REGRA DE OURO 7
SISTEMAS ALIMENTADOS POR ENERGIA
Este documento contém informações práticas destinadas aos colaboradores do Grupo
e aos das empresas externas, a fim de lhes permitir conhecer melhor
os riscos associados aos sistemas alimentadospor energia e realizar os trabalhos
nestes equipamentos em estrita conformidade com as obrigações e proibições
da Regra de ouro 7
(assinaladas pelo pictograma )
e com as regras do Grupo aplicáveis.
Regra de ouro 7
Editorial
Taxa recente de acidentes ligada aos sistemas alimentados por energia
Principais fontes de energia e riscos associados
Sistemas alimentados por energia e respectiva consignação
Etapas do processo de consignação/desconsignação
CONSIGNAÇÃO POR TIPO DE ENERGIA
� Processo (hidráulica)
� Mecânica
� Eléctrica
EXIGÊNCIAS DURANTE OS TRABALHOS
SISTEMAS ALIMENTADOS POR ENERGIA EM AMBIENTE ADMINISTRATIVO
ÍND
ICE
FICHAS DE CONSELHOS
050608
1012
14
1733435559
4
5
Respeitar o esquema de isolamento e as instruções de supervisão associadas à autorização.
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
REGRA DE OURO 7
SISTEMAS ALIMENTADOSPOR ENERGIA
Realizar intervenções sem controlo prévio da ausência de energia ou de fluidos (salvo mediante autorização específica).
É OBRIGATÓRIO:
É PROIBIDO:
6
EDITORIAL
28% dos acidentes mortais no posto de trabalho (excluindo actividades de transporte) no período 2012-2016 ocorreram durante trabalhos
ou operações em equipamentos ou circuitos alimentados por energia e tiveram sobretudo origem na falta de controlo desta energia. Estes acontecimentos estão associados à Regra de ouro 7 relativa aos sistemas alimentados por energia. Além disso, o número de acidentes graves e potencialmente graves (HIPO) continua elevado: 31 em 2017, 26 em 2016. Estes números apelam à mobilização. Com efeito, para além do conhecimento desta regra, é a sua implementação que deve estar no centro das discussões, questionando as nossas práticas diárias relacionadas com a consignação de fontes de energia. Respeitamos a Regra de ouro 7? Caso existam obstáculos, como tratá-los para que as proibições e as obrigações desta regra sejam respeitadas no futuro para evitar a ocorrência de um acidente?
Cada sector tem os seus costumes. Este suporte dedicado à Regra de ouro 7 foi objecto de uma co-construção entre os varios sectores, tendo em vista a compilação dos requisitos comuns obrigatórios. Após a apresentação das principais fontes de energia e dos riscos associados, é descrito o processo de consignação e desconsignação e as especificidades da aplicação deste processo a cada energia. Cada uma destas especificidades é apresentada numa secção autónoma, que inclui a aplicação de todo o processo a uma determinada energia. Para actividades específicas, como as actividades de manufacturação, existem documentos dedicados.
Os conselhos deste suporte destinam-se a todos os colaboradores do grupo Total e aos de empresas externas que tenham de intervir nas instalações e nas filiais do Grupo.
A segurança para mim, para si, para todos!
Anne Sablé Coordenadora Sénior de Segurança no Posto de Trabalho
Abakar HalilouPonto de contacto do Grupo Trabalhos de risco - Empresas externas
7
“Lembre-se que operar com ou em sistemas alimentados por energia nos expõe a perigos reais e que, ao precaver-se contra tais perigos, está a proteger-se e a proteger aqueles com quem trabalha.”
Sylvain PeytierExploração – Produção
“O controlo das consignações eléctrica, hidráulica e mecânica é parte integrante do respeito pelas regras de segurança nas nossas instalações, bem como nas estações de serviço, depósitos e fábricas.Deste modo, é possível garantir a protecção das pessoas e dos equipamentos durante os trabalhos e operações" .
Stanislas MittelmanMarketing e Serviços
“A etapa de disponibilização das instalações é uma etapa fundamental e requer uma maior vigilância e rigor. A consignação sistemática de linhas, equipamentos que tenham contido fluidos, circuitos eléctricos, etc. e a transmissão adequada de informações entre os diferentes intervenientes é essencial para minimizar o risco durante a abertura das linhas e depósitos”.
Michel ChartonRefinação – Química
“Para o GRP, a prevenção de acidentes associados aos sistemas alimentados por energia abrange todas as nossas actividades. Nomeadamente, as actividades de manufacturaçao e, em particular, as intervenções nas máquinas, possuem especificidades próprias. Contudo, o respeito pelos princípios básicos da regra de ouro permanece incontornável" .
Olivier CassassolesGas Renewables & Power
Abakar HalilouPonto de contacto do Grupo Trabalhos de risco - Empresas externas
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2016: 26 acontecimentos* graves ou potencialmente graves (HIPO) associados aos sistemas alimentados por energia
ANGOLABlock 17 •04/2016Fuga de gás durante uma intervençãono scrubber de combustível/gás (separador vertical) de um turbocompressor. Sem consequências.
ARGENTINANeuquén •03/2016Ferimento potencial durante uma intervençãonum circuito sob pressão (345 bar) para ligar um sensor de pressão desligado.Sem consequências.
BÉLGICAFeluy •08/2016Ferimento potencial de várias pessoas com uma chicotada de um tubo flexível acidentalmente pressurizado (200 bar). Sem consequências.
Feluy •11/2016Ferimento potencial de uma pessoapor contacto com os cabos desligados de um agitador com um corte de alimentação parcial.Sem consequências.
BOLÍVIAIncahuasi •07/2016Ferimento potencial de duas pessoas após uma descarga acidental de azoto de alta pressão numa válvula desligada próxima da qual se encontrava um grupo de pintores numa intervenção. Sem consequências.
CHINASuzhou •11/2016Queimaduras na mão provocadas por um molde de uma prensa em funcionamento. 1 ferido. Queimaduras.
CONGOProjecto Moho Nord •04/2016Ejecção de uma peça e derrame de 2 litros de óleo durante a pressurização do circuito hidráulico de um guincho. Sem consequências. 05/2016Ferimento potencial de duas pessoasapós a ejecção do “buckle detector” (sensor de falhas) de um tubo, devido a sobrepressão. Sem consequências.
Projecto Moho Bilondo •12/2016Descarga eléctrica ao entrar em contacto com uma parte de uma grua regada por uma mangueira de incêndio durante um teste de inundação.Sem consequências.Pointe-Noire. Grands fonds •03/2016Deflagração de um incêndio durante a purga de um contentor de gasóleo que entrou em contacto com uma parte descarnada de um cabo eléctrico sob tensão. Sem consequências.11/2016Ferimento potencial de uma pessoanas imediações de um cabo eléctrico cortado, produzindo um arco eléctrico.Sem consequências.
FIJINavutu •03/2016Electrização e queda de uma pessoa duranteos trabalhos de pintura ao entrar em contacto com um fio descarnado sob tensão.1 ferido. Vários ferimentos.
FRANÇADonges •07/2016Duas pessoas queimadas na sequência de uma projecção de resíduos sob vácuo (360 °C) durante a substituição de um manómetro numa bomba em funcionamento. 2 feridos. Queimadura térmica.
Normandia •10/2016Ignição de uma fuga de gás durante uma operação de manutenção num compressor de gás de tocha. 5 feridos.
GABÃOAnguila AMG8 •07/2016Libertação de fumos e deflagração de uma chama numa bomba de vácuo e no enrolador eléctrico durante uma análise em laboratório. Sem consequências.
28%dos acidentes mortais no posto
de trabalho, no período 2012-2016, estão relacionados com operações
ou intervenções em sistemas alimentados por energia
MAIS DE 1 MORTO EM CADA 4NO POSTO DE TRABALHO!
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2016: 26 acontecimentos* graves ou potencialmente graves (HIPO) associados aos sistemas alimentados por energia
Cabo Lopez •11/2016Queimadura no antebraço de uma pessoaapós a formação de um arco eléctrico durante uma intervenção de manutençãonum quadro eléctrico.1 ferido. Vários ferimentos.
ÍNDIABombaim •04/2016Amputação de duas falanges durante uma intervenção num berbequim em funcionamento.1 ferido. Amputação.
INDONÉSIABekapai •01/2016Deflagração de um incêndio durante um trabalho de soldadura na linha de descarga de um compressor parcialmente inerte.Sem consequências.Mahakam •07/2016Projecção de uma peça a mais de 2 m na sequência de uma sobrepressão durante uma operação na cabeça do poço.Sem consequências.MALAWITyolo •03/2016Electrização de uma pessoa e deflagração de um incêndio durante uma operação de arqueação de um camião sob uma linha eléctrica.1 ferido (terceiros). Vários ferimentos.
MÉXICOEnsenada •09/2016Queimadura e entalamento da pernano molde quente de uma prensadurante uma operação de desmontagem na sequência de uma reactivação acidental.1 ferido. Queimaduras térmicas.Celaya •08/2016Corte de dedo ao entrar em contactocom a zona de corte de uma máquina. 1 ferido. Corte.
FILIPINASManila (FAB4) •03/2016Projecção de ácido sulfúrico sobre um operador durante uma intervenção numa bomba.1 ferido. Queimadura química.
POLÓNIALodz •12/2016Amputação de 3 dedos durante a remoçãode um produto preso numa máquina de extrusãoem funcionamento. 1 ferido. Amputação.
EUARosamond •03/2016Electrização de duas pessoas numa intervençãonum circuito durante um teste de isolamentoem curso. Sem consequências.La Porte •12/2016Amputação de 4 dedos durante uma intervençãonuma válvula rotativa de uma tremonha.1 ferido. Amputação.
• EP • M&S
• RC • GRP
EUA
2 FILIPI-
NAS
1MÉXICO
2
BOLÍVIA
1
ANGOLA
1
BÉLGICA
2
POLÓNIA
1
GABÃO
2
CONGO
5 INDO- NÉSIA
2MALAWI
1
ÍNDIA
1
FIJI
1
FRANÇA
2
ARGEN-TINA
1
CHINA
1
* Âmbito do Grupo, excepto acidentes em transportes.
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PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA E RISCOS ASSOCIADOS
PRINCIPAISFONTES DE ENERGIA
ENERGIATÉRMICA
ENERGIAMECÂNICA
ENERGIAHIDRÁULICA
PRODUTOS QUÍMICOS
OU SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS
ACTIVAS
RAIOS IONIZANTES
ENERGIAELÉCTRICA
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ENERGIA HIDRÁULICA (fluidos)Pressão, velocidade ou débito de um líquido ou gás.
▶ RISCOSCombinação de riscos de energia mecânica, térmica e de produto, ruído.
ENERGIA ELÉCTRICA(e energia electrostática potencial)Linhas de electricidade, baterias, condensadores, etc.
▶ RISCOSElectrização, electrocussão, queimaduras, encadeamento por flash eléctrico, fonte de ignição, vários ferimentos provocados pela reactivação de uma máquina.
ENERGIA TÉRMICACalor (vapor de água, chamas, produtos quentes, equipamentos quentes, permutadores, etc.) ou frio (grupos frigoríficos, gases liquefeitos, expansão de gás sob pressão).
▶ RISCOSQueimaduras, incêndio.
PRODUTOS QUÍMICOSOU SUBSTÂNCIAS BIOLÓGICAS ACTIVAS(produtos isolados ou que reagem entre si)
▶ RISCOSTóxicos, biológicos ou associados às particularidades específicasdo produto (inflamável, etc.).
ENERGIA MECÂNICA(energia potencial ou cinética)Energia cinética: energia limpa de uma massa em movimento, por exemplo, uma peça em rotação ou translação (pá do ventilador accionada por uma corrente de ar, etc.).Energia potencial: energia libertadapor uma massa ou um dispositivo, por exemplo, uma mola em tensão, um êmbolo).
▶ RISCOSEntalamento, esmagamento, choque, corte.
RAIOS IONIZANTESFontes radioactivas seladas(medição de nível, verificações radiográficas metalúrgicas) e não seladas (laboratórios, perfuração, etc.).
▶ RISCOSExposição externa por irradiação, impacto na saúde.
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SISTEMAS ALIMENTADOS POR ENERGIA
EXPLORAÇÃO CONSTRUÇÃO INSPECÇÃO
MANUTENÇÃO PERFURAÇÃO AMBIENTE ADMINISTRATIVO
No seio do Grupo, encontramos sistemas alimentados por energia em várias profissões, como por exemplo:
DEFINIÇÃO
Um sistema alimentado por energia é um equipamento, um circuito ou uma instalação que possui uma fonte de energia não isolada
e/ou substâncias ou reagentes químicos perigosos.
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CONSIGNAÇÃO DE PROCESSO(HIDRÁULICA)
CONSIGNAÇÃOMECÂNICA
CONSIGNAÇÃOELÉCTRICA
Em função dos diferentes sectores ou organizações, os termos utilizados para a protecção das fontes de energia podem ser: consignação, isolamento dos sistemas alimentados por energia, fornecimento, bloqueio de fontes de energia, LOTO (Lock Out, Tag Out) ou LOTOTO (Lock Out, Tag Out, Try Out).
O termo CONSIGNAÇÃO foi o seleccionado no Grupo para abordar esta etapa. O termo oposto é DESCONSIGNAÇÃO.
As operações de consignação ou desconsignação devem ser efectuadas por pessoas com formação e autorizadas pela respectiva hierarquia a realizar tais operações. Em algumas organizações, estas pessoas são designadas “encarregado de consignação”.
A operação de consignação é específica da energia presente no sistema.
A consignação de fontes radioactivas que exigem medidas muito específicas, enquadradas por regulamentos precisos, é tratada em documentos específicos separados.
São focados três pontos neste folheto:
CONSIGNAÇÃO DE FONTES DE ENERGIA
DEFINIÇÃOA consignação é um procedimento de segurança destinado
a garantir a protecção das pessoas e dos equipamentos contra as consequências de uma manutenção acidental, surgimento
ou reincidência intempestiva de energia e/ou de fluidos, gases ou líquidos, perigosos ou não.
A consignação da(s) fonte(s) de energia deve ser efectuada antes de qualquer intervenção nos sistemas alimentados por energia.
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ETAPAS DO PROCESSO DE CONSIGNAÇÃO/DESCONSIGNAÇÃO
ANÁLISE DE RISCOS
É OBRIGATÓRIORealizar uma análise de riscos antes de qualquer intervenção nos sistemas alimentados por energia.
ESQUEMA DE ISOLAMENTO (DOSSIERDE CONSIGNAÇÃO)
É OBRIGATÓRIOProduzir esquemas de isolamento de acordo com a análise dos riscos; estes esquemas são provenientes dos planos e documentos “como construídos” e verificados.
SEPARAÇÃO
É OBRIGATÓRIOColocar isolamentos físicos e submetê-los ao controlo a efectuar pelo operador do equipamento e pelo executante dos trabalhos.
BLOQUEIO – SINALIZAÇÃOÉ OBRIGATÓRIOAdoptar um procedimento rigoroso de bloqueio para os isolamentos físicos (bloqueio), impondo a utilização de dispositivos de bloqueio e de marcação no terreno (sinalização).
DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA
É OBRIGATÓRIODescarregar a energia armazenada no sistema isolado antes da execução dos trabalhos.
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE ENERGIA
É PROIBIDORealizar intervençõessem controlo prévio da ausência de energia ou de fluidos (salvo mediante autorização específica).
1
2
3 4
5
6
PR
EPA
RA
ÇÃ
O
para todas as fontes de energia. Contudo, despendendo da fonte de energia, a respectiva ordem pode variar.
As etapas de consignação ou de desconsignação dos sistemas alimentados por energia são idênticas
IMPLEMENTAÇÃO
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1
2
DESBLOQUEIO E REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO
É OBRIGATÓRIOVerificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e respetiva remoção antes da reativação.
REMOÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
É OBRIGATÓRIOVerificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoçãoantes da reativação.
para todas as fontes de energia. Contudo, despendendo da fonte de energia, a respectiva ordem pode variar.
As etapas de consignação ou de desconsignação dos sistemas alimentados por energia são idênticas
RE
ALI
ZA
ÇÃ
O D
OS
TR
AB
ALH
OS
IMPLEMENTAÇÃO
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CONSIGNAÇÃO DE PROCESSO (HIDRÁULICA)
A consignação de processo aplica-se a qualquer equipamento, circuito ou instalação que contenha fluidos líquidos, gasosos ou pulverulentos.
Em que casos é necessária uma consignação de processo?
Uma consignação de processo destina-se a controlar o risco provocado pelos fluidos (produtos) e que está associado às respectivas:
- propriedades toxicológicas (efeito agudo e crónico), - propriedades físico-químicas (inflamável, explosivo, etc.),- condições de utilização (débito, pressão, temperatura).
Desta forma, a consignação de processo permite consignar os sistemas alimentados por energia hidráulica, térmica e por produtos químicos ou substâncias biológicas activas.
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CONSIGNAÇÃO
Realizar uma análise de riscos antes de qualquer intervenção nos sistemas alimentados por energia.
É OBRIGATÓRIO:
� Identificar todas as fontes de energia, os circuitos e os equipamentos a isolar.
� Avaliar os diferentes métodos de isolamento.
� Determinar qual deles apresenta um risco mínimo, tendo em conta a natureza do trabalho, o equipamento e o circuito.
� Identificar os perigos durante a implementação dos meios de isolamento, tanto na colocação, como na remoção.
� Avaliar as consequências em caso de danos nas barreiras de isolamento e definir as medidas compensatórias a implementar.
A estratégia de intervenção baseada nas conclusões desta análise de riscos deve visar uma exposição tão breve
quanto razoavelmente possível dos intervenientes.
Os dispositivos de isolamento escolhidos devem ser proporcionais ao risco incorrido.
IMPORTANTE
Etapas:
1 ANÁLISE DE RISCOS
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1 ferido grave
Queimaduras graves na sequência de um incêndio ocorrido durante os trabalhos de soldadura numa tubagem com gasolina cuja presença não foi identificada devido, nomeadamente, a uma má, ou mesmo ausente, análise prévia de riscos.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
No final desta análise de riscos, é(são) elaborado o(s) esquema(s) e é criado o dossier de consignação.
Requisitos mínimos para a escolha do método de consignação dos processos, utilizado no departamento EP.( *: consultar detalhes na CR EP EXP 418)
Matriz de ajuda na escolha dos meios de isolamento na consignação hidráulica chamada Matriz SIOPE (Safe Isolation Of Plant and Equipment) utilizada pelo departamento de RC.
Exemplo de um resultado de análise de riscos para a consignação de processo:
24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com
TOTALTOTAL_Logo2017_CMYK29/12/2016
RÉFÉRENCES COULEUR
M100% Y80%
M48% Y100%
C100% M80%
C70% M30%M100% Y80%
Matriz SIOPE
Factor PRODUTO
Factor EMERGÊNCIA
Recomendação
Questões adicionais
Tipo de isolamento
Factor LOCALIZAÇÃO
Resultado RISCO
Tipo de trabalhos
Isolamentolonga
duração
Penetração em
depósitos
Trabalho a quente com
chama aberta
Trabalho a quente sem
chama aberta
Trabalho a quente (todos)
Trabalho a frio
Fluidos Todos Todos Inflamáveis InflamáveisNão inflamáveis Todos os fluidos
Altapressão*
Baixapressão
Altapressão*
Baixapressão
Desconexão física
Sim Sim Sim Sim pressão Sim Sim Sim
Selagem Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Isolamento “double
block and bleed”
Não Não Não Sim* Sim* Sim Sim* Sim
Isolamento duplo
Não Não Não Não Sim* Sim* Sim* Sim*
Isolamento simples
Não Não Não Não Não Sim* Não Sim*
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) Produzir um esquema de isolamento de acordo com a análise dos riscos. Este esquema é proveniente dos planos e documentos “como construídos”* e verificados.
ESQUEMA DE ISOLAMENTO (DOSSIER DE CONSIGNAÇÃO)
É OBRIGATÓRIO:
Em consignações complexas, o dossier de consignação é composto pelo esquema de consignação, complementado por outras informações essenciais.
Um esquema de isolamento detalhado proveniente dos planos e documentos “como construídos”* (a verificar antes da utilização, através de uma visita ao terreno).
Um certificado de consignação, que ateste as condições de segurança, ou seja, a ausência de energia.
Um documento que contenha todos os isolamentos identificados no esquema e o acompanhamento da respectiva colocação ou remoção.
Um Master, versão original do dossier de consignação, acessível a todos os envolvidos e actualizado em função da evolução no terreno.
De acordo com a análise de riscos, este dossier será complementado por informações, por exemplo, por um procedimento de fornecimento detalhando as diferentes etapas de colocação em segurança.
original
* Esquema “como construído” (As built em inglês): esquema final actualizado que integra todas as modificações em relação à concepção inicial. É verificado e está em conformidade com a realidade.
CONTEÚDO DO DOSSIER DE CONSIGNAÇÃO
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BOA PRÁTICA DE UM ESQUEMA DE ISOLAMENTO E DE UMA LISTA DE ISOLAMENTOS
24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com
TOTALTOTAL_Logo2017_CMYK29/12/2016
RÉFÉRENCES COULEUR
M100% Y80%
M48% Y100%
C100% M80%
C70% M30%M100% Y80%
Válvula V1 21/08/2017
Válvula V2 21/08/2017
Junta cega JP1 21/08/2017
Junta cega JP2 21/08/2017
21/08/2017
V1
JP1
JP2
V2
Lista de isolamentos
Exemplo de uma lista de isolamentos com todos os isolamentos identificados no esquema, indicando a respectiva posição prevista para a consignação e posterior desconsignação, permitindo também o acompanhamento da sua colocação e remoção (data, aprovação).
Exemplo de um esquema de isolamento efectuado a partir de um esquema verificado da instalação (recomenda-se a utilização de esquemas e não de fotos) com indicação das localizações e das referências dos isolamentos. Este esquema deve ser datado e assinado.
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Esta operação consiste na implementação de um ou mais dispositivos para separar o equipamento das suas fontes de fluidos, líquidos ou gases. Trata-se de um isolamento que requer a abertura da linha (desconexão física, selagem) ou de um isolamento por válvula.
Antes da abertura de uma linha, a energia armazenada é previamente descarregada(consulte a secção de descarga de energia, na página 28).
Utilizar um meio de isolamento fora do padrão sem a validação da gerência da entidade após a realização de uma análise de riscos.
É PROIBIDO:
Respeitar o esquema de isolamento e as instruções de supervisão associadas à autorização.
Colocar isolamentos físicos e submetê-los ao controlo a efectuar pelo operador do equipamento e pelo executante dos trabalhos.
É OBRIGATÓRIO:
SEPARAÇÃO3
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IMPLEMENTAÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
� É obrigatória a desconexão física ou a selagem no caso de trabalhos: • com fogo, • em espaços confinados, • críticos, conforme definidos pela entidade.
� É obrigatória a licença de trabalho: sempre que são colocados ou removidos meios de isolamento que requeiram uma abertura de linha, salvo instruções locais específicas (ex.: meios de isolamento manipulados pelas equipas de exploração/produção em determinados departamentos).
� Supervisão: presença no local de trabalho de um encarregado de consignação ou de uma pessoa autorizada, antes de qualquer intervenção num sistema alimentado por energia, pelo menos, na:� primeira abertura de circuito (salvo se o circuito estiver classificado como “sem risco”), � colocação de meios de isolamento fora do padrão � colocação de meios de isolamento não testados, aos quais tenha sido concedida derrogação pela gerência da entidade após uma análise específica de riscos (por exemplo, isolamento de válvula sem purga).
Equipamento a isolar
Válvula 1 fechada
Purga aberta
Purga aberta
Purga aberta
Válvula fechada
Válvula fechada
Válvula 2 fechada
Fonte de energia
Equipamento a isolar
Válvula fechada Purga
aberta
Fonte de energia
Fonte de energia Fonte de energia
Equipamento a isolar
Equipamento a isolar
Isolamento de válvula(s):
� válvulas duplas com (double Block and Bleed) ou sem purga
MEIOS DE ISOLAMENTO PADRÃO
Equipamento a isolar
Válvula 1 fechada
Purga aberta
Purga aberta
Purga aberta
Válvula fechada
Válvula fechada
Válvula 2 fechada
Fonte de energia
Equipamento a isolar
Válvula fechada Purga
aberta
Fonte de energia
Fonte de energia Fonte de energia
Equipamento a isolar
Equipamento a isolar
Equipamento a isolar
Válvula 1 fechada
Purga aberta
Purga aberta
Purga aberta
Válvula fechada
Válvula fechada
Válvula 2 fechada
Fonte de energia
Equipamento a isolar
Válvula fechada Purga
aberta
Fonte de energia
Fonte de energia Fonte de energia
Equipamento a isolar
Equipamento a isolar
Por ordem decrescente de protecção:
Desconexão física Selagem
PARA IR + LONGE
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Nota:
No caso de um isolamento por válvula, sem purga, a estanquidade da válvula não pode ser verificada. A porçao entre a válvula e a zona a isolar pode encher-se progressivamente com fluido sob pressão.
Será então realizada e validada uma análise de riscos específica pela gerência.
Equipamento a isolar
Válvula 1 fechada
Purga aberta
Purga aberta
Purga aberta
Válvula fechada
Válvula fechada
Válvula 2 fechada
Fonte de energia
Equipamento a isolar
Válvula fechada Purga
aberta
Fonte de energia
Fonte de energia Fonte de energia
Equipamento a isolar
Equipamento a isolar
� Flange para “trabalho”
Flange colocada para realizar um trabalho.Não é utilizada para operações de teste, nem para operações de processo.
� Flange para “processos”
Flange que está em contacto com o produto e deve ser adaptada às condições do processo (natureza do fluido, pressão, temperatura).Um flange para processo pode assegurar as funções de selo para trabalhos.
� Flange para “teste”
Flange colocada para um teste e dimensionado em função da pressão do teste. Uma flange para teste pode assegurar a função de selo para trabalhos e para processo.
équipement à isoler
vanne 1fermée
et condamnée
purgeouverte
vanne2fermée
et condamnée
sourced’énergie
équipement à isoler
vanne ferméeet condamnée
purgeouverte
sourced’énergie
équipement à isoler
vanne 1fermée
et condamnée
purgeouverte
vanne2fermée
et condamnée
sourced’énergie
équipement à isoler
vanne ferméeet condamnée
purgeouverte
sourced’énergie
équipement à isoler
vanne 1fermée
et condamnée
purgeouverte
vanne2fermée
et condamnée
sourced’énergie
équipement à isoler
vanne ferméeet condamnée
purgeouverte
sourced’énergie
Flange cega Junta cega Junta biselada
FLANGES
Válvula simples (com ou sem purga)
EXEMPLOS DE FLANGES
Utilizações dos flanges:
Junta mecânica reversível
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Os meios de isolamento fora do padrão não oferecem a garantia de segurança dos meios de isolamento padrão, como os selos ou a desconexão física. A respectiva implementação requer, portanto, procedimentos e precauções especiais.
Podem ser utilizados se não for possível efectuar o isolamento através de um meio de isolamento padrão devido a condicionalismos: ausência de flanges (exemplo: linhas soldadas, etc.), dificuldade de implementação ou riscos decorrentes da colocação do selo (exemplo: necessidade de elevação).
Exemplos de meios de isolamento fora do padrão:
Obturador mecânico
Tubo flexível de enchimento
Obturador insuflável: balão, junta deformável
Obturador criogénico: processo que consiste em congelar o líquido contido na linha a isolar,
através da utilização de azoto líquido.
MEIOS DE ISOLAMENTO FORA DO PADRÃO
Para mais informações sobre a implementação dos obturadores para canalizações, consulte o guia HSA GM GR SEC 014.
4 feridos graves
Queimaduras graves na sequência de uma fuga inflamada ocorrida durante uma intervenção num circuito de tocha após a deflagração de um incêndio (análise de riscos insuficiente: ponto quente nas imediações da intervenção e presença de depósitos de combustível pirofóricos não identificados) e após a perda de estanquidade do meio de isolamento fora do padrão (obturador insuflável).
ACONTECIMENTO GRAVE
OCORRIDO NO GRUPO
Fonte de energia
Limalhas metálicas
Tampa de gelo
Azoto gasoso
Equipamento a isolarAzoto líquido
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)
Se for utilizado um meio de isolamento em várias consignações (referidos em tantos outros certificados de consignação), este deve ser bloqueado com um dispositivo diferente para cada consignação, a fim de permitir o controlo durante a remoção do isolamento.
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
Adoptar um procedimento rigoroso de bloqueio para os isolamentos físicos (bloqueio), que especifique a utilização de dispositivos de bloqueio e a marcação no terreno (sinalização).
É OBRIGATÓRIO:
IMPORTANTE
Correntes + cadeados, cabos de nylon, selos plásticos, coquilhas no volante de válvulas
EXEMPLOS DE SISTEMAS DE BLOQUEIO
BLOQUEIO–SINALIZAÇÃO4
27
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ÃO
DE
PR
OC
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SO
(HID
RÁ
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)
Em função das práticas nos locais, as diferentes etiquetas de sinalização podem possuir cores específicas, geralmente associadas às diferentes etapas da consignação.
1 morte
Uma fuga inflamada de resíduos sob vácuo (274 °C) desencadeada durante a intervenção numa flange de um circuito não isolado provocou queimaduras graves num interveniente. A flange a abrir não foi identificada, nem marcada.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
Exemplo de implementação da sinalização na consignação de processo de um equipamento: sinalização dos diferentes elementos a identificar e dos responsáveis pela colocação das diferentes
etiquetas (operador/interveniente).
FALTA DE SINALIZAÇÃOFALTA DE ABERTURA!SINALIZAÇÃO:
Equipamento a isolar para trabalhos
Meio de isolamento
da energia
Local de in
stalação
do meio
de isolamento
Ponto de controlo
da ausência
de energia
Local dos
trabalhos
em curso
Fonte de energia
Local dos trabalhos
a realizar
Legenda: Operador
Interveniente
O papel do operador ou da pessoa designada, é essencial na identificação e colocação da sinalização nos meios de isolamento, nos pontos de controlo de ausência de energia e no local da intervenção.
Por sua vez, o interveniente responsável pela colocação dos meios de isolamento, identifica os elementos colocados.O interveniente responsável pelos trabalhos assinala a existência de trabalhos em curso.
28
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)
Descarregar a energia armazenada no sistema isolado antes da execução dos trabalhos.
É OBRIGATÓRIO:
PARA IR + LONGE
Esta operação consiste em adaptar a atmosfera às condições de segurança exigidas, implementando uma ou mais das seguintes acções:
� Isolamento do circuito,
� Esvaziamento, purga,
� Lavagem com água, enxaguamento,
� Despressurização, descompressão,
� Desgaseificação, inertização.
2 feridos graves.
Queimaduras graves resultantes da projecção de resíduos sob vácuo a 360 °C, durante a desmontagem de um manómetro na descarga de uma bomba de serviço. O manómetro não estava isolado, o circuito não foi descomprimido e a intervenção não foi precedida de uma verificação da ausência de fluido.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA5
29
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DE
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)
Realizar intervenções sem controlo prévio da ausência de energia ou de fluidos (salvo mediante autorização específica).
É PROIBIDO:
Quem efectua esta verificação?
Esta etapa é realizada pela pessoa designada (em alguns casos designada “encarregado de consignação”) e na presença do interveniente para constatar a eficácia das medidas de isolamento e verificar a ausência de energia.
Quando efectuar esta verificação?
IMPORTANTE
� Antes de qualquer abertura de linha para a colocação de um meio de isolamento ou para efectuar trabalhos.
� Após cada interrupção dos trabalhos e para a remoção definitiva do meio de isolamento do tipo junta cega.
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE ENERGIA6
30
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)
PARA IR + LONGE
� A verificação da ausência de energia é efectuada, sempre que possível, medindo com aparelhos adequados e em boas condições de funcionamento (detecção de gás com o explosímetro, etc.).
� Para a verificação da purga, uma ausência de fluxo não é sinónimo de ausência de produto (alguns produtos congelam, cristalizam, etc.). Devem ser previstas medidas adequadas para evitar ou limitar este fenómeno (reaquecimento, etc.).
� Se no momento da abertura, for detectada uma discrepância relativamente ao previsto, os trabalhos devem ser interrompidos e a análise de riscos revista.
� Se não for possível efectuar a verificação de ausência de energia, deve ser realizada uma análise de riscos validada pela gerência da entidade entes de prosseguir os trabalhos.
HIPO: Ferimentos potenciais em 13 pessoas
Ocorreu uma fuga de uma mistura de ácido fluorídrico e alquilato quando o manómetro de uma bomba foi afrouxado.
O circuito não estava isolado e a verificação de ausência de energia foi insuficiente.
ACONTECIMENTO SIGNIFICATIVO
OCORRIDO NO GRUPO
31
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CA
)2 REMOÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
DESCONSIGNAÇÃO
Remover os isolamentos antes do final dos trabalhos e encerrar a autorização, salvo no contexto de uma desconsignação de teste, abrangida por procedimentos específicos da entidade.
É PROIBIDO:
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
É OBRIGATÓRIO:
IMPORTANTE
Após a remoção do isolamento físico (ou reactivação do circuito):
Caso particular de isolamentos mantidos após os trabalhos:
� Registar e monitorizar periodicamente os meios de isolamento mantidos após o final dos trabalhos e encerramento da autorização.
1 DESBLOQUEIO E REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO
� Actualizar a lista dos meios de isolamento (por exemplo, com a posição prevista).
� Repor a conformidade dos circuitos após o desbloqueio e remoção dos meios de isolamento (por exemplo: recolocação das tampas ou fecho das purgas).
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)
Uma consignação automática ou uma consignação pessoal pode ser efectuada pelo próprio interveniente em certos tipos de trabalhos.
Estes trabalhos são definidos e validados pela gerência e pelo interveniente após uma análise de riscos.
Exemplo: limpeza de filtros, amostragem, intervenção em instrumentos, nível de gelo, transmissores, intervenção em trabalhos nas estações de serviço, etc.
Dependendo da análise de riscos, alguns isolamentos consignados
automaticamente podem ser dispensados de esquemas de isolamento/dossier de consignação. Contudo, devem ser respeitadas as etapas seguintes da consignação:
CONSIGNAÇÃO AUTOMÁTICADE PROCESSO
Separação Bloqueio- sinalização
Descarga da energia armazenada
Verificação da ausência de energia
33
CONSIGNAÇÃO MECÂNICA
FONTES DE ENERGIA MECÂNICA
� Energia cinética: energia limpa de uma massa em movimento.
� Energia potencial: energia libertada por uma massa ou órgão.
EM QUE CASOS É NECESSÁRIA UMA CONSIGNAÇÃO MECÂNICA?
Deve ser efectuada uma consignação mecânica quando subsistir
um risco associado aos movimentos de mecanismos após a paragem e o isolamento da respectiva energia motriz (eléctrica, hidráulica). Estes movimentos podem ter como origem:
� Uma influência externa (ex.: pá do ventilador accionada pelo efeito do vento), � Uma energia cinética acumulada por inércia, rigidez (molas comprimidas), gravitação (energia potencial) ou pressão (acumulador hidráulico/fluídico).
QUAIS SÃO AS ETAPAS PARA A CONSIGNAÇÃO MECÂNICA?
Consoante o caso, a implementação da consignação mecânica passa por todas as etapas do processo de consignação. Em alguns casos, a etapa de separação não será possível ou não será necessária; o bloqueio-sinalização são efectuados directamente. Por exemplo, no caso de uma mola ou de um braço hidráulico.
34
CO
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NIC
A
� Identificar todas as fontes de energia, os circuitos e os equipamentos a isolar.
� Avaliar os diferentes métodos de isolamento.
� Determinar qual deles apresenta um risco mínimo, tendo em conta a natureza do trabalho e o equipamento.
� Identificar os perigos durante a implementação dos meios de isolamento, tanto na colocação, como na remoção.
� Avaliar as consequências em caso de danos nas barreiras de isolamento e definir as medidas compensatórias a implementar.
No final da análise de riscos, são redigidos os elementos do dossier de consignação.
CONSIGNAÇÃO
Realizar uma análise de riscos antes de qualquer intervenção nos sistemas alimentados por energia.
É OBRIGATÓRIO:
A estratégia de intervenção baseada nas conclusões desta análise de riscos deve visar uma exposição tão breve
quanto razoavelmente possível dos intervenientes.
Os dispositivos de isolamento escolhidos devem ser proporcionais ao risco incorrido.
IMPORTANTE
Etapas:
1 ANÁLISE DE RISCOS
35
CO
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NIC
A
Produzir um dossier de consignação de acordo com a análise de riscos.
É OBRIGATÓRIO:
Um certificado de consignação mecânica em que seja descrita a acção de consignação mecânica.
DOSSIER DE CONSIGNAÇÃO2
O dossier de consignação mecânica é composto por:
Se necessário, um esquema de isolamento detalhado.
CONTEÚDO DO DOSSIER DE CONSIGNAÇÃO
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A
Aqui falamos da separação relativa à energia mecânica.
No caso de um equipamento multi-energia, foram registradas previamente outras fontes de energia (hidráulica, eléctrica, etc.).
Respeitar o esquema de isolamento e as instruções de supervisão associadas à autorização.
Colocar isolamentos físicos e submetê-los ao controlo a efectuar pelo operador do equipamento e pelo executante dos trabalhos.
É OBRIGATÓRIO:
Exemplo da consignação mecânica de uma máquina:
A etapa de separação é realizada desligando o equipamento de trabalho dos elementos de potência mecânica (motores, cilindros) através da separação física dos elementos de ligação, como a embraiagem, o acoplamento ou a transmissão.
Máquina consignada mecanicamente: elementos desacoplados
Máquina 1 (motor, etc.)
Máquina 2 (receptor, etc.)
Árvore 1
Embraiagem
Árvore 2
SEPARAÇÃO3
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Máquina consignada mecanicamente: elementos desacoplados
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
Definir um procedimento rigoroso de bloqueio para os isolamentos físicos (bloqueio), impondo a utilização de dispositivos de bloqueio e a marcação no terreno (sinalização).
Colocar um dispositivo de sinalização no órgão de separação e na zona do equipamento isolado indicando que o equipamento não deve ser manobrado.
É OBRIGATÓRIO:
BLOQUEIO–SINALIZAÇÃO4
Os dispositivos de retenção e de bloqueio mecânico são bloqueados na posição em que garantam a retenção, a fim de impedirem a reactivação acidental. Estes meios de bloqueio podem ser calços, barramentos, correntes, etc.
Exemplo de bloqueio mecânico das pás
de uma torre de arrefecimentoatravés de uma
corrente metálica com cadeado.
Exemplo de bloqueio através de calço numa máquina
de obras públicas.O braço não pode cair
(energia potencial), mesmo em caso de fuga no circuito hidráulico
que serve para o mover.
Após a execução do bloqueio, é importante assinalar que foi instalado.Esta operação pode ser efectuada, colocando por exemplo, um painel a indicar que o equipamento está consignado e que não deve ser manobrado.
BLOQUEIO MECÂNICO = BLOQUEIO
Exemplo de um meio de bloqueio mecânico da árvore de uma torre de
arrefecimento cuja árvore está acessível: com uma
chave anti-rotação.
Parte fixa da ferramenta
Árvore
Parte móvel que permite o aperto através de um sistema de rosca
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1 ferido grave: amputação parcial da ponta de um dedo
Durante uma operação de manutenção de um conjunto de correias numa torre de arrefecimento, um interveniente ficou com o dedo anelar preso entre a correia e a polia.
As pás do equipamento não estavam bloqueadas e começaram a mover-se com uma corrente de ar.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
Descarregar a energia armazenada no sistema isolado antes da execução dos trabalhos.
É OBRIGATÓRIO:
Caso particular de elementos mecânicos que não podem ser colocados num estado intrinsecamente seguro:
São mantidos numa posição estável através de travões ou de dispositivos de retenção mecânica, como pinos, velas ou outros dispositivos de fixação.
Consulte o exemplo de bloqueio numa máquina de obras públicas, na página 37.
DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA5
39
CO
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NIC
A
Realizar intervenções sem controlo prévio da ausência de energia ou de fluidos (salvo mediante autorização específica).
É PROIBIDO:
O encarregado de consignação verifica visualmente a ausência de energia potencial ou cinética residual.
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE ENERGIA6
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CO
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DESCONSIGNAÇÃO
Remover os isolamentos antes do final dos trabalhos e encerrar a autorização, salvo no contexto de uma desconsignação de teste, abrangida por procedimentos específicos da entidade.
É PROIBIDO:
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
É OBRIGATÓRIO:
40
2 REMOÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
1 DESBLOQUEIO E REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO
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Uma consignação automática ou uma consignação/desconsignação pessoal pode ser efectuada pelo próprio interveniente em certos tipos de trabalhos. Estes trabalhos são definidos e validados pela gerência e pelo interveniente após uma análise de riscos.
Por exemplo: bloqueio mecânico (calços, barramentos, correntes) dos equipamentos.
Dependendo da análise de riscos, alguns isolamentos consignados automaticamente podem ser dispensados de esquemas de isolamento/dossier de consignação. Contudo, devem ser respeitadas as etapas seguintes da consignação:
CONSIGNAÇÃO AUTOMÁTICA
Verificação da ausência de energiaSeparação Bloqueio-
sinalizaçãoDescarga da energia
armazenada
42
43
CONSIGNAÇÃO ELÉCTRICA
A consignação eléctrica é uma operação que pode ser enquadrada por obrigações regulamentares nacionais.
� Em trabalhos eléctricos: aplicam-se todas as etapas descritas nesta ficha.Ex: consignação de um conjunto de barramentos de 5,5 kV para limpeza, reparação de um cabo, substituição de um motor eléctrico.
� Em trabalhos não eléctricos: a última etapa
de “Ligação à terra + Curto-Circuito” não se aplica. Ex: consignação eléctrica através da remoção do tabuleiro de alimentação eléctrica para permitir a manutenção de uma bomba.
Ao contrário das outras consignações de energia, a etapa de verificação da ausência de energia tem lugar antes da descarga da energia no processo de consignação eléctrica.
44
CO
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CONSIGNAÇÃO
� Identificar todas as fontes de energia, os circuitos e os equipamentos a isolar.
� Avaliar os diferentes métodos de isolamento.
� Determinar qual deles apresenta um risco mínimo, tendo em conta a natureza do trabalho, o equipamento e o circuito.
� Identificar os perigos durante a implementação dos meios de isolamento, tanto na colocação, como na remoção.
� Avaliar as consequências em caso de danos nas barreiras de isolamento e definir as medidas compensatórias a implementar.
No final desta análise de riscos, é criado o dossier de consignação.
1 ANÁLISE DE RISCOS
Realizar uma análise de riscos antes de qualquer intervenção nos sistemas alimentados por energia.
É OBRIGATÓRIO:
A estratégia de intervenção baseada nas conclusões desta análise de riscos deve visar uma exposição tão breve
quanto razoavelmente possível dos intervenientes.
Os dispositivos de isolamento escolhidos devem ser proporcionais ao risco incorrido.
IMPORTANTE
Etapas:
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Produzir um esquema de isolamento de acordo com a análise dos riscos. Este esquema é proveniente dos planos e documentos “como construídos” e verificados.
É OBRIGATÓRIO:
Um esquema detalhado proveniente do dossier técnico de instalação (esquema unifilar) especificando as fontes de energia eléctricas, incluindo os circuitos de potência, os circuitos auxiliares e os órgãos de separação.
Um certificado, ficha ou ordem de consignação.
De acordo com a análise de riscos, este dossier será complementado por informações, por exemplo, por um procedimento detalhando as diferentes etapas de colocação em segurança.
Caso de uma consignação eléctrica para a execução de trabalhos de natureza não eléctrica num equipamento:
A marcação do equipamento a consignar pode ser efectuada através de esquemas e/ou das sinalizações presentes nos quadros eléctricos. Estas informações devem, portanto, estar actualizadas.
Ferimento potencial de uma pessoa
Depois de efectuar um consignação e verificado a ausência de tensão com um multímetro, o interveniente cortou um cabo e provocou faíscas. O cabo não estava consignado; o esquema eléctrico e a marcação do cabo não reflectiam a realidade. Além disso, o método e o aparelho para a verificação da ausência de tensão não eram os adequados.
ESQUEMA DE ISOLAMENTO(DOSSIER DE CONSIGNAÇÃO)
2
ACONTECIMENTO SIGNIFICATIVO
OCORRIDO NO GRUPO
CONTEÚDO DO DOSSIER DE CONSIGNAÇÃOO dossier de consignação eléctrica é composto por:
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CO
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Separar a estrutura das fontes de tensão.
Respeitar o esquema de isolamento e as instruções de supervisão associadas à autorização.
Colocar isolamentos físicos e submetê-los ao controlo a efectuar pelo operador do equipamento e pelo executante dos trabalhos.
Mandar realizar as intervenções nas instalações eléctricas ou nas proximidades, a pessoas com formação e autorizadas pela entidade, quer sejam trabalhos de natureza eléctrica ou não eléctrica.
É OBRIGATÓRIO:
SEPARAÇÃO3
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CO
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A
Em quais elementos deve ser efectuada a separação: Em todos os condutores activos, incluindo o neutro (salvo em casos muito específicos), de todas as fontes.
Onde: A partir de um órgão de separação homologado, como um seccionador e, de preferência, por visão directa ou totalmente à vista dos contactos separados.
Quem: Pelo encarregado de consignação.
O encarregado de consignação é uma pessoa com formação ministrada por organismo de certificação reconhecido e autorizado pela respectiva entidade a efectuar esta operação. A autorização da entidade estipula o nível de tensão no qual o encarregado de consignação está autorizado a intervir.
Em algumas regulamentações locais, esta autorização da entidade é designada “habilitação”.
1 ferido: amputação parcial de 2 pontas dos dedos
Um operador ficou gravemente ferido na mão após a reactivação de um secador industrial durante uma visita de inspecção. Ficou com os dedos presos entre a correia e a polia.
O equipamento estava parado para manutenção. A tampa de protecção da correia tinha sido removida, sem que tivesse sido realizada a consignação do motor (separação da fonte) e sem a sinalização do estado da máquina.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
IMPLEMENTAÇÃO DA SEPARAÇÃO
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Bloquear os órgãos de separação na posição de abertura e colocar a sinalização.
É OBRIGATÓRIO:
MEIOS DE BLOQUEIO
Como efectuar o bloqueio?
� É uma boa prática no caso de um disjuntor de baixa tensão: existem clipes que permitem bloquear o disjuntor na posição de abertura e colocar um cadeado.
ON ON ON
ON ON ON
Zoom do dispositivo
Adoptar um procedimento rigoroso de bloqueio para os isolamentos físicos (bloqueio), impondo a utilização de dispositivos de bloqueio e a marcação no terreno (sinalização).
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
BLOQUEIO–SINALIZAÇÃO4
� Colocar um cadeado ou um dispositivo de bloqueio de consignação na posição dedicada em cada órgão de separação.
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A
Sinalização no caso de intervenção de vários departamentos sectoriais num mesmo equipamento:
Neste caso, a marcação do órgão de bloqueio permite identificar cada intervenção e cada autorização solicitada.
!
Quem efectua o bloqueio?
� O operador.
� O encarregado de consignação (caso não seja o operador).
� Cada departamento sectorial que intervenha na instalação.
BOA PRÁTICA: INFORMAÇÃO
Colocar um cartaz no equipamento isolado indicando que é proibido manobrar o órgão e o equipamento.
Ferimentos potenciais em várias pessoas
Uma equipa de mecânicos realizava uma verificação das correias de um secador depois de desligar a alimentação eléctrica do equipamento na subestação eléctrica. Durante a ausência momentânea dos intervenientes, o operador liga o equipamento pensando que o trabalho tinha terminado.
As etapas de bloqueio-sinalização e de desconsignação não foram respeitadas.
ACONTECIMENTO SIGNIFICATIVO
OCORRIDO NO GRUPO
50
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NOTA: Na consignação eléctrica, a verificação da ausência de energia tem lugar antes da descarga da energia.
Realizar intervenções sem controlo prévio da ausência de energia ou de fluidos (salvo mediante autorização específica).
É PROIBIDO:
� O mais próximo possível do local da intervenção e nos condutores activos, incluindo o neutro.
� Com um verificador da ausência de tensão, controlado antes e depois de cada utilização.
MultímetroControlador/verificador da ausência de tensão
!
Ferimentos potenciais em várias pessoas
No decorrer de uma operação de desmantelamento de uma sala UPS (sala de baterias de reserva), ocorreu um flash eléctrico durante o corte do cabo no inversor.
O esquema de isolamento não estava actualizado e a verificação de ausência de tensão não foi efectuada em todas as fontes potenciais de energia.
REALIZAÇÃO DA VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE TENSÃO (VAT)
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE ENERGIA5
Não utilize aparelhos do tipo multímetro.
ACONTECIMENTO SIGNIFICATIVO
OCORRIDO NO GRUPO
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NOTA: Esta etapa abrange os trabalhos de natureza eléctrica. Não se aplica aos trabalhos de natureza não eléctrica.
Descarregar a energia armazenada no sistema isolado antes da execução dos trabalhos.
É OBRIGATÓRIO:
REALIZAÇÃO DA LIGAÇÃO À TERRA E EM CURTO-CIRCUITO
Esta etapa permite proteger-se contra possíveis reactivações de tensão a montante, a jusante ou produzidas por fontes autónomas. É efectuada através de uma ligação à terra (MALT) e em curto-circuito (CC).
É realizada de ambos os lados da zona de actividade, sendo que, pelo menos, uma deve ser visível a partir do estaleiro com as ferramentas fixas ou portáteis concebidas para este efeito e resistentes às condições.
Em caso de presença de condensadores, estes serão descarregados de acordo com os procedimentos definidos.
DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA6
Dispositivo de ligação à terra e em curto-circuito “pré-cablado”
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Caso particular de Baixa Tensão (BT). Esta etapa de descarga da energia:
� É necessária para os equipamentos de baixa tensão que integrem a rede (entradas, acoplamento, saídas de distribuição, depósitos, bobinas) devido ao risco de retorno da tensão por outro circuito.
� Não é necessária para os consumidores individuais da rede de baixa tensão (motores, válvulas, aparelhos de aquecimento, de iluminação).
1 ferido grave
No decorrer dos trabalhos de instalação de um novo quadro eléctrico, o interveniente foi electrizado ao tocar num circuito alimentado com 5,5 kV.
O esquema de isolamento não estava actualizado. Uma parte da zona de trabalho estava desconsignada e a intervenção foi realizada sem a ausência de tensão ter sido verificada e sem a ligação à terra/curto-circuito.
ACONTECIMENTO GRAVE OCORRIDO
NO GRUPO
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DESCONSIGNAÇÃO
Remover os isolamentos antes do final dos trabalhos e encerrar a autorização, salvo no contexto de uma desconsignação de teste, abrangida por procedimentos específicos da entidade.
É PROIBIDO:
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
É OBRIGATÓRIO:
Caso particular de desconsignação eléctrica provisória
O seu objectivo é o permitir a realização de um teste antes de proceder aos trabalhos complementares. Pode ser efectuada se todos os trabalhos tiverem terminado e se as correntes dos intervenientes tiverem sido removidas.
2 REMOÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
1 DESBLOQUEIO E REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO
No final da desconsignação provisória:
� Se o final dos trabalhos for confirmado e a desconsignação definitiva for solicitada. � Se forem necessários trabalhos
complementares e o equipamento voltar a ser consignado electricamente.
Etapas da desconsignação provisória:
� Remoção das ligações em curto-circuitoe à terra.
� Remoção do bloqueio do órgão de separação.
� Fecho do órgão de separação.
� Colocação de dispositivo de sinalização que indique “Desconsignação provisória”.
54
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Consignação automática para os trabalhos de natureza eléctrica:
Consignação realizada nas subestações por um electricista devidamente qualificado e autorizado pela respectiva entidade para as suas próprias intervenções de natureza eléctrica.
Consignação automática para os trabalhos de natureza não eléctrica:
Consignação realizada por um interveniente devidamente qualificado e autorizado pela respectiva entidade, para as suas próprias intervenções de natureza não eléctrica.
CASO DE UMA INTERVENÇÃO SOB TENSÃO ELÉCTRICA
Caso não seja possível efectuar uma consignação eléctrica, a intervenção sob tensão deve ser altamente excepcional, justificada por uma análise de riscos e confiada a uma empresa especializada,
familiarizada com tais práticas e reconhecida como tal, em conformidade com a regulamentação.
Neste caso, deve ser concedida uma autorização pelo representante autorizado da gerência da entidade.
CONSIGNAÇÃO AUTOMÁTICA
EXIGÊNCIAS DURANTE OS TRABALHOS
Estas exigências abrangem os trabalhos nos sistemas alimentados por energia, após terem sido consignados.
56
Manter à disposição de todas as pessoas envolvidas, o esquema e/ou o dossier “Master” de consignação regularmente actualizado.
Repetir a verificação da ausência de energia antes de cada intervenção e de acordo com o ritmo definido pelo operador.
Manter até à sua remoção, as sinalizações e identificações dos meios de isolamento.
IMPORTANTE
Um certificado de consignação ou um dossier de consignação completo não autoriza o início de um trabalho.
≠
EXIGÊNCIAS COMUNS A TODAS AS ENERGIAS
Realizar trabalhos sem a autorização necessária validada.
Modificar um isolamento sem a análise de riscos específica validada pela gerência da entidade.
É PROIBIDO:
Respeitar o esquema de isolamento e as instruções de supervisão associadas à autorização.
Verificar os isolamentos, as respetivas etiquetas e bloqueios antes de uma intervenção e a respetiva remoção antes da reativação.
É OBRIGATÓRIO:
57
ESPECIFICIDADES DA CONSIGNAÇÃO ELÉCTRICA
Em instalações eléctricas, após o isolamento da fonte, é recomendável marcar claramente a zona do equipamento isolado do resto da instalação com uma distância de segurança em relação à parte do equipamento mantido sob tensão.
Fita ou corrente
Zona de trabalho
Cartaz de aviso
Ilustração de uma marcação de segurança a instalar no caso de trabalhos num armário eléctrico
com peças descarnadas sob tensão.
59
SISTEMAS ALIMENTADOS POR ENERGIA EM AMBIENTE ADMINISTRATIVO
60
Não utilize o material se o fio estiver descarnado. Mande reparar ou substituir.
Não deixe um carregador ligado num um aparelho desligado.
Não efectue sozinho pequenos trabalhos de bricolage.
BOAS PRÁTICAS
61
RECAPITULAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE CONSIGNAÇÃO/ DESCONSIGNAÇÃO
1
2
DESBLOQUEIOE REMOÇÃO DA SINALIZAÇÃO
REMOÇÃO DOS MEIOS DE ISOLAMENTO
ANÁLISE DE RISCOS
ESQUEMA DE ISOLAMENTO (DOSSIERDE CONSIGNAÇÃO)
SEPARAÇÃO BLOQUEIO – SINALIZAÇÃO
DESCARGA DA ENERGIA ARMAZENADA
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE ENERGIA1
2
3 4
5
6
RECAPITULAÇÃO DAS ETAPAS DO PROCESSO DE CONSIGNAÇÃO/ DESCONSIGNAÇÃO
Produzido pela TOTAL - Direcção HSA | Realização: Studio Axiome
Fotografia: © J. Muguet, S. Lee, M. Labelle, G. Perrin, L. Pascal, M. Dufour, T. Gonzalez, N. Imre - TOTAL
©TOTAL - Abril 2018
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HSE DivisionTOTAL S.A.Headquarters:2, place Jean Millier – La Défense 692078 Paris-La Défense Cedex – FranceTel. +33 (0)1 47 44 45 46Share capital: 6 340 193 800 €542 051 180 RCS Nanterre
Supplying affordable energy to a growing population, addressing climate change and meeting new customer expectations are the three main challenges Total must meet as an energy major.
That is what guides what we do. With operations in more than 130 countries, we are a top-tier international oil and gas company. We are also a world-class natural gas operator and a global solar leader through our affiliate SunPower. Our activities span oil and gas production, refining, petrochemicals and marketing.
Demonstrating their commitment to better energy, our 100,000 employees help supply our customers worldwide with safer, cleaner, more efficient and more innovative products that are accessible to as many people as possible. Our ambition is to become the responsible energy major.
24, rue Salomon de Rothschild - 92288 Suresnes - FRANCETél. : +33 (0)1 57 32 87 00 / Fax : +33 (0)1 57 32 87 87Web : www.carrenoir.com
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