diversidade linguística&cultural

24
Instituto de Emprego e Formação Profissional Centro de Emprego e Formação Profissional de Santarém Serviço de Formação Profissional de Santarém CURSO DE APRENDIZAGEM ESTETICISTA | COSMETOLOGISTA VIVER O PORTUGUÊS UFCD 1.7 DIVERSIDADE LÍNGUÍSTICA E CULTURAL Formadora: Ana Lúcia Água Março 2013

Upload: ana-lucia

Post on 30-Jun-2015

4.918 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

  • 1. CURSO DEAPRENDIZAGEM ESTETICISTA |Instituto de Emprego e FormaoCOSMETOLOGISTAProfissionalCentro de Emprego e Formao Profissional deSantarmServio de Formao Profissional de Santarm VIVER O PORTUGUS UFCD 1.7 DIVERSIDADELNGUSTICA E CULTURAL Formadora: Ana Lcia guaMaro 2013

2. PLANIFICAO OBJETIVOS ESPECFICOS | CRITRIOS DECONTEDOS TERICOS | PRTICOSEVIDNCIA Identifica os diferentes falares O portugus, uma lngua viva regionais e os seus elementos Lngua, dialeto e falar regional diferenciadores.Unidade e diversidade da lngua Interpreta correctamente oportuguesasentido da expresso A pronncia e o lxico, elementosde diferenciaounidade na diversidade. Variedades do portugus, Situa geograficamente osdistribuio geogrficadiferentes falares.O portugus no mundo atual Identifica alguns aspectos Comunidade de Lngua Oficialculturais dos pasesPortuguesa (CPLP)pertencentes CPLP. Antecedentes e Declarao: Relaciona os objetivos da Estatutos | Estados membrosCPLP com os objetivos da|Objetivospoltica externa portuguesa. Expanso da lngua portuguesa nomundo: descobrimentos edescolonizao Poltica externa e defesa da lnguaportuguesaAna Lcia gua 3. PORTUGUS, LNGUA VIVA FICHA TCNICA documentrio 105 minutos co-produo Brasil & Portugal filmado em seis pases (Brasil, Moambique, ndia, Portugal, Frana e Japo) dirigido por Victor Lopes longa-metragem que retrata o mergulho nas muitas histrias da lngua portuguesa e da sua permanncia entre culturas variadas do planeta, que revela herana portuguesa, sempre surpreendente e permanentemente renovada, que acompanha o movimento de uma lngua que ganhou o mundo e que refaz os seus caminhos na expectativa de se reencontrar. Entrevistados: Jos Saramago, Mia Couto, Joo Ubaldo Ribeiro, Martinho da Vila e MadreDeus. http://www.almacarioca.com.br/li ngua.htmAna Lcia gua 4. UNIDADE NA DIVERSIDADESinopse e detalhesTodo dia duzentas milhes de pessoas levamsuas vidas em portugus. Fazem negcios eescrevem poemas. Brigam no trnsito, contampiadas e declaram amor. Todo dia a lnguaportuguesa renasce em bocas brasileiras,moambicanas, goesas, angolanas, japonesas,cabo-verdianas, portuguesas, guineenses. Novaslnguas mestias, temperadas por melodias detodos os continentes, habitadas por deuses muitomais antigos e que ela acolhe como filhos.Lnguada qualpovoscolonizadosseapropriaram eque devolvem agora,reinventada. Lngua que novos e velhosimigrantes levam consigo para dizer certas coisasque nas outras no cabe.Ana Lcia gua 5. UNIDADE NA DIVERSIDADEVivacidadeDinamismoHistriaUma lngua que aceita muito, queintroduz variao.Como se pode no pertencer lngua que se aprendeu, com que secomunica, com que se escreve?A Lngua transforma-se numa minainesgotvel de beleza e valorA Lngua Portuguesa um corpoespalhado pelo Mundo.No Brasil os portuguesesencontraram um Portugal maior.Ana Lcia Lcia gua Ana gua 6. DEFINIO DE LNGUAAfinal Lngua Portuguesa Patrimnio O quenacional? Instrumento decomunicaoPortugueses UsadaBrasileirospor Muitos africanos quem?Alguns asiticos Territriosseparados em Onde?vrios continentes Comunidadesdistanciadas Ana Lcia gua 7. UNIDADE E DIVERSIDADE DA LP DIVERSIDADEUNIDADEINTERNADepende dasSentimento deregies e dospertenagrupos que as usam Lngua falada emLngua dosduas regies (dialectos) ou porescritores e da grupos sociaisescola(sociolectos)Ana Lcia gua 8. UNIDADE E DIVERSIDADE DA LPUNIDADE Lngua PortuguesaHISTRIASOCIEDADEMUNDOExistncia motivada eExistnciacondicionadade grupos Afirmao por grandes movimentosque ahumanos falam Ana Lcia gua 9. UNIDADE E DIVERSIDADE DA LPA realidade da noo de LNGUA PORTUGUESA, aquilo que lhe d umadimenso qualitativa para alm de um mero estatuto de repositrio devariantes, pertence, mais do que ao domnio LINGUSTICO, ao domnio daHISTRIA, da CULTURA e, em ltima instncia, da POLTICA. Na medidaem que a percepo destas realidades for variando com o decorrer dostempos e das geraes, ser certamente de esperar, concomitantemente, quea extenso da noo de lngua portuguesa varie tambm. Eduardo Paiva Raposo [Algumas observaes sobre a noo de "lngua portuguesa", Boletim deFilologia, 29, 1984, 592] Ana Lcia gua 10. VARIEDADES DO PORTUGUS,DISTRIBUIO GEOGRFICALEGENDAPases ou territrios com oportugus como lnguamaterna e/ou lngua oficial1 Crioulos da Alta Guin2 Crioulos do Golfo da Guin3 Crioulos Indo-portugueses4 Crioulos Malaio-portugueses5 Crioulos Sino-portugueses6 Crioulos do BrasilAna Lcia gua 11. VARIAO LINGUSTICA VARIAO DA LNGUATEMPO ESPAOmudana: Origemgeogrfica |ARTES FILOSOFIA CINCIA NATUREZAsocial de falantes Ana Lcia gua 12. VARIAO LINGUSTICAVARIAO E MUDANAAo longo dos tempos, a lngua sofre mudanas em diversosaspetos, ou a diversos nveis. Estas mudanas podemresultar de fatores internos ou externos.FATORES Estrutura ou elementos da lngua(construes de frase alteradas, por INTERNOS exemplo) FATORES Contacto com outras lnguas ouculturas (introduo de palavras deEXTERNOSoutras lnguas) 13. VARIEDADES LINGUSTICASA mudana ao longo do tempo no a nica que se verifica numa lngua.De facto, o uso de uma lngua varia consoante a regio onde o habitantehabita, ou a sua idade, ou ainda o contexto de comunicao. Falamos,assim, deGEOGRFICA Decorrem de diferentes espaos geogrficos, j que a lngua assimilaaspetos prprios de um falar local, regional a que sechama, tambm, dialetos e, mesmo, intercontinental, como avariedade brasileira ou a africanaSOCIAIS Resultam de diferenas entre o estatuto social e cultural, a idade, osexo, a origem tnica, o grupo socioprofissional dos falantes. Umadolescente, por exemplo, usa necessariamente a forma diferente deum adulto.SITUACIONAIS Advm de diferentes situaes de comunicao, relao entre osinterlocutores, assunto em discusso, entre outros aspetos. Umaformanda no utiliza a mesma linguagem com o formador, na sala deformao, e com as colegas, fora da sala.Ana Lcia gua 14. VARIEDADES LINGUSTICASREGIO DO PAS EXEMPLO SIGNIFICADONorteFinoCopo de cervejaCentro BicaCafMadeiraLambeca SorveteAores Trincar o pPisar o pREGISTO Uso de terminologia especfica e rigorosa relativa adeterminada profisso e usada nesse contexto.TCNICOGRIAUso de vocabulrio e expresses prprios de determinados grupos; normalmente apenas os falantes desses grupos conseguem entender-se na totalidade.CALOUso de termos grosseiros, normalmente provenientes de uma populao com um nvel sociocultural inferior.Ana Lcia gua 15. VARIEDADES LINGUSTICAS RegistoCaracteriza-se por um vocabulrio cuidado efrases bem construdas. mais usado emcuidadosituaes formais (discursos, conferncias, crnicas...)RegistoCaracteriza-se por um vocabulrio de fcilcompreenso, claro e correto. o mais usadocorrente diariamente (rdio, televiso, conversas).Registo Caracteriza-se por um vocabulrio menos variado, mas de fcil compreenso, claro efamiliar espontneo. o mais usado diariamente entre a famlia e os amigos.RegistoCaracteriza-se por um vocabulrio maispobre, simples e espontneo, denotandopopularmuitas vezes pouca instruo por parte dosseus falantes. , no entanto, muito expressivo. Ana Lcia gua 16. ASPETOS DA VARIAO DE UMALNGUAVariedades nacionais de umalngua que no apresentam umauniformidade interna, mas soconstitudas por variantesgeogrficas.O dialeto j no hoje considerado,como foi em tempos, uma formadiferente (e at desprestigiada) defalar uma lngua, mas qualquerforma de falar uma lngua conforme aregio a que pertence o falante.Portanto, todos os indivduos falam umcerto dialecto, correspondente suaregio de origem.Um outro tipo de variao nota-seno uso da lngua por diversosgrupos socioculturais esocioeconmicos, o quedetermina a existncia dosdenominados SOCIOLECTOS. Ana Lcia gua 17. DIALETOS PORTUGUESESAORIANOOuvir registo sonoro recolhido em PontaGara, ilha de So Miguel. Ouvir registo sonoro recolhido no Fontinhas,Terceira. Ouvir registo sonoro recolhido no Fajzinha,Flores.MADEIRENSE Ouvir registo sonoro recolhido em Cmara deLobos. Ouvir registo sonoro recolhido no Porto Santo. Ouvir registo sonoro recolhido no Porto da Cruz. Ouvir registo sonoro recolhido no Canial. Ouvir ALENTEJANO Ouvir ALGARVIO (h um pequeno dialeto na parteocidental) Ouvir ALTO-MINHOTO - Norte de Braga (interior) Ouvir BAIXO-BEIRO; ALTO-ALENTEJANO | CENTRODE PORTUGAL (interior) Ouvir BEIRO - centro de Portugal Ouvir ESTREMENHO - Regies de Coimbra e Lisboa(pode ser subdividido em lisboeta e coimbro) Ouvir BAIXO MINHOTO-DURIENSE - Regies de Bragae Porto Ouvir TRANSMONTANO Ana Lcia gua 18. DIALETOS PORTUGUESEShttp://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/mapa06.htmlAna Lcia gua 19. FALARES REGIONAISso as maneiras algo peculiaresque os falantes de determinadas regies dum pasusam para comunicarem entre si, utilizando amas introduzindo-lhe com algumaregularidade certas palavras, expresses e modosde dizer ou de pronunciar exclusivos de cada umadessas mesmas regies ou, de algum modo, a maishabituais que nas outras. So logicamentepredominantes nas e maisintensamente nas. Ana Lcia gua 20. VARIEDADES DO PORTUGUSLngua portuguesa no mundoVariedade europeiaA variedade europeia consiste no portugus falado em Portugalcontinental e nos arquiplagos da Madeira e dos Aores. Caractersticas ExemplosColocao do pronome pessoal Ele disse-me a verdade.depois do verboUso da preposio "a" + infinitivo Ela est a ler um livro.Uso de preposies O Joo foi ao mdico. Uso da 2. pessoa do singular Tu queres lanchar c?("tu") em registo informalVocabulrio e expresses autocarroprpriosOrtografia cmico 21. VARIEDADES DO PORTUGUSVARIEDADE BRASILEIRAA variedade brasileira consiste no portugus falado no Brasil.Apresenta muitas influncias de outras lnguas. CaractersticasExemplos Colocao do pronomeEle me disse a verdade. pessoal antes do verboUso frequente do gerndioEla est lendo um livro.Uso de preposies O Joo foi no mdico.Uso da 3. pessoa do singularVoc quer lanchar c? ("voc") em registo informal Vocabulrio e expressesnibus (= autocarro) prpriosOrtografia cmico Ana Lcia gua 22. VARIEDADES DO PORTUGUSVARIEDADES AFRICANASAs variedades africanas correspondem ao portugus falado emfrica. Destacam-se duas variedades, o portugus falado emMoambique e o portugus falado em Luanda (Angola).CaractersticasExemplosColocao do pronome pessoal Ele me disse a verdade.antes do verboNo concordncia do sujeitoVoc foste sozinha?com predicadoUso de preposies O Joo foi no mdico.Pronome pessoal "lhe" como A av viu-lhe na praa.complemento diretoMarca do plural nosEle magoou os p.determinantesVocabulrio e expresses machimbombo (= autocarro)prpriosAna Lcia gua 23. ASPETOS DA VARIAO DE UMA LNGUA - CONCLUSOO termo " ", que cobre as variedadessociolectais, dialectais e nacionais que convivem emPortugal, no Brasil e nos pases onde ,deve ser entendido como importante instrumento decoeso entre povos e como afirmao poltica eeconmica num contexto nacional e transnacional. Este um dos mais fortes motivos para que conservemos adenominao de Lngua Portuguesa cobrindo todas assuas naturais variantes. A pronncia do Portugus europeuAna Lcia gua 24. FONTEShttp://pt.wikipedia.org/wiki/Dialetos_da_l%C3%ADngua_portuguesahttp://www.prof2000.pt/users/hjco/gramcom/cap06_02.htmhttp://cvc.instituto-camoes.pt/cpp/acessibilidade/capitulo1_1.html Ana Lcia gua