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EL LOTO BLANCO Mensuario T eosófico ÓRGANO DE RELACIÓN ENTRE LOS TEÓSOFOS ESPAÑOLES E HISPANO-AMER ICANOS 1929 Tomo XIII Año XIII REDACCIÓN Y ADMINISTRACIÓN Apartado 954 BARCELONA

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EL LOTO BLANCOMensuario T eosófico

ÓRGANO DE RELACIÓN ENTRE LOS TEÓSOFOS E S P A Ñ O L E S E H I S P A N O - A M E R I C A N O S

1929

T o m o XI I I A ñ o XI I I

REDACCIÓN Y ADMINISTRACIÓN A p a r t a d o 954

B A R C E L O N A

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ÍNDICE DE 1929

Página

A . — E l sim bolism o de la flo ra fu n e ra r ia . . . . . 28

A G U IR R E D E L A T O R R E (M.)E l en ig m a de la esfinge ......................................................................173H . P . B l a v a t s k y ............................................................................. 233D is c e rn im ie n to .....................................................................................389L o a b s o lu to .............................................................................................438

A L D R IC H (T. B.)L a s M e te m p s íc o s is ............................................................................. 433

A N N EO S É N E C A (Lucio)L a v e rd a d de los a n t ig u o s : E p ís to la de S éneca a

L u c i l i o .............................................................................................437

A R Q U IT A SL a v e rd a d de los a n t i g u o s ............................................................. 520

B E S A N T (Annie)L a b ase de la Sociedad T e o s ó f i c a ................................................ 59E l uso del p l a c e r ............................................................................... 97P re g u n ta s y re sp u e s ta s ......................................................................149S o b re los cam bios de n u e s tro h u m o r ...................................... 282C oncep tos v e rd a d e ro s y fa lso s de la p ro p ic iac ió n . . 511

B L A V A T S K Y (H. P .)L a se c re ta a l q u i m i a ......................................................................199F a se s del d e sp e r ta r de la c la r iv id e n c ia . . . . 206E l p o d er del i n i c i a d o ..................................................................... 208L a t ie r r a del sueño y el so n am b u lism o ......................................213D e la m em o ria t r a s c e n d e n t e ......................................................216D el in stin to , de la ra zó n y de la in tu ic ión . . . . 222L os sueños p r o f é t i c o s ..................................................................... 231L os p e lig ro s del r i t u a l i s t a ............................................................. 246E l e sp ír itu s o b e r a n o ...................................................... . 468

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Página

B E R T Y (F r a n c is c o )

¿Es D ios c re a d o r o e m a n a d o r ? ...................................... . 317L a R ep ú b lica de P la tó n a n te la fu tu ra R elig ión

U n i v e r s a l .....................................................................................455

B R U S C H E T T I ( A t t i l i o )

E l H om bre C ó s m i c o ..................................................................... 569

C O L L Y M A R C H (J.)N u estro s G r a b a d o s ....................................... 39, 76, 185, 247, 297

C A L L E ( W e n c e s la o )

M e l o s i n a .............................................................................................377

C L IM E N T T E R R E R ( F e d e r ic o )

T eoso fía E x e g é t ic a ....................................................... 84 ,270,431

C. W . L .L o que a todos o frece la T e o s o f í a ..............................................471

C O L L IN S (M a b e l)

D e la m ag ia a m o r o s a ......................................................................181

C H E C A D R O U E TF r a t e r n i d a d .....................................................................................269

E L M A R Q U É S D E C A SA F U E R T EL a v u e lta a los p rin c ip io s e t e r n o s .............................................. 156

E . N ., L . G . L . y P. M.E l D r. J in a ra ja d a sa en E s p a ñ a ......................................................578

E S C O B A R B E N A V E N T EA nhelos de p a z .....................................................................................268

F É L IX (E d e lm ir o A.)L a «indigestión» del M e n s a j e ......................................................576

G O N Z Á L E Z B LA N C O (E dm undo)

E stu d io s so b re la H is to ria de la* T e o s o f ía : Jacobo B o h e m e ....................................................................................106, 167

G A R C ÍA L O R E N Z A N A (L.)D u ra n te el C am p am en to de O m m e n ......................................437

G A R R ID O (J.)K a rm a y m ald ad h u m a n a ............................................................. 234L a M adre del M u n d o ......................................................................372

G U E R R E R O (R o s a r io ) tra d .

D e un m a e s tro de H . P . B ................................................................ 243

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PáginaG U T IÉ R R E Z D E JO S E P (G.)

F re n te a un h o m b r e .............................................................. ,

H O R N E ( A l e x a n d e r )

C oncep tos científicos del d ía en m u tac ió n . 2 5 7

IB O R R A M UÑOZ ( F u lg e n c io )

S er u n « H o m b r e » ......................................................................,

J . G. R.L a paz a rm a d a a n te el m e n s a j e ...................................... t ^

JIN A R A JA D A S A (C.)E l trá n s ito de H. P . B ................................................................. t 204L a in ex is te n c ia de un D ios p e rso n a l . . . . 4 9 3 ̂ 5 4 3

JIN A R A JA D A S A ( D o r o t e a )

A los m iem bros del C onsejo de la S ociedad T eosófica 386

JO S E P H (G. G. d e )

A los p ies del M a e s t r o ..................................................................... 341

L A R E D A C C IÓ NH erm an o s am ericanos! (A lbores del d e sp e r ta r e sp ir i­

tu a l de E s p a ñ a ) ...................................................................... 1U n tóp ico de p e rp e tu a a c t u a l i d a d .............................................. 197

L E A D B E A T E R (C. W .)L a fo rm a-p en sam ien to de u n tem plo . . . . 70, 123

M A Y N A D É Y M A T E O S (P e p ita )

S ueño de u n a ta rd e de in v ie rn o . . . . . . . 31L a sa b id u ría de los n e o p la tó n ic o s ..............................................273K rish n a m u rti re a lz a la S ociedad T eosófica . . . 427

M A Y N A D É (C arm en )

E l n a c e r de u n B u d a ..................................................................... 207

M A Y N A D É (R am ón)

R e c o r d e m o s .....................................................................................217

M A R T ÍN E Z N O V E L L A (A n to n io )

L a educac ió n del buen s e n t id o ...................................................... 115

M E N É N D E Z (M a r ía )

L o fu n d am en ta l ............................................................................. 424

M IL L Á N (A g a p ito )

L a p ena de m u e r t e ............................................................................. 422

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Página

M IS T R A L ( G a b r ie la )

E l p la c e r de s e r v i r ............................................................................. 430

M U N T A D A S (R am ón)

L a p az m u n d ia l, u to p ía h oy , se rá la re a lid a d de m a ñ a n a 17

Ñ E R V O (A m ad o)

H oy h e n a c i d o .............................................................................. 3R e s o lu c ió n ....................................... 316E n p a z .....................................................................................................454

N IC O L A U ( E s t h e r )

S a lu tac ió n a todos los m iem bros de la S ociedad Teo*sófica de E s p a ñ a ..............................................................................121

N u estro s g r a b a d o s ............................................................................. 342O’R E L L (M a x )

C o n trib u c io n es a la f e l i c i d a d ......................................................184

P O N T E ( A g u s t ín )

E l d ra m a de la C ru c if ix ió n ..............................................................179

P . M.C a ta lin a T ín g le y y su o b r a ........................................................48L a s luces m a ra v illo sa s de la E x p o sic ió n de B arce lo n a 522

P O V E D A N O (D ie g o )

L a T o rre del C onoc im ien to .............................................. . 552

R A M A K R IS H N AO m n ip o ten c ia de la f e ............................................................... 8

R A M A Y SAG ra n d e s fig u ras del p a s a d o .......................................

R E IG (E m ilio )

D iv u lg ac ió n so b re la l u z ...............................................

R O SO D E L U N A (D r .)

E l sim bolism o de las re lig io n es del m undo y elp ro b lem a de la fe lic idad 9, 77,114, 225, 290, 329, 365, 413,

472, 504, 561

R A M O S (J. G .)L a educación de la s n u e v a s g e n e rac io n es . . . . 112

R O F E S (D r . C.)E l a lm a seg ú n los g ra n d e s filósofos . . . . 1 3 1 , 265B la v a tsk y y el n e o p la to n is m o ......................................................235

21

376

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PáginaR U IZ E SC O T O (F.)

E l c a le n d a rio a z teca o p ied ra del so l . 35, 64, 134, 182, 297

SA N K U N N I M EN O N (P.)E l Y o d is tin to del c u e r p o .......................................................4, 50

S E N D R A ( S a l v a d o r )

A tra v é s de la v i d a ............................................................................. 435

S R IN IV A S A M U R T I (G.)E s c r i tu ra s y ce rem on is en el banqu illo . . . . 460

T A T H A M (Emma)

E l sueño de P itá g o ra s ......................................................................336

T O Z Z A (E u g e n ie )

L a ley o cu lta de la evo lución s o c i a l ...................................... 305

TH O M PSO N (M a u r ic e )

E l p en sam ien to ú l t im o ............................................... 480

T R O W B R ID G E (J. G .)M ás a l lá ...............................................................................503

V E R D E C IA (M a ce o )

L os dos s e n d e r o s ....................................................... 130E l poem a del L o t o ....................................................... 244

V IL L A R D (F .)L a sim bólica b a rc a de T u t-A nck -A m on . . . . 440

V IA (J. d e )

U n a p ro fec ía de la M a e s t r a ................................209E n sa y o so b re la s ac tiv id ad es de la m en te . . . 3 5 9 , 407

W O O D ( E r n e s t o )

E l design io de la T e o s o f í a ............................ 324T eoso fía N a t u r a l ............................... 353, 401, 449, 493, 537

Z O R O A S T R OD e la sa b id u ría del Z en d -A v esta . . . . . . . 63

Z O Z A Y A (A n to n io )

K a rm a y D h a r m a .......................................................573

B IB L IO G R A F ÍA . 39, 8 8 , 140, 299, 345, 391, 441, 482, 524, 586

N O T IC IA S. 41, 89, 142, 186, 249, 300, 346, 393, 443, 484, 526, 589

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E nero Año 1929

O rg a n o d e r e la c ió n e n t r e lo s te ó s o f o s e s p a ñ o le s e l i i s p a n o - a m e r ic a n o s

La responsabilidad de los artículos fir­mados corresponde a sus autores y a los traductores en las traducciones.

Toda la correspondencia, giros, sus­cripciones y colaboración al Apartado 9 5 4 - Barcelona - España.

¡HERMANOS AMERICANOS!t

ALBORES I 1 L DESPERTAR ESPIRITUAL DE ESPAÑA

Aunque la misión de E l Loto B lanco no se haya circuns­crito jamás a las tareas de la Sección Española de la

Sociedad Teosófica ni siquiera a la organización mundial de esta última, sino que ha tendido siempre a abarcar toda ma­nifestación teosófica, todo estudio trascendente, toda visión del mañana, todo atisbo de esa alboreante Era feliz anun­ciada, sin embargo, hoy sentimos un anhelo irreprimible y, ultrapasando normas, hablaremos del despertar de la Sec­ción Española. Pero no en su sentido orgánico y de plan nacional sino conforme a nuestra historia, según el posible nexo de realización espiritual unificada con las Secciones hermanas de la América hispana erí la que con tantos co­laboradores y simpatizantes contamos.

Cumple ahora el primer septenario desde la constitución de la Sección Española de la S. T. Hánse logrado durante este período algunas nobles labores, auuque debidas más bien al esfuerzo individual o a la iniciativa de pequeños nú­cleos afines. Pero faltaba siempre la lig a que dice un buen colaborador nuestro, el elemento unitivo de todos los ele­mentos que, más simpático que secamente organizador, más

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2 EL LOTO BLANCO [ Enero

maternal que jefe, supiera captarse las voluntades y apro­vechara de cada individuo y corporación el máximo de sus posibilidades, estimuladas por una dirección comprensiva y amante.

, Y, a semejanza de los organismos humanos, esos años de infancia parecían a veces intervenidos también por el elem ento constructor de las enseñanzas teosóficas. Sí, por­que toda prueba sufrida, todo caos atravesado, toda disgre­gación, toda labor aparentemente destructiva, la oteamos ahora, desde esta incipiente cumbre, como brotadas cose­chas de nuevas perspectivas. Los errores pasados han enri­quecido nuestra experiencia, nos han hecho mejores. Han pasado, dejando su infaltable don siempre positivo. Maya esconde detrás de cada ilusión, un regalo para las almas ávidas de conciencia y dispuestas a sonreír mirando el pasado.

Hoy, en el inicio del segundo septenario de su vida, una nueva influencia rige los destinos de la Sección. Los Seño­res del Karma, por nuestra mediación, han electo para Se­cretario General a la Hermana Esther Nicolau. Y aquí ga­nas tenemos de trocar las siguientes líneas en fervorosa apologética. Pero no queremos. Diremos sólo que esta her­mana tan querida de todos es el único elemento que puede realzar la Sección Española al rango del augusto lema de la Entidad Internacional que representa. Esperamos que el contento de nuestros hermanos de América se asocíe al nuestro y sepan vibrar al unísono de nuestros anhelos ex­pansivos.

Y es hora ahora de las labores colectivas, de las iniciati­vas raciales. No nos contentamos con la buena marcha de la Sección ni en su glosa ni queremos poemizar, para gozo nuestro, las tareas principiadas o planeadas. Queremos ser partícipes en un plan mayor. Sentiremos el gozo de nuestra capacidad sólo cuando formemos parte de una tarea seña­lada que en el plano espiritual anule, entre España y la .ma­yor parte del gran continente americano, el enorme desierto del mar.

Que el habla común hidalga y sonora, maestra un tiem­po del orbe, sepa vibrar, con nuestro impulso unificado, el ritmo de la estrofa nueva que balbucea ávidamente el mundo.

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1929] ¡HERMANOS AMERICANOS! 3

Con este inicio de feliz renacimiento E l L oto B lanco co­bra nuevos bríos. Se viste de fiesta, engalana sus hojas, y se muestra a todos como emblema sonriente, augurio de labores dichosas.

¡Ven a nosotros, hermano americano, como vamos noso­tros a ti!

L a R edacción.

JST

Hoy he nacidoC ada d ía que pase , h a s de d ec irte :«¡Hoy he nacido!»E l m undo es nuevo p a ra m í; la luz és ta que m iro,h ie re s in duda p o r la vez p rim e ra m is ojos lím pidos :la llu v ia que hoy desfleca su s c r is ta le s es m i bau tism o .«V am os, pues, a v iv ir un v iv ir pu ro , un v iv ir nítido.A y er, y a se perd ió . ¿Fué malo? ¿bueno? ...V e n g a el olvido, y quede sólo, de ese a y e r , la esencia , el o ro ín tim ode lo que am é y su fr í m ien tra s m a rc h a b a p o r el cam ino .«Hoy cad a in s ta n te , a l b ien y a la a le g ría , s e rá p rop ic io ,y la esen c ia l razó n de m i ex is ten c ia , m i decid idoa fán , v o lc a r la d ich a so b re el m undo, v e r te r el v inode la b o ndad so b re la s bo cas áv id a s en re d o r m ío.«Será m i so la paz la de los o tro s : su reg o c ijom i regocijo , su so ñ a r mi ensueño; m i c ris ta lin ollan to , el que tiem ble en los a jenos p á rp ad o s; y m is latidos,los la tidos de cu an to s co razones p a lp iten en los o rb es infinitos.»C ad a d ía que pase h as de d ec irte :«Hoy he nacido.»

A mado Ñ e r v o .

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E l ¥ 0 DISTINTO D i l CUERPO(Continuación)

L a objeción se p re se n ta de la s ig u ien te m a n e r a : E n p rim e r lu g a r, el yo ind iv idual no es u n a m e ra suposic ión . Se d a rá d e s­pués u n a p ru eb a m ás d ire c ta de su e x is te n c ia indep en d ien te . Y, m ie n tra s ta n to , m erece n o ta rse que las h ipó tesis no de jan de te n e r su v a lo r. L a g ra v e d a d es u n a h ipó tesis fo rm ad a p a ra e x p lic a r los fenóm enos de la ca íd a de los cuerp o s. E l é te r se p re su m e p o r a l­g u n o s p a ra e x p lic a r la v is ió n y p o r o tro s p a ra e x p lic a r el sonido. L a ex is ten c ia de la g ra v e d a d y del é te r e s tá hoy g e n e ra lm e n te reco n o c id a . D e la m ism a m a n e ra el po stu lad o del yo ind iv id u a l h a conducido a la fo rm ac ió n de leyes re la tiv a s a la s acc io n es v o lu n ta ria s ; y los h echos deducidos de e lla s se e n c u e n tra n en a rm o n ía con n u e s tra ex p e rie n c ia .

H ay que e s ta b le c e r u n a d is tinc ión e n tre lo que se percibe real­mente y lo que es perceptible bajo ciertas condiciones favorables. L a s cond iciones de p e rcep c ió n p ueden se r su b je tiv a s u ob je tiv as . A lg u n o s o rg an ism o s p rim itiv o s , cu y a s sen sac io n es se lim itan a u n a ir r ita c ió n lig e ra del sen tid o p rim o rd ia l del tac to , no pueden d e sm en tir en ju s tic ia la ex is te n c ia fen o m en a l de ob je tos que no se h a lla n en co n tac to con e llos. E l m undo e x te rn o de un ciego o u n sordo-m udo so lita rio es m ucho m ás lim itado que el n u es tro E l m icroscop io re v e la ob je to s que son d em asiado pequeños p a ra v e rlo s con los o jos solos. D uendes, h a d a s , e sp íritu s e r ra n te s , fa n ­ta sm as, e tc ., pueden v is ita r n u e s tra s h u e llas; p e ro n o so tro s no podem os p e rc ib irlo s p o r fa lta de u n ju eg o de sen tidos d ife ren te s de los n u e s tro s y que p u ed an p e rc ib ir ob je to s su tiles. D el m ism o m odo puede el yo ind iv idual re a liz a rs e e lev án d o se so b re el cu erp o y cu ltiv an d o la v is ión tra sc e n d e n ta l.

No h a y co o rd inac ión e n tre su je to y ob je to . N adie puede a c tu a r so b re sí m ism o. A u n q u e el a rd ie n te sol o el fuego q u em an a o tro s cuerp o s no pueden q u e m a rse a sí m ism os. L a esp ad a no puede h e rirse a sí m ism a. U n h o m b re no puede c a b a lg a r so b re sí m is­m o ni un n iño m o n ta r so b re su s p ro p io s hom bros. Ni el dedo puede to c a rse n i el ojo v e rse ni la len g u a g u s ta rse a si m ism os, E l a g e n te y el p ac ien te h a n de s e r dos en tid ad es d is tin ta s .

E l s e r h u m an o co n sc ien te p e rc ib e su p rop io cuerpo y los cuer-

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1929] EL YO DISTINTO D EL CUERPO 5

pos de los dem ás. Si e s ta co n c ien c ia p e rc e p tiv a fuese u n a m era p ro p ied ad del cuerpo , com o so s tien en los m a te ria lis ta s , e s ta p ro ­p iedad , que no puede s e p a ra rs e del cu erp o , s e r ía in cap az de v e r el cu e rp o a qu e se h a lla u n id a com o a g e n te . E n o tra s p a la b ra s , el o rg an ism o p e rc ib ien te no puede p e rc ib irse a sí m ism o. N in g u ­n a p ro p ied ad de u n a n a ra n ja puede h a c e r de sí m ism a o de o tra n a ra n ja su p rop io ob je to . E l .yo ind iv id u a l con sus sen tidos su tile s p e rc ibe el cu erp o denso, que le s irv e de m ero ad ju n to e x te rn o , y los c u e rp o s densos de los dem ás; pero no se p e rc ib e a sí m ism o n i p e rc ib e el yo ind iv idual de los dem ás. L a rea lizac ió n de sí m ism o 's ig n ifica el e s tab lec im ien to del yo en su p ro p ia n a tu ­ra le z a y no su p ercepción a c tu a l p o r sí m ism o. N ad ie puede v e r a l veedor. Si el o rg an ism o es el veedo r, no puede v e rse a sí m ism o. E s tá c la ro , pues, que el yo es d is tin to e in d ep en d ien te del cuerpo .

A dem ás, si la co ncienc ia su rg e de u n a com binac ión de las su b s ta n c ia s e lem en ta les , é s ta s y su s p ro d u c to s fo rm an el su je to de p e rcep c ió n y , p o r ta n to no pueden se r perc ib idos; pues es a b ­su rd o que la m ism a cosa se a su je to y ob jeto de la m ism a p e rc e p ­ción. U n a ro sa no p erc ibe su s p ro p io s co lo r n i f ra g a n c ia n i los de o tra ro sa . U n a n a ra n ja no g u s ta su p ro p ia d u lz u ra o la de o tra n a ra n ja . U n cu erp o u o rg an ism o o d e te rm in ad o g ru p o de p ro p ie ­d ades ja m á s o b ra com o a g en te . E s p u ra m e n te pasivo , y se h ace perceptible en p re se n c ia del yo percibiente. L a d ife ren c ia e n tre el cu e rp o y el yo co n sis te en que el p rim ero es p e rc ep tib le y el se ­g u ndo p erc ib ien te . S i a l yo se le c o n sid e ra com o sim ple p ro p ied ad del cuerpo , el p a ra le lism o e n tre el yo y la s p ro p ied ad es del c u e r ­po no se puede p o n e r en duda. A h o ra , el co lo r, la fo rm a y o tra s p ro p ied ad es de u n cu erp o no h a c e n de és te n i de n in g ú n o tro su ob je to . E l yo no p e rc ib irá , pues, n a d a . A sí, el yo del m a te r ia lis ta red u ce todo el u n iv e rso a l e s tad o de vacío ab so lu to p o r fa lta de a g e n te s de conocim ien to y con c ien c ia . H a b ré is de re c u r r ir a yoes in d ep en d ien tes y su p e rv iv ie n te s de cu erp o s densos p a ra re s u c ita r el u n iv e rso perd ido . Si el yo fu e ra u n a p ro p ied ad del cuerpo , se r ía p e rc ep tib le p a ra el yo re a l in depend ien te com o lo es el co lo r de u n a n a ra n ja . E l h o m b re p erc ib e su p rop io cu e rp o p o rq u e el a g e n te de percep c ió n es d is tin to del cu e rp o p o r el perc ib ido .

E l h om bre tien e u n a se rie casi ilim itad a de p e rcep c io n es desde el n ac im ien to h a s ta la m u erte . E n to d as e llas v a r ía n los ob je tos, pe ro el a g e n te conocedor co n tin ú a siendo s iem p re el m ism o y reco n o ce to d as e s ta s p e rcep c io n es com o su y as . L a conc ienc ia p e rc e p tiv a es sim p le y u n ifo rm e p o r su n a tu ra le z a ; no puede a n a liz a rse en e lem en tos m ás s im p les y, p o r ta n to , la co ncienc ia es e te rn a e in m u tab le .

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6 ÜL LOTO BLANCO (Enero

L a p re se n c ia de un cu e rp o lum inoso com o el sol o u n a lá m p a ­r a es condición n e c e sa ria de la p e rcep c ió n . Si del hecho de que la concienc ia e s tá donde h a y un cu e rp o an im a l y no donde no lo h a y a rg ü ís que es u n a p ro p ied ad del cuerpo , ten d ré is que a d m itir que la conc ienc ia p e rc e p tiv a es u n a p ro p ied ad del sol o de la lám ­p a ra , p o rq u e aq u é l e s tá donde e s tá n é sto s y no donde no están . E l yo p u ro o la e x is te n c ia co n sc ien te es la ú n ica re a lid a d que im p lica todo ac to de p e rcep c ió n , m ie n tra s que la pe rcepc ión m is ­m a es un e s tad o m en ta l esp ec ia lizad o : es u n a ficción de Avidya. Avidya se m odifica : en su je to en la fo rm a de la m en te y los s e n ­tidos y en ob jeto en la fo rm a de los cu erp o s e x te rn o s . L a acción re c íp ro c a e n tre su je to y ob je to , que te rm in a en la p e rcep c ió n del ob je to p o r el su je to , se re a liz a p o r la m en te m oldeándose en im a ­g en de los ob je to s y h ac ién d o se in te lig e n te p o r la reflex ión del yo puro . E l yo ind iv id u a l co n sis te en «la m en te h e ch a in te lig e n te p o r la co n c ien c ia re fle jad a del yo p u ro o la co n c ien c ia refle jada y no e sp ec ia lizad a del yo p u ro esp ec ia lizad o p o r la m en te , y que a p a re c e com o a g e n te y c o n su m id o r del fru to» . L a un ión de la m e n te y el yo refle jado no h a ten ido p rin c ip io y m a n te n d rá n su in se p a ra b le asoc iac ión h a s ta la final lib e rac ió n , en que el yo in d i­v id u a l d e ja rá de se rlo iden tificándose con el yo su p e rio r, y se d iso c ia rá la m en te .

E l yo p u ro es la e x is te n c ia m ás sim ple. T oda d iv ers id ad es Vivartha o fa lsa a p a r ie n c ia so b re p u e s ta en el yo p o r el seductivo Avidya, que nos in d u ce a la c re e n c ia en la re a lid a d de sus som ­b ra s . L a s llam ad as leyes de la n a tu ra le z a , que los c ientíficos d es­c u b re n de cu an d o en cu an d o , no son las ley es del yo fu n d am en ta l sino las co nd ic iones ba jo la s cu a les el p rin c ip io de la ilu sión p ro ­y e c ta su s so m b ras . L os m a te r ia lis ta s y e r ra n a l to m a r la m a te ria p o r re a lid a d y el yo p o r ficción. Q ue la m a te r ia es a p a r ie n c ia sin su b s ta n c ia se d e m o s tra rá a h o ra m ism o.

U na p e p ita de oro es u n a u n idad , que a p a re c e d iversificada al c o n s tru irse con ella un an illo , u n a cad en a o u n a m ed a lla . E sto s t r e s ob je tos p a re c e n d ife r ir e n tre sí y de la p ep ita o rig in a l p o r razó n de su s d ife ren te s fo rm as; pero , en esencia , son la m ism a cosa. L a fig u ra o la fo rm a no es m ás que u n a re p re se n ta c ió n o a p a r ie n c ia que no co rre sp o n d e a re a lid a d o b je tiv a . L a fo rm a no ex is te com o fo rm a p u ra y sim ple . N ada p ierde u n a su b s ta n c ia con ro b a r le la fo rm a; y tam p o co el ro b a d o r g a n a n a d a . L a fo rm a no es m ás que a b s tra c c ió n ir re a l, que no in te rv ie n e en la n a tu r a ­leza y c a n tid a d de la su b s ta n c ia , que p e rm an ece sin a lte ra c ió n a u n q u e la m en te s ien te la ilu sión de cam bio .

D el m ism o, m odo, el ú n ico yo o conc ienc ia no espec ia lizada , que ocupa el u n iv erso , se v u e lv e m u ltifo rm e po r Avidya, que,

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1929] EL YO DISTINTO DEL CUERPO 7

con la a y u d a de la re flex ión del yo, e n g e n d ra en cad a s e r el se n ­tim ien to de la in d iv id u a lid ad y p re se n ta u n a g ra n v a ried ad de fa lsa s im presiones. D e este m odo el ún ico se r a p a re c e m u ltip li­cado. P e ro la d ife re n c ia de los se re s u ob je to s e n tre sí y del yo no es m enos fa lsa que la de la s cad en as, an illo s y m ed a lla s e n tre sí y de la p ep ita de oro . A sí com o el o ro es la ú n ic a re a lid a d e n tre la s fa lsa s p re se n ta c io n es de fo rm a, el yo es la ú n ica r e a li­dad e n tre la s fa lsa s p re se n ta c io n es de un g ru p o de m e ra s im p re ­siones m en ta les .

P u d ie ra p a re c e r ileg ítim a la p reced en te a n a lo g ía p o r la razón s ig u ien te : L a fo rm a de un an illo o cad en a no es m ás que u n a im ­p resió n v isua l sin re a lid a d co rre sp o n d ien te . L os an illos, las c a d e ­n a s y las m ed a llas pueden re s titu irs e fác ilm en te a su fo rm a o r ig i­n a l de p ep ita , pedazo o m asa ; m ie n tra s que los m ú ltip les ob je tos del m undo no p ueden d ese c h a rse com o sim ples g ru p o s de im p res io ­nes se n s itiv a s . S us c a p a s só lidas, con sus c a ra c te r ís tic a s re s is te n ­c ia , d ensidad y peso, v o lv e rán a a f irm arse con fu e rza a p la s ta n te que d e r r ib a rá to d a oposición . H a s ta a h o ra n ad ie h a sido c a p a z de a b a n d o n a r su fo rm a in d iv id u n l y v o lv erse en su yo de o rig en .

E s fácil re fu ta r e s ta a rg u m e n ta c ió n . T o m ad u n a n a ra n ja , p o r ejem plo . P re se n ta c ie r ta s im p resio n es v isu a le s com o la am arillez y la redondez . T am b ién p re se n ta c ie r ta s sen sac io n es com o ta c to , g u s to y o lfa to . A p a rte de e s ta s sen sac io n es n a d a conocem os de la n a ra n ja . H a s ta puede defin írse la com o posib ilidad de u n g ru p o de sen sac io n es en p re sen c ia de la m en te p e rc ib ien te del yo. Ni au n lo que llam áis re s is te n c ia , peso y d ensidad co n stitu y en la base de la n a ra n ja . Son m e ra s sen sac io n es c a u sa d a s p o r la te n ­sión, co n tra c c ió n y ex ten s ió n de los m úscu los. A quello de que som os co n sc ien tes en la n a ra n ja son n u e s tra s sen sac io n es y no lo que su b y a c e en e llas; y e s ta s p re se n ta c io n es son m eras a p a r ie n ­c ias s in re a lid a d su b s ta n c ia l, com o en el caso de las fo rm as del an illo , e tc . A sí com o el o ro es la ú n ic a rea lid ad en los an illos, cad en as y m ed a llas , el yo lo es tam b ién en los fenóm enos su b je ­tiv o s y o b je tivos. S in em b arg o , to d a sensac ión de d iv e rs id ad es leg ítim a en la p rá c tic a , puesto que con tinuam os v iendo la d iv e r­sidad h a s ta que rea lizam o s la v e rd a d final, no en te o r ía sino po r e x p e rie n c ia a c tu a l, que se verifica po r cu ltivo de la se ren id ad au x iliad o p o r un cu rso la rg o de d isc ip lina .

L a v e rd a d e ra n a tu ra le z a del yo se re a liz a te m p o ra lm en te en el tra n c e , donde las d is tracc io n es de la m en te y de los sen tidos se h a lla n re fre n a d o s po r el m om ento . E l yo se e s tab lece p e rm a ­n e n tem en te en su v e rd a d e ra n a tu ra le z a a la lib e rac ió n final de los g rille te s de su s ad ju n to s lim itado res . E n es te estado toda d iv ersid ad se h a lla to ta lm e n te su p rim id a .

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8 ÉL LOTO BLANCO [Enero

L a p re ten s ió n de los m a te r is ta s de qu e el cu erp o es cond ición n e c e sa r ia de e x is te n c ia c o n sc ien te , la c o n tra d ic e n u e s tra e x p e ­r ie n c ia de los su eñ o s . E n el e s ta d o de sueño , to d a s la s fu n c io n es de los ó rg a n o s sen so rio s g ro se ro s y to d a s la s a c tiv id a d e s—e x c e p ­to la s re f le ja s—del c u e rp o d en so e s tá n su sp en d id as . E l cu e rp o denso y los ó rg a n o s se n so rio s e s tá n p rá c tic a m e n te m u e rto s d u ­ra n te el su eñ o . No o b s ta n te , la m e n te se h a lla ilu m in a d a p o r las p ro p ia s e x p e r ie n c ia s de u n a la r g a v a r ie d a d de p e rc e p c io n es en su e ñ o s con el se n tim ie n to de su p e rso n a l id en tid ad , m em o ria , im a g in a c ió n . A los m a te r ia l is ta s , q u e no re c o n o c e n la m e n te n i el yo, les s e r ía d ifíc il d a r ra z ó n de los fen ó m en o s del su eñ o .

U n c u e rp o en cen d id o ro m p e en lla m a s . L a re a lid a d o b je tiv a q u e c o rre sp o n d e a la s l la m a s no co n s is te m á s qu e en c ie r ta s v ib ra c io n e s del c u e rp o e n cen d id o . E s ta s v ib ra c io n e s se in te r ­p re ta n com o lla m a s en la m e n te o yo. E l fen ó m en o de la s l la m a s no p u e d e e x p lic a rs e s a t is fa c to r ia m e n te p o r e s tím u lo s y re a c c io n es .

P . Sankunni Menon., Traducido de The Thcosophiat de agosto-septiembre de 1927 por Juan Zavala.

(Acabará)

O m nipo tencia de la fe

Cierta vez un bhakta amigo de Vibhishana necesitaba cruzar el mar.

Vibhishana, a quien él pidió auxilio, dijo al bhakta : j —Toma esto y ten cuidado de tenerlo atado al extremo de tu

ropa. Este envoltorio te permitirá cruzar el océano con toda seguridad. Pero cuidado, no mires lo que contiene porque si lo abrieras te hundirías en el agua.

El bhakta dió fe a las palabras de su amigo y caminó seguro sobre el océano durante algún tiempo; pero desgraciadamente su curiosidad fué su perdición. Quiso saber qué era aquel precioso objeto que Vibhishana le diera y que tenía el poder de llevarle salvo por encima de la imponente profundidad.

Cuando lo abrió descubrió una hoja con el nombre de Rama escrito en ella. Pensó entonces en lo trivial del objeto. Mas tan pronto como este pensamiento nació en su mente, se sumergió en las aguas.

Ramakrishna.

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EL SIMBOLISMO DE LAS RELIGIONES DEL MDNDOV EL PROBLEMA DE LA FELICIDAD

C om en ta rio s a LA DOCTRINA SECRETA, de H. P. B lavatsky, fu n d ad o ra de la S o ciedad T eosófica

«C uan tos n a v e g a n te s a r r ib a van en to n ces a la s p la y a s h e sp é r i­ca s en ínfim os n av io s, re g re sa b a n a sus p a tr ia s de O rien te co n ­ta n d o v e rd a d e ra s m a ra v illa s de g ig a n te s y p igm eos; de a tlá n tic o s ja rd in e s de a ú re a s m a n z a n a s que no se ría n acaso sinó lim ones y n a ra n ja s ; de g rifo s , n in fas , silenos, h u estias , fiuberus, ven to lines, busgosos, n á y a d e s y o tro s mil se re s de lo inv isib le , h e red ad o s de la s tra d ic c io n e s occ iden ta les de los E d d as e scan d in av o s . O tra s v eces se h a c ía n len g u as de m il leyendas, cua l la de Solón so b re la A tlá n tid a o la M erópida de o tro s c lásicos, y a que en ta le s p u e ­b los el idealism o dom inó fe lizm en te s iem p re so b re las g ro se ra s re a lid ad es de la v ida .

L a F e n ic ia , la p rim e ra c o rru p to ra de es te e s tad o id ílico com en­zó co m erc ian d o con los n a tu ra le s de E sp a ñ a y a l t r a t a r de t i r a n i­z a r luego , en co n tró u n a re s is te n c ia h e ro ica . E l p rim er m o v im ien ­to n ac io n a l p ro p iam en te d icho de E sp a ñ a e n c ie rra a los fa laces tir io s en G ades cuando el jo v en pueblo c a r ta g in é s a n h e la b a ya aq u en d e el E s tre c h o a v e n tu ra s d ig n as de su s in stin to s . So p re te x ­to de a y u d a r a su s h e rm an o s los fen ic ios, su s titu y én d o se así en n u e s tro suelo u n pueblo a s iá tico p o r o tro em in en tem en te a frican o . A fric a re iv in d icó así los d e rech o s de su v ec in d ad con E sp a ñ a , co sa n a d a n u ev a , pues y a a n te s acaeciese , seg ú n todas la s m u es­tra s , en los tiem pos p reh is tó rico s con el H ercu le s líbico o H é rc u ­les eg ipcio y to rn ó a a c a e c e r sig los m ás ta rd e , con á rab es , b e rb e ­risco s, a lm o rab id es, a lm ohades y ben im erines.

» C artag o desde su s co s ta s esp iab a así los m ás pequeños m o v i­m ien to s de la v íc tim a e leg ida . A m ilca r y A sd rú b a l p ro fa n a n con sus e jé rc ito s el pacífico s a n tu a r io celtibérico ; los m allo rq u in es son llev ad o s de honderos tem ib les c o n tra R om a; los B a rc a s tr iu n fa n so b re los H an n o n es en el sen ad o a fr ic a n o y la s dos fie ras m ed ite ­r rá n e a s que h a n esg rim ido sus g a r r a s en S ic ilia v ienen a lu c h a r cu erp o a cu erp o en E sp a ñ a , po rq u e el c a r ta g in é s p rovoca a nue-

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10 EL LOTO BLANCO [Enero

vas lu ch as p iso tean d o la lib e rta d s a g u n tin a sin a d v e r t ir que con ello la b ra tam b ién p o r k á rm ic o castigo , cad en as p a ra su p a tr ia ...

«A p a r t i r de la epopeya s a g u n tin a , la su e rte de E sp a ñ a es la de to d a la an tig ü e d a d ... V o lv iendo A n íba l la e sp a ld a a las h u ­m ean tes ru in a s de S a g u n to y no e n c o n tra n d o obstácu lo s cap aces de c o n ten e r su m a rc h a en la N a tu ra le z a n i en los hom bres, se e n ­cam ina d e rech am en te a la C iudad E te rn a , con huestes tam b ién e sp añ o las . C u a tro e sp a n to sa s d e rro ta s ponen a R om a al b o rd e de la des tru cc ió n .

•P e ro los ro m an o s h a b ía n ab ie rto el tem plo de Jano com o s iem p re que, p o r c a u sa de la s g u e rra s v e ían en pe lig ro su re p ú b li­ca, es d ec ir h ab ía n vuelto los ojos h a c ia la re lig ión jiña o jaína prim itiv a , la del D ios s in N om bre, com o los iberos y todos los pueblos p rim iev a les; la de la p e rd id a S ab id u ría de la s edades, p ro fa n a d a p o r el id o lá trico p ag an ism o , y R om a m ie n tra s ta l h i­ciese no podía , seg ú n las p ro fe c ía s de los lib ros sib ilinos c o n se r­vados en el C ap ito lio en u rn a de pórfido ... S u rg e en to n ces el p r i­m ero de los E sc ip iones, com prend iendo , igua l que A n íb a l la dec is iva im p o rta n c ia de E sp a ñ a en el re su lta d o definitivo.

•¿P a ra qué re c o rd a r los su b s ig u ien te s acon tecim ien tos? M ucho tiem po e stu v o en suspenso ; m erced a los n a tu ra le s , el re su ltad o de aq u e lla lu c h a de ro m an o s y c a r ta g in e se s en E sp a ñ a . A n íb a l llev ab a consigo m iles de españo les; con m uch o s m ás q u e ría soco ­r re r le A sd rú b a l pasando , com o él, a I ta lia . L os dos h e rm an o s E sc ip iones a liad o s con o tra s tr ib u s p en in su la re s , d e tu v ie ro n a éste y cu an d o A níbal h a b ía c re ído llegado el m om ento de co n c lu ir con R om a es cuando su r iv a l Pub lio E sc ip ión ad v ie rte que la sa lv ac ió n o la ru in a de R om a están , no en I ta lia , sinó en E sp a ñ a : de T a r ra g o n a a C a rta g e n a , de C a r ta g e n a a C ádiz solo reg is tró triu n fo s , p o rq u e nad ie , com o no fuese d espués de S erto rio , supo u s a r g en e ro s id ad con los s iem p re nob les y a ltivos n a tu ra le s . Indi- b ilis y M andonio, cua l a n te s Is to lac io e In d o rte s—n o m b res que p a recen in d o stán ico s—p erson ificaban a n u e s tra p a tr ia de e n to n ­ces y ten ían , con razón , p o r tan enem igos a los rom anos com o a los c a rta g in e se s . F a lto s de fu e rzas , au n q u e so b rad o s de v a lo r, no p ueden o ponerse de igua l a ig u a l a u n o s ni a o tro s y , am ando a E sc ip ió n qu izá p o r su s v ir tu d e s od ian a R om a con in tu ic ión ad m irab le . D esde E sc ip ió n que in ició la co n q u is ta de E sp a ñ a h a s ta A u g u sto que la te rm in a ra , a b u n d a ro n los e jem plos de su b li­m es sacrific io s p o r la l ib e rta d a m en azad a , y c lav ad o s en c ru ces ignom in iosas aquello s casi in v en c ib les ce ltas , e n to n ab an , llenos de fe sa n ta , los m ism os h im nos sa c ro -g u e rre ro s que los llev aro n m u ch as v eces en a la s de la v ic to ria , com o a rd ie ra n a n te s con sus fam ilias y su s b ienes los de N um ancia , C ástu lo , E s te p a y M onte

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1929] EL SIMBOLISMO DE LAS RELIGIONES DEL MUNDO 11

M edulio ... p a ra su rg ir m ás ta rd e , con ig u a l e sp ír itu e n tre las b re ñ a s de S o b ra rb e , R ib a g o rz a y C o v adonga ...»

Com o hem os v isto la g e n e ra lid a d de los au to re s reconoce , pues, el c a rá c te r vasco de los iberos, y a sea que estos ú ltim os v in iesen de la Ib e ria del C áucaso com o uno de ta n to s pueb los m ed ite rrá n eo s accad io caldeos, b ien que acaec ie se a la in v e rsa (clásico it in e ra r io de lo) de la A tlá n tid a a la C ólquida p o r los p u e ­blos del luego la tin o m a r poco a n te s de la g ra n ca tá s tro fe . A m bas h ipó tesis , adem ás, son p ro b ab le s y aun pueden se r ad m itid as am b as a la p a r , con d ife ren c ia de sig los, a s ig n a n d o a la c o r r ie n ­te de O cciden te a O rien te (la a tlan te ) u n a fecha su p e rio r a los9,000 años a n te s de n u e s tra E r a y la in v e rsa (la a ria ) de los 2 a los 3,000 años, o sea de 6,000 años después. P o r su p u esto que la h e rm a n d a d fo n é tica u ra lo a lta ic a , la iden tid ad e n tre el tipo c ro m ag n o n o g u a n ch e , las c a ra c te r ís tic a s de este g ra n pueblo que un m al en tend ido C ris tian ism o v iene defo rm an d o desde h a c e casi v e in te sig los, le iden tifican con todos los pueb los kalcas o del tro n co ce lta , ta n ta veces c itad o s en el cu rso de es ta o b ra y sus resto s , h oy esp a rc id o s por la s dos v e rtie n te s e sp añ o la y f ra n c e sa de los P irin eo s, e s tá n c lam ando p o r teósofos cu lto s e in te lig en te s que se c o n sag ren se ria m e n te su estud io en re lac ió n con los dem ás pueb los de la g ra n fam ilia in d o eu ro p ea o a r ia .

L os vascos, com o v e rd ad e ro s acad io -caldeos m e d ite rrán eo s , no a tla n te s com o sue le c ree rse , tien en un a teo g o n ia p e rfe c ta m e n ­te a r ia , que a r r a n c a del sim bolism o de la S erp ien te Sugé, o de la e te rn id ad , se rp ie n te p rim e ra y ú ltim a o Le-heren que se m u erd e la co la cu a l la eg ipc ia , a lfa y om eg a de to d as las cosas, de la que todo a em an ad o y en la que todo h a de se r re ab so rv id o en el ú lti­mo d ía de los tiem pos. E s ta es tam b ién la se rp ie n te She-sha o Ananta que en los V ed as co n s titu y e el du lce lecho de V ish n ú o de el L ogos en su cósm ica m a n ife s tac ió n ;'e l n e g ro e inv is ib le M ar In so n d ab le del que em ana el F u e g o C re a d o r al que los V ed as l la ­m an A gn í. T am b ién es Sugé el Sigé c ab a lís tico , el áp ice su p e rio r de la P rim itiv a T rin id a d com puesta de Sigé, Bithos y Ennoia: el silencio y la O bscu ridad de donde su rg ió la V ib rac ió n y la L uz .

Iao, el D esconocido E sp ír itu del C osm os o m ás b ien iav en je ­roglífico , de ja c a e r sob re el a n te s in form e o in d ife ren c iad o «Hue vo del M undo» (C aos, S u b sta n c ia p rim o rd ia l, R aíz de la M ate ria o M ulap rak riti) en el que y ace do rm ida Sugé-Leheren, u n a g o ta del a g u a de su c le p s id ra o re lo j de los tiem pos, fecundándo le al son de las «siete tro m p e ta s de b ro n c e de la s s ie te e te rn idades» y d esp e rta n d o así a la G ra n S e rp ien te qu ien p o r su s s ie te bocas, la n z a o tro s ta n to s to r re n te s de F u e g o c re a d o r que consum e los re s to s de los v ie jos m undos, m ie n tra s que con su cola a m a sa la

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m a te ria de los m undos n u ev o s y u n a vez hecho esto , com o la c a ­b a lís tic a S igé o el «eterno P ad re -M ad re envuelto en su s s iem p re inv is ib les vestid u ras» que d ice el poem a de D zyan , re to rn a al s ilencio y a la o b scu ridad .

M r. C haho en in te re sa n tís im o a rtíc u lo com entado p o r el señ o r G a rrid o en la re v is ta Hesperia, a r tícu lo un ta n to m utilado p o r los p re ju ic io s al uso, a ñ a d e que los m ag o s de E u sk a r ia en se ñ a b a n asim ism o que la T ie rra , com o se r v ivo , ib a pasan d o p o r sucesivos ca tac lism o s p o r el fuego y p o r el a g u a (años h e liaca les o p la tó n i­cos) p o r an a lo g ía e n tre el ciclo de p recesió n de los equ inoccios y el de ro tac ió n y tra s la c ió n de la T ie r ra , pues que la ta l g o ta de a g u a fe c u n d ad o ra es el n ú m ero 60 (igua l a 5 X 12) o sea cinco veces u n cam bio to ta l en la posic ión de los doce s ig n o s del zod ía­co es d ec ir 5 X 26,000 años, c an tid ad ig u a l a 130,000 años, en re a lid a d 144 m il años, que es «una estac ió n he liacal» , o b ien la te rc e ra p a r te de un k a liy u g a de 432 m il años, con lo que es ta s c ro n o lo g ías p ueden y a e n la z a rse con la s tam iles a la s que se r e ­fiere el cap ítu lo de A s tro n o m ía y A stro lo g ía , tom o II de n u e s tra s Conferencias teosóficas.

E sto s «m agos de E u sk a ria » no e ra n o tro s sinó los jaon-astiak a s tró lo g o s a qu ienes los ro m a n o s c o m p a ra b a n con los m ejo res a u g u re s de H u n g ría -B o h em ia y con los p ro fe ta s o b a rd o s e sc a n d i­n av o s de V o lu sp a . U n re c u e rd o de su s «antros» es la cu ev a de Z u g a rra m u rd i, o tro el Aquelarre o «cam po del chivo», ¡del ch ivo m ism o de los T e m p la rio s y de ta n to s o tro s ocu ltistas! y o tro s la g ru ta de B alzo la, la de L a s tre s o las, la s de M aita o Ma-aita- garri, h ija de A rie l y h a d a de los P irineos, y la de la D a m a de A m boto , y a que no la s conoc idas de B asondo , A lta m ira , e tc ., donde el Baso-jaum o Basco-jaín, espec ie de d ios P a n g rieg o , nos d e ja ra su s «rupestes» p in tu ra s de b iso n tes y de o tro s «bueyes sim bólicos». Aitor y Ariel son , p o r su p u esto , d esin en c ias del «Dios desconocido», com o la p ro p ia de A donai o Je h o v ah , uno de los helios-jiñas o E loh im . E c in a , E g in a o «la jiña» , es uno de los m ás a n tig u o s m itos ibéricos que p o r su fu sión con el dios A ten de los lib ios y eg ipc io s v ino a fo rm a r la Adegina de T u ró b rig a y de los m achos cab río s en b ro n ce de M érida y de los A ren a le s , (colección del m a rq u é s de C a s tro -F u e rte ) y la Ataecina-Saga de la s in sc rip c io n es ib é rico -ro m an as n ú m ero s 5297 a 5304 y o tra s del Corpus inscriptionum latinarum y 731 del Suplemento, de Húb- n e r, es dec ir, P ro -se rp in a , la «serpen tínea» L u n a , a lud iendo al m ovim iento ep ic ic lo idal o se rp en tin o de este a s tro a l s e r a r r a s ­tra d o p o r la T ie r ra en to rn o del Sol, d iosa c a n ta d a p o r los m ás an tig u o s p o e tas de la P e n ín su la , que d ijo H ü b n e r a l o c u p a rse del Poema belingiie de Mérida e x is te n te en P la se n c ia (Corpus, nú-

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m ero 562), la celeste , te r re s tre e in fe rn a l esposa, en fin, del dios P lu tó n ibérico conocido p o r D uíovio , E ndouo lico , E nduo llico , E nobolico , E ndovelico , Indoueleco , E ndov ilo , E dov io , E aco , Iaco y D uelo , cien p ro b ab le s n o m b res de P lu tó n , H elios o el Sol, de los n u e s tro s tam b ién com o los de E eaecu s. A rro n id a e c u s , B rigae- cum , C a llaecus, C eceaecus, C eren a icu s, L u b aecu s , L u b ian u s , Lu- baen i, L am aecu m . G ab a la ica , A velus, A belius, A velicus, A velli- cus, A v en tio y T an c in u s , e s te ú ltim o con m ás de 40 in sc rip c io n es v o tiv as , la m a y o r p a r te en el d icho Corpus.

A p u ra r el tem a lu n i-so la r ofita su p o n d ría el v o lc a r aquí, e n tre o tra s o b ras n o tab ilís im as, la s Religiones de Lusitania, de L eite de V asco n ce llo s; la Historia de los Heterodoxos españoles, de M enéndez P e lay o (a p e sa r de su s p re ju ic io s que ta n to daño han hecho a e s ta c lase de estud ios); la o b ra de Jo a q u in C osta , el P a d re F ita , y cu an to se h a pub licado so b re las p in tu ra s ru p e s te s y sus cu ev as p o r C a rta illa c , B ren il, H e rn án d ez -P ach eco , C ab ré , Dus- saud , e tc ., sin o lv id a r a Q u a d ra S alzedo .

E s te ú ltim o, en efecto , b a jo el títu lo de Simbología Ofita p u b li­có en los n ú m ero s 6 y 8 de Hesperia (1922), a lgo m uy in te re sa n te que co nv iene e x t r a c t a r :

« E n tre los cu lto s—dice—cuyo ra s tro se a p re c ia h a s ta b ien a v a n z a d a la E d a d M edia, e s tá el o fítico o de la s S erp ien te s . E n la p in tu ra ru p e s tre , en la ley en d a , en m il d ocum en tos h is tó rico s pueden re c o g e rse d a to s p rec io sos p a ra t r a z a r este cap ítu lo de un lib ro que tam p o co e x is te : Las primitivas religiones de España. El cu lto a la S erp ien te com o sím bolo o ra del B ien o ra del M al (aga todem on y caco todem on) llegó de O rien te a n u e s tro p a ís d). 1

(1) El Sr. Nogales, glosando las enseñanzas de Eliphas Lévy y de otros, dice también en H esperia (n.° 192):

Python, el serpentón más horrible que ha podido crear la imaginación humana, simboliza el espíritu maldito de la Tierra, proyector constante de un flúido fatal para los seres que la pueblan. Es, al mismo tiempo, y con una fuer­za igual, el absorvedor o aspirador del flúido vital; una suerte de colosal vampi­ro que dejara en nuestras venas la pozoña de una esencia maldita después de robarnos la vida. Los enfermos y las naturalezas nerviosas, siervas de las pa­siones, son las víctimas de Python. Python es el símbolo de la luz astral pasiva, especie de fosforescencia en vez de luz propiamente dicha; por eso a las sonán- bulas pasivas se las llama Pytonisas, adivinadoras por la fuerza óbica, que ya veremos en qué consiste, y en oposición a la fuerza ódica. Moisés dijo: «Maldi­tos los que adivinan por ób, porque ellos evocan la fatalidad». La pytonisa de Delphos que adivinaba por ob, sentábase en un trípode ancho, bajo y con el asiento perforado, encima de un gran agujero abierto en la tierra, aspirando, por sus partes inferiores, el flúido astral de Python o fuerza óbica, cayendo en sonambulismo y pronunciando palabras incoherentes que dado su sentimiento

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No se h ab ía perd ido , sin duda , la tra d ic ió n de la se rp ie n te m o sa i­ca . P a ra la trad ic ió n c ris tia n a , a p a r t i r del Génesis e ra todo lo ofítico re p re se n ta tiv o del m al y de la seducción . L os pueb los de co n tac to s is rae lític o s h a b ía n p e rp e tu ad o en sus sim bolism os las s ie rp es y d ra g o n e s con co la de ofidio, y los lic to re s g o lp e a b a n los p av im en tos m arm ó reo s c o n v irtien d o las v a ra s de c inam ono en c u leb ras so rp re n d e n te s . L a m ag ia c irc u n d a b a a S e so stris y a C leo p a tra , que d o m esticab an a los re p tile s y con ellos co n v iv ían com o S an Jerón im o con sus tre s leones y S an J u a n con sus á g u i ­las so b erb ias . P o r los v ie jos códices de s ie te co lum nas en que se tra s la d a la B ib lia del a ra m e o a tá rm a ta , la tín , g rieg o , á ra b e , c a n ­d io ta , e tc ., re p ta b a n ofidios e n ro scán d o se en ro llos y p ap iro s . L a se rp ie n te p resid e los cód ices de V ig ila , los a le g a to s de P risc ilian o y los com en ta rio s de B eato al A poca lip sis . E n es ta ú ltim a o b ra y en su m ap am u n d i lleno de s ig n o s y re s to s de la e sc r itu ra á rb o re a de los «ogam », a p a re c e Pitón. A l f in a liza r el s ig lo v n y el v i i i , los in ic iados ofitas, señ o res jiñ a s co n se rv a d o re s de la trad ic ió n , su ­fren , a co n secu en c ia de la in v as ió n á ra b e un cau tiv e rio pe lig ro so , la im agen está a pun to de su cu m b ir, y se esconden en c a ja s de h ie rro y p é treo s a rco n es te so ro s sa g ra d o s y rem o to s. D el m ism o m odo que los P a tr ia rc a s ofitas o c u lta ro n su pitón y sus m ág icos dragones, o c u lta ro n los Abas o Abades c r is tia n o s las im ágenes de la M adre del S a lv ad o r, que p isa ría la cab eza del d ra g ó n o p itón m alo , no del bueno, p o rq u e este ú ltim o no ten tó en el para í-

vago, eran interpretadas como oráculos. Todos conocen la bella fábula de Tyre- sias que ha dado origen al caduceo de Mercurio; sorprendidas dos pequeñas serpientes en el acto de la unión fueron separadas brutalmente y a pedradas por el joven Tyresias, al cual castigó Venus oonvirtióndolo en un ser andrógino. En el mundo las serpientes emblemáticas éstas, deben estar unidas, pese a Tyre­sias; en el caduceo de Mercurio la de la izquierda es ob, la de la derecha od, símbolos de los principios del Mal y del Bien que se buscan para acoplarse constantemente, y que se unen efectivamente en el Aour (globo de oro que re­mata el caduceo), luz serena, equilibrada: Dios. Por eso no es ninguna heregía decir que el Mal también está en Dios, como el Diablo, que es una misma cosa- El demonio es la serpiente ob; el ángel, el santo, es el od. Ambas se funden en Aour o Dios. El Mal, lo que tiene en sí de realidad para nosotros, es ser la afir­mación del desorden; pero éste, en presencia del Orden divino y Eterno, no tiene más que un carácter transitorio y relativo. La afimación absoluta del Mal sería la negación absoluta de Dios, que es el Bien absoluto, lo que resultaría un absurdo. Prudhon ha dicho «Dios es el Mal», en el doble sentido del Bien mal definido y mal comprendido, y del Dios inverosímil que hacen los hombres idólatras y ciegos. Ob es, en el caduceo y fuera de él la serpiente representativa del Diablo, de la fatídica vida torcida: Od, la que representa al Santo, la vida libre sin encadenamiento de pasiones, austera, recta y bien dirigida. Ambas marchan al globo de oroque es su finalidad: Dios. Una es la blanca, otra la

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so a la p rim e ra p a re ja , sinó que huy ó del m edio sa tá n ic o de la te n tac ió n o sea del pitón macho. Com o d e riv ac ió n del cu lto ofítico e s tá la ley en d a del h o m b re pez de L ié rg a d e s o se a de un h ijo de este lu g a r sa n ta n d e rin o que v iv ió v a rio s añ o s en el a g u a h a s ta tra n s fo rm a rse así en un e x tra ñ o an im a l acu á tico . S acad o el caso m ítico de la fá b u la p o p u la r p o r el p a d re F e ijó o (Teatro y Cartas) a él puede a ñ a d irse el del v izca íno M onje de Iza ro , fran c iscan o , qu ien p a ra c o r te ja r a c ie r ta d am a a tra v e sa b a n ad a n d o la s c inco m illas que h a y e n tre la is la de Iz a ra y la P en ín su la . T a le s le y e n ­d as ce ltas se ex tien d en p o r todo e l lito ra l c a n tá b ric o , ad q u ire fo r ­m as li te ra r ia s y m usica les in e s tu d ia d a s , p a sa luego a los códices m onásticos y de a llí a la s p r im e ra s re lac io n es de la n o v e la c a b a ­lle resca . L a o n o m ástica del c ic lo de A m ad is y de los P a lm erin es ab u n d a en V izcay a y C a n ta b ria y e x is te un p a ra le lo e n tre el d ra g ó n que es despedazado en la s inm ed iac iones del castillo de los P a lm erin es y aq u e l d ra g ó n o s ie rp e de la a n tig u a fo rta le z a de A rcem eg a u n c a b a lle ro de la C asa de O sorio , de que nos h ab la L ope G a rc ía de S a la z a r . L a ley en d a del d ra g ó n vencido po r el cab a lle ro , ex ten d id a p o r todo el m undo , tien e espec ia l re p re se n ­tac ió n en la v ie ja C a n ta b ria com o e ra lógico tra tá n d o se de s e ñ o ­re s ofitas en los v a lle s y en la m a rin a del a n tig u o te rr ito rio de idubedas y caldeos. El ca b a lle ro P e rsev a l o P a rs ifa l de la m ito lo ­g ía n ó rtic a dió n om bre a los p rim o g én ito s de la s tr ib u s ophitas en recu e rd o del v encim ien to so b re el d ra g ó n o se rp ie n te . Se su-

negra; una luz solar; otra, luz lunar; una, luz astral; otra, fosforescencia espec­tral; una es la Python que se arrastra por el fango del diluvio, según las Escri­turas Sagradas; la otra es la del bastón de Esculapio, que sube por él o por la copa, para curar. Una es la serpiente tentadora y maléfica del Paraíso; la otra aquella célebre del Desierto que curaba a cuantos se acercaban; son contrarias pero pueden asociarse y se asocian, para no confundirse más que en el infinito- Dios. Una es sombra, otra es luz; una es proyección de la otra. En realidad son una sola, simbolizando en nuestro emblema teosófico la Eternidad, la Vida Una e Indivisible. Una es Mal, otra es Bien. El mal es la sombra del bien. Jesús dijo: «Es necesario que haya escándalo». El mal es un bien negativo. Cuando nos vamos a dormir tenemos esperándonos dos serpientes; una la de Esculapio, vital, regeneradora, caliente; otra la de Python, venenosa horrible, viscosa y fría, porque el sueño, aun más que la vigilia, es un baño de luz de la vida, Od; o es la fosforescencia de la muerte, Ob. El que es bueno, generoso, consolador y atento a los Misterios del Espíritu se envuelve, al dormirse, en Od; pero el que va al sueño con pensamientos de odio y mentira, no dando importancia a los Misterios del Espíritu, enrosca en su cuerpo Ob.»

A estos tristes extremos ha llegado en las Edades Media y Moderna la purí­sima ciencia astronómica de soles y planetas o cdragones y serpientes» de los ofíticos iniciados caldeos. ¡Con razón dice H. P. B. que «los dioses de nuestros padres son nuestros demonios»!

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pone que uno de los c a b a lle ro s p rin c ip a le s o fitas fué el conde D on V ela o V ig ila re v e la d o r de a rm a s o custod io de teso ros, v e ­n e rad o p o r sa n to su in c o rru p to cu erp o en su sep u lc ro de S a n ta M aría de R esp a ld ira (A n iax , L a n u z a , S andoval, L ópez de H aro , V a lb u e n a , etc .)

U no de los an tig u o s te rr ito r io s de C a n ta b ria es el va lle de M ena, con títu lo de R eal, p a ís donde adq u irió re liev e la a rq u ite c ­tu ra ro m án ica . E s tá n aco rd es los ú ltim os estud io s en s e ñ a la r a c ie r ta s fig u ras de d icho g é n e ro de co n stru cc ió n com o sím bolo de cu lto s p re té rito s . E l m o n aste rio o a b ad ía tipo p u ro es el de S a n ta M aría de S iones, fundado p o r la C asa de los D íaz de M ena. U n a de la s m ás nob les fig u ras es la de un s e r h um ano que d ev o ra a u n a co losal se rp ien te cu y a s a n illa s se e n ro sc a n h a c ia la co la en el busto del tra g a n te , que a b re u n a d esm e n su ra d a fauce . R e p re ­sen tac io n es ta le s son fre c u e n te s en lo rom án ico . L a g en e a lo g ía de la C asa de V izcay a , que com ienza seg ú n la ley en d a en D on Z u ria o F rom m , tiene su com ento en el Nobiliario p o rtu g u és-v izca ín o , y allí se n a r r a cóm o un a in fa n ta de E scocia , que llegó a M undaca, tuvo h ab itac ió n con u n fau n o co en d riag o o m iste rio so se r que e ra cu leb ro y h a b ita n te poderoso de a q u e lla costa , que ta l es la p a la ­b ra del Nobiliario, em p lead a tam b ién p o r G a rc ía S a la z a r en la Crónica de Vizcaya, que im prim ió B a ra h o n d a y h a re im p reso G u e rra en la Revista de Heráldica y Genealogía. R ecog ió esta ley en d a y o rig en ofítico de los S eñ o res de V izcay a el in signe H ercu lan o , a qu ien a ú n no se h a tra ta d o p o r la H is to ria esp añ o la con to d a la ad m irac ió n a que es a c reed o r. A le jan d ro H ercu lan o recog ió las n o tic ias del Nobiliario del C onde B arce lo s en d iv e rsa s leyendas, e n tre e llas la que c o rre con el n o m b re de la d am a de p ie de c a b ra , hac ien d o v e rd a d e ro s bosquejos h is tó rico s-lite ra rio s de la v id a en V iz c a y a en los a lb o re s de la E d a d M edia. O tro de los m a n u sc rito s que re c o g e la le y e n d a del C onde B arce lo s que hem os v is to , pasó S a la z a r a la s o b ra s de H ercu lan o y a los co ­m e n ta rio s de d iv erso s h is to ria d o re s es la llam ad a Crónica de Ibarguen, so b re la cu a l em ití, a petic ión de la Jun ta de C u ltu ra de la D ip u tac ió n de V iz c a y a , la rg o in fo rm e de su conten ido .

D r . R oso d e L u n a

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La paz mundial, utopía hoy, será la realidad de mañana

De los E sta d o s U nidos, donde tan beneficiosas in ic ia tiv as h a n nac ido en los ú ltim os años, llegó h a s ta no so tro s un a que

ten ía por ob jeto c re a r , con c a rá c te r p e rm an en te , la «Sem ana de la Paz» que em pezando el d ía 4 de N ov iem bre de cad a año , te rm i­ne el d ía 11, a n iv e rsa r io del A rm istic io . E s ta l la im p o rta n c ia , de esta in ic ia tiv a , que es un d eb er g e n e ra l a so c ia rn o s an u a lm en te , en la m edida de n u e s tra s fu e rz a s , a l m a y o r éx ito de ta n loab le p ropósito . E l R eal D ecre to del G ob ierno fijando el d ía 11 de n o ­v iem b re a la s once de su m a ñ a n a p a ra un m inu to de silencio , c o n ­c e n trán d o n o s en un pensam ien to de P az m erece n u e s tro m ás s in ­cero ap lauso .

E l p ro b lem a de la P az no es u n p ro b lem a p a ra la H u m an id ad : es, en fá tic a m en te y p o r an to n o m a sia , el p ro b lem a de la H u m a n i­dad. Si la te n d en c ia del h o m b re es b u sc a r su fe lic idad y , so b re todo, c o n trib u ir , com o debe, a la de los dem ás, no h ay duda que la m ay o r lim itac ión a su log ro es la g u e r ra con toda la secu e la de do lo res y m ise ria s que la aco m p añ an .

A cab am o s de p re se n c ia r la m a y o r de las g u e rra s conocidas; la m ism a en o rm id ad de los e lem en tos p uesto s en ju eg o nos h ic ie ­ro n confiar en su b rev ed ad , y a que los E stad o s no p o d rían so p o r­ta r aquellos g a s to s , n i los h o m b res aq u e lla s m an ifestac io n es de destru cc ió n y s u f r im ie n to : no fué , d e sg ra c ia d am e n te , a s í y los c u a tro m eses que se fijaban com o lím ite m áx im o p a ra su d u ra ­ción, se tra n fo rm a ro n en c u a tro años. L a s p é rd id as de riq u ezas, re p a ra b le s , y la s p é rd id as de v id as , irre p a ra b le s , fu e ro n ta n ta s que su recu e rd o nos a b ru m a : y con s e r a q u e lla re a lid a d ta n d es­conso lado ra , el fa n ta sm a de lo que se ría u n a g u e r ra fu tu ra es a p en as conceb ib le : p ro y ec tile s que, com o si tu v ie ra n d e n tro de sí la in te lig en c ia p a ra el m al, ir ía n , en d is tan c ia s in com prensib les , a c a e r p rec isam en te donde se d i r ig ie r a n : g a se s ax fix ian te s de p o ten c ia ta l que, lib e rtad o s en los cu a tro án g u lo s de c iudades co ­m o P a rís y L o n d res , re d u c ir ía n a los h ab ita n te s , escap ad o s de la m u erte a la id io tez o la c e g u e ra ; cam pos u b érrim o s p o rta d o re s de co sechas p re se n te s y de p ro m esas de co sech as fu tu ra s p a ra a lim e n ta rn o s a n o so tro s y a n u e s tro s h ijos, e s te rilizad o s en un

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18 EL LOTO BLANCO [Enero

m om ento con o tra s su b s ta n c ia s d e s tru c to ra s , y a ta c a d o s en su p o ten c ia lid ad p ro d u c tiv a h a s ta el pun to de h ace rlo s in fecundos d u ra n te v a rio s años; la s a rm a d a s , con su s su b m arin o s in tensifi­cando los ap o ca líp tico s h o rro re s de la p a sa d a g u e rra y o tra s n u e v a s d es tru cc io n es a la s cua les, en sen tido in v e rso pod ría a p lic a rse la fra se em p lead a p a ra d e sc rib ir la V isión B eatífica de que «ni el ojo vió, ni el oído oyó», «ni la in te lig en c ia h u m an a p u ­do com prender» lo que s e r ía n ... , todo ello h ace que debam os v o lv e r n u e s tro s p o n sam ien to s a l in ten to recio y c o n s ta n te p a ra la in s ta u ra c ió n del re in ad o de la P az en el M undo y co n seg u ir el c ie rre defin itivo del tem plo de Jano .

¡Qué d is tin ta se ría la v is ión del M undo en el que im p e ra ra la Paz! L a s fá b ric a s de ex p losivos tra n s fo rm a d a s p a ra la p roducción de abonos m ás ricos au m e n ta n d o la g en e ro s id ad de los cam pos; los a e reo p lan o s zeppelines y v a p o re s es tab lec iendo n u e v a s líneas de tu rism o y ac tiv id ad es com erc ia les; la s fro n te ra s , lib res de difi­cu ltad es pe rso n a le s , s irv ien d o sólo, com o a v a n z a d a s económ icas, p a ra re cau d ac ió n de im p u esto s que se tra n fo rm a r ía n en b ie n e s ta r de los v is ita n te s , en fo rm a de c a r re te ra s y fe rro c a rr ile s p a ra el m ovim iento , en h o te les-p a lac io s p a ra el descanso , en el in te rc a m ­bio de ideas y c u ltu ra s con m useos, aud ic iones m usica les, con fe­ren c ia s , u n iv e rs id ad es e tc .; los h o m b res p re s ta n d o a la com unidad el beneficio de su s ac tiv id ad es y ap titu d es en cauces de c o n s tru c ­ción y las m ad res de m a ñ a n a , n u e s tra s h ija s de hoy , en tra n d o confiadas a la co n stitu c ió n de n u e v a s fam ilias y en g en d ran d o sus h ijos sin la co n s ta n te zo zob ra de que un d ía lle g a ría en que las id eas m ilita r is ta s los a r ra n c a s e n de su lado; edad de oro que c a n ­ta ro n p o e tas y que, yo os a se g u ro , v o lv e rá a lu c ir so b re la t ie r ra .

S on dos tóp icos, de los m ás frecu en tes , el que «la P az es el m a y o r de los bienes», «la g u e r ra es el m a y o r de los m ales» : pero cuan d o nos p re g u n ta n qué hem os hech o p a ra c re a r la p rim e ra y d e s tru ir la se g u n d a , so lem os c o n te s ta r con o tra p re g u n ta : «¿Qué puedo h a c e r yo en c u a lq u ie ra de e sa s d irecciones? ¿soy yo, acaso , u n po lítico , u n e s ta d is ta , u n lite ra to , un co n fe ren cian te , un d ire c ­to r de m asas, a lg u ien , en fin, que pued a a p o r ta r un coeficiente de esfuerzo p erso n a l a ta n v ita l p rob lem a?

L a c o n te s tac ió n es te rm in a n te . T odos, a b so lu tam en te todos, tenem os e lem en tos y e lem en tos dec isivos p a ra c re a r la P az .

E s el p en sam ien to la fu e rz a p ro p u lso ra m ás g ra n d e que ex is te en el M u n d o : g en e ra d o s en u n p lan o su tilís im o donde no hay ficción, n i su peso n i la g ra v ita c ió n n i la s re s is te n c ia s v an d e ­b ilitándo los, com o sucede con la s fu e rz a s en el p lano físico; así que su d u rac ió n es casi ilim itada . S e rig e n , adem ás, p o r leyes de afin idad, que es ley de A m o r y, p o r ende, de Paz; ley es que

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1929] LA PAZ MUNDIAL, UTOPÍA HOY, SEKÁ REALIDAD MAÑANA 19

tra n s fo rm a ro n el C aos en R itm o , y , a l em itir lo s v an por ley de irre s is tib le a tra c c ió n a ro b u s te c e r aq u e llo s que le son afines. U n ejem plo del m undo quím ico os d e m o s tra rá m i a firm ación . E l o x í­geno y el h id rógeno , a tra íd o s p o r ley de afin idad, que es ley de A m or y de P a z —p erd o n ad la rep e tic ió n , pe ro es te es el leit-motiv, el m otivo -tem ático de e s ta s l ín e a s—se unen , en p ro p o rc io n es de todos conocidas fo rm ando un a g o ta de ag u a ; v iven en p e rfe c ta a rm o n ía , h a s ta que, a l c a e r la g o ta so b re u n a b a r ra de h ie rro , una n u ev a a tra c c ió n de m ás fu e rte afin idad bend ice la unión del o x í­geno con el h ie rro , fo rm ando el óxido de h ie rro , v u lg a rm e n te orín , y el h id rógeno , dándonos herm oso e jem plo de o tra ley b á ­sica del M undo, que es la ley de Sacrificio , se s e p a ra de su a n t i ­guo com p añ ero y vuelve, o p tim ista , al g ra n depósito u n iv e rsa l, p a ra e sp e ra r , en p ró x im a a tra c c ió n de A fin idad-A m or-Paz, n u ev a ocasión de re u n irs e y se rv ir . D e ah í que n u e s tro s p ensam ien to s, a m edida que los esp iritu a licem o s y los lib e rtem o s de las e sc o ria s y del la s tre de n u e s tro s egoísm os, de n u e s tro s in te re ses y de n u es tro s odios, que son G u e rra , se irá n s in tien d o a tra íd o s p o r aquello s de ig u a l c lase e in ten s id ad y fo rm a rá n b loque tan p u ­ja n te de P az, que los p en sam ien to s c o n tra rio s m o rirá n p o r fa lta de am bien te .

¡Más fuerza que los ejércitos tiene una ID E A cuyo tiempo ha llegado! f ra se la p id a ria de V íc to r H ugo que es un cu rso de filoso­fía tra n sc e n d e n te . ¿N o n o s sen tirem o s im pu lsados a p ro c u ra r la lleg ad a de esa H O R A , y a que ten em o s m edios de an tic ip a rla?

Veo la ob jección n a tu ra l que se a v e c in a : «¿Quién g a ra n tiz a la e x ac titu d de e s ta s afirm aciones?», m e d iré is , H ace a lg u n o s años, au n estando se g u ro s de ellas, m e h u b ie ra sido d ifícil d a r u n a c o n ­testac ión p a lp a b le : hoy con la d ifusión de la rad io te le fo n ía , la ciencia, la d a ir re fu ta b le : m i ce re b ro o el tu y o , le c to r am ab le , es la e stac ió n em isora; el tuyo o el m ío, la e s tac ió n re c e p to ra ; lo d i­fícil es que s in ton icem os la onda; que am bos a p a ra to s estén en condiciones de co m p ren d e rse : luego si nos s in to n izam o s con u n a long itud de onda de p en sam ien to de P az, to d a s n u e s tra s e s ta c io ­nes s in to n izad as, em itirán y re c ib irá n esos p en sam ien to s y la idea de P az se h a rá ca d a vez m ás u n iv e rsa l y m ás fu e rte h a s ta do ­m in a r a la c o n tra r ia .

O tra d em o strac ió n co m p lem en ta ria de la a n te rio r . U n a in te n sa co rrien te e lé c tr ic a de a lta ten sión , p e r tu rb a y d ism inuye , po r in ­ducción, c o rr ie n te s m en o res y a tra n sfo rm a d a s ; de m odo que si por em isión de fu e rte s p en sam ien to s de P az, au m en tad o s p o r sin ton izac ión con todos los que le son afines, llegam os a c o n s titu ir un a poderosa c o rr ie n te de a lta ten sión con p en sam ien to s de P az, deb ilita rem os p rim ero y d e s tru ire m o s después los p en sam ien to s

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c o n tra rio s , y esto sin e jé rc ito s , sin a rm a d a s , sin leyes esp ec ia les y sólo por la fu e rza e sp ir itu a l de n u e s tro s pen sam ien to s c read o s p o r n u e s tra v o lun tad .

¡Cómo p o d ría a la rg a rs e este a rtíc u lo tom ando por n uevo pun to de p a r tid a lo que es n u e s tra v o lu n tad y lo que podem os co n se ­g u ir con ella!

Y ese ad v en im ien to del R eino de la P az, no se ría so lam en te la des tru cc ió n de la G u e rra ; se r ía la coop erac ió n en vez de la co m ­p e tencia ; se ría la co m p ren sió n de la ley de Sacrificio y r iv a liz a r en él; se r ía a d q u ir ir p a ra a y u d a r; se ría , a l p u rifica r n u e s tro s v e ­h ícu lo s que se densifican y co rro m p en con el odio, la en v id ia y la a v a r ic ia , co m p ren d e r m e jo r la s fu e rz a s o cu ltas de la n a tu ra le z a , y , conocidas, v iv ir de acu erd o con e lla s y su s leyes, d e sa p a re c ie n ­do m u ch as de la s en fe rm ed ad es que nos aq u e ja n y de la s p asiones que nos d e g ra d a n con su frim ien to ; y el optim ism o, no el op tim is­m o irrazo n ad o , sinó un op tim ism o consc ien te , e sa s a n a a le g r ía de la v ida , s e r ía n u es tro aco m p a ñ a n te en los d ías buenos y m alos, que a lg u n o s de esto s nos q u e d a ría n , y a que el equ ilib rio que ta n ­ta s veces hem os destru id o , no puede re s ta b le c e rse sino por el ag o tam ien to de los e fectos p e rtu rb a d o re s ; h ijo s de ca u sa s que cream os; pero , poco a poco, con el conocim ien to de lo que es O rden y P az , v end ría el irre s is tib le deseo de v iv ir a rm ó n icam en te con el R itm o de la V id a U n iv e rsa l, y las p e rtu rb a c io n es se ría n cad a vez m enores y la fe lic idad cad a vez m ás com ple ta .

¿Sueños? ¿Utopía? No; rea lid a d e s que tenem os en n u e s tra s m a ­nos, y , so b re todo, en n u e s tro s p en sam ien to s la posib ilidad y la ob ligac ión de c re a r .

«La un ión de todos los que a m a n p a ra el consuelo de todos los que sufren» es lem a de u n ap o sto lad o de P az, y si lo p ra c tic á se ­m os todos, el R einado de la P az e s ta r ía y a e n tre n o so tro s .

R am ón M u n ta d a s Del Club Rotario de Málaga

Asi como en el océano el frío intenso hiela una porción del agua cuyos témpanos de varias formas flotan sobre ella, del mismo modo la devoción intensa puede condensar una porción de divinidad y hacerla aparecer en diferentes formas. Pero cuando se levanta el sol de la sabiduría los témpanos se di­suelven y se torna agua otra vez: arriba, abajo y en todas

partes penetra la existencia infinita.RA MA KRISHNA

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GRANDES FIGURAS DEL PASADO

Licurgo, legislador espartano

Es p a r t a , cé leb re estado , c a p ita l de la L a c o n ia y luego de la G rec ia , e s tu v o s itu a d a en la confluencia del E u ro ta s o Iri, y

el T ia sa o M aguía .Se supone su fun d ac ió n en la época en que los aqueos in v a ­

d ieron el s u r de G rec ia , y h a s ta después del s itio y ca ída de T ro ­y a fué g o b e rn a d a p o r ta le s rey es .

H is tó ric a m e n te no puede p re c is a rse su an tig ü e d a d , pe ro los m itos y tra d ic io n es de la edad h e ro ic a h a b la n ,de rey es com o Es- p a rtó n que se supone vivió en el s ig lo xvm de la e ra p re c r is tia n a .

E l n o m b re de E s p a r ta se a tr ib u y e al de la h ija del re y aqueo E u ro ta s , c a sa d a con un lacedem ón , el cu a l m andó c o n s tru ir la c iudad pon iéndo le el n o m b re de su esposa.

Com o estad o fué d im inu to y hom ogéneo , siendo por e x c e le n ­cia g u e rre ro au n q u e tu v ie ra su s n o tab ilidades en c iencias, a r te s y filosofía.

E l a r te de g u e r re a r fué en E s p a r ta la n o ta n ac io n a l d u ra n te m ás de ocho sig los, período de tiem po en que el p redom in io g u e ­r re ro te n ía e m b a rg a d a s ca s i todas la s en eg ía s de los e sp a rta n o s .

Su e jé rc ito c o n ta b a p o r té rm in o m edio 32,000 hom bres, casi todos c iu d ad an o s de E s p a r ta , los cua les d o m in ab an a unos 340 m il esc lavos de to d a s p ro ced en c ias , au n q u e e n tre éstos, los ilo tas, p roced en tes de la c iudad de H elos, se c o n ta ra n en m a y o r n úm ero .

L a fu e rz a del e jé rc ito e sp a r ta n o se deb ía p rin c ip a lm e n te a su hom ogeneidad , a su fo rm idab le cohesión y a la educación m ilita r que desde los s ie te a los d iec is ie te años re c ib ían p o r igua l.

C uando n a c ía un n iño end eb le o co n tra h e c h o e ra a rro ja d o sin com pasión desde la cim a del m on te T a ig e to h a s ta el fondo del p recip ic io .

A los ú tile s y ro b u sto s p a ra el se rv ic io m ilita r se les som etía a un rég im en espec ia l de san id ad y a e je rc ico s m áx im os de em puje , ag ilid ad y re s is ten c ia . A l in g re s a r en filas e s ta b a n y a co m p le ta ­m en te p re p a ra d o s e in s tru id o s en el a r te de g u e r re a r y en las c o n ­tin g e n c ia s de la g u e rra .

D esde que los jóvenes e n tra b a n en filas, h a s ta los 30 años de

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22 EL LOTO BLANCO [Enero

edad en que se les p e rm itía c a sa rse , p e rm an ec ían célibes, o b lig a ­dos a u n a v id a a u s te ra y so b ria . T odos e ra n fu e rte s y ro b u sto s a cua l m ás, y las v irtu d e s y cu a lid ad es g u e rre ra s e ra n la s e s tim a ­das po r todo e sp a r ta n o con p re fe re n c ia a o tra c u a lq u ie ra .

E s ta casi ex c lu s iv id ad de v ida h a c ía de cad a joven un so ldado va lien te , e x p e rto y fu e rte ; pero com o sucede com unm ente , todas las cosas sue len c a e r del lado a que se in c lin an y la e x tre m a fu e r ­za, sin c o n tra p a r te é tica conduce a la d u re z a y a la c ru e ld ad .

E n efecto , m u e s tra de la in sen sib ilid ad y d u reza de los e s p a r ­ta n o s e ra su co m p o rtam ien to con los esc lavos o s ie rv o s de la g leb a , en su m a y o ría ilo ta s , los que cu id ab an de las fae n a s a g r í ­co las, in d u s tr ia le s y o tra s in h e re n te s al se rv ic io socia l. C uando el n úm ero de esc lav o s a u m e n ta v a con exceso , sa lían los so ldados a l cam po y d eg o llab an p o r p la c e r a los in e rm es esc lavos. N adie se in d ig n a b a a n te tam añ o c rim en , que co n stitu ía u n a de las cos­tu m b re s de los e sp a rta n o s .

C uando no los d eg o llab an , les d ab an un tra to d u ro , se les azo tab a p a ra re c o rd a r le s su cond ición y o b lig a rles a la obed ien­c ia sin p ro te s ta .

L a s m ad res e s p a r ta n a s e s ta b a n o b lig ad as a re n u n c ia r a sus h ijos desde los tre s años de edad p a ra in g re sa rlo s en las escu e las n ac io n a le s en donde h a c ía n v id a c o n s ta n te y com ún, y se les h a b i­tu a b a a v iv ir en co lec tiv id ad , de m odo que la v ida de fam ilia e ra desconocida p a ra los jó v en es h a s ta los tre in ta años en qu e se les p e rm itía ca sa rse . L a fam ilia co lec tiv a e ra la fam ilia v e rd a d e ra p a ra el e sp a rta n o ; la v ida com unal se co n sid e rab a su p e rio r a la co n san g u in e id ad , to d a co n v en ien c ia p r iv a d a d e sa p a re c ía a n te la n ecesid ad com ún y el p redom in io n a c io n a l a b so rb ía la vo lu n tad del ind iv iduo c o n sa g ra d o p o r com pleto a l se rv ic io de su p a tr ia .

L as m u je res e sp a r ta n a s d eb ían tra s m u ta r su a fec to m a rte rn a l p o r cu an to n in g u n a de e lla s 'c o n o c ía a l h ijo p rop io , y cuan d o las m ad res c o n tem p lab an a los jó v en es a lu d ían a sus hijos p o rq u e ig n o ra b a n cu á l e ra el su y o . A sí el a m o r ind iv id u a l ta n fu e r te ­m en te a rra ig a d o en la m u je r m a d re q u ed ab a tra n sm u ta d o en un a m o r co lec tivo ex en to de todo exc lu siv ism o in d iv id u a lis ta .

E n el sig lo ix de la e ra p re c r is tia n a E s p a r ta fué in v ad id a p o r los dó rio s o h e rác lid as , qu ienes d ie ro n n uevos señ o res al país, que a lte rn a b a n con los de o rig en aqueo , después que éstos m o rab an y a de sig los allí. P o r ta l m otivo en la época m enc ionada re g ía n en E s p a r ta dos re y e s que en b u en a in te lig en c ia y p az com ­p a r tía n el g o b ie rn o del p a ís en co lab o rac ió n del S enado , com ­puesto en to n ces de v e in tio ch o ind iv iduos, eleg idos e n tre los jefes de la s fam ilias de los h e rá c lid a s , siendo los dos rey es m eros e je ­cu to res de los acu e rd o s que to m ab a el Senado después de some-

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1929] GRANDES FIGURAS DEL PASADO 23

te rlo s a la san c ió n del pueblo que los podía a c e p ta r o re c h a z a r , pero no m odificar. L a s reu n io n es del pueblo las co n v o cab an los dos re y e s cad a m es en el d ía de lu n a llena. L a leg is lac ió n y g o ­b ierno de E s p a r ta re su lta b a u n a m ezcla de doble m o n arq u ía de ­m o crá tica , de ta l m a n e ra , que todos los e sp a r ta n o s p a r tic ip a b a n en el g o b ie rn o n ac io n a l.

E l te rr ito r io e sp a r ta n o h a b ía sido d iv id ido en 39,000 p a r te s o estad io s, p e rte n ec ien te s a l E stad o , el cu a l cu id ab a de r e p a r t i r e q u ita tiv a m e n te uno o v a rio s so la re s a cad a fam ilia seg ú n sus n e ­cesidades p a ra que d ispusiesen de u n a p ro p ied ad o p red io sufi­c ien te a s a tis fa c e r la s ex ig e n c ia s p riv a d a s .

E sa o rig in a l o rg an izac ió n , ta n sab ia com o co n c iliad o ra , se deb ía en g ra n p a r te a la in te rv en c ió n de u n h o m b re su p e rio r y e x tra o rd in a rio , de cua lid ad es y ta len to ex cep c io n al. E s te h o m b re fué L icu rg o , de indeleb le m em o ria y de ex ce len te e je m p la rid a d com o m odelo de g o b e rn a n te s .

L icu rg o , se g ú n la h is to ria , a p a re c e com o u n m isionero e sp e ­cial, d ispuesto a re a liz a r u n in ten to a trev id o en un pueb lo c u y a c a ra c te r ís tic a e ra la d isc ip lina , hac iendo que la v id a n ac io n a l en com ún e s tu v ie ra m u y p o r en c im a del ind iv idualism o y de la fam i­lia . A quel pueb lo en ta le s cond iciones p o d ría in flu ir eficazm ente en los dem ás pueb los de la g ra n fam ilia h e lén ica con el fin de o b te ­n e r un cam bio soc ia l y u n a m ás am p lia y a v e n ta ja d a c iv ilización .

A esa c lase de en v iad o s les c a ra c te r iz a u n a se rie de c u a lid a ­des que sue len e s ta r poco d e sa rro lla d a s en el com ún de los dem ás hom bres. Se d is tin g u en p o r su a lto sa b e r, su nob leza a to d a p ru e ­ba, p o r u n d es in te ré s ab so lu to con re sp ec to a su p e rso n a , p o r u n a c la riv id e n c ia p re v iso ra , do tados de senc illez y de un re c to sen tido de ju stic ia . T a l es el r e tra to m ora l con poca d ife ren c ia de ta le s figu ras. Sus hechos re sp o n d en a ta l r e tra to y com ponen el m arco de su h o n o rab le efigie.

M uy o b scu ro s son los d a to s del n ac im ien to de L icu rg o . A l p a ­re c e r, floreció en los ú ltim os añ o s del sig lo ix a n te s del c r is t ia n is ­m o. S egún P lu ta rc o , d escend ía L icu rg o del re y P ro c lés; cuyo h e r ­m ano P o lidec tes heredó el poder, pero m urió y a casad o m uy p re m a tu ra m e n te de jando e n c in ta a la v iuda . E n to n ces pod ía L i­cu rg o h e re d a r p o r d e recho p rop io el ce tro ; pe ro no quiso, adop tando m o d estam en te el títu lo de prodicus o sea p ro te c to r .

L a v iuda de P o lidec tes e ra u n a m u je r en e x trem o am b ic io sa y no se a v e n ía a d esp re n d e rse del tro n o . D isp u e s ta a todo p a ra co n seg u ir su a lta m e n te deseado ob je to , se p ropuso se d u c ir a L icu rg o p a ra que se casase con ella , se p ro c la m a ra re y y ella a su vez p ro v o c a r ía un ab o rto p a ra d e ja r la s itu ac ió n b ien d e te r ­m inada p a ra m a n te n e r su condición de re in a .

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24 e l l o t o b l a n c o [Enero

P ero L ic u rg o , al e n te ra rs e de los p ropósito s de su cu ñ ad a , d is ­puso u n a v ig ila n c ia e s tr ic ta ce rc a de e lla p a ra e v ita r el c rim en que m aq u in ab a , pues confiaba L ic u rg o que el e sp erad o v á s ta g o se ría v a ró n y en co n secu en c ia re y de los e sp a rta n o s .

No se eq u iv o cab a el prodicus; a su h o ra nac ió un ro b u sto v a ró n que fué p re se n ta d o a n te un n u trid o núcleo de las m ás d is ­tin g u id a s p e rso n a lid ad es d ic iéndoles : ¡E sp artan o s , y a ten é is rey! y m andó p o n e r a l n iño el n om bre de C arilao , que sign ifica ale­gría del pueblo.

D u ra n te la m in o ría de edad de C arilao rea lizó L ic u rg o su o b ra m a g n a com o leg is lad o r. In sp irán d o se en el o rácu lo del T em plo de D elfos e im pon iéndose del fondo y sign ificado de los M isterios se p ro p u so u n a m isión p a ra con su pueblo que iba rea lizan d o con éx ito ad m irab le .

Su p rin c ip a l p ro p ó sito co n sis tía en h a c e r de E s p a r ta u n p u e ­blo fu e rte , hom ogéneo y en donde p re v a le c ie ra la v id a com ún n a c io n a l c o n tra la p r iv a d a de fam ilia ; en donde el co lec tiv ism o fuése m ás p o te n te que el in d iv idua lism o y que el co n ju n to h o m o ­géneo re su lta ra m uy su p e r io r a las cua lidades p a r tic u la re s de las p a r te s com ponen tes.

L icu rg o leg isló en fo rm a que hizo de su pueblo un con jun to sobrio , v irtu o so , fu e rte , d isc ip linado , rico , p ro g re s iv o y lib e ra l.

L a v id a en E s p a r ta desde sig lo s a t r á s c o rría p a re ja s con la v id a m ilita r . L a sencillez y la so b ried ad e ra n casi a b so lu ta s e n tre los e sp a rta n o s ; el v icio y la lu ju ria e s ta b a n p ro sc rito s p o rq u e las co stu m b res no d ab an lu g a r a l d esa rro llo de b a ja s pasio n es. C o­m ían en com ún en g ru p o s de qu ince p e rso n as , siendo la com ida ig u a l p a ra todos, y con el fin de que n i la riq u eza ni el sa b e r n i la am b ic ión de p la c e re s d iv id ie ra a aquel pueblo e jem p la r, lim itó el g ra d o de c u ltu ra in te le c tu a l a s í com o el v ia ja r p o r el e x tr a n ­je ro , de ig u a l m odo que a n in g ú n e x tra n je ro se le p e rm itía p e r ­m an e c e r m ucho tiem po en E s p a r ta . L a m o neda e ra de h ie rro , no e s tan d o p e rm itid a la c ircu lac ió n de oro y p la ta . L os tra b a jo s a g ríc o la s y el e je rc ic io de la s in d u s tr ia s c o rre sp o n d ía a los e sc la ­vos y la ju v e n tu d e s p a r ta n a e s ta b a ded icada a e je rc ic io s c o n s ta n ­te s y v a ria d o s que m a n tu v ie ra n el m áx im o de ag ilid ad , v a lo r y fu e rza .

N o h ab ía po b reza e n tre los c iu d ad an o s e sp a rta n o s ; n ad ie q u e ­d ab a en el ab an d o n o y e l cu lto a la p a tr ia m an ten ía la s m uchas v irtu d e s c ív icas de aq u e l pueblo o rig in a l.

A sí se co m prende qu e E s p a r ta pud iese m a n te n e r, c u a tro sig los an te s de L icu rg o , el cé leb re s itio de T ro y a , debido al ra p to de la re in a H elena , esposa de M enelao , p o r el pérfido P a ris , hijo de P riam o , quien com o re y in fluyen te consigu ió re u n ir los pa íses del

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1929] GRANDES FIGURAS DEL PASADO 2 5

A sia M enor p a ra h a c e r f re n te a la a lian za de E s p a r ta con los p a íses del O cciden te , de su e r te que lle g a ro n a re u n irse c in cu en ta y un estad o s e n tre helenos, p e lasg o s, fen ic ios y frig io s . B ien p u e ­de dec irse que en la g u e r ra de T ro y a la n a c ie n te c iv ilización o rie n ta l e u ro p ea com batió c o n tra lo que re s ta b a de la v ie ja c iv ili­zación o cc id en ta l a s iá tic a . D iez añ o s du ró el sitio , pe ro a l fin cayó T ro y a ten iendo lu g a r el re sc a te de la esp o sa de M enelao y la m u erte de P riam o con sus dos h ijos, uno de los cua les fué el c a u sa n te o bo ta fu eg o s de aq u e lla ep o p ey a que dió al t r a s te con buena p a r te de la d ecad en te c iv ilizac ión a s iá tic a .

A q u e lla fam o sa c a m p a ñ a y o tra s tam b ién im p o rtan te s , o to rg a ­ro n a E s p a r ta el títu lo e fec tivo de po ten c ia de p rim e r o rden , en sa n c h a ro n su in fluencia p o lítica , que L icu rg o supo a p ro v e c h a r, si b ien n u n c a fué p a r tid a r io de g u e rra s de co n q u ista , pe ro supo m a n te n e r u n a fu e rza m ilita r su p e r io r a la de los dem ás pa íses a fin de im p o n er el re sp e to y seg u rid ad deb idos a su pa ís, c o n tra c u a lq u ie r ag re s ió n e x tra n je ra .

P o r el g en io de L icu rg o , E s p a r ta a lcanzó en to n ces el m á x i­mo de fu e rza m ilita r , pero aq u e lla fu e rza e s ta b a dom inada y e n ­cau z a d a po r u n a po lítica p ru d e n te y co n c iliad o ra con los E stad o s vecinos, en ta n to que u n a equ idad p re v iso ra en el in te r io r del país m a n te n ía un s is tem a de po lítica p a te rn a l, s in convu lsiones, que re so lv ía los p ro b lem as in te rio re s a sa tis facc ió n de los c iu d a ­d anos e sp a rta n o s .

In sp irad o p o r h um anos sen tim ien to s quiso L ic u rg o m e jo ra r en lo posib le la su e r te de los esc lav o s e sta tu y e n d o leyes .p ro tec to ra s que m e jo ra ra n su d u ra condición , h a s ta el pu n to de que el ilo ta podía lle g a r a s e r hom bre lib re .

L a a rm o n ía e s tab lec id a e n tre los dos m o n a rc a s de ra z a d is tin ­ta , que re in a b a n s im u ltá n e a m e n te en el pa ís , con el S enado y el pueblo , só lo el gen io de L ic u rg o podía h a b e r la consegu ido , t r a ­tán d o se de c la se s socia les tra d ic io n a lm en te o p u estas e n tre si en todos los tiem pos y en casi todos los países.

L a ob ra po lítico -socia l rea lizad a po r L ic u rg o le elevó de h e ­cho a ía c a te g o ría de d ic tad o r con a u to rid ad m áx im a . L o que h u b ie ra te n ta d o a cu a lq u ie r o tro g o b e rn a n te que o c u p a ra su lu g a r p a ra c o n v e rtirse en señ o r abso lu to de su pueblo , fué ta n sólo p a ra L icu rg o u n a m agn ífica o p o rtu n id ad de a y u d a r a su q u e rid a p a tr ia sin el m en o r in te ré s p e rso n a l. A sí lo reco n o c ie ro n los e sp a rta n o s , qu ienes lo a c a ta b a n com o un dios. L ic u rg o se g u ra m e n te no e ra un dios hum an izado , pero dem ostró poseer las cond iciones de un su p e rh o m b re p a ra el cum plim ien to de su m isión ta n p a tr ió tic a com o h u m a n ita r ia .

A p e sa r de su ilim itada a u to r id a d e ra en e x trem o conc iliado r,

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26 EL LOTO BLANCO [Enero

sencillo y re sp e tu o so con la s leyes, los hom b res y los dem ás pa íses. N u n ca llegó a a b u sa r de su s itu ac ió n y sab ía d a r a cad a cual lo que le co rre sp o n d ía d ign ificando a todos según su posición y c a te g o ría . A sí fué que la ad m irac ió n del pueblo h a c ia él llegó a la eq u iv a len c ia de cu lto y pocos g o b e rn a n te s a lc a n z a ro n ta n ta a u to rid a d sin im posic ión de n in g u n a c lase . E se fué s in duda su m a y o r m érito .

L leg ad o C arilao a la m a y o r edad y convencido L ic u rg o de h a ­b e r te rm id ad o la m isión que se le en co m en d ara po r o tro s P oderes m ás a lto s que los h u m an o s y bu scan d o el m odo m ás ap ro p iad o p a ra re t ira r s e del c a rg o de prodicus, a legó la n ecesid ad de ir a D elfos a c o n su lta r n u e v a m e n te a l o rácu lo , p o r lo cu a l p id ió la au to rizac ió n co rre sp o n d ien te , s iéndo le o to rg a d a s in la m enor d ificultad .

M as L ic u rg o , a n te s de p a r t i r p a ra el p a ís de T e sa lia , h a c ia el am eno v a lle de T em pe, en donde e s ta b a situ ad o el tem plo de D elfos, en d em an d a de co n su lta a la p iton isa , quiso a se g u ra rse de que su s re fo rm a s y su s ley es no re s u lta ra n tra n s ito r ia s u n a vez d esap a rec id o del país.

L ic u rg o h a b ía ap a re c id o en E s p a r ta com o pod ía h a b e r s u rg i­do en o tro país c u a lq u ie ra ; pero com o n u n c a la ca su a lid ad in te rv ie n e en los aco n tec im ien to s tra n sc e n d e n ta le s , s in du d a que en las v irtu d es re le v a n te s de aq u e l p a ís a d v ir tie ra L icu rg o el lu g a r m ás ap ro p iad o p a ra m a n te n e r p o r sig lo s su o b ra p re v iso ra . P o r ta l c irc u n s ta n c ia , L ic u rg o , an te s de d e sa p a re c e r de E sp a r ta , quiso a s e g u ra rs e de la e s ta b ilid a d de su a tre v id a leg islac ión que ta n to re liev e h a b r ía de a d q u ir ir a n te la h is to ria .

A n tes de su fingida o re a l p a r tid a h a c ia T e sa lia , ob tuvo del p oder rea l, del S enado y del pueb lo reun idos, el ju ra m e n to so lem ­ne de que las leyes y la o rg an izac ió n p o r él e s tab lec id a se ría in ­ta n g ib le y re sp e ta d a m ie n tra s d u ra ra su ausen c ia de E sp a r ta . Con to d a so lem n idad el ju ra m e n to fué hecho en p re se n c ia de L icu rgo .

No cab ía y a m ás so lem n idad ni g a ra n t ía m ás e fec tiv a de un a nac ió n de ta l m odo re p re se n ta d a .

U n a vez ob ten ido el deseado ju ra m e n to , L icu rg o sa lió de E s ­p a r ta p a ra s iem pre , ig n o ra n d o la h is to ria h a c ia donde fué, n i en qué lu g a r estab lec ió su re s id en c ia ni cuando dejó de ex is tir . L a vejez y m u e rte de L ic u rg o s igue siendo un m iste rio p a ra los hom bres.

¿Cum plió E s p a r ta su ju ram en to ? D esde el sig lo ix h a s ta el iv a n te s de la E ra C ris tia n a , aq u e l p a ís e je m p la r m an tu v o la e sen c ia del ju ra m e n to , a p e sa r de la s in v asio n es y d ificu ltades que tu v o que re s is tir , lo cu a l le dió al fin e fec tiv a su p e rio rid ad

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GRANDES FIGURAS D EL PASADO 271929]

so b re o tro s E stad o s, si b ien desde el s ig lo iv la am bición in v a ­dió los pechos e sp a r ta n o s y desde en to n ces la g u e r ra de c o n q u is­ta la u re a d a p o r el éx ito hizo o lv id a r el so lem ne ju ra m e n to . E s : p a r ta , llev ad a de am bición , llegó a d o m in a r a la G rec ia e n te ra , pero a p e sa r de h a b e r ob ten ido el p o d er m áx im o so b re los E s ta ­dos vecinos, a p e sa r de h a b e r en tra d o en posesión de g ra n d e s riq u ezas y de lo g ra r un p o d e r político casi om ním odo, no pudo e v ita r su p ro p ia d ecadencia , po rq u e las v irtu d e s que d e riv a ra n de su tra d ic io n a l sob riedad , se co n v irtie ro n en v icios con el e x c e ­so de riquezas; la v irilid ad tra d ic io n a l de los e sp a rta n o s , p o r la in fluencia del v ic io y la m olicie quedó tra n s fo rm a d a en fem in idad , h a s ta el p u n to de p e rd e r su ind ep en d en c ia y q u ed a r co n v e rtid a en el sig lo m a n te s de J. C. en p ro v ic ia ro m a n a , p asan d o así de vencedo res a vencidos, de señ o res a esc lavos, de d ic tad o res a s ie rv o s de o tra dom inación .

T a le s fu e ro n las consecu en c ias de la v io lación del ju ra m e n to p re s ta d o a aq u e l g ra n hom bre ; ta le s los re su lta d o s de h a b e r tra n sm u ta d o la s v irtu d es c ív icas en co n su n tiv o s p lace res . L a le c ­c ión fué ta n d u ra com o feliz h ab ía sido la en señ an za del g ra n p rev iso r.

E l p o d er del gen io es asom broso , m ay o rm en te cuando se a p li­ca en sen tido h u m an ita rio a s a lv a g u a rd a r y a p re v e n ir to d a s u e r ­te de pe lig ro s.

S in v ac ilac ió n a lg u n a puede a firm arse que L icu rg o fué uno de esos gen ios, un g ra n p re c e p to r y un p re v iso r n o tab le .

E l te m p eram en to y el c a rá c te r de L icu rg o , su v o lu n tad indo­m able , du lc ificada p o r u n a bo n d ad o sa p a te rn id a d , le d ie ron la su p e rio rid a d m ora l.

Supo re s is tir a toda su e rte de seducciones de u n a m u je r am bi ciosa; com o buen e sp a rta n o dom inó la te n tac ió n de se r rey ; pudo se r d ic tad o r, y todo su ta len to y v o lu n tad fué d a r u n a leg islac ión que a rm o n iz a ra to d as las c lases socia les; tu v o firm eza y h a b ili­dad sufic ien tes p a ra el m an ten im ien to del pacifism o en u n pueblo e sen c ia lm en te m ilita r y belicoso; log ró im p ed ir que el vicio y la m olicie se in filtra ran en las costum bres, m an ten ien d o su p u ­reza; la p ro s titu c ió n y el ce lib a to e ra n ap e n a s conocidos; la m iseria y la escasez e x tre m a s lleg a ro n a se r e lim inadas; la eco ­nom ía, el o rden y la d isc ip lin a re g u la b a n la v ida social, reflejo de la v ida p r iv a d a y fam ilia r.

A l re t ira r s e m iste rio sam en te L icu rg o de su p a tr ia , d espués de te rm in a d a su o b ra , pudo e v ita r que le c o n v ir tie ra n en ídolo. N ada le in te re sa b a p e rso n a lm en te , el ideal y el p ropósito de su v ida fué e le v a r a su p a tr ia a l m áx im o de las v ir tu d e s c ív icas y a que la paz y el b ie n e s ta r cu lm in a ra n en la v ida e sp a r ta n a .

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28 e l l o t o b l a n c o [Enero

P ocos leg is lad o res o b tu v ie ro n ta n to , y m enos a ú n aquellos que lim pios de ego ísm os lle g a ro n in m acu lad o s h a s ta el fin, sin el m en o r desliz p e rso n a l y sin deb ilidades de c a rá c te r ta n com unes en los hum an o s.

Su m em oria se rá s ie m p re e jem p la r. Ni los años n i los sig los b o r ra rá n su trá n s ito te r re n a l. Su co n d u c ta y p ro ced e r ta n to en p ú ­blico com o en p riv ad o pued e s e r c o n tra s ta d a con los defectos y e rro re s en que sue len c a e r los g o b e rn a n te s , qu ienes r a ra s veces lo g ra n a rm o n iz a r la s dos fases de la v ida , la púb lica y la p riv ad a , o sea la que m an ifiesta al h o m b re y la que d e te rm in a a l g o b e r­n a n te , pues am b as son el com plem ento u n a de o tra y se refle jan in ev itab lem en te en la co n d u c ta p ú b lica en beneficio o d e trim en to de la n ac ión . E l p aso de u n a fig u ra su p e rio r p o r la t ie r r a es un acon tec im ien to , y el pa ís que rec ib e su s beneficios, am p lía el c a tá ­logo de la s g lo ria s n ac io n a le s que h o n ra n a u n a n ac ió n y e jem ­p la riz a n a las dem ás h a c ia el cam ino rec to y p ro g re s iv o . R en d ir tr ib u to de h o m en a je a h o m b res com o L icu rg o , es cu m p lir un d e ­b e r de hum an itism o . R eco n o ce r c u a lq u ie r su p e rio d ad estim u la s iem p re a los que la sab en ad m ira r .

R a m a y s a

JST

El simbolismo de la llora funerariaII

La fu e rza , re lac io n ad a con la p e rm a n e n c ia de la v ida en u l t r a ­tu m b a y con la ro b u stez de la fe, e s tá en las necró p o lis

re p re se n ta d a a l tra v é s de la s edades p o r la en c in a y p o r el rob le. L a enc ina , com o sím bolo de la d u rac ió n , e s ta b a c o n sa g ra d a en la a n tig ü é d a d a D iv P ite r y el rob le a lcan zó la c a te g o ría de á rb o l p ro fé tico .

E l olm o, com o em blem a de la e te rn id ad , ob tuvo la c o n s id e ra ­ción de á rb o l fu n e ra rio . L a s n in fa s p la n ta ro n olm os en d e rre d o r de la tu m b a que A qu iles le v a n ta ra en h o n o r del p a d re de A ndró- m aca , y a los p rim ero s aco rd es de la lira de O rfeo, p lañendo la m u e rte de E u ríd ice , b ro tó u n bosque de olm os.

E l a liso tien e tam b ién c a rá c te r fu n e ra rio , p a r tic u la rm e n te en A lem an ia , y u n a ley en d a del T iro l d ice que las ra m a s de este á rb o l dev u e lv en la v ida , en cuyo sen tid o m erece un s itio de p re ­fe re n c ia en la em b lem ática fu n e ra r ia .

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1929] EL SIMBOLISMO DE LA FLORA FUNERARIA 29

L a g ran d io s id ad , h o lg u ra y v ir tu d c u ra tiv a de) fresn o ; la delicadeza, h e rm o su ra de fo lla je y ap ac ib ilid ad de asp ec to de los á lam os, abedu les, c inam om os y ac a c ia s com u n es, la e leg an c ia y am p litud de fo rm as del h a y a , la se ried ad del a lm ezo y la c a ­p rich o sa esbe ltez del c a rp in o han dado m otivo p a ra em p lea rlo s en a lg u n o s cem en te rio s de g ra n d e s c iudades com o o tro s ta n to s e lem entos d ec o ra tiv o s y com o sím bolos del tr iu n fo ob ten ido al am p aro de la re lig ió n del sepu lcro .

L a s fo rm as d esm ay ad as del r i tu a l fu n e ra rio , com o el sauce llo rón , el fa lso p im en tero , las só fo ras , b é to las , h a y a s , fresn o s, tilos, e tc ., en su e le g an te y m elancó lico p o rte , sim bolizan el do lo r de los v ivos ocasionado p o r el rec u e rd o de los d ifu n to s. A te n o r de u n a leyenda c ris tia n a , el sa u c e de B ab ilon ia rep leg ó sus ra m a s p a ra c o b ija r a M aría a l p a s a r p a ra E g ip to con su d iv ino H ijo . E n el Bosque sagrado , que en la m is te rio sa t ie r r a de los C im erios es tab a ded icado a P ro se rp in a , y en la s a c ra p ra d e ra de C irn e que a tra v e só Jason en su v ia je sim bólico a la C ó lquida, p red o m in ab an los sau ces fu n e ra rio s .

L os á rb o le s h a b la n al pueb lo a llá a l p ie del sep u lc ro ; ponen en com unicación el m undo de los v ivos con el m undo de los m u e r­tos; son los m e n sa je ro s y los c o rre sp o n sa le s e n tre las g e n e ra c io ­nes v iv ien tes y la s g en e ra c io n es de u ltra tu m b a ; son v e rd a d e ro s jerog líficos que p e rp e tú a n e n tre los pueblos rec u e rd o s tie rn o s, tr is te s o conso lado res; son la m ás tie rn a y p e re c e d e ra ex p res ió n de la v o lu n ta d del h o g a r y de la v o lu n tad del sep u lc ro y en ellos ha lla el pueblo re lig io so la s ín tesis de los m ás au g u s to s m is te rio s a d e sc if ra r m ás a llá de la v id a que p a sa .

A dem ás de los m encionados en el a r tíc u lo a n te r io r y de a lg u ­nos o tro s, la s co n ife ra s fue ron s iem p re los á rb o le s p re fe rid o s p o r la B o tán ica fu n e ra r ia p a ra p re se n ta r la m ás g ra n d io sa m a n ife s ­tac ió n de lo sev ero y de lo so lem ne. A este efecto en to d as las edades los pueb los p la n ta ro n en su s n ecró p o lis g ra n d e s g ru p o s de eneb ros, tu y a s , e fed ras , a le rces , ced ros, abe to s , p inos y cipre- ses, que p o r su g ra n d io s id a d y h o lg u ra s iem p re co n s titu y e ro n los tipos fu n e ra rio s de la s p lan tac io n es a lta s . B uenos e jem p la re s tenem os en las necró p o lis de F ilade lfia , C lev e lan d , B oston , Cin- c innati, B altim ore , N ueva Y o rk , M ayor de L o n d re s y en la N ueva de B arce lo n a , sem ejan tes a los bosques sagrados de la an tig ü ed ad y a los g ra n d e s p a rq u e s m odernos en que se d e sa rro lla con toda su am p litud el a r te de las p lan tac io n es com o rep ro d u cc ió n de los espec tácu lo s n a tu ra le s . A sí es cóm o el lu g a r sagrado h a b la al co razón .

E l á rb o l del L íb an o y de S ión , el á rb o l fa v o rito de P lin io , de D av id y de M oisés, el á rb o l em in en tem en te fu n e ra rio e n tre los

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rom anos, el á rb o l típ ico en los p a rq u es fú n eb res , el g a lla rd o c ip rés, p o r la ind icac ión c la ra y p a lm a ria de su e je im prim e en el án im o las ideas de se v e rid a d y de reposo , y, señ a lan d o al cielo con su p u n ta , s irv e de g u ía a la s m ira d a s del h o m b re p a ra e le ­v a rse a la reg ió n de la luz e te rn a en co n trap o sic ió n a la te n e b ro ­sidad de las tu m b as. Su co lo r v e rd e neg ru zco p ro d u ce vivos sen tim ien to s de g ra v e d a d y de lim itad a m elanco lía ; es un v ig ilan te celosísim o del sep u lc ro , el m aestro de h ig ien e en el p a rq u e de los m uerto s , el em blem a de la re g e n e rac ió n p rim a v e ra l y el sím bolo de la in m o rta lid ad del a lm a. A dem ás, p re se n ta con g ran d io s id ad los concep tos y sen tim ien to s a que da o rigen , s in que a su v is ta quede el h om bre an o n a d a d o com o a n te la p irám ide de C heops o a n te la m ole de A d rian o . L os an tig u o s lo c o n sa g ra ro n a la s P a rc a s , a las F u r ia s y a P lu to n y lo co lo cab an en to rn o de las tu m b as. E n la época c lá s ic a la ra m a de c ip ré s e ra señ a l de luto en las ca sas : crupressus ... D iis sacra et u t fúnebre s íg n u m ad domos posita. (Plinio).

L a p a lm e ra , o sea el a n tig u o fén ix , es o tro á rb o l fu n e ra rio que co n stitu y e el m ás e levado sím bolo de la in m o rta lid ad y de la resu- recc ión de los m u erto s . E s te á rb o l, a g u isa del m ás p e rfec to em ­b lem a de la ren o v ac ió n de la sa v ia , sim boliza la e te rn id a d de la g lo ria conced ida a los ju s to s ; jn s tu s esi pa lm a florebit. L os sim- b o lo g is tas h a n dado a e s te á rb o l a lg u n o s sign ificados se cu n d a rio s que se ap lic a n a los re c in to s fú n eb res , com o sa lud , conserv ac ió n , am or, etc .

E l Arbol del P ara íso , p e rp e tu o recu e rd o de la s c re e n c ia s p o p u ­la re s re la c io n a d as con la v ida so b re n a tu ra l, es o tro á rb o l hoy d ía m uy estim ado en B o tán ica fu n e ra r ia . E l cem en terio de M anresa p re sen ta u n a b e lla y s e r ia p e rsp e c tiv a rodeado de am ap o la s y de ro sa les de flor b la n c a y e n c a rn a d a .

A.

Sólo es inmortal aquel para el cual todas las cosas son inmortales.EMERSON

¿Cómo puede decirse *Yo no soy»? Hacer una afirmación—aun­que sea negativa—es afirmar *Yo soy*. Suponer que la vida es y, al mismo tiempo, que no es, es inconcebible. Y es también incon­cebible suponer que el «efecto* de la Vida no sea comparable

a la * causa* de la vida.ATKINSON.

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SUEÑO D I UNA IARDE DE INVIERNOHasta que no se hayan aprendido bien

las lecciones de la vida humana es ina­sequible el más allá.

Hasta que no se haya experimentado y sufrido con valor el invierno del alma no brotan las místicas «hojas verdes».

Mabel Collins

Ro g er de M on tard it, el ú ltim o v á s ta lo de u n a g en e a lo g ía que la h is to ria o la ley en d a re m o n ta b a al caud illo m ás fam oso

de los fé rreo s a lm o g á v a re s , a llá po r el c a to rc e av o sig lo , h a lláb ase en uno de esos m om entos defin itivos, co n tad o s en la v ida , en que el qu ie tism o a p a re n te n a d a re v e la del m iste rio in ten so del to rb e ­llino in te rio r.

L a ta rd e , q u ie ta y fría , seg u ía al p a re c e r el ritm o im p ercep tib le del pa lac io desolado.

E n el sa lón , p an o p lias desco lo rid as de v ie ja s a rm a s , som bríos re tra to s de a scen d ien tes a v e n tu re ro s , a n aq u e le s g u a rd a d o re s de lega jo s y m em orias a tá v ic a s , d ab an un am b ien te de te r ro r y de m uerte , nuncio de tem ib les p a sa d a s señ o ría s

E n el fondo, so b re la n e g ra conso la casi inv isib le , un péndulo m a rc a b a el m onótono c o rre r del tiem po. E n la ch im enea , un velo g risáceo cu b ría len tam en te el pálido liv o r de la lu m b re a g o n i­zan te . E ra n , en el in te rio r, los dos ún icos te s tig o s de la v id a que pasaba .

F u e ra , el ja rd ín ce n te n a rio p a rec ía ensim ism ado com o su d u e ­ño. Sólo a lo lejos, fre n te a la v e r ja que u n a lev e n ieb la a le jab a e n g ran d ec ien d o la v a s te d a d del paseo so lita rio , los n e g ro s tr ito n e s de la fu en te v o m itab an p o r su s fau ces m usgosas el e te rn o c a n ta r del a g u a . E ra , en el e x te rio r , el ún ico h im no tr iu n fa l a la v ida en aquellas la rg a s h o ra s de m u erte .

L lam eó h ero icam en te , so b re el tizón consum ido , u n a débil le n ­gu a de fuego . D espués n ad a . C on las p rim e ra s so m b ras, la b risa del a ta rd e c e r filtrab a su soplo de hielo en el sa ló n silencioso donde y a c ía inm óvil sem irreco stad o ju n to a la ch im enea a p a g a d a , el cuerpo enflaquecido del ú ltim o M ontard it.

S obre u n a m esita laq u ead a , fre n te a la m arq u esin a , h a b ía li-

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bros. E l que ú ltim am en te le y e ra M o n ta rd it e ra un co m plicado r e ­v e la d o r de sim bo log ías cosm ogón icas. A su lado un c o rta p a p e le s se ñ a la b a en un b rev e tra ta d o , u n p u n to in te re sa n te de p rá c tic a s y ó g u icas .

P o rq u e R oger, el noble su ceso r de g u e rre ro s y de m ísticos, cum bre de ascen d en c ia m is te rio sa e inqu ie ta , h ab ía sen tido en su alm a la m a g n a in q u ie tu d de la re n u n c ia h u m an a , la av idez de los m iste rio s in ic iá tico s, la p as ió n de los e lec to s ...

Y leyó, leyó ...E n su te m p eram en to ap as io n ad o , su fiebre e sp ir itu a l le condujo

a un v e rd a d e ro d esasosiego . L a a u ro ra le so rp ren d ió m uchas veces v e lan te so b re el se c re to ev an g e lio de su n u ev a vida.

L lenó su m undo m en ta l de v isiones m ísticas y de sub lim es deli­quios. Su sen sib ilid ad p o ten te y re finada le dió la c lav e de m ay o res go ces y a b rió se n d a s ig n o ta s a su b o g a r h a c ia el in fin ito ...

F u é un cam bio ab so lu to el que se operó en su v ida . E l an ta ñ o g o zad o r de toda la posib le g a m a de p la c e re s m u ndanos llegó de su ú ltim o v ia je tra n s fig u ra d o . Y el c a b a lle ro m undano que u n ía la s cu a lid ad es a tá v ic a s de belicoso y ro m án tico al positiv ism o del v en ced o r m oderno v iv ía en su re tiro su la rg a p ru e b a de p u rifica ­ción y de re n u n c ia in tensificada cad a vez con n u ev o s a rd o re s .

L ev an tó a l fin la nob le f re n te co n tra íd a , y com o si d e sp e r ta ra , paseó la m ira d a de v is io n a rio p o r el sa lón en p en u m b ras.

A h o ra la reacc ió n p a ra le la a su s esfu erzo s titán ico s se p re se n ­tab a , s a g a z y tu rb a d o ra , con el ro p a je de la D uda.

U na v a lla inv isib le en el e x te r io r . O tra va lla in fra n q u e a b le en su p ro p ia a lm a . Y en m edio el vacío .

¿P ara qué ta n to esfuerzo? No a c e r ta b a a d e sc ifra r la c a u sa de la in q u ie tu d que re e m p la z a ra en su a lm a los deliqu ios inefab les de la p az lo g rad a .

Y , con la av idez in s tin tiv a del n á u fra g o perd ido en un m a r sin o rilla s , se a fe rró a la ta b la de sus p rop io s re cu e rd o s ....

* * *

¿Qué sign ificaba aq u e l ca llad o d es liza r de fa n ta sm a s en p ro ce ­sión cam ino del palacio? A l tra v é s del a g u a de la fu en te p a rec ían so rtileg io s de la fa n ta s ía vestidos p o r la n ieb la .

P ero no. E ra n se re s re a le s . R o g e r los veía a c e rc a rse , a c e rc a r ­se, en v u e lto s en sendos m an to s g rise s , la faz v e lad a ....

L e asa ltó u n a c ris is de te r ro r , el te r ro r la n c in a n te de lo so ­b re n a tu ra l, y cu b rien d o con sus b ra z o s la c a ra hundió de nuevo su cuerpo enflaquecido en la m arq u esin a , ju n to a la ch im enea a p a g a d a .

P a sa ro n unos m inu tos que el péndu lo co n ta b a con b u rle sca

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19291 SUEÑO DE UNA TARDE DE INVIERNO 33

isoc ron ía cuyo ritm o c o n tra s ta b a con el la tir d esig u a l del co razón de R oger.

D e p ron to , en el ángu lo m ás som brío del sa lón en tin ieb la s se ab rió de p a r en p a r la p u e rta y ap a re c ió la fa n ta sm a g ó ric a h ile ra de se res velados.

E ra n la p lasm ación m en tal de los recu e rd o s que ev o c a ra R o g e r.L legó p rim ero a su vera el ríg ido fa n ta sm a de su s m ay o res con

. su au to rita r ism o g lac ia l, con su e sp a n ta b le señuelo de co stu m b res a tá v ic a s que in te n ta ra n am o ld a r su psiqu is lib é rrim a m ach ácan - dola con el r ig o r com o en un y u n q u e ...

Y la p e rsp e c tiv a o frec id a p o r el recu e rd o de la v ida de an tañ o que se e rg u ía an te él, ríg ido y frío , le hizo h a lla r au n en su estado de depresión p re sen te un sec re to estím u lo p a ra re c h a z a rle .

Y p asó ......Y llegó luego e n m asca rad o com o un m im o el joven fa n ta sm a

de sus p rim ero s am o res o frec iéndo le la m e n tira del p la c e r h a s tia n ­te y b ru ta l, m il veces ren o v ad o .

Y en su recu e rd o viv ificado no halló el a lic ien te de los p asad o s años.

P asó ta m b ié n ......L legó luego parsim on ioso el fingido fa n ta sm a de su sed de po ­

derío que le m o s tra ra su u rn a re p le ta p o r el su frim ien to del v e n ­cido, su pom pa de a r is tó c ra ta en su v iejo p a lac io sin am b ien te , la faz es te reo tip ad a de ta n to s se rv id o res sin a m o r y sin a lm a ......

Y la p e rsp e c tiv a de su v id a p a sa d a le p a rec ió u n a c lau d icac ió n im posible.

R echazó a l fa n ta sm a .Y a p a rec ió d e trá s un g ru p o in fo rm e que a v a n z a b a len tam en te

velado p o r un la rg o m a n to .q u e a r r a s tr a b a so b re las losas, t r a n s ­p a re n te com o u n a b ru m a .

Junto a R o g e r se d esco rrió el m an to y ap a re c ie ro n , g ro te sco s y d im inutos, los c a p rich o s ... L os h a b ía de d iv e rso s co lores, a le g re s y som bríos, go rd in flones com o gnom os y raq u ític o s com o a b o rto s de pesad illa .

H uyeron , a l g esto im p era tiv o de R oger.No quiso v e r m ás.P ero en el m ism o m om ento , s ilen te com o el d esliza r de la b r isa

helada, a p a rec ió o tra vez el h ó rr id o fa n ta sm a in fo rm e de la D uda, de la D uda que le a te n azab a con su g a r r a inv isib le y so m b ría . H allóse o tra vez suspend ido en el vac ío de la c a u sa ig n o ta a l que le p re c ip ita ra su a fán po r lo ocu lto .

Se lev an tó , invocando a l du lce M aestro de su s so ledades a sc é ­ticas, al ideal en tre v is to al que b r in d a ra en s ilencio su s nob les conqu istas y , a la ten u e luz del p rim e r ra y o de luna , a p a rec ió

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34 e l l o t o b l a n c o [Enero

bajo su p ro p ia fo rm a , enn o b lec id a y rad io sa . T en ía se a si m ism o a su lado . R o g er le m ira b a co m p asiv am en te .

Y todo cobró a su s o jos u n co lo r d istin to . P o r el a lto v e n ta n a l que c ru z a b a , com o un a celosía , el ra y o de luna , vió a le ja rs e por el ja rd ín el co rte jo de su s recu e rd o s .

Y al m ira rlo s de nuevo , uno a uno, se fijó en a lg o que no h ab ía v isto a n te s . D e p ro n to , c o b ra ro n a sus ojos, a lu m b rad o s p o r el fu lg o r b lanco , u n a s ilu e ta am ab le .

H ab ía v isto en el p rim e r fa n ta sm a de sus m ay o res , la fugaz m em oria de su m ad re v e n e ra n d a re v e rb e ra n d o so b re su s p rim ero s años com o lu m b re de a u ro ra .

E n e l fa n ta sm a de su s am o res c rey ó d is tin g u ir ocu lto p o r un velo g risá c e o , el p u ro sen tim ien to de d iv in as te rn u ra s e n tre sus te m p ra n a s ans ia s .

E n el te rc e ro h a lló a lg u n a p ro d ig a lid ad b ien h ech o ra y o lv idada y u n a fu g az so n risa d e s in te re sa d a . E ra su a y a , la v ie ja s e rv id o ra fiel de to d a su v ida .

Y e n tre el g ru p o g ro te sc o de su s cap rich o s vió no sé qué de p ueril y gozoso, de re n o v a d o r y d eseab le ...

L a co m itiva fa n ta sm a g ó ric a le pa rec ió de p ro n to c a r iñ o sa com ­p añ ía . S o n rió a los rec u e rd o s y qu iso seg u irle s , com o ilum inado .

P ero el o tro R o g e r, el R o g e r rad io so , e rgu ido a su v e ra , le detuvo .

Si fué él o su p ro p ia co n c ien c ia qu ien le hab ló , no lo supo n unca .P ero al a b ra z a r de nuevo la vida, al d e sp e r ta r del sueño de

aq u e lla ta rd e 'd e in v ie rn o , se n tía se fu e rte y en riquec ido p o r una » e x p e rien c ia n u e v a ,'v ita l y com ple ta , que no p u d ie ro n d a r le n u n ca

los lib ros.Y en ad e lan te , v iv ió in te n sa m e n te , s igu iendo la s e g u ra ru ta

h u m an a , m ago de la a lq u im ia de la v id a ce rcan a .Y su re n u n c ia se tro c ó en p le n itu d ......

P e p it a M a y n a d é y M a t e o s .

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EL CALENDARIO AZTECA O PIEDRA DEL SOL”

I

I

La cultura de los pueblos antiguos en algunos ramos de la ciencia se encontraba a notable altura, pero de dichos conocimientos se perdió la mayor parte por la saña que para destruir las civilizaciones antiguas y sus monumentos, tuvieron los conquistadores de esos pueblos. Otro de los motivos para que se perdieran dichos conocimientos en muchos ramos del saber humano tué que dichos pueblos casi en su totalidad usaban la escritura jeroglífica y ésta no puede ser descifrada sino por sabios que conozcan perfectamente el idioma y tradiciones de esos pueblos; pero como los conquistadores en la mayoría de los casos, exterminaron a la casta sacerdotal que era depositaría de dichos cono­cimientos, con la desaparición de ellos se perdieron los conocimientos que en secreto poseía dicha casta y que constituían el inmenso bagaje transmitido de generación en generación durante miles de años.

Es verdaderamente notable observar que los pueblos civilizados de la antigüedad se encontraban situados en nuestro planeta, en una faja al norte y sur del Ecuador que no sobrepasaba mucho de las latitudes que marcan los trópicos de Cáncer y Capricornio. En dicha faja se encontra­ban México, el Perú, Egipto, la Caldea, la India y China, asiento de an­tiquísimas civilizaciones que al ser derenterradas con el examen de sus monumentos arqueológicos que en los últimos tiempos han podido ser descifrados en parte, asombran al mundo, que se da cuenta de la enor­me altura a que llegaron dichos pueblos en la astronomía, medicina, ar­quitectura, etc., pero cuyos conocimientos, como dije antes, casi se ha­bían perdido con la destrucción de dichos pueblos o por el sigilo con que la casta poseedora de dichos conocimientos los ocultaba al vulgo.

Es también muy digno de observarse que los pueblos más civiliza­dos de la tierra en la actualidad se encuentran situados al norte de la zona ocupada por la antigua civilización, encontrándose en esta zona los Estados Unidos de América, Inglaterra, Francia, Alemania, etc.

Volviendo a la civilización antigua de nuestro país, quiero recordar que la raza tolteca fué la que llegó al más alto grado de cultura, ha­biendo además la circunstancia muy notable de que era un pueblo 1

(1) El autor de estos artículos, nuestro hermano el Ing. F. Ruíz Escoto de Méjico, nos ha favorecido con el orignal inédito de su interesante estudio sobre el simbolismo del Calendario Azteca. Desde estas páginas le testimoniamos nuestro agradecimiento.

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3 6 E L LOTO BLANCO [Enero

pacífico, laborioso, que no practicaba los sacrificios humanos y a cuya civilización se deben los más notables monumentos arqueológicos de la Mesa central y de quienes adquirieron sus conocientos en astrono­mía y otros ramos de la ciencia, los aztecas que dominaron a aquellos y cuya raza sí tenía muchos defectos, principalmente ser sanguinarios, que desgraciadamente hemos heredado.

Cuando llegaron los españoles a nuestro país, la raza azteca estaba en decadencia a consecuencia de sus costumbres guerreras; sin embar­go, si los conquistadores hispanos no hubieran destruido con tanta saña los monumentos de la cultura indígena, no se hubieran perdido para siempre tantos conocimientos que hubiera podido adquirir la humanidad futura; pero considerando dichos monumentos como ma­nifestaciones de una religión idólatra, fueron destruidos infinidad de monolitos que en sus innumerables jeroglíficos contenían enseñanzas sobre distintos ramos del saber humano y sobre la historia de dicho pueblo que se remonta indudablemente a muchos miles de años, pero que por esta pérdida no se ha podido reconstruir con exactitud.

Uno de los pocos monumentos arqueológicos notables que escapa­ron de la destrución española fué el llamado Calendario Azteca, que más propiamente debe llamarse Calendario Nahoa o Mexicano, porque aunque fué construido por orden del emperador azteca Axayacatl, sin embargo sus datos fueron heredados de los toltecas y muy probable­mente fué un sabio tolteca el que diseñó el admirable monumento.

Sobre este monumento de la civilización antiquísima de nuestro país va a versar mi conferencia, habiéndome documentado para esto en obras de nuestros mejores arqueólogos, pero principalmente en la del Sr. Enrique Juan Palacios, reduciéndose mi contingente al ordena­miento de tales datos y poniendo de mi cosecha la explicación de al­gunos fenómenos astronómicos que sirven de base al calendario y la parte literaria desaliñada del trabajo, pues de dichos autores sólo hemos tomado datos numéricos; y además emitiré algunas opiniones mías para interpretar el monolito, a las cuales debe dárseles el crédito que merecen, tomando en cuenta mi personalidad, pues’ yo no soy arqueólogo, sinó solamente afecto al estudio para aumentar mis cono­cimientos que con gusto trasmito a mis hermanos.

Antes de proceder al examen cuidadoso de la fotografía del Calen­dario, creo muy importante llamar la atención acerca de que la escritu­ra jeroglífica de los pueblos cultos de la antigüedad era más que un arte una verdadera ciencia, pues siendo éste el único medio seguro de tras­mitir a la posterioridad sus conocimientos (pues la tradición oral su­fría muchas alteraciones) sólo los verdaderos sabios podían escribir correctamente jeroglíficos, y como consecuencia de lo anterior cada línea de cada figura en esta clase de escritura tenía un significado es­pecial y por lo mismo en un espacio como el del calendario azteca

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1929] EL CALENDARIO AZTECA O PIEDRA DEL SOL 37

pueden estar contenidas enseñanzas que expresadas verbalmente por sus grabadores serían suficientes para llenar muchos libros impresos. Además hay que tomar en cuenta que en toda escritura jeroglífica hay un significado exotérico para conocimiento del vulgo y además muchos significados esotéricos u ocultos que sólo conocían los sacerdotes y castas privilegiadas. Por este motivo en la interpretación de nuestro Calendario algunas veces un mismo signo puede tener varios significa­dos; y por las razones anteriores, lo que hasta la fecha se ha podido descifrar de dicho monolito, es solo una mínima parte de los datos que en él aparecen consignados y que tal vez a la posterioridad le será dable conocer en toda su amplitud, pues los jeroglíficos egipcios que venían siendo estudiados desde hace muchos siglos, solamente hasta la centuria pasada fueron correctamente interpretados gracias al genio del inmortal Champolion.

El Calendario Azteca es un monolito de piedra de basalto de 3 me­tros 57 céntimetros de diámetro y cuyo cilindro fué esculpido en un bloque probablemente rectangular de mayores dimensiones y del cual no quedan sinó unos fragmentos que se ven a la izquierda y a la dere­cha, pero el resto probablemente se rompió en algunos de los cambios de la piedra. Esta fué encontrada en diciembre de 1790 al practicarse la nivelación para el empedrado de la Plaza Mayor de México donde probablemente quedó enterrada al destruir los españoles el TeocalliO) Mayor de los Aztecas. De dicho lugar fué trasladada al costado po­niente de la Catedral donde estuvo empotrado en dicho muro durante muchos años, hasta que en 1885 fué trasladado al Museo Nacional, donde se encuentra en lugar prominente frente a la puerta de entrada al salón de arqueología.

Examinando el monolito se ve que el Calendario está formado por siete círculos concéntricos que son Jos siguientes:

1. ® Este contiene la cara de un personaje con pendientes, diadema y collar.

2. ° En él se encuentran cuatro rectángulos o cuadretes y además a derecha e izquierda las garras de ün águila con dos grandes puntos a un lado y otro de ellas, y en la parte superior e inferior otras peque­ñas figuras.

3. ® círculo o anillo. 20 figuras repartidas en 20 espacios iguales, separados por 2 barras cada uno.

4. ® círculo o anillo. En él hay 40 rectángulos con 5 puntos cada, uno, arrancando de dicho círculo cuatro grandes rayos en forma de A mayúscula.

5. ® círculo o anillo. En él se encuentran una serie de figuras o glifos como se les llama en arqueología, que tienen la forma estilizada de plu- 1

(1) Templo, cuya etimología ea: Teotl, Dios; y Calli, Casa, = Casa de Dios.

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ma de águila y que son iguales a la que tiene en la parte central de la diadema la cara central. Dichos glifos o plumas se encuentran separa­dos en grupos, por los rayos que arrancan del anillo anterior y además por otros rayos incompletos que se encuentran alternados con los otros.

6. ° círculo o anillo. Allí se encuentra una serie de arquitos en for­ma de ojivas e intercalados entre ellos unos glifos en forma de almenas coronadas de tres plumitas de águila cada una. Además en el mismo círculo, peí o separadas de los glifos anteriores, se encuentran doce llamas estilizadas con cuatro barras rectas y una curva cada una, simu­lando a primera vista dichas llamas, un animal con cuatro patas, cabe­za y cola.

7. ° círculo o anillo. En este anillo están grabadas dos serpientes cuyas colas están separadas por un rectángulo que se encuentra en la parte central y superior del Calendario y de Jas cabezas de las serpien­tes salen dos rostros humanos adornados con dos grandes penachos teniendo dichos rostros las lenguas sacadas y tocándose mutuamente. El cuerpo de las serpientes está formado con diez rectángulos en cuyo centro hay una figura en forma de llama con una serie de puntos en ángulo recto. Después de las 10 secciones mencionadas hay cuatro barras en forma de atadura o gavilla y después otro rectángulo inde­pendiente de los anteriores y que se encuentra junto al triángulo que forma la cola. Finalmente, en la parte exterior del cuerpo de las ser­pientes una serie de puntos. En el canto de la piedra hay otra serie de puntos que apenas se ven en la fotografía y abajo de ellos dos grue­sos cordones que circundan la piedra y después otros signos.

Habiendo descrito cada uno de los 7 círculos concéntricos que dan origen a una serie de anillos en la piedra, pasaremos ahora a describir detalladamente les signos de cada círculo o anillo y explicando su significado, pero antes de esto es necesario llamar la atención acerca de que el nombre de Calendario dado a este monolito no quiere decir que éste sirva para encontrar cualquier fecha que se busque, pues tal nombre significa que en dicha piedra se encuentra condensado el sis­tema que para medir el tiempo tenían los mexicanos. Además del uso anterior, es un monumento cronológico porque en él están consignadas varias fechas muy importantes en la historia antigua de los pueblos toltecas y aztecas. También es un monumento astronómico y cosmo­gónico, porque en la piedra están señalados varios fenómenos astronó­micos e indicadas algunas ideas que sobre el origen del mundo y su evolución tenían dichos pueblos.

Por estas razones al ir explicando cada uno de los jeroglíficos que contiene, iré indicando a cual de las claves antes mencionadas se refie­re cada signo o grupo de ellos.

(Continuará)Ing. F. Ruiz E s c o to

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N U E S T R O S GR A B A D O SE n el a r te del Is lam podem os o b se rv a r tre s estilos. E l p rim ero

tiene m a rc a d a in fluencia co p ta y a s iria ; el segu n d o com prende m ás influencia perso sa sa n id a con sus cú p u la s v e rd a d e ram e n te a trev id as .

E l n o r te m esopo tán ico p re s ta toda su in fluencia al te rce ro . D onde m ás se n o ta la d ife ren c ia de estilo s es en la deco rac ión , aunque los dos estilo s p rim ero s tienen m u ch a sem ejan za con el a r te b izan tino , aun q u e los d ibu jos rom boides y oc to g o n a les son tra ta d o s en el estilo llam ado «sin fin».

L a o rn am en tac ió n del te rc e ro tien e m ás sem e jan za con el á ra b e que tenem os en C órdoba y en la ig lesia de S ta . M aría la B lanca en Toledo y no es de e x tra ñ a r , pues, cuando m enos el C a lifa to de C órdoba con serv ó b u en as re lac io n es con los ab a s id a s de B ag d ad tam b ién u sa ro n m ucho, com o elem en to d eco ra tiv o , el a ra b e sc o e sc ritu rad o , f ig u ras g eo m étrica s rec tilín eas , ondu ladas, a rq u e a ­das, re c u rv a d a s h a c ia d e n tro y fu e ra , t r ia n g u la re s , c u ad ran g u - la res , en com binaciones y e n tre lazos a r tís tic o s de los cu a les en E sp a ñ a ten em o s m arav illo so s e jem p la re s en los tech o s de la c e r ía y los llam ados de p a re s y nud illo , o b ra s a d m irab le s de los m aes tro s a lca ld es a la rife s del a r te m u d é ja r.

J u a n C o ll y M a r c h

N O T A S B I B L I O G R A F I C A SLa IX Sinfonía de Beethoven,

por M. H . B a rro so .—S ociedad G ene­ra l E sp a ñ o la de L ib re r ía .—M adrid .

H ace y a a lg u n o s años el a u to r , b ien q u erid o h e rm a n o n u estro , dió a co nocer la te s is su g e s tiv a del libro que nos ocupa lan zan d o a la luz púb lica la p rim e ra ed ic ión de e s ta ob ra .

Com o el a u to r expone en el p re fac io de la se g u n d a , los a c o n te ­c im ien tos s a n g rie n to s que de en tonces a c á h a n conm ovido al m undo no h a n hecho m ás que g lo rifica r, p o r m edio del sen tido tra sc e n d e n te del a r te , el m ov im ien to m usica l, flor de la s edades y su h o m b re sím bolo : B eethoven .

Y esta n u e v a edición del h e rm an o B a rro so b e llam en te ilu s tra d a , nos m u e s tra , docum ento valioso , a B eethoven h o m b re y a B eetho ­ven m úsico. F ru to el p rim ero de un a m o r in tenso , y de p ac ien te estud io el segundo .

No sabem os si a d m ira r m ás del gen io sub lim e, a l tra v é s de las p ág in as v ib ra n te s , si la é tica o la c ienc ia que d e sp a rra m a . A m bos, com o u n a floración s a g ra d a se h e rm a n a n sub lim em ente , en la o b ra cu m b re del so rdo v is io n ario y m isán tro p o , g lo sando las su p re m a s a le g r ía s de la h u m an id ad red im ida : la IX S in fon ía .

Com o en un sa n tu a rio , sin m en g u a de su hum an ism o p ro fundo nos lo m u e s tra el he rm an o B arro so , y nos co loca m uy c e rca , por el poder de su fe, de a q u e lla v ida ún ica y g lo rio sa .

L uego , p a ra el m úsico o p a ra el a m a te u r v iene la e x a ltac ió n de la técn ica de la s a rm o n ía s ce lestes de la S in fon ía in co m p arad a .

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40 e l l o t o b l a n c o [Enero

C orona la o b ra , com o A pénd ice , un a ex ég esis de W a g n e r so ­b re la S in fon ía N ovena.

N u e s tra s im p a tía y co rd ia l fe lic itac ión a l a u to r,

«La Ciencia de la Salud»,p o r Y ogu i R a m a c h a rak a .E d ito ria l R o ch .-B arce lona.

E s ta n u ev a o b ra a p a re c id a de la fam osa co lección del Y ogui R a m a c h a ra k a es co n tin u ac ió n y com plem ento de la s y a conocidas «C iencia de la R esp irac ión» , «C ura p o r el A gua» y «H atha-Y oga» que en a n te r io re s n ú m ero s b ib liog rafiam os.

C oronando los estud io s y p rá c tic a s de aq u e llas , «La C iencia de la Salud» (M edicina P síqu ica) da los conocim ien tos y p rá c tic a s c o rre sp o n d ien te s p a ra la c u ra de o rd en psíquico , en su o rd en ad a c lasificación de «M edicina p rá n ic a , m a g n é tica , m en ta l y e sp i­r itu a l.

N unca reco m en d arem o s b a s ta n te e s ta índole de o b ras que h a cen a l ind iv iduo co n sc ien te del in s tru m e n to p o r el que se m a n i­fiesta su E g o y le c a p a c ita n p a ra u tiliza rlo d en tro de los sab ios m étodos o rién ta les , ad em ás de p re p a ra r le com o co n sc ien te in ­te rv e n to r en los caso s h a r to com unes de desequ ilib rio m en ta l y físico.

S i lo s o cc id en ta les a p lic á ra m o s e s ta s tra sc e n d e n ta le s ideas en lu g a r de los g ro se ro s m étodos de la m ed ic ina u su a l, de seg u ro que la ra z a c o b ra r ía m ay o res p osib ilidades en v ita lid ad , en b e ­lleza, en poderío , in te lig en c ia y sa lud .

T ra d u jo y p ro logó n u e s tro estim ado com p añ ero D. F ed e rico C lim ent T e rre r .

«Curso Adelantado sobre Filoso­fía Yoga y Ocultismo Oriental»,p o r Y ogu i R a m a c h a ra k a .—E d i­

to ria l R och - B arce lo n a .

E s ta o b ra no es n u e v a en la b ib lio g ra fía esp añ o la . M ás de u n a edición c lan d estin a , m ás oim enos com ple ta , h a dado a co nocer y a a los ansio sos a lgo del c a u d a l sap ie n te del Y ogu i R a m a c h a ra k a , en su id eario m ás p u ro y tra sc e n d e n te .

P o rq u e d en tro de su co lección v a s tís im a y v a ria , es qu izá el «C urso A delan tado» su o b ra m ás p ro fu n d a , m ás re v e re n te y e n a l­te c e d o ra de la D o c tr in a E te rn a .

B asad as en la in c o m p a ra b le jo y a e so té ric a «Luz en el S en d e­ro», m an u a l p a ra su p e rh o m b res , es te cu rso de lecciones, em inen ­tem en te p rá c tic a s , son a m a n e ra de un bácu lo p a ra el ca m in a n te del infinito.

G uía de a lm as, b re v ia rio de la v id a n u ev a , tra n s fo rm a d o r de co n cienc ias áv id as, e s ta s lecc iones e s tá n llam ad as a re c o rre r un itin e ra rio de luz en la sen d a o b scu ra de la m en ta lid ad m o derna .

A u to rizad am en te tra d u jo y p ro lo g ó n u e s tro h e rm a n o D. F e d e ­rico C lim en t T e rre r .

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(Ilustración del artículo del Ing. F. Ruiz Escoto así titulado, de este número de enero y sucesivos).

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&.NO T IC iA R I Oj&Hermano lector: Escribe, traduce, haz suscripciones, recomien­

da la revista según tus aptitudes y posibilidades, coadyuva a la misión impersonal de EL LOTO BLANCO, el mensuario de tus simpatías.

* * *

La hermana Esther Nicolau se posesiona del cargo de S. G. de la Sección Española.—E n M adrid d u ra n te los d ías 8 y 9 de d ic iem bre se reu n ió el C onsejo que in te g ra n las de legac iones de la Sección Teosófica en E sp a ñ a .

C um plidas la s ex ig en c ia s re g la m e n ta ria s y en m edio de u n a im ponen te y esp o n tán ea m an ifestac ió n de s im p a tía la se ñ o rita N ico lau ocupó la P re s id en c ia de la S. E.

Su d iscu rso in a u g u ra l ca rec ió de la fraseo lo g ía h a r to conocida en sem e jan te s casos. P ero su v ib rac ió n , su sign ificac ión tra sc e n d ió al búdico p lano u ltra p a sa n d o y su p e ran d o toda fo rm al concrec ión .

«Por vez p rim e ra , dijo, un a m u je r ocupa la P re s id en c ia de la Sección E sp añ o la . Yo no qu iero incond ic ionales, sinó que cada cüal, seg ú n su m ira y prop io c rite r io h a g a lib rem en te cu an to pued a p a ra la o b ra . Yo t r a ta ré de se r a m a n e ra de un espejo donde se re fle jan to d as con c la rid ad . No m e m iré is com o u n a d ire c to ra , n i s iq u ie ra com o un a h e rm an a . C onsideradm e m ás bien com o un a m ad re p a ra que yo pueda a c o g e r v u e s tra o fren d a h e rm a n a d a , llen a de am or».

E fec to m ág ico de la s im p a tía de la q u e rid a h e rm a n a re n a c e n en to d as p a r te s , com o u n a flo ración p rim a v e ra l, m iem bros r e t r a í ­dos y a p a re c en e lem en tos in sospechados que b r in d a n su co lab o ­rac ión , a la o b ra en d iv erso s aspec to s.

T ra b a ja d o re s p ro p u esto s y ace p ta d o s p a ra co la b o ra d o res d ire c ­tos de la h e rm a n a N ico lau y c a rg o s c o rre sp o n d ien te s : V ice-p re- siden te , D. R am ón M untadas; S e c re ta rio , D. M iguel F a lcó ; T eso ­re ro , D . F e rn a n d o V illa rd ; D elegado en M adrid p a ra a su n to s lega les, D . Juan T éb a r; S e c re ta rio A rc h iv e ro , D . L u ís A lfonso ; B ib lio tecaria , D .a M aría R eb eca de O lano; S e c re ta rio de P ro p a ­g an d a , D . L u ís G arc ía L o re n z a n a . S eg ú n la índole de la o b ra a re a liz a r la h e rm a n a N ico lau p e d irá co lab o rac ió n o conse jo a los elem en tos de a p titu d es v a r ia s y a p ro p ia d a s que han o frecido su s serv ic io s. H a sonado la h o ra p a ra E sp a ñ a . E s ta m o s de e n h o ra ­buena.

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42 EL LOTO BLANCO [Enero

Q ue el D ev a de n u e s tro s destinos a lu m b re es ta n u e v a ru ta a b ie r ta , tan am p lia y a lu m b ra d a en su s com ienzos que a n u n c ian u n a co sech a g e n e ro sa y fecunda .

* * *

Noticias de la Dra. Besant.— C opiam os de The Theosophist de d ic iem bre las s ig u ien te s m an ife s tac io n es de la S ra . B esan t re fe ­re n te s a v a rio s tem as de p a lp ita n te in te ré s :

»Debo d a r las g ra c ia s a la m itad de los m iem bros de la S ocie­dad que m e e lev a ro n p o r c u a r ta vez al c a rg o p re s id en c ia l, y a la vez, o fre c e r m is re sp e to s a los pocos que v o ta ro n b ra v a m e n te c o n tra m ío. A los que no cu m p lie ro n con el fácil d eb e r de em itir su vo to u n a vez en s ie te años, no ten g o n a d a que d ec irles , e x c e p ­to que la n e g lig en c ia de aquel d eb e r es un daño in fe rid o a la S o ­ciedad. S i p re fie ren que o tra p e rso n a m e su s titu y a d eb ieron de h a b e r la e legido, o sinó , p re s ta rm e el so stén de su s vo to s. P ensé en d im itir, pero la m in o ría e ra ta n pequeña que no m e parec ió ju s to c a u sa r a la S ociedad la m o lestia y el g a s to de u n a n u e v a elección.

»No votó casi la m itad de los m iem bros. L a Ind ia el 75 % de su s vo tos, dando un e jem plo a o tro s países.

*He recib ido a lg u n a s c a r ta s —dos de e llas m uy d u ra s —de S e­c re ta r io s G en era les , re p ro c h á n d o m e p o r no h a b e r ree leg ido p a ra la V ice -P resid en c ia a m i b ien am ado h e rm an o C. J in a ra ja d a sa . E s te escrib ióm e ro g án d o m e que no lo h ic ie ra . D udo que h a y a o tro p a r de m iem bros de la S. T . que se co m p ren d an m ejo r que C. jina- ra ja d a s a y yo . A l d e c ir esto no in c lu y o a C. W . L e a d b e a te r , pues m i u n id ad con él es p e rfe c ta , au n q u e seam os de d ife ren tes tem pa- ra m en to s y au n q u e m edio m undo de d is tan c ia nos d iv ida , sin m edios físicos de com un icac ión .

»Se m e h a d icho que a a lg u n o s de n u e s tro s lec to res am erican o s no les g u s ta la re p ro d u cc ió n de la c u b ie rta a n tig u a de The Theoso­phist. L o sien to , pe ro , a H . P. B. le g u s ta , y después de todo, e lla fué uno de los E d ito re s o rig in a le s . E s un caso de «R etorno a Bla- va tsky» en u n sen tido m uy lite ra l.»

* # *

Personales.—L a D ra . B e sa n t.—L a s ú ltim as n o tic ia s que se tien en de la S ra . B esan t, nos d icen que se h a lla y a p len am en te re s ta b le c id a de su p a sa d a en fe rm ed ad . E l D r. A ru n d a le , que des-

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1929] NOTICIAS 43

em peña a c tu a lm e n te su S e c re ta r ía p a r tic u la r , e sc rib e que la se ñ o ­ra B esan t t r a b a ja a h o ra m ás a rd o ro sa m e n te , si cabe, que n u n ca y, c ie rtam en te , los in fo rm es que nos lleg an de A d y a r son p ru e b a s v e rd a d e ras de la g ra n ac tiv id a d que está desp leg an d o en la Ind ia , lo m ism o desde la ed ito ria l del d ia rio New In d ia que en los v ia jes «torbellino» que re a liz a sin cesa r.

E l S r. L e a d b e a te r .—E l O bispo S r. L e a d b e a te r fué inv itado por las a u to rid ad es c a tó lica s ro m a n a s a la a p e r tu ra del xx ix C ongreso E u ca rís tico e fec tu ad o en S indey , in v itac ió n que fué desde luego acep tad a . E s te hecho se ñ a la un cam bio de a c titu d ta n in esp erad o com o feliz p o r p a r te de n u e s tro s am igos ca tó licos rom anos, e ind i­ca al m ism o tiem po la con sid erac ió n de que goza el obispo señ o r L e a d b e a te r en los c írcu lo s re lig io so s de S idney . Se nos d ice que uno de los asp ec to s m ás in te re sa n te s de este C on g reso fué la au sen c ia de todo sen tim ien to de re n c o r e n tre ca tó licos y p ro te s ­ta n te s .

L os S res. A ru n d a le .—E l S r. y la S ra . A ru n d a le p ro y e c ta n sa lir de M adrás p a r a J a v a el 10 de en ero de 1929, e sp e ran d o lle g a r a B a tav ia so b re el 26 del m ism o m es. P a s a rá n u n a s sem a n a s en J a v a y luego c o n tin u a rá n su v ia je h a c ia S idney p a ra lle g a r a tiem po de a s is tir a la A sam blea de P ascu a . P ien san p e rm a n e c e r allí dos o tre s m eses p a ra d ir ig irse finalm ente a los E stad o s U nidos de N o rte a m é rica donde to m a rá n p a rte en la A sam b lea M undial de la Sociedad T eosó fica .—D e News an d Notes.

* * *9

Para el nuevo Secretario de la S. T. Española.—D esde la m ism a re v is ta News and Notes de In g la te r ra se le en v ían a la señ o ­r ita E s th e r N ico lau las m ás e fu s iv as fe lic itac io n es p o r su rec ie n te elección a la S e c re ta r ía N acional de la Sección E sp añ o la . L os he rm an o s de In g la te r ra e sp e ra n que la S ección e n tra rá con este cam bio en u n a n u e v a e ra de tra b a jo a rm ó n ico y p ro g res iv o .

* * +

La perdida Atlántida.—D esde los d ías de P la tó n , el an tig u o con tin en te de la A tlá n tid a h a ,fa sc in ad o a filósofos y o cu ltis ta s , y y a de tiem pos m uy rem o tos, u n a eno rm e m asa de p ru e b a s a d u ­cidas p o r los n a v e g a n te s y an tro p ó lo g o s, d em u e s tra n que aquel co n tin en te ex is tió en el lu g a r que a h o ra cu b re la s a g u a s del A tlán tico. E l C oronel Ja m e s C h u rc h w a rd , a n tro p ó lo g o de la Ind ia , ha desc ifrado la h is to ria de los s ignos esv ás tico s y de o tro s sím bolos m isteriosos h a llad o s en ro cas de A m érica , A fric a , A sia y E u ro p a . Con la a y u d a de s ím bolos-claves el C oronel C h u rc h w a rd h a tradu-

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44 EL LOTO BLANCO [Enero

cido a lg u n o s de esto s sím bolos y h a em itido la te o ría de que h ace m uchos m iles de añ o s hubo en el océano a tlá n tic o un co n tin en te en el cu a l p ro sp e ra b a u n a e sp lénd ida c iv ilización y m uchos de sus v ia je ro s lle g a ro n a o tro s c o n tin en te s de jando señ a les de su paso p o r ellos. E s te g ra n co n tin en te , dice, se hund ió en el océano d u ra n ­te una trem en d a ag ita c ió n de la co rteza te r re s tre . T odo v ien e a d e m o s tra r la o cu lta te o ría de la su m ersió n de la A tlá n tid a 10,000 años a n te s de la E ra C ris tia n a . D e este a n tig u o ca tac lism o d e riv a la ley en d a del D iluv io , pues cuando P oseidon is se hundió , ap a re c ió el S a h a ra p a ra re s ta b le c e r el equ ilib rio , p en e tran d o las a g u a s en las t ie r ra s a le d añ as del M ed ite rrán eo , y dando lu g a r a d icha le ­y e n d a , que es com ún a to d as la s re lig io n es. E l estud io de los m a ­pas m u nd ia les de todos los tiem pos po r M r. G eo rge C o llin g rid g e nos su g ie re la idea de la ex is ten c ia de la a n tig u a c iv ilización a t ­la n te .—D e A dvance! A u stra lia .

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Otro informe sobre la Atlántida.—L a p ru e b a de que ex is tie ­ro n dos te rr ito r io s que se rv ía n de p u en te e n tre el A fric a O cci­d en ta l y la A m érica del S u r en los tiem pos m ás te m p ran o s de la G eo log ía , se h a lla b ien c la ra en el com pleto in fo rm e em itido p o r la exped ic ión de P rin c e to n a la P a ta g o n ia , c u y a p u b licac ión ha sido co m p le tad a después de un c u a rto de sig lo de in tenso t r a ­bajo b a jo la d irección del P ro fe so r W illiam B e rry m a n S co tt, del D e p a rta m e n to de G eo log ía de P rin ce to n .

L a s an a lo g ía s e n tre m uchos len g u a je s de los dos con tin en tes es un a de las p rin c ip a le s p ru eb as . E s te acab ad o in fo rm e tr a ta de la s cond iciones c lim a té ric a s en v a rio s períodos y m u e s tra c la ra m en te la e x is te n c ia de u n a v ida a n im a l y v eg e ta l m u y v a ria en S ud A m érica , ya en tiem pos m uy rem o tos. L a ú ltim a Sección t r a ta de los h a llazg o s o rn ito lóg icos. E l P ro fe so r S co tt fué a y u d a ­do en su s ta re a s p o r dos p ro fe so res m ás de P r in c e to n .—D e The New York Times.

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Las nuevas orientaciones de la S. T.—D esde h ace un p a r o tre s de m eses el S r. A ru n d a le se ocupa desde la ed ito ria l de The Theosophist en d e m o s tra r que las ac tu a le s o rien tac io n es de la S. T . no van en c o n tra del e sp ír itu con que la a n im a ra la se ñ o ra B la v a tsk y . E n el n ú m ero co rre sp o n d ien te a n ov iem bre , t r a s de a firm ar que el a lm a de H. P. B. p e rd u ra en el co razón de la S ocie­dad y que la S ra . B esan t fué e leg ida suceso ra su y a por se r su a lm a del m ism o tem ple , a ñ ad e lo s ig u ien te :

»En cu an to a la s e n señ an zas de H. P. B., si b ien nad ie m e

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1929] NOTICIAS 45

g a n a en re v e re n c ia r la s po r las m ara v illo sa s rev e lac io n es que con ta n to esfuerzo dió a l m undo, yo so sten g o que no son sino m edios, aunque m edios p reciosos, p a ra lle g a r al fin que hem os de co n o cer por noso tro s m ism os. B ueno es que ap ren d am o s, pero m e jo r es que conozcam os. Si H . P. B., o qu ien q u ie ra que sea , d ice y a fir­m a que esto o aquello es c ie rto , yo le e x p reso mi g ra ti tu d p o r su in form e, lo peso y puedo to m arlo com o u n a h ipó tesis m uy v e ro ­sím il; pero este in fo rm e no es mío, ni es re a lm en te v e rd a d e ro p a ra mí, h a s ta ta n to que lo conozca yo po r m í m ism o o h a s ta que se c o n v ie rta en p a r te de mi p ro p ia ex p e rien c ia , h a s ta qne en tre en m í g ra c ia s a m i p ro p ia in v es tig ac ió n .

L a s e n señ an zas de los m ás g ra n d e s no son sinó postes in d ic a ­dores, g u ía s que pueden m o s tra rn o s el cam ino , pe ro este cam in o hem os de h a lla r lo p o r n o so tro s m ism os. T em o que h a y a p e rso n a s que se s ie n ta n d isg u s ta d a s con a lg u n o s de n o sp tro s p o rq u e im a g i­n an que y a no c reem os en H. P . B. E stos, q u ie ren que n o so tro s c ream os en sus en señ an zas, que su sc rib am o s sin re se rv a s la le tra de su s exposic iones. Q u ieren que p erm an ezcam o s e x a c ta m e n te donde H. P. B. se h a llab a , y deb ía de h a lla rse , d en tro la c irc u n ­fe renc ia del m undo escrito , d e n tro la s in te rp re ta c io n e s de este m undo. C reem os en v e rd ad en H. P. B. C onsideram os sus e n s e ­ñ an zas con la m ás p ro fu n d a re v e re n c ia . Y a a lg u n o s de n o so ­tro s —y yo no deb ie ra a v e n tu ra rm e a in c lu irm e e n tre e lllo s—co n o ­cem os la v e rd a d de sus en señ a n z a s y sabem os tam b ién que no nos hem os a p a r ta d o de e llas. P ero , no nos sen tim os sa tis fech o s con la m era c re e n c ia , con el m ero p re g o n a r de lo que H . P. B. dijo. N ecesitam os sab e r, y p a ra noso tro s n u e s tro p rop io co n o c i­m iento es m ás p recioso a ú n que las en señ a n z a s de H. P . B. P a ra noso tro s el em p re n d e rla s t ra s el conocim ien to , s in que im porte donde nos lleva esta empresa, v a le m uchísim o m ás que la sim ple c reeen cia sin e sfo rza rse en conocer. C reem os que som os fieles a H. P. B. cu an d o p ro cu ram o s conocer, u san d o sus e n señ an zas como g u ía s in d icad o ras y no com o dogm as o d o c trin as que o lv i­dam os a rie sg o n u e s tro . E n cu an to a m í, yo necesito conocer. N in ­g u n a en señ an za , sea de qu ien sea , puede c o m p a ra rse en v a lo r con aq u e lla que yo conozco o m e esfuerzo po r conocer. No me im porta lo que sep a con tal que sepa. No h a y n a d a que m e obligue a re h u sa r todo conocim ien to que no se p a rezca a a lg u n a de las en señ an zas que yo h a y a recib ido . Si m is d escu b rim ien to s p a recen e s ta r en co n trad icc ió n con lo que se m e enseñó , p e rm ítasem e que me aco ja a los d escub rim ien to s a n te s que a la en señ an za , pues aún que aquello s p u ed an se r m ás o m enos e rró n eo s y la e n señ an za m ás o m enos c ie r ta , es m ejo r a n d a r y tro p e z a r po r e n tre fa lse d a ­des que h a lla rse dorm ido en u n a cu n a de en se ñ a n z a s v e rd ad e ras» .

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46 e l l o t o b l a n c o [ Enero

E s ta s co n sid erac io n es del S r. A ru n d a le se p re s ta n a m uch o s co m en ta rio s . A l t ra d u c ir hem os su b ra y a d o a q u e lla fra se que d ice que «no im p o rta a donde lleve e s ta em presa» p a ra qu e todos los lec to re s se h a g a n c a rg o de las posib ilidades que e s ta s p a la b ra s e n c ie rra n p a ra el destino de la S ociedad Teosófica.

A dm itiendo la e x is ten c ia de ese m a le s ta r de que nos h a b la el S r. A ru n d a le , hem os de m a n ife s ta r que las ex p licac io n es que da desp lazan la cuestión , al t r a t a r de co locar a. aqu e llo s que e s tá n d isg u stad o s en un p lan o de c iego dogm atism o . C u a lq u ie ra puede h a b e rse dado c u e n ta de que ía c a u sa de ese d isg u sto se h a lla p r e ­c isam en te en el a sp ec to d o g m atizan te h ac ia el que se h a n e n c a m i­nado c ie r ta s ac tiv id a d e s a m p a ra d a s p o r la S ociedad Teosófica. H em os de p o n e r de re liev e , que al t r a t a r de que la v e rd a d evo lu ­cione en el sen tido de h a c e r la aseq u ib le a todos aquello s que sean in c a p a c es de re m o n ta rse h a s ta e lla , h a y el g ra v e pe lig ro que ta n ta s veces les hem os señ a lad o los teósofos a to d as a q u e lla s r e í r g io n es que han d esv ir tu a d o las v e rd ad es fu n d a m e n ta le s que se v e r tie ro n so b re el m undo en su s resp ec tiv o s o ríg en es, con un a o m ú ltip les c a p as o velos que im p id ieron a los ca p a c es de re m o n ­ta r s e h a s ta la v e rdad , el pod erla d is tin g u ir p a ra e n c a m in a rse a e lla .— F.

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Notas de p ro p ag a n d a . - Como quiera que mi nombramiento de Secretario de Propaganda fué hecho por el S Q. interino Sr. Climent Terrer, al ser ele­gido nuevo S. G., le presenté la dimisión de mi cargo, como era de rigor. En el Consejo celebrado recientemente en Madrid, Esther Nicolau ha tenido a bien encargarme nuevemente de la S. de P., lo que fué visto con agrado por el Con­sejo. A todos doy las gracias por la confianza que ponen en mí, y trataré en el futuro de hacerme digno de ella.

En el Consejo ya mencionado se tomó el importante acuerdo de dedicar a propaganda la mitad del superávit que resulte en el presupuesto de cada año. Para 1929 tendremos, pues, 1500 pts. que da la Sección con destino a esta acti­vidad. Signo evidente es éste de la vitalidad con que la Sección ha despertado. En todos hay enorme deseo de trabajar y de hacer labor útil, y la actitud de la Sección no es más que el reflejo del estado de ánimo de los miembros.

Pero recomiendo a las Ramas y a los miembros en general, que no crean que con estas 1500 pts. se puede hacer toda la propaganda que se requiere en España. Si los Departamentos han de editar material, si se han de organizar excursiones de conferenciantes a las diferentes provincias necesitadas, que son todas, en suma, si se ha de trabajar claramente se comprende que con el dona­tivo de la Sección apenas hay para empezar. Mi opinión es que sólo debe ser­virnos de estímulo para que todos hagamos el esfuerzo máximo en pro de esta importantísima actividad.

Otra buena noticia tengo que comunicar a los miembros, y es que se ha

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1929] NOTICIAS 47

creado un nuevo Departamento en la Ciudad de Toledo. Le deseo mucho acierto y gran éxito en la obra que va a comenzar.

Lista de donativos recibidos durante el mes de noviembre último Rama B ilbao................................................25‘00 ptas.D. Salvador Sendra Rama Hesperia . Rama Morya .

2‘003‘005‘00

Total. . . 35*00 »El Secretario de Propaganda, L. García Lorenzana.—Avenida Reina Victo­

ria 43, Madrid.* * *

El Dr. B rioude , m úsico y co n fe ren cian te .—La Prensa sevillana co* menta extensamente el acto llevado a cabo por nuestro querido hermano, ex-se- cretario de la Sección Española, el Dr. Brioude, en la Facultad de Medicina.

El ilustre catedrático no habló de ciencia esta vez, sinó de arte, del que posee una no vulgar cultura revelándose además ai selecto y nutrido público como capacitado técnico y concertista de piano.

Sus observaciones del efecto psíquico de los sonidos en sus viajes por Europa y Africa Central, su exposición sucinta de la historia de la música, preludiaron la esperada ilustración musical ejecutando selecciones de los colo­sos de la composición, que fué coronada con salvas de aplausos a la que unimos el nuestro más caluroso.

* * *

El P e rú d e sp ie r ta .—La antaña gloriosa República, oprimida desde siglos por las ideas estrechas y obscurantistas, sacude su yugo y muestra su faz rena­ciente al mundo moderno.

Tenemos ante nuestra vista periódicos de Lima en los que se activa por caros hermanos, una intensa, extensa y valerosa campaña teosófica que con­mueve a la opinión y abre brecha camino de las inquietudes espirituales que abre nuevos horizontes a los individuos y a las sociedades.

Nuestra fervorosa felicitación y espiritual ayuda a los hermanos peruanos.

* * *

Si quieres ser miembro activo de la S. T. proponte laborar en los DEPARTAMENTOS DE PUBLICIDAD y PROPAGANDA TEOSÓFICA. Allí tienes tu puesto y la obra necesita trabajadores. Sean cualesquiera tus aptitudes, debes trabajar. Ofrécete.

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A C T I V I D A D E SDEPENDIENTES E INDEPENDIENTES DE LA SOCIEDAD TEOSÓFICA

D ep artam en to d e P ub lic idad y P ro p a g a n d a TeosóficaLa misión de este departamento es amplísima por sus innúmeras y eficaces

ramificaciones de divulgación de las verdades teosóficas. El Departamento Central edita hojas y folletos de estudio elemental y progresivo que los De­partamentos Seccionales envían periódicamente a aquellas personas que no conocen la Teosofía, pero que tienen una cierta preparación; organiza confe­rencias en las diversas ciudades, y su objetivo fundamental es, en suma, difun­dir, por todos los medios, la luz teosófica para conseguir la regeneración de la humanidad y despertando aquellas almas que aspiren a sus enseñanzas tras­cendentales y que obren de acuerdo con el alto significado de la vida.

S ecre tario de P ro p a g an d a en E sp a ñ a :L. García Lorenzana.—Avenida Reina Victoria, 43. Madrid.

F ra te rn id a d In te rn ac io n al de E ducaciónEsta institución labora para agrupar a los individuos que consideren la

educación como un problema vital y esten dispuestos a predicar y a vivir en la escuela y en el hogar las modernas teorías pedagógicas d e: respeto a la individualidad infantil, amorosa disciplina, sentimiento de cooperación, etc. que preparan al niño para la Nueva Era.

Su actividad como núcleo, además de su relación internacional, está dedi­cada a la publicación de obras en español que estimulen la práctica de estas teorías; a la preparación de futuros maestros y a la fundación de escuelas nuevas. Para ello ha instituido tres fondos: «publicidad», «becas» y «Escuelas nuevas*.

Oficina central en los países de habla castellana: Apartado 954. Barcelona.

E scuela N ueva D am ónSituada casi en el campo, en uno de los más bellos parajes de Barcelona,

esta Escuela cumple en lo físico, moral e intelectual las condiciones requeridas por las Escuelas Nuevas: autonomía escolar, coeducación, internado, clases al aire libre, instrucción a base de conversaciones, con exclusión de libros de texto, trabajos manuales, educación artística, canto, gimnasia rítmica, etc.

La característica de la Escuela Nueva Damón es ofrecer al niño las máxi­mas oportunidades de una vida nueva en la que existan las variadas manifesta­ciones de la actividad humana para desenvolver Hombres y Mujeres, es decir, individuos capaces de crear con su energía interior las formas de una Sociedad más elevada y pura que la de sus predecesores.

Para informes y'pormenores dirigirse al Apartado 954. Barcelona (España).

Liga In ternac ional d e C o rresp o n d en c iaEsta liga tiene por objeto aplicar de un modo p rác tico y organizado

entre los miembros de la S. T. y otras asociaciones afines del principio de FRATERNIDAD. Teje a través de todo el mundo la red de la amistosa rela­ción entre hermanos para que la fraternidad no sea un vocablo vano, sinó la denominación viva de un conjunto de seres que sé aman, comprenden y ayudan.

Los medios que emplea son : correspondencia entre individuos y también entre Ramas de la S. T., grupos de Juventud, etc.; intercambio de noticias in­ternacionales en gran escala; intercambio de libros y revistas en todos los idio­mas; facilitar los viajes y residencias a miembros en países extranjeros, dándo­les información, cuidando de recibirles y atenderles, facilitándoles alojamiento y hospitalidad. En una palabra, todo lo que tienda a actualizar en la vida el ideal de FRATERNIDAD sin distinción de raza, credo, sexo o clase.

REVISADO POR LA CENSURA GUBERNATIVA

Imprenta de Juan Sallent.—San Quirico, 23 y Jovellanos, 24 al 28. — Sabadell