elias, l. equilibrio entre clima exterior e interior museo. 2010

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  • 8/7/2019 Elias, L. Equilibrio Entre Clima Exterior e Interior Museo. 2010

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    ecr estudos deconservao erestaurostudies in conservation and restoration

    estudios de conservacin y restauracinn 2 | 2010

    ISSN - 1647-2098

  • 8/7/2019 Elias, L. Equilibrio Entre Clima Exterior e Interior Museo. 2010

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    2estudos de conservao e restauro |n 2

    fcha tcnicaEdioCentro de Investigao em Cincia e

    Tecnologia das Artes (CITAR)

    Universidade Catlica Portuguesa

    Centro Regional do Porto

    Rua Diogo Botelho 1327

    4169 - 005 Porto, Portugal

    [email protected]

    Direco

    Ana Calvo

    Conselho de redaco

    Eduarda Moreira da Silva

    Salom de Carvalho

    Comit Cientco

    Amlia Dionsio

    Ana Isabel Seruya

    Antnio Joo Cruz

    Carmen Garrido

    Gonalo Vasconcelos e Sousa

    Jonathan Ashley-Smith

    Jos Aguiar

    Lus Elias Casanovas

    Manfred KollerMargarita San Andrs Moya

    Maria Joo Baptista Neto

    Maria Jos Alonso

    Nieves Valentn

    Pilar Roig

    Raquel Carreras

    Roco Bruquetas

    Roger Van Schoute

    Assistente de edioPatrcia Fontes

    ISSN

    1647-2098

    Periodicidade

    Anual

    Data

    Dezembro 2010

    Design editorial

    Mafalda Barbosa

    Imagem capa

    Microfotograa por MO a 12,5x por Maria

    Aguiar, Flores ao ar livre, de Aurlia

    de Sousa, Casa-Museu Marta Ortigo

    Sampaio

    Administrao do website

    Lus Teixeira | Mafalda Barbosa

    A propriedade intelectual dos contedos

    pertence aos respectivos autores e os

    direitos de edio e publicao revista

    ecr. Os artigos so da responsabilidade

    cientca e tica dos seus autores.

    Avaliao annima por peer review.

    mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=mailto:revista.ecr%40porto.ucp.pt?subject=
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    ndiceeditorial ......................................................................................................... 05

    artigos

    A sustentabilidade: o equilbrio entre o clima exterior e as condies

    ambiente dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da

    Misericrdia de Lisboa e o Museu de So Roque

    Luis Elias Casanovas .................................................................................... 11

    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales

    pesados en el entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli ...................... 21

    O retoque do negativo fotogrco Estudo de uma coleco do Arquivo

    Fotogrco da Cmara Municipal de Lisboa

    Catarina Pereira .......................................................................................... 38

    Escultura funerria de Cristo jacente: diagnstico e particularidades

    Jlia Fonseca, Carla Maximiliana .................................................................... 58

    Identicao de regies de lacunas numa pintura retabular:

    anlise comparativa de mtodos de classicao em ambiente SIG

    Frederico Henriques, Alexandre Gonalves ...................................................... 72

    As pinturas de tectos em caixotes sc. XVII e XVIII.

    A Igreja do antigo convento do Salvador

    Ana Rita Rodrigues ...................................................................................... 83

    A obra pictrica de Abel Salazar:

    estudo tcnico e material da camada pictrica

    Ana Brito .................................................................................................. 96

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    4estudos de conservao e restauro |n 2

    Estudo tcnico do suporte dos painis do retbulo-mor da S de Lamego de

    Gro Vasco: processo e interpretao da radiograa

    Joana Salgueiro, Jos Pessoa, Georgina Pinto Pessoa .................................... 110

    The concept of original in conservation theoryFake? The Art of Deception revisited

    Salom de Carvalho ................................................................................... 124

    Algunos recursos online en conservacin y restauracin del patrimonio

    Margarita San Andrs ................................................................................ 136

    recenses crticas

    Preparation for painting. The artists choice and its consequences

    Joyce H. Townsend, Tiarna Doherty, Gunnar Heydenreich & Jaqueline Ridge

    Ana Calvo ................................................................................................. 169

    Mixing and matching: Approaches to Retouching Paintings

    Rebecca Ellison, Patricia Smithen e Rachel Turnbull

    Ana Bailo ................................................................................................ 173

    ART, Conservation and Authenticities. Material, Concept, Context

    Erma Hermens and Tina Fiske

    Ana Calvo ................................................................................................ 178

    Azulejos Tradicionais de fachada em Ovar.

    Contributos para uma metodologia de Conservao e Restauro

    Maria Isabel Moura Ferreira

    Eduarda Vieira .......................................................................................... 180

    notcias ........................................................................................................ 183

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    5estudos de conservao e restauro |n 2

    editorialUma das questes mais apelativas dos estudos de conservao e restauro reside,precisamente, no quanto se pode ainda descobrir.

    Este mistrio, essa curiosidade perante os enigmas que nos so colocados pelas obras de

    arte e objectos culturais, convertem-se em desaos fundamentais para a investigao.

    Neste novo nmero da revista ecr, queremos contribuir para a difuso do desconhecido

    que os especialistas vo revelando.

    Outro aspecto de interesse no mundo da conservao consiste na diversidade dos objectos

    e materiais que podemos encontrar, assim como nas diferentes focagens aplicveis no

    trabalho e explorao deste campo. A pluralidade dos artigos aqui recolhidos consequncia

    disso mesmo, muito embora a pintura, como rea principal do nosso grupo de investigaodo CITAR, ocupe a parte mais signicativa.

    Aparecem j neste nmero da revista as seces que passaro a ser habituais. Todos

    os artigos foram seleccionados aps uma avaliao annima por pares e constituem o

    corpo fundamental da publicao. De seguida, guram as recenses crticas de livros que

    mereceram um interesse especial. Finalmente, destacamos as notcias de actividades

    desenvolvidas, durante o ano de 2010, pelos investigadores do CITAR, da rea de

    conservao e restauro da Escola das Artes e do Centro de Conservao e Restauro da

    Universidade Catlica Portuguesa.

    No primeiro artigo, Lus Elias Casanovas traz-nos as experincias obtidas na Santa Casa

    da Misericrdia de Lisboa e no Museu de S. Roque, que tiveram por objectivo demonstrar

    o equilbrio necessrio entre o clima exterior e as condies ambiente dos espaos

    museolgicos.

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci y Carlo Lalli, numa colaborao hispano-

    italiana, do-nos a conhecer um estudo sobre o papel dos lquenes epilticos crustceos

    como bio-indicadores da contaminao ambiental produzida por metais pesados. O trabalho

    apresentado decorreu na envolvente da Igreja de los Santos Juanes de Valncia.

    Catarina Pereira contribui com a anlise dos retoques de negativos fotogrcos efectuadosnos incios do sculo XX, baseando-se no estudo da coleco do Arquivo Fotogrco da

    Cmara Municipal de Lisboa.

    Jlia Fonseca e Carla Maximiliana apresentam o estudo prvio interveno na escultura

    de pedra calcria de Cristo jacente, que se encontra no mosteiro de Santa Clara-a-Velha,

    em Coimbra.

    Frederico Henriques e Alexandre Gonalves proporcionam-nos um artigo dedicado anlise

    de mtodos de classicao em ambiente SIG (Sistemas de Informao Geogrca),

    aplicado identicao de lacunas numa pintura sobre tbua.

    Ana Rita Rodrigues trata das pinturas existentes no tecto de caixotes da Igreja central do

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    antigo convento do Salvador, em Braga, salientando a importncia desta tipologia de forros

    de madeira no norte de Portugal, os seus materiais e problemas de conservao.

    Ana Brito colabora com uma produo sobre os materiais artsticos usados em sete obras

    com suporte em madeira do artista Abel Salazar (1889- 1946).

    Joana Salgueiro, Jos Pessoa e Georgina Pinto Pessoa oferecem-nos uma experincia de

    radiograa e sua interpretao, realizada nas tbuas que pertenceram ao retbulo-mor daS de Lamego, da autoria de Vasco Fernandes.

    A reexo de Salom Carvalho aborda o conceito deoriginal na teoria da conservao,

    atravs da reviso do catlogo reeditado sobre a exposio ocorrida no British Museum de

    1951, Fake? The Art of Deception.

    Por ltimo, Margarita San Andrs aporta um enriquecimento da parte informativa desta

    revista online, com um artigo que disponibiliza endereos electrnicos da Internet

    relacionados com a conservao do patrimnio cultural e respectiva investigao.

    De forma modesta inicimos um percurso que, no duvidamos, fruticar. H uma grande

    necessidade de plataformas que permitam expor e debater as investigaes em torno da

    conservao e restauro em Portugal. Este um novo passo que, graas boa receptividade

    dispensada anteriormente por parte tanto dos autores, como dos leitores, parece conrmar

    esta aposta.

    Ana Calvo

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    One of the most fascinating aspects of

    conservation studies is precisely what remains

    to be discovered. That mystery, the curiosity

    raised before the secrecies that each and every

    work of art and cultural object withholds, come

    to be fundamental challenges for research.

    With this new issue ofecr its our intention to

    disseminate relevant aspects of the unknown

    that experts are starting to unravel.

    Another highly interesting aspect in the

    conservation world is the diversity of objects

    and materials that can be found, as well as thevariety of exploring and working approaches

    that can be used.

    The present issue reects the mentioned

    aspects presenting a multiplicity of articles,

    where painting as the main subject of our

    research group at CITAR- appears signicantly.

    This issue is now composed by sections and

    this frame will be used on future ecrissues. All

    the articles have been selected by anonymous

    peer review, and constitute the main core of

    the publication.

    A book review section follows, with a selection

    of books that have attracted special attention.

    Finally, there are news concerning CITAR

    researchers activities developed during 2010

    and information about conservation and

    restoration degree at the School of Arts (Escola

    das Artes), as well as the Conservation and

    Restoration Centre (Centro de Conservao eRestauro) of the Portuguese Catholic University.

    In the rst article, Luis Elias Casanovas explains

    the experiences that took place at Santa Casa

    da Misericrdia de Lisboa and the San Roque

    Museum, in order to show the necessary

    balance between the weather outside and

    environment in museum spaces.

    In their article, Pilar Bosch Roig, Donatella

    Barca, Gino Mirocle Crisci y Carlo Lalli, in a

    Spanish-Italian cooperation, show the role of

    editorial editorialUna de las cuestiones ms llamativas de los

    estudios en conservacin y restauracin reside

    precisamente en cunto queda por descubrir.

    Ese misterio, esa curiosidad ante los enigmas

    que nos plantean las obras de arte y los objetos

    culturales, se convierten as en alicientes

    fundamentales de la investigacin. Con este

    nuevo nmero de la revista ecr queremos

    contribuir a la difusin de las incgnitas que los

    especialistas van desvelando.

    Otro aspecto de inters en el mundo de la

    conservacin es la diversidad de objetos ymateriales que podemos encontrar, as como

    los distintos enfoques aplicables al trabajar y

    explorar en este campo. Consecuencia de todo

    ello es la pluralidad de artculos aqu recogidos,

    aunque la pintura -como gnero principal de

    nuestro grupo de investigacin del CITAR-

    ocupe la parte ms signicativa.

    Aparecen ya en este nmero de la revista

    las secciones que sern habituales. Todos los

    artculos se han seleccionado tras una evaluacinannima por pares. Estos constituyen el cuerpo

    fundamental de la publicacin. Despus,

    aparecen las reseas bibliogrcas de libros

    que han merecido un especial inters. Y,

    nalmente, las noticias de actividades de los

    investigadores del CITAR, de la especialidad de

    conservacin y restauracin en la Escola das

    Artes, y del Centro de Conservao e Restauro

    de la Universidade Catlica Portuguesa.

    En el primer artculo, Luis Elas Casanovas

    aporta las experiencias obtenidas en la Santa

    Casa de Misericordia de Lisboa y el Museo de

    San Roque, con el n de mostrar el necesario

    equilibrio entre el clima exterior y las condiciones

    ambiente de espacios museolgicos.

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle

    Crisci y Carlo Lalli, en una colaboracin

    hispano-italiana, muestran en un estudio el

    papel de los lquenes epilticos crustceos como

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    8estudos de conservao e restauro |n 2

    crustacean epilithic lichens as bioindicators

    of environmental pollution caused by heavy

    metals. The samples for this work were taken

    from the Santos Juanes church surroundings in

    Valencia.

    Catarina Pereira contributes with the analysis of

    the retouching photographic negatives made in

    the early twentieth century, based on the study

    of the photographic collection of the Cmara

    Municipal de Lisboa (Lisbons City Hall).

    Jlia Fonseca and Carla Maximiliana present

    the preliminary report to the conservation work

    of the limestone sculpture of a Dead Christ

    from the collection of the Santa Clara-a-Velha

    monastery, located in Coimbra

    Frederico Henriques and Alexandre Gonalvescontribute with an article dedicated to

    the analysis of classication methods in

    environmental GIS (Geographic Information

    Systems), applied to the identication of the

    lacunae in a panel painting.

    Ana Rita Rodrigues provides an article on the

    painted wood cassetones in the central nave

    ceiling of the ancient monastery of Salvador,

    in Braga, highlighting the importance of this

    type of coffered ceilings in northern Portugal,

    their materials and conservation issues.

    Ana Brito presents a research paper on pictorial

    materials used on seven paintings with wooden

    supports by the artist Abel Salazar (1889-

    1946).

    Joana Salgueiro, Jos Pessoa and Georgina

    Pinto Pessoa offer an experience of X-ray and

    its interpretation, taken of panels that belong

    to the main retable of the Lamegos cathedral,painted by Vasco Fernandes.

    Salom de Carvalhos reection approaches

    the concept of original in the theory of

    conservation through the revision of the

    re-edited catalog of the Fake? The Art of

    Deceptionexhibition at the British Museum in

    1951.

    Finally, Margarita San Andrs enriches the

    informative part of this online journal with an

    article that provides Internet addresses related

    bioindicadores de la contaminacin ambiental

    producida por metales pesados. Han realizado

    su trabajo en el entorno de la iglesia de los

    Santos Juanes de Valencia.

    Catarina Pereira contribuye con el anlisis de los

    retoques de negativos fotogrcos efectuados

    en los inicios del siglo XX, basndose en el

    estudio de la coleccin del Archivo fotogrco

    de la Cmara Municipal de Lisboa.

    Julia Fonseca y Carla Maximiliana presentan el

    estudio previo a la intervencin en la imagen

    de piedra caliza de Cristo yacente, que se

    encuentra en el monasterio de Santa Clara-a-

    Velha, en Coimbra.

    Frederico Henriques y Alexandre Gonalves

    aportan un artculo dedicado al anlisis demtodos de clasicacin en ambiente SIG

    (Sistemas de Informacin Geogrca), aplicado

    a la identicacin de lagunas en una pintura

    sobre tabla.

    Ana Rita Rodrigues trata de las pinturas

    existentes en el techo de casetones de la nave

    central del antiguo Convento del Salvador,

    en Braga, poniendo de relieve la importancia

    de esta tipologa de cubiertas en el norte

    de Portugal, sus materiales y problemas de

    conservacin.

    Ana Brito colabora con un trabajo de

    investigacin sobre los materiales artsticos

    utilizados en siete obras con soporte de madera

    del artista Abel Salazar (1889- 1946).

    Joana Salgueiro, Jos Pessoa y Georgina Pinto

    Pessoa, ofrecen una experiencia de radiografa

    y su interpretacin, realizada en las tablas que

    pertenecieron al retablo mayor de la S deLamego, de Vasco Fernandes.

    La reexin de Salom de Carvalho aborda

    el concepto de original en la teora de

    la conservacin, a travs de la revisin

    del catlogo reeditado sobre la exposicin

    celebrada en el British Museum de 1951, Fake?

    The Art of Deception.

    Por ltimo, Margarita San Andrs contribuye a

    enriquecer la parte informativa de esta revista

    online con un artculo que ofrece direcciones de

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    to cultural heritage conservation and research.

    One year ago we began this project modestly

    and now we believe that these are only the rst

    steps of a long and fruitful way. In Portugal,

    there is a great need for platforms that allow

    professionals and researchers to present and

    discuss the conservation and restoration issues

    and share their experiences on the research

    eld. The good reception of the rst journal -

    ecrnumber one (2009), both by authors and

    readers encourages us to continue.

    Ana Calvo

    Internet relacionadas con la conservacin del

    patrimonio cultural y su investigacin.

    De una forma modesta hemos iniciado un

    camino que, no dudamos, ha de fructicar.

    Existe una gran necesidad de plataformas que

    permitan exponer y debatir las investigaciones

    en torno a la conservacin y restauracin en

    Portugal. Este es un nuevo paso que, gracias a

    la buena acogida dispensada anteriormente por

    parte de autores y lectores, parece conrmar lo

    bien fundada de esta apuesta.

    Ana Calvo

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    artigos

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    A sustentabilidade: o equilbrio entre o clima

    exterior e as condies-ambiente dos espaos

    museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da

    Misericrdia de Lisboa e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    Resumo

    O estudo da sustentabilidade das solues para assegurar condies-ambiente adequadas

    nas instituies museolgicas inicia-se quando o custo dos combustveis torna imperativa

    a poupana de energia e se impe a necessidade de reectir sobre as formas de reduzir

    os consumos energticos, necessrios para respeitar as normas xadas com crescente

    rigidez para a temperatura e a humidade relativa, cuja bondade, alis, h muito se

    contestava. O edifcio assume um papel importante neste processo e, entre ns,

    consegue-se alcanar um notvel equilbrio entre o clima exterior e as necessidades da

    conservao, desde que se respeitem as caractersticas dos edifcios histricos e o passado

    das coleces, intervindo-se o menos possvel, tal como preconizado nos princpios da

    Carta de Nova Orlees. Como exemplo, apresentam-se dois casos de estudo, nos quais

    se baseou a comunicao efectuada na Conferncia Going Greene: towards sustainability

    in conservation, no British Museum, em 24 de Abril de 2009: um edifcio do sculo XVII,

    o Palcio Nisa, para onde foi transferido, em 2003, o Arquivo Histrico da Santa Casa da

    Misericrdia de Lisboa, e a Casa Professa da Companhia de Jesus, edifcio do sculo XVI,

    sede da SCML e onde, se encontra instalado, igualmente, o Museu de So Roque. Ambosso patrimnio da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa, instituio de solidariedade

    social, fundada no sculo XIV.

    Palavras-chave

    Sustentabilidade, inrcia higroscpica, utuaes conrmadas, condies-ambiente.

    Sustainability: balance between external climate and environmental conditions

    in museums the Historic Archive of Santa Casa da Misericrdia de Lisboa andSo Roque Museum

    Abstract

    The study of the sustainability of solutions to ensure appropriate environmental conditions

    in museum institutions begins when the cost of fuel makes it imperative to save energy

    and imposes the need to reect on ways to reduce energy consumption, necessary to

    meet the standards set, with increasing rigidity, for the temperature and relative humidity,

    whose kindness, in fact, was questioned long ago. The building has an important role in

    this process, and, in our case, it is possible to achieve a remarkable stability between the

    external climate and the needs of conservation, provided it respects the characteristics of

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    A sustentabilidade: o equilbrio entre o clima exterior e as condies-ambiente

    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    historic buildings and the collections past, with the minimum intervention, as recommendedin the New Orleans Charter principles.

    As an example of this, are presented two cases, which were the base of the communication

    made at the Conference Going Greene: towards sustainability in conservation, in the British

    Museum, in April, 24, 2009: a XVII century Palace, and the XVI century Professed House of

    the Jesuits. Both belong to the Santa Casa da Misericrdia de Lisboa a welfare institution

    founded in the XIV century.

    Keywords

    Sustainability, hygroscopic inertia, conrmed uctuations, environmental conditions.

    Sostenibilidad: el equilibrio entre las condiciones climticas exteriores y las

    condiciones ambientales de los museos El Archivo Histrico de la Santa Casa da

    Misericordia de Lisboa y el Museo de San Roque

    Resumen

    El estudio de soluciones para garantizar la sostenibilidad de las condiciones ambiente

    comienza cuando el precio del combustible hace que sea imperativo ahorrar energa e

    impone la necesidad de reexionar sobre las maneras de reducir el consumo necesariopara cumplir con las normas establecidas, con creciente rigidez, para la temperatura y la

    humedad relativa, cuyos benecios, de hecho, desde hace mucho tiempo se contestaba. El

    edicio asume un importante papel en este proceso y se consigue un notable equilibrio entre

    el ambiente externo y las necesidades de conservacin, a condicin de que se respeten

    las caractersticas de las edicaciones histricas y el pasado de las colecciones, con una

    intervencin mnima, como se recomienda en los principios de la Carta de Nueva Orleans.

    Como ejemplo, se presentan dos casos de estudio, en los que se bas la comunicacin

    realizada en la conferencia Going Greene: towards sustainability in conservation, en el

    British Museum, el 24 de Abril 2009: un edicio del siglo XVII, el Palacio de Nisa, donde setrasladaran, en 2003, de los Archivos Histricos de la Santa Casa da Misericordia de Lisboa,

    y la Casa Profesa de la Compaa de Jess, siglo XVI, sede de SCML y donde est instalado,

    tambin, el Museo de San Roque. Ambos son propiedad de la Santa Casa de la Misericordia

    de Lisboa, institucin de caridad, fundada en el siglo XIV.

    Palabras-clave

    Sostenibilidad, inercia higroscpica, uctuaciones conrmadas, condiciones ambiente.

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    13estudos de conservao e restauro |n 2

    A sustentabilidade: o equilbrio entre o clima exterior e as condies-ambiente

    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    IntroduoEm 1999, com a Prof. Doutora Ana Isabel Seruya, apresentmos em Lyon na reunio do

    Comit de Conservao do ICOM uma comunicao que tinha por tema as condies

    ambiente numa Exposio organizada pela Comisso Nacional para as Comemoraes dos

    Descobrimentos Portugueses (Casanovas, L. et al1999). Sugerimos ento que tendo em

    ateno os registos de temperatura e humidade relativa efectuados de Julho a Setembro de

    1996 se agurava possvel controlar as condies ambiente recorrendo ao comportamento

    da prpria estrutura do imvel de sculo XVI, conhecido pelo Celeiro Comum (idem, p.

    27/28). Os resultados conrmaram a nossa hiptese mas data no nos permitimos tirar

    concluses porquanto se poderia considerar tratar-se de um caso particular uma vez que a

    Exposio decorreu durante a estao quente, condies s quais a construo tradicional

    do Sul de Portugal se adapta particularmente bem.

    Embora j tivssemos estudado casos similares (Casanovas, L. 2008: 155, 157, 212, 226)

    foi essa a razo que nos levou a considerar que a soluo adoptada dicilmente se poderia

    adaptar a outros climas1 at porque nos faltavam ento os conceitos necessrios para

    legitimar qualquer generalizao que pretendssemos propor: a inrcia higroscpica ainda

    no sara do laboratrio (and Ramos, 2001) e as utuaes conrmadas (Michalski, S.

    2007) faziam a sua apario muito discreta no Manual de 1999 da ASHRAE (ASHRAE,

    1999 p.20.3/20.4). Os casos do Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e do Museu de So Roque que iremos tratar so diferentes porque a informao histrica

    disponvel extensa e os registos efectuados so numerosos e credveis.

    Fundada em Agosto de 1498 pela Rainha D. Leonor, viva de D. Joo II, a Santa Casa da

    Misericrdia de Lisboa, como escreveu o Dr. Rui Antnio Ferreira da Cunha, seu Provedor,

    tem vindo a acumular ao longo dos 510 anos da sua existncia um patrimnio de grande

    valor social, histrico e artstico proveniente de doaes, heranas e aquisies (Cunha,

    R.A. Ferreira da, 2008:7).

    Este esplio, guardado nas duas instituies referidas, sofreu ao longo dos sculos as

    vicissitudes habituais que Philip R. Ward resumiu assim Os objectos que ns preservamosno foram destrudos pelo tempo porque o tempo raramente , por si s, um agente de

    destruio. Esses objectos, que tm muitas vezes centenas e mesmo milhares de anos de

    existncia, escaparam aos perigos do fogo, s tempestades aos abalos de terra, s guerras

    aos roubos ao vandalismo e, acima de tudo, nossa negligncia.

    Muitas vezes esto mais expostos ao perigo numa construo moderna do que jamais

    1 Finais de Maro de 2000 recebemos uma carta de duas estudantes da Northumbria University, Virgnia Llad-Buisn e Britta M. New, que juntamos, na qual solicitam a nossa opinio sobre a possibilidade de aplicao dosistema descrito noutros climas e com outro tipo de edifcios.

    Na nossa resposta, que igualmente juntamos, referimos que tudo depende do comportamento dos materiais,que no caso concreto do nosso pas se agura como muito bem adaptado para tirar partido do clima

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    A sustentabilidade: o equilbrio entre o clima exterior e as condies-ambiente

    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    estiveram ao longo da sua existncia: as utuaes da temperatura, o excesso ou a carnciade humidade, a exposio s radiaes ultravioleta, os insectos, os gases atmosfricos e uma

    manipulao desenvolta podem destruir o que a natureza preservou (Ward, P. 1982: 6,7).

    Permitimo-nos sublinhar a importncia desta armao de 1982 citando o mesmo autor que

    em 1989 escreveu A cincia mede, produz resultados quanticveis e goza do benefcio

    da preciso. A conservao aplica estes resultados a problemas de uma innita variedade

    para cuja soluo no h absolutos (Ward, P. 1989: 29).

    Entre os acidentes a que estiveram sujeitos os dois edifcios de que nos iremos ocupar

    encontramos o Terramoto de Lisboa, de 1755, que destruiu parcialmente o Palcio Niza,

    onde se encontra o Arquivo Histrico desde 2007, e totalmente a Casa Professa da SantaCasa da Misericrdia de Lisboa, onde se instalou o Museu de So Roque em 1905. Ambos

    sofreram portanto intervenes muito signicativas a partir das ltimas dcadas do sculo

    XVIII, mas no tocante ao comportamento das estruturas no esqueamos que as alvenarias

    anteriores a 1755 no eram muito diferentes das alvenarias dos primrdios do sculo XIX

    (Pinho, F. 2000), sobretudo nos casos da Casa Professa e do Palcio Niza, visto que o local

    onde se encontravam era conhecido pela Pedreira (Matos Sequeira, G. 1939: 1, 14).

    Como escreveu Stefan Michalski O que indiscutvel que os seres humanos sempre

    guardaram e cuidaram do que considerava precioso. Preservar uma actividade humana

    muito antiga. (Michalski, S. 2004). Ora hoje podemos estudar com muito mais rigor opassado das nossas coleces e dos edifcios que as albergam, graas a novos conceitos

    como o das utuaes conrmadas e a inrcia higroscpica e recorrendo sempre que

    necessrio e possvel histria da arte e do clima.

    Assim poderemos encarar os dois casos que iremos tratar integrados numa realidade mais

    ampla que a do controle das condies-ambiente nos espaos museolgicos em Portugal.

    Portugal encontra-se no que Gary Thomson considerava A zona temperada do clima dos

    museus para estabelecer uma distino com as duas regies principais a saber os climas

    tropicais e os climas secos. Escreveu ele Haver um clima que se possa designar como

    uma zona temperada onde ao longo do ano a humidade relativa mdia permanece entre oslimites moderadamente seguros de 40 a 70% e o aquecimento raramente necessrio?.

    (Thomson 1981 p.88).

    No pretendemos com isto defender que os museus e os edifcios histricos em Portugal

    nunca necessitam de tratamento de ar por meios mecnicos para controlar as condies

    ambiente, mas signica sim que recorrendo a uma gesto correcta das caractersticas dos

    edifcios possvel encontrar solues de compromisso em que a dependncia dos meios

    mecnicos pode ser substancialmente reduzida, ou seja, em que podemos assegurar de

    forma muito simples a sustentabilidade do sistema.

    Cabe aqui recordar um nome, o de Max von Pettenkofer, que em 1870 chamou a ateno

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    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    para a importncia dos revestimentos das paredes na estabilizao das condiesambiente(Casanovas, 2008 p 100).

    Em 2006, no decurso de uma discusso sobre o passado da Cincia da Conservao, Catarina

    Antomarchi2 sugeriu que se olhasse esse passado como um continuo onde vamos encontrar

    contribuies de diferentes pases e culturas e de reas to diversas como a Histria das

    Ideias e das Instituies. E de facto, consultando por exemplo os Preprints of the 1980 IIC

    Vienna Congress, encontramos como que as sementes dos nossos mtodos de hoje incluindo

    recomendaes especcas para manter sob controlo os valores extremos da temperatura e

    da humidade relativa e a necessidade de respeitar as condies existentes (ASHRAE 1999).

    Em Portugal temos dois aspectos particularmente signicativos: a importncia da estruturados edifcios e o nosso clima, cujo comportamento no se pode explicar pela proximidade

    do Mediterrneo, visto que uma das suas caractersticas mais surpreendente o elevado

    nmero de microclimas, que nos obriga por vezes a estudar as condies exteriores com

    equipamento mvel, cujos resultados procuramos depois conrmar por comparao com

    estaes meteorolgicas prximas3.

    Estes dois aspectos, o edifcio e o clima envolvente, bem como a histria de Portugal durante

    os ltimos dois sculos, tm de ser encarados como essenciais quando olhamos para a

    sustentabilidade do ambiente museolgico, porque no s a introduo do aquecimento

    na nossa vida quotidiana foi tardia, quando comparada com a de outros pases, como aEspanha, como permaneceu uma prtica que nos estranha4, o que tornou difcil para

    os nossos primeiros conservadores procurar controlar a humidade relativa, embora estes

    tivessem conscincia da necessidade do aquecimento nos seus museus (Casanovas, 2008

    p.59). Estas circunstncias e a diculdade, cultural, de recorrer ao equipamento ento

    disponvel, zeram do edifcio a principal ferramenta para controlar as condies-ambiente

    dos museus em Portugal. Por isso, e para formarmos uma ideia correcta do passado da

    conservao entre ns, temos de procurar entender no s o edifcio mas a relao entre

    as condies-ambiente e, sobretudo, o clima urbano que, em certos casos, como Lisboa e

    o Porto, uma realidade em si mesmo.

    Conclumos portanto que, em Portugal, no recomendvel modicar o clima interior de

    um edifcio sem termos a certeza de que essa modicao inevitvel e mesmo assim

    devemos respeitar o princpio da interveno mnima. Signica, mais, que temos de procurar

    compreender porque razo a maior parte das obras de arte que herdmos esto bem

    conservadas, dado que em alguns casos devamos acrescentar a despeito do seu passado.

    2 2008, Antomarchi, C. In: Casanovas, L.E. Conservao Preventiva e Preservao das Obras de Arte, SantaCasa da Misericrdia de Lisboa, Lisboa, 56.

    3 Exemplos deste fenmeno so inmeros, mas basta lembrar nos arredores de Lisboa, Mafra, Sintra e Queluz

    e numa regio bem diferente, Portalegre e Elvas, Tomar etc.4 O frio enrijece diz-se nas Beiras e em TrsosMontes

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    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    O Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa e o Palcio NisaO Palcio Nisa, outrora propriedade dos Condes da Vidigueira5, foi adquirido pela Santa

    Casa da Misericrdia de Lisboa em 1926 e nele foram sendo instalados diversos servios

    que a actividade da Instituio ia exigindo, nomeadamente no sector mdico e assistencial.

    Pouco a pouco no entanto foi-se tornando mais difcil adaptar os espaos s exigncias

    dos servios e concluiu-se que seria prefervel retir-los para locais mais bem adaptados

    e, sobretudo, sem as limitaes impostas pela estrutura do edifcio. Tendo em ateno a

    situao do Arquivo Histrico, foi decidido a sua transferncia do espao que ocupava na

    Av. D. Carlos I para o Palcio Nisa, o que se veio a concretizar em 2003.

    Essa transferncia pode ser estudada com base no que hoje designamos por utuaesconrmadas porquanto as condies-ambiente do espao onde o acervo se encontrava

    eram monitorizadas, conforme atrs referimos, desde 1990, o que permitiu optar por

    uma soluo perfeitamente sustentvel sem recurso a equipamentos mecnicos e cujos

    resultados provocaram alguma surpresa quando da apresentao no British Museum. Com

    efeito, para quem tem de enfrentar o clima do Norte da Europa, no fcil aceitar que a

    estrutura de um edifcio possa ser um elemento activo no controle das condies-ambiente

    como Tim Padeld demonstrou recentemente (Padeld, T. 2004: 131 - 137).

    O que se decidiu foi vericar cuidadosamente as condies-ambiente das salas de depsito

    do Arquivo, observando o evoluir dos valores que, em certo momento, nos causaram algumaapreenso e nos levaram a prever a possibilidade de introduzir ar seco nas salas, sobretudo

    nas que se encontram no piso -2, situao que at agora no se revelou necessria.

    Com efeito, os registo efectuados e de que inclumos dois exemplos mostram-nos uma

    estabilidade invejvel: desde Outubro de 2008 a humidade relativa no oscila mais do que

    5% numa semana e a mdia mantm-se praticamente estacionria desde Outubro.

    A explicao reside na inrcia higrotrmica das salas, na taxa de renovao de ar, nas

    caractersticas do clima de Lisboa, mormente na Colina de So Roque, e, por ltimo, no

    papel estabilizador do prprio acervo.

    O Museu de So Roque e a Casa Professa da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    A Casa Professa foi doada pelo Marqus de Pombal Santa Casa da Misericrdia de Lisboa,

    em 1762, e do edifcio primitivo pouco resta, mas, como j referimos, o comportamento

    termo higromtrico do edifcio no deve ter sido afectado de forma signicativa.

    Para podermos comparar o comportamento do edifcio antes da entrada em servio da

    5 Ver entre outros o II Volume do Carmo e a Trindade p 184/186 e de Jlio de Castilho Lisboa Antiga O BairroAlto I Vol. p 261/265 3. Edio Ocinas Grcas da CML 1954

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    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    instalao de tratamento de ar6

    recorremos Sala do Braso, da qual dispomos de registosdesde 1998. Embora este espao tenha sido modicado, no sofreu alteraes signicativas

    em termos estruturais.

    Para alm dos registos de cariz histrico, temos os que se efectuam sistematicamente

    desde a entrada em servio do equipamento, em Dezembro 2008.

    No fcil interpretar os registos antigos porque a mudana das folhas no era efectuada

    de forma correcta, pelo que nem sempre possvel uma correspondncia exacta com as

    condies exteriores determinadas s 00, 06, 12 e 18 UTC. No entanto, a estabilidade dos

    valores da temperatura e da humidade relativa ca amplamente comprovada, o que, como

    se sabe, muito mais importante do que o respeito, subserviente, por um valor arbitrrioxado por via de regra sem ter em ateno a realidade histrica em que a coleco se insere.

    A comparao dos registos no deixa, alis, margem para dvidas, como demonstramos

    com os dois registos que juntamos e que foram realizados na Sala do Braso: as condies

    actuais so caracterizadas por uma permanente instabilidade, que vai inevitavelmente

    afectar a curto prazo a conservao do acervo, nomeadamente, mas no exclusivamente,

    a pintura sobre madeira.

    Concluses

    Dois edifcios diferentes, condiesambiente igualmente diferentes e uma primeira

    concluso: Garry Thomson tinha razo, pelo que importa olhar o comportamento dos

    nossos edifcios na perspectiva de aproveitar o seu passado para nos garantir o futuro das

    coleces que vier a albergar.

    Para tal, e esta a segunda concluso, torna-se necessrio estudar o que esse passado nos

    legou recusando, serenamente, as solues que nos pretendam impor em nome de uma

    tecnologia cujas limitaes no domnio especco da conservao, onde no h absolutos,

    h muito que se conhecem e sem esquecer nunca que, como escreveu a Prof. Ana Calvo:

    As obras de arte esto vivas.

    Referncias

    ASHRAE Handbook 1999, Heating, Ventilating and Air- Conditioning Applications.

    Casanovas, L.E. 1987 a, Anlise da Evoluo Anual das Condies-Ambiente na Biblioteca

    do Palcio Nacional de Mafra. Algumas interrogaes. In: I Semana dos Arquivos. Actas

    Cascais, 67/73.

    6 Preferimos utilizar esta designao em vez do habitual ar condicionado porquanto na maior parte dos casos

    entre ns, mas tambm noutros pases como o Reino Unido, as instalaes no correspondem s exignciasregulamentares do ar condicionado.

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    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    Casanovas, L.E. 1987 b, A climatizao em museus e os mtodos tradicionais de calculo.In: Encontro Nacional de Refrigerao e Ar Condicionado ENRAC, Lisboa.

    Casanovas, L.E. and Seruya, A.I. 1999, Climate control in a 16th Century building in the

    South of Portugal. In: ICOM Committee for Conservation, 12th Triennial Meeting, Lyon,

    27-30.

    Cunha, R.A.F. 2008, Provedor da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa. In: Museum de So

    Roque Guide, Lisboa.

    Freitas, V.P. and Ramos, N.M.M. 2001, Modelao da variao de humidade relative no

    interior dos edifcios. In: Construo 2001 Encontro Nacional da Construo, Lisboa,

    Instituto Superior Tcnico, 1145-1152.

    Freitas. V.P. et al 2008. Hygroscopic Inertia in Museums Housed in Old Buildings, Building

    Physics Symposium in honour of Prof. Hugo L.S.C. Hens Leuven, Belgium, pp.39-42, 29-

    31 de October.

    Matos Sequeira, G. 1939, O Carmo e a Trindade, Publicaes da Cmara Municipal de

    Lisboa.

    Michalski, S. et al 2004, Effective Preservation From reaction to Prediction, In The Getty

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    Morna, T.F. 2008. In: Museum de So Roque Guide, Lisboa.

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    Ward, Philip 1982, La conservation: lavenir du pass. In Museum Vol. XXXIV n. 1 1982

    p 6-9

    Ward, Philip 1986, The Nature of Conservation A race against time, The Getty Conservation

    Institute, Marina del Rey, California 1989 p.29

    Nota biogrca

    Luis Elias Casanovas, investigador do CITAR, Licenciado em Engenharia Electrotcnica

    pela Escola Politcnica Federal de Lausanne em 1951, doutorado em Histria da Arte pela

    Faculdade de Letras de Lisboa em Janeiro de 2007.

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    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    Anexos

    Imagem 1 - Museu de S. Roque: Sala doBraso

    Imagem 2 - Casa Professa, actualmente Museude So Roque.

    Imagem 3 - Registo termo higromtrico(Arquivo Histrico).

    Imagem 4 - Planta do piso -2 do Edifcio doArquivo Histrico.

    Imagem 5 - Registo termo higromtrico(Arquivo Histrico incio a 27/12/99).

    Imagem 6 - Registo termo higromtricosemanal (Arquivo Histrico incio a

    10/09/08).

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    dos espaos museolgicos: o Arquivo Histrico da Santa Casa da Misericrdia de Lisboa

    e o Museu de So Roque

    Lus Elias Casanovas

    Imagem 7 - Registo termo higromtrico

    (Museu de S. Roque Sala do Braso incio a05/01/1999).

    Imagem 8 - Registo termo higromtrico

    (Museu de S. Roque Sala do Braso incio a19/01/2000).

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del

    contenido de metales pesados en el entorno de la

    Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Resumen

    Los lquenes debido a su naturaleza simbionte poseen unas caractersticas nicas que

    les coneren un papel clave como bioindicadores de la contaminacin ambiental. Se han

    realizado muchos trabajos utilizando lquenes epifticos como bioindicadores, pero tan

    solo unos pocos estudios han utilizado lquenes epilticos. El objetivo de este trabajo es

    poner de maniesto la calidad del aire de la ciudad de Valencia y corroborar la ecacia

    de los lquenes epilticos crustceos como bioindicadores de la contaminacin ambiental.

    Para ello se analizan los metales pesados encontrados en los lquenes que crecen sobre lafachada de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia situada en el centro neurlgico de

    la ciudad.

    Palabras clave

    Lquenes, bioindicadores, metales pesados, materiales ptreos, contaminacin ambiental.

    Estudo dos Lquenes como bio-indicadores de metais pesados no meio ambiente

    da Igreja dos Santos Juanes de ValnciaResumo

    Os Lquenes, devido sua natureza simbitica, possuem caractersticas nicas que lhes

    conferem um papel crucial como bio-indicadores de contaminao ambiental. Existem

    muitos trabalhos que utilizam lquenes epifticos como bio-indicadores, no entanto, poucos

    se centram no uso de lquenes epilticos. O estudo realizado tem como objectivo por em

    manifesto a qualidade do ar da cidade de Valencia e corroborar a ecincia dos lquenes

    epilticos crustosos como bio-indicadores da contaminao ambiental. Para tal, analizaram-

    se os metais pesados presentes em lquenes que crescem na fachada da Igreja dos Santos

    Juanes de Valncia, situda no centro nevrlgico da cidade.

    Palavras-chave

    Lquenes, bio-indicadores, metais pesados, materiais ptros, contaminao ambiental.

    Study of lichens as bioindicators of heavy metals in the environment of the Santos

    Juanes church in Valencia

    Abstract

    The lichens do to their symbiont nature have unic characteristics that confer them a key

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    role as a bioindicators of the environmental contamination. Many investigations have been

    done using epiphytic lichens as a bioindicators, but only a few of them have used crustoseepilithic lichens. The main objective of this work is to show the air quality of Valencia

    and corroborate the efcacy of the crustose epilithic lichens as a bioindicators of the air

    pollution. With this objective it has been analyzed the heavy metals inside the lichens

    growing on the faade of the Santos Juanes church in Valencia situated in the nerve center

    of the city.

    Keywords

    Lichens, bioindicators, heavy metals, petreus material, air pollution.

    Introduccin

    En los ltimos aos, la calidad del aire se ha visto afectada debido a un incremento en la

    emisin de contaminantes sobre todo producido por la actividad humana, este descenso en

    la calidad del aire produce una serie de efectos en los organismos vivos. Existen organismos

    que reejan estos contaminantes ambientales aportando informacin muy til para la

    prevencin y el control de la contaminacin ambiental. Estos son llamados bioindicadores,

    es decir organismos que responden a la contaminacin ambiental con alteraciones en sus

    funciones vitales o con la acumulacin en sus tejidos de las sustancias contaminantes,proporcionando de este modo informacin sobre el medio en que se encuentran. Un buen

    ejemplo de buenos organismos bioindicadores utilizados para este n son los Lquenes.

    Los lquenes estn constituidos por la simbiosis entre un hongo y un alga o cianobacteria,

    formando una asociacin mutualista o simbiosis, en la que ambos obtienen benecio,

    generando de este modo un organismo diferente mucho ms resistente a condiciones

    ambientales adversas.

    Los lquenes fueron reconocidos por primera vez como bioindicadores en el s.XIX,

    producindose un crecimiento importante en los estudios de biomonitoreo ambiental con

    lquenes a partir de 1960 cuando se identica el dixido de azufre como factor clave de sucrecimiento, salud y distribucin. Hoy en da existen ms de dos mil estudios publicados

    sobre la utilizacin de lquenes como bioindicadores, principalmente de la contaminacin

    medioambiental (lluvia cida, contaminacin por metales pesados, derrames de

    hidrocarburos, radionuclidos, contaminacin por derrames de dixido de azufre), pero

    tambin como bioindicadores de cambios climticos y como bioindicadores de continuidad

    ecolgica.

    La amplia utilizacin de los lquenes como bioindicadores de la contaminacin ambiental se

    debe a que cumplen los requisitos necesarios para actuar como tales ya que poseen una

    elevada sensibilidad a los contaminantes atmosfricos, una difusin espacial mundial, una

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    bioindicadores de la contaminacin ambiental, en particular del contenido de metales

    pesados.Los objetivos de este trabajo consisten en el estudio de la calidad del aire de la ciudad de

    Valencia mediante la utilizacin de lquenes como bioindicadores de la cantidad de metales

    pesados, as como el estudio del impacto que estos contaminantes atmosfricos tienen

    sobre la salud de los edicios Histrico-artsticos de la ciudad de Valencia, en concreto

    estudiando su impacto sobre el material ptreo que conforma la Iglesia de los Santos

    Juanes de Valencia (Roig-Picazo, 1990). sta iglesia (g.1) se encuentra situada en el

    centro de la ciudad de Valencia, donde el trco es abundante y constante las veinticuatro

    horas del da, lo que genera una contaminacin a su alrededor que puede estar dandola

    gravemente. Todos los lquenes que hemos encontrado sobre ella son crustceos, laausencia de lquenes frondosos nos est dando los primeros indicios de que el nivel de

    contaminacin ambiental es elevado (Quijada, 2006).

    Figura 1 - a) Imagen del exterior de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia; b) Imagende los lquenes creciendo en el tejado de la Iglesia; c) Imagen detalle de uno de los lquenes

    encontrados en la Iglesia.

    Por otro lado este estudio pretende comprobar la ecacia de los lquenes crustceos lapdeos

    como bioindicadores de la contaminacin ambiental, en particular de la contaminacin por

    metales pesados, ya que no hay muchos estudios en este sentido.

    MetodologaLa seleccin de puntos de muestreo se realiz en funcin de los diferentes tipos de sustratos

    existentes sobre la fachada de la iglesia donde crecan los lquenes: piedra caliza y ladrillo;

    y en funcin de las diferentes especies liqunicas mas abundantes, que en este caso fueron

    Candelariella sp.; Lecanora sp. y Caloplaca sp.

    As mismo para poder realizar una valoracin del nivel de contaminacin existente en

    la ciudad, comparamos los niveles de metales pesados obtenidos en los lquenes de la

    iglesia con los niveles obtenidos en lquenes de una zona mnimamente contaminada.

    Para realizar esta comparacin tomamos muestras de lquenes de las mismas tres

    especies de una rea rural, donde la contaminacin se supone mnima, en la Sierra de

    a

    b

    c

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Albarracn (Teruel), utilizando estas muestras como controles negativos de contaminacin

    por metales pesados (blancos) para nuestros anlisis. Tambin tomamos muestras delos soportes donde encontramos los lquenes en la iglesia para medir las cantidades

    de estos metales pesados y observar como stos se acumulan en los soportes, ya que

    esta acumulacin podra estar daando la fachada de la iglesia debido a la formacin de

    costras negras.

    La toma de muestras (tabla 1) se realiz mediante la utilizacin de bistur y lupa tomando

    una pequea muestra que contuviese tanto al liquen como a su sustrato.

    Tabla1 - Listado de la toma de muestra: especies liqunicas, sustrato sobre el que crecen y lugarde origen de la muestra.

    La identicacin morfolgica de las especies liqunicas (g.2) se realiz mediante anlisis

    estereomicroscpico, anlisis al microscopio de luz visible y luz ultravioleta, anlisis con

    microscopa electrnica (SEM-EDX) as como mediante ensayos qumicos (KOH e Hipoclorito

    de Sodio), todos estos anlisis, junto con las tablas taxonmicas nos permitieron reconocer

    la especies liqunicas.

    Figura 2 - Imgenes de microscopa estereoscpica arriba y de microscopa ptica debajo de loslquenes a) Candelariella sp. b) Caloplaca sp. c) Lecanora sp.

    El estudio de la acumulacin de contaminantes en los lquenes consisti en el anlisis

    de las cantidades de metales pesados, expresadas en ppm, mediante la tcnica de ICP-

    MS tras ataque cido en el Departamento di Scienze della Terra de la Universit della

    Calabria (Cosenza, Italia). Los metales pesados analizados fueron Vanadio (V), Cromo

    a b c

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    (Cr), Magnesio (Mn), Cobalto (Co), Nquel (Ni), Cobre (Cu), Zinc (Zn), Arsnico (As),

    Rubidio (Rb), Estroncio (Sr), Molibdeno (Mo), Cadmio (Cd), Antimonio (Sb), Bario (Ba),Plomo (Pb), Bismuto (Bi) y Uranio (U).

    Se realizan 3 anlisis por muestra calculando las medias y el porcentaje de enriquecimiento

    de los metales respecto al control (blanco) (tabla 2).

    Tabla2 - Medias de los datos (ppm) obtenidos de los anlisis mediante ICP-MS tras ataque cidode metales pesados en los lquenes muestreados.

    Para el clculo del porcentaje de enriquecimiento en metales de los lquenes respecto

    del control calculamos para cada especie las medias de los valores de los metales de

    cada especie tanto de las muestras como de los controles; posteriormente calculamos el

    incremento de cada elemento respecto al control; y por ltimo calculamos el porcentaje del

    incremento de los elementos respecto al blanco. De los resultados obtenidos se realizan los

    correspondientes anlisis grcos.

    Resultados y discusionLos resultados obtenidos para Lecanora sp. (g.3) muestran un aumento de todos los

    valores respecto al control en un rango comprendido entre el 7,77% (V) y el 685,91%

    (Sb). A excepcin de Mn (-14,62%) y Cd (-19,27%) cuyos porcentajes disminuyen

    ligeramente. Los elementos ms abundantes son el Mo (1322,06%), el Sb (685,91%) y el

    Cu (509,47%).

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    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Figura 3a - Anlisis de Lecanora sp. - Tabla de datos de niveles se metales pesados

    Figura 3b - Anlisis de Lecanora sp. - grca del porcentaje de enriquecimiento de los metalespesados respecto al blanco

    En el caso de Caloplaca sp. (g.4) encontramos un elemento que aumenta de manera muy

    elevada respecto al resto que es el Cd (7558,44%), mientras el resto de los elementos

    aumentan en un rango de un grado de magnitud mayor al de Lecanora sp., comprendiendo

    en este caso porcentajes de entre 27,40% (Ba) y el 1970,03% (Sb), encontramos de

    nuevo dos elementos que disminuyen ligeramente respecto al control, el Ni (-17,01%) y

    el As (-26,71%).

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    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Figura 4a - Anlisis de Caloplaca sp. - Tabla de datos de niveles se metales pesados

    Figura 4b - Anlisis de Caloplaca sp. - grca del porcentaje de enriquecimiento de los metalespesados respecto al blanco

    En cuanto a Candelariella sp. (g.5) existe un elemento que bioacumula preferentemente,

    el Cu (43716,56%). El resto de los elementos aumentan en un rango similar al encontrado

    en Lecanora sp. comprendido entre el 6,51% (Zn) y el 624,30% (Mo), a excepcin de

    Mn que disminuye un -65,85 %. Siendo los elementos ms abundantes el Cu, Mo y Sb

    (492,89%) al igual que Lecanora sp.

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    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Figura 5a - Anlisis de Candelariella sp. - Tabla de resultados y grca del porcentaje deenriquecimiento de los metales pesados en Candelariella sp. respecto al blanco

    Figura 5b - Anlisis de Candelariella sp. - grca del porcentaje de enriquecimiento de losmetales pesados en Candelariella sp. respecto al blanco

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

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    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Figura 5c - Anlisis de Candelariella sp. - grca del porcentaje de enriquecimiento de losmetales pesados en Candelariella sp. respecto al blanco sin incluir el Cu.

    En base a los anlisis realizados, encontramos en la mayora de los casos mayor concentracin

    de metales en las muestras tomadas de la Iglesia respecto al control, observando variaciones

    en funcin del metal y de la especie de liquen estudiada, lo que nos est indicando que la

    contaminacin ambiental por metales pesados es mucho mayor en el centro de la ciudad deValencia que en la zona rural de la Sierra de Albarracn, como era de esperar.

    Los elementos ms abundantes comunes a las tres especies estudiadas son el Cu, el Mo y

    el Sb. El Cu, especialmente abundante en Candelariella sp., es un elemento presente en

    numerosos pesticidas (fungicidas e insecticidas) y fertilizantes utilizados en la agricultura

    y en pigmentos utilizados en la industria de la cermica, producindose tambin en la

    combustin de fuel de los automviles. Por lo que las elevadas concentraciones de este

    elemento en el centro de la ciudad se deben a que Valencia es una ciudad rodeada de

    campos de cultivo as como una ciudad muy transitada por vehculos adems de tener una

    importante industria cermica, poseyendo las tres fuentes fundamentales de este metalpesado. El Mo se utiliza entre otras cosas, para la construccin de piezas de automviles,

    sus elevadas concentraciones pueden provenir por tanto de la fbrica de coches Ford

    que se encuentra a las afueras de Valencia (Almussafes). Respecto al Sb es utilizado en

    cermica y en metales de consumo como revestimiento de cables, por lo que su elevada

    concentracin puede deberse a la importante industria de cermica y de la construccin

    existente en Valencia. Todos estos elementos son transportados por el viento desde los

    campos y desde las fbricas de automviles, de cermica hasta la iglesia de los Santos

    Juanes, donde los lquenes los absorben y acumulan (Riccardi et al., 2001).

    En el caso de Caloplaca sp. encontramos un elemento que aumenta en gran medida respectoal resto de los elementos (1 grado de magnitud mayor) que es el Cd (7558,44%), el

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    cadmio proviene de los pesticidas y fertilizantes utilizados en la agricultura Valenciana. Este

    aumento tan elevado nos est indicando por un lado que existe una elevada contaminacinde Cd en el aire de la Ciudad y por otro lado que la especie Caloplaca sp. tiene una gran

    capacidad de acumular el Cd presente en la atmosfera, mientras que las otras dos especies

    estudiadas no son capaces de bioacumularlo (Lecanora sp. -19,27%) o lo acumulan pero

    en poca cantidad (Candelariella sp. 11,90%).

    En el caso de los elementos que disminuyen ligeramente respecto al control, encontramos

    en Caloplaca sp. el Ni (-17,01%) y el As (-26,71%); lo que nos est indicando que Caloplaca

    sp. no es capaz de acumularlos, mientras que las otras dos especies estudiadas si que son

    capaces de acumularlos. Esta disminucin del Ni respecto al blanco puede deberse a que

    los elevados niveles de Cd en Caloplaca sp., estn compitiendo con el Ni ya que ambos soncationes bivalentes, de manera que el Ni deja de ser acumulado en el rea urbana, rica

    en Cd, mientras que esto no sucede en el rea control, pobre en Cd. Respecto al As, este

    viene desplazado por el aumento en la acumulacin de otros elementos abundantes en el

    rea urbana como el Sb.

    EnLecanora sp.encontramos otros dos elementos que disminuyen ligeramente Cd (-19,27%)

    y el Mn (-14,62%) elementos que en Caloplaca sp. si son acumulados abundantemente

    (sobretodo el Cd) sin embargo en el caso del Mn, Candelariella sp. no lo acumula mientras

    Caloplaca sp. si. Esta disminucin del Cd y del Mn est probablemente ocurriendo debido

    a la existencia de competicin con los cationes bivalentes Cu y Mo, que son acumuladospreferencialmente por Lecanora sp. en el rea urbana debido a su elevada abundancia.

    En el caso de Candelariella sp. el Mn disminuye un -65,85 % lo que nos est indicando

    que Candelariella sp. al igual que Lecanora sp. no es capaz de bioacumular este elemento,

    mientras Caloplaca sp. si lo bioacumula (327,57%). Esta disminucin de Mn de nuevo se

    debe probablemente la gran acumulacin de un catin bivalente competidor, el Cu muy

    abundante en la ciudad de Valencia.

    Todos estos resultados demuestran como la bioacumulacin de metales pesados en lquenes

    vara ampliamente entre especies.

    De la comparacin de las tres especies estudiadas (g.6) observamos que Lecanora sp.y Candelariella sp. tienen un comportamiento muy similar respecto a la acumulacin de

    metales pesados, ya que retienen preferencialmente los mismos elementos (Cu, Mo y Sb),

    y poseen un rango de acumulacin tambin similar (7,77%-685,91% y 6,52%-624,30%

    respectivamente, si no contamos con el Cu). Mientras que Caloplaca sp. se comporta de

    una forma diferente, es capaz de retener los metales pesados en un rango de un grado de

    magnitud mayor (27,40% y el 1970,03% sin contar con el Cd) que el resto de especies

    estudiadas. Lo que nos est indicando que Caloplaca sp. es una especie capaz de acumular

    mayores cantidades de metales pesados presentes en la atmosfera respecto a Lecanora

    sp. y Candelariella sp.

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    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Figura 6a - Comparativa de las tres especies liqunicas estudiadas - Tabla de resultados delporcentaje de enriquecimiento de los metales pesados respecto al control de las tres especies

    liqunicas estudiadas

    Figura 6b - Comparativa de las tres especies liqunicas estudiadas - grca comparativa delporcentaje de enriquecimiento de los metales pesados respecto al blanco de las tres especies

    liqunicas estudiadas

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Por ltimo respecto a la comparativa de las concentraciones (g.7) de los metales pesados

    en los lquenes respecto a sus sustratos, encontramos en la mayora de los elementosuna menor cantidad de metales en los sustratos que en los lquenes, debido a que los

    lquenes tienen una elevada capacidad de acumularlos a lo largo de los aos. Sin embargo

    en la piedra caliza encontramos mayores cantidades de Sr que en los lquenes, que puede

    explicarse por la existencia de sulfato de estroncio, celestina, como material accesorio

    propio de la calcita. En el caso del ladrillo encontramos mayores cantidades de algunos

    elementos como Mn, Ba que pueden ser constituyentes del ladrillo y por eso se encuentran

    en elevada concentracin; y elementos como V, Rb y Sr que probablemente se deba a la

    elevada porosidad del ladrillo.

    Figura 7a - Comparativa de las tres especies liqunicas estudiadas y los dos tipos de sustratospiedra caliza y ladrillo - Tabla de concentraciones medias en ppm de los metales pesados

    obtenidos de las tres especies liqunicas estudiadas y de los dos sustratos estudiados

    Figura 7b - Comparativa de las tres especies liqunicas estudiadas y los dos tipos de sustratos

    piedra caliza y ladrillo - grca comparativa de los valores en ppm de metales pesados de las tresespecies liqunicas estudiadas y de los dos sustratos estudiados

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

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    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    Conclusiones

    Este trabajo nos ha permitido demostrar que en la ciudad de Valencia tenemos una abundantecontaminacin de Cd (principalmente), de Cu, de Mo y de Sb, encontrando valores en los

    lquenes mucho mayores a los normales en el aire urbano. Esta contaminacin proviene de

    la industria agrcola, cermica, automovilstica y de la construccin, todas ellas abundantes

    en Valencia. Estudios anteriores realizados en lquenes epifticos ya mostraron resultados

    similares en Italia donde encontraron elevadas concentraciones de Cd en 1989 (Benco, 1989)

    y de Cu en 2001 (Mangiaco, 2001:49), as como en zonas urbanas de Arizona, Estados

    Unidos, se encontraron elevadas concentraciones de Zn, Cu, Pb, and Cd (Zschau, 2003:21).

    Por otro lado, este estudio nos ha permitido comprobar que los lquenes epilticos

    crustceos pueden ser, al igual que los lquenes epifticos, utilizados como bioindicadoresde la contaminacin atmosfrica debida a Metales Pesados. Permitiendonos demostrar que

    de las tres especies estudiadas Caloplaca sp. es la que mejor acumula los metales pesados

    en sus tejidos siendo por lo tanto una especie altamente eciente como bioindicador de la

    contaminacin por metales pesados de la atmosfera.

    ste estudio, es importante porque elevadas concentraciones de estos metales pesados

    en el aire puede ser peligroso para la salud humana as como para el buen estado de los

    edicios Histrico-artsticos.

    Por un lado se conoce que los metales pesados se encuentran en las costras negras que

    recubren los edicios y las esculturas en zonas urbanas con elevada contaminacin ambiental

    ya que estas costras se forman por deposicin de sustancias atmosfricas contaminantes

    en suspensin (Barca, 2010). Las costras negras producen un importante deterioro esttico

    debido al ennegrecimiento de fachadas, detalles ornamentales, policromas, y por otro

    lado, generan procesos de deterioro del material ptreo, sobretodo exfoliaciones, prdida

    de cohesin y presencia de sales (yeso); este deterioro es debido a las diferencias fsico-

    qumicas entre las costras y el material ptreo sobre el que se encuentran, produciendo

    por ejemplo diferencias de comportamiento trmico que llevan a la fracturacin de la

    costra y con ella a la disgregacin y prdida del material ptreo. Los metales pesados

    presentes en las costras negras de las reas contaminadas, actan como catalizadoresde las reacciones qumicas entre el material y los agentes agresivos deteriorantes de los

    materiales ptreos acelerando de este modo los procesos de formacin de costras negras

    y de degradacin de los materiales. Una forma de evitar el desarrollo de estas costras

    negras consistira en intervenir sobre el medio ambiente eliminando o disminuyendo los

    niveles de contaminacin de los centros histricos de las ciudades. Este estudio es por

    tanto importante ya que los criterios en restauracin y conservacin estn siendo cada vez

    ms conscientes de que deben aplicarse no solo a los materiales artsticos sino tambin al

    medio ambiente que los rodea.

    Por otro lado, diversos estudios demuestran la relacin de la contaminacin de metales

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    pesados en el aire con el aumento de enfermedades como cnceres; Cislaghi y Nims

    (1997:463) establecieron la correlacin en Italia entre zonas delimitadas por lquenes quereejaban los grados de contaminacin por metales pesados y la frecuencia de cncer de

    pulmn. Riccardi (2001) realiz un monitoreo con lquenes epifticos de un rea de Npoles,

    Italia, donde se encontraban elevados casos de tumores digestivos en la poblacin, pudiendo

    relacionarlos con la elevada contaminacin de metales pesados. Clnicamente se sabe que

    los metales pesados que hemos encontrado contaminando el aire de Valencia pueden ser

    txicos para la salud humana. El Cd es uno de los metales pesados ms txicos ya que

    puede producir dao en pulmones, riones, sistema nervioso central, sistema inmune e

    infertilidad, pudiendo daar el ADN y desarrollar cncer e incluso provocar la muerte. El Cu

    puede daar el hgado y los riones e incluso causar la muerte. El Mo es altamente txico

    produciendo disfuncin heptica, deformidades en articulaciones, irritacin ojos y piel, etc.

    el Sb puede producir enfermedades pulmonares, problemas digestivos y de corazn.

    Por todo lo expuesto en este trabajo queremos enfatizar la importancia de la realizacin

    de estudios de la calidad del aire de las reas urbanas tanto para controlar la salud de

    los edicios como para controlar la salud de las personas que en ellas habitan, siendo

    los lquenes una buena y econmica forma para realizarlo, permitiendo no solo realizar

    estudios puntuales sino tambin estudios de la evolucin de la calidad del aire a lo largo

    del tiempo.

    Referencias

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    Agradecimientos

    Esta investigacin ha sido nanciada por el Ministerio de Ciencia e Innovacin gracias a la

    concesin de una beca FPI y una Estancia Breve de 3 meses a la doctoranda Pilar Bosch

    Roig, para trabajar con el Profesor Carlo Lalli, en el Opicio delle Pietre Dure (OPD) de

    Florencia.

    Al Ministerio per i Beni Culturali Italiano y a todos los miembros del OPD por permitir la

    realizacin de esta investigacin. Al Departamento di Scienze della Terra de la Universit

    della Calabria, Cosenza, Italia por sus importanes anlisis de los Metales Pesados. A los

    Catedrticos Teresa Domnech Carb y Fernando Bolvar Galiano directores de todas las

    investigaciones para la tesis Doctoral de Pilar Bosch Roig, por todo su apoyo en este

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    Estudio sobre los Liquenes como bioindicadores del contenido de metales pesados en el

    entorno de la Iglesia de los Santos Juanes de Valencia

    Pilar Bosch Roig, Donatella Barca, Gino Mirocle Crisci, Carlo Lalli

    proyecto. A los Catedrticos Pilar Roig Picazo e Ignacio Bosch Reig por los interesantes

    comentarios de la versin preliminar del presente manuscrito.

    Notas biogrcas

    Pilar Bosch Roig, [email protected]; licenciada en Biologa en la Universidad de Valencia,

    actualmente realizando la Tesis Doctoral en el Instituto de Restauracin del patrimonio

    (IRP) de la Universidad Politcnica de Valencia (UPV), inscrita al programa de Doctorado

    Ciencia y Restauracin del Departamento de Restauracin y Conservacin de Bienes

    Culturales de la UPV, tesis dirigida por Mara Teresa Domnech Carb, Directora del IRP,

    y Fernando Bolvar Galiano del departamento de pintura de la Universidad de Granada.

    Lneas de investigacin centradas en el Biodeterioro del Patrimonio Cultural.

    Donatella Barca, [email protected]; licenciada en Ciencias Geolgicas en la Universidad de

    Calabria, Italia; obtiene el ttulo de Doctor en Tectnica y Geologa estructural en 1992;

    nombrada Investigadora Universitaria del Sector GEO/07 por la facultad de Ciencias

    Matemticas, Fsicas y Naturales de UNICAL en 2005, siendo desde entonces responsable

    cientca del Laboratorio de Espectrometra de masa ICP-MS y LA-ICP-MS del Departamento

    de Ciencias de la Tierra de la Universidad de Calabria. Sus investigaciones se basan en la

    aplicacin de tcnicas analticas de Espectrometra de masa a plasma en diversos campos:

    geocientco, Bienes Culturales as como en el estudio medioambiental, sobretodo en el

    estudio de la contaminacin de agua y suelos mediante la caracterizacin de metales

    pesados.

    Gino Mirocle Crisci, [email protected]; licenciado en Geologia en la Universidad de Pisa,

    estudia varios meses en Estados Unidos (beca NATO y FORMEZ). Investiga en el Istituto

    de Mineraloga y Petrografa de la Universidad de Pisa; es profesor de Petrografa,

    Mineraloga, Geoqumica y Vulcanografa del Departamento de Ciencias de la Tierra en

    la Universidad de Calabria y dirigiendo la facultad de Ciencias Mat. Fis y Nat. (2005

    2012). Sus investigaciones se centran en el estudio petrogrco y geoqumico de las rocas

    magmticas; la aplicacin de Autmatas Celulares a las problemticas de las Ciencias de la

    Tierra; y al estudio petrogrco y geoqumico y de los Bienes Culturales.

    Carlo Lalli, [email protected]; licenciado en Biologa; trabaja para el Ministero per i

    Beni e le Attivit Culturali desde 1982, dirige el Laboratorio de Qumica 1 del Opicio delle

    Pietre Dure (OPD) de Florencia. Ensea Qumica de la restauracin en la Escuela de Alta

    formacin del OPD, en la Universidad de Florencia, y en otras universidades e institutos de

    Espaa y Brasil. Es coordinador nacional de la Comisin NORMAL Bronzi y forma parte de

    la Comisin NORMAL Inquinanti Atmosferici dellUNI NORMAL. Se encarga de los anlisis

    qumicos de numerosas obras de arte, colaborando con numerosos centros como Paul

    Getty Center, National Gallery, Istituto Croato di Restauro.

    mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:allicarlo%40hotmail.com?subject=mailto:crisci%40unical.it?subject=mailto:d.barca%40unical.it?subject=mailto:pboschroig%40gmail.com?subject=
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    O retoque do negativo otogrfco

    Estudo de uma coleco do Arquivo Fotogrfco da

    Cmara Municipal de Lisboa

    Catarina Pereira

    Resumo

    Para aqueles que no esto ligados prtica da fotograa, mas que ainda assim tm

    interesse por esta, sejam Historiadores, funcionrios em arquivos ou Conservadores

    Restauradores, difcil entender e apreciar o trabalho de um retocador de negativos do

    incio do sculo XX. A descoberta das potencialidades do retoque manual no foi menos

    que surpreendente vista do que actualmente se consegue por manipulao digital. Deste

    modo pensamos que este tema no apenas uma curiosidade para um pequeno grupo de

    investigadores, mas um tema de interesse actual.

    Palavras-chave

    Retoque, negativo, gelatina, fotograa, vidro, mscara.

    Retouching of photographic negatives - Study of a collection at ArquivoFotogrco da Cmara Municipal de Lisboa

    Abstract

    For those not connected to the practice of photography, but that still have interest about

    it, may they be historians, archives staff or conservators is difcult to understand and

    appreciate the work of the retoucher from the early XX century. The discoveries made of

    the potential of retouching negatives by hand were no less then surprising under the light

    of what can be done today by means of the computer. This subject isnt there for, just a

    curiosity for a small group of researchers but a theme with contemporary interest.

    Keywords

    Retouching, negative, gelatin, photography, glass, masks.

    Retoque de negativos fotogrcos - Estudio de una coleccin del Archivo

    Fotogrco de la Cmara Municipal de Lisboa

    Resumen

    Para aquellos que no estn relacionados con la prctica de fotografa, pero que an as

    tienen inters por ella, bien sean historiadores, archiveros o conservadores, es difcil

    entender y apreciar el trabajo del retocador fotogrco de los inicios del siglo XX. Los

    descubrimientos hechos en este trabajo ponen en evidencia las potencialidades del retoquemanual, cuyos resultados no son menos que sorprendentes que los que actualmente se

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    logra con el ordenador. Por tanto consideramos que este tema no es solo una curiosidad

    para un pequeo grupo de investigadores sino que es un tema de inters actual.

    1. Introduo

    Este trabalho centrar-se- sobre o retoque manual em negativos de vidro com emulso

    de gelatina e brometo de prata. O interesse por este tema surge no seguimento da 2

    Semana da Fotograa, ciclo de conferncias realizadas na Goleg em Setembro de 2009

    com o tema A fotograa nos museus de fotograa. Aps a apresentao de Duarte

    Ribeiro1 que abordou o retoque na sua forma artstica e em conversa com este e outros

    participantes, vericou-se que o tema retoque no estava ainda devidamente estudado,

    apesar de alguns fotgrafos nacionais importantes, por evidncias no seu trabalho, o

    tivessem utilizado e desenvolvido.

    Este estudo baseou-se na observao de negativos em vidro de uma coleco pertencente

    ao Arquivo Fotogrco da Cmara Municipal de Lisboa. O Arquivo institucionalizado em

    1942, mas apenas em 1994 se estabelece nas actuais instalaes no nmero 246 da Rua

    da Palma. O arquivo rene coleces de fotograa da cidade de Lisboa2 e os seus principais

    objectivos so a centralizao da produo fotogrca dispersa pelos vrios servios

    camarrios e assegurar a sua conservao. O acervo do arquivo est dividido em coleces

    identicadas com trs letras normalmente correspondentes ao nome do fotgrafo autor ou

    doador (Boas, 1997: 1-4). A coleco NEG, o alvo deste estudo, constituda actualmente

    por 5132 elementos, maioritariamente, negativos de vidro com emulso de gelatina e

    brometo de prata (da a designao NEG)3. Permaneceu no esquecimento durante largo

    perodo de tempo at ao momento de trasladao para a Rua da Palma (Dias, 1997: 3)

    perdendo-se, por isso, a razo da sua origem e propsito. No entanto sabe-se que em

    1965 adquirida uma coleco de negativos aos leiloeiros Soares e Mendona, coleco

    importante, no por pertencer a um fotgrafo de renome, mas pela variedade temtica