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C A D E R N O D E R E S U M O S
VA L O R I Z A N D O A S I N G U L A R I D A D E E AD I V E R S I D A D E D O S E R H U M A N O
U B E R L Â N D I A / M G | A G O S T O | 2 0 1 3
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UNIÃO NACIONAL DOS ANALISTAS TRANSACIONAIS – BRASIL
UNAT-BRASIL
CADERNO DE RESUMOS DO XXIV CONBRAT
Congresso Brasileiro de Análise Transacional
VALORIZANDO A SINGULARIDADE E A DIVERSIDADE
DO SER HUMANOPsicoterapia – Organizações – Saúde – Educação
UBERLÂNDIA – MINAS GERAIS
22 a 24 de agosto de 2013
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Capa: Criação – Comissão Organizadora do XXIV CONBRAT
Elaboração: Comissão Organizadora do Evento
Planejamento gráfico do caderno de resumos: Renata Nogueira Tannus
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Elaborado por Uiara Gonçalves Soares
Bibliotecária – CRB 6 2871
C749c
2013 Congresso Brasileiro de Análise Transacional (24. :
2013 ago. 22-24 : Uberlândia, MG)
Caderno de resumos do XXIV CONBRAT – Congresso
Brasileiro de Análise Transacional : valorizando a
singularidade e a diversidade do ser humano /
coordenação geral Ede Lanir Ferreira Paiva ;
organização Ana Lúcia Ribeiro de Oliveira, Renata
Nogueira Tannus, Luciana Pires Correa Neves. –
Uberlândia: UNAT-Brasil, 2013.
150. : il.
Inclui bibliografia e índice.
1. Psicologia - Congressos. 2. Análise transacional. 3.Singularidade.
Paiva, Ede Lanir Ferreira. II. Oliveira, Ana Lúcia Ribeirode. III. Tannus, Renata Nogueira. IV. Neves, Luciana
Pires Correa. V. União Nacional dos AnalistasTransacional. VI. Título.
CDU: 159.9
© 2013, Direitos reservados à UNAT-BRASIL – União Nacional dos Analistas Transacionais Reprodução autorizada desde que citada a fonte e o autor XXIVCONBRAT – Congresso Brasileiro de Análise Transacional
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ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE RESUMO
Ana Lucia Ribeiro de Oliveira
Renata Nogueira Tannus
Luciana Pires Correa Neves
COORDENAÇÃO GERAL
Ede Lanir Ferreira Paiva
COMISSÃO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
Aniângelis C. R. GuimarãesFlavia Testa Bernardi
Luciana Pires Correa NevesRenata Cristina B. RossiniRenata Nogueira Tannus
Sabrina Spirandelli Coimbra
COMISSÃO CIENTÍFICA
Adriana MontheiroAlisson Machado Borges
Regina BerardVanessa Mara de Carlis
COMISSÃO DE MARKETING
Adriano Testa BernardiFabiana Cândida VitorinoMary Luce M. S. Melazzo
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Objetivos
O objetivo deste congresso é possibilitar aos profissionais de diferentes áreas de atuação, a construção de um olhar
singular que acolha a diversidade das relações intra e interpessoal, promovendo desta forma, a valorização da
pessoa nos seus múltiplos aspectos e dimensões: pessoal, afetivo/casal, familiar, profissional e social.
As discussões enfocarão a singularidade e a diversidade do ser humano, visando o respeito, a compreensão, a
inclusão e a cooperação entre os grupos e pares.
A quem se destina
O público do evento pode ser distinguido em quatro principais áreas, sendo elas:
Educação (docentes das áreas de psicologia, pedagogia, administração, comunicação e serviço social);
Saúde (psicólogos clínicos e hospitalares, médicos, enfermeiros e terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas,fonoaudiólogos, nutricionistas, entre outros);
Organizacional (gestores e equipes de recursos humanos, profissionais de coaching, empresas de consultoria e
empreendedores em geral);
Universitário (estudantes das áreas de psicologia, medicina, enfermagem, administração e demais cursos
relacionados ao tema central).
Eixos Temáticos
O ser humano é relacional. A partir do encontro entre seres humanos com potenciais e características singulares,
pode surgir uma diversidade de criações e manifestações. A riqueza do potencial humano encontra-se na sua
possibilidade de crescimento nas relações.
Desta forma, o entendimento do comportamento humano e das relações entre pessoas tornou-se fundamental para
profissionais das mais diversas áreas e instituições, bem como para qualquer grupo ou pessoas interessadas no
aprimoramento de relacionamentos sociais.
Os princípios filosóficos da Análise Transacional buscam promover relações de igualdade e de oqueidade entre os
indivíduos e os grupos. Incentivam o desenvolvimento da autonomia, o que possibilita que o indivíduo se
responsabilize pelas suas ações e decisões, buscando integrar e acolher os outros mesmo que ocorram conflitos.
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Agenda
Pré-Congresso:
22.08.2013 – 08h30 às 17h30 Cursos para as áreas: clínica, organizacional e educacional
Congresso:
22.08.2013 – 20h às 22h – abertura oficial, palestra e coquetel de boas vindas
23.08.2013 – 08h30 às 18h30 – palestras, mini-cursos e mesa redonda23.08.2013 – 08 h às 18h – assembleia, mesa redonda, como faço, fazendo, apresentação de trabalhos,
seminários, cases, oficinas
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Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................ 9
APRESENTAÇÃO COMISSÃO ORGANIZADORA ................................................................................................................ 10
PROGRAMAÇÃO DO EVENTO .......................................................................................................................................... 11
PRÉ CONGRESSO ............................................................................................................................................................. 16
CURSOS ....................................................................................................................................................................... 16
“EDUCAÇÃO EMOCIONAL – O impacto positivo nas relações” .............................................................................. 17
“ABORDAGEM TRANSACIONAL DOS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS,DA NA ANSIEDADE E DO TDAH – da
psicofarmacologia à psicoterapia” .......................................................................................................................... 19
“ANÁLISE TRANSACIONAL E ESPIRITUALIDADE – A MULTIDIMENSIONALIDADE DO POTENCIAL HUMANO” ........ 21
“TRANSAÇÕES – VALORIZANDO A SINGULARIDADE E A DIVERSIDADE DAS RELAÇÕES” ....................................... 29
“A DIVERSIDADE, SINGULARIDADE E POTENCIAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES” .............................................. 32
“ESTIMULANDO O POTENCIAL HUMANO COM A NEUROPLASTICIDADE” ............................................................. 34
INTRODUÇÃO À ANÁLISE TRANSACIONAL .............................................................................................................. 35
CONGRESSO .................................................................................................................................................................... 36
ARTIGOS CIENTÍFICOS, CASES E SEMINÁRIOS ............................................................................................................. 37
AUTO-REPARENTALIZAÇÃO UMA NOVA FORMA DE PENSAR NOSSOS PAIS .......................................................... 38
A DESQUALIFICAÇÃO DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS INFRACIONAIS: PENSANDO NO PROBLEMA,
ENCONTRANDO OPÇÕES. ....................................................................................................................................... 42
EXISTENCIALISMO, FENOMENOLOGIA, HUMANISMO E OS PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E EPISTÊMICOS DA AT. ..... 46
AS CONTRIBUIÇÕES DA ANALISE TRANSACIONAL NA BUSCA DA AUTONOMIA DE PACIENTES DELIRANTES ........ 47
COMO A ANÁLISE TRANSACIONAL PODE INTERVIR NO TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS EM UMA EMPRESA DE
TELEMARKETING ..................................................................................................................................................... 50
PARENTALIZAÇÃO E REPARENTALIZAÇÃO EM ESTADO AMPLIADO DE CONSCIÊNCIA ........................................... 55
OFICINAS ......................................................................................................................................................................... 64
COMO VOCÊ DIZ OLÁ? A INTENSIDADE DE VOZ COMO PARÂMETRO PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS
INTERNOS .................................................................................................................................................................... 65
LIDERANÇA PARA A CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SINGULARES ................................................................................. 69
COMPULSORES E SEUS IMPACTOS NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL. ................................................................ 73
AT ENÇÃO CRIANÇADA!!!! ........................................................................................................................................... 75
TRABALHANDO EM AT COM CRIANÇAS ...................................................................................................................... 75
PALESTRAS ...................................................................................................................................................................... 77
A SOMBRAS DENTRO DA ANÁLISE TRANSACIONAL .................................................................................................... 78
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8
NEUROCIÊNCIA E POTENCIAL HUMANO:.................................................................................................................... 79
CRIAÇÃO DE NOVAS REDE NEURAIS ATRAVÉS DA PSICOTERAPIA .............................................................................. 79
NEUROCIÊNCIA E POTENCIAL HUMANO:.................................................................................................................... 79
CRIAÇÃO DE NOVAS REDE NEURAIS ATRAVÉS DA PSICOTERAPIA .............................................................................. 79
CONQUISTANDO A SAUDE NAS ORGANIZAÇÕES: ...................................................................................................... 80
VALORIZANDO O SER HUMANO ................................................................................................................................. 80
CIUMES - O DESTEMPERO DO AMOR ......................................................................................................................... 83
MINI-CURSOS .................................................................................................................................................................. 88
PSICOPATOLOGIA: REFLEXÕES CONTEMPORANEAS .................................................................................................. 89
EDUCAÇÃO FINANCEIRA ............................................................................................................................................. 90
A CRIANÇA MÁGICA – UM MERGULHO AO CENTRO DO SER. .................................................................................... 94COMO HARMONIZAR EM UM CASAL A DIVERSIDADE DE SUAS EXPERIÊNCIAS ......................................................... 97
A SINGULARIDADE E DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................................ 103
MESAS REDONDAS ........................................................................................................................................................ 106
REFLEXÕES SOBRE O SELF CULTURAL ....................................................................................................................... 107
NOVOS PARADIGMAS PARA A SAUDE INTEGRAL ..................................................................................................... 111
ANÁLISE TRANSACIONAL E A VALORIZAÇÃO DO SER HUMANO – REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE POSIÇÃO
EXISTENCIAL .............................................................................................................................................................. 115
REFLEXÕES SOBRE A DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES ........................................................................................ 123
PERMISSÕES PARA O CRESCIMENTO DAS RELAÇÕES ............................................................................................... 132
INTIMIDADE POSITIVA, INTIMIDADE NEGATIVA ....................................................................................................... 134
ATUANDO NAS ORGANIZAÇÕES ............................................................................................................................... 142
COMO FAÇO FAZENDO ................................................................................................................................................. 144
A MATRIZ DO SCRIPT DE VIDA .................................................................................................................................. 145
AT E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL ............................................................................................................................ 147
CONTRATOS – FECHAMENTO DE VALVULAS DE ESCAPE .......................................................................................... 149
APLICAÇÕES DA AT NA SAUDE PUBLICA ................................................................................................................... 150
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APRESENTAÇÃO
XXIV Congresso Brasileiro de Análise Transacional (CONBRAT) – realizado em Uberlândia-MG, no período
de 22 a 24 de agosto de 2013.
Sinto-me muito grato e honrado em apresentar este volume dos anais do XXIV Congresso Brasileiro de
Análise Transacional, cujo tema “Valorizando a Singularidade e a Diversidade do Ser Humano”, abrangendo
os eixos temáticos nos aspectos clínicos, organizacionais, saúde e grupos, com isto, socializando os temasdo escopo deste evento.
O CONBRAT vem sendo realizado com regularidade, organizado pela União Nacional dos Analistas
transacionais (UNAT-Brasil) e alcançou importância fundamental tanto na comunidade dos analistas
transacionais do Brasil e do Exterior como também no ambiente acadêmico.
Este CONBRAT traz para o mundo acadêmico e profissional a discussão da “Singularidade e a Diversidade
do Ser Humano”. Trata-se de um tema importante nos tempos atuais, onde as redes sociais, comunicação
em massa, globalização, e até certo ponto desenfreada e sem critérios, nos convida a pensar o ser humano
dentro e fora de nossa atuação como profissionais e como sociedade.
Reconhecer, valorizar, respeitar e responder diferencialmente à diversidade do universo de nossos clientes
é algo que não devemos perder de vista. Creio que isto está em conformidade com o pensamento
berniano mais puro.
Nossa expectativa é a de que este CONBRAT possa tornar oportunas a apresentação e discussão de
questões essenciais da Análise Transacional e da ética voltada para o ser humano.
José Silveira Passos
Presidente da UNAT-Brasil 2011/2014.
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APRESENTAÇÃO COMISSÃO ORGANIZADORA
A organização de um Congresso é um processo longo. Inicialmente é escolhido o local, emseguida, convidam-se pessoas que a partir de discussões sobre a teoria e reflexões da atualidadeestabelecem um tema que norteará as discussões e reflexões do Congresso.
Em Uberlândia não foi diferente, várias contribuições da Comissão Organizadora definiram otema: "VALORIZANDO A SINGULARIDADE E A DIVERSIDADE DO SER HUMANO".
A singularidade do ser humano é sem dúvida a sua maior riqueza, e para valorizar e respeitar essa
singularidade somos convidados a exercitar várias virtudes, que nos conduzem a refletir sobre o nossomundo interior e a partir daí confrontá-lo com a realidade. Considerando a diversidade humana juntamente com sua singularidade, refletimos sobre a importância da Educação Emocional para se obtersucesso nas relações inter e intrapessoais. Buscamos então profissionais e estudiosos da AnáliseTransacional para que pudessem no espaço deste Congresso refletir e discutir esse tema nas várias áreasda vida contribuindo para a qualidade de vida de cada participante deste evento.
Com alegria compilamos os resumos dos trabalhos que serão apresentados em diferentes formatos, com ointuito de atender a todos os participantes.
Ede Lanir Ferreira Paiva
Coordenadora da Comissão Organizadora do XXIV CONBRAT
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PROGRAMAÇÃO DO EVENTO
XXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ANÁLISE TRANSACIONAL
“ Valorizando a Singularidade e a Diversidade do Ser Humano”
22, 23 e 24 de Agosto de 2013
Uberlândia /MG
PROGRAMAÇÃO
PRÉ-CONGRESSO
DIA 22/08/13 – QUINTA-FEIRA
08:00 – 08:30 CREDENCIAMENTO
08:30 – 12:3014:00 – 17:30
CURSOS PRÉ – CONGRESSO
Curso 1: “Educação Emocional – O impacto positivo nas relações” – Jane M. P.Costa e Tânia E. Alves
Curso 2: “Abordagem Transacional dos Transtornos Depressivos, da Ansiedade edo TDAH – da psicofarmacologia à psicoterapia” – Antonio Pedreira
Curso 3: “Análise Transacional e Espiritualidade - A multidimensionalidadedo potencial humano” – Alberto Jorge Close.
Curso 4: “Transações - Valorizando a Singularidade e a Diversidade das Relações” -Maria Regina Silva
Curso 5: “A diversidade, singularidade e potencial humano nasorganizações” - Rosa R. Krausz.
Curso 6: “ Princípios e Técnicas da Análise Transacional Relacional” (Internacional)- Helena Hargaden.
Curso 7: “Estimulando o potencial humano com a Neuroplasticidade”– FranciscoDi Biase.
Curso 8:“Introdução à Análise Transacional” – 101 – Flavia Testa Bernardi e MaryLuce Melazzo
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20:00
ABERTURA OFICIAL DO CONGRESSO
Boas vindas – Presidente Congresso e Presidente UNAT-BRASIL.
Entrega de Certificados.
Palestra Magna: “A sombra dentro da Análise Transacional” - Helena Hargaden.
Apresentação Cultural
22:00 COQUETEL DE ABERTURA
CONGRESSO
DIA 23/08/13 – SEXTA-FEIRA
08:00 – 08:30 CREDENCIAMENTO
08:30 – 10:00
PALESTRAS
PALESTRA: “Neurociência e Potencial Humano – Criação de novas redes neuraisatravés da Psicoterapia” - Francisco Di Biase.
PALESTRA: “Conquistando a Saúde nas Organizações – Valorizando o ser Humano” –
Constância Margarete Alves de Boni.
PALESTRA: “Ciúmes e o destempero do amor” – Antônio Pedreira
10:00 – 10:30 COFFEE BREAK
MINI-CURSO
10:30 – 12:30
MINI-CURSO: “Psicopatologia: Reflexões Contemporâneas” – Luiz Paiva Ferrari
MINI-CURSO: “Educação Financeira” – José Silveira Passos
MINI-CURSO: “A Criança Mágica – Um mergulho ao centro do ser” – AdrianaMontheiro e Vítor Merhy.
MINI-CURSO: “A Singularidade e a Diversidade nas Organizações” – Laucemir Silveira
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MINI-CURSO: “Como Harmonizar em um casal a diversidade de suas experiências” – Monica G Levi
12:30 – 14:00 INTERVALO ALMOÇO
14:00 – 16:00 CONTINUAÇÃO DOS MINI-CURSOS
16:00 – 16:00 COFFEE BREAK
16:30 – 16:45 MOBILIZAÇÃO ENERGÉTICA.
16:45 – 18:30
MESA REDONDA
MESA REDONDA: “Permissões para o crescimento das relações” - Francisco di Biase,Jane M. P. Costa e Antonio Pedreira
MESA REDONDA “Intimidade positiva e intimidade negativa: qual é a intimidade queBerne fala nas imagos secundariamente ajustadas” – Luiz Paiva Ferrari, José SilveiraPassos e Márcia B. Bertuol
MESA REDONDA “Atuando nas Organizações”- Rosa R. Krausz, Laucemir Silveira eAndrea Lindner
20:00 JANTAR POR ADESÃO
CONGRESSO
DIA 24/08/13 – SÁBADO
8:00 – 10:00 ASSEMBLÉIA E POSSE do Conselho Deliberativo Eleito e Resultado da Eleição doPresidente Eleito.
10:00 – 10:45 COFFEE BREAK / MOBILIZACAO DE ENERGIA
10:45 – 13:00MESA REDONDA: “Reflexões sobre o Self cultural” - Constância Margarete de Boni,Rosemary Napper e Helena Hargaden
10:45 – 13:00 COMO FAÇO... FAZENDO!
COMO FAÇO... FAZENDO! - “A Matriz do Script de Vida” - Marcia Beatriz Bertuol
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16:00 – 18:00
MESAS REDONDAS / PALESTRA
MESA REDONDA: “Novos paradigmas para Saúde Integral” - Clarissa Aires de
Oliveira, Luiz Paiva Ferrari, Regina Berard.
MESA REDONDA: “Análise Transacional e a valorização do ser humano: Reflexõessobre o conceito de Posição Existencial” – Miriam S. Cibreiros de Souza, AdrianaMontheiro e Katia V. R. Camargo Abreu.
MESA REDONDA: “Reflexões sobre a diversidade nas Organizações” – Alberto JorgeClose, Maria Regina Silva e Constância Margarete Alves de Boni.
PALESTRA : “Explorando a diversidade de papéis que você e seus clientes abraçam como
Seres Humanos." - Rosemary Napper
18:00 APRESENTAÇÃO CULTURAL
18:30 ENCERRAMENTO
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PRÉ CONGRESSO
CURSOS
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“EDUCAÇÃO EMOCIONAL – O impacto positivo nas relações”
TÂNIA E. ALVES
Tânia Alves – Médica Pediatra e Psicoterapeuta. Analista Transacional Clínica
Certificada, trabalhando com psicoterapia de adultos e adolescentes. Integrante
da Academia Brasileira de Educação Emocional e co-autora do livro – DAS
EMOÇÕES AOS SENTIMENTOS: CONSTRUINDO UM CAMINHO COM CORAÇÃO
JANE M. P. COSTA
Médica psicoterapeuta e Analista Transacional Didata Clínico, Mestre em Educação
e Especialista em Medicina Social, atuando na formação de Analistas Transacionais
e psicoterapia individual e grupal. Integrante da Academia Brasileira de Educação
Emocional. Co-autora do livro DAS EMOÇÕES AOS SENTIMENTOS: CONSTRUINDO
UM CAMINHO COM CORAÇÃO. Diretora do SÍNTESE: Análise Transacional – Porto
Alegre. Desenvolve pesquisas sobre Educação Emocional, Script de Vida e
Processos Criativos. Email: sí[email protected]
“EDUCAÇÃO EMOCIONAL – O impacto positivo nas relações”
Jane M. P. Costa e Tânia E. Alves
Resumo
Educação Emocional é um método criado e desenvolvido por Claude Steiner, psicólogo e analista
transacional.
Seu principal objetivo é promover a ampliação de consciência sobre as emoções e os sentimentos,
de forma a torná-los aliados poderosos para uma melhor interação entre as pessoas.
Hoje em dia, já é indiscutível que o quociente emocional é tão importante quanto o quociente de
inteligência, sendo a consciência emocional uma habilidade indispensável para que possamos lidar com
todas as alterações que ocorrem no corpo e na mente ao vivenciarmos uma emoção.
De acordo com António Damásio, qualquer emoção desencadeia ondas múltiplas de respostas
químicas e neurais que alteram o meio interior, o estado das vísceras e o estado dos músculos.
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Isto faz com que, ao percebermos um estímulo capaz de desencadear alguma emoção, passemos
a lidar com várias ocorrências físicas tais como sensação de aperto no peito, boca seca, frio ou calor, dor
no estômago, suor nas mãos, dependendo do tipo de emoção que o estímulo percebido desencadeou.
Na maioria das vezes, estes estímulos desencadeadores de emoções, chamados, por Damásio, de
Estímulos Emocionais Competentes, provêm das Transações que compõem a comunicação entre as
pessoas.
Portanto, estamos falando de nosso dia a dia, de situações e assuntos que estão frequentemente
presentes na vida das pessoas.
Claude Steiner se refere a estes eventos como comunicações emocionais e a Educação Emocional é
utilizada para podermos falar destas situações emocionalmente fortes de forma respeitosa e produtiva.
O método da Educação Emocional apresenta três premissas básicas, fundamentais para iniciar a
comunicação quando estivermos lidando com situações emocionalmente fortes. Estas premissas são Pedir
Permissão, Ser Sincero e Enfrentar o Pai Crítico.
Aparentemente fáceis de aplicar, estas regras básicas, quando usadas, ajudam as pessoas a
preparar um espaço adequado para falar o que sentem o que precisam e o que pensam sobre alguma
situação importante de suas vidas.
Através do aprendizado e treinamento nos três Estágios do método, a educação emocional vaiapresentando para as pessoas que estão aprendendo este novo paradigma, uma nova forma de falar
assuntos de amor, de mágoa, de responsabilidade e de perdão.
Embora tenha uma faceta poética, a aplicação deste método é, sobretudo, prática; daí a ideia de
treinamento.
Neste minicurso, além da apresentação da teoria necessária para a prática do método, as
facilitadoras também se propõem a dinamizar exercícios e vivências do treinamento com o objetivo de
capacitar para a prática pessoal e profissional.
Trabalhando com Educação Emocional desde 1999 através de Treinamentos em Educação
Emocional, formação de Grupos de Guerreiros Emocionais, mediações, seminários e palestras sobre o
tema, as facilitadoras pretendem também compartilhar com os interessados, suas observações e
avaliações sobre os resultados da aplicação deste método, colhidas neste amplo espaço de tempo.
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“ABORDAGEM TRANSACIONAL DOS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS,DA NA ANSIEDADE EDO TDAH – da psicofarmacologia à psicoterapia”
DR. ANTÔNIO PEDREIRA
Médico Psicoterapeuta e Educador. Fez dois anos de Pós-Graduação no New York
Hospital-Cornell University Medical Coleege. Atual Diretor de Ética da UNAT-BRASIL e
Presidente da UBAT (União Baiana de Analistas Transacionais). Membro Didata Clínico
da UNAT-BRASIL e da ALAT (Associação Latino-Americana de Análise Transacional).
Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da UFBA. Autor de vários livros sobre
Saúde Mental entre os quais: A HORA E A VEZ DA COMPETÊNCIA EMOCIONAL. (8ª EDIÇÃO). A GRAMÁTICADAS EMOÇÕES (3ª EDIÇÃO). ARITMÉTICA DAS EMOÇÕES (1ª EDIÇÃO). Palestrante em empresas e eventos
estaduais e interestaduais, e conferencista em Congressos Nacionais e Internacionais.Membro da
Associação Brasileira-BA de Psiquiatria. Distinguido com inclusão no “WHO IS WHO” (Quem é Quem) da
Universidade de New Providence dos EEUU, sendo um dos poucos da Medicina Baiana, destacado neste
famoso catálogo dos notáveis da Medicina Mundial.
Site: www.antoniopedreira.com E-mail: [email protected]
ABORDAGEM TRANSACIONAL DOS TRANSTORNOS DEPRESSIVOS, DA ANSIEDADE E DO TDA-H – DAPSICOFARMACOLOGIA À PSICOTERAPIA.
Resumo
Em virtude da enorme prevalência dos mencionados transtornos na prática clínica, buscamos atualizar os
participantes dos principais aspectos diagnósticos e do tratamento medicamentoso. Enfatizaremos as
possibilidades de utilização dos psicofármacos disponíveis na abordagem medicamentosa para os quadrosdepressivos, do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiper-atividade, Impulsividade (TDA-H), e dos seis
Transtornos de Ansiedade: Síndrome do Pânico, Fobias, Ansiedade social, Estresse pré e Pós traumático,
Ansiedade Generalizada e Obsessivo-compulsivo. Além de ilustrarmos com casos clínicos de uma
experiência de mais de 30 anos, utilizando preponderadamente AT como referencial teórico-prático na
abordagem psicoterápica em consultório particular, teremos espaço para questionamentos pertinentes
aos termos propostos.
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A apresentação do curso será expositiva, participativa e áudio-visual e mostrará o valor de A.T. na
resolução dos conflitos subjacentes a cada um destes transtornos. Outrossim, enfatizaremos uma
significativa experiência exitosa com AT nos resultados obtidos, com e sem remédios, bem como na
retirada dos psicofármacos, após a cura.
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“ANÁLISE TRANSACIONAL E ESPIRITUALIDADE – A MULTIDIMENSIONALIDADE DO
POTENCIAL HUMANO”
ALBERTO JORGE CLOSE
Educação Professional: Analista Transacional com titulo de Didata Especial
(TSTA-OD,ED) outorgado por El Board of Certification de ITAA em São
Francisco, CA/USA, ALAT- Asociación Latino Americana de Analisis
Transaccional y UNAT- União Nacional de Analistas Transnacionais de
Brasil.Engenheira Têxtil, Instituto Têxtil Argentino e pôs-grado executivo
Administração de Empresas EASP-FGV Brasil. Experiência Laboral: Como Acadêmico: Professor demercadologia aplicada do CICA-CENTRO INTERAMERICANO DE CIENCIAS ADMINISTRATIVAS (OEA/FGV);
Professor invitado de método no traumático de ajuste empresarial HIID-HARVARD INSTITUTE FOR
INTERNATIONAL DEVELOPMENT; Como educador empresarial profirió más de 1500 cursos y seminarios en
5 países; Cursos de formação e supervisão de Didatas e membros Certificados em AT nas áreas de
Organização y Educação; 33 trabalhos científicos presentados em congressos internacionais. Como
Executivo ocupo os seguintes cargos: ODEBRECHT- Vice-presidente executivo; J. Torquato Steel Services
Centers- Superintendente centro sul; Banco de Chile- Gerente Desenvolvimento Organizacional; BRIDAS-
Vice-presidente Desenvolvimento Corporativo; CEI- Citi Equity Investments Vice presidente Sinergias y
Nuevos Negocios; TELEFONICA-EMERGIA- Gerente General de Redes Nacionais. Como Consultor: Booz,
Allen & Hamilton, principal responsável da prática de Desenvolvimento Organizacional. Organização Aço
Minas, Corporação da Zulia, reorganização Usiminas, Bandepe, Banamex e outras 15 projetos em diversos
países; Toledo Close, Prado Trainer e Lang Brimberg e Close, sócio responsável consultoria, reorganização e
modificação de cultura, Banrisul, Bandepe, BDMG, ABBDE, e mais de 50 projetos menores; Atual
Presidente MANagement TECHnologies.
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ANÁLISE TRANSACIONAL E ESPIRITUALIDADE
A MULTIDIMENSIONALIDADE DO POTENCIAL HUMANO
Resumo
A multidimensionalidade do Ser Humano não é um conceito novo. Sócrates (469-399ac) dizia: “O
corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Dá-
se o mesmo com a alma. Se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que
tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que
uma parte dele passe bem.” (Colóquios de Sócrates com seus discípulos)
A Vida, o Bem Estar e a procura da Felicidade e a aspiração humana básica e nós como Analistas
Transacionais estamos dedicados a facilitar o logro de estas condições por parte de nossos clientes. Sejam
eles Organizacionais o Individuais; Empresariais, Públicos, Privados, Religiosos ou Educacionais, todos são
multidimensionais.
Neste programa identificamos as diferentes dimensões, suas interações, e como afeta a conduta.
Constatamos a força da integração da Analisis Transacional com conceitos Espirituais e Religiosos para
formular estratégias potentes de intervenção para conseguir os resultados contratados com nossos
clientes.Compreendendo que, em principio, existe uma resistência a aceitar ideias religiosas espirituais no
pensamento cientifico. Dificultando, assim, uma visão do homem integral e limitando a uma ou duas
dimensões o trabalho do Analista, afetando a eficácia do seu acionar.
Para atender todos os aspetos do ser Humano convém considerar a lógica expressada por Allan
Kardec: “A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo
material e as outras as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não
podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra
com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade
que se julgou existir entre essas duas ordens de ideias provém apenas de uma observação defeituosa e de
excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à
intolerância.” (Allan Kardec, Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. I, item 8)
Outra crença a questionar é a de que o Espírito é algo isotérico, místico e pertence ao mundo do
sobrenatural. Constatamos que na realidade a Alma, o Espirito Humano é uma parte integral do Ser e não
algo isotérico, místico ou sobrenatural. É um estado do Eu atuante e que podemos assimilar ao estado do
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Eu Adulto, que interatua com um estado Fisiológico-Animal (Criança Natural) e um Psicossocial (o Eu Pai
com a Criança Adaptada) para completar o aspecto multidimensional e produzir a conduta Humana.
Podemos resumir que o Ser humano é um conjunto interativo, interdependente e indivisível de Seres:
O Ser Fisiológico, que faz a nossa natureza Animal, Genética Evolutiva e Biológica ( Criança Natural).
O Ser Psicossocial que é fruto da interação do Ser Fisiológico-Animal com o Psicossocial, e que
define uma atuação social a partir de uma Personalidade construída. (Criança Adaptada e Pai)
O Ser Íntimo que é a Alma ou Espírito da nossa natureza humana e nos distingue dos outros
animais. (Adulto)
Na figura da pagina seguinte se vê o expressado:
Podemos resumir que o Ser humano é um conjunto interativo, interdependente e indivisível de Seres:
O Ser Biológico, que faz a nossa natureza Animal, Genética evolutiva e Biológica ( Criança
Natural).
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O Ser Psicossocial que é fruto da interação do Ser Biológico-Animal com o Social, e que
define uma atuação social a partir de uma Personalidade construída. (Criança Adaptada e
Pai)
O Ser Íntimo que é a Alma ou Espírito da nossa natureza humana e nos distingue dos outros
animais. (Adulto)
Cada um de estes Seres tem caraterísticas próprias que identificamos a seguir:
As do Ser Animal Fisiológico, Biológico/Genético;
As do Ser Psicossocial
As do Ser Intimo/Espírito Humano
Instintos o De Sobrevivência Individual
o De Sobrevivência da Espécie Necessidades: o Ar o Alimento o Regulação Térmica o Estimulação dos Sentidos o Sexo o Identidade
Inteligência, Governo o Memória Genética, Interpretação primáriao Intuição, inteligência primaria o Sistema Autonômico
Corpo: sistemas componentes Esquelético Reprodutor Digestivo Urinário Endócrino Imunológico Tegumentário Circulatório Respiratório Nervoso Muscular
Emoções: o Medo, Raiva, Tristeza
o Alegria, Libido/Prazer Instintos o De conservação Individual o De conservação da Espécie
Necessidades: o Integração e Proteção Social
(Identidade e hierarquia) o Aceitação, Reconhecimento o Bem Estar, Prazer o Estruturação do Tempo
Inteligência, Governo o Cérebro Voluntário Evoluído o Inteligência Superior o Reflexos e Condutas Condicionadas
Corpo, Mecanismos Aprendidos: o Gestos o Palavras o Tom de Voz o Postura o Expressões faciais o Atitudes
Emoções Aprendidas: o Ódio, Ironia, Ciúmes, Inveja,o Triunfo maligno, Ressentimento,o Rivalidade, Sadismo, Capricho o Depressão, Angustia, Confusão, o Inadequação, Fobia, Culpa,o Vergonha, Inutilidade, Não Querido,
Ansiedade
Capacidades: o Consciência
De Si Do bem e do mal
o Abstração cognoscitiva, o Livre Arbítrio
Necessidades: o Transcender, Superação
Individual o Desenvolvimento Intelectual eÉtico-Moral
o De Amar
Instinto:De Perpetuidade
Objetivo: Dar significado e proposito a sua Existência
Inteligência, Governo
o Cérebro Voluntário Evoluído
o Inteligência Superior
o Pensamento Racional Emoções-Sentimentos:
o Afeto-Amor
o Aflição
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O Modelo Funcional do Ser Humano, baseado nos princípios de Homeostase Psicológica, W. B. Cannon em
1932, que indica que toda conduta procura satisfazer uma necessidade, os de R Erskin (Racket Systems) e
AJ Close (Modelo Simplificado de Conduta), que integram o Condutismo com o Cognoscitivo. Isto nos dá
origem ao modelo de conduta interativa.
Estimulo percebido é
Interpretado pelo sistema de governo dominante, e esta interpretação gera uma,
Emoção, uma reação orgânica ao estimulo percebido que leva a definir em base a
uma,
Necessidade Latente, uma necessidade carente dominante uma,
Conduta, ação para atender a uma necessidade latente.
Retorno, reação à ação, que retroalimenta o modelo em função do grau de atenção
da necessidade carente.
Modelo Interativo Multidimensional - constatamos que os Seres Operam em simultâneo:
• O Ser Fisiológico- Animal independente da nossa vontade,
• O Psicossocial de maneira reativa automática e
•
O Espiritual em base à informação que tem no aqui e agora.
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Esta interação pode funcionar de maneira primitiva autonômica, em base ao predomínio do Ser Fisiológico,
em situações de Stress e desequilíbrio fisiológico. De maneira automática interpretando em base ao La e
Então, repetindo condutas aprendidas-condicionadas do Ser Psicossocial. Ou baseado na informação que
possui no Aqui e Agora, utilizando o Ser Espiritual.
O certo é que o uso do Livre Arbítrio (Espirito Humano) permitira administrar a personalidade, permitindo
a adequação da conduta.
A conduta e considerada Adequada quando atende à necessidade latente de maneira direta e ajustada em
intensidade, qualidade, tempo e espaço à realidade do Aqui e Agora.
Sabendo que o prazer é derivado da satisfação das necessidades fisiológicas, que o Bem Estar da atenção
das Psicossociais e a Felicidade se consegue na atenção das do Ser Espiritual. Constatamos que a atenção
de todas as necessidades é importante e que o uso do Livre Arbítrio é essencial para conseguir a
Homeostases Fisiológica (Saúde), Homeostases Psicológica (Autonomia) e Homeostases Espiritual
(intimidade). A responsabilidade pelo Bem Estar e Felicidade é do individuo.
Neste sentido existem princípios filosóficos espirituais, que dada a potencia que podem ter no imaginário
dos nossos, podem colaborar com nossa tarefa de Analistas, vejamos o seguinte pensamento espiritual
que poderia ser subscrito por Erick Bern:
“Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e aoutra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos, ver-
se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem
é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia se sempre obrasse com sabedoria e
prudência............. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação de nossas necessidades,
não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes
que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não
quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não
sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos
maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém
fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.......” ( Allan Kardec, O Evangelho Segundo o
Espiritismo, Cap. XXVII, item12)
Fatores a Integrar no Ser Humano
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Ser Fisiológico-Animal Ser Psicossocial Ser Íntimo-Espiritual
Existência Material Convívio Social Realização do Ser
Tranquilidade Auto Estima Fé em Si
Prazer Bem Estar Felicidade
Saúde Fisiológica Saúde Psicológica Saúde Espiritual
Concluímos Que A Homeostase Geral Depende Da Auto Estima e Da Fé em Si;
A Auto Estima se ajusta e equilibra com Educação, em todas as dimensões, Informação baseada em dados
atualizados da realidade que levam a,
Aceitação da nossa Humanidade e Espiritualidade.
Compreensão dos fenômenos e processos fisiológicos que levam ao equilíbrio, mesura e
condutas adequadas que atendem de maneira direta às nossas necessidades.
Educação Emocional, à pratica de emoções autenticas, que levam ao equilíbrio de
Neurotransmissores e do sistema Endócrino, que leva ao equilíbrio dos sistemas,
ObjetivoSobrevivência Individual e
da Espécie
De Conservação Individual,
De Conservação da Espécie.
Dar significado e Proposito
a sua Existência.
CapacidadesInstintos,Espontaneidade,
Governo Autonômico,Memória Genética
Inteligência, Valores Sociais,Adaptação, Identificação.
Consciência, AbstraçãoCognitiva, Livre Arbítrio
Necessidades
Ar,Alimento
Regulação Térmica
Estimulação dos SentidosSexoIdentidade.
Integração e Proteção SocialAceitação, Reconhecimento
Estruturação do Tempo
Progresso Social
TranscenderSuperação Individual
Desenvolvimento
IntelectualDesenvolver a Ética-Moral
EmoçõesAutenticas: Alegria, Libido/
Prazer, Medo, Raiva,Tristeza
Aprendidas:Ressentimentos, Depressão,Ciúmes, Ódio, Falsa Alegria,
etc.
Sentimento:Afeto-Amor
Aflição
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“TRANSAÇÕES – VALORIZANDO A SINGULARIDADE E A DIVERSIDADE DAS RELAÇÕES”
MARIA REGINA SILVA
Membro Fundador ICF Regional SP. É sócia e diretora da ATPraxis. Realiza trabalhos
na área de Executive Coaching e Consultoria desde 2006. Membro do Instituto
EcoSocial. Possui formação de Co-Active Coaching pelo Coaching Training Institute –
CTI - USA, Leadership Mentoring e Executive Coaching do Institute of Leadership
and Management – UK . Pós-graduada em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade
Brasileira de Dinâmica dos Grupos e em Análise Transacional e Competência Relacional. É graduada em
Análise de Sistemas e também em Psicologia pela PUCCAMP. É Membro Didata na Área Clínica e Membro
Didata em Formaçào na Área Organizacional da UNAT-BRASIL. É membro da International Coaching
Federation – ICF, da International Transactional Analisys Association- ITAA, do Institute of Leadership and
Management – ILM, foi presidente da União Nacional de Analistas Transacionais – UNAT-BRASIL, foi Vice-
presidente da Associação Brasileira para o Trabalho Biográfico com base na Antroposofia.
“TRANSAÇÕES – VALORIZANDO A SINGULARIDADE E A DIVERSIDADE DAS RELAÇÕES”. Regina Silva
Resumo
“Dizer “Olá” corretamente é ver a outra pessoa, ter consciência dela como um fenômeno, acontecer para o
outro e estar pronto para que o outro aconteça para você. Então, reconhecerá que este “Olá” em particular
não voltará jamais a acontecer. Poderá levar anos para aprender como se faz isso... Eric Berne
Eu acredito que se olharmos para as Transações com a mesma seriedade com que Berne falava delas
podemos traçar uma importante revolução não só na comunicação interpessoal mas na relações sociais
mais amplas.
Eu acredito em relações saudáveis, produtivas e mutuamente prazerosas.
Quero compartilhar com vocês uma abordagem de Transações que integra os conceitos da Análise
Transacional, assim como facilita a percepção dos padrões de comunicação que cada um repete no seu dia-
a-dia.
Eric Berne, diz que a autonomia é resultado da consciência e apenas a autonomia pode levar a relações de
intimidade. Eu prefiro dizer: a relações saudáveis ou ao compartilhar. Duas pessoas que compartilham
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precisam estar no Circuito OK , confiando uma na outra, contribuindo de forma espontânea, se arriscando a
co-criar.
Tudo começa com a necessidade humana de contato social. Esta é a nossa fome biológica de contato com
outro ser humano e de promover alguma estrutura e previsibilidade em nossa vida.
A partir dessa necessidade desenvolvemos Estados de Ego que são a nossa forma de existir no mundo.
Como estrutura os Estados de Ego são órgãos nos quais arquivamos experiências e entendemos o mundo.
Como função nossos Estados de Ego são a forma como atuamos no mundo.
Uma pessoa livre de Script atua no “aqui-e-agora”. Quando estamos atados ao Script não conseguimos
perceber o impacto das influências arcaicas arquivadas na nossa estrutura psíquica (Exteropsique,
Neopsique e Arqueopsique).
Veja o gráfico abaixo.
No meio dele temos diferentes modos de usarmos nossos Estados de Ego para seguir adiante com o Script ,
para que alcancemos a satisfação das nossas necessidades. Nos envolvemos em Transações ou interações
com outras pessoas. Cada transação também representa uma Carícia. Conseguir Carícias é vital para a
satisfação de nossas necessidades. Estruturamos nosso tempo em função da quantidade de Carícias que
precisamos obter nos encontros com outras pessoas.
Infelizmente, temos algumas armadilhas dentro de nossos Estados de Ego. Podem haver contaminações, oque significa que não separamos de forma adequada o passado do presente.
Exclusões que são o resultam numa falha em usar um determinado Estado de Ego quando seria apropriado
usá-lo. Estes dois fenômenos são resultado de Desqualificação de algum aspecto da realidade, de mim
mesmo ou dos outros. Nesse caso, damos uma olhada nas possibilidades para satisfazer nossas
necessidades de uma forma saudável e sentimos que devemos optar por uma forma de interação familiar,
mesmo que essa forma tenha falhado no passado.
Há três formas de analisarmos o insucesso dos comportamentos que usamos. Todos eles levam a um
reforço da Posição Existencial. Os Disfarces ou Rackets são sequências mentais curtas que levam a um
padrão familiar de sentimentos, pensamentos negativos e que acabam por nos levar a nos sentirmos mal
novamente. Podemos fazer isso sem qualquer contato com outra pessoa. Os jogos fazem o mesmo, só que
envolvem sempre pelo menos mais uma pessoa e no final nos sentimos pior ainda. Compulsores são
tentativas de evitar os maus sentimentos agindo da forma como esperamos que as pessoas nos
reconheçam de forma positiva. Nós desqualificamos a evidências de que isso não funcionou antes.
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A boa notícia é que a maioria de nós passa um bom tempo funcionando no Circuito OK, nos comunicando
de forma adequada e produtiva com as outras pessoas, suprindo nossas necessidades e tendo sucesso.
O Script afeta essas pessoas apenas uma parte do tempo.
O objetivo é que a consciência desses padrões nos levem a identificá-los e abandoná-los o mais rápido
possível, para que possamos concentrar nossa energia para alcançar nosso potencial máximo.
Autonomia Script
Contrascript
Eu OK/Você OK Posições Existenciais NOK
Jogos Disfarces Compulsores
Carícias Positivas Carícias Negativas Desqualificação
Transações
Função dos Estados de Ego Diálogo Interno PC, PP, A, CL,CA Negativo
Estrutura dos Estados de Ego Contaminação Exteropsique, Neopsique, Arqueopsique Exclusão
Necessidade de contato
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“A DIVERSIDADE, SINGULARIDADE E POTENCIAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES”
ROSA R. KRAUSZ
Socióloga, Mestre em Ciências Sociais e Doutora em Saúde Pública pela
USP. Membro Didata Organizacional e Educacional da ITAA; Membro Didata
Organizacional e Educacional da UNAT-BRASIL; Full Member da Worldwide
Association of Business Coaches Conduz, juntamente com suas orientandas,
cursos de Formação de Analistas Transacionais Certificados Organizacionais.
Fundadora da ABRACEM e sua atual Presidente, conduz cursos de Formação
de Coaches Executivos e Empresariais em várias cidades brasileiras. Recebeu o Prêmio Eric Berne 2012,
outorgado anualmente pela International Transactional Analysis Association – ITAA, por sua contribuição
ao desenvolvimento da Análise Transacional aplicada às organizações. Autora de inúmeros artigos
publicados no Brasil, USA, França, Itália, Holanda e Alemanha, bem como de livros, entre os quais
Trabalhabilidade. Conferencista convidada e apresentadora em Congressos nacionais e internacionais,
criadora e editora da REBAT entre 1988 e 2010.
DIVERSIDADE, SINGULARIDADE E POTENCIAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES NOS PRÓXIMOS ANOS.
Rosa R. Krausz
O mundo contemporâneo caracteriza-se pela Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade (VICA)
Os próximos ocupantes de posições de liderança enfrentarão cada vez mais desafios imprevisíveis para os
quais não estão preparados, pois nossos sistemas formais de aprendizagem se propõem a formar
profissionais para o futuro com metodologias e posturas do passado. Não bastam mais as chamadas
competências “hard”, transitórias e sujeitas ao obsoletismo planejado. No futuro, que começa hoje, acapacidade de aprender e auto desenvolver-se, também denominada como competência permanente,
assume um papel central no cenário empresarial.
Qual a contribuição que a Análise Transacional Aplicada às Organizações poderá oferecer para incentivar,
apoiar e viabilizar estas transformações?
Estas serão algumas das questões a serem abordadas no nosso Pré-Congresso.
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“UMA INTRODUÇÃO À AT RELACIONAL: PRINCÍPIOS E MÉTODOS”
Helena Hargaden – Atua como Psicoterapeuta e Supervisora em Londres, Inglaterra.
Realiza seminários de Análise Transacional Relacional em Kent. É diplomada emCounselling, mestre em Psicoterapia com Análise Transacional, Doutora emPsicoterapia Relacional e é Supervisora e Treinadora em Análise Transacional. Possuiexperiência de 25 anos com questões de relacionamentos, autora de artigoscientíficos e livros na área de Relacionamento Humano. Especialista em trabalharcom pessoas que querem melhorar a qualidade de seus relacionamentos.
“UMA INTRODUÇÃO À AT RELACIONAL: PRINCÍPIOS E MÉTODOS”
Resumo
Neste workshop eu introduzirei os princípios da Análise Transacional Relacional e mostrarei como
trabalhar com transferência e contra transferência em um relacionamento terapêutico baseado nos três
domínios de transferência do livro "Análise Transacional: Uma Perspectiva Relacional" publicado pela
Routledge, Reino Unido, 2002. Eu também oferecerei alguma supervisão para ligar teoria e prática.
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“ESTIMULANDO O POTENCIAL HUMANO COM A NEUROPLASTICIDADE”
FRANCISCO DI BIASE
Grand PhD; Chefe do Serviço de Neurologia-Neurocirurgia, Santa Casa, e doDepartamento de EEG e Mapeamento Cerebral Computadorizado, Clínica Di Biase,Rio de Janeiro, Brasil. Professor de Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal,Centro Universitário Geraldo Di Biase- UGB, Volta Redonda, Rio. Full Professor,World Information Distributed University-WIDU, Bruxelas, Bélgica. ProfessorHonorário Albert Schweitzer International University, Suíça
“ESTIMULANDO O POTENCIAL HUMANO COM A NEUROPLASTICIDADE”
Resumo
Neste workshop trabalharemos com práticas holísticas de meditação e visualização estimuladoras daneuroplasticidade, da criatividade e da excelência pessoal e profissional.
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INTRODUÇÃO À ANÁLISE TRANSACIONAL
FLÁVIA TESTA BERNARDI
Psicóloga formada pela UFU.
Aperfeiçoamento em Orientação Profissional - USP.
Analista Transacional pela UNAT - Brasil.
Psicóloga Clínica.
MARY LUCE MARIANO DE SOUZA MELAZZO
Psicóloga formada pela Universidade Federal de Uberlândia. Membrocertificado Clínica e Membro Didata em Formação pela UNAT-BRASIL.
Especialista em Análise Transacional. Orientadora Profissional e de Carreira.
INTRODUÇÃO À ANÁLISE TRANSACIONAL
Resumo
Neste curso abordaremos alguns conceitos básicos de Análise Transacional e o histórico da AT e de Eric
Berne seu criador. A Análise Estrutural e Funcional de Personalidade, Estruturação Social do Tempo com
ênfase nos Jogos Psicológicos.
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CONGRESSO
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ARTIGOS CIENTÍFICOS,
CASES E SEMINÁRIOS
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AUTO-REPARENTALIZAÇÃO UMA NOVA FORMA DE PENSAR NOSSOS PAIS
MARIA DA CONCEIÇÃO GIANOGLOU FONSECAGraduação em Psicologia (Universidade Federal de Uberlândia), Especialização Em
Análise Transacional Faculdade JK de Tecnologia, Psicóloga Clinica Autônoma, seis
anos de experiência em Saúde Pública. Palestrante e Focalizadora de Danças
Circulares Sagradas. Estudos em Psicologia Junguiana e Mitologia.
AUTO-REPARENTALIZAÇÃO: UMA NOVA FORMA DE PENSAR NOSSOS PAIS
Resumo
A partir de uma reflexão sobre a poesia “Hoje eu encontrei meu pai”, de David Calderoni, este artigo trata
do processo de autoreparentalização do indivíduo, no qual o Estado de Ego Pai será reestruturado. Como
orientação, foram utilizados os conceitos da Análise Transacional de Eric Berne e também de estudos de
Muriel James, os quais tratam da relação entre a figura do pai real, do pai internalizado e as ações do filho
para reformulá-lo. No fim de todo o processo, surgirá a figura de um novo pai, que conservará as
características originais escolhidas pelo indivíduo, às quais serão somadas às novas resultantes desse
trabalho.
Palavras Chave: Análise Transacional, Auto-Reparentalização, Estado do Ego Pai
REFERÊNCIAS:
BERNE, Eric. Análise Transacional em Psicoterapia. 2ª Ed. São Paulo: Summus,1985.BERNE, Eric. O Que Você Diz Depois De Dizer Olá? São Paulo: Nobel, 2007.
FREIRE, Roberto. Viva Eu, Viva Tu, Viva O Rabo Do Tatu. 2ª Ed. São Paulo: Símbolo, 1977.
FREUD, Sigmund. Obras Completas. Livro 28. Ed. Brasileira. Rio de janeiro: Imago, 1969.
JAMES, Muriel. Autoreparentalização Teoria e Processo. TAJ, V1, 1983. Publicado em: Prêmios de Eric
Berne, UNAT-BRASIL, 2005.
JAMES, Muriel. Nunca É Tarde Para Ser Feliz: A Psicologia Da Auto-Reparentalização. 1ª Ed. São Paulo:
Nobel, 1987.
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SCHIFF, Jacqui. Leitura do Cathexic. Reparentalização, 1975.
STEINER, Claude. Os Papeis Que Vivemos Na Vida. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Artenova, 1976.
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UMA EXPERIÊNCIA DE PSICOTERAPIA DE GRUPO DENTRO DA ESTRATÉGIA
ROY ABRAHAMIAN
Médico com especialização em Pediatria pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo e pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Especialização
em Medicina de Família e Comunidade pela Sociedade Brasileira de Medicina de
Família e Comunidade; Membro Didata em Formação na área Clínica-UNAT-Brasil
UMA EXPERIÊNCIA DE PSICOTERAPIA DE GRUPO DENTRO DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
R e s u m o
Este trabalho avaliou um Grupo de Saúde Mental desenvolvido na Estratégia Saúde da Família, baseado na
análise transacional associada à terapia cognitivo-comportamental, descrevendo o impacto desta
intervenção na melhoria da qualidade de vida da população atendida. Na Unidade Básica de Saúde Cruz
das Almas, da Prefeitura de São Paulo, desde janeiro de 2007, realiza-se um grupo de Saúde Mental, com
a frequência de uma vez por semana, com duração de uma hora. Neste grupo, os participantes discutem
temas de seus interesses e aprendem técnicas de psicoterapia para lidarem com eventos do cotidiano e
manejarem suas emoções e comportamentos de forma construtiva. O grupo é aberto aos interessados em
participar das sessões de terapia, constituindo-se, em sua maioria, de pacientes acompanhados pelas
equipes do Programa Saúde da Família e encaminhados ao Grupo de Saúde Mental.
Ao ingressarem ao grupo, os pacientes preenchem o questionário sobre a saúde do(a) paciente, versão
brasileira, conhecida pela sigla PHQ-9. Após frequentarem o grupo por, no mínimo, 12 sessões, os
participantes preenchem um questionário de autoavaliação, informando sobre sua sensação de melhora
em relação à sua saúde, melhora na autoestima e nos relacionamentos pessoais, e a visão mais positiva da
vida e das outras pessoas. Dos participantes avaliados, 40 preencheram o questionário PHQ-9. Destes,
nove (22,5%) tiveram pontuação de zero a quatro (sem depressão); seis (15%) tiveram pontuação de cinco
a nove (depressão leve); dez (25%) tiveram pontuação de 10 a 14 (depressão moderada); sete (17,5%)
tiveram pontuação de 15 a 19 (depressão moderada a grave); e oito (20%) tiveram pontuação de 20 ou
mais (depressão grave). Dos 65 pacientes que responderam ao questionário de autoavaliação após pelo
menos 12 sessões de terapia, 51 (78%) relataram visão mais positiva da vida e dos outros com a terapia; 44
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(67%) referiram melhora da autoestima; 52 (80%), melhora nos relacionamentos e 53 (81%), melhora em
relação à saúde. A melhora relatada pelos pacientes nas diversas áreas de suas vidas aponta para a
importância desse tipo de abordagem dentro da Estratégia Saúde da Família, e para o impacto positivo da
Psicoterapia baseada na Análise Transacional associada a técnicas cognitivo-comportamentais no
tratamento de pacientes com transtornos mentais na Atenção Primária à Saúde.
Palavras chave: Estratégia da Família, Psicoterapia de Grupo, Análise Transacional, Saúde Mental, Terapia
Cognitiva
Referências:
Andrade LHSG, Wang YP. Epidemiologia dos transtornos psiquiátricos.
In: Alvarenga PG, Andrade AG. Fundamentos em Psiquiatria. 1ª ed. Barueri: Manole; 2008. p. 68. Mari
J de J, Jorge MR. Epidemiologia dos Transtornos Mentais. In: Mari J de J,
Razzouk D, Peres MFT, Del Porto JA. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Escola Paulista
de Medicina da Universidade Federal de São Paulo – Psiquiatria. 1. ed. Barueri: Manole; 2005. p. 1-2.
Cordioli AV, Manfro GG. Transtornos de Ansiedade. In: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani E. Medicina
ambulatorial: condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2004. p.
864.
Fleck MP de A. Depressão. In: Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ.
Medicina ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3 ed. Porto Alegre:
Artmed; 2004. p. 874.
Berne E. Análise Transacional em Psicoterapia. 2ª ed. São Paulo: Summus Editorial; 1985. 243 p.
Berne E. O que você diz depois de dizer Olá? 1ª ed. São Paulo: Nobel; 1988. 357 p.
White JR, Freeman AS. Terapia cognitivo-comportamental em grupo para Populações e Problemas
Específcos. 1ª ed. São Paulo: Roca; 2003. 460 p.
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A DESQUALIFICAÇÃO DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS INFRACIONAIS: PENSANDO
NO PROBLEMA, ENCONTRANDO OPÇÕES.
FABIANA OLIVEIRA BARCELOS
Fabiana Oliveira Barcelos, Graduada em Psicologia pela UFU - Universidade Federal de
Uberlândia; Especialista na abordagem Cognitiva-Comportamental. Monografia –
“Desmistificando a criança e o adolescente autor de atos infracionais”. Universidade
Federal de Uberlândia – MG Conclusão em abril de 2010. Especialista na abordagem
Análise Transacional. Artigo - “A Desqualificação dos adolescentes autores de atos infracionais: pensando
no problema, encontrando opções.” UNAT – União Nacional dos Analistas Transacionais/ Faculdade JK de
Tecnologia Conclusão em abril de 2013.
A DESQUALIFICAÇÃO DOS ADOLESCENTES AUTORES DE ATOS INFRACIONAIS: PENSANDO NOPROBLEMA, ENCONTRANDO OPÇÕES
Resumo
O presente trabalho visa discutir a relação entre o conceito de Desqualificação e o comportamento de
adolescentes autores de atos infracionais, exemplificados por meio de condutas e verbalizaçõesobservadas durante o trabalho da autora com esse público. Dessa forma, uma proposta de tratamento
embasada no conhecimento teórico é adaptada a partir da realidade dos adolescentes em conflito com a
lei, buscando atuar de forma assertiva e respeitosa, com a finalidade de propiciar o desenvolvimento da
autonomia desses jovens, na medida em que percebem a possibilidade de agir de forma saudável para si
mesmo e no convívio social.
PALAVRAS-CHAVE: Infração; Desqualificação; Tratamento.
INTRODUÇÃO
A autora iniciou o trabalho com adolescentes infratores no ano de 2009, em um Centro
Socieducativo no município de Uberlândia - MG. Inicialmente, foram ministradas aulas de Filosofia e
Sociologia a alguns adolescentes, despertando interesse pelo trabalho. Após essa experiência, a autora
trabalhou com o mesmo público, porém, com jovens que cumpriram a medida socieducativa, ou seja,
quando são desligados do Centro Socieducativo e retornam à sociedade. Durante sua atuação, ouvindo
relatos dos jovens, percebeu forte relação entre a percepção dos adolescentes sobre seus atos infracionais
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e o conceito de Desqualificação proposto por Mellor e Schiff (1975). Dessa forma, o texto discorre sobre
essa relação e propõe uma forma de tratamento embasada teoricamente.
O PROCESSO DE DESQUALIFICAÇÃO
No presente trabalho, o foco será no estudo a partir da Desqualificação em relação a si mesmo
(Self) dos adolescentes autores de atos infracionais, dentro dos três tipos e quatro modos existentes na
teoria, como exemplificados abaixo:
Desqualificação da existência do estímulo: O adolescente não percebe os prejuízos causados a si mesmo
quando envolvido na criminalidade, qualificando apenas os possíveis ganhos que o crime pode oferecer,
como ganhos financeiros, status e poder. Em muitos casos, os jovens convivem em uma família onde o
crime é considerado normal.
Desqualificar a existência do problema: Um exemplo é o fato de um adolescente ser ameaçado de morte e
não se proteger, desconhecendo que sua conduta pode levá-lo à perder sua própria vida.
Desqualificação da existência de opções: Ocorre em muitos casos em que o adolescente acredita que não
consegue se desvencilhar da criminalidade, não percebendo outras opções para conseguir seus objetivos.
Desqualificação do significado do estímulo: Ocorre em casos em que o jovem utiliza do dinheiro recebido
em atos infracionais com a finalidade de consumo para atender seus desejos.
Desqualificação da importância do problema: O adolescente envolvido na criminalidade desqualifica queseus atos sejam um problema, desenvolvendo a crença de que nada irá acontecer a ele, como a apreensão
e sua própria morte.
Desqualificação da relevância das opções: O adolescente, nesse caso, não reconhece a importância de
outras opções para conseguir seus objetivos – como exemplo, conseguir um trabalho - justificando que o
crime é muito mais rentável que um emprego.
Desqualificação da mudança do estímulo: O jovem não busca investir em si mesmo - estudar, realizar
cursos, ter experiências profissionais em alguma área – reduzindo as possibilidades de crescimento
profissional e por isso justifica seus atos afirmando a escassez de oportunidades.
Desqualificação da possibilidade de resolver o problema: Historicamente, em alguns casos, os familiares
são envolvidos na criminalidade. Dessa forma, não possuem permissão para pautar sua vida na legalidade
e por isso acreditam que o problema é insolúvel.
Desqualificação da viabilidade das opções: Em muitos casos, o adolescente verbaliza que devido aos
inimigos que possuem dentro da criminalidade não podem sair do crime, pois temem a própria morte.
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Desqualificação da habilidade pessoal de reagir diferentemente ao estímulo: a desqualificação ocorre
nesse caso quando diante de uma necessidade, o jovem comete um ato infracional, sem pensar em opções
como buscar um trabalho.
Habilidade pessoal de resolver problemas: O jovem envolvido na criminalidade, muitas vezes, usa da
intimidação, sendo agressivo para conseguir o que deseja, dessa forma, é temido pelos outros e não
respeitado.
Habilidade pessoal de agir nas opções: O adolescente não acredita em outras opções para sua vida fora da
criminalidade, verbalizando que não consegue viver de outra forma.
Visto os três tipos e os quatro modos referentes à Desqualificação descrita por Mellor e Schiff
(1975) vinculados aos comportamentos do público estudado, propõe-se uma forma de tratamento acerca
desse processo.
PROPOSTA DE TRATAMENTO
Considerando a proximidade da autora com os adolescentes autores de atos infracionais e o
conhecimento da teoria da Desqualificação, elucidado por Mellor e Schiff (1975), foi pensado em uma
proposta de tratamento para atuar com os adolescentes em conflito com a lei no sentido de auxiliá-los a
perceber que existem outras opções para conseguir seus objetivos de forma ética e saudável. Sendo assim,
a proposta segue abaixo:Inicialmente, na primeira fase - T1 - pode-se trabalhar com o jovem na conscientização da
ilegalidade de seus atos - conscientização interna - e os prejuízos causados a si mesmo, como
acautelamento, abandono, rejeição, discriminação, morte – conscientização externa – com a finalidade de
auxiliá-lo a perceber que seus atos são ilegais e causam prejuízos à sua vida. A próxima fase - T2 - após
reconhecer a importância dos prejuízos de sua conduta, o jovem é incitado a conscientizar-se dos
problemas originados de não reconhecer as consequências dos seus atos, o que o possibilita a inserir-se na
próxima fase – T3 - propiciando a consciência da possibilidade da mudança de comportamento,
percebendo a importância do problema anteriormente definido, além de poder vislumbrar a existência de
outras opções de comportamentos mais saudáveis para sua vida. Na fase T4, o foco do tratamento consiste
na consciência da habilidade pessoal em reagir de forma diferente, verificando a importância de novas
opções de comportamentos, aceitando a possibilidade de resolver o problema, ou seja, não reincidir na
criminalidade. Na próxima fase - T5 - o jovem pode se perceber habilidoso na resolução do problema -
cometer atos infracionais - diante da percepção e seleção das opções mais adequadas para seu caso. Por
fim, na última fase do tratamento - T6 - é trabalhado com o jovem sua autonomia diante das adversidades
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da vida e da escolha do não envolvimento com a criminalidade, visto a conscientização dos prejuízos
causados a si, propiciando a escolha de outras opções mais saudáveis e adequadas para conseguir o que se
deseja.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A vinculação entre o comportamento dos adolescentes autores de atos infracionais e a teoria da
Desqualificação elucidadas no presente trabalho tornou-se possível à luz de exemplos retirados da
experiência profissional da autora. Além disso, a transposição da proposta de tratamento apresentada na
teoria para a realidade desses adolescentes surge como uma opção possível de ser utilizada para trabalhar
com esse público de forma assertiva e respeitosa, com a possibilidade de ser um instrumento na busca de
um novo caminho que a ser percorrido por esses jovens que muitas vezes acreditam em um destino
traçado. Dessa forma, esse instrumento também permite possibilitar maior segurança para a população,
na medida em que os jovens podem escolher pautar a vida na legalidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BERNE, E. Princípios da Análise Transacional. In: ________. O que você diz depois de dizer Olá? : a
psicologia do destino. Nobel, São Paulo. 1988. p.25-37.
BERNE. E. Inventário de Verificação do Script. In: ______ O que você diz depois de dizer Olá?: a psicologia
do destino. Nobel. São Paulo. 1988. p. 332-349
BARCELOS, F.O. Desmistificando a criança e o adolescente autor de atos infracionais. Monografia
(Especialização) – Curso de Pós Graduação Terapia Cognitiva e Comportamental. Universidade Federal de
Uberlândia - Uberlândia, 40 p. 2010.
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro:
Imprensa Oficial, 2002.
MELLOR, K; SCHIFF, E. Desqualificação. Prêmios Eric Berne, Porto Alegre, v.5, p. 130-139, 1975.
SCHIFF, A.W; SCHIFF, J.L. Passividade. Prêmios Eric Berne, Porto Alegre, v.1, p.29-40, 1972.
REZENDE, J.H. O adolescente autor de ato infracional e a responsabilização. In: MACIEL E.R; VIDIGAL, M.F.
(Org) – Espaço Sob Medida. Belo Horizonte: Logus, 2010, p.45-57.
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COMO A ANÁLISE TRANSACIONAL PODE INTERVIR NO TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS
EM UMA EMPRESA DE TELEMARKETING
MOANA PAULINA GARCIA
Curso com professor Marco A. Oliveira, consultor e diretor da OBI Consultores & Editores
Ltda e da Casa do Gestor, em São Paulo, a fim de se especializar em Analise Transacional no
meio organizacional. Ano 2012. Especialização em Análise Transacional – uma abordagem
na psicologia. Ano 2009 a 2011. Graduação em Administração especialização em Finanças –
Ano 2002 a 2006.
COMO A ANÁLISE TRANSACIONAL PODE INTERVIR NO TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS EM UMA
EMPRESA DE TELEMARKETING
Resumo
O trabalho de telemarketing demanda pessoas com características profissionais específicas que tenham
aptidão para essa atividade e que se sintam bem em trabalhar no espaço restrito. Considerando a grande
importância atribuída a essa atividade para o faturamento da empresa, surge a necessidade de
treinamento desse profissional. Nesse sentido, em uma empresa da cidade de Uberlândia, tem sido
aplicado um treinamento em telemarketing, planejado com as contribuições da teoria da Análise
Transacional e orientado pela filosofia de “Resolver primeiro e analisar depois”. Assim sendo, pretendo
falar no congresso sobre meu artigo: “Como a análise transacional pode intervir no treinamento de
funcionários em uma empresa de telemarketing”. O mesmo tem como objetivo relatar uma experiência e
analisar como três conceitos da Análise Transacional – Estados de Ego, Carícias e Emoções – contribuíram
para que os funcionários de telemarketing de um Call Center obtivessem resultados acima do esperado e,consequentemente, para que a empresa alcançasse o faturamento financeiro desejado. Os resultados
apontam e sugerem um delineamento experimental para testar a eficácia da intervenção na empresa e
mostram oportunidades para o uso de outros conceitos da Análise Transacional que podem ser úteis.
Palavras-Chave: Telemarketing. Treinamento. Análise Transacional.
INTERVENÇÃO
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A intervenção proposta ocorreu em uma empresa de Call Center de Uberlândia onde a autora desse
trabalho é treinadora dos operadores de telemarketing. Considerando o cenário desse campo de trabalho
na cidade e observando o esforço para alcançar as metas de qualidade e assiduidade da empresa e,
consequentemente, seus objetivos financeiros, a intervenção surgiu com a compreensão de que a filosofia
da Análise Transacional de curar primeiro e analisar depois poderia também ser aplicada ao contexto
organizacional. “Resolva primeiro, analise depois” foi a adaptação que guiou essa intervenção. Como
veremos mais adiante, os resultados apontam na direção de uma melhora importante, tanto na qualidade
do serviço dos operadores quanto em sua assiduidade. Seguimos, então, para o próximo passo: analisar
teoricamente possibilidades de como isso ocorreu. Vamos descrever primeiro o perfil dos funcionários, os
instrumentos utilizados, o modo como a intervenção ocorreu e, por fim, apresentaremos e analisaremos os
resultados.
O perfil das pessoas que entram para fazer treinamento na empresa de telemarketing era
correspondente às classes sociais C e D. Dentre os treinandos, donas de casa que estavam fora do mercado
de trabalho por muitos anos, jovens com conclusão recente do Ensino Médio que precisavam pagar
faculdade, bem como pessoas que precisavam de uma recolocação no mercado.
Utilizamos como instrumentos para lidar com as cinco emoções autênticas acima citadas, músicas,
vídeos de profissionais com sucesso no mercado, cenas de filme que demonstram perseverança, dinâmicasde aprendizado para fixar os exercícios e material pedagógico para desenvolver trabalho em equipe.
Identificamos que, para atingirmos os índices esperados de qualidade e assiduidade, seria
necessário que os Estados de Ego dos treinandos funcionassem no circuito positivo, pois só assim ocorreria
uma melhora no desempenho profissional e cumprimento dos índices. Para integrarmos o sistema
personalidade aos seus subsistemas, os Estados de Egos fazem-se necessários limites definidos, porém,
com suficiente flexibilidade para permitir a circulação fluente da energia psíquica necessária para o
acionamento de qualquer um dos órgãos dos Estados de Ego. Nesse sentido, a intervenção dos treinadores
utilizando os conceitos da Análise Transacional acontece quando os responsáveis trabalham para que
ocorra a integração dos subsistemas, Estados de Ego, uns com outros.
Para trabalharmos o nível de energia no Estado de Ego Pai, ensinávamos aos treinandos as normas,
regras e valores da empresa onde ocorreu a intervenção. Por exemplo, ensinávamos que a falta deveria ser
justificável de acordo com as leis trabalhistas e que a falta não justificada representaria trabalho a mais
para os colegas deles, bem como perda financeira para empresa. Explicávamos que, de acordo com o
contrato assinado por eles, tinham direito às pausas no trabalho, mas não poderia haver atraso, pois
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seriam avaliados; orientávamos, também, sobre a importância de estudar todos os dias em casa e para que
fossem sinceros quanto ao seu processo de aprendizado. Na sala de treinamento, falávamos sobre postura
profissional em acordo com a empresa, o que seria prestação de serviços, e também sobre onde, como e o
que dizer para o cliente em relação ao conteúdo operacional; destrinchávamos todos os itens da planilha
de qualidade, de forma que eles soubessem como conversar formalmente com o cliente e lidar com as
objeções. Percebemos que, à medida em que eram instruídos, os treinandos repetiam a fala do treinador,
os gestos, o olhar e as regras que tinham aprendido.
Desenvolvemos um método para ensinar de modo criativo e por meio de repetição. Fizemos isso
mapeando um atendente que só tirava 117% em sua monitoria de qualidade, observando como ele se
comunicava e analisava as contas dos clientes. Logo, transcrevemos todas as suas falas e criamos o script
efetivo da ligação, que continha todo o contorno de objeções e saída para cada situação. Apresentamos
esse modelo para os treinandos e recorríamos a ele sempre que preciso.
Trabalhávamos com os itens que têm sido relatados como desagradáveis pelos clientes, tais como
as expressões no gerúndio. Percebíamos que, com as instruções repassadas durante o treinamento, os
treinandos modificavam a forma de falar – de “vou estar transferido a ligação” para “vou transferir a
ligação”.
Após o término do treinamento, oferecíamos feedback por meio da escuta efetiva da ligação. Osfuncionários escutavam suas ligações, ressaltávamos tudo que eles tinham apreendido durante o mês em
treinamento, através de um “aulão” que acontecia uma semana após o treinamento.
Utilizamos o conceito de Catexia e a hipótese de sua constância, entendendo que a maior
catexização de um Estado do Ego necessariamente leva à diminuição da energia do outro estado de Ego.
Instruíamos, então, o Estado de Ego Pai, de forma que esse ficasse catexizado e pudesse passar energia do
Estado Ego Pai para o Adulto através das fronteiras permeáveis (BERNE, 1961). Assim, ocorreu passagem
de energia do Estado de Ego Pai para Adulto e do Estado Criança para Adulto, tendo então o Estado de Ego
Adulto o poder de comando por possuir maior energia psíquica.
Para trabalharmos os Estados de Ego, utilizamos as quatro formas para identificá-los.
Estruturávamos nos treinandos suas palavras, gestos, tom de voz, postura, olhar, expressão facial e
linguagem verbal e não verbal, de acordo com o que era exigido pela organização. O diagnóstico social nos
serviu para orientá-los a modificar as respostas aos estímulos que lhes eram enviados. Já o diagnóstico
histórico foi utilizado para instruí-los sobre como deveria ser uma postura profissional, de modo que,
quando eles atendessem o cliente, reproduzissem o comportamento adequado como fazia o treinador. O
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diagnóstico fenomenológico foi utilizado para influenciar em um bom resultado, ainda que esse indicador
não seja utilizado em organizações. Este foi usado porque permitiu que, no atendimento ao cliente, os
treinandos se lembrassem do que era ensinando em sala de treinamento, pois estudávamos todas as
possibilidades de argumentação para contornar uma objeção e simulávamos como seria no atendimento
real. Quando os treinandos atendiam o cliente por telefone, eles se lembravam desses momentos e
sentiam-se capazes, o que muito contribuía para que eles conseguissem prestar um bom atendimento.
Utilizamos o Estado de Ego Pai Nutritivo para trabalhar as Carícias com os funcionários. Dizíamos
aos treinandos que eles eram capazes, que tinham conhecimento suficiente para acertar após um
treinamento de 30 dias, valorizávamos os acertos na nota de qualidade e os erros eram repassados como
dicas de sucesso. Dessa forma, os funcionários se sentiam protegidos e reconhecidos pelo fato de ter o
treinador para dar apoio e instrução. Utilizávamos também o Estado de Ego Pai Controlador para cobrar
normas, valores, metas, posturas e o comprometimento que eram exigidos e repassados pela empresa.
Trabalhamos também com Estado de Ego Criança através das cinco emoções autênticas, pois era
permitindo que eles sentissem cada uma delas: amor, alegria, medo, raiva e afeto. Informamos que seria
permitido sentir raiva, mas que eles deveriam separar sentimentos de ações, ou seja, poderiam sentir raiva
de um cliente que gritasse, falasse mal e o destratasse, mas isso não pode ser expresso para o cliente, uma
vez que se tratava de uma relação profissional e não pessoal; trabalhamos também a consciência deestarem ali para auxiliar o cliente e informá-lo sobre a melhor solução. Instruímos que o medo no primeiro
dia de atendimento seria normal, em função da novidade e do inexplorado; procuramos oferecer proteção,
colocando pessoas para darem apoio com conhecimento operacional e informar que, se algo acontecesse,
estaríamos ali para, juntos, encontrarmos a melhor solução. Para trabalhar a tristeza, demos Permissão
para os treinandos chorarem e, logo em seguida, ensinamos uns aos outros para que se apoiassem no
atendimento: eles poderiam até chorar, mas depois que concluíssem o atendimento ao cliente. Para
trabalharmos a alegria e o amor com os treinandos, foi permitido que compartilhassem como foi o
atendimento: escutamos, rimos, comemoramos os acertos, parabenizamos e incentivamos uns aos outros.
Nesse sentido, tudo foi feito em um ambiente de respeito mútuo, partilha e solidariedade.
Utilizamos, para trabalhar o Estado de Ego Criança Livre, músicas, dinâmicas de grupo e confecção
de cartazes, a fim de desenvolver criatividade, espontaneidade e autenticidade no atendimento.
Desenvolvíamos também a parte analítica da conta do cliente, o raciocínio lógico e a intuição através de
estudo de caso, tendo em vista deixarmos o treinando seguro de si para passar informações ao cliente.
Para isto, utilizávamos o Pequeno Professor, existente dentro do Estado de Ego Criança. As aulas eram
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dinâmicas e práticas, o que gerava nos treinandos envolvimento em equipe e vontade cada vez maior de
participar. Nesse sentido, quando trabalhamos as Carícias, as Emoções e o Estado de Ego Pai permitiam
que os Estados de Ego se encontrassem claramente definidos, com limites estabelecidos, porém com
flexibilidade de circulação fluente de energia psíquica para acionarmos qualquer Estado de Ego.
Com o Estado de Ego Adulto energizado, as ações e reações são determinadas pelo processamento
de dados provenientes dos Estados de Ego Pai e Criança, da observação da realidade externa e do
consenso atingido entre os valores e julgamentos do Estado de Ego Pai, as necessidades da Criança e o
senso de realidade do Adulto. Por fim, tudo isso é importante para que o sistema personalidade funcione
harmônico e integrado. Com base nos resultados evidenciamos que o índice de qualidade nas turmas que
foram treinadas utilizando a Análise Transacional ficou acima do esperado. Além disso, o índice de
assiduidade nas turmas em que aplicamos a intervenção proposta foi de 100%, ou seja, durante o
treinamento, não houve registro de faltas. Esses resultados apontam êxito e demonstram que a
intervenção na qual o treinador utiliza os conceitos da Análise Transacional pode ser eficiente na prática.
Concluímos que, ao trabalharmos com as Carícias, estamos reconhecendo a existência dos funcionários e
permitindo que os subsistemas, Estados do Ego, encontrem-se delineados, com limites definidos, porém
com circulação fluente de energia psíquica para acionarmos qualquer um dos Estados de Ego. Quando
trabalhamos o Estado de Ego Pai, apresentando as normas, regras e valores da empresa, permitimos aindamais essa circulação de Catexia, o que favorece também a energização do Estado de Ego Adulto. Essa
redistribuição resulta na obtenção dos índices esperados de qualidade e assiduidade dos funcionários, o
que faz com que a empresa cumpra seu contrato de trabalho e atinja suas metas de faturamento.
Ressaltamos que a intervenção aconteceu na prática e que reflexões teóricas mais sistematizadas
aconteceram apenas posteriormente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, E. Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo: Summus, 1961.
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Segundo Berne2 os estados de Ego Pai são emprestados de figuras parentais e reproduzem os
sentimentos, comportamentos e respostas dessas figuras. Ele nos fala3 que “a comédia ou tragédia da vida
humana consiste no fato de ser planejada por um garotinho da idade de idade pré-escolar que tem um
conhecimento muito limitado do mundo e seus caminhos e cujo coração está cheio de coisas que aí foram
colocadas por seus pais” p90.
Não usamos a modalidade de Jacqui Schiff 4 em que ela exclui os pais históricos de seus pacientes e
ela atuava como o novo pai. O fato de ela fazer isso é que ela trabalhava com filhos de pais muito
desestruturados emocionalmente como esquizofrênicos.
Nós trabalhamos como Muriel James5 em sua auto-reparentalização em que os progenitores
naturais são reconhecidos e aceitos como eles são.
Uma parentalização ou reparentalização depende do grau de patologia do estado de Ego Pai de
seus progenitores.
Elas podem ser auto ou hétero induzidas. Na auto-reparentalizações usamos a técnica da cadeira
vazia colocando a figura parental na cadeira vazia. Na hétero-reparentalização usamos o nosso estado do
Eu Pai diretamente com o cliente.
A necessidade de uma parentalização ou reparentalização se dá pelo fato de nossos pais (figuras
parentais) nos passarem crenças que são contaminações do Adulto pelo Pai ou pela Criança. Essas crençasse formam através de injunções, contra injunções, atribuições ou sob traumas ambientais.
A necessidade de um novo Pai parte da crença que um novo Pai pode diluir os pontos negativos do
Pai anterior.
Faremos um resumo do trabalho de Murial James5 sobre os pais antigos que interferem no
crescimento da autonomia das crianças:
1 – Pais extremamente críticos:
Quando um pai foi extremamente crítico, a pessoa em seu estado de ego Pai usará as mesmas
palavras em relação a si e aos outros. Quando os pais falavam: - Você é burro! A pessoa pode dizer mais
tarde: - estou ficando burro!
2 – Pais superprotetores:
Quando um pai diz: - Vou fazer isso por você! A pessoa em seu Estado de Ego Pai agirá de forma
melosa e em seu estado de ego Criança será dependente procurando cuidado e proteção.
3 – Pais inconsistentes:
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São pais que dizem uma coisa num dia e outra no outro. Uma pessoa com pais inconsistentes
quando em seu estado de ego Pai, irá agir de forma similar e vacilará naquilo que os outros esperam dele
podendo parecer injusto. Em seu estado de ego Criança irá sentir insegurança.
4 – Pais conflituosos:
Pais briguentos discutem por qualquer coisa. O conflito pode ser sobre trabalho, educação,
dinheiro, lazer, sexo, educar crianças, etc. Pessoas com pais conflituosos geralmente têm uma batalha
interior no seu estado de ego Pai. Em relação aos outros agem como um progenitor e depois como o outro.
Quando em seu estado de ego Criança podem se sentir assustados com vozes altas e podem se retrair
quando se deparam com conflitos.
5 – Pais distantes:
São aqueles que permanecem fora de casa muito tempo ou quando em casa não escutam ou não
dividem suas idéias e sentimentos ou se isolam em um escritório. Falam sempre: - Não me amole, estou
ocupado! Pessoas que tiveram pais distantes vão fazer o mesmo quando em seu estado de ego Pai a em
seu estado de ego Criança serão amigáveis, mas inseguras.
6 – Pais superorganizados:
São pais que processam fatos continuamente, não apresentando com frequência entusiasmo, calor,
crítica, impulsividade ou comportamentos protetores.Pessoas que tiveram pais superorganizados em seu estado de ego Pai são bem organizados e
esperam que os outros o sejam. Quando em seu estado de ego Criança são rebeldes, indiferentes,
desobedientes à ordem em geral e a pessoas organizadas.
7 – Pais carentes:
Pais carentes esperam sempre serem tratados como bebês, serem cuidados, alegrados, motivados
e perdoados. Manipulam seus filhos a assumirem papéis parentais em casa. Pessoas que tiveram pais
carentes em seu estado de ego Pai expressam necessidades emocionais similares. Em seu estado de ego
Criança vão procurar um cônjuge que possam cuidar e um emprego onde possam cuidar das pessoas.
Agora vamos dizer como fazemos:
A técnica da cadeira vazia é adequada quando temos que buscar a mudança de crenças no lugar
onde elas foram sentidas por nossos progenitores, mas a dificuldade é que a maioria das pessoas tem
como que uma amnésia parcial do que aconteceu com elas nesse período. Freud 6 falava de resistência
como um fenômeno normal para não sofrer, como uma fuga para não sofrer, então, uma pessoa ao se
esquecer de um trauma estaria resistindo a se lembrar da dor.
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Nesses casos como proceder? Como recuperar uma pseudo-amnésia?
Sabemos que em estados ampliados de consciência a pessoa diminui suas resistências, suas
censuras. Exemplo: uma pessoa bebe e quando se embriaga fala coisas que não diria em estado lúcido. -
Por quê? - Porque em estado de embriaguez o estado de Ego Pai fica abolido e a censura que é dado por
esse estado do Ego que fica literalmente entorpecido.
Podemos conseguir esses estados ampliados de consciência por diversos caminhos, drogas
alucinógenas, meditação, estado de relaxamento ou hipnose entre outros. Em nossa casuística pessoal
adotamos o estado hipnótico por ser um estado de fácil acesso e fácil execução para quem conhece a
técnica.
Utilizamos a Autoscopia7 como uma técnica hipnótica de fácil acesso a memórias da infância por
ativar memórias celulares onde estão registradas o trama. O trauma não é nada mais nada menos que o
mandato, a injunção ou a atribuição errônea da figura parental que nós não conseguimos compreender ou
assimilar.
Podemos também utilizar a técnica da Redecisão de Mary e Bob Goulding8 para redecidir crenças
limitantes.
Se a pessoa se lembra do que ocasionou a distorção parental utilizamos a cadeira vazia, se não se
lembra utilizamos a rememorização através da Hipnose.Referências:
1. Apostila do Curso 202 organizada pelo didata Dr. Alberto Luiz da Rocha Tavares.
2. Berne, E. Introdución al Tratamiento de Grupo. Traducido por Marta Guastavino. Ediciones Grijalbo,
S.A., Buenos Aires, Argentina, 1983.
3. Berne, E. O que Você diz depois de dizer Olá? A Psicologia do Destino. Tradução de Rosa R. Krauz.
Editora Nobel, São Paulo, 1988.
4. Schiff, J. All My Children. M. Evans, New York, 1970.
5. James, M. Auto-Reparentalização: Teoria e Prática. Prêmios Eric Berne 1971-1997,
Editados pela UNAT-Brasil, prêmio 1983 publicado pelo TAJ, vol.4, julho, 1974.
6. Fred, S. Obras Completas. Editora Imago, São Paulo, 1996.
7. Nogueira, JJC. Autoscopia – a magia do seu interior. Ed. Instituto AmanheSer, Rio de Janeiro, 2005.
8. Goulding, M.C. & R.C Ajuda-te pela Análise transacional - a arte de viver bem com a terapia da
redecisão. Tradução de Evelyn Kay Massaro. Ed. Instituição Brasileira de Difusão Cultural Ltda, São Paulo,
1985.
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APRESENTAÇÃO DE UMA MAQUETE REPRESENTATIVA DOS ESTADOS DO EGO E FLUXO DA
CATEXIA
OMAR NAYEF FAKHOURI Médico urologista-cirurgião graduado pela FAMECA- Faculdade de Medicina
de Catanduva-SP em 1991. Especializado em cirurgia geral pela FAMECA e em
urologia pelo IUN – Instituto de Urologia e Nefrologia de São José do Rio
Preto-SP. Membro da SBU – Sociedade Brasileira de Urologia e secretário da
SBU – seccional DF da atual diretoria. Membro associado da AUA – American
Urological Association. Aluno da Pós-graduação em ANÁLISE Transacional 202
pela Faculdades JK. Contatos – [email protected] | Contato: (61) 8124 3034.
APRESENTAÇÃO DE UMA MAQUETE REPRESENTATIVA DOS ESTADOS DO EGO E FLUXO DA CATEXIA
Resumo
A proposta deste trabalho é apresentar à comunidade de analistas transacionais a criação de uma maquete
para facilitar a representação teórica dos Estados do Ego. A criação desta maquete foi motivada durante as
aulas do curso de Pós-Graduação em Análise Transacional com base na utilização de recursos didáticos,
visando a diversificação para apresentação nos cursos de 101, 202 e Pós-graduação. A maquete foi
construída artesanalmente e consta de 03 elementos luminosos ajustáveis, representando o Pai, o Adulto e
a Criança. Por meio da combinação destes ajustes, podemos facilmente representar e simular o fluxo da
Catexia em cada um dos Estados do Ego, além de outras aplicações com os instrumentos da Análise
Transacional.
PALAVRAS-CHAVE: Estados do Ego, Maquete, Análise Transacional.
OBJETIVO
O presente trabalho tem por finalidade apresentar a criação de uma ferramenta em forma de
maquete, que representa os Estados do ego de um indivíduo, auxiliando o analista transacional a expor e a
explicar os conceitos teóricos e práticos dos Estados do Ego e Catexia (patologia estrutural), dentre outras
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possibilidades práticas aplicáveis. E sua respectiva Apresentação no XXIV CONBRAT na categoria de
Seminário.
INTRODUÇÃO
A idéia de criar esta maquete iniciou em novembro de 2011, durante o curso de Pós-Graduação em
Análise Transacional, nas aulas de Estados do Ego, ministradas pela Prof.ª Marília Márcia Santos Pereira.
“No decorrer das aulas, observei que quanto mais ‘‘ferramentas” o professor utilizava mais facilmente os
alunos conseguiam visualizar, compreender e fixar os conceitos dos Estados do Ego. Várias recursos são
atualmente utilizadas, como por exemplo, os bambolês coloridos, recortes de EVA, argolas, balões
coloridos, dentre outras. Todas estas recursos são úteis e facilitadoras no aprendizado e fixação dos
conceitos teóricos e exposição prática proposto por Eric Berne, além das projeções multimídia em
PowerPoint. A idéia da criação desta maquete visa apresentar mais uma ferramenta para este
aprendizado, sem substituir as já existentes. A maquete em questão apresenta 03 luminárias redondas,
dispostas verticalmente com cores escolhidas de acordo com as outras ferramentas existentes
supracitadas: Pai (Verde), Adulto (Azul) e Criança (Vermelho). A maquete apresenta controladores
luminosos independentes para cada Estado do Ego.
Este instrumento foi apresentado aos meus colegas que estão cursando a Pós-Graduação em
Análise Transacional, as professoras, orientadoras e coordenadoras do curso, que demonstrarammotivação e simpatia em relação à idéia proposta.
A ideia e motivação para a criação da maquete surgiram durante as aulas, e para tanto recebi
incondicional apoio e orientação, tanto dos colegas quanto de minha orientadora. Fatores importantes
para viabilização e concretização desta idéia e a apresentação deste seminário para comunidade de
analistas transacionais. Portanto, decidi carinhosamente oferecê-la a minha professora orientadora
Marilia.
MATERIAIS E MÉTODOS
O trabalho foi todo executado e realizado artesanalmente a mão, seguindo conceitos e princípios
de eletrônica para os circuitos elétricos controladores, além da utilização de materiais de madeira, cola
branca, cola quente, EVA, isopor dentre outros componentes de apoio necessários para finalizar a
confecção e acabamento.
O funcionamento desta maquete foi projetado para utilizar pilhas ou baterias recarregáveis AA,
para não haver riscos de choques elétricos e para preservar a portabilidade e mobilidade do aparelho. As
lâmpadas de cada luminária foram substituídas por componentes luminosos chamados LED (Diodos
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Emissores de Luz), cujas características são: Baixo consumo das pilhas, alta luminosidade, sem
aquecimentos e longa durabilidade e segurança ao manuseio. Foram colocados 02 LEDS coloridos em cada
luminária, com as cores padronizadas. As dimensões finais da maquete são de aproximadamente –
32x14x8cm.
As luminárias são iguais, redondas de 5,5 cm cada e foram distribuídas verticalmente numa caixa
retangular de madeira, cujo interior abriga os circuitos elétricos, e fixados em uma base, também de
madeira, e um conjunto de 03 pilhas dispostas posteriormente.
Ao lado de cada luminária, foi colocado um controlador de luz (potenciômetro), cuja finalidade é
regular o grau de luminosidade de cada luminária, através de um circuito transistorizado alojado dentro
desta caixa retangular. Os controladores, seus respectivos circuitos eletrônicos, bem como as respectivas
luminárias, são independentes, utilizando em comum, apenas o interruptor geral, com LED piloto, para
sinalizar se os circuitos estão ligados, bem como para indicar a carga da fonte de energia(pilhas ou baterias
AA).
A caixa retangular e a sua base de madeira foram adquiridas em lojas de artesanato. As luminárias
foram adquiridas em lojas de iluminação elétrica. Os LED e o porta pilhas foram aproveitados de desmonte
de enfeites natalinos (pisca-pisca). Os transistores, resistores e potenciômetros para a construção do
controlador, bem como fios e solda para circuitos elétricos, foram adquiridos em lojas de componenteseletrônicos.
DISCUSSÃO
A apresentação desta maquete demonstra os três Estados do Ego, representados
esquematicamente por Eric Berne por três círculos verticais denominados como Pai, Adulto e Criança.
Com a variação de luminosidade de cada uma das luminárias, podemos representar o grau de
Catexia em cada um dos Estados do Ego, bem como podemos simular a transição da Catexia de um Estado
do Ego para outro de forma lenta ou rápida, demonstrando e simulando as Lesões de Fronteiras, bem
como a viscosidade da Catexia.
Dentre as a várias possibilidades de utilização desta maquete, podemos também simular o Diálogo
Interno, a Exclusão de determinado Estado do Ego.
Outra possibilidade é utilizar duas maquetes (02 indivíduos) lado a lado e simular os vários tipos de
Transações, bem como três maquetes (03 indivíduos - pai, mãe e filho) dispostas em forma de triângulo
com a base para cima, nas aulas de Script.
CONCLUSÃO
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A proposta desta maquete abre um leque de possibilidades que o analista transacional pode utilizar
em cursos de 101 e 202, exercícios para os alunos em fase de aprendizado, servindo como mais uma
ferramenta auxiliar, dentre as várias atualmente utilizadas, com várias nuances de utilização.
AGRADECIMENTOS
Agradeço especialmente a Prof.ª Marília Márcia Santos Pereira pessoa da minha estima, que me
apresentou à Análise transacional, pelo seu apoio, orientação, disponibilidade e carinho na concretização
desta idéia. Agradeço a Prof.ª Miriam Cibreiros, pelo incentivo, motivação e sugestões, entusiasmo e
sabedoria, bem como à Prof.ª Ede Lanir Ferreira Paiva pelas recomendações e orientações muito valiosos,
na concretização deste trabalho.
AUTOR: Omar Nayef Fakhouri – Brasília – DF - (61) – 8124 -3034 [email protected]
ORIENTADORA: Marília Márcia Santos Pereira – Brasília – DF (61) – 9994-6347 [email protected]
REFERÊNCIAS:
BERNE, Eric. Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo: Summus editorial, 1985.
__________. O Que Você Diz Depois de Dizer Olá. São Paulo: Ágora, 1988.
KERTÉSZ, Roberto. Análise Transacional Ao Vivo. São Paulo. Summus, 1987.
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OFICINAS
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No trabalho de aperfeiçoamento de comunicação e expressão verbal é comum as pessoas
buscarem estratégias para conseguirem uma voz melhor projetada no ambiente em termos de “volume”,
coloquialmente falando.
Há uma diferença técnica entre Intensidade e Loudness. Intensidade é um parâmetro físico que
pode ser medido em decibéis e está relacionado à ação conjunta e interdependente entre a pressão da
coluna aérea que vem dos pulmões, além da tensão e vibração das pregas vocais. Assim, a Intensidade é
um ajuste fortemente fixado, tornando difícil sua modificação, embora seja possível com conhecimento,
consciência e domínio deste processo. Loudness é a sensação psicofísica relacionada à Intensidade, ou seja,
como julgamos um som, sonsiderando-o forte ou fraco. Sua medição para avaliação e acompanhamento é
feita utilizando-se escalas comparativas a partir da percepção auditiva do avaliador e/ou avaliado. Mara
Behlau refere-se à dimensão psicológica da seguinte forma:
“Na dimensão psicológica, a intensidade vocal é um parâmetro permite numerosas interpretações, expressandobasicamente como lidamos com a noção de limite próprio e do outro. Podemos utilizar uma voz de comando através deelevada intensidade vocal, mas por outro lado, podemos conseguir o mesmo objetivo usando uma voz em intensidademínima, apenas colocando nossa intenção na articulação e ênfase nas palavras, o que geralmente é interpretado comomais poder, em comparação com o indivíduo que grita. No extremo positivo, uma intensidade elevada indica franquezade sentimentos, vitalidade e energia; porém no extremo negativo indica “falta de educação” e de paciência. (…) Ocontrole da intensidade requer a consciência da exata dimensão do outro, um refinado controle de projeção de voz noespaço. Uma intensidade fraca não atinge o ouvinte, e pode expressar pouca experiência nas relações interpessoais,timidez, medo da reação do outro ou complexo de inferioridade. Por sua vez, uma intensidade demasiadamente forteinvade o ouvinte e o deixa numa situação bastante desconfortável. Pessoas com caráter invasivo e dificuldades emrespeitar os limites próprios e os do próximo tendem a utilizar uma forte intensidade vocal, podendo tornarem-seindesejáveis; nesses casos, a dificuldade de atuação terapêutica deve-se ao fato de que tal modelo de emissão estáprofundamente enraizado e surge insconscientemente.”
Daniel R. Boone acrescenta:
“Uma voz demasiadamente forte pode sinalizar que o falante é agressivo e hostil, ou impetuoso, rude ou insensível.Uma voz demasiadamente fraca pode sugerir que o falante é tímido, indeciso, tem baixa auto-estima ou não sepreocupar realmente em comunicar-se. (…) A intensidade da voz pode estar traindo suas emoções, e pode muito bemcontar a história errada. A intensidade transmite a força de nossas emoções, nosso nível de confiança e se estamosansiosos, hostis ou confortáveis com aqueles que nos cercam. Usamos a intensidade para projetarmos nossas vozes àdistância, mas nosso nível de intensidade vocal também transmite a distância emocional que desejamos manter comoutras pessoas. Uma voz demasiadamente alta mantém as pessoas à distância. Uma voz muito suave pode sinalizar que
você não deseja construir uma ponte para unir-se às outras pessoas. Precisamos variar nosso nível de intensidade vocalpara diferentes distâncias físicas entre nós e nossos ouvintes, para acomodarmo-nos a diferentes níveis de ruído defundo e para transmitirmos diferentes emoções. O problema é que muitas pessoas usam o mesmo nível de intensidadevocal o tempo todo. Elas fazem isto por uma infinidade de razões. (…) Relativamente cedo na vida, todos nosaprendemos a usar o nível de intensidade capaz de fazer com que outros façam coisas que queremos. Por exemplo,quando estamos com alguém amado, usamos uma voz suave. Quando queremos que os garotos baixem o som doestéreo, frequentemente descobrimos que uma voz forte é necessária. Em algumas situações profissionais, podemosprecisar falar um pouco mais forte para acrescentarmos autoridade às nossas vozes. Contudo, algumas pessoas nãotêm certeza quanto ao nível de intensidade apropriada ou, por outras razões, voltam a usar o mesmo nível deintensidade. Esses níveis habituais de intensidade é que causam os problemas.”
Os dois textos citados são alguns exemplos da convergência da fonoaudiologia acerca da influência
da personalidade e emoções na intensidade vocal.
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Diante disto, ao avaliar um participante de treinamento ou aperfeiçoamento vocal, alguns dados
referidos podem levar a inferências úteis sobre a atuação dos Estados de Ego, além de outros conceitos da
Análise Transacional.
Em pelo menos três livros, Berne afirma que cada indivíduo tem “no mínimo três vozes diferentes,
Pai, Adulto e Criança. Poderá conservar uma, ou mesmo duas delas cuidadosamente escondidas por muito
tempo, porém, mais cedo ou mais tarde elas aparecerão. (…) Cada uma das vozes revela algo sobre o
script .” (Olá, pág. 261, 1971) Quando Behlau refere-se ao “modelo de emissão profundamente enraizado”
e Boone ao fato das pessoas comumente voltarem a utilizar o mesmo nível de intensidade que utilizavam
antes do treinamento vocal, penso na possibilidade desta recidiva estar relacionada a aspectos do script .
Para utilizar este conhecimento na minha prática, procuro checar as hipóteses com os clientes.
Após a constatação de que sua intensidade vocal está inadequada às condições de ambiente, mas possui
configuração orgânica que permite a variação entre forte e fraca, começo a pesquisar fatores relacionados
a Diálogos Internos, Emoções de Disfarce, Posição Existencial, possível Contaminação ou Exclusão de
Estado de Ego, manifestação de algum Comportamento Passivo ou até mesmo a ocorrência de Jogos
Psicológicos.
O objetivo não é o de diagnosticar ou abordar terapeuticamente, mas obter mais informações
sobre o que motiva a manifestação inadequada da Intensidade Vocal para que a intervenção seja maiseficaz e não apenas paliativa. Utilizar exercícios vocais, respiratórios e corporais para adequação deste
parâmetro de análise de Voz demonstra resultados imediatos. No entanto, a manutenção de um novo
padrão precisa estar alinhado com o que o indivíduo sente, com a sua Imagem de Falante, com a
Permissão Interna para ocupar seu lugar no ambiente e preenchê-lo com as ondas sonoras de sua Voz, de
forma OK/OK. De posse destas informações, é possível que o cliente consiga manter um novo padrão de
Intensidade Vocal, com suas variações pertinentes a cada situação de vida (palco, telefone, conversa
próxima a outro, microfone, etc), com mais consistência entre a Voz que se apresenta e seus processos
internos.
Referências
BERNE, Eric. Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo, Summus, 1961
BERNE, Eric. Princípios de Tratamento em Grupo. New York: Oxford University Press, 1966.
BERNE, Eric. O Que você diz Depois de Dizer Olá? São Paulo: Nobel, 1998
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BOONE, Daniel R. Sua voz está traindo você? Como encontrar e usar sua voz natural. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1996.
BEHLAU, Mara; PONTES, Paulo. Avaliação e tratamento das disfonias. São Paulo: Editora Lovise, 1995.
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LIDERANÇA PARA A CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SINGULARES
DANIELA PIAGGIO – Administradora, com especialização em Gestão de Pessoas, com
formação na SBDG e em Análise Transacional – Área Organizacional pela UNAT-BRASIL.
É Mediadora de Conflitos pela ABRAME - Associação Brasileira de Árbitros e
Mediadores e Agente Socioambiental Urbana pela UMAPAZ-SP. Sócia da Germinare
Desenvolvimento Humano, atua em programas de treinamento e desenvolvimento na
área comportamental com ênfase em Sustentabilidade. RG 243008624 e CPF
275.606.058-50
JEFFERSONN MORAES - Psicólogo, com especialização em Neuropsicologia, titulado
Coordenador em Dinâmica dos Grupos pela SBDG, em Coaching pela ABRACEM e
em Análise Transacional – Área Organizacional pela UNAT-BRASIL. Sócio
administrador da QUIRON Desenvolvimento, atua em programas de treinamento e
desenvolvimento nas áreas comportamental e empreendedorismo desde 1999.
Facilitador do programa Empretec (ONU/Sebrae). Membro voluntário da ABRH em
duas gestões. Na SBDG atuou como Gestor do Núcleo PR e atua como Prospector de
grupos. RG 20.990.605 e CPF 135.755.308-07
Modalidade: Oficina
Resumo
O cenário atual do ambiente de trabalho propõe ao líder o desafio de encontrar formas viáveis e
harmoniosas de convivência entre as pessoas. O presente trabalho propõe -se a refletir sobre a utilização do
conceito de Quadro de Referência da teoria da Análise Transacional como uma ferramenta para contribuir
com o líder nesta tarefa. Sugere que o conhecimento do conceito pode auxiliá -lo a perceber os
componentes do seu próprio Quadro de Referência e consequentemente entender seu estilo de liderança.
Também poderá dar abertura para o diálogo com dos liderados a fim de compreender como cada indivíduo
responde aos estímulos interpessoais e a partir daí estabelecer Contratos mais produtivos.
Palavras-chave: Quadro de Referência. Estilos de Liderança. Contrato.
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A velocidade da informação imposta pelo meio, a pressão por resultados, as diferenças comportamentais
das gerações, as mudanças nos modelos mentais e sistemas de crenças, entre outras são alguns dos
desafios do ambiente de trabalho na atualidade.
Neste cenário, as pessoas que exercem papéis de liderança no ambiente corporativo necessitam estar
conscientes de seus próprios valores, modelos mentais, padrões de relacionamento e forma de exercício
de sua liderança a fim de que os objetivos sejam alcançados com base em relacionamentos saudáveis,
produtivos e de crescimento.
O autoconhecimento e o conhecimento do outro são fenômenos que contribuem para que este processo
alcance êxito e um dos conceitos da Análise Transacional que poderá contribuir para desenvolver estas
competências no líder é a teoria do Quadro de Referência.
Segundo Jacqui Schiff (1975) apud Clarke (1998)1 o Quadro de Referência de um indivíduo é a estrutura de
respostas (circuitos/ trilhas neurais) associadas (condicionadas), que integram os vários Estados de Ego
como reação a estímulos específicos. Equipa o indivíduo com um conjunto perceptual, conceitual, afetivo e
de ação global que é utilizado para definir o self, outras pessoas e o mundo tanto estrutural quanto
dinamicamente.
Clarke (1998) descreve o Quadro de Referência de uma pessoa como composto por quatro partes: área
aberta, área de influência superficial, influência média e te exterior potente do quadro é a área deinfluência profunda. A camada de revestimento é a embalagem da mudança cultural, onde se encontram
as mudanças de ordem tecnológica, econômica, filosófica e de centros de poder que invadem todas as
áreas da vida e todas as áreas do Quadro de Referência das pessoas. Este grande impacto de mudanças
constantes e dramáticas exige que se considere todas as áreas do Quadro de Referência do indivíduo à luz
desta transição.
Em relação ao aspecto de liderança, cabe apresentar a distinção entre "líder" e "estilo de liderança"
proposta por Moscovici (1985)2: um líder é a pessoa no grupo à qual foi atribuída, formal ou
informalmente, uma posição de responsabilidade para dirigir e coordenar as atividades relacionadas à
tarefa. Sua maior preocupação prende-se à consecução de algum objetivo específico do grupo. A maneira
1 CLARKE, Jean Illsley Clarke. Utilização sinérgica de cinco conceitos da Análise Transacional na educação. REBAT,
Ano VII/VIII, nº1, junho de 1997/1998.
2 MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento Interpessoal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.
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pela qual uma pessoa numa posição de líder influencia as demais pessoas no grupo é chamada "estilo de
liderança".
Se o foco principal de atenção é a figura do líder, o estudo é feito em torno das características pessoais
procurando-se uma diferenciação de atributos entre "líderes" e "não-líderes". Assim, a teoria do "grande
homem", do líder "nato" e a decorrente teoria de "traços" de personalidade buscam determinar o
conjunto de traços que identificam "o líder”.
Alguns questionamentos que podem ser significativos e elucidativos para o líder: "Como posso
desempenhar melhor minha função de líder (e obter melhores resultados)?"; "Qual o estilo de liderança
mais adequado?"; "Como posso desenvolver meus próprios recursos e adquirir o que me falta para exercer
liderança eficaz?". Estes são pontos críticos de toda uma filosofia e tecnologia de treinamento e
desenvolvimento de líderes, de capacitação e recursos humanos para desempenho eficaz na liderança de
grupos nas Organizações sociais.
Há algumas características pessoais que facilitam o desempenho do líder em determinadas circunstâncias,
e não em outras, e que podem ser desenvolvidas para maior eficácia no seu desempenho. Se o foco de
atenção é deslocado para a liderança, então, o objetivo principal de estudo passa a ser a relação, o
comportamento interpessoal entre líder e liderados, entre a pessoa que influencia e as pessoas que são
influenciadas. Esse aspecto dual indica a característica dinâmica da liderança, pois sem liderados não hálíderes, e enfatiza o cerne do problema como sendo a relação entre pessoas.
Tanto os estilos autocráticos, voltados para a produtividade/tarefa, quanto os estilos participativos,
voltados para as pessoas/relações, podem ser eficazes ou ineficazes, a depender da inter-relação de
fatores situacionais, tais como a natureza da tarefa, a conjuntura (rotina/emergência), o clima
organizacional, a estrutura de recompensas, os valores, motivações e expectativas do líder e dos liderados,
a maturidade dos membros do grupo.
Neste modelo são detectados quatro estilos principais de comportamentos de liderança, a saber:
a) Liderança diretiva ou autoritária — em que os liderados recebem ordens minuciosas e sabem
exatamente o que se espera que façam, sem opinar;
b) Liderança de apoio — o líder mostra interesse e amizade, preocupa-se verdadeiramente com os
liderados e procura aproximar-se de todos;
c) Liderança participativa — o líder dialoga com os liderados, solicitando e usando suas sugestões, mas é
ele quem toma as decisões finais;
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d) Liderança orientada para a realização — o líder estabelece objetivos desafiantes para os liderados e
mostra confiança em suas capacidades fará atingi-los com bom desempenho.
A situação e o grupo influenciam o estilo de liderança, encorajando mais um estilo que outro. O líder
precisa ter certa flexibilidade para usar estilos diferentes, sem chegar a extremos de incongruência, da
mesma forma como atende às expectativas de diferentes papéis sociais, desempenhando-os com
comportamentos mais ou menos adequados resultantes da sua flexibilidade, motivação e experiência. Nós
nos comportamos diferentemente de acordo com os papéis e as situações, sem deixarmos consistência
interna ou de sermos "nós mesmos".
Considerando, portanto, que o referencial teórico do Quadro de Referência pode contribuir para que o
líder compreenda as percepções e reações de seus liderados – e sua singularidade – e suas próprias
percepções em relação ao mundo, ele poderá agir de maneira a estabelecer relacionamentos mais
saudáveis. Eles serão baseados no respeito mútuo, criar vínculos mais fortes com as pessoas e construir um
ambiente de confiança para que a comunicação seja autêntica.
A forma proposta para isso baseia-se na teoria de Contrato.
Berne 3 (1966, p. 23-25) diz que há dois tipos de contratos que os profissionais em qualquer área de
tratamento estão sujeitos, o primeiro refere-se à prática organizacional e o segundo à clínica particular. Em
ambos, há a premissa da oqueidade dos contratantes, o que gera clareza e autenticidade nas relações.Conhecer o conceito de Quadro de Referência e examiná-lo pode gerar maior consciência no
estabelecimento de Contratos entre líder e liderado(s), corroborando assim para relações saudáveis e para
que os objetivos estipulados direcionem para a Autonomia.
Metodologia:
Através da modalidade de Oficina, as etapas estruturais do desenvolvimento da atividade são:
a) Após a introdução dos objetivos e forma de trabalho, convidar para um exercício individualsobre papéis de liderança;
b) Apresentação para o grupo do cenário de desafios do líder, dos conceitos de liderança eseus estilos e de Quadro de Referência;
c) Após outro exercício individual, partilha no grupo das percepções destes impactos
d) Apresentação do conceito de Contrato e fechamento com aprendizagens gerais do grupo.
3 BERNE, Eric. Princípios do Tratamento de Grupo. UNAT: Circulação Restrita.
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COMPULSORES E SEUS IMPACTOS NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL.
IVANA A. ZANINI
Consultora e sócia da AlGI CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. . Atua como Consultora
em processo de Gestão de Pessoas e de desenvolvimento de Líderes e Equipes e como
Coach . Membro Regular da UNAT-Brasil.
MARIA IMACULADA GONÇALVES DE ALMEIDA MÖLLMANN Consultora e educadora organizacional, sócia e diretora de educação
corporativa da AlGI CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. Atua em Programas
de Desenvolvimento de Líderes e Equipe e em consultaria nos processos da
Gestão de Pessoas. Membro Regular da UNAT-Brasil.
Modalidade: Oficina
Metodologia: Vivencial
Pré-requisito: conhecimentos básicos de AT (participação em 101)
COMPULSORES E SEUS IMPACTOS NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL.
Resumo
Pretende-se nesta oficina, replicar, uma situação comum no ambiente empresarial e identificar
eventual ação dos Compulsores. O processamento dos resultados observados poderá gerar contribuições
para o autoconhecimento dos participantes.
Palavras-chave Compulsores, ambiente empresarial, desempenho;
Desenvolvimento
O conhecimento de Compulsores dos membros de um grupo, poderá contribuir para a
compreensão dos processos interativos que influenciam o ambiente de trabalho.
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O entrelaçamento dos Compulsores entre os membros de um grupo pode institucionalizar certos
tipos de estímulos e respostas, impactando: (A) o estabelecimento de normas (formais e informais); (B)
regras e procedimentos; (C) distribuição de poder (formal e informal); (D) estilos de liderança; (E)
relacionamentos simbióticos (controle e submissão); (F) falta de iniciativa e capacidade diminuída de tomar
decisões e resolver problemas.
Tal impacto poderá estar, em alguns casos, relacionado à ação de Compulsores no comportamento
do facilitador ou dos membros do grupo.
Considerando-se que, segundo Kahler, a cada Compulsor corresponde um Permissor, será possível
atuar preventivamente na neutralização dos Compulsores. Para tanto faz-se necessário: (a) diagnosticar os
Compulsores, (b) analisar seu impacto no comportamento individual e grupal; (c) verificar os efeitos dos
usos dos Permissores; (d) desenvolver uma sistemática de operacionalização dos mesmos.
A metodologia proposta para esta oficina é o Ciclo de Aprendizagem Vivencial, com aplicação de
um exercício, voltado para o desenvolvimento de habilidades relacionais.
REFERÊNCIAS
GRAMIGNA, Maria Rita Miranda, Jogos de Empresa, São Paulo, Makron Books, 1993.
KRAUSZ, Rosa R. Trabalhabilidade. São Paulo: SCORTECCI, 2012Kahler, Taibi in PRÊMIOS ERIC BERNE 1971-1997.UNAT-Circulação restrita, 2005
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AT ENÇÃO CRIANÇADA!!!!
TRABALHANDO EM AT COM CRIANÇAS
FABIANA GARCEZ
Psicóloga clínica desde 2002 pela instituição de ensino superior UniCeub de
Brasília. CRP 018967. Atua em consultório há 10 anos no acompanhamento de
jovens adultos, adolescentes e crianças. Realiza grupos e oficinas terapêuticas com
foco na integração e desenvolvimento humano. Tem formação em psicoterapia de
grupo com enfoque analitico-corporal (extinto Instituto PlenoSer _ Adriana Lôbo e
Angelica Santos Rodrigues), e esta em fase de conclusão da certificação AT_202 sob orientação damembro-didata em formação Miriam Cibreiros _ UNAT Brasil. Tem larga experiência em dança
contemporânea tendo atuado como bailarina profissional por mais de 10 anos. Tem formação em
Movimento Vital Expressivo pelo Sistema Rio Abierto_ Brasil/Argentina. Em sua prática clínica procurar
usar a dança e demais técnicas psicocorporais para favorecer o progresso do trabalho psicoterápico.
Modalidade: Oficina
Metodologia: Vivencial
Objetivo: apresentar formas de trabalhar os conceitos de Estados de Ego, Emoções e Disfarces,
Transações, Jogos Psicológicos entre outros, tanto em consultório em sessão individual como em oficina
para grupos com crianças.
AT ENÇÃO CRIANÇADA!!!!
TRABALHANDO EM AT COM CRIANÇAS
De acordo com as premissas da Análise Transacional, seus conceitos e instrumentos são acessíveis e
compreensíveis a uma criança de oito anos. É partindo dessa forma de trabalhar, com terminologia simples
e potente, que atuo com crianças há 10 anos tanto em sessões de terapia individual como em grupos de
oficinas.
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As estórias da literatura de AT - Uma estória sobre Carícias e Fiu-fiu - foram transformadas em
lâminas coloridas em formato A4 para que possam ser contadas, tanto para crianças quanto para adultos,
de uma forma acolhedora e lúdica. O carisma do terapeuta e a liberdade para criar a forma mais
interessante de contar a estória é o ingrediente principal. O objetivo é manter o público interessado e que
seus Estados de Ego Criança possam se envolver nos enredos e nas mensagens passadas pelas belas
estorinhas. De autoria da psicóloga Kátia Heusi, A Viagem de Eric é uma estorinha que ilustra o conceito de
Estados de Ego de forma sucinta, dinâmica e alegre. As ilustrações das pranchas são de autoria do design
gráfico e ator brasiliense Welder Rodrigues.
Com crianças, especificamente, a presença afetiva do terapeuta, em minha visão, é elemento
essencial para o desenvolvimento de um processo psicoterápico de transformação, onde acolhimento e
confiança constituem a base da relação cliente/terapeuta. As estórias são trabalhadas também para
apresentar o conceito, a terminologia, mas o foco é promover a identificação da criança com os
personagens e uma discussão dos desfechos é sempre muito rica e proveitosa.
Grandes cartazes com desenhos ilustrando os instrumentos são utilizados para “aula expositiva” de
forma a introduzir as idéias principais de maneira divertida e interessante. O tempo deve ser curto na fala
do terapeuta e logo a seguir este deve propor um exercício vivencial para por em prática e experienciar o
conteúdo exposto. A tendência das crianças é se envolver logo que os personagens dos cartazesaparecem, mas o carisma e afeto do terapeuta são essenciais. Em termos de AT, sua Criança tem de se
fazer presente, caso contrário, seu público dinâmico e enérgico perde o interesse de pronto e o trabalho se
desvia.
Na oficina proposta no presente Congresso, o objetivo é proporcionar ao público de terapeutas (ou
não-terapeutas) o contato com essa forma divertida, colorida e gostosa de trabalhar alguns dos conceitos
da AT.
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PALESTRAS
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AS SOMBRAS DENTRO DA ANÁLISE TRANSACIONAL
HELENA HARGADENAtua como Psicoterapeuta e Supervisora em Londres, Inglaterra. Realiza semináriosde Análise Transacional Relacional em Kent. É diplomada em Counselling, mestre emPsicoterapia com Análise Transacional, Doutora em Psicoterapia Relacional e éSupervisora e Treinadora em Análise Transacional. Possui experiência de 25 anos comquestões de relacionamentos, autora de artigos científicos e livros na área deRelacionamento Humano. Especialista em trabalhar com pessoas que queremmelhorar a qualidade de seus relacionamentos.
"E então, nós viremos das Sombras" - Leonard Cohen, The Partisan Song - por Helena Hargaden
A Sombra representa qualidades da personalidade negligenciadas e consiste de uma parte reprimida eparte de traços não vividos por razões sociais, éticas, educacionais ou outras; tendo sido excluída daexperiência consciente e, portanto caído na inconsciência. A Sombra é a personificação da parte depossibilidade psíquica humana que nós negamos em nós mesmos e projetamos em outros. Todos tem umaSombra e a significância da Sombra é que se nos engajamos com ela, então isto nós levará às profundezasde nossos selfs.Será explorado o lado Sombra da AT, as partes da AT negligenciadas e reprimidas. Inicia-se com umaexploração do autor da AT, Eric Berne: suas raízes judaicas, ele originalmente foi chamado de Bernstein esofreu o anti semitismo em seu país de origem, Canadá. A manifestação destas raízes históricas serãoolhadas na teoria da AT e será sugerido que estas partes da teoria da AT negligenciadas e reprimidas estãoconectadas com a vulnerabilidade e com o arquétipo feminino.
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NEUROCIÊNCIA E POTENCIAL HUMANO:
CRIAÇÃO DE NOVAS REDE NEURAIS ATRAVÉS DA PSICOTERAPIA
FRANCISCO DI BIASE
Francisco Di Biase, Grand PhD
Chefe do Serviço de Neurologia-Neurocirurgia, Santa Casa, e do Departamento de
EEG e Mapeamento Cerebral Computadorizado, Clínica Di Biase, Rio de Janeiro,
Brasil. Professor de Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal, Centro Universitário
Geraldo Di Biase- UGB, Volta Redonda, Rio. Full Professor, World Information
Distributed University-WIDU, Bruxelas, Bélgica. Professor Honorário Albert
Schweitzer International University, Suíça
NEUROCIÊNCIA E POTENCIAL HUMANO:
CRIAÇÃO DE NOVAS REDE NEURAIS ATRAVÉS DA PSICOTERAPIA
RESUMO
Quando nosso cérebro entra em contato com novidades ambientais, a imaginação, as visualizações, as
lembranças significativas que vivenciamos, assim como os insights psicoterápicos, as terapias mente-corpo,
a reabilitação, a meditação, a oração, e mesmo o exercício físico, estimulam a liberação de mensageiros
químicos hormonais que estimulam receptores nas membranas celulares. Estes receptores liberam
segundos mensageiros de natureza protêica que estimulam o processo de expressão genética do DNA, e
através do RNA mensageiro desencadeiam a síntese de proteínas nos ribossomos das
células, notadamente nos neurônios. Estas proteínas sintetizadas irão estruturar sinapses e novas redes
neurais e são a base molecular da plasticidade cerebral e da criatividade.
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CONQUISTANDO A SAUDE NAS ORGANIZAÇÕES:
VALORIZANDO O SER HUMANO
CONSTÂNCIA MARGARETE ALVES DE BONI
Atua como formadora de Coaches e Mentores, Coach de Executivos, consultora de
desenvolvimento de grupos, mediadora de conflitos organizacional e familiar. Socia
Diretora da Crescere Desenvolvimento Humano e do Institutho dy Crescere
Personas. Redatora da Revista Eletrônica Ação in Coaching. Graduada em
Psicologia, Clinical Member 9ITAA/USA). Membro Didata Clínico e Organizacional
em Análise Transacional 9UNAT/BRASIL). Treinamento em Team Building na Will Schutz Association (USA).
Didata da Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo (SBDG), Mediação de Conflitos (CLIP), Diplomada em
Coaching e Mentoring (Insitute of Leadership and Mentoring/Londres). Palestrante em eventos nacionais e
internacionais com os temas de Coaching e desenvolvimento de grupos, Liderança. Experiência como
Executiva em Organizações sem fins lucrativos.
“CONQUISTANDO SAÚDE NAS ORGANIZAÇÕES – VALORIZANDO O SER HUMANO”
Nos ambientes das empresas e, em geral, em todo o mundo corporativo, as habilidades relacionais
são cada vez mais exigidas e valorizadas entre as equipes, as lideranças e os indivíduos. O desenvolvimento
de pessoas tem sua base mais significativa na importância vital das relações praticadas. Assim, nos
ambientes de trabalho, observa-se, cada vez mais, a necessidade de estimular o desenvolvimento das
atitudes de integração, obtidas através do incremento de um estilo de comportamento e de práticas
laborais marcadas pela clareza dos procedimentos com vistas à execução dos planejamentos. Ter bons
relacionamentos é ter influência e poder, e a demanda está cada vez maior em condicionar, motivar e
revisar o comportamento próprio e das equipes. Essa demanda é do gestor, coordenador de equipes, que
tem compromisso com o próprio resultado e com a motivação do seu grupo.
Consideradas as imensas riquezas da visão integrativa, quando se traz para a empresa uma
proposta de revisão e de aplicação de uma nova abordagem das práticas relacionais, geralmente se produz
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um efeito de abertura para o novo e de valorização da integração das vivências derivadas das quatro
dimensões do comportamento humano. Se, por um lado, surge um desconforto, uma espécie de falta de
acomodamento nos grupos, por outro instala-se um ambiente de renovação. É importante a utilização de
uma proposta de mudança que seja adequada ao crescimento humano, além de ser a mais segura possível
dentro do quadro que se deseja melhorar.
Esse processo, porém, não ocorre de forma espontânea. Depende de uma decisão e da preparação
e instrumentalização dos envolvidos nas práticas administrativas corporativas que precisam ser
transformadas. Para que as mudanças ocorram de uma maneira mais segura, surge a necessidade de
desenvolvimento do ambiente organizacional, de um processo relacional baseado em qualificação e
reconhecimento, que estimule autonomia, iniciativa e escolhas conscientes.
O trabalho de desenvolvimento com foco em saúde e qualificação de relações convida a pessoa a
estar em uma posição em que se perceba como um participante efetivo e não como um prisioneiro de
dilemas, um passageiro passivo ou um contestador sem causa.
As necessidades de mudança podem estar associadas ao desenvolvimento da liderança, às
habilidades para as relações de poder, ao gerenciamento para o crescimento, à lapidação da personalidade
ou à construção de segurança. É um desafio para este profissional melhorar suas habilidades e talentos já
adquiridos, contribuir para a aquisição e o desenvolvimento de um novo desempenho, sobretudo se fornecessário e urgente na atividade profissional.
Em relação ao ser autêntico, dizem James e Jongeward (1975): “A pessoa autêntica sente a sua
própria realidade conhecendo a si mesma, sendo ela mesma, e tornando-se uma pessoa digna de crédito e
receptiva. Preza a sua própria singularidade e a do outro”.
A autonomia envolve um contato que também se refere à qualidade da comunicação entre duas
pessoas: a consciência tanto do próprio self quanto do outro, um encontro sensível com o outro e um
reconhecimento autêntico de si mesmo. É, também, ter a convicção de que, seja lá o que aconteça, pode-
se escolher lidar com a situação para o crescimento e o desenvolvimento pessoal.
A pessoa, ao vivenciar sua autonomia centrada em princípios, cria confiabilidade , produz harmonia,
confere capacidade. Também demonstra preocupação e dedicação honestas em relação aos outros
características de um bom pai; tem iniciativa para solucionar problemas característica de um adulto; e
possui a capacidade de criar, expressar admiração e afeto características de uma criança feliz. E quando
há gestores e colaboradores com esse perfil atuando no ambiente organizacional, o clima é agradável e
produtivo. Os gestores de equipes que trabalham com sua autonomia líderes referendados por seu
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– indivíduo valorizado, equipe produtiva, organização saudável - e todos desfrutam do êxito.
Leituras Referenciadas:
Schmid, Bernd - Transactional Analysis and Social Roles - Transactional Analysis Journal - São
Francisco, USA - 2007.
ERSKINE, Richard G. Theories and Methods of an Integrative Transactional Analysis.. San Francisco,Califórnia: TA Press, 1997.
FLAHERTY, James. Coaching, Desenvolvendo Excelência Pessoal e Profissional . Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2010.
JAMES, Muriel ; JONGEWARD, Dorothy. Nascido para Vencer . São Paulo: Brasiliense, 1975.
SCHEIN, Edgar H. Princípios da consultoria de processos: para construir relações que transformam.São Paulo: Fundação Petrópolis, 2008.
DE BONI, Constancia Margarete Alves; Coaching Relacional: desenvolvendo a liderança; Trabalho deConclusão da Especialização em Relações Interpessoais e Análise Transacional pela FATEP -Faculdade de Tecnologia Paulo Freire, 2009.
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CIUMES - O DESTEMPERO DO AMOR
DR. ANTÔNIO PEDREIRAMédico Psicoterapeuta e Educador. 2 anos de Pós-Graduação no New York
Hospital-Cornell University Medical Coleege. Atual Diretor de Ética da UNAT-
BRASIL e Presidente da UBAT (União Baiana de Analistas Transacionais).
Membro Didata Clínico da UNAT-BRASIL e da ALAT (Associação Latino-
Americana de Análise Transacional). Professor Adjunto da Faculdade de
Medicina da UFBA. Autor de vários livros sobre Saúde Mental entre os quais: A
HORA E A VEZ DA COMPETÊNCIA EMOCIONAL. (8ª EDIÇÃO). A GRAMÁTICA DAS EMOÇÕES (3ª EDIÇÃO).
ARITMÉTICA DAS EMOÇÕES (1ª EDIÇÃO). Palestrante em empresas e eventos estaduais e interestaduais, e
conferencista em Congressos Nacionais e Internacionais. Membro da Associação Brasileira-Ba de
Psiquiatria. Distinguido com inclusão no “WHO IS WHO” (Quem é Quem) da Universidade de New
Providence dos EEUU, sendo um dos poucos da Medicina Baiana, destacado neste famoso catálogo dos
notáveis da Medicina Mundial. Visite o site: www.antoniopedreira.com | e-mail: [email protected]
CIÚME – O DESTEMPERO DO AMOR
Resumo
CIÚME (do latim zelumen, palavra de origem grega zelos, cujo significado original seria cuidado, ardor . È
dicionarizado como um sentimento doloroso, incomodativo cujas exigências de um amor inquieto,
inseguro, o desejo de posse da pessoa amada (por medo de perder o objeto querido) levam à suspeita, ou
mesmo a certeza, da sua infidelidade (raiva por estar perdendo ou por ter perdido).
Há quem considere o ciúme como normal e o tempero ou manifestação do amor. Seria saudável até o
ponto em que não interfira no relacionamento amoroso. De fato, trata-se de um sentimento derivado do
amor e que se manifesta pelo medo de perder o objeto de amor, ou de ser preterido e de não ser o alvo
das atenções.
Pela Análise Transacional entendemos que não há ponderação do nosso ego ADULTO que sossegue a
inquietação do ego CRIANÇA. A razão não consegue sossegar a onda emocional do ciúme, uma defesa
infantil e que, quando adultos, conservamos as motivações possessivas da criança. Pode ser um pretexto
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para jogos de poder (=controle sobre o/a parceiro/a). Quando patológico, o ciúme é um pesadelo pelo
que o ciumento sente e que pode atingir uma forma paranóica de intensidade imprevisível, deixando o
indivíduo preso em um esquema obsessivo cheio de distorções cognitivas. Homens exibem mais o caráter
paranóico e obsessivo. As mulheres exibem mais freqüentemente comportamento histérico e depressivo.
A incidência é maior nas mulheres (83%) do que nos homens (61%) que comumente reagem de modo
diferente. Elas sofrem mais ao imaginar o seu parceiro apaixonado do que fazendo sexo com a outra. O
homem sofre mais ao imaginá-la tendo sexo com o rival do que apaixonada pelo amante.
O ciúme pode ter um papel de importância no desenvolvimento emocional da pessoa, pois o senti-lo
significa adquirir a capacidade de individuar-se, i.é, poder perceber o outro como um individuo
independente, com os próprios desejos e fantasias. Individuação é sinal de que se está deixando de
importar só consigo, e começando a validar a importância do outro, pois o ciúme pressupõe a existência
real ou imaginária de um terceiro indivíduo.
UMA ANÁLISE TRANSACIONAL DO CIÚME
Quando o ciúme está vinculado com a intimidade que se busca na relação amorosa, o indivíduo pode se
sentir preterido, excluído ou trocado, mormente se a pessoa tem uma Crença de Script: eu não sou digno
de ser amado, o ciúme pode aparecer como uma exibição de Disfarce, reforçado por fantasias de vir a ser
traído. Espera, então, por uma evidência circunstancial, para desenvolver o ciúme, como uma experiênciade reforço à sua crença básica, mantendo assim em marcha o seu Script, cujo desfecho final previsível,
poderá ser SÓ e ABANDONADO, em reafirmação à sua posição existencial eu não estou OK, você não está
OK (=nãoOK/nãoOK). A baixa na auto-estima de quem sente ciúme, lhe afeta a autoconfiança e pode
provocar um sentimento de menor-valia, que equivale à Posição Existencial não-OK/OK, traduzida por
inquietação, insegurança e distúrbios psicossomáticos diversos, característicos do estado de ego Criança
Adaptados Submissa. A emoção presente é um Disfarce de medo, muito freqüente em quem desempenha
o papel de vítima submissa no Triângulo Dramático de Karpman, no qual o indivíduo preso de ciúme pode
também exibir os pensamentos, sentimentos e condutas de uma Criança Adaptada Rebelde, com raiva
potente, retroalimentada por pensamentos repetidos de vingança e retaliação. Aliás, é digno de registro
que a vítima rebelde no Triângulo Dramático expõe a sua Posição Existencial: eu OK/você não OK , a mesma
do Perseguidor, já que a Vítima rebelde não passa de um Perseguidor (=Pai Crítico negativo) disfarçado em
Vítima.
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Os Jogos Psicológicos presentes no próprio Jogo de ciúme, iniciam-se através de Transações ulteriores que
servem de isca para outros Jogos de primeiro e de segundo grau, tipo Peguei-te desgraçado, Bate-boca,
Bata-me etc.. Este último pode evoluir até um desfecho trágico, típico de um Jogo de terceiro grau,
passando para mate-me, tão comum visto nas páginas policiais. Como os Jogos Psicológicos fazem parte do
Script de vida, parece óbvio que as pessoas escolham parceiros para se relacionar, dentro de um perfil
psicológico complementar – tudo isso dentro de um plano inconsciente sutil. Em termos de AT, esta
escolha seria feita por uma parte elementar do Ego Criança Natural ou Livre, denominado Pequeno
Professor. O processo da seleção do parceiro é pré-consciente, intuitivo, bastante complexo, porém em
alta velocidade.
Um Script de desfecho trágico é prenunciado por um Jogo Psicológico de primeiro ou de segundo grau, nos
quais é possível se fazer interferências preventivas, em tempo hábil, no curso de uma psicoterapia
Transacional, de grupo e/ou individual. Em uma análise estrutural duma pessoa em terapia com AT, pode-
se buscar o seu processo interno – inclusive os diálogos internos mais perniciosos, que incluem a auto-
acusação que se traduz por sentimento de culpa, e também o sentimento parasita de autopiedade, os
quais se passam, via de regra fora de percepção do ego Adulto. Tais diálogos internos costumam perpetuar
o papel de Vítima que os ciumentos tendem a adotar, e com esta vitimagem vêm os pedidos de reforços
sociais ou Carícias de lástima. Ao adotarem o papel da Vítima rebelde, o ciumento pode se sentir premidopor “vozes na cabeça” que os impelem a interações tensas com seus respectivos parceiros. Não raro
sobrevêm Transações persecutórias resultantes de transações fechadas e ciladas ou “pegadinhas”,
induzidas por transações subliminares ou ulteriores , habilmente lançadas como iscas do jogo de bate-boca.
Neste caso, têm lugar as carícias agressivas verbais e não-verbais, decorrentes do ciúme advindo de
crenças de script que são confirmadas ao final de cada jogo. Assim, os mandatos ou injunções
Não confies e Não intimes que correspondem às mensagens passadas pelos genitores, sob a forma de
imperativos negativos ou restritivos gravados na cabeça dos filhos como diretivas do tipo:
Não confie em homem algum; Mulher, só sua mãe, e veja lá! Confie sempre desconfiando: um olho
aberto e outro fechado; Não conte seus segredos a ninguém.
No esquema tripartite da nossa personalidade, modelo proposto por Berne, podemos compreender que
estes três componentes estruturais têm a seguinte atuação, em relação ao ciúme:
o Pai tem opinião sobre ciúme. Faz juízos de valor e tem crenças pré-formadas; o Adulto tem
pensamentos racionais ou coerentes acerca do ciúme. Pondera sobre os prós e os contras deste mau-
sentimento, usa raciocínio lógico com dados de realidade, do aqui-e-agora;Criança sente o o ciúme, com
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base em suas vivências infantis com pais e irmãos, ou com figuras substitutas. Em conclusão, podemos
dizer que, além dos elementos de Script que são precoces como influências parentais, sob a forma de
Injunções tipo: não confies, há ainda atribuições – mensagens impositivas dos pais, sob a forma de
declarações enfáticas, com uma ordem para ser ciumento, e simultaneamente uma expressão facial
acompanhada de uma gesticulação recriminatória para não ser ciumento.Na Atribuição é também dado
um modelo familiar a ser seguido, tipo: Você é ciumento demais! Você é ciumento mesmo que seu tio
Geraldo!
Some-se a modelação que é dada por uma ou por ambas as figuras parentais, resultando em influências
marcantes na expressão do ciúme, que em nosso parecer, é o destempero do amor.
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"Explorando a diversidade de papéis que você e seus clientes abraçam como Seres
Humanos."
ROSEMARY NAPPER
Mestre em Educação, Analista Transacional Didata e Supervisora (TSTA) nas áreas
Organizacional, Educacional e Aconselhamento, na Inglaterra. É membro da
Association of Coaching, Chartered Institute of Personnel, European Association
for Transactional Analysis – EATA, International Transactional Analysis Association
– ITAA, certificada pela British Association of Counselling and Psychotherapy.
Possui experiência em liderar setores públicos e organizações do terceiro setor. Foi Diretora de pequenos
negócios, possui muita prática como executive coach, consultora, coselheira e facilitadora. Oferece
treinamento e qualificação em: Coaching e Mentoring pelo Institute of Leadership and Management
(Londres), Análise Transacional (com ênfase nas áreas organizacional, educacional e aconselhamento)
reconhidos pela ITAA e EATA, desenvolvimento gerencial e de facilitadores de grupo, coaching de
executivos e consultoria organizacional. Escreveu Tactics (em parceria com Trudi Newton, 2000) e um
capítulo do livro Life Scripts. Diretora da Tactical, empresa de consultoria com sede em Oxford, que provêdesenvolvimento em gestão, coaching executivo e de liderança e consultorias em desenvolvimento
organizacionais.
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MINI-CURSOS
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PSICOPATOLOGIA: REFLEXÕES CONTEMPORANEAS
LUIZ PAIVA FERRARIMédico, com Especializações em Psiquiatria, Psicoterapia, Homeopatia e
Medicina do Trabalho. Mestre em Educação e Membro Didata Clínico da
UNAT-Brasil.
E-mail: [email protected]
Objetivos do Mini-Curso
Provocar uma reflexão sobre o desenvolvimento dos transtornos psicopatológicos, e consequentemente
buscar estratégias de tratamento individualizadas, onde prioritariamente se perceba o indivíduo doente,
ao invés da doença do indivíduo.
Os conceitos clássicos do adoecimento psíquico, estudados pela Medicina Psiquiátrica, serão
paralelamente analisados, com as teorias do Script de Vida, de Eric Berne e Claude Steiner e a teoria das
necessidades relacionais, de Richard Erskine e Rebeca Trautmann.
Unindo estes conceitos num eixo existencial-temporal, necessariamente se avaliará também a
necessidade, facilidade ou dificuldade de cada indivíduo em sua adaptação com as transformações sociais
na velocidade de sua ocorrência contemporânea.
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EDUCAÇÃO FINANCEIRA
JOSÉ SILVEIRA PASSOS
Engenheiro CREA RJ 39.313-D, Psicólogo CRP-05/18.842, Psicoterapeuta, Membro
Didata Clínico Especialista em Análise Transacional pela UNAT-BRASIL/FATEP,
Diretor do Instituto Pharos de Desenvolvimento Humano e Tecnológico no Rio de
Janeiro-RJ. Atual Presidente da UNAT-BRASIL.
Objetivo do Mini-curso
Este trabalho tem por finalidade apresentar o tema “Educação Financeira versus Educação
Emocional”. Será conduzido apresentando a abordagem com Análise Transacional de Eric Berne e outros
autores. O trabalho será apresentado: parte teórica e parte prática vivencial.
Palavras chaves:
Independência Financeira; Análise Transacional; Finanças; Educação Emocional.
A educação financeira é um tema que, até pouco tempo era negligenciada no lar, na escola, na
empresa e em muitos outros seguimentos da sociedade. Sabe-se que algumas escolas no Brasil, poucas por
sinal, tiveram a iniciativa de agregar em sua grade curricular esse tema tão importante em nossa vida
cotidiana.
A globalização parece ajudar cada vez mais a competitividade a ficar mais rebuscada e acirrada na
sociedade contemporânea. Supõe-se que para um ganhar o outro tem que perder. Isso produz uma
situação insustentável diante da fragilidade com que vivemos bombardeados dia e noite com apelos da
mídia para consumirmos cada vez maior. Somos convidados a todos os momentos a prestarmos atenção
ao que está na moda, ao que é chic, ao que os mais “inteligentes” estão consumindo, etc. Enfim, uma
gama imensa de apelações consumistas que costuma fisgar nossa fragilidade emocional. Na verdade,
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vivemos numa condição de opressão que se não prestarmos atenção, somos manipulados pela mídia, pelo
governo, por aqueles que possuem o poder, etc.
O tema finanças costuma ser entendido, de uma maneira geral, como sendo de alçada dos
economistas, administradores, contadores, etc. Coisa complicada que somente estes profissionais
entendem. Não obstante, finanças, diz respeito ao nosso dia-a-dia e leva embutida a idéia do dinheiro que
manuseamos para adquirir bens, vestimentas, alimentação, lazer, etc. Ou seja, estamos envolvidos com o
tema finanças grande parte do nosso tempo, e muitas das vezes nem nos damos conta deste fato.
Estive trabalhando com clientes com diversos graus de dificuldades financeira. Dentre muitas
causas, uma bastante comum: crenças incapacitantes sobre o dinheiro. Muitas pessoas sabem ganhar
dinheiro, mas tem dificuldade de mantê-lo. Outro, por sua vez, tem dificuldade de ganhar dinheiro e assimvão surgindo os diversos impedimentos ligados às crenças de cada um.
Pensando em uma alternativa que pudesse dar conta dessas dificuldades, comecei a testar algumas
abordagens que pudesse ser tanto pedagógica quanto terapêutica. Dentre elas a Terapia Cognitivo-
Comportamental, Gestalt, Programação Neurolinguística, Ecologia Humana e Análise Transacional.
A abordagem utilizando a Análise Transacional, tem se mostrado eficiente nos aspectos da
alfabetização / educação financeira, tanto no nível psicoterápico como no educacional.
Alguns autores, como Peter Salovey, Jhon Mayer, Daniel Guleman, dentre outros, destacam a
importância da Inteligência Emocional na vida das pessoas. Eric Berne já falava da importância de nossas
emoções, separando-as em duas grandes categorias: as emoções autênticas e as emoções não autênticas
(emoções de disfarces).
As nossas emoções inatas ou autênticas (medo, tristeza, raiva, alegria e amor) são geradas
automaticamente na porção límbica de nosso cérebro (aquela parte primitiva do cérebro, também
chamada de cérebro reptiliano). Essas emoções autênticas ou naturais atuam como mecanismo de
regulação do organismo, mais precisamente atuando como moderador dos instintos que por sua vez tem
como objetivo último a sobrevivência do indivíduo.
As emoções não autênticas ou de disfarce, são aprendidas, normalmente no ceio familiar. O
objetivo desta aprendizagem é que estas emoções passem a funcionar como mecanismos de defesa que
possam “proteger” o indivíduo das faltas causadas pelo não
preenchimento de necessidades básicas, principalmente necessidades emocionais na infância.
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Este processo de aprendizagem das emoções de disfarce irá influenciar diretamente a Inteligência
Emocional do indivíduo. Daí a importância da reeducação emocional que é item importante, para educar
(ou reeducar) financeiramente. É através deste embasamento que se inicia o processo da educação
financeira.
A condição emocional de cada um poderá fazer a diferença entre se deixar ser conduzido na vida
financeira ou conduzir de maneira saudável a sua própria vida financeira. Se você não tem uma meta
financeira clara, é bem provável que alguém já o tenha inserido na meta dele e você está trabalhando
duramente para essa meta que não é sua.
Pensando em alternativas para meus clientes é que desenvolvi um seminário com o título: Iniciação
à Independência Financeira. Emprego abordagens teórica, prática e vivencial utilizando as ferramentas da
Análise Transacional, tais como os conceitos de Educação Emocional (Claude Steiner), Sistema de Disfarces
(Erskine), Quadro de Referencia (Shiff), Processo de Desqualificação (Schiff), Opções (Karpman), Carícias
(Steiner) e Ecologia Humana (Tapia).
Quando inicio um trabalho de educação financeira com um cliente, tenho que verificar
primeiramente em que lugar a pessoa se encontra parada. Ou seja, começo investigando a Situação
financeira dela. Isso tem a ver com a Posição real do lugar onde ela está parada (atrapalhada)
financeiramente. O indivíduo pode estar parado em um lugar de uma determinada maneira e, estamaneira de como ele está parada nesse lugar, é a Condição com que ela está aí.
Uma coisa é a Posição (Posto) que ocupa em um cargo, por exemplo, gerente, supervisor, diretor,
etc. e outra coisa é como eu estou controlando ou manejando está Posição (este Posto que ocupo). Seja o
cliente um professor, um estudante, um engenheiro, um médico, um psicólogo, não importa. O que
importa é que ele tem uma Condição que é a sua maneira de estar neste lugar e tem uma obrigação de
que esta Posição que ele tem é a sua Situação.
As Situações são realidades, e as Condições são subjetivas, diz respeito ao interno da pessoa.
Situação é a mesma coisa que Posição.
Condição é a mesma coisa que Maneira.
A maneira como eu estou em um lugar é a minha Condição, e o lugar no qual eu estou é a Situação
(ou Posição).
Quando compreendemos isso poderemos compreender também como sair da dificuldade
financeira.
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Ecologia Humana
FAZERTER
SER
FAZERTER
SER
Estar em causaEstar em efeito
Movimento Pró
Não vida Movimento Pró-vida
“A chave para sair do Efeito é desenvolver a habilidade de Perder: Coisas, Pessoas e Lugares”
* *
Ecologia Humana
SITUAÇÃO(Território) CONDIÇÃO(Espaço)
Posto mais alto Posto mais alto
Mudança de Poder Mudança de Paradigma
Excelência Controle
Afluência Criatividade
OperatividadeNormal Tranquilidade
Emergência
Perigo
Inexistência
Crise
Caos
Apatia
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A CRIANÇA MÁGICA – UM MERGULHO AO CENTRO DO SER.
ADRIANA MONTHEIRO
Psicoterapeuta Somática. Neuropsicóloga, Membro Clínico Certificado,
Didata em Formação. Diretora Científica da UNAT-BRASIL. Formação em
Vegetoterapia Reichiana, em Taoísmo & Vitalidade e em experiência
somática. Especialista em Análise Transacional e Mestre em Educação em
Saúde.
VITOR AGRA MERHY
Psicoterapeuta Somático, Médico Psiquiatra, Membro Clínico, Didata em
Formação, Especialista em Análise Transacional. Membro da Comissão
Cientifica da UNAT-BRASIL. Formação em Vegetoterapia Reichiana.
Resumo
Esta abordagem é resultado de investigações e pesquisas do uso de práticas orientais e ocidentais sob a luz
das descobertas da neurociência. Ensina a acessar a memória do corpo, ligada à sensibilidade, aos instintos
e às qualidades psíquicas que fazem parte da nossa herança humana, incluindo a espiritualidade. O diálogo
entre a informação consciente e a sabedoria inconsciente passa a acontecer com suavidade e naturalidade,
permitindo acessar informações importantes para o aprendizado de como lidar com o nosso processoenergético. Enfoca a sensopercepção, facilitando a integração do Adulto e o equilíbrio entre o mundo
interno e o contexto do está acontecendo no momento. Trazendo Berne, pela Consciência, podemos
adquirir Autonomia respondendo aos estímulos do aqui e agora de forma íntima e espontânea.
PALAVARAS-CHAVE: Energia, Neurociência, Script Corporal.
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A estrutura básica do caráter é desenvolvida na infância, como decorrência da relação entre
necessidades instintivas e o mundo exterior, do conflito entre necessidades internas e proibições sociais de
satisfação das mesmas, estabelecendo uma constelação de Injunções que nortea o Script de Vida, segundo
Berne, e definindo o Quadro de Referências, citado por Schiff. Envolve aspectos somáticos e sua fisiologia,
psicológicos - pensamentos, lembranças, sentimentos, e a qualidade das interações sociais por meio de
Transações nem sempre funcionais, e estruturando, assim, o Sistema de Script, conforme Zalcman e
Erskine.
Desta forma, psicologicamente, algumas pessoas atuam no presente através do Adulto
Contaminado, com um filtro de cobranças internas e de um arcabouço de crenças e valores não atualizado
frente à realidade objetiva. A experiência humana, no entanto, está enraizada nas energias do corpo, em
nossa Criança Natural, biológica. Existe uma comunicação fisiológica que pode ser desconhecida do córtex
cerebral, inconsciente, mas que é habilmente percebida, decodificada e respondida pelas várias estruturas
somáticas: órgãos, tecidos, células, podendo ser integrada pelo Estado de Ego Adulto no aqui e agora de
nossa existência. O corpo e a energia circulante são fontes de conhecimento e precisam ser acessados para
manter e/ou resgatar o pulsar plasmático da nossa natureza essencial.
No projeto da natureza, o sistema mentecérebro está planejado para executar atos
surpreendentes, que nos permite interagir com uma experiência maior. Na criança, essas habilidades sãonaturalmente vivenciadas e experimentadas. Seu corpo solto respira por inteiro e, naturalmente, ela sabe
como absorver e processar as energias da terra, do sol, da lua, das estrelas, numa alquimia interna, que a
torna mágica, poderosa. E nossa Criança, presente em nossa essência, é capaz deste resgate.
A Criança Mágica faz referência a esse grande poder, inerente a cada ser. Suavemente, o trabalho,
harmoniza corpo/mente/espírito, amplia o desenvolvimento pessoal, estimula a saúde e o bem-estar,
conduzindo, com ternura e encantamento, em direção à transcendência.
Como os antigos taoístas, aumentando o fluxo de informações na comunicação mentecorpo, os
bloqueios que inconscientemente foram criados a partir de, principalmente mensagens não verbais –
Injunções, podem conscientemente ser dissolvidos. É uma forma de atualizarmos nossa história,
afastando-nos do Script e de suas manifestações somáticas e/ou psicológicas. Muitos acontecimentos que
formaram ou transformaram nossa estrutura (algum trauma físico ou crise emocional), no momento atual
podem não nos ser mais úteis, funcionando como limitações. Eliminando estes padrões, dissolvendo
tensões, ganhamos flexibilidade, expansão interna e uma nova consciência física e emocional. E, assim;
sentir, perceber o seu sentir, adequar pela volição Adulta a expressão e a ação de sentimentos e emoções.
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Desta forma, resgatar o desenvolvimento natural do ser humano, para a construção desejada de seu
mundo.
O treinamento consta da identificação de circuitos de retroalimentação positiva e negativa,
sintonizando os vários aspectos do Sistema Nervoso - sentimento/pensamento/volição/ação - integrados
às necessidades sociais - trabalho, família, amigos. Enfoca a sensopercepção; o contato consigo mesmo, o
contato com o outro, o contato com a realidade externa, facilitando a integração do Adulto e o equilíbrio
entre o mundo interno e o contexto do está acontecendo no momento.
BERNE, Eric. Princípios do Tratamento de Grupo. UNAT-BR, 2009.
_____.Intuição e estados de ego. São Paulo: Publicação de circulação restrita da União Nacional dos
Analistas Transacionais - UNAT-BRASIL, 2008.
_____.O Que Você Diz Depois De Dizer Olá. São Paulo: Ed. Nobel. 2007
_____.Análise Transacional Em Psicoterapia. São Paulo. Editorial, 1985.
_____.Os Jogos da Vida. São Paulo: Artenova, 1977.
_____.Sexo E Amor. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1976.
ERSKINE, Richard e ZALCMAN, Marilyn. Os sistemas de disfarce. Prêmios Eric Berne. Porto Alegre: União
Nacional dos Analistas Transacionais - UNAT-BRASIL, 2006.
SCHIFF, Jacqui et all. Leituras do Catexis. Tradução informal feita por BERG Ralph. Rio de Janeiro, 1986 do
original Catexis Reader: transaction analysis treatment of p
Sychosis. New York: Harper and Row, 1975.
Suporte teórico-metodológico:
Análise Transacional proposta por Eric Berne e seus seguidores, em especial James e Barbara Allen,
Jacqui Schiff e Richard Erskine
Princípios e Leis da Economia Energética de William Reich
(Orgonomia,) e dos Conhecimentos Ancestrais Taoístas
Leitura e decodificação corporal da Semiologia proposta pela:
Vegetoterapia de Federico Navarro
Experiência Somática de Peter Levine
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COMO HARMONIZAR EM UM CASAL A DIVERSIDADE DE SUAS EXPERIÊNCIAS
MÔNICA LEVI
Membro Didata Clínico da UNAT-BRASIL e ALAT. Pós-graduada em Análise
Transacional. Especialização em Terapia de Casal, título de especialista em Psicologia
Clínica e em Psicologia Hospitalar. Diversos artigos publicados na Internet e na
imprensa. Autora de livros Um novo começo (SP, Ed. Gente, 1994) e Un nuevo
comienzo (Lima, Ed Xinergia, 2012), além de outras publicações em coautoria. Analista
Transacional desde 1978.
Resumo
Este artigo tem por objetivo mostrar que se podem harmonizar algumas diferenças em um casal,
diferenças estas que sempre estão presentes, pois não existem dois indivíduos iguais. Também levar em
conta que diferenças não são defeitos. São fruto das experiências passadas. Uma queixa apresentada por
um casal é apenas a ponta de um iceberg é necessário ir mais fundo para chegar à origem. Condição
necessária para isto é que ambos queiram investir, reconhecer a importância de saber ouvir e investir no
autoconhecimento para depois trabalhar suas diferenças. Para isso, mostraremos as técnicas que podem
ser usadas com Análise Transacional. Palavras-chave: casal; experiências; dependência; patologia complementar.
COMO HARMONIZAR EM UM CASAL A DIVERSIDADE DE SUAS EXPERIÊNCIAS
Comecemos pela etimologia da palavra harmonia: essa palavra vem do Latim HARMONIA, do Grego
HARMONIA, “ajuste, combinação, concordância de sons), literalmente “meios de encaixar, de combinar”, de
HARMOS, “articulação do corpo, ombro”, de uma rai z indo-europeia AR- , “encaixar” (Origem da palavra- Site de
Etimologia, s/d).
Conceito básico para uma relação de casal, segundo o qual “entender a palavra NÓS significa o único
espaço onde você e eu criamos quando você compartilha seu Self comigo e eu compartilho meu Self com
você.” (MCKENNA, 1978, p. iii). Isto independente dos papeis que atuamos, dos títuos que temos, do cargo
que ocupamos na empresa. Qual é sua verdadeira identidade?
Esse espaço que criamos no relacionamento é formado pelos vínculos em comum, (LEVI, 1993, p. 19 – 22).
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P P
A A
C C1
2
3
4
5
6 7
Aceitação
Confiança
Respeito
Amor
Química
Sendo o casamento uma sociedade – que se espera ser de longo prazo, com metas de construir
projetos de vida em comum – é necessário ter confiança mútua, aceitação e respeito.
“Respeito é uma relação entre adultos que se baseia num diálogo direto e aberto”. Para tanto, é
necessário sentir confiança e preencher contratos que vêm do compromisso, de modo que...
confiança + compromisso = respeito.” Berne (1976)
Em AT focalizamos três sistemas: o intrapessoal, que focaliza a estrutura da personalidade do indivíduo e
também com as transações entre os indivíduos, o interpessoal, o que resulta no sistema social. JOINES,
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(1977) in G. Barne (Ed) Transactional analysis after Eric Berne; An integrated systems perspective ( p.256).
New York: Harper’s College Press.
No sistema intrapessoal e interpessoal podemos verificar as mensagens e permissões ou proibições que
cada um dos indivíduos recebeu e como elaborou tudo isso. Aqui já estamos lidando com a diversidade das
experiências. Da influência cultural de cada um, a qual acarreta em diferentes escalas de valores e
vivências., que surgem na comunicação, na atuação e nos sentimentos. Tudo isto vai levar a diferentes
Scripts de vida. A escolha do parceiro, o tipo de relacionamento consequente e o tipo de separação podem
estar ligados ao Script com sua respectiva Posição Existencial. Escolher um parceiro na posição existencial
OK/NOOK ou NOOK/OK vai resultar num relacionamento simbiótico, onde as diferenças são
complementares, então não existe queixa enquanto tudo permanece igual. Nestes tipos de
relacionamentos existem jogos psicológicos característicos: Se não fosse por ele, Coitadinho de mim, Me
bata (BERNE, 1976). e os jogos de poder (STEINER, 1986 p. 36-40). Surge a dificuldade quando um dos
elementos sai da sua posição, rompendo o equilíbrio neurótico.
Decisão do script é desejar o divórcio por motivos OK/NOOK, NOOK/OK ou NOOK/NOOK.
É OK “livrar-se do cônjuge” quando existe comportamento físico destruidor, se ele romper
consistentemente os contratos, se houver falta de compromisso com o casamento ou se entrar na loucura.
Outro dado para diagnóstico de separação NOOK são os disfarces que surgem após a separação: deculpa, inadequação, confusão. Esses indicam a posição NOOK/OK.
Disfarces de raiva, ciúme, falso triunfo, vingança correspondem à posição OK/NOOK.
Sentimentos de desamor, desespero ou abandono indicam a posição NOOK/NOOK.
“Se a decisão da separação for tomada na posição OK/OK, o sentimento é de tristeza”. ( KAHLER, 1976)
No desenvolvimento e aprendizagem de cada parceiro temos também as necessidades básicas de
cada um e podemos fazer um paralelo entre a pirâmide de necessidades básicas de Maslow (MASLOW
1991) e as fomes básicas de Berne
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Pode-se estabelecer a seguinte relação:
Dentro das carícias temos a importante contribuição de BERNE sobre a moeda de carinho, motivo
de grande diversidade.
Outra variável a ser analisada é o fato de, no casal, existirem três papeis, a saber:
Assegurado – quando se casa, esse papel está assegurado: nos documentos, se coloca o estado civil
casado.
Assumido – o fato de estar casado não significa que o papel tenha sido assumido. Algumas pessoas
permanecem numa individualidade total, sem criar ou manter os vínculos do relacionamento,
Esperado – é aquilo que cada um espera do relacionamento e do outro.
alimento carícia
corpo psiquismo
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Existe um papel esperado individual – o que o cada um acha que tem que ser quando casar. Esse
não faz parte do contrato nem é compartilhado com o parceiro (a). Nesse caso, ocorre confusão e
insatisfação, pois a pessoa casa e muda sua atuação, sem que o outro saiba o porquê.
Estes papeis constam dos contratos de relacionamento (LEVI, 1993, p.56-62).
Atualização de contratos e desenvolvimento da relação
O relacionamento não é uma estrutura estanque: ele se desenvolve com o tempo e tem etapas a
serem cumpridas, cada uma delas com tarefas com limite de tempo e conflitos, semelhantemente à teoria
do desenvolvimento Psicossocial, de Erik Erikson, (Rabello e Passos, 2007).
Da solução de uma etapa, dependerá o comportamento na etapa seguinte e, em cada estágio, o
ego passa por um conflito. Quando o conflito não é resolvido, surge a crise.
Existem também crises circunstanciais, como o surgimento de uma doença, a mudança financeira
ou o surgimento de um terceiro elemento na relação. O desfecho da crise pode ser positivo ou negativo.
Assim como os parceiros mudam as necessidades e as metas, o relacionamento se desenvolve com
o transcorrer do tempo e, por esse motivo, é necessário atualizar os contratos de relacionamento, levando
também em conta as mudanças sociais.
Nesta era pós moderna, Vitimam ressalta: "o que caracteriza a família e o casamento numa situação pós-
moderna é justamente a inexistência de um modelo dominante, seja no que diz respeito às práticas, seja
enquanto um discurso normalizador das práticas”.
“Encontrar o amor é uma sorte, conservá-lo é uma arte”.
Mônica Levi
Referências bibliográficas
Berne, E. (1961). Principles of group treatment. New York: Grove Press. ______. (1972). Análise Transacional em Psicoterapia. São Paulo: Summus Editorial, p. 195-198. ______. (1976). Sexo e amor . Rio de Janeiro: J. Olympio, p. 84 ______. (1977) Os jogos da vida. Rio de Janeiro: Artenova S.A, p. 88. ______. ( 1988) O que você diz depois de dizer olá? A psicologia do destino. São Paulo Nobel.Kahler, T. (1976), Separação: uma decisão autônoma ou de Script? Transaccional Analysis Journal , vol. 6.3,
jul/1976, p. 300-301.
Levi, M. (1994). Um novo começo – Como superar sem traumas uma separação. São Paulo: Ed. Gente.
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Maslow, A. (1991) Motivación y Personalidades. Madrid. Ed. Dias de SantosRabello, E. T.; Passos, J. S. (2007). J. Erikson e a teoria psicossocial do desenvolvimento. Disponível emhttp://www.josesilveira.com. Acesso em 15.10.2007.SAGER, C.; KAPLAN, H. S. ET. al. (1972) The marriage contract. In: ______. Progress in group and family
therapy. New York: Brummer Mazel, cap. 28.Steiner, C. (1986) O outro lado do poder, São Paulo. Nobel.WATZLAWICK, Paul; BEAVIN, Jackson. (1967). Pragmática da comunicação humana. São Paulo: Cultrix.
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A SINGULARIDADE E DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
LAUCEMIR SILVEIRAEconomista e psicóloga, mestrado em Administração e Recursos Humanos pela
Universidade de Extremadura/Espanha. Analista transacional membro certificado
organizacional pela UNAT Brasil-União Nacional dos Analistas Transacionais.
Consultora em desenvolvimento organizacional (interpessoal, gerencial e de
equipes). Atua em coaching executivo e empresarial. Especialista e Didata pela
Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos (SBDG).Diretora da Zoeh Desenvolvimento de
Pessoas.
Resumo
Um dos desafios das organizações contemporâneas é conciliar o individual e o coletivo no seu
ambiente interno.
Entendo que o individual abrange a singularidade do ser humano em pelo menos dois sentidos:
no que diz respeito ao aspecto profissional, os conhecimentos, habilidades e atitudes da pessoa,
que estão a serviço da organização para que esta sobreviva em mercados cada vez mais
competitivos e atinja seus resultados pretendidos;
no que diz respeito a questões pessoais: as necessidades e desejos , seus anseios como ser
humano que busca atender através do seu trabalho: no sentido físico, mental, emocional, social e
espiritual.
O coletivo congrega a interação e composição de competências, necessidades e interesses, através
das relações interpessoais, intra e intergrupais, que se entrelaçam tendo como pano de fundo a cultura,
dando vida e dinamismo ao sistema organizacional.
A cultura possui como alguns de seus elementos: um modelo de gestão, o padrão de relações
interpessoais e entre áreas, a maneira como transitam as informações, como são tomadas as decisões e
solucionados os problemas, como se lida com conflitos, entre outros.
Para Berne (1966) a cultura influencia “quase tudo o que acontece num agregado social” (BERNE,
1966, p. 124). É definida como “as influências material, intelectual e social que regulam o trabalho do
grupo, incluindo a cultura técnica, a etiqueta do grupo e o caráter do grupo.” (BERNE, 1966, p. 258).
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Berne (1966) menciona que:
Os aspectos psicológicos da cultura, (...), podem ser resumidos da seguinte forma: a cultura técnica, o
que se deve fazer, está baseada numa abordagem objetiva, realista, “adulta” do ambiente. A etiqueta do
grupo, o que se espera que cada um faça, é uma questão de tradição, tratando dos padrões decomportamento e sua manutenção, e é transmitida de uma geração para a outra, sendo aprendida com
os pais como ela era. O caráter do grupo relaciona-se com o que se gostaria de fazer e, com restrição
apropriada, permite a expressão dos aspectos mais arcaicos da personalidade. (BERNE, 1966, p. 127).
(Grifos do autor).
Nesse conceito de cultura evidencia a presença de características da estrutura de personalidade
humana expressas no grupo. Berne (1966, p. 100) menciona que “a cultura técnica pode ser chamada de
aspecto racional, a etiqueta do grupo de aspecto tradicional e o caráter do grupo de aspecto emocional da
cultura do grupo.” BERNE (1966, p. 100)
Trata-se de um tema abrangente que poderia ser estudado ou observado a partir de vários
enfoques. Este texto enfatiza a interseção entre o individual (o trabalhador com sua singularidade) e o
coletivo (o grupo com sua diversidade), no ambiente organizacional, a partir de alguns conceitos da Análise
Transacional.
Consideremos que os trabalhadores se relacionam como colegas de trabalho que compartilham o
mesmo espaço físico presencial e/ou virtual, ou a corresponsabilidade por tarefas ou processos ou, ainda,
que se relacionam como clientes e fornecedores internos. Quanto às relações grupais, estas possuem
características peculiares e diferenciadas das relações interpessoais.
Quando falamos de relações interpessoais estamos nos referindo a como a pessoa se relaciona com
o outro considerando, por exemplo, o grau de intimidade e exposição pessoal que se propõe, a percepção
que possui de si e do outro na inter-relação, sua capacidade de identificar e resolver problemas
interpessoais, sua flexibilidade perceptiva para atuar com empatia, a forma como fornece e reage a
feedbacks. Já os relacionamentos grupais dizem respeito a interface entre membros do grupo, especialmente
quando há interdependência entre eles para a realização de tarefas e procedimentos ou alcance dos
objetivos ou resultados grupais. Usualmente abrangem compreensão conjunta de sua interconexão, metas
e forma de atuação como grupo (papéis desempenhados no grupo, regras, uso de recursos, formas de
monitorar desempenho coletivo, entre outros). Na interação grupal vão se evidenciando aspectos da sua
dinâmica que favorecem ou dificultam o alcance de resultados, tais como: padrão de comunicação,
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articulação de competências individuais e grupais, maneira como manejam conjuntamente os conflitos,
decisões, solução de problemas, etc.
O grupo é resultado da composição entre seus membros e esses se influenciam mutuamente e
influenciam o grupo como um todo, de maneira que determinado grupo possui caracterisiticas próprias.
Vale dizer que uma mesma pessoa pode se comportar de maneira diferente em diferentes grupos, pois seu
comportamento individual é influenciado pela dinâmica que se estabelece no grupo em dado momento.
Por exemplo: num grupo a pessoa costuma ser ouvida pelos colegas quando fala, em outro grupo mais
competitivo, falam junto com ela não qualificando o que diz.
O conjunto teórico da Análise Transacional traz conceitos que contribuem para a compreensão
dessa interface entre o singular e o coletivo e, dentre eles, para mim são essenciais o referencial de
Transações, Jogos, Posição Existencial, Trabalho de Grupo e Forças nele presentes.
Como exemplo, quando consideramos o conceito de Posição Existencial (PE), podemos
compreender que dependendo da Posição Existencial de um dos membros do grupo, num dado momento,
ele pode influenciar a dinâmica grupal que se estabelece. Por exemplo: em uma reunião, quando uma
equipe dialoga sobre um projeto, se um dos participantes se posiciona na Posição “Eu estou Ok -você está
não Ok (+/-)”, com arrogância, pressionando para impor suas idéias e desconsiderando as sugestões dos
colegas, está estimulando reações individuais (dentre outras possibilidades, está estimulando reações apartir das PEs de seus interlocutores) que por sua vez tenderão a influenciar a si mesmos mutuamente
levando o grupo a funcionar de determinado jeito nessa situação, inclusive influenciando a canalizar sua
energia para processo ou atividade. Na sequência, essa dinâmica que se estabelece no grupo tenderá a
influenciar seus integrantes e os impactos mútuos seguem provavelmente interferindo na maneira como o
grupo prosseguirá se comunicando, negociando, decidindo, etc..
Podemos dizer que a essência da dinâmica organizacional está no indivíduo e nas suas interações
interpessoais e grupais e que a Análise Transacional colabora para a compreensão de aspectos individuais
e das dinâmicas grupais e organizacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, Eric. Estrutura e Dinâmica das Organizações e dos Grupos . Philadelphia: Grove-Evergreen, 1966.
UNAT-BRASIL - Circulação Restrita, 1966.
________. O Que Você diz Depois de Dizer Olá?. São Paulo. Nobel, 1998.
________. Princípios de Tratamento de Grupo. New York, Oxford University Press, 1966. UNAT-BRASIL-
Circulação Restrita, 1966.
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MESAS REDONDAS
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REFLEXÕES SOBRE O SELF CULTURAL
CONSTÂNCIA MARGARETE ALVES DE BONI
Atua como formadora de Coaches e Mentores, Coach de Executivos, consultora de
desenvolvimento de grupos, mediadora de conflitos organizacional e familiar. Socia
Diretora da Crescere Desenvolvimento Humano e do Institutho dy Crescere
Personas. Redatora da Revista Eletrônica Ação in Coaching. Graduada em
Psicologia, Clinical Member 9ITAA/USA). Membro Didata Clínico e Organizacional
em Análise Transacional 9UNAT/BRASIL). Treinamento em Team Building na Will Schutz Association (USA).
Didata da Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo (SBDG), Mediação de Conflitos (CLIP), Diplomada em
Coaching e Mentoring (Insitute of Leadership and Mentoring/Londres). Palestrante em eventos nacionais e
internacionais com os temas de Coaching e desenvolvimento de grupos, Liderança. Experiência como
Executiva em Organizações em fins lucrativos.
Mesa Redonda “ Reflexões sobre a diversidade nas organizações”
Constância Margarete Alves de Boni
Vamos considerar e refletir a respeito de Diversidade nas Organizações, a partir dos conceitos de Papeis
Sociais de Bernd Schimd.
A complexidade e das nossas relações e ações está na diversidade e no número de papéis que
possuímos de diferentes mundos, muitas vezes coexistindo no mesmo ambiente.
Vamos utilizar a “Escada da Qualificação”, para falar de 5 aspectos para perceber
a existência de "papel social", definido como: "um sistema coerente de atitudes, sentimentos,
comportamentos, perspectiva da realidade e dos relacionamentos que o acompanham, que manifesta-se
em um modelo triplo de mundo: mundo privado, mundo profissional e mundo organizacional" (Fig. 1).
A definição do Papel Social através dos cinco aspectos - atitudes, sentimentos,
comportamentos, perspectiva de realidade e relacionamentos decorrentes - é um mapa para adquirir
consciência do que é essencial ao papel e o que o diferencia de outros, do que é similar a outros papéis e
podem provocar uma percepção equivocada do papel desempenhado, isto é a importância.
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Uma vez que os papéis que representam opções a serem consideradas estejam conscientes e
claros, é possível comunicá-los para que sejam percebidos como tal e tenham sua potência de intervenção
no grupo gerando o resultado desejado.
De acordo com Bernd Schmid (2007) duas coisas podem acontecer para que um papel não tenha
consistência:
- Contaminação de papéis: é a inclusão crônica de elementos de outros papéis em um papel
determinado sem a pessoa dar-se conta. Ocorre entre papéis de diferentes mundos;
- Confusão de papéis: quando são inconsistentes em si próprios, não constituem um sistema
plausível e coerente de atitudes, sentimentos, comportamentos, perspectivas da realidade e idéias sobre
relacionamentos. Ocorre quando esses aspectos relacionados a papéis distintos do mesmo mundo
misturam-se.
Duas habilidades são importantes para integração dos papéis:
- Descontaminação de papéis: consiste em identificar aspectos do papel que não são adequados, e
ativar outros para serem destacados. Identificar os aspectos que não são adequados ao papel
frequentemente ajuda a encontrar expressão adequada em outros papéis, reduzindo a interferência.
- Desconfusão de papéis: estabelecer uma referência, criar ordem e estrutura para desempenho do
papel. Consiste em favorecer a competência de papel que se caracteriza pela definição dos padrões e daessência do papel - o que o diferencia de qualquer outro.
Estar atento a essência e as fronteiras dos papéis, ativá-los e desativá-los de acordo com a
perspectiva de realidade, comunicando-os claramente e assegurando-se de que assim serão percebidos
são habilidades fundamentais para os profissionais dentro das organizações, seja para a gestão de equipes
ou para o desenvolvimento relacional.
O exercício é integrar características de papéis e de mundos diversos, conforme a perspectiva de
realidade presente, desempenhando papéis congruentes. Obter reconhecimento em tal desempenho
expressa coerência e credibilidade, fonte de influência pessoal.
Caracterizamos a existência da credibilidade como resultado da integração dos papéis numa dada situação,
a importância de ter os cinco aspectos congruentes para constituir o papel. Os papéis disponíveis são
opções. Descontaminar e desconfundir papéis é a habilidade requerida para a influência pessoal,
caracterizando ações a serem implementadas.
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A observação das dificuldades encontradas no desempenho dos papéis organizacionais passa a ser
mais um indicativo para trabalharmos a diversidade sob um aspecto qualificador das relações. Citaremos
algumas:
- Estruturar, descontaminar e papéis;
- Perceber a adequação das intervenções nas demandas grupais a partir do seu papel;
- Intervenções para integração dos papéis da liderança;
- Potencializar a intervenção de Líder-Coach;
- Tomada de decisão e
- Gestão de processos de mudança.
Leituras Referenciadas
Blanchard, Ken - Liderança de Alto Nível - Porto Alegre - Bookman - 2007.
Clutterbuck, David - Coachigng Eficaz - São Paulo - Editora Gente - 2008.
Britton, Jennifer J. - Effective Group Coaching - Canadá - John Wiley & Sons Canada, Ltd - 2010.
Schmid, Bernd - Transactional Analysis and Social Roles - Transactional Analysis Journal - São
Francisco, USA - 2007. Kets de Vries, Manfred F. R. - Liderança na Empresa - São Paulo - Editora Atlas - 1997.
ROSEMARY NAPPER
Mestre em Educação, Analista Transacional Didata e Supervisora (TSTA) nas áreas
Organizacional, Educacional e Aconselhamento, na Inglaterra. É membro da
Association of Coaching, Chartered Institute of Personnel, European Association
for Transactional Analysis – EATA, International Transactional Analysis Association
– ITAA, certificada pela British Association of Counselling and Psychotherapy.
Possui experiência em liderar setores públicos e organizações do terceiro setor. Foi Diretora de pequenos
negócios, possui muita prática como executive coach, consultora, coselheira e facilitadora. Oferece
treinamento e qualificação em: Coaching e Mentoring pelo Institute of Leadership and Management
(Londres), Análise Transacional (com ênfase nas áreas organizacional, educacional e aconselhamento)
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reconhidos pela ITAA e EATA, desenvolvimento gerencial e de facilitadores de grupo, coaching de
executivos e consultoria organizacional. Escreveu Tactics (em parceria com Trudi Newton, 2000) e um
capítulo do livro Life Scripts. Diretora da Tactical, empresa de consultoria com sede em Oxford, que provê
desenvolvimento em gestão, coaching executivo e de liderança e consultorias em desenvolvimento
organizacionais.
HELENA HARGADEN
Atua como Psicoterapeuta e Supervisora em Londres, Inglaterra. Realiza seminários
de Análise Transacional Relacional em Kent. É diplomada em Counselling, mestre em
Psicoterapia com Análise Transacional, Doutora em Psicoterapia Relacional e éSupervisora e Treinadora em Análise Transacional. Possui experiência de 25 anos
com questões de relacionamentos, autora de artigos científicos e livros na área de Relacionamento
Humano. Especialista em trabalhar com pessoas que querem melhorar a qualidade de seus
relacionamentos.
O Self Cultural
A experiência pessoal em outra cultura e imagens simbólicas dos integrantes da mesa e do publico será abase de informação para a discussão teórica.Baseadas em diferentes perspectivas teóricas será realçada a significância dos processos inconscientes eserão feitas conexões com trauma trans geracional nas várias perspectivas teóricas de script cultural eemergência do self cultural relacional.
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analise do organismo doente. Parte da função normal, território da biologia molecular e fisiologia orgânica
utilizando uma avaliação personalizada.
Conhecer os níveis de adoecimento e as leis biológicas que atuam sobre isso, agrega inúmeras
possibilidades que favorecem o processo terapêutico.
A importância das terapias de biorregulaçao, cujo foco é a saúde, buscando a integridade do biossistema
humano, no processo mantenedor da vida é uma visão verdadeiramente integral no sentido mais amplo
desse termo.
As terapias biológicas utilizam substâncias naturais, forças físicas e métodos psicológicos, coordenados
segundo as necessidades individuais e respeitando as características de cada individuo, as particularidades
do seu adoecer e os mecanismos fisiopatológicos. Conhece-las é utilizar de ferramentas valiosas na busca
desse equilíbrio fisiológico, mental, emocional e espiritual.
LUIZ PAIVA FERRARI
Médico, com Especializações em Psiquiatria, Psicoterapia, Homeopatia e
Medicina do Trabalho. Mestre em Educação e Membro Didata Clínico da
UNAT-BRASIL.
Esta apresentação, em Mesa redonda no XXIV Congresso Brasileiro de Análise Transacional, objetiva
revisitar as Teorias de Homeopatia e Análise Transacional, propondo um foco contemporâneo para a
leitura do indivíduo doente, ao invés da doença do indivíduo.
Palavras Chave: Terapêutica Holística, Análise Transacional, Homeopatia
Para refletir sobre saúde é necessário antes entender que, diferentemente dos outros seres vivos, o
homem tem seu ciclo vital determinado por duas programações: Uma é biológica, assim como em todos os
outros seres vivos. E a outra é dependente de seu desenvolvimento psicossocial.
Neste estudo, duas Teorias, semelhantes na visão integral do ser humano, são revisitadas: A
Homeopatia e a Análise Transacional.
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Em ambas, fundamentalmente o foco da terapêutica está no indivíduo doente e não na doença do
indivíduo.
A Homeopatia é um complexo sistema de tratamento médico, cujo princípios fundamentais são o
estudo da energia vital, como um elemento harmonizador e dinâmico, que modula os processos bio-físico-
químicos que desenvolvem-se em um ser vivo, e a utilização da teoria universal da cura pelos semelhantes,
ou seja, o emprego de um medicamento que observado experimentalmente como causa de patologia num
individuo sadio, é capaz de curar sintomas semelhantes quando estes surgem no curso de uma doença.
A doença é entendida como um desvio da força vital, causado por processos internos ou pela
interação do indivíduo com o meio, sendo na busca da cura, realizada detalhada pesquisa da maneira de
viver de cada um, para que se possa então indicar o medicamento com ação semelhante aos sintomas
descritos e aos sinais percebidos pelo terapeuta médico homeopata.
O medicamento homeopático é assim, um agente capaz de interagir com a força vital, criando
condições para que, reequilibrando-se naturalmente, possa o indivíduo enfermo lutar contra, eliminar ou
modificar o agente causal da doença.
Este agente causal tem clara presença externa em patologias como as alergias, doenças
profissionais, intoxicações e outras semelhantes, assim como pode ser um processo interno, pela herança
genética ou pela forma como o indivíduo vivencia suas emoções, sentimentos e conceitos de auto-referência.
A Análise Transacional, dentre todas as outras ciências do estudo do comportamento, é
seguramente a que oferece a mais completa leitura das conseqüências emocionais e físicas da supressão
ou da repressão da expressão espontânea e autêntica das emoções, quando aponta o conceito de
emoções substitutas, ou seja, o aprendizado na infância de condutas ou sentimentos inadequados,
fomentados pelas figuras parentais em substituição à expressão das emoções naturais ou autênticas não
permitidas ou ignoradas pelos pais ou substitutos.
Pensando-se numa definição de saúde, como uma relação de equilíbrio da energia vital, entende-se
que estará saudável aquele indivíduo que processa de forma natural e espontânea os estímulos recebidos
do meio.
De forma contrária, quando culturalmente, se aprende a suprimir ou disfarçar a emoção natural, a
energia vital, que não é voluntariamente mobilizada, desvia-se de seu curso natural, gerando disfunções
e/ou lesando órgãos e sistemas.
É a evidência da doença psicossomática.
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E a possibilidade de cura, associando a Homeopatia para equilíbrio biológico da energia vital com a
Análise Transacional para atualização de conceitos de auto-referência e permissão para expressão
autêntica das emoções.
Em ambas as teorias, a busca da saúde integral do indivíduo requer do terapeuta uma visão
holística. Os sinais e sintomas relatados são valorizados como um instrumento para a percepção das forças
biológicas e psicossociais, que naquele momento interagem e produzem um determinado efeito.
Não se busca primariamente a supressão deste efeito, mas sim entender e tratar os movimentos
bio-psicossociais e espirituais que os motivaram.
Exige-se, ainda, do terapeuta holístico, uma permanente atualização científica, com conhecimento
dos avanços e tecnologias terapêuticas contemporâneas.
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ANÁLISE TRANSACIONAL E A VALORIZAÇÃO DO SER HUMANO – REFLEXÕES SOBRE O
CONCEITO DE POSIÇÃO EXISTENCIAL
MIRIAM S. CIBREIROS DE SOUZA
Psicóloga (UnB-DF), Especialista em Psicologia Clínica, Psicologia Organizacional
e do Trabalho (CFP). Mestre em Psicologia Social e Personalidade (UnB-DF).
Membro Certificado Clínico e Didata em Formação da União Nacional de
Analistas Transacionais (UNAT-Brasil) e da Associação Latino-Americana de
Análise Transacional (ALAT). Trabalha com psicoterapia individual, familiar e de
grupo. Telefone: (61) 3274-8976 | Celular: (61) 9985-9285 | E-mail:
Resumo
O propósito deste artigo é uma reflexão sobre o conceito de Posição Existencial da teoria de Análise
Transacional, os aspectos de oqueidade e não oqueidade, a fé na pessoa no processo de cura e
transformação, reforçando a premissa da sua natureza de saúde e possibilidade de Autonomia.
PALAVRAS CHAVE: Análise Transacional. Posição Existencial. Saúde. Autonomia
Logo nos meus primeiros contatos com a Análise Transacional, chamou-me a atenção o conceito de
Posição Existencial. As quatro Posições Existenciais no centro, como um coração, podendo-se estabelecer
ligações com os outros conceitos. Tudo interligado de forma coerente, dando sentido à sua definição “...
uma Posição a partir da qual se fazem os Jogos” (BERNE, 1988, p. 356).
Como vimos no filme “Olha quem tem está falando”, a criança quando chega ao mundo, vai registrando
suas impressões e formando convicções a seu próprio respeito, a respeito dos seus pais e do mundo à sua
volta. “Estas convicções têm probabilidade de permanecer para o resto de sua vida e podem ser resumidas
da seguinte forma: (1) Eu estou OK ou (2) Eu não estou OK ou (3) Você está OK ou (4) Você não está OK”
(BERNE, 1988, p. 81).
A partir destas convicções, a criança toma decisões de como é o mundo e o que vai fazer diante disto.
Qualquer que seja a decisão, poderá ser justificada ao assumir uma posição baseada em convicções
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profundamente arraigadas, decorrentes na sua percepção do mundo e de todas as pessoas que dele fazem
parte, sejam amigos ou inimigos. Agora, sua percepção e interpretação do que acontece consigo mesma e
com os outros é feita a partir de uma Posição de oqueidade ou não oqueidade, determinando o modo de
relacionar-se com o outro, fazendo Jogos e definindo seu Script. Ter definida esta Posição a partir da qual
percebe a si mesma e ao outro, dá-lhe segurança para lidar com as diferentes e inusitadas situações da
vida e, como o chão em que pisa, resistirá a abandoná-la.
Por outro lado, “é verdade também que todo indivíduo inicia a vida num estado capaz de consciência,
espontaneidade e intimidade, e que tem uma certa capacidade de decidir quais os ensinamentos de seus
pais que irá aceitar” (BERNE, 1977, p. 158), ou seja, bem cedo ele decide como se adaptará às influências
das pessoas à volta.
Para Steiner (1976), o primeiro e mais importante conceito que Eric Berne introduziu na psiquiatria foi este
que as pessoas nascem príncipes e princesas e assim permanecem até que seus pais as transformem em
sapos. Assim, as pessoas quando nascem são, por natureza, OK. E sintetiza as premissas básicas da AT: “Os
seres humanos são, por natureza, inclinados e capazes de viver em harmonia consigo mesmo, uns com os
outros, e com a natureza.” (STEINER, 1976, p. 16)
Este aprendizado de vida de uma pessoa, seu caminho de adaptação ao mundo e suas decisões de lidar
com o que acontece a sua volta sofreram pressão externa, especialmente de seus pais. Esta influência éefetiva, uma vez que a criança sente necessidade de reconhecimento e pode acreditar que somente será
amada se corresponder ao que imagina que seja o desejo do papai ou da mamãe. São decisões de
sobrevivência e, pode parecer estranho, decorrem da saúde e a da inteligência do seu Pequeno Professor.
E para manter a coerência de seu referencial interno, fonte de segurança, cresce usando diferentes
máscaras, de incompetente, melhor ou pior que o outro, desastrado, neurótico, depressivo, eufórico, ou
mesmo psicótico, todas caricaturas de sua espontaneidade natural, comparáveis às ervas daninhas que
impedem uma plantinha de crescer com todo seu potencial. O príncipe ou a princesa já virou sapo não OK,
vendo o mundo como OK ou não OK, ou até usando máscara de OK assombrado por sentimentos de não
oqueidade.
E a liberdade a que se refere Berne? Como ver isto quando, diante de mim, há uma pessoa desequilibrada,
aprisionada por seus conflitos internos, oprimida e impotente diante de pressões externas? Como ver isto
num criminoso? Ou numa pessoa que chegou na sarjeta?
Somente um olhar de fé na saúde é capaz de ver por detrás das aparências do sapo feio ou deformado.
Somente o olhar de quem acredita que em cada indivíduo existe uma essência nunca contaminada, um
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núcleo de saúde, self , essência divina ou qualquer outra denominação que se escolha dar. Somente um
profundo respeito pelo caminho percorrido por este indivíduo, agora sobre a aparência de horrendo sapo,
torna possível o milagre da transformação. O que é, senão amor, este respeito, esta confiança e esta
aceitação incondicional do outro? Este é o amor universal que precisa ser cultivado, não somente nos
terapeutas, mas na humanidade em geral, para que se instale a paz no mundo e se garanta a
sobrevivência do planeta. Eric Berne (1988) se refere a isto: “Mudanças estáveis devem vir de dentro, ou
espontaneamente ou sob algum tipo de influência `terapêutica´: tratamento profissional ou amor, que é a
psicoterapia da natureza.” (p. 84)
Com muita propriedade, também Roberto Crema (1984) fala do quão primordial para o psicoterapeuta é a
fé na pessoa, a crença na saúde e no poder evolutivo do indivíduo para que possa desenvolver todo o seu
próprio potencial e facilitar que o outro desenvolva o dela, incluindo aí o potencial de amar, sentimento de
estar ligado, de conexão, de fazer parte de um todo maior.
Em algum momento, a mesma saúde que levou a criança a uma decisão de sobrevivência, grita que algo
não está bom. É a crise, momento de dúvida e sofrimento, e que por excelência, proporciona a busca de
libertação do que oprime; e, na maioria das vezes, a pessoa vai ao encontro, ainda movida pela saúde, de
um espaço de acolhimento, aceitação e proteção. É o momento do “mergulho” na escuridão da sua parte
alienada e não consciente, passando pelas “ervas daninhas”, enfrentando os “monstros e “fantasmas” queo amedrontam, descobrindo possibilidades de avaliar decisões e, de forma consciente, decidir sua vida. E lá
no fundo da escuridão, a luz da essência não adoecida pode novamente assumir o comando. Num
processo dialético, a mudança acontece. A natureza é, em si mesma, a cura. Na verdade, como disse Berne
(1988), o terapeuta facilita e quem cura é Deus.
Neste constante vir a ser, a pessoa se sente mais plenificada, caminhando mais firme e ousando fazer
escolhas, mesmo que tenha ainda algumas dificuldades. Para Carl Rogers (1976), é o “tornar -se pessoa”, é
o permitir-se ser ela mesma, aceitando-se de forma mais total e aceitando o outro ou o mundo tal qual ele
é.
Numa escolha agora consciente, mais livre das pressões, Injunções e Atribuições parentais, com
Autonomia, assume a realeza a que sempre teve direito. Reconquista por vontade própria, sua Posição
Existencial natural “Eu estou OK, Você está OK”. E esta é a possibilidade e a esperança para cada indivíduo.
Acredito que este processo de “tornar-se pessoa” prepara para a velhice, fase que, o grande teórico de
desenvolvimento, Erik Erikson (1976), tantas vezes citado por Berne (1991) denomina de “Integridade do
ego versus desesperança”. Esta integridade é vivida plenamente quando o indivíduo aceita seu próprio
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ciclo de vida e das pessoas, aceita seus pais e os honra, aceita que as coisas aconteceram da forma como
tinha que ser e que foram experiências de crescimento e transformação; aceita e não teme a morte.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERNE, E. O que Você Diz Depois de Dizer Olá?: A psicologia do destino. 1ª ed. São Paulo: Nobel, 1991.
BERNE, E. Os Jogos da Vida. Rio de Janeiro: Artenova, 1977.
CREMA, R. Análise Transacional Centrada na Pessoa... e mais além. Brasília: H. P. Mendes Ltda, 1984.
ERIKSON, E. Infância e Sociedade. 2ª ed. São Paulo: Zahar, 1976
ROGERS, C. Tornar-se pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1976.
STEINER, C. Os Papéis que Vivemos na Vida. São Paulo: Artenova, 1976.
ADRIANA MONTHEIRO
Psicoterapeuta Somática.Neuropsicóloga.Membro Clínico, Didata em Formação,
Diretora Científica da UNAT-BRASIL. Formação em Vegetoterapia Reichiana, em
Taoísmo & Vitalidade e em Experiência Somática. Especialista em Analise
Transacional. Mestre em Educação em Saúde e Ambiente.
O presente trabalho sugere ampliar o foco de para Posições Existenciais do Homem enquanto espécie, não
só enquanto o indivíduo, para melhor entender as relações entre os seres vivos e o meio ambiente, a e
ecologia vegetal e animal a questão da biosfera neste planeta. Traz a visão sistêmica para a abordagem
berniana sobre Posição Existencial.
Resumo
A Orientação Profissional consiste em uma avaliação psicológica, com o levantamento de aptidões e
interesses por meio de processos objetivos, dinâmicas de grupo e métodos de aprendizagem. Objetiva
facilitar que o jovem faça sua Escolha Profissional de forma consciente, e por isso, proporciona um maior
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REFLEXÕES SOBRE A POSIÇÃO EXISTENCIAL DO TERAPEUTA
Katia Ricardi de Abreu
Sabemos que o profissional atuante em qualquer área, especialmente a clínica, tem como premissa
básica zelar pelo seu equilíbrio, sua okeidade, que significa permanecer na Posição Existencial OK/OK a
maior parte do tempo.
A psicoterapia tem se revelado o caminho mais seguro para esta conquista. Além da técnica, o
profissional atuante, volto a dizer, especialmente aquele que atua na área clínica investe nos níveis mais
aprofundados do inconsciente preparando-se constantemente para, através da sua escuta interna, colocar-
se à disposição da escuta do outro. Durante a formação acadêmica, muitos já iniciam o processo de
autoconhecimento através da psicoterapia. Quantos futuros psicoterapeutas adquirem conhecimento das
suas patologias e dificuldades emocionais, eliminando os ruídos internos e cuidando da saúde mental,
disponibilizando o instrumento de trabalho principal nesta tarefa laboral: a própria psiquê.
Eric Berne submeteu-se à análise com Paul Federn, no Instituto de Psicanálise de Nova York e mais
tarde, com Erik Erikson, no Instituto de Psicanálise de São Francisco. Ao lhe ser negado o título desejado de
psicanalista, com a alegação de que ele não estaria pronto antes de mais três ou quatro anos de análise
pessoal ou treinamento para que talvez pudesse se candidatar novamente, ele decidiu romper com apsicanálise e passou a investir na elaboração dos primeiros artigos que resultaram na criação da Análise
Transacional.
Uma reflexão pode ser feita sobre isso, longe de parecer heresia: Seu terapeuta estava na Posição
Existencial OK/NÃO OK quando disse a Berne que ele não estava preparado para ser psicanalista? Berne
respondeu a este feedback entrando na Posição Existencial OK/NÃO OK? Algo como: “Estou tão OK que
posso desistir da psicanálise e criar a minha própria abordagem terapêutica”.
Não? Foi um feedback OK/OK DO TERAPEUTA E BERNE ACEITOU E BUSCOU DE FORMA OK/OK a
teoria na qual acreditou e hoje todos nós acreditamos? Como saber?
Tal reflexão nos remete ao próprio conceito de Berne, sobre as Posições Existenciais que podem
oscilar em determinados momentos da vida, sem poupar o próprio criador de tais conceitos.
Sabemos que a vida pessoal de Berne foi bastante conturbada. Sua morte precoce de ataque
cardíaco aos 60 anos (cuidava da sua saúde?) e vários casamentos conturbados estariam ligados a estas
oscilações?
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Podemos refletir sobre estas questões, não para obtermos respostas sobre Berne, especificamente,
mas trazendo para a realidade pessoal: Como Analistas Transacionais hoje, o que estamos fazendo para
cuidar da permanência na Posição Existencial OK/OK na maior parte do tempo? Como administramos
nosso tempo e energia nos vários papéis que vivemos na vida? Como os psicoterapeutas, atuando
essencialmente na área clínica, dedicam tempo, energia e conhecimento no resgate da posição OK/OK de
seus clientes ao mesmo tempo em que cuidam da própria okeidade?
Como os Analistas Transacionais podem ter qualidade de vida suficiente para proporcionar
inspiração que se traduza em interesse dos clientes em depositar-lhes confiança, respeito, credibilidade?
Em “Princípios de Tratamento de Grupo”, pág. 27, Berne diz:
“o terapeuta de grupo consciencioso irá se preparar de duas maneiras: profissional e
pessoalmente. Profissionalmente, não assumirá programas terapêuticos para os quais não está
qualificado, exceto quando sob supervisão adequada. Não deverá, por exemplo, tentar fazer terapia
psicanalítica, análise transacional ou psicodrama a menos que tenha um treinamento aprovados
nestes campos ou tem acesso a um supervisor qualificado. Pessoalmente deve examinar seus
motivos e fortificar-se contra a tentação ou a exploração das suas fraquezas”.
Estendendo as recomendações de Berne a todos os Analistas Transacionais em qualquer área deatuação, não apenas ao “terapeuta de grupo”, podemos refletir sobre a importância da manutenção da
okeidade através do investimento em supervisão e psicoterapia.
Isto previne muitas situações que poderiam causar danos aos clientes, com o passar a “batata-
quente” das patologias para os clientes, tal como Fanita English refere em seus textos. Ou ainda, adentrar-
se em papéis do Triângulo Dramático de Karpman durante a prática profissional e nestes casos, refiro-me
às situações não eventuais, mas como prática deliberada.
Na Introdução da obra “Princípios de Tratamento de Grupo”, pág. 09, Berne refere o que separa um
“verdadeiro médico” de um médico “não-verdadeiro” e chama-me a atenção o item 04: “Um “verdadeiro
médico” assume responsabilidade individual e completa pelo bem-estar de seus pacientes”.
Mais adiante, nas pág. 28 e 29, nesta mesma obra, a questão dos cuidados com a okeidade e a
importância do preparo técnico através da supervisão é abordada:
“Em uma situação otimizada, o terapeuta terá tido não apenas a formação didática, mas
também experiência pessoal como paciente tanto em terapia individual quanto em terapia de
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grupo. Tudo isso é o preparo ideal com o fim de atingir o grau de autoconsciência necessário para
abarcar plenamente o que ocorre nos seus grupos”.
“Jamais deverá pressupor que seu comportamento será irrepreensível até prova em
contrário, mas deverá descobrir antecipadamente em quais sentidos deixará de ser ideal, de forma
que ele possa corrigi-los desde o início”.
Não se trata apenas de recomendações aos profissionais iniciantes, mas, sobretudo àqueles que já
adquiriram conhecimento e experiência mediana e avançada, já destituídos talvez das exigências
administrativas e contratuais da própria formação, porém não descompromissados com a própria saúde
psíquica e compromisso com sua qualidade de vida pessoal e profissional.
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REFLEXÕES SOBRE A DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
ALBERTO JORGE CLOSE
Educação Professional: Analista Transacional com titulo de Didata Especial
(TSTA-OD,ED) outorgado por El Board of Certification de ITAA em São
Francisco, CA/USA, ALAT- Asociación Latino Americana de Analisis
Transaccional y UNAT- União Nacional de Analistas Transnacionais de
Brasil.Engenheira Têxtil, Instituto Têxtil Argentino e pôs-grado executivo
Administração de Empresas EASP-FGV Brasil. Experiência Laboral: Como Acadêmico: Professor de
mercadologia aplicada do CICA-CENTRO INTERAMERICANO DE CIENCIAS ADMINISTRATIVAS (OEA/FGV);
Professor invitado de método no traumático de ajuste empresarial HIID-HARVARD INSTITUTE FOR
INTERNATIONAL DEVELOPMENT; Como educador empresarial profirió más de 1500 cursos y seminarios en
5 países; Cursos de formação e supervisão de Didatas e membros Certificados em AT nas áreas de
Organização y Educação; 33 trabalhos científicos presentados em congressos internacionais. Como
Executivo ocupo os seguintes cargos: ODEBRECHT- Vice-presidente executivo; J. Torquato Steel Services
Centers- Superintendente centro sul; Banco de Chile- Gerente Desenvolvimento Organizacional; BRIDAS-
Vice-presidente Desenvolvimento Corporativo; CEI- Citi Equity Investments Vice presidente Sinergias yNuevos Negocios; TELEFONICA-EMERGIA- Gerente General de Redes Nacionais. Como Consultor: Booz,
Allen & Hamilton, principal responsável da prática de Desenvolvimento Organizacional. Organização Aço
Minas, Corporação da Zulia, reorganização Usiminas, Bandepe, Banamex e outras 15 projetos em diversos
países; Toledo Close, Prado Trainer e Lang Brimberg e Close, sócio responsável consultoria, reorganização e
modificação de cultura, Banrisul, Bandepe, BDMG, ABBDE, e mais de 50 projetos menores; Atual
Presidente MANagement TECHnologies.
“REFLEXÕES SOBRE A DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES”
Quantas vezes nos preguntamos que é que faz a diferença entre uma organização normal e uma excelente.
Proponho que a diferença entre uma e outra é a sua Alma, a mística que se forma em seu entorno; a mística que
seus funcionários e colaboradores vivem; a mística que seus clientes valoram e a mística que os reguladores e
sociedade em geral percebem.
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Todo começa na definição da Visão que os fundadores tiveram do que queriam fazer e conseguir através do
empreendimento. Segue na posta em pratica, nas decisões diárias, dos valores implícitos nela.
A Capacidade que os lideres tem para resolver problemas relacionados com valores, Morais e éticos de forma a
enriquecer, dar significado y propósito à existência da Organização. Parece faz a sobressair. Aplicando de maneira
pratica a Visão, no dia a dia, é o que faz a diferença. Viver a visão é a consigna para a excelência.
A personalidade da organização e representada pela aplicação da visão. Um fundador pode definir sua Visão de
muitas maneiras, por isso é tão importante quando contrato com uma empresa ter claro em base a que visão esta
constituída. Se percebermos que a convicção baixa a qual a organização foi constituída, esta desprovida de valores
morais e éticos e leva em consideração apenas valores materiais, sabemos que esta organização terá dificuldades em
lograr a excelência, transcender á sua competência e perpetuar-se no tempo.
Conseguir identificar uma Visão com Alma que os donos, o seus representantes, queiram adoptar e uma das nossas
funções como facilitadores do comportamento organizacional. Nem sempre possível pelo script do contratante, que
identificada nos servira de alerta às limitações do escopo de nosso trabalho e resultados possíveis de obter.
Anexo II
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MARIA REGINA SILVA
Membro Fundador ICF Regional SP. É sócia e diretora da ATPraxis. Realiza trabalhos
na área de Executive Coaching e Consultoria desde 2006. Membro do Instituto
EcoSocial. Possui formação de Co-Active Coaching pelo Coaching Training Institute –
CTI - USA, Leadership Mentoring e Executive Coaching do Institute of Leadership
and Management – UK . Pós-graduada em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade
Brasileira de Dinâmica dos Grupos e em Análise Transacional e Competência Relacional. É graduada em
Análise de Sistemas e também em Psicologia pela PUCCAMP. É Membro Didata na Área Clínica e Membro
Didata em Formaçào na Área Organizacional da UNAT-BRASIL. É membro da International Coaching
Federation – ICF, da International Transactional Analisys Association- ITAA, do Institute of Leadership and
Management – ILM, foi presidente da União Nacional de Analistas Transacionais – UNAT-BRASIL, foi Vice-
presidente da Associação Brasileira para o Trabalho Biográfico com base na Antroposofia.
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“REFLEXÕES SOBRE A DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES”
Regina Silva
O principal desafio para o ser humano hoje é a inovação. É pensar fora da caixa. Os modelos que existem
econômicos, sociais e políticos não funcionam mais. Preso num modelo capitalista o executivo trabalha
cada vez mais: mais horas, mais rápido. As responsabilidades aumentam e o salário não acompanha. Quem
trabalha em grandes empresas recebe incentivos como celular, carro, férias, auxilio moradia que encantam
a Criança Adaptada. Sem perceber a pessoa se torna refém da empresa.: “Como manter o mesmo padrão
de vida se sair da empresa?”
O medo domina o executivo de hoje: medo de não atender às demandas, de não entregar a tempo, de não
estar atualizado o suficiente, de não ser promovido, do desemprego, da aposentadoria. As pessoas estão
adoecendo no mundo corporativo.
Para as empresas também não funciona. Alta competitividade, um mundo globalizado onde há
concorrentes que surgem do nada, muitas de fusões, empresas de sucesso deixam de existir de um dia
para o outro, crise econômica, incerteza no cenário político mundial, escassez de tempo e de recursos. Os
problemas todos cresceram de dimensão. Altos investimentos em tecnologia não garantem mais o sucesso
num mundo que está mudando.
De verdade, ninguém tem certezas sobre o futuro, todas as previsões são voláteis.Nem a empresa, nem o governo dão conta das questões sociais.
A empresa começa a pensar o social, patrocinando programas de desenvolvimento social, investindo em
treinamentos de liderança em favelas. Mas ainda está longe de ser o suficiente.
Então, como pensar o futuro?
Se olharmos para o futuro com o mesmo olhar do passado nos sentimos numa armadilha: escassez de
recursos, crise econômica e social, violência...
Precisamos olhar para o futuro com olhar novo: como tornar a vida sustentável?
É preciso sonhar, semear imagens e idéias de futuros desejáveis.
“Enxergar futuros desejáveis e possíveis é importante porque a sustentabilidade vem das escolhas
harmônicas que fazemos no presente.” Lala Deheinzelin. Este é um mundo grávido de outro mundo.”
Eduardo Galeno
A economia se baseou até agora nos recursos tangíveis: capital ambiental/estrutural e capital financeiro.
Ambos escassos e finitos.
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A economia criativa do futuro se baseia nos recursos intangíveis: capital cultural/humano e capital social,
que são abundantes e infinitos. Esta economia está baseada em diversidade cultural, conhecimento,
tecnologias de informação de Comunicação e criatividade. Traz a possibilidade de obter resultados não
apenas econômicos mas também ambientais, sociais e culturais. Ou seja sustentáveis.
Como a AT entra aí.
Precisamos quebrar padrões estabelecidos num circuito negativo de uma visão de mundo a partir do
Estado de Ego Pai: Tem que.. fazer um milhão antes dos 40, tem que ter MBA, Pós Graduação, Pós Doctor,
etc. Tem que estar bem vestido, ter o computador e o celular último modelo. Tem que trocar de carro todo
ano.. . e do medo da Criança Adaptada: falta dinheiro, falta tempo, falta confiança, falta segurança...
Só o Adulto e a Criança Livre num circuito positivo podem criar novos padrões para o futuro.
Olhar a realidade e encontrar soluções participativas, criadas em conjunto a partir de redes sociais de
todos os tipos. Descobrir a riqueza dos encontros e das descobertas criativas.
Procurar com o Pai Crítico num circuito positivo o que não funciona mais do modelo mental antigo e
buscar com o Adulto novos modelos sustentáveis. Criar valores sustentáveis para o Estado de Ego Pai.
Richard Erskine diz que Okeidade é uma sensação de bem estar, aliada a uma crença interna de que
aconteça o que acontecer podemos aprender com isso.
Essa é uma premissa fundamental nos dias de hoje.A Análise Transacional tem uma importante mensagem em todos os campos de atuação: clínico,
organizacional, educacional, jurídico, etc.
Todos somos OK – esse é o ideal a ser perseguido: uma igualdade de oportunidades, de troca de
experiências e aprendizados, uma união de forças para criar o mundo desejável que queremos no futuro.
Para alcançarmos esse ideal primeiro temos que libertar a nós mesmos dos limites de nossas crenças
limitantes, não só injunções parentais, mas também injunções sociais/culturais: você é pobre, você é rico,
as escolas dos pobres são piores que as dos ricos, pobres não tem acesso a saúde, todo governo é
corrupto, a vida é difícil, desfrutar é perigoso. Enquanto mantivermos essas crenças nos sentimos atados e
ficamos passivos diante das possibilidades de mudança.
Precisamos libertar nossa criatividade e espontaneidade, reavaliar os valores que vem norteando nosso
comportamento.
Essa é a contribuição que a Análise pode a dar ao mundo.
Autonomia, consciência e compartilhamento como Berne, sabiamente nos inspirou desde os anos 60,
podem ser a solução para um futuro sustentável e prazeiroso para todo o mundo.
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CONSTÂNCIA MARGARETE ALVES DE BONI
Atua como formadora de Coaches e Mentores, Coach de Executivos, consultora de
desenvolvimento de grupos, mediadora de conflitos organizacional e familiar.
Socia Diretora da Crescere Desenvolvimento Humano e do Institutho dy Crescere
Personas. Redatora da Revista Eletrônica Ação in Coaching. Graduada em
Psicologia, Clinical Member 9ITAA/USA). Membro Didata Clínico e Organizacional
em Análise Transacional 9UNAT/BRASIL). Treinamento em Team Building na Will Schutz Association (USA).
Didata da Sociedade Brasileira de Dinâmica de Grupo (SBDG), Mediação de Conflitos (CLIP), Diplomada em
Coaching e Mentoring (Insitute of Leadership and Mentoring/Londres). Palestrante em eventos nacionais e
internacionais com os temas de Coaching e desenvolvimento de grupos, Liderança. Experiência como
Executiva em Organizações em fins lucrativos.
“ Reflexões sobre a diversidade nas organizações”
Constância Margarete de Boni
Vamos considerar e refletir a respeito de Diversidade nas Organizações, a partir dos conceitos de Papeis
Sociais de Bernd Schimd.
A complexidade e das nossas relações e ações está na diversidade e no número de papéis que
possuímos de diferentes mundos, muitas vezes coexistindo no mesmo ambiente.
Vamos utilizar a “Escada da Qualificação”, para falar de 5 aspectos para perceber
a existência de "papel social", definido como: "um sistema coerente de atitudes, sentimentos,
comportamentos, perspectiva da realidade e dos relacionamentos que o acompanham, que manifesta-se
em um modelo triplo de mundo: mundo privado, mundo profissional e mundo organizacional" (Fig. 1).A definição do Papel Social através dos cinco aspectos - atitudes, sentimentos,
comportamentos, perspectiva de realidade e relacionamentos decorrentes - é um mapa para adquirir
consciência do que é essencial ao papel e o que o diferencia de outros, do que é similar a outros papéis e
podem provocar uma percepção equivocada do papel desempenhado, isto é a importância.
Uma vez que os papéis que representam opções a serem consideradas estejam conscientes e
claros, é possível comunicá-los para que sejam percebidos como tal e tenham sua potência de intervenção
no grupo gerando o resultado desejado.
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De acordo com Bernd Schmid (2007) duas coisas podem acontecer para que um papel não tenha
consistência:
- Contaminação de papéis: é a inclusão crônica de elementos de outros papéis em um papel
determinado sem a pessoa dar-se conta. Ocorre entre papéis de diferentes mundos;
- Confusão de papéis: quando são inconsistentes em si próprios, não constituem um sistema
plausível e coerente de atitudes, sentimentos, comportamentos, perspectivas da realidade e idéias sobre
relacionamentos. Ocorre quando esses aspectos relacionados a papéis distintos do mesmo mundo
misturam-se.
Duas habilidades são importantes para integração dos papéis:
- Descontaminação de papéis: consiste em identificar aspectos do papel que não são adequados, e
ativar outros para serem destacados. Identificar os aspectos que não são adequados ao papel
frequentemente ajuda a encontrar expressão adequada em outros papéis, reduzindo a interferência.
- Desconfusão de papéis: estabelecer uma referência, criar ordem e estrutura para desempenho do
papel. Consiste em favorecer a competência de papel que se caracteriza pela definição dos padrões e da
essência do papel - o que o diferencia de qualquer outro.
Estar atento a essência e as fronteiras dos papéis, ativá-los e desativá-los de acordo com a
perspectiva de realidade, comunicando-os claramente e assegurando-se de que assim serão percebidossão habilidades fundamentais para os profissionais dentro das organizações, seja para a gestão de equipes
ou para o desenvolvimento relacional.
O exercício é integrar características de papéis e de mundos diversos, conforme a perspectiva de
realidade presente, desempenhando papéis congruentes. Obter reconhecimento em tal desempenho
expressa coerência e credibilidade, fonte de influência pessoal.
Caracterizamos a existência da credibilidade como resultado da integração dos papéis numa dada situação,
a importância de ter os cinco aspectos congruentes para constituir o papel. Os papéis disponíveis são
opções. Descontaminar e desconfundir papéis é a habilidade requerida para a influência pessoal,
caracterizando ações a serem implementadas.
A observação das dificuldades encontradas no desempenho dos papéis organizacionais passa a ser
mais um indicativo para trabalharmos a diversidade sob um aspecto qualificador das relações. Citaremos
algumas:
- Estruturar, descontaminar e papéis;
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- Perceber a adequação das intervenções nas demandas grupais a partir do seu papel;
- Intervenções para integração dos papéis da liderança;
- Potencializar a intervenção de Líder-Coach;
- Tomada de decisão e
- Gestão de processos de mudança.
Leituras Referenciadas
Blanchard, Ken - Liderança de Alto Nível - Porto Alegre - Bookman - 2007.
Clutterbuck, David - Coachigng Eficaz - São Paulo - Editora Gente - 2008.
Britton, Jennifer J. - Effective Group Coaching - Canadá - John Wiley & Sons Canada, Ltd - 2010.
Schmid, Bernd - Transactional Analysis and Social Roles - Transactional Analysis Journal - São
Francisco, USA - 2007.
Kets de Vries, Manfred F. R. - Liderança na Empresa - São Paulo - Editora Atlas - 1997.
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PERMISSÕES PARA O CRESCIMENTO DAS RELAÇÕES
FRANCISCO DI BIASI
Grand PhD. Chefe do Serviço de Neurologia-Neurocirurgia, Santa Casa, e do
Departamento de EEG e Mapeamento Cerebral Computadorizado, Clínica Di Biase, Rio
de Janeiro, Brasil. Professor de Pós-Graduação em Psicologia Transpessoal, Centro
Universitário Geraldo Di Biase- UGB, Volta Redonda, Rio. Full Professor, World
Information Distributed University-WIDU, Bruxelas, Bélgica. Professor Honorário
Albert Schweitzer International University, Suíça
Resumo
Nesta mesa-redonda debateremos os aspectos da neuroplasticidade relacionados à psicoterapia e ao
desenvolvimento do potencial humano.
JANE M. P. COSTA
Médica psicoterapeuta e Analista Transacional Didata Clínico, Mestre emEducação e Especialista em Medicina Social, atuando na formação de Analistas
Transacionais e psicoterapia individual e grupal. Integrante da Academia
Brasileira de Educação Emocional. Co-autora do livro DAS EMOÇÕES AOS
SENTIMENTOS: CONSTRUINDO UM CAMINHO COM CORAÇÃO. Diretora do
SÍNTESE: Análise Transacional – Porto Alegre. Desenvolve pesquisas sobre Educação
Emocional, Script de Vida e Processos Criativos.
Os princípios éticos fundamentais assumidos por Eric Berne em sua teoria e método terapêutico objetivam
o desenvolvimento de nossos potenciais para sermos autônomos, ou seja, tornarmo-nos conscientes do
que se passa em nosso interior quando nos encontramos com o meio externo, espontâneos em nossas
decisões e ações e íntimos, transparentes e amorosos em nossos relacionamentos. A partir desta visão de
ser humano e de relações presentes nas raízes da Análise Transacional e de sua expansão na abordagem
do método da Educação Emocional de Claude Steiner, refletiremos sobre as características do contexto
relacional favorável à sobrevivência, bem-estar e evolução dos seres humanos.
Email: sí[email protected]
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DR. ANTÔNIO PEDREIRA
Médico Psicoterapeuta e Educador. 2 anos de Pós-Graduação no New York
Hospital-Cornell University Medical Coleege. Atual Diretor de Ética da UNAT-BRASIL
e Presidente da UBAT (União Baiana de Analistas Transacionais). Membro Didata
Clínico da UNAT-BRASIL e da ALAT (Associação Latino-Americana de Análise
Transacional). Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da UFBA. Autor de
vários livros sobre Saúde Mental entre os quais: A HORA E A VEZ DA COMPETÊNCIA
EMOCIONAL. (8ª EDIÇÃO). A GRAMÁTICA DAS EMOÇÕES (3ª EDIÇÃO). ARITMÉTICA DAS EMOÇÕES (1ª
EDIÇÃO). Palestrante em empresas e eventos estaduais e interestaduais, e conferencista em Congressos
Nacionais e Internacionais. Membro da Associação Brasileira-Ba de Psiquiatria. Distinguido com inclusão no
“WHO IS WHO” (Quem é Quem) da Universidade de New Providence dos EEUU, sendo um dos poucos da
Medicina Baiana, destacado neste famoso catálogo dos notáveis da Medicina Mundial. Visite o site:
www.antoniopedreira.com e e-mail: [email protected]
Nos 30 minutos que terei na mesa sobre "Permissão para o crescimento das relações" aproveitarei para apresentar
os conceitos de Patrícia Crossman sobre Permissão e Proteção,de modo mais objetivo possível trazer com exemplos
sucintos, a superação de injunções e atribuições. Ao final mostrarei elementos pragmáticos de como se obter na
comunicação adjetiva e efetiva para o aprimoramento das relações interpessoais pela Análise Transacional.
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INTIMIDADE POSITIVA, INTIMIDADE NEGATIVA
Qual a intimidade que Berne fala nas imagos secundariamente ajustadas
LUIZ PAIVA FERRARI
Médico, com Especializações em Psiquiatria, Psicoterapia, Homeopatia e Medicina
do Trabalho. Mestre em Educação e Membro Didata Clínico da UNAT-Brasil.
Resumo:
Esta apresentação, em mesa redonda no XXIV Congresso Brasileiro de Análise Transacional, convida para
uma reflexão sobre o conceito de Intimidade criado por Eric Berne, associando-o à vivência das Emoções
Naturais.
Palavras chave: Intimidade, Estruturação do Tempo, Emoções Naturais
No glossário de seu livro O que Você Diz Depois de Dizer Olá, Eric Berne (1988) define Intimidade
como “uma reciprocidade de expressão emocional sem exploração e livre de jogos”.
Ainda Eric Berne (1977) em seu livro Os Jogos da Vida, descreve: “Intimidade é a sinceridade sem
jogos de uma pessoa consciente, a liberação da Criança perceptiva e incorrupta em toda a sua ingenuidade
vivendo no aqui e agora”.
Lembrando que estruturar o tempo é uma necessidade humana básica, assim como alimentar-se ou
trocar estímulos,surgem algumas afirmações para reflexão:
1- Ao nascer, ganhamos um tempo de vida não definido.
2- Estamos presos a um tempo, do qual não temos nenhuma informação de sua extensão.
3- Não temos nenhum controle racional sobre a passagem do tempo. Uma hora será sempre uma
hora, estejamos com pressa ou com disponibilidade para observar a sua passagem, apesar da sensação
subjetiva de que o tempo passa mais rápido ou mais devagar proporcionalmente ao quanto é agradável ou
desagradável a experiência vivida naquele momento.
4- Somos, assim, dependentes de algo que não podemos controlar.
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JOSE SILVEIRA PASSOS
Engenheiro CREA RJ 39.313-D, Psicólogo CRP-05/18.842, Psicoterapeuta,
Membro Didata Clínico Especialista em Análise Transacional pela UNAT-
BRASIL/FATEP, Diretor do Instituto Pharos de Desenvolvimento Humano e
Tecnológico no Rio de Janeiro-RJ. Atual Presidente da UNAT-BRASIL.
Conforme diz Berne em sua obra Sexo e Amor: “As pessoas vêm tentando definir a intimidade há, digamos,
cinco mil anos, com pouco sucesso até o presente” (p.104).
Define intimidade como sendo “... uma franca relação Criança-a-Criança sem nenhum jogo nem exploração
mútua” (p. 104). Esta relação é estabelecida pelos estados de ego Adulto dos envolvidos na relação de tal
forma que fica claro seus contratos e compromissos mútuos.
Na medida em que vai cada vez mais ficando claros os entendimentos entre ambos, o Adulto vai se
retirando de cena e se o Pai não interferir a Criança vai cada vez mais se tornando descontraída e livre. As
transações íntimas verdadeiras acontecem entre os dois estados de ego Criança dos envolvidos. Embora, o
Adulto permaneça ao fundo como observador asseverando assim a conservação dos compromissos elimitações.
É do Adulto também a tarefa de manter o Pai distante com a finalidade de facilitar o prosseguimento do
relacionamento com intimidade.
Berne fala também sobre “A pseudointimidade (com motivos ulteriores ou reservas) é outro assunto, e é
frequentemente observado e erroneamente descrito na literatura científica como real intimidade” (Grupos
p. 150).
Estes aspectos e outros da intimidade é que estaremos discutindo e debatendo na mesa redonda.
MÁRCIA BEATRIZ BERTUOL
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Psicóloga e Psicoterapeuta. Especialista em Análise Transacional – FATEP-DF, Membro Didata Clínico da
UNAT-BRASIL. Formação em Psicoterapia Integrativa (com Richard Erskine-EUA) e formação em
Experiência Somática (IBT/BR). Supervisora em AT e diretora do SINTESE-psicoterapia, formação e pesquisa
em Análise Transacional, em Porto Alegre-RS.
Resumo
INTIMIDADE POSITIVA E INTIMIDADE NEGATIVA: QUAL É A INTIMIDADE QUE BERNE FALA NAS IMAGOS
SECUNDARIAMENTE AJUSTADAS
Márcia Beatriz Bertuol*
Intimidade na teoria Berniana é um dos aspectos que integram a Autonomia. É definida por ele como uma
necessidade social do ser humano, um anseio natural por relacionamentos diretos, espontâneos e
conscientes, onde a expressão dos sentimentos se dá no aqui e agora da relação, sem jogos nem quaisquer
outros subterfúgios. É uma das possibilidades de estruturar o tempo social, a mais desejada e a mais
temida, pois envolve assumir responsabilidade por si mesmo, seus sentimentos, e ser criativo e presente
na relação.
Quando Berne discorre sobre as estruturas dos grupos, ele refere a existência da estrutura privada, aquela
que existe na mente de cada indivíduo que faz parte do grupo, e que passa por várias fases de
ajustamento. Em seu livro "Estrutura e Dinâmica das Organizações e Grupos" o autor afirma que:
"A quarta fase da Imago grupal é o ajustamento secundário. Neste estagio o membro começa a
desistir de seus próprios jogos para fazê-los do modo do grupo, conformando-se à cultura deste
grupo. Se isto ocorrer num pequeno grupo ou num subgrupo, poder-se-á estar preparando o grupo
para a intimidade isenta de jogos. No entanto, a atividade poderá ser realizada de forma eficaz,
independente do estado da imagem grupal do indivíduo.
Os quatro estágios de ajustamento da Imago grupal e sua adequabilidade para estruturar o tempo
são:
1- A Imago provisória para os rituais
2- a Imago adaptada para passatempos
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3- a Imago operativa para jogos
4- a Imago secundariamente ajustada para a intimidade." (p.167)
"Ajustada para a intimidade" indica uma possibilidade. Os membros do grupo encontram-se em um ponto
onde a intimidade é possível. Já se conhecem o suficiente, ou seja, já passaram pelos rituais, passatempos
e jogos próprios de cada um e há, no grupo, a percepção de que é emocionalmente seguro mostrar seus
sentimentos naturais e as percepções mais genuínas. O processo de ajustamento da Imago grupal em cada
indivíduo é dinâmico, e muda com as circunstancias de cada encontro. Portanto, não é uma fase em que se
"chega" e permanecemos lá. Intimidade é uma forma de relação social que acontece no aqui e agora do
relacionamento.
Berne (1965) levanta três pontos importantes para reflexão.
No seu livro "Princípios do Tratamento de Grupos”, ao discorrer sobre as formas de estruturarmos o tempo
social, ele escreve:
Intimidade: a intimidade é uma troca, livre de jogos, de expressões afetivas programadas
internamente, devendo ser bem separada da pseudo-intimidade, que é comum em formas
institucionalizadas de terapia de grupo nas quais a expressão afetiva é encorajada sem avaliação
cuidadosa da sua autenticidade. Neste caso, a expressão afetiva é essencialmente social(externamente) ao invés de ser programada internamente, e geralmente é parte de um jogo no
qual o terapeuta participa de forma complacente. É diferente da expressão pungente resultante
quando a intimidade real, em raros momentos, ocorre em um grupo. (BERNE, 1965 p. 191)
Nestas frases ele levanta dois pontos significativos: (1) a possibilidade de uma pseudo intimidade e, (2) nos
relembra o fato de que a expressão emocional e seu comportamento associado pode ser - e é -
programado por diferentes determinantes.
A pseudo intimidade é compreendida como
"INTIMIDADE, PSEUDO. Expressão direta de emoções entre indivíduos, porém com reservas ou
motivos ulteriores, como parte de um ritual, passatempo ou jogo." (In Glossário do "Estrutura e
Dinâmica das Organizações e Grupos", p.236)
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O que parece caracterizar a pseudo intimidade é ser um comportamento socialmente adaptado e esperado
em um determinado grupo. Embora o comportamento possa se caracterizar por demonstrações de
sentimentos, estes estão programados pelo determinante da programação externa, que "provêm dos
cânones externos incorporados" ( Berne, "AT em Psicoterapia", p. 222).
Ao colocar a questão da intimidade relacionada aos determinantes do comportamento, o autor nos remete
a estrutura e organização da personalidade. Nas palavras de Berne, "determinantes são fatores que
determinam a qualidade da organização e dos fenômenos, isto é, estabelecem sua programação."
Eles - os determinantes - são três: programação interna que provém das forças biológicas naturais do
indivíduo; programação de probabilidade resultante da experiência passada e da capacidade de
processamento autonomo de dados; e a já citada programação externa, programação que é resultante do
que vivemos em nossa família e cultura. O comportamento assim programado resulta natural pelo fato de
ser o que conhecemos, o que nos habituamos a viver.
Quando olhamos para estes três fatores de organização e relacionamos com os órgãos psíquicos, as
hipotéticas estruturas organizadoras dos fenômenos comportamentais, logo percebemos que qualquer
expressão emocional poderá ter três diferentes origens. Pode ser a expressão livre e sincera dos impulsos
provenientes de nossas forças biológicas, ou pode ser a manifestação culturalmente programada dos
nossos afetos e sentimentos ou, ainda, a expressão emocional relacionada diretamente ao nossoaprendizado e experiência vivida.
Este ultimo determinante, aliás, abre um terceiro ponto importante de discussão. O quanto a forma de
identificar e expressar emoções está diretamente relacionada às experiências previas do indivíduo. E, nesta
área, as principais experiências dizem respeito ao que cada pessoa viveu em suas relações de vinculo
primários.
A vinculação entre o bebê e sua mãe e, um pouco mais tarde, com pai e outros membros da família,
fornece o padrão que se torna o natural a ser vivido e expresso em todo relacionamento significativo
futuro. Esta realidade me faz questionar o que podemos compreender quando Berne fala dos
comportamentos livres de jogos e sinceros da intimidade. Em seu livro "Sexo e Amor" ele escreve que a
intimidade é uma transação Criança-Criança, com aquela parte da Criança que se dirige diretamente ao
que vê, ouve e sente. Berne parece sugerir que as transações da verdadeira intimidade se dão entre
dimensões bastante primarias da personalidade. A parte da Criança que é anterior às memorias
declarativas e a narrativa do Script é aquela que se organiza nos primeiros três anos de vida, cuja memória
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é basicamente implícita - procedural - e que corresponde ao protocolo do Script. Em termos da Estrutura
da Personalidade, seria a Criança da Criança,
a dimensão da personalidade que percebe, sente e reage diretamente ao que capta sutilmente no
ambiente.
Stephen Porges, neurologista que propôs a Teoria Polivagal, fala da "neurocepção" - uma habilidade
natural dos seres humanos de perceber o ambiente que fica abaixo da "linha" da consciência e que é
fundamental para o engajamento social. Percebemos e nos movemos por leituras corporais mutuas, de
forma direta e instintiva.
O que, então, faz com que a intimidade unilateral possa acontecer? Por muito tempo discordei desta idéia
de Berne. Pensava que, se a intimidade é uma relação livre de jogos, então, necessariamente, ela seria
bilateral. O que hoje me faz considerar essa possibilidade é contemplar a complexidade da nossa
personalidade. Como o que é natural para cada um de nós resulta não só dos determinantes biológicos,
mas da intrincada trama tecida entre a natureza e o ambiente e todas as experiências resultantes de cada
dia vivido, percebo que o "espontâneo e livre de jogos" não é despido da influencia de padrões profundos
que constituem o que é aquela pessoa em sua unicidade. Esses padrões de vinculo podem ter tornado
natural algum nível de violência, de desconsiderações, de perversão. Talvez essa seja uma maneira de
compreender a possibilidade da intimidade unilateral acontecer. O(a) parceiro(a) não é percebido comoperigoso, devasso, violento, porque seus padrões profundos de relacionamento se constituíram em um
cenário onde essas mesmas características estavam presentes como elementos constantes do ambiente.
A complexidade da experiência humana, que era muito respeitada por Berne, me espanta e atemoriza
muitas vezes. Quando me aproximo de meus clientes sinto a pequenez de minhas teorias e métodos
terapêuticos diante da beleza e da imensidão de suas vidas. Na maior parte do tempo, me percebo
tateando, buscando sentir e perceber o que é o real de cada um, o que faz sentido e o que importa para
que ele siga sua história e seu destino. Infelizmente, percebo que muitas vezes não faço juz ao que me é
pedido e a arrogância das classificações e julgamentos surge em minha mente, perturbando meu coração
e minha possibilidade real de ajuda.
Nesse sentido, quero deixar aqui um convite. Enquanto analistas transacionais quero convidar todos nós a
abandonarmos as classificações que envolvem o julgamento sobre positivo e negativo. Eric Berne não usa
estas palavras para se referir ao comportamento humano. E nós, os que o estudamos, relemos,
interpretamos, traduzimos e, eventualmente, traímos, precisamos atentar ao fato de que qualquer
classificação pressupõe uma norma subjacente que dita o que é "positivo" e o que é "negativo". E qual a
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norma que seguimos? Quem define o normal e o patológico? Com quais critérios? E a partir de que valores
morais? Quem de nós pode julgar a experiência humana e dizer: esta é "positiva" e esta é " negativa"?
A releitura dos escritos de Berne sempre me emociona. Encontro ali as raízes de tantas idéias que se
tornaram populares ao longo do tempo e, também, a visão lúcida, profunda e amorosa sobre quem somos
e como é nosso destino. A intimidade que Berne fala -desejada e temida – é uma aventura, momentos que
pedem de nós a coragem de abandonar o conhecido e nos lançarmos diretamente na experiência e na
absurdez da vida.
*Psicóloga, Membro Didata Clinico da UNAT-BRASIL, Especialista em Análise Transacional UNAT-FATEP.
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ATUANDO NAS ORGANIZAÇÕES
ROSA R. KRAUSZ
Socióloga, Mestre em Ciências Sociais e Doutora em Saúde
Pública pela USP. Membro Didata Organizacional e Educacional
da ITAA; Membro Didata Organizacional e Educacional da UNAT-
BRASIL; Full Member da Worldwide Association of Business
Coaches Conduz, juntamente com suas orientandas, cursos de
Formação de Analistas Transacionais Certificados
Organizacionais. Fundadora da ABRACEM e sua atual Presidente,
conduz cursos de Formação de Coaches Executivos e Empresariais em várias cidades brasileiras. Recebeu o
Prêmio Eric Berne 2012, outorgado anualmente pela International Transactional Analysis Association –
ITAA, por sua contribuição ao desenvolvimento da Análise Transacional aplicada às organizações. Autora
de inúmeros artigos publicados no Brasil, USA, França, Itália, Holanda e Alemanha, bem como de livros,
entre os quais Trabalhabilidade. Conferencista convidada e apresentadora em Congressos nacionais e
internacionais, criadora e editora da REBAT entre 1988 e 2010.
Atuando nas Organizações – Rosa Krausz
Analisaremos as condições atuais e tendências futuras em que atuam as organizações, suas demandas e
desafios diante instabilidade mundial.
Em seguida discutiremos qual a contribuição possível da Análise Transacional para a construção de culturas
organizacionais que privilegiem as chamadas competências “soft”.
Abordaremos a questão da aplicabilidade da AT no mundo empresarial, enfatizando a necessidade de
adequar a teoria às demandas do cliente, ou seja, estabelecer contratos claros e viáveis que implicam nadefinição de resultados a serem alcançados.
ANDREA LINDNER
Psicóloga (UFRP) CRP-08/07234. Analista Transacional Organizacional,
Certificada pela UNAT-BRASIL, Membro Didata Organizacional em Formação
pela UNAT-BRASIL, Coordenadora em Dinâmica dos Grupos (SBDG), Formação
em Coaching Integrado (ICI-International Coaching Institute). Metodologia
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Experiencial (KreativAction – Alemanha) e Action Learning (ASTD-WIAL Washington EUA).
Resumo
O quanto a cultura organizacional pode refletir e reforçar determinados padrões não ok de interação? A
exemplo disso estão os compulsores, algumas vezes erroneamente vistos por gestores e equipes comoinevitáveis ou até mesmo necessários para o atingimento de resultados. O discurso bastante em voga dasmetas e das competências pode reforçar um padrão de atuação a serviço de resultados a curto prazo. Asustentabilidade das relações se inicia pela auto-percepção das crenças distorcidas a respeito de si próprioe da permissão para usufruir das verdadeiras competências fazendo escolhas cada vez mais autênticas.
LAUCEMIR SILVEIRA
Economista e psicóloga, mestrado em Administração e Recursos Humanos pela
Universidade de Extremadura/Espanha. Analista transacional membro certificado
organizacional pela UNAT Brasil-União Nacional dos Analistas Transacionais.
Consultora em desenvolvimento organizacional (interpessoal, gerencial e de
equipes). Atua em coaching executivo e empresarial. Especialista e Didata pela
Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos (SBDG).Diretora da Zoeh
Desenvolvimento de Pessoas.
A tendência a trabalhos compartilhados nas organizações, seja pelo meio presencial ou virtual, nos traz o
desafio de promover resultados atuando de forma interdependende. Junto vem o desafio de compor na diversidade e otimizar as competências individuais, de chegar a
resultados em clima de bem estar. Quando observamos uma equipe funcionando, podemos verificar sua clareza em relação aos objetivos,
como se dão a participação e canalização dos esforços, a comunicação, a tomada de decisão e criatividade
na solução dos problemas, o manejo dos conflitos, sua organização e controle de desempenho. Esses
aspectos podem ocorrer de maneira funcional ou disfuncional e a Análise Transacional pode nos ajudar acompreender essa funcionalidade e disfuncionalidade grupal.
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COMO FAÇO
FAZENDO
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A MATRIZ DO SCRIPT DE VIDA
MARCIA BEATRIZ BERTUOL
Psicóloga, psicoterapeuta, Didata Clinica da UNAT-BRASIL, Especialista em
Analise Transacional UNAT-FATEP.
"COMO FAÇO, FAZENDO: A MATRIZ DO SCRIPT DE VIDA"
A busca de uma leitura sistêmica e integrativa dos processos de formação do Script de Vida.
Márcia Beatriz Bertuol*
Elaborar a Matriz do Script de um cliente, esboçando as mensagens principais vindas de pai e mãe, foi,
desde o inicio da minha formação em Analise Transacional, a pior questão a ser respondida em toda prova
escrita para a Certificação. Por anos, mesmo tendo sido aprovada e sendo professora dos cursos de
formação em AT, eu não compreendia como aquele esquema podia ajudar em alguma coisa e, menos
ainda, como escutar um cliente e conseguir extrair de sua fala e comportamentos, as ditas mensagens que
formavam o aparato do Script e podiam ser diagramadas no formato que a Matriz propõem.
Fiz isso varias vezes, mas sempre me restava a impressão de estar "forçando a barra" e criando um
esquema " fake".
Segui estudando Analise Transacional, percorrendo todos os caminhos da formação didática, e tendo como
meu maior interesse de pesquisa e de intervenção justamente o Script de Vida. Durante anos ignorei a
Matriz do Script , somente encontrando com ela quando corrigia alguma prova de um aluno candidato à
Certificação pela UNAT-BRASIL.
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Foi recentemente que, finalmente, a Matriz do Script fez sentido para mim. E encontrei uma forma de
pensar sobre ela e de usá-la como recurso terapêutico.
Neste encontro, minha proposta é de compartilhar o método de levantar os dados que podem participar
da formação do Script de Vida, ensinar como pensar sobre os dados para que eles façam sentido e como
criar uma percepção da Matriz do Script que seja significativa e propicie consciência, tanto para o
terapeuta quanto para o cliente.
Será um laboratório do tipo "como faço, fazendo", pois pretendo ensinar a técnica e fazer uma intervenção
com um participante do laboratório, mostrando como é possível perceber os elementos centrais do Script
de vida.
É uma vivência para um grupo de no máximo 15 pessoas, com formação em Analise Transacional e que
trabalhem na área clinica.
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AT E ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
ANA PAULA SAAD RODRIGUES
Psicóloga, graduada em 1992, com atuação clínica e educacional, com
formação em Análise Transacional e certificada como membro clínico da
UNAT-BR (União Nacional dos Analistas Transacionais). Trabalha na área
clínica com psicoterapia individual e em grupo, atuando também com
ferramentas da TCC (Terapia Cognitiva Comportamental), arte terapia e
neurolinguística. Orientadora vocacional e coordenadora de oficinas detrabalho voltadas para pais e alunos em fase preparatória para vestibulares
e concursos. Ministra palestras e oficinas em escolas e workshops de
desenvolvimento pessoal. Membro Didata em Formação da UNAT - BR.
ANÁLISE TRANSACIONAL APLICADA À ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Resumo
A Orientação Profissional consiste em uma avaliação psicológica, com o levantamento de aptidões e
interesses por meio de processos objetivos, dinâmicas de grupo e métodos de aprendizagem. Objetiva
facilitar que o jovem faça sua Escolha Profissional de forma consciente, e por isso, proporciona um maior
conhecimento de si mesmo, e as informações necessárias sobre as profissões, as universidades e o
mercado de trabalho. Também levanta reflexões sobre as influências recebidas ao longo da vida.
O desenvolvimento da teoria e prática da Orientação Profissional (OP) pode ser enriquecida e
potencializada, com o uso da teoria da Análise Transacional (AT).
Os conceitos básicos da AT, são facilmente compreendidos e bem aceitos pelos jovens. Quando busca
uma OP, o orientando normalmente tem entre 15 e 19 anos, e está vivenciando as inúmeras mudanças
físicas e emocionais, típicas da adolescência. Normalmente, traz muitas dúvidas e conflitos referentes à
qual profissão escolher,
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A teoria da AT possibilita que o orientando alcance o autoconhecimento necessário, perceba suas diversas
características de personalidade, e reconheça suas áreas de maior talento e interesse. Também propicia
uma tomada de consciência das influências que recebe no meio familiar social e cultural.
Em minha vivência e atividade profissional relacionada à OP, considero que esse trabalho tem sido
extremamente positivo. Fica evidente que a maioria das indecisões e conflitos, relacionados à escolha
profissional, estão vinculados a pontos emocionais inconscientes, dentro do próprio script. Espera-se que
ao final desse processo, o jovem possa fazer sua Escolha Profissional com Autonomia, evidenciando uma
decisão feita a partir da integração dos estados de ego Pai, Adulto e Criança.
Palavras-chave: Orientação Profissional; Análise Transacional. Autonomia.
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CONTRATOS – FECHAMENTO DE VALVULAS DE ESCAPE
CELSO EDUARDO LAGO COSTA
APRESENTAÇÃO DO TEMA CONTRATO DE FECHAMENTO DE VÁLVULA DE ESCAPE
1 - Apresentação como psicoterapeuta e descrição de algumas das minhas atividades em
tratamento de clientes com distúrbio severos.
2 – Apresentação teórica sobre simbiose e necessidade da simbiose no processo de tratamento
de psicose, utilizando a teoria da Jaqui Schiff. (Toda relação significativa em algum momento envolve
simbiose – Jaqui)
3 – Apresentação dos elementos do contrato em AT, segundo Claude Steiner.
4 – Explanação sobre a necessidade de aplicação do Contrato de fechamento da válvula de
escape nos processo de tratamento de distúrbio severo. A necessidade ocorre com maior frequência
nestes casos por causa da rigidez do script destes clientes, não raro relatos de pensamento e atuações de
auto-extermínio
5 – Demonstração, com vivência, da aplicação do contrato de fechamento de válvula de
escape.
6 - Comentários e discussão sobre o tema e troca de experiências entre os participantes.
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APLICAÇÕES DA AT NA SAUDE PUBLICA
ROY ABRAHAMIAN
Médico com especialização em Pediatria pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo e pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Especialização
em Medicina de Família e Comunidade pela Sociedade Brasileira de Medicina de
Família e Comunidade; Membro Didata em Formação na área Clínica-UNAT-Brasil
Resumo
A apresentação será do trabalho realizado em saúde publica, nas estratégias de saúde da família.