN CFHVITE

E j . p presente en pa y apa p...p presente en papa.

E j . t presente en ta y ata t...t presente en tata.

E j . ra presente en ma y ama m...m presente en mama.

E j . b presente en ba y aba b...b presente en baba.

Cada secuencia fónica só lo presenta u n elemento pert inente, que coincide con la consonante.

E j . / p / en pa, apa y papa. A / en ta, ata y tata. / m / en ma, ama y mama. / b / en ba, aba y baba.

E n consecuencia, no se registra una suces ión de elementos pert i­nentes y por tanto no adquiere vigencia la segunda articulación.

4 .2 .2 . Carácter oposi t ivo.

Prescindiendo de preámbulos y planteamientos generales - s u f i ­cientemente comentados en páginas anteriores-, se trata de expl icar la razón por la que la comunicación del p r imer s istema del estadio germi­nal o s is tema A muestra u n carácter oposi t ivo.

4 . 2 . 2 . 1 . Opos ic ión de l o s signif icantes.

La s impl ic idad extrema propicia la oposic ión: cada signif icante (con variantes o s i n e l las) incluye u n so lo elemento pertinente. Po r consi ­guiente, el s istema inic ial , dotado de dos signif icantes, ha de oponer dos elementos pert inentes o "prefonemas".

E j . p / t

H e m o s pasado de una diferenciación global, ostentada por s ign i f i ­cantes m u y singulares en la etapa de la perfección imitativa, a la diferen­ciación circunscrita, basada en la oposic ión de elementos pertinentes.

N o ex is ten verdaderos fonemas en cuanto que cada signif icante no puede desglosarse en una suces ión de elementos pert inentes. De ahí

888

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

que hablemos de prefonemas, convert idos en fonemas al su rg i r la segun­da articulación.

La ampliación de l os signif icantes en l os s is temas suces ivos del esta­dio germinal (s is tema B , C , etc.) no altera la identif icación de cada s ig ­nificante con u n so lo elemento pertinente o, s i queremos, la presencia de u n so lo elemento pertinente en cada signif icante.

L o s elementos pert inentes se oponen mediante diferencias fónicas, que denominamos a s u vez rasgos fonológicos o pert inentes.

Recurro a m i corpus personal para ejemplif icar tanto l o s elementos pert inentes como l o s rasgos fonológicos. T ransc r ibo l o s elementos per­t inentes entre barras oblicuas y l o s rasgos fonológicos entre comil las.

S i s t e m a A

' labial' / 'dental' • i

• i

• •

/ p / / t /

S i s t e m a B

' labial' / 'dental'

'oral ' 'nasal'

/ p / / m / M

S i s t e m a C

' labial'

'sorda' /

'dental'

nasal '

/ m / / t /

889

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

C o m o cada s i g n i f i c a n t e c o m p o r t a u n s o l o e l e m e n t o p e r t i n e n t e , la c o n m u t a c i ó n de los e l e m e n t o s p e r t i n e n t e s resul ta - d e n t r o d e u n de ter ­m i n a d o s is tema- senc i l la y o b v i a .

La p r e s e n c i a de e l e m e n t o s p e r t i n e n t e s b i e n d e l i m i t a d o s e n las secuenc ias f ó n i c a s y f á c i l m e n t e c o n m u t a b l e s crea la base i d ó n e a p a r a la c o n s t i t u c i ó n f u t u r a d e la s e g u n d a a r t i c u l a c i ó n . M e a t rever ía a sostener q u e las secuenc ias f ó n i c a s n o es tán a r t i cu ladas e n e l e m e n t o s p e r t i n e n t e s s u c e s i v o s , p e r o sí p r e a r t i c u l a d a s e n c u a n t o q u e p r e f i g u r a n la a r t i c u l a c i ó n p o s t e r i o r .

4 .2 .2.2. O p o s i c i ó n d e los s i g n i f i c a d o s .

Es m á s d i f í c i l a b o r d a r c u e s t i o n e s a lus ivas a los s i g n i f i c a d o s q u e a los s i g n i f i c a n t e s , s i b i e n cabe estab lecer d e t e r m i n a d o s p a r a l e l i s m o s .

A l i g u a l q u e los s ign i f i can tes se ca rac te r i zan e n la e tapa d e la p e r ­f e c c i ó n i m i t a t i v a p o r su s i n g u l a r i d a d f ó n i c a , los s i g n i f i c a d o s se h a n d e d i s t i n g u i r e n la m i s m a e tapa p o r su s i n g u l a r i d a d s e m á n t i c a y r e f e r e n c i a l a t e n d i e n d o a la p r e s e n c i a d e u n r e f e r e n t e m u y c o n c r e t o q u e g e n e r a caracter íst icas m ú l t i p l e s .

P o r e l c o n t r a r i o , e n e l e s t a d i o g e r m i n a l se relaja la f u e r t e a d h e r e n ­cia a u n a r e a l i d a d m u y prec isa . A s i s t i m o s , p u e s , a u n a d i v e r s i d a d r e f e r e n c i a l , e n c u a n t o q u e los c o n t e n i d o s f u n c i o n a n m e d i a n t e o p o s i c i ó n e i m p l i c a n u n n ú m e r o r e d u c i d o de rasgos.

S in te t i zo la c o n t r a p o s i c i ó n d e los s i g n i f i c a d o s e n los d o s estad ios a l u d i d o s .

Etapa de la perfección imitativa-.

1) El s i g n i f i c a d o m u e s t r a u n a f u e r t e v i n c u l a c i ó n c o n la r e a l i d a d . 2) El s i g n i f i c a d o se a p l i c a a u n r e f e r e n t e m u y p r e c i s o . 3 ) El s i g n i f i c a d o i n c l u y e m ú l t i p l e s caracter íst icas. 4 ) El s i g n i f i c a d o s e l e c c i o n a a l g u n a d e las rea l idades c o n e x a s , q u e

f i g u r a n d e n t r o de u n a r e l a c i ó n n a t u r a l .

Etapa del estadio germinal.

1) El s i g n i f i c a d o relaja su c o n e x i ó n c o n la r e a l i d a d . 2) El s i g n i f i c a d o se a p l i c a a m ú l t i p l e s rea l idades , q u e c o n s t i t u y e n su

re fe ren te . 3 ) El s i g n i f i c a d o c o m p o r t a u n n ú m e r o r e d u c i d o d e rasgos. 4 ) Los s i g n i f i c a d o s f u n c i o n a n d e n t r o de u n a r e l a c i ó n o p o s i t i v a .

890

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

4 . 3 - Versatilidad y amplitud en la relación significativa.

Durante la etapa de la perfección imitativa, el significante de las señales fónicas está obligado a transmitir determinados contenidos. En efecto, la señal fónica se basa en una relación natural previa, que esta­blece como marco de elección ciertas realidades conexas. El significado de la señal fónica ha de seleccionar una de tales realidades. Por ejem­plo, quiquiriquí 'canto del gallo' nos remite a una emisión fónica pro­ducida por el gallo, que se vincula con ciertas realidades conexas, esquematizadas en un cuadro sucinto:

canto del gallo > características del canto del gallo i

gallo > características del gallo

Así, pues, quiquiriquí no puede desprenderse de incidir en el gallo y su ámbito.

Por consiguiente, las señales fónicas muestran, durante la etapa de la perfección imitativa, una rigidez en la relación significativa (signifi­cante < — > significado), puesto que el significante de cada señal es pro­clive a manifestar ciertos contenidos y no admite la transmisión de las restantes nociones. Yo hablaría al respecto de rigidez comunicativa.

En cambio, las señales fónicas del estadio germinal se caracterizan por la flexibilidad en la relación significativa, toda vez que el significan­te de cada señal puede incorporar cualquier contenido. Surge en estos casos la versatilidad comunicativa.

Fácil es comprender que la rigidez comunicativa tolera a lo sumo la polisemia (un significante con varios contenidos afines), mientras que la versatilidad admite perfectamente la homonimia (un significante con varios contenidos distintos).

Recordemos que la homonimia está en la base de las estructuras semasiológicas típicas del estadio germinal, estructuras que generan un número amplio de significados con un número limitado de significantes. Por consiguiente, la versatilidad se traduce en amplitud comunicativa.

Comparando el estadio germinal con la etapa de la perfección imi­tativa, vemos que la versatilidad en la relación del significante y el sig­nificado más la amplitud comunicativa sustituyen ventajosamente tanto la rigidez en la relación del significante y el significado como la limita­ción comunicativa.

8 9 1

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

4 . 4 . Acceso del hombre primitivo a la relación significativa en las

señales fónicas del estadio germinal.

Ent iendo por relación signif icativa la relación que mantienen el s i g ­

nificante y el signif icado.

H e confrontado continuamente la etapa de la perfección imitativa y

el estadio germinal con la intención de captar la trayectoria que condu­

jo al descubrimiento del lenguaje en el hombre p r im i t i vo .

A m i entender el estadio germinal consti tuye la base que posib i l i ta

la génesis del lenguaje humano, según he pretendido demostrar en las

páginas precedentes. S i n embargo, queda pendiente una dif icultad

importante, a saber, la just i f icación de la relación signif icativa en las

señales fónicas del estadio germinal .

T a l dif icultad no se plantea en la etapa de la perfección imitativa,

pues las onomatopeyas correspondientes nos remiten a una relación

natural que justif ica ampliamente la conexión establecida entre el s i gn i ­

ficante y el signif icado de la señal fónica.

Advierto t res l íneas que pueden fundamentar la asociación de u n

determinado signif icante con u n determinado signif icado en el estadio

germinal del hombre pr im i t i vo :

1 ) onomatopeyas senci l las

2 ) función expresiva o apelativa

3 ) sugerencias fónicas de índole oposit iva.

4 . 4 . 1 . Onomatopeyas senci l las.

Ya señalábamos que las secuencias iterativas procedentes de la

etapa prel ingüíst ica o de balbuceo n o s pueden remi t i r a " ru idos senci­

l l o s , caracterizados por la prolongación o la intermitencia". Ahora bien,

cabe afirmar que las secuencias del estadio germinal dotadas de una o

dos sí labas aluden con facilidad a ru idos senc i l los en cuanto que com­

portan s impl ic idad fónica.

Consideremos el ru ido de las olas cuando golpean la t ierra: secuen­

cias típicas del estadio germinal como pa y papa pueden remi t i r a tal

ru ido. Reparemos en que la secuencia bisí laba papa sugiere inc luso la

intermitencia del ru ido y en s u caso la prolongación 3 .

3. Véase la etapa de la perfección imitativa, donde se explica el significante de las onomatopeyas como una selección de los rasgos presentes en el ruido originario.

892

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

C o m o los r u i d o s s e n c i l l o s i n c l u y e n u n n ú m e r o m u y r e d u c i d o d e

caracter íst icas f ó n i c a s , m ú l t i p l e s rea l idades s o n s u s c e p t i b l e s d e p r o v o c a r

esos r u i d o s . Y e n c o n s e c u e n c i a , los s i g n i f i c a n t e s d e o n o m a t o p e y a s e le ­

m e n t a l e s p u e d e n ap l ica rse a r u i d o s -más o m e n o s e q u i v a l e n t e s - p r o d u ­

c i d o s p o r rea l idades d iversas .

La p l u r a l i d a d o n o m a t o p é y i c a relaja la c o n e x i ó n e n t r e la r e l a c i ó n s i g ­

n i f i c a t i v a y la r e l a c i ó n n a t u r a l , de suer te q u e la p r i m i t i v a o n o m a t o p e y a

t e r m i n a c o n v i r t i é n d o s e e n s i g n o a r b i t r a r i o o c o n v e n c i o n a l .

E n e f e c t o , se c u m p l i r í a u n a p r o g r e s i ó n , i n t e g r a d a p o r tres h i t o s f u n ­

d a m e n t a l e s : p r i m e r o , o n o m a t o p e y a ; s e g u n d o , s i g n o m o t i v a d o ; t e r c e r o ,

s i g n o c o n v e n c i o n a l 4 .

El p a s o o n o m a t o p é y i c o jus t i f i ca la r e l a c i ó n s i g n i f i c a t i v a o a s o c i a c i ó n

d e u n d e t e r m i n a d o s i g n i f i c a n t e c o n u n d e t e r m i n a d o s i g n i f i c a d o ( o n o ­

m a t o p e y a s i n d i v i d u a l e s ) .

El p a s o de la m o t i v a c i ó n i n t r o d u c e u n a p l u r a l i d a d d e o n o m a t o p e y a s

c o m o e l e m e n t o q u e d i s t o r s i o n a o c o m p l i c a la c o n e x i ó n c o n la r e l a c i ó n

n a t u r a l . La p r e s e n c i a d e l m i s m o s i g n i f i c a n t e se basa e n la s i m i l i t u d d e los

r u i d o s o r i g i n a r i o s ( r u i d o s p a r o f ó n i c o s ) . P o r c o n s i g u i e n t e , as is t imos a la

génesis d e u n a e s t r u c t u r a s e m a s i o l ó g i c a e n c u a n t o q u e u n s o l o s i g n i f i ­

can te e n c u b r e s i g n i f i c a d o s d ive rsos .

El p a s o d e la c o n v e n c i o n a l i d a d i m p l i c a q u e los u s u a r i o s d e j a n d e

p e r c i b i r q u e e l s i g n i f i c a n t e e n c u e s t i ó n se v i n c u l a c o n los r u i d o s o r i g i ­

n a r i o s de la r e l a c i ó n n a t u r a l . E l l o fac i l i ta la c o d i f i c a c i ó n o s i s t e m a t i z a c i ó n

d e las señales f ó n i c a s .

4.4 .2. E x c l a m a c i o n e s o a p e l a c i o n e s senci l las .

Las secuenc ias i te ra t ivas p r o c e d e n t e s d e la e t a p a p r e l i n g ü í s t i c a o d e

b a l b u c e o p u e d e n t r a n s m i t i r s e n t i m i e n t o s d e l h a b l a n t e ( p l a c e r o a legr ía

y p e n a o t r is teza) e i m p l i c a r al o y e n t e ( c a r i ñ o o a f e c t o e i n d i g n a c i ó n o

r e p u l s a ) . A f l o r a n , p u e s , d o s f u n c i o n e s n o i n c o m p a t i b l e s : e x p r e s i v a y

a p e l a t i v a . El énfas is , la ins is tenc ia o la e x t r e m o s i d a d q u e a c o m p a ñ a n

c o n f r e c u e n c i a a c u a l q u i e r m a n i f e s t a c i ó n de tales f u n c i o n e s se c o r r e s ­

p o n d e n p e r f e c t a m e n t e c o n la p r o l o n g a c i ó n s i l áb ica de las s e c u e n c i a s

i te ra t ivas .

4. Tal progresión coincide con la clasificación de Bertil Malmberg, que admite tres tipos de símbolos: ¡cónico, motivado y arbitrario. (Introducción a la lingüística, Madrid, Cátedra, 1982, p. 16).

893

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

La r e d u c c i ó n d e l a s s e c u e n c i a s i t e r a t i v a s p r o p i a d e l e s t a d i o g e r m i n a l

r e p r e s e n t a u n t r a t a m i e n t o m á s o b j e t i v o o n e u t r o d e l á m b i t o s e n t i m e n t a l

y a p e l a t i v o y , e n c o n s e c u e n c i a , la c o d i f i c a c i ó n o s i s t e m a t i z a c i ó n d e l a s

s e ñ a l e s f ó n i c a s i m p l i c a d a s .

4.4.3- S u g e r e n c i a s f ó n i c a s d e í n d o l e o p o s i t i v a .

E n la e t a p a p r e l i n g ü í s t i c a o d e b a l b u c e o e l h o m b r e d i s p o n e d e

s e c u e n c i a s i t e r a t i v a s q u e p e r m i t e n u n a d i f e r e n c i a c i ó n e x t e r n a . P o r e j e m ­

p l o , c a b e d i s t i n g u i r papapapa d e tatatata o mamamama d e papapapa.

P o r o t r a p a r t e , e l h o m b r e p r i m i t i v o d e b i ó d e c o n t a r e n la e t a p a p r e ­

l i n g ü í s t i c a o d e b a l b u c e o c o n n o c i o n e s p r ó x i m a s y c o n t r a p u e s t a s ,

s i g u i e n d o p r i n c i p i o s d e la m e n t e h u m a n a b a s a d o s e n la s i m e t r í a y la

b i p o l a r i d a d .

A s í , p u e s , s e h a p r o d u c i d o e n la e t a p a p r e l i n g ü í s t i c a u n a d i f e r e n ­

c i a c i ó n d e e m i s i o n e s f ó n i c a s y u n a d e l i m i t a c i ó n d e n o c i o n e s . S i n e m b a r ­

g o , t a l e s e m i s i o n e s f ó n i c a s y t a l e s n o c i o n e s c o n s t i t u y e n á m b i t o s e s c i n ­

d i d o s d u r a n t e la e t a p a p r e l i n g ü í s t i c a .

E s p o s i b l e q u e a n t e s d e a c c e d e r a la c o m u n i c a c i ó n o r a l , q u e i m p l i ­

c a e l e n l a c e d e e m i s i o n e s f ó n i c a s y n o c i o n e s , e l h o m b r e p r i m i t i v o t r a n s ­

m i t i e r a l a s n o c i o n e s m e d i a n t e m a n i f e s t a c i o n e s c o r p o r a l e s c o m o a c c i o ­

n e s , g e s t o s , e t c . D e e s t a m a n e r a a s i s t i m o s a la i n c o r p o r a c i ó n d e la r e l a ­

c i ó n s i g n i f i c a t i v a o c o n e x i ó n d e u n s i g n i f i c a n t e c o n u n s i g n i f i c a d o .

P r e v i s i b l e m e n t e s e c r e a r o n s i t u a c i o n e s e n l a s q u e n o f u n c i o n a b a n d e

m a n e r a a d e c u a d a l o s e l e m e n t o s v i s u a l e s r e s p o n s a b l e s d e la t r a n s m i s i ó n

n o c i o n a l . P o r e j e m p l o , la l l u v i a , la o s c u r i d a d , la n a t u r a l e z a d e l t e r r e n o o

d e la c u e v a , la d i s t a n c i a , la p o s i c i ó n c o r p o r a l i m p u e s t a p o r la c a z a o p o r

a l g u n a o t r a a c t i v i d a d , e t c .

A n t e e s t a s s i t u a c i o n e s o p u e s t a s a la t r a n s m i s i ó n v i s u a l d e c i e r t a s

n o c i o n e s , e l h o m b r e p r i m i t i v o s i n t i ó la n e c e s i d a d d e r e c u r r i r a la t r a n s ­

m i s i ó n f ó n i c a . E l l o i m p l i c a e l e n l a c e d e e m i s i o n e s f ó n i c a s d i f e r e n c i a d a s

y n o c i o n e s c o n t r a p u e s t a s , c o n e x i ó n p r o d u c i d a e n e l e s t a d i o g e r m i n a l d e l

h o m b r e p r i m i t i v o . D o s u n i v e r s o s h a s t a a h o r a e s c i n d i d o s - e m i s i o n e s f ó n i ­

c a s y n o c i o n e s - s e p o n e n e n c o n t a c t o a t r a v é s d e s e c t o r e s d e l i m i t a d o s

d e u n o y o t r o á m b i t o .

P o r e j e m p l o , e l h o m b r e p r i m i t i v o c o n s i g u e , d e u n a p a r t e , la d i f e ­

r e n c i a c i ó n e x t e r n a d e d o s e m i s i o n e s f ó n i c a s c u a l e s q u i e r a , a la m a n e r a

d e ma y pa ( o pa y ta), y , d e o t r a , la d i s c r i m i n a c i ó n d e d o s n o c i o n e s ,

c o m o ' m a d r e ' y ' p a d r e ' ( u o t r a s n o c i o n e s c o n t r a p u e s t a s ) . Si e l h o m b r e

p r i m i t i v o q u i e r e u t i l i z a r e s a s e m i s i o n e s f ó n i c a s p a r a a l u d i r a t a l e s n o c i o -

894

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

895

nes , surge el problema de la distribución o correspondencia concreta. Realmente só lo d i spone de dos posibil idades:

1) ma c o n 'madre' pa c o n 'padre'

2) ma c o n 'padre' pa c o n 'madre'

Ahora e s c u a n d o actúa la sugerencia fónica de carácter relativo o comparativo. Se asociaría mejor ma c o n 'madre' a través de las acc iones de mamar o besar, pues tanto una c o m o otra comportan movimiento de los labios y frecuente nasal ización 5 . Además , pa p u e d e conectarse c o n 'padre' merced a la dureza o la contundencia de la emis ión fónica.

Más aún, sería suficiente la correspondencia de ma y 'madre' para que pa deba asociarse c o n 'padre' ( o a la inversa), ya que se busca sim­p lemente una contraposic ión fónica y nocional .

Cabe acceder a una estructura semasio lógica e n cuanto q u e la madre inspira tranquilidad o relajación y el padre, agresividad, peligro, guerra o caza.

Por otra parte, e n un sistema que comprendiera pa y ta, la primera emis ión fónica permite la c o n e x i ó n c o n un 'ruido grande' (por ejemplo, el trueno) y ta c o n u n 'ruido más p e q u e ñ o ' ( c o m o el producido por el movimiento de u n animal).

Ya h e m o s señalado que la sugerencia fónica p u e d e generar estruc­turas semasiológicas , e n principio pol isémicas. C o m o la c o n e x i ó n de los significados e s débil y se limita a un rasgo más bien general, una e s p e ­cie de clasificador, la pol isemia se resolverá c o n el t i empo e n h o m o n i -mia. O b t e n e m o s así d o s resultados positivos:

l 2 ) fundamentación de la relación significativa. 2 S ) transmisión de contenidos pertenecientes a sectores diversos de

la realidad.

Quizá sea ilustrativo establecer de manera esquemática los puntos fundamentales del proceso marcado por la sugerencia fónica. N o se trata de una ordenación cronológica absolutamente rigurosa, de suerte que

5. Emilio Alarcos relega m a a la etapa prelingüística o de balbuceo y no acepta su presencia en el sistema inicial del niño ("La adquisición del lenguaje por el niño" en Tratado del lenguaje, 3, Buenos Aires, Nueva visión ( 1 9 7 6 ) , p . 22 .

FERNANDO MILLÁN CHÍVETE

algunos pasos pueden aparecer de manera simultánea o invert ida, por

ejemplo, l os pasos p r imero y segundo. H e aquí los h i tos básicos:

l s ) el hombre p r im i t i vo d ispone de dos nociones contrapuestas.

2 2 ) el hombre p r im i t i vo dispone de dos emis iones fónicas di feren­

ciadas.

3 S ) el hombre p r im i t i vo recurre a la sugerencia fónica para conectar

las dos emis iones fónicas con las dos nociones contrapuestas.

4 Q ) se crean estructuras semasiológicas, dotadas de una pol isemia

débi l , que se resuelve en homonimia .

5. C O N C L U S I O N E S

5.1 . La l ingüíst ica infant i l n o s ha ofrecido u n acceso verdaderamen­

te l ingüís t ico al or igen del lenguaje humano.

5.2. Aporto t res l íneas comunicativas extraídas de la l ingüíst ica infan­

t i l que pueden explicar el or igen del lenguaje: las secuencias iterativas,

la perfección imitativa de las onomatopeyas y el estadio germinal .

5.3- Las secuencias iterativas impl icarían una incidencia más bien

l imitada en la comunicación del hombre p r im i t i vo atendiendo a s u lon ­

gi tud excesiva, que las hace antieconómicas.

5.4. La perfección imitativa de las onomatopeyas consti tuye u n pro­

greso evidente en la imitación de ru idos externos, a la vez que just i f ica

ampliamente la relación signif icativa (o relación de u n signif icante y u n

signif icado).

5.5. Las señales fónicas basadas en la perfección imitativa de las

onomatopeyas nos remiten al doble referente de la relación natural y

e l lo impl ica u n fuerte condicionamiento externo, que impide la codif i­

cación o sistematización de signif icantes y signi f icados.

5.6. L o s signif icantes de las mencionadas señales fónicas presentan

una ser ie de características interrelacionadas: complejidad fónica, núme­

ro reducido de signif icantes en proporc ión a la complejidad fónica, acu­

sada singular idad, bloque fónico y rechazo de la conmutación parcial.

5.7. Recurro, pues, a una doble caracterización negativa de l os s i g ­

nif icantes inscr i tos en la fórmula de la perfección imitativa:

- no ha surg ido la segunda articulación en cuanto que el s igni f ican­

te no es d iv is ib le en fonemas o unidades sucesivas pert inentes.

896

LINGÜÍSTICA INFANTIL Y ORIGEN DEL LENGUAJE

- la pe r fecc ión imitativa n o cons t i tuye la vía a d e c u a d a q u e posibi l i ­te e n u n futuro la g é n e s i s d e la s e g u n d a ar t iculación, p u e s ni s iquiera d e t e c t a m o s u n e l e m e n t o p e r t i n e n t e e n c a d a signif icante.

5.8. En la cons t i tuc ión d e u n a d e es tas s eña l e s fónicas ( o n o m a t o p e -yas carac te r izadas p o r la pe r fecc ión imitativa) se e l ige el s ignif icado d e n ­t ro de l m a r c o of rec ido p o r su referente : el re fe ren te a p o r t a u n a ser ie d e pos ib i l idades , d e las cua les el s ignif icado ex t r ae u n a o var ias , p e r o sin s o b r e p a s a r e sas pos ib i l i dades .

5.9- C o n las s eña l e s fónicas p r o p i a s d e la pe r fecc ión imitativa y a t en ­d i e n d o al e s c a s o m a r g e n d e var iac ión ya m e n c i o n a d o , e s p o s i b l e acce ­d e r a la po l i semia ( u n significante d o t a d o d e var ios s ignif icados q u e c o m p a r t e n u n o o var ios r a sgos c o m u n e s ) , n o a la h o m o n i m i a ( u n signi­ficante d o t a d o d e var ios s ignif icados t o t a lmen te dis t in tos) .

5 .10. El fuerte c o n d i c i o n a m i e n t o e x t e r n o r e p r e s e n t a u n o b s t á c u l o p a r a la o rgan i zac ión d e los s ignif icados e n s i s temas c o m o los c a m p o s s e m á n t i c o s y pa ra la a d a p t a c i ó n d e los s ignif icados a las n e c e s i d a d e s comun ica t i va s d e u n d e t e r m i n a d o g r u p o h u m a n o .

5 . 1 1 . El h o m b r e pr imi t ivo p u d o lograr u n a c o m u n i c a c i ó n oral h u m a ­n a a par t i r d e las s e c u e n c i a s i terativas o d e la pe r fecc ión imitativa p r o ­p ia d e las o n o m a t o p e y a s . N o obs t an t e , el s o p o r t e i d ó n e o pa ra la codifi­cac ión o s i s temat izac ión d e la c o m u n i c a c i ó n oral h u m a n a lo of rece u n a vía similar a la r e p r e s e n t a d a p o r el e s t ad io ge rmina l de l n iño .

5 .12 . El e s t ad io ge rmina l se caracter iza p o r la s impl ic idad fónica y la í n d o l e opos i t iva d e los significantes.

5.13- La s impl ic idad fcinica se apl ica al i nven ta r io y a la c o m b i n a t o ­ria, t an to d e s d e u n a pe r spec t iva fonética c o m o fonológica .

5.14. C a b e dis t inguir e n las s e c u e n c i a s fónicas e l e m e n t o s p e r t i n e n ­tes , q u e p r o d u c e n diferencias d e signif icado, y e l e m e n t o s n o p e r t i n e n ­tes , q u e n o p r o d u c e n di ferencias d e s ignif icado, c o m o la voca l d e a p o y o ( e l e m e n t o ob l iga tor io n o p e r t i n e n t e ) o la a n t e p o s i c i ó n d e la voca l a y la d u p l i c a c i ó n si lábica ( e l e m e n t o s po tes ta t ivos n o pe r t i nen t e s ) .

5-15. Cada signif icante só lo c o m p o r t a u n e l e m e n t o p e r t i n e n t e , q u e co inc ide c o n la c o n s o n a n t e . Tal da to , a c o r d e c o n la s impl ic idad fono ló ­gica, impl ica la o p o s i c i ó n d e los e l e m e n t o s pe r t i nen t e s a par t i r d e u n n ú m e r o l imi tadís imo d e significantes.

5 .16 La j e ra rqu izac ión d e los e l e m e n t o s e n p e r t i n e n t e s y n o per t i ­n e n t e s , la o p o s i c i ó n d e los e l e m e n t o s p e r t i n e n t e s y la de l imi tac ión d e u n

897

FERNANDO MILLÁN CHIVITE

elemento pertinente en cada signif icante configuran u n estadio l i ngü ís t i ­

co (el germinal ) procl ive a la génesis de la segunda articulación.

Bastará con añadir al signif icante u n elemento pertinente por seman-

t ización de antiguas variantes o creación de u n subsis tema vocálico para

que sur ja la segunda articulación, génesis que se cumpl i rá en una etapa

poster ior a la del estadio germinal .

5.17. E n contraposición con la fó rmula de la perfección imitativa, l os

signif icados del estadio germinal relajan s u conexión con el referente, se

aplican a múl t ip les realidades y comportan u n número reducido de ras­

gos, pues funcionan dentro de una relación oposit iva.

5.18. La relación signif icativa, que enlaza el signif icante con el s i g ­

nif icado, presenta en el estadio germinal dos características fundamen­

tales: la versati l idad y la ampl i tud comunicativa.

La versati l idad permite que el signif icante de una señal fónica incor­

pore cualquier contenido y así se produce una adaptación perfecta a las

necesidades comunicativas de u n grupo humano.

La ampl i tud comunicativa logra t ransmi t i r numerosos contenidos

con u n número l imitado de signif icantes merced a la homonimia , que

está en la base de las estructuras semasiológicas típicas del estadio ger­

minal .

5.19. Con las v ías de acceso a la relación signif icativa en el estadio germinal del hombre pr im i t i vo , he intentado compaginar dos aspectos: por una parte, fundamentar o just i f icar la relación signif icativa, es decir, que u n determinado signif icante se asocie con u n determinado s ign i f i ­cado; por otra, salvaguardar una comunicación oral humana económica y sistemática, procl ive a la génesis de la segunda articulación.

5.20. E n cualquiera de las tres vías (onomatopeyas senci l las, func ión expresiva o apelativa y sugerencias fónicas de índole oposi t iva) la s o l u ­ción coincide al parecer con el s igno motivado y no con el icónico de la perfección imitativa.

898