(impress o de fotografia de p gina...

15
BRASIL-PORTUGAL 1 UE ABRIL DE 1 905 149 TRES FAINHAS Clld1f U<!9ollct. NO PAÇO DE CINTRA Rainha Alexandra-- Rainha Maria A melia - Rainha Maria Pia

Upload: others

Post on 22-Jun-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL-PORTUGAL

1 UE ABRIL DE 1905 ~-" 149

TRES FAINHAS

Clld1f U<!9ollct. NO PAÇO DE CINTRA

Rainha Alexandra--Rainha Maria Amelia- Rainha Maria Pia

Page 2: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

RRASll .- f'ORTUGAL

Visitas régias

ltgune dias deeorridOil om monot1 do duaa eem&nas tlc.arlo a a.15signalar duranto soouloa a hietoria p-0r· Lugucia d'cste Le1npo. A rialnhr.. do Inglaterra, lm-11oratrlz das lndia.a o o lm1>orador dtt /\ llemanhtl, roi da Prus&la, •ierA1n com a. aua. presença abrir

um largo horisonte na pohtJc.a int.ernac1onal o honra.r de uma forma eloquente a sociedade portugueza.. Por entre f61i.a1 e 01'&Q(>ca em que roram aobrepujadu a_1nda aa ma· nafOILaQÔM offidAea pelu a ccJa.maoGff popularea. recebeu l..i"boa. oom um iut.er•allo de poucos dlu. a graefosa., ge.n· ui e pode"*' aob<!ran~ do maior amperio l<!rrit<>rial do mundo o a figura •uggee:u,,a e dominadora, ji qaaat a wcar aa niu Ja lenda, do imperador Guilherme li. çbefo da mala oxtr1ordJn1na poten ·u\ tnllu.ar da Burop11. \T1era1n om o outro lançar n'uma. p'ha•e no•a a •ida portugueza, como ao fofhJe noce1!usaria. a demon.at.ta(liO de que o pala do• naveaadl'lrcf'I, como Vaeco dll Cl11mA. o doa conquit5t.11do­t e1, co1no Arfonso d'Albuquorqno, ainda. Linha pOso na ba­Jan(IA ouropGa. o era um foot.or t.ào lm1>orLant.e par11 o detonvol•lmonto da civllis119ào modorna como o rõra, ha alguns contenare1 de annos. para. dilatar o mundo e pro· pagar 1>0r t.Odo ello o a be.nço:..do rructo das eua& aventura.a. doe Nua herolamoe, o geniu e a arando11 da eua r..ça.

.Vo (/;a tia cMqndn f'.!:!-.'J· l lf!O,J) A /la11•hil /). J•tlia UJ'l«Ottdo a lit11Hha .AltJ'fH1dra no Cou thrt Col .. ~Nát

A •111ta da qraciou. sober tna coroou mara'filhosameoWt a Yialta de &JuarJo \'li e ú aeclamaçõa. e ••,.,....,.,, com que, 05 seia ma· lhõea da ha.bh.antea da cap1t.sl de lnataterra aaudaram e 1colho· ram a• preaenç~ do rei e da rainha cfe l'Ortugal. eorreeponder:im, como um ecco Cest.tvo e eonoro oa llurtdAI e as acelamaç.ôea com

C1Jd .••• LI"' Xo ea..""' co1 ....... - o Purilla4o ' ""

quo a popula ç.lo do Liabon reub<!u a rainha da Orl-Brot.1nlt1L So a lguem Ute886 poato em dutlda a oatabibdade e o talar da aJhança entre aa doa.e 03QÕe8, a pen ultJma Mmana decorrida.. trufa a prova real a prow-a eloquentlastma de que eaaa. alliança eata•a para t.Odo o eempro radicada noe cora~ o noe eapirltos e qoe' uma garan-

t.Ja. sem do-vida •uperlor 4quella que ae pode exi glr a todas as chancellariaa. Foram palmas expontaneaa, foram J1wrrcJi.i sinceroe. toram viva.a conscientes. foi enthoel a~mo una.olmo o que 1:11.iu do todaa aa mãoa e do t.odos os l:abloa Qu•ndo pel•R ru~a do LlsM• pusav& sobre montões de tiorea, tJob uma chuva da camoliaa o dB vio1et.n8 o. 08f>OfU\ de Eduardo Vi l. 1•011.a bocu daa espingarda.a o dotJ c•­nhõea. pelos t.ur ·rnhl doe marinbeirOll trepado& d.a vergas, pe.lo brilho metatllco o rerulgent.e daa eapadu do n ol&O exercito deaembainhadaa om continencl& '- p&MA@Ofn do régio cortejo, pe_lu farda.a oetentoaas o condecoraQ6el om ub1biçào, pelu pompu da recepçlo real. res ... ~udo qua.nlo 86 podia omclalmento fazer para. orflc.l•lmento ae authentica.r eaa a.lllança* Mia t-udo l.MO seria do.wotloeo o nullo se nlo •l&eee mala uma vez a alma popular 1anc · c1onal·a com a 1ua approvaçào eapontanea, offuti'f a, de· lirante, e. o que t1 mo.ia. cordeaHsslma. Quando ao ver, de1lumbr1d111 noa pltt.ore.scoa jardins da Pena, maealçoa do c.11.mellaa btAncaa. a. graclo• a rainha comp~rou a br11incura d"eliae á •lma candlda do nosso povo, tevo • noçAo een· tida da verdado quo a natureza lhe offe.reccu num dos sous mola encant:.adore• ••pecloa. E' quo o po~o portu­JlUO:z que vira 01n Bdu•rdo VU a pereonalleaçlo da. bon· dade, realçada • inda pelo• apanagioo da $randou social, oompreheodera o aent.lra que. d~a.nt.e da r&.anha Alexandra. esta•& em preaenoa daa virtudes maia aubllmadas, daa qaa.lidadea mal• nobre&, doe altribut0• maia auuealJv01 e beltoe da Mulher. B na aaa nati•a e mara'filhoea inLul· çi.o, eomprehendott de relance que all1adoa d'eeta nature· %&, tão racoa de prendai de caracter e de Yirtudea mor1ea ma is eram para amar do que para temer. E1n u1n n1v·

Page 3: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL-PORT UGÃL 6;

meni.o rundiu o con.aubatanclou n'essa..a duu eympalhlcas lndl•l­du.ahdaJea a. tnalatorra inteira, com toda a ena força, com todo o seu podo rio. Em um momento ae aentl u honrado, fortalecido o en va.ldado com 1\ alllo.noa.. Dhdl\1n lhl) oa polilicos o os diplom1t.t.38 que. ena era um auxllla.r da nossa rorQa, um ea.cudo i nossa at.>bO· ra.ntt... um.a. gar&nt.la da oo•a independoncia.. BeaH.ou a principio em ac,..cht..at--o por lhe parecer que ora a•ieo prudente a fabula do lobo e do cordeiro. Recordata·ae bem do que em um momento bhn.orlco, talvez do just.iflcado mau 'humor que clrcumstanclaa do dlvol'till nllturexa tinha1n prepara<lo, lan'ç.a.ra. urn grito do ta·

dvolt..A. o de protesto cont.ra o que julgara. acr u1na. u.aurp1çlo 1 naçào alhada porque era a ma.ia fort.6. Mu quinze anno1 d6-

corroram e durante e-lles raroe dias ee- paM&ram a.em que a ln glaterra. a torle, a grande, a poderosa dohc:asse do eecolher o on· sajo Ptlta uma at.lenç.ào, pllr& umt\ cortC-J1in., pa.ra uml'l gentlle~"· Era clla., entro todas AfS naçõoa do. Europa, a que 1101t diet.ln"uia, tL qoe noe levanta••, aqueUa. quo reha blllt.a•• o noaeo credito B como ao t.antu demonst.r1Q661 nlo b:ut.UM-m de.ade • ratlftcaçlo dos tratados até um tratado de arbitragem, a •iaita a Portug-al do rei e agor& da raínha. da GrA·Bretaaha, por completo dissipava LOdrus "'duvidas, cetroitavtt. t.odos os l llÇOfJ e fundia t.odoa os cora.· çõea. O'ahi o acolhimento IOl!lt.ivo. o acolhlmont.o CArlnhoso, doll· rant.e, de uma população inteira. d'ahl oeae dflie•do MOnt.imenlo da ld.H,Jadt que deixou em t.OdOI os port-uguo&es a rainha Alexan· dra..

• • Foi a primeira ye_s quo Portugal rocebeu a vhuta de um cheío

da naçlo alleml. B a ProYldonc1a daa n&QÕM poqueou. maa glo· riosaa, de tal modo roi para nós prodiga do geoero1ndade que noa deparou n'oate momento aquollo em euJit. cal>eçtl coro:tda, ee 01 tenttt. O d1adema. do l-Ocl3S 0.8 Brl\ndoza.s. do toda.S att.jofa1', dO tOdfl,_ 11 scintl11ações do esplrito humano.

Nlo aponta a hiei.oria nenhum outro chefe do &st.ado que na •ua penona..h<lade conalobe tamanho numero do predi· cados e aptidões.

Qutt.1quer l,11do por onde 80 observe o aprecie !l comploxlL individualidade do 1tobet11n0' 111lomi\o, dei· X:a.. ou dealumhrament.os no olha.r. ou port.urbaçõoa no eaplnto E' que eate bomom ainda. tnOQO teve a extraordin~ria Yl•ào de que na 'ºª peraona!idade 81! devi& co11J1ub8l4nciar um di• • Allomanha. a Alio· manh11. inteira, A Altcmn.nhl\ qoo est.u.da. " Aliem&· nha quo pensa. a Allcmanha. que &ente, a Allemanht\ que combata, a Allemanba quo crê. a Allomanba que domina, a A1lt1mauha qoe tra.balha. a AUema· nha que in•enta 81 na poae do ma.ado, no apo~ou da h1orarchia mageet.auca.. ell o, emioat10 do riéo, e nviado do DeufJ senhor da Allomnnha a doaOobrar por todo o Jmper10 a paamosa actlvldt\dO do eeu cerebro. E11 o a re.tundir rellglõea.. a comm~ndar ~ercltoa. a e&erewer ~metoe, a oru:ntar art1atu. a r~zer are.e. pintora, eaculptura. musi ca. maestro o hbret.lata, escript.or correeto e orador conaummado. impuls ionador de to<lu aa lndubtrtaa., amigo de to· doe oa eabtos, educador por oxeeUeucia, chore de f~· tnilia exempla.rieaimo e. acima de todo. raundo paa· rar eobre a preoccupação domlnant. de engrande· cor cada vez ma.la o exercito da. Allemanba. ~ de rivft.1h1ar um dia, om bre·ve. com o pod erio m1r1t.1mo da. Ingla.t.orra, o pensamento absorven.t.e innabala!el de ma.nt.er & pu. Para o quebrar, para contra.nar eaea conar..ant.e prof.a.pnda e6 a hfpõtheeo de uma graH lrúona ' AI emanba poden. moHl·o. Se o não rol devia ter •Ido creada por elte a phraae con· &Agra.da: tlldW.• VC'IH~l•I

•Si •is p:u:em, p'ra. bellam., Ora lodo eete nucJfo de ~pantosas qualidades. abra.nge.ndo to·

da.s u que v-io dll YOotade energ1ca e Imperiosa ú da ma.is vaet.a hnollcctualidade. t.odo e.ate •~1nbro de auctoritar1an10 ode ph1t.n· t.aala, do eeneibllldl).de artlAtiCul o do Poder dornlnAt.ivo, aio do ao· bojo oonh•cidOll em Portugal doado que Guilherme li e<>meçou P•· los a.eua .ctoa a aaeombrar a Ku.ropa e o mundo. D'ahl a lmpreulo enorme que caU.IOu entro nóa a primeira noticia da ao.a. '91nd.a a Lisboa A primeira ldé:l que todos nds Li•emos é que era rale& e que lllgum bl tufiu:tir do bom Q08LO ae divertll\ a myatlllear nos. Pa· reci&·D08 que. Portugal ora pequeno de malfJ para contor vulto LAO grande, maa a pouco Lrecho o bus.to oonflrmoo·so o pelas 3 horaa preel .... do dia 27 do mea: puaado, entra•a a barra de l.Jeboa. eA· coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1 em ptf;· so:l "quul rabulou Ugura de Guilherme d1t. t\llemanh3..

Honnlntlo·o poli\ rormii ao Jnosmo tornpo grandio8a. o emoclO· nant.e com Qi:DO IA1boa. roeebou o Imperador l\ cidado dignificou 110 e traduxiu na sua ju!lta medida o ae.nur nacional

Guilherme 11 do•e ter a eata hora a certoz.a do que. a pez.ar dt. pequenez territorial, 6 g:rande o pa1a que comprebende u grande' coistut, acolhe •·om enthuaiasmo os grandoe homens o cheio de 11· pir~çõoa vo.at.á.11 o jut1t.a3 ca1ninhn. para un\ ldoal.

roUt.icamente alliadofl com a lnglat.erra oã.o 6 por lsao menoa util u1na leal oooperaçi.o do affectoe o do 1nt.ereMM com a Alie. manha B a.e alcum n.criftelo a naçlo tlYesso que fu.er para acolher grandioumeote o Imperador da Allemanba achana co1n· pensnollo de eobejo nu palavras soblimea por elle proreridas na Socicd&do do Goographia. do 1.laboa. quo vlorn..m radic.llr un10. velha amle.ade e a brir talve.t uma. esperança no futuro co1onla.1 de l'or· tugat

O Qllrro que no8 conduz nlt\ÍI ra.pidllmonto :1 eclchrldnde- 6 o earro runerario.

Jl&RLJOZ.

Page 4: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

G L1ilhe rme II

Imperador d& Allemanha e Rei da Prussia

Page 5: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

REAL FAÇO DA AJUDA

-~~ -i ::r:?.~ ·'·· - -~· .~ ~ r ·:":I' ~r ~j\·1z-,.. . ' : , r~ ~t. ~

~~{ ... ~; ''-, \~'~ ! . ~i~•i f: ~ .,)# ''k:.11 '~ .,;~ '~ -::. .. ::~.; ·\~ ;ii!: 11' ~

.. ~ ·;.!,~'' ·· ~-; t . 1\ ... . ·~. ~~~ ~~.-1. , '\' \' .");. Jl\.~ ... ~--. -'"9 ~rt JT• 7 •

~ ,.~ lf \,, !~t t\:

" \ ...

Cll••ê neuoll•I. Salão em que se real isaram os concer tos dados em honra da Rainha Alexandra e do Imperador Guilherme li , em 22-3-905

Page 6: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL- PORTUGAL

Politica internacional

E xacla.mento quando esu.'famoa a concluir a n088a. r&'f lllLO. nnt.erior cheJt11•11m a. J. .. ieboa. u prlmofta8 notícia& do nr.na. grande bau.lh•. que se eet.1•11. rerindo ao eul de )lukden, • que pelo de.en•olvimenw que ia toma.ndo pa_recla do­

"Yer aer a ba.Wha declalta da guerra actua1. Os telearammu.. quo chegaYam, datam a fmpreealo que tradu

alamoa naa aegu1ntea pals•ras, quo d'easa. re•iata. trat\8CreYemoe : 'No momento de terrninar eate attlgo chogo.·nos n noticll.\., por

ora aind11 Incompleta do um grando dei,.a.t:ttre ru"''º na Mandchurla.. Se silo verdadeiros oa pormenore& quo o Lelegrapho nos tra.nemlt.· IAS, trat..a ae nlo já de uma. derrot.a mai1 ou menoa gra•e do exer·

. . ............ ...,.,. ___ ~ t·lll'lll11 •l"A• 1.1 .. P..

No 1"t"riro do l '11co. AJlii'raNtU rlt 1ttt1ri1Uu1

cl&.o de Karop.attin1 como u de Liau Yang e Shaho. ma.e de uma cataetropho m11it.ar aem precedentea n& hl•tA>ria. Falll·&e na. Loma.da do quasl toda. a arti.Hbor ln. ao11 rosaoa, em dcienas do mllh:t.rea do priaionelrofl íeiL08 pelot jaJ)Onezefl. Om C0fl?'08 ln· teiroa do oxerc1to moecoYl\.ll. cereadot o obr1g•d01 a capnularem, n•o.ma debandada completa da.a UO· paa que defond1am llukden .. na tomada. d'eata CI· dado pelo ma..,cbal 07ama, om perdoe colloe,..e1 do gente 1obretudo no exerci to de Kuropatkin, 9ue, " e.er verdade o que ae 11genoias nos ditem, se dl•· eolveo, nonUn11ando na poneguiçlo doa ullimoa roe· t.os d'ello u tropaa •ittorloaaa do Mikado O que ha de e.xagor1ç10 em Lodo lato? B' o que dentro em J>O•DO •• aabonl. Por multo quo "tlY01eemoe l' habltuadoe U conetant.01 • ictoriu doe japooezea o '8 nlo mono• conet..anr..ea d&rrot.as rus81U1, é do tal modo extraordinario, quui incrh101, o que a ree· peito da ultima bat.alba H rola.La, que oaperamOA a conflrmaçlo doe primeirot teJegrammu, por ora bul.&DtO nonfuaos o nootradletorioe. Que Yokdon caiu emlpoder doe japonoiea olo ha du•lda;queoe ruaS(IB por consequenci~ eotrreram um sra t e retez

t

('Udu\ p ,.,._Hrl

militar, 6 h.mbem oorl.o. Maa a04umla eat.e rovoz as proJ>Orçôea da tremenda eatastrophe de que oa tolegrammu nos falam?,

Dentro em J>OUDO se aah<>rL

• O quo ei,tá. confirmado a t.6 ngora d'eata ao rio de notln.8 eonsa·

cionaoe a res.,clt.0 da ultima bo.Lalha? Qu&31 t.udo, intolfzmonte para oe ruaaoa. Nlo aó tJuk:den cahiu em podar doa japonezos. mas t.ambem T1en·L1ng. grande praça fortificada para. onde oa restoe do extircilO do Kuropatkin ae Unham retirado, e oodo eotrrtram no•a derrota. deixando em poder do 101m1go numeroso• pr11ione1·

ros, lnea1cula•el qoanlldade de munlçôea o "esaent.aca.nhõea. Além d'is.o a peraegu1çào continua ainda. esíore•ndo se a.e: tropa1 rus· sas., que se podera.m salvar da. cata&tropho, por a.tting1r Kh&rbin pa.ra. ondo se dirlga1n, mae que provavclmento nlo podcrAo ntcan· çar por íalta de 1nant.1mentos e muniçõea. Mes1no que a 1lcance1n, porém, aer4 para 1111 aoccumblrem, porque •• Lropaa japone&ae, muu.o maia nomeroeu e an1madaa além d'tuo pela .,ictoria, um­bem para 1'- ao d1rlgom e pelo que ee •6 nào eatio dispoatae a det· xar um momento do repouso aoe vencidos, at4 que Mteaae tenibam a.t4 ao u1Limo eubmetttdo ou delx11do anlquil~r. Oo modo que por este 11.do não ennn aa pri moiru notici1u1' c.xag:cradas. Boro pelo c.ontrarlo 1 Tambe1n o que a.t.é ascora eo sabe a re1peit.o du peird•a

do exercito ru&&O confirma. se nlo excede.o quo de.de o pnmelro momento ao cont0u M11:a de cincoenLR. mil pruuonelroa e perto do cem míl enlre mortoa •reridos. além do abl\ndono de uns qainhentoa canhõee,conforme as proprlas noticlu do S. PetorabufgO, o do comboios inteiro• e deposito• do muniçGu o do viveree dizem bem o quo roi e.ate deuatre sem par na hifJ\.Orla, de aastre ao lado do qual •• derrotu dos Cranuaa. em 1870. Incluindo o proprio Sédan, parecem simp1ea bnn· quedo1t do crianç••·

• •

Ha aoltretud':o doi1 factos que, melhor do que qu1.e. quer comment.arlOI ou de.BCt1ptóea. põem em relo•o toda a lmport.ancl& ealrataglC!l o moral da batalha.

l'trttulortl da Cumaru HtUlticiptd 110 r ffftiro d(J f\;ro

Page 7: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL- PORTUGAL 71

perdidA polos ru•eo•. e.i.., i&Ct.o6 ell.o - a roLtr&da 1>ara Kharbtn, o 1. demlulo de Kuropatkln do seu poato de generahMimo.

A fflUrada para Kbarbin põe a claro o estado do en!ra­queoiment.o do exercito ruBSo, o qu•l dopol• de tor perdido aucce-aeiva1nentc lJukden e T1enhn;:, como baae do ope· r.açlleo, .., •O obrigado a re­

.tirar psra os confln• da Ma.n· dchur1a. eob a encarniçada. per15egulção dos J"f~onczee, que nào cessa. Par& que la) reau1L&do rosse pONivel, era. iod1epenaa•el nio e6 que os rossoe d•euem perdfdo aba­talha. m1.1 tambern que oa reatos do exercito do l\.uro­po.tkin do t.a1 maneira licu· e.em deet.roçados, que de1.xa$­t.em de Bt!t uma ame.iça para os japonezes. Só a81lm tre explica o ardor com que Oyamn. vae internando em d1rec9ào 110 norte o ijOU oxer­cito. ollo do ordinnrlo tào pru­dente., que me3mO depoi11 du espJend1du •ictoriu do Lrao· \"ang e do Ch•·Ho, renunciou por exeeMo de precaução á persegulçllo do oxorcfto der· rotado. I~' porquo d'eetl\ "'ºz o exorclt.o ruuo dll Mandcbu-ria deixou virtaalmenLO de extsur Nlo sa tr•t.a de uma. reur.da que. depo11 do deautre, o •a.e lo••ndo a aio o aalvo para 'J)Cht1ç.;ea mata aeguru. Eal.4.-te em preaenoa de ama debandada, de um '"aa.lve se quem podér,, a que nào põdo põr termo norn 11 eatolc:n. corngem doa pobres 1toldadoe, cuja bra. vura e reaignl\çllo eram dlguas do melhor sorte o do •.• methorofJ chof~. NiQ admira, poltl perant.o oatoe rosult.ado• quo de Toklo digam, conalderar·•• ai como d601al .. a b•talha do Mukden.

. O ao1undo facto a que nos ro(orirnos o quo pôe bem a elato a amport.a.ncía mor11.I da •ietoria ganha pel111 tropas do Mlkado, 6 ª domlA8AO de Kuropalkln de gonora1iseimo do cixarcito di:L Ma.nd­churia.. R' rora de t.ôda a duvida quo oata demlasAo, dlld& l'M!lccamon­te. Qu•ndo a1nd&, póde. d.lz:e.r·Mll a. ba.t.alba não 01t.a•a termlnAda, &ccentlla do modo 1nnega•el a derrot.a do genera.I ru&90. Tirar o commando a.o chero de um exercito •cocido conttltuo sempre deli· beraçào sravel que nlo deve ter tomada um madura pOnderaçào de ~d&11 as circumistanchus. No caao presentoafftgura·se s1mllhanto dehboraqào gra.vis1lm11, pol•s conttoquenci1s quo póde ier pllra o moral dat1 tropas.

Nlo ha dorida quo pelo quo fex e polo quo deixou do !a.ser. o general Kuropatiin nlo 10 mostrou A •lu:ara. do que d'elJe eapera

vam oe 1eua •mlgoa o admiradoroa. Sobretudo a loacçào do quatro mesee deante do Mukden nio to explica fa.cllmen\4, po1a .,., nlo .e acha.•a cun íorÇa bulante para at.ac.ar ou para reeisur de~•• ter-ee retirt.do a tempo, quando o podia ra.aer a ~Ao o salvo, aem l!-er fn· co1nrnodl\do pelo Inimigo. Aln11 1•ur Is~ 1nei\1no que o erro do ee­t..ra.t~gl& 6 tào gravo o tão tnd sculpavol, repugna-nos at.trlboil·o aponlt a lncompetonclL Nlo huert ruôet oooultu, doaoonbe~i· du at6 boja do publico. quo aojam em p1.rt.e responu •eit pela 10.aeQlo de Kurop1tk1n? Teria elle recebido todoe os reforços, que so dnda haverem·lho lido en•11ctoe? Teria. olle lido aa montc»ea do (luo carecia? TerlCL alio tido a liberdade de acçAo lndiapen&&vol pu.ra podor opera.T co1no ontendoaao. ou e.tJta.ria sujolto a prooodor con­formo o ea.nto o a. aaoha quo roccbelJ8e do S. l'otereburgo? rorgun­t.ae do est.aa a. que 16 o faturo poderá. cabaJment..e responder.

B depois ç0mo ae e;11:plica que ha•endo aido demilt.1do de gene-. rahqlmo ptLS&e Kuropatkin a comma.nda.r um corpo do exen:íto, eob •• ordens do 1 ... lntovitch, aeu 1ubord1nado? E' uma. alt'Uaçlo tão singular o uoica, quo difficilment.o encontrarit egual na hitltorll\ mi· lil.nr do qua.lquer outro paiz .. lA uana ve;; o oscrovomoa Jogo no prtn· ciplo d' guerra o com maior con•lcçlo o repet.lmos bojo: aa prin­cipaoa culpas do Kuropatkin nlo alo como general em ohefo. Que

podli. elle etrectl•amente laser com um oxerç1to mil preparado, 1em 08 offocUvoa noco•8tu1ua,com a rmamcnto inrerlor. dependt'lnto em &\>toluto de uma. unica via do commanl1.:1oào, e ouj~lto além d'luo ' oríentaç!o que do S. Pot.eraburgo lhe lmpunh1-m? Qualquer OOlto aeneral om IOU lc>g-at terlll l!luccambido corno elle auccum­blu. A prinolpal reapon83billdnde do l{oropa.tkln noe dosattroa mlllt.aree da. Huaa1a 6 como ntinistro da. guer­ra B' n'e:st.a qualidade que ae 1-uas culpaa nio tem ~mi.saio. Durante os annos, que precederam o t.ctual con· meto com o JApAo. Kurop•lkln rol, como ministro, o chefe eu pre1no do exercito. C4mo Aproveit.cu llAto têm· po? Deixando a.a forçu de t.err& na aNOraant.aaçlo, do que os act.u!\ea do· autree aão o loslco rualudo. Mais ainda., Pouco t.ompo antes da guerra ettahJr foi ello ottlci1dmenY om ins· pec9ào tis fort-Aleza& do Extremo· Oriente.. a Vladlvo1tok e a Porto Ar­t.hur. Depois -.laitou o Japi.o, cateve em Tokio. onde pateC6 qae alruma eousa de•i• ter •fato do qao ahi ee prepar••a. Poia nada viu Na Mand­çhurln. parec·o quo achou tudo 01n or· dom, quando do facto tudo (lll&.ava, como depol• ao averiguou quando u hoelllldades prlnclpiaram. Por oulro lado no Japão continuou a •er ape­nu oe ridiculoa macaco&, do que 10 r1am oa seus compatriot.a11. E tio completa era " roapoito dl\ su)lerlorl· dado mHitt.r da Huaaia a eua con,Jc. çlo, qae ao tomar o commando do

Page 8: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

RRASIL- PORTUGAL

--Ullf'l!t1 H..-11n4J,.j ,

figuras) trndo no prímriro plano toda a família ... 1 POrtuguua •• Rainh• Alr­x:indrn. As dcnutls gravuras represcn· tam aspectos do Tejo nos dias d11s eh~ gados dos dois soberanos, coches d• gaba, grupos dt personagens tm evi­dtncl:1. form~turas concjos, tmbarqut e destmbarquc das galeotas, ornnmen· tações de ruas, em resumo tudo quointo

de mais lnttrtss11nte poderio str fixado n11s paginas d'tsta Re\•istn, em que as minudencias de reportagem nlo ttem cobi<I•. O Br""sil·Portugal hmlla·s• o

mencionar quatro datas imponantts :

Ch<godn da Rainho Alexondr•- 22 de março;

P>rtld• - ~ dr março. Chrg•d• do lmp•rador Guilherm•-

27 de m:uço;

Partida -30 dr março d• t90S.

J{o f.Ueo dct Cú1ttt1. - 0oPult$M• <lt Jligum'rd, Jtai11/ta JJ. 1b,,tlia, Co11<lt18n de S-ti1rJl

oxerciLO da Mandcbu.ria, declarou quo a6 em Tokio, no palacio do Nlkado, aaalgnaria pu

São estu colpu do ministro, que nlo llOube nom organiaat nem preYêr, aa que agora estd expiando o general em cheft, vieti· ma da t1ua. proprfa lmprevidencfa . •.

• • R o qae 't'&O auccede.r ago·ra? 0fft~lalmenl6 dis·H do S. Pet.ers.·

burgo que a ruerra continuar' com novo Y1gor, devendo mobilisar· " um exereíto de e<io <O> homens, que parti ri para. a Mande batia c.om a mia.alo do preparar a de:sforra. Para o logardo gtnerallul mo. vago pela doml1111&0 do Kurop1u.kln e Interina.mente exercido pelo 1tenoral LinievlLch, foi nomeado o GtAn·duque Alex ia t.llkhailov1tcb. A osquadra do almiranta Rojdcuu.vensky r&eebeu ordonJJ confiden· claea o parlio, di&·IO, com dost.!no d0&conhecido1 que no ent.relanto nl.o 6 a caminho da &uropL Poi1 apeur de t.odu eat.u emratica.a a!Orm~ emraucao a\6 de mala para aerl!m ein~r..., com•~ a radtca.t·&e a conYicçlo nlo sd na. Europa. ma.a até na propria Roa· eJa, do que 8e ca.mtnha para a pa.1. A batalha de Makden terminou •lrtualment.e a guerra. O exercito ruMo da Ma.ndchurla eetd. des organiaado o nAo poderá. oppõr·ee nem' toma.da de l\hl\rbin nem ao lnweattmenr.o o porl.ant.o li quod& do Vladivostok. N'ostoa ter­mos para que prolongar umn luct.a, quo por agora. nllo pódo t razer « Ruuia senlo no•o• deaa.alru? A p .. hnpQe·&e como um gra.ndo do•er de huma.nldado e uma iodfe. pen.aa•el medida de aal•açio publica para o impeno do t.t.ar.

CotcBIOt.l&&l PIDROSO.

As nossas gravuras

O Brasi/-Port11/(,1/ consagra todo este numero :Is visit:is a Po1tugal da Rainha. de Inglaterra e do

Imperador da Allrmanho. Põe de pari• todos os 1ssumptos t segue passo a p~5$0 os nossos rtgios

hospedes, reproduzindo pefa gra\'Uto os trechos m:1ls curiosos da. sua estada entre nós, colhfdos e.m Oagrttntc pcl35 objectiv•s dos nossos coll•borndorcs photogro·

phlcos. Abrangr assim o praso d~ 7 dias, d• 22 • 28, • con-

110~1 todos os rui.los • possrios, dudc • ch•pd• da Rainha Alexandra atl aos t-xercicios militares no hyp­podromo de Belem, em honra do Imperador.

Apresento no primeiro pagina um grupo nitldo das

Duran1e uns poucos dias de ftst.a rij:t.,

• cldad•, relorçada POr mais de 80 mil pessoas qut a provinda lh• tn\lou, viveu na nia, em tnagOICli, t$m•gando-s• no •portão, os pho­tographos não dormiram, e o elemento offkl4ll mal teve tempo p:1r11 se engalanar. Uma febre de folia invadiu todos os cerebros e deixou

extenuados todos os corpos. Lisboo. perdeu o seu aspecto a<:vcro, seml·peralta. semi·consclheiro grave, e anlmou~se, riu~ soletrou enlc­vada o \Vtlcomt crauido aos olhos da Imperatriz das lnd1u, e o IVll/kommtn que o substttuíu nos POSIU e nas 1Huminoç6u.

Lisbo• l•t·S• garrida, desfraldou as lnslgnias dos dois palz•s do Norte, enthusiasmou-se, subiu nos telhados e ás arvores, desctu ás

pra(:as para ver, Abriu alas respcitosnmcntc e deu palmas. E scnlprc sorrindo, $Cmpre urbann, :1.companhou os seus hospedes oo c.acs do

embarque, em saudaç6ts que ficado bem pres:a.s n:i memori:1 dos dois principts que a \•isitaram.

Com o ultimo navio que aproou 4 barra, Lisbo3 emudeceu n'um enternecimento de ssud:ide tAlvez, voltou para ver o B.pear dos postes e o arriar dos ga.Jhnrdctcs, e Hcou·se p:u11dn n'umn espcctl.ltlvn triste.

tres Rainhas, e em pagina aberta um bello grupo {49 c11ca1• 81"0011111. ~vo Pueo de Cintra. -Balt1J1a Àlua11dra. e Rainha D. ÂANtlia

Page 9: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL. - PORTUGAi..

Ce1u11HHlliit1 fie nluNutQ.tt dr1 1-;,colfl il1J (.t"tNJilo, ttm11N111ult1tlit 11tl1J et«tltltl. Jtrr10 ('l111N$,

"º dio rl11 1~1rt1du ''" u1;111m

Rccntrav3 nos eixos a vid.3 do trabalho e: das can· ce:irns1 nbrla 4 se o livro do ponto nns nul.as e n:t burocrA 4

eia, 11 provincin 3(Cnftva aos retardados, e horas dtpois

a cidade m:tgtc:t., aind2 com rt$0n1ncias de hymnos

dolenttS e de girandolas, (tdia log:u i \'tlha cid3de

austera. do.s monumentos. pouco conlp:uiveis com lumí· nnrins e foguetes.

a cont.eco aos pertonagens mais evidentes no thcalro: quando so alhoiam da "'iu·t•"''~"~ quo a peça requer, prodoio1n minimo orra.it-0. J\saim 1.08 sot)eranoa, que vi•at.am um pa1a extranho, ra1 um mal unioo o quero· rem adaptar a eua pereon.alidade aoe uoa e OOll\Jmos da. terra que. piaam

O Imperador da Atloma.nha dotembarundu om Lia· boa., voetlndo o unlrormo do coronel do e&vallarla por· t.ugoo1t1., parooo ao oom toda a gont.o, deixa. do eer o sene.rallnhno gcrrnanlco de eap&celo de azaa do a guia, abatrao da sna qualidade de milit.a.r por exeelleocia, tOdo o upeetO qua.i mediaYa.l oor:n que a h.11tona o oa u.oe aUemles nol·o apr~ni..m, e eurg•~noe: um oíflc1alainho de cavallaria, mult.0 eimples, tlo olcga.nle como muitos outroe, d'e$3e& quo tt c•p1tal ao 11001tu· mou a. enconlra.r na Avenida..

Dentro d'e.aae untrorme nouo eonhecldo, Mm en· çanto algum de no•idade para oa 00&50* olho.. crea·

E' d'essii cidade fc-trica dos di3.S p3.ss:tdos que o

Bra.sil·Portug~1J reproduz notns gravadas o que apc­

nns fahrun O$ jorros do nosso sol do prhnavera, o l\ronut subtil das primeiras Uorcs que se :abrem. e pedaços

limpidos do nosso cfu azul.

Vll1·at" .\, 1Jri1•. O tJlilHarqut Al·B~. lt•n"lw Ala«ndl'ct, lloiMa D. 4.wfia e PriHCiJ~ de Ditta""4l'Ofl

C:E-IRON"ICA A l\mn.bilida.do como "' pragmo.Llcn lem tambom os seua lncon­

ven1cnt.oa. A's pe~n11iUdades em fdco aaceodo na vida real o quo

doe o oduc,adOft a. lOpar a. todo o momento com porsonagene veatidos assim, Oullhormo li como Eduardo vn appa.recom·noa dornasll\do vu1gareis para a noeaa r,hantaJ11ia quo os 08CU1plra., a um l.ohongrio mage1LOea, e a 01.1t.ro mperador du Iodiu. Por isso. eai..amoe em d11tr .que a gentlleaa. u.da pelo• soberanoe. pttjodtca. a eu.a appar1çlo tbeatral.

N11no.a melhor do que agorit. ao percebeu a neces.sidt.t1o que e11-des porgonngons toom de se ditinisa.r, aos olhos vulgaroe. para

produ.z.lren1 o effoft.o qllo dovo1n. Se, ha dias qu•ndo Ll•bo• om

lesta abriu alaa n·eaua rua.a. pa.ra puaar o cortejo sotemne e nco que condusin do Terreiro do Pa.ço :uó Selem o herdeiro do Prede· Tico o Grande, o Rei da Prusela, o lm~rador da Atlemanha, o oobe· r100 um t.ant.o ext.ranho o bri· lhante d'HH 1mperio colo.ui que ~ boje ainda., com a aua poderosa orga.nisaçào militar, o floa da ba" lança. na. pa~ europeia. do <looLro d'llSSO magnifico cocho D. Joilo V, lho LivaMLe appar&e1do a 8gura e.JC· tranha do um Cezar, ricamente en•ergado n'um uni(on11e compl• tamente extranho e novo, Ou1lher-1ne ll t.eria acordado na n1ult.1dào quo o osparavn. caso enLhu1ia.smo ~aponlan&0 quo costuma &or mlxt.o de a.dmiraç.lo e de pavor. 8' poa­"'"'t que o eonUment.o deapert.a.do na alma popular roue mtnoe ain· cero. mas seria com cel'"teaa maia grandioso.

l'.J·lttl /), (;(lr/(;I" 11tll'H"i1>< da lJotallWrw a1.d.iltdo a llout4a Aluattdr~ a ~r "º bttgf.ntlu• MJ

Anlm, o Imperador quo Llaboa t..ove a honra. da bospod.ar durante quatro dia.a. foi um Yialt.anW ama· billaaimo, um olffclal dti<. um prio­clpe boR ntft.u•I, maa p&tdeu todas aa qua.lidad,,_ ex.tra.Grd1nariu qu.e ra.em d'ollo uma person•lldode a urn t.omJ)O tom Ida o ad mlrad&, ••· b&raoo d4-.IJU de pe·naa.dor, e pen· aador quo na direcçlo doa bomena

Page 10: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

74 BRASrL-PORTUGAL

.1 (/(•/K''"'" RaiHAo /J. ~faria J.tr(1 r lf<uMl11t , tft..t(llfilru, obl'llt1t;11Jo..1ir

o da• cousas ae aeeomelba por ve&68 a uni juiz incorru1ltlvel dcn· lro da sua t.oga tem ma.ncba.

cul.w .4. u- >..l lln D. CarlOI e llaHtlta AkmHdro ri b<Htfo â1J bel'!JflHlu11. ~\'o ilur da parltrl1i

Ma1t ha. males que .,ee m por bene. Para o eommandante bono· rarlo do cavallarhi. •I, tudo estava a oarllct.er, e t.udo póde t.or eido ll8ongoiro e egrndrt.vol, mesmo o que sorll\ pouco e mcaquinhlJ para um choro dos exerci Lo& gormanicos, par& uu\ phi1osopho qu& Lcinla dirigir a aciencia o a. arte do IJOU palz, com e mea1n1 llOrlcl.a com

1 Ji..w ' 1.1-. , 1 m •u11/u1 do cnu.. t'iJndr3M.il ât .f igHttr11 é d• ,l•l"'"

(IH,liil d11 A.rn•Jj&<;o lf"•••1>f'111 AIJi(cto cio 7 f}O. - Q btrgáNJil.H rtal

Page 11: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

tiw-~ ""-11 .. a. JtoiNlto D. A•dia No J,.. ela p<trliJo tia Roi.W. ..t/anwo

BRASii.- PORTUGAL

-:i.·o Chw.lo, .w clu; d1t tll<f"da A r~o 41> ~lM•

Page 12: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

NO REAL PAÇO DE ClNTRA.- Depois do almoço offerecido á Rainha de Inglaterra pela Rainha Senhora D. Maria Pia (Em 24 de março de 1905)

,. ...... .x.v-,. -~,.,. Da ~da pan 1 4ir,,ta, pri..-eiro pb1111:- S. V IJ-R'1 O. C~rM, .(.u. /~.,.,,_, 1). A/1,1.9#, S.. .N. • lt•1-41 O. JltN Pt., $. il • .:.o4<Al#.q1,..• $. Jt 1 lt'•ld1 /). :.tarl1. A•"•· ftllh,., lfAWfi•, •irt h!Jl/r•, IMr #nu•, Nl1•i,. lt~ D. hb hUpJ>t, Sep• f'LIM! - ,Çt-1. "°"''"- ltpdr6, wtrwl lflv••'• P•M•, D. ,.,,...... ,, S·,.,.. S.,. h/CIM D. Jl.t•wl, frlffttf"t C.r'A• h ,..;,, * ~t Fip.tJr4, ..,..,, tlf .4:...wJ, tn4#J.,. S#•r•n, t111'fwn h ClllllM4o, .. '°'., l'tl/,, ,._....:,win p,,.,.,.. 41 M.n•U.

Teretir9 ..... :-.t-1. J.M. Jltllif, ,,.,.,,_,.,....,A~, ..,q., ""'""'"' '"11nH *Sti.i. 1,c,, w ,,~· '""• ffr llt•rkf •• ....,., _.....,,.."' ,_.,,.,,,.,.., ,...~ u-.. ·~ Qu.t1o .,a-; - Si•.'"'-''-• ...-1 • Á,..;. 11 • ....i. '4 ,.,_,,, SI-.

0-1•• ,a. .. : -Sn.. .,.J,. t.1me c.,m,., e~• .. .....,,,,.,.,, JlwrcVf, ''· eif",. • . . -.,.. ,.._., Ff114, •laúl,.,. Sld*•: ~ • ltaklN t;railt. . ~.,, , .... -sn twtpllA4 e,,..,.... r.~., llt19afl, ~.,. hl,. vw.w, tl/nt.• r .. ,.... Si ,,, ... c.r....u ltlf'r, ,..,'!IÃinr• e..,,~ ''••19· '"""" ;J~ t.u.·1, lu•• •~nu

Page 13: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

quo fóda fazer mo•er uma. brJgada de cavallari1. ou um& força do artllhe1ro1J.

O povo porLuguu a.noolou "º com certo anthuelaemo 4. •1811 .. ll do aeu imperial bo1ped111 roi co1no aempre geni.11 o por veze&enthu •faat.a, a colonla alloml ace-111.mou ruldnamente e com grande ca· lor o pritneíro repreunt.ante dt. 1u1. patri~ mu atdra. eaau açcJa· maç6ea. a rect:pçlo preparada a Oullherme 11 con&ert'OU·ff denltO doa limites acanhados do mundo oíHcial E' ainda muitO para urn prlnc1pe do 1anguo. coronel honorarlo do exercit..O port.oguez, me• 4 pouco, muito pouco. quaei n&dl\ J)&rll um ho1norn 9ue consegue 111or 0111 pleno eecu1o X.X a m11.1or H"ura da eua Hhnona.

fletia ter-eo pensado quo (lullherme ll não viaja apenas como um prlncípo rodeado de oorte1-lCM1 IJfHO a todo o momento du

acanhada• ''uitsltu<te• d& Jlraqmati('a,1 amarrado ao protocollof orno qualquer dlplornata burocrat.100. E' u1n 1oun1itr. inLOllgonlo o lllus ­trado. que se rodeJa. do*' seu.a 11mfg09 o conse1heiroa. volh08 míli· tare&, homena de estado, adminiatradorea o artistu, ~nu.dores como elle, ec.ienwftcos, e tem a bordo de um grande vapor a.1helado, como ~ .. u dMOjo contt.ante e sempre m1oifo.tado. da. etiqueta e dl4 ceremornu con•encionaea todo entresue aoconvitlo de homene de eat-udo • de caract.er, de obserl'&doroa o do criticoe. Por 1880, a recepçAo da. cõrte deveria tier aberto para elle, certa• oxccpçõee qae ae1n dosdouro pnca. o que se julga •~r o immacula.do brilho official, lho deue1 a.índ& que pallidamanLe, o conhecimento de a i· gane home1&. Não ae penaou em tal, e a obro nica. lamenta o aobrt· tudo pe.lo p•h:.

Page 14: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

BRASIL-PORTUGAL 79

Nu reriões ari1tocrallcu parece ha•er aempre uma certa,.. .. eena para os que nlo • Item o'ella.a. como " um pala podMM conuntru~e.e t.odo ent.re u paredoe do um aallo, e d'ahi a abllOr~ pçào completa c.ent.ada pelo• t-ulicoa palacianos de toda a ropre· eent.a.Qlo do pali, (\UO ni\o é poaitlvamente uma monarchl& ab8o·

lut.a o que pelo conlrano tem leJ1 líbera.es pelu quae. .o rego.• que colJocam o poder exeeut.Jto logo apoa o moderador e o J~ tati•o em teguida. KM& ta1t.a que no Ti•er quotidiano, se nlo la.i sentJr muito, pelo habito em que t.odos esta_mo1 o e.da am, de per si, em nào 10 incommoda.r com o quo so julga. 11erem futilittade8,

O IMPERADOR DA ALLEMANHA EM LISBOA

'

;\'fJ ltypJ>údro.o, C>1 doi.. •nffardwu 4""4ft•do aoe t.c:treaoo. "º dia .28

Page 15: (Impress o de fotografia de p gina completa)hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905... · 2017-08-17 · coitado por am crua.a.dor. o na•10 imperial que nos trash1

adquiro nu occaalõcs aolomnae uma lmporLancia quo ao nlo podo nem deve negar. A o.ulpa 6 do tod01t. sem $Or d'oeto ou d'aquello, mas & culpa 6 eapcciatmenlc dos govorna.ntee quo um& vez no po­dar. otfuaeadoflJ: n.o quo pa.reca pelo corlezanlemo, éfiJ:QUOce.m, embria. g1dos com a sua situaç.ão tomp.orllrlamonte palaciana. o Q\10 de­vem ao Jogar que oxorcom o á. proprJa. dignidada 1H~8&0:t1 . Nào vale

Família Imperial Allemã

l'ri1wlJtf! IH"hl• Iro v ... ~t..·rl<V (lulllw"lft' ,\U:P~tll \ 'lcl•Jorl• l'rlltl!fP" •: . ..... d.-rt ... , l'rl.u.cl11e ~, • ., ......

1•1111"t1,....A.J.Jlb1Tto lh1llh1·n•,. li l'd.,eipt1 Jo1q•I.. l'o"lutt•• \' ll"lwt..

l 'ri11ri1•""' O~f

a pena ent.ro.r e1n minuciü quo todoa conh&Cêrn, o aso lige1rnmen1.0 lne11 fazemos referencia. é apenas n'u1n dirolto 1ndécllnavel de criti· cos. Alguem se encarrega.rã por cert.O de di:.>1er ao imperador da AJlemanhA que om Portugal ha hornens que pOderhun t.er fei to a cadt1. om dos porROrutg:ona do seu t:Jequito, offte-1aea e orffclotioa. um acolhimento condigno, que ha. o&t..adiaLafl o escrlptore11. arLJ11ta8 e sciontificos, professores, cuh.oro.s omoritos do 1.0daa a.a man1íeet.a­ÇÕe6 do pon&amento humano, (lue i.emoa o•uma. academia. dats a.cion­c1u as maioroa noubilidades da Httera.t:ura e da. scioncia. quo ro­gando cadeiru do proroseorado encontram·so aciontiificos do alto valor. que & Academia. 'Ja& Bellaa Artes se compõe de alguns dos artistas maie celebroa e de ma.ior renome, que h& poetas, oradoroa, dra.ma.turgos, actoros, éCOnorniitt.ae e que ec as suas aobrec.aaacu nã.o aào tào elegantes, sAo roais poasa.nt.ea os seus eorebros. E que o niio digam, elfo o terá. comprehendido por cerlo e d'esaa. oornprc· hensào são pro•• as par"fealartUJ att.enções com quo dl:itlngulu, no bllnqueto d.a Legaçào A11omà, alguns homenit qu& IJÓ lá. poudo co· nhecer, o orn tod& a pa.rto onde o encontrou, o illustre diplomata que representa o no680 paiz na c.ÕrU) de St. J1unes.

O Macqu.e.-. tlu Suvonll ~ hoje ent.re oe Cllploma.t.as do wao o

mundo, uma. individualidade dietinctiasirr1&, honra e gloria. do geu paiz. ConhecilL•O já o Jmperador Guilherme que, na sua visita o Lis· bo•~ IJ.e e&merou orn di&t.fngoil-o eom amabíhdades que podem ter <liepert&do inveja.a mesquinhas, ma.a que aão mot.ivo especial de eatíafa.ç4o ,pal'a l4do o bom palrtota. So com ou·uos homens por egual notavola e a.Inda. de m~•or va.lor íntele.ctulll do quo. o nosso ha· bth$8imo dap1omar..a, &e deasem a.a 1noema!l circunstancias do antigo

conhecimento, Guilherme n LOrla Hdo t1unbem o cdldlldO do 08 ar· rancar d& eombra.- e do os lntzer p.ara. o primeiro plano do grando ta.biado onde elle figurou durant.a ,qun.tro dJa.s., como Impora.dor, como to~riJte, e <:orno ponaador. E' que eMe juv&nlt flOberano cuja a.ctividade essombr" o muodo á no sentir d& todo& o no proprio di­z.,r do primeiro MagistrtLdO da França.: - um ho·mom. N'uma. epo­cha em que abundam oa pigmou.fl, eeaa. phraa& d. o retrato mai& bello que se póde razer dê alguem, sobret1.1do quando esse alguem 6 o Imperador d:'.l Allomanha

Benn que Dllchnard~

t'o,..jjfd gernt rua ..dllt.111tu1!11.1 t i" U1bor1

Loura e branc..'l, de lirlo na brancura earccc filha d'un1 pincel divino t .•• A gente, ao ve1-a, lembra-se de Urbino, Tem impctos de pór·lhe uma moldura.

Um garbo de velhice prematura Nevou de leve a conta d'ouro fino . . . Mcnc-lo e gesto languido e felino, Firme e correcta a linha da cintura .

Nào sei quem fez d'aquilJo urn ser huma.to 1 S:tn:do, juntando um resplendor de aurora, F'Ãr-13 a cstancil1 de seu genio ufano !

Oante .. nào se( o que fari3 agora; 1\1.a.s VirRilio se a viste, o Mnntunno, F'~zia a Deusa que ftlinh'almn adora t • • •

11

Eleva-me, nrrcbata·mc os sentidos Se a vejo ou !le a contemplo um só 1nomcnto ! De seu pt'SSO o mais leve movin1cnto Echõa como um canto cm n1cus ouvidos.

Ouço-lhe ::as fórmas~ n *um dcsJunibr:unento, A sonata do bcllo; e nos rugidos Da eambraln e do linho dos vestidos Vlbran1 accordc!I de acompanhamento.

Todo seu corpo musical e adórnos, N11 cadencia d'um rythmo que en\b:tla, Estrugcm na harmonia dos cont·6rnos ! •.•

Caminha t - e o canto unisono trcscala, CDmo por noites de 1anguorc-s m6m os., Toda a volupla d'u.m luar de opala! . ..

FoNTOURAiXA\•1eR.