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c a d a m e s , d i r e c t a m e n t e p a r a L a s P a l m a s , S a n t a Cruz de Tener i fe , S a n t a Cruz de I* P a l m a , P u e r t o Rico , H a b a n a , P u e r t o L imón , Colón, S a b a n i l l a , P u e r t o Cabel lo y '* G u a y r a , a d m i t i e n d o p a s a j e y c a r g a p a r a V e r a c r u z , con t r a s b o r d o en H a b a n a , CoiH' b ina por el f e r roca r r i l ile P a n a m á con l as Com l a ñ l a s de n a v e g a c i ó n del Pac i f lC ' p a r a c u y o s p u e r t o s a d m i t e p a s a j e y c a r g a con bil e tes y c o n o c i m i e n t o s d i r e c t o s . Con*' b inac ión p a r a el l i to ra l d e C u b a y P u e r t o Rico . Se a d m i t e p a s a j e y c a r g a p a r a Puer to P l a t a , con t r a s b o r d o en P u e r t o Rico y p a r a S a n t o D o m i n g o y S a n P e d r o d e MacoriSi con t r a s b o r d o en H a b a n a . LINKA DE BUENOS AIRBS

Servic io m e n s u a l , s a l i endo de B a r c e l o n a el 3, el 5 de M á l a g a y de Cádiz el 7 o* c a d a m e s , d i r e c t a m e n t e p a r a S a n t a Cruz de T e n e r i f e , M o n t e v i d e o y B u e n o s Aires-A d m i t e p a s a j e y c a r g a p a r a Río J a n e i r o , S a n t o s , P u n t a A r e n a s (Chile), Corone l y Vftl' p a r a í s o , con t r a s b o r d o e n Cádiz a l v a p o r de la l inea del Bras i l .

LINEA DEL BRASIL Servic io m e n s u a l , s a l i endo del H a v r e el 2t) de c a d a m e s . H a c e l a s e s c a l a s de B i ' '

b a o , C o r u ñ a , V i l l aga rc í a , Vigo , Opor to , L i sboa , s a l i e n d o el 8 de Cádiz d i r e c t a m e n t e p a r a L a s P a l m a s , Río J a n e i r o , S a n t o s , M o n t e v i d e o y B u e n o s A i r e s , a d m i t i e n d o p * ' sa je y c a r g a p a r a P u n t a A r e n a s , C o r o n e l y V a l p a r a í s o c o n t r a s b o r d o e n Montev ideo y p a s a j e p a r a Mon tev ideo y B u e n o s Ai res , con facu l tad de t r a s b o r d a r e n Cádiz a l v » ' por q u e h a c e el se rv ic io d i r ec to á d i c h a s R e p ú b l i c a s .

LINEA DE CANARIAS Serv ic io m e n s u a l , s a l i e n d o d e B a r c e l o n a el 17, el 18 d e V a l e n c i a , el i9 de Al icante ,

el 20 de M á l a g a y d e í ' á liz el 22 d e c a d a m e s , d i r e c t a m e n t e p a r a C a s a b l a n c a , M a z » ' g á n , L a s P a l m a s y S a n t a Cruz de T e n e r i f e , r e g r e s a n d o po r Cád iz , A l i c a n t e , V a l e n c i a y B a r c e l o n a . LINEA DE FERNANDO PÓO ,

Servic io b i m e s t r a l , s a l i endo de B a r c e l o n a el 25 de M a y o y d e Cádiz el 30 y a* s u c e s i v a m e n t e c a d a d o s m e s e s p a r a F e r n a n d o P ó o , con e s c a l a en C a s a b l a n c a , M» ' z a g á n y o t r o s p u e r t o s d e la c o s t a occ iden ta l de Áfr ica y Golfo d e G u i n e a .

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EL MU REGENERADOR. Andan los políticos discurriendo sobre la cau­

sa de la retirada catalanista, éxodo que decíamos antes, sin esperar la discusión de las actas y no aciertan á lo que entiendo con la razón de ella. Puede que hayan sentido la nostalgia de Barse-lona, que ya hemos convenido en que es mucho mejor que Madrit, con t y todo; yo no puedo ser juez en la materia, porque como buen madrileño jamás he pasado de Chamberí y de la ermita de San Isidro, ni tengo otra idea de Els Segadors que la que me sugieren anualmente esos pobres hijos de Galicia que veo llegar á Madrid desde Crúña embanastados en un vagón-jaula á guisa de carneros y á mitad de precio. Y aunque co­nozco á Duián y Bas, y tengo la honra de contar­me entre sus amigos, así como á otros catalanes, no creo que llegue á tanto el odio al centralismo en estos diputados que les lleve á renunciar su honroso cargo. Se han marchado sencillamente porque en Madrid, central ó no, no se puede vi­vir. Esto ya no es un municipio romano, ni si­quiera una colonia; esto es un feudo de compa­ñías extranjeras, contratistas de carne, panade­ros sin conciencia y vacas de leche dignas de es­tar en Panticosa.

Por si teníamos poco con el tranvía gris, que se llama con razón mata gente, se ha inaugurado ahora otro que cruza á aquél perpendicularmen-te para que no haya escape; aprovechando el es­pacio libre unos cuantos señoritos, que por el gusto de llamarse chauffeurs ( i) y gastar una go­rra extravagante recorren en automóvil á razón de 3 0 kilómetros por hora las principales calles, que siguen en su mayor parte con la anchura que tenían en tiempo de Farinelli, es decir, con la anchura del pentagrama. Y como ia manía imi­tadora es aquí una epidemia, ya tenemos cinco 6 seis compañías de electricidad, con lo cual se consigue que cuando una concluye de remover el subsuelo y de empedrar la calle, viene otra de­trás levantando de nuevo los adoquines. Sólo aquí se consentiría el trasiego de cables, de ca­rretas y de prismas de lienzo que andan por Ma­drid interrumpiendo la circulación, destripando niños y atrepellando carruajes.

Y por si esto fuera poco, aun cuidando de ir por calles donde no haya barras de hierro ni te­léfonos, única manera de vivir algo seguro; á lo mejor se encuentra uno metido, sin saber cómo, en un jubileo ó en un contra-jubileo (porque aquí hay, como en Francia, judíos y contra-judíos, aunque más contra-judías según dicen), y donde menudean los garrotazos, las caídas y otras pe­nitenciarías no previstas.

Nada; á Barselona. Allí, por lo menos, no con­sentirán que por el módico interés de mil pese­tas exponga un hombre casi á diario su vida, ante un toro, fiado en el aspecto de estatua, como si los educandos del Duque ó de Concha Sierra supiesen apreciar el Júpiter de Phidias, y no confundirlo con el escorzo de Bebe Chico ó del Zapaterín. Mucho arte se necesitaría que sobrase en España para que hubiese llegado has­ta los toros.

Y eso que en arte no podemos quejarnos, cuando Garibaldi ha logrado fijar la atención de unos desocupados, y contra todo setitimiento

cristiano es objeto de burlescos obsequios, fo­mentando de esta suerte su degradante vicio.

Si Mr. Dupanloup viviera, reproduciría en esta diócesis interina su pastoral sobre «los sig­nos de los tiempos»; porque si el ilustre obispo los veía en las inundaciones del Ródano, mucho más los encontraría en esta inundación de into­lerancia, de incultura y de barbarie que nos ahoga.

¡Qué tranquilos se habrán quedado los inicia­dores del banquete, creyéndose otros Gabriel d'Anuzzio, y como si fuesen estetas ó super-ho-mos (i), con los cuales no podemos competir los que no creemos cursi ni no cursi, sino indiferen­te eso de los banquetes! ¡Qué tranquilos los que vieron voltear al infeliz D. Tancredo, y qué or­gulloso el que sale ahora ofreciendo hacer la suerte, desentendiéndose del gusto estético de los toros; es decir, no pareciendo Hércules ó Jú­piter, sino bárbaro al natural, en carne y hueso! Yo aún tengo la esperanza de que el toro, que dudaba ante D. Tancredo, no dude ante el nue­vo rey del.valor, y en lugar de acometerle, le vuelva el rabo, y saludando al concejal presiden­te, le suelte un tremendo múuuu de queja, que podría interpretarse así: Pero ¿ve usted qué ani­males, hombre?

F É L I X DÍAZ GALLO.

I M P R O V I S A C I Ó N M ímii D E I P A L A C I O Aun á r iesgo de her i r la modes t ia de Manoli to P a ­

lacio, como todav ía le l l a m a m o s los viejos, publica­m o s el s iguiente soneto que Manolo improvisó en diez minutos , después de u n a modes t í s ima flesta fa­mil iar á que fué inv i tado .

Se le dieron consonan te s v e r d a d e r a m e n t e pítto-nudos, s egún a s e g u r a b a Marcos Zapa ta , y Palacio , cuya frescura de imaginación es cada día más g r a n ­de, leyó, dedicado á las s e ñ o r a s y señor i tas que asis t ieron á la flesta, el s iguiente sone to :

AL C O R O DE Á N G E L E S

Por más que tormo en t re la GENTE—VIKJA, a ú n soy capaz dc fabr icar u n — r a m o , y p e r a d e m o s t r a r o s lo que os—amo, deposi tar lo al pie de vues t ra—reja . Pero h a de hacerse todo á toca—teju, pues si á Cupido en mi socorro—llamo, ó lo pongo en ridiculo ó lo—infamo, que es mi labor de abispa y no de—abeja . Me suponéis cana r io y soy—vencejo, m á s falta me hacen pl&ticas de—obispo, que c a r n a v a l e s con ó s iu—ant rue jo . Y si al ver vues t r a s c a r a s aún me—achispo, es que de juven tud siento un—reflejo, y se m e va la bur ra ¡voto á—crispol

MANUKL DEL P A L A C I O .

(1) Por supuesto, que loa nue gastan acumuladoras, aunque suelen raerse, NO lian OIIILO en que NO SON i-liauffeurs, ponjue no calientan más que el asiento.

LA FERIA DE^VALENCIA

La Revolución de Septiembre había enloquecido al pueblo valenciano, que se lanzó á ella, y la extremó con el entusiasmo y el ard.or propio de la raza levantina.

Aquel castellano vie'jo, campechano y vulgarote, que, marqués y todo, se hacía llamar «el ciudadano Orense», y Castelar, el prodigioso artista de la palabra, que lan­zaba sobre la multitud torrentes de elocuencia arreba­tadora, lo adoctrinaron para la República federal.

Apenas había en Valencia menestral alguno que no se encasquetase el gorro frigio (els del pimentonet, los llama la gente lisgona) y empuñase el fusil para formar en los batallones de los Voluntarios de la libertad.

Alma de aquella agitación política er.i el Ayunta­miento. Lo que el Hotel de Ville en París fué aquí la Casa de la ciudad. Personajes desconocidos la víspera, aparecían en el Consistorio, luciendo la faja tricolor de los nuevos Concejales, echando en las sesiones públicas peroratas tribunicias, y queriendo reformarlo todo, des-, de las instituciones fundamentales de la nación, hasta los nombres de las calles. 1.

(1) otra barbaridad; porque debía ser super hórninéa.

Aquellos innovadores ediles tuvieron una idea lumi­nosa, profundamente democrática y transcendental Fiestas no faltaban en Valencia, á decir verdad; por el contrario, en este pueblo, divertido y regocijado, las fiestas se han sucedido siempre unas á otras en el trans­curso del año; pero estas fiestas del Corpus ó de Navi­dad, de San José, el de les falles, ó de San Vicente Fe-rrer, el del milacres; de Pascua, la de la mona, ó de la Virgen de los Desamparados, la de las fresas y las flo­res, venían todas de los tiempos del oscurantismo, y, aunque muy regocijadas, revestían cierto carácter Reli­gioso que no cuadraba bien á la ya conseguida plenitud de los tiempos. Era preciso inventar una fiesta nueva, enteramente civil, completamente seglar; algo radical­mente revolucionario, sin procesiones religiosas ni fun­ciones de iglesia, y en que no se presentasen al pueblo otras imágenes que las propias de sus Concejales ucien-do la faja tricolor.

En aquellos tiempos en que las corridas de toros no eran tan frecuentes como añora (otro progreso de la ci­vilización), traían mucha gente forastera á Valencia las que se celebraban los días de San Jaime y Santa Ana. Esto sirvió de base para las proyectadas fiestas. Local para establecerlas, ofrecíalo naagníñco y.adecuado el )aseo de la Alameda, y allí se estableció el Real de la reria (porque se admitió, sin duda sin advertencia, este nombre monárquico), que desde el primer año sorpren­dió á todos por el fantástico aspecto, verdaderamente regio, que ofrecía, lleno de caprichosos pabellones, pa­lacios de tablas y pintados lienzos, construidos con tal arte que, de noche, iluminados por miles de luces, fin­gían los espléndidos sueños de Las mil y una noches.

El pueblo de Valencia, artista innato, gustó y aplau­dió aquella fantasmagoría, y por tácito sufragio univer­sal quedó sancionada la feria de Julio.

A los dos ó tres años, cuando comenzaban con gran alegría los populares festejos, una tarde, al salir la gen­te de la Plaza de Toros, estalló la sublevación cantonal.

El pánico dejó desierta la feria. Los del pimentonet se armaron valerosamente para defender el cantón va­lenciano contra el general Martínez Campos, que venía á marchas forzadas para destruirlo.

La discordia surgió entre los cantonales. El Concejal que más había contribuido á establecer la Feria, capi­tán ó comandante de la milicia republicana, fué tacha­do de retrógrado; persiguiéronlo á tiros, y lo mataron únicamente compañeros suyos que alardeaban de más avanzados. ¡La historia de siempre! Aún se ve todos los años en el Real de la Feria un busto, colocado sobre un modestísimo pedestal de fingido mármol. Un tercio de siglo hace olvidar muchas cosas. No son pocos ya los que preguntan, al ver aquel simulacro: «¿Quién sería este buen señor?» Los programas de la Feria contestan á esa pregunta, diciendo que en ella se eleva el monu­mento de Mariano Aser. Este recuerdo trágico es la única conmemoración de los orígenes de la Feria que acabo de referir.

Por lo demás, en estas fiestas todo es agradable, ri­sueño, artístico. Eligenio festivo de los valencianos ha dado su sello característico á la solemnidad que, para romper con la tradición, imaginaron nuestros revolu­cionarios del pasado siglo.

Esto me trae á la memoria una anécdota que refiere Campoamor en no recuerdo cuál de sus libros:

Era gobernador de Valencia. Cuando ocurrió el pro­nunciamiento dc 1834, el pueblo, enfurecido, asalto el edificio del üobierno. D. Ramón tuvo que huir. . . ; huir precisamente, no; retirarse prudentemente, sí; pero re­tirarse en medio de tantas consideraciones y respetos del «pueblo enfurecido» que, recordando estos sucesos, escribía que tíos valencianos, al hacer revoluciones, parece que arrojan ramilletes de flores».

Kn treinta y t mtos años, la feria de Valencia ha ido modificándose y mejorándose cada vez más. De feria no le queda nada. Diósele este nombre porque se trató de hacer un gran mercado de ganadería, como en las fe­rias de Sevilla y de Albacete; pero este pensamiento fracasó y se prescindió de él.

P:1 principal atractivo de estas fiestas fueron, desde el primer instante, y continúan siendo, las veladas de la Alameda. Tienen un carácter distinto que las de Sevi­lla. No hay en ellas la nota popular y ceracterística como en aquellas famosísimas fiestas andaluzas. Las de Valencia son algo más solenmes..

Los pabellones que levantan el Ayuntamiento y las principales corporaciones recreativas, parece, como ya dije, caprichosos alcázares donde encuentra grato solaz y expansión la sociedad que en ellos se congrega.

La música, el baile, los fuegos de artificio, las ruido­sas tracas, indispensables en Valencia, dan atracrivo y animación extraordinaria al Real de la Feria, lleno de gente que sólo piensa en divertirse contemplando aquel

Cente Vieja espectáculo halagador, respirando la fresca brisa de la noche tras un bochornoso d.a canicular, saboreando la clásica horchata de chufas, mientras suenan los acordes de instrumentos y rasgan el cielo los cohetes voladores, confundiendo allá arriba sus luces fugaces con las sidé­reas constelaciones.

A estas veladas, por diez ó doce veces repetidas, acompafian festejos que apenas dejan momento libre al codicioso que no quiere perder ninguno. Muchos de ellos son los que se repiten en todas las tiestas análogas formando su programa un cliché conocidísimo: corridas de toros con los matadores más célebres y las mejores reses de España; festivales y concursos musicales; bai­les populares; muy característicos de esta región, acom­pañados de coplas de nuestros más populares cantado­res; carreras de bicicletas, regatas en el puerto, retretas militares, tómbolas para fines benéficos, reparto de ju­guetes á los niños, la infantil y campestre fiesta del ár­bol y otros espectáculos inás ó menos divertidos, de los cuales sólo he de hacer mención especial de tres que, por su importancia, constituyen, como dicen los france­ses, otros tantos clavos de estas populares ferias.

Hs uno de ellos los Jochs floráis de Lo Rat l'enat. Esto de los juegos florales se va convirtiendo en una verdadera plaga literaria. No hay ya capital de provin­cia, aunque sea de tercera clase, que no los haya con­vert ido, en institución anual .

Pronto los tendremos en todas las cabezas de partido, lo cual no es extraño, porque no hay fiesta más barata para sus iniciadores.

Los joyas (llamémosles así), se obtienen gratis á fuer­za de sablazos á unos y á otros. Nunca falta algún ora­dor, de más ó menos talla, que aproveche gustoso la ocasión para endilgar un discurso grandilocuente, ni poetas incipientes que acudan a la liza.

Pronto no quedará en ningún rincón de España seño­rita alguna sin la gloria de haber sido Reina dc la fiesta. Pero nuestros Jochs floráis, los primeros que se estable­cieron en España; después de los de Barcelona, conser­varon siempre uii sello de distinción, un perfume de verdadera poesía, que les impide caer en la actual vul­garidad de estos certámenes.

Víctor Balaguer y Nocedal, Canalejas y Silvela, han sido en ellos mantenedores, por no citar más que á los de primera línea.

Los retratos de las reinas de estos juegos, que guarda cuidadosamente la sociedad de Lo Rat Penal, forman interesantísima galería J e la hermosura valenciana. Ser elegida por hermosa en este país de la belleza feme­n ina , es gloria que debe llenar á la mujer más exi­gente.

Otro espectáculo culminante de nuestras ferias es la cabalgata artística. También estas cabalgatas son núme­ro oblij;ado en los festejos populares en todas partes. Yo no diré que no las hay en España como las de Valen­cia, porque sería ¡usta vanagloria. Pero puede asegu­rarse que por la feliz inventiva de nuestros pintores y también por el sentimiento artístico que es natural en la masa del público valenciano y estimula la competen­cia de los artistas que se encargan de las cabalgatas, y éstas resultan como una especie de exposición y compe­tencia en la que todos los años echan el resto los artis­tas valencianos.

Hay algo de los buenos tiempos de la antigua Grecia y de la Italia del Renacimiento en el cuadro que pre­senta nuestra hermosa ciudad, cuando en sus calles se apiña el gentío para ver pasar los carros simbólicos, los grupos extraños y pintorescos, de personajes históricos 6 mitológicos, de ninfas y de dioses, con que forman fantásticas alegorías los directores de la cabalgata, hen­chidos de satisfacción, al oir los aplausos del numeroso y entusiasmado público.

Vaya ahora la nota final. El último festejo de la fe­ria, la batalla de flores, es como el trueno gordo de es­tas bulliciosasfiestas

De esa batalla sí que puedo decir, sin pecar de jac­tancioso, que no se ve en España cosa igual. En varias ciudades se ha tratado de introducir tan poética diver­sión: en unas fracasó del todo, en otras el resultado fué incompleto. Sólo en Valencia tuvo éxito brillantísimo desde el primer ensayo. Justo es recordar aquí á su ce­loso iniciador, á quien de seguro conocieron y estima­ron muchos de los «más viejos», mis colegas. Fué el barón de Cortes, perteneciente á la más linajuda noble­za del reino valenciano. Era el aristócrata m;ís popular que ha habido entre nosotros. Hombre de sociedad, político consecuente, distinguido .sportman (gran caza­dor sobre todo), muy amigo de los literatos y de los ar­tistas, escritor él mismo, ingenioso y festivo (aún se aplauden en el teatro algunas piececillas suyas), era, antes que nada, valenciano acérr imo, y como buen va­lenciano, más alegre que una castañuelas. Había asisti­do en Niza á sus famosas batallas de flores. Antes que nadie pensó traer á España este espectáculo tan culto y exquisito, y bajo su dirección se celebró por prime­ra vez la galante pelea en nuestras ferias. Desde enton­ces no puede faltar ningún año. Es el nútnerq culmi­nante del cartel, el que cierra siempre los festejos. Des­pués de él cualquier otro parecería pálido y soso.

Contribuve al lucimiento de la batalla de flores el sitio donde se celebra, que es el mismo Real de la Fe­ria, el extenso y hermoso paseo de la Alameda, Hay que verlo aquella tard^. Es como un vasto hipódromo üentro de un jardín, en el que se congrega con el ma­yor orden el vecindario inmenso de una gran ciudad. Los kioskos y pabellones dc la feria sirven de es|)léndi-das tribunas, y una larguísima línea de estrados y de palcos cierra la liza. Ese d'a las valencianas parecen más hermosas.

La belleza de nuestras paisanas suele ser reposada y algo severa; la desenvoltura no es su carácter dominan­te. Pero esta batalla de flores tiene la virtud de comu­

nicarles el ardor bélico, y cuando entran en la prolon­gada pista los carruajes maravillosamente adornados con las más caprichosas invenciones, y las damas y los galanes que tripulan estos carros de guerra, comienzan el combate con sus metrallazos de flores, contestan con tal ardimiento á aquel fuego graneado las bellas de los palcos y las tribunas, que unas y otras aparecen transfi­guradas por el regocijo y la alegría. No hablaré, por­que esto será largo y difícil, del arte consumado con que nuestros jardineros, y aun más que ellos los artistas que en este caso los dirigen, adornan y transforman los ca­rruajes, ni de la increíble cantidad de flores que en ello emplean, ni la que se necesita para los centenares de miles de ramilletes que se gastan en cada una de estas batallas. Con ser Valencia abundantísima en flo­res, no podría dar bastantes; y hay que traerlas de to ­das partes, de dentro y de fuera de la región valen­ciana.

Cuando concluye la batalla el extensísimo hipódromo queda enteramente cubierto con espesa alfombra de flor, y el ambiente de tal modo perfumado, que embria­ga los sentidos. No hay paleta parn pintar este cuadro, ni palabras para describirlo. Da alguna idea de él u n í frase de Manuel Paso que , enfermizo y casi mor ibundo, asistió á esta fiesta el año último. Encendidos los ojos por la fiebre que le consumía, abríalos mesuradamente para abarcar el conjunto fantástico, y preguntándole un compañero qué le parecía el espectáculo, contestó:

«Esto es la luz y el color que se han vuelto locos.»

TEOIWRO L L Ó R E N T E .

Poiitica recreativa.

C A N T A R E S 1

¡Ay n iña! Si me pides un consejo mil te da ré ; un consejo es buena cosa; si te escr ibo c a n t a r e s , s iendo h e r m o s a , de mi te b u r l a r á s , al ve rme viejo.

II

Joven , a m é con locura y l as muje res me a m a r o n ; l lamo al pecho , y no responde ; es tá el co razón c e r r a d o .

III

C u a n d o m e miro al espejo en él no enci ient ru mi c a r a ; veo en el cr is ta l la tuya , y mi co razón se exa l t a .

IV

Si yo volv iera á ser joven cont igo me c a s a r l a ; m a s por for tuna estoy l ibre de hace r e sa ton te r í a .

Ayer te miré en la calle y e x c l a m a s t e : - « ¡ B a h ! ¡qué viejo!» Sabes qne soy rico, y dices: —«Si vuelv3 á m i r a r m e , acepto.»

V I '

Las j ó v e n e s no me mi ran y yo no miro á las viejas , porque el similia ¡stmtlifms no es p a r a el viejo el sistema.

V I I

Si tuv ie ra veinte a ñ o s ¡ cuán t a s c o s a s te di jera! pero c o m o no los tengo me cal lo y sufro mi pena .

VIII

P o r q u e te quiero le c a n t o y no me oyes ni m e m i r a s , porque á la vejez, los versos son p rosa p a r a las n i ñ a s .

I X

Oye, n i ñ a , mi s c a n t a r e s ; no h a g a s c a s o de los mozos , porque la ga l l ina vieja dicen que hace el ca ldo g o r d o .

Te dije que e r a s muy l inda; me desprec ias te por viejo. . í N o ves la l l a m a en mis ojos? Ven, y a s ó m a t e á mi pecho.

XI

Soy viejo; pero ¿qué impor ta? si al c o n t e m p l a r tus facc iones se a s o m a el a l m a á mis ojos , porque el a l m a es s iempre joven .

XII

La G E N T E VIEJA d e c l a r a los que y a no s o m o s mozos , ¡habiendo t a n t a s mujeres ! ¡PórflJo Vaiero Tornos !

TEODORO G U E R R E R O .

(1) Desahofros seniles escritos para GENTE VIBJA.

L O S Q U E P R I N C I P I A N

Los ilustrados —los que se preparan en las Univer­sidades, Academias y Ateneos jóvenes perio­distas y conocidos polemistas.

En la evolución y marcha de los tiempos todo cambia: pasaron para no volver, aquellos atra­sadísimos, en que los jóvenes aspiraban al saber por el placer que les proporcionaba la posesión de la verdad, sin ulteriores ni gubernamentales miras.

Hoy todo ha cambiado: por muy sabias que fuesen las generaciones anteriores, no habían lle­gado á comprender que el verdadero ideal de la ciencia, su finalidad, está en el presupuesto, y que los conocimientos geológicos son gran pre­paración para ser ministro del Tribunal de Cuen­tas, incomparables los literarios para una Direc­ción de Hacienda, y los sociológicos, por lo que tienen de mundología, de primera fuerza para sentar plaza de subsecretario.

Pero no adelantemos los sucesos. Tengo el gbsto de presentar á ustedes á Enri­

que Pérez, joven de mérito, y además reflexivo, orador elocuente, aunque poco apasionado, que lleno de los ideales modernos, krausista á ratos, y esencialmente demócrata y partidario "del de­recho moderno, con su carrera de abogado con­cluida, su levita negra, su ciencia almacenada y su impávida cara, es socio de varias corporacio­nes científicas y literarias, y capaz de endilgar un discurso, lleno de buen sentido y de neologis­mos, y siempre por lo serio, lo mismo en una boda que en un funeral.

Enrique es un joven de esos esencialmente formales, de quienes dice el vulgo que «tienen un viejo dentro», sin duda porque empiezan á ser cucos desde jovencitos.

Enrique ha dado conferencias en el Fomento de la Artes, sobre la educación de la mujer; en el Círculo de la Unión Mercantil, sobre las Adua­nas españolas comparadas con las inglesas; en la Sociedad Económica Matritense, sobre el por­venir de nuestros caldos, y se ha distinguido en el Ateneo como orador reflexivo y avanzado.

La Sociedad de elogios mutuos de los liom-bres serios, que también tienen esta institución, aunque creyendo que los bombos que se dan no son un servicio que el cariño presta al amigo, sino un tributo que la conciencia rinde á la jus­ticia, va poco á poco dándoles á conocer, y es muy frecuente ver en La Correspoitdencia y en otros periódicos, sueltos parecidos á éste:

«Anoche, nuestro amigo D. Enrique Pérez, desarrolló en un brillante y discreto discurso en el Círculo Tal, y ante una numerosa reunión, el siguiente i.nportantísimo tema «Porvenir de los caldos españoles». El orador, que fué muy aplau­dido, demostró una vez más los grandes conoci­mientos que posee en materias económicas, y la discreción con que trata todos los asuntos.»

Nadie sabe la gollería que es en este país lle­gar á tener fama de discreto, que consiste, se­gún el Diccionario, en tener rectitud para formar juicio, y tacto para hablar ú obrar; pero que en la práctica quiere decir estar en disposición de serlo todo en la administración y en la política.

Nuestro discreto Enrique, joven en cierto modo timorato, y amante del bien por el bien mismo, tan escrupuloso en cuestiones de rectitud, que no quiere montar en los carruajes Ripert por no proteger una empresa que en su coíicepto explo­ta indebidamente el capital de los tranvías, ma­nifiesta decidida predilección por el sacerdocio de la enseñanza, á que aspira, aunque sin éxito, en alguna oposición.

Hondamente preocupado de los problemas so­ciales y del porvenir del cuarto estado, tan aban­donado por todos los Gobiernos, principia á es­cribir de política, aunque bajo el punto de vista puramente científico, y da á luz en alguna re­vista más ó menos acreditada, trabajos que sus amigos califican de excelente, sobre el porvenir democrático de los pueblos latinos.

Y aquí principia Enrique á observar un fenó­meno curioso: los partidos militantes procuran atraérsele, sin duda porque en la plana mayor de los nuestros no abundan mucho los hombres de

Gente Vieja ciencia, y realmente un sabio más ó menos al uso, viste mucho á una agrupación política, so­bre todo si es naciente y no hay^en'Jella número excesivo de santones.

Claro está: la mayor parte de los políticos de primera fila, sin que por esto dejen de saber go­bernar, y sobre todo, administrar, desconocen las ediciones platinianas; ignoran que Augusto Compte fué el fundador de la escuela positivista; no tienen idea de la razón pura de Kant; apenas si conocen la teoría evolutiva, en punto á pre­historia; están en la infancia, y nada tiene de particular que al ver que éstos, y aun otros su­periores conocimientos, son familiares á Enri­que, hasta habla con frecuencia del cuarto estado de la materia, le consideren como á una eminen­cia que viene á dar uno de los tonos al tornasol científico del partido.

El muchacho se impone; logra un acta de di­putado, por más que para ello, y dentro de los principios de su conciencia recta, tenga que vio­lentarla un poco más que para montar en los carruajes Riperi; si se considera que sale por un distrito donde no le conocen, y que viene á ser una especie de diputado de oposición, cunero de esos que sirven para dar tono de imparcialidad á unas elecciones generales.

Fuera de esta pequeña condescendencia con sus principios, Enrique, que tiene ya posición política y propia, se distingue en el Parlamento por sus discursos sobre inopinados temas, y digo inopinados, porque procura discutir puntos que no paiece que debían estar dentro de su competencia, con lo cual su saber y su fama cun­den y aumentan entre propios y extraños.

Eso sí, en política continúa inflexible; sus ideales son siempre científicos, y siempre avanza­dos; desprecia la administración rutinaria, no transige con los cabildeos del Salón de Conferen­cias, y en su condición de hombre integérrimo, sólo vota lo que está en armonía con su concien­cia. Da la casualidad que su conciencia está en perfecta armonía con su partido, y más que con su partido; con su pandilla, á la que presta ex­celentes servicios con su entereza é inflexibi-lidad.

Cambia la situación política, se acuerda de haber leído en alguna parte que gobernar es transigir, entiende que el verdadero ideal cientí­fico-práctico es hacer la felicidad de los pueblos, y como continúa teniendo odio á la Administra­ción rutinaria, para dar una prueba de sus con­vicciones y de su horror á la rutina, sienta plaza de jefe superior.

J U A N VALERO D E TORNOS.

ba noche de San Pedro

Para vencer el arredro del spieen y del fastidio, nos ofrece su subsidio la verbena de San l 'edro.

Ella, con ramos de albahaca, viene del triste en socorro y al quidan que está de morro de sus casillas le saca.

Ella aturde con los gritos de los que venden frasquetes, flores, silbatos, juguetes, baratijas y santitos.

¿Quién no disipa sus murrias con los cantos de zarzuelas que rasguean las vihuelas y puntean las bandurrias?

Baila un natural de Elorrio zortzico al son de mazurcas, mientras cristianos con turcas solemnizan un bodorrio.

Dejadles oue fuerzas tomen, pues por sabido sostengo, que tajada y trago luengo da salud y cría abdomen.

Temiendo doña Nemesia que el diablo la desprestigie se compró la Vera efigie del primado de la Iglesia.

Con veintidós nietezuelos, ved al insigne don Rufo, al que asfixian con su tufo las calderas de buñuelos.

T a l , en agitada lid, del capital en der roche , bella transcurre la noche para el pueblo de Madrid.

Salvo si con negro espectro por los horizontes sube

densa y tormentosa nube descomponiendo su electro.

Al guripa que arma cisco y mientras pega ó empuja otro las bolsas estruja, lajcárcel le da su aprisco.

Los comerciantes machuchos hacen que el peso se ahorre. . . v mas, ¿porqué la gente corre y se cierran los tenduchos?

Lo dije, vino el albur; la noche se puso en aguas; todos abren los paraguas y como me mojo... abur .

E .NKiyuE PRI.NCIPE Y SAI ORRl iS .

Calsidoscopio monárquico.

( N O T A S H I S T Ó R I C A S )

Madr id , en sus fases c o m o Concejo, c o m o Villa ennoblec ida , c o m o Corte , a l Hn, tuvo v a r i o s c e n t r o s de mov imien to , según que las regias p e r s o n a s r e s i ­d ían en ta les ó cuá les pun tos de la población, cuyo a l cáza r , e n g r a n d e c i d o y m e j o r a d o j p o r D. P e d r o (ei Jus t ic iero ; , no e n c e r r a b a entonces , sin e m b a r g o , l a s comod idades n e c e s a r i a s p a r a ser hab i t ado de p r o n ­to en t odas l as es tac iones . Diferentes r eyes , a p a r ­te l a s s o l e m n i d a d e s de la cor te , m o r a r o n , u n a s ve ­ces en dicho a l c á z a r , y o t r a s eu c a s a s de a l g u n o s grande.-* que vivían hac i a la pa r roqu ia de S a n t i a g o . Car los V solía h a b i t a r su l l amado palac io , ea c u y a á r e a la m a d r e del in fo r tunado rey de P o r t u g a l don Sebas t i án l evan tó luego el convento de las Descal­z a s Rea les . Antes , los Reyes Catól icos, su h i ja d o ñ a J u a n a la Loca , el m a r i d o de és ta , D. Fijlipe el H e r ­moso , y el carder .a l Cisneros , finalmente toda la cor te , a u n después de m u e r t a ia g r a n r e ina Isabel , p a s a b a l a r g a s t e m p o r a d a s en l a s c a s a s de Laso de Cas t i l la , s i t u a d a s j u n t o á San André?; y t o d a v í a se c o n s e r v a n vest igios que así lo publ ican en aque l l a zona del Madrid an t iguo , donde se d e s c u b r e , c o m o una serpiente que se en rosca , el célebre b a r r i o cono­cido por la More r í a . Por en tonces , y c u a n d o , en a u ­senc ia del empe rado r , g o b e r n a b a los re inos el ce le , bre f r anc i scano , ocur r ió en t r e él y los nob les u n a d i spu ta , qiiá concluyó sacándo la s el c a r d e n a l a! bal­cón y diciéndoles con l igeras v a r i a n t e s : <cMe p r e g u n ­tá is con qué poderes gobierno . . . , pues ah í los tenéis ; con esos poderes» , y s e ñ a l a b a á los c a ñ o n e s y á los so ldados ; r a s g o que la h is tor ia cons igna y que los m o d e r n o s m a n d a r i n e s t ienen t an p resen te al j a c t a r ­se de que «no en t i enden de leyes», (1) que j a m á s go­b ie rnan con o t ros , po rque pref ieran á la fuerza de la r azón U r a z ó n de la fuerza.

Desde Felipe l i , el a l c á z a r fuó la m a a s i ó n rea l , h a s t a que el conde duque de Ol iva res , p a r a d i s t r ae r á Felipe IV, imag inó cons t ru i r el pa lac io del Buen Ret i ro (de r r ibado por los f ranceses j , pa lac io de r e ­creo que compar t ió muy en breve con el a l c á z a r ei favor especial ís imo de p re senc i a r i n ti i gas , vena l ida ­des , p laceres y d e m a s í a s . Otro edificio a lzóse , incen­diado el a l c á z a r , sobre sus m i s m a s r u i n a s , t es t imo­nio m o n u m e n t a l de la fas tuos idad y del orgul lo de los Borbones . En t re los e s c o m b r o s del a l c á z a r no desapa rec ie ron , sin e m b a r g o , los maléficos gen ios que pres id ían los des t inos de una nac ión noble y ge­n e r o s a , m a n d a d a por déspo tas ó por imbéci les . . . esos genios del m a l no hab ían t e r m i n a d o su misión terr i­ble; t en ían que cumpl i r la por comple to .

De lodos los pun tos m e n c i o n a d o s , á donde iba y de donde la <;orte ven ía en el t r a n s c u r s o de a l g u n e s s ig los , p a r t í a n como de un foco r a y o s de luz, q u e p r e s t a b a n brillo á la local idad, o r a h e r m o s e á n d o l a por g r a d o s , OT<, a b r a s á n d o l a de v e r g ü e n z a ; porque en t r e t a n t o s r e sp l ando re s los hubo falsos y s o m ­br íos , a u n r e t r o g r a d a ndo á le janos t i empos ; resp lan­dores l an s in ies t ros , que los eSf<íritus p e n s a d o r e s vieron en ellos con e span to el fatal a n u n c i o de las h o g u e r a s en que h a b í a n de ser q u e m a d o s vivos los h o m b r e s , c r eyéndose insuficiente el r educ i r s u s o b r a s á p a v e s a s , q u e esto es lo que hizo el obispo de Cuenca en los c l a u s t r o s de S a n t o Domingo con los m a n u s c r i t o s del m a r q u é s de Vil lena, pérd ida que a ú n l loran los a m a u t e s de las c ienc ias , a c to de b a r ­ba r ie que pudo muy bien dar m a r g e n á que con su r ecue rdo , evocado v ivamen te á c a u s a de l a s vícti­m a s que h a c i a y a el odioso t r ibuna l del S a n t o Ofi­cio (2), t r a t a s e el pueblo, cuando l a s C o m u n i d a d e s

(1) Asi (leciHO'ilonnel; y otros ¡fobornansts después, aunque sin' decirlo, lo prncticiiu rarisiucu;iieiile.

(2) En lí repre.síiitación que la Santa Junta de los Comuneros ilirigió al emperador, se «(^licitaba, entro otras uiuclias cosasjustí-simas, «que la IiKiuisicinn .s.ilo se ocupase üu el servicio del Omni­potente, y d«tiase de ullrijar y oprimir a los ciudadanos».

d e incendiar el c o n v e n t o , c o m o e n r e p r e s a l i a s dei a t e n t a d o cometido c o n t r a la l iber tad del p e n s a m i e n ­to h u m a n o ; hecho t a n r idículo, en fin, que sólo c ier­t a s gen tes se a t r e v e r í a n á apl.audirle, del propio mo­do que han ap laud ido su inconcebible r ep roducc ión en las f a m o s a s quemas de libros ver i f icadas h a c e a ñ o s en la C o r u ñ a y en Ba rce lona , con e scánda lo de toda Europa .

Aquel auto de fe, en el cua l p o d r á n ha l l a r su p a r ­tida de b a u t i s m o los neoca tó l i cos , se r e m o n t a al re i ­n a d o de D. J u a n II.

.Más t a rde , en el d e su hijo Enr ique IV, h u b o t a m ­bién r e sp landores , pero m u y di ferentes ; e r a n los q u e despedían l a s luces de un festín, de u n a c e n a esp lén­dida d a d a por el a rzob i spo de Sevil la á t o d a la co r l e (en Madrid á la s azón) , p a r a c e l e b r a r el m a t r i m o n i o de dicho rey con d o ñ a J u a n a de P o r t u g a l ; c e u a t a n s i n g u l a r m e n t e apologét ica del e s t ado á que h a b í a n l legado los poderosos de la t i e r r a , que su ú l t imo se r ­vicio consis t ió eu d o s b a n d e j a s «de an i l los de o r o con p iedras p rec iosas» , p a r a q u e la r e ina y s u s d a ­m a s t o m a s e n l a s q u e m á s quis ieren , h a c i e n d o h o n o r á los pos t res . ¡Y el anfi t r ión e r a un s a c e r d o t e , y e r a n reyes y a l t a s d a m a s y caba l l e ro s pr inc ipa les los coii-vidadosl ¡Oh s u p r e m a g a l a n t e r l a l

Después, por t rad ic ión , por c o n s e r v a r en Jos f a s ­tos pa lac iegos todo lo que pud ie ra ena l t ece r l as c o s ­t u m b r e s de la cor te , en los r e i n a d o s de Felipe IV y Car los II, c u a n d o h a b í a j u s t a s , to ros ó c u a l e s q u i e r a fiestas r ea l e s en el Buen Ret i ro ó P l a z a M a y o r , no e r a e x t r a ñ o t ampoco ver que se o b s e q u i a b a públ ica­m e n t e á l a s d a m a s , en t re los dulces d e r igo r , c o n p r e n d a s de su uso pe r sona l , por e jemplo , «med ia s y l igas»; con dijes prec iosos , por e j emplo , «bolsillos de á m b a r l lenos d e m o n e d a s d e o r o » , obsequios q u e d a n u n a idea muy tr is te de qu ienes los p r e s e n t a b a n , y m á s t r i s te aún de qu ienes los a d m i t í a n s in q u e s u m a n o t emblase y se cubr i e ra de rubo r su f ren te .

Y]no es es to todo: e v o q u e m o s m á s r ecue rdos . J u a n II, pa rec iendo un esc lavo de D. Alvaro de Luna, q u e tuvo t an t rágico fin;... E n r i q u e IV, o t o r g a n d o los m á s a l tos h o n o r e s á Bel l rán de la Cueva ; v iéndose luego dest i tuido i g n o m i n i o s a m e n t e en efigie y so­bre el cada l so l e v a n t a d o en los c a m p o s d e Avi la por l a nobleza; d e s h e r e d a n d o a l cabo á la que r econoc ía c o m o hi ja s u y a y e c h a n d o sobre sl con es te a c to el m a y o r bo r rón que puede cae r sob re la f rente de un rey , de un esposo, de un padre . . . ; los Reyes Catól i ­cos m i r a n d o la situació .T de la pobre h u é r f a n a con es to ic i smo imal i f lcable ; i n s t i tuyendo la inquis ic ión , por la e x a g e r a c i ó n de la fe re l ig iosa en Isabel y en F e r n a n d o , por un p e n s a m i e n t o de a v a r i c i a , ev iden­c iado con la m a l h a d a d a expuls ión de los jud íos . . . ; Car los V, i n u n d a n d o de flamencos el pa í s , r o b a n d o á los pueblos sus l iber tades y hac iendo r o d a r en el pa ­tíbulo las c a b e z a s de los m á s i lus t res Comune ros . . . ; Felipe II pers iguiendo c o m o u n a fiera á su sec re t a r io Anton io Pérez ; h a c i e n d o d e s a p a r e c e r los fueros de A r a g ó n , j u n t a m e n t e con la v ida de L a n u z a ; s iendo p a r t e y juez, a rb i t ro s u p r e m o , inape lab le , en la cau -

de su propio hijo D. Car los . . . ; Felipe III con tem­p lando indiferente q u e l a . admin i s t r ac ión de sus va­lidos e r a un v e r d a d e r o m e r c a d o en q u e des l inos , ho ­no re s , lodo se a d j u d i c a b a al me jo r pos tor ; Felipe IV y su favor i to s iendo los p r o t a g o n i s t a s de los e scán ­da los ocur r idos en el c o n v e n t o de m o n j a s de San Plácido, según c u e n t a la t radic ión ..; Ja r e ina Ma- . r i a n a , pues t a á los pies del P a d r e N i t h a r d y d a n d o j ocas ión á que luego Va lenzue la tuviese á los s u y o s el m i s m o t rono . . . ; Car los II r e g a l a n d o la nac ión es - j p a ñ o l a c o m o pud ie ra habe r lo hecho con s u s vest í - i dos , sus c a r r u a j e s ó sus caba l lo s , sin c i t a r Cor t e s , sin t ene r en c u e n t a p a r a n a d a que , c o m o dec ía en su sab io d i c t a m e n Pé rez da Soto , m i n g ú n pr incipe de la d inas t í a de Aus t r i a podía d isponer de la s u c e ­s ión de E s p a ñ a por a c t o t e s t a m e n t a r i o , pues l a co ­r o n a no e r a propiedad par t icu la r . . . ;» Felipe V yén ­dose á vivir, t r ans ido de pena por la m u e r t e de su p r i m e r a mujer , á la c a s a del d u q u e de Medinacel i , y rec ib iendo las v is i tas de la pr incesa de los Ur s inos , q u e iba á conso la r l e m u y á m e n u d o , a u n q u e s in pu­blicidad, porque p a r a ev i ta r lo a b a n d o n a r o n los frai­les t r a n s i t o r i a m e n t e el c o n v e n t o de Capuch inos , con­t iguo á la d i cha casa , y en el que se ins ta ló la pr in­cesa , m a n d a n d o r o m p e r la pared m e d i a n e r a p a r a c o m u n i c a r s e i n t e r i o rmen te con aque l buen rey y se­ñ o r , cuyo c a r á c t e r descr ib ía el C a r d e n a l Alberon i d ic iendo «que lo único que neces i t aba e r a un recli­n a t o r i o é c o s a ' e de a n a donna . . . (1); Luis I d a n d o

(1) Véanse Duclfts, vol. II, pag. 61, y Cosse, tomo II, pág. 125. Sípaña bn/o el reinado de la cata de Uo¡ bón, obra traducida al es­pañol en 1846.

Cente Vieja ó r d e n e s p a r a q u e n o s e p e r m i t i e r a e n t r a r en pa lac io á su e s p o s a , y s i endo j u g u e t e , a d e m á s , de la v e r d a ­d e r a c o r t e , q u e e s t a b a en S a n I ldefonso, a s í c o m o a n t e s , m i e n t r a s v iv ió Luis X I V , h a b l a e s t a d o e n V e r s a l l e s , no en Madr id . . . ; F e r n a n d o IV e l e v a n d o á l a c a t e g o r í a d e favor i to a l s o p r a n o F a r m e l l i , bien q u e hub i e se m o t i v o s f u n d a m e n t a l e s p a r a que no le c a u s a s e n la m e n o r a l a r m a las c o n f i a n z a s de és te e n pa l ac io . . . ; C a r l o s 111, c r e y é n d o s e d e o r i g e n cas i t a n d iv ino c o m o el m i s m o V e r b o , a r r e g l a n d o t o d a s s u s a c c i o n e s , t oda s u v ida c o m o si fue ra la m á q u i n a de u n re lo j , m o s t r á n d o s e imp lacab l e c u a n t o rec to con la expu l s ión de los j e s u í t a s en fiero d e s q u i t e t a l vez del m o t í n c o n t r a Esqu i l ache . . . ; C a r l o s IV, el esposo da M a r í a Luisa , d e a q u e l l a r e i n a bu l l i c iosa y a l e g r e q u e , no c o n t e n t a con los c o n c i e r t o s de g u i t a r r a (di­r i g í a l o s á la per fecc ión el c é l eb re favor i to ) , d i spon í a , a d e m á s , func iones en el t e a t r o del B u e n Fletiro, y p a r a q u e hub ie se g e n t e s en e l las q u e s e e c h a s e u n a especie de l eva por los c o n t o r n o s , ob l i gando , m e r c e d á es te med io o r ig ina l y un si es ó no es c h i s t o s o , á q u e se d iv i e r t an de g r a d o 6 por fuerza no pocos t r a n ­qui los p a s e a n t e s . . . ; F e r n a n d o Vi l , el d e s e a d o , el q u e c e r r a b a l a s u n i v e r s i d a d e s y a b r í a c á t e d r a s de t a u ­r o m a q u i a , el que s u p r i m í a los tres negros llamados años, el q u e a z u z a b a y v i c t o r e a b a á los l i be r a l e s , c u a n d o v e n c í a n á s u s s i c a r i o s y c u a n d o e r a n v e n c i ­d o s los m a n d a b a al pa t íbu lo . . . ; t o d a s e s t a s figuras, t o d a s , c r u z a n por d e l a n t e de n u e s t r a i m a g i n a c i ó n p r e s a de u n a c rue l pesad i l l a , c o m o r áp idos tne teo-r o s , c o m o f a n t á s t i c a s a p a r i c i o n e s que des t e l l an r e s ­p l a n d o r e s d e su g l o r i a , de e s a g l o r i a q u e c a u s a b a a s o m b r o , i n d i g n a c i ó n , m i e d o ; de e s a g lo r i a q u e a r r a n c a b a ch i s t e s , l á g r i m a s , a p l a u s o s ; de e sa g l o r i a q u e p a r é e l a l a n z a r i n s t a n t á n e o s reflejos, c o n f o r m e los t i empos se s u c e d í a n y la poblac ión se a c r e c e n t a ­b a , d e s d e el h o g a r de los h i d a l g o s h a s t a el t u g u r i o de los p e c h e r o s , d e s d e los a t r i o s de las ig les ias h a s ­ta l a s p l a z a s púb l i cas , desde el munic ip io h a s t a l a s a f u e r a s , desde los c o r r a l e s d e l a s c o m e d i a s h a s t a los f a m o s o s m e n t i d e r o s , desde el P r a d o de S a n J e ­r ó n i m o h a s t a el Campi l lo de M a n u e l a , d e s d e l a s á u ­r e a s s a l a s da los fes t ines h a s t a l a s h o s t e r í a s 6 figo­n e s , d e s d e l a s bot i l le r ías h a s t a las t a b e r n a s , d e s d e la P u e r t a del Sol , en fln, h a s t a todos los e x t r e m o s d e l a Vil la, h a s t a los pueb los d e t o d a E s p a ñ a .

¡Qué e n s e ñ a n z a s y c u á n t a e locuenc ia g u a r d a la Hi s to r i a p a r a pueb los y c i u d a d a n o s i C i t a r los n o m ­b r e s de los m o n a r c a s a u s t r í a c o s y bo rbón icos y no h a c e r , á g u i s a d e r e c o r d a t o r i o , re f lex iones s o b r e s u s p e r s o n a s y r e i n a d o s , s e r l a p u n t o m e n o s q u e i m p o ­sible .

Con el a d v e n i m i e n t o d e la c a s a d e Aus t r i a a l t r o n o d e E s p a ñ a , el d e s p o t i s m o r ea l , a c o m p a ñ a d o de su h o r r i b l e s équ i to d e m a l e s , t o m ó a q u í c a r t a d e n a t u ­r a l e z a : con h a b e r s e e n t r o n i z a d o luego la c a s a de F r a n c i a , la n a c i ó n no log ró o t r a c o s a q u e m u d a r d e a m o s y q u e á s u s c a d e n a s se a ñ a d i e s e n n u e v o s e s ­l a b o n e s . En la t i e r r a c l á s i ca de la l ibe r t ad sólo a l e x ­t r a n j e r i s m o p u d i é r a m o s d e b e r obsequ ios t a l e s . U n a y o t r a d i n a s t í a d í é r o n n o s p r u e b a s s o b r a d a s del c a ­r i ñ o q u e les m e r e c í a m o s .

C a r l o s V p a r a q u e le j u r a r a n l a s C o r t e s del r e ino , t u v o á d e s p e c h o s u y o , q u e p r e s e n t a r s e a n t e e l las en Va l l ado l id y oir q u e se le r e c o m e n d a b a n o o l v i d a r q u e «un r e y e s m e r c e n a r i o d e s u s subdi tos ;» a p o s ­t ro fe del que se v e n g ó en su din , m a n i a t a n d o á los pueb los c u a n d o se h u b o t e r m i n a d o en Vi l l a l a r el d r a m a t r á g i c o de l a s C o m u n i d a d e s . Felipe V. , c o m o recibió la nac ión po r med io de un l e g a d o , ni m á s ni m e n o s q u e si fuese p rop iedad p a r t i c u l a r del t e s t a ­do r , no t u v o neces idad de q u e l a s Cor t e s , l a s v e r d a ­d e r a s Cor t e s del r e i n o , c i t a d a s en t o d a r e g l a , le ju­r a s e n n a d a ni le d i r ig iesen p a l a b r a s s e m e j a n t e s ; lo c u a l n o h u b i e s e h e c h o m u c h a g r a c i a q u e d i g a m o s , a l n ie to de Luis X I V , de a q u e l s o b e r a n o t a n a m i g o d e l a s f o r m a s r e p r e s e n t a t i v a s , q u e r e s u m í a el E s t a -en s u p e r s o n a y q u e e n t r ó en el P a r l a m e n t o de P a ­r í s coD el lá t igo e n la m a n o .

L o s r e y e s a u s t r í a c o s so l í an r e u n i r l a s Cor t e s , p r i n c i p a l m e n t e p a r a p e d i r l a s a u x i l i o s me tá l i co s y que r e c o n o c i e s e n á los p r ínc ipes h e r e d e r o s : los r e ­y e s v e n i d o s de F r a n c i a no se c u i d a r o n m á s q u e d e e s to ú l t imo. P o r f ó r m u l a se c e l e b r a r o n C o r t e s c u a ­t ro 6 c inco v e c e s en todo el s ig lo xv i i i .

¡Qué po l í t i ca y q u é a d m i n i s t r a c i ó n la d e u n o s y o t r o s r e i n a d o s i J u z g ú e s e del e s t a d o l a m e n t a b l e á q u e l l e g a r í a n la a g r i c u l t u r a , l a s a r t e s m e c á n i c a s y el c o m e r c i o , por la e x c e l e n c i a de los pr inc ip ios eco­n ó m i c o s q u e r e v e l a n d o s d i spos ic iones ; l a p r i m e r a , d e Fel ipe II, m a n d a n d o que se impus i e se la p e n a de

conf i scac ión de t o d o s los b i enes y de e x t r a ñ a m i e n t o del r e i n o , a l l a b r a d o r q u e po r t e r c e r a vez i n c u r r i e r a en la fa l ta «de h a c e r y v e n d e r p a n del t r igo de su cosecha ;» y la s e g u n d a , de Fel ipe V, c o n m i n a n d o con s e v e r l s i m a s p e n a s «á los q u e n o u s a s e n en lo suce s ivo p a ñ o s y s e d e r í a s f a b r i c a d o s en E s p a ñ a , » y c o n c e d i e n d o seis m e s e s de t é r m i n o , á los que « tu-b iesen r o p a s y m u e b l e s d e fáb r i ca e x t r a n j e r a p a r a vende r lo s .»

L a c iencia as í i n su l t ada ; no l l enado el vac ío i n ­m e n s o que p rodu je ron en el pa í s l a s b á r b a r a s e x ­pu l s iones de los mor i s cos ; d i e z m a d a la pob lac ión por m i r a s b a s t a r d a s y g u e r r a s en e x t r a ñ o sue lo , la c a s a de A u s t r i a nos e m p o b r e c i ó , y su s u c e s o r a h izo c u a n t o le fué dab le p a r a q u e no hub i e se n e c e s i d a d de n u e v o e m p o b r e c i m i e n t o . Al d e s a p a r e c e r a q u e l l a , l a r u i n a l l a m a b a á l a s p u e r t a s d e l a h a c i e n d a espa­ño l a ; y de ta l m o d o , q u e C a m p o m a n e s refiere (1) h u b o m o m e n t o s ba jo el r e i n a d o d e C a r l o s II, q u e s e pensó ( i p á s m e n s e las a c t u a l e s g en e rac i o n es l j e n t r e ­g a r p r o v i s i o n a l m e n t e la a d m i n i s t r a c i ó n , j u n t o c o n la d i recc ión de G u e r r a y M a r i n a , á l a s ig les ias c a t e ­d r a l e s de To ledo , Sevi l la y M á l a g a . ¿Qué m á s ? M u e ­re Felipe V, y con su m u e r t e l ega á E s p a ñ a u n a d e u d a de c u a r e n t a y c inco mi l lones de d u r o s ; y e so q u e con la n u e v a d i n a s t í a los i m p u e s t o s h a b í a n a u ­m e n t a d o c o n s i d e r a b l e m e n t e : en t i empos de C a r l o s II no i m p o r t a b a n m á s q u e t r e i n t a y d o s m i l l o n e s dQ r e a l e s , y en los del p r i m e r B o r b ó n p a s a r o n con no­tab le e x c e s o de dosc ien tos .

H a b l a s e m u c h o del faus to de sp l egado por Fel i ­pe IV; y no o b s t a n t e ¡los g a s t o s de su c a s a sólo a s ­c e n d í a n á se is mi l lones de r e a l e s ! C u a n d o C a r l o s II sub i e ron á o n c e : c u a n d o Fel ipe V, á t r e i n t a y c inco mi l lones . A p e n a s r e s u l t a d i f e r enc i a ¿no e s v e r d a d ? Esp l i canse t a n n o t a b l e s g u a r i s m o s por el a f á n d e b u s c a r en I ta l i a t r o n o s p a r a s u s h i jos , impe l ido po r la a m b i c i ó n de su s e g u n d a e sposa , Isabel de F a r n e -s io; po r l a s s u m a s i n m e n s a s q u e e s t a m u j e r i n s a c i a ­ble e m p l e a b a en l a c r e a c i ó n del rea l sitio de la G r a n ­j a , á fin de r i v a l i z a r con V e r s a l l e s , no p a r e c i e n d o s ino que , c o m o la dec í a A lve ron i con i rón ico a c e n ­to , « g u s t a b a se r c o n d e s a de S a n I ldefonso mejor q u e r e i n a de España ;» y po r l a s n o m e n o s i n m e n s a s , de s ­t i n a d a s t a m b i é n á la magn i f i cenc i a de o t r o pa l ac io ; el a c t u a l .

E s p a n t a c o n s i d e r a r el c a t á l o g o de v i c t i m a s h e c h a s por la Inquis ic ión d u r a n t e el domin io de la C a s a de A u s t r i a , pe ro s épase q u e sólo en el r e i n a d o de Fe l i ­pe V fueron q u e m a d o s en efigie "82 i nd iv iduos , pe r ­s o n a l m e n t e I 574 y p e n i t e n c i a d o s 11.730: to ta l d e v i c t i m a s , 14.076. C o m o cues t ión d e h u m a n i d a d é i lus t r ac ión , e s to s d o m i n a d o r e s c a u s a n i g u a l ó m a ­y o r h o r r o r q u e s u s f a n á t i c o s a n t e c e s o r e s , p u e s t o q u e l a s f a t íd icas h o g u e r a s c o n t i n u a b a n e n c e n d i d a s en med io del s ig lo x v m .

D u r a n t e la a n t e r i o r d i n a s t í a , la inf luencia d e los f rai les , s u s r i q u e z a s y su n ú m e r o e x c e d e n á t o d a p o n d e r a c i ó n ; no c a b i e n d o d u d a d e que e n t r e l a s g u e r r a s y la c r e a c i ó n de c o n v e n t o s e x t i n g u i ó s e todo el o r o y la p l a t a q u e n o s t r a í a n los g a l e o n e s de A m é -r i ca ;¿pero i a d m a s t i a n u e v a p u s o co to , h izo a l g o p a r a r e m e d i a r el ma l ? ¿No c rec ió é s t e en vez de a m i n o ­r a r s e ? M a c a n a z , t a n i n f o r t u n a d o y p e r s e g u i d o , d i r i ­g í a , e n t r e o t r o s , e s to s v j r s o s á Fel ipe V:

«Los q u e e n t r a n en re l ig ión q u e te h a c e n g r a n fa l ta es c i e r to ; si b u e n o s , p a r a l a s a r m a s ; si m a l o s , p a r a los b u e n o s . \ ¿ H a y o t ro s m á s e n c e r r a d o s q u e los c a r t u jo s? N o , c i e r to ; ¡y con v o t o de p o b r e z a n o s p r e s t a n d i n e r o á censo l ¿ P u e s qué m á s c l a r o h a s de ve r q u e a u n los q u e e s t á n m á s a u s t e r o s , v e n d i e n d o la l i b e r t a d c o m p r a n n u e s t r o cau t ive r io? P o b r e s y r i cos es d a ñ o el h a b e r m u c h o s c o n v e n t o s . »

L o s s u c e s o r e s de Fel ipe V s e c u n d a r o n d e un m o d o a s o m b r o s o á los r ey e s a u s t r í a c o s , y los f ra i les c r e ­c i e r o n c o m o po r e n s a l m o . C u a n d o s e d e c r e t ó e n 183(j la e x c l a u t r a c i ó n , h a b í a en la p rov inc i a de M a ­d r id 120 m o n a s t e r i o s y c o n v e n t o s , c las i f i cados a s í : só lo en l a cap i t a l 65 (d e re l ig iosos , 34; de r e l i g i o s a s , 31) , y 55 en los d e m á s pueb los (36 de los p r i m e r o s y 19 de l a s s e g u n d a s ) . A d v i é r t a s e , por lo q u e r e s p e c t a á M a d r i d , q u e c u a n d o la g u e r r a de la I n d e p e n d e n ­c i a , los f r a n c e s e s d e r r i b a r o n a l g u n o s edificios de

(1) En su apéndice á la edición popular.

e s t a c l a s e , c i r c u s t a n e i a q u e h a c e n o s e a m a y o r la cifra to ta l .

En la d o m i n a c i ó n de la C a s a de A u s t r i a h u b o pér­d i d a s , d e s a c i e r t o s y g r a n d e s e r r o r e s ; pe ro la d o m i ­n a c i ó n de los p r ínc ipes q u e la s u c e d i e r o n , ¿qué n o s t r a j o a l fin* T r a t a d o s l eon inos con F r a n c i a , c o m o el cé l eb re pacto de familia; a d q u i s i c i o n e s n e g a t i v a s de t e r r i t o r io s en I tal ia y t r i un fos cos to sos ; luego en l a s A m é r i c a s p é r d i d a s sens ib le s , i r r e p a r a b l e s , con la a n u l a c i ó n a n t e los C o n g r e s o s de E u r o p a y d e s a s t r e s c o m o el d e T r a f a l g a r .

T o d a la mil icia e s p a ñ o l a en t i e m p o s de Fel ipe 11, a s c e n d í a a p e n a s á 80.000 h o m b r e s , s e g ú n su c r o n i s ­t a C a b r e r a . Fe l ipe V ten ía a l conc lu i r la g u e r r a de suces ión 12ü b a t a l l o n e s y 103 e s c u a d r o n e s , s in c o n ­t a r el a r m a de a r t i l l e r í a : m á s a d e l a n t e s e o r g a n i z a ­r o n 28 r e g i m i e n t o s de mi l ic ias p r o v i n c i a l e s . Bien puede a s e g u r a r s e que desde a q u e l t i empo el a p a r a t o mi l i t a r y los e jé rc i tos p e r m a n e n t e s s e h a n c r e í d o ind i spensab le s . Y, sin e m b a r g o , en es te n u e v o pe­r íodo , ¿se h a l l a n t r i un fos s e m e j a n t e s á los c o n s e ­gu idos por las a r m a s e s p a ñ o l a s en P a v í a , S a n Quin ­tín y L e p a n t o '

P u e s si d e l a s a r m a s p a u a m o s á l a s a r t e s y l a s l e t r a s , ¿ h a y pa ra l e lo posible? Como u n a de l a s g lo ­r i a s , c o m o u n a d e l a s m a r a v i l l a s d e la a r q u i t e c t u r a , el m o n a s t e r i o de El Escor ia l no a d m i t e c o m p e t e n c i a ni a u n con la m a y o r p a r t e de los edificios r e u n i d o s q u e l e v a n t a r o n los B o r b o n e s ; edificios q u e , si e x c e p ­t u a m o s los q u e m a n d ó h a c e r C a r l o s 111, son la ex ­p re s ión del g u s t o d e t e s t a b l e q u e p r e d o m i n ó e n el p a s a d o s iglo . Ahí e s t á n , p a r a c o m p r o b a r n u e s t r o a s e r t o , el c o n v e n t o de las S a l e s a s R e a l e s , c u y a f á ­b r i ca cos tó m á s de s e s e n t a m i l l o n e s , el Hospic io y la iglesia de S a n C a y e t a n o . N u e s t r o s c é l e b r e s p in to­r e s , d i g n o s de figurar e n t r e los p r i m e r o s del m u n d o , ¿no p e r t e n e c e n a s i m i s m o al s ig lo de Oro de n u e s t r a l i t e r a t u r a , h e r m o s o t emplo c o n s a g r a d o al cu l to de Apolo y de M i n e r v a p o r l a s m u s a s c a s t e l l a n a s , p o r e s t a nob le n a c i ó n , m á s a d e l a n t a d a en o t r a s é p o c a s q u e la m a y o r p a r t e d e e s o s p a í s e s q u e hoy n o s i n ­s u l t a n , p o r q u e c u a n d o el los y a c í a n en la a b y e c c i ó n y la b a r b a r i e , c u a n d o la Edad Media , c m s u c e t r o de h i e r r o , s a lp i cado de s a n g r e , los t e n í a h u n d i d o s en el lodo , n o s o t r o s p o s e í a m o s y a u n a l eg i s l ac ión s a b i a y p o d e r o s a , u n a leg is lac ión q u e h a c e p r o r r u m ­pir en " x c l a n i a c i o n e s d e júbi lo y a s o m b r o á c u a n t o s h o m b r e s r e c t o s y p e n s a d o r e s q u i e r e n t o m a r s e el t r a ­bajo de r e p a s a r n u e s t r o s a n t i g u o s é i n m o r t a l e s có­digos?

V e r d a d os q u e e n el s ig lo xv i i i s e q u i s o d a r n o s u n b a r n i z científico l i t e r a r io á la f r a n c e s a . A c a d e m i a s , c o r p o r a c i o n e s d e t o d a s c l a s e s s u r g i e r o n de r e p e n t e en Madr id . ¿Crea ron a lgo? ¿Qué e s c u e l a s e r a n e s a s que cas i no t u v i e r o n discípulos? ¿Y q u é d i sc ípu los fueron los s u y o s q u e n o p r e s e n t a n o b r a s , ó q u e , si l a s p r e s e n t a n , s o n en e s c a s í s i m o n ú m e r o , i n f o r m e s , i n s u l s a s , r id iculas? El s ig lo de los C o m e l l a s , de los G e r u n d i o s d e C a m p a z a s y de los C h u r r i g u e r a s , e n ­m u d e c e , p o r q u e sólo a l finalizar es c u a n d o v u e l v e n á r e s p l a n d e c e r l a s l e t r a s y l a s a r t e s e n el c ie lo d e l a p a t r i a in sp i rac ión , a h u y e n t a n d o l a s n u b e s q u e le c u b r í a n , y a n u n c i a n d o u n a revo luc ión r e g e n e r a d o r a en t o d o s s en t i dos y ba jo todos c o n c e p t o s .

Mas , h a s t a q u e l legó el d í a s u s p i r a d o , ¡ c u á n t o s o t r o s d e i g n o r a n c i a y m a r a s m o , d e i n c e r t i d u m b r e y l á g r i m a s ! C a r l o s III impu l só el desa i rol lo de los in­t e r e s e s m a t e r i a l e s , y l levó á c a b o b a s t a n t e s m e j o ­r a s , b r i l l ando en su r e i n a d o i l u s t r a c i o n e s c o m o C a m p o m a n e s y F l o r i d a b l a n c a ; es v e r d a d , m u c h a v e r d a d . ¿Y n o lo es t a m b i é n q u e s u s e n t u s i a s t a s pa ­n e g i r i s t a s , los q u e , al p a r a n g o n a r la a d m i n i s t r a c i ó n d e los B o r b o n e s con l a de los a u s t r í a c o s , e n s a l z a n a q u é l l a y d e p r i m e n é s t a , le a p l a u d e n á él , m á s que por lo que h izo , por lo q u e v e n í a ó lo q u e se p r e s e n ­t í a q u e i ba á v e n i r p r o n t o e n t r e los n a t u r a l e s a d e ­l a n t o s de la época? L a h u m a n i d a d p ros igue s u m a r ­c h a á despecho de los e s t a c i o n a r i o s , p o r q u e los a ñ o s n o t r a n s c u r r e n en b a l d e . H a y e s c r i t o r e s , s in e m b a r ­g o , q u e , sin t e n e r l o en c u e n t a , i n c l i n a n la b a l a n z a á favor d e t a l e s 6 c u á l e s r e i n a d o s . P o r n u e s t r a p a r t e , s o m o s m á s c i r cunspec tos , p e n s a n d o q u e c u a n d o u n a cosa n o s a t i s f ace y o t r a de ja m u c h o q u e d e s e a r , lo m á s c u e r d o , lo m á s lógico es no e n t u s i a s m a r s e por n i n g u n a dc l a s d o s .

En m e n o s p r e c i o d e los p r ínc ipes a u s t r í a c o s , r e -c u é r d a n s e c i r c u n s t a n c i a s é i nc iden t e s h a r t o signifi­c a t i v o s . Fel ipe IV cons in t ió q u e su va l ido O l i v a r e s , h a c i e n d o a l a r d e de c o n m i s e r a c i ó n , e x c l a m a s e en su p r e s e n c i a , a l s a b e r s e la p é r d i d a de u n a de n u e s t r a s p l a z a s en el F r a n c o C o n d a d o : « ¡Pobrec i to rey de

Gente Vieja Franc ia !» ; y que en o t r a aflictiva ocas ión , c u a n d o el l e v a n t a m i e n t o de P o r t u g a l , le dijese con r e p u g n a n ­te son r i s a e s t a s ó p a r e c i d a s p a l a b r a s : «Señor , t engo que da r á V. M. una b u e n a not ic ia : el d u q u e de Bra g a n z a se h a i n su r r ecc ionado , y, por cons iguiente , sus E s t a d o s i n g r e s a n en vues t ra co rona» . A este r ey , ape l l idado el Grande, se le c o m p a r ó con un foso, que es tanto más grande cuanto más tierra se íe quita.

Algunos reyes de la d inas t í a s u c e s o r a no quedan mejor p a r a d o s a n t e la cr í t ica s e v e r a . F e r n a n d o VI desechó l a s proposiciones h e c h a s por el cé lebre mi ­nis t ro Pi t t p a r a devo lve rnos Gib ra l t a r , e sa espina elacada en el corazón de España, si a y u d á b a m o s á I ng l a t e r r a á r e c u p e r a r la is la de M e n o r c a , que le ha­b lan qu i t ado los f ranceses . Ser ía m u y l a rgo el en­t r a r en los mot ivos fundados ó in fundados que le in­dujeron á tal n e g a t i v a ; pero no a d m i t e d u d a que con ella se perdió a c a s o la única ocas ión propicia de que desapa rec i e se esa b a n d e r a que nos a f r en t a al osten­t a r s e en el Es t r echo .

P a s e m o s en silencio el inolvidable r e inado de Car­los IV. Sube al t rono su hijo; ¿y c ó m o i n a u g u r ó el suyo en 1808? Disponiendo por medio de un decre to , c u y a fecha es el 30 de M a r z o , que se e n t r e g a s e á Napoleón , porque éste hab í a m a n i f e s t a d o que le se­ría grato poseerla, la e s p a d a que l l evaba en P a v í a el rey caba l l e resco que habi tó , en ca l idad de prisio­ne ro , n u e s t r a desde en tonces f a m o s a t o r r e de los Lu janes (1). ¿No es cier to t a m b i é n que d e s l e su r e ­clusión en Va lencey , es te m i s m o rey fel ici taba a l e m p e r a d o r , por l a s ven ta j a s , i lusor ias las m á s de las veces, que los e jérc i tos f ranceses consegu ían sobre nues t ro s padres? Bajo s u s t u m b a s a ú n se e s t r e m e ­cen de dolor y a s o m b r o los mut i l ados res tos de t an ­tos hé roes .

Ha d icho muy o p o r t u n a m e n t e un a v e n t a j a d o es­c r i to r e x t r a n j e r o , a l c o n t e m p l a r la ser ie de r e t r a t o s de los r eye s a u s t r í a c o s , que « a d m i r a d ver la a r m o - . n ía que g u á r d a l a s ingu la r d e g r a d a c i ó n de las for m a s f ísicas con la de sus facul tades in te lec tuales»; y t a m b i é n h a adqu i r ido g r a n ce lebr idad el a r r a n q u e de Isabel de F a r n e s i o , c a s a d a con Felipe V, c u a n d o , enco le r i zada por un desa i r e de la F r a n c i a , e x c l a m ó ; «los Borbones son u u a r a z a de diablos»; m a s r eco r ­d a n d o de l an t e de quién e s t a b a , a ñ a d i ó : «excepto v u e s t r a ma je s t ad» (2).

¿Pun to flnalf... [Ahí no ; pues . Dios m e d i a n t e , el r é g i m e n político i m p e r a n t e

-prosigue su misión de b i e n a n d a n z a s con el Quijote a n d a n t e ,

los P a n l o j a s , los m e m o s y los P a n z a s .

M. DE LLANO PERSI.

MALA REPARTICIÓN

Juan Ruiz es calvo de veras; pero, del cráneo á despecho, tiene coraza en el pecho y en los hombros charreteras . Y á todos dice al oído: —Calvo soy, más me consuelo; pues no es por falta de pelo, sino por mal repartido.

ENRIQUE GASPAR.

LOS SEGADORES

k D O Ñ A E M I L I A P A R D O B A Z Á N

Ya están ahí. Los he visto llegar. Apiñados llenaban un coche de tercera. No bien paró la má­quina, descendieron pesadamente al andén, afian­zando sus manos en los aldabones para que no resbalasen sus herrados borceguíes en el estribo. Constituyen una tribu de segadores compuesta de una treintena de hombres de enjutas y curtidas carnes, buena estatura, cetrina tez, negros ojos y triste mirada. La escasez de prendas que vis­ten los uniforma, la igualdad de edades los junta

(1) La ceremonia se verificó al día sigruiente, poniendo en ma­nos del príncipe Marat. grande duque de Bee^. este trofeo nacio­nal, que hoy se halla en el Museo de Artillería de París, señalado con el núm. 832.

(2) Véase la Etpaña h<^u la Ca»a de Borbón, tomo II, pág. 212.— Coxe.—Obra traducida y publicada en 1816.

y la necesidad los transporta. Vienen de las ri-sueñasre giones del Noroeste, dejando allá, lejos, muy lejos, sus plácidos campos, sus frescos cre­púsculos y sus playas bravias, para encontrar las abrasadas y polvorientas tierras castellanas con su quietud desesperante, su prosaica monotonía y su vida sin accidentes. En las dilatadas plani­cies manchegas nada distrae ni nada consuela, i ¡Dieciséis horas de sol que calcina y ocho de no­che que asfixia! Ni árbol que dé momentánea sombra, ni arroyo que refresque, ni ladera que resguarde durante el día; ni pájaro que cante, ni hoja que abanique, ni canción que conforte, ni murmullo que adormezca durante las sombras. Nada de esto ignoran aquellos sufridos hijos del trabajo, que todos los años buscan en sus triste­zas de hoy, alegrías para el mañana. Allá quedan las unas y no desaparecen las otras hasta que el capataz cobre la cuenta y oigan silbar la locomo­tora caminando al Noroeste. ¡De qué distinta manera suena en el alma á la ida qué lo hace á la venida! Al retorno y al llegar cerca de sus queridas fronteras, la fisonomía de aquellos hom­bres cambia por completo, la alegría brilla en sus ojos y sale de sus robustos pulmones el bra­vio aturuxó, grito céltico que, contestado y reper­cutido de montaña en montaña lleva la buena nueva del regreso al más modesto corruncho del valle.

La nostalgia que el gallego siente por todo lo suyo es proverbial; y como la tierra de Castilla sólo tiene de ellos el sudor, que de padres á hijos la viene fecundando, de ahí que tristes y silencio­sos, soñando con la vuelta, salgan del andén apo­yando en erhombro el nudoso palo, á cuyo ex­tremo cuelga el atillo, del cual sobresale la hoz, cuya hoja se abrillanta á medida que el mango se ennegrece.

Entregó el capataz los billetes en la puerta de salida de la estación, y mustios y cabizbajos to­maron todos la ancha carretera que dirige á la plaza del ¡-ueblo.

Los soportales de la casa de la villa son el albergue de los segadores; en ellos hacen los ajustes, si no los tienen de antemano concer­tados.

La llegada del segador coincide con la de la golondrina. Esta deja el África cantando, :rae consigo su compañera, y viene en busca del nido de sus amores. El hijo de las montañas que vie­ne de lugar opuesto, deja los suyos en los verdes y frescos maizales de sus oteros, y no canta por­que el penetrante y sentido alalá de sus poéticas alboradas, necesita ser recogido y repercutido por la quebradura de la montaña, y en la planicie castellana, ni crece el maíz, ni se alza el monte, ni suena la gaita, ni se oye el pandciro. Por eso el galaico, mientras dura la siega, permanece mudo y silencioso.

Siempre está atento al retorno, y se queda dormido sobre el surco mirando la estrella que alcanza á ver más al Noroeste, pidiéndole evo­que en sus sueños escenas de su tierra; y si á la clara luz del plenilunio, al qi:e rinde culto su sangre celta, le veis sonreír, «es que su espíritu asiste á la misteriosa cita á que le llama el su­blime centellear de las estrellas en el silencio de la noche»; cita á que le atraen los melancólicos tercetos de su poesía popular; la sentida cántegu; el eco del pandeiro; la alegre regueija; el voltear de las campanas de Bastábales y la tradicional alumbrada, á cuyo alrededor suena el tamboril y la gaita. Los sonidos de ésta me recuerdan otros que oí en Oriente, y que delatan el origen asiá­tico de los celtas.

Al alborear el nuevo día, el pobre segador des­pierta, vuelve á la realidad, y la tristeza inva­de su terrosa tez al alejarse de .su espíritu las hermosas marinas cubiertas de verdura, los altos picachos de sus Pirineos, las cristalinas aguas de sus rías, la candelada que alza sus llamas en la sierra, y la memña que al borde del camino, aguarda, quedando sólo para su consuelo el mo­dular muy bajito la tristísima cántega El deste­rrado, conjunto de lágrimas y suspiros engarza­dos en ritmo poético por el más espiritual de los escritores galaicos.

Hecho el frugal desayuno, la tribu se pone en movimiento, y aquellos hombres animosos y re­sistentes empuñan la hoz, y cada cuál ocupa su alineación en el tajo.

Mientras dura la siega, el gallego no duerme en poblado; no se cobija en tienda ni chozo, y toda su impedimenta se reduce al atillo que atado por sus cuatro puntas guarda un pañuelo de yerbas. Exiguo depósito de lo estrictamente preciso para cubrir sus carnes, con la ausencia de todo lo que representa higiene, limpieza y su­perficialidad. Los útiles y menesteres de alacena, mesa y cocina, los representan el caldero, que lo mismo sirve para contener la gazpachada, que paia cocer el guisado ó freír las migas, el cánta­ro para el agua, el cuerno que guarda el aceite y la botija que conserva el vinagre. Al segador le sirve de cama la mies que queda en parva, y de almohada el atillo. Duerme al aire Ubre, y ni el efecto del relente llega á sus carnes, ni el agua del chubasco moja sus ropas. La grasicnta lana del aceucheno ó el pardo-monte de su chaqueta y pantalón, le sirve de impermeable, y la mugre de BU sombrero de alas caídas, de paraguas. Estas tres prendas, unidas á sus borceguíes, con más clavos que suela, y su armplia camisa de lino, más cercana á la lona que á la batista, componen su indumentaria, sin más aditamento que la faja de estambre de colores y el pañuelo de algodón para el cuello.

El trabajo de la siega se hace, por lo general, á destajo, y se ajusta por fanega de tierra. La del marco real de Castilla tiene lo.ooo varas su­perficiales, y se paga de 3 0 á 4 0 reales. Al rela­cionar esos céntimos con las espigas que hay que segar y engavillar; al .ipreciar tan fatigosa y du­ra faena, sólo comparable con la de los fogoneros de los barcos en el Mar Rojo; al contar las horas de trabajo en que la ausencia llama y el destajo aguijonea; al ver aquellas caras ennegrecidas, aquellas ropas tostadas y aquellos cuerpos encor­vados marchando en cuclillas, teniendo á su es­palda el rastrojo que pincha, á su frente la calci­nada y apretada mies, que no da sombra y por el contrario roba ambiente; y arriba el sol, que abrasa; al meditar sobre las desigualdades huma­nas, no puedo menos de creer en pródigas com­pensaciones otorgadas en el mundo de los inmu­tables y soberanos goces.

J. ALVAREZ GUERRA.

C A N T A R E S

Amar á Dios sobre todo manda el pr imer mandamiento; desde que miré tus ojos no cumplo bien el precepto.

Cuando la tormenta pasa vuelve al horizonte el sol; pero no vuelven las flores que la tormenta asoló.

De lejos y por su aire me pareció que ella era: le dio una limosna á un pobre y dije entonces, no es ella.

Ibas con tu hija, tan joven, tan guapa, que los hombres, al veros, decían: ¡vaya un par de hermanas!

Mi vida es una canción, cada amor nuevo una copla Y tú eres el estribillo pues siempre á tí mi alma torna.

MARIANO V A L L E J O .

L O S Q U E F U E R O N

Antonio María Segovia.

( E L E S T U D I A N T E )

29 de Junio de 1808. 14 de Enero de 1813.

Aquel soldado de tila de la Partida del Trueno, que capitaneaban en el primer tercio del pasado siglo Es­pronceda, Ventura de la Vega, Escosura y Cheste;

Gente Vieja

aquel que hace noventa y cinco años vino al mundo

para regocijo de las letras y ser el heredero del inmor­

tal Fígaro por lo incisivo de ia frase y ta gracia del es­

tilo, y aun le sobrepujó en la pureza del lenguaje y la

cultura de los chistes ( i ) ; aquel que en las sesiones del

antiguo Liceo ocupaba con frecuencia la tribuna para

leer sus composiciones en verso y prosa, y, cuando noi

aparecía en el teatro para trabajar como actor en com­

pañía del ya citado Ventura , Sartorius (2), Marraci é

Ignacio Escobar (3); aquel que desde sus primeros pa­

sos en la república de las letras supo hacer popular el

pseudónimo de El Eistudiante, ¡qué falta nos está hacien­

do en el siglo que acaba de empezar, y que bien pudie­

ra denominarse siglo de los bizcaítarras y de las bar ra-

tinas! ¡Qué de cosas no se le ocurrirían á mi señor D. An­

tonio, eterno enamorado de la lengua castellana, y que tanto proclamó sus excelencias! Recuerdo como si aún lo estuviera oyendo los términos en que se expresaba en uno de los actos más solemnes de su vida pública j4).

—Patrio—decía—se llama nuestro idioma, porque es parte integrante de la patria, y, por tanto, todo buen pa­tricio debe interesar-e en que se conserve el idioma pu­ro y esplendoroso, y regocijarse de que nos haya con­cedido la Providencia el nacer en una tierra donde tal lengua se habla; á la manera que nos mostramos satis­fechos y orgullosos de la hermosura del clima, de la fertilidad del suelo y de los demás felices dones con que se halla dotada Espafía; esta mal conocida España, formada y dispuesta para tan altos destinos, y á quien el ciego frenesí de algunos de sus hijos, y el frío des­amor de los más de ellos, tienen empobrecida, revuelta y desgarrada».

Abstracciones irrealizables, teorías utópicas, exage­radas y convertidas en armas de partido por el vil inte­rés v la ambición desapoderada, nos dividen y subdivi-den lastimosamente.

Segovia, presintiendo, sin duda, los tiempos que hoy alcanzamos, exclamaba con verdadera elocuencia:

— «Un lazo de unión nos queda: el del idioma patrio. No le rompamos, españoles; h.iblemos todos la misma lengua, que es el verdadero modo de entenderse, como antitéticamente vemos en la simbólica I ^be l , con toda evidencia demostrado. Hablemos todos, y hablemos con propiedad nuestra hermosísima lengua, que tan ar­moniosa y melódica es bien manejada».

D. Antonio María Segovia, El Esiudianíe, á pesar de ser una celebridad española, es, como tantas otras -duéleme el decirlo—completamente desconocido de la generación actual. Aprovecho, pues, la circunstancia de ser hoy , como ya he indicado, el aniversario de su na­cimiento, para que no le tengan en olvido los pocos que aún quedan de los que le conocieron y apreciaron, á la vez que lo presento á la nueva generación amante de las glorias españolas.

Hijo de Madrid, Segovia pasó la adolescencia en An­dalucía, y al regresar á la villa y corte, obedeciendo á su vocación por las bellas letras, escribió algunos ar­tículos de costumbres que se publicaron en el Semana rio crítico, revista que gozaba de gran nombradla .

Cuentan las crónicas que El Estudiante andaba por entonces enamorado de una dama de elevada alcurnia, á la cual fué presentado cierta noche en su tertulia.

Melancólico y desanimado, porque la señora de sus pensamientos apenas se había fijado en él, disponíase Segovia á abandonar la fiesta, cuando reparó que se iba formando un grupo muy numeroso en torno de un ca­ballero que leía el Semanario crítico. La lectura debía ser muy grata, á juzgar por las risas que suscitaba, los murmul los de aprobación y los aplausos que resonaron al final. El artículo que tanto había satisfecho al audito­rio iba firmado por X, pero todos convinieron en que el autor no podía ser otro que Mariano José de Larra .

—Sólo él escribe con esa intención—dijo la señora de

la casa.

Segovia aguardó á que la dama quedase un momento libre, y acercándose á ella exclamó muy bajo:

—Señora, ese artículo no es d e m a r r a . A una mujer de mundo, acostumbrada á la ostenta­

ción, harta de lisonjas y falsedades, nada le encanta como ver el mérito de un hombre realzado por la since­ridad y la modestia.

No le manifestó Segovia que él fuese el autor del a r ­ticulo, pero ella, al cruzar su mirada con la del joven, lo habia adivinado.

fl) Vóase Memorial de «n leíentón, de Mesonero Romanos. <2) Kl que años después se llamó couie de San Luis. (3) Padre del actual marqués de Valdelgleaias. (4) Discurso pronunciado eu la Academia Espa&ula.

—Voy á anunciar á todos mi descubrimiento—le d i ­

jo, después de felicitarle.

—Suplico á usted que se lo cal le .

—¿Y por qué?

—Porque así ya hay un secreto entre los dos.

La dama hubo de ceder á la petición del galán, pero

suplicándole á su vez que adoptase un pseudónimo, ya

que no quería poner su nombre en los frutos de su in­

genio.

Esta súplica fué el origen del pseudónimo El Estu­

diante.

.% Dos amores tuvo Segovia en su vida literaria: el amor

al idioma patrio y el amor al bello sexo. Cuantas veces tuvo ocasión de esgrimir la pluma en defensa de las m u . jeres lo hizo con la gallardía y aticismo á que tenía á sus lectores acostumbrados.

Ya en su tiempo se puso de moda entre los varones hablar mal de las hembras y Tenerlas tan en poco, como si ellos valieran más y ellas valieran mucho menos.

Los vicios y defectos de que se las acusa desde hace siglos no los ignora nadie, sobre todo desde que la poe­tisa mejicana s;.lió á la defensa del sexo con sus célebres redondillas.

Segovij , viendo recrudecerse dos centurias después los ataques, escribió, entre otros artículos, uno que ca­lificó de sedicioso en alto grado, y del cual tomamos los siguientes párrafos, que parecen escritos, no en 1839, sino en 1901:

«En España se crían las mujeres para nada, y luego nos lamentamos de que valgan para poco; se las enseña á fingir y luego las echamos en cara que son falsas; nun­ca .se las educa para el matrimonio ni se les habla de sus deberes y cargas, y despuéii de casarlas con hombres que no saben ser buenos maridos, se las moteja de que son malas esposas; no les damos enseñanza y después las acusamos de ignorantes, burlándonos además de la que por sí sola llega á saber algo, y obligándola á escon­der vergonzosamente su instrucción y sus talentos. Las seducimos solteras, las perseguimos de casadas, les ar­mamos mil y mil traidores lazos, sin que la sociedad les conceda arbitrio para salvarse de ellos, y á la que des­graciadamente cae y se nos r inde, pagamos con el des­precio y el baldón, con el deshonor y la infamia.

»¡Y qué! restamos los hombres exentos y tan distan­tes de los vicios y defectos que á las mujeres achaca­mos? Aquella frivolidad que se paga de los atavíos del traje y adornos exteriores, ¿será con razón censurada en la mujer, á quien la Naturaleza, destinándola para agradar, dotó de los medios de conseguirlo; será razón, digo, censurada por una generación de hombres arti­ficiosa y prolijamente engalanados, por una generación de hombres , cuyos guerreros oprimen con hebillas la cintura, abultan con algodones el pecho, separan con rellenos los hombros, finjen con pliegues las caderas y encargan á los tacones la elevación de su estatura?

nAquella propensión á hablar y la falta de reserva, ¿puede con jusficia criticarse en una época en que se rezuman y trasminan los secretos más importantes y transcendentales, en las corporaciones oficiales, en los Cuerpos legisladores y en el gabinete de los ministros? ¿Ni cuándo se ha charlado más entre las mujeres, que ahora charlan los hombres todos, ni cuándo han tenido ellas más facilidad que ellos ahora fienen para andaj. en chismes, armar rencillas, trabar disputas, decirse injurias, llenarse de dicterios, insultarse y perdonarse recíproca y frecuentemente?

»Y de la inconstancia, de la timidez, de la imprevi­sión, de la insubsistencia ¿tendremos los hombres de ahora derecho para acusar á las mujeres? ¿Son las m u ­jeres las que de un día á otro cambian de opiniones y lenguaje, las que llenan de órdenes y contra órdenes la Gaceta; las que hacen y deshacen y vuelven á hacer arreglos y planes de administración? ¿Son mujeres las que chillan y alborotan en la paz y huyen en la guerra? Pues si hombres son todos esos, ¿con qué razón acha­can esos mismos vicios á las mujeres?

»AI contrario, hijas mías, al contrario. Vosotras valéis cien veces, mil más que nosotros; tras cada esquina, á cada paso, en cada momento, vemos y tenemos ejem­plos que lo confirman. ¡ Ea, pues, mujeres, levantaos! Destronad al hombre imbécil, inepto para el Gobierno y para el mando, y apoderaos del dominio de España y de la dirección de sus negocios, pues que siempre ha­béis sabido hacerlo mejor que ellos, y nunca podríais hacerlo peor. Levantaos, os digo, en insurrección abier­ta; dirigid la guerra , administrad la hacienda, gobernad el interior... A lo menos (no hay en el mundo quien lo niegue) dos grandes ventajas conseguiríamos: economía de dinero en lugar de dilapidaciones, porque la mujer es más económica que el hombre , y economía de san­

gre en lugar del horrible derramamiento de ella, por­

que la mujer no es cruel , no es sanguinaria, no es bár­

bara, feroz é inhumana como el hombre.»

Desde 1838 á 1853, año en que marchó de Cónsul á Nueva Orleans, D. Antonio María Segovia fué el escri­tor más leído y apreciado en España, pues á la co r rec ­ción unía un juicio crítico concienzudo, satírico é in­tencionado que jamás traspasó los límites de la conve­niencia.

Académico de la Española desde 1845, sucedió á Bre­tón de los Herreros en la secretaría perpetua de aquella insigne corporación.

Por cierto que al ocurrir el fallecimiento del ilustre autor de Marcela, la empresa de un periódico ilustrado invitó á Segovia para que escribiese el artículo necro­lógico.

—¡Ay, amigo mío!—contestó Segovia con voz apaga­da; - h a c e treinta y siete días que estoy enfermo, y sólo tengo fuerzas, no para escribir la biografía de mi que­rido amigo y compañero Bretón, sino para rogar á usted que vaya preparando la mía.

Cumplióse tan triste presentimiento, y pocas semanas después del fallecimiento de Bretón, bajaba también al sepulcro El Estudiante.

EDUARDO DE L U S T O N Ó .

AL mm mu m\m i SAAVEDRA í CUETO, D U Q U E D E R I V A S

E L P R I M E R A M O R

Las mujeres olvidan á todos sus adoradores, me­nos al primero.

PEMONSTIBR.

¿Qué es a m o r ? Nad ie se a s o m b r e del s iguiente pa r ece r : la mujer dice, que el h o m b r e , y el h o m b r e , q u e la m u j e r .

Sin r e p a r o j u r a r í a , que es t an c ier to c o m o h:iy Dios, que el a m o r no exis t i r ía , s ino ex i s t i e r an los dos .

YO me a t r e v o á so s t ene r con la p luma y con la boca , que, si a c i e r t a la muje r , e! h o m b r e no se equ ivoca .

Luego, á j u z g a r por l a s p in tas , a m o r , s egundo ó p r i m e r o , es , dos p e r s o n a s d i s t in tas y un solo a fán v e r d a d e r o .

Afán , de ac t ivos cuidai los fecundís ima s imien te : a f á n , que t iene sus g r a d o s lo m i s m o que el a g u a r d i e n t e :

y y a se in t roduzca en P r a g a , y a en Córdoba , ó ya en Te rue l , c o m o el m a t u t e , no p a g a los de rechos de a r a n c e l . <

Q u e , a u n q u e resul te incre íb le , y a d e m á s pecaminoso , < no hay v ig i lancia posible con el tráfico a m o r o s o .

P u e s ese a fán , que m a n t i e n e i la s a n g r e en ebull ición; ese a f á n , q u e n u n c a t iene sa t i s fecha svi ambic ión

y el espír i tu a l b o r o t a , j es el polen v e r d a d e r o que fecunda y por quien b ro t a la flor del a m o r p r u n e r o .

[ P r i m e r a m o r ! De tu influjo, ¿quién no cede á la violencia, si e res el flujo y reflujo del m a r de n u e s t r a ex is tenc ia?

¡Pr imer a m o r ! ¡Benjuí , n a r d o , jiroflé, canela! . . . Quien d iga que no es as í , que se lo cuen te á su abue l a .

¡P r imer a m o r ! Embeleso de a l m a s c a n d i d a s , senc i l las , y or igen del p r imer beso q u e d a el r ubo r á hu r t ad i l l a s .

Beso , que el labio goloso á c a d a i n s t a n t e desea , p o r q u e e s m á s du lce y s a b r o s o , que un pana l de miel hiblea .

El h u m a n o co razón de Cupido p r i s ione ro .

Gente Vieja no tiene m á s religión, m á s fe que el a m o r primero.

[Qué mucho , que en todas partes á sus contrarios derrote, sí no hay recursos , ni artes , que en su proveclio no explote!

Rezando humilde ante Dios el rosario, con afán, cuando dice: venga á nos, mira una niña á un ga lán;

y el galán con mucha audac ia , si ve que nadie le ve , en el llena eres de gracia, le pisa á la niña el pie.

Pie pequeño y presumido, que el traje no ha cobijado, s iendo la c a u s a un descuido hecho con mucho cuidado.

De tan h u m a n a s locuras, ¿quién es el travieso autor? No hay que meterse en honduras , claro está: el primer amor .

Cuando s ienten dos mortales inquietud que nunca m e n g u a , y hablan, á partes iguales , con los ojos y la lengua;

cuando son fuego y estopa, y en el buque del amor , rodando de proa á popa, y de babor á estribor,

c o m o atunes mareados , no tienen fuerzas ni a l iento , ni son mar inos probados para capear el viento;

ni saben, cuándo conviene , dar v iradas en redondo, ni, si duro el austro viene, seguir la rota ó dar fondo;

cuando se ven con frecuencia, y en hora y sitio no hay yerro, teniendo m á s di l igencia, y m á s memor ia que un perro;

cuando salpica el rubor de corales las mejil las de un primerizo amador , de un R o m e o con patil las,

y vierte, si el dolo e s tanca en su pecho la congoja , lágr imas de sangre blanca, que harán derramarla roja;

cuando dice una mujer, «no juego m á s : me reservo», y deja entonces de ser m á s variable que un verbo;

de tan subl imes flaquezas, de esfuerzos tan soberanos , de tan físicas proezas , de milagros tan profanos ,

de novela tan leída, ¿quién es el gal lardo autor? [El verbo de nuestra vida-amor , el primer amor!

N o el segundo, que ha perdido su primitiva fragancia: que e s café que ya ha servido, s in color y sin substanc ia :

vino con a g u a y pastel de repostero fullero: el que sabe á moscate l , e s el primero, el primero.

Y, sm e m b a r g o , ]oh perfidia! ¡Oh dolor el m á s profundo! Como es tan grande la envidia en es te picaro mundo,

donde en alza no ha de estar de la ventura el papel; c o m o nunca ha de faltar un Caín para un Abel,

ese amor , fruta escondida entre verdes espesuras; e sa m a n z a n a mordida por todas las dentaduras ,

tiene un terrible adversar io m á s dañino que el demonio , su Gólgota , su ca lvar io y su cruz: ¡el matr imoniol

Suicidio s a c r a m e n t a l , mortaja y sepulturero, del amor en genera l , y, en especial , del primero.

JOSÉ MARÍA N O G U É S .

i ABRÍGAME!

N O V E L I T A )

II

—Abre, mañica, abre, que soy y o . . . Abrieron la puerta por dentro y penetró Jua­

nón hasta la alcoba de Victoria. —¿Y á qué has venío, corazón? Algo me decía

que no tardaría en verte de verdá, pues hasta hace un poco he estao soñando ó pensando, ¡no lo sé! , que te tenía cerca y que te veía como sus­penso. . .

— N o has pensao mal: suspenso estoy y en una noche, te juro mañica, que he aprendió más y he pensao más que muchos en diez años; tócame la frente, la maginación me echa chispas y too se me vuelve pensar en cómo podría yo ponerme en camino de servirte de algo.

Victoria, que apoyó en la frente del mozo su mano, oíale embelesada, y dejándola caer incoes-cíente después de haberla pasado acariciadora por la cabeza de su amante, reteníale con ella por la nuca, casi sin tropezar en ésta y apoyando su antebrazo desnudo en el hombro del mu­chacho.

Seguía éste hablando, y á despecho de Victo­ria eon rnás preocupación que amor.

Ella no le había tendido los brazos ni le había ofrecido sus labios porque esperaba conceder­los . . . En su mirar se adivinaba el despecho; tal vez el desconsuelo.

Le oía casi indiferente todo aquello que decía Juanón con aire reconcentrado. Al principio le agradeció tan respetuouso cariño, ¡pero iba sien­do demasiado!

Ya tocaba á su fin el discurso del mozo, cuan­do oyó Victorica:

—Por eso no hay más que un camino: ¡mar­charme lejos!

— ¡ N o , por Dios , Juan!—sollozó Victoria, le­vantando la izquierda, que unió á la diestra en ademán involuntario de súplica y por el cual quedaba preso el novio.— No te vayas, Juan, no. . . ¡Juan de mi vida, eso nunca, eso nunca! —repetía estrechando sus brazos é irguiéndose con una rapidez provocadora...

El lunes siguiente tomó Juan el camino de la carretera.

Siete días bastáronle para convencer á Victo­ria de lo insostenible de la situación. Sus esca­padas del más habíanle producido el «cese» fir-rnado por la tía Coscueza y rubricado por el pue­blo, que decía en masa que aquello era una ver­güenza.

Victoria no podía salir á la calle sin oir risas molestas ó frases cortadas. Al menos ella se creía pasto de toda conversación y sufría horrible­mente.

El mejor medio, el único, era el que Juanón propusiera. Ella á vivir del huertecico y él á bus­car en otras tierras «los dineros» para poder ca­sarse.

Por el caminico de la Presa, paseo aristocrá. tico del villorrio, vieron al pasar ktodo el mundo-

La. médica y doña Catalina les pararon para preguntar con sorna el motivo del viaje. Iba Juanón á contestar, y una aragonesada de su madrileña cortó el golpe.

—¡Pues . . . ¡mira! porque éste y yo nos que­remos más de lo rigular!...

Y como todo lo tenían hablado ya, con la pa­reja de chismosas, siguieron el camino del apea­dero, sin dedicar más recuerdo al incidente.

Victoria, altiva como nunca, marchaba con paso firme, y Juan, el enorme mozalbete, con aparente indecisión y hurtando las miradas del gentío.

Un observador hubiera dicho que aquella unión no se rompería nunca por Victoria.

Llevaba en la altivez de su marcha algo, que aunque lo sospecharon descoco, no lo era.

Nada insolente había en aquel andar arrogan­te, que la hacía parecer más bella.

Cuando el amor es sano, lleno, franco, verdad, cuando es, en fin, el amor primero sentido con ímpetu á los veinte años, que ya se vivieron cuatro fabricando besos y sacrificios para el ser

que ha de amarse; se siente con este amor una especie de satisfacción y de valentía que parece duplicar lo enérgico del ser en todas las mani­festaciones de la energía humana.

Desconociendo ó aminorando el pecado, si existe, por el esplendor de la última promesa, no abaten los remordimientos ni acobardan los pesares; al susurro de una crítica rastrera, crece el amor como la fiera al castigo, y se complace en presentarse desnudo y gallardp, con toda la ex-huberante fragancia del Sol al rasgar una nube espesa.

Y mi heroina que de cómica ó educada tenía poco, no trató nunca de ocultar lo que para ella era algo grande, algo sagrado, creyendo, á su manera, que negar que quería á Juan, era casi negar á un padre, ó esconder avergonzada el ro­sario con que se reza. . .

Pero confesar un amor, y un amor tan absor­bente, y añadir que se vive bajo un mismo te­cho, es dar al mundo, notas para que escriba el segundo capítulo. Y como la pobre Victoria ig­noraba esto, hacía mucho tiempo que en sus confidencias amistosas con Rosarico declaró su profundo amor.

Rosarico díjoselo á su hermano, con el fin de quitarle del pensamiento toda esperanza, y éste, canallunamente, ó porque el despecho le hizo completar la historia, contaba, adobada en forma que daba como cierta, la inteligencia entre Jua­nón y Victorica. Corrió y corrió con varios y distintos argumentos, y cuando Victoria fué al monte, el día que Rosario casó, á llevar á Juan unas torticas, ya tenía cada quisque cien ojos en aquello que creían historia añeja.

Y el desenlace fué, que como quien nada tiene nada teme, Victoria no empezó á notar susurros y cuchicheos hasta la cesantía de Juanón, y que­riendo probar la coartada—porque la falta ense­ña al delincuente—decidióse por ia ida de su no­vio á la Corte de Madrid.

—Yo te escribiré—decíale la moza—tú. . .¿Ves que bien hubieras hecho en aprender cuando yo quería enseñarte? ¡No te riño, que bastante te repudrirás ahora de no saber. Te he puesto en el atillo muchos sobres con mi dirección; en los pa-pelicos que llevan dentro, pintas toas las rayas que quieras; muchas, muchaaas! y me los man­das, que en los fínicos y en los gordos, en lo largas, en lo rabiosas ó en los suavicas, yo leeré hasta lo último las mieles que tú me ices!

Juanón sonreía agradecido y sentíase hu­millado.

— E n cuanto que vaya allí, que hay tanta es­cuela de adúlteros, aprendo la mar, y ¡ya verás!

Siguieron conversando, y al llegar á la parada, cruzaron una mirada larga, brillante, eterna.. . y secáronse los ojos como niños pequeños.

—Adiós Victorica, vete pa casa.. . aquella Ue-gua pía es la que hi ajustao.. .

Los dos amantes fueron hacia ella. —Adiós Victorica, echa pa casa, que no puedo

irme viéndote aquí. . . — N i yo irme si no te veo ir. El muchacho montó de salto, y metió espue­

las. Cayéronse las riendas é iba tan inseguro ¡él, que pareció siempre puesto á tornillo sobre el espinazo del caballo, como pelele de circo!

Victoria avanzó unos pasos para darle las rien­das, pero ya el mozo las había tomado y volvía hacia Victoria que se detuvo al verle girar, pre­guntándole:

- ¿ Q u é ? Y sin tener más contestación que un idéntico - ¿ Q u é ? Victoria le miró lastimera, y el mozo saltó de

la yegua. Con una mano en la silla y la cabeza apoyada

en el brazo, con complacencia perezosa, como quien cuenta con más tiempo del que ha menes­ter, oyó una ardiente parrafada que Su novia le decía palpitante.

Ella estaba cierta que jamás le olvidaría, ¡ja­más! pero, (imañico, ¿llegará un día en que me olvides ó en que me niegues?»

—¡Qué cosas, rhañica, ¡olvidarte! ¡Cómo si pudiera dejar de quemarme algún día el último beso que ma has dao en la frente! Aunque yo lo callara, la gente lo vería siempre, acariciando y cubriendo mis pensares, que todos serán tuyos . . . ¡Te lo juro por.. . la tardecica del ribazo!

8 Gente Vieja ¿Y tú borrarás pa que no lo vea el hijo de'

propietario, el último mío? —¡El último, no!—dijo Victoria imprudentí­

sima, y abalanzándose arrogante al cuello de Juanón al besarle frenética.—¡Maño, pa quedar tuya ante Dios y ante ioos!

Rápido montó la yegua y picó espuelas. Pero esta vez no volvió.

A L E J A N D R O B H E R .

Cincuenta años iiá. La mayor parte, acaso, de los lectores de esta

Revista, al leer en la portada los nombres de los colaboradores de ella, sonreirá con desdeñosa conmiseración, movida á lástima de estos pobres viejos, empeñados todavía en hacer pinitos lite­rarios, cuando mejor les sentaría prepararse bien para la muerte; mas esa ilusa juventud, que, en vez de compasión, debería mirarnos con envidia, olvida que los mozos viejos que, e\ocando nues­tros recuerdos, llenamos estas columnas por es-pecialísimas circunstancias de los tiempos, he­mos sido más favorecidos que el común de los humanos.

En primer lugar, todos pasamos de la cincuen­tena, merced que sólo es dada á un corto núme­ro de los nacidos, mejorados por la Providencia en quinto y tercio en esta parte. Podrá ser ¡ay! muy breve el espacio de vida que aún nos reste; mas, ¿quién puede quitarnos lo bailado? Y en se­gundo, que han sido tan variados los tiempos de nuestra existencia, ha marchado tanto la huma­nidad en su camino interminable de progreso, que hemos logrado lo que no ha sido dable á ge­neración alguna: conocer tiempos, épocas y cos­tumbres totalmente desemejantes y distintas; de suerte que hay mayor distancia entre la sociedad de hoy y la de hace cincuenta años, que la que había entre aquélla y la de tres siglos atrás.

Recuérdese á este propósito lo que era la vida en los primeros albores de nuestra niñez, y com­párese con la vida actual; mas no se tome á Ma­drid como punto de partida de CvSe estudio. E s ­critores de costumbres, maestros de bien decir y perfectos observadores, tienen hecho ese trabajo, aparte de que entie la vida antigua de Madrid y la moderna son menores las diferencias, y fijémo­nos en un pueblo cualquiera, por ejemplo, uno de 1 5 . 0 0 0 almas en la comarca andaluza.

Los viejos de entonces eran, por regla general, atildados y cumplimenteros, como buenos hijos del ceremonioso siglo xvi i i ; saludábanse con gran cortesía, y muchos eran tan apegados á las modas de su juventud, que todavía en 1 8 5 0 cono­cí algunos ancianos que ostentaban con orgullo su trenzada y blanca coleta, calzón corto y me­dia de seda, y, embozados en lujosa capa de gra­na, apoyados en larguísima caña de Indias con puño de plata, semejaban personajes escapados de un cuadro de üoya .

Aquella generación, que con denuedo tanto supo luchar contra los ejércitos franceses, no mi­raba con buenos ojos á la recién creada Guardia civil, á cuyos individuos llamaba chandaimes, á causa de su tiniforme, semejante al de los gen­darmes que vinieron con las tropas de Napoleón. Toleraba el nuevo cuerpo de serenos tan sólo porque sus individuos, al cantar la hora, decían también la salutación angélica, y esto era edifi­cante; por lo demás, consideraban muy preferi­ble el anterior sistema de rondas nocturnas, he­chas por el corregidor, alcaldes y alguaciles, y llamaba ministros á estos últimos.

Aparte de las más populosas capitales, el alumbrado público, en los pueblos donde existía, era el más primitivo de todos, consistiendo en pocas, malas y turbias farolas, en que, con mor­tecino resplandor, ardía una mecha empapada en aceite de olivas de la peor calidad.

Llegaba el correo de la capital de la provincia tres veces por semana, repartiéndolo muchas ho­ras después el cartero D . Ángel, y ahora caigo en la cuenta de que uno de los característicos de- • talles de tan ceremoniosa generación era la ex­tremada abundancia de dones, hasta el punto de no haber perro ni gato que con el don no se ador­nase. Sólo no gozaban de aquel título los traba­

jadores del campo y alguno que otro pobre de solemnidad; los demás, ricos y pobres, emplea­dos, hombres de carrera y artesanos, todos, en fin, eran llamados D. Fulano de Tal, y habrían tomado á grave ofensa que alguien hubiera deja­do de tratarles con la mesura y acatamiento á que acostumbrados los tenía la exagerada corte­sanía de su siglo.

Decía, pues, que D . Ángel el cartero, que á este oficio unía el de sochantre, gozando de la voz más áspera, carrasqueña é indomable que he escuchado jamás, repartía á domicilio la corres­pondencia, cobrando seis ú ocho cuartos por el porte de una carta, y pasaban de una en otra mano los pocos periódicos que de la corte llega­ban, entre los que recuerdo La Época, El Clamor Público y El Heraldo, comentándose después sus noticias en las contadas tertulias nocturnas, de las que las principales eran las casas de dos ri­cos hacendados, la sacristía de una de las parro­quias, y una botillería, que este título y no el de café, que hasta muchos años más tarde no tomó, ostentaba pintado en un tablón sobre la puerta.

Enmedio de su crasísima ignorancia, aquellos buenos señores ocupábanse de todo, decidiendo ex catliedra sobre lo temporal y lo eterno, y sus sentencias se repetían como otros tantos artícu­los de fe por el pueblo, aunque fuesen solemnísi-mos desatinos. Recuerdo á este propósito que en cierta ocasión, siendo yo niño, hablábase en mi presencia de oratoria sagrada, y un mi pa­riente, ilustrado doctor gaditano, hizo el justo encomio del sabio obispo Arbolí, filósofo emi­nente y uno de los primeros oradores con que á la sazón se honraba España.

—¡Bah, bah, mi señor D.José!—contestó con aire de suficiencia compasiva uno de los más graves señores mayores de mi pueblo;—aquí te­nemos algo mejor que eso.

—¿Mejor que Arbolí? — exclamó mi pariente estupefacto.

—Mucho mejor—insistió el ricacho. — Arbolí cansa; pero Matías no cansa jamás.

(Matías fué un pobre clérigo de misa y olla que, antes de ordenarse, hacía trompos, y, ya ordenado, alternaba los trompos con sermones, sobresaliendo más en aquéllos que en éstos.)

Con lo que, pasmado de admiración mi deudo, que no conocía á Matías, le tuvo y disputó de allí adelante por un segundo Bossuet.

Desconocían las señoras las extravagancias de la moda, que si reinaba ya en las capitales no había logrado aún entrar en los pueblos, donde cada señora guardaba espolvoreadas con alcan­for y pimienta las galas que llevó al matrimonio, que esperaba transmitir impecables á sus hijas, las que por todo adorno lucían modestos vesti-ditos hechos en la casa bajo la dirección de la madre, única é indiscutible modista de aquellos t iempos.

No gozábamos los varones de mayores venta­jas en la cuestión de indumentaria, sino que ha­bían de amoldarse y arreglarse á nuestros cuer­pos las prendas ya usadas por nuestros padres ó hermanos mayores.

Nunca olvidaré el bochorno y las angustias que experimentó un amigo mío cuando fué á es­tudiar á Sevilla.

Entrególe su familia una monumental chiste­ra, glorioso recuerdo de los tiempos de conceja­lía de su abuelo para que honrase su cabeza con aquella reliquia veneranda. Cuando mi amigo vio la altura modesta de los sombreros de copa que á la sazón se usaban, comprendió que no podría sacar á la calle el de su abuelo sin riesgo de que le corriesen los muchachos, y metiendo el som­brero en una cartonera, dirigióse á una de las mejores sombrererías de la calle Gallegos, pre­guntando al maestro si podría arreglarle aquella chistera. Tomóla en sus manos el sombrerero, dióle vueltas con estudiada "lentitud, y preguntó á mi amigo con una seriedad mil veces más bur­lona que la risa:

—¿Cuántas quiere usted que le saque? Especialísimo encargo llevaban de sus familias

los jóvenes, cuando por primera vez se ausenta­ban, de fijarse mucho en las cosas nuevas que veían, encareciéndoles sobre todo los telégrafos ópticos, maravilla que se escapaba á la humana comprensión, y aún recuerdo los gestos de asom­bro é incredulidad con que en 1 8 5 3 se recibía la

noticia de que entre Jerez y el Puerto de Santa María se había inaugurado un ferrocarril por el que circulaban coches que no arrastraba caballe­ría alguna, cómo acudía el tropel de curiosos de los pueblos comarcanos, ansiosos de contemplar el no imaginado espectáculo, y los comentarios que á la vuelta se hacían juzgando muchos que semejante maquinaria no podía ser más que obra del mismo Lucifer.

Las armas de fuego, que han llegado hoy á una precisión y alcance asombrosos, en mi niñez aún se hallaban en la infancia. Baste saber que el armamento enviado por el Gobierno á la Mi­licia Nacional de mi pueblo en 1 8 5 4 , consistía en viejos fusiles de chispa que habían hecho la cam­paña de los siete años.

¿Pues qué diremos de la Medicina? Nauseabun­dos y mal olientes brevajes, sangrías y sangui­juelas á todo trapo recetadas, constituían toda la farmacopea por entonces usada, privando de fuerzas y de alientos á aquella generación, que entre sus más socorridas profesiones contaba la de sangrador, que hoy es casi desconocida.

De literatura española nada nuevo se leía, co­menzando entonces la casa de Mellado sus edi­ciones económicas de El judío errante. Los miste­rios de París y demás espeluznantes novelones de Eugenio Sue, Dumas y otros escritores fran­ceses.

Comenzaban á verse en nuestros puertos algu­no que otro barco de vapor, á los que íbase poco a p o c o perdiendo el miedo que en un principio inspiraron suponiendo inminente el riesgo de una explosión, motivo por el cual la mayor parte de los viajeros preferían los barcos de vela, sobre todo aquellas inmensas fragatas de la carrera de Filipinas que por el Cabo de Buena Esperanza rendían á Manila viajes redondos en el no muy

. breve espacio de un año. Aún me parece estar viendo las poderosas mo­

les de los dos navios de guerra que á la sazón te­nía España: el Isabel II y el Francisco de Asís, que con magestuoso y lento impulso, henchidas las blancas velas por suave brisa, surcaban el ca­nal de la bahía de Cádiz, con dirección á la Ha­bana, á donde conducían refuerzos que se nece­sitaban para rechazar las invasiones piráticas de Narciso López y otros aventureros. Aquellos fueron los últimos navios de guerra que han exis­tido en el mundo, enteramente iguales á los que llenos de gloria se hundieron en Trafalgar.

Nadie tenía aún por entonces idea alguna de las aplicaciones de la electricidad, que era consi­derada por la mayor parte de los doctos como una mera curiosidad de gabinete.

¿Mas para qué cansarnos.? Si alguien en el año de gracia de 1 8 5 0 hubiese entrevisto la obra de los cincuenta años que á aquel han sucedido, ha­bría desechado visión semejante, como producto del más desenfrenado delirio. La navegación submarina, que puede considerarse resuelta, la telegrafía sin hilos, el teléfono, el fonógrafo) los rayos X, el aprovechamiento de la electricidad como luz y como fuerza, la Química moderna que hallando cuerpos y productos desconocidos ha abierto nuevos derroteros á ciencias tan dis­tintas como la Medicina y la Metalurgia, el des­cubrimiento diario de explosivos cada vez más potentes, que si en manos del genio del mal ó de la guerra son irresistibles elementos de destruc­ción, en las bienhechoras de la ciencia se con­vierten en poderosas palancas de progreso y bien­estar... mas, ¿quién es capaz de enumerar los adelantos que en artes, industrias, ciencias, en todos los ramos del saber, en fin, debe la huma­nidad á esos pobres viejos cuya vida ha llenado la segunda mitad del siglo xix?

La juventud que hoy halla franco y expedito su camino, merced al trabajo colosal de sus pa­dres, debe mirarles con emulación y generosa envidia, y en los siglos por venir hablará la his­toria con el encomio á que se han hecho acree­dores, de los hombres de aquella generación pró­xima á extinguirse.

¡Mucho habrá de trabajar la juventud de ahora para emular las glorias de los viejos!

M I G U E L M A N C H E Ñ O .

M A D R I D H E R R E S . — T I P O G R A F Í A DE JOSÉ Q U E S A D Í

Calle de Olid, núm. 8 IQOI

B R I L L A N T E S D E B O R O i

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Puerta del S o l , l i y 12 Este nuevo procedimiento para la fabricación de briHantes, cuya dureza re­

sulta extraordinaria, aue descomponen la luz y que están tallados con todo el arte del más perfecto lapidario, han hecho una verdadera revolución en el ex­tranjero entre lapidarios, prestamistas y joyeros.

Montadas estas piedras en metales finos, su aspecto y riqueza son extra­ordinarios.

aBAN PREMIO EN LA EXPOSICIÓN DE PAEÍS

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l u n i p i o s , s u r t i d o r e s p a r a f u e n t e s ,

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m e s a , i n f i e r n i l l o s p a r a v i a j e y c o m ­

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los estilos más modernos, come­

dores, despachos. tapicería y toda clase ^ Ignacio Morlans ^

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F u n d a d o es te B a n c o con el especial objeto de f avorece r los i n t e reses de las c lases a g r í c o l a s de nues t ro país , i ndemnizándo les de las pérd idas q u e puedan sufrir en s u s p rop iedades , in t e resa á todo l a b r a d o r i n f o r m a r s e i e las v e n t a j o s a s condic iones en que puede l levar á cabo el s e g u r o de s u s c o s e c h a s , g a n a d o s y d e m á s .

P í d a n s e prospec tos y t a r i f a s á los S re s . í ) e l egadüs en p rov inc i a s ó al domicilio social .

v3 JUGO ̂

P/IJ/IRETE ORQUÍDEO E l o r g a n i s m o h u m a n o e s c o m p a r a b l e á u n a c a j a d e

caudales; si los gastos superan á los ingresos, la ruina es inevitable. Del mismo modo, cuando un individuo no reintegra las pérdidas que sufra por el natural desgaste, por las enfermedades ó por los excesos, se apodera de él la miseria orgánica.

Es en vano nivelar la caja con moneda falsa 6 valores no cotizables, como tampoco se recuperan las fuerzas ni se combate la debilidad con quinas, fosfatos ni colas (base de los tónicos que se venden por ahí); porque no son cotizables y no dan al organismo lo mismo' que ha per­dido, siendo esta la causa de la neurastenia, la tuberculosis, la impo­tencia y todas las enfermedades por defecto de r atrición.

Sólo el P a j a r e t e O r q u i d e o , reconocido por la clase medica como el más poderoso al imento, vigoriza y cura dichas enfermedades.

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bobina central, la misma que sirve para toda clase de labores domésticas.

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DON JACINTO OCTAVIO PICÓN

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Desconfíe el público de estos armatostes antihigiénicos, perjudiciales á la salud, que se anuncian con diversos nombres . Son feas imitaciones del C i n ­t u r ó n e l é c t r i c o G a l v a n i .

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M a d r i d 14 de J u n i o de 1901.—Por a u s e n c i a del S e c r e t a r i o g e n e r a l , el inte­r ino J. de Villota.

S P A R K L E T S M A R Í N p a r a h a c e r g a s e o s a s t o d a s l a s b e b i d a s y de un g u s t o del ic ioso cun d o c e c é n t i m o s d e g a s t o . P r e c i o s o s mode los n u e v o s . G r a n depós i to p a r a su v e n t a , desde 4 , 5 0 p e s e t a s el a p a r a t o . U t e n s i l i o s d e c o c i n a , c a f e t e r a s , l á m p a r a s d e j a r d í n , s o r b e t e r a s . P r ec io s b a r a t o s .

Espec ia l idad en b a ñ o s , d u c h a s y tubos ing leses de u n a p ieza .

A N T I G U A L ' A M P I S T E R Í A D E M A R Í N

12, PLAZA DE HERRADORES, 12, ESQUINA Á SAN FELIPE NERI

E L E C T R I C I D A D FONÓGRAFOS.—aHAMÓPONOS Y Z O N Ó F O N O S

Cil indros p a r a f o n ó g r a f o s , b a r a t í s i m o s . Discos p a r a g r a m ó f o n o s y Z o n ó f o n o s . D i a f r a g m a s B e t i n i , l eg í t imos .

M o t o r e s e l éc t r i cos y V e n t i l a d o r e s . L á m p a r a s i n c a n d e s c e n t e s . M a t e r i a l de luz y t i m b r e s . M á q u i n a s de escr ib i r .

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B a ñ o s s imp le s , SM/'/Mro.sos, de v a p o r á la r u s a , y m m e r o - m e d i c i u a l e s ar t i f ic ia les de t o d a s c l a s e s y en c u a l q u i e r é p o c a del a ñ o - p r i m e r a c a s a q u e lo.s ha a d m i n i s t r a d o en M a d r i d .

D u c h a s : Sa la hi I r o t e r á p i c a , con los n i á s m o d e r n o s a p a r a t o s p a r a la a d m i n i s t r a c i ó n de t o d a ' c l a s e de d u c h a s .

C o n s u l t a m é d i c a d e o n c « á u n a y d e c u a t r o á s e i s .