dialéctica, nº 25, primavera 1994

180
Universidad Autónoma de Puebla Rector: Licenciado José Dóger Corte Secretario general: Licenciado Víctor Espíndola dialéctica (nueva época) Dirección: Gabriel Vargas Lozano y Roberto Hernández Oramas Consejo Editorial: Alfonso Vélez Pliego, María Teresa Colchero, Carlos Figueroa Ibarra, Lucio Oliver, Mario Salazar Valiente t Consejo Asesor y Comité de Arbitraje Nacional e Internacional: Dora Kannoussi, Adolfo Sánchez Vázquez, Pablo González Casanova, Enrique Semo, Sergio Bagú, Agustín Cueva, * Angelo Altieri, Sergio de la Peña, Jaime Labastida, Georges Labica (Francia), Iztván Mészáros (Inglaterra), Luis Villoro, Wenceslao Roces, t Luis Cardoza y Aragón,* Ad am Shaff (Polonia), Giusseppe Vacca (Italia), Elmar Altvater (Alemania), Vjekoslav Mikecin (Croacia), Francisco Fernández Buey (España), Ruy Mauro Marini (Brasil) Consejo de Colaboración Nacional: José Dóger Corte, Severo Martínez Peláez, Carlos González Duran, Alberto Saladino, José Luis Balcárcel, Miguel Concha, Enrique Dussel, Enrique de la Garza, Silvia Duran Payan, Francoise Penis, José Luis González, Carlos Vilas, Bolívar Echeverría, Amoldo Martínez Verdugo, Raquel Sosa, María Rosa Palazón, Héctor Díaz Polanco, Salvador Millán, Irene Sánchez, Alejandro Gálvez, Graciela Arroyo Pichardo, Edith Anta), Betania Alien, Francisco Piñón, César Delgado, Estela Kalloni, Mercedes Durand, Carmen Lira, Sol Arguedas, Saúl Ibargoyen, Néstor García Canclini, Arnaldo Córdova, Adolfo Sánchez Rebolledo, Dimas Lidio Pitty, Javier Mena, Jorge Turner, Eduardo Montes, Ilán Semo, Elvira Concheiro, Gilberto López y Rivas, Jaime Órnelas, Manuel Becerra, Felipe Zermeño, Sonia Gojman, Pablo Maríñez, Roberto Escudero, Felipe Campuzano, Raúl Páramo Ortega, Carmen Galindo, Magdalena Galíndo, Norma de los Ríos Dialéctica, nueva época, año 17, núm. 25, primavera de 1994 Revista trimestral Precio por ejemplar: 15 nuevos pesos Correspondencia: Reforma, 913; 7200 Puebla, Pue.; teléfono 32 70 88; o al apartado postal 21-579; México, D.F. Suscripciones por cuatro números en la República Mexicana: 75 nuevos pesos / En los Estados Unidos, Canadá, Centro y Sudamérica, y Europa: 40 dólares US Tiraje: 3 mil ejemplares

Upload: rebeldemule2

Post on 06-Apr-2018

242 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 1/180

U n i v e r s i d a d

A u t ó n o m a

d e P u e b l a

Rector: L i c e n c i a d oJ o s é D ó g e r C o r t eSecretario general:

L i c e n c i a d o V í c t o rE s p í n d o l a

dialéctica(nueva época)

Dirección: Gabriel Vargas

Lozano y Roberto

Hernández Oramas

Consejo Editorial: AlfonsoVélez Pliego, María Teresa

Colch ero, Carlos Figueroa

Ibarra, Lucio Oliver, Mario

Salazar Valiente t

Consejo Asesor y Comité de

Arbitraje Nacional e

Internacional: Dora Kannoussi,

Adolfo Sánchez Vázquez,

Pablo Gonz ále z Cas anova ,

Enrique Semo, Sergio

Bagú, Agustín Cueva, *Angelo Altieri, Sergio de la

Peña, Jai me Labastida,

Georges Labica (Francia),

Iztván Mészáros (Inglaterra),

Luis Villoro, Wenceslao

Roces, t Luis Cardoza y

Aragón,* Ad am Shaff

(Polonia), Giusseppe Vacca

(Italia), Elmar Altvater

(Alemania), Vjekoslav

Mikecin (Croacia), Francisco

Fernández Buey (España),

Ruy Mauro Marini (Brasil)

Consejo de Colaboración

N a c io n a l: J o s é D ó g e r C o r t e ,

S e v e r o M a r t í n e z P e l á e z , C a r l o s

G o n z á l e z D u r a n , A l b e r t o

S a l a d i n o , J o s é L u i s B a l c á r c e l ,M i g u e l C o n c h a , E n r i q u e

D u s s e l , E n r i q u e de la G a r z a ,

S il vi a D u r a n P a y a n , F r a n c o i s e

P e n i s , J o s é L u i s G o n z á l e z ,

C a r l o s V i l a s , B o l í v a r

E c h e v e r rí a , A m o l d o M a r t í n e z

V e r d u g o , R a q u e l S o s a , M a r í a

R o s a P a l a z ó n , H é c t o r D í a z

P o l a n c o , S a l v a d o r M i l l á n ,

I r e n e S án c h e z , A l e j a n d r o

G á l v e z , G r a c i e l a A r r o y o

P i c h a r d o , E d i t h A n t a) ,B e t a n i a A l i e n , F r a n c i s c o

P i ñ ó n , C é s a r D e l g a d o , E s t e l a

K a l lo n i , M e r c e d e s D u r a n d ,

C a r m e n L i r a , Sol A r g u e d a s ,

S a ú l I b a r g o y e n , N é s t o r G a r c í a

C a n c l in i , A r n a l d o C ó r d o v a ,

A d o l f o S á n c h e z R e b o l l e d o ,

D i m a s L i d i o P i t t y , J a v i e r M e n a ,

J o r g e T u r n e r , E d u a r d o

M o n t e s , I l á n S e m o , E l v i r a

C o n c h e i r o , G i l b e r t o L ó p e z y

R i v a s , J a i m e Ó r n e l a s , M a n u e lB e c e r r a , F e l i p e Z e r m e ñ o ,

S o n i a G o j m a n , P a b l o M a r í ñ e z ,

R o b e r t o E s c u d e r o , F e l i p e

C a m p u z a n o , R a ú l P á r a m o O r t e g a ,

C a r m e n G a l i n d o , M a g d a l e n a

G a l í n d o , N o r m a de los R í o s

■ Dialéctica, nueva época, año 17,

núm. 25, primavera de 1994

■ Revis ta tr imestra l ■ Precio por

ejemplar: 15 nuevos pesos■ Correspondenc ia : Re form a , 913 ;7200 Puebla, Pue.; teléfono 32 70 88;o al apartado postal 21-579; México,D.F. ■ Suscripciones por cu atron ú m e r o s en la República M exicana: 75

nuevos pesos / En los Estados Unidos,Canadá, C entro y Sudamérica , y

Europa : 40dólares US ■ Tiraje: 3 milejemplares

Page 2: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 2/180

dialécticaO Nueva época G Año 17 O Número 25 3 Primavera de 1994

■ E d i to r ia l es O C h i a p a s e n l a e n c r u c i j a d a , 2 □ E l T r a t a d o d e L i b r e C o m e r c i o d e N o r t e a m é r i c a , 4 G L a a u t o n o m í a u n i v e r s i t a r i a y s u f u n c i ó n h i s t ó r i c a , 6 O E lm o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l d e 1 9 6 8 , 9

■ E n sa yo s O La a c t u a l i d a d d e G r a m s c i , Giusseppe Vocea,10 O É t i ca y po l í t i c a en e l ma r x i smo: e l c a so de Gor ba -c h o v , Iztván Mészáros, 2 2 O L a t r a g e d i a y u g o s l a v a , JoséMarta Laso Prieto, 3 0 G N u e s t r o Q u i n t o C e n t e n a r i o ,Ramón Eduardo Ruiz, 5 9 O 1 9 6 8 , v e i n t i c i n c o a ñ o s d e s p u é s , Gabriel Vargas Lozano, 74 H Pos ib i l i dades y f unc i o n a m i e n t o d e l c a m b i o d e m o c r á t i c o e n A m é r i c aL a t i n a , Roberto Escudero, 8 1 O A m é r i c a L a t i n a : la s e n s e ñanzas de l a s c r i s i s po l í t i c a s , Lucio Oliver, 89 O L aso p c i o n e s d e l s o c i a l i s m o d e s p u é s d e l d e r r u m b e , GabrielVargas Lozano, 9 5 O E l m a r x i s m o c r í t i c o d e M a n u e lS a c r i s t á n , Francisco Fernández Buey, 1 0 9 O E l m a r x i s m oy l a c u e s t i ó n n a c i o n a l , Ana María Rivadeo, 134 O Rac ism o y m a s i f ic a c i ó n , María Rosa Palazón M., 146

■ C r í ti c a d e l i b r o s O I n v e r s i ó n d e l d i s c u r s o p a t r i a r c a le n Temblor, Raquel Gutiérrez Estupiñán, 1 5 7 O C a r l o sF u e n t e s y l a c o n d i c i ó n c i r c u l a r d e l t i e m p o , Ernesto Vargas Gil, 1 5 8

■ N o t a s u n i v er s it a ri a s O M a r i á t e g u i , c i e n a ñ o s , 1 5 9O T e r ce r I n f o r m e de l r e c to r d e l a BU AP , 160 O E l lic e n c i a d o J o s é D ó g e r C o r t e , r e c t o r d e l a U A P p a r a u nn u e v o p e r i o d o , 1 6 0 O R u y P é r e z T a m a y o , d o c t o r Hono-

ris Causa d e la B U A P , 1 6 0 O C o l o q u i o I n t e r n a c i o n a l" E l m u n d o h o y : e l p e n s a m i e n t o s o b r e l a c r i s i s " , 1 6 2O P r e s e n t a c i ó n d e l a r e v i s t a Dialéctica e n l a F a c u l t a d d eCie nc ia s P o l í t i c a s y Soc ia l e s de l a U N A M , 162 O V Coloquio sobre la Enseñanza de la F i losof ía , 162 O Diplomad o e n E s t é t ic a C o n t e m p o r á n e a , 1 63 O N u e v a m a e s t r í ae n L i t e r a t u r a M e x i c a n a , 1 6 5

O Cuid ado de la edición: Miguel Ángel Guzmán y María del Carmen Merodio O Diseño y dia-

gram ac ión : Fernando Rodríguez O Producción edi toria l : Equipo Editor, S.C.; Am ste rdam ,35-B; prim er piso; colonia Hipó dro mo ; 06100 México, D.F . ; te léfono 211 86 86

Page 3: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 3/180

EDITORIALES

GHIAPAS

EN LA EN CRUCIJADAEl d ía primero de enero la opinión pública nacional fuesorprendida con la notic ia de la toma de varios poblados

del es tado de Chiapas por un numeroso grupo armado denominado Ejército Zapatista de Liberación Nacional (EZLN). En muypoco tiempo, la noticia dio la vuelta al mundo. Desde entonceshasta el m om en to en q ue se escribe esta not a editorial, los acontec imien tos se han suced ido ver t ig inosamente , de ta l maneraque sólo pueden hacerse a lgunas reflexiones provis ionales . Larebelión y los enfrentamientos con el ejército, cuyos resultados han s ido c ientos de muertos y miles de heridos y damnificados , han cons t i tu ido un du ro go lpe , en pr im er té rm ino , a laconciencia nacional . Desde s iempre se ha sabido del maltra to ,la discriminación y la opres ión en que se ha tenido a los indígen as d e M éxico. A qu í se trata d e los tzeltales, zotziles y tojola-ba les , en t re o t ros ; pe ro es ta s i tuac ión puede reconocersetambién en e l res to de Chiapas , Oaxaca, Yucatán, Guerrero yen las selvas de concreto de las ciudades. Los indígenas constituyen un importante porcenta je de los 13 mil lones de c iudadanos que se encuentran en la terr ible condición de miseriaextrema. Son los marginados de los marginados . Pero es tonos lleva a otro aspecto: las condiciones de injusticia y antidemocrac ia que han pr ivado duran te mucho t iempo en e l México agrario , cuyo principal sos tén es la es tr uct ura corporat iva ycaciquil . Su despotismo, primit ivismo polí t ico y arbitrariedad,frente a los cuales no ha exis t ido has ta ahora ninguna protección legal, constituyen una de las causas directas de la rebelión.Pero a lo anterior agreguemos los factores inmediatos que hanproducido una situación de angustia entre amplios núcleos de lapoblación: el derrumbe de los precios del café, la depreciaciónde las tierras, la pro hib ició n de la tala de árbo les e n la selva la-candona, lo que paradójicamente (porque la medida es correctapara proteger el sistema ecológico) deja sin trabajo y sin leña amuchos miles de trabajadores , y la cris is del campo, debido auna serie de factores históricos, agravados por la reciente refor

m a al art ículo 27 de la Co nsti tució n. T od o e l lo tam bién forma

2

Page 4: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 4/180

Map as en la encrucijada 3

par te de los fac tores que prec ip i taron la v io lencia . Pero la magn i t u d d e l a r e b e l i ó n y t o d a s u s e c u e l a d e m u e r t e c o n s t i t u y e nt a m b i é n u n f u e r t e g o l p e e n c o n t r a d e l a p o l í t i c a n e o l i b e r a l . E nnues t ro pa ís , desde 1988, se in ic ió una pol í t ica que t iene dos ca

r a s : p o r u n l a d o , s e i m p l a n t ó u n n e o l i b e r a l i s m o d a r w i n i s t a ; y ,po r o t ro , f r en te a l r econoc imien to de l a pob reza , s e qu i s o pa l i a re l g o l p e m e d i a n t e p r o g r a m a s d e a u t o a y u d a , c o m o l o s o n e l P r o -n a s o l y e l P r o c a m p o . E m p e r o , e l a c t u a l p r o c e s o d e C h i a p a s h apues to de man i f i e s to que l a ayuda económica (po r c i e r to , s i empre l imi tada e insuf ic ien te) para cons t ru i r escuelas y c l ín icas nob a s t a p a r a r e s o l v e r l o s p r o b l e m a s q u e g e n e r a l a e x c e s i v a c o n ce n t r a c i ón de la riqueza q u e ex i s t e en nu es t ro pa í s , s in o qu es e r e q u i e r e u n a p r o f u n d a t r a n s f o r m a c i ó n e c o n ó m i c a y p o l í t i

c a o r i e n t a d a p o r u n a v e r d a d e r a j u s t i c i a so c ia l y u n a a u t é n t i c ad e m o c r a c i a . É s t a e s l a r a z ó n p o r l a c u a l e n C h i a p a s , n o s ó l o s ej u e g a e l d e s t i n o d e a q u e l e s t a d o , s i n o e n c i e r t a f o r m a e l d e s t i n o d e M é x i c o e n t e r o . H a s t a a h o r a , e l c o n f l i c t o e s t á d e t e n i d o .S a b e m o s m u y p o c o a c e r c a d e q u i é n e s s o n y c ó m o p i e n s a n l o sd i r i g e n t e s d e l E Z L N . H a n d e c l a r a d o q u e r e i v i n d i c a n l a d e m o c r a c i a y r e s p e t a n l a f o r m a d e l u c h a d e o t r a s f u e r z a s p o l í t i c a s .A p e s a r d e e l l o , p o d e m o s n o e s t a r d e a c u e r d o c o n e l l o s ; n ic o n e l m é t o d o d e l a v i o l e n c i a a r m a d a q u e h a n u t i l i z a d o , n i

c o n s u s i d e a s d e p a í s , p e r o l o q u e n o p u e d e s e r s o s l a y a d o d em a n e r a a l g u n a s o n l a s c a u s a s p r o f u n d a s q u e h a n p r o d u c i d oe s t a r e b e l i ó n y l a n e c e s i d a d d e i n i c i a r u n p r o c e s o d e s o l u c i ó na f o n d o . H a s t a h o y , l a s p a r t e s c o n t e n d i e n t e s h a n e s t a b l e c i d oc o n t a c t o y b u s c a n v ía s d e n e g o c i a c i ó n p o l í ti c a . A n u e s t r o j u i cio, se debe poner e l mejor de los es fuerzos para que es ta l ínease mantenga y se ampl íe . La paz ac tual es tá prendida con a l f i le r e s . A nadie conviene la v io lencia y es por e l lo que deben desact ivarse las condic iones que la han generado . La o t ra v ía es

c o n o c i d a y p o r d e s g r a c i a f o r m a p a r t e d e l d r a m á t i c o p a n o r a m ade l a h i s to r i a l a t inoamer icana r ec ien te : pa í s es hund idos en l aconfrontac ión v io len ta , desgar rados por la c r is is , her idos por décadas d e com bates en tre el go bie rno y las guerr il las o, todavía peo r ,sometidos a la violencia ir racional del narcotráf ico, que busca aprov e c h a r c u a l q u i e r c o y u n t u r a p a r a a l e n t a r s u i n f a m a n t e c o r r u p c i ó n . N o p e r m i t a m o s q u e n u e s t r o p a í s c a i g a e n e s e a b i s m o .

Gabriel Vargas Lozano

M é x i c o , D .F . , a 2 5 d e e n e r o d e 1 9 9 4

Page 5: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 5/180

editoriales

EL TRATADO DE LIBRE

COMERCIODE NORTEAMÉRICA

El d í a p r i m e r o d e e n e r o e n t r ó e n v i g e n c i a e l T r a t a d o d eL i b r e C o m e r c i o d e N o r t e a m é r i c a . C o n e s t e t r a t a d o q u e

d a n e s t a b l e c i d a s l a s r e g l a s q u e n o r m a r á n e l i n t e r c a m b i o c o m e r c i a l e n t r e l o s E s t a d o s U n i d o s , M é x i c o y C a n a d á . S i t o d o e lp r o c e s o t e r m i n a r a a q u í , h a b r í a p o c o q u e d i s c u t i r ; s i n e m b a r g o , e l T L C N h a s u p u e s t o h a s t a a h o r a y s u p o n d r á e n el f u t u r oc a m b i o s e c o n ó m i c o s , p o l í t i c o s , c u l t u r a l e s y s o c i a l e s s o b r e l o sq u e s e r á n e c e s a r i o r e f l e x i o n a r e n f o r m a p e r m a n e n t e . L a p r i m e r a p r e g u n t a q u e p u e d e p l a n t e a r s e e s: ¿ c ó m o y e n q u é c o n d i c i o n e s l l e g a m o s a l a firm a d e l T L C N ? E l T L C N n o p u e d ee n t e n d e r s e s i n t o m a r e n c o n s i d e r a c i ó n , t a n t o l a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o - s o c i a l d e M é x i c o , c o m o e l p r o c e

s o m u n d i a l d e e s t r u c t u r a c i ó n q u e s e h a e f e c t u a d o e n l a sú l t imas décadas . Ya a f ines de los sesenta , nues t ro pa ís había ca í do en una c r i s i s económica que in ten tó r e s o lve r s e med ian tep rés tamos de l ex te r io r . Es ta c r i s i s pudo con tene r s e du ran te e l s e xenio de Luis Echever r ía (1970 a 1976) y par te de l sexenio de J o s é López Po r t i l lo (1976-1982) . En es t e ú l t imo , e l des cub r imien tod e i m p o r t a n t e s y a c i m i e n t o s p e t r o l e r o s d e s p e r t ó e n o r m e s e x p e c t a t ivas pa ra r e s o lve r lo s p rob lemas más u rgen tes de l pa í s , pe roante la ca ída de los prec ios , ca ída a la cual contr ibuyó e l p ropio

gob ie rno mex icano , l a s f inanzas nac iona les en t r a ron en banca r ro ta . Es a par t i r de es ta s i tuac ión que e l gobierno de Miguel dela Madr id (1982-1988) decid ió e l ingreso a l GATT (con lo que e lmercado nac iona l fue invad ido de mercanc ías ex t r an je r as ) y l aaper tura de la Bolsa de Valores (con lo que af luyeron capi ta leses pecu la t ivos ) . E l ing res o a l GATT p rodu jo l a qu ieb ra de muc h a s d e l a s p r i n c i p a l e s e m p r e s a s n a c i o n a l e s p o r " f a l t a d e c o m -p e t i t i v i d a d " . E l c a p i t a l i s m o m e x i c a n o h a b í a c o n s e r v a d o s us i t u a c i ó n t r a d i c i o n a l , m i e n t r a s s e o p e r a b a u n a v e r d a d e r a r e v o

l u c i ó n t e c n o l ó g i c a e n l o s p a í s e s d e s a r r o l l a d o s , d e t a l m o d o

Page 6: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 6/180

tratado de libre comercio de norteamérica

que amplios sectores de la economía mexicana fueron desplazados por el capi tal ismo transna ciona l .

El gobierno de Carlos Salinas de Gortarí (1988-1994) prosi

guió y profundizó esta pol í t ica neol iberal , tomando las s i guien tes m edid as: venta de las paraestatales (esp ecialmen te lasmás rentables) ; reforma al ar t ículo 27 de la Const i tución (quepermit ió la propiedad privada por parte de los extranjeros yel iminó la inafectabil idad del ej ido, para pro piciar u n d esarro l lo capi talis ta) ; con tratación de nuevos pré stam os de l ex ter ior ;establecim iento de un a al ianza polí t ica con el PAN , los emp resarios m ás pu die nte s y la Iglesia Católica; mod ificación a la leyde inversiones extranjeras y desregulación. Junto a el lo, paraque la polít ica de shock no tuviera un efecto explosivo, desarrol ló un programa especial de ayuda a los más necesi tados(Pronasol) , que en los úl t imos días fue reforzado por un prog ram a de ayuda al cam po (Procam po) .

En el ámbito internacional , es conocido que desde hacet iempo se han venido in tegrando b loques comerc ia les , comoel de los tigres asiáticos y l a Com unidad Económ ica Europea .El úl t imo caso es todavía más complejo, debido a que se t ratade una unidad también pol í t ica y social . El derrumbe del bloque llamado socialista vino a acelerar las ambiciones del capita l i smo es tadounidense por tener un coto comerc ia l propio ,cuya primera esfera estar ía integrada por Canadá y México, yluego toda América Lat ina. Este proyecto fue enunciado porG eorg e Bu sh en su l lama da Iniciat iva de las Américas.

Es en estos contextos nacional e internacional que podemosentonces s i tuar él TLCN. Con éste , e l gobierno ha buscadouna salida económica para reactivar la economía y proporcionarempleos para los mexicanos, pero lo que en real idad lo animaes el fracaso del capitalismo mexicano para poder resolver los

graves prob lem as qu e él mism o prop ició po r su ineficiencia.¿Qué hubiera s ido lo ópt imo?: haber hecho un pacto nacio

nal para la mo derniza ción (econ óm ica, polí tica, educat iva) en-! tre todos los sectores, como lo hizo Suecia en los treinta;: for talecerse econó mica y socialm ente, y enton ces hacer pactos! con los bloques comerciales en condiciones de una cier ta! equidad, o b ien , buscar una unidad económica con Cent roa-¡ mérica y el Caribe. Pero las cosas no fueron así. El gobierno| sólo encontró una sal ida: pactar un t ratado comercial en con-

| diciones de debi l idad. ¿Qué podemos ofrecer? Lo han dicho

Page 7: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 7/180

mu chos en todos los tonos : m ano d e obra bara ta , p roducc iónde a lgunos accesorios para las gran des em presas transnacionales y recursos naturales baratos. ¿A cambio de qué?: acceso al

mercado nor teamericano para a lgunos sec tores muy contadosy empleos en las maquiladoras. Un anticipo de lo que los estadounidenses esperan de l TLCN fue la respues ta de Al Gore ,vicepres idente de los Estados Unidos , quien en su confrontación con Ross Perot en la televisión comparó el TLCN con lacompra de Alaska y la Louisiana. Ahora bien, si la situaciónfuera sólo comercial, habría que sacar las cuentas de lo quegana o pierde e l pueblo mexicano, pero e l problema no es sólo comercial, s ino industrial, financiero, político, educativo,

cultural, ideológico y social. Y es aquí, en los efectos de estepaso trascendental dado por e l gobierno mexicano, en lo queserá necesario reflexionar cuidadosamente para poder encontrar sa l idas a es ta nueva s i tuación. Por lo pronto, debemos regis trar e l hecho de que e l TLCN representa un choque entreuna sociedad capita l is ta desarrollada, marcada por la hipermi-litarización, el racismo, los conflictos multiétnicos y la decad e n c i a m o r a l , y u n a s o c i e d a d c a p i t a li s t a d e p e n d i e n t e ,tradicional, subdesarrollada y en crisis . ¿Qué resultará de este

choque? La m on ed a es tá en e l a ire .(G.V.L.)

Page 8: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 8/180

LA AUTONOM ÍAUNIVERSITARIAY SU FUN CIÓN

HISTÓRICA

En los últimos años, las universidades públicas se han visto sometidas a una serie de pres iones para que efectúen

transformaciones académicas y adminis tra t ivas . Las pres ionesprovienen de diversos ámbitos : por un lado, de la necesidadque t ienen de cumplir con las condiciones de excelencia acá-

Page 9: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 9/180

la autonomía universitaria y su función histórica

démica a la que es tán obligadas (s iempre y cuando tengantambién subsidios de excelencia y és tos sean empleados deigual manera); y, por otro, de la exigencia para adaptarse a lascondiciones del proceso de modernización exigida por la in te

gración de la economía mexicana a la es tadounidense , ahoraregulad a p or e l TL CN . Los cambios han incidido en su es tructura de gobierno (con la creación de vicerrectorías y departamentos); en incentivar e l proceso productivo de su personalacadémico (es tableciendo becas y es t ímulos que permitan a lprofesor recibir una remuneración complementaria a su exiguo salario); en la creación o fortalecimiento de sus sistemasde educación abiertos; y, finalmente, en la redefinición de susrelaciones con la iniciativa privada. Nuestras universidades,

¿qué duda cabe?, están obligadas a cumplir con sus funcionessustantivas: docencia, investigación y difusión, en el más altonivel posible . Y, para p od er log rarlo , se requ ieren condicionesmateriales necesarias y suficientes, que van desde buenos labora torios , b ibl iotecas e ins ta laciones has ta buenos sueldos paratodos sus miem bros .

Si la iniciativa gubernamental se orienta hacia allá, sea bienvenida; s in embargo, exis te un problema centra l que debe seranalizado: la función de la autonomía en la universidad públi

ca . ¿Qué quiere decir autonomía? La Consti tución mexicanalo establece en su artículo tercero: "facultad y responsabilidadde gobernarse a sí mismas"; "realizar sus fines de educar, investigar y difundir cultura de acuerdo con la libertad de cátedra e investigación y mediante el libre examen y discusión delas ideas; determinación de sus planes y programas; fijar losté rminos de ingreso , p romoción y permanenc ia de su personal académico; y adminis tración de su patr imonio". La l ibertad de cátedra e investigación, así como la libre investigación

de las ideas, son una conquista fundamental de las universidades púb licas. En las univers idades privadas n o existe esta libertad, po rq ue en e l las prevalece ju s ta m en te e l in terés privado,que está orientado por la lógica del mercado capitalista o porlas ideas (predominantemente confes ionales) que sos tengansus dueño s .

En el caso de las universidades públicas, el dueño es el pueblo y por ello estas instituciones tienen que responder a los intereses d e las may orías, y no a los de las m inoría s. H a sido po r

esta razón que las universidades públicas, con frecuencia, han

Page 10: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 10/180

8 editoriales

s ido expres ión de los mas caros anhelos del pueblo me xicano.Ésa es una función que no puede olvidarse. La universidad pública debe cumplir sus funciones primordiales con excelencia,y dentro de éstas se encuentra su servicio a la comunidad a la

que se debe. Pero, ¿cómo debe cumplir las? Todo depende delas con dicion es sociales. En 1968, la univers idad fue aba nde rada de las l ibertades dem ocráticas , debid o a que n o exist ía o trosector capaz de hacerlo. Esta posición se reforzó durante lasdécadas de los se tenta y ochenta en muchas univers idades , endonde la izquierda había logrado la hegemonía . No obstante ,la función comprometida de la universidad sufrió diversas distorsiones, debido a la asimilación de la institución académicaa posiciones partidarias, a la falta de presupuesto que padecía

como castigo a sus posiciones políticas y a la cor rup ció n qu e como un cáncer invadió la univers idad. Habría que agregar queeste fenómeno de sobrepolitización y deterioro del nivel académico, no sólo afectó a las universidades de izquierda, sinotambién a las oficialistas, que se manejaron con mecanismostípicos del corporativismo mexicano. En lugar del Partido Comunis ta , se puso a l Part ido Revolucionario Ins t i tucional , yasunto concluido. Hoy existen en la sociedad diversos organismos que representan las causas populares , pero e l lo no quiere

decir que la univers idad pública deba abandonar su funciónde buscar y ofrecer a l ternativas para los grandes problemasque aquejan a la nación o a l mundo, como entidades portadoras de la inteligencia y la cultura. La universidad pública debeser conciencia crítica, para que nuestra sociedad alcance la just icia en todos los órdenes, para que conserve su herencia cultura l y par a que contribuya a preservar la iden tidad de nues tranac ión . En estas labo res su función es insustituible. Es po r elloque se requiere que las univers idades cumplan en la produc

ción, reproducción y difus ión del conocimiento, pero tambiénen la de ser conciencia histórica de las mejores causas de lasmayorías.

(G.V.L.)

Page 11: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 11/180

el mov imiento estudian til de 1968

EL MOVIMIENTO

ESTUDIANTIL

DE 1968

El 2 de octubre de 1993 se cumplieron veint ic inco años

de haber ocurr ido el movimiento es tudiant i l del '68, que

culminó en la matanza de Tlatelolco. En aquellos días, estu-

diantes de la UAP, como de todo el país , s int ieron como suyo

aquel movimiento, porque se t ra taba de una defensa de las l i -

ber tades democrát icas . Hoy, veint ic inco años después , s iguenpers is t iendo incógni tas sobre quiénes tomaron la decis ión de

la matanza, cómo se efectuaron los acontecimientos y cuántos

fueron los muertos . Las causas del movimiento fueron claras :

l ibertad de los presos polí t icos, derogación del art ículo 145 y

145 bis del Código Penal , defensa de la autonomía univers i ta-

r ia y l iber tades demo crát icas , pero lo qu e no h a que da do re-

sue l to es qu iénes ord ena ron ese c r imen de l esa hum anid ad .

En la ciudad de México, y part icularmente en la UNAM, los

actos en memoria del movimiento sobrepasaron todas las ex-pectativas. Miles de estudiantes jóvenes asist ieron a las dece-

n a s d e m e s a s r e d o n d a s , c o n f e r e n c i a s , p r o y e c c i o n e s d e

películas y mítines. Se integró la Comisión de la Verdad, que

durante tres meses investigó para ofrecer una respuesta a las

anteriores preguntas y ha solici tado a las instancias legales co-

rrespondientes que ofrezcan una respuesta , que abran los ar-

chivos oficiales y qu e se esclarezca la verd ad s ob re lo o cu rrid o.

To do es to es muy sa ludable , deb ido a que nad a pu ede que dar

im pu ne y po rq ue se t ra ta de evi tar qu e ocurra n en el futuroacontecimientos similares. Si nuestro país quiere avanzar ha-

cia una verdadera democracia , t iene que empezar por esclare-

cer los puntos oscuros de su historia, tanto por las víct imas,

como por un mejor futuro para nuest ro país .

La Redacción

Page 12: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 12/180

L A A C T U A L I D A DD E G R A M S C Í

giusseppe vacca

I L a v i t a l i d a d d e G r a m s c i e s t á c o n f i r m a d a p o r l a• c r e c i e n t e a t e n c i ó n a s u p e n s a m i e n t o y a l a

d i f us ión de sus e sc r i t os , en p r imer l uga r , de l os Cuadernos de

la cárcel. E n 1 9 9 0 , l a f u n d a c i ó n I n s t i t u t o " G r a m s c i " p u b l i c ó l ab i b l io g r a f ía g r a m s c i a n a i n t e r n a c i o n a l . É s ta a b a r c a h a s t a 1 9 8 8y r e c o g e m á s d e 6 m i l v o c e s . L a m i t a d la c o n s t i t u y e n e s c r i t o sd e l o s a ñ o s o c h e n t a . G r a m s c i e s e l p e n s a d o r i t a l i a n o d e l s i g l oX X m á s t r a d u c i d o e n e l m u n d o . D e l o s Cuadernos de la cárcel,

s u o b r a m a y o r , e x i s t e d e s d e h a c e t i e m p o u n a t r a d u c c i ó n a le s p a ñ o l , b a s a d a e n l a e d i c i ó n t e m á t i c a e n s ei s v o l ú m e n e s , lap r i m e r a e d i c i ó n i t a li a n a, p u b l i c a d a p o r E i n a u d i e n t r e 1 9 4 8 y1 9 5 1 . L a e d i c i ó n c r o n o l ó g i c a , r e a l i z a d a e n l o s a ñ o s s e s e n t a ,

b a j o el c u i d a d o d e V a l e n t i n o G e r r a t a n a y d e l I n s t i t u t o" G r a m s c i " , a p a r e c i ó e n 1 9 7 5 . É s t a p o n e m á s e n e v i d e n c i a q u ee l p e n s a m i e n t o d e G r a m s c i s e c o l o c a e n l a e n c r u c i j a d a d e l o sg r a n d e s p r o b l e m a s d e l s i g l o X X , s e d e s a r r o l l a e n l ac o n f r o n t a c i ó n c o n la s c o r r i e n t e s p r in c i p a l e s d e l p e n s a m i e n t o

c o n t e m p o r á n e o y r e a lz a l a fig ura d e u n g r a n p e n s a d o r , n o s ó l oi t a l ia n o , s i n o i n t e r n a c i o n a l . L a e d i c i ó n c r o n o l ó g i c ai m p u l s ó l o s p r o y e c t o s d e t r a d u c c i ó n d e l os Cuadernos... e nva r i a s l enguas , en p r imer l uga r de l a f r ancesa ( por l a ed i to r i a lG a l l i m a r d ) . R e c i e n t e m e n t e , h a n c o m e n z a d o a a p a r e c e r l a st r a d u c c i o n e s e s t a d o u n i d e n s e , a l e m a n a y j a p o n e s a ; a d e m á s ,e s t á n e n e s t u d i o a n t o l o g í a s d e l o s Cuadernos... en va r i a sl e n g u a s d e l s u b c o n t i n e n t e h i n d ú y e n el m u n d o á r a b e ; e nc a t a l á n y e n p o r t u g u é s . F i n a l m e n t e , la l l e g a d a d e G o r b a c h o va b r i ó e l c a m i n o p a r a l a p u b l i c a c i ó n d e l o s Cuadernos... e n

l a m e n t e a n u e s t r a í R u s i a, d o n d e h a n c o m e n z a d o a a p a r e c e r d e s d e h a c e d o sr e v i s t a I a ñ o s , t r a d u c i d o s d e l a p r i m e r a e d i c i ó n i ta l i a n a d e 1 9 4 8 - 1 9 5 1 .

Giusseppe Vacca. Filósofo italiano, ex diputado por el entoncesPCI y director delIns t i tu to "Gramsci" ,

de Roma. Uno de losintelectuales más destacados de l ac tua lP D I . M i e m b r o d e lConsejo Asesor deDialéctica. Su tex tofue entregado direc

© Dialéctica, núm. 25, pr imavera de 1994.

10

Page 13: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 13/180

giusseppe vacca 11

Quis iera narrar ahora un episodio que da cuenta dealgunos aspectos particularmente significativos de la suertede Gramsci . En 1978 me encontraba en la c iudad de México,para par t ic ipa r en el Pr im er En cuen tro de Es tud ios sob reGram sci en Am érica Latina . Fui invitado a un a entrevis ta p ore l en to nce ^sec re ta r i o de G oberna c ión , Jesús Reyes Hero les ,ilustre estudioso, me dijeron, de la historia del liberalismo deAm érica Lad na y cono cedo r p rof und o de la obra de Gramsc i .El obje t ivo del encuentro era hacerme una invitación paraes tablecer con tacto co n Enrico B erl inguer, para que vis itaraMéxico y prom ovie ra u na m ayor a tenc ión de l en ton cesPart id o C om unis ta I ta l iano (PCI) a los países de A méricaLatina (el viaje de Berlinguer se realizó unos años después).Pero durante cas i toda la entrevis ta hablamos de Gramsci . Omejor , fue ese em inen te hom bre po l ít ico (m uer to hacealgunos años) quien me habló de Gramsci con profundocon ocim iento y gra n p as ión. Él leía sob re mi ros tro c iertasorpresa . Evidentemente , supuso que yo conocía los tra tosrepres ivos y autori tarios de su acción de gob iern o, y se m eabrió , com o s i quis iera esclarecer un enigm a. "Gram sci", d i jo ,"es para mí el Maquiavelo de nuestro tiempo. Si hubiera vividoen e l siglo XVI, hub iera tenid o El príncipe como l ib ro decabe cera. E n el siglo XX, es la ob ra d e Gra m sci la qu e realizael m ismo ofic io . Cierto , és ta se concibió para co m pr en de r alos pueb los, n o a los tiran os; la ciencia y el arte de la política.Pero contiene la ciencia y el arte de la política de nuestrot iem po, y com o ta l yo la co m pr en do y la ut il izo con tra lasclases subalternas de mi país."

En 1989, el profesor Nóvikov, un influyente político ruso,se tras ladó a los Estados Un idos , do nd e l legó a ser consejerode l gob ie rno e s tadoun idense para los p rob lem as rusos .Entrev is tado p or la Radio E uro pa Lib ertad (en 1990, si malno r ecu erd o) sob re las fuentes d e la perestroika y del "nuevom od o de pensa r", recalcó la im portan cia , en la form ación delgrupo d i r igen te gorbachoviano , de l eurocomunismo. E lentrev is tador le pidió q ue explicara la referencia : " ¿Q uieredecir Gram sci?" La respuesta de Nóvikov fue muysignificativa y m erece ser reco rda da. "En los prim ero s añosde los och enta" , d ijo , "despu és de que Gorb achov fuellamado en 1978 a Moscú, a la Secretaría del PCUS, su mujerRaissa tenía cursos seriados en la Universidad. Aquí ella entró

Page 14: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 14/180

12 ensayos

en contacto con círculos intelectuales disidentes o crí t icos dela si tuación del país, entre los que se encontraban estudiososdel pe nsa m ien to d e Gramsci , quiene s se lo hicieron saber ."

Fascinada po r esto, Raissa Gorbach ov, según el tes t imon io deNóvikov, hizo traducir al ruso extractos de los Cuadernos de la

cárcel, mismos que fueron presentado s a Gorbachov y pues tosen circulación entre sus más secretos colaboradores, lasmujeres y los hombres que preparaban la perestroika.

En la reunión anual de los estados mayores de los ejércitosde los países la t inoam ericano s, en 1989, fue a pro bad a un aresoluc ión que des tacaba un documento e laborado pocoantes po r un think-tank reaganiano, planteado por la

sen ado ra Fis tzpatrik, conocido c om o el Inform e de Santa Fe,nú m er o 2. Éste caracter iza a Gramsci com o el enem igoprincipal del dom inio ol igárquico en esos países . Gramsciocupa el puesto de Lenin, se dice en el Informe, y supensamiento es mucho más pel igroso. La teor ía gramscianasobre la hegemonía es señalada como una reelaboración de laconc epción leninis ta de la dictadu ra del proletar iad o, p ero"más suti l y engañosa". En efecto, el modo como Gramsci ladesarrol la la hace p ar t icu larm ente at ractiva para los gru pos

intelectuales y les enseñ a a éstos cóm o p ene trar en losaparatos de la educación, de la industria cultural y de lainformación, para subver t i r e l orden const i tuido.

Evidentemente, se trata de una falsificación de la realidad yde la con cepc ión gramscianas de la hegem onía. La influenciade G ramsci en tre los grup os de intelectuales de A méricaLatina, de fines d e los año s setenta, es cada vez más g ran de .Es verdad que ésta ha susti tuido el marxismo-leninismo yotras vert ientes, como la del "foquismo" y otras culturasinsurreccionis tas . Sin em barg o, no se t rata de una mimesis ,s ino de un benéf ico proceso de maduración mediante el cuallas fuerzas cada vez más lejanas de la izquierdalat inoa m erican a van descu brien do el valor de la dem ocracia yplantean nuevas vías para colocar sobre el terrenodemocrático la lucha anti imperialista, y concebir bajo lacon cepc ión de hege mo nía las luchas par a la em ancipació n yla l iberación de las mujeres y de los hombres de esecon t inen t e .

Esta falsificación del pensamiento de Gramsci se haor iginado con las revisiones historiográficas y conceptuales

Page 15: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 15/180

giusseppe vacca 13

con las q u ej a cultu ra laicosocialista d e los últ imo s años d e lossetenta abr ió el cam ino a la pen etració n del pen sam ientoneoconservador en la izquierda i ta l iana, contr ibuyendo apreparar la catástrofe que seguiría. Este origen hace mássignificativo el episodio que he recordado: confirma laactual idad de Gramsci como ant ídoto de la revolución

conservadora de los años seten ta y oche nta, tan to en lospu nto s altos del desarrollo, com o en las áreas del desarro lloper i fér ico y dependiente . Documenta, además, a lgunas de lasrazone s más profund as de su suer te a nte quienes buscan —enlas más diversas regiones del m un do y condicione s denu estr o t iempo— las nuev as vías de la resistencia a la op resi óny de la con struc ción de la libertad. Si se pien sa cu án to, at ravés de los hom bre s y mujeres de la socialdemocraciaescand inava, a lem ana , austríaca e inglesa, ha vitalizado elpensamiento de Gramsci la renovación conceptual yprogramát ica del social ismo europeo de los años ochenta, ycuá nto están prese ntes sus ideas —de m an era di rec ta oindirecta— en la elaboración del socialismo europeo, esasconsideraciones no me parecen excesivas o aventuradas.

2. En e ne ro de 1990, e l pres iden te de la Rep úbl ica I ta l ianaconcedió su "al to patronato" a la propuesta de presentar todala obra de Gramsci —hasta ahora inédi ta una p equ eña p a r te en una "edición nacional". Se trata de una especie de edicióncrítica integr al, co n la cual las institu cion es ( el jefe delEstado, el go biern o, el par la m ento ) reco noc en el valorparticular de un autor para la cultura del país.

¿Por qué una edición nacional de los escri tos de AntonioGramsci? El estado actual de la publicación de sus textos nose pu ed e cons iderar del todo sat isfactorio. Por un a p ar te ,todavía no se posee de ésta una edición crí t ica. La edicióncronológica de los Cuadernos de la cárcel puede ser af inadaposter iormente. Exis te , además, una edición de las Cartas...,

d e ' 1908 a 1939, pero falta la publicación de lacorr esp on den cia qu e integre sus cartas con aquel las —hastado nd e sea posible recuperar las— de sus corre spo nd ientes . Es,por lo tanto, necesaria una nueva edición de sus escri tos y est iem po de qu e ésta tenga la dignid ad y el reco noc imien to deuna edición nacional .

árt2

Page 16: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 16/180

14

D e s d e h a c e t r e s a ñ o s , e l I n s t i t u t o " G r a m s c i " e s t áe l a b o r a n d o e l p r o y e c t o , y q u i s i e r a r e s u m i r la s l í n e a s e m i t i d a sh a s t a a h o r a . Se p r o p o n e a g r u p a r s u s e s c r it o s e n t r e s c u e r p o s ,

d e s t i n a d o s r e s p e c t i v a m e n t e a l o s a ñ o s q u e p r e c e d e n a lacá rce l (1913-1926) , a l o s Cuadernos... y a l a c o r r e s p o n d e n c i a .S e p r e v é , a d e m á s , u n c u e r p o d e a n o t a c i o n e s c r í t i c a s d e l aed i c ión í n t eg ra . E l comi t é c i en t í f i co a l que l e s e rán con f i adasl a p u e s t a e n m a r c h a y l a e j e c u c i ó n d e l p r o y e c t o a ú n n o h as i d o n o m b r a d o , p e r o d e l t r a b a j o r e a l i z a d o s e p u e d e ne n u n c i a r a l g u n a s c a r a c t e r í s t i c a s d e l a n u e v a e d i c i ó n , q u ep r o b a b l e m e n t e p o d r á r e c ib i r la s y q u e p i e n s o i n t e r e s a n a u na m p l i o c í r c u l o d e e s t u d i o s o s y l e c t o r e s .

L o s e s c r i t o s q u e p r e c e d e n a l o s Cuadernos... s o nf u n d a m e n t a l m e n t e d e c a r á c t e r p e r i o d ís t ic o . E s t o p l a n t e ap r o b l e m a s p a r t i c u l a r e s a u n a e d i c i ó n c r í t i c a . E s t a m o s a n t e un

clásico del pensamiento político q u e s e n o s p r e s e n t a b a j o l af o r m a d e u n p e r i o d i s t a . D i c h o s e s c r i t o s h a n s i d o p u b l i c a d o s ,h a s t a l o s d e 1 9 2 2 , e n o c h o e d i c i o n e s . D e b e , s i n e m b a r g o ,h a c e r s e u n a c o m p l e t a v e r i f i c a c i ó n d e l o s m u c h o s a r t í c u l o s n ofirm ad os a t r i b u i d o s a G r a m s c i . P e r o e l p r o b l e m a p r i n c i p a l s ere f i e re a l o s aparatos, es dec i r , a l a s an o t a c io ne s c r í t i cas y a lh a l la z g o d e lo s d o c u m e n t o s n e c e s a r i o s p a r a u b i c a r l os

e s c r i t o s n a c i d o s s i e m p r e d e o c a s i o n e s q u e , p a r a s e r c o l o c a d o se n e l d e s a r r o l l o d e u n p e n s a m i e n t o f u e r t e m e n t e s i s te m á t i c o ,n e c e s i t a n u n a r e c o n s t r u c c i ó n e s m e r a d a d e l c o n t e x t o —lasv i c i s i t ude s h i s t ó r i co -p o l í t i cas y l o s de ba t es in t e l ec tua l es— e nl as q u e s e i n s e r t a n .

P a r a l o s Cuadernos..., s e t r a t a s o b r e t o d o d e p u n t u a l i z a r d em a n e r a m á s p r e c i s a l a d i a c r o n í a . D e s p u é s d e l a m o n u m e n t a lo b r a d e V a l e n t i n o G e r r a t a n a ( h a n t r a n s c u r r i d o c a s i v e i n t ea ñ o s ) , n u e v a s i n v e s ti g a c i o n e s , d e b i d a s s o b r e t o d o a G i a n n e

F r a n c i o n i , h a n a d e l a n t a d o c r i t e r i o s e h i p ó t e s i s d ef e c h a m i e n t o t o d a v í a m á s e l a b o r a d o s y p u n t u a l e s . P a r a d a ru n a i d e a d e l a r e l e v a n c i a d e e s t o s p r o b l e m a s , a l u d o s ó l o a u nc a s o . S e g ú n l a h i p ó t e s i s d e F r a n c i o n i , e l Cuaderno 10 (e lp r i m e r o e n la e d i c i ó n a c tu a l d e lo s c u a d e r n o s m o n o g r á f i c o s ,d e d i c a d o a l a f iloso fía d e B e n e d e t t o G r o c e ) n o c o n s t i t u i r í a u n" c u a d e r n o e s p e c ia l ", n i p o d r í a co l o c ar s e t e m p o r a l m e n t ea n t e s d e Cuaderno 11, d ed ic ad o a l es tu di o d e la f ilosofía y a l ac r í t i ca de B u ja r i n .

Page 17: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 17/180

giusseppe vacca 15

La elaboración de una filosofía marxista original, que partede una crítica corrosiva a todas las corrientes del marxismode los cua ren ta años prec ede ntes , consti tuye e l núcleo

fundamental del programa de invest igación de losCuadernos... (por lo menos a partir de 1931-1932). No hayquie n no vea cuá nto la hipótes is de Francioni , cua nd o máscomprobada , pueda cambia r la comprens ión de l p rogramagram sciano y la in terp retació n mism a de la filosofía de la

praxis. Si se establece q ue la investigación d e Gram sci su rgió,no de la crítica-diálogo con Croce, sino de la confrontacióncon Bujarin (es decir, de la crítica al marxism o-leninism o y dela den unc ia de su depe nd enc ia d e la t radic ión posi tiv is ta del

ma rxismo p rec ede nte a la revolución rusa , en part icular , dePlejánov), el desarro llo de los análisis y de los co nce pto selaborados en los Cuadernos... podría ser considerada bajouna nueva luz .

En otras palabras, la edición cronológica de 1975 ha puestoen evidencia cóm o los Cuadernos de la cárcel fueronconcebidos , no por un hombre polí t ico que se replegabasobre un proyecto inte lectual desinteresado, s ino por u n jefeque continuaba s int iéndose como ta l e in tentaba proseguir su

lucha. En polém ica con e l m ovim iento co mu nis ta , al quetodavía perte necía , de spué s de la transformación estalinista de1928-1930, a la que c on side rab a u na vía sin salida, Gram sci sepr op on ía la bú squ ed a de nuevas bases teóricas y refundar e lp rog ram a de l movimien to ob re ro in te rnac iona l . Es por lotan to indispensab le una crono logía más afinada de las notasde los Cuadernos... para reco nstruir su trama, esclarecer lagénesis y cap tar el s ignificado. E n esta perspectiva, par ecemás necesar io recons t ru i r puntu a lm ente , en los apar tadoscrí t icos , los acontec imie ntos q ue casi s iem pre die ronfundamento a la redacción de las notas, establecer los actos einvest igar los documentos del movimiento comunis ta , conrelación a los cuales se desarrolló la reflexión de Gram sci.Re constru ir m ejor de lo qu e se ha hec ho hasta ahora lasfuentes de su pensamiento.

Finalm ente , sob re e l epis tolario , es tablecido qu e se tra ta depasar de las Cartas... de Gramsci a la corr espo nde ncia en las

que éstas se insertan, hay poco que añadir. La tarea principalde la edic ión nacional considerará , p rob able m ente , la

Page 18: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 18/180

16

publicación de las car tas de la cuñad a Tat iana Schu cht almism o Gramsci . Éstas son indispensables para i luminarpo ster iorm en te la lectura de sus cartas de la cárcel, qu e

mu chas veces pare cen oscuras. Ad em ás, será necesario incluiren la edición nacion al las l lamadas "Co rrespo nde nciasparalelas" , que se ref ieren sobre tod o a la corre spo nde ncia deTa tiana c on P iero Sraffa y con la familia Schu cht, de Mo scú,ambas esenciales para clarificar, aparte de las relacionesfamiliares de Gra ms ci, sus relaciones co n el Pa rtido y las deGramsci con e l Co m intern desde 1926 has ta su m uer te .

La edición de las Cartas... y la nueva d e los Cuadernos... sepo dr án actualizar con la ap ertu ra de los nuevos archivos del

Co min tern . Pro bab lem ente , és tos a r ro jarán nueva luz , tan tosobre el pes o qu e la rup tur a d e 1926 entre Gramsci y Stalintuvo sobre sus relaciones con el Part id o y con laIntern acion al , com o sob re la dis idencia que a causa de éstaagravó sus relacio nes en tre la dirigenc ia estalinista y loscom unistas i ta l ianos.

3. N o podr ía l lamarm e un especial is ta de l pensa mien to deGramsci, si bien éste constituye, desde hace treinta y cinco

años, el pr incipal p un to de referencia de mi elección de viday de mi investigación intelectual. Intentaré ilustrar algunosaspectos recorriendo las lecturas que en fases muy diversas enlos úl t imos t reinta años he real izado sobre su obra . Miencuentro con Gramsci sucedió en los úl t imos años de losc incuenta y es tuvo inf lu ido de m an era de term inan te p or lapresencia del PCI, con dicio nad o p or el acerca mien to y lafascinación extraordinaria de la figura de Palmiro Togliati . Amí, jov en intelectu al del sur de Italia que b usc aba e n lapolítica un orden intelectual y moral en los cuales inspirar supro pia investigación, el pr og ram a de Togliat i m e pa recíaindicar un camino muy preciso: conocer en primer lugar lascorr iente s intelectuales de la I tal ia mo der na , apre nd er adistinguir las que han influido de manera progresiva de lasque han influido en forma regresiva sobre los destinos de lanación, tom ar posición e n esta lid y con tr ibuir a desarrol larlas tradiciones que abrían nuevas perspectivas al pueblonacio nal: las perspe ctivas de la paz, del prog res o, de ladem ocracia y de la m od ern ida d. Pa ra alcanzar la un idad del

pu eb lo italiano y para su civilización, Gram sci, según las

Page 19: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 19/180

giusseppe vocea 17

enseña nzas de Toglia t i , const i tu ía e l pu n to d e referencia m ásim po rta nte . Acercarse a Gramsci s ignif icaba, po r lo tanto ,con sidera r la his toria de los gru po s inte lectuales co m o el

e lem ento decisivo de las vic is i tudes nacionales . Co m par t ir esepro gra m a s ign if icaba c om pro m ete r la s p rop ias energ ías en lasolución de un problema no resuelto en I ta l ia : laorganización de las clases trabajadoras en clases dirigentes.

Esto me condujo a dedicar mis investigaciones, por casidiez años, a la filosofía de Benedetto Croce, a los orígenes delma rxism o i ta l iano, a l es tud io de la ob ra de Anto nio Labriolay del hegelianism o nap oli ta no de la segu nda m itad de 1900.De Gramsc i aproveché pr in c ipa lm ente las sugerenc ias qu e

venían en los Cuadernos... dedicados a l "Materia l ismohistórico y la filosofía de Benedetto Croce", "Los intelectualesy la organización de la cultura", "Litera tu ra y vida nacional" ,"El Re surgim iento" . En cua nto a los textos p rece den tes ,sobr e to do los de 1919-1920, "El Nu evo O rde n" , y los de1924-1926, ter m ina do con las "Notas sobre la cuest iónm eridio nal" y "Las tes is de Lion".

En el '68 estaba dedicado al estudio de Marx y a lasprincipales corrie ntes del m arxism o eur op eo del siglo XX . En

los años pr ece den tes hab ía s ido muy influido po r lasinvestigaciones de Ga lvano d ella Vo lpe y de su escuela. Lafilosofía de Gramsci me parecía la parte más débil de su obra,muy deudora , pensaba e r róneamente en tonces , de l idea l ismoita l iano (Croce y Genti l le) e inadec uad a pa ra e labo rar e lnúcleo filosófico original presente en la revolucióngnoseológica real izada por M arx con la Crítica de la economía

política. Sufrí la fascinación p or un a lectura cientificista deMa rx, pe ro c on te m porá n e a m e n te c om pre nd í elextra ordin ario a lcance de la in terp retació n q ue sobre lam ode rn ida d hab ía real izado Marx con El capital. El bienio1968-1969 ma rcó u na pa usa de époc a. Las nuevas formas desubjet ividad q ue en aquellos años irru m pie ron en la escenamun d ia l de ma ne ra e x t ra o rd ina r i a me n te s imu l táne aevocaban el fin de una época: la época en la que lospro tagonis tas de l confl ic to m od ern o jam ás supera ron e lhor izon te de la eco nom ía nacional ni t rasce ndie ron la f igurade l Es tado con tem por áne o . En la es fe ra de la p rodu cc ión , e lconflic to se propa gab a hacia los apar atos de la heg em onía ,de s c ub r ie ndo c óm o e l dom in io m od e rn o a hon da ba s us ra íc es

Page 20: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 20/180

18

en los pro ceso s de de sarrol lo d e la raciona l idad cient íf ica, ensus m od os de subvers ión de las re lac iones de produc ción , enla mo rfología d e las fuerzas pro duct ivas , en los ago tam iento s

de los pro ceso s laborales , en la organ ización de larep rod uc ció n social y del Estad o. Su racion al idad capi talis ta ysu cr í tica se enf ren taba n co m o dos gra nd es f igurassupran acion ales y mu ndia les . El socialismo y el com un ism ono po dían p ensarse c onform e a los cánon es cons t itu t ivos de lmo vimien to obr ero que co ndic ionaba los hor izon tes y lasubjetividad.

Estos aspectos inéditos del *68 alentaron en Italia, por casid iez años , u n a ext raordin ar ia exper iencia de revoluc ión

social . Ex perien cia imp ens able s i e l mo vim iento o br er o, ysobre to do e l PCI , no se hub ieran abier to a l d iá logo conaquel las noved ades . Es dec i r , desp ués d e la in tervención delos países del Pacto d e Varsovia en Che coslovaquia, e l PCI,qu e había co m par t id o y sos tenido la Pr imavera de Praga , sedis tanciaba de l socialismo real. Esto me indujo a pro fundizaren los or ígenes de su part icular idad y ocasionó un nuevo ymás p leno en cu ent ro co n Gram sci . La inves tigación de u nare in terp re tac ión de l bolchevismo, que é l había in ic iado en1923-1924, y l levado a un a p rim era realización e n 1926, meparec ió , no la adaptac ión a I ta l ia de un esque ma ya apl icado,s ino e l or igen de un a tradic ión comu nis ta autón om a, n oestalinista, que en los Cuadernos de la cárcel tuvo su plenodesar ro l lo . Un tem a en par t icular me parece recorrer la has ta1926, di ferenciándola de tod o el com unism o mu ndia l : e lrechazo a leer la "es t ruc tura de l m u nd o " desp ués de larevolución de octubre y al intento de la "construcción delsocial ismo en u n solo país" , segú n la dicotom íacapitalismo-social ismo: la con trapo sición sis temática en tre laURSS com o enc arnació n de l soc ia l ismo y e l Occ identecomprendido en e l esquema indi ferenciado de la noción decapital ismo.

C on la convicción de q ue a la investigación d e G ramsci sepo dr ía l legar tamb ién pa ra bu scar respue stas a las cr is is delm ov im ien to com un i s t a m un d ia l (que desde la rup tu ra en t r ela Ch ina y la ex URSS, y con ma yor raz ón d esp ués d el '68 , m eparecía i r reversible) , e l estudio de su pensamiento fue cadavez má s cons tan te. La publicación de los Cuadernos... en laedic ión cr í tica de 1975 conf i rm ó mis cer tezas . Com enz ó,

Page 21: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 21/180

giusseppe vocea 19

e n t o n c e s , u n a l e c t u r a d e G r a m s c i m a r c a d a p o r s ig n if ic a ti v osa l e j a m i e n t o s , p e r o e n c a m i n a d a , h a s t a h o y , s o b r e l a s m i s m a s

vías .

M e p a r e c i ó q u e e n e l c e n t r o d e s u i n v e s t i g a c i ó n e s t a b a l ae s c e n a m u n d i a l e n t r e la s d o s g u e r r a s y e l i n t e n t o d e c a p t a rl o s m o v i m i e n t o s m á s p r o f u n d o s . G r a m s c i u n í a l a s f r a c t u r a sf u n d a m e n t a l e s d e l s i g lo X X a l a g r a n g u e r r a , n o a l ar e v o l u c i ó n d e o c t u b r e . V e í a c o n lu c i d e z c ó m o e l c e n t r o d e l ae c o n o m í a m u n d i a l s e h a b í a d e s p l a z a d o d e E u r o p a a lo sE s t a d o s U n i d o s . I d e n t i f ic a b a e n e l americanismo y en e l

fordismo l a s f o r m a s m á s a v a n z a d a s y p r o g r e s i s t a s d eo r g a n i z a c i ó n d e l a e c o n o m í a y d e l a s o c i e d a d , y , a l m i s m o

t i e m p o , l as f u e rz a s d e s t i n a d a s a p e n e t r a r , t r a n s f o r m á n d o l a s ,t o d a s la s e c o n o m í a s d e s a r r o l l a d a s . G r a m s c i s e ñ a l a b a el o r i g e nde las catástrofes de lo s años ve in te y t r e in ta en l a r e s i s t enc ia ae s t a s t e n d e n c i a s , e n l a i n c a p a c i d a d d e a d a p t a r a é s t a s l a se c o n o m í a s n a c i o n a l e s y a l a p r o p a g a c i ó n d e l o s m e c a n i s m o sr e g u l a d o r e s d e l a e c o n o m í a i n t e r n a c i o n a l : l a g r a n d e p r e s i ó n ,e l s u r g i m i e n t o d e l f a s c i s m o y d e l n a z i s m o .

G r a m s c i a t ri b u í a a l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l m o v i m i e n t oc o m u n i s t a y a l a e l e c c i ó n d e l s o c i a l i s m o e n u n s o l o p a í s e l

e n s i m i s m a m i e n t o d e l a e x U R S S , s u c a m i n o h a c i a eld e s p o t i s m o , e l fin d e l a d i f u s i ó n d e l o s p r o c e s o s q u e a e s c a l am u n d i a l h a b í a d e s p e r t a d o l a r e v o l u c i ó n r u s a .

P e r o , al mismo t iempo, la nueva subje t iv idad de losp u e b l o s , l a i r r u p c i ó n e n e s c e n a d e l a h i s t o r i a d e l a se x t e r m i n a d a s m a s a s c a m p e s i n a s , l a c r i s i s d e l a s f o r m a sp o l í t i c a s d e l a m o d e r n i d a d —el p r i n c i p i o d e l a s o b e r a n í aa b s o l u t a , e l p a p e l c e n t r a l d e l o s e s t a d o s n a c i o n a l e s , l a u n i ó ne n t r e s o b e r a n í a y t e r r i t o r i o — , l e p a r e c i e r o n c a m b i o s d e l aé p o c a , p r o c e s o s i r r e v e r s i b l e s , m o v i m i e n t o s d e u n a n u e v ah i s t o r i a . S u p e r a d o e l c o m u n i s m o e n E u r o p a , é s t o sp r o c e d i e r o n b a j o l a g u í a d e l a s v i e j a s c l a s e s d o m i n a n t e s yt u v i e r o n e n s u s m a n o s l a a d a p t a c i ó n d e l a v i e j a E u r o p a a l

americanismo.El s ig lo XX as umía de e s t a manera l a f igu ra de una gran

revolución pasiva, d e n t r o d e l a c u a l l a U R S S e s t a l i n i a n a ,i n c a p a z d e p r e s e n t a r o t r a v í a a l d e s a r r o l l o m u n d i a l , f u es i e m p r e c o l o c a d a e n u n l u g a r s u b a l t e r n o . M á s a ú n , e s t ee s c e n a r i o e x p l i c a b a , a l m e n o s e n p a r t e , l a s v í a s i n v o c a d a s p o ra q u é l l a d e s p u é s d e l a m u e r t e d e L e n i n .

Page 22: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 22/180

20

P o r o t r a p a r t e , l a c o n s t r u c c i ó n d e l a p o l í t i c a c a m b i a b a . E lm u n d o d e l s i g l o X X e s t a b a a z o r a d o a n t e c o n f l i c t o s i n a u d i t o s ,d e s t r u c c i o n e s y b a r b a r i e s , p e r o e r a c a d a v ez uno e

interdependiente. E l t e r r e n o d e c i s i v o p a r a d e t e r m i n a r l a sr e l a c i o n e s d e f u e r z a n o p o d í a c o n t i n u a r s i e n d o e l d e l apolítica-fuerza, s ino e l de l a hegemonía ( l a s u p e r i o r i d a dc i e n tí fi c a , e c o n ó m i c a , i n t e l e c t u a l ; n o l a m i l i t a r ) . A e s c a l an a c i o n a l , l a l u c h a e n t r e l o s g r u p o s s o c ia l e s f u n d a m e n t a l e s s ed e c i d í a c o n b a s e e n l a c a p a c i d a d d e p r o p o n e r l a m e j o r y m á se x p a n s i v a c o m b i n a c i ó n d e l os e l e m e n t o s n a c io n a l e s ei n t e r n a c i o n a l e s p a r a e l d e s a r r o l l o . A e sc a l a p l a n e t a r i a , e n d a rs o l u c i ó n a l p r o b l e m a f u n d a m e n t a l p l a n t e a d o p o r l a p r i m e r a

g u e r r a m u n d i a l , p o r l a r e v o l u c i ó n d e o c t u b r e , p o r e l suicidiod e E u r o p a : e l p r o b l e m a d e f u n d a m e n t a r l a s o b e r a n í a , d eo b s t r u i r la p o t e n c i a d e s t r u c t o r a p r e s e n t e e n la m á q u i n a d e lE s t a d o m o d e r n o , d e c o n s t r u i r u n a c o m u n i d a d d e n a c i o n e sf u n d a d a , n o e n e l a n t a g o n i s m o i r r e d u c t i b l e d e l o s e s t a d o s , n ie n s u s u p e r a c i ó n . E n u n a p a l a b r a , u n n u e v o m o d o d e p e n s a rl a p o l í t i c a , n o y a a n c l a d a e n l a p a r e j a a m i g o - e n e m i g o , s i n of u n d a d a e n l a c o o p e r a c i ó n e n t r e l o s p u e b l o s , e n l ai n t e r d e p e n d e n c i a y e n la r e c i p r o c i d a d .

É s t a e r a l a ú n i c a p e r s p e c t i v a e n l a q u e G r a m s c i p r e v i a l ap o s i b i l id a d d e s u p e r a r la c ri si s i n m a n e n t e d e la m o d e r n i d a d ,u n i e n d o é t i c a y p o l í t ic a , y d e d e s a r r o l l a r l a d e m o c r a c i a , l aú n i c a c o n c e p c i ó n r a c i o n a l , p a r a é l , d e l a p o l í t i c a , m á s a l l á d el o s l í m i t e s y c o n f i n e s d e lo s o r d e n a m i e n t o s d e l o s e s t a d o s .

L l e g u é a e s t a i n t e r p r e t a c i ó n d e l p r o g r a m a d e i n v e s t i g a c i ó nd e G r a m s c i p o r e t a p a s y m e h e r e f e r i d o a e l la e n m i sp r o y e c t o s d e t r a b a j o d e s d e h a c e d i e z a ñ o s . A l c e n t r o d e t o d o ,e s t á l a c o n v i c c i ó n d e l a a c t u a l i d a d d e l t e m a p l a n t e a d o p o r

G r a m s c i , d e s d e n o v i e m b r e d e 1 9 3 0 , e n u n a n o t a d e l o sCuaderno s de la cárcel:

Hoy se cons t a ta en el m un do m od e r n o un f enóm enosemejante a aquel de la separación entre espiritual y temporal

en e l medievo : f enóm eno m uch o m ás comple jo e l de ahor a ,puesto que ha l legado a ser mucho más compleja la vidamoderna. Las agrupaciones sociales regresivas ycon serva dora s se redu cen cada vez más a su fase inicial

económ ico-corpora t iva , mient ras que las agrupa c ionesprogresistas e innovadoras se encuentran en la fase inicial

Page 23: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 23/180

giusseppe vacca

económico-corporativa. Los intelectuales tradicionales ,separándose de la agrupación social a la que habían dadohasta ah ora la forma más al ta y com prensiva, y po r lo tanto laconciencia más amplia y perfecta del Estado moderno,

cumplen en realidad un acto de incalculable presenciahis tór ica: señ alan do y sancion ando la cr is is es tatal en su formadecisiva.

Hoy, lo espiritual, que se diferencia de lo temporal y que sedis t ingue como definido, es algo inorgánico, excéntr ico, unpolvo inestable de grandes personalidades culturales "s inpapa " y s in terr i tor io . Este proceso de desin tegració n delEstado moderno es , por lo tanto, mucho más catas tróf ico que

el proces o his tór ico medieval , qu e era al mism o t iem podes in tegrador e in tegrador .

Traducción de Roberto Hernández Oramos.

Page 24: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 24/180

ÉTICA Y POLÍTICAEN EL MARXISMO:E L C A S O D E G O R B A C H O V

iztván mészáros

Existe una moralidad de la política -asunto difícil y nunca

claramente abordado-, y cuando la política debe traicionar

a su moralidad, escoger la moralidad es traicionar a la

política. ¡Ahora encuentre la solución de ese conflicto!Particularmente cuand o la política ha tomado como su fin

alcanzar el reino de lo humano.

Jean-Paul Sartre

En s u e j e m p l a r d e l 4 d e n o v i e m b r e d e 1 9 8 9 , l a r e v i s t aSoviet Weekly p u b l i c ó u n a r t í c u l o c o n e l t í t u l o " U n a d i ó s

a l a c o n c e p c i ó n p r i m i t i v a d e l s o c ia l i s m o " . F u e e s c r it o p o rO l e g B o g o m o l o v , u n o d e l os a s e s o r e s d e l p r e s i d e n t eG o r b a c h o v , m i e m b r o d e l p a r l a m e n t o y l í d e r d e lo q u e s el l a m ó e n s u t i e m p o e n M o s c ú ( q u i z á e n b r o m a ) e l I n s t i t u t o d eE c o n o m í a S o c i a li s ta . L a r e f e r e n c i a a " la p r i m i t i v a c o n c e p c i ó nd e l s o c i a l i s m o ' * r e s u m í a c o n g r a n p r e c i s i ó n l a p o s i c i ó n d e l

a u t o r , a u n c u a n d o n o f u e s e e n e l s e n t i d o p r e t e n d i d o . É s t a f u es u c o n c l u s i ó n , c o n s i d e r a n d o e l e s t a d o d e l m u n d o y l ar e a l i z a c i ó n h i s t ó r i c a d e l p r o y e c t o s o c i a l i s t a :

ztván Mészáros. Filósofoh ú n g a r o r a d i c a d o e n

Gran Bretaña. Discípuloüc Georg Lukács . Miembro del Consejo Asesord e Dialéctica. Autor de l i b ros como Marx's Tkeory

of Altenatüm y Tke Power

of Ideology. Está por apa-

recer su libro Beyond Ca

pital

La teo ría d e la conv erge ncia —bajo la cual el capita lism o y elsocial ismo se acercan en su progreso y posiblemente seencont ra rán como un solo s i s tema— en ningún modo parece tanpr imit iva com o fue en su m om ento . El Occidente está m oviéndosehacia una mejor sociedad, lo que nos remite a la sociedadposindustr ia l , "basada en la informática" . Nosotros

Dialéctica, n ú r n . 2 5 , p r i m a v e r a d e 1 9 9 4 .

22

Page 25: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 25/180

iztván mészáros 23

co m ún m en te nos refer imos a esa c lase de sociedad com o e lprimer estadio del comunismo.

D e e s t a m a n e r a , e l c o n f i a d o a s e s o r d e G o r b a c h o v a b r a z ó ,

n o s o l a m e n t e l o s v a l o re s i m p l í c i t o s e n el a r r o b a m i e n t op o s i n d u s t r i a l d e D a n i e l B e ll , s i n o t a m b i é n s u c r u d o c o r o l a r i oh e c h o e x p l í c i to e n l a a s e r c i ó n d e R o b e r t T u c k e r , d e a c u e r d oc o n l a c u a l " e l c o n c e p t o d e c o m u n i s m o e n M a r x e s m á sa p l i c a b l e a l a s i t u a c i ó n a c t u a l d e l o s E s t a d o s U n i d o s , p o re j e m p l o , q u e s u c o n c e p c i ó n d e l c a p i t a l i s m o " . 1

As í , d i r ig ido a s u cap i tu lac ión po r a lgún muy v ie jop e n s a m i e n t o e n e l c a p i t a l i s m o o c c i d e n t a l , e l l l a m a d o nuevo

pensamiento d e l a U n i ó n S o v i é t i c a b a j o G o r b a c h o v t r a t ó d e

d e f i n i r s u p e c u l i a r n u e v a o r i e n t a c i ó n v a l o r a t i v a . L o sa n t e r i o r e s g o b e r n a n t e s y p r o p a g a n d i s t a s d e l s i s t e m ae s t a l i n i s t a , c o n c o n s t a n t e s r e f e r e n c i a s a l a " i r r e v e r s i b i l i d a d "d e s u " n u e v o c u r s o " , q u i s i e r o n a n s i o s a m e n t e d e m o s t r a r aR e a g a n , T h a t c h e r , B u s h y a o t r o s c o m o e ll o s s ud e t e r m i n a c i ó n , t a n s ó l i d a c o m o u n a r o c a , d e s u c o n v e r s i ó n au n a e n t u s i a s t a c r e e n c i a e n l as v i r t u d e s d e l a ( s o c i a l m e n t e n ocal i f icada) economía de mercado. Y c o m o u n a p r u e b a d e sub u e n a f e , a p e l a r o n a l a i d e a d e c o n s e n s o u n i v e r s a l y a s u , d e

a h o r a e n a d e l a n t e , i n c o n m o v i b l e c r e e n c i a e n e l e f e c t i v op r e d o m i n i o d e l o s " v a l o r e s u n i v e r s a l e s h u m a n o s " .

N a t u r a l m e n t e , e n r e a l i d a d t o d o e s t o f u e m u c h o m a s l e j o s q u e" c a n t a n d o e n l a o s c u r i d a d " , y a q u e n a d a p o d r í a s e r a d u c i d op a r a s o s t e n e r la p r o c l a m a d a p o s i c i ó n g o r b a c h o v i a n a m á s q u es u r e p e t i d a p r o c l a m a c i ó n . C o n s e c u e n t e m e n t e , p a r a e n c o n t r a ra u t o s e g u r i d a d e n s us n e g o c i a c i o n e s c o n l a C a s a B l a n c a , t a n t oc o m o a l g u n a c l as e d e j u s t if i c a c ió n c u a n d o p r e s e n t a r a e l a s u n t oe n c a s a , l o s i d e ó l o g o s d e l n u e v o wishful thinking* p o s t u l a r o n l a

ficc ió n d e u n m a t e r i a l m e n t e b i e n c o n s o l i d a d o s i s t e m a d e v a l o r e sE s t e - O e s t e . E n e s t e e s p í r i t u d e l ú l t i m o G o r b a c h o v ideólogo-jefe

( c o m o o f i c i a l m e n t e f u e l l a m a d o ) , V a d i m M e d v e d e v d e c l a r ó— d e s e s t i m a n d o t o d a e v i d e n c i a h i s t ó r i c a e n c o n t r a r i o — q u e l a sr e l a c i o n e s m e r c a n c í a - d i n e r o c a p i ta l is t a s y e l m e r c a d o e r a n e lc u e r p o i n s t r u m e n t a l d e l o s v a l o r e s u n i v e r s a l e s , y " e l m a y o r l o g r ode l a c iv i l i zac ión humana" , 2 i n s i s t i e n d o e n q u e p o r e s t a r a z ó n ,e n l a s p o l í t i c a s p e r s e g u i d a s p o r l o s d i r e c t o r e s d e l a perestroika, la" a p r o x i m a c i ó n d e cl a se " d e b í a s er r e e m p l a z a d a p o r e l " e n f o q u e

h u m a n i s t a u n i v e r s a l " .3

1 R . C . T u c k e r ,Philosophy and Mylh

in Karl Marx,

C a m b r i d g eU n i v e r s i t y P r e s s ,

C a m b r i d g e , 1 9 6 1 ,p . 2 3 5 .

* ( I l u s i o n e s . )2 V a d i m M e d v e d e v ,

" T h e I d e o l o g y o fPerestroyka", e n A b e lAgambegyan , ed i to r ,Perestroyka Annual,

vo l . 2 , F u t u r a -M a c D o n a í d ,L on dres , 1989 , p . 31 .

3 Ibid., p . 3 3 .

Page 26: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 26/180

2 4 ensayos

L a a p r o x i m a c i ó n a e s t o s v a l o r e s — c a r a c t e r i z a d o s p o r l ag r o t e s c a c r e e n c i a e n q u e e l l o s p u e d e n s e r t o m a d o s d e l a i r es i n n i n g u n a r e f e r e n c i a a s u f u n d a m e n t a c i ó n s o c i a l — f u ea d o p t a d a p o r l o s b u r ó c r a t a s s o v i é t i c o s e n t o d o s l o s ó r d e n e s

d e l a v i d a , d e s d e l a d i p l o m a c i a i n t e r n a c i o n a l , h a s t a l a sr e l a c i o n e s é t n i c a s . A s í , e l fin alm en te d e s d i c h a d o m i n i s t r o d e lE x t e r i o r , A l e x a n d e r A . B e s s m e r t n y k h , a n u n c i ó e l t r i u n f o d el a " a p r o x i m a c i ó n p r a g m á t i c a " s o b r e la " a p r o x i m a c i ó ni d e o l ó g i c a " , 4 a l d e c l a r a r q u e :

. .. la esencia del nuevo pe nsa m ien to [en la diplomaciaintern acion al] es traer a pr im er p lano, no a los egoís tas , s ino alos cada vez m ás altruistas intereses. El al truismo cesa de ser un

atr ibuto de la escuela romántica de la diplomacia. Ha s idorepen t inam en te conver t ido en un e lemen to de l m ode rnopens amien to . 5

D e e s t a m a n e r a , e l a n t a g o n i s m o s o c i o h i s t ó r i c o e n t r e c a p i t a ly t r a b a j o h a s i d o r e c o n c i l i a d o c o n e l i l u s o p o s t u l a d o d e l " c a d av e z m á s a l t r u i s t a i n t e r é s " . Y e s t o e s l o q u e B e s s m e r t n y k hl l a m ó " u n a v i s i ó n r e a l i s t a d e l a r e a l i d a d " . 6

E n e l m i s m o e s p í r i t u , e l saludablemente t i t u l a d o j e f e d e l

C o n s e j o C i e n t í f i c o I n t e r d e p a r t a m e n t a l d e l o s E s t u d i o s d eP r o c e s o s É t n i c o s d e l P r e s i d i u m d e la A c a d e m i a d e C i e n c i a sde l a U R S S , J u l i á n B r o m l e i , r e s u m i ó s u p r o p i o y r e a l i s t ap u n t o d e v i s t a d e l a r e a l i d a d d e l a s n a c i o n e s e n g e n e r a l y d el a U n i ó n S o v i é t i c a e n p a r t i c u l a r , i n s i s t i e n d o e n q u e e lt é r m i n o pueblo soviético

. .. ref leja un a realidad, un Estado y un a entid ad terr i to r ial qu etienen caracter ís t icas culturales comunes, t radiciones , valores

y autoconocimiento unificado. La larga his tor ia milen aria de lahumanidad ha v is to muchas de es tas en t idades : tomando lospresentes pueblos indios e indonesios en el desarrollo delmundo, el pueblo de Suiza en el Oeste y el pueblo yugoslavo enlos países socialis tas . Así , el pue blo soviét ico es un fenó m enonatural que dif iere de sociedades s imilares , pr incipalmente ensus parámetros social is tas y correspondientes valores espir i tuales .Claramente , nosot ros deber íamos tener en mente que la naciónsoviét ica consis te en una variedad de grupos étnicos .7

4 Alexander A.Bessmertnykh,"Foreing Policy/A New Course", enibid., p. 49.

*Ibid.,p. 50 .6Ibid., p. 49.

7 Julián V. Bromlei,"Ethnic Relationsand Perestroika"', enibid.,p. 118.

Page 27: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 27/180

iztvan meszaros 2 5

As í e s como la f i cc ión e s t a l in i s t a de l a nación soviética —quef ue d e h e c h o p r o c l a m a d a p o r S t a l in s o b r e l a b a s e d e l ad e g r a d a c i ó n d e v a ri as c o m u n i d a d e s n a c i o n a l e s d e la U n i ó nS o v i é t i c a , i n c l u y e n d o a U c r a n i a y e x c e p t u a n d o s o l a m e n t e aRus ia , a l status d e m e r o s grupos étnicos ( u n p r o c e d i m i e n t oc o m p l e t a m e n t e a r b i t r a r i o p o r e l c u a l n o o t r o q u e L e n i nl l a m ó a l g e o r g i a n o S t a l in u n " g r a n g e n d a r m e ru s o" )— p u d os e r p e r p e t u a d a e n t e o r í a ( p e r o n o p o r m u c h o e n l a p r á c t i c a )e n n o m b r e d e l o s p r e t e n d i d a m e n t e i l u s t r a d o s yh u m a n í s t i c o - l i b e r a d o r e s p r i n c i p i o s d e l nuevo pensam iento. Elc o m ú n d e n o m i n a d o r p a r e c i ó s e r l a v o l u n t a r i s t as u p e r i m p o s i c i ó n d e l o s m a t e r i a l m e n t e i n f u n d a d o s p e r o , ap e s a r d e t o d o , i l u s a m e n t e d e c l a r a d o s v a l o r e s — y a h u b i e r a n

s i d o l l a m a d o s valores espirituales o p o r o t r o n o m b r e — , s o b r e l ar e a l i d a d s o c i o h i s t ó r i c a d a d a , c uy a s d o l o r o s a s y e v i d e n t e sc o n t r a d i c c i o n e s f u e r o n s u p u e s t a m e n t e r e s u e l t a s a t r a v é s d e lp o d e r p e r s u a s i v o d e s u e v i d e n t e r e c t i t u d , c o m o d e c r e t ó e lnuevo pensamiento.

L a r e c i e n t e c a b e z a i n s p i r a d o r a d e t o d a s e s t a s i d e a s f u e ,c l a r o , e l p r i m e r s e c r e t a r i o M ij ail G o r b a c h o v . Él p r o c l a m ó q u eC l a u s e w i t z y e l p o d e r p o l í t i c o " a h o r a p e r t e n e c e n a l a sb i b l io t e c a s ", p o r q u e :

Po r pr im era vez en la his tor ia, basar la polí t ica internac ional ,tant o so bre la moral y no rm as ét icas —que son co m une s atoda la humanidad—, com o hum anizan do las re lac iones en t relos es tados, ha devenido un requerimiento vital .8

D e s d e q u e G o r b a c h o v r e c h a z ó r e c o n o c e r l a o b v i ad i f e r e n c i a e n t r e requerimientos (o imperativos) y lo s in te r es ess o c i a l e s r e a l m e n t e e x i s t e n t e s , c o n t i n u ó r e p i t i e n d o s u s e r m ó nm o r a l a c e r c a d e " la p r i o r i d a d d e l o s v a l o r e s u n i v e r s a l e sh u m a n o s " , 9 m i e n t r a s s u s a d v e r s a r i o s m a n t e n í a n — en e l G o l f o ye n t o d a s p a r te s — , c o n l a m á s b r u t a l y a b i e r t a a g r e s i v i d a d , s uc o n t i n u a y fe liz a d h e s i ó n a l os b i e n p r o b a d o s p r i n c i p i o s d eC l a u s e w i t z . E n v e r d a d , l o s " v a l or e s h u m a n o s u n i v e r s a l e s " n op o d í a n s e r s i m p l e m e n t e a s u m i d o s e n u n a s o c i e d a d d ea n t a g o n i s m o s d e c l as e d e s t r u c t i v o s ; e ll o s t e n í a n q u e s e r p r i m e r oc reados a t r avés de l a de r ro ta de t a l e s an tagon i s mos , como p rev iae l p royec to s oc ia l i s t a . És ta e s l a r azón de que en s u i lu s o r i ad e f e n s a d e s o l u c i o n e s u n i v e rs a l e s a c e p t a b l e s p u d i e r o n p r o c e d e r

8 Mijail Gorbachov,Perestroika: NewThinkingfor OurCountry and theWortd, Fontana-Collins, L ondres,

1988, p. 141.*Ibtd.,p. 185.

Page 28: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 28/180

2 6 ensayos

s ó l o p o s t u l a n d o " v a l o r e s h u m a n o s u n i v e r s a l e s " c o m o y ad a d o s — d e s e c h a n d o a l m i s m o t i e m p o , c o m o h e m o s v i s t o , l a" a p r o x i m a c i ó n d e c l a s e " d e l a i m a g i n a r i a a l t u r a d e " l as u p r e m a c í a d e u n a a p r o x i m a c i ó n h u m a n a g e n e r a l " — y ,c o n s e c u e n t e m e n t e , s o l a m e n t e p u d i e r o n f u n d a r l a n oex i s t en te r econc i l i ac ión -de - todos - lo s con f l i c t ivos va lo resuniversa les sobre la f icc ión de " los cada vez más a l t ru is tasi n t e r e s e s ", c o m p r o m e t i e n d o e s te c o nf li ct iv o m u n d o n u e s t r od e s d e l as e n t r a ñ a s d e l nuevo pensamiento.

G o r b a c h o v c o n t i n u ó p r o c l a m a n d o q u e " e s e s e n c i a l e l e v a r s ep o r e n c i m a d e la s d i f e r e n c i a s i d e o l ó g i c a s " ,1 0 p e r o r e c h a z ói n q u i r i r e n l a s c o n d i c i o n e s d e r e a l i z a c i ó n ( s i h u b i e r a a l g u n a s ) d eta l des eo . Su l ib ro s ob re l a perestroíka c o n s t i t u y ó u n a l a r g a l i s t a

d e d e s e o s , e n v u e l t o s e n s u a c o s t u m b r a d a r e t ó r i c a d e p a r t i d o d ep r i m e r s e c r e t a r i o . A l m i s m o t i e m p o , e l l i b r o n o h i z o e l i n t e n t od e d e m o s t r a r c ó m o t r a s l a d a r a l a r e a l i d a d l o s o b j e t i v o s p o l í t i c o sd e s e a d o s . I r ó n i c a m e n t e , m i e n t r a s p e rs e g u í a s u m a r a t ó n d ewishfull thinking, e l a u t o r d e Perestroika t a m b i é n p r o c l a m ó q u e" e n l a p o l í t i c a r e a l n o p u e d e h a b e r wishful thinking".

11 H i z o e s t oc o m o u n i n t e n t o d e l e g i t i m a c i ó n i n d i s p u t a b l e d e s u s p r o p i a sc r e d e n c i a l e s c o m o u n p o l í t i c o r e a l i s t a , e n l u g a r d e d e m o s t r a r l as o l i d e z d e l c u r s o d e a c c i ó n e s c o g i d o . P e n s ó q u e d i c i e n d o q u e

" n o s o t r o s p r o p o n e m o s l a p o l í t i c a d e l a perestroika, f ren te a laque no hay a l t e rna t iva" , 1 2 l a s g r a v e s c u e s t i o n e s c o n c e r n i e n t e s ala v iab i l idad de la perestroika s e r í a n a u t o m á t i c a m e n t e r e s u e l t a s ,s o b r e la e v i d e n t e a u t o r i d a d d e la m i s m a n e c e s i d a d .

I n f o r t u n a d a m e n t e , s i n e m b a r g o , c o m o r e v e l a l a e x p e r i e n c i ah i s t ó r i c a , l as v o l u n t a r i s t a s i l u s i o n e s — f r e c u e n t e m e n t e u n i d a s a l ad i r e c t a a p e l a c i ó n a l a a u t o r i d a d d e l o s l l a m a d o s i m p e r a t i v o sm o r a l e s — t i e n d e n a p r e d o m i n a r e n p o l í t i c a p r e c i s a m e n t e e n l o st i e m p o s e n q u e l o s o b j e t i v o s p o l í t i c o s i n v o c a d o s e s t á n

p o b r e m e n t e f u n d a d o s , d e b i d o a l a i n h e r e n t e d e b i l id a d d eq u i e n e s la s p r o m u e v e n . L a a p e l a c i ó n d i r e c t a a l a m o r a l i d a d e ne s t e d i s c u r s o p o l í t i c o e s u s a d a c o m o u n s u s t i t u t o i m a g i n a r i o d efuerzas pol í t icas de mater ia les ident i f icab les que podr ían asegurarla rea l izac ión de los ob je t ivos deseados . Es to hace d icho d iscursop o í í t i c o e x t r e m a d a m e n t e p r o b l e m á t i c o , n o i m p o r t a c u a na l t a m e n t e s ó l i d o s f u e r a n s u s l l a m a d o s m o r a l e s " u n i v e r s a l e s " .A s í , c u a n d o e l ideólogo-jefe G o r b a c h o v , h a c i é n d o s e e c o d e s up r i m e r s e c r e t a r i o , i n s i s t e e n q u e " N o s o t r o s h e m o s h e c h o

n u e s t r a e l ec c i ó n .. . n u e s t r a s o c i e d a d s e h a e m b a r c a d o e n

«>/W<i.,p.221.nIbid., p. 220.12 Ibid., p. 264. En

todas par tes ,Gorbachov escribeen el libro:"nosotros creemosque la perestroika

es indispensable einevitable, y qu en o t en emo s o t r aopción" (p. 67).Pe ro incluso siesta proposiciónpudiera serconsideradav erd ad —la

p ro c l amad aausencia de unaalternativa—,establecer laviabilidad de unacerteza en uncurso escogido dela acción es sólouna regla paraproduci rracionalizacionesde sus fracasos

au to inducidos .

Page 29: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 29/180

iztván mészáros 27

el cam ino co rre cto y la únic a dirección del tráfico e n estecam ino está dev iniend o i r reversible" ,13 falla al preguntaralgunas cu estione s vitales acerca del des tino y la a cepta bil idad(o inaceptabil idad) del "irreversible tráfico en una dirección".

Así, susti tuyendo con vacuos lemas de moral acerca del"enfoque universal humanístico" un serio análisis de lo quefue terriblemente equivocado bajo el estalinismo en lassociedades posrevo lucionar ias , extrajeron de ellos la absurd aconclusión de que el mercado capital ista era la "garantía derenovación del socialismo".14 Así es com o las palabra s deSartre acerca de la traición de la polí t ica emancipatoria ennombre de la moral idad viene a aparecer como un fantasmaante los propulsores de \a . perestroika. Cualesquiera que

hu biera n s ido sus intencion es or iginales , ayu daron aempedrar e l camino de Dante al inf ierno, acabaronfinalmente o pt an do po r el rein o de la op res ión capital ista, envez de " t raer e l re ino de lo humano".

Así, el retorno del interés por el discurso moral bajo laperestroika pro bó ser engañoso y cont rapro duce nte . Losarg um en tos sob re moral idad y "valores universales" fueronusados por los teóricos de la perestroika y los políticos sólopara esconder las inevitables contradicciones de la estrategia

perseguida po r Gorbachov y sus colaboradores ; u naest rategia qu e no po r accidente culm inó en la aceptación dela resta ura ción capitalista. Esto, otra vez, recalca la ve rda dde la proposición de que las relaciones entre moral y polí t icason de una g ran importanc ia , y especialmente en el casode los mo vim ientos sociales qu e se pr op on en finesemancipa tor ios .

La historia del marxismo del siglo XX está lejos de serconfiable a es te respecto. A pesar del profun do interés de M arxpor este tópico,15 teóricos marxistas del siglo —con la excepciónde Kautsky, quien a bo rdó p roble m as relevantes en un esti lomaterialista mecánico— fallaron en analizar el quemante tópicode los valores morales y políticos. En este clima inclusive lapro pia posición de Marx po dría ser , y ha s ido, g rose ram entemal interpretada. La pecul iar noción que et iquetó a Marx comoun "ant ihumanismo teór ico" —una noción nacida en par te de laignorancia de su obra y en par te de un par t icularmenteinmerecido respeto por la posición de Stal in, que condenó la

preocu pación po r estos asuntos como una inadmisib le

JO?4 |£ lUM

13 Medvedev , op . cit.,

p . 4 0 ." Ibid., p. 32.15 Yo in ten té

discutir estostemas en mi l ibroMarx's Theory of

Alienation (Merl inPress , Londres ,1 9 7 0 ; y H a r p e rTo rch b o o k s ,Nueva York, 1972),esp ec i a lmen te e nel capítulo IV, queaborda aspectosmorales de lateoría de Marx.

Page 30: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 30/180

2 8

moralina— e s u n b i e n c o n o c i d o e j e m p l o d e e s t am a l i n t e r p r e t a c i ó n . L a i n i c i a t i v a d e Monthly Review d e i n i c i a ru n a d i s c u s i ó n s e r i a s o b r e e s to s t e m a s es e n t o n c e s b i e n v e n i d a .

L a r e l a c i ó n e n t r e m o r a l y p o l í t i c a n o e s s o l a m e n t e m u y

i n t r i n c a d a . E s t a m b i é n n e c e s a r i a e i n e v i t a b l e , a p e s a r d e q u ea l g u n a s r a m a s d e l a p o l í t i c a q u i e r e n c o l o c a r s e s o b r e o m á sa l lá d e l a m o r a l i d a d . E s t e i n e v i t a b l e v í n c u l o e n t r e p o l í t i c a ym o r a l i d a d s e a p l i c a t a m b i é n a l as c o n s i d e r a c i o n e s t e ó r i c a s d e lt e m a . C u a l q u i e r a q u e s e a l a d i f i c u l ta d p a r a c o n f r o n t a r l o sp r o b l e m a s y l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e l a p o l í t i c a e n e l o r d e ns o c ia l p r e v a l e c i e n t e , l as t e o r í a s d e l a m o r a l i d a d s u f r e n l asc o n s e c u e n c i a s d e e s t a d i f i c u l t a d q u e e s t á l e j o s d e s e rp u r a m e n t e a c a d é m i c a . N o e s a s í a c c i d e n t a l q u e e l s i g l o X X

s e a p o b r e e n t e o r í a s d e l a m o r a l i d a d y l a é t i c a .Inc lus ive una mi rada s upe r f i c i a l a l decu r s o de l a h i s to r i a de

la f i losof ía revela que los au tores de todos los t rabajosm a y o r e s d e é t i c a s o n t a m b i é n l o s c r e a d o r e s d e l o s t r a b a j o st e ó r i c o s g e n e r a d o r e s d e p o l í ti c a . E l d i s c u r s o m o r a l n of u n c i o n a s o b r e s í m i s m o ; n e c e s i t a l a p o l í t i c a c o m o s uf u n d a m e n t o p r á c t i c o d e r e f e r e n c i a , s i n e l c u a l p o d r í ac o n d e n a r s e a s í m i s m o a l a f u t i l i d a d d e u n v a c u o e j e r c i c i oa c a d é m i c o . É s t a e s l a r a z ó n p o r l a c u a l t o d a s l a s o b r a s

mayores de é t i ca en l a h i s to r i a de l a f i lo s o f í a van de l a manocon s us equ iva len tes t eo r í a s e s pec í f i cas de l a po l í t i ca ; yv i c e v e r s a , t o d a c o n c e p t u a c i ó n s e r i a d e l a p o l í t i c a t i e n e s uc o r o l a r i o n e c e s a r i o e n e l p l a n o d e l d i s c u r s o m o r a l . E s t o v a l et a n t o p a r a A r i s t ó t e l e s c o m o p a r a H o b b e s y S p i n o z a , y p a r aR o u s s e a u y K a n t , t a n t o c o m o p a r a H e g e l . I n c l u s i v e , e n e lc a so d e H e g e l , e n c o n t r a m o s s u é ti ca c o m p l e t a m e n t ei n t e g r a d a e n s u Filosofía del derecho; p o r e j e m p l o , e n s u t e o r í ad e l E s t a d o . I m a g i n a r q u e l a p o l í t i c a s o c i a l i s t a p u d i e r a e s c a p a r

d e e s t a r e l a c i ó n i n t e g r a l c o n u n a c o r r e s p o n d i e n t e m o r a ls oc ia l i s ta pe r t en ec e al r e in o d e l a pu ra f an tas í a . D e he ch o , la sc o n c e p c i o n e s q u e M a r x t i e n e d e l a p o l í t i c a n o e s t á n t a np l e n a m e n t e a r t i c u l a d a s c o m o s u s p u n t o s d e v i s t a s o b r e l amora l y lo s va lo res . S i hub ie ra a lgo en s u ob ra , e s que lo sp r i m e r o s e s t a r í a n m e n o s p l e n a y c l a r a m e n t e a r t i c u l a d o s .

Uno no puede e s c r ib i r un t r aba jo de é t i ca s oc ia l i s t aa d e c u a d o s i n u n a c r í t i c a r a d i c a l d e l a p o l í t i c a . L a s n o r m a sé t i c a s y l o s v a l o r e s m o r a l e s d e f e n d i d o s p u e d e n o n o a d q u i r i r

s u va l idez exc lus ivamen te en e l mundo s oc ia l , e l cua l e s

Page 31: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 31/180

iztván mészáros 29

práctic am ente re gula do po r todas las funciones tota l izadorasom niabarcan tes de la po lí tica . Com prens ivamente , en tonces ,bajo el estalinismo —cuando se hacía algún examen crítico de

la política fuera de los límites— todo deseo de producir unaobra ética significativa, incluyendo la ambición de toda lavida de Lukács por escribir una ética sistemática, tenía queser frus trada.

P e r o h u b o —y más que nunca hay— otro factor de peso queper m ane ce vigente , incluso después de la desaparic ión deles ta l inismo. Éste consis te en e l s iem pre es trech o m arge n dea l te rna tivas perm it idas por el m odo d e func ionam ien tonec esario del sistem a capitalista global. Ésta es la razó n p or la

cual el lem a favorito d e los políticos —desde M arga retThatcher hasta Mijail Gorbachov— es el de "no hayalternativa". Al m ismo t iem po, e llos quis ieron m an ten er sucreencia en la polí t ica com o "el arte d e lo posible". Pero ,¿qué p od ría ser el s ignificado de "lo posible" si "no hayalternativa"? Cu an do Go rbacho v —en la página 51 de su l ibrosobre la perestroíka— reitera su creencia en "el arte de lopos ib le" , t rans form a e l conce pto tan to com o para po derafirmar que "lo posible" significa límites insuperables y por

tan to es imp osible , por qu e "n o hay a l ternativa".N o pu ed e hab er un d iscurso moral s ignif icativo sobre laprem isa d e "n o hay a l ternativa". A la é t ica con ciern e laevaluación y pu esta en práctica de metas de alternativa qu epu ed en dars e los individuos y grup os socia les . Al mism otiempo, de be tam bié n ser des taca do qu e la investigación de laética no puede ser un sustituto de una crítica radical de lapolí t ica en su frus trante y a l ienante real idad contemporánea.La persecución de alternativas viables ante la realidad

destru ctiva del o rd en social capitalista —sin el cual el pro yec tosocia l is ta es com ple tam ent e u n s insentido— es un asun topráctico . El pap el d e la m ora lidad y de la ét ica son crucia lespara el éxito de esta empresa. Pero no p uede h aber esperanza deéxito sin la rearticulación conju nta del discurso m oral socialistay la es tra tegia polít ica, tom an do ple na m en te a cargo lasdolorosas lecciones del pasado reciente, en estrecha conjuncióncon un m ovim ien to soc ia l o r ien tado prác t icamen te a desa fia rel dictum fatalista de "no hay alternativa".

Trad u cc ió n d e Gabriel Vargas Lozano y Lucio Oliver.

Page 32: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 32/180

LA TRAGEDIAYUGOSLAVA

josé marta laso prieto

Introducción

S

i n ex ag e r a r , s e p u ed e ca l if ic a r de ^ e l a c tu a l

p r o c e s o d e d e s i n t e g r a c i ó n d e Y u g o s l a v i a y l a sc o n s e c u e n c i a s b é l i c a s q u e d e é l s e d e r i v a n . A u n q u e e n l o sc o n f l i c t o s b é l i c o s q u e s e h a n p r o d u c i d o e n d i v e r s o s p a í s e sd e s d e e l f i n a l d e l a s e g u n d a g u e r r a m u n d i a l l a v i o l e n c i a h ar e v e s t i d o t a m b i é n f o r m a s a t r o c e s — l l e g a n d o e n a l g u n o s c a s o sa f o r m a s a b i e r t a s d e g e n o c i d i o — , h a y q u e r e c o n o c e r q u e l ad e s i n t e g r a c i ó n d e Y u g o s l a v i a h a p r o d u c i d o s i t u a c i o n e sp a r t i c u l a r m e n t e i n h u m a n a s . D e h e c h o , ta l d e s i n t e g r a c i ó n h aacumulado los e f ec tos l e t a l e s de d ive r sa s gue r r a s c iv i l e s , de

u n c o n f l i c to i n t e r n a c i o n a l y d e u n a d e p u r a c i ó n r a c is t ae x a c e r b a d a , b a j o l a f o r m a d e l a d e n o m i n a d a limpieza étnica.

F r e n t e a l a p r e t e n d i d a s u p e r i o r i d a d c i v i l i z a d o r a e u r o p e a ,c o n s t i t u y e u n a b u e n a l e c c i ó n d e h u m i l d a d q u e t a l e sa t r o c i d a d e s s e d e s a r r o l l e n , n o e n l a p e r i f e r i a d e t a lc i v il iz a c ió n , s in o m u y p r ó x i m a s a l c e n t r o d e l n ú c l e o d e l am i s m a , c o n l a p a r t i c u l a r i d a d d e q u e , d e s u o r i g e n , n o ? o n

s ó l o r e s p o n s a b l e s l o s c o n t e n d i e n t e s d i r e c t o s , s i n o t a m b i é na l g u n o s d e l o s m á s a v a n z a d o s e s t a d o s e u r o p e o s .

A h o r a b i e n , p a r a c o m p r e n d e r a d e c u a d a m e n t e e l p r o c e s od e d e s i n t e g r a c i ó n d e Y u g o s l av i a y l as c o n s e c u e n c i a sd e s a s t r o s a s q u e d e é l s e h a n d e r i v a d o , h a y q u e s i t u a r l o e n e lc o n t e x t o g l o b a l d e l a a c t u a l e x p l o s i ó n d e l o s n a c i o n a l i s m o s ae s c a l a i n t e r n a c i o n a l . A s í , u n a d e l as c o n s e c u e n c i a s m á sn e g a t i v a s d e l a c r i s i s d e l d e n o m i n a d o bloque socialista h a s i d ol a e x p l o s i ó n n a c i o n a l i s ta q u e s e h a p r o d u c i d o e n a l g u n o s d el o s p a í s es d e E u r o p a c e n t r a l y o r i e n t a l q u e l o i n t e g r a b a n . E l

José María Laso

Prieto. Destacado

militante políticodel PCE. Director de la Fundac i ó n " I s i d o r oAcevedo" (FIM),d e A s t u r i a s .M i e m b r o d e lC o n s e j o E d i t o rial de Utopias /

Ntiestra Bandera.

Dialéctica^ nú m . 25, pr imavera de 1994.

30

Page 33: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 33/180

josé Triaría laso prieto 31

fenó me no es muy preo cup ante , s i se examina con la debidapersp ectiva histórica. A tod o lo largo del siglo XIX, elnacionalismo provocó diversos conflictos bélicos en Europa,

América, África y Asia. Sin embargo, con ello no agota sucom po nen te negativo . N o debe o lv idarse que laradicalizadón nacionalista —revist iendo ya formasimperialistas— h a sido la causa de d os gu erra s m und iales y dela subsigu iente divis ión de Eu rop a y del m u nd o en dosgrandes b loque s de es tados antagónicos . C om o es sabido ,ambas grandes cont iendas bél icas se eng end raron en Eu ropaOrie ntal . La pr im era, con el a ten tad o qu e en Sarajevollevaron a cabo los nacionalistas serbios contra sus opresores

austríacos y, la seg un da, a causa d e la reivindicación d e laciudad l ibre de Dantzig por el nacional ismo germánico. Enrealidad, tanto Sarajevo como Dantzig fueron meros pretextospar a justificar q ue nacionalismos imperialistas se enfren taran enpro o en contra de un nuevo reparto terri torial del mundo, yaque el realizado en el Congreso Internacional de Berlín (1885)había quedado desfasado. Así, resulta evidente que losnacionalismos condujeron a Eu ropa a algunos de sus peoresdesastres, incluido el del origen y desarrollo del fascismo.

La conexión nacionalismo-fascismo es obvia, tanto en elcaso del fascismo ital iano como en el del nazismo alemán.Ta m bién en el de ot ras var iantes men ores del fascismo.Cu and o es tá a pu nto de cumpl i r se el c incuentena r io de l aderrota del nazismo, resurge de nuevo en Europa el pel igronacionalista. Y no sólo por los conflictos nacionales que hanhecho eclosión en los países ex socialistas, sino también pore l ascenso de l pan germ anism o. Lam entablem ente , a pesar dela imagen t ranqui l izadora con que se ha presentado la

reunificación alemana, resurge el r iesgo de que elnacional ismo teutón der ive de nuevo en agresividadimperial is ta . Alemania está adquir iendo un potencialeco nó m ico, pol í tico y mil i tar que pue de d esequi l ibrar aEu rop a e impu lsar la de nuevo hacia la conq uista del Este ,según el lema h i t ler iano del Dranch nach Oslen. Au n q u e esdif íc il que el exp ansion ismo g erm ánico rep i ta e xactam entesus formas anteriores, sus riesgos ya empiezan a manifestarseen el inte nto d e incluir en su órbi ta de do m inac ión —aunque

todavía d e form a indirecta— a Eslovenia, Croacia yEslovaquia. De una u otra formas, en la tradición de la mittel

Page 34: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 34/180

32 ensayos

Europa también se trataría de incluir a Polonia, Hungría,Bo hem ia y Moravia en el ám bito de la influencia do m ina ntedel Cua rto Reich en gestación. Para com pletar e l cua dro , enla nueva Alemania reunificada los brotes de nacionalistas, deracismo y revanchism o se acrecientan .

De nuevo se actualizan las tesis de Lenin sobre lasconsecuencias nacionalistas e imperialistas del desarrollodesigual de la econ om ía d e los estados. Alemania y Ja pó nlibran ya fuertes contiendas con otros estados en los planosecon óm ico, comercial y tar ifar io. Ah ora tam poc o se descar taya la posibi l idad d e que en otros cam pos se prod uzc anfuer tes cho ques , incluso bél icos, entre Ja pó n, los EstadosU nidos y Alem ania p or el logro de la heg em on ía mun dial . Enpotencial eco nóm ico y produ ct ivo, los Estados Un idos estánya a la zaga del Ja pó n y Alemania, y a med iano plazo quienpierde la supremacía económica pierde también la mil i tar .Co nside rado s los r iesgos que el nuevo expan sionismo nip ónsu po ne pa ra los Estados Unido s, dos per iodis tasestadounidenses han publ icado ya un l ibro sobre la próximaguerra del Pacífico. Por lo pronto, la industria nipona delautomóvil ya ha der ro ta do a su com pet idora es tadounidense ,ob ligan do al cierre d e 21 fábricas d e la Genera l M otors y aldespido de más de 100 mil trabajadores.

Lenin dist inguía, muy acertadamente, entre elnacionalismo imperialista de las grandes potencias —siemprecondenado por los marxistas— y el nacionalismoemancipador de las pequeñas naciones somet idas . En esteúl t im o caso, habr ía que apo yar su dere cho a laauto dete rm inac ión. Lenin incluso sostenía que en el caso delas peq ueñ as naciones —como en el prob lem a de ladiscrim inación de la mujer— no basta con restablecer elequi l ibr io pon ien do f in a la discr iminación anter ior . D uran temucho t i empo, para compensar una dominac ión y opres iónseculares, habría que aplicar el principio de la discriminaciónposit iva. Em pe ro, e l pr incipio general m arxis ta del de rech ode las naciones a la auto dete rm inació n no de be apl icarse enabstracto, sino s iempre sub ord inad o al objet ivo pr ior i tar io dela em anc ipac ión social de los trabajado res. Esta distinción esnecesaria, ya que es preciso diferenciar entre el nacionalismope qu eñ ob urg ué s — utilizado por las c lases dom inan tes para

subordinar a sus intereses a las capas medias de la población

Page 35: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 35/180

josé maría laso prieto 33

d e l a s p e q u e ñ a s n a c i o n e s — y e l n a c i o n a l i s m o q u e s e v i n c u l a al a c l a s e o b r e r a p a r a l u c h a r c o n j u n t a m e n t e c o n t r a t o d a f o r m ad e o p r e s i ó n y e x p l o t a c ió n h u m a n a s . L a p r i m e r a f o r m a d en a c i o n a l i s m o d e b e s e r r e c h a z a d a y l a s e g u n d a , e s t i m u l a d a . 1

El marxismo y la cuestión nacional

C e n t r a d o s f u n d a m e n t a l m e n t e e n r e s o l v e r l o s p r o b l e m a si n h e r e n t e s a l p r o c e s o d e e m a n c i p a c i ó n s o c ia l d e l a cl as eo b r e r a , M a r x y E n g e l s n o e l a b o r a r o n d e f o r m a s i s te m á t i c au n a t e o r í a d e l n a c i o n a l i s m o . 2 N o o b s t a n t e , é s t a s e p u e d ed e d u c i r , t a n t o d e l a m e t o d o l o g í a d e l m a t e r i a l i s m o h i s t ó r i c o ,

c o r n o d e la s p o s i c i o n e s d e l o s c l á si c o s d e l m a r x i s m o s o b r e l o sp r o b l e m a s n a c i o n a l e s d e I r l a n d a , P o l o n i a , H u n g r í a , I t a li a ,A l e m a n i a , e t c é t e r a . P r e o c u p a d o s p o r l a a c t i t u d d e l o st r a b a j a d o r e s i n g l e s e s a n t e l o s o b r e r o s i r l a n d e s e s , s i n t e t i z a r o ns u o p i n i ó n s o b r e l a c a u s a n a c i o n a l i r l a n d e s a e n e l c é l e b r el e m a " N o p u e d e s e r l i b r e u n p u e b l o q u e o p r i m e a o t r o " . E lp r o c e s o r e v o l u c i o n a r i o d e s e n c a d e n a d o e n E u r o p a e n 1 8 4 8o b l i g ó a M a r x y E n g e l s a p r e c i s a r s u s p o s i c i o n e s s o b r e e lt e m a . T a l e s p o s i c i o n e s

. .. se alinean, p or lo dem ás, con las de la izquierda eu rop ea ,para las que la revolución hubiera debido promover lal iberación y la unif icación de las nacion es opr im idas ydesg arrad as, Alemania e I tal ia, Polonia y H un gría . Laizquierda es en ton ces nacional , y ser nacional en Eu rop aoccidental y central viene a significar ser de izquierda, en lam edid a en que rea lizar l a un id ad nacional supo ne qu e set iene que r om pe r el s is tema surgido del Co ng reso d e Viena y

d e la San ta Alianza.3

S e g ú n H a u p t , L o w y y W e i ll — d e s t a c a d o s e s p e c i a l is t a s e n e lt ema—, e l r echazo de l a abs t r acc ión es l o que ca rac t e r i za l ap o s i c i ó n d e M a r x y E n g e l s s o b r e e l p r o b l e m a n a c i o n a l . D ee s t a m a n e r a , d if i e r e n d e l a c o n c e p c i ó n l i b e r a l d e l d e r e c h o d ea u t o d e t e r m i n a c i ó n . P a r a t al es a u t o r e s ,

M arx y Engels rechazan la elección de tal de rec ho co m o

princ ipio absoluto, ci rcunscriben su alcance y su puesto en tre

1 José María LasoPrieto, "Laexplosión de losnacionalismos", en

Nuestra Bandera,núm . 152, Madrid,primer trimestre de1992, pp. 26 a 33 .

2 George Haupt,Michael Lowy yClaude W eill, Losmarxistas y la cuestiónnacional, EditorialFontamara,Barcelona, 1982.

*Ibid.t p. 17.

Page 36: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 36/180

34 ensayos

los objet ivos del m ovim iento ob rero . Según los casos,minimizan o acentúan el valor instrumental de un pr incipiopercib ido s iem pre a través y po r la dinám ica revolucionar ia .Es ant in óm ico del pr incipio de las nacional idad es —que

ignora por completo la gran cuest ión del derecho a laexistencia nacional d e los grand es pu eblos h istóricos d eEuropa—, ta l y com o la form ularon tan to Nap oleó n I I I com oBakunin, para el que toda nación es un hecho natural quedeb e dispon er sin reservas del dere cho n atural a laindep enden c ia , de acu erdo con el pr inc ipio de l iber tadabsoluta .

P o r e l c o n t r a r i o , " p a r a M a r x , e l d e r e c h o a l a

a u t o d e t e r m i n a c i ó n : 1. E s t á c i r c u n s c r i t o ú n i c a m e n t e a la sn a c i o n e s h i s t ó r i c a s . 2 . T i e n e u n v a l o r s u b o r d i n a d o a l a l u c h ap o r l a e m a n c i p a c i ó n d e l o s t r a b a j a d o r e s . 4 C o i n c i d i m o s c o nH a u p t y o t r o s e n c o n s i d e r a r q u e , p a r a M a r x y E n g e l s , lac u e s t i ó n n a c i o n a l " n o e s m á s q u e u n p r o b l e m a s u b a l t e r n o ,c u y a s o l u c ió n se p r o d u c i r á a u t o m á t i c a m e n t e p o r e ld e s a r r o l l o e c o n ó m i c o , g ra c i a s a l as t r a n s f o r m a c i o n e s s o c ia le s ;la s n a c i o n e s v i ab l e s s u p e r a r á n t o d o s lo s o b s t á c u l o s , m i e n t r a sq u e l a s reliquias de pueblos s e v e r á n c o n d e n a d a s a

d e s a p a r e c e r " . Y e s q u e l a p e r s p e c t i v a e n q u e s e s i t ú a n M a r x yE n g e l s e n e s a é p o c a , a l a b o r d a r l a c u e s t i ó n n a c i o n a l ,

. . .es la de las transformaciones estructurales que implica eldesarrol lo del capi ta l ismo: la creación de grandes ent idadesnacionales, de grandes espacios estatales central izados, comocondición previa para un desarrol lo histór ico que vaya en elsent id o del prog reso social . El qu e la con centrac ión engrand es es tados im pl ique q ue , si se da e l caso, com pren dan

una mult i tud de nacional idades es a lgo que nada cambia enlos supuestos.5

S i n e m b a r g o , c o i n c i d i m o s t a m b i é n —ya q u e se r e f ie r e a d o se t a p a s d i f e r e n c i a d a s d e M a r x y E n g e l s s o b r e l a c u e s t i ó nn a c i o n a l — e n c o n s i d e r a r q u e l a i m p o r t a n c i a e s t r a t é g i c a d e l ac u e s t i ó n i r l a n d e s a , c u y a s o l u c i ó n l e s p a r e c e a M a r x y E n g e l s ,d u r a n t e l a d é c a d a d e l o s s e s e n t a , " l a c l a v e d e l a s o l u c i ó n d e l acues t ión ing le sa , y l a de l a cues t ión ing le sa , l a c l ave de l a *ibid., p. 20.

s o l u c i ó n d e la c u e s t i ó n e u r o p e a " , p l a n t e a e n t é r m i n o s n u e v o s 5Ibid.

Page 37: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 37/180

josé maría laso prieto 3 5

la r e l a c i ó n e n t r e e l m o v i m i e n t o n a c i o n a l y e l m o v i m i e n t oo b r e r o . A p a r t i r d e e n t o n c e s , la l u c h a d e l as n a c i o n e so p r i m i d a s , subdesarrolladas —inc luso e l c a so de I r l anda se

a b o r d a t a m b i é n c o m o c u e s t i ó n c o l o n i a l — , p u e d e s e r v i r d ed e t o n a d o r p a r a la l u c h a d e la c la s e o b r e r a , d e l m o v i m i e n t oo b r e r o , d e la n a c i ó n d o m i n a n t e " . 6 D e e l l o s e h a d e d u c i d o ,p a r a I r l a n d a e I n g l a t e r r a , u n a i n v e r s i ó n d e la s p r i o r i d a d e s d eM ar x y E nge l s : ya no se r á l a r evo luc ión soc i a l l a ques o l v e n t a r á e l p r o b l e m a n a c i o n a l , s i n o q u e l a l i b e r a c i ó n d e l an a c i ó n o p r i m i d a c o n s t i t u y e u n s u p u e s t o p r e v i o p a r a l ae m a n c i p a c i ó n s o c ia l d e la c la s e o b r e r a . L a n u e v a c o n c e p c i ó ns u p o n e u n a s r e l a c i o n e s p o l í t i c a s c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t a s ,

b a s a d a s e n u n a al ia n z a e s t r a té g i c a e n t r e el m o v i m i e n t o d el i b e r a c i ó n n a c i o n a l y e l m o v i m i e n t o o b r e r o . L u c h a d e c la s es yl u c h a n a c i o n a l se c o n v i e r t e n e n c o m p l e m e n t a r i a s y s o l i d a ri a s ,s i n c o n f u n d i r s e n i s u p e r p o n e r s e . C o n e l l o s e a m p l í a t a m b i é nl a t e r m i n o l o g í a , a t r av é s d e la n u e v a p r o b l e m á t i c a a b i e r t a p o rla cuestión irlandesa. M a r x y E n g e l s i n t r o d u c e n la d i s t i n c i ó nc a p i t a l e n t r e naciones oprimidas y naciones dominantes.

A h o r a b i e n , e l h e c h o d e q u e l o s i m p e r i o s a u s t r o - h ú n g a r o yz a ri st a f u e s en c o n s i d e r a d o s e n t o n c e s c o m o v e r d a d e r a s

" c á r c e l e s d e p u e b l o s " h i z o q u e l o s m a r x i s t a s d e t a l e s e s t a d o ss e v i e s e n o b l i g a d o s a p r o f u n d i z a r e n l a cuestión nacional. S ed e s a r r o l l a n , as í, l as p o s i c i o n e s d e lo s d e n o m i n a d o saustro-marxistas, d e L e n i n , R o s a L u x e m b u r g o y S t a li n . L o sa u s t r o - m a r x i s t a s — V í c t o r A d l e r , K a r l R e n n e r y R . S p r i n g e r —

p r o f u n d i z a n s o b r e t o d o e n e l t e m a d e l d e s a r r o l l o h i s t ó r i c o d el as f o r m a s n a c i o n a l e s y e n e l d i s c u t i b l e t e m a — s u s c it a d o p o rE n g el s— d e la s " n a c i o n e s s i n h i s t o r i a " . S u s e l a b o r a c i o n e st eó r i ca s so n rigurosa s e i n t e r e san te s , p e r o l a so luc ión p o l í t i c aq u e p r o p o n e n p a r a l o s e s t a d o s m u l t i n a c i o n a l e s e s l aa u t o n o m í a c u l t u ra l - n a c io n a l . E s d e c i r , u n a a u t o n o m í a m u yl i m i t a d a , y a q u e e s a a u t o n o m í a c u l t u ra l , e n e l m a r c o d e u nE s t a d o m u l t i n a c i o n a l , s e e x p r e s a r í a a t r a v é s d e l ao r g a n i z a c i ó n d e l a s n a c i o n a l i d a d e s e n c o r p o r a c i o n e s j u r í d i c a sp ú b l i c a s , c o n u n a s e r i e d e a t r i b u c i o n e s c u l t u r a l e s ,a d m i n i s t r a t i v a s y le g a l es .7 P o r e l c o n t r a r i o , L e n i n s ep r o n u n c i a a b i e r t a y r e s u e l t a m e n t e p o r e l p r i n c i p i o d e ld e r e c h o d e la s n a c i o n e s a l a a u t o d e t e r m i n a c i ó n . E n d e f e n s ad e e s e p r i n c i p i o , m a n t i e n e u n a f u e r t e p o l é m i c a c o n R o s aL u x e m b u r g o , q u e s e o p o n í a al m i s m o , p o r c o n s i d e r a r l o

6Ibid.

7 Manuel GarcíaPelayo, El tema de las

nacionalidades / La

teoría de la nación en

Otto Bauer, Editorial

Pablo Iglesias,Madrid, 1979.

Page 38: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 38/180

36 ensayos

c o n t r a d i c t o r i o c o n el i n t e r n a c i o n a l i s m o p r o l e t a r i o .8

S i g u i e n d o , p o r n e c e s i d a d e s d e s í n te s is , l a a r g u m e n t a c i ó n d eH a u p t , L ó w y y W e i ll , c o m p r o b a m o s q u e el p u n t o d e p a r t i d ad e L e n i n e s e l m i s m o q u e e l d e R o s a L u x e m b u r g o : e li n t e r n a c i o n a l i s m o p r o l e t a r i o . S i n e m b a r g o , L e n i nc o m p r e n d i ó m e j o r l a r e l a c i ó n d i a l é c t i c a e n t r e e li n t e r n a c i o n a l i s m o p r o l e t a r i o y e l d e r e c h o d ea u t o d e t e r m i n a c i ó n n a c i o n a l . S u t es is p u e d e f u n d a m e n t a r s ea s í: 1 ) T a n s ó l o l a l i b e r t a d d e s e p a r a c i ó n h a c e p o s i b l e u n al i b r e y v o l u n t a r i a u n i ó n , y , a l a r g o a p l a z o , l a f u s i ó n d e l a sn a c i o n e s . 2 ) T a n s ó l o e l r e c o n o c i m i e n t o , p o r p a r t e d e lm o v i m i e n t o o b r e r o d e l a n a c i ó n d o m i n a d o r a , d e l d e r e c h o ala a u t o d e t e r m i n a c i ó n d e la n a c i ó n d o m i n a d a p e r m i t e

e l i m i n a r el o d i o y l a d e s c o n f i a n z a d e l o s o p r i m i d o s , y u n i r al o s t r a b a j a d o r e s d e a m b a s n a c i o n e s e n e l c o m b a t ei n t e r n a c i o n a l i s t a c o n t r a l a b u r g u e s í a .

L e n i n h a b í a c a p t a d o t a m b i é n l a r e l a c i ó n d i a l é c t i c a e n t r e l a sl u c h a s n a c i o n a l - d e m o c r á t i c a s y l a r e v o l u c i ó n s o c ia li st a, v i e n d oe n la s m a s a s p o p u l a r e s ( n o s ó l o p r o l e t a r i a s , s i n o t a m b i é nc a m p e s i n a s y p e q u e ñ o b u r g u e s a s ) d e l as n a c i o n e s o p r i m i d a su n a l i a d o d e l p r o l e t a r i a d o c o n s c i e n t e . A s í, r e s p e c t o a lac u e s t i ó n n a c i o n a l , m i e n t r a s q u e l a m a y o r í a d e l o s d e m á sa u t o r e s m a r x i s t a s n o v e ía m á s q u e la d i m e n s i ó n e c o n ó m i c a ,c u l t u r a l o psíquica d e l p r o b l e m a , L e n i n r e c a l c a b aa b i e r t a m e n t e q u e la c u e s t i ó n d e l a a u t o d e t e r m i n a c i ó n " ser e m i t e e n t e r a y e x c l u s i v a m e n t e a l t e r r e n o d e la d e m o c r a c i ap o l í t i c a " . E s d e c i r , a l d e r e c h o a la s e p a r a c i ó n p o l í t i c a , a l ac o n s t i t u c i ó n d e u n E s t a d o n a c i o n a l i n d e p e n d i e n t e . 9

Por su pa r t e , I os i f Br oz , e l f u tu r o mar i sca l Tito, a p l i c a n d ola c o n c e p c i ó n m a r x i s t a s o b r e el p r o b l e m a n a c i o n a l , p r e c i s a b ay a e n 1 9 4 2 :

La actual lucha d e l iberación nac ional y la cuest ión nacionalen Yugoslavia están l igadas indisolublemente. Nuestra luchade liberación nacional no sería tan tenaz ni tan exitosa si lasnaciones de Yugoslavia no vieran en el la , además de lavictor ia sobre el fascismo, un tr iunfo sobre lo ocurr ido en lospasados regíme nes , una vic toria sobre aque l los que laopr imían y que t ienden a cont inuar opr imiendo a las nac ionesde Yugoslavia . Las palabras " luchas de l iberación nacio nal"ser ían meramente una f rase , o inc luso un engaño, s i además

8 V. I. Lenin, Elderecho de lasnaciones a laautodeterminación,Editorial Prog reso,Moscú, 1979.

9 George Haupt,Michael Lówy y

Claude Weill, op .cit.,p. 111.

Page 39: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 39/180

josé Triaría laso prieto 3 7

de un s entido general yugoslavo no tuviera un sentidonacion al para cada nación en part icular ; es decir , si adem ás dela liberac ión de Yugoslavia no significaran la liberación d e loscroatas , es lovenos, serbios , macedonios , arnautes ,m usu lma nes y otros; si la lucha de l iberación no en trañ ararealm ente la l iber tad, igualdad de derech os y fraternidad detodas las naciones de Yugoslavia. Ésa es la esencia de la luchade l iberación n acional . ..

Los macedonios , arnautes , croatas , musulmanes y otros sepreguntan con zozobra: "¿Qué ocurr irá con nosotros s i sevuelve a lo de antes?" El gob iern o exil iado en L ond res yaamenaza , los chetn iks degüel lan don de p ued en co n ayuda delinvasor y afi lan sus dagas para m atanzas aún m ás ho rren da s

—es lo que temen todos nuestros pueblos—. Pero nosotros lesdecimos a todos que no teman, que la salvación de todo esoes posible y que se pu ed e lograr ún icam ente si ya ahora,inmediatamente y s in vacilar , se empuñan las armas paraentrar en la guerra sagrada que l ibra nuestro heroico Ejérci tode Libe ración N acional contra el invasor, por la l iber tad eigualdad de todas las naciones de Yugoslavia. Ése es ei únicocam ino que para su salvación pue den seguir todas lasnaciones d e Yugoslavia. De bo sub rayar el hech o d e que en las

filas de nuestro Ejército de Liberación Nacional y de losdestacamentos part isanos de Yugoslavia ha habido, desde elmismo comienzo hasta hoy, una gran mayoría de serbiosprecisamente, en lugar de que sea al revés. Jus tamente lospart isanos serbios , m onte neg rino s , bosnios y las br igadasconsti tuidas casi exclusivamente po r serbios han l ibrado ycontinúan l ibrando una lucha s in cuartel , no sólo contra elinvasor, sino también contra los chetniks de Draza Mihailovicy demá s enemigos de los pueblos opr imid os . ¿Qué dem ues t ra

esto? Demuestra que todas las naciones de Yugoslavia,sojuzgadas en el pasad o por los hegem onis tas granserbios ,t ienen su mejor y más conse cue nte al iado en el pueb lo serb io.El pueblo serbio ha dado, y continúa dando, su máximacon tr ibució n en sangre a la lucha co ntra el invasor y suss irvientes traidores , no sólo co ntra Palevic, Nedic y Pecan ac,sino también contra Draza Mihailovic y sus chetniks, por laplena l iber tad e independencia de todas las naciones deYugoslavia. El pue blo serbio no desea r eto rna r a lo de antes ,

as í com o tam poco lo desean los croatas , los es lovenos, los

Page 40: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 40/180

3 8 ensayos

mac edonios , los m onten egr in os y los musulmanes . El puebloserbio sabe mu y bien a qué se de be es ta tragedia nacional ,quién es el culpable pr incipal , y por eso lucha heroicamente ydes prec ia a los traido res nacionales . De ahí qu e sea un

sagrado deber de todos los demás pueblos de Yugoslavia el depar t ic ipar , por lo me nos en la misma m edida y ju n t o con e lpueblo serbio, en es ta gran guerra de l iberación contra elinvasor y todos sus sirvientes.10

La comp lejidad yugoslava

A c a u s a d e s u g r a n d i v e r s i d a d , Y u g o s l a v i a h a s i d o d e s c r i t a p o r

med io de l a fó rmula 1 -7 . Es dec i r , un pa í s , dos a l f abe tos , t r e sr e l i g i o n e s , c u a t r o l e n g u a s , c i n c o n a c i o n e s , s e i s r e p ú b l i c a s ys i e t e v e c i n o s . C o n c r e t a m e n t e , l a u n i ó n d e l o s e s l a v o s d e l s u r—es o s ign i f i ca e l t é rmino "Yugos lav ia"— s u rge comoc o n s e c u e n c i a d e l a d e s i n t e g r a c i ó n d e l i m p e r i oa u s t r o - h ú n g a r o t r a s s u d e r r o t a e n la p r i m e r a g u e r r a m u n d i a l .D e s d e 1 9 1 8 , e n q u e Y u g o s l a v i a s e c o n s t i t u y e e n E s t a d o , s uh i s t o r i a p u e d e d i v i d i r s e e n d o s e t a p a s f u n d a m e n t a l e s : 1. D e1 9 1 8 a 1 9 4 1 , Y u g o s l a v i a e s r e g i d a p o r la m o n a r q u í a

c e n t r a l i s t a d e l a d i n a s t í a d e l o s K a r a r e o r g e v i t c h . D e 1 9 4 1 a1 9 4 3 , Y u g o s l a v i a d e s a p a r e c e c o m o E s t a d o , a l s e r o c u p a d a p o rt r o p a s a l e m a n a s e i t a l i a n a s . I t a l i a s e a n e x i o n a d i v e r s a sc i u d a d e s d á l m a t a s — así c o m o u n a a m p l i a f ra n ja c o s t e r a d e lA d r i á t ic o — y s e c r e a el E s t a d o f a n t o c h e d e C r o a c i a , b a j o e ly u g o f a s c i s t a d e A n t e P a v e l i c h t . 2. D e 1 9 4 3 a 1 9 9 1 , s e c r e a ,d e s a r r o l l a y d e s i n t e g r a l a R e p ú b l i c a F e d e r a l P o p u l a r d eY u g o s l a v i a , f u n d a d a p o r e l m a r i s c a l Tito. U n a s i n g u l a r i d a d d ee s t e s e g u n d o E s t a d o y u g o s l a v o e s l a d e q u e s e f u n d a a n t e s d e

fin alizar l a c o n t i e n d a b é l i c a m u n d i a l , e n lo s t e r r i t o r i o s q u ev a n s i e n d o l i b e r a d o s p o r el E j é r c it o d e L i b e r a c i ó n N a c i o n a ly u g o s l a v o . E l n u e v o E s t a d o s u r g e d e l a b a s e d e l o s C o m i t é sd e L i b e r a c i ó n , a g r u p a d o s d e s d e 1 9 4 2 e n e l C o n s e j oA n t i f a s c i s t a d e L i b e r a c i ó n N a c i o n a l ( A V N O J ) . S e g ú n J o v a nD j o r d j e v i c h :

La AVNOJ fue convocada a una segunda ses ión el 29 denovie mb re de 1943, en la c iudad deja jce , en te r r i to r iol iberado. Durante es ta ses ión, la AVNOJ "se consti tuye en

10Tito, La cuestiónnacional, EditorialCuestiones Actualesdel Socialismo,

Belgrado, 1983, pp .52 y ss.

Page 41: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 41/180

josé maría laso prieto 3 9

cu erp o repre sen tativo , legislativo y ejecutivo de Yugoslavia" yse convier te en "el representante supremo de la soberaníapop ular y del Estado yugoslavo en su c onjun to".Sim ul táneam ente , se crearon , ade más , o t ros dos órganos : "lapresidencia de la AVNOJ, consti tuida por la PequeñaAsamblea, investida de todos los derechos del órganosup rem o d e p od er , en el intervalo de las ses iones de laAVNO J y el Co m ité Nacional de Liberación de Y ugoslavia,que presen taba todas las caracter ís ticas de un go biernopopular provis ional , por intermedio del cual la AVNOJrealizaba sus funciones ejecutivas. La segunda ley decidía queYugoslavia seria edificada, sobre la base del principiofederativo, en comunidad estatal de los pueblos iguales en

derechos de Serbia, Croacia, Eslovenia, Bosnia-Herzegovina,Macedonia y M ontenegro . 1 1

E n c o n s e c u e n c i a , c o m o t e n d r e m o s o c a s i ó n d e c o m p r o b a rd e s p u é s , l a R e p ú b l i c a F e d e r a l , i n s t a u r a d a e n Y u g o s l a v i a t r a sl a l i b e r a c i ó n d e l a o c u p a c i ó n n a z i , f u e m u c h o m e n o sc e n t r a l i s t a q u e l a f o r m a m o n á r q u i c a a n t e r i o r . I n t e g r a b a l a sr e p ú b l i c a s d e S e r b i a , C r o a c i a , M o n t e n e g r o , M a c e d o n i a yB o s n i a - H e r z e g o v i n a , as í c o m o la s r e g i o n e s a u t ó n o m a s d eV o i v o d i n a y K o s o v o .

L a c o m p l e j i d a d d e l p r o b l e m a n a c i o n a l d e Y u g o s l a v i a s ed e r i v a d e f a c t o r e s h i s t ó r i c o s , é t n i c o s , c u l t u r a l e s y r e li g i o s o s .L a s n a c i o n a l i d a d e s q u e c o n s t i t u y e r o n e l E s t a d o y u g o s l av o— c o n l a e x c e p c i ó n d e a l g u n o s p e r i o d o s e n q u e m a n t u v i e r o ns u i n d e p e n d e n c i a — e s t u v i e r o n s e p a r a d a s d u r a n t e s i g l o s , p o rp e r t e n e c e r a d o s e s t a d o s c o n t r a p u e s t o s : e s l o v e n o s y c r o a t a se s t u v i e r o n i n t e g r a d o s e n e l i m p e r i o a u s t r o - h ú n g a r o d u r a n t ee t a p a s p r o l o n g a d a s , m i e n t r a s q u e s e r b i o s , b o s n i o s ,m o n t e n e g r i n o s , m a c e d o n i o s y a l b a n e s e s s u f r i e r o n c a sip e r m a n e n t e m e n t e la d u r a d o m i n a c i ó n de l i m p e r i o o t o m a n o .A u n q u e c o n o s ci l a ci o n e s d e r i v a d a s d e d iv e r s as c o n t i e n d a sb é l i c a s , q u e e n a l g u n o s p e r i o d o s h i c i e r o n q u e s e r b i o s yb o s n i o s f u e s e n t a m b i é n s o m e t i d o s a l i m p e r i o a u s t r o - h ú n g a r o ,l a d i v i s i ó n p o l í t i c a i m p u e s t a p o r l a d o b l e d o m i n a c i ó na u s t r o - h ú n g a r a y o t o m a n a e n g e n d r ó la p r o f u n d ad i f e r e n c i a c i ó n c u l t u r a l q u e t o d a v í a p e r s i s t e . E n e l p l a n ore l ig io s o , l a d iv i s ión e s t r ip l e : a) ca tó l i cos , en Croac ia y

E s l o v e n i a ; b) c r i s t i a n o s o r t o d o x o s , e n S e r b i a , M o n t e n e g r o y

11 Jovan Djordjevich,Yugoslavia,

democracia

socialista, F o n d ode CulturaEconómica,Colección Popular,Tiempo Presente,

México, 1961, pp.24 y 25 .

Page 42: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 42/180

40 ensayos

z o n a s d e B o s n i a y M a c e d o n i a ; y c) m u s u l m a n e s , e n B o s n ia yz o n a s d e M a c e d o n i a y K o s o v o . P o r e l lo , u t i l iz a n d or i g u r o s a m e n t e el l e n g u a j e , n o s e p o d r í a h a b l a r e s t r i c t a m e n t ed e limpieza étnica p a r a c a li fi c a r la í n d o l e d e la s a t r o c i d a d e sq u e se e s t á n c o m e t i e n d o e n B o s n i a - H e r z e g o v i n a p o r s e r b i o s yc r o a t a s . D e h e c h o , l o s b o s n i o s m u s u l m a n e s s o n t a n e s la v o sc o m o l o s d e m á s y u g o s l a v o s , s a l v o l o s a l b a n e s e s y o t r a sm i n o r í a s n a c i o n a l e s m e n o r e s . P o r o t r a p a r t e , e n l ac o n f i g u r a c i ó n c o n s t i t u c i o n a l d e l a Y u g o s l a v i a f e d e r a l s e h a b í aa c e p t a d o h a c e r e q u i v a l e n t e , e n e l c a s o d eB o s n i a - H e r z e g o v i n a , l a d i f e r e n c i a c i ó n r e l i g i o s a c o n l ad i f e r e n c i a c i ó n é t n i c a .

En todo cas o , no e r a f ác i l i n t eg ra r en un s o lo Es tado ap u e b l o s t a n d i f e r e n c i a d o s c o m o l o s q u e c o n s t i t u y e r o nY u g o s l a v i a . E n l a s e g u n d a e t a p a d e l E s t a d o y u g o s l a v o , f u e l afigura ca r i s m á t i c a de Tito l a q u e s i r v i ó d e a g l u t i n a n t e . O t r of a c t o r q u e c o n t r i b u y ó f u e e l h e c h o d e q u e l o s d i v e r s o sp u e b l o s y u g o s l a v o s l u c h a r o n h o m b r o c o n h o m b r o c o n t r a l o so c u p a n t e s n a z i s . L a g r a n e x c e p c i ó n f u e e l a l a r a d i c a l d e ln a c i o n a l i s m o c r o a t a . S u b r a z o a r m a d o , i n t e g r a d o p o r l o st e r r o r i s t a s ustachis ( i n s u r g e n t e s ) , d e e x t r e m a d e r e c h a , n o s ó l oa y u d ó a l o s o c u p a n t e s n a z i f a s c i s t a s , s i n o q u e r e a l i z ó u na u t é n t i c o g e n o c i d i o c o n t r a l o s s e r b i o s . S u s v í c t i m a s s ee s t i m a n e n m e d i o m i l l ó n d e p e r s o n a s . D e l a f e r o c i d a d q u er e v is t ió t al g e n o c i d i o c o n s t i t u y e u n b u e n t e s t i m o n i o l a e s c e n aq u e C u r z i o M a l a p a r t e d e s c r i b e e n s u o b r a Kaputt: c u a n d oA n t e P a v e l i c h t l e m o s t r ó u n c e s t o q u e t e n í a e n s u d e s p a c h o ,i n i c i a l m e n t e , v i é n d o l o d e l e j o s , M a l a p a r t e s u p u s o q u e s et r a t a b a d e o s t r a s , h a s t a q u e P a v e l i c h t le d i jo : " S o n o j o s d ep a r t i s a n o s s e r b i o s c o n q u e m e h a n o b s e q u i a d o m i s f i e l e sustachis". L a m a g n i t u d d e e s e g e n o c i d i o e s r e c o n o c i d a p o rd i v e r s o s h i s t o r i a d o r e s . F r a n c i s c o V e i g a r e c o n o c e q u e , " e ne f e c t o , d e s p u é s d e l a A l e m a n i a n a z i , l a C r o a c i a ustachi fuel a s e g u n d a p o t e n c i a e u r o p e a d e l E j e e n c u a n t o a l v o l u m e nd e c r í m e n e s d e g u er r a " .1 2 D e u n a f o r m a m á s p r e c i s a :

Ante la actual barbarie reinante en lo que fueron t ierrasyugoslavas , no han fal tado referencias a lo que muchoscons ideran su an te ced ente d i rec to : las masacres desar ro lladas

po r croatas y serb ios dur ant e la segund a guer ra mun dia l . Enefec to , apen as con sum ado e l es tab lec imiento de l Es tado

12 Francisco Veiga,Los Balcanes: modelospara un desorden,edición d e laUniversitatAutónoma deBarcelona,

Barcelona, 1993,p. 193.

Page 43: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 43/180

josé marta laso prieto 4 1

croata, bajo influencia nazi, el control ustachi le impuso unfuerte carác ter nacionalista, clerical (mejor dich o,intran sigen te en m ater ia rel igiosa a lo qu e no fuera elcatolicismo) y xen ófob o.

Las primeras disposiciones de Pavelicht, del 17 de abril de1941, enm arca ban y legalizaban la violenta represió n qu e iba adesen cadena r , señalando qu e cualquier ac to contra e l honor ,los intereses o el pode r del Estado ser ía con side rado al tatraición y ejecutados quien es lo com etiesen . En es ta línea deintransigencia, se prohibió el uso del alfabeto cirílico y sesup rimió la l iber tad de cultos . Seg uida me nte, se cerr aron lasescuelas confesionales o r todo xas y se prohibió el acceso de losserb ios a num eroso s em pleos públ icos . Com enzó d e esem odo un a au tén t ica persecución , que a lcanzó tamb ién a lam inoría ju dí a y a aquellos croatas dis identes con el régim enpronaz i de P avelicht . El éxo do de los serbios desde Croacia,tan sólo en los meses inm edia tos , se pu ed e cifrar en m ás d e200 mil, los cuales acudiero n a refugiarse en S erbia. Mu chosde el los , s in embargo, corr ieron peor suerte, al no poder huir ,y fueron ma sacrado s. Las cifras m anejadas po r diversosautores durante mucho t iempo, que evaluaron e l número devíctimas en tre 600 mil y 700 mil —incluso alguna pro pag and aserbia las aum en tab a hasta m illón y medio—, han s ido objetode revis ión por dis t intos his tor iad ores croatas y serbios(Zerajovic, Kocovic, el mism o Tud jma n y otros) , rebajándolascons ide rablem ente . No o bs tan te , se admite hoy que , a lm eno s, entre 295 mil y 334 mil serbios fueron a sesinados po rlo s ustachis en tre 1941 y 1945 (50 a 60% de ellos en Bosn ia y elres to en Croacia) , a los que de bían añad irse uno s 40 mil másentr e jud íos y o t ras minor ías . Desgrac iadamente , con unas uotras cifras , el régimen d e Pavelicht hab ría acredita do un acrueldad igual o superior a cualquier otro de los muchos queen su tiempo hicieron alardes del más siniestro salvajismo".18

s o s .

E l r e c u e r d o d e t a le s a t r o c i d a d e s c r o a t a s s i g u e p e s a n d o , e nf o r m a d e m i e d o y o d i o v is c e r a l, e n e l a c t u a l c o n f l i c t os e r b i o - c r o a t a .

T a m p o c o l o s s e r b i o s e s t u v i e r o n e x e n t o s d e r e s p o n s a b i l i d a d .S u e x t r e m a d e r e c h a — i n t e g r a d a p o r l o s chetniks ( q u e

l i t e r a l m e n t e s i g n i f i c a m i e m b r o s d e u n a b a n d a o p a r t i d aa r m a d a , c o n m u c h a s s i m i l i t u d e s c o n e l t é r m i n o c a s t e l l a n o

13 Emilio de DiegoGarcía, Ladesintegración deYugoslavia, Editorial

Actas, Madrid,1993, pp. 42 y 43.

Page 44: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 44/180

42 ensayos

guerrillero)— . l levó su an t icomunis rno a co laborar con los nazis ya c o m e t e r a t r o e i d á c t e c o n t r a l o s p a r t i s a n o s ( m i e m b r o s d e lEjérc i to N ac io na l d e t ífaeración d i r ig i do s p o r Tito) d e t o d a sl as e t n i a s . E n c o n t r a s t e , tito, n o o b s t a n t e s u o r i g e n c r o a t a ,s u p e r a n d o n a c i o n a l i s m o s e s t r e c h o s , l o g r ó f o r j a r u n c o m ú np a t r i o t i s m o y u g o s l a v o . C o n s e c u e n t e c o n t a n a m p l i ac o n c e p c i ó n , t r a t ó d e e v i t a r l a r e p r e s i ó n i n d i s c r i m i n a d a d e s u se n e m i g o s e i n c o r p o r ó a s u s f u e r z a s a m u c h o s d e s u sa d v e r s a r i o s y u g o s l a v o s . A s í l o r e s a l t a b a el g e n e r a l D a ñ ePe tkovs k i en s u t r aba jo La moral com batiente: factor decisivo de

la estrategia de Ti to : "E jecu ta r l a s t a r eas en s u to ta l idad y conl as m e n o r e s v í c t im a s : e n e s t o c o n s i s t e la h a b i l i d a d d ec o m a n d a r y g u i a r l as t r o p a s e n la g u e r r a . E l h u m a n i s m o d eTito s e r e f l e j a b a t a m b i é n e n s u a c t i t u d f r e n t e a l o s p r i s i o n e r o se n e m i g o s . P o r e s ta ra z ó n , n u e s t r a s u n i d a d e s j a m á sr e s p o n d i e r o n c o n l a v e n g a n z a a l os c r í m e n e s d e l e n e m i g o " .1 4

R e s p e c t o a l a s a t r o c i d a d e s d e l o s cketniks, s o n e l o c u e n t e s l a sp r e c i s i o n e s d e l h i s t o r i a d o r E m i l io d e D i e g o :

Pero la violencia por motivos étnicos, religiosos o ideológicosno fue ins trumento en exclusiva de ningún grupo yugoslavodur ant e aquel los años . Los chetniks de Mihailovic (serbios con

el mismo espír i tu xenófobo que los ustachis croatas) semostraron igualmente sanguinarios , con la diferencia de quesus víctimas eran, en este caso, los musulmanes y los croatas,espec ialm ente e n Bosnia-Herzegovina y en el Sendzack.Episodios co m o el de las matanzas en la aldea de Foca, enenero de 1942, resultan part icularmente atroces . Este racismoy la intransigenc ia ideológica impo sibil i taron la creación deun Frente Nacional de Liberación Antifascis ta, propuesto porotras fuerzas q ue luc haban con tra el invasor y, mas tarde,

acabó enfrentándolos abier tamente con los part isanos, ante locual no du da ro n en al tarse con los i talianos.1 5

Génesis y desarrollo del conflicto actual

A l a g é n e s i s y d e s a r r o l l o d e l c o n fl i c t o a c t u a l c o n t r i b u y ó e lr e n a c i m i e n t o d e l c h o v i n i s m o s e r b i o , l a p é r d i d a d e l f a c t o ra g l u t i n a n t e q u e s u p o n í a l a f i g u r a d e l m a r i s c a l Tito, la cr is is

e c o n ó m i c a d e l E s t a d o y u g o s l av o , e l i m p a c t o q u e s u p u s o e l

14 Dañe Petkovski, "Lamoral combatiente:factor decisivo de laestrategia de Tito",en La obra militar deTito, NarojnayaArmija, Belgrado,1977, p. 240.

15 Emilio de DiegoGarcía, op. cit., p. 43.

Page 45: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 45/180

josé ruaría laso prieto 43

h u n d i m i e n t o d e l b l o q u e d e e s t a d o s h e g e m o n i z a d o s p o r l a e xU R S S , e tcé te r a . También han in f lu ido o t ro s f ac to res ex te r io res ,c o m o l a t e n d e n c i a a l e x p a n s i o n i s m o g e r m á n i c o , l a n e c e s i d a dd e u n r e e q u i l i b r i o e u r o p e o d e r i v a d a d e l o s a c o n t e c i m i e n t o s

h i s tó r i cos des a r ro l l ados en Europa cen t r a l y o r i en ta l , e t cé te r a .Todo e l lo conduce a d i s t ingu i r en t r e caus as in te rnas y ex te rnas ,q u e , e n m a y o r o m e n o r g r a d o , h a n c o n t r i b u i d o al p r o c e s o d ed e s i n t e g r a c i ó n d e Y u g o s l a v i a . P o r o b v i a s l i m i t a c i o n e s d ee s p a c i o , v a m o s a t r a t a r d e s i n t e t i z a r l a r e s p e c t i v a i n c i d e n c i ad e t a n d i v e r s o s f a c t o re s i n t e r n o s y e x t e r n o s .

A c o n s e c u e n c i a d e s u c o m p l e j i d a d é t n i c a , r e l i g i o s a ,l i n g ü í s t i c a , c u l t u r a l , s e h a p r e t e n d i d o q u e Y u g o s l a v i a e r a u nEs tado a r t i f i c i a l . S in embargo , t a l t e s i s con t r ad ice l a

e x i s t e n c i a , m a n i f e s t a d a h i s t ó r i c a m e n t e , d e u n a u t é n t i c om o v i m i e n t o d e u n i ó n d e l o s e s l a v o s d e l s u r . A s í , e n l a o b r ad e d i c a d a p o r l os h i s t o r i a d o r e s d e la U n i v e r s i d a d d eC a m b r i d g e a l o s t e m a s y u g o s l a v o s , s e d i c e :

Las relaciones serbio-croatas, dentro de Croacia-Eslovenia, notenían aquel espír i tu que los animaba por el resurgimiento desu nacionalidad y de su independencia, como sucedía con elEstado serbio del sur de 1878. Ese añ o, Austria o cup aba

tam bién Bosnia-Herzegovina, y los croatas , más conscientes desu relación his tór ica con aquel país , em pez aron a soñar conuna Gran Croacia, que podría abarcar a Bosnia-Herzegovina,con lo cual se situaban frente a los serbios, que tenían susprop ios pla nes . Estas tensas relaciones en tre los croatas y suspropios serbios, y los serbios del sur, eran fatales para hacerrealidad el sueño de un Estado yugoslavo, y, hasta fecha tanrecien te com o la de 1902, hu bo m anifes taciones antiserbiasen Zagreb. Pero, al llegar el nuevo siglo, cambiaron las cosas.

U na jov en ge nerac ión de l íderes croatas y serbios , inspirá ndos een el es tusiasmo eslavo de ía Univers idad de Praga, em pezó aluchar contra la act i tud intransigente de Austr ia y Hungría,hasta que al fin el ideal de una Gran Croacia se esfumó ante laesperanza de la unión de todos los es lavos del sur dentro deuna sola nación, que sería Yugoslavia.16

A l a m i s m a c o n c l u s i ó n l l e g a E m i l i o d e D i e g o :

A pesar de todo, el nacionalismo croata, que tendía a

16 H.C. Darby, R.W.Seton-Watson, P.Auty, R.G.D. Lañ any S. Clissold, Brevehistoria deYugoslavia, EditorialEspasa-Calpe,Colección Austral,

Madrid, 1972, pp.51 y 52 .

Page 46: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 46/180

4 4 ensayos

organizarse pacíf icamente, no hizo sino crecer a l compás deotros movimientos similares, tanto en la región como en eloeste de Europa. Pero, consciente de su debil idad, buscóintegrar a los eslavos del sur, salvo a un sector minoritario,que se agrupaba en el Par t ido del Derecho (el par t ido de losfuturos ustachis), encabezado por Ante Starcevic , quienrechazab a por igual a serbios y hú ng aros , defe nd iend o laexigenc ia de un Estado pu ram ent e c roa ta . No ob s tante , en sumás amplia expresión, se t ra taba de un movimientoclaramente yugoslavo, que defendía la causa común de serbiosy croatas f rente a las inst i tuciones del im perio austro -hún garoentre 1868-1914.*7

E n s u o b r a La fragmentación de Yugoslavia/ Una visión en

perspectiva, la p r o f e s o r a C a t h e r i n e S a m a r y l o g ra u n a b u e n ar e f u t ac ión de l a t e s i s de l a a r t i f i c ios idad de Yugos l av ia :

El proyecto yugoslavo tiene múltiples raíces y razones de ser.Nació en el siglo XIX, en el seno de un sector de laintelligentsia, m ayorm ente c roa ta , frente a las opres ion esexper imentadas por los pueblos eslavos del sur y comoresistencia a éstas. Ten ía dimen siones cu l turales (m ovim ientos

de unificación lingüística) y políticas. En un comienzo seexpresó en el ilirismo (movimiento que se remite a la ef ímeraagrupación de las provincias bajo el dominio de Napoleón,en tre 1809 y 1813 , a expensas de Au str ia y Venecia) ; enaquella ocasión, e l m ovim iento tenía por objet ivo re unir a loseslavos (croatas, eslovenos, serbios de Voivodina, eslavos deBosnia -Herzegovina) , dom inado s po r e l imp er ioaus t ro-húng aro, con un pos ible es ta tuto de autonom ía . Acom ienzos d el s iglo XX, el prest igio polí t ico y económ ico del

reino serbio, independiente en aquel entonces, dio fuerza a laidea de la unión de los eslavos del sur en un mismo Estado.La gu er ra mu ndia l de 1914-1918 provocó e l hu nd im iento delos imper ios o to m an o y aus t ro-húngaro, que dom inaba n laEu rop a central y balcánica. Este he cho perm it ió qu e, a l acabarel conflicto, se constituyes e, con el favor de las gra nd es po tenc ias, elpr im er E stado d e los Eslovenos, Serbios y Croatas (qu e en 1929tom a el no m br e de Yugoslavia) . Este nuevo Estado perm it ióreun irse con sus com patr iotas a los serbios que se habían refugiado

en los confines (en las fronteras llamadas krajina) del imper io

17 Emilio deDiego García,op . cit., p. 29.

Page 47: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 47/180

josé maría laso prieto 4 5

aus t ro-húngaro , huyen do del dom inio o toma no. Bajo eldom inio aus t ro-hún garo , los es lovenos estaban amen azadosde germ aniza ción y los croatas , de m agiar ización (de magiares,

no m bre é tn ico de los húnga ros ) . No habían pod ido cons t i tu i run Estado independiente en el s iglo XIX. La reunión de lospueblos es lavos era, pues , su medio para poder af irmar suident idad . Dicho de o t ro modo, la resistencia a las opresiones

extranjeras fue un ingrediente esencial de la cohesión yugoslava.18

sos.

P r o n t o , e l p r i m e r E s t a d o y u g o s l av o , s u r g i d o e n 1 9 1 8 ,d e c e p c i o n ó a l o s p u e b l o s e s l a v o s q u e h a b í a n c o n t r i b u i d o a s uf o r m a c i ó n . L a p r i m e r a Y u g o sl av i a q u e d ó r á p i d a m e n t e

d o m i n a d a p o r u n a m o n a r q u í a s e r b i a —la d e la d i n a s t í aK a r a g e o r g e v i t c h — c e n t r a l i s t a y d i c t a t o r i a l , q u e c o n t r a d e c í a l a sa s p i r a c i o n e s p o p u l a r e s f e d e r a l i s t a s . A d e m á s , e l r é g i m e nm o n á r q u i c o n e g a b a s u ¡ d e n u d a d a o t r o s p u e b l o s q u e n ofues en - lo s s e rb ios , lo s e s lo ven os y lo s c roa ta s (o s ea , a lo sm a c e d o n i o s , m o n t e n e g r i n o s , b o s n i o s y a l b a n es e s ) . H a s t a1 9 3 9 , l a s s u b d i v i s i o n e s i n t e r n a s d e l t e r r i t o r i o e r a n s ó l o d en a t u r a l e z a a d m i n i s t r a t i v a . L a ú l t i m a r e f o r m a d e 1 9 3 9 f u e u n ae f í m e r a r e s p u e s t a a l a s a s p i r a c i o n e s c r o a t a s , a l i n s t i t u i r u n a

B a n o v i n a b a s t a n t e m a y o r q u e l a r e p ú b l i c a c r o a t a a c t u a l . P o re l l o n o p u e d e s o r p r e n d e r q u e u n a d e l a s r a z o n e s d e l é x i t o d e lE j é r c i t o d e L i b e r a c i ó n N a c i o n a l , d i r i g i d o p o r Tito c o n t r a l o so c u p a n t e s n a z i fa s ci s ta s y s u s a l i a d o s y c o l a b o r a d o r e s i n t e r n o s ,f u e s e e l n í t i d o p l a n t e a m i e n t o f e d e r a l i s t a d e l a Y u g o s l a v i al i b e r a d a . T a l p o s i c i ó n f e d e r a l i s t a s u p o n í a l a p l e n a i g u a l d a d d et o d a s la s n a c i o n a l i d a d e s i n t e g r a n t e s d e l f u t u r o E s t a d of e d e r a l . E s t a c o n c e p c i ó n l o g r ó su e x p r e s i ó n j u r í d i c a e n l aC o n s t i t u c i ó n p r o m u l g a d a e l 3 1 d e e n e r o d e 1 9 4 6 . C o m o b i e np r e c i s a el p r o f e s o r E m i l i o d e D i e g o ,

En el la quedaba reconocida la divers idad y plural idad denacional idades , cuyos miem bros co incid ían en un conc eptode per ten encia super ior : e l de c iudadano^ P or con s iguien te ,todos los habi tan tes eran yugos lavos, pe ro s imu l táneam entese les recon ocía el hec ho diferencial de ser croatas , serbios ,es lovenos , bosnios m onten egr inos o mace donios , pues laYugoslavia federal se articulaba sobre las seis repúblicas

correspondientes a tales nacionalidades . Hasta la variadaprocedencia de los dir igentes del Estado que se creaba: Tito

18 Catherine Samary,La fragmentación deYugoslavia/ Unavisión en perspectiva,TaJasa Ed iciones,

Madrid, 1993,pp. 37 y 38 .

Page 48: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 48/180

46 ensayos

(croata), Kardelj (esloveno), Rankovic (serbio) . . .parecíaratificar su carácter nac ional . Q ue da ba el pro blem a de lasmino rías no es lavas: hún garo s , de Voivodina; y albaneses , d e

Kosovo. Por ello a estas dos regiones se les otorgó lacons iderac ión de provincias autónomas unidas a Serbia. Unamodif icación poster ior l levaría a reconocer como pueblo (oetnia, no obs tante su or igen es lavo) a los m usulm anes deBosnia en 1968.. . La Consti tución d e 1946 trataba d egarantizar las cond iciones suficientes pa ra arm onizar laconvivencia d e los yugoslavos. To do s los pueblos tend rían losmism os dere cho s, y no sólo polí ticos , s ino también culturales .Cad a u no d e el los podría ut i l izar y ense ñar of icialmente su

propia lengua, inc luso los maced onios , que emp ezaron adesarrollar la a pa rt ir de en tonc es so bre los dialectos locales .En algunos casos , el resultado fue cuando menos l lamativo,com o en Voivodina , dond e pod ían em plearse seis lenguas :húngaro, ucraniano, es lovaco, rumano y las dos variantesescritas del serbo cro ata . En su afán de evitar cua lquie r fisuraent re Serbia y Croacia, no pod ía men cion arse, of icialmente, elt é rmino lengua serbia o lengua croata, sino lengua serbocroata,

como algo único.19

El g ran avance , en e l s en t ido de s a t i s f ace r l a s a s p i r ac ionesd e t o d a s l as n a c i o n a l i d a d e s y m i n o r í a s n a c i o n a l e s , q u e s u p u s ol a C o n s t i t u c i ó n f e d e r a l y u g o s l a v a d e 1 9 4 6 , e n r e l a c i ó n c o n l aC o n s t i t u c i ó n m o n á r q u i c a c e n t r a l i s t a d e 1 9 2 1 , f u ep r o f u n d i z a d o t o d a v ía m á s c o n la d e n o m i n a d a L e yC o n s t i t u c i o n a l s o b r e lo s F u n d a m e n t o s d e la O r g a n i z a c i ó nS o c i a l y P o l í t i c a d e l a R e p ú b l i c a F e d e r a t i v a P o p u l a r d eY u g o s l a v i a y l o s Ó r g a n o s F e d e r a l e s d e l P o d e r , p r o m u l g a d a e l

1 3 d e e n e r o d e 1 9 5 3 y q u e es e l e q u i v a l e n t e d e u n a n u e v aC o n s t i t u c i ó n . E s t e a c t o f u n d a m e n t a l r e c i b ió s u c o m p l e m e n t on a t u r a l c o n l a s l e y e s c o n s t i t u c i o n a l e s d e l a s r e p ú b l i c a sf e d e r a d a s , q u e f u e r o n p r o m u l g a d a s d e s p u é s y e s t á nc o n f o r m a d a s e n s u s p r i n c i p i o s .2 0

A u n q u e e l p r o c e s o d e d e s c e n t r a l i z a c i ó n d e Y u g o s l a v i ac o n t i n u ó a v a n z a n d o , e n l as d é c a d a s d e lo s s e s e n t a y s e t e n t a ,c o n f o r m e a l e s p í r i t u d e l a C o n s t i t u c i ó n d e 1 9 5 3 , n o p o r e l l oc e s a r o n l a s p r e s i o n e s n a c i o n a l i s t a s , p a r t i c u l a r m e n t e l a s d e l o s

r a d i c a l e s c r o a t a s y l as d e l o s a l b a n e s e s d e K o s o v o . L o s c r o a t a ss e q u e j a r o n d e l o q u e c o n s i d e r a b a n p o s t e r g a c i ó n s i s t e m á t i c a

19 Emilio de DiegoGarcía, op. cit., pp.47 y 49 .

20

Jovan Djordjevich,op. cit., p. 49.

Page 49: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 49/180

josé maría laso prieto 47

d e s u l e n g u a e s c r i t a , a d u c i e n d o q u e l o s t e x t o s o f i c i a l e s d e u s oc o m ú n a p a r e c í a n s i e m p r e e n v e r s i ó n s e r b i a , e s d e c i r ,u t i l i zando e l a l f abe to c i r í l i co . En Kosovo , l a p res ión

n a c i o n a l i s t a a l b a n e s a , d e r i v a d a d e q u e su m a y o r f e c u n d i d a di n c r e m e n t a b a s u m a y o r í a l o c a l , e x i g í a q u e e s a r e g i ó na u t ó n o m a s e c o n v i r t i e s e e n r e p ú b l i c a f e d e r a t i v a . E l l o o r i g i n óu n a f u e r te r e a c c i ó n s e r b i a , y a q u e K o s o v o e r a c o n s i d e r a d ac o m o l a c u n a h i s t ó r i c a d e l p u e b l o s e r b i o y , e n s u f a m o s oC a m p o d e l o s M i r l o s t u v o l u g a r , e n 1 3 8 9 , s u d e r r o t ad e f i n i t i v a a n t e l a s f u e r z a s o t o m a n a s , q u e p r o l o n g ó d u r a n t es i g l o s s u d o m i n a c i ó n p o r l o s t u r c o s .

E s t a s p r e s i o n e s n a c i o n a l i s t a s , y l a p r e o c u p a c i ó n p o r l a y a

p r e v i s ib l e d e s a p a r i c i ó n d e l f a c t o r a g l u t i n a n t e q u e s u p o n í a l ap e r s o n a l i d a d c a r i s m á t i c a d e Tito, l l e v a r o n a l a p r o m u l g a c i ó nd e l a C o n s t i t u c i ó n d e 1 9 7 4 . E s t e t e x t o l e g a l c o n s t i t u y ó , d eh e c h o , u n g r a n p a s o h a c i a l a c o n f e d e r a c i ó n d e Y u g o s l a v i a . S us ig n i fi c a ci ó n e s c l a r a m e n t e s i n t e ti z a d a p o r C a t h e r i n e S a m a r y :

Los dir igentes comunistas yugoslavos eran pragmáticos en lacuestión nacional, pues para ellos lo esencial era la cuestióndel po de r pol í t ico. Éste sólo lo pod ían conservar sobre la base

de un p oder federativo que negara la supremacía serbia de la

primera Yugoslavia. Cosa que hiciero n y hoy les rep roc ha n losnacional is tas serbios . Pe ro esto se hizo en la forma decombinación de la extensió n d e dere cho s con la fal ta d eplural ism o p ol í t ico y el sofoca mien to de los conflictos; la"amistad entre los pueblos" era, al mismo t iempo, mito yreal idad —así co m o d ur an te la gu erra se habían da do a la vezla fraternida d del com bate mu lt iétnico ant i fascis ta y lasmatanzas interétnicas—. El nacionalismo (sus canciones, sussímbolos, su memoria) fue reprimido y su expresión,

prohibida. Pero el lo no impidió que los derechos nacionalesfuesen reconoc idos cada vez en mayor me dida .

Y , e n t r a n d o y a d e l l e n o e n l a r e f o r m a c o n s t i t u c i o n a l d e1 9 7 4 , S a m a r y p r e c i s a :

A medida que aumentaban las pres iones t endentes a reforzarla sob eran ía de las repúbl icas y de las provincias au tón om as,el régim en se con fede raba . La úl tima con st i tución, la de 1974,

e labora da en v ida de Tito por el teórico principal del régimen,

B A L K A N

S . O . S .

Page 50: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 50/180

4 8 ensayos

Edv ard Kardel j (un esloveno), inst i tuyó formas de direcc ióncolegiada (incluso en el Estado Mayor del ejército). Lasrepúbl icas y provincias estaban re pre sen tada s a partes iguales;es deci r , inde pen dien tem ente d e su fuerza nu mérica , conro tación d e la pres idencia cada añ o y dere cho a l ve to .D ura nte la déc ada d e los setenta, los congre sos de lasrepúbl icas y de las provincias se reun ían a ntes qu e los de laFederación; las competencias económicas se descentral izaron;los der ech os cul turales y las repre sentac iones étnicas sehicier on extensivas, espec ialmen te a los albaneses de K osovo,que durante t an to t i empo habían s ido repr imidos . Laprovincia, dotada no sólo de escuelas s ino también de unauniversidad en lengua albanesa, pudo desarrol lar relaciones

directas con su vecina Albania. Las dos provincias de Serbia(Voivodina y Kosovo) tenían rep resen tación directa en laPresidencia federal , con derecho a veto como las repúbl icas(derecho que Slobodam Milosevic, di r igente serbio, atacará enla segunda mitad de la década de los ochenta) . En otraspalabra s , la sobe ranía serbia en la Repúb l ica Serbia seterminaba en las fronteras de las provincias autónomas deVoivo dina y Kosovo . Pe ro la dim ensión m ulüétnic a de lasrepúbl icas , en las qu e coexist ían sobre t od o croatas y serbios ,

se reconocía también expl íci tamente en la Const i tución bajo

otras formas: Bosnia-Herzegovina era Estado de t res pueblos:serbios , croatas y musulm ane s (eslavos is lamizadosreconocidos com o etn ia) . Lo m ismo ocurr ía (an tes de laConst i tución de 1990) en Croacia, Estado del pueblo croata,del pue blo serbio en Croa cia y de las nacional idades (m inoríasnacionales) que viven en su terr i torio. 2 1

Y u g o s l a v i a n o e r a , p o r t a n t o , u n a " c á r c e l d e p u e b l o s " , y e n

s u p r o c e s o d e d e s i n t e g r a c i ó n n o p e s ó n i n g u n a d i s c r im i n a c i ó na n a c i o n a l i d a d e s o m i n o r í a s n a c i o n a l e s .

U n f a c t o r q u e s í h a p e s a d o e n t a l d e s i n t e g r a c i ó n h a s i d o e ld e l a c r i s i s e c o n ó m i c a q u e e n l o s ú l t i m o s a ñ o s t u v i e r o n q u es o p o r t a r l o s y u g o s l a v o s . Y n o d e b i d o a q u e e l s i s t e m a d eautoges t ión socia l i s ta fuese inv iab le o inef icaz . La in t roducciónd e t a l s i s t e m a f u e u n a c o n s e c u e n c i a d e l a r u p t u r a e n t r e l aY u g o s l a v ia so c i a li s ta y e l b l o q u e d e e s t a d o s h e g e m o n i z a d o s

p o r la ex U R S S , q u e s e h i zo pú b l i ca en 1948 . As í , e l 26 de 21 Catherine Samary,

j u n i o d e 1 9 5 0 s e p r o m u l g ó u n a le y q u e p o n í a e n m a n o s d e op . cit., pp. 43 y 44.

Page 51: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 51/180

josé maría laso prieto 4 9

los t r aba j ador e s l a d i r ecc ión de todas l a s empr esa s económicas .E l p r i n c i p i o d e a u t o g e s t i ó n d e l C o n s e j o d e T r a b a j a d o r e s s ee x t e n d i ó v i r t u a l m e n t e a t o d o s l o s g r u p o s , i n c l u y e n d ounivers idades , escue las , hospi ta les , se rvic ios c ivi les , t r anspor tes ,

c o m e r c i o e x t e r i o r , e t c é t e r a . E n t o d a s l a s e m p r e s a s , f á b r i c a s yt a ll e r es se e l eg í an los Conse jos d e T r aba jado r e s cada d os añ os , yl a l e y l e s d a b a s u f i c ie n t e p o d e r p a r a ll e v ar l a a d m i n i s t r a c i ó ni n t e r n a , c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o , d i s t r i b u c i ó n d e l c a p i t a l yr e n t a , a s í c o m o p a r a d e c i d i r q u é p r o d u c t o s c o r r e s p o n d í a n ac a d a e m p r e s a y c ó m o y c u á n d o l o s d e b í a n c o m e r c i a li z a r . E s t ep r i n c i p i o fu e c o n s a g r a d o e n la C o n s t i t u c i ó n d e 1 9 5 3 e nd i v e r s o s a r t í c u l o s . D e e s t a f o r m a , e l a r t í c u l o 4 p r o c l a m a : " L ab a s e d e l s i s t e m a e c o n ó m i c o y s o c ia l d e Y u g o s l a v i a e s t á

c o n s t i t u i d a p o r e l t r a b a j o e n c o m ú n m e d i a n t e l o s m e d i o s d ep r o d u c c i ó n d e l a c o m u n i d a d , a s í c o m o l a a u t o g e s t i ó n d e l o st r a b a j a d o r e s e n t o d o s l o s p l a n o s d e l a p r o d u c c i ó n y e n e lr e p a r t o d e l p r o d u c t o s o c i a l e n e l o r g a n i s m o d e t r a b a j o y e n l ac o m u n i d a d so c ia l" .2 2 E n s u a n á li s is d e la p o s g u e r r a y u g o s l a v a ,e l h i s t o r i a d o r P h y l l i s A u t y r e c o n o c í a q u e

Un cu adro d e conjunto indicaba que desde 1945 había habidoun au m en to sustancial del nivel general d e vida, qu e se hacía

pate nte s obre to do e n las zonas t radicional m ente másatrasadas. Yugoslavia había sop ortad o u na revolucióneconóm ica que la es taba t ransforman do rápidam ente en unEstado m od er no ind ustr ia l izado. . . Yugoslavia ha tenid o u níndice muy rápido de c rec imiento económ ico y un a mejorasustancial del nivel de vida. A pesar de sus importantesdeu das con el exter ior y de un a balanza de pagos adversa,Yugoslavia estaba en 1966 en m ejor si tuación económ ica q ueen cualquier o tro añ o antes de la gue rra . Esto influyó

pro fun dam ente en la act i tud del pueblo bajo f rente a losmuchos problemas polí t icos que continuaban por resolverse.Era un elem ento estabi l izador en la vida nacional , pu esto qu ela gente estaba ansiosa por conservar las mejoras materialesqu e tan caras le habían costado .2 3

E s tos éx i tos de l a au toges t ión soc i a l i s t a yugos l ava a l canzant o d a v í a u n a m a y o r s i g n i fi c a c ió n si s e s i t ú a n e n u n ap e r s p e c t i v a c o m p a r a t i v a . A sí , s e g ú n el p r o f e s o r B r a n k o

H o r v a t :

22 Phyllis Auty, "Laposguerra", envarios au tores, Brevehistoria de

Yugo slavia, op. cit.,

p. 263.

25/Wíi. ,pp.273y274.

Page 52: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 52/180

5 0 ensayos

Entre 1952 y 1956, el retraso en el desarrollo de Yugoslavia seredujo, en comparación con Francia, de 130 a 53 años; encom para ción con Bélgica, de un s iglo a 43 años; encomparación con Suecia, de 90 a 44 años; en comparacióncon Italia, de medio siglo a una década.. . De ello se deduceque el retraso frente a la Europa Occidental se redujo a pocomás de una generac ión . T om an do en cuenta las tasas mediasde crecimiento de Yugoslavia y Europa Occidental , eracuestión de s imple ar i tmética deducir la fecha en quealcanzaríam os el nivel de la úl t ima. Algo que cier ta m entedebe r ía haberse pro duc ido en e l curso de mi generac ión .2 4

S i n e m b a r g o , c o m o r e c o n o c e e l p r o p i o B r a n k o H o r v a t ,u n o d e l o s m e t o d ó l o g o s d e l a O f i c i n a d e P l a n i f i c a c i ó nF e d e r a l d e Y u g o s l a v i a :

Au togestió n o bre ra viene a s ignificar q ue los trabajadoresescogen a sus gestores y conducen a sus empresas de formaindepend ien te . En un p r imer momen to , no s e comprend ióenteramente que la independencia económica conl leva e lmercado. Gradualmente , es to te rminó por quedar c laro . Eldesarrollo del mercado implica también la desregulación. En1960, cerca de 60% de los precios era l ibrementedet erm inad o p or e l merca do . . . En 1961 se in ten tó unaliberal ización radical , pr imordialmente en la esferaeconómica . La burocrac ia gubernamenta l , ignorante de laec ono m ía y no familiarizada en lo absoluto con elfuncionam iento del me rcado , prepa ró la reforma del vie jom od o adminis t ra t ivo , s in buscar asesoramien to profes ional .Se t ra taba de un m and ato de gob ierno . Sin emba rgo , ya noera la vieja economía adminis trat iva. Se había convert ido enuna economía de mercado y reaccionaba en forma bas tan teviolenta a medidas inadecuadas . La tasa de crecimiento cayórepentinamente. A la clase polí t ica le entró pánico. Despuésde dos intentos , el aparato del Estado fracasó en su intento deconseguir una explicación aceptable. . . Mientras tanto, se habíaelegido un nuevo gobierno. Se olvidaron las lecciones de losan tig uo s fracasos y la refo rm a libe rali zad ora se re pitió en1965, sólo que en forma más radical. La planificación fueabandonada. El ún ico ins t rumento pol í t ico impor tan tecon ocid o y aplicado era la polí tica m one tar ia res trict iva. .. En

24 Branko Horvat,"Caprichos d e laeconomíayugoslava", enCuadernos del Este,

núm . 5, Madrid,1992, pp. 12 y 13.

Page 53: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 53/180

jasé maría laso prieto 5 1

medio del fervor l iberal izado^ se abolió el anter ior impuestosob re los ingresos extras y los sindicatos dejaron de tom arpa r te en la de term ina ció n de los salar ios. Pue sto qu e los t ipos

de interés estaban bajos o eran negat ivos, e l resul tado era denuevo previsible . La reforma se proyectó de ta l manera quedejara toda la acumulación en las empresas, para que lasdec is iones de invers ión pudie ran a dop tar se de formaau tón om a y se reduje ra la dep end enc ia respec to a los bancos .Los sa la r ios con t inuaro n c rec iendo rápida me nte , pese a quela tasa de crec im iento del PNB cayó de form a d rást ica . Lasempresas senci l lamente usaban la nueva forma deacumulación disponible para f inanciar los aumentos

salaria les. A f ines del per io do , la acumulación estaba ag otada,la inversión era de nue vo f inanciada po r los préstam osbanc ar ios y los au m en tos salar iales adicionales prov ocab anpermanentes presiones inf lacionar ias. En 1968 se le pidió a miIns t i tu to que pre parara para e l Co mité Cent ra l de l Par t ido uninforme sobre la s i tuación económica del momento y lasfallas de la reforma. Mi previsión de que la política adoptadallevaría a la inflación ofendió a los ministros presentes, queproc lamaron que e ra una verdad a medias . Como deco stum bre , e l consejo fue recha zado . Al año sigu iente , losprecios comenzaron a subir, tal y como se refleja en losprec ios de l com erc io al m enu deo . E l impac to pe t role ro de1973 elevó los aum ent os m edios d e los precios a 20% an ualen los siguientes och o año s. La inf lación se había con ver t idoen permanente . La cr isis de la deuda externa que siguióempujó la tasa de inf lación en sent ido ascendente , hasta un56% anual . El deter ioro económico general izado aceleró lainf lación du ran te los t res años siguientes. El proc eso term inóen hiper inf lación en 1989. Una radical reforma monetar iaestabil izó los precios l igeram ente en 1990 y se proced ió a laconver t ibi l idad de la moneda, mientras e l PNB caíadrás t icam ente . Al año siguiente , esta l ló la gu erra c ivil .25

A s í, e n Y u g o s l a v ia , a l i g u a l q u e lo s u c e d i d o a n t e r i o r m e n t een l a ex URSS, l a e c los ión de l a c r i s i s e conómica hac o n t r i b u i d o a e x a c e r b a r la s t e n s i o n e s n a c i o n a l i st a sd i s g r e g a d o r a s . C o n c a r á c t e r g e n e r a l , e n t a l e s s i t u a c i o n e s s e

t i e n d e a l e s c a p i s m o d e l a s o l u c i ó n i n s o l i d a r i a . E n e l c a s oc o n c r e t o d e l d e s e n c a d e n a m i e n t o d e l p r o c e s o d e *5Ibid.,pp. 15 y 16.

Page 54: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 54/180

52 ensayos

d e s i n t e g r a c i ó n d e Y u g o s l a v i a , u n f a c t o r r e l e v a n t e l o h ac o n s t i t u i d o e l h e c h o d e q u e E s l o v e n i a y C r o a c i a h u b i e s e na l c a n z a d o u n n i v e l d e d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o m u y s u p e r i o r a l

o b t e n i d o p o r l a s d e m á s r e p ú b l i c a s i n t e g r a n t e s d e Y u g o s l a v i a .D e a h í q u e c r o a t a s y e s l o v e n o s c re y e s e n q u e o b t e n d r í a nb e n e f i c i o d e u n a p r o b a b l e i n d e p e n d e n c i a . S u a c t i t u di n s o l i d a r i a n o t o m a b a e n c u e n t a l a a p o r t a c i ó n q u e l o sp u e b l o s d e la s d e m á s r e p ú b l i c a s y u g o sl a v as h a b í a n r e a l i z a d op a r a q u e e l l o s h u b i e s e n a l c a n z a d o u n n i v e l e c o n ó m i c os u p e r i o r . E s e p r o c e s o h a s id o as í s i n t e t i z a d o p o r E m i l i o d eDiego:

Por un t iempo pareció posible aquella dif íci l sociedad dehom bre s l ib res, de naciones l ib res , pero la au tonom íacrec iente d e las dis t intas repúblicas , más o m eno sacomodadas a l modelo au toges t ionar io , redundaba en undesequil ibr io interno cada vez más acusado. Así , mientras queen 1950 la renta p er cápita de las region es po bres equivalía a6 5 % de las más ricas, en 1971 llegaba a 50%. La disparidad encuanto a !a disponibil idad de factores básicos de producciónen cada repúbl ica ( recursos na tura les , hum ano s , tecnológicos,

financieros, etcé tera ) se tradu jo en un desfase crec iente e nt reCroacia y Eslovenia, por u n lado; y Kosovo y M on ten egr o, po ro t r o . Un a imp or tan te am enaza , s in duda, para la convivenciafutura en el deseado plano de igualdad. Las medidasado ptad as p ara correg ir las diferencias no tuvieron é xito. Elfondo de ayuda consti tuido desde 1965 para socorrer a lasrepúblicas y provincias más pobres no evitó el aumento deldesequil ibr io. Las desigualdades de productividad y de rentape r cápita^entre Eslovenia y Kosovo, por ejem plo, resultab ancada vez^riiás ab rum ad ora s . En es te am bien te, losdes con ten tos r ec íp rocos encue n t r an s i empre cam po abon ado .Para los má s desar ro l lados su contr ibu ción su per ior enbenef ic io de l res to acaba parec iendo u n agravio ins opor tab ley, ade m ás, al no servir tales fondos pa ra re ducir dis tancias , seveían com o un despi l farro inú t il tend ent e a perpe tuarse s inn ing ún sen t ido . La sensación de que los dem ás se ma nt ien ena su costa se abre camino fácilmente. Pero, en el extremoopuesto, los menos favorecidos consideran su s i tuaciónproducto de la injust icia enraizada en un pasado más o menosp róx im o que ha des encaden ado e l en r iquec imien to de

Page 55: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 55/180

josé maría laso prieto 5 3

aquél los en det r im ento p ropio , y toda acc ión com pensator iase les antoja siempre insuficiente.26

T o d o e l l o h a c o n t r i b u i d o a q u e e l E s t a d o y u g o s l a v o n o

h a y a r e s i s t i d o a l a s f u e r za s d i s g r e g a d o r a s . E n e s e s e n t i d o ,t i e n e r e l e v a n c i a e l c a s o d e S e r b i a , q u e s e e n c u e n t r a e n u n as i t u a c i ó n i n t e r m e d i a e n t r e l os n i ve l es e c o n ó m i c o s d eE s l o v e n i a y K o s o v o . L o s n a c i o n a l i s t a s s e r b i o s s i e m p r e s ec o n s i d e r a r o n p e r j u d i c a d o s p o r l a o r i e n t a c i ó n d e Tito,

t e n d e n t e a i g u a l a r l os d e s n i v e le s e c o n ó m i c o s e x i s t e n t e s e n t r el as d i f e r e n t e s r e p ú b l i c a s . E l d e s c o n t e n t o s e r b i o s e e x p r e s ói n i c i a l m e n t e e n u n M e m o r i a l d e l a A c a d e m i a d e C i e n c i a s d eS e r b i a , p u b l i c a d o e n 1 9 8 6 . S e g ú n t a l i n f o r m e , l a d e g r a d a c i ó n

e c o n ó m i c a y s o ci a l q u e s e e s t a b a p r o d u c i e n d o e n Y u g o s la v iae r a c a u s a d a p o r l a e x c e s i v a d e s c e n t r a l i z a c i ó n e c o n ó m i c a yp o l í t i c a , q u e h a b í a r e d u c i d o e l p a í s a u n a s e r i e d e microcosmos

i n s u f i c ie n t e m e n t e p r o d u c t i v o s , p r á c t i c a m e n t e i n c o m u n i c a d o sy g e s t i o n a d o s e n m e d i o d e u n e n o r m e c a o s. T o d o el lo h a b í ap e r j u d i c a d o e s p e c i a l m e n t e a S e r b i a . A p a r t i r d e t a ld i a g n ó s t i c o , l a r e a c c i ó n d e l o s s e r b i o s f u e e n c a b e z a d a p o rS l o b o d a m M i l o s e v i c , l í d e r d e l a L i g a C o m u n i s t a e n S e r b i a .M i l o s e v i c c e n t r ó s u s a t a q u e s e n l a C o n s t i t u c i ó n d e 1 9 7 4 , q u e ,

d e h e c h o , h a b í a c o n f e d e r a d o a Y u g o s l a v i a . S e g ú n é l , l ad i v i s i ó n t e r r i t o r i a l i m p u e s t a p o r Tito h a b í a p e r j u d i c a d og r a v e m e n t e a S e r b i a . F a l l e c i d o el m a r i s c a l y c r i t i c a d o s ul e g a d o p o r l o s n a c i o n a l i s t a s c r o a t a s y e s l o v e n o s , h a b r í al l egado la ho ra de reconstruir l as f ron te r as s e rb ia s , com en za nd op o r la s z o n a s d e m a y o r c o n fl i c ti v i d a d . Y é s t a s s e c e n t r a b a n e nla s p r o v i n c i a s d e K o s o v o y V o i v o d i n a , a n t e r i o r m e n t es u b o r d i n a d a s a l a R e p ú b l i c a d e S e r b i a , p e r o q u e c o n l aC o n s t i t u c i ó n d e 1 9 7 4 h a b í a n a d q u i r i d o r e p r e s e n t a c i ó n e n l a

P r e s i d e n c i a f e d e r a l y d e r e c h o d e v e t o .En e l cas o de Kos ovo —es pec ia lmen te s ens ib le pa ra lo s

s e r b i o s , p o r e n c o n t r a r s e a l l í l a c u n a d e s u n a c i o n a l i d a d yc u l t u r a — , e l p r o b l e m a s e a g r a v a b a , p o r l a m a y o r f e c u n d i d a dd e l a i n i c i a l m i n o r í a a l b a n e s a , q u e c o n l o s a ñ o s l a h a b í ac o n v e r t i d o e n m a y o r i t a r i a e n l a p r o v i n c i a . E n l a m e d i d a e nq u e t a l m i n o r í a f u e c r e c i e n d o , a u m e n t ó s u m a l e s t a r p o r l as u b o r d i n a c i ó n h a c i a S e r b i a , q u e s e h a b í a m a n t e n i d o h a s t a1 9 7 4 , y t o d o e l l o o r i g i n ó d i v e r s a s m a n i f e s t a c i o n e s e i n c i d e n t e s

an t i s e rb ios . E l lo h izo que , a s u vez , lo s s e rb ios s e cons ide ras en

26 Emilio deGarcía, op.

52 y 53 .

Diegocit., pp.

Page 56: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 56/180

5 4 ensayos

a m e n a z a d o s e n s u p r o p i o s o l a r h i s t ó r i c o y r a d i c a l i z a s e n s up o s i c i ó n a n t i a l b a n e s a . C o m o c o n s e c u e n c i a , f u e c r e c i e n d o l at e n s i ó n e n t r e a m b a s c o m u n i d a d e s é t n i c a s y , a p a r t i r d e fin esd e la d é c a d a d e l o s s e t e n t a , s e p r o d u j e r o n d i v e r so s i n c i d e n t e s

v i o l e n t o s . T a l e s i n c i d e n t e s r e v i s t i e r o n y a f o r m a t e r r o r i s t a ap a r t i r ' d e m a r z o d e 1 9 8 2 , d a n d o l u g a r a u n a r e p r e s i ó n n om e n o s v i o l e n t a d e la s a u t o r i d a d e s s e r b ia s . D e s p u é s s es u c e d i e r o n m a n i f e s t a c i o n e s c o n t r a p u e s t a s , d e c a r á c t e rm u l t i t u d i n a r i o , d a n d o l u g a r a u n a s i t u a c i ó n d e e m e r g e n c i a ,q u e a c r e c e n t ó e l p o d e r d e M i lo s e v ic . A c o m i e n z o s d e 1 9 8 9 , e lp r o y e c t o d e M i l o s e v i c p a r a l a r e u n i f i c a c i ó n d e S e r b i a — d eh e c h o , p a r a s e n t a r l o s c i m i e n t o s d e u n a G r a n S erb ia —m e d i a n t e r e f o r m a s c o n s t i t u c i o n a l e s c r is t al iz ó . L a s e n m i e n d a s

a l a C o n s t i t u c i ó n d e S e r b i a , y a c l a r a m e n t e d o m i n a d a p o r e la l a r a d i c a l d e l n a c i o n a l i s m o s e r b i o , e l i m i n ó d e h e c h o l aa u t o n o m í a d e K o s o v o y V o i v o d i n a . L a s a u t o r i d a d e s d e S e r b i aq u e d a r o n a s í f a c u l ta d a s p a r a i m p o n e r s u s l ey e s y r e g l a m e n t o se n a m b a s p r o v i n c i a s a u t ó n o m a s , c o n e l f i n d e g a r a n t i z a r l o sd e r e c h o s d e l o s s e r b i o s y , d e p a s o , p a r a i n v a l i d a r l a s n o r m a sa d o p t a d a s p o r la s i n s t i t u c i o n e s p r o v i n c i a l e s y l o c a l e s q u e , a s aj u i c i o , n o s e a d a p t a s e n a l a l e g i s l a c i ó n d e l a R e p ú b l i c a .

C o i n c i d i e n d o c o n e s t a r e g r e s i ó n c o n s t i t u c i o n a l , l a s

a u t o r i d a d e s s e r b i a s t r a t a r o n d e c o r r e g i r e l d e s e q u i l i b r i oé t n i c o d e K o s o v o . S e d e c r e t a r o n m e d i d a s p a r a f o rr Atar e le s t a b l e c i m i e n t o d e p o b l a c i ó n s e r b i a , o f r e c i e n d o i n c e n t i v o s e nl o s c a m p o s l a b o r a l , d e l a v i v i e n d a y d e l a e d u c a c i ó n . P o r e lc o n t r a r i o , p a r a e v i t a r q u e s e r b i o s y m o n t e n e g r i n o s y ar e s i d e n t e s a b a n d o n a s e n K o s o v o , s e l e s p r o h i b í a v e n d e r s u sb i e n e s a l o s a l b a n e s e s . S i m u l t á n e a m e n t e , e n l a s e m p r e s a so f ic ia le s s e r e c h a z a b a s i s t e m á t i c a m e n t e t o d a p e t i c i ó n d ee m p l e o p o r p a r t e d e e s t o s ú l t i m o s . C o m o c o l o f ó n , p a r a

p r o c l a m a r o s t e n s i b l e m e n t e l a p e r t e n e n c i a d e K o s o v o aS e r b i a , m á s d e u n m i l l ó n d e s e r b i o s s e c o n c e n t r a r o n e l 2 8 d ej u n i o d e 1 9 8 9 e n e l c é l e b r e C a m p o d e l o s M i r l o s , e n e l q u es u s a n t e p a s a d o s h a b í a n s i d o v e n c i d o s 6 0 0 a ñ o s a n t e s p o rl o s t u r c o s . U n a d e r r o t a y u n l u g a r c o n s i d e r a d o s , a p e s a r d et o d o , e m b l e m á t i c o s d e l a e p o p e y a n a c i o n a l s e r b i a . 2 7

L a a c t u a c i ó n s e r b i a e n K o s o v o — qu e s e p o d í a c o n s i d e r a rp r e m o n i t o r i a d e l a r e a l i z a c i ó n d e l p r o y e c t o d e l a G r a nS er bi a— s u s c i t ó a p r e n s i o n e s y t e m o r e s e n la s d e m á s r e p ú b l i c a s

y u g o s l a v a s . S o b r e t o d o e n E s l o v e n i a y C r o a c i a , c a d a v e z m á s 27 # ¿ ¿ ( p p Q I y 82.

Page 57: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 57/180

josé Triaría laso prieto 5 5

decididas a proseg uir p or la vía inde pen den tis ta . Co n e l lo , e lproceso de desintegración de Yugoslavia alcanzó un nivelsuperior, ya que las relevantes minorías serbias en Croacia,Bosnia-Herzegovina, e tcétera , temie ron — basándose e nanteriores experiencias históricas— por su propiasupervivencia . To do e l lo ha con tribu ido a que la RepúblicaFed eral de Y ugoslavia no haya po di do resistir a las fuerzasdisgregadoras . Las consecuencias , en forma de cruentaguerra civil, odios nacionalistas, genocidios, desarticulaciónde la economía, no pueden ser más catas tróficas . Ahora bien,ha s ta el m om e n to nos he mos c e n t ra do funda me n ta lme n te e nlas causas inte rna s de ta l pro ceso de des inte gración. Sinembargo , también han desempeñado un pape l re levan te las

causas externas. En primer lugar, las derivadas del procesoque cu lm inó con la d isoluc ión de l den om inad o b loquesocialista de países de E ur op a cen tral y orie nta l, y en lapro pia de s integrac ión de la ex URSS. La eclos ión nacionalistaen las repúblicas consti tuyentes de la enton ces U niónSoviética sirvió de ejemplo y estímulo para los nacionalismosétnicos d e Yugoslavia y, espec ialm ente, p ar a Eslovenia yCroacia . Ta m bién es t imuló las tenden cias separat is tas lai lusión, crea da m asivamente p or los medios de difusión

occ iden ta les, de que m edian te la indep ende nc ia pod r ían lasrepúblicas separatistas tener acceso fácilmente a la sociedadde consumo occ iden ta l . Complementa r iamente , ladesintegración de Yugoslavia es tam bién co nsecue ncia d e losproce sos de reequil ibrio europeo desencadenados por e lderrumbamiento del bloque del Este y el fin de la guerra fría.

Ni Croacia ni Eslovenia habrían proclamado unila tera lmentesu ind epe nd en cia — sirviendo así de de ton an te pa ra e lcom ienz o de la gu err a civil interyugoslava— d e n o ha be r sido

po rq ue , al servir de ese m od o a los planes de expan sióngermánica , podían contar con e l reconocimiento de la GranAlemania .

Alemania impidió as í que la Comunidad Europea (CE)ejerciese una función mediadora en el conflicto e hizoimposible una polí t ica exterior común de los es tadosinteg rado s en la CE. No m eno s responsab le es e l Estado delVaticano de lo ocu rrido en Yugoslavia . Su reco nocim ientoprematuro de la independencia de Croacia y Eslovenia

pro por c ion a cont inu idad al apoyo que dura n te la segunda

Page 58: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 58/180

56 ensayos

gu erra m und ia l pres tó a los genocidas ustachis croatas.M ientras se man tuviese la integrid ad d e la Rep ública F ederald e Yugoslavia, los nacionalistas serbios —tanto los ciu da da no s

res identes en la Repúbl ica com o las imp or tantes minor íasserbias radicada s en C roacia, Bosnia-Herzegovina, etcé tera,que const i tuyen mayoría en extensos terr i tor ios de esas otrasrepúblicas— estab an dispu estos a m an ten ers e en el pla no dela presió n po l í tica no violenta. Dec larada, y recon ocidain terna c ion alm ente , la inde pen den cia de Es lovenia y Croacia ,la m ino ría serbia de Croacia se creyó con el mism o der ech ode apl icar el pr inc ipio d e la auto dete rm inac ión . De ahí suinsu rrec ción frente a las nuevas au torida des croatas y suproclamación de la República Serbia de Kraj ina. Coherenteco n la nu ev a si tuación es el apoy o qu e obt iene , tan to de lasautoridades de Belgrado, como del ejérci to ex federal .Todavía m ás im pru de nte fue el recono cimien to de laindependencia de Bosnia-Herzegovina. En su terr i tor io sereproduce, a microescala, toda la complej idad étnica,lingüística y cultu ral del co njun to de Yugoslavia, y todavíamás enrevesadamente d is t r ibuida ; empero , también en buenapa r te con cen t rada e n m inor ías c roa tas y serb ias próxim as alos terr i tor io s de sus respect ivas repúblicas, aun qu e a su vez

co m o m inorías étnica s y rel igiosas en su sen o.Declarada la independencia de Bosnia-Herzegovina, todas

las par tes tendie ron , po r razones de supues ta segur idadinte rna , a co m eter las atrocid ade s qu e han sido cali ficadas d elimpieza étnica. Se pro du ce así un a guer ra de todos c ont ratodos en la que es dif íci l encontrar una parte no responsablede a t roc idad es , v io lac iones de los derech os hu m an os , d ea taqu es a los convoyes human i tar ios , e tcé tera . To do e llocom pro bad o cons tan tem ente sobre e l t e r r eno por losobservadores internacionales, a pesar de la existencia de unacam pa ña de in toxicac ión informat iva or ien tada arespon sabil izar exclusivam ente a los serbios.

Conclusiones

D el análisis realizado de las causas in terna s y externas qu ehan engen drad o el proceso de desintegración de Yugoslavia,y sus conse cuen cias bélicas ulteriores, se dedu ce su

Page 59: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 59/180

Page 60: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 60/180

5 8 ensayos

gest iones diplomát icas , blo qu eo eco nóm ico de las par tescontendientes que se nieguen a negociar , e tcétera . Todosestos factores, conjugados con el cansancio de loscom bat ientes , pued en y debe n condu ci r a un armis tic io que

perm ita iniciar po ster io rm en te la vía de un a negociaciónefectiva entre las partes. Una solución definitiva de losprob lema s or iginados p or la desintegración de Yugoslaviasólo pod rá lograrse com pag inand o e l pr inc ip io de l derec ho aía auto dete rm inac ión de las nacional idades con la necesidadde ampl ios espac ios económ icos com unes , que ac tua lmenteimpone la creciente internacionalización de las fuerzasproduct ivas y el proc eso d e mu ndial ización de la eco nom ía.En consecuen cia , t iene cada vez me nos se nt ido q ue, en el

caso de Yugoslavia —como en o tros q ue pu die ran suscitarse—,se pretenda l levar la fragmentación estatal hasta el extremode crear múltiples microestados, como si se abriesesucesivamente una matrioshka. En ese sentido, es significativoque ya m uch os bosnios , croatas , serbios y ot ros com iencen aañorar a l Tito inicialmente federalista y, después,confederalista.

Page 61: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 61/180

N U E S T R O Q U I N T OC E N T E N A R I O

ramón eduardo ruiz

La "historia de la conquista española", escribió AldousHuxley, "es cierta, pero increíble. La toma de

Tenochti t lan, la marcha de Cortés desde México has ta

H ond ura s , la rup tura de l pode r de los qu ichés por pa r te deAlvarado" y , pod r íam os agregar noso t ros , que una innob lesarta de bellacos haya provocado la caída de los señorialesincas, "son hechos , pero son hechos tandesproporc ionadamente inaudi tos que" , como confesóHuxley, "resultan difíciles de creer, excepto por nuestraconfianza en los expertos", po rq ue "la razón y la imaginaciónles niegan su consen tim iento ". ¿Será inconcebible , incluso ennu estro s días , no hacer eco del di lema d e H uxley?

¿Cuál es, de hecho, la importancia de Cortés y, antes queél, de Colón? ¿Por qué quinientos años después celebramossus hazañas? ¿Por qué en M éxico, po r e jemplo, nu estrosentid o de asom bro ante las aventuras de Alvar N úñ ezCabeza de Vaca, cuyos och o año s de odisea lo l levaron de unnaufrag io ant e las costas del Atlántico hasta Cu liacán, sob reel océano Pacífico? ¿Será lógico pensar que esta fascinaciónse dirige sólo hacia las acciones heroicas, tal vez, a losepisodios his tóricos de prop orc ione s gigantescas?

Ramón EduardoRuiz. P r o f e s o r d eH i s t o r i a M e x i c a n aen Et Colegio de laF ron te ra Nor te , enTijuana, Baja Cal i -fornia Norte . Autord e México: la gran re -

belión, e n t r e o t r a sobras .

Claro, en e l pensamiento humano todo es posible . Perocon tod a seguridad no es es to lo qu e ocur re con losmexicanos, pues su historia va de la mano con la de losconq uis tado res , cuyo pap el en la crónica del país es tema deardien tes controvers ias . En tod a la república , pa ra dejar c larolo qu e e l lo implica , se pu ede bu scar en vano u na es ta tua deCortés , indudablemente uno de los padres de la patria. N oobs tan te , Cu auhtém oc , e l o t ro s ímbolo pa t r io , se ye rgue

© Dialéctica, núm. 25, primavera de 1994.

59

Page 62: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 62/180

6 0

orgulloso en e l corazón del Dis tr i to Federal —como tam biénen Tijuana—. N o es de sorp ren de r, e nton ces , la agon ía de losoráculos mex icanos ante el s ignificado del "enc uen tro", com olo bautizó G abrie l García Márqu ez.

Uno de ellos fue Samuel Ramos, quien en 1934 publicóPerfil del hombre y la cultura en México, un libro con el que, alafirmar que los mexicanos, por su herencia, sufrían "unsentimiento de inferioridad", se metió en camisa de oncevaras. Poc o ayud ó a Ra m os ne gar q ue tal aflicción "era. . .som ática o psíquica", ni insistir en la nece sidad "depresuponer una in fe r io r idad verdaderamente o rgán ica paraexplicarla". Su premisa explicó una y otra vez que no era quelos mexicanos fueran inferiores , s ino que s implementeguardaban hacia s í mismos un sentimiento de inferioridad.

El meollo del asunto era el porqué: ¿Por qué esa tristeimagen de los mexicanos ante sí mismos? Cuál era ese"mecanismo psicológico" causante de tan lamentabledolencia? Para e lucidar su intención, R am os recurr ió a lahipótesis de Alfred Adler de que los repetidos logrosinfundían progres ivamente un sentido de seguridad en e lindiv iduo y, po r el co ntr ario , "los frecuen tes revesesdete rior aba n su confianza en s í m ismo" . Las c ircunstancias

externas favorables o adversas, reconoció Ramos,indiscutible m ente tenían c ierta influencia, pe ro la naturalezade su imp ac to depe ndía p r inc ipa lmente de l factor in te r no ,"el grado de confianza en sí mismo que tiene el individuo".Una persona podría tener éxito en tanto fuera capaz deadap tarse a las "c ircunstancias part iculares" d en tro de las quevivía y actuab a, y, obv iam ente , en tan to e ra capaz d edom inarlas . Según las implicaciones de es to , la his toria deesperanzas frus tradas co nsti tu ía la base de lo que é l perc ibía

como el mal nacional, la razón del fracaso de México paraent rar e n e l s iglo veinte . Ram os, em pe ro, n o afirmó qu e suaxioma psicológico fuese una generalización válida paratodos los mexicanos , s ino una mera herramienta con la quese dejaba entrever e l problema más amplio .

Como prueba, Ramos desenterró la crónica his tórica yafirmó qu e los orígenes del "sentim iento de inferioridad denuestra raza" databan de la Conquis ta , pero que no sa l ieron ala luz sino hasta la épo ca de la In de pe nd en cia . Fue la afición

de los mex icanos por a due ñarse de los tr iunfos a jenos que

Page 63: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 63/180

ramón eduardo miz 61

Ram os ras tre ó a la vic toria de la Indep end enc ia , lo que losh izo e r r a r e l cam ino . Al no logra r qu e los m ode losextranjeros les funcionaran, terminaron por subvaluarse , por

cons idera rse pe rded ores . As í pues , concluyó Ramos , nac ió u n"sentimiento inconsciente de inferioridad".Ramos afirmó que e l pelado, bien conocido en México, es el

mejor e jemp lo d e es te ta lón de Aquiles del carácter nacional .E l pe lado , "una forma de basura hum ana d e la g ran c iudad" ,era célebre por su uso descarado de la "protesta viril", suem pleo d e "a lus iones sexuales que revela(ba)n su o bses iónfálica", con el fin de com pe nsa r su sensación d e deficiencia.Esto no implicaba negar la existencia de características

similares en ind ividu os d e to das las clases sociales, rasgoscomo "desconfianza, agresividad e hipersensibilidad a losinsultos , que s in duda provienen del mismo origen".

La vida lo había m altra tad o, de m ane ra qu e su reacción,lóg icamente , e ra de "sombrío resen t imien to" .Cont inuamente mos t raba su a lma a l desnudo , os ten tando sus"impulsos e lementales", recurriendo aun "lenguaje tosco ysugerente", para dis imular su aguda inseguridad. Al mismot iemp o que presum ía de tener "m uchos huevos" , con gu s to

entraba en a l tercados "como es t ímulo. . . para renovar. . . sumaltra tado ego". Sin embargo, no era ni "fuerte" ni"valiente". A falta d e sustancia, el pe lad o in ten tab a llenar "suvacío" con la única fuerza sugestiva a su disposic ión: "la dela n ima l ma c ho" . ¿Y qu é si los eu ro pe os hacían gala de gra nd eslogros c ientíf icos y tecnológicos? El m exicano, proc lam aba,e ra "muy ho m bre " . Co m o lo reconoc ió C ar los Fuentes en La

muerte de Artemio Cruz, cuan do e l mex icano lanza un taur inorugido de "Viva México, hijos de la chingada", hay cierta

verdad inquietante en su flagelo verbal.No es sólo por sus méritos que remuevo las cenizas de lates is de Ram os , s ino po rqu e m e ayuda a con centr a rm e en e la lcance del " en cu en tro " y en las razones de lo qu e losinte lectuales mexicanos eufemíst icamente nombran "el a trasom exicano", u n legad o de la Co nqu is ta y sus equívocasrepe rcusi one s . Ram os, repi to , cre ía qu e los rasgos negativosde l mex icano gen erado s po r la h is to r ia coar taban sumadurez; en otras palabras , determinaban la fa l ta de

"progreso" (desa rro l lo ) , una op in ión que no compar to en su

Page 64: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 64/180

6 2

totalidad. Los factores externos, lo que está fuera del controlde los mexicanos , creo yo, son igualm ente im port antes .

Francamente, un poco fuera del tema, el apelativo en

desarrollo, una frase que aplican a México los economistasortod oxo s, es un c uen to de hadas que evoca, según u ncrí tico, e l pen sam iento torc id o de los funcionarioses tadou niden ses que se dedican a la "ayuda externa y serefieren a los pob res del m un do , un a condición en que seenc ue ntra la mayoría de los mexicanos , com o habitantes d eun país en desarrollo". Se tra ta de un té rm ino orwell ianoem plea do p ara describir una serie de países diversos en tod oel m un do , un ido s por una h is tor ia com ún d e dependenc ia y

esperanzas fallidas. Incluso en 1934, cuando escribió Ramos,e l capita l ismo dependiente , una fórmula tan antigua como larepública , es taba en quiebra . Sin impo rtar lo que pu eda ndecir sus defensores, había fracasado en su intento depro po rcio nar a las masas mexicanas un nivel de vidadecoroso y j u s t o . La justicia social era de scon ocid a e n M éxico.

La esencia de la teoría de Ramos, que algunos intelectualesmexicanos co ntem por áne os t iend en a ignorar, es que la c lavede los defectos de M éxico se enc ue nt ra e n las secuelas de la

Conquista, en los siglos que siguieron al descubrimiento porparte de Colón (un navegante italiano al servicio de la coronaespañola) de lo que los europeos y sus contrapartes en elhemisferio occidental insisten en llamar el Nuevo Mundo.

Sin embargo, antes de continuar, permítanme recalcar queno soy ningún fanático de la creencia popular sobre elcarácter nacional, y que no atribuyo los actuales problemasde México —en una palabra, el subdesarrollo— a factoresculturales o inte lectuales . Las ideas com plem enta n, p ero no

son causas en p rim er a instancia; son reflejos d e la realidadeco nó m ica y social; justificación, e n su m ayor p art e,empleada en general por una élite intelectual al servicio de lac lase do m ina nte par a la s i tuación qu e impera . A ún as í, com olo supo Ramos, las raíces de los problemas económicos ysociales de México, así como sus obsesiones, graves y mú ltiples,es tán profun dam ente en te r radas en su pasado h is tó r ico .Ta m po co se pu ede n d ivorc ia r de la econom ía in te rnac iona l ,el factor externo: las relaciones capitalistas que imponen sobre

el Te rce r M un do los países ricos e indus triales, un a realidadinnegable para México desde su independencia .

Page 65: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 65/180

ramón eduardo miz 63

Sin em bar go, las ideas , com o el mism o M arx admitió ,poseen u na verdad prop ia . E l m od o de produ cc ión m arca elpaso a la sociedad, p ero , al m ismo t iem po, las ideas que

surge n inic ia lm ente de e lla adq uier en un a vida con espír i tupro pio q ue , con e l t iem po , influyen en la es truc turaecon óm ica y la modifican. C om o filósofo, R am oserróneamente puso la carre ta delante de los bueyes; es tabaen la iglesia, pero en el banco equivocado. No obstante, esono prueba que es taba e r rado .

Por el contrario, muchas de sus afirmaciones son válidasinc luso imp l íc i tamente para un am pl io segm ento de Am éricaLatina. Me refiero en particular a las repúblicas mestizas, que

generalmente se cuentan entre los países más pobres delcontinente y cuyos c iudadanos son de ascendencia mixta ,española e indígena, la progenie de conquis tadores ycon quis ta dos . De no ser por la subyugación españo la de losantiguos pobladores de Anáhuac, no es tarían aquí . Exis tenpo r la gracia de Españ a y del universo pre colo m bin o, tantofísica, como —algo que no debemos olvidar— culturalmente.

N o com par te es ta s i tuación tod o e l hemisferio occidenta l ,ese mu nd o con e l qu e tro pez ó e l m arin o i ta l iano. Así es : los

pueblos de los Estados Unidos , Argentina y también Uruguayigua lm ente es tán aq uí gracias a los eu rop eo s . Pero celebr ar e lencuentro de dos civilizaciones en 1492 no implica decir quetiene el mismo significado para todos en el hemisferiooccidenta l . No todos somos hijos de los europeos de maneraidéntica .

El establecimiento de las trece colonias, la cuna de losEs tados Unidos , por e jemplo , fue una emp resa europ ea deprincipio a fin, y, si igno ram os p or e l mo m en to la

importación de esclavos afr icanos (que tampoco es tarían aquíde no haberlos tra ído los europeos), sentó la base para unasociedad blanca y en su mayoría protes tante . Los indios,

como los l lamó incorrec tamente Colón , desempeñaronapenas un pape l al ma rgen , aunq ue en m om ento s , c ruc ia l .

Esto no significa que los europeos que conquistaron ycolonizaron lo que ahora son los Estados Unidos hayandescubierto un terr i torio virgen y deshabitado. Por e lcon trario , la afirmación de qu e se po blar on áreas l ibres es

pa ten tem en te falsa . A! colonizar los Estados Unid os , lo q uehic ieron en real idad fue repoblar , reocupar las t ierras

Page 66: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 66/180

64

devastadas po r invasores extranjeros. Aún así , no hace m uc hoera prác tica com ún e nt r e los es tadoun idenses af i rmar qu e a lno rte del r ío Bravo no vivía más de u n m il lón de abo rígenes.

Este cálculo se ha desc artad o; los dem ógrafos est iman ah or aque pu ed e hab er habid o has ta 50 mi l lones de indígenas enlas tierras e nt re el Pacífico y el A tlántico al no rte d el ríoBravo. Prob ablem ente la cuen ta más cer te ra sea deapro xim ada me nte 25 mi llones . En el cá lculo del ant rop ólogoKroeber , a l igual que otros anter iores, no se tomó en cuentala atroz el iminación de la población indígena part icularmentep or e nfe rm ed ad es co m o la viruela, la viruela neg ra y latuberculosis . Pero las enfermedades en sí no acabaron conlos ind ios. La codicia de los euio pe os de t ierras , bosq ues yaguas , los recursos nat ivos, fue tam bién d e gran im portan cia.Los estragos de las enferm edad es mult ipl icaron los malesderivad os del imp ulso d e los eur op eos p or desp ojar a losnat ivos de sus bienes.

La dramática merma de la población aborigen dio nuevaform a a la sociedad d e la Nu eva España. La m ue rte demillones de indios, así como la inestabilidad de los sistemasde t rabajo, conformaron la sociedad. Según algunos erudi tos,hasta 25 mil lones de pers ona s habi taba n el área central deMéxico en 1521; apen as poc o más de un mil lón sobrevivíanu n siglo de spu és. Incluso , si se redu ce a la mitad la cifraoriginal , com o lo req uiere n los sabios que disienten, y seduplica el nú m ero de sobrevivientes, la pé rdid a de vidasindígenas s igue siendo pasm osa. Este declive no se d etuvosino hasta media dos del s iglo XVII. Nin gun a otra conq uistaeu ro pe a tuvo tan destruct ivas repe rcus ione s. Es cier to que lasenferm edades gen eraro n gran pa r te de es ta pérdid a de v idas ,pero debemos recordar que los españoles, a l igual que los

ingleses y los estad ou nide nse s, fueron tam bién respon sables.Desp ués de to do , los españo les vinieron a enrique cerse, s i nocon oro y plata, con el trabajo de los indígenas. Si hablamoscon claridad, uno de los padres del mestizo util izó al otrocomo best ia de carga.

Los es tadoun idenses t ienen razones amp l iamentejustificadas para celebrar la l legada de los europeos en 1492,pero no de la misma manera que los mexicanos y otrospue blos sem ejantes d e la Am érica mestiza. Despu és de tod o,

hasta bien entrado el siglo XX, la mayoría de los

Page 67: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 67/180

ramón eduardo miz 6 5

e s t a d o u n i d e n s e s v i v ía e n f eliz i g n o r a n c i a d e l asc o n t r i b u c i o n e s c u l t u r a l e s d e l o s n o e u r o p e o s ,e s p e c í f i c a m e n t e d e l o s i n d í g e n a s n a t i v o s y d e l o s d e o r i g e na f r i cano . L os p i e l e s r o j a s que sobr ev iv i e r on a l ape t i t o de l

h o m b r e b l a n c o d e t i e rr a s y a g u a s f u e r o n t r a s l a d a d o s ar e s e r v a c i o n e s , d o n d e m u c h o s t o d a v í a p e r m a n e c e n . C o nm u c h a r a z ó n , l o s e s t a d o u n i d e n s e s s e p r e c i a n d e q u e s um u n d o e r a u n s a n t u a r i o p a r a e l h o m b r e b l a n c o .

E n c o n t r a s t e , n o o c u r r e l o m i s m o c o n l a d e s c e n d e n c i amexicana. P a r a l o s m e x i c a n o s , l a l l e g a d a d e l o s e u r o p e o s ,e s p e c í f i c a m e n t e d e C o r t é s y s u b a n d a d e v o r a c e ss a q u e a d o r e s , m a r c a e l i n i c i o , p o r m u y i n c o n g r u e n t e q u epa r ezca , de l a c iv i l i z ac ión mexicana e , i nc luso más

i m p o r t a n t e , d e lo s m e x i c a n o s m i s m o s . A n t e s d e la l l e g a d a d el os e s p a ñ o l e s e n 1 5 2 1 , n o h a b í a m e x i c a n o s , s i n o s o l a m e n t ec i v i l i z a c i o n e s a n t i g u a s c u y a a s c e n d e n c i a a n t e c e d í a p o r m i l e sd e a ñ o s e l n a c i m i e n t o d e J e s u c r i s t o . L o s o l m e c a s , m a y a s yt e o t i h u a c a n o s c l a r a m e n t e n o e r a n e s p a ñ o l e s, p e r o t a m p o c oe r a n m e x i c a n o s . L a d i s p o s i c i ó n , e n r e a l i d a d l a a v i d e z d e le s p a ñ o l p o r p o s e e r a la m u j e r i n d í g e n a , p r o c r e ó a l m e s t i z o , a lm e x i c a n o d e h o y . É s t a f u e m á s q u e u n a s i m p l e m e z c l a d er a z a s . A u n q u e l o s e s p a ñ o l e s i m p u s i e r o n s u s d e s e o s a l o s

i n d i o s , la s c o s t u m b r e s , a l i m e n t o s y c r e e n c i a s d e e s t o s ú l t i m o sm a r c a r o n la d i r e c c i ó n d e la C o n q u i s t a . P a r a M é x i c o , p o re n d e , l a f o r m a d e l f u t u r o s e i n i c ia c o n d o s razas y d o sc u l t u r a s l i t e r a l m e n t e c o n t o d o u n o c é a n o d e d i s t a n c i a .

P u e s t o q u e l o s m e x i c a n o s s o n l a p r o g e n i e d e e u r o p e o s ya m e r i c a n o s , s u r e u n i ó n , d e s d e u n i n i c i o , c o n d u j o a u n ac o n f r o n t a c i ó n ( a u n e n c u e n t r o ) d e c o n s e c u e n c i a se x t r a o r d i n a r i a s . A m b a s razas, u t i l i z a n d o e s t e i c o n o p o c origurosamente , e r a n , de sp ué s de to do , d iv e r g en te s . L o s

e s p a ñ o l e s , c o m e n t a n a l g u n o s a n t r o p ó l o g o s , s e h a b í a ne n c o n t r a d o c o n u n a c i v i l i z a c i ó n arcaica q u e e n d i v e r s o ss e n t i d o s , q u i z á , v iv ía e n u n a e t a p a e v o l u ti v a a n t e r i o r , c o na d e l a n t o s t é c n i c o s m o d e s t o s , s e g ú n l a s n o r m a s o c c i d e n t a l e s .L a a n t r o p o l o g í a c u l t u r a l y s o c i a l , d e h e c h o , l o g r ó s ur e p u t a c i ó n c o m o d i s ci p l in a g ra c ia s a l e s t u d i o d e lo s p u e b l o sn o o c c i d e n t a l e s , l o s q u e lo s e s p a ñ o l e s e n c o n t r a r o n e n e lN u e v o M u n d o .

L o q u e l l a m a n u e s t r a a t e n c i ó n s o b r e e s t e e n c u e n t r o ,

o b v i a m e n t e , n o e s s ó l o c ó m o y p o r q u é o c u r r i ó , s i n o , p o r

Page 68: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 68/180

6 6

supuesto, sus resultados. Los temas de análisis sonin te rminables , em peza ndo po r la ena jenac ión porsubyugación, la que implica, para citar la sabiduría de Marx,la pérdida de los medios de producción. Los antiguos

per die ron , s in du da a lguna, el contro l de sus tierras , e lfundamento de su independencia . La enajenación incluyótambién la agresión por parte de los españoles a los lazos derelación familiar , e l en gr ud o qu e ma nten ía unid a a lacom un ida d p rehispá nica y , sobr e todo , a la re l igión pag ana,pues , según un famoso es tudio sobre Mitla , un pueblo conraíces antiguas , cuan do "se supr im e la vida ceremon ial deuna comunidad que se basa en gran medida en lascerem onias" , gran pa rte "d e su cultura general se cae po r la

bo rda " .Los ataques de los españoles contra la cultura incluyen el

daño causado a las lenguas nativas, uno de los pilares de lapsique nativa, así como la de los mestizos, que sirve defund am ento a la tes is de Ram os . "Todo pueb lo co lon izado" ,escribe Frantz Fan ón , "se en cu en tra frente a frente co n lalengua del país civilizador, que se emplea para transmitirle lasórdenes del amo". El hecho irreductible y pers is tente es que,pa ra los nativos del Nu evo M un do , la acultura ción fue ap enas

m arginal , pues los españoles no l legaron a ofrecer nin gun aram a de ol ivo. En real idad, e l térm ino aculturación^ según lodefinen los antr op ólo go s , sólo t iene signif icado p ara e lmestizo, el hijo de españoles e indios.

El encu entro , lo que celebramos en 1992, no fue con muchoninguna fiesta para los nativos. La notoria leyenda negra deuna España explotadora ( léase , los europeos) no es ningúnmito . Los conqu is tadores in dud ablem ente fueron c rue les , ymuy voraces, ya que lo que exigían de los indios iba más allá

de su capacidad f ís ica. D ura nte las prim eras dé cadas d e laCo nqu is ta , se tra tó d e trabajos forzados y despu és de trabajodu ro y mal p aga do en las minas , la s iembra y la cosecha.S iem pre hab ía que pagar t r ibu to , p r im ero en forma detrabajo y después , en su mayoría , en dinero. De es ta manera ,e l ind io tenía qu e trabajar s in imp or tar las largas jo rn ad as , laínfima pag a y las a troces con dicion es d e trabajo.

Sólo los es tudiosos de la ps ique humana pueden medir e lda ño fu nda m ental sufrido po r e l indio , quizá la c lave de su

desaparic ión. La imposic ión de la cultura europea, d icen los

Page 69: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 69/180

ramón eduardo miz 6 7

e r u d i t o s , t r a s t o r n ó i n c l u s o l a v i d a s e x u a l d e l i n d i o ; r e d u j o l aa c t i v id a d d e h o m b r e s y m u j e r e s , y p r o d u j o r e s u l t a d o si n c o m p a t i b l e s . A l g u n a s m u j e r e s i n d í g e n a s , s e g ú n m u e s t r a nl as e v i d e n c i a s , d e s p u é s d e q u e h a b í a n c a í d o l os h o m b r e s d es u r a z a , d e s e a b a n c o h a b i t a r c o n e s p a ñ o l e s . L o s a l i a d o st l a x c a l te c a s d e l o s e s p a ñ o l e s t al v e z f o m e n t a b a n e s t e t i p o d eu n i o n e s . R e c u r r i e n d o a l a o p i n i ó n d e u n e x p e r t o , c o n l ae s p e r a n z a d e q u e g e n e r a r a n " s o b r i n o s y n i e t o s d e v a l o r yf u e r z a i g u a l e s a l o s d e l o s e s p a ñ o l e s " , s e m o s t r a b a n " g u s t o s o sd e p r o c r e a r h i j o s c o n e l l o s " . L o s a r c h i v o s t a m b i é n a t e s t i g u a nq u e l a s m u j e r e s i n d í g e n a s a b o r t a b a n o m a t a b a n a s u s r e c i é nn a c i d o s . P o r t o d a s p a r t e s s e n e g a b a n a t e n e r h i j o s , u n ap r á c t i c a e x t e n d i d a e n t r e l o s m i x e s y c h o n t a l e s d e l s u r . E na lgunas pa r t e s de l oes te de l a Nueva Es paña , l a s r eg las de l at r i b u l e s p r o h i b í a n t e n e r h i j o s , m i e n t r a s q u e , p o r s u c u e n t a ,l a s mu je res s e r e s i s t í an a t ene r r e l ac iones s exua les con s ush o m b r e s . E s t a s t r i b u s , s e g ú n s e d i j o , n o q u e r í a n v i v i r d erod i l l a s .

L a m u e r t e d e m i l l o n e s d e i n d i o s a l t e r ó r a d i c a l m e n t e l o sm o d e l o s d e p o s e s i ó n d e l a t i e r r a . P o r e s t a s r a z o n e s , e n t r eo t r a s , s i n e x c l u i r s u s d e s v e r g o n z a d o s a r t if i c io s , lo s e s p a ñ o l e s ys u s d e s c e n d i e n t e s c r i ol lo s c o n el t i e m p o s e a d u e ñ a r o n d e l at i e r r a . U n a v e z p r i v a d o d e s u s t i e r r a s , e l i n d i o p e r d i ó s u sm e d i o s d e p r o d u c c i ó n , p u e s e s e n c i a l m e n t e v i v í a d e l a t i e r r a .S in e l l a , s e conv i r t ió en a s a la r i ado , ya s ea t r aba jando l a t i e r r ad e l h a c e n d a d o o l a b o r a n d o e n l a s m i n a s . L a p r o p i e d a d d e l a st i e r r a s m a n t e n í a u n i d a a l a p o b l a c i ó n i n d í g e n a y l e d a b as ign i f i cado a l a f ami l i a y a l ind iv iduo . Mien t r a s tuvo t i e r r a s , e lp u e b l o m a n t e n í a s u s t r a d i c i o n e s y c o s t u m b r e s . U n a v e z q u elas pe rd ió , l a v ida s e des in teg ró y e l ind io de jó de s e r lo . Lal u c h a d e l i n d í g e n a p o r s u s t i e r r a s , t e m a c o n s t a n t e d e l o s

s ig lo s de l a Co lon ia , s ign i f i có , no s ó lo una ba ta l l a po r l at i e r r a , s i n o s o b r e t o d o p o r s u s u p e r v i v e n c ia c o m o i n d í g e n a .

P e r o , ¿qué hay de l mes t i zo , a f in de cuen tas e l ve rdade romex icano? E l mes t i za je , l a fu s ión de l a s dos r azas y de l a s dosc u l t ur a s , e m p e z ó p r o n t o , p r o b a b l e m e n t e e l d í a e n q u ed e s e m b a r c a r o n l o s e s p a ñ o l e s . V i n i e r o n a e n r i q u e c e r s e , d i joC o r t é s , p e r o n o d e j a b a n d e t e n e r e l s e x o e n la m e n t e . E n u nprincipio, algunos mestizos , los hi jos e hi jas de los conquis tadorese u r o p e o s , g o z a r o n d e d e r e c h o s d e n a c i m i e n t o i l u s t r e s , p e r o

s ó l o u n a m i n o r í a t u v o e s t a f o r t u n a . L o s e s p a ñ o l e s , s i n

Page 70: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 70/180

6 8

importar sus virtudes, adolecían de los vicios comunes de loseu rop eo s. En cuest iones d e raza y color de la piel , eran másest rechos de miras que tolerantes . Lo que establecieron en elNuevo Mu nd o fue una p igmentocrac ia , un o rden soc ia lbasado, con demasiada frecuencia, en el color de la piel .

A pesar de sus prejuicios raciales, los españoles conalacr idad sedu cían a las m ore nas . U n soldad o, de apel l idoAlvarado, por ejemplo, tuvo en tres años treinta hijos demujeres indígenas . Sólo unas cuantas españolas aco m pañ arona Cortés , las cuales , du ra nt e los pr im eros años, en gen eral , seque dab an e n casa . Los españoles , com o todos los ho m bresdel mundo, no podían vivir s in mujeres , por lo quefornicaron con las indias y pro crea ron mest izos. De estaunión surgió un problema psicológico, tal vez la raíz de loque más tarde Ramos l lamaría un "sent imiento deinferioridad". Era la madre india quien educaba a los hijos ylos cuida ba. D e ella apr en día n la lengu a, la cultura y lascreencias. Con gran frecuencia, el mestizo crecía en el hogarde un padre ausente que s imbol izaba al conquistador ,m ientras q ue la m ad re india , qu e lo cuidaba, s imbol izaba alvencido, a l m en os capaz. Sin du da, es ta dis to rs iona dare lac ión pa terna , com o sabemos por nues t ros es tudios dehogares s in padre, debe haber impuesto en el mest izo, enpar t icular s i era varón, una ho rre nd a carga psicológica.

Esta pi rám ide social, a la qu e he de no m ina dopigmentocracia , colocaba en la cumbre a una él i te deespaño les que c om part ía es ta posición con los cr iol losafor tun ado s; bajo el los se en co ntra ba n las castas , que , para1800, en su may oría , eran mest izos; y al fond o de la jera rqu íaestaban los indios. La cúspide de la pirámide, que reflejaba laescala económica, es taba integrada por blancos, es decir ,gente de piel clara. Su base era oscura, era el lugar de losindios m or en os y de aquel los mest izos que , para su desgracia ,no habían heredado el color de la piel de los amos españoles .La calamidad del prejuicio racial , que hoy en día nieganveh em ente m ente mu chos m exicanos , esc indía a la soc iedad.La gente de razón, de piel clara y más dinero, veía condesp recio a los pob res y mo ren os , y los juzg aba infer iores yfracasados de bid o a su raza. La terrible relación entre las

razas envenenaba a la sociedad, la dividían enormes abismosqu e hacían im posible la confianza m utu a en tre las c lases.

Page 71: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 71/180

ramón eduardo miz 69

Pero el legado colonial , lo que los europeos dejaron tras desí , tamb ién tenía que ver con la econo mía. D ura nte los s iglosde la Co lonia, E spaña, a pesar d e los inte nto s de los reyesBo rbon es p or cam biar las cosas, era un país de pe nd ien te . Adiferencia de Inglaterra , España no pasó por un a revolucióncome rcial ni industr ia l . Simp lemen te era un interm ediar ioqu e vendía a sus colonias lo que sus me rcaderes adq uir ían enIng laterra y los Países Bajos. Pro hibió la m anu factu ra en lascolonias , pero no proporcionó muchos ar t ículos propios. LaNueva España era dob lem ente depe ndien te , ya que dep endíatanto de la madre patr ia , e l intermediar io, como a menudode Eur opa Oc cidental . Al mirar a t rás , nos damos cue nta deque la dependencia de España fue un mal augurio para eldesarrollo capital ista de México.

De todas maneras, el legado colonial no explica por sí sololos prob lem as qu e azotaban el país y qu e entorpe cían,desviaban y perver t ían su desarrol lo. Para com pre nd er sucarácter dis tors iona do, lo que, según mi pun to d e vis ta ,ayudó a produ cir e l "sent im iento de infer ior idad" del que esepí tome el pelado de R amos, deb em os anal izar cómo l legó adesempeñar tan crucial papel e l factor externo, nuevamenteun legado del exter ior .

La tr iste verdad es que, al convertirse México en nación, nocambió la dep end encia de Euro pa que hered ó de España .Esto ocurr ió, entre ot ras razones, porque la Independencial legó en un momento poco propicio. México ingresótardíam ente al m erca do m und ial . Al nacer la repúbl ica, elm un do occidental , específ icamente Inglaterra , es tabadisfrutando de una m etamorfosis , resul tado de la revoluciónindustrial. Al avanzar el siglo XIX, hizo su aparición elcapital ismo, una palabra virginal en aquella época. A partirde ese m om en to, e l capi talismo com o ideología y com opanace a disfrutó cada vez de una m ayor aprobac ión públ ica yeng end ró un a soc iedad convencida de que la emp resacom petit iva —que co m pr a ba rat o, paga salarios bajos po rm an o de ob ra y ven de caro— gen era crecimiento econ óm ico.H erbe r t Spéncer más ade lante lo baut izar ía com o un m un doada ptad o a los más aptos .

Para el m un do periférico, en el qu e se incluía a México, elcapital ismo industrial implicaba adaptación, aprender a vivircon la nueva realidad. Te ne r éxito significaba imitar,

Page 72: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 72/180

70 ensayos

espe cíficam ente abraz ar, las do ctrin as del l ibre com ercio y lacom pete ncia s in t rabas, lo que con ducía a basarse en lasexp ortac ion es d e mater ias pr im as y mine rales a los países

industrializados, inicialmente a Inglaterra y hacia fines delsiglo a los Estados Un idos . Pero las expo rtaciones de este t ipohabían sido los bast iones t radicionales de la economíacolon ial esp año la, lo cual significaba qu e la min ería —inclusoen m an os extranjeras— y un a agricul tura p ara la exp ortaciónseguían actuando como principales ejes de la economíamexicana .

En real idad, nada había cambiado, a pesar de laindependencia. Al igual que an tes, era la mo da copiar losm ode los pol í t icos extranjeros, co n la creencia, pa raparafrasear a Eric Hobsbawm, de que los mexicanos aúnpod ían sa lvarse ad op tan do cons t i tuc iones y sa lvaguardandolos derec hos d e propie dad, es tablec iendo asambleasreprese ntat ivas y go biern os respon sables an te ellas yper m i t iend o, cua nd o fuera ade cua do, la par t ic ipac ión en lapol ít ica de la gente com ún y cor r ien te , s iempre y cua ndo nose pu siera en p el igro el or de n social bu rgu és. Para losliberales mexicanos, los vencedores finales en la batalla por elalma de la repúb lica, e l ante pro yec to capi tal is ta tenía labrujería de artículos de fe patrísticos. Una de lascaracter íst icas más sobresal ientes d e estos imitad ores, dice unexp er to , e ra que se h ipnot izaban a s í mismos com o un"conejo q ue pract ica la auto hipn osis s in la presen cia de u nacomadre ja" .

El Leviatán del capitalismo industrial resultó ser un capatazdesp iada do. Los buq ues de vapor y la cons t rucc ión de v íasférreas en los países perifér icos gradualmente lograron que elénfasis de las eco nom ías d e las nacion es industr iales sedesviara de la importación a la exportación. A part i r de estacoyu ntura , au nq ue Ingla ter ra y e l Oc cidente capita li stas iguieron ad qu i r ien do mater ias pr imas , cada vez enviabanmás y más m anu factura s a los me rcad os perifér icos. Lospaíses dis tantes, que antes contaban con una vir tualautosuficiencia, se convir t ieron en radios de una economíamu ndia l . Muy pr on to se desar ro lló una d iv is ión in ternac ionalde l t raba jo : el O ccide nte indus t r ia l manu fac turaba y vendíame rcancías , con frecuencia a precios exo rbi tantes , y el resto

del mundo, la perifer ia , laboraba para abastecerlo de

Page 73: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 73/180

ramón eduardo ruiz 7 1

ma terias pr im as bara tas . La aclam ada ley de la ventajacomp eti tiva de David Ricardo, adop taba po r los liberalesmexicanos, resul tó ser más mito que verdad. Gran parte de la

t ie r ra y de su gente l legaron a dep end er , en mayor o m en orgrado, de Occidente . Una porc ión muy pequeña de l d ineroexportado a los países marginales se convertía en fábricas, enpar te por qu e los capi tal is tas occidentales no qu eríancom petencia en los me rcados . De man era q ue e l capita li smoindustr ial coartaba el paso al desarrol lo económico deMéxico y dificultaba la modificación de los cimie ntoscoloniales , un a real idad qu e los magn ates m ineros y losgrandes ha cenda dos , cuyo único in terés e ra vend er en e l

extranjero, nunca pusieron en entredicho. Las calamitosasconsecue ncias, como los discípulos de Ramos fáci lmentepo drían plantear , fueron resul tado , en palabras de suma estro, "de la imitación q ue se ha prac t icadoumversalmente en México" durante s iglos.

De ahí se desprende que la real idad económica determinala naturaleza de la dirección nacional y, por lo mismo, unabu en a par te de la ps ique nac ional . C om o resul tado, nada sehizo para t ransfo rma r la pirám ide social. Un a él i te más

española que india regía el país . A un qu e n o fuera en sutotal idad de piel clara, m eno sprec iaba a sus ance strosindíg ena s. Las políticas y valores de M éxico er an las polít icasy valores de esta élite, que tenía el control de todos lospuestos públicos. Al igual que en la época colonial, sóloalgunos eran los elegidos; un sistema que se justificabapo rq ue los más de los mex icanos era n i letrados y carecían depropiedades, lo que los excluía de la facultad de ejercer suopinión o de ocupar puestos públicos.

Tard íame nte , c ien años después de que e l cura Hidalgo d ioel Gri to de Independencia, los mexicanos hicieron undem orad o in tento de cor regi r sus e r rores , exam inand o supropia experiencia. Pero, a pesar de toda la hipérbole que larode a, la revolución de 1910, qu e ena rbo ló la ba nd era de lareforma agraria, no alteró estas circunstancias. Poco se hizopo r t ransforma r la relación de dep en de nc ia hacia los EstadosUn idos, basa da en las exp ortacio nes d e mater ias pr im as ymine rales . Para los ven cedo res d e esta gu erra civi l, un agene ración más jov en d e burgue ses, a quien es se les neg ó unasiento en el carro completo de los porfiristas, el

Page 74: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 74/180

72

nacional ism o implicaba en su mayor p arte la exigencia d euna porción más grande del pastel económico. Losext ranjeros , pr inc ip a lme nte es tadounidenses , pod ían segui r

poseyendo las minas, controlando los campos petroleros yma neja nd o los ferrocarr i les , au nq ue las exigencias de lareform a agra ria a la larga les costaría sus tierras. Losrevoluc ionar ios , i rónicam ente , ten ían e l propó s i to defom entar lo que l lamaba n "crecim iento capi tal is ta".

Otra oportunidad de remediar viejos males, que sepre sen tó en 1935 al asum ir el po de r Lázaro Cárd ena s —unreformista introspectivo—, entre las afecciones de la GranDepresión, también se malogró. Es cier to que cuando sal ió

Cá rden as, en 1940, la mita d de las hacien das h abíadesaparec ido y e l pe t ró leo era un mo nopo l io m exicano.Quizá más im po r tan te , s imbó l icamente , e l m ore no mexicano,el indio olvida do, po r p r im era vez había recibido la atencióndel pres iden te d e M éxico . S in em barg o, los cardenis tasapenas habían p a lpad o la es t ruc tura soc ioeconómica .A pesar d e un a gra n retó rica socialis ta , no veían u nree stru ctu ram ien to radical de la sociedad. México seguir ías iend o dep en die nte y capita li sta, aun con un a soc iedad más

equitat iva para los pobres.Muchos aspectos de la vida de México han cambiado desdeento nce s. El plan de industr ial ización fue u no de el los, pe ro,desg rac iadam ente , com o lo dem ues t ran e l ac tua l a je treo po rel Tratado de Libre Comercio con los Estados Unidos y eltór r id o r om anc e con e l idea l de Ricardo so bre e l l ibremercado, nunca tuvo éxi to en real idad. Que se hayarec urr ido a las ma quilado ras, las plantas de ensam ble dem an o de o br a barata , a testigua este hech o. Sí , México es

dist into. Por ejemplo, es mucho mayor, con casi 90 mil lonesde habi ta ntes en 1993, en com para ción con los escasos 19,5mil lones que lo hab i taba n en 1940. Pe ro la ant igu a mimesis ,la locura por imitar y adoptar lo extranjero, lo que Ramoscr it icó , con t inúa con renov ada fuerza . Nu nc a antes hanacudido los mexicanos con tal frenesí a acoger los valores y elest ilo de vida de sus vecinos del nor te . Los m od elos d e losanu ncio s de televisión, revistas y periód icos, po r ejem plo, sonal tos y d e piel c lara, cua nd o n o rub ios. El espanglish, u nai legí t ima mescolanza de español e inglés, es el idioma d e lo s

m exicanos que p resum en de pe r t enece r al grup o de los que,

Page 75: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 75/180

ramón eduardo miz 73

s e g ú n a fi r m a G u a d a l u p e L o a e z a e n Las reinas de Polanco,

b e b e n C o c a C o l a , O r a n g e C r u s h y S e v e n U p , y e v i ta n a t o d ac o s t a t e n e r q u e m a n e j a r u n V o l k s w a g e n .

C o n e s t a t r a y e c t o r i a h i s t ó r i c a e n m e n t e , ¿ q u i é n p o d r í ad i s c u t i r c o n R a m o s ? D e h e c h o , ¿ e l n e c i o f u r o r p o r c o m e rh a m b u r g u e s a s d e M c D o n a l d ' s o p o l l o d e l c o r o n e l S a n d e r sc o n f i e r e a l o s m e x i c a n o s u n a m a y o r s e g u r i d a d p s i c o l ó g i c a ?O , c o m o p a r e c e i n e v i t a b l e , ¿ d e b i l i t a r á a ú n m á s s u s e n t i d o d ei d e n t i d a d , l o q u e a l g u n o s b a u t i z a n c o m o e l c a r á c t e r n a c i o n a l ?El pelado, t a n m e n o s p r e c i a d o p o r R a m o s , ¿ e s s ó l o u np e r s o n a j e d e l p a s a d o o e s e n r e a l i d a d e l b u r g u é s q u e c o m p r as u s c a m i s a s R a l p h L a u r e n e n H o u s t o n , b a i l a e n l a s d i s c o t e c a sa l r i tmo d i sco , de spr ec i a l a Cor t ina de Cac tos de Or ozco yR i v e r a , y a p l a u d e a l o s y u p p i e s e n e l p o d e r ? A n t e e s t a sc i r c u n s t a n c i a s , ¿ c u á l e s e l v e r d a d e r o s i g n i fi c a d o d e lE n c u e n t r o p a r a l o s m e x i c a n o s ? ¿ D e b e m o s d e s c a r t a r c o m oa l g o i m p o s i b l e l a n o c i ó n d e q u e , p a r a M é x i c o , l a C o n q u i s t at o d a v í a s i g u e s u c u r s o y q u e , i m i t a n d o e l m o d e l o d e l ae d i c i ó n e s p a ñ o l a o r i g i n a l , l a d e M a d i s o n A v e n u e , n o s ó l oa m e n a z a c o n d e s t r o z a r l o s c i m i e n t o s d e l a c u l t u r a n a c i o n a l ,s i n o q u e , a l h a c e r l o , e x a c e r b a e s e " s e n t i m i e n t o d ei n f e r i o r i d a d " q u e R a m o s id e n t if i ca c o m o el p e c a d o c a p i ta l

d e l m e x i c a n o ?

Page 76: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 76/180

1 9 6 8 , VEINTICINCOAÑOS DESPUÉS

gabriel vargas lozano

P r t e n e z c o a l a g e n e r a c i ó n d e 1 9 6 8 , e s d e c i r , a a q u e lg r u p o d e j ó v e n e s q u e s u f ri ó e l i m p a c t o d e u n a d e la s

o l a s d e s u b j e t i v i d a d m á s p o d e r o s a s d e la ú l t i m a m i t a d d e ls i gl o X X y q u e e n n u e s t r o p a í s l a l le v ó a e n f r e n t a r s e c o n t r au n g o b i e r n o o p r e s i v o y a u t o r i t a r i o c o n la s ú n i c a s a r m a s d eq u e d i s p o n í a : l a s a r m a s d e l a r a z ó n , d e l a p r o t e s t a p ú b l i c a yd e la e s p e r a n z a d e u n c a m b i o a u n a s o c i e d a d j u s t a .

A q u e l l a o l a d e s u b j e t i v i d a d e s t a b a f o r m a d a p o r d i v e r s a sc o r r i e n t e s p r o f u n d a s . U n a d e el la s e s t a b a i m p u l s a d a p o r l a sn u e v a s t r a n s f o r m a c i o n e s d e l c a p i t a l i s m o e n t o d o s l o só r d e n e s . O t r a p r o v e n í a d e l E s t e , p r o c l a m a n d o e l s o c i a l i s m oc o m o s o l u c i ó n p a r a l os m a l e s d e l c a p i t a l i s m o y l a r e v o l u c i ó n

c o m o l a f o r m a p r i v i l e g i a d a d e t e n e r a c c e s o a l a n u e v as o c i e d a d , p e r o d i f u n d i e n d o t a m b i é n e l e q u í v o c o d ei d e n t i f i c a r u n a f o r m a b u r o c r á t i c a n o s o c i a l i s t a c o n l o s i d e a l e spe ns ad os po r lo s c l á s i cos. Y , finalmen te , o t r a co r r i en te m ásp r o v e n í a d e l a s d r a m á t i c a s c o n t r a d i c c i o n e s g e n e r a d a s p o r e lc a p i t a l i s m o e n s u p e r i f e r i a , c o n a y u d a d e l a s é l i t e s g o b e r n a n t e s , y q u e

i g e n e r a b a u n n u e v o tip o d e s o c i e d a d : e l s u b d e s a r r o l l o .Gabriel Vargas Loza- T o d o e l l o p r o d u c í a e n c r e s p a d a s o l a s y v e r t i g i n o s o s

r e m o l i n o s q u e g o l p e a b a n l a v i d a , l a c u l t u r a , l o s v a l o r e s , la

c o n c i e n c i a , d e u n a n u e v a g e n e r a c i ó n q u e s e e n c o n t r a b aj u s t a m e n t e a u n p a s o d e s u i n s e r c i ó n e n a l g ú n p u n t o d e l t e j id os oc ia l .

no . Filósofo, codi-

r ec to r y fundadord e Dialéctica, profesor-investigador dela UAM-I. Se encuen t ran en p rensa sus libros Más

allá del derrumbe yLa filosofía al final

del siglo XX y otros

ensayos.

Intervención en el auditor io de Posgrado de la Facultad deEcon om ía de la UNA M, el 23 de nov iemb re de 1993, com o partedel ciclo de mesas redondas organizado en conmemoración de los25 años del movim iento es tudiantil de 1968.

Dialéctica, núm. 25, pr imavera de 1994.

74

Page 77: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 77/180

gabriel vargas lozano 7 5

La primera corriente es taba conducida por la aparic ión dela terce ra revolución tecnológica , que ya pro duc ía losfenóm enos que hoy enco ntram os en su apog eo: las im ultaneid ad de la información; la revolución genética; laautom atización; la reorganización del trabajo , que implicabaun a fragmentación y transform ación de la c lase ob reratradicional; la incorporación masiva de la mujer a lasactividades productivas (y por tanto también a las libertadesnecesarias para esa prod ucció n). Pero to do e l lo implicaba,tam bién, e l surgim iento d e un a nueva sensibil idad; de u nanueva subcultura del consumo; de una nueva música de lasociedad industr ia l ; de nuevas m anera s de vest ir , hablar yactuar; y de una erótica que desafiaba a la ética protestante ypu ri tan a que había propic iado e l desarrollo del capital ismodec im onó nico . To da es ta transformación del capita lismo, sinem bar go, n o aparecía s in conflic to . Nu estros vecinos delno rte e ran sacudidos p or do s grandes revueltas : la de losnegros que luchaban por su d ign idad y proc lam aban unpo de r pro pio , y la de los mo vimientos contes ta tarios , querechazaban m ul t i tud inar iam ente u na de las guerras m áscrueles jam ás vistas en contra d e un pu eblo má rt ir : la gu err ade Vietnam . Surgían, enton ces , la utop ía d e la vida com una l y

la de la revolución marcusiana. "Una modificación de laes tructu ra ins tint iva qu e haga q ue la energ ía des tructiva seponga más y más al servicio de la energía erótica, hasta que lacantidad m ute en cualidad y en re laciones hum ana s (de losho m bre s en tre s í y con la naturaleza) , se abran a lasatisfacción y al goce", decía Herbert Marcuse. Se avizorabanall í mo vimien tos sociales que adqu irir ían un a perm ane nciahasta la fecha: el m ovim iento antirracial, el pacifista yantin ucle ar, el ecologista y el fem inista.

La corriente que provenía del llamado socialismo real eratambién problemática . Esa sociedad se había presentadocom o la solución verdad era de los prob lem as del capita lismo.Per o ya a f ines de los c incu enta había enfre ntad o su pr im eray pro fun da crisis: las revelaciones de Jru sh ov e n el XXCongreso del PCUS en contra de Stalin: y en los sesenta sehabía revelado un l ímite es tructural p ara e l desarrollo deaquellas sociedades . Una c lase buro crát ica había usurp ado e lpo de r del pu eblo y había c lausurad o las posibi l idades de laautorreforma. Todo movimiento que osara discutir la l ínea

Page 78: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 78/180

7 6

oficial era reprimido. En agosto de 1968, la Primavera dePraga fue aplastada por los tanques del Pacto de Varsovia.Todos esos problemas, que eran acallados por la fuerza de larepresión, fueron preparando s i lenciosamente una rebel iónque acabó en 1989, derr ibando todo un s is tema que ya norespondía a las exigencias de transformación dels is tema-m undo y a las necesidades de sus prop ios h abi tantes .

Pero , entre tanto, en América Lat ina había surgido paranoso tros , jóv en es de en tonc es, una nueva esperanza: la deun a revolución q ue se había levantado en con tra de ladictad ura y la opre sión: la revolución cuban a. Era u narevolución que venía del trópico (a diferencia de aquella quevino del fr ío, como escribía Sartre) y que formaba parte delciclo de las luchas anticolonialistas y de l iberación nacionalque surgían en el capi talismo per i fér ico y de pen die nte . Ycom o había ocu rr id o en t iem pos d e la revolución rusa, suejemplo se extendió como reguero de pólvora en todaAmérica Lat ina. Pero aquí también los hechos permit ierondemostrar , por un lado, que no es posible reproducir lasexperiencias históricas, y, por otro, que los gobiernosmil itares end ure cer ía n muy pro nto sus posiciones.

En la década de los sesenta observábamos desde México,expectan tes , todos estos movimientos y sus reaccionescontradictorias. A nuestros ojos, la izquierda tradicional norespondía con suficiente fuerza y profundidad a lascondiciones de opresión. Se requer ía una nueva izquierdaque fuera an ima da p or o t ro espír i tu , y fue justa m en te con laapar ición de mo vimientos juveni les en No rteam érica yEuropa que parecía renacer la l lama de la revolución. En losperiódicos nacionales se leían frases triunfalistas como éstas:"en los Estados U nid os, Fran cia y Alem ania, sí. En M éxico,no". Pe ro acá, en M éxico, a pesar de qu e no s identificábamoscon las demandas de aquel los movimientos , teníamos unareal idad y un a his tor ia aprem iantes . Por un lado, es taba lapobreza de nuestros pueblos: su analfabetismo, la ofensivacon cen tración de la r iqueza en un os cuantos , la corru pciónburo crát ica y la ausencia de l iber tades dem ocrát icas m ínimas.Y, po r ot ro , teníam os un a serie de movim ientos , com o los delos ferroc arri leros, los m aestro s, los méd icos y losestudiant i les , que habían pugnado infructuosamente en el

pasad o po r lograr una est ructu ra pol ít ica di ferente para

Page 79: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 79/180

gabnel vargas lozano 77

nues t ro pa ís . Pero , adem ás , en e l t ras fondo la t inoamericanose encontraban ya los movimientos guerri l leros que aparecíanen Bras il , Venezu ela , Colom bia , Nicaragua, M éxico.

En ju lio de 1968 se inicia el mo vim ientoestudianti l-popular . ¿Se tra taba d e una revolución? D esdeluego que no . Se t ra taba de un a pro tes ta espontán ea ypacífica , tanto q ue a lgunos decían que era sólo un pr od uc todel desc on ten to de las c lases medias . Y au nq ue losestu dian tes e n su ma yoría e ran hijos de esas clases, lasband eras asum idas logra ron hacer que el pueb lo las adopta racom o suyas . El m ovim iento en s í mism o nun ca bu scótrans formar e l s i stema por ese m edio , po rqu e sus m iemb roseran conscientes de que éste tenía límites. Se trataba sólo delogra r cie rtas dem and as que hoy puede n se r cons ideradas ensu ju st a dim en sió n: la libe rtad d e los preso s políticos, laderogación de los artículos 145 y 145 bis del Código P enal , ladestitu ción de los jefes policiacos qu e había n violado laautonomía univers i taria . Pero es te movimiento surgía en e lcruce de las corrie ntes l ibertarias de nu estro país y a l mism otiempo se en lazaba espo ntán eam ente con o t ros movim ien tosde p rote s ta juveniles en diversas partes del m un do . Y aquícomo allá la rebelión tuvo dos frentes de batalla: el

auto ri tarism o del Estado y e l bur ocra t ism o d e la vie jaizquierda.

D ura nte los meses de agosto y septiem bre d e 1968, elmovimiento creció en forma gigantesca . Había logrado loque la vie ja izquierda no h abía pod ido ha cer desp ués detantos a ños: volverse expres ión f ie l de las dem an das delpu eb lo. Pe ro ésa sería su fuerza y su deb ilidad. Su fuerza,po rqu e en carna ba las dem anda s de la poblac ión ; y sudebi l idad , porque se t ra taba de un movimien to espontáneo .Fue en tonces c uan do e l gob ie rno dec id ió acabar con un ac tosalvaje las espe ranz as d e aquella ge ner ació n en la Plaza d e lasTres Culturas . Algún día sabremos con precis ión losa rgumentos que se tomaron en cuen ta para adopta r aque l ladecis ión, pero cualquiera que hubiera s ido es taba dic tada porel autori tarismo y la arbitrariedad que habían re inado enM éxico. El 2 de oc tub re de 1968 cundi ó e l ter ror en la c iudadde México, pero tam bién en to do e l país . Aq uí es necesarioagregar algo que no se ha dicho con suficiente fuerza: en la

c iudad de México, durante los meses de ju l io , agosto y

Page 80: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 80/180

7 8

septiem bre , los es tudiantes vivieron la jubilos a experiencia dela rebelión en c ont ra del stablishment y e l p r imer exper im entode la dem ocracia m od ern a, p ero en e í res to del país larebelión tuvo e l carácter de un a verdad era im plosión. Elautoritarismo cerró filas; se volvió más opresivo, mostró sucara más agresiva . Puebla , Tab asco, Ch ihuah ua, Sinaloa,G ue rre ro, Sonora , M onte rrey o Ja l isco fueron escenariostam bién d e la repres ión . En aquel ento nces e l auto r de es taslíneas era d irig ent e de la Facultad de Filosofía y Letras d e laUn iversida d de Guad alajara. Y allí quie nes nos solidarizamo scon e l m ovim iento sufrimos secuestros , tortu ras yexpuls iones p or p arte , no de la policía o del e jérc i to , s ino d eun g rupo de porros que había asum ido las funciones deaquéllos y pro ced ido a cuidar día y noc he, por órd ene s delgob ierno , los edific ios d e la Univers idad, im pidie ndo , asangre y fuego, tod a expres ión de solidaridad con e lmo vimien to . No. Noso tros no logramos exper im enta r e l gocede la democracia, s ino sólo el castigo por nuestra osadía dequ ere r exp resarn os l ibrem ente en nu estras escuelas . Los jefesde esta mafia fueron premiados por el Estado con edificios,autos, dinero en efectivo, relojes de oro con una inscripciónde agrad ecim iento del prop io Díaz Or daz. Y luego fueronrectores y directores de escuelas de aquella univers idad. N ofue, entonces, casual que Guadalajara se convirtiera, despuésde 1968, en uno de los centros guerrilleros más fuertes. Perotod o es to dem ues tra qu e una cosa es e l n ivel dem ocrá ticoalcanzado en la ciudad de México y algunas partes de larepública , y otra es la s i tuación pasada y pres ente en tod oel país.

El 2 de octubre de 1968 fue, para un sector radicalizado, els igno de qu e no había m ás sa l ida qu e la gue rrarevolucionaria . P arecía que todas las condicion es es tabandadas : había miseria , explotación y opres ión. El gob iern o nohabía to lerad o ni s iquiera un m ovim iento a favor de lasl ibe r tades demo crá t icas . Pero lo que no sup ie ron en t end erlos qu e tom aro n esa vía fueron dos fenóm enos in éditos : po run la do, el hec ho de qu e e l s is tema reaccionaría en formarápida, y ya en 1970 estaba dado un giro de 180 grados a supolítica, haciendo todos los esfuerzos por apagar el fuego quehabía in cen diad o la pra der a . El s is tema abso rbió loss ímbo los , coop tó a los in te lectuales, com ba do a sus

Page 81: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 81/180

gabriei vargas lozano 79

opositores con las fuerzas armadas, aisló a los gruposguerri l leros e in ic ió un pr oces o de reform a polí tica qu e ten íacomo objetivo legalizar la oposición y domesticar la luchapolí tica . Lo que tenía que hab er hec ho en 1968, evitando un

ba ño de sangre , lo em pez ó a hacer en 1970 y 1976. Lo m ismoocurrió , toda proporción guardada, en los paísesdesarro llados . El s is tema es tad oun iden se com ercia lizó a l Che

Guev ara y se re t iró d e Vietnam . La única qu e no ap ren dió lalección fue ía buro cracia d om ina nte e n la ex URSS, qu e seenc erró en sus fronteras y se neg ó a camb iar. Esta posic iónser ía pagada mas ta rde con su prop io d erru m be . Pero e l o t rofenómeno era todavía más profundo. Se tra taba de laprim era m anifes tación de una necesidad universal : la

necesidad d e la dem ocracia . En efecto , los mo vim ientos qu ese efectuaron en 19 68 en Eu rop a del Este m ostra ron q ue e ldesarrollo de aquellas sociedades requería un profundocambio democrático, que afloró en 1989. De igual manera ,en nu estro país la necesidad d e la dem ocracia fue puesta demanifies to ju s ta m en te en e l m ovim iento de 1968. Estem ovim iento tuvo la vir tud d e pres io nar e l sis tema polí t icopara qu e inic iara un p roce so qu e se ha l lamado "de transic ióna la dem ocracia" . A m i juic io , éste es e l cam bio m ás pro fun do

que se op er ó en n ues tro país . Sin em bar go , es te cam bio noha logrado su verdad era im plan tac ión en nu es t ro pa ís. Sobreel tem a de la dem ocracia , quis iera decir que es necesariodis t inguir lo que consti tuye una dem ocracia polí tica(p re do m ina n te m e n te fo rma l y p roc e d ime n ta l ), y queconsti tuye un avance en e l proce so de negociación e ntr e lasfuerzas que detentan e l poder con la mediación de lavo lun tad d e un un iverso de c iudadanos , y un a dem ocrac iaradical, que consti tu ir ía un a dis tr ibución equita tiva de la

economía, de la política y de la cultura. Esta democraciaradical coincidiría, a mi jui cio , con las de m an da s h istóricasdel socia lismo, pero dejaría com o incógnita la form a qu easum iría el cam bio his tórico. Con re lación a lo an terior ,quisiera decir que, hasta ahora, en la historia los cambios seha n op e ra d o s i e mpre me d ia n te una c ombina c ión e n t re la stransformaciones revolucionarias del s is temaeconóm ico-polí t ico y un a transform ación de las formas deconciencia . A pesar de e l lo , los sucesos de 1989 d em ost rar on

que, en c iertas condiciones , es posible un cambio mediante

Page 82: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 82/180

80 ensayos

movimientos pacíf icos. Esto ha hecho que el concepto derevolución se vuelva pol isém ico.

Ho y estam os a veint icinco años de d istancia de aqu el losacon tec im ien tos. Y es jus t am en te e l m om ento de

pre gu ntarn os : ¿el mov imiento de 1968 en México t r iunfó ofracasó? El movimiento del '68 demandó la derogación delartículo 145 y 145 bis del Código Penal, la l ibertad de lospreso s pol í ticos y l ibertade s demo crát icas. Sus dem and asfueron con segu idas en cier ta me dida . La ola de subjetividades ta l ló cont ra e l mu ro de l autor i ta r i smo, pero , como ocu rresiempre en el r i tmo marí t imo, se preparan otras nuevas.Antes de 1968 era impen sable un par t ido de opos ic iónlegalizado, un mov imiento po r los derechos h um ano s y

l ibertades de exp resión y organización pol ít icas. Hoy vivimosla eclosión d e los mov imiento s sociales y el pro ceso def ragmentac ión de un pod er o t rora mon ol í t ico . Pero elautoritarismo se niega a morir. Disfrazado con piel de oveja,se enc uen t ra al acecho. Hoy más que nunca requer imo sdesentrañar el profundo sent ido de la his tor ia . Hoy estamosen vísperas de cambios profundos. La clase dominante hadecid ido, p or su cuen ta y r iesgo, con duc ir el país po r la sen daque le ofreció el capi tal ismo es tado unid ense . Ha d ecidido

modif icar la estru ctu ra jur ídico-polí t ica y econ óm ica del paíspara a decu ar la a ese camb io . H a dec id ido la inserc iónsu bo rdin ad a al proc eso d e globalización, y tod o el lo estáimpl icando u n fuer te sacudim iento en todos los órden es d ela vida social. Fr en te a este nuevo escenario, se req uier eentonces que l levemos a su conclusión el movimiento de1968, en el sent ido de consol idar las demandas democrát icas,fortalecer a la soc ieda d civil y logra r que las gr an de s ma yoríaspu eda n inc id i r rea lm ente en su des t ino para acordar un

rumbo histór ico de nuestro país acorde a las mejorescondic iones de lega lidad y jusücia .

Page 83: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 83/180

POSIBILIDADESY FUNCIONAMIENTODEL CAMBIO DEMOCRÁTICOEN AMÉRICA LATINA

roberto escudero

Lo s v e r t i g i n o s o s a c o n t e c i m i e n t o s q u e s e h a n s u c e d i d o e nt o d a A m é r i c a L a t i n a y e l r e s t o d e l m u n d o e n l o s ú l t i m o s

t r e s a ñ o s , a s í c o m o l as q u i e b r a s , l o s c a m b i o s y l a s f r a n c a sl i q u i d a c i o n e s d e l o s m o d e l o s t e ó r i c o s d e la s c i e n c i a s s o c i al e s yde la f i losof ía po l í t ica , impl ican d i f icu l tades ser ias para lac o m p r e n s i ó n c i e n t í f i c a d e l o s p r o c e s o s l a t i n o a m e r i c a n o s d eg r a n d e s p e r i o d o s . E s c r i b o e s t a s l í n e a s b a j o e l i m p a c t o d e l a

n o t i c i a d e l g o l p e d e E s t a d o c u a r t e l a r i o d e l o s m i l i t a r e sh a i t i a n o s c o n t r a J e a n - B a p t i s t e A r i s t i d e , l e g í t i m o p r e s i d e n t e d el a R e p ú b l i c a d e H a i t í . E s t e g o l p e s a n g r i e n t o , o t r o e n l ah i s t o r i a d e n u e s t r o c o n t i n e n t e , n o s o b l i g a a c o n s t a t a r u n a v e zm á s q u e l as t r i b u l a c i o n e s d e la d e m o c r a c i a e n A m é r i c a L a t i n an o h a n c e s a d o y q u e s e g u i r á n p e r t u r b a n d o g r a v e m e n t e l asa s p i r a c i o n e s d e n u e s t r o s p u e b l o s .

D e s d e l u e g o , e s t a c a r a c t e r í s t i c a d e v e l o c i d a d n o e s s ó l o u nr a s g o d e n u e s t r o c o n t i n e n t e ; e s u n a c o n s t a n t e e n E u r o p a

O c c i d e n t a l , q u e t i e n d e c o n p a s o s firm es a s u u n i f i c a c i ó n , p o rl o m e n o s e c o n ó m i c a ; y e n E u r o p a d e l E s t e, d o n d e e ld e r r u m b e c a t a s t r ó f i c o d e l l l a m a d o s o c i a l i s m o re a l , y e l m á sr e c i e n t e d e l a e x U n i ó n S o v i é t i c a , n i s i q u i e r a s e h a n r e s u e l t o e n

Roberto Escudero. Fi

lósofo, profesor-inv e s t i g a d o r d e l aUAM-X, d es t acad odirigente del movimien to e s tu d i an t i l -popular de 1968 enMéxico. Ha publicado art ículos y ensayos en importan tesrevistas nacionales.

Ponencia presentada por el autor en el VI Congreso Nacionalde Filosofía, realizado en la ciudad de Chihuahua el 8 de octubrede 1991 , en la mesa "Alternativas al socialismo en A mé rica Latina*

© Dialéctica, núm. 25, pr imavera de 1994.

8 1

Page 84: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 84/180

8 2 ensayos

u n a n u e v a s i t u a c i ó n g e o p o l í t i c a p r e c i s a .E l m u n d o c a m b i a c o n c e l e r i d a d p a s m o s a , y A m é r i c a L a t i n a

n o e s l a e x c e p c i ó n . U r g e u n e s f u e r z o t e ó r i c o p o r t r a t a r d ee n t e n d e r e s t a r e a l i d a d q u e s e t r a n s f o r m a d i a r i a m e n t e .

Q u i e r o r e f e r i r m e a l a s posibilidades y fundamentos del cambio

democrático en América Latina. E n r e a l i d a d , e s t e c a m b i o y a s eh a i n i c i a d o e n v a r i o s d e n u e s t r o s p a í s e s . B a s t a m e n c i o n a r l al l e g a d a a l p o d e r p o r m e d i o d e e l e c c i o n e s , y p o r t a n t o d eg o b i e r n o s l e g a l m e n t e c o n s t it u i d o s s e n B r a s i l , A r g e n t i n a ,Uruguay y Ch i l e , pa í s es donde en e l pas ado inmed ia to ex i s t í anr e g í m e n e s q u e , p a r a e m p l e a r la ú t il t e r m i n o l o g í a d e G u i l l e r m oO ' D o n n e l I , se c o n c e p t u a b a n c o m o b u r o c r á t i c o - a u t o r it a r i o s yc u y a c a r a c t e r í s t i c a e s e n c i a l s e r í a l a d e s e r r e g í m e n e s d i r i g i d o s

p o r m i l i t a r e s e n f o r m a f r a n c a o e n c u b i e r t a .C o n t i n u a n d o c o n l a m i s m a l í n e a i n t e r p r e t a t i v a d e

O ' D o n n e l I , é s t e d i s t i n g u e d o s g r u p o s d e e s t a d o sb u r o c r á t i c o - a u t o r i t a r i o s . L o s c ri t e r i o s p a r a e s t a d i s t i n c i ó n s o nl o s d e l g r a d o d e e f i c a c i a o i n e f i c a c i a e c o n ó m i c a , y t a m b i é n e ld e l g r a d o m a y o r o m e n o r d e r e p r e s i ó n c o n t r a l o s g r u p o s yp a r t i d o s o p o s i t o r e s .

E n el p r i m e r g r u p o s e i n c l u i rí a n A r g e n t i n a , U r u g u a y yC h i l e . E n e s t o s p a í s e s h u b o , b a j o l a s d i c t a d u r a sb u r o c r á t i c o - a u t o r i t a r i a s , u n a i n t e n s a " d e s t r u c t i v i d a de c o n ó m i c a " , p a r a r e p e t i r t e x t u a l m e n t e la f u e rz a d e s c r i p t iv ad e O ' D o n n e l I , y u n a s e v e r a r e p r e s i ó n i n t e n s a y e x t e n s a .

E n el s e g u n d o g r u p o s e c o n s i d e r a n B r a s il y E c u a d o r , p a í s e se n l o s q u e l o s r e g í m e n e s a u t o r i t a r i o s , d i c t a t o r ia l e s , l o g r a r o nu n a r e la t iv a e f ic a c ia e c o n ó m i c a y a p l i c a r o n u n a r e p r e s i ó nc i e r t a m e n t e d r á s t i c a , p e r o q u e d e n i n g u n a m a n e r a a l c a n z ól o s n i v e l e s d e l o s i n c l u i d o s e n e l p r i m e r g r u p o . O ' D o n n e l Ie x t r a e d e e s t a d i s t i n c i ó n v a r i a s c o n s e c u e n c i a s e n l a s q u e ,

d a d a s n u e s t r a s l i m i t a c i o n e s d e t i e m p o , n o p o d e m o se x t e n d e r n o s a q u í , a d e m á s d e q u e s o n r e l a t i v a m e n t ei r r e l e v a n t e s p a r a n u e s t r o t e m a .

L o q u e s í e s r e l e v a n t e e s q u e e n t o d o s e s t o s p a í s e s e x i s t e nh o y g o b i e r n o s el e g i d o s d e m o c r á t i c a m e n t e p o r el p r i n c i p i o d el a m a y o r í a ; p e r o e s t e p r i n c i p i o , c o n s e r i n c l u s o e l m á si m p o r t a n t e , n o e s e l ú n i c o p a r a i d e n t i f i c a r s i n m á s a l o s s e i sp a ís e s s u d a m e r i c a n o s c o m o d e m o c r á t i c o s .

P a r a O ' D o n n e l I , e l p r o c e s o d e m o c r á t i c o e n t r a ñ a d o st r a n s i c i o n e s ; l a p r i m e r a e s p o l í t i c a : s e h a c e a u n l a d o , c o n

Page 85: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 85/180

roberto escudero 8 3

e l e c c i o n e s , al r é g i m e n b u r o c r á t i c o a u t o r i t a r i o a n t e r i o r y s ei n s t a u r a u n g o b i e r n o l e g í t i m o . E s t a t r a n s i c i ó n , m e p a r e c eo b v i o , n o a s e g u r a d e s u y o l a s o l u c i ó n d e l o s p r o b l e m a ss o c i a l e s m á s a g u d o s ; p a r a e l l o e s n e c e s a r i a u n a s e g u n d at r a n s i c i ó n . É s t a sí i m p l i c a la i n s t a u r a c i ó n , y a n o d e u ng o b i e r n o , s i n o d e u n r é g i m e n d e m o c r á t i c o q u e c o n s i d e r e l ae l e v a c i ó n d e l o s n i v e l e s e c o n ó m i c o y c u l t u r a l , e n l a a c e p c i ó nm á s a m p l i a d e e s t e ú l t i m o t é r m i n o .

U n gob ie rno dem ocrá t i co no a s egu ra u n r ég imen dem ocrá t i co .E n s u c o n d i c i ó n d e p o s i b i l i d a d , l a d e m o c r a c i a p o l í t i c a e s u nl o g r o e n sí m i s m a , p e r o p u e d e i n c l u s o f ra c a s a r r o t u n d a m e n t es i n o s e p r o l o n g a e n l a s e g u n d a t r a n s i c i ó n . E n l a r e l a c i ó ne n t r e a m b o s a s p e c t o s d e la d e m o c r a c i a , a m i j u i c i o , s e p u e d ee n c o n t r a r u n p u n t o d e i n t e r s e c c i ó n e n e l q u e s e e n c u e n t r a n yc o m b i n a n , d e m u y d i s t i n t a s m a n e r a s , p o s i t i v a s o n e g a t i v a s , l ap o l í t i c a y l a e c o n o m í a . O ' D o n n e l l e x p l i c a e s t a r e l e v a n c i a :

Por dos razones es importante dejar sentada es ta dis t inción:una, porque la conquis ta de la democracia polí t ica me parecesumamente valiosa por s í misma; la otra, porque la dis t inciónentre la democracia política, por un lado, y la democratizaciónsocioeconómica y cultural , por eí otro, es precisamente lo quenos permite explorar las relaciones y variaciones entre ambas.

E s t a ú l t i m a c o n s i d e r a c i ó n i m p l i c a , a m i j u i c i o , u n n iv e lt e ó r i c o - a b s t r a c t o m á s e l e v a d o q u e r e s p o n d e a l a s p r e g u n t a s :¿ q u é es l a d e m o c r a c i a p o l í ti c a c o m o f o r m a y c o m o p r o c e s o ?¿ C ó m o p o d e m o s d i s t i n g u i r l a d e o t r a s f o r m a s , e n n u e s t r oc a s o l a b u r o c r á t i c o - a u t o r i t a r i a ? P a r a m í , e s t á c l a r o q u e e s t ad e m o c r a c i a i m p l i c a u n a p l u r a l i d a d d e p a r t i c i p a c i o n e s c u y ae x p r e s i ó n m á s a c a b a d a s e r ía l a p l u r a l i d a d d e p a r t i d o spo l í t i cos . Es conven ien te c i t a r l a de f in ic ión a l a que s ea d h i e r e O ' D o n n e l l , y q u e es l a q u e e n u n c i a R o b e r t D a h l e nl os s i g u i e n t e s t é r m i n o s :

. . . todos los ciudadanos deben tener la l ibre oportunidad de: a)

formular sus preferencias , b) expresar sus preferencias a otrosciudadanos y al gobierno por medio de acciones individualesy colectivas, c) conseguir que sus preferencias tengan elmismo peso que otras ante el gobierno, es decir , que no seandiscriminadas po r el conte nido o la fuente de esas preferencias.

Page 86: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 86/180

84

Es fácil advertir que esta definición alude a los requisitos opresupuestos formales de la democracia ; s in embargo, creoque todos aquellos que han pensado en e l asunto, en lo quese refiere a las dos transiciones, y esto es particularmenteim po rtan te pa ra América La t ina , e s tán de acuerdo en que n obasta e l princ ipio form al d e la dem ocracia , que se refiere enel fondo a la soberanía popular , s ino que es menestertambién fijarse en las consecuencias de la democracia, en loque O'Donnell ha dis t inguido como la segunda transic ión, yque es conocido por otros autores como el principio de la

justicia distributiva, es decir, el reparto equitativo de losbiene s y los servic ios de qu e dispo ne u na sociedad.

U no es , pue s , e l n ivel pro pia m en te po lí tico de ladem ocrac ia y otr o es el n ivel socioec onóm ico y cultura l . Enté rm inos de Giovanni Sar to r i (Teoría de la democracia, AlianzaEditoria l M exicana, 1989, p . 574), un a es la pro duc ción yotros son los resultados de la democracia , pero ambosaspectos —o t rans ic iones , según O 'Donne l l— han de es ta rsólidamente vinculados s i se quiere hablar de democracia .Sería , entonces , necesario un gobierno e legido por lamayoría (principio formal) , que dis tr ibuyera equita t ivamentelos benefic ios producidos por la sociedad.

Como todo e l mundo sabe, ac tualmente as is t imos enAmérica Latina a l t r iunfo o a l re torno de la democracia en loque se refiere al nivel político o la primera transición, y éstaes, hay qu e repe tir lo , valiosa en sí mism a. N o po de m osempeñarnos en n ingún proceso po l í t ico democrá t ico deninguna especie s i no cumplimos con sus requis i tos formales :hay que saber con quién está la mayoría. Es és ta la q ue do ta deco nt en ido a la forma; e n otras p alabras , lo qu e es formal es ladefinic ión de democracia ; e l proceso mismo es tá l leno dec o n t e n i d o .

Esto lo saben muy bien los nicaragüenses , quienes vieroncon tr is teza , compart ida por nosotros , cómo se les iba de lasm anos un po de r que hab ían ins ta urad o po r la fuerza de lasa rmas . Por supues to , e l imper ia l i smo nor te am erican ocontr ibuy ó dec is ivamente , y no po día se r de o t ra m ane ra ,para e l t r iunfo e lectoral de la derecha. Pero, en mi concepto,ni e l go bie rn o, ni e l part i do, e l Fr en te Sandinis ta deLiberac ión N ac iona l , pod ían n i deb ían d e ten er e l p rocesodem ocrá tico , y e l principio d e és te es la mayoría , y no hay

Page 87: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 87/180

roberto escudero 8 5

manera de conocer la preferencia de ésta s i no es contandolos votos. El resultado en Nicaragua: una victoriacontundente para los conservadores proimperial is tas y una

derrota para los revolucionar ios . Pero éstos mant ienenintactas su estru ctu ra p art ida ria y sus bases sociales; son, dehec ho , e l par t ido m ayori tar io en su país, es decir , co nt inú aninser tados como una presencia act iva en el procesodem ocrá t ico, cosa qu e no creo qu e vaya a ocu rr i r en C ubacu an do , com o es previs ible , se venga abajo el régime n deFide l Cas t ro , pol í t icamen te una d ic tadura y econó micam enteun fracaso.

Durante mucho t iempo, los socialistas de tradición

marxis ta nos sol idar izamos con el régimen cubano, porquecreíamos que se pod ía instaurar un régim en económico-socialdem ocr ático y socialista sin cu m plir con el requ isi to de laselecciones, q ue se pod ía l legar a la justicia social y distributivasin qu e ésta se fund ara en el prin cipio p olí t ico que le daor igen: la soberanía popular . Desde Rousseau, sabemos queésta debe ser per iódicamente cuest ionada, es decir ,consul tada. Nunca se puede iniciar de ot ro modo el procesodem ocrát ico; s i se hace algo dis tinto, se está habla nd o d e otracosa y no d e dem ocracia .

Por lo menos hasta la década de los setenta, los socialistasmarxis tas , seducidos po r la toma del po de r jaco bin a yrevolucionar ia , desdeñ am os el pr incipio de la dem ocrac ia yprestam os mayo r atención a sus resul tados. Ho y sabem os q ueambos van de la mano; pero aún más: ahí donde se postergaindef inidamente el pr imero, no se puede cumpli r con elseg un do . Si no hay dem ocracia pol ít ica , no p ue de hab erdemocracia económica. ¿Alguien duda de que la democraciaes esencialm ente un co nce pto pol ít ico?

Sin embargo, no se trata de hacer un fetiche de ladem ocracia . Casi nadie consid era que ésta es un rem edio per

se para los graves males de nuestras sociedades. Yo diría quees un a condición n ecesar ia , au nq ue n o suf iciente , paracom enza r a resolver esos prob lem as. La dem ocrac ia n oresuelve po r s í misma los prob lem as del crecim iento y eldesarro l lo que enfrenta la total idad de nu estros países .

Creo que a los marxistas nos hace falta recuperarpre cisa m ente la tradición polí t ica del l iberalismo y de ladem ocracia; que no basta con decir , aunq ue esto es cier to,

Page 88: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 88/180

8 6

q u e el d e r r u m b e d e l l l a m a d o s o c i a li s m o r e a l n o t i e n e n a d aq u e v e r c o n e l s o c i a l i s m o d e r a i g a m b r e m a r x i s t a . E s n e c e s a r i od e c i r q u e e l s o c i a l i s m o , e n c u a l q u i e r a d e s u s v e r t i e n t e s , n oe s t á a l a o r d e n d e l d í a , q u e n o e s t á e n l a a g e n d a i n m e d i a t a d ec as i n i n g ú n p a r t i d o , d e n i n g u n a c o r r i e n t e d e n i n g ú n p u e b l od e A m é r i c a L a t i n a .

Y n o l o e s t á p o r q u e , s i e l c a m i n o d e l a p r i m e r a t r a n s i c i ó n— p i é n s e s e o t r a v ez e n N i c a r a g ua — e s t á m á s q u e d i f i c u l t a d op o r l a p r e s e n c i a d e l os p o d e r o s o s i n t e r e s e s e s t a d o u n i d e n s e s ,y a c e p t a d o e s t o , ¿ c ó m o s e r ía e l c a m i n o d e l s o c i a l is m od e m o c r á t i c o e n n u e s t r a s t i e r r a s ? L a c ú p u l ab u r o c r á t i c o - m i l it a r e s t a d o u n i d e n s e s e o p o n d r á a a q u é l c o nt o d a s s u s f u e r z a s, q u e s o n m u c h a s . E l p o s i b l e d i s e ñ o d e u n an u e v a e s t r a t e g i a s o c i a l i s t a h a d e c o n t a r a h o r a c o n l ap r e s e n c i a h e g e m ó n i c a e x c l u s i v a d e l i m p e r i a l i s m o y a n q u i .

P a r a h a b l a r b r e v e m e n t e d e l a p a r a t o p o l í t i c o d e l o s E s t a d o sU n i d o s , v o y a a c u d i r , n o a u n p o l i t ó l o g o n i a u n c i e n t í fi c os o c i a l ; v o y a c i t a r a l g r a n e s c r i t o r n o r t e a m e r i c a n o G o r e V i d a l ,q u i e n , e n u n a d e s u s v a r i a s p o l é m i c a s c o n N o r m a n M a i l e r , e nm a y o d e 1 9 9 1 , d e c l a r ó l o s i g u i e n t e :

No tengo interés en ninguno de los part idos polí t icos en tantoque so n e l mism o par t ido pol í tico , y , mientras m ás pro nto nosdese mb arace mo s de es te s istema, mejor . Ya no tenemo s u narepúbl ica . Te nem os u n Es tado de segur idad nacional. Ymientras más rápido caiga, mejor . Me gustar ía hacerlo de unam ane ra orde nad a, a t ravés de una convención cons t i tuc ional ,la cual fue pres cri ta po r Tho m as Jefferson un a vez po rgeneración. (Carole Mallory, "Norman Mailer y Gore Vidal: lagran conversac ión" , en El Nacional Do minical, s u p l e m e n t ocul tura l de El Nacional, México, 29 de septiembre de 1991,p . 24.)

D e p a s a d a , G o r e V i d a l a l u d e a a l g u n o s d e l o s g r a n d e st e m a s d e l a f i l o s o f í a p o l í t i c a c o n t e m p o r á n e a , e n l o s q u e a q u ín o m e p u e d o d e t e n e r : e l d e s e n c a n t o d e l a p o l í t i c a , l as u p r e m a c í a d e l a b u r o c r a c i a m i l it a r e s t a d o u n i d e n s e y l ar e f u n d a c i ó n d e l p a í s s o b r e l a b a s e d e u n n u e v o p a c t o s o c i a l.B a s t e d e c i r q u e c u a n d o q u i e r e a c a b a r c o n e s e s i s t e m a d e u n a

m a n e r a o r d e n a d a , lo q u e e s tá p i d i e n d o e s q u e se a c o n r e g la sd e l j u e g o d e m o c r á t i c a s .

Page 89: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 89/180

roberto escudero

P a r a t e r m i n a r , e l c a s o d e M é x i c o . P i d o d i s c u l p a s p o r s e rt a n b r e v e y , t a l v e z , t a n e s q u e m á t i c o . N u n c a s a b r e m o s s ir e a l m e n t e g a n ó S a l i n a s l a s e l e c c i o n e s d e l ' 8 8 ; l a n u l at r a n s p a r e n c i a e l e c t o r a l c u e s t i o n a l a l e g i t i m i d a d d e S a l i n a s. D et o d a s m a n e r a s , e s e l p r e s i d e n t e , a u n q u e n o s e p u e d e s a b e r s ic u m p l i ó c o n el r e q u i s i t o d e la o b t e n c i ó n d e la m a y o r í a . P e r oé l s a b e q u e n o s o t r o s n o s a b e m o s e i n t e n t a , p o r t o d o s l o sm e d i o s a s u a l c a n c e , e m p e ñ a r s e e n l o s resultados de l ad e m o c r a c i a , e n u n a r e e s t r u c t u r a c i ó n a f o n d o d e l a b a s es o c i o e c o n ó m i c a , a t o d a s l u c e s i n j u s t a . E n M é x i c o h a y l am a y o r c o n c e n t r a c i ó n y c e n t r a l i z a c ió n d e c a p it a le s d e A m é r i c aLa t ina , hay l a s gananc ias más f abu los as de l cap i t a le s p e c u l a t i v o , h a y u n a d e l a s d i s t r i b u c i o n e s d e l i n g r e s o m á si n j u s t a s d e l m u n d o . D e l l a d o d e i o s o b r e r o s , e n M é x i c o l af u e r z a d e t r a b a j o e s m á s b a r a t a q u e e n T a i w á n y e n C o r e a .

N o v e o c ó m o e l r é g i m e n d e C a r l o s S a l i n a s p o d r á r e s o l v e rl a s n e c e s i d a d e s e l e m e n t a l e s , a n i ve l d e s u b s i s t e n c i a , d e l a sm a y o r í a s d e n u e s t r a p o b l a c i ó n . S i m p l e m e n t e l o s r e c u r s o s d e lP r o n a s o l n o a l c a n z a n . P e r o t a m b i é n e s t o l o s a b e S a l i n a s , y é ln o q u i e r e r e s o lv e r e l a n t e r i o r c o n j u n t o d e p r o b l e m a s , p e r oh a t e n i d o é x i t o e n o t r o t e r r e n o i m p o r t a n t í s i m o : e l d e l am e n t a l i d a d c o l e c t i v a . C r e o q u e i n c l u s o h a l l e g a d o a c r e a r l a yc o n f o r m a r l a a p a r t i r d e l a s expectativas de que l a s cos asc a m b i e n p a r a m e j o r a r e n e l n i v e l s o c i o e c o n ó m i c o . E s t ae s p e c i e d e i d e o l o g í a , h a y q u e r e c o n o c e r l o , e s t a n e l e m e n t a lc o m o e x i t o s a .

S i l e f u n c i o n a c o m o é l q u i e r e e l T r a t a d o d e L i b r eC o m e r c i o , h a b r á s o b r e e l p a í s u n a d e r r a m a d e c a p i t a l e se x t r a n j e r o s q u e m e j o r a r á n s e l e c t i v a m e n t e l a s i t u a c i ó ne c o n ó m i c a d e a l g u n o s s e c t o r e s d e l a s o c i e d a d m e x i c a n a , p e r oe s t o p o c o t i e n e q u e v e r c o n l a j u s t i c i a d i s t r i b u t i v a q u e s ep l a n t e a c o m o l a a l t e r n a t i v a q u e t i e n e q u e v e r c o n l o sresultados e q u i t a t i v o s d e l a d e m o c r a c i a . A l o s u m o , y s i l asc o s a s m a r c h a n b i e n p a r a S a l i n a s y s u c o m i t é d et e c n o b u r ó c r a t a s , h a b r á u n a d e m o c r a c i a c o n t r o l a d a d e s d ea r r i b a . P e r o , ¿ q u i é n c o n t r o l a a l o s c o n t r o l a d o r e s ? E s ad e m o c r a c i a e s s e n c i l l a m e n t e u n a c o n t r a d i c c i ó n e n l o st é r m i n o s .

E l E s t a d o m e x i c a n o n o e s d e m o c r á t i c o , p e r o t a m p o c o e su n a d i c t a d u r a , c o m o l o f u e r o n l as s u d a m e r i c a n a s q u eG u i l l e r m o O ' D o n n e l l i n c l u y e e n s u s d o s g r u p o s . A m i j u i c i o ,

Page 90: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 90/180

8 8 ensayos

e l E s t a d o m e x i c a n o e s d e u n a u t o r i t a r i s m o sui generis q u ep r e s c i n d e d e l s e c t o r m i l i t a r p a r a l a t o m a d e l a s d e c i s i o n e sp o l í t i c a s y q u e s e c a r a c t e r i z a r í a e s e n c i a l m e n t e p o r e l s i g u i e n t ef a c t o r: p r e s i d e n c i a l i s m o , l e g a l y e x t r a l e g a l . É s t e e s e l f a c t o rc u y a t e n d e n c i a h a s i d o m á s v i g o r o s a m e n t e f o r t a l e c i d a p o rC a r l o s S a l i n a s : f o r m a s d e c o n t r o l r í g i d a m e n t e j e r á r q u i c a s , d ea r r i b a a a b a j o , d e l o s s e c t o r e s c a m p e s i n o , o b r e r o y p o p u l a r .T a l es e l l l a m a d o c o r p o r a t i v i s m o m e x i c a n o ; e l p o d e r y lac o r r u p c i ó n d e l o s líderes o b r e r o s e n n a d a s i r v e n a l a p o l í t i c amodernizadora d e C a r l o s S a l i n a s y , m á s b i e n , c o n s ud e s a p a r i c i ó n , l a f u e rz a d e tr a b a j o m e x i c a n a p o d r í al i b e ra l i z ar s e si n a q u e l m e c a n i s m o d e c o n t r o l , y s e r i a e n t o n c e so t r a v e n t a j a p a r a l o s g r a n d e s c a p i t a l e s q u e i n g r e s a r í a n a l p a í s ,d e a c u e r d o c o n el T r a t a d o d e L i b r e C o m e r c i o ; p e r o e s t ad e s a p a r i c i ó n p o s i b l e d e l c o r p o r a t i v i s m o e n n a d a a f e c t a r í a l ae s t r u c t u r a a u t o r i ta r i a d e l E s t a d o m e x i c a n o .

F i n a l m e n t e , e s c l a r o q u e l a alternativa al proyecto soc ialista

q u e h e t r a t a d o d e e s b o z a r e n e s t a p o n e n c i a s e p l a n t e a e n e li n t e r i o r d e l s i s t e m a c a p i t a l i s t a , y n o p o d í a s e r d e o t r a m a n e r a .Si, c o m o h e t r a t a d o d e e x p l i c a r , e l p r o y e c t o s o c i a l i s t a m i s m oe s in v i a b l e e n c u a l q u i e r p a r t e , a m i j u i c i o , y p a r a l as f u e r z a sd e l a i z q u i e r d a , s e t r a t a r í a d e a p l i c a r s e a l r e s c a t e í n t e g r o d e l ad e m o c r a c i a , t a n t o p o l í t i c a c o m o e c o n ó m i c o - s o c i a l . A s i s t i m o sa l a e m b e s t i d a a p a b u l l a n t e d e l p e n s a m i e n t o y l a a c c i ó nc o n s e r v a d o r a s i n t e r n a c i o n a l e s , i n c o r p o r a d a s a l a t e o r í a y l ap r á c t i c a d e l n e o l i b e r a l i s m o . A n t e e s t a o f e n s iv a , p a r e c e n o s e rp o c a c o s a a q u e l r e s c a t e d e l a d e m o c r a c i a .

D e t o d a s m a n e r a s , a u n q u e l o s o b j e t i v o s s o c i a l i s t a s s ee n c u e n t r a n , n o s ó l o a l a d e f e n s i v a , s i n o e x i s t e n t e s c o m o u n am e r a u t o p í a , p o d r á n t a l v e z r e e d i t a r s e e n e l f u t u r o s ó l o c o n l a

v o l u n t a d c o m p r o m e t i d a d e q u i e n e s c r e e m o s e n e l l o s , yp o r q u e , a d e m á s , h o y s a b e m o s q u e c o n t i n ú a s i e n d o c i e r t o q u ee l c a p i t a l i s m o n o r e s u e l v e l os p r o b l e m a s f u n d a m e n t a l e s d el o s i n d i v i d u o s y d e l a s o c i e d a d . E n e s t a s c o n d i c i o n e s , e lm a r x i s m o r e v o l u c i o n a r i o t o d a v í a t i e n e q u e d e c i r y h a c e rm u c h a s c o s a s q u e e l d í a d e h o y e s t á n p e n d i e n t e s .

Page 91: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 91/180

AMÉRICA LATINA:LAS ENSEÑANZASDE LAS CRISIS POLÍTICAS

lucio oliver

La s i n s u f i c i e n c i a s y d e b i l i d a d e s d e la d e m o c r a c i ai n s t it u c i o n a l e n A m é r i c a L a t i n a h a n i m p e d i d o q u e é s t a

s ea e l med io p r iv i l eg iado de pa r t i c ipac ión , au toconoc imien to ydes a r ro l lo de nues t r a s s oc iedades , t a l como acon tece en c i e r t am e d i d a e n E u r o p a o e n l o s E s t a d o s U n i d o s . L a i m a g e n d eestabil idad ins t i tucional civil izada que forma el ideal de los paísesde l cap i t a l i s mo des a r ro l l ado n o s e co r r e s p on de con la riquís imadinámica in terna de procesos e lec tora les , con so luciones pol í t icase x t r a i n s t i t u c i o n a l e s , g o l p e s d e E s t a d o , c r i s i s p r e s i d e n c i a l e s ,r e f o r m a s a b r u p t a s , e t c é t e r a , q u e p r o v o c a n la i n e s t a b i l i d a d d en u e s t r o s p a ís e s y q u e m u c h a s v e c e s c o n s t i t u y e n e l m e d i o d ea v a n c e y t r a n s f o r m a c i ó n d e l as s o c i e d a d e s d e l a r e g i ó n .

P a r t i r s ó l o d e l o s i n d i c a d o r e s d e l a d e m o c r a c i a y d e l ae s t a b i l i d a d i n s t i t u c i o n a l n o s l l e v a r í a , e n l a g r a n m a y o r í a d ec a s o s d e A m é r i c a L a t i n a , a l e e r e q u i v o c a d a m e n t e l a r e a l i d a d .P o r e s o t e n e m o s q u e a c u d i r t a m b i é n a l a s c r is i s p o l í t i c a s p a r a

e x p r e s a r n o s , a u t o c o n o c e r n o s y d e s a r r o l l a r n o s . P o r l o m e n o s, pa ra l a s oc io log ía c r í t i ca l a t ino am er i ca na , l a s c r i s is po l í t i ca s

s o n m u y s i g n i f i c a t i v a s . A l g u n a s v e c e s n o s e n t r e g a n u n ai m a g e n b a s t a n t e m á s a d e c u a d a q u e l o s i n d i c a d o r e s a l t a m e n t ec i v i l i z a d o s p a r a m e d i r e l d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o , s o c i a l yp o l í t ic o d e la r e g i ó n . D e la m i s m a m a n e r a q u e l asr e v o l u c i o n e s p o p u l a r e s d e E u r o p a d e l E s t e a c a b a n d e m o s t r a ru n a r e a l i d a d e s e n c i a l m e n t e d i v e r s a a l a v e r t i d a p o r l o sm e d i o s i d e o l ó g i c o s y p o l í t ic o s o f ic i al e s, e n A m é r i c a L a t i n as u c e d e q u e p a r a e n t e n d e r n o s m e j o r e n n u e s t r o s p r o c e s o sconv iene acud i r a l a s c r i s i s po l í t i cas y s oc ia le s .

logo, profesor e in-v e s t i g a d o r d e lCELA de la Facultad de Ciencias Políticas y Sociales de laU N A M . M i e m b r ode l Conse jo E d i to rial de Dialéctica. H ap u b l i c a d o e n s a y o sen revistas nacionales y e xtranjeras .

© Dialéctica, núm . 25 , pr imavera de 1994.

8 9

Page 92: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 92/180

9 0

A d e m á s , e l e n f o q u e d e e s t u d i a r l a r e a l i d a d a p a r t i r d e l a sc r i s i s t i ene una g ran ven ta ja : muchas veces lo s aná l i s i sb a s a d o s e n l o s m o d e l o s d e m o c r á ü c o s i n s t i t u c i o n a l e s n ot i e n e n q u e i n s i s t i r n i p o n e r é n f a s i s e n l o s p r o b l e m a s d efondo , en lo s s u je to s , l a s opos ic iones r ea le s , n i en l a s s a l idasu rgen tes a l a s i tuac ión . Pe ro en lo s aná l i s i s de l a s c r i s i s e s o s ev u e l v e i n e v i t a b l e .

En lo s ú l t imos c inco años s e han p roduc ido c r i s i s po l í t i casp r o f u n d a s e n d i v e r s o s p a í s e s d e l a r e g i ó n q u e h a n a f e c t a d o s uv ida in s t i tuc iona l . Des tacan po r su p ro fund idad l as hab id as enM é x i c o e n 1 9 8 8 , H a i t í e n 1 9 9 1 - 1 9 9 3 , P a n a m á e n 1 9 8 9 , P e r úe n 1 9 9 2 , V e n e z u e l a e n 1 9 9 2 - 1 9 9 3 , B r a s i l e n 1 9 9 2 , N i c a r a g u ae n 1 9 9 0 - 1 9 9 3 y G u a t e m a l a e n 1 9 9 3 . E s t o s i n c o n s i d e r a r p a í s e sq u e n o h a n p o d i d o c o n s t r u i r u n f u n c i o n a m i e n t o i n s t i t u c i o n a ld e m o c r á t i c o l e g í ti m o y ü e n e n r e c u r r e n t e s c ri si s i n t e r n a s ,c o m o E l S a l v a d o r , H o n d u r a s , e t c é t e r a .

N o s p r e g u n t a m o s , ¿ q u é m u e s t r a n d e c o m ú n e s a s d i v e r s a sc r i s i s p o l í t i c a s ? , a s u m i e n d o q u e e n a l g u n o s c a s o s s e t r a t a d es i t u a c i o n e s e n l a s q u e n o s e c u e s t i o n a e l t i p o d e s o c i e d a d ,s i n o q u e s e d i s p u t a l a g o b e r n a b i l i d a d , s i t u a c i ó n e n q u e a ú nno s e ve a f ec tada l a l eg i t imidad de lo s e s t ados —todav ía ,como han s ido lo s cas os de Bras i l y Méx ico—, mien t r a s que eno t ros cas os l a c r i s i s po l í t i ca pone a l a s oc iedad a l bo rde de unv e r d a d e r o c u e s t i o n a m i e n t o a l a l e g i t i m i d a d d e l E s t a d o , c o m oe n V e n e z u e l a , P e r ú , H a i t í , P a n a m á , N i c a r a g u a , G u a t e m a l a .

La mayor ía de l a s c r i s i s po l í t i cas l a t inoamer icanas de lo sú l t i m o s c i n c o a ñ o s m u e s t r a , e n p r i m e r l u g a r , u nd i s t a n c i a m i e n t o e s e n c ia l d e l os g o b i e r n o s r e s p e c t o d e la sg r a n d e s m a y o r í a s d e la p o b l a c i ó n , y q u e h a n o p t a d o p o r d a rl a e s p a l d a a l o s p r o b l e m a s d e l a m a r g i n a l i d a d c r e c i e n t e , d e l ad e p e n d e n c i a y d e l a t r a s o e s t r u c t u r a l , y a p l i c a r u n a p o l í t i c a d e

c a p i t a l i s m o n e o l i b e r a l , d e a s o c i a c i ó n s u b o r d i n a d a ,he ge m on iz ad a p o r l a s in s t i tuc ion es financie rass u p r a n a c i o n a l e s y p o r e l E s t a d o im p e r i a l e s t a d o u n i d e n s e .

Prec i s amen te en l a s c r i s i s s e ap rec ia que l a mayor ía de l ap o b l a c i ó n d e A m é r i c a L a t i n a n o c o m p a r t e l a s p o l í t i c a sn a c i o n a l e s y n o d e c i d e l a s c u e s t i o n e s s u s t a n c i a l e s d e s u sp a í s e s , n i e n l o s c a s o s e n q u e h a a p o y a d o c o n e l e c c i o n e sm a y o r i t a r i a s p r e v i a s a l o s g o b i e r n o s v i g e n t e s , t al c o m o f u e r o nl o s c a s o s d e V e n e z u e l a , P e r ú , B r a s i l, M é x i c o , N i c a r a g u a o

G u a t e m a l a .

Page 93: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 93/180

lucio oliver 9 1

Lo anter ior demuestra el grado en que las burocraciaspolí t icas ejecutivas de América Latina se han convertido enórganos au tóno mo s de pod er en la soc iedad, basados en unaracional idad adminis t rat iva tecnocrát ica dependiente ysub ord inad a. Esas buroc racias están m ás vinculadas a losintereses financieros capital istas int ern os y transnacio nalesqu e a sus electores, situación q ue l leva a que el Estad o set ransforme en un conjunto de ins t ituc iones de dom inac iónpol í tica de él ite y no d e repres entac ión de la volun tadnacional popular . Lo preocupante de esa s i tuación es quesust ituye la vida dem ocrát ica p or un a dinám ica d egobemabilidad, en la qu e la crisis polí tica de los gob iern os enturno t iende a ampliarse al sistema polí t ico, a los part idospolí t icos y en oc asione s al co nju nto de las insti tucion es delEstado, creando posibi l idades de una putrefacciónprolon gada de l po de r y de ter io rand o la econo mía y e lcon junto de la vida social .

Las crisis polí t icas demuestran también que la reconversiónpropiciada por los cambios económicos mundiales , lam ode rnizac ión d e los aparatos pro duct ivos inte rno s y laspolí t icas de vinculación económica regional se están l levandoa cabo co m o expan sión d e los intereses par t iculares de unnuevo b loque res t r ingido de poder , conformado por unaburguesía industrial asociada a las nuevas tecnologías, laburo cracia neol iberal y el capi tal t ransnacion ales tadoun idense , a lem án o japo nés ; b loqu e pol í ti co qu e seasume como socio subordinado del capi tal ismoestad oun iden se. D e ahí qu e la pol ít ica que realiza ese bloq uehaga caso om iso de la preo cup ación nacional y po pu lar p orel Estado-nación, e l m erca do in tern o, la planta produ ct ivahistórica inte rna , la uti lización ple na d e los recu rsos sociales ynaturales de cada país, y en general deseche una visiónest ratégica del desarro l lo nacional , subregion al o reg ional .

La oposición interna a la polí t ica actual , que se expresa enlas crisis polí ticas, n o es, po r lo m ism o, ent re un a soc iedadcivil arcaica y estatista, y un nuevo núcleo políticomodernizador , como lo sugieren estudios de la ComisiónTrilateral (ver Comisión Trilateral , América Latina en la

encrucijada, Editor ial Tec nos, M adrid, 1992), s ino que esbas tante m ás compleja; es en tre segm entos d e la sociedad ydel Estado qu e m ant ie nen la vigencia de u na visión

Page 94: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 94/180

92

e s t r a t é g i c a d e l d e s a r r o l l o n a c i o n a l y s e g m e n t o s q u e la h a nd e s e c h a d o . P o r e s o , c u a n d o l o s p r o b l e m a s s u p e r a n l o sc o n f l i c t o s e n t r e g r u p o s o p u e s t o s e n t é r m i n o s d eg o b e r n a b i l i d a d p a r a p l a n t e a r s e c o m o p r o b l e m a s d e t o d a l as o c i e d a d , l a c r i s i s e x p r e s a e l d e s c o n t e n t o , n o s ó l o d e l p u e b l om a r g i n a d o , s i n o t a m b i é n d e s e c t o r e s d e l e j é r c i t o , l ab u r o c r a c i a , l o s t r a b a j a d o r e s , l a s c a p a s m e d i a s , l ai n t e l e c t u a l i d a d , l a s i g le s i a s, l o s j ó v e n e s , l o s i n d í g e n a s , l a sm u j e r e s , a l a s p o l í t i c a s p r i v a t i z a d o r a s , d e a p e r t u r ai n d i s c r i m i n a d a al c a p i ta l e x t e r n o y d e e n t r e g a d e lo s r e c u r s o sn a c i o n a l e s a l a b a n c a m u n d i a l .

E l p r o f u n d o d i s t a n c i a m i e n t o y d e s p r e c i o d e l o sg o b e r n a n t e s a c t u a l e s d e A m é r i c a L a t i n a h a c i a l a sm a n i f e s t a c i o n e s d e d e s c o n t e n t o p o p u l a r , e v i d e n c i a d o e n l a sc r i s i s p o l í t i c a s a l u d i d a s , d e m u e s t r a q u e e l E s t a d ol a t i n o a m e r i c a n o p r e d o m i n a n t e s e e s t á c o n v i r t i e n d o e n u n ad o m i n a c i ó n c u p u l a r b a s a d a e n g r u p o s d e p o d e r t e c n o c r á t i c oy e c o n ó m i c o , l o s c u a l e s d e s d e ñ a n l as v ie ja s a l i a n z a sn a c i o n a l i s t a s , a s í c o m o la s f o r m a s d e r e p r e s e n t a c i ó nj u r í d i c o - p o l í ti c a s y l a p a r t i c i p a c i ó n a b i e r t a , c o m ú n m e n t ea s o c i a d a s a l a d e m o c r a c i a , y t i e n d e n a s u s t i t u i r l a r e l a c i ó np o l í ti c a e n t r e p a r l a m e n t o s y ó r g a n o s e j e cu t iv o s p o rm e c a n i s m o s d e c o n c e r t a c i ó n c o r p o r a t i v o s e n t r e g r u p o s ,a l g u n a s v e c e s l l a m a d o s sectores de la producción y o t r a s sociedad

civil. E s o h a l l e v a d o a r e s t r i n g i r l a d e m o c r a c i a p o l í t i c a , as e p a r a r l a c o n f r o n t a c i ó n y l a d i s c u s i ó n d e l os a s p e c t o spolíticos de lo s económicos, a ev i t a r l a d i s cus ión púb l i ca de l a se s t r a t e g i a s d e d e s a r r o l l o y a t r a n s f o r m a r l a p o l í t i c a y l ad i n á m i c a d e l E s t a d o e n gobernabilidad, es dec i r , enp r o c e d i m i e n t o s d e c o n t r o l p o l í t i c o s o b r e l a p o b l a c i ó n y s u sd e m a n d a s .

Las cris is pol í t icas también demuestran que los e s t a d o sla t inoamer icanos no son más fuer tes , aun c u a n d o t e n g a nmayor contro l repres ivo sobre la pob lac ión , s i n o m á s d é b i l e s ,en tan to sus po l í t i cas no s on asum idas por l a s oc iedad , n i é s t ae jerce una part ic ipac ión en e l lo s que lo s s o s t e n g a .

Ante las insuf ic iencias de la democracia pol í t ica , p r o d u c t od e la s i tuac ión re fer ida , s e han gen era do cr is is po l í t icasder ivadas de la t ens ión en tre gob iernos y mov imientos

soc ia les que han e laborado propues tas d e m o c r á t i c a s d e t i p osocia l o n o asociad as al ju e g o pol í t ico ins t i tucional .

Page 95: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 95/180

lucio oliver 9 3

En parte, los nuevos movimientos sociales son unarespue sta a la nueva d inám ica eco nóm ica y polí tica del capita ltransnacion al , y a su dom inio sobre las econo mías de laregión, a la vez que resultan de la complejidad que ha

adq uirid o la sociedad la t inoam ericana de las úl t imas d écadas .Algunos de estos movimientos sociales y políticos not rasc ienden in m edia tam ente las tendenc ias dominan tes , n icuest ionan las polí ticas neoliberales , pero o tros t iend en acriticar de raíz el pr oc eso de ac um ulació n d e capital y lasnuevas políticas transnaci ona les, a la vez qu e lucha n po rre ivindicaciones part iculares . Se es tá ge ne ra nd o un ademocracia part ic ipativa que a menudo t iene incidencia enniveles regionales (Daniel Cam acho et al.t Movimientos

populares en Am érica Latina, Siglo XXI Edito res, México,1990) y locales de poder, aunque todavía, en general, nologra art icular un programa popular es tra tégico que secontraponga a la política neoliberal. De ahí su carácterrestringido y disperso, así como su fuerza potencial.

Una respuesta excluyente del Estado cupularla t inoa m erican o a estos mo vim ientos socia les pu ed e l levar aqu e las crisis políticas actuales de gob erna bilid ad setransfo rm en en crisis de legit imidad.

No todos los conflictos políticos tienen solucionesnegociadas posibles . Hay una tend encia a qu e se prod uzca ncrisis políticas profundas de hegemonía en los paísesla t inoam ericano s , deb ido a qu e en la mayo ría de e llos no sepresen tan cond ic iones rea les pa ra una acumulac ión in te rnade capita l y para un crecimiento económico sostenido,además de que los gobiernos actuales no es tán optando porpolít icas encam inada s a redefinir e l ru m bo antinacionalprevaleciente .

Por un a par te , se aprecia una ten dencia a que losmarg inados po r el m ode lo econó mico o por la conducc iónpolítica bu sq ue n altern ativas distintas a las institucionales,cercadas por sistemas políticos tradicionales, y, por otrapa rte , a la red ucc ión de las alianzas sociales qu e suste ntan elpo de r de los es tados , la pers is tencia de mod elos formales devida política al margen de la participación popular ysometidos a la tutela militar, o a la pretensión de sostener lagobernabil idad a part ir de aportes económicos o mil i tares

externos, lo que lleva a los estados a fundamentarse

Page 96: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 96/180

9 4 ensayos

crecientemente en e l poder coerci t ivo interno o en losrecurso s extern os del Estado imperia l , lo que es caldo d ecultivo de nueva s crisis políticas y sociales agud as en el futu ro.

Existe una alternativa de reforma posible para AméricaLatina . N o par ece ser muy ace ptada p or los países conprofun das tradic ione s e ins t i tuciones autori tarias o po r losque tienen burocracias que carecen de visión nacionalestratégica. La reforma posible es una nueva modificación delEstado qu e abr a cauce a la part ic ipación po pul ar y a ladiscusión pú blica de los prob lem as es tructurales y de losproyectos de desarrollo nacional; que pueda, como sem en cio nó antes , coexist ir con la presencia de lastransnacion ales capita lis tas , pero , en todo caso, con proyectosbajo el control de la sociedad, con un nuevo Estadodem ocrá t ico in te rve n tor en la econom ía , e spec ialmente d elos trabajadore s , y abierto a l contro l pop ular .

Lo anterior sería una verdadera refundación democrática ypo pul ar del Estado en América Latina . Implica profundizar ladem ocrac ia polí tica , desarrollar la part ic ipación po pul ar yproponer una a l ternativa de desarrollo nacional y regional enlas nuevas condiciones del sistema capitalista mundial. Deotra manera, si no hay cambios reales en un plazorela t ivam ente brev e, el res to de la décad a de los nove nta seráde nuev as y mayo res crisis políticas y sociales en la reg ión.

Page 97: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 97/180

LAS OPCIONES DEL SOCIALISMODESPUÉS DEL DERRUMBE

gabriel vargas lozano

El d e r r u m b e d e l l l a m a d o socialismo real e n E u r o p a d e lE s t e y laex U R S S p r o d u j o t o d a u n a s e r i e de c o m p i e j o s

c a m b i o s q u e a ú n no e n c u e n t r a unp u n t o de e q u i l i b r i o . La

g e o g r a f í a s e t r a n s f o r m ó c o n el r e s u r g i m i e n t o de lo sn a c i o n a l i s m o s a p a r e n t e m e n t e d o r m i d o s en la e x U R S S y la ex

Y u g o s la v ia . L a s p r o f u n d a s i d e n t i d a d e s é t n i c a s y r e l ig io s asc o l m a r o n elv a c í o d e j a d o p o r lad i s u e l t a c o n c e p c i ó n d e lm u n d o . L a b i p o l a r id a d se c o n v i r t i ó en u n i p o l a r i d a d m i l i t a r y

t r i p o l a r i d a d e c o n ó m i c a . S e a le jó elp e l i g r o de u n ac o n f r o n t a c i ó n n u c l e a r E s t e - O e s t e , p e r o no s e p r o s c r i b i e r o nt a l e s a r m a s nih a n c e s a d o de a p a r e c e r a c c i o n e si n t e r v e n c i o n i s t a s q u e h a n p u e s t o en p e l i g r o a l a h u m a n i d a d ,c o m o en el c a s o de lag u e r r a d e I r a k .

En Amér ica La t ina , lo s e f ec to s se d e j a r o n s e n t i r

i n m e d i a t a m e n t e c on la r e e s t r u c t u r a c i ó n d e l a s r e l a c i o n e se c o n ó m i c a s yp o l í t i c a s e n t r e l o s E s t a d o s U n i d o s y el r e s t o de

A m é r i c a L a t i n a . A n t e s e x i s t í a lap o s i b i l i d a d de u n a p o l í t i c a de

n o a l i n e a m i e n t o , p e r o e s a p o l ít i c a e s t á h o y s u s p e n d i d a c o na l f i l e r e s . L o s E s t a d o s U n i d o s h a n p r o s e g u i d o su e s t r a t e g i a de

guerra de baja intensidad, q u e t a n b u e n o s f r u t o s l e s d i o en

N i c a r a g u a yP a n a m á , ya h o r a h a n p r o c e d i d o a r e f o r z a r el

e s t r a n g u l a m i e n t o a C u b a m e d i a n t e e s e i n h u m a n o y b r u t a lGabriel Vargas Loza- b l o q u e o a q u e la t i e n e n s o m e t i d a .

no . Filósofo, codirec- El d e r r u m b e d e l socialismo real p r o d u j o t a m b i é n u n ator y fundador de e n c r e s p a d a o l a d e n e o c o n s e r v a d u r i s m o q u e ha b u s c a d oDialéctica, profesor- . , , . . - , . . . . - « , - . . . . „investigador de la i m p l a n t a r l a i d e o l o g í a e x t i n c i o m s t a del fin del socialismo, el fin

UAM-I. Se encuen- del marxismo e i nc lu s ive el fin de la historia; y , c o m otran en prensa sus c o n t r a p a r t i d a , el t r i u n f o d e l libre m e r c a d o , de lademocracia ylibros Más allá del J i • J J L ■ _I T T r- • * J I T - V I

, . j ,. de la s o c i e d a d abierta. U n f u n c i o n a r i o d e l D e p a r t a m e n t o deaerrumoe y LaJiloso- t < r

fia al final del siglo E s t a d o n o r t e a m e r i c a n o , l l a m a d o F r a nc i s F u k u y a m a , se ha

xxy otros ensayos. h e c h o c o n o c i d o m u n d i a l m e n t e p o r i n t e n t a r f u n d a m e n t a r

© Dialéctica, núm. 25, pr imavera de 1994.

QS

Page 98: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 98/180

9 6 ensayos

filosóficamente e s a i d e o l o g í a . T o d o e s t o e s b a s t a n t e e x t r a ñ o : s eh a b l a d e l t r i u n f o d e l l i b r e m e r c a d o , c u a n d o c u a l q u i e r a s a b eq u e e l m e r c a d o n o e s l i b r e ; s e h a b l a d e l a p a n a c e a d e l ad e m o c r a c i a , c u a n d o é s t a c o e x i s t e c o n l a s p e o r e s

d e s i g u a l d a d e s e n e l p a í s m á s libre y democrático d e l o r b e : l o sE s t a d o s U n i d o s ; y t a m b i é n s e h a b l a d e l a s o c i e d a d a b i e r t a ,c u a n d o e n c o n t r a m o s e n e s ta s o c i e d a d u n a s er ie d eres t r i cc iones a l a l ibe r t ad : v io lac ión s i s t emá t i ca de lo sd e r e c h o s h u m a n o s , n u e v a s f o rm a s d e e n a j e n a c i ó n ,c o r r u p c i ó n d e v a l or e s , c o n s u m i s m o y c o n t r o l a u t o m a t i z a d o .S e h a b l a d e l f i n d e l m a r x i s m o , c u a n d o s e s a b e q u e u n a c r i s i ss oc ia l no inva l ida de po r s í una t eo r í a y que ex i s t en d ive r s asi n t e r p r e t a c i o n e s d e é l , a l g u n a s d e l a s c u a l e s t i e n e n e l m é r i t o

d e h a b e r h e c h o , d e s d e m u c h o a n t e s d e l d e r r u m b e , l a s m á sser ias cr í t icas a l socialismo real; y se habla de l f in de la h is tor ia ,c u a n d o l a h i s t o r i a s ó l o p u e d e t e r m i n a r c o n el e x t e r m i n i o d el a h u m a n i d a d . E n t o d o e s t o n o h a y u n a n á l i s i s o b j e t i v o , s i n on u e v a i d e o l o g í a q u e b u s c a a p r o v e c h a r e l v a c í o d e j a d o p o r e ld e r r u m b e p a r a a p u n t a l a r l o e x i s t e n t e .

A toda e s t a s e r i e de e f ec tos , ag reguemos l a f a l t a de nuevaso p c i o n e s d e la i z q u i e r d a l a t i n o a m e r i c a n a y m e x i c a n a e np a r t i c u l a r . R e c o r d e m o s q u e d e s d e f i n e s d e l o s s e s e n t a , y

d u r a n t e l o s s e t e n t a y o c h e n t a , s e d e s a r r o l l a r o n e n n u e s t r op a í s , t an to en e l ámbi to de l a po l í t i ca , como en e l de l ac u l t u r a y l a s u n i v e r s i d a d e s , u n a s e r i e d e d e b a t e s e n t o r n o a l oq u e s e l l a m ó c o n e l a m b i g u o n o m b r e d e crisis del marx ismo.

L a o p o s i c i ó n d e l P C M a l a i n v a s i ó n d e C h e c o s l o v a q u i a p o r e lPac to de Var s ov ia ; l a s r e f l ex iones c r i t i cas que s e h ic i e ron enes e pa r t ido y que lo l l evó a cons t i tu i r s e en PSUM; e lm o v i m i e n t o e s t u d i a n t i l - p o p u l a r d e 1 9 6 8 , q u e s ig n i fi c ó e ls a c ri f ic i o d e m u c h o s j ó v e n e s p o r l a d e m o c r a c i a e n e s t e p a í s ;

l a c r í t i ca a l a fo rma en que s e hab ía des a r ro l l ado e lm o v i m i e n t o c o m u n i s t a i n t e r n a c i o n a l ; e l r e c h a z o de l m o d e l oe s t a l i n i s ta ; l a b ú s q u e d a d e u n s o c i a li s m o q u e p u d i e r aconc i l i a r s e con l a democrac ia ; l a c r í t i ca a l a ve r s iónd o g m á t i c a d e l m a r x i s m o , e x p r e s a d a e n l o s d i v e r s o s m a n u a l e s ;l a i n c o r p o r a c i ó n d e l o s c r i s t i a n o s a l a l u c h a p o r e l s o c i a li s m o ;e l a n á l i s i s d e l a s p r o p u e s t a s d e l e u r o c o m u n i s m o y l ai m p o r t a n c i a q u e a d q u i r i e r o n o t r a s c o r r i e n t e s f il os óf ic a s,c o m o l as d e l a l t h u s s e r i s m o y e l g r a m s c i s m o , c o n s t i t u y e r o n

m o v i m i e n t o s y p r o b l e m á t i c a s q u e p a re c í a n p e r m i t i r n o s

Page 99: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 99/180

gabriel vargas lozano 9 7

pensar que se es taba prepa rand o e l te r re no para un a nuevaprop uesta , q ue se es taba gene ran do la conciencia de q ue serequería una profunda reformulación del socia l ismo, paraqu e és te pu die ra ser un ideal fact ible y cre íble . Y s inembargo considero que todo es te proceso se quedó a lamitad del camino; no generó una nueva conciencia entretod a la izquierda, com o tamp oco se ofrecieron a l ternativasteórico-políticas originales. Aún más, la últim atransform ación del más im por tan te sector de la izquierda enun part ido que t iene como núcleo fundamental de supro pue sta polí tica la dem ocracia , e l PRD, ha e l im inado d e superspectiva, sin ninguna explicación, el concepto desocialismo.

Para aclarar mi punto de vista, quisiera decir lo siguiente:considero que el objetivo de transitar de un estado deautori tarism o pres idencia l ista a l de un a dem ocracia polít icaes hoy, en nuestro país, fundamental. Se requiere que en lasdecisiones sob re ¡o qu e es y deb e ser nue stro país en el futurointervengan los diversos sectores que lo conforman. Sinem barg o, al colocar com o objet ivo priori tario la dem ocracia ,se req uie re un análisis más pr ofu nd o de lo qu e ha sido ésta, ala luz de sus form as histórica s y actuales; de sus alcances y de

sus l ímites . N orb ert o Bob bio, en su obra El futuro de la

democracia,1 ha dicho con agudeza que existe en los países en

do nd e se respe tan las reglas mínim as de la dem ocracia un aserie de parado jas y límites qu e aquélla no h a pod ido resolver(aunque confía en que con la extensión de los derechos pudieracam inarse hacia allá), y es aquí, en el pu nt o d e llegada deBobbio , de Macp herson y de o t ros , desde don de debem ospartir hacia una nueva perspectiva en la que se debe analizare l prob lem a de la dem ocracia en re lación con las condiciones

de u na sociedad e n do nd e exis ta un a jus t ic ia distr ibutiva , yesa sociedad ha s ido l lamada idea lm ente socialismo. P orello cons idero q ue no se pue de cam biar s in más elsocialismo por la democracia, ni la democracia por elsocialismo e n cualq uiera d e sus sentido s, sino iniciarcolect ivamente e l deb ate necesario en tre am bas perspectivashacia un a nueva qu e repre sente , tanto un a jus te de cu entascon lo anterior , como un es tadio superior .

Se requiere entonces reflexionar, por un lado, sobre las

experiencias del socialismo real y de la socialdem ocracia,

1 N or be r t o Bobb i o ,El uturo de la

democracia, F o n d ode Cu l t u r aEconóm ica , México,

1986.

Page 100: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 100/180

9 8 ensayos

p l a n t e á n d o s e i n t e r r o g a n t e s c o m o : ¿ c u á l e s s o n l a s l e c c i o n e sq u e d e b e n s e r e x t r a í d a s ? , ¿ c ó m o d e b e s e r c o n c e b i d o e ls o c i a li s m o ? , ¿ h a p e r d i d o v i g e nc i a ?, ¿ s ig u e r e p r e s e n t a n d o u n aa l t e r n a t i v a p a r a l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a ? Y p o r o t r o , s o b r e l afo rma en que s e ha de conceb i r l a democrac ia en s us r e l ac ionesc o n e l s o c i a li s m o . E l c o n c e p t o d e m o c r a c i a n o e s c o m p r e n s i b l ede s uyo . Ame Naes s , en un l ib ro pub l i cado en 1956 , 2 nos o f r ece3 1 1 d e f i n i c i o n e s d e d e m o c r a c i a d e s d e P l a t ó n ; y D a v i d H e l d ,e n u n l i b r o r e c i e n t e , 8 c o n c e n t r a e n o c h o m o d e l o s c l á s i c o s s udes envo lv imien to des de Grec ia a l a ac tua l idad , y todav ía hab r íaq u e c o n s i d e r a r a l g u n o s m á s . P o r o t r o l a d o , l a s r e l a c i o n e se n t r e lo s d i v e r s o s s o c i a l i s m o s y l a s d i f e r e n t e s f o r m a s d ee n t e n d e r la d e m o c r a c i a h a n t e n i d o v a r ia s e t a p a s . C u a n d o l asf u e r z a s d e i z q u i e r d a e n n u e s t r o p a í s s e p l a n t e a n l a l u c h a p o rl a d e m o c r a c i a , i n s i s t o , e s t á n o b l i g a d a s a e s p e c i f i c a r d e q u ée s t á n h a b l a n d o , a s í c o m o a r e a l i z a r u n b a l a n c e d e l a f o r m a e nq u e s e i n t e r r e l a c i o n ó l a d e m o c r a c i a c o n e l c a p i t a l i s m o y l o sa l c a n c e s o l í m i t e s d e e l la e n l a r e a l i d a d c o n c r e t a .

¿Es válida la interpretación de que el socialismo ha muerto?

A n t e e s t a a c t a d e d e f u n c i ó n h a b r í a q u e p r e g u n t a r , e n p r i m e rl u g a r , ¿ d e c u á l s o c i a l i s m o s e h a b l a ? y, e n s e g u n d o , ¿ cu á l e s s o nl a s c o n c l u s i o n e s q u e b u s c a n e x t r a e r s e d e s u p r e s u n t a m u e r t e ?¿ I m p l i c a q u e n o e x i s t e s o l u c i ó n a l o s g r a v e s p r o b l e m a s q u e h ag e n e r a d o l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a o q u e n o e s p o s i b l e n id e s e a b l e p l a n t e a r s e la p o s i b i l i d a d d e u n a n u e v a s o c i e d a d ?¿ S i g n i f i c a q u e d e b e m o s r e n d i r n o s a n t e l a e v i d e n c i a d e q u ee l c a p i t a l i s m o n o p u e d e s e r s u p e r a d o ?

L a s r e s p u e s t a s p o s i b l e s a l a p r e g u n t a s o b r e e l f i n d e !s o c i a l i s m o p u e d e n s e r l a s s i g u i e n t e s :

AlternativaL L a p r i m e r a r e s p u e s t a s e r ía la q u e p o d r í a m o sl l a m a r versión usual o estándard. E s t a t es i s c o n s i d e r a q u e €?l l a m a d o socialismo real e r a e l v e r d a d e r o , a u t é n t i c o y ú n i c os o c i a l i s m o , y q u e é s t e q u e d ó s e p u l t a d o b a jo l as r u i n a s d e lm u r o d e B e rl í n . E s t a r e s p u e s t a p o d r í a se r m a n t e n i d a a u nc u a n d o s e d i j e ra q u e t o d a v í a e s t á n a ll í C h i n a , V i e t n a m , C o r e a

d e l N o r t e y C u b a , d e b i d o a q u e e s t o s p a í s e s n o h a n t e n i d om á s r e m e d i o q u e i n c o r p o r a r m e d i d a s d e t i p o c a p i t a l i s t a ,

2 A m e Naess , J en s A .Ch r i s to p h er sen y

Kjell Kvalo,Democracy, Objectivity

and Subjectivity,

Studies in the

Semántica an d

Cognitive Analy sis of

Ideological

Controversy,

Oslo-Oxford, 1956.3 David Held, Modelos

de democracia,

Alianza Editorial ,México, 1992.

Page 101: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 101/180

gabriel vargas lozano 99

d e t a l m o d o q u e , p a r a l a m e n t a l i d a d e x t i n c i o n i s t a , s ud e s a p a r i c i ó n c o m o p a ís e s socialistas só lo es cu est ión d e t iempo.

Alternativa 2. F r e n t e a l a t e si s a n t e r i o r , p o d r í a d e c i r s e q u e s e

h a t e r m i n a d o u n t i p o d e s o c i e d a d q u e s e o s t e n t ó c o m osocialista, p e r o l a p r e g u n t a s e r í a : ¿ c uá l e r a la n a t u r a l e z a d ea q u e l r é g i m e n ? , ¿ h a s t a d ó n d e e r a s o c ia l is t a? , o , m e j o r , ¿ h a s t aq u é p u n t o r e p r e s e n t a b a e l i d e a l d e s e a b l e d e s o c i a l i s m o ? , ye n t o n c e s s e i m p o n d r í a o t r o t i p o d e r e s p u e s t a : el s o c ia l is m on o h a p o d i d o m o r i r , c o m o n o s d i c e M i c h a e l L ó w y , 4

s e n c i l l a m e n t e p o r q u e é s t e a ú n n o h a n a c i d o c o m o s o c i e d a d .E n l a h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a h a n e x i s t i d o m o v i m i e n t o s yt e o r í a s p o r e l s o c i a l i s m o , p e r o n o u n a s o c i e d a d q u e p u d i e r a

s e r l l a m a d a p l e n a m e n t e s o c i a l i s t a . S o b r e e s t e p u n t o e x i s t i óu n a i n t e n s a d i s c u s i ó n a n t e s d e l d e r r u m b e , p e r o q u e s e v ec o n f i r m a d a p o r é l. R e c o r d e m o s q u e , a n t e s d e lo sa c o n t e c i m i e n t o s d e 1 9 8 9 , s e h a b í a n d e s a r r o l l a d o v a r i a sp o l é m i c a s e n t r e a u t o r e s c o m o A d a m Schaff, q u i e n d e c í a q u ea q u e l l o s r e g í m e n e s e r a n , d e s d e é l p u n t o d e v i s t a e c o n ó m i c o ,s o c i a l i s t a s , p e r o t e n í a n u n a s u p e r e s t r u c t u r a a u t o r i t a r i a ; E r n s tM a n d e l h a b í a d i c h o q u e e r a u n E s t a d o o b r e r ob u r o c r á t i c a m e n t e d e g e n e r a d o ; B e t t e l h e i m c o n s i d e r a b a q u e

e r a u n c a p i t a l is m o d e E s t a d o ; E n r i q u e G o n z á l e z R o j o h a b l ód e u n m o d o d e p r o d u c c i ó n i n t e l e c t u a l ; M i l o v a n D j i l a sc o n s i d e r a q u e e s a s o c i e d a d e r a u n f e u d a l i s m o i n d u s t r i a l su i

generis; y finalmente, Sá nc he z Vá zqu ez , E nr iq ue S em o oM i c h a e l H a r r i n g t o n , e n t r e o t r o s , c o n s i d e r a r o n q u e e lsocialismo real e r a una f o r mac ión soc i a l e spec í f i c a , n ic a p i t a l i s ta n i s o c i a li s ta . A q u í y a n o d a r é lo s a r g u m e n t o s q u es e h a n o f r e c i d o s o b r e c a d a p o s i c i ó n , 5 p e r o a m i j u i c i o l aú l t i m a e s c o r r e c ta , i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e r e c o n o c e ra r g u m e n t o s i m p o r t a n t e s e n t o d a s la s d e m á s . ¿ P o r q u é s epodr í a dec i r e s to? E l soc i a l i smo pa r a l os c l á s i cos e s t abac o n f o r m a d o c o n t es is c o m o la s s i g u i e n t es :

a) L a p r i m e r a p r e c o n d i c i ó n p a r a l a r e a l i z a c i ó n d e ls o c i a l i s m o e r a q u e s e d e s a r r o l l a r a n t o d a s la s f u e r z a sp r o d u c t i v a s h a s t a s u l í m i t e . M a r x d e c í a e n e l m u l t i c i t a d op r ó l o g o a í a Contribución a la crítica de la econom ía política q u e" n i n g u n a f o r m a c i ó n s o c i a l d e s a p a r e c e a n t e s d e q u e s ed e s a r r o l l e n t o d a s l as f u e rz a s p r o d u c t i v a s q u e c a b e n d e n t r od e e l la , y j a m á s a p a r e c e n n u e v a s y m á s a l ta s r e l a c i o n e s d e

* « «

4 M i c h a e l L ó w y ," D o c e t e s i s s o b r e e l

socialismo realmenteexistente", e nDialéctica ( n u e v aé p o c a ) , n ú m . 2 1 ,U A P , P u e b l a ,i n v i e r n o d e 1 9 9 1 .

5 L o h e h e c h o e nv a r i o s e n s a y o s q u es e r e c o g e r á n e n e ll i b r o t i t u l a d o Más

allá del derrumbe

(reflexiones sobre elcolapso del socialismo

real y sus

consecuencias).

T a m b i é n v é a se m ie n s a y o " ¿ E s a ú np o s i b l e e ls o c i a l i s m o ? " , e nDialéctica ( n u e v aé p o c a ) , n ú m . 2 4 - 2 5 ,U A P , P u e b l a ,p r i m a v e r a d e 1 9 9 3 ;y " El d e r r u m b e d e lsocialismo real, ¡aperestroika y lasa l t e r n a t i v a s d e lf u t u r o " , e nIztapalapa, n ú m . 2 8( d e d i c a d o a " E lm a r x i s m oc o n t e m p o r á n e o " ) ,U A M - I , M é x i c o ,1 9 9 2 .

Page 102: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 102/180

100 ensayos

p r o d u c c i ó n a n t e s d e q u e l a s c o n d i c i o n e s m a t e r i a l e s p a r a s ue x i s t e n c i a h a y a n m a d u r a d o e n e l s e n o d e l a p r o p i a s o c i e d a da n t i g u a " .6 L o q u e o c u r r i ó e s q u e s e b u s c ó i m p l a n t a r e n u n as o c i e d a d e n c o n d i c i o n e s d e a t r a s o .

b) E l s o c i a l i s m o , c o m o p r i m e r a f a s e d e l c o m u n i s m o , p a r t í ad e la a b o l i c i ó n d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a s o b r e l o s m e d i o s d ep r o d u c c i ó n y l a a p r o p i a c i ó n s o c i a l d e e l l o s . L a p r i m e r a f a s es e c u m p l i ó e n l o s l l a m a d o s p a í s e s s o c i a l i s t a s , p e r o n o l as e g u n d a , e n la m e d i d a e n q u e u n g r u p o b u r o c r á t i c o s ea p o d e r ó d e l E s t a d o .

c) L a p r e m i s a a n t e r i o r c o n d u c i r í a a l a a b o l i c i ó n d e l a sc la s es s oc ia le s , pe ro lo que s e c r eó fue una nueva c la s e : ¡ ab u r o c r a c i a , q u e n o t e n í a l a p r o p i e d a d p e r o sí l a p o s e s i ó n d e

l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n .d) A j u i c i o d e M a r x (y d e L e n i n ) , a l a l i q u i d a c i ó n d e l E s t a d o

a n t e r i o r y s u s u s t i t u c i ó n p o r u n o n u e v o , s e d a r í a i n i c i o e lp r o c e s o d e su p r o p i a e x t i n c i ó n . L a r e a l i d a d h is t ó r i c a f u e q u es e l i q u i d ó e l E s t a d o a n t e r i o r , p e r o n o s e i n i c i ó e l p r o c e s o d ee x t i n c i ó n d e l n u e v o E s t a d o .

e) E l s o c i a l i s m o d e b e r í a s e r m u n d i a l , h e c h o q u e n o s ec u m p l i ó p o r l a d e r r o t a d e l a r e v o l u c i ó n e n E u r o p a c e n t r a l ye l s u r g i m i e n t o d e l f a s c i s m o .

f) E l n u e v o E s t a d o d e b e r í a s e r d e m o c r á t i c o , c o m o o c u r r i óe n l a C o m u n a , q u e e r a p u e s t a c o m o e j e m p l o d e l a dictadura

del proletariado. L a t e s i s d e l a d e m o c r a c i a d i r e c t a r e s u l t ó s e ri n s u f ic i e n t e p a r a u n a d e m o c r a c i a e n s o c i e d a d e s m á sc o m p l e j a s . E n l a e x U R S S s e b u s c ó u n a d e m o c r a c i a d e l o sc o n s e j o s c o m o a l t e r n a t i v a a l a d e m o c r a c i a r e p r e s e n t a t i v a ,p e r o finalmen te aq ué l l a fue ab o l i da en t i e m po s d e L en in yp o s t e r i o r m e n t e e n t i e m p o s d e S t a li n . P o d r í a h a b l a r s e d ec o n d i c i o n a n t e s h i s t ó r i c o s q u e p r o d u j e r o n s u s u s p e n s i ó n ,

p e r o j a m á s fu e r e s t a b l e c i d a .A l g u n o s m a l o s l e c t o r e s s e s o r p r e n d e r á n a l d e s c u b r i r e n e l

p r e f a c i o d e E n g e l s d e 1 8 9 5 a l l i b r o d e M a r x Las luchas de clases

en Francia de 1848 a 1850 u n a a m p l i a r e f l e x i ó n s o b r e l ad e m o c r a c i a , e n d o n d e d i c e q u e l os o b r e r o s h a b í a n t r a n s f o r m a d oe n l a d é c a d a d e l o s s e t e n t a d e l s i g l o X I X , p o r p r i m e r a v e z , e ls u f r a g i o u n i v e r s a l : " d e m e d i o d e e n g a ñ o , q u e h a b í a s i d o h a s t aa q u í , a m e d i o d e e m a n c i p a c i ó n " . 7

g) L a a u t o g e s t i ó n s o c i a l t a m p o c o s e c u m p l i ó , a l n o e x i s t i r

u n a v e r d a d e r a d e m o c r a c i a .

6 Carlos Marx,Introducción general a

la crítica de la

economía política,

1857, y otros escritos

metodológicos,

Cu ad ern o s d ePasado y Presen te ,núm. 1 , Córdoba,1968, p . 77 .

7 Federico Engels,prefacio a CarlosMarx , Las luchas de

clases en Francia de

1848 a 1850, enObras escogidas, 1.1.,Ed i to r ia l Progreso ,

Moscú, p . 114.

Page 103: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 103/180

gabnel vargas lozano

El hecho de que aquella sociedad no pudiera llegar alsocial ismo n o quier e decir que en ese Estado no se hubie rapodido superar e l subdesarrollo y convert irse en dos décadasen una potencia, como fue el caso de la ex URSS, o que no

hubieran es t ipulado formalmente en la consti tución deaquellas sociedades derech os qu e son parte de la t radic iónsocialista, co m o los del trabajo, d e la salud, del dep or te , de laedu cació n y la cultura . Per o no se enc on trab a en la t radic iónabierta po r Marx una sociedad planif icada tota lm ente; lae l iminación de las l ibertades de opin ión, m ovim iento ydisenso; un régim en a utori tar io de part ido-Estado y laimpos ic ión de un a concepc ión del m un do ce rrad a que fueraleg it imac ión de aque l los reg ímene s , impid ién dose p or todos

los med ios , ya no sólo e l cono cim iento y deb ate d e otrasteorías, s ino de las co rrie nte s m ás vivas del m arxism ooccidenta l : des de Gram sci has ta M arcuse , imp idiénd ose conello la gene ración de u na a l ternativa de recam bioverdaderamente socia l is ta . Se ha pre tendido hacerresponsables a Marx y Engels de esta sociedad. Nada hay másfalso. Las ob ras d e M arx y Engels fueron leídas en clavedogmática , deformándolas , adaptándolas a la nuevacircunstancia y usándo las abusiva me nte par a legitimar e l

dom inio buro crát ic o. Marx y Engels no son responsables deesa lec tura dogmática . Fueron autores que tuvieron inmensosaciertos y fuertes fallas, y de bie ro n ser leídos com o ho ydeb en ser le ídos: con n atural idad , con sus apo rtes y suse rrores , ju n to a mucho s o t ros au tores de d iversasorientaciones que podrían compart ir o no e l socia l ismo. Peroel uso y abu so qu e se hizo de su obra , que nos rec uerd a lautilización de la Biblia y las ob ras d e Aristóteles y San toTom ás en la Edad Media , gen era ro n un a profunda reacción

en con tra entre g rand es sectores de aquellos países qu etambién, en forma injusta, los hacen responsables de susituación.

El desc rédito de M arx, Engels, ya no se diga de L enin yot ros , l lega hasta el mismo concepto de socialismo y decom unism o. Allá, en e l llama do socialismo real, la burocraciaacabó con la credibil idad del con cep to y nada q ue sepro pon ga e n su no m bre es hoy cre íb le , y acá se ha in ten tadolo mismo por medio de una doble es tra tegia : por un lado,

identificar el socialismo con a quel sistema, y, po r o tr o,

Page 104: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 104/180

102 ensayos

identif icar e l derrumbe con la imposibil idad de generar unaalterna tiva o realizar un a crítica al s istema capitalista. N o cre oque debamos caer en esas identificaciones ideológicas. Ni elsocialismo real era un auténtico socia l ismo, ni e l derrumbe

invalida sus posibilid ades m ient ras subsistan las característicaspeculiares del capita l ismo. Per o, ademá s, e l pro ble m a no esde nom bres , s ino de co n ten idos .

Las sociedades llamadas socialistas no lo eran, no tantopo rq ue n o coincidiera n con la conc epción de Marx y Engels ,s ino porque no exis t ía una democracia real en los procesosde prod ucc ión , d is t r ibuc ión , in te rcambio y consu mo ; en e lap ar at o político y en la socied ad civil en su con jun to.

Ho y se sabe que , ju nt o a la c lase buroc rát ica q ue imp idió

to da re form a in tern a , exis tieron otras causas de la caída deaquellos regím ene s , co m o el crecim iento de los gas tosmil i ta res pa ra m ant ene r la ca rre ra a rmam ent is ta , la pé rd idade la op or tun ida d de incor po rar las nuevas tecnologías en lapro du cció n y com unicación , la invasión d e Afganistán y laincapac idad de conquis ta r un nuevo n ivel en do nd e hubie rau na a tenc ión a los aspectos individuales .

Ten dr íam os , en tonces , que adm it ir que lo que sederrumbó no fue una sociedad socia l is ta , s ino un modelo sui

generis qu e se os te ntó co m o social is ta y qu e difundió du ran tecinc uen ta años la idea de qu e era e l ver dad ero socia lismo,apoyán dose ideo lóg icamente en un a ser ie de acontec imien toshistór icos, com o la luch a antifascista, anticolo nialista oanticapita l is ta , qu e gen eró en la conciencia de los habitan tesde es te planeta u na fa lsa creencia qu e se vio profu ndizad aallá, en E ur op a del Este , po r e l apa rato es ta ta l , y acá, e nOccidente , como la forma de identif icar a l enemigo delcapita l ismo. El con cep to socia l ismo, s in em bar go, a l lá era

sólo la m áscara necesaria pa ra cohes ionar a la sociedad,co m o acá lo es la idea de un a sociedad l ibre .¿Por qué pudo ser posible esta identificación entre

socialismo real y social ismo auté ntico en es te lado del m un do ?Las causas son m uch as , pe ro u na d e e llas es qu e noso trosvivíamos e l socia l ismo, no c om o un supu esto s is tema, s inocomo movimiento polí t ico y como ideología crí t ica . Enefecto, Góran Therborn, en su ensayo titulado "Significado yfutur o del socia l ismo",8 dice a es te respecto que hab ría qu e

dis t inguir en tre u n social ismo ideológico (en e l sentido

8 Go ran Th erb o rn ,"Significado yfuturo delsocial ismo", en El

Socialismo del Futuro,

núm. 5 , FundaciónSis tema, M adr id ,

1992.

Page 105: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 105/180

gabriel vargas lozano 1 0 3

p o s i t i v o d e l t é r m i n o ) , q u e i n v o l u c r a v a l o r e s c o m o e ligu a l i t a r i s m o , l a s o l id a r id ad , l a ju s t i c i a s oc ia l , l a l ibe r t ad y l ae m a n c i p a c i ó n h u m a n a , a s í c o m o la c r ít i ca a l in d i v i d u a l i s m o ,a l e g o í s m o y a l a l ó g i c a d e l l i b e r a l i s m o e c o n ó m i c o , y u n

s o c i a l i s m o c o m o s o c i e d a d , c o m o c r e a c i ó n d e i n s t i t u c i o n e s ,c o m o m o v i m i e n t o p o l í t i c o q u e i m p l i c a l a p r o p i e d a d p ú b l i c a yl o s o b j e t i v o s c o l e c ti v o s d e l a p r o d u c c i ó n .

S i e s to e s a s í , mien t r a s ex i s t a e l cap i t a l i s mo , lo s va lo ress o c i a l i s t a s s i g u e n m a n t e n i e n d o p l e n a v i g e n c i a , a l i g u a l q u e u nm o v i m i e n t o p o l í t i c o q u e t i e n d a h a c i a e s o s v a l o re s , a u n q u e s eh a y a f r a c a s a d o e n l a i n s t a u r a c i ó n d e u n a s o c i e d a dp l e n a m e n t e s o c i a l i s t a .

S e r e q u i e r e , as í, e x t r a e r v a r ia s l e c c i o n e s d e e s t a e x p e r i e n c i a

h i s t ó r i c a . E l m i s m o a n á li s is d e l as c a u s a s d e l d e r r u m b e d ea q u e l l o s r e g í m e n e s n o s p r o p o r c i o n a p i s ta s , c a m i n o s , c la v e s,p a r a e l n u e v o p l a n t e a m i e n t o . E l c a p i t a l is m o s e e n c u e n t r a e nu n a n u e v a f a s e d e s u d e s a r r o l l o , c o m o l o e s l a g l o b a l i z a c i ó n ,e l t r á f ic o u n i v e r s a l d e m e r c a n c í a s y d e h o m b r e s , lao r g a n i z a c i ó n e n b l o q u e s e c o n ó m i c o s , e l d o m i n i o d e l a st r a n s n a c i o n a l e s , la c o m u n i c a c i ó n s i m u l t á n e a y laa u t o m a t i z a c i ó n . U n p a p e l c e n t r a l t i e n e n e n e s t a n u e v a f a s e l at r a n s f o r m a c i ó n d e l a s c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o y l a r e v o l u c i ó n

t e c n o l ó g i c a . A p a r e c e n e n e s t e p e r i o d o n u e v o s s u j et o s , c o m ot r a b a j a d o r e s d e l o s s e r v i c i o s , l o s p r o g r a m a d o r e s , l o sm o v i m i e n t o s f e m i n i s t a s , l o s m o v i m i e n t o s e c o l o g i s t a s y l a si d e n t i d a d e s é tn i c a s . T e n e m o s e n t o n c e s o t r o e s c e n a r i o , q u ee x i g e u n a n u e v a i m a g i n a c i ó n .

Alternativa 3. L a t e r c e r a a l t e r n a t i v a d e r e s p u e s t a a l aa f i r m a c i ó n s o b r e e l f i n d e l s o c i a l i s m o e s q u e s e d e r r u m b ó e lsocialismo real, p e r o q u e d a l a v í a s o c i a l d e m ó c r a t a a l s o c i a l i s m o .

C o m o s e s a b e , a p r i n c i p i o s d e l s i g l o X X s e p r e s e n t a r o np o l é m i c a s e n t r e L e n i n y K a u t s k y , a s í c o m o e n t r e L e n i n yB e r n s t e i n . E n e s a s p o l é m i c a s q u e d a r o n e s t a b l e c i d a s d o s v í a s :l a r e v o l u c i o n a r i a y l a r e f o r m i s t a . L a q u e p o n í a e l a c e n t o e n l ar e v o l u c i ó n y l a q u e p o n í a e l a c e n t o e n e l c a m b i o d e l a si n s t i t u c io n e s p o r m e d i o d e la d e m o c r a c i a r e p r e s e n t a t i v a . Y ah e m o s v i st o c ó m o la v ía l e n i n i s t a t r i u n f ó e n s u p r i m e r a f as e( e l d e r r o c a m i e n t o d e l z a r ) , p e r o f r a c a s ó e n l a s e g u n d a ( l ai m p l a n t a c i ó n d e u n a u t é n t i c o s o c i a l is m o ) . P e r o , ¿ q u é o c u r r i ó

c o n o t r a ví a? L a o t r a v ía t a m b i é n t r i u n f ó e n l a i n s t a u r a c i ó n d e

Page 106: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 106/180

104 ensayos

r e g í m e n e s p o l í t i c o s s o c i a li s ta s , p e r o f r a c a s ó e n s u o b j e t i v o d ee s t a b l e c e r u n a s o c i e d a d so c i a l is t a . T r i u n f ó al l o g r a r i m p l a n t a re n a l g u n o s p a ís e s d e s a r r o l l a d o s d e E u r o p a c o n d i c i o n e s d ed e m o c r a c i a y b i e n e s t a r p a r a l a s a m p l i a s m a y o r í a s , j u n t o a l a s

l u c h a s d e l o s o t r o s m o v i m i e n t o s s o c i a l i s t a s ; l a e x i s t e n c i am i s m a d el socialismo real, c u y a c a r t a p r i n c i p a l e r a n l o sd e r e c h o s s o c i a l e s y l a s a l i d a k e y n e s i a n a d e l p r o p i oc a p i t a l i s m o . E l m á s s e ñ a l a d o e j e m p l o d e e s t o ú l t i m o f u e e lm o d e l o s u e c o , q u e l o g r ó , c o n u n a c l a s e o b r e r a f u e r t e y b i e no r g a n i z a d a , u n E s t a d o b e n e f a c t o r m u y a v a n z a d o . P e r oe s c u c h e m o s q u é n o s d i c e U l f H i m m e l s t r a n d e n s u e n s a y o " E lf u t u r o d e l s o c i a l i s m o / P e r s p e c t i v a s d e s d e E s c a n d i n a v i a yÁ f r i c a : d e f e n s a d e s o l u c i o n e s o d e f i n i c i ó n d e p r o b l e m a s " : 9

El fracaso del socialismo real en la Europa del Este y laper sis ten te cris is de Yugoslavia, con su s is tema d e autog est iónob rer a, sólo nos deja el éxito relativo de la socialdem ocracianórd ica , qu e no ha in ten tad o n ingu na de es tas so lucionesdoct r inar ias , s ino que únicamente ha in ten tado domesticar alos capi tal is tas privados. Pero aun cu an do esta estrategia d edomest icación del capi tal ismo pareció relat ivamente exi tosahasta cierto p un to , el fracaso d e la socialdem ocracia en la

ejecución de planes relat ivos a esquemas de part icipacióncolect iva de los beneficios , gest io nad a s indicalm ente, e nforma de autént icos fondos de asalariados, sugiere que exis tenl ímites his tóricos incluso para la socialdemo cracia radical.

U l f H i m m e l s t r a n d n o s d i c e q u e , a p e s a r d e l a s c o n d i c i o n e ss o c i a le s l o g r a d a s , e n S u e c i a e x i s te l a m a y o r c o n c e n t r a c i ó n d e lcap i t a l de cua lqu i e r nac ión i ndus t r i a l i zada y que e l cap i t a l i smoe n s u a c t u a l f a se t r a n s n a c i o n a l y t e c n o l ó g i c a h a i n t r o d u c i d o

e l e m e n t o s q u e a m e n a z a n a a q u e ll a s o c i e d a d , c o m o s o n l asd e s i g u a l d a d e s p r o d u c i d a s n e c e s a r i a m e n t e p o r m e r c a d o sc o m p e t i t i v o s , l a c o n t a m i n a c i ó n d e l a m b i e n t e , e l d e s e m p l e o ,las c o n t r a d i c c i o n e s c u l t u r a l e s d e l s i s t e m a y e l e g o í s m oi n d i v i d u a l i s t a .

E n o tras p a l a b r a s , l a s o c i a l d e m o c r a c i a l u c h ó p o r u n c a m b i ocual i tat ivo por v ía p a c í f i c a . L l e g ó a l p o d e r e n v a r i o s p a í s e s ,como Fran c ia , E sp añ a , A leman ia , In g la terra ( i n c l u y e n d oa l g u n o s l a t i n o a m e r i c a n o s , c o m o P e r ú y V e n e z u e l a ) ; p u d o

i m p l a n t a r r e f o r m a s q u e b e n e f i c i a r o n a lo s o b r e r o s , p e r o n o

9 Véase El Socialismo

del Futuro / Revista

de Debate Político,

Fundación Sistema,Madrid, vol. I, núm.

l . p . 1 2 1 .

Page 107: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 107/180

gabriel vargas lozano 1 0 5

pu do es tablecer un a sociedad cuali ta t ivamente dis t in ta ytam poco p ud o evitar la tend encia de creciente des igualdadentre a lgunos países desarrollados del Nor te con respecto a lainmensa mayoría de los países del Sur, como lo han

dem ostr ado W allers te in y Arrighi ,10

dinámica que ha podid odem ostrar se es tadís t icamente con es tudios sobre la evoluciónde las econo m ías e n los úl t imos c incuenta años y qu e e chapor t ier ra e l famoso desarroll ismo. Me pre gu nto si es toselementos no deberían ser considerados con toda a tenciónpo r un a es tra tegia de izquierda qu e quis iera l levar a n uest ropaís a mejores condiciones de vida.

Aquí es do nd e vale la pen a detener se en e l asunto de lademocrac ia . Como ha demos trado Macpherson en su l ib ro

La democracia liberal y su época,11

la democracia fue, desde els iglo XVII, un a de m an da de las c lases pop ulare s tem ida po rla nobleza y más tarde po r la burgu esía . Es po r e l lo qu e Jam esMili y Je rem y Bentham inventa ron la democrac ia com oprotección de los poderosos frente a l populacho,es tableciendo l ímites de prop ieda d, hon orabil ida d, sexo yeda d par a el votan te . Re cord em os qu e fue has ta e l tardíoaño de 1965 cu an do tuviero n los neg ros der ech os e lectoralesen los Estados Unid os y que la mujer fue inco rpo rad a

tam bién tard íam ente a la vida polít ica . La dem ocracia fuetem ida p or el capitalismo y los liberales co m o la dictadura de las

mayónos  y hasta e l m om en to en que es tablece un a c lara íseparación en tre e l ám bito econ óm ico y polí tico o , entér m ino s equívo cos, en tre el Esta do y la socied ad civil. Enotras palabras , e l capital ismo sólo pu do ado pta r ladem ocracia has ta que la privó de su potencia l em ancip ado r,redu cién dola a l ám bito jurídico-polí t ico. El capita l ismo ham os tra do a lo largo de su historia un a gran flexibilidad:

puede convivir con dictaduras, como en los casos de losregím enes de Hit ler , Fran co o Pinoch et; pu ed e convivir conm onar quías ; o pu ed e convivir con dem ocracias . La úl t imaopc ión fue posible por e l desarrollo del Estado keynesiano,pe ro a l ser sus t i tu ido po r e l neoliberal ismo se abre n otro sinter rog ante s sob re la nueva interre lación. Por ot ro lado, e lsocia l ismo surgió en e l s iglo XIX com o un m ovim iento qu ebuscab a subsan ar las agudas contradicciones del capita l ismo,en es trecha re lación con los m ovim ientos dem ocráticos , has ta

su ru pt ur a po r la vía estalinista y su coexistencia con la

10 Véanse Imm anuelWallerstein, The

Capital WoridEconomy, CambridgeUniversity Press,Nueva York, 1979;Giovanni A rrighi,"Las desigualdadesde la renta m undialy el futuro delsocialismo", e n ElSocialismo del Futuro,núm . 4, Fundación

Sistema, Madrid,1991;yAmin,Arrighi et al .t

Dinámica de la crisisglobal, Siglo XXIEditores, México,1987;

11 C.B. Macpherson,La democracia liberaly su época, AlianzaEditorial, Madrid,

1982.

Page 108: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 108/180

106 ensayos

s o c i e d a d d e m e r c a d o p o r la v ía s o c i a l d e m ó c r a t a .¿ S e p o d r í a d e c i r q u e a q u e l l l a m a d o s o c i a l i s m o c o m o é s t e

f r a c a s a r o n e n t o d o ? L a r e s p u e s t a e s n o . Y a h e m o s d i c h o q u eel socialismo real t u v o u n r e l a t i v o é x i t o e c o n ó m i c o d e s p u é s d e l

t é r m i n o d e l a s e g u n d a g u e r r a m u n d i a l y p e r m i t i ó a a q u e l la ss o c i e d a d e s s u p e r a r e l s u b d e s a r r o l l o ; y a h e m o s d i c h o ,t a m b i é n , q u e a q u e l b l o q u e d e p a ís e s p e r m i t i ó f o r m a r u nd i q u e d e c o n t e n c i ó n a l c a p i t a l i s m o e s t a d o u n i d e n s e , s uc o n t r i b u c i ó n a l a l u c h a e n c o n t r a d e l c o l o n i a l i s m o f u ed e c i s iv a ; a s i m i s m o , q u e , g r a c i a s a l a s o c i a l d e m o c r a c i a , e n t r eo t r o s m o v i m i e n t o s , s e l o g r a r o n r e iv i n d i c a c i o n e s o b r e r a s m u yi m p o r t a n t e s , l a d i f u s i ó n d e u n a i d e o l o g í a / d e j u s t i c i a eig ua ld ad y l a f l ex ib il i zac ión d e l cap i t a l i s m o , p e r o e l lo n o no s

d e b e l l e v a r a c o n f u n d i r , c o m o l o h a n d e m o s t r a d o a u t o r e sc o m o A d a m P r z ew o r sk i,1 2 e n t r e u n m o v i m i e n t o q u e t i e n ec o m o h o r i z o n t e e l c a p i t a l i s m o c o n l a l u c h a p o r e l s o c i a l i s m o .

L l e g a m o s a q u í a l a p r e g u n t a c e n t r a l : si e l l l a m a d o socialismo

real n o e r a u n a u t é n t i c o s o c i a l i s m o , y s i l a s o c i a l d e m o c r a c i ah a f ra c a s a d o e n e s t a b l e c e r l a n u e v a s o c i e d a d , e n t o n c e s , ¿ c uá les l a a l t e rna t iva?

E n p r i m e r l u g a r , e l s o c i a l i s m o s i g u e r e p r e s e n t a n d o l a m á si m p o r t a n t e c r í ti c a a l as d e s i g u a l d a d e s y e n a j e n a c i o n e s p o r el

c a p i t a l i s m o , p e r o s u p r o f u n d i z a c i ó n e n l a n u e v a e t a p a d e lc a p i t a li s m o p o s m o d e r n o e x ig e u n r e p l a n t e a m i e n t o d e la sa n t i g u a s p r e m i s a s , d e a c u e r d o c o n la s n u e v a s n e c e s i d a d e s d el a s c l a s e s s u b a l t e r n a s .

E n s e g u n d o l u g a r , c o n f o r m e a l o q u e h e m o s e x p u e s t o , a lsocialismo real y a l m a r x i s m o e n s u c o n j u n t o l e s f a lt ó u n ac o n c e p c i ó n m á s e l a b o r a d a d e l a d e m o c r a c i a , c o n c i b i é n d o l an o e x c l u s i v a m e n t e c o m o u n a f o r m a d e d i s t ri b u c i ó n d e l p o d e rp o l í t i c o , s i n o c o m o u n a m o d i f i c a c i ó n d e l a s o c i e d a d e n s u

s e n t i d o g l o b a l : e n l a e s f e r a d e l E s t a d o , l a e c o n o m í a y l as o c i e d a d c i v i l . H o y e x i s t e n m u c h a s c o n c e p c i o n e s s o b r e l a sf o r m a s d e la d e m o c r a c i a p r o c e d e n t e s d e u n a i n t e r r e l a c i ó ne n t r e u n c i e r t o t i p o d e l ib e r a l i s m o y u n a f o r m a e s p e c i a l d ee n t e n d e r e l s o c i a l i s m o . H a y q u i e n e s h a n p l a n t e a d o u n ad e p u r a c i ó n d e l m a r x i s m o c o n r e l a c i ó n a l n u e v op l a n t e a m i e n t o d e l s o c i a li s m o y d e la d e m o c r a c i a . P o r m ip a r t e , c o n s i d e r o q u e t o d a s l a s t e o r í a s a c t u a l e s e s t á n e np r o c e s o d e d e p u r a c i ó n , p e r o d e b e n d i s t i n g u i r s e a p o r t e s

d e e l e m e n t o s c a d u c o s . N o m e e s p o s i b l e a b o r d a r e s t e t e m a ,

12 Adam Przeworsky,Capitalismo y

socialdemocracia,

Alianza Editorial,

México, 1992.

Page 109: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 109/180

gabriel vargas lozano 107

pero existe un debate abierto. A su vez, a la socialdemocraciale faltó un a nue va teor ía económ ica y un a nueva teor íapol í tica qu e perm it ieran da r cuen ta de los l ímites impu estospo r el capi tal ismo .

En tercer lugar , para poder elaborar una concepción nuevadel social ismo se requiere hacer una depuración de lospu nto s c iegos que h an pe rmi t ido un a lec tura ext raña yop ue sta a sus prop ias intencione s. A quí me ref iero a unpro ble m a com plejo, que surge de los intentos de realizaciónde una teoría. En efecto, en la actualidad existen diversosmovimientos social is tas que han considerado con razón la noiden t idad en tre las aspiraciones o ideales hacia un a sociedadmejor con las injusticias, crímenes y corrupciones que se

comet ie ron en su nombre . Nadie que tenga un mínimo deética puede estar en favor del gulag, de los millones demuertos durante la colectivización estalinista o de lapr ivación de los dere cho s hum an os . Pe ro tamb ién el análisisdeb e ser ju s to y deber ía agregarse qu e nadie pu ed e aceptarque en nombre de rel igiones, como el cr is t ianismo, basadasen e l am or en t re los hom bres , se com et ie ran los masbárb aros c r ímenes du rante pe r iodos com o los de laInquisición, las cruzadas o la conquista de América. Y ya no

se diga los genocidios que se han comet ido en nombre delcapi talismo en la pr im era y segu nda gue rras mu ndiales , enVietnam , en H irosh im a y Nagasaki , y los mil lones depersonas qu e han m uer to s i l enc iosamente por obr a de lapob reza ext rem a generad a po r el si stema.

A pesar de ello, se plantea el siguiente problema: o biencoexis te con ele m ento s posi tivos en todas estas concep cione s,co m o el socialismo, el l iberalismo o el crist ianismo , u naspecto que permite esas interpretaciones nocivas que ha

habid o para l a espec ie hum ana , aspec to que tend r ía que serde pu ra do — como lo ser ía un a confusión en tre lo utó pic o y loposible en el pr imero; la pr ior idad del mercado, en elseg un do ; y el núcleo d ogm ático, en el tercero—, o bien exis teuna distancia insuperable entre la teoría, los ideales y lapraxis, cuyo hiato es imposible de l lenar por la inevitableintervención de las pasiones y los intereses, o bien elpro ble m a no estar ía tanto en la teor ía s ino en la naturalezahum ana , en don de encon t r am os bond ad y ma ldad , a lt ru i smo

y perve rsión, desinterés y po de r , qu e gene ran terr ibles

Page 110: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 110/180

108

injusticias, y qu e po r ello se pla nte a la necesida d de un anueva é t ica que inhiba los comportamientos más nocivos delho m bre . Las tres respues tas m e parece n v iab les.

En cuarto lugar, en la sociedad actual enco ntram os nuevos

prob lem as, com o los plan tead os p or la cris is de los s istemasecológicos, la igua ldad y diferencia en tre los sexos, las nu evasformas de explotación y enajenación derivadas de las nuevastecnologías, la creación de nuevas marginalidades, losconflictos de raza y de etnia, los urgentísimos problemas de lapob reza e xtrem a en e l Sur y de los inm igrantes en e l N ort e , ytantas cuest iones más que conf orm an las luchas po r u nm un do m ejor . Aquí se p lan tea e l p rob lem a de c óm ocoo rdin ar esas luchas s in oper ar un a subo rdinac ión de e llas a

una sola concepción, por más amplia e importante que sea .En quinto lugar, se plantearon durante mucho t iempo lastesis de que el socialismo era una sociedad quenece sariam ente surgir ía de las contrad icciones delcapitalismo y qu e implicaría "el salto del rein o de lanecesidad al reino de la libertad**. Por las experiencias que sehan tenido, podríamos decir que la evolución de la nuevasociedad no surge, en forma espontánea, de lascontradiccio nes obje tivas y que tam poc o es un acto

voluntario , s ino un a forma h is tórica que se va incu ba nd olentamente , en largos periodos , como ocurrió con e l paso delfeudalismo al capita lismo. Ello no quiere decir que deb am osrenu nciar a pensa r una sociedad s in explotación, s inenajenación y con l ibertad, pero lo de bem os hace r tal y com olo proponía Ernst Bloch que deberían concebirse las utopías :sin con fun dir lo desea ble con lo posible y utilizan docon scien tem ente la utop ía com o crí tica de la real idadexistente.

A mi juic io, el socialismo d eb e llegar a un a nuevaconce pción a part ir de un d iagnóstico preciso delcapitalismo; una redefinición de los sujetos y un vínculoindisoluble con una concepción de la democracia en susen t ido rad ica l y eman c ipa tor io .

Las fuerzas de izquierda en nuestro país deb erá n gen erarcon gran independencia e imaginación sus nuevaspropu es tas , porq ue ya no pod em os perm it i rnos el lu jo derepe t i r un a h is to ria que ya conocem os .

Page 111: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 111/180

EL MARXISMO CRITICODE M ANUEL SACRI STÁN

francisco fernández buey

Manuel Sacr is tán nació en M adrid, en 1925, y m urió en

Barcelona, en agosto d e 1985. En esta última fecha, lacrí ti ca lo presentó un ánim em ente com o un o de los pocosgra nd es filósofos e spañ oles po sterior es a la gu erra civil(1936-1939) y co m o el má s imp or tan te d e los filósofosmarxis tas qu e han e scr i to en E spaña.1 Esta unan imidad, nadahabi tua l en e l m un do in te lec tua l h ispánico , se co m pre nd erámejor si se tom a en cu enta q ue la inf luencia d e M anuelSacristán en los ambientes universitarios e intelectuales deopo sición a la dicta du ra f ranquista fue muy no table y muy

persis ten te en la Esp aña d e los años sesenta y setenta .La influencia del pensamiento de Sacristán es tambiénperce pt ible en o tros países de habla hispánica, sob re todo enMéxico, do nd e se edi tó p or pr im era vez su antología de escr itos

de Antonio Gramsci2 y en cuya universidad im pa rt ió var ioscurso s en 1982-1983. Este hecho con trasta con la escasa atenciónprestada hasta aho ra a su ob ra en los países euro pe os máspróximos, aunque también es cier to que la for tuna de la obrade Sacristán e n E uro pa parece empezar a cambiar en los años

siguientes a la mu er te del filósofo.3

No hay duda de que e laislamiento de la cultura española en la época de la dictad urafranquista ha contribuido decisivamente a estedesco nocim iento . Pero también hay qu e cons iderar o t ras doscircunstancias externas. En primer lugar, que la orientación delmarxismo de Sacristán fue bastante atípica en el panoramaeuro peo de aquellos años, c laramente do m inado po r el

Francisco Fernández

Buey. Filósofo españo l , fundador de larevista Mientras Tan

to . M i e m b r o d e l

Consejo Asesor in ternacional de Dia

léctica. T r a d u c t o r ein t roductor en españ o l d e G r a m s c i ydel marxismo i tal ian o . Su más rec ien tel ibro es Discursos pa

ra insumisos discretos.

Dialéctica, núm . 25, primavera de 1994.

109

Page 112: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 112/180

110

cientificismo de altusseriano s y dellavolpianos. Y en seg un dolugar, que la coincidencia temporal entre el final de ladict adu ra franqu ista y la proc lam ación de la últim a crisis delm arxismo por Althusser y Colle tt i en la Eu ropa del sur

tampoco ha favorecido en nada la difusión de supensam ien to , p ionero en e l ace rcamien to de comun ismo yecologismo, pero excéntrico, también, respecto d e lascorrientes políticas dominantes al final de la década de lossetenta (eurocomunismo y neoliberal ismo socia ldemocrático).

2

Sacristán dejaba al morir una obra escrita no muy extensa;un a obr a que pa recerá exigua a todos aquellos que laco m pa ren con lo qu e fue su actividad y su influencia en lacultura española durante tre inta años . Buena parte de lamisma fue producida en condiciones especia lmente duras , deprecar iedad económica , y de te rm inada , adem ás , por lac landest inidad en que hubo de desarrollarse e l comunismoespañol bajo la dic tadura del general Franco. El pr op ioSacristán definió esa parte de su obra como "ocasional",

com o cosa hech a cum plie ndo en cargos editoria les o polí ticos ,pane lucrando, o por responsabil idad c ivil, por com prom isosocia l . Cuando, cediendo a pres iones continuadas de nopocos amigos, el filósofo se decidió en 1982 a recopilaraquellos escritos, lo hizo bajo un título modesto, aunquetam bién significativo: Panfletos y materiales.

En este título hay un a pu nta d e ironía de filósofo.Sacristán, qu e s iem pre tuvo e l or de n y e l m étod o com ocategorías pr incipa les de la vida intelectual y par a quien

trabajar y escribir por g usto e ra virtud principalísima, sabíamuy bien que lo que él mismo produjo (tal vez con un par deexcepciones) era el resultado de un trabajar y de un escribiren c ircunstancias , no sólo muy penosas , s ino también muydis t intas , de las qu e hubi era e legido de ha ber po did o ha ceres ta e lección. Pero ju n to a la i ronía , y hacie ndo u n tod o conella, hay tam bié n e n este título la vindicación, co ntr a lacorrie nte , de u n viejo géne ro en vías de extinción.

Bajo el rótulo "panfletos y materiales", el lector de hoy

encontrará alguno de los más exquisitos trabajos de crítica

Page 113: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 113/180

francisco femán dez buey 111

li teraria qu e se escribieron bajo el franquism o (por e jemplo,s ob re Alfanhuí, de R afael Sán chez F erlosio) y varios de losmás pregnantes ensayos filosóficos que se han pensado en este

país desde la muer te d e O rtega y Gasset. Nu nca, qu e yo sepa, elmaterial de la tradición marxista o el panfleto c omun is tahabían alcanzado en España la corrección lingüística, laprecis ión lógica , la am pli tud de m iras y la autentic idad mo ralque se logran en es tos miles de páginas que componen losPanfletos y materiales. Em pezaron a aparecer , pub l icados po rla Editorial Icaria, de Barcelona, en 1983.

La antología , en cuatro volúm enes , recoge escri tos q uecubren un per iodo de aprox imadamente t re in ta años de la

actividad de Sacristán. La mayoría de esos escritos había sidopublicada en revistas de difusión irregular o clandestina y, encualquier caso, inencontrables ya en España a finales de ladécada de los setenta. El detalle de esta edición es comosigue: 1. SobreMarxy marxismo (1983); 2. Papeles de filosofía

(1984); 3. Intervenciones políticas (1985); y 4. Lecturas (1986).Los dos úl t imos volúmenes aparecieron ya después de lamuerte de Manuel Sacris tán. Se encargó de la edic ión JuanRam ón Cape l la .4 Un quinto volumen de los escri tos de

Sacristán fue publicado en 1987 con el título de Pacifismo,ecologism o y política alternativa; incluye sus últimasintervenciones, por lo general escritas para la revista Mientras

Tanto.

3

La aproximación de Manuel Sacris tán a l marxismo se

pro du jo du ra nt e su es tancia en Alem ania (1954-1956), en laUnivers idad de Münster , en la que trabajó con Scholz ,especializándose en lógica formal. 5 Sacris tán había es tudiadoprev iam ente de rec ho y f ilosofía en ¡a Un ivers idad deBarce lona . Dur an te aque l los años adquir ió un só l idocon oci m ient o de los clásicos griegos y la t inos , as í co m o d e lal i tera tur a jurídic a; se in ter esó po r la narra t iva y po r e l tea tr o ,pe ro tam bién po r la teología y po r la l i tera tura m ís tica . Variases tancias veraniegas en Francia lo había n pu esto en con tacto

con e l exis tencia l ismo d e la época y con la ob ra con m ov edo rade Sim one W eil. De la W eil, ento nce s práct ic am ente

Page 114: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 114/180

112 ensayos

d e s c o n o c i d a e n E s p a ñ a , r e s e ñ ó v ar i a s o b r a s , e n t r e 1 9 5 1 y1 9 5 2 , p a r a l a r e v is t a b a r c e l o n e s a Laye; La pésanteur et la grace,

Atiente de Dieu, L'Enraánement, La Connaisancesurnaturelle e

Intuitionspréchrétiennes. E n l o s a ñ o s i n m e d i a t a m e n t es i g u i e n t e s , S a c r i s t á n e s c r i b i ó v a r i a s r e s e ñ a s y e n s a y o s s o b r eJ a s p e r s , s o b r e e l Sein und Zeit h e i d e g g e r i a n o , s o b r e El

banquete d e P l a t ó n y s o b r e e l c o n c e p t o k a n t i a n o d e h i s t o r i a. 6

E l j o v e n S a c r i s t á n , p o r o t r a p a r t e , s e s i n t i ó m u y p r o n t oa t r a í d o p o r l a o b r a d e O r t e g a y G a s s e t , c u y o rig or r e fl e x iv o yh e r m o s a l e n g u a e s t a b a n m u y e n c i m a d e t o d a l a p r o d u c c i ó nfilo só fica e s p a ñ o l a d e e n t o n c e s . D e e s t a i n f l u e n c i a d e O r t e g ah a y t a m b i é n m u e s t r a s i n e q u í v o c a s e n l o s p r i m e r o s e s c r i t o s

p u b l i c a d o s h a s t a 1 9 5 4 e n l a r e v i s t a Laye y , d e s p u é s d e e s t af e c h a , e n a r t í c u l o s y c o n f e r e n c i a s t o d a v í a i n é d i t o s . 7 No es fác i lde c las i f ica r ent re las cor r ientes f i losóf icas de la época e lp e n s a m i e n t o d e S a c r i s t á n a m e d i a d o s d e l d e c e n i o d e l o sc i n c u e n t a , i n m e d i a t a m e n t e a n t e s d e l a f a s e d e M ü n s t e r y d es u t o m a d e c o n t a c t o c o n e l m a r x i s m o . E l s o c i ó l o g o E s t e b a nP in i l l a de l a s He r a s ha e sc r i t o que su f i l osof í a de en tonces e r auna va r i an t e pe r sona l i s t a , no c r i s t i ana , de l a f i l osof í a de ls e n t i d o c o m ú n . 8 L o c i e r to e s que a l f i na l de e s t e pe r iodoS a c r i s t á n e m p e z ó a i n t e r e s a r s e p o r l a l ó g i c a , l a h i s t o r i a d e lp e n sa m ie n to c i en t í f i co y l a filosofía ana l í t i c a d e l a c i enc i a .

F a l t a t o d a v í a u n e s t u d i o d e t a l l a d o d e l o s e s c r i t o s d eS a c r i s t á n e n e s t e p e r i o d o d e f o r m a c i ó n , 9 p e r o e n t r e é s t o s s ep ue d e de s t aca r "Ve r dad : de sve lac ión y l ey" y "T r e s l i b r os en l aes tacada" . 1 0 S e s a b e , p o r o t r a p a r t e , q u e y a e n a q u e l l o s a ñ o s e lj o v e n S a c r i s t á n s e h a b í a r e v e l a d o c o m o u n p o t e n t e o r g a n i z a d o rcu l tu r a l en r u p t u r a c on los j óv en es un ive r s i t a r ios f a lang i st a s.L os e s tud ios de L aur eano Bone t , P in i l l a de l a s He r a s y Ga r c í aB o r r ó n c o i n c i d e n c o n o t r o s te s t i m o n i o s , c o m o e l d e l p o e t a G i ld e B i ed m a y el de l e sc r i t o r y ed i to r Jo se p M ar í a Cas te l le t , e np r e s e n t a r a S a c r i s t á n c o m o p r i n c i p a l o r g a n i z a d o r d e l g r u p oba r ce lo nés q u e en t r e 1950 y 1954 pu b l i có l a va r ia s vecesm e n c i o n a d a r e vi st a Laye, q u e s e g ú n l a o p i n i ó n d e l a c r í t i c aa c t u a l f u e l a m á s p r e s t i g i o s a e i n f o r m a d a d e l a s p u b l i c a c i o n e sb a r c e l o n e s a s d e a q u e l l a é p o c a e n v e r d a d d i f í c i l p a r a l a s l e t r a se n E s p a ñ a . E n e l l a c o l a b o r a b a n e n t o n c e s a l g u n o s d e l o s m á sc o n o c i d o s r e p r e s e n t a n t e s d e lo q u e h a d a d o e n l l am a r s eG e n e r a c i ó n d e l o s C i n c u e n t a .

Page 115: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 115/180

francisco ernández buey 113

4 '-«y - -gfr-^-aEn Alem ania , adem ás de es tud iar lógica formal y deprofun dizar en e l con ocim iento d e la fenom enolo gía y de la

filosofía existencial, Sacristán leyó a M arx y en tr ó en con tac tocon trabajadore s co mu nis tas a lemanes organizados . A travésde ellos se puso en relación con la dirección del PCE, que enesa época estaba establecida en París . 11 Desde 1956 Sacristánfue m iem bro de l Comité Centra l de l Par t ido Com unis ta deEspaña. Se le enca rgó co ord inar las prim eras organizacionesde es tudian tes y profesores com unis tas exis tentes en laUnivers idad d e Barcelona, se oc up ó de la polí tica cultura l dela organización c landest ina y en a lgunos momentos también

de las re laciones con o tros part id os de la oposic iónantifranquista. 12

El prim er texto en qu e Manuel Sacristán se ocup a de temasmarxistas es "¿Cómo leer el M anifiesto comunista?" (1956 o1957), un ma teria l redact ado pa ra las prim erasorga nizacio nes de l Par tit Socialista^Unificat d e Cata luña , e nesa época rama cata lana del Part ido Comunis ta de España.D ura nte los años q ue van desde 1956 hasta 1968, Sacris tánde s e m pe ñó u na a rd ua t a re a , s e gu ra me n te muy s upe r io r a la

de las pro pia s fuerzas físicas, com bi na nd o el trabajo dedocente e investigador universitario con el trabajo en lapolí t ica comunis ta c landest ina . Fue s imultáneamentepro feso r de filosofía e n la Un iversidad d e Barc elona yorga nizad or de la polí t ica cultura l del Par t ido Com unis ta ,pero tuvo que vivir de las traducciones (del alemán, delfrancés y de l inglés),18 revelándose ya como un agudo escri tory ensayista.

En tre 1957 y 1958, Sacristán dio form a a un a investigación

sobr e la ob ra de M artín Heid egg er qu e leyó com o tes isdocto ral en la Universidad de B arcelona. Lleva po r título "Lasideas gnoseológicas de Heidegger".14 Por esas mismas fechasescribió un ensayo d e 150 páginas sobr e la filosofíacontemporánea, que había de hacer época en los mediosunivers i tarios españoles de la época, po r e l espacio con cedid oen él a la filosofía ana lítica con te m po rá ne a y a las diversascorrientes del marxismo.15 Tam bién p or en tonce s tradu jo yeditó los artículos periodísticos d e M arx y Engels sob re la

Esp aña d el siglo XIX,16

pr im era publ icac ión d e obras de M arx

Page 116: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 116/180

114

y Engels que se hacía legalmente en España bajo la dictadurade F ra nc o .

En los años que siguieron, entre 1959 y 1965, Sacristáncon t inu ó a l te rna ndo con parec ida in tens idad e l t raba jo

do ce nt e con e l editoria l y e l polí t ico. La men ción de lopro du c id o en aqué l los pu ed e contr ibu i r s ign if ica tivamente ala m ejor c om pre nsió n d e la orien tación f ilosófica de Sacristánen su madurez . De esa época conviene subrayar tres aspectoscomplementarios : uno, la lec tura y traducción de textosco nt em po rán eo s de lógica y f ilosofía de la c iencia detradic ió n analí tica (Qu ine y Russell , en tre o tros) , lo que daríacom o resu l tado la redacc ión de un manua l académico deIntroducción a la lógica y al análisis formal (que es una de las

primeras introducciones a la lógica formal publicadas enEspaña).17 Dos, la profund ización de tem as y autoresmarxis tas ( traducción del Anti-Dühring, de Engels , primerasvers ione s de Lukács y de Ad orn o), cuyo resultado principalfue el más sólido y origina l de los ensayos m arxistas escritosen España has ta entonces: "La tarea de Engels en e lAnti-Dühring"}* Y tres , la pers is tencia en la lec tura y re lecturade los c lás icos , par t icu larm ent e d e la l i tera tu ra a leman a, loque explica el matiz clasicista y germanista que caracterizaría

ya s iem pre e l m arxism o de S acris tán.19

5

El redes cub r im ien to de l marx ism o en España du ran te losaños sesenta es tá en gra n pa rte vinculado a l t rabajo deM anuel Sacris tán co m o tra du cto r y ensayis ta . A él se deb ió,co m o se ha ind icad o ya , la in icia t iva de tra duc ir y edita r e l

p r i m er l ib ro de M arx ed i ta do lega lmen te en España ba jo e lf ra nqu i s mo : Revolución en España, volum en que recoge lascolab oracio nes d e aquél y de Engels sob re nu estr o país en e lNew York Daily Tribune. El pró log o a es te volum en,20 pese a subrevedad, apunta dos de los rasgos caracterís t icos delm arxism o d e Sacris tán: e l acer cam iento his tórico-crí tico a laob ra de Marx (acercamien to p or com ple to a jeno a lasop era cio nes e m balsam atorias o catequís t icas de los clásicos) yla acen tuac ió n de l in te rés po r los p rob le m as m etodológ icos .

Page 117: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 117/180

francisco fernández buey 115

En 1958, antes de qu e este volu me n viera la luz, Man uelSacr is tán había escr i to la antes menc iona da pa norá m ica delas cor rien tes fi losóficas desd e la term inac ión de la segu nd agu erra mu ndial . El interés de este ensayo no se reduc e al

capítulo d ed ica do a los ma rxism os. En él se inform a, consimilar r igor y actualizada docu m en taci ón , sob re los variosexistencialismos de la época, del neoposit ivismo y corrientesafines, del movim iento racionalista, así co m o de la evoluciónde las tradicio nes escolástica y hege liana, e incluso — aunqueen m en or medida— de l estad o d e la f ilosofía en el Extre m oOriente .2 1

Junto a la cultura enciclopédica del autor, lo que todavíaaho ra l lama la atenció n y const ituye un a n ota d e or iginal idad

en d icho ensayo es su cri terio básico, esto es, la atenciónpresta da a la situación espiritual de los años estudiados y,sobre todo, a la compleja relación (angustiada en unos casos,autocrí t ica en otros, pero en revisión en los más) entrefilosofía y ciencias po sitivas, trasf on do d e la cual fue lareflexión sob re las dim ens ion es d e la últ ima catástrofe bélica.De ahí que, a diferencia de lo que era habitual en los mediosuniversitarios españoles de entonces, Sacristán seleccionara alos autores estudiados en razón de su peso en la

de term ina ció n de la vida espiri tual de la épo ca y no só lo apa rü r del tecnicismo d om ina nte en las academias. Lama nifestación de este cri terio revela, des de luego ,preferencias . Pero, como era normal en publ icaciones quehab ían d e pasar la estricta cen sura franquista, no hay en elensayo declaración abier ta de un pu nto de vis ta m arxista .

El lo no o bstante la pano rámica q ue Sacr is tán pro porc ionadel marxism o con tem po rán eo en esa fecha y la e lección delos auto res a los que de dicaba mayor espacio, lo q ue

const i tuía datos suficientes para hacerse un a idea ba stanteprecisa de las or ientac iones m ás sal ientes de su pen sam ientode en ton ce s, a saber: los tem as lógicos y epistem ológico s (eldebate acerca de la interpretación fi losófica de las teoríascientíficas más recientes, la reflexión metacientífica acerca delpapel d e la c iencia en las sociedades con tem porá nea s) ; la"fi losofía de la praxis", de A nto nio Gram sci; y,secundariamente, la dimensión f i losóf ica del pensamiento deMao Tse-Tung. En tal sentido, si en la obra de J .D. Bernal

destacaba Sacristán un programa de fi losofía científ ica activa

Page 118: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 118/180

116 ensayos

ten de nt e a la in tegración de la c iencia posit iva en e lhu m an ism o y qu e cri tica a l t iem po la "fobosofia" de lasmenos apreciables derivaciones neoposit iv is tas en AntonioGram sci (y seña lada m ente en los Cuadernos de la cárcel),

descub ría a l "m ayor f ilósofo m arxis ta eur op eo occidenta l"; e lapar tad o d ed icado a M ao Tse-Tung se l imi taba , po r ú l t imo , aapuntar la fundamentación teórica por és te de laspeculiaridades del desarrollo del marxismo en China.

Es posible indicar aú n un p ar de notas má s con tenida s enaque l ensayo . Pr im era : la a rgum entac ión de que e l m arx ismono es una filosofía en e l sen tido c lás ico y acadé m ico delt é r m i n o , sino m ás bien un filosofar. Y segu nda : la crítica alinterve ncion ism o dzanovis ta en cuest iones c ientíficas y

fi losóficas como motivo centra l del empobrecimiento delm arxism o sovié t ico en la époc a de Sta lin . Resp ecto d e e s toúlt imo (obje to de intensas controvers ias en e l movimientocom unis ta de la époc a), tan no table es la inform ación qu e sepr op or cio na acerc a del deb ate sovié tico sob re la nueva,fís icacomo la l ibertad de cri terio con que Sacris tán aborda lam anida redu cc ión d e todo s los males de l l lamado socialismo

real al "culto de la personalidad de Stalin*.22

Si en e sta pa rte del ensa yo d e 1958 se adv ierte ya lapreferencia de Manuel Sacris tán por e l f i losofar de AntonioGram sci ent re los marx is tas , la in tro duc ción de su tes isdoctoral sobre Martín Heidegger, le ída en la Univers idad deBarc elona a princ ipios de 1959, po ne d e manifies to c iertap rox im ida d a un o d e lo s t e ma s de l Luká cs m a du ro . E n

efecto, al est ud iar la evoluc ión d e las ideas gnoseoló gicas deM art ín Heid egge r (en una fecha , d icho sea de paso , an te r io ra la queja sa rtr ian a sob re e! desc uido d e los marxis taseu ro pe os r esp ecto d e las corrie ntes exis tencia lis tas) , Sacris tánexplic i taba desde la primera página (aunque s in c i tar a lf ilósofo hú ng ar o po r su nom br e) la coincidenc ia con la crí ticalukacsia na de la de stru cció n de la razón en las filosofíasirracionalistas del siglo XX. Con esa inspiración enlazatam bié n la respu esta a la pr eg un ta centra l de la tes is : ¿Qué

puede aprender el pensamiento racional de la s ideas gnoseológicas

Page 119: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 119/180

franciscofernández buey 117

de Heidegger? Lueg o de conced er a He ideg ger e l m ér i to de lasuperac ión d e l gnoseo log ism o en la f i losofía con tem por áne a ,la conclu s ión d e es te es tud io de Sacristán afirma qu e "no es

de espera r qu e el ho m bre in te r ru m pa su d iá logo rac iona l conla real idad p ara e ntab lar ese otro d iá logo en la his toria delser , cuyos personajes se niegan a declarar de dó nd e recibenla suya".23

La principal diferencia , s in emb argo , entre la es t imaciónde l desa rro l lo del i r rac iona l ismo cont em po ráne o p or Lukácsy el análisis q ue h ace M anue l Sacristán d e las ideasgnoseológicas de Martín Heidegger es consecuencia de unadis t inta form ación cultura l y , sob re tod o, de la valoración po r

el pe ns ad or esp año l de la lógica form al y de la filosofía d e lac iencia de orien tació n analí tica . Am bas cosas de term ina n enel úl t imo caso un tono completamente a le jado de la prisapolí t ica con que escribiera Lukács en su momento, as í comoun estilo en el que aún hoy se puede recalcar la finura delmatiz con q ue se dis t ingue en tre las mo tivaciones d eHeidegger y la debil idad argumentat iva de sus doctr inasacerca de la verdad lógico-formal, la abstracción y el supuestovalor del m ét od o e t imo logizante , o la form a e n qu e se l lama

la a tenc ión sob re lo que re prese n tó la obra d e aqué l p orcomparación con f i losofías anteriores de orientaciónigualmente irracionalis ta .

La precisión técnica de ese análisis y la contundencia de suconclus ión s iguen s ie ndo pe rt in ente s en la actualidad. Pe ro sise menciona aquí ese rasgo de Las ideas gnoseológicas de

Heidegger es po r e l hec ho d e que am bas cosas ( la a ten ciónpre stad a al m atiz filosófico y la aspira ción , sin em ba rg o, al"pensamiento crudo", en e l sentido que dio Brecht a es taexp resió n al aña dir: "lo simple es lo difícil") serían u nacons tan te de l marx ismo d e Sacr istán, inc luso cuando ado ptala form a de l ensayo, del art ículo breve o del m od estom ateria l . Esta con stante es observable , po r e jem plo, en e lestudio de la obra de Lenin como filósofo o en el análisis delpen sam ien to d e Lukács (1967) a l h i lo de los conc eptos derazón e irracionalismo.2 4

En un o y otr o casos, pe ro tam bién, m ás en general , en e ldeb ate con las principales corrientes marxis tascon tem por áne as , Sacr istán no ha de jado de ind ica r lo que losepara de p ensad ores y revo luc ionar ios respec to de lo que en

Page 120: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 120/180

118

otros aspectos manifiesta la mayor afinidad o simpatía: elco nc ep to d e la relación en tre filosofía y ciencia, o, máspre cisa m ente , la orientac ión epis temológica . Meridiana es , en

tal sen tido , esta declar ación de los últim os año s de su vida:"Nu nca m e gus tó la ep is temología p redo m inan te en latradic ión marxis ta . Siempre me pareció que en ese campoeran mejores las escuelas marxistas minoritarias".25

En efecto, esta crítica a la debilidad epistemológica de lasco rri en tes ma rxistas aflora tan to en la estima ción del filosofarde Gram sci y de Len in com o en e l d iá logo que Sacris tánestable ció co n Luk ács y con la H eller de la etap a d eBudapest, o en la controversia con Althusser y con Colletti .26

La finalidad de la crítica es evitar al marxismoco nt em po rá ne o e l dob le escollo del ideologismo y de laescolástica cientificista, o sea, el error consistente en"i m po ne r a las teorías científicas en sen tido estricto los rasgostota l izadores prop ios del pen sam iento revolucionario" y latend enc ia a "a tr ibuir a l ma rxism o el es ta tuto epis temológicode la teoría científica en sentido estricto".27

Si la forma principal de expresión del marxismo deSacris tán, tan emblemática como modestamente s ignif icada

en el rót ulo de "panfletos y m ateriales", enlaza, a través decondic ionam ien tos ex te rnos muy parec idos, con e l t roncoco m ún del pensa m ient o socia lista en España, y si suinsistencia en subrayar (en el conjunto de la obra de Marx) elprograma crítico, favorable a la emancipación de las clasessocia les subalternas , da funda m ento y desarrolla la in tenció nrevoluciona ria de un a par te del social ismo hispánico, encam bio, la a tenció n pr es tad a a la cuest ión del mé tod o y a lospro blem as epis temológicos lo a le ja de lo qu e fueron s iem prelas preocupaciones y temas dominantes de es te úl t imo.

Efectivamente, la formación lógico-metodológica y losconocimientos científico-filosóficos de Sacristán han dadoco m o resu ltado precis ion es y sugerencias acerca de losdifere ntes ám bito s de relevancia de ciencia positiva ydialéctica, discusiones críticas de la utilización redundante delconcepto de dialéctica, aclaraciones sobre los varios usosm á nda nos de l t é rmino m is mo de ciencia o acerca de lare lación en tre és ta y pro gra m a crí tico en e l marxism o, cuyo

conjunto no t iene antecedentes en e l pensamiento socia l is taespañ ol, ni en la cor rien te qu e cristalizó en la II Inter nacio nal,

ensayos

Page 121: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 121/180

francisco fernández buey 119

ni en las apo rtacio nes más notorias d e la III Interna ciona l . Esmá s , la pru de nc ia dia léct ica, tan antiespecula tiva c om oantic ientif ic ista , q ue s iem pre caracterizó e l m arxism o d e

Sacris tán, ha m an ten ido a és te a l m arg en d e la angustiadaautocrítica con que varias de las escuelas marxistas europeasreaccionaron, a finales de la década de los setenta, a lasexageraciones ideologistas o cientificistas anteriores. Desdeeste pu n to de vista, tal vez la característica m ás saliente d elm arxism o d e Sacristán es la acentuación de la naturaleza

antiideológica del pensamiento revolucionario que tuvo su origenen M arx. Tal orientació n es tá exp resada ya en 1965 coninequívoca ro tundidad :

"El pen sam iento de M arx ha nacido co m o crí tica de laideología y su tradic ión no pu ed e dejar de ser anti ideológicasin desnaturalizarse".28

7

Desde aquella fecha de 1565, este tema aparece en losescritos de Sacris tán com o hilo con du cto r qu e vertebra varias

de sus discusiones con diferentes gene racion es m arxis tas .Está en el ce nt ro de las objecion es q ue hizo al usogramsciano del concepto de ideología en los Quademi del

carcere; ocu pa igualm ente u n lugar centra l en la discusión conel Lukács de La destrucción de la razón; alcanza un nuevodesarrollo e n la es t imación, otr a vez crí t ica , del con cept oleninian o del marxism o, según e l cual también és te seguiríaten ien do un e lem ento ideo lóg ico ; y rebro ta en u naequil ibrada presentación de los primeros resultados de la

denominada Escuela de Budapest . En todos esos casos (quecor resp on de n a ensayos publicados has ta principios de losaños och enta) Sacris tán n o ha dejado d e afinar en es temotivo de la "eliminación de la especulación ideológica en elpen sam ient o socia l is ta".

Así, s i en 1967 esta tarea le parecía "el pr og ra m a má sfecundo que puede proponerse para e l marx ismocon tem por áne o" , o sea, e l p rogra m a de la hora , a lgunosmeses desp ués (en e l marco d e la discusión con lo qu e l lamó

el "pan ideolog ism o d e Lukács") Sacris tán se enfren taabiertamente incluso con un r iesgo que é l mismo había

Page 122: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 122/180

120 ensayos

seña lado con preocupac ión (el de ser confundido pormarxistas de orientación hegeliana con los teóricos del "finald e las ideologías**); se distan cia, p o r t an to , de la

ca rac te r izac ión de l marx ism o com o concep c ión de l m un dopara proponer una dis t inción precisa entre és ta y lo que debaser un programa crí t ico revolucionario .

Admitiendo, pues , que e l asunto de la caducidad de lasideolog ías se ha concr e tado p or e l m om en to en un a nuevaideología reaccionaria, en la ideología del fatalismotecnológico, niega Sacristán que la conciencia crítica haya deacep ta r por eso a el ser albergada por la magnificencia sinc imien tos de las concepc iones de l m un do es t ruc tura lm ente

rom ánt icas" . És ta , la concepc ión de l mu nd o, no p ued e se rpara el pen sam ien to revo luc ionar io mediac ión en t repro gra m a prác t ico raciona l y conoc imien to pos i tivo , porq uemezcla teoría en un sen t ido muy vago (o pseudo teor ía ) confinalidades y valora ciones qu e n o son recono cibles c om otales . De ahí que la lucha m arxiana c on tra la obnu bilación dela con cienc ia, la crítica de las ideologías, inclu so en^elpen sam ien to revo luc ionar io de fo rmac ión m arx is ta , semateria l ice pa ra Sacris tán en un a hipótes is general , en la cuala

la mediac ión t iene que se r p rod uc ida en t re una c la raconciencia de la realidad tal cual ésta se presenta a la luz delcono c im ien to pos i tivo de cada época , una conc ienc ia c la radel ju ic io valorat ivo que nos m erece esa real idad y un aconciencia clara de las finalidades entrelazadas con esavalo ració n, finalidades q ue ha n de ser vistas co m o tales, noco m o afirma ciones (pseudo)teóricas**.29

Hay que decir que esta lanza antiespeculativa yantiideológica, en favor de la claridad de la conciencia

científ ica y polít ico-moral , fue r ot a a con trac orrie nte , ju s to enun m om en to en e l cual las luchas obr eras y es tudianti leses taban prop ic ian do en España y en Euro pa una nuevarec up era ción unila te ra l del cultura l ismo idealis ta yvoluntaris ta con que lo mejor del marxismo de los añosve in te hab ía t ra tado d e opon erse al acha tam ien to de latradic ión revolucionaria por las socia ldemocracias . En esecontexto, la propuesta anti ideológica de Sacris tán debe leersecom o un a adver tenc ia de l s igu ien te tenor : la rec uperac ió n

teór ico-prác tica de l marx ism o no se hará m edian te u n nuevore to rno , vo lv iéndose nue vam ente hac ia Hege l , s ino m iran do

Page 123: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 123/180

francisco fernández buey 121

de fren te a lo qu e hay, al pre sen te, enlazan do p ara el lo con elco no cim ien to em pír ic o, con el cul t ivo d e las ciencias(na tura les y sociales) positivas. Pe ro en los ensayos qu e

Sacris tán escribió en esa époc a, dicha advertenc ia cubría almism o t iem po o t ro f lanco: n o hacerse la i lus ión d e qu e e lma rxism o es la ciencia sin más (o la gran ciencia o la otra

ciencia* co m o a veces se decía) . Fr uto de esta prudencia

dialéctica, qu e desd e e l p r im er m o m en to no qu iso paga r u nt r ibuto con s iderado innecesar io a l or igen hegel iano deaquél la , fueron también intervenciones teórico-polí t icas opolí t ico-cul turales acerca, po r ejemp lo, del lug ar de lafilosofía en los estudio s sup erio res o so bre la un ivers idad y la

división del trabajo,

30

in tervenciones e n las qu e aún es máspa ten te la aspi rac ión d e Sacr i stán a un "pensa mien to cru do" ,que po r neces idad tenía que resul ta r enton ces polémico. Encualquier caso , aquel "pro gram a de la ho ra" se fue am pl iandotemáticamente en los papeles escr i tos en los años setenta,b ue n a pa rte d e el los publicada ya en las revistas barc elon esasMateriales (1976-1977) y Mientras Tanto.

8

En 1965, Sacris tán fue excluido d e la Un iversidad po rmotivos pol í t icos. La prote sta universi tar ia po r esta ex pulsiónenlazó rápidamente con la lucha de los estudiantes en favorde un a organizac ión au tón om a y dem ocrá t ica , l ibre de lasa tadura s de l s indica to impue s to obl iga tor iam ente po r e lrégim en de l genera l Franco . Es te ampl io mov imiento enfavor de una universidad democrát ica, que movil izó sobretod o a las univers idades de Barce lona y M adr id en t re 1965 y1967, fue como una premonic ión de la rebel ión de loses tud ian te s eu ropeo s y nor t eam e r i canos , y acabó en lazandocon el la a pa rt i r de 1968, radical izand o las reivindicacionesin ic iales de los es tudiantes d e España . Ju nt o con Jos é LuisA ran gu ren , Agu st ín Garc ía Calvo, Jo sé M ar ía Valverde yEnr iq ue T iern o Ga rván, M anuel Sacr is tán se convi r t ióen ton ces en sím bolo d e la resis tencia universi tar ia a lad ic tadura . Var ios de los pr inc ipa les papeles de l mo vimientounive rsi tar io de aquel los años se de be n a su pluma .51

Durante

aquel los añ os, Sacristán fue ig ualm ente el a lma d e varias

Page 124: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 124/180

122 ensayos

revistas edi tadas po r el Par t ido C om un ista en Barcelona(Nous Horitzons, Universitat y Verüat, princip alme nte) y siguiójugando un importante papel en la organización del t rabajo

cultural entre los intelectuales antifranquistas.Por otra parte, su relación sentimental con la hispanistanapoli tana Giulia Adinolfi puso a Sacristán en contacto con lacu ltura p olí t ica i tal iana, y en sus interv encio nes de estos añosresulta aprec iable la influencia d e la acti tud dedis tanciam iento relativo de la Un ión Soviét ica m ante nid a po rTogl iat t i desde el XX C ong reso del PCU S hasta los úl t imosaño s de su vida, así co m o el apre cio d e éste po r "la batalla d eideas" en el sen o d e la tradició n socialista. Sacristán tra tó de

im prim ir es ta mism a or ientación po l icentris ta (y respetuo sade las par t icula rida des estatales y nacionales) en la vidapolí t ica del PCE-PSUC. Consecuencia del vínculo con elcom un ism o i ta liano es tamb ién su aproxim ación a la ob ra d eA nton io G ramsci . A Sacris tán se deb en las pr imera smenciones (en 1958-1959) de la filosofía de la praxis enEspaña, así como la edición de una antología de los escri tosgramscianos que fue prohibida por la dictadura, por lo quetuvo que publicarse inicialmente en México (1970). Este texto

ejerció gran influencia en los ambientes marxistas deBarcelon a y M adrid cua nd o f inalmente, desp ués de la m ue rtede Franco, pudo ser dis t r ibuido en España.

La ocupación de Sacristán con la obra de Gramsci y eltérmino de la preparación de la antología gramscianacoincidió con los importantes acontecimientos europeos delañ o 1968. Sacristán, al resaltar la m agn itud de éstos para laevolución del movimiento comunista y de la cultura socialistaen Europa, se refir ió a los acontecimientos de París y de

Praga den om inánd olos "el doble a ldabonazo".

32

Vioprec isam ente e n este dob le aldabonazo el f inal del m arxismodel teorema y la objetividad, y el comienzo de la recuperacióndel ma rxism o del m éto do y de la subjetividad.

En los años que siguieron, Sacristán tradujo al españolalgunas de las principales obras del marxismo occidental:

Historia y conciencia de clase, de Lukács; y M arxismo y filosofía,

de Karl Korsch. Discutió la epistemología de Lenin y empezóa ocuparse de los problemas que consideraba posleninianos.

La or ientación de su ma rxismo d e entonc es, alejado p or igualdel cientif icismo de althuss eriano s y dellavolpianos, y del

Page 125: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 125/180

francisco fernández buey 123

neorro m ant ic ism o a la Marcuse , se com padece b ien con unpu nt o de vista pr op io , tam bién part icular , en la controvers iapolí t ica de la época. Sacris tán manifestó m uy pro nt o su

insatisfacción an te la política seguida po r el PC F enm ayo jun io d e 1968 . Co nsid eró es ta polí tica unila tera l en suanálisis de los intereses de la burguesía, ingenua en sudefensa de l pa r lam enta r ism o y de la dem ocrac ia rea lm enteexis tentes , y mio pe en su jus t if icación s in má s de la defensa -

de la razón d e Estado vigente en e l PC US. Postuló , po r otraparte, la necesidad de una aplicación histórico-crítica de lascategorías marxistas a la experiencia socialista, sobre todo apart ir del nuevo curso en Checoslovaquia y de la invasión de

este país por las tropas del Pacto de Varsovia. Chocóentonces con la dirección del Part ido Comunis ta de Españapor considerar, no sólo que la crítica de Santiago Carrillo a lainterven ción de la U nió n Soviética era dem asiad o t ib ia , s inotam bién exclus ivamente poli tic is ta, ign ora nte d e lospro blem as de fon do d e la construc ción del socia l ismo en laURSS.

Si la situación d e Sacristán en el seno del Pa rtidoCo m unis ta se hizo difíci l en aquellos años , tamp oco resultaba

fácil en la sociedad española de 1970 captar toda la carga deprofundidad que contenía esta crítica del filósofo a la políticade la direc ción del PCE . Y ello po r un a raz ón m uy sencilla: lavida en la c landest inida d y e l m ant en im ien to de u na luch acom ún contra la d ic tadura pu s ie ron sord ina a la sdiscrepancias . De he cho , Sacris tán qu ed ó fuera de losórganos de dirección de es te part ido, por petic ión propia ,desde 1970, pero continuó mil i tando en las organizacionesde base de l mism o, po r cons idera r lo todavía co lum na

vertebra l de la res is tencia antifranquis ta en E spaña y , deb idoa e llo , obje to d e encarnizad a persecu ción. Desde 1956,Sacristán fue en Barcelona el comunista público y, com o ta l ,de ten ido po r la policía polít ica barcelo nesa en 1957, 1964,1966, 1967 y 1972. Po r la m ism a razón, se le ne gó u n acátedra universitaria en 1962, se le expulsó de la Universidaden 1965 y no se le perm itió regr esar a ella has ta 1973; volvió aser expu lsado en 1974 y no p ud o l legar a des em peñ ar ladocenc ia un iversi ta ria con a lguna normal idad has ta desp ués

de la m ue rte d el gene ral Fran co. Todav ía en 198 1, a lcom ienzo de la t ransic ión polí t ica (respecto de la cual

- c ^ E

HfttfT »I/NE

moiotigr

Page 126: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 126/180

124

Sacris tán s iguió s iend o crí t ico), las auto ridad es del M inis teriode Educac ión le negaron nuevamente una cá tedra .

Su discrepancia respecto de la política seguida por la

d i recc ión del Par t ido Com unis ta tom ó un a nueva d im ens ióna part ir de 1974; pri m ero en re lación con las lecciones quehab ía qu e sacar de la de rro ta del socia lismo en Ch ile , ensep t iem bre d e 1973 , y despué s oponié ndo se a las p r im erasform ulacione s , e n I ta l ia , del compromiso histórico, que llevaríana la p roc lam ac ión de l euroco m unism o. En aquel los años ,Sacristán criticó con igual du reza el dog m atism o estalinista de losfuncionarios identificados con la mayor parte de las actuacionesde la dirección rusa desde 1968 y e l g iro euro com unis ta de

los par t idos d e la Eu rop a del sur , g iro con sider ado po r é l , yaen 1977, co m o un a utopí a vacía co nd en ada a l fracaso.Por o tra par te , Sacristán no dejó de discutir du ran te esos

años , y con la misma fuerza , e l extremismo representado enla Europa del sur por la resaca del '68, esto es, por losgrupú sculos es tudianti les m aoís tas , t rotskis tas y anarquis tasque p or en ton ces t ra taban d e sup lan ta r a los t raba jadores enla Barce lona indus t r ia l ; un ex t rem ismo q ue , en op in ión deSacris tán, imputaba idealis tamente a los trabajadores un t ipo

de conciencia inexis tente , o que glorif icaba de maneraacrítica la supuesta superación de la división entre trabajointe lectual y trabajo m anu al dur an te la revolución cultura lchina. Con todo, en esta crítica de Sacristán a las ideologíassesenta iochis tas (marcusianismo, utopismo neorromántico,ma oísmo a la europea , a l thusse r ian ismo) , que se ex tend ie ronpo r las universidades españolas dura nte la prim era m itad de ladéc ada d e los setenta, se pu ed e observar tamb ién la aceptaciónpo r parte del filósofo barcelonés de un p roblem a de fondo qu ehay en ellas y qu e mov ió a muc hos estu diantes universitarios d eaquella genera ción ; a saber: la captación intui t iva d econtradicciones básicas en el aparato educativo del capitalismotardío. Representativo de este combate político en dos frenteses el ensayo titul ado "La univer sida d y la división del trabajo".33

9

En 1975-1976, después del ajuste de cuentas con elm arcu sianism o y e l a l thusserianism o, y de cri t icar al

Page 127: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 127/180

francisco fernánd ez buey 125

eurocomunismo nac iente como utopía soc ia lmenteinmantenible , Sacr is tán aceptó en gran medida elplanteamiento del úl t imo Lukács en favor de un gran"mo vimiento ant iman ipula tor io y ant iautor i ta r io" , con la

convicción d e qu e, despu és d e las derr otas del '68 y del '73 , e lmovimiento social is ta europeo había de volver a empezarco m o si se estuviera, no e n los añ os veinte del siglo XX , sinoantes d e Marx, en las pr im eras décad as del s iglo XIX. Lukácsy la Escuela d e B udap est se convir t ieron, p ues, eninter loc utore s pr ivi legiados para él a la ho ra d e recon struir e lcon cep to m arxis ta del m éto do y de la subjetividad.

Pero tam bién el diálogo de Sacr istán con el úl t imo Lukácsy con la Escuela de B uda pest fue desd e el pr incipio un

diálogo crí t ico, pues vio en la orientación de aquél y en laspr imeras aportaciones de Hel ler y de Markus un obstáculomu y ser io par a la rege nera ción del com unism o m arxis ta: laor ientac ión dec larad am ente ideológica de es te marxismo, suespecu lativismo filosófico, el des pre cio, en sum a, de laEscuela de B uda pest po r el pu nt o d e vista anal í tico en lascuest iones epis temológicas . En esta discusión co n Lukács ycon la Escuela de Budapest^ apu nta n ya algunos de los tema sque serían característ icos de la últ ima fase del marxismo de

Sacristán, la qu e se desarro lla en la revista Mientras Tanto(1979-1985): la idea d e qu e el nuev o com ienzo no h a d epo ne r el ace nto en las ideologías , s ino ( reno van do lainspiración or iginal marxiana) p ar t i r de lo qu e hay; la idea deque ha habido s iempre una ident idad de base ,un i lateralm ente industr ia l is ta , en el capi talismo ta rdío y enlos países l lam ado s socialistas; la nec esida d de analizar lospro blem as nuevo s, posleninis tas , surgido s de la conciencia d eesta ide nt id ad e n el t ra tam iento de las fuerzas prod uct ivas; la

importancia de int roducir la problemát ica ecologis ta y dear t icular, po r tan to, la cr í tica al prog resism o bu rgu és, s in caeren las exageraciones románticas; la acentuación de la crí t ica alas ideologías pseudosocialistas del ocultamiento de lasi tuación del socialismo real y de la bancarrota de lasocialdemocracia his tór ica.

El paso temático de la filosofía de la ciencia a la sociologíad e la cienc ia y al análisis d e las políticas científicas se pr od uj oen la ob ra de Sacr is tán casi s imul tán eam ente a la cr ít ica de leu roc om un ism o en el plan o de la teor ía pol ít ica y a la

Page 128: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 128/180

126

atención por los problemas ecológicos , por entoncesconsiderados muy poco re levantes entré los teóricossocialistas en general, al menos en España. El estudio de lainterre lac ión e ntr e esos tema s en e l m arco de la t radic ión

com unis ta pue de cons idera rse como e l p r incipa l p royec to deM anu el Sacristán en la eta pa d e la revista Mientras Tanto,

fund ada en Barcelona a finales de 1979. Pro bab lem ente susaportaciones más originales al marxismo del final de ladécad a de los se tenta hayan s ido: la pro pue sta dereco nsid erac ión de la estrateg ia socialista a partir del análisisde la crisis ecológica;54 la reconstrucción de la noción deciencia en la obra de Marx;35 y las notas dedicadas a l choq uecul tu ra l como p ied ra de toque de l p rogres ismo b urgués ,

notas puestas a l m arge n de u na biografía del indioGe rón imo .5 6 En éstas, Sacristán profu ndiza en su crítica deles tructural ism o y l lama part icula rm ente la a tención hacia labarbarie del progres ismo industr ia l is ta .

10

Pu ede decirse , pa ra concluir , que la reflexión inic iada p or

M anuel Sacris tán en 1968 y con tinua da prá cticam ente has tasu m ue rte , en 1985, es un a reconsiderac ión únic a delprog ram a comunis ta , un a recons iderac ión que no t ieneapen as s imil i tud con n ingu na o tra de las in iciadas du ran te esaépoca . El pro yecto d e Sacris tán no pu ed e identif icarse ni co nla rendición incondicional al fundamentalísimo liberal querepre sen tó e l euro com unism o, n i con la a t racc ión por e lpop ulism o m aoís ta a la eur op ea, n i con las recupe racion esaño ran tes del izquierdism o m ecanicis ta de la III

Intern acion al , n i con e l prosovie t ismo, ni con e l t rotskism o.Ta m poc o h izo nunca Sacr is tán conces iones a n ingun a deestas corr iente s (con las qu e, sin em bar go, dia logó s iem pre,cons id erand o que e ran par te de un a misma t rad ic ióncultural), razón por la cual todavía ahora su evolucióndu ran te aque l los años sue le se r mal com prend ida en España .

Su marxismo fue incómodo en la época del resurgimientodel m arxism o. Y lo siguió s iendo en la époc a de la crisis del

marxismo. Fue un m arx ismo excéntr ico , he te r odo xo . El

carácter radical , tan to en lo qu e t iene de reconsidera ción

Page 129: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 129/180

francisco femández buey 127

autocrí t ica de la t radic ión comunis ta , como por laimportancia que da a los nuevos problemas bás icos delcapita l ismo imperia l is ta , chocó con las opiniones dominantesen aquellos años . Hay una concatenación de c ircunstancias

qu e ha con tr ibu ido en gran m edid a al desconoc im ien to (yhasta a l o lvido) del pens am ien to d e Man uel Sacris tán en losú l t imos años . Al hec ho de qu e Sacris tán qu eda radefini t ivamente fuera del Part ido Comunis ta , en 1978,prec isam ente cu an do é s te sa lía a la luz pública en Esp aña conmucha euforia , se unió otro hecho que cas i s iempre acabasiendo decisivo en estos casos: el filósofo se negó siempre aentrar en el mercadillo político-cultural de los ex militantescomunis tas . Su re i terada convicción de que es tar en una

trad ició n c ultur al igualitaria, socialista, equivale a irre f lex ionando p or e l m un do "pobre y des nu do " con v ivenc iade la pobr eza y vo lun tad de cons t ru i r en e l p resen tecomunidades de a l ternativa , chocó en seguida con los valoresburgueses dominantes , que pasa ron de l mercado de losvalores de cam bio a la mercanti l ización d e la im agen de lospolí t icos . C om o su aventu ra n o era de ínsulas , s ino d eencruc ijadas, e s to no le p reo cup ó nunc a pe rsona lm ente .

En e l marxismo de Sacris tán hubo s iempre una tensión

cons tan te en t r e trad ic ión y m oder n idad , en t re un conc eptode l comunismo marx is ta como t rad ic ión cu l tu ra l au tónomade los de abajo y una apertura , también constante , asugerencias procedentes , en primer lugar, de las c ienciascon tem por ánea s , y, en segu ndo lugar , de o t ras t rad ic ionescom prom et ida s en la lucha po r la eman c ipac ión de l gén erohu m an o. Desde m ediado s de los se ten ta, y muypar t icu la rm ente e n la e tapa de Mientras Tanto, Sacris tánobserv ó, e hizo observ ar a los otros , que los dos polos de la

tradición socialista marxista (ciencia y pro le ta r iado) hancambiado tanto que t ienen dif icultades en reconocerse .R eco m po ner es ta tensión pasaba , según él , po rcom plem enta r la p rob lem át ica clás ica de l mo vimien to ob re rocon las apo rtacio nes d e los nuevos m ovim ientos socia les qu esurg en d e las con tradicc ione s específ icas del capita l ismoimper ia l is ta . Lo qu e segu ram ente da un mat iz nuevo ydiferen ciado r a la ob ra del úl t imo Sacris tán es la acentuació n,en su marxismo, de una vena cultura l y polí t icamente

l ibertaria , apreciable , po r e jemplo, en su discusión con e l

Page 130: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 130/180

128

comunismo autori tar io del f i lósofo alemán W. Harich, en suconsideración cr í t ica del autori tar ismo de las democraciasrepresenta t ivas con tem porá nea s , en la imp or tancia coi tcedidaa la c reac ión d e com unid ades d e a l terna tiva sobre la base d e l

t rabajo v olun tar io o en su orientació n f inal hacia elfederal ismo en lo cul tural .

Al analizar comparativamente los escritos del Sacristánjov en (en los año s cincue nta) con sus úl t imos escri tos de losochen ta , se des cub re qu e existe a lgo as í com o un mism o h i lo—talante clásico, pensamiento dialéctico— que va un ien domot ivos , preoc upa ciones y argu me ntos e n su obra . Así, porejemplo, la juven il aspiración a u n nuevo clasicismo, tanvinculada a l in terés por la dram aturgia e s tadou niden se de l

m om en to e n c lave neoclás ica , aquel la bú squ eda d e lo qu e e ljov en S acris tán con sidera ba "d ar calor de hoy a la l lama desiempre", no puede dejar de relacionarse con lacarac ter izac ión m adu ra de l com unism o com o t radic iónl iberadora (en lugar de poner el acento en el marxismo entan to qu e teoría) . Más allá de las diferencias d e ace nto , sonvarias las ideas de fon do qu e persis ten, qu e reapa rece n u na yotra vez, co m o o cu rre a veces con cier tas escenas de losdi rec tores d e c ine gran des : la a t racc ión po r la i luminación

mística; la descalificación fulminante del progresismomercanti l is ta; e l an ud am ien to del clasicismo art ís t ico con lapasión por la verdad del pueblo, por la verdad de PeroGrullo; la atención hacia lo nuevo como forma propia deocu pa rse d el te jer la te la vieja de la en tera vida; el barn izarsiem pre las cosas bien d e neg ro para qu e luego resal te m ejorla t iza qu e ha de co rregir el pa no ram a; el op t imis mo histór icode fo nd o qu e resal ta sobre el escept icismo clásico.. .

En esa perspectiva, resulta interesantísima la lectura com para da

d e "Tres gran de s libros en la estacada " (ar t ículo pub licado enla revista Laye a finales de 1952)57 y de la comu nicac ión sobreecología pol ít ica, escr i ta en 1978, y qu e en cier to m od orepre senta u na nueva inf lexión e n e l pensa mien to de Ma nuelSacristán, el giro hacia un punto de vista ecosocialista, haciaun soc ia l ismo ecológicamente fundam entado.8 8 El Sacristánde 1978 no es ya el jo ve n licenciado e n filosofía qu e se sienteatra ído p or el existencialismo y p or la formación nietzscheanadel protagonista del Doktor F austus, de Thom as Mann, s ino qu e

es u n m arxista de solidís ima form ación epistemológ ica y con

Page 131: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 131/180

francisco fernández buey 129

u n a g r a n e x p e r i e n c i a p o l í t i c o - c u l tu r a l . P e s e a l o c u a l , e l l e c t o ra t e n t o c a p t a r á , e n e s a c o m p a r a c i ó n , u n a v e z m á s l a m i s m apr eocupac ión f undamenta l , l a mi sma r ad ica i idad en e l aná l i s i s y

l a m i s m a v e r a c i d a d a la h o r a d e p r o p o n e r a l t e rn a t i v a s.E n 1 9 5 2 , l a r e s e ñ a s i m u l t á n e a d e La bomba increíble, d eSa l ina s ; de 1984, de Or we l l ; y de l DoktorFaustus, d e M a n n ,d a b a o c a s i ó n a S a c r i s tá n p a r a a b o r d a r la d i s c u s i ó n d e u n o d el o s g r a n d e s t e m a s , q u e e n c o n t r a m o s t a m b i é n e n s u o b r a d e lf ina l de la década de los se tenta : la c r i s i s cul tura l , l a c r i s i s denues t r a c iv i l i z ac ión , ana l i z ada en aque l c a so a t r avés de l al i t e r a t u r a y e n s e n s i b i l i d a d e s d i f e r e n t e s . E s n o t a b l e h a l l a r e ne s a r e s e ñ a el c a ñ a m a z o d e a l g o q u e m á s t a r d e a p a r e c e r í ae x p l í c i t a m e n t e t e m a t i z a d o y a r g u m e n t a d o e n e l p l a n o d e l o sp r o y e c t o s p o l í t i c o - c u l t u ra l e s : l a c r í ti c a d e l p e s i m i s m od e s c r i p t i v o y d e l p e s i m i s m o s e n t i m e n t a l a n t e el a s u n t o d e l at é c n i c a c o n t e m p o r á n e a . E n 1 9 5 2 h a b í a e n e l j o v e n S a c r is t á nu n a c u r i o s í s i m a c o m b i n a c i ó n d e m o t i v o s n i e t z s c h e a n o s e n l ac a r a c t e r i z a c i ó n d e l a c ri si s a l o M a n n c o n u n o p t i m i s m or a c i o n a li s t a q u e l e p e r m i t e h a c e r d e p e n d e r la s u p e r a c i ó n d el a c r is i s e x c l u s i v a m e n t e d e l c o n o c i m i e n t o d e la m i s m a , oe s c r i b i r f r a s e s c o m o é s t a : " P u e s t o q u e s e g ú n e s o s p e s i m i s m o sl a t é c n i c a n o e s n a d a s u s t a n t i v o , u n a s o c i e d a d a m e n a z a d a d e

muer t e por su t é cn ica puede abandona r l a y obv ia r e l pe l ig r o" .D e a h í se s e g u í a l a p r e f e r e n c i a d e l j o v e n S a c r i s t á n( p r e f e r e n c i a c o m p a r a t i v a , c l a ro e s t á) p o r el t r a t a m i e n t o d e la s u n t o q u e h a c e T h o m a s M a n n , u n p l a n t e a m i e n t o e n e l q u eveía mayor p r o f und idad y mayor ve rdad que en e l c a t a s t r o f i sm os e n t i m e n t a l o e n l a u t o p í a l i t e r a r i a .

E l o r igen p r of undo de l a c r i s i s cu l tu r a l ba jo e l c ap i t a l i smon o h a y q u e b u s c a r l o , s e g ú n e l j o v e n S a c r i s t á n , n i e n l a bomba

n i e n l a m a l d a d t é c n i c o - p o l í t i c a q u e c o n d u c i r á a u n

h i p o t é t i c o 1 9 8 4 . Y a e n t o n c e s S a c r i s tá n e r a d e m a s i a d o c lá s ic op a r a v e r n o v e d a d e s e s e n c i a l e s d e é p o c a e n c u e s t i o n e s d et écn ica o de mor a l . E l o r igen de l a c r i s i s t i ene que r a s t r ea r sem á s b i e n , s i g u i e n d o a M a n n , e n l a t e n d e n c i a e s p i r i t u a l h a c i al a n a d a , h a c i a l a s m e r a s f o r m a s , h a c i a l o s c o n t e n i d o sf o r m a l e s , e n e s a m a r c h a d e p u r a d o r a e n c u y o l í m i t e e s t á " u n av i d a h e c h a d e n a d e r í a s " . V e i n t i t a n t o s a ñ o s d e s p u é s S a c r i st á nh a b í a c o r r e g i d o a l g o e l o p t i m i s m o h i s t ó r i c o q u e e n 1 9 5 2 l ehac ía inf rava lorar e l r iesgo de la bomba p o r c o m p a r a c i ó n c o n

e l p e l i g r o e s e n c i a l q u e r e p r e s e n t a e l n i h i l i s m o , o q u e l e

Page 132: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 132/180

130

l l e v a b a a c o n s i d e r a r l a n u e s t r a c o m o " l a m e n o s b r u t a l d e l a scr is is5 ' , j u s t a m e n t e p o r e l h e c h o d e s a b e r q u e e s t a m o s e nc r i s i s , p o r l a l u z q u e a r r o j a l a c o n c i e n c i a s o b r e e l c u a d r o b i e n

b a r n i z a d o d e n e g r o . P e r o c o n e s a s d i f e r e n c i a s ( q u e v i e n e nd a d a s , s i n d u d a , p o r u n a r e c o n s i d e r a c i ó n d e l a d i a l é c t i c ah i s t ó r i c a d e s d e e l m a r x i s m o y p o r la e x p e r i e n c i a d e l m i l i t a n t ec o m u n i s t a q u e h a a p r e n d i d o a t r a d u c i r e n t é r m i n o s d e p r á c t i c ap o l í t i c o - m o r a l l a c o n v i c c i ó n g o e t h e a n a d e q u e e n e l p r i n c i p i ofue la acc ión) e l equ i l ib r io , la me su ra c las icis ta en t r e e l v i ta li smoy l a r azón , s egu i r án dominando en e l ú l t imo Sac r i s t án . La c r í t i cad e l p e s i m i s m o s ó l o d e s c r ip t i v o y d e l p e s i m i s m o s e n t i m e n t a l h as ido s us t i tu ida aho ra , ya en l a m adu rez , po r la d i s cus ión co n l a

d i a l é c t i c a n e g a t i v a , q u e c r e e p o d e r s e g u i r h a c i e n d o a v a n z a r l ah i s t o r i a p o r e l l a d o m a l o , y c o n l o s v a r i o s e c o l o g i s m o si r r a c i o n a l is t a s q u e d e s p r e c i a n c i e g a m e n t e l a c i e n c ia , t o d ac i e n c i a . F r e n t e a l a c r ó n i c a ( a l a q u e s i e m p r e c o n s i d e r ó u ng é n e r o j u v e n i l ) y a l t r a t a m i e n t o l i t e r a r i o , s ó l o m e t a f ó r i c o ,S a c r i s t á n p r e f e r í a e n 1 9 7 8 u n a a p r o x i m a c i ó n m á s a n a lí ti c a ,m á s c i e n t í f i c a , a l p r o b l e m a d e l a c r i s i s c u l t u r a l . Q u e d a e ne l los , s i n e m b a r g o , l a m i s m a c o n c e p c i ó n c l a s i c i s t a d e l a

j u v e n t u d y e l m i s m o c o n c e p t o d e la d i a l é ct i c a h i s t ó r i c a q u e l ei m p u l s a r í a n e n l a v e j e z a a d o p t a r c o m o l e m a l o s v e r s o s d eH ó l d e r l i n :

Wo abert Gefahr ist, wáchst

Das Rettende auch

(De donde nace el peligro,

nace la salvación también)*9

N O T A S

1 Véanse al respecto Manuel Cruz, "Las condiciones del pensar" y ManuelVázquez Montalbán, "Contribución a la creación de un mito", ambos enlil País, Madrid, 28 de agosto de 1985; X. Rubert de Ventos, "Un símbolointelectual" , en La Vanguardia, 28 de agosto de 1985;José MaríaVa i /erde, "M emoria pe rsonal" ; Joa quí n Estefanía M orei ra , "La pas iónreflexiva y la reflexión revolucionaria"; yjo rd i Solé Tura, "P unto dereferencia singular" , todos el los en El País del 29 de agosto de 1985;N orb ert Bilbcny, "Erica i pol í t ica d 'u n estudio s exigent" , en Avui, 29 deagosto de 1985; Ge rar d Vilar , "La veracidad d e un edu cad or" , en La

Vanguardia, 29 de agos to de 1985; Gustavo Bu en o, "Lógica y f ilosofía:dos i i ioint ntos de Manuel Sacristán"; Javier Muguerza, "Adiós a ManuelSacristán"; Francisco Fernández Buey, "El dest ino de los moral mente

Page 133: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 133/180

francisco fernández buey 131

fuertes"; y Toni Doménech, "¿En qué sentido fue el último marxista?", todosellos en El P aís-Libros, lo. de sept iembre de 1985; Francesc de Carreras,"Sacris tán, ma estro", en El Periódico de Cataluña, lo . de sept iembre de1985; Jo an Raventós, "Manuel Sacris tán: la pasión pol í t ica de un

intelectual", en La Vanguardia, 3 de sept iem bre de 1985; Josep Mar íaCo l omer , "Filósof, professor , mil i tant"; yjo aq uim Sem pere , "Sacris tán: laradicalitat d'una ét ica", ambos e n El Mon, 6 de sept iembre de 1985.

2 Antonio Gramsci , Antología (selección, t raducción y notas de Manu elSacristán ), Siglo XXI Edito res, México, 1970 (2da. ed., Madrid, 1974).

s Part icularmente en I tal ia , donde se ha publ icado ya una antología deensayos suyos: Marx, marxismo, ilosofía, 2 vols. , Isti tuto della Enc icloped iaI tal iana Giovanni T reccani , Rom a, 1988 (selección y prólogo d e GabrielAlbiac). Crítica Marxista t radujo u n pa r de ensayos de Sacristán aprincipios de los setenta. En 1989, en la Universidad d e Rom a-LaSapienza, Francesco Aq uino leyó un a tesis doctoral ( todavía inédi ta)sobre la difusión de la ob ra de A nto nio L abriola en España, en la qu e sededica part icular atención a Manuel Sacris tán. Un resumen de la mismase puede ver en Mientras Tanto, núm . 46, Barce lona , sept iembre-oc tubrede 1991, pp . 93-111. H an cont r ibuido también a dar a conoce r la ob ra d eSacristán en I tal ia Con stanzo Preb e (IIfilo di Arianna , Vangel is ta Edi to re,Milán, 1990) y Alfonso Botti ("II movimento del '68 in Spagna", enA A W , La cultura e i luoghi del '68, Fran co Angel í, 1990), pe ro sobre tod ola hispanista de la Universidad de Roma, Rosa Rossi, amiga personal delf ilósofo y excelen te cono ced ora d e su obra.

Recientemente, algunos ensayos de Sacris tán han sido t raducidos alinglés en la revista Capitalism Nature Socialism / AJournal ofSocialist

Ecology, 199 1, qu e dir ige Jam es O 'C on no r en Sa nta Cruz, C al ifornia.

Ésta es la primera vez, creo, que Sacristán es traducido al inglés.4 De Ju an R am ón Cap ella hay que ver "Aproximación a la bibliografía de

Ma nuel Sacris tán", en Mientras Tanto, núm . 30-31 (núm ero monográf icodedicado a la obra del fi lósofo), Barcelona, mayo de 1987, pp. 193-224.

5 La biograf ía más completa q ue existe por el mom en to se debe a Joa qu imSempere, "Manuel Sacristán: una semblanza personal, intelectual ypolítica", en Mientras Tanto, n ú m . 30-31, ya citad o, pp . 5-31. Detalles d emu cho interés para el con ocim iento d e la etapa prem arxista del f ilósofo,en Ju an Carlos García Bo rrón , "La posición f i losófica de Man uelSacris tán de sde sus años de formación", en ibid., pp . 41-57.

6 Un a enum eració n m uy completa de los escr itos de esa época, en Ju an

Ram ón Capel la , op . cit., pp . 197-202.7 So bre la influencia de la ob ra de Or tega y Gasset en el jov en Sacristán,véase el test imonio d e Ju an Carlos García Borrón, op . cit.

Esteban Pini lla de las He ras ha pu bl icado ha ce po co el texto inédi to deun a conferencia de Sacris tán sob re la f ilosofía del sent ido co mú n, queconfirma plenamente el test imonio de García Borrón. Cf. En menos de la

libertad/ Dimensiones políticas del grupo Laye, Editor ial Anthropos,Barcelon a, 1989, pp. 123-126.

8 Esteban Pinilla de las Heras, ibid., pp. 126-128.9 Adem ás del l ibro de Esteban Pinil la de las He ras y del ensayo de Ju an

Carlos García Borrón, aporta información de mucho interés para el

conocimiento de la obra de Sacris tán en los años cincuenta Laureano

Page 134: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 134/180

132

Bo n e t , La revista Laye / Estudio y antología, Editorial Península,Barcelona, 1988 .

10 Q ue p ue den leerse ahora , respect ivamente , en e l vo lumen I I (Papeles de

filosofía) y e n e l v o l u m e n I I I (Lecturas) d e Panfletos y materiales.11

Comunicación personal a l au tor de Vicen te Romano, compañero deestudios de Sacristán en Münster .12 Dado que el Part ido Comunista era i legal durante la dictadura de Franco

y, po r consiguie nte, su actuación , clandest ina, hay dif icul tades par areconstruir el t rabajo polí t ico de Manuel Sacristán durante este periodo.Véase la no ta in t rod uctor ia del au tor a l vo lumen tercero d e Panfletos y

materiales, op. cit., p . 10 . Algunos datos sobre es to apor ta Joaq uimSe m per e en el ensayo ci tado (pp. 7 y siguientes) . Véase tam bién, par apo ne r en con texto la actuación de Sacristán entre 1956 y 1968, aG r e g o r i o M o r a n , Miseria y grandeza del Partido C omunista de España,

Editorial Planeta, Barcelona, 1986.

Durante estos úl t imos años, Miguel Manzanero ha l levado a cabo unainvest igación en los archivos de ! Par t ido C om unista d e España y delPart i t Socialista Unificat de C atalunya (PSUC), en co ntr an do variasdece nas d e escri tos de los años 1956 a 1972 (materiales polí t icos y cartas)inequívocamente atr ibuíales a Sacristán. El resul tado de estainvest igación será p resen tado p róx im am ente com o tes is doctoral en laUnivers idad de Madr id .

1S Véase una l ista de las principales t raducciones de esos años en JuanRamón Capel la , op . cit, pp . 219-223.

14 Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Instituto "Luis Vives",Barc elona, 1959. El l ibro, un a de las prim era s valoraciones marxistas d e

la obra d e Mar t ín H eidegge r , se ago tó hace mu chos a ños . La Edi to r ialCr í t ica , de Ba rcelona, anunció p ara 1993 una reed ic ión .15 *La fi losofía desde la terminación de la segunda guerra mundial" , en

suplemento de f i losofía para 1960 de la Enciclopedia Espasa, ahora enPanfletos y materiales, t . I I , Papeles de ilosofía, op. cit., p p . 9 0 - 2 2 0 .

1 6Revolución en España, A r i e l , B a r c e l o n a , 1 9 6 0 . E l p r ó l o g o d e S a c r i s t á n e sd e 1 9 5 9 y p u e d e v e r s e a h o r a e n Panfletos y materiales, 1.1, Sobre Marx y

marxismo , op. cit., p p . 9 - 2 4 .17 Ariel , Barc elona, 1964. Existe una reed ición rec iente de este texto d e

lógica (Círculo de Lec tores, Barcelona, 1990).1 8 A h o r a , e n Panfletos y materiales, 1.1, Sobre Marx y marxismo , op. cit., p p .

2 4 - 5 2 .19 Véanse en este sentido sus ensayos sobre Goethe y Heine (CienciaN u e v a , M a d r i d , 1 9 6 7 ; a h o r a , e n Panfletos y materiales, t . IV, Lecturas, op.

cit., p p . 8 7 - 2 1 6 ) .2 0

Panfletos y materiales, 1.1, Marx y marxismo , op. cit., p p . 1 8 - 2 0 .2 1 A h o r a , e n Panfletos y materiales, t . II , Papeles de filosofía, op. cit., p p . 9 0 - 2 1 9 .22 Ibid., pp . 1 7 2 - 7 4 .2 3 Las ideas gnoseológicas de Heidegger, p . 2 7 6 ,2 4 E n Panfletos y materiales, 1.1, Sobre Ma rx y marxismo , op. cit., p p . 1 3 3 y s s .

Véase también "Nota sobre el uso de las nociones de razón ei r racional i smo po r Ge org Lukács" (1967) , en Materiales, núm. 1 ,

Barcelona, enero-febrero de 1977 .

ensayos

Page 135: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 135/180

franciscofernández buey 133

3 5 E n e n t r e v i s t a c o n c e d i d a a G a b r i e l V a r g a s L o z a n o , d e l a r e v i s t a Dialéctica,

y r e p r o d u c i d a e n e í v o l u m e n t i t u l a d o Pacifismo, ecologismo, política

alternativa, op. cit., p p . 1 0 0 - 1 2 2 , S a c r i s t á n a l u d í a s o b r e t o d o a O t t oN e u r a t h y K a r l K o r s c h .

2 6 V é a n s e a e s t e r e s p e c t o " L a f o r m a c i ó n d e l m a r x i s m o d e G r a m s c i " , e nPanfletos y materiales, t . 1 , Sobre Marx y marxismo, op. cit, p p . 6 2 -1 1 5 ; "E lf ilosofar d e Le ni n" , en ibid., p p . 1 3 3 -1 7 6 ; " S o b r e e l m a r x i s m o ortodoxo d eG . L u k á c s " , e n ibid., p p . 2 3 2 -2 5 0 ; y "E l t r ab a jo c i en t í f i co d e Marx y sun o c i ó n d e c i e n c i a " , e n ibid., p p . 3 1 7 - 3 2 3 .

2 7 E n Panfletos y materiales, 1.1, Sobre Marx y marxismo, op. cit., p p . 2 5 7 - 2 5 9 .H e d e s a r r o l l a d o e s t e p u n t o d e v i s ta d e S a c r i s t á n e n Contribución a la

crítica d el marxismo cientificista, P u b l i c a c i o n e s d e l a U n i v e r s i d a d d eB a r c e l o n a , 1 9 8 5 .

2 8 E n Panfletos y materiales, 1.1, Sobre Marx y marxismo, op. cit., p . 5 7 .™ Ibid., pp . 1 0 8 -1 1 2 .3 0 Cf. Panfletos y materiales, t . II, Papeles de filosofía, op. cit., p p . 3 5 6 - 3 8 1 ; y t .

III, Interven ciones políticas, op. cit., p p . 9 S - 1 5 2 .3 1 E l M a n i f i e s t o p o r u n a U n i v e r s i d a d D e m o c r á t i c a , p r i n c i p a l d o c u m e n t o d e

í a p r o t e s t a e s t u d i a n t i l b a r c e l o n e s a e n 1 9 6 6 ; e s t á a h o r a e n Panfletosy

materiales, t . III, Interven ciones políticas, op. cit., p p . 5 0 - 6 2 .P a r a l a c o n t e x t u a l i z a c i ó n , s e p u e d e c o n s u l t a r " D o c u m e n t o s d e l

m o v i m i e n t o u n i v e r s i t a r i o b a j o e l f r a n q u i s m o " , s e l e c c i ó n y p r ó l o g o d eF r a n c i s c o F e r n á n d e z B u e y , e n Materiales, e x t r a n ú m . 1 , B a r c e l o n a , 1 9 7 7 .

3 2 " C h e c o s l o v a q u i a y l a c o n s t r u c c i ó n d e l s o c i a l i s m o " , e n t r e v i s t a e nCuadernos para el Diálogo, a g o s t o - s e p t i e m b r e d e 1 9 6 9 ; a h o r a , e n Panfletos

y materiales, t . I I I , Interven ciones políticas, op. cit., p p . 2 3 9 - 2 6 1 .3 3 U n a n á l i s i s m á s d e t a l l a d o d e l a e v o l u c i ó n p o l í t i c a d e M a n u e l S a c r i s t á n a

p a r t i r d e 1 9 6 8 p u e d e v e r s e e n F r a n c i s c o F e r n á n d e z B u e y , " S u a v e n t u r an o f u e d e i n s a i a s , s i n o d e e n c r u c i j a d a s " , e n Mientras Tanto, n ú m . 3 0 - 3 1 ,op. cit., p p . 5 7 - 8 0 .

3 4 " C o m u n i c a c i ó n a l as J o r n a d a s d e M u r c i a d e E c o l o g í a y P o l í t ic a " , e nMientras Tanto, n ú m . 1 , B a r c e l o n a , e n e r o - f e b r e r o d e 1 9 7 9 ; a h o r a , e nPacifism o, ecologismo, política alternativa, op. cit.

3 5 "E l t r ab a jo c i en t í f i co d e Marx y su n o c ió n d e c i en c i a " , en Mientras Tanto,

n ú m . 2 , B a r c e l o n a , e n e r o - f e b r e r o d e 1 9 8 0 ; a h o r a , en Panfletos y

materiales, 1.1, Sobre Marx y marxismo, op. cit., p p . 3 1 7 -3 7 0 .3 6 L a s n o t a s s o b r e e l c h o q u e c u l t u r a l e s t á n e n S . N . B a r n e t t ( e d . ) , Gerónimo,

t r a d u c c i ó n c a s t e l l a n a d e M S L , E d i c i o n e s G r i j a l b o , c o l e c c i ó n H i p ó t e s i s ,B a r c e l o n a , 1 9 7 5 . ( L a E d i t o r i a ! H i p e r i ó n a n u n c i a p a r a 1 9 9 3 u n a r e e d i c i ó nd e l a s m i s m a s . )

3 7 A h o r a , e n Panfletos y materiales, t . IV, Lecturas, op. cit., p p . 1 7 -2 9 .3 8 E n Mientras Tanto, n ú m . 1, B a r c e l o n a , n o v i e m b r e - d i c i e m b r e d e 1 9 7 9 ;

a h o r a , e n Pacifism o, ecologismo , política alternativa, op. cit.3 9 F r i e d r i c h H ó l d e r l i n , " P a t m o s " , e n Poesía completa, t . I I , ed i c ió n b i l i n g ü e ,

E d i t o r i a l H i p e r i ó n , M a d r i d , 1 9 7 9 , p p . 1 4 0 - 1 4 1 .

S Z P y 2 8 ^ - 459

I A C 0 S T E

?ierre17 Septembre 1927VÁLENCE-D'AGBNAIS

Fra*(*t¡e

8 , r u é d e l ' A u r e rC i t é P a p u a (T0Üi;0U

uíien ; üé 8 H t

Si ,7 1

le 1 8 Se p t e m b r e 1

yr?????m?7??r immR^

Page 136: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 136/180

EL MARXISMOY LA CU ESTIÓN NAC IONA L

ana maría rivadeo

Desde los años setenta , a l menos, e lpensamiento marxis ta ha venido des

tacando sus crecientes dif icul tades teór icas en conexión con el Estado, y más engeneral con el ámbito polí t ico e ideológico . Al inicio de esa década, Althusser en-fa t izaba , por e jemplo, los l ími tes de lmarxismo para rebasar una demarcac iónesenc ia lmente negativa del Estado. Collet-ti , por su lado, subrayaba la carencia deuna teor ización en torno a lo estatal y lopol í t ico , en cuanto la conceptuac ión mar xista permanecía adher ida a la idea de laprogresiva disolución de ambos com o cor olario de la revolución socialista. Los señal a m i e n t o s e n e s t e s e n t i d o p o d r í a nmult ipl icarse , pero de lo que se t ra taba,en todos los casos, era de poner de manifiesto los obstáculos internos del marxismo para dar cuenta de las formas, lasfunciones y los alcances de las institucio

nes políticas de la soc iedad burguesa , y desu lugar en la t ransición al social ismo. Unacues t ión que adquiereh o y u n a d i m e n s i ó n yuna pe r en to r i edad s inpa r ang ón e s , en cuan toresignificada p o r l o sprocesos histór icos act u a l e s , l a a p e r t u r a d e

Ana María Rivadeo.Filósofa, profesora einvestí- gadora de laE N E P - A c a t l á n , así

c o m o d e la Facultad

de Filosofía y Letras

de la UNAM. Re-

cientemente ha ter-

minado una investi-

gación doctoral so-

bre el marxismo y la

nación.

una nueva fase del desarrollo capitalista—en una escala cual i ta t ivamente mayor deexpa nsión e integración—, y el hun dim iento de los regímenes poscapita l is tas de Europa Oriental y la ex URSS. Dicho demodo breve y puntua l , es tos procesos his tór icos abren un hor izonte que transforma

toda la perspect iva de la t radición marxista en relación con la temática de la transi

ción al socialismo. Ésta, reaf irmando y almismo t iempo modif icando las ideas mar -xianas , parece presenta r se como una t ransición prolongada, mult i forme y compleja ,estructurada por un haz de luchas, avances y retrocesos polí t icos, económicos, sociales y culturales, dentro y fuera de lasfronteras nacionales. Se t ra tar ía , por tanto , del cruce de proce sos qu e van transform a n d o e l m u n d o h a s t a c o n s t i t u i r u n at rans ic ión que cubre una época histórica

global a escala mundial , del t ipo de la queen su momento se produjo en e l paso de lfeudal ismo al capi ta l ismo. Esta idea deuna transición al social ismo de carácterepocal y planetaria, que emer ge hoy confuerza en el seno del pensamiento marxis ta , conf i rma lo impresc indible y dec i sivo de una teorización política, ya en lossetenta considerada insuf iciente , a l t iempo que r ed imens iona , en su in t e r io r , e ltema que nos ocupa: la cuest ión nacional .

© Dialéctica, núm . 25, pr imavera de 1994.

134

Page 137: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 137/180

ana marta rivadeo 1 3 5

Uno de los esfuerzos de nuestro t rabajoestá dirigido a investigar los obstáculosconceptuales que, en el seno de sus dif i cul tades teór icas en e l campo pol í t ico-

ideo lóg ico , han t r abado e l t r a t amien tomarxis ta de l problema nac iona l . A nuest ro ju ic io , és te se ha or ie ntad o, de m od osistemático, en dos direcciones al mismotiempo contradictor ias y fal l idas: la cance

lación del lugar y la densidad de lo nacional , por una par te , y la tendenc ia l idadnacionalista, por la otra . La problemáticaque or igina es ta doble di recc iona l idad hatenido, como es sabido, efectos catastróf i

cos pa ra e l marx ismo y para e l m ovimiento social is ta , en cuanto se si túa en unespacio medular de su teor ía y de su práctica política: el del internacionalismo y eldel carácter de la revolución socialista.

En nuestra perspect iva, la obstrucciónfundamenta l de la conceptuac ión marxista de lo nacional reside en la exterioridad

teór ica entre sus categor ías de clase y na

ción, que resul ta de cier to desl izamiento

economicista . Aun cuando el e je de su t ratamiento de lo nacional se concentra en larelación entre burguesía y nación, este vínculo se def ine en té rminos mecánicos ,unidi recc iona les e ins t rumenta les , lo queimpide dar cuenta de l comple jo nexo or

gánico e interno ent re ambas . Pensada laconst i tución de las c lases como resul tadoexclusivo de las contradicciones económicas, la burguesía , que producir ía la na

ción, parece conformarse en un espacioante r io r y exte r ior a ésta , de m od o prepoli-

tico y prenacional} Por donde, correlat ivamente , lo nac iona l acaba discur r iendo enun terreno separado de lo c lasista . A part i r de esta separación, la nación se present a en tonces com o una comu nidad acabada

y libre de conflictos, lo que da or igen a dosl íneas de teor ización que recorren la entera histor ia de la conceptuación marxista

de lo nacional desde Marx y Engels . En

cuan to co mu nidad acabada y l i b re de conf l ic tos, la nación no puede ser más quea) m e r a ilusión, o b) un sedimento res idua lde soc iedades preclasísticas.

En la primera línea conceptual, la nación, cuyo fundamento ser ía e l Estado, noconsistir ía más que en la ilusoria comunidad de los propietar ios de mercancías, i lusión transitoria ya en vías de disoluciónba jo la propia dominac ión burguesa . Encuanto la nación se apuntala aquí sobre elmer cado conceb ido como ve r dade r a comunidad, e l la no puede ser estatuida másq u e c o m o u n a representación ideológica,

orientada a mistif icar la estructura clasistade la sociedad. La lógica del Estado y dela nación aparecen así como un efectomás o menos epi fenoménico de l ámbi toeconómico, cuya lega l idad autónoma nie ga y cancela a aquélla. A partir de esto, lalucha de clases queda colocada al margende lo nacional . Su dinámica se despl iegafuera de las líneas ideológicas y políticasnac iona les , de m od o q ue la burgu es ía y e l

proletar iado, por e jemplo, acaban inscr ib i éndose en un movimien to de con ten idoesenc ia lmente universal y cosmopolita.

Pero l legado el punto de esta extremaevanescencia del hecho nacional , e l marxismo se ve com pelid o a buscar en otro lado el cuerpo y el significado de un tejidocuya real idad resiste a toda maniobra volat i l izadora. Éste es e l punto en que surgela segunda l ínea conceptual que mencio

namos. El espesor de lo nacional se si túaahora en una "esencia11 exter ior a l proceso

histór ico-social , producida por un procedimiento empír ico-deductivo, cuyo ejemp l o p a r a d i g m á t i c o e s l a d e f i n i c i ó nestal iniana de nación.2 Si la nación es algomás que una representación i lusor ia , e l ladebe referir a la comunidad arcaica, caracterizada por una insuficiente diferenciaciónclasista , y consistente en una unidad étni-

co-cul tura l dada ; lo que denominamos na-

Page 138: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 138/180

136 ensayos

cionalidad, que en cuanto sus t ra to remotodaría finalmente origen a la nación modern a . La nación es deduc ida aquí a par t i rde la nacionalidad convert ida en variable

independiente, según una operación quetiene como resultado un completo alejamiento de las perspectivas teórica y metodológica de l marx ism o.3

La clave de es te corolar io res ide, comoya hemos avanzado, en la ausencia de unanálisis relativo al lugar de lo político-ideológico, y po r esa vía de lo naciona l , enel proce so d e consti tuc ión de las clases .

En la perspectiva inicial de Marx, la nac ión mod ern a expresa un a ar t icu lac ión específ ica en tre so ciedad capitalis ta y Estadopolí t ico, y consti tuye una comunidad real ,pero formal y abstracta, en cuanto atravesada y de te rm inad a po r la dom inación c las ista burgues a.4 Sólo la supresión de és ta,y la abolición de toda dominación de clase, har ía pos ib le lograr una comunidad social efectiva, cuya realización es producto

del social ismo, y coincide, por tanto, conla superación misma de la nación.

La lógica clasista, aun qu e deforma nacional, posee un contenido esencialmente universalista y cosmopolita. Ello atañe a ladinámica capitalista, en cuanto ésta apunta,en lo fundamental, a superar las fragmentaciones precapital is tas y a construir el mercado mundia l . Y también a l movimientoobrero , en la medida en que es concebido

c o m o u n a u n i d a d homogénea, ajena a todahendidura particularizadora, incluido el quiebr e nacional. Sus intereses adquie ren, así, sinmediación, el rango de intereses universales de la sociedad. Sobre es ta exter ior idadentre la lógica de las clases y de la nación,y sobre la pr imacía de la pr imera sobre lasegunda, habrá de fundarse e l parad igmaclás ico del in ternacional ismo pro le tar io . 5

Esto n o s ignif ica q ue el jov en M arx desconociera la problemática nacional . En es

te periodo, anter ior a los cincuenta, lacues t ión nacional adquiere una presenciavigorosa y decis iva. Consti tuye, jus tamente , el cruce de la conflictiva central de las

revoluciones europeo-orientales de 1848-1850, y ocupará, por tanto, un lugar de lamayor importancia en el anális is marxia-n o . La postura básica de Marx, en el contex to que hemos señalado , cons is te ensujetar la cuestión n acional a dos proc esoscentrales : a) la dinámica revolucionaria delmodo de producción capi ta l i s ta , que pasapor la creación y consolidación de grandes entidades nacionales , a las que consi

de ra presupuestos del proceso his tór ico demundialización; y b) la proximidad de unarevolución social is ta eu ro pe a global .

En esta línea, los movimientos nacionales aparecen subord inados , por una par te ,a los procesos revolucionarios democráti-co-burgueses que apuntan , sobre todo enEuropa Oriental , a la consti tución de fuertes estados nacionales. Y, por otra, a la lucha social is ta de la clase obrera europeo-

occidental por la l iberación de todos lo soprimidos . La primacía de lo clas is ta sobre lo nacional , as í como su exter ior idadmutua, se apoya aquí en dos grandes supuestos: una concepción his tór ica universal centrada en la noción de progreso, y laidea de la exis tencia del proletar iado como clase universal y homogénea, no trasp a s a d a p o r o t r a s d e t e r m i n a c i o n e ssociales, políticas, nacionales y culturales.

Ambos, a su vez, se as ientan sobre uncomponen te economic i s t a que s ubord inala complejidad de la lucha de clases y delo polí t ico a una his tor ia mundial que t iene como centro a los países capital is tasavanzados de Euro pa Occidenta l .6

Tras la derrota de las revoluciones del'48 , s in embargo, Marx relat iviza, cuestiona y f inalmente abandona es ta perspectivainicial . El examen de la enorme dilataciónde la realidad burguesa, cuyo eje es la ex-

Page 139: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 139/180

ana maría rivadeo 137

pansión colonial , lo conduce, en los añoscincuenta, a renunciar a la idea de unaunif icación teórica abstracta y formal debase económica . En ese marco , apunta ,

por primera vez, la hipótesis de la posibilidad de una autoemancipación de los pueblos colonizados y del carácter central desus movimientos nacionales .7 Con re lación al caso de Irlanda, en los sesenta, desarrolla la tesis de la naturaleza desigual deldesarrollo capital is ta , cuyo dominio mundial, lejos de uniformizar, tiende a produciru n a especificación de las es tructuras económicas, políticas y sociales. Esta disconti

nu idad y des igua ldad h i s tó r i cas de i aacumulación capital is ta afecta también laidea de la "universalidad proletar ia", y porconsiguiente la de la racionalidad del pro ceso h is tór ico como una to ta l idad cent radaen la lucha de clases europea. Marx reconoce ahora la he terogeneidad in terna dela clase obrera, y las brechas salariales, políticas, ideológicas y culturales que la cruzan a nivel nacional e internacional . En

esa l ínea, pone de manif ies to el carácternacional de la conformación del proletar iado , en cuanto és ta posee una d imensión política que imbrica con las formas dela hegemonía de las clases dominantes .8

Desde esta nueva perspectiva, alcanza adenunciar en los años se ten ta , con toda"ortodoxia", incluida la propia, el corpo-rat ivismo y el nacionalismo burgués quesubyacen en el " internacionalismo" de cla

se abstractamente universal . Éste, en nombre del "f in de las naciones", sólo encubreel desconocimiento de la opres ión co lonial y el nacionalismo imperial is ta . Detrásde la "universalidad proletar ia" de la dirección obrera inglesa, advier te Marx, seesconde la af i rmación de determinados"centros nacionales" como sedes del atr ibuto universal del proletar iado. 9

Sus escr i tos sobre Rusia confirman elsen t ido de es tas grande s t rans formaciones

conceptuales . Marx rechaza aquí la pretensión de convert ir su teorización sobreel capital ismo en un esquema inexorable

del desarrollo his tór ico de las sociedades ,

y expresa su enérgica repulsa a toda lectura de su pensamiento en términos de unadoctr ina universal , teleológica y eurocén-tr ica sob re el proceso his tór ico.10

Pese a estos desplazamientos, no obstante , la cuestión nacional no llegará a constituirnunca un núcleo teór ico del pensamientode Marx, en cuanto ni lo político ni la revolución social is ta alcanzarán a poseer unsignificado nacional. Esto no nos releva,

s in embargo, de la necesidad de poner énfas is en la apertura de un horizonte conceptual de l p roblema nacional que , pordiversas razones , resultó en el marxismopos ter ior re i te radamente desd ibujado .

Las tendencias mayoritarias de la II Internacional res tr ingen la cuestión nacional de la perspectiva marxiana de los añoscuarenta . Es te cons t reñ imiento se acompaña, po r lo dem ás , de l cierre y la sistemati

zación de la comple ta obra de Marx sobresus líneas economicista, universalista, teleológica y eurocéntr ica. En es te "marxism o " , l o nac iona l queda s ubord inado auna his tor icidad universal centrada en laprogres iv idad del cap i ta l i smo, en tendidocomo forma de la evolución natural de lassociedades . La reedición de la exter ior idad entre clases y nación hará posible relanzar la ya conocida transmutación en su

contrar io de l in ternacional ismo pro le tar ioabstracto. Sobre el la , en efecto, habrán demontarse el nacionalismo imperial is ta , elcorpora t iv ismo obrero , e l abandono e ins t rumentac ión nacional is ta de l in ternacionalismo, as í como el colonial ismo, en queacabarán atrapadas la polí t ica y la teoríade la II Internac ional . 1 1

Su izquierda radical —incluida Rosa Lu-xemburgo— permanecerá adher ida a es tavis ión economicis ta, y por tanto a la exte-

Page 140: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 140/180

138 ensayos

r ior idad que entre clase y nación le impedirá desacoplar la cuestión nacional de laburguesía y la fase capitalista. Por donde,paradój icamente , será el sos ten imiento de

una perspectiva revolucionaria e internacionalista lo que la conduzca a dar porcancelado el tema nacional .1 2 Aun el pensamiento leniniano, más complejo, compa rte aquella l imitación. Pese a reivindicar—contra Rosa— la pertine ncia revolucionar ia de los movimientos nacionales por laau todeterminación , la cues t ión nacionals igue s iendo en Lenin un asunto que compete a la fase burguesa de los procesos his

tór i co s . El socia l i smo se ju eg a en unterreno clas is ta e internacional . Y s i biensubraya su posible confluencia con losmovimientos nacionales , és ta sólo es considerada bajo la hipótesis de una revolución social is ta europea, que coincide conla disolución tendenc ial de las naciones .1 3

Del desplome de esa hipótes is , y comooscuro desenvolvimiento de es ta problemática, surgirá finalmente el nacionalismo

estal iniano. La Internacional Comunis taemerge y se consti tuye sobre la perspectiva de una revolución mundial , que se desvanece con la rapidez de un sueño. Surasgo fundamental será, de nueva cuenta,la catastrófica articulación entre la volatili

zación del hecho nacional y el internacionalismo abstracto. Conocida combinator iasobre la que acabará sustentándose, bajola égida de Stalin, la corporización de los

intereses universales del proletar iado enuna nación, la URSS, en la que el tránsitoal social ismo no pudo producirse. De esenacionalismo se al imentarán los s inies trosavatares históricos, cuyos coletazos llegana nu estr os días : la ins tru m enta ción soviética de l movimiento comunis ta in ternacion a l , e l d o m i n i o e x p a n s i o n i s t a d e l aburocracia sobre las naciones y nacionalidades de la ex Unión, y luego sobre su

banda de segur idad en Europa Or ien ta l .

Estas reiteradas operaciones político-conceptuales exigen, a nuestro juicio, un rep l a n t e a m i e n t o f u n d a m e n t a l . N o srefer imos, básicamente, a la cuestión de

los nexos in ternos en t re e l emergente nacionalista, la ins t rumentac ión y abandonodel internacionalismo y la ausencia en elmarxismo de una teorización en torno a ladimensión nacional de la lucha socialista.Es te rep lan teamiento pasa por un espaciodecisivo: el de las múltiples y complejas relaciones internas entre las clases y la nación, en cuento categorías contenidas ypresupues tas e n t re s í.

Según nuestra perspectiva,1 4 en un nivelabstracto, des de el pun to d e vis ta de su estructura lógica, la nación corporiza unaforma específ ica de producirse el principio

que vertebra la constitución de una sociedad. Ella resulta, por tanto, la condensación

de un comple jo metabolismo económico ,social, político, ideológico y cultural. Lanación no es una cosa, o un en te de termi-

nable a part ir de algún vínculo empírico externo, ya sea de índole natural (étnico) ocultural (la lengua, las tradiciones, etcétera) . Tam poco es a lguna esencia que puedaser definida inductivamente como lo común a una ser ie empír ica . La nación noconsti tuye una categoría inmediata. Ella remite , por el contrar io, a un espacio de ar

ticulación orgánica y contradictoria, a u nlugar de cruce y condensación entre la so

ciedad burguesa, el Estado polí t icojurídi-c o y u n c o n j u n t o d e e s t r u c t u r a sideológicas y culturales. La nación designa, en esta línea, un metabolismo socialpeculiar, a partir del cual se alza objetiva

mente como una comunidad formal y abs tracta de individuos que son propietar iosl ibres y ciudadanos en igualdad de derechos . De allí que suponga al capitalismocomo modo de p roducc ión dominan te de

la formación social , pero, igualmente, un

Page 141: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 141/180

ana marta rivadeo 139

entre lazamiento que obl iga a l abandonode todo economicismo. A nues t ro ju ic io ,la nación no se apuntala sobre la formación del mercado, s ino sobre la consti tu

c ión de l sistema hegemónico e n s e n t i d ogramsciano. Esto significa que ella implica,

pero a l mismo t iempo trasciende, la relación económica entre las clases: la naciónno se produce en el nivel económico, s inoj u s t a m e n t e c o m o articulación en t r e economía, polí t ica y cultura. De al l í que puedaser una forma de unif icación de los másvariados y contradictor ios contenidos clas is tas bajo la hegemonía burguesa. La do

minac ión bu rgues a e s una dominac iónhegemónica, y po r t an to una dominac iónnacional . A través de la nación, en la nación y como nación , la dominación económica de l a bu rgues ía s upe ra e l p l anomeramente corpora t ivo y ar t icu la e l conjunto de la sociedad. Esto s ignif ica que laexistencia de la nación confluye con la existencia del s is tema hegemónico. Por dond e , si bien la nación es una, ella puede

alojar , no uno, s ino varios proyectos nacionales posibles , que surgen de dis t intos suje tos socia les que asp i ran a conf igurars is temas hegemónicos diferenciados . Estono significa que la nación sea un recipiente vacío, ocupable desde el exter ior pordiversos contenidos , s ino que expresa laheterogeneidad social y las rupturas internas entre las clases en el seno de la nac ión . Pone de manif ies to , en suma, e l

hecho de que no hay clases fuera de la nación, ni nación fuera de la lucha de clases.

Esta l ínea de trabajo supone desest imarla caracter ización de la dominación y delEstado burgueses en términos clas is tas in

mediatos. La dominación burguesa es unadominación hegemónica , y e l Es tado unEs tado ampl iado; por lo tan to , una dominación y un Estado nacionales, porque loque caracter iza a la nación burguesa es ,jus tamente , su capacidad para a lbergar a

todas las clases y grupos de la sociedad, yasea como individuos, o como sujetos colectivos subalterno s . Sin suprimir la índoleclas is ta de la dominación burguesa, es te

señalamiento desplaza el énfasis hacia lopolí t ico, en cuanto ir reductible a lo económico por separado. Lo nacional constituye una cuestión cuyo tratamiento exigeconsiderar cómo esa dominación trasciende

el orden corporativo, y logra suscitar unámbito de unidad y consenso —contradictorios— de la sociedad en su co njunto.15

Estas de terminaciones permiten recon-ducir y reorientar el anális is concreto de

lo nacional. Queda claro así que las formas y condic iones que inducen y regulanlas modalidades y el desarrollo de las naciones sólo pueden examinarse a la luz delos procesos particulares y específicos. Ellasenlazan con los procesos s iempre concretos de consti tución de los s is temas hegemónicos y de l b loq ue h is tór ico , en cuan toprod ucto s de un a incesante lucha social .

Sobre es te fondo, se hace posible soste

ner la hipótes is de que la nación configura la forma más general y estable en que seconsti tuye el complejo s is tema de la dominación hegemónica de la burgues ía . Unavez es tructurada como resultado de las luchas sociales que entraman un s is tema hegemónico , la nación conforma un marcopolí t ico global que condiciona en lo sucesivo el despliegue de esas luchas. Éstas hab rán de d i s cu r r i r y en t r e t e j e r s e en e l

futuro en términos y a través de una lógicanacional, r ep roduc iendo y des a r ro l l andola nación.

La forma nacional , decíamos, articula

en su seno una divers idad de contradicc iones que bro tan de la sociedad burguesa, en el sentido transversal (economía,polí t ica, ideología) e his tór ico (pasado,presente, futuro) . Esto es posible en cuanto ella crea, y a l mismo t iempo presupone

u n a continuidad que le es constitutiva, por-

Page 142: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 142/180

1 4 0 ensayos

que en ella se asienta la integración de lasrupturas de la formación social . Así , pesea que la nación como s is tema hegemónicoimpl ica un permanente proceso de trans

formaciones, s e p r e s e n t a s i e m p r e c o m oidéntica a s í misma, es tableciendo un marco global y es table al que deben acogersetodos los s is temas hegemónicos .

El carácter nacional de la dominaciónhegemónica burguesa en t ra en conf l ic to ,desde su or igen, con la índole internacio

nal de la es tructura capital is ta , generandoun cúmulo de contrad icc iones que no hanhech o más que exacerbarse con e l t iemp o.

El colonial ismo, la expan sión mili tar e imperial is ta , el desarrollo del derecho públic o i n t e r n a c i o n a l , d e i n s t i t u c i o n e s yacuerdos económicos, polí t icos y mili taresson otras tantas formas, violentas o pacíficas, a través de las cuales las burguesías seafanan por resolver es tas contradicciones .Sin embargo, a pesar de sus deficiencias ycaducidad crecientes , el las no han conseguido refundar su dominación sobre una

base más general y coherente que la forma nacional .

La nación emerge como principio ar t iculator io de un complejo campo de contradicciones . Ahora bien, es ta ar t iculaciónse produce a través de una dinámica pecul iar , doble y encontrada, que define, anuestro juicio, a la forma nacional . Éstaimplica dos tendencias inseparables y contradictor ias , que se arraigan en la organi

zación productiva del capital ismo, en elarmazón del Estado y en las prácticas dedominación. La nación comporta, en primertérmino , una tendencia a la homogeneiza-

ción y la universalización de la sociedad.Sin embargo, es ta tendencia se realiza pormedio de su propia negación, a través deuna segunda tendencia s imul tánea a lafragmentación y la particularización sociales.Ambas direccionalidades gestan, desarro

l lan y reproducen cons tan temente su mu

tua oposición, dando lugar a otras tantascontrad icc iones que no se resuelven en lanación. La nación se configura, jus tamente , en el seno de esas contradicciones , en el

inter ior de la tensión entre es tas tendencias, la s recoge en su cuerpo, y las transforma en regulables por el Estado.

Esta dinámica múlt iple, compleja y con-flictiva de la forma nacional se objetiva enuna es t ruc turac ión espacial y temporal específ icas , que se presentan como otras tant a s d e t e r m i n a c i o n e s q u e m a r c a n a l anación , adhir iéndola a una territorializar

ción y una historicidad part iculares .16

En su dimensión espacial, aquella dinámica se expresa en la adhesión de la nación a un territorio, caracter izado por ladoble tendencia l idad que hemos apuntad o : la unificación y homogeneización de uninterior, por una par te , y la demarcación y

particularización respecto a un exterior, p o rla otra. Así, la forma nacional corporizaen un territorio^ronjtera, que, lejos de todanatura l idad , posee una índole esencia l

m e n t e política. El terr i tor io nacional esproducto de l mismo movimiento pol í t icopor el cual se constituyen el Estado, el sistema hegemónico y e l b loque h is tór ico .Esta demarcación de l ímites propia de lonacional equivale, s imultáneamente, a laposibilidad de desplazarlos: la especializa-ción nacional supone el es tablecimientode un "adentro" y un "afuera" tales que la" in ter ior idad" es tendencia lm ente ex tens i -

ble al inf ini to, pero implica s iempre elcruce de fronteras . De ahí que la expansión capitalista resulte consustancial a lanación, y adquiera un carácter ínter, o me

jo r, ¿ram nació nal . El Estado cohesiona yart icula los desequil ibr ios inter iores de lasociedad burguesa, pero no los supera; losreglamenta hacia adentro y los canaliza hacia afuera. De este modo, las relaciones internacionales se t rans forman en puntos

de cr is tal ización de las contradicciones

Page 143: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 143/180

ana ruaría rivadeo 14 1

económicas, políticas, ideológicas y militares del desarrollo capital is ta . Homogenei-zac ión in terna y reproducción ampl iadade los confl ictos entre las naciones aparecen as í como tendencias inescíndibles deSa lógica d e la forma nacion al d e la soberan ía burguesa .

Esta dinámica contradictor ia atraviesatambién a la unif icación que se producedentro de las f ronteras nacionales , encuanto uni f icac ión s iempre subord inada aun pe rmanen te mov imien to f r agmen ta -dor. El Estado-nación, por ejemplo, unific a a l p u e b l o - n a c i ó n a t r a v é s d e l ainstauración de la disociación privada entre Sos individuos-sujetos. Esta doble ten-dencial idad consti tuye el rasgo medularde la hom ogeneizac ión nacional, y permite explicar por qué ésta lleva inscrita en supropia naturaleza la posibil idad de la discr iminación, la persecución y el aplas tamiento de las diferencias no a similables a launidad —esto es, al sistema hegemónico—.La opresión y exterminio de las nacionalidades dentro del Estado nacional , los gen o c i d i o s m o d e r n o s , l os c a m p o s d econcentrac ión y e l to ta l i ta r ismo aparecenasí como fenómenos que arraigan en la lógica y la din ám ica d e la espacialización delEstado-nación.

La es tructuración temporal de la dinámica nacional , por su parte, hace posibledar cuenta del sentido de ia his tor icidad

en la constitución de la nación. La unificación del pueblo-nación pasa por una intervenc ión de l Es tado que ope ra , en lofundamental , a través de la monopolización

de la his tor ia popular . La forma nacionaldel Es tado burgués impl ica una hemoge-ne izac ión s oc ia l que , en lo t empora l ,apunta a no admit i r más que un a his tor iay una t radición en el inter ior de sus fronteras: la historia nacional tiende a ser, co

mo sabemos, la his tor ia oficial. Su unidadsupone no so lamente la demarcación res

pecto a ia his tor ia del extranjero, s inotambién, en el propio inter ior de la nación, ¡a subordinación, la negación y aunel aplastamiento de las historias definidascom o "extrañas" a par t i r, jus t am ent e , deesa unif icación temporal .

Como podemos ver a part ir de es te análisis, nación y Estado resultan categoríasque se l igan permanentemente en t re s í .Los movimientos nacionales apuntan , engeneral , al Estado: 1) porque re iv indicanun Estado propio, lo que contiene ia demanda de un principio terr i tor ial , al t iem

po que la búsqueda de ía apropiac ión desu propia his toria; o bien , 2) porque, co incidiendo con la territorialización del Estado exis tente, apuntan a la transformaciónde ¡a es tructura interna de és te, en cuantomater ia l izac ión del s i s tema de dominación, en el que va supuesta s iempre unahistorización específica.

En suma, porque es precisamente el Estado el que es tablece el nexo entre las es

t ruc tu rac iones e s pac ia l y t empora l , encuyo cruce se concreta ía dinámica nacional . El Estado burgués demarca las fronteras en cuanto ins t i tuye un adentro . Peroesta inter ior idad, que es e! pueblo-nación,sólo se prod uc e en la m ed ida en q ue el Estado homogeneiza su pasado y su fu turo .La unidad nacional se revela aquí comointersección de la his tor ización de un terr itor io y la terr i tor ial ización de u na his tor ia,

en la que el cierre temporal es , al mismotiempo, total ización de la his tor ia por elEs tado .

El territorio y ía historia que materializae l Es tado corpor izan y reproducen la dominación hegemónica burguesa . Sin embargo, es preciso enfatizar , as imismo, quela his tor ia de las clases y grupos subordinados no s e abs o rben comple tamen te enel Estado, s ino que lo marcan con su sello,

prec isamente en cuanto és te es un Es tadonacional, o sea, el resultado del proceso

Page 144: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 144/180

142 ensayos

nacional de la lucha de clases. De modoprecar io , f ragmentado, deformado —enestado de defensa alarmada, como diceGramsci—, en suma, subalterno, las luchasy las resistencias populares están tambiéninscr i tas en el Estado, y encuentran siempre vías para quebrar el silencio y la represión que éste abate sobre su memoria . Lalucha por la cons t i tuc ión de una hegemonía de alternativa a la de la burguesía espor eso, igua lmente , una lucha por e lcam po de lo nac iona l , po r la recuperac ióny resignificación de la historia, de las historias , lo que confiere al tránsito al social ismo una dimen sión nac iona l.

Hemos dicho que la vida de la nación ysu desarrol lo se imb rican co n la capacidadar t iculator ia propia de la dominación he-gemónica burguesa. Ésta se despl iega, noobstante , dent ro de un conjunto de l ímites, uno de los cuales, fundamental , es e lde la estructuración clasista de la sociedad, que se e leva como barrera infranqueable a la tendencia integradora de lanación. De ahí que la burguesía pueda desar rol la r la unidad nac iona l sólo has tacier to pu nto , y bajo su dom inació n existas iempre una discrepancia entre la idea y larealidad de la nación. En esta línea, la nación perfila una existencia doble. Ella existe , por una par te , como sistema hegemónico

concreto, o sea, enlazada a la heg em onía deuna clase o fracción, en torno a la cual seconst i tuye. Pero la nación no es absorbible

completamente por esta c lase o f racción,s ino que la t r asc iende permanentemente .Ella existe , también, como el ideal de unacomunidad humana in t egr ada y homogé nea, forma en la que posee mayor estabilidad y pers i s tenc ia que en su rea l idadespecífica representada por el sistema hegemónico. A t ravés de es ta d imensiónideal , la nación puede continuar exist iendo aun en el caso del quiebre, o de la

transformación revolucionar ia de un siste

ma hegemónico. A par t i r de esto, es posible romper la identidad de la nación conla burguesía , y pensar la como una real i

dad abierta, sin punto de acabamiento f i nal. Su desarrol lo resul ta así entramable,en cuan to p r oyec to de una comunidadhumana democrá t ica e in tegrada , con laconst rucc ión de una hegemonía di fe rentea la burg uesa, d e or ientac ión ant icapi ta lista y so cialista.

Ésta const i tuir ía , además, teór icamente,la única posibilidad histórica de trascender la barrera clasista que bloquea el desar r o l l o n a c i o n a l e n e l s e n t i d o d e l aexpansión y profundización de la democracia.

La posibilidad de un desarrollo nacional de carácter socialista converge aquícon la dimensión nacional del t ránsi to a lsoc i a l i smo, en t r oncando ambos con l acuestión de la crisis política como crisisnacional. En cuanto crisis del sistema hegemónico, la crisis política es una crisisnacional . Su desenvolvimiento en dirección a la desarticulación del sistema hegemónico de las c lases dominantes, y a sureemplazo por un sistema de al ternat ivade las c lases subal ternas, const i tuye uncontenido fundamental de la t ransición alsocialismo. Esta transición implica luchas,movimientos y procesos múlt iples y prolongados, que se desarrol lan en ámbitosde índole internacional e intranacional .Pero posee también una dimensión de carácter nacional . En pr imer lugar , en tantola construcción de la hegemonía de las clases y grupos subal ternos, supone la apreh e n s i ó n y la t r a n s f o r m a c i ó n d e u n asociedad histórica específica, en la original idad y unicid ad p ar t iculares de su sistemahegem ónico. Vinculado a e llo , en segun dotérmino, porque la transición al socialismo no es e l resul tado de una práct ica clasista corporativa, sino de la construcción

de una voluntad colectiva nacional y po-

Page 145: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 145/180

ana marta rivadeo 1 4 3

pular .17 El s is tema hegemónico de las clases dominantes no es es tát ico, s ino ten-d e n c i a l y c o n t r a d i c t o r i o ; e n t r e o t r a srabones porque , para cons t i tu i r se , debemovil izar a fuerzas o pues tas a esa dom inación. La desagregación de éstas, y su alzamiento como sujeto polí t ico, implican lad i s pu ta po r un cam po común, el campo delo nacional, en tan to cont iene un procesoor ien tado a l desp lazamiento in terno de lahegemonía ; una lucha hegemónica que ,por definición, sólo es tal en cuanto cuest iona el control de ese c a m p o .

Ello en la medida en que su significadocentral res ide en el esfuerzo por rearticu-

lar sobre nuevas bases todas las contradicciones existentes en la formación social;por producir , en suma, una nueva condensación orgánica de l metabol ismo econó m ico , polí t ico y cultural de la sociedad.

En es ta l ínea de pensamiento, el proyecto social is ta conv erge c on la dim ens ión in-t e g r a d o r a y d e m o c r á t i c a d e l a f o r m a

nacional , y se es tructura en torno de laspos ib i l idades tendencia!mente i l imi tadasdel despliegue de la democracia en un s istema hegemónico de las c lases y grupossubal terno s . Pe ro la forma nacional, com ohemos s eña lado , pos ee o t r a de te rmina c ión , que acompaña inesc indib lemente asu tendencia homogeneizadora . El la seorienta, también, en la dirección de defensa y extensión del part icular ismo y el

nacionalismo. De ahí que la convergenciadel proyecto social is ta con la forma nacional sea una confluencia contradictor ia . Si ,por una parte, implica el desarrollo y la rea

lización de la nación , apu nta , p or o t ra , a lasuperación de sus tendencias part icular istas, y, en el límite, a la superación mis made la nación . Sin embargo , c reemos queesta superación pasa por la forma nacional. Ella se apoya en el desenvolvimiento

de sus fuerzas y sus prácticas de mo cráticase in tegradoras , cuya universa l izac ión y

profundización consti tuir ían la base de unproceso de relat ivización y supresión ten-denciales del part icular ismo nacional , y ,en suma, de la propia forma nacional deintegración social .

De es ta manera, nuestra perspectiva deanális is desplaza el énfasis del momentopart icular izador y separatis ta que contienela cuestión nacional —en el que recae elacento de la concepción marxis ta tradicional—, recentrándolo en la cons t i tuc ión ydesarrollo de los s is temas de hegemonía.En el seno de la dinámica de és tos , lo nacional y lo clas is ta encuentran una ar t icul a c i ó n i n t e r n a q u e e n t r a m a , d e m o d ofundamenta l , con e l tema de la democracia —que es, junto con la cuestión nacional,otro espacio central de coagulación de losdesencuentros teór icos de l marx ismo.

Éstas son, en lo general, algunas de lasl íneas de trabajo q ue a nu es tro juicio deben es tar presentes en el anális is marxis tade lo nacional , en un momento como e l

presente , en e l que e l tema adquiere unarenovada actualidad conceptual e his tór ica. Vivimos tiempos signados, en lo esencial, 1) por el veloz desarrollo de la fasetransnacional del capital ismo, que implicaimportantes transformaciones en la relación entre el Estado y la sociedad en elp lano in terno , y la ace lerada tendencia ala cons t i tuc ión de b loques t ransnacionalesde poder en el nivel internacional; 2) por

el quiebre de los regímenes poscapital is tasburocrá t ico-autor i ta r ios de Europa Or iental, que precipita en procesos sociales decarácter conservador, as í como en explosivos mov imientos de desar t icu lac ión nacional ; 3) por e l ago tamien to r e i t e r ado ysis temático de las fórmulas b urgu esas es tablecidas hasta el presente para rebasar elcírculo infernal del "subdesarrollo", la miser ia, la margi nación y el auto ri tar is m o en

las sociedades capital is tas dependientes ,entre el las las de América Latina. Un cú-

Page 146: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 146/180

144 ensayos

mulo de procesos his tór icos que, en suconjunto , red imens ionan la problemát icanacional , colocándola, al mismo t iempo,en el cen tro d e la considerac ión práctica yconceptual de nu es t ros d ías .

Las tendencias mundiales del desarrollocapital is ta , que se as ientan sobre la dominación de nuevas fracciones burguesas delcapi ta l t ransnacional , o r ien tan t rans for maciones de envergadura en la conformación de los s is temas hegemónicos , y portanto en la forma nacional. Estas transformaciones cobran expresión ideológica enel ref lotamiento del conservadurismo l iberal, que en su vers ión tecnocrática para elconsumo predica el recorte del Estado, lanación y la democracia sobre el molde deun mercado capital is ta elevado a entidadmítica. Estos predicamentos , que dan cobertura a la ofensiva es tatal antipopular ,acompañan a una efectiva modif icacióninterna de las formas nacionales , que sereestructuran sobre la base del nuevo s istema de dominación hegemónica de lasburguesías transnacionales . En la medida,s in embargo, en que el desarrollo capital i s ta t ransnacional produce reacomodosde p od er y de confl icto a escala plan etar ia,se producen, aí mismo tiempo, intensosemergentes proteccionis tas , par t icular iza-dores y nacionalis tas , en cuanto la formanacional s igue consti tuyendo el espaciopolí t ico en cuya expans ión se jue ga n losconfl ictos económicos y mili tares mundiales. La dinámica transnacional continúa l igada inseparablemente a los avatares delEstado-nación, lo que se evidencia en lascontrad icc iones y la es t ruc tura in terna delos bloques regionales emergentes , tantocomo en sus mutuas relaciones en el plano in ternacional .

El derrumbe de los regímenes poscapital is tas , as í como los procesos de desinte

g r a c i ó n n a c i o n a l q u e l o s a c o m p a ñ a n ,reaf irman, por su parte, el carácter nece

sar io de la democracia y de la soberaníapopular y nacional como condición imprescindible de la posibil idad de un tránsito al socialismo. La ausencia de éstas enlos regímenes que surgieron del quiebredel capitalismo en aquellas sociedades —envirtud de diversas circunstancias— ayudaría a explicar, tanto la inexistencia de esetránsito, cuanto la debacle nacional tras elderrumbe de la dominación clas is ta de laburocracia. Lo que haría posible confirmar, a su vez, la inextricable relación interna entre s is tema hegemónico y nación;aquí, en cuanto la desart iculación nacional aparece como producto de un quiebrecatastrófico y sin alternativa inmediata dels istema de dom inación ex is ten te .

En nuestros países dependientes , porúlt imo, atravesadas por las tendencias delcapitalismo transnacional, las clases dominantes se afanan por rearticular en los términos de és te la dominación interna y ladependencia del exter ior , l levando a l ími

tes impensados la tradicional marginaciónde las mayorías. Las resistencias popularesque emergen en es tas condiciones se perf i lan como luchas cuya orientación demo-cratizadora, que abarca todos los ámbitosde la vida social , adquiere una consis tencia claram ente nacional y de al ternativa.

En síntesis, de formas diferentes, cadauno dentro de especif icidad es tructural ,es tos diversos procesos en curso conver

gen en la cuestión nacional, y en sus nexos con la democracia, Éstas se colocanasí en el punto nodal de las preocupaciones de las fuerzas sociales que, sobre unoscuro fondo de repliegues y desagregaciones , s iguen considerando que el proyecto socialista constituye una alternativadeseable y posible al capitalismo. A partirde sus logros teóricos y prácticos, de sumás profunda autocrí t ica y reorganización

política y conceptual, de las múltiples experiencias históricas de los grupos populares,

Page 147: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 147/180

ana maría ñvadeo 145

d e l a s n u e v a s e x i g e n c i a s y p o s i b i l i d a d e sq u e é s t a s a b r e n f r e n t e a l a a v a n z a d a d e lc a p i t a l i s m o t r a n s n a c i o n a l ; a p a r t i r , e n s u m a , d e t o d o s l o s s u e ñ o s v i v o s — a n t i g u o s y

n a c i e n t e s — d e l a c o n s t r u c c i ó n d e u n a c o m u n i d a d h u m a n a d e m o c r á t i c a , s i n e x p l o t a c i ó n , s i n g e n o c i d i o s , s i n d e s p r e c i o , e lm a r x i s m o d e l p r e s e n t e s e e n f r e n t a a l a t a r e a d e t r a n s f o r m a r s u p r o p i a c r i s i s e nn u e v a s f o r m a s d e l e n c u e n t r o . E s t a t a r e ase v i s l umbr a d i f í c i l , compl e j a , y ab i e r t a ac o n f i g u r a c i o n e s i m p r e v i s i b l e s . N u e s t r ot r a b a j o q u i e r e s e r u n t r o z o d e e s e s u e ñ oe n c o n s t r u c c i ó n . U n m o m e n t o d e l p r o c e

s o d e r e c o m p o s i c i ó n s o c i al y t e ó r i c a d e l o sg r u p o s s u b a l t e r n o s , q u e , d e s d e s u s a c t u a l e s cond i c i ones de f ens i vas , s e mov i l i zan a l r e d e d o r d e l a c o n v i c c i ó n b á s i c a d e q u ef r en t e a l Es t ado , l a g r an bu r gues í a y e l c a p i t a l t r a n s n a c i o n a l , l a n a c i ó n y l a d e m o c r a c i a s e i d e n t i f i c a n c o n e l p u e b l o . C o n l ap r o d u c c i ó n d e s u u n i d a d , c o n l a r e c u p e r a c i ó n c r í t i c a d e s u h i s t o r i a y d e s u m e m o r i af r a g m e n t a r i a y d i s p e r s a , d e la s q u e el m a r

x i s m o f o r m a p a r t e c o n s t i t u t i v a .

N O TA S

1 Cfr, E. Mandel y M. Rodinson, "Nationalis-me et lutte de classes", en Partisans, núm. 59-60, París , p. 48 .

2 Cfr. J. Stalin, El marxismo y el problema nacional y colonial, Buenos Aires, Lautaro, 1946,p p . 11-15.

3

Cfr. F. Engels, "La lucha magiar", en K.Marx y F. Engels , La cuestión nacional y la formación de los estados, México, Pasado y Presente , 1980, pp. 95 y ss.

4 Cfr. K. Marx, "Crítica de la filosofía del Estado y de l derec ho de Hegel" , en Escritos de juventud, México, Fondo de Cul tura Económica .T a m b i é n , Ideología alemana, México, Edicionesde Cu ltura Po pular , 1976, pp . 51-113.

5 Cfr. K. Marx, "Manif iesto del Part ido Co

munista", en Obras escogidas"; Moscú, Edi tor ialProgreso , pp . 4 2 4 3 .

6 Cfr. ibid.7 Cfr. K. Marx, "Futuros resultados de la do

minación bri tánica en la India", en Sobre el colo

nialismo, México, Pasado y Presente , 1979, p .82.

8 Cfr. K. Marx, Imperio y colonia / Escritos so bre Irlanda, México, Pasado y Presente , 1979,p p . 152-153 y ss.; 188 y ss.; 197-199 y ss.

9Ibid., pp. 322-324. También, Cartas a Kugel

mann, La Habana, Ediciones de Ciencias Sociales, p. 260.

10 Cfr. K. Mark, El porvenir de la comuna ruralrusa, México, Pasado y Presen te, 1980.

11 Cfr. Bernstein, "La socialdemocracia y losdisturbios turcos", en Bernstein y otros, La IIInternacional y el problema na cional y colonial,México, Pasado y Presente, 1978, pp. 45, 49,150. También, H. van Kol , "Sobre la pol í t icacolonial", en Calwer y otros, La II Internacionaly el problema nacionaly colonial ( segunda par te ) ,op . cit., pp. 24, 31, 32, 33 y ss. K. Kautsky, "Viejay nueva pol í tica colonial", en B ernstein y otro s,op, cit., p p . 91, 93, 95 , 99 y ss .

12 Cfr. R. Luxemburgo, La cuestión nacional yla autonomía, México, Ediciones Era.

13 Cfr. V, Lenin, "Resolución sobre el proble

ma nacional", en Obrascompletas,

Madrid, Akal ,1977, t . XXV, pp . 263-264. Ta m bién , "La revolución socialista y el derecho de las naciones ala autodeterminación" , en op. cit., t . XXIII, pp.249-250; "Discurso sobre el problema nacional", t . XXV„ p. 257; "Estado y revolución", t .XXVII, pp . 101,477 -478.

14 Nuestra teorización se apoya en múltiplesesfuerzos, que reconocen en Gramsci un punto de part ida fundamental . Entre otros, queremos mencionar los t rabajos de Poulantzas enFrancia, de Marramao, Luporini y De Giovanni

en Italia, y de los latinoamericanos Aricó, Por-tant iero, Laclau y Mármora.15 Cfr. A. Gramsci, Notas sobre Maquiavelo,

Mé xico, Ju an Pab los, pp . 71-72, 107-108, 147-148, y Cuadernos de la cárcel, México, EdicionesEra, 1981, vol. 2, pp. 163-164.

16 Cfr. N. Poulantzas, Estado, poder y socialismo, México, Siglo XXI Editores.

17 Cfr. A. Gramsci, Notas..., op. cit, pp . 7 1, 72,7 4 , 1 4 8 - 1 4 9 , 1 6 3 , 2 0 1 .

Page 148: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 148/180

RA CISM O Y MASIFICACIÓN 1

maría rosa palazón m,

En e l P i r i n e o o r i e n t a l , a a m b o s l a d o sd e l a f r o n t e r a , l a g e n t e q u e h a b l a c a

t a l á n r e c o n o c e l a c u e v a d o n d e J o a n c r e c i ó , s i e m p r e d e s e a n d o v e r e l s o l . 2 H i j o d eo s o y m u j e r , m i t a d b e s t ia , * m i t a d p e r s o n a ,

m a t ó a s u p a d r e c o n s u f u e r z a i m p e t u o s a .A ú n s e r e c u e r d a a e s t e h é r o e : a f i n e s d ee n e r o o p r i n c i p i o s d e f e b r e r o s e r i t u a l i z al a m u e r t e d e l o s o , s í m b o l o d e l i n v i e r n o .J o a n n o t u v o c o m p a ñ e r o s , p o r q u e e lm a e s t r o l o r e c h a z ó p o r m i e d o . T a m p o c oq u i s o q u e a s u s t a r a a i os d e m á s m u c h a c h o sp o r q u e , s i e n d o t a n v a l i e n t e , l e t e m í a n as u s j u e g o s . Y h e e m p e z a d o e s t a s p á g i n a sc o n u n a n t i g u o m i t o d e l o s o r í g e n e s p o r

q u e n a d i e e s c u c h a l a a b u r r i d a y a n ó n i m ah i s t o r i a d e q u i e n n o f u e h é r o e n i v i l l a n o ,a u n q u e l l e n ó , c o m o J o a n , lo s c a m p o s ( e ne s t e c a s o a m e r i c a n o s ) d e f r u t a s y v e r d u r a s

( y d e c a m i n o s , d e p l a t a , d e . . . ) . H u b o q u i e nl e a t r i b u y ó u n a p e r s o n a l i d a d d i a b ó l i c a , o s c u r a c o m o s u p i e l ; p e r oe r a n e x a g e r a c i o n e s ,

p o r q u e , e n o p i n i ó n d es u s a m o s , n o f u e m i t a dp e r s o n a u homo sapiens,

s i n o b e s t i a c o m p l e t a ,m a r c a b l e a h i e r r o c a n d e n t e , o , a l o s u m o , ho

mo faher. s u n i v e l de

i n t e l i g e n c i a e r a i n c o m p a t i b l e , a s e g u r a r o n ,

María Rosa Pala

zón. Fiiósofa, profesora de la Facultad de Filosofía yLetras de la UNAM

e investigadora delCentro de Investigaciones Lingüíst icas y Literariasde la misma univers idad . Ha pub l i cad o r ec i en t e m e n t e s u l i b r oFilosofía de la his

toria.

c o n la s i d e a s . T a m p o c o h a y c e r e m o n i a sq u e l o r e c u e r d e n n i m u c h o s q u e r e c o n o z c a n l a c u e v a o e l p o b l a d o d o n d e s e r e f u g i ó c o m o c i m a r r ó n , o e s c l a v o f u g i t i v o , od o n d e q u e d ó a i s l a d o e n t a n t o " i n d i o " í e -

g a l m e n t e l i b r e . Y a p o c o s l e s i m p o r t a s e ri g n o r a n t e s p o r q u e e s t á n a t r a p a d o s , g e n e r a l m e n t e d e m a n e r a i n v o l u n t a r i a , e n l a st r a m p a s d e i r a c i s m o . J o s é M a r t í e s c r i b i ó :" r a c i s t a e s t á s i e n d o u n a p a l a b r a c o n f u s a , yh a y q u e p o n e r l a e n c l a r o " . 3 E n m i o p i n i ó n , e s l a i d e o l o g í a , r e l a t i v a m e n t e n u e v ae n l o s s i g l o s h i s t ó r i c o s , q u e s e p r e s e n t a c o m o d e s c u b r i m i e n t o s q u e e v a l ú a n e l " e q u i p o g e n é t i c o " , o sea , l o s ca rac t e r es f ís icos ,

o e l c o e f i c i e n t e i n t e l e c t u a l , o a m b o s , y q u ed e f o r m a la c o m u n i c a c i ó n , l as r e l a c i o n e sm o r a l e s y e s t é t i c a s e n t r e l a s p e r s o n a s , yf o m e n t a l a x e n o f o b i a , l as d e s i g u a l d a d e se n t r e c l as e s , g é n e r o s y e n t r e c e n t r o s d ep o d e r y s u s p e r i f e r i a s .

Los inicios en América. P o r o b r a d e l e n c a n t a m i e n t o , l o s b o n d a d o s o s e i n t e l i g e n t e sp r o t a g o n i s t a s d e l o s m i t o s , o c u e n t o s m a

r a v i l l o s o s t r a d i c i o n a l e s , d e n o c h e s o n h u m a n o s y d e d í a o s o s , l o b o s , d r a g o n e s om o n o s : s i m b o l i z a c i ó n q u e , si b i e n r e c o g el a t r i s t eza d e l o s mu tan t es , r e f l e j a l a imag i n a c i ó n q u e se r e g o c i j a c o n l a v a r i e d a d d el a s c r i a t u r a s , y n o t i e n e e m p a c h o e n f a b u -l a r n u e v a s y h e r o i c a s e s p e c i e s . E n A m é r i c a , l a m i s m a e s p e c i e , a n t e s y d e s p u é s d e l al l e g a d a d e C o l ó n , s i g u i ó m e z c l á n d o s e . D e -

© Dialéctica, n ú m . 2 5 , p r i m a v e r a d e 1 9 9 4 .

Page 149: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 149/180

marta rosa palazón m, 1 4 7

ber íamos regoc i ja rnos con e l hecho, pordemás inevi table , de que no podamos sa ber con cer teza el aspecto que tendrán losindividuos de estas t ierras a l nacer , cómocombinarán el color de la piel y de ojos, laforma de la nariz y de cabello, la estatura . . . , y no podemos ade lanta rnos porquedescienden de la revoltura habida en lasmetrópolis (España, Francia , Holanda, Inglaterra y Por tugal) , y de la revoltura degrupos que fueron mest izándose antes dearr ibar a América y desde que lo hicieron.

Trataré de explicarme. "Raza" proviene,quizás, de una forma cul ta de ratio, ratio-

nis: cálculo, cuenta , índole , modalidad yespecie , y en español se re lacionó con ra-c,a, es decir, la raleza o defecto en el paño.Actua lmente , es un concepto biológico:" las razas pueden def inirse como poblaciones que se diferencian en las frecuencias relativas de algún o algunos genes".4

No obstante haberse establecido el concepto con clar idad, no existe un cr i ter iounánime para dist inguir los grupos raciales, lo que se complica cuando se confunde la semejanza biológica con los vínculosculturales o étnicos y de habita t ; por lomismo, se ha dividido a la humanidad según el color de la piel , las proporcionesdel cuerpo, especialmente la forma y tamaño del cráneo, la estatura , la forma delcabello, la nariz y los labios, el grupo sanguíneo, la ant igüedad de las poblaciones,el con tine nte , e l ter r i tor io y el país que habi tan, la lengua que hablan. . . Consiguientemente , a más c r i te r ios , mayor númerode razas, y a más cr i ter ios no genét icos,mayores confusiones. Siempre los homo sehan cruzado y mezclado sus genes, lo quesignif ica que formaron un conjunto muyvariable biológicamente. Veamos: e l lenguaje rel igioso discr im inator io tuvo a bienreferirse a las "razas" de los conversos yde los herejes, predicando que, si todos so

mos hijos de Dios, los hay elegidos, como

ocurre con la "ant igua y hermosa raza puritana [del Far West] — ironiza Jo sé Martí—,a quien sólo le ha fal tado ser generosa para ganar un puesto entre las más simpáticasy gloriosas de la tierra".5 Sin embargo, lospur i tanos judíos, ma hom etanos, catól icos yprotes tantes se han casado con quienes seacogen a su re l ig ión, independientementede los genes que por ten. Luego entonces ,en e l mundo ha habido tantas c ruzas quenadie es capaz de predecir con alguna exact i tud el aspecto de un individuo, aunqueconozca a sus progen i tores , y nunc a hab ráuna total homogeneidad f ís ica , lo cual meparece apasionante . También lo es recordar que la sangre no es t ransmisora de laherencia, sino que ésta se halla en las células de todo el cuerpo, incluidas las que circulan en ella. Y esto echa por tierra elorgul lo de quienes se autoe logian comopor tadores de la sangre de un antepasadosuyo de "raza super ior"; que las personast ienen un cuar to o un octavo de sangrenegra; las manías de nobleza o de "sangreazul" heredadas por la burguesía; párrafoscomo éste: "el indio ha influido en el almadel o t ro grupo mexicano [e l h i spanohablante] , desde luego, porque ha mezc ladosu sangre con éste";6 y la antigua e influyente hipó tes i s de Gobineau (Ensayo sobre

la d esigualdad de las razas) de que a lgunos"blancos" la t inos han contaminado su sangre al cruzarse con razas inferiores, destinadas a desaparecer . F ina lmente , todo lo

anter ior echa por t ierra las teor ías y práct icas de la eugenesia , que pretenden ent r e c r u z a r l os m e j o r e s e s p e c í m e n e shumanos ( suponiendo que es to tuvie ra a l gún signif icado entendible) , porque hacerlo r e q u e r i r í a u n c o n t r o l s o b r e elmat r imonio y la reproducc ión de las poblaciones, es decir , que obedecieran lasó r denes de un expe r imentador , conduc taesperable en quienes se autoconsideren

ratas de lab orato r io y que , no obstante , de-

Page 150: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 150/180

1 48 ensayos

berían ser los más intel igentes , es t imulados para la adquis ición de conocimientos yemocionalmente es tables . No obstante quese tenga un cúmulo de evidencias contra el

racismo, sordo a verdades que n o le conviene escuchar, muchos temen las nefastasconsecuencias de sus emb ates .

Durante la esclavitud de los "indios" y laencomienda, o esclavitud disfrazada de reden ción cr is t iana, y des de q ue és tas se acab a r o n , q u i e n e s s e a u t o c o n s i d e r a r o nejemplares de la "raza blanca europea" miraron con desdén a los "indios" de cuerpohipoté t icamente débi l , que defendió LasCasas , a legando su hum anid ad y sus derechos , y des hum an iza ron , con tempo ránea men te , a lo s "neg ros " , d i zque fue r t e sfísicamente. N o les faltó el ap oy o d e la argu m en tac ió n científico-valora ti va de Go bi-neau, cómplice del esclavismo, quien, nosólo colocó en la cima de su escala a los"b lancos" nórd icos y en la s ima a los"amaril los" y "negros", s ino que suborde-nó las razas dependiendo de su fuerza, bel le z a e i n t e l i g e n c i a . N u n c a p o d r á ncompetir "nuestros parientes de color", demenor cerebro y prognatos , o sea, de mandíbula saliente, en un combate donde el arma sea la razón, di jo convencido HerbertSpencer . Hoy no exis te el esclavismo, peroen los últ imos doscientos años un númeroconsiderable de científ icos se ha dedicadoa dictaminar el grado de intel igencia dequienes componen la Amér ica "b lanca" ,"indígena" y "negra", según las l laman.

La ideología racista de nuestra América ar

gumen ta la inferioridad física y cultural de los

aborígenes americanos,

Aquí se define "aborigen" como el habitante

antiguo o remoto de un territorio (de ab, leja

nía, y origo, origen), en el entendido de que

esto supone compa raciones entre las etnias o

culturas que lo poblaron y de que éstas cam

bian históricamente -ninguna pasa por las fases históricas manteniéndose idéntica a sí

misma-, y en el entendido de que en América

han ocurrido con frecuencia los etnocidios y

las etnogénesis o nacimiento de una cultura

co n base en dos o más culturas anteriores.

Los aborígenes de nuestra Am érica han sido

llamados "indios " equivocadamente o de modo

racista.

La argumen tación sobre la de bilidad del

cuerpo de los aborígenes sirvió, tanto para de

fenderlos de la esclavitud y defender sus etnias

o culturas, como para explotarlos y aislar sus

asentamientos.

El argumento de la debilidad aborigen sir-

vió para importar "negros", teóricamente fuer

tes, esclavizarlos y d eshuman izarlos.

Bajo la perspectiva de los europeos (queactualmente nos ignoran , pero que an tesh a b l a b a n c o n s t a n t e m e n t e d e n o s o t r o s ,porque su "encuentro" con es ta par te de lmundo renovó su economía , su h is tor ia ,su política, su religión y sus nociones degeograf ía) , e l común denominador de loam er i ca no fue la in fe r ior id ad: Buffon(Historia natural), Will iam Rober tson (His

toria de América, 3 vols . editados en 1788,en pleno auge del racismo cientificista),Raynal (Historia filosófica de los estableci

mientos y del comercio de los europeos en las

Indias) y de Pauw (Investigacionesfilosóficas

sobre los americanos) sos tuvieron que lapródiga natura leza degenera en es ta par tedel mundo, y también su gente . En suStudy of México, David A. Welles siguióafirmando que las poblaciones (de es tepaís) son incapaces , comenta José Martíen su cor respondencia desde Nueva York(23 /VI /1887) . An te r io rmen te , en l a " in troducción" (III) a su Filosofía de la histo

ria, H e g e l h a b í a s e n t e n c i a d o a l o saborígenes de América a la inmadurez f ís ica y espir i tual: bajos de es tatura y esmirriados, les falta fuerza para las laboresdu ras . Son tan f lojos , s igue diciendo, que

los mis ioneros han de tocar una campanada en la noche para recordarles sus debe-

Page 151: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 151/180

marta rosa palazón m. 1 4 9

res conyug ales, lo que justifica q ue se hayan llevado ahí a "negros", más sensibles ala cultura europea, según el sabio tes t imonio de un viajero inglés , cuyo nombre

omite, por lo que ha l legado incluso a haber médicos y sacerdotes ef icientes entreellos ( tras es tas impert inencias petulantesse escondía el hecho verdadero de que lapoblación aborigen decreció, por enfermedades , hambre y masacres , durante to do el virreinato, es decir, que escaseó lamano de obra disponible y fue necesarioimportar esclavos "negros") .7 Las originarias culturas de México y Perú son nuevas

por partida doble, escribe este filósofo:porque rec ien temente se les conoce enEuropa, centro enjuiciador por excelenc i a, y p o r q u e s o n i n m a d u r a s , i n d e pendien temente de la edad geológica de lcont in ente am er icano y de su apar ic iónen él ; por lo mismo, condena Hegel, es tuvieron destinadas a desaparecer en cuantoentraron en contacto con el Espír i tu ( larazón en sus concreciones his tór icas) . Los

misioneros , redondea, les prescr ibieron alos "indios" la conducta que debían seguir , como s i se tratara de niños obedientes, porque a és tos les fal ta amor propio eímpetu , y son ev identes su mansedumbre ,hum ildad y sumisión ras trera, concluye él,que no los conoció, ni entendía sus lenguas, ni dis t inguió grupos étnicos o naciona l idades abo r ígenes , n i s upo de lo sterr ibles procesos de aculturación que su

fr ieron (y aún sufren) . Asimismo, Gon zaloFernández de Oviedo (Historia política y

natural de las Indias) escribió acerca de laserv idumbre innata de l " ind io" , y es taapreciación, basada en que l lamaba "amo"a sus explotadores, se repitió hasta íos sig los XIX y XX, a tenuándose con que la"raza" ha s ido "olvidada", envilecida ycons iguien temente es perezosa , como loprueban los cuadros que repet idamente

lo pintan durmiendo bajo los magueyes . Y

aludí i rón icam ente a cuadros po rqu e , des de el siglo XVII, los aborígenes de Méxicofueron segregados de las ciudades; luego,los intelectuales q ue los juz ga ron rara vez

tuvieron contacto directo y profundo conellos.

Ahora bien, s i grandes cantidades de"indios" habían muerto debido a su fal tade vigor , s i no debían ser tratados comoesclavos, según sus defensores , entonces ,sostuvieron los dueños de ingenios , minas, plan tacio nes.. . se justificaba qu e impor tasen "negros" , es deci r , p r imi t ivosselváticos que se podían acorralar, apar

tar , segregar , sobreexplotar (en Hait í secalculaba en siete años su vida productiva:esclavitud significó amortizar las inversiones y ob ten er un má ximo d e ganancias e nt iempo mínimo) y domes t icar , rec lamándoles servil ismo, para después acusarlosde holgazanería, incultura y rudeza, d e sergroseros , toscos , temerarios , arrojados ycrueles , caracter izaciones que no dudaronen aplicar tam bién a los "indios" del no rte

de la Nueva España, y que Martí calificócomo "las heces que deja hirviendo unacolonia de esclavitud".8

Si en viejos tiempos se temió a la nochey se adoró al día, ahora el sentimiento sepersonificaba: el "negro" bruto, salvaje ymalo se oponía al "blanco" civilizado, bueno e inteligen te; lo oscu ro a lo claro; las tinieblas a la luz del sol (o que reflejan losmetales preciosos y las cabelleras dora

das); y el oscuro peligro de los pozos y lascuevas a la seguridad del día, de la superficie (de la piel) y del cielo (en los ojosazules) . Desde luego que hubo quienespro tes taron , aunque in ic ia lmente la defensa de los "negros" es tuvo teñida deuna acti tud dulzona, que esconde su protes ta en un mar de lágrimas sobreprotectoras, como ocu r r e en El negro sensible, deJ. J . Fe rnánd ez de Lizardi9 o en la ponde

rada Cabana del tío Tom,

Page 152: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 152/180

150 ensayos

Los hispanohablantes de América no recibieron mejor t ra to: en Europa se descr ib í a e s t a p a r t e d e l m u n d o c o m o u nde sierto cultural, lo qu e motivó a Jos é d e

Eguiara y Eguren a escribir su BibliotecaMexicana. Por su lado, en varios párrafosdel Teatro crítico universal, Feijoo habla dela br i l lantez y erud ición de so r Ju an a Inésde la Cruz, entre otros, t ra tando de desbaratar la equivocación popular , que habíadisuadido a muchos lectores incautos, según la cua l jam ás en e l Nuevo M un do hanbrillado "las luces del intelecto", diré paraf raseándolo mediante una expres ión die

c i o c h e s c a . T a m b i é n F r a n c i s c o J a v i e rClavijero, en su Historia antigua de México,

diser tó sobre la evolución histór ica desdelos pr imeros pobladores de Amér ica has tala caída de Tenochti t lan, refutando opiniones sob re la imper fecc ión, inm adurez ydegenerac ión de todo lo amer icano. Ensus Memorias, f ray Servando Teresa deMier , r eacc ionando de manera previs ib le -mente absur da , p in tó de sdeñosamente l a

España de Godoy como un pa ís pobre ,ár ido, de mal c l ima y de gente enfermiza;a Italia, como la tierra de la perfidia y elengaño; y a los europeos en genera l , como pueblos decrépi tos , l iber t inos y cor r o m p i d o s . S u t á c t i c a n o s e r v í a :s implemente no había que de ja r se a t raparen comparaciones ni rever t i r ías, según adver tencias de Clavi jero, aunque esta medid a h u b i e s e s i d o s a l u d a b l e p a r a l o s

dominados , no para los rac is tas dominadores que s iguen sus propios caminos .

El racismo es un problema de explotación ínti

mamente vinculado con la mano de obra bara

ta; pero no se agota en los problemas de clase.

El racismo tiene peculiaridades diferenciales

en . las distintas clases y en las relaciones de és

tas entre sí.

Racismo y explotación. Fue senci l lo pensaren traer "negros": la esclavitud de africa

nos era un hecho cotidiano en Cádiz, Málaga y Sevilla cuando los españoles conquistaron América. Ahora bien, inicialmenteel mercadeo de esclavos no se guió sólo

por lo racial, sino también por lo religiosoy clasista. En prueba, los reyes de Españaprohibieron (en 1501) que se t ra jeran encal idad de ta les a los m oro s, jud íos y o tros"herejes" , incluyendo afr icanos que hubieran nacido en hogar cr ist iano (que los t ratantes apresaban en las costas de África,en Cerdeña o en las Islas Baleares, entreotros sitios), y el 25 de febrero de 1530fue emit ida una Real Cédula que prohibía

comprar y vender los esclavos "blancos"cazados por piratas o cualquier otro t ipode comerc iantes de hombres ( todavía en1798 aparec ió en un per iódico cubano e lanuncio de venta de una esclava rubia) .Tampoco los t raf icantes repararon en lasminucias del color y la fuerza cuando sel levaron a Cuba a los " indios" yucatecos,es decir , a los mayas de Yucatán (el primer o r e g i s t r a d o f u e F a u s t i n o L a n z , e n

1849),I0

ni cuando tra jeron a nuestro continente a los "enclenques chinos" (individuos de varias partes de los Mares del Sur,casi ninguno chino), que llegaron a Méxicoa bordo de la Nao de China, y cuyo preciofue, eso sí , más barato que el pedido porlos fuer tes "negros" (en México aquéllostuvie ron suspendidos sus derechos c iudadanos has ta 1847, porque muchos e ransirvientes dom ésticos) .

En opinión de los racistas, avalada porFrancis Galton, los gobernantes, propietar ios , empresarios y financieros son los depositarios de las reservas hereditarias "máspreciosas". Y si "a lomo de esclavitud vinieron los razonamientos para just i f icarla",11 en la actual economía global izadora,a lomo de los asalar iados locales o extran

jeros, que se desplazan a las urbes o a lospaíses más ricos que los suyos, han regre

sado los a rgumentos que conec tan la he-

Page 153: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 153/180

maría rosa palazon m. 1 5 1

r e n c i a d e f a c u l t a d e s ( i m p e r a t i v o b i o l ó g i c o , d icen e l l o s ) co n e ! éx i to so c i a l , y é s t ec o n l o s a l t o s c a r g o s e c o n ó m i c o s y p o l í t i c o s . Y n ó t e s e q u e l a t r a m p o s a p u b l i c i d a d

q u e tie ne n t a l e s c o n e x i o n e s l e s p u e d e d a ru n a fu e rza p ro fé t i ca d e r ea l i zac ión : s i l ae v i d e n c i a e s t á e n l o s p u e s t o s d e m a n d o op o d e r , s e g ú n ¡e s h a n e n s e ñ a d o d e s d e q u ee r a n n i ñ o s , ¿ c u á n t o s c i u d a d a n o s d e l o s E s t a d o s U n i d o s d e N o r t e a m é r i c a , " n e g r o s " ," i n d i o s " y c h í c a n o s , p o n e n e n d u d a q u elo s " b l an co s" so n más i n t e l i g en t es q u e e l l o s ,y c ó m o n o f a l l a r á n e n l a s a m b i g u a s p r u e ba s d e in t e l i ge nc ia (q ue cal i f ican la f idel i

d a d a l o s v a l o r e s i n s t i t u c i o n a l i z a d o s )c u a n d o s e l e s a p l i c a n c o m p i t i e n d o c o n" b l a n c o s " d e c l a s e s a l t a s ? Y e l e j e m p l o p o d r í a a d a p t a r s e a l o s a b o r í g e n e s d e M é x i c oc o m p a r a d o s c o n l os h i s p a n o h a b l a n t e s d ee s t e p a í s .

La explotación ideologizada como racismo

fomenta el odio y la competencia por el poder

entre grupos que son considerados de razas in

feriores, pero también los une,

D u r a n t e l a C o l o n i a , e n e l C a r i b e h u b oe s c l a v os q u e f u e r o n r e p r e s o r e s d e o t r o se s c la v o s c o n l a e s p e r a n z a , s i e m p r e c u m p l i d a a m e d i a s , d e a s c e n d e r e n l a s j e r a r q u í a sc l a s i s t a s y r a c i a l e s . S i n e m b a r g o , t a m b i é ni o s h u b o q u e s e a l z a r o n j u n t o s ( c a si s i e m p r e s e i d e n t i f i c a a l o s c i m a r r o n e s c o n l o s" n e g r o s " p o r q u e Á f r i c a f u e l a g i g a n t e s c ap r o v e e d o r a d e m a n o d e o b r a , y p o r q u e s uman u mis ión se d io en f ech as ce rcan as : 1 8 2 5

e n M é x i c o y 1 8 8 6 e n C u b a , p o r e j e m p l o ) ."Raza'*, "nación" y "etnia" no son sinóni

mos o términos equivalentes. Los racistas han

conseguido que se confundan. En la práctica,

ellos han demostrado que no las confunden.

En sus orígenes, la supuesta sinonimia en

tre "nación" y "raza" se apoya en plantea

mientos xenofóbicos.

De la xenofobia al racismo. L o s s u e ñ o s c o s m o p o l i t a s e s t á n v a c í o s , p o r q u e n a d i e s e

d e s a r r o l l a f u e r a d e u n a n a c i ó n ( e n e l s e n t i d o e t i m o l ó g i c o : g r u p o d e g e n t e a f í n yq u e q u i e r e c o p e r t e n e c e r a l a m i s m a c o m u n i d a d ) . É s t a s i e m p r e c r e a s u s s í m b o l o s

y m i t o s r e l i g a d o r e s , t a n a t a c a d o s e n l a a c tual idad .1 5 1 Lo ú l t imo n o s ig n i f i ca q u e seh a y a i n i c i a d o u n p r o c e s o q u e a c a b a r á n e c e s a r i a m e n t e e n la x e n o f o b i a ; é s t a s u r g ec u a n d o s e r e c o n o c e n l a s d i f e r e n c i a s c u l t u r a l e s e n t é r m i n o s d e s u b o r d i n a c i ó n , d es u b s u n c i o n e s . A s í , G r e c i a h a b í a a l c a n z a d ou n status e x p a n s i v o c u a n d o A r i s t ó t e l e s e s c r i b i ó q u e , p o r n a t u r a l e z a , u n o s d e b e nm a n d a r , lo s g o b e r n a n t e s , y o t r o s o b e d e

c e r , l o s s u b d i t o s o e s c l a v o s . P o r l o t a n t o ,s i g u e d i c i e n d o , E u r í p i d e s j u z g ó r a z o n a b l eq u e l o s g r i e g o s m a n d e n a l o s b á r b a r o s ,p a l a b r a q u e s i g n i f i c a b a l o s e x t r a n j e r o sq u e h a b l a n i n c o r r e c t a m e n t e e l g r i e g o . L am i s m a x e n o f o b i a m o s t r a r o n l os r o m a n o sa p l i c á n d o l a a q u i e n e s n o m a n e j a b a n e l l a t í n ( e x c e p t o a l o s g r i e g o s ) , y l a m u e s t r a ne n s u s b r o m a s , s u l i t e r a t u r a , t e a t r o y c i n ea l g u n o s h i s p a n o h a b l a n t e s m e x i c a n o s a p l i

c á n d o l a a l o s " i n d i o s " . E s l o m i s m o s e rb á r b a r o q u e e s c l a v o , e s c r i b i ó e l m i s m o f i l ó s o f o g r i e g o {Política I , 1 , 125b, 5-19), 1 3 ya c t u a l m e n t e e s l o m i s m o s e r b á r b a r o q u ea s a l a r i a d o e n u n c e n t r o q u e d i s t r i b u y e ym a n i p u l a l a f u e r z a d e t r a b a j o m u n d i a l ;b á r b a r o a q u i e n s e a l e c c i o n a p a r a q u ea g r a d e z c a e l p r i v i l e g i o d e q u e u n a " n a c i ó n " c o n s u m a d a , q u e r e g e n t e a u n E s t a d oe x c e l s o , h a y a a c c e d i d o a q u e t r a b a j e e n

s u s t e r r i t o r i o s u n m i n u s v á l i d o y a l ó g e n oc o m o él , y a q u i e n s e a l e c c i o n a p a r a q u e¡ l e v e l a c a r g a c o n d i g n i d a d . S u s p a t r o n e sd e b e r á n h a c e r l o c o n g r a c i a ( a d a p t o l a t e r m i n o l o g í a d e S c h i l l e r a e s t e p e n s a m i e n t o ,a u n q u e f a l s e o s u s p l a n t e a m i e n t o s ) .

D e s d e ¡a a n t i g ü e d a d , la s c o m p a r a c i o n e se n t r e c o m u n i d a d e s h u m a n a s s e s u c e d i e r o n u n a t r a s o t r a . A l r e s p e c t o , H e g e l d i j oq u e l a p r o t e s t a n t e N o r t e a m é r i c a , t i e r r a

c o l o n i z a d a , i n c r e m e n t a l a i n d u s t r i a , c r e a

Page 154: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 154/180

152 ensayos

ciudadanos, es reino de la l ibertad, de lafederación y del Es tado único ; en camb io ,la catól ica Sudamérica, t ierra conquistada,se hal la bajo las órdenes mil i tares , en con

t inua revuel ta, s in que acaben de definirsesus clases sociales , soporte de un autént i co Es tado . Ambas Américas , no obs tan te ,dictamina él , caen fuera de la his toria universa l , porque es tán bajo e l p redominiodel salvaj ismo indómito que, desde luego,no ex is te en Europa.

La au toproclamada super ior idad de lasnaciones (de la cual daba cuenta Heródoto,burlándose de los persas que se la atribuían)

se sus ten taba ideológicamente en e l g radode "civilización", en los pactos dejehová, oel dios que fuere, con la simiente o raza delos patriarcas (o forjadores de la patria), enlos buenos o malos modales , en . . . T iempodespués, algunos científicos formularon lasbases racis tas de la xenofobia. El famosoetnólogo Max Müller se arrepint ió de haberusado "raza ar ia" para des ignar poblaciones con l enguas emparen t adas , po rque

era l a t erminología de quienes asegurabanque la desapar ic ión de pueblos y cu l turasenteros es un espectáculo donde se contempla el reemplazo de los débi les o inferiores por los más fuertes o superiores .

En nuestra América, durante los úl t i mos años del s iglo XIX y en la primeramitad del XX, la escala racista de valorac ión humana f i \ e una verdad tan ev identecomo lo había s ido an tes que la t i e r ra es

plana.14 Nu es t ros t a tarabuelos asociaron la"nación" y la "raza", hasta que acabaronconfundiéndolas . Y esto dice que las dominadas per i fer ias cayeron en la t rampa:se au toden ig ra ron usando l a s pa l ab rasque los señalaban como infer iores . Enot ras palabras , a pesar de que muchos l i bera les proclamaron la igualdad de "negros", "blancos", "indios" y "chinos" en lacategor ía de c iudadanos , y de que, para

el los , "raza" era s inónimo de grupo cul tu-

ra lmente def in ido , nunca pudieron qui tarl a ca rga peyora t i va a t a l e s concep tos :"Trae cada raza a l mundo su mandato , yhay que dejar la vía l ibre a cada raza".

"Nunca promet ió Madero impos ib les . . . ,sin incitar al indio contra el blanco, inicióla tarea de despertar la raza vencida. . . , estuvo s iempre atento al mayor bien de loshumi ldes" .1 5 Y presos en la terminologíaen boga, creyendo en inexis tentes s inonimias terminológicas , los escri tores hablaban , por e jemplo , de los cheroqui comode una "raza rudimentaria y s impát ica",estancada por el choque súbi to con la civi

l ización europea que los ha best ial izado.16

Y todavía usamos el enigmático lema de laUniversidad de México: "Por mi raza hablará el espír i tu".

Los estudios de bioquímica de los grupos nacionales han d em ost ra do q ue las var iac iones genét icas en t re sus miembrosl legan a ser de 85%; por lo tanto, naciónno es una denominación racial o biológica.17 Lo in teresante es que los deten tado

res del poder lo saben: sus t en táculosl imitan la autodeterminación de sus peri ferias, as ignan los papeles que debe jugarcada zona en la divis ión internacional deltrabajo (dando a algunas la fisonomía deplantaciones m on o prod uctora s de azúcar ,petróleo, bauxi ta, cobre. . . ) , intervienen enlas mezclas biológicas y étnicas o culturales,son etnocidas, se apropian de terr i torios(en los Es tados Unidos de Nor teamér ica ,

i lust ra Mart í , se crea un pueblo nuevo sólo poniendo una estaca en la cal le principal de las moradas seminóles) , 18 aislan ymeten en reservaciones , p red ican sobrelas necesidades civilizatorias mientras dest ruyen e l medio ambiente a jeno , usan aent reguis tas e jecutores de sus órdenes acamb io de preb end as económico-pol ít icas ,buscan asfixiar la personal idad cul tural desus peri ferias , desarraigan a los miembros

de éstas ("indios", "ne gros" , "chinos" y he-

Page 155: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 155/180

maría rosa palazón m.

r e j e s , e n l a e t a p a e s c l a v i s t a ; a c u a l q u i e rm i e m b r o d e l " T e r c e r M u n d o " , h o y ) , m e d i a n t e d i s c u r s o s y t á c t i c a s q u e e x a c e r b a no d i o s r a c ia l e s y q u e f r e c u e n t e m e n t e c o n

f u n d e n r a z a y n a c i ó n ; p o r e j e m p l o , e n l aG u y a n a , l o s E s t a d o s U n i d o s d e s e s t a b i l i z a r o n e l g o b i e r n o d e C h e d d i J a g a n , m a n i p u l a n d o , e n t r e o t r a s c o s a s , s u a s c e n d e n c i ah i n d ú c o m o c o n t r a r i a a l a c a r a c t e r í s t i c a" n e g r i t u d " d e l a p a t r i a . P e r o e l l o s , l o s p o d e r o s o s , n o e s t á n c o n f u n d i d o s . E n p r u e b a ,la Descripción de la isla de Cuba, d e N i c o l á s

J o s e p h R i v e r a ( s i g l o X V I I I ) , a s e g u r ó q u el a m u c h e d u m b r e d e g e n t i l e s e s c l a v o s n u n

c a s e s u b l e v a r í a d e b i d o a l a d i v e r s i d a d d es u s g e n i o s , l e n g u a s y n a c i o n e s : lo s e s c la v is t a s p r o c u r a r o n , p u e s , q u e l a m a n o d e o b r at u v i e s e u n a c o m p o s i c i ó n p l u r i é tn i c a .1 9

La ausencia de palabras. L a s a r g u c i a s d e l o sr a c i s t a s s e r e g i s t r a n t a m b i é n e n e l l e n g u a j e : co n l a s p a l ab ras " n eg ro " , " ch in o * ' , " i n d i o " y " b l a n c o " u n i f i c a r o n u n e l e v a d on ú m e r o d e d i f e r e n c i a s c u l t u r a l e s ( s i c o n t a

m o s s ó l o c o n l o s c r i t e r i o s e t n o l i n g ü í s t i c o s ,p e r v i v e n s e t e n t a y c u a t r o l e n g u a s a b o r í g e n e s e n l o s E s t a d o s U n i d o s M e x i c a n o s , d i c e J o r g e S u á r e z e n The Mesoamerican

Indian Languages, C a m b r i d g e P r e s s , 1 9 8 3 ) .D e h e c h o , p u e s , l o s c e n t r o s d e p o d e r d i s t r i b u y e n y s e a p r o p i a n d e l o s c o n c e p t o s( a s í , l o s c i u d a d a n o s d e l o s E s t a d o s U n i d o sd e N o r t e a m é r i c a u s u f r u c t ú a n e l t é r m i n o" a m e r i c a n o " , y l o s d e m á s s o m o s s u d a m e

ric ano s, a u n q u e e s t e m o s a r r i b a d e l E c u a d o r , s e a m o s s u s v e c i n o s y h a y a m o sp e r d i d o d o s m i l l o n e s y m e d i o d e k i l ó m e t r o s c u a d r a d o s d e t e r r i t o r i o f r o n t e r i z o ) .

Existen terminologías racistas, com o "in

dio", "negro" y "chino", que homogeneizan rea

lidades étnicas o culturales sum ame nte ricas.

Cuando los discriminados se apropian de

las terminologías racistas confines de protesta,

aún dependen de las acepciones que los homo

geneizan y los subestiman física y cuUuralmente.

El racismo ha logrado que la xenofobia que

va del centro a sus periferias se revierta de éstas

hacia aquel, y alimen ta odios entre poblaciones

en el interior de los países.

La otredad y la discriminac ión en las perife

rias. M u c h o s h i s p a n o h a b l a n t e s m e x i c a n o sy d e n u e s t r a A m é r i c a h a n m o s t r a d o u np r o f u n d o d e s p r e c i o p o r l o s " i n d i o s " . E n t r e a q u é l l o s , l o s h u b o q u e e x p r o p i a r o n l aa n t i g ü e d a d h i s t ó r i c a e n s u s d i s c u r s o s n a c i o n a l i z a n t e s , e s d e c i r , a c e r c a d e s u s a n t e p a s a d o s , s i n q u e s e p r e o c u p a s e / i p o r l o s" i n d i o s " v i v o s . D e h e c h o , e n l a o r g a n i z a

c i ó n p o l í t i c a i n t e r n a d e M é x i c o , l o s a b o r í g e n e s f u n c i o n a n c o m o m e r a s e s f e r a s d er e f e r e n c i a , c o m o p u n t o s e s t r a t é g i c o s d o n d e s e i m p o n e n d e c i s i o n e s q u e l e s s o n a j e n a s , y c o m o s o b r e v i v i e n t e s ( o f ó s il e s) d eu n p a s a d o g l o r i o s o ( q u e e n l o s s i g l o s d e l aC o l o n i a f u e j u z g a d o d i a b ó l i c o p o r l os d o m i n a d o r e s ) y c u y o p r e s e n t e e s o s c u r o ,a t r a s a d o y b á r b a r o . " E s t o s n a c i d o s e nA m é r i c a , q u e s e a v e r g ü e n z a n p o r q u e l l e

v a n d e l a n t a l i n d i o d e l a m a d r e q u e l o sc r i ó , y r e n i e g a n , ¡ b r i b o n e s ! , d e l a m a d r ee n f e r m a . " 2 0 En f in , l o s h i sp an o h ab lan t es d eM é x i c o h a n v i s t o l a r i q u e z a é t n i c a o c u l t u r a l d e l M é x i c o a b o r i g e n c o m o u n c o r o e n m u d e c i d o d e o b s e r v a d o r e s q u e p r o v o c a nr e a c c i o n e s q u í m i c a s e n e l " r e d e n t o r "" m e s t i z o " d e " I n d o a m é r i c a " :

. . .el indio. . . desempeña en la vida actual

del país un papel pasivo. El grupo activoes el otro, el de los mest izos y blancosque viven en la ciudad... , su influenciasocial y espír i tu se reducen hoy al merohecho de su p resencia . Es como un coroque asiste silencioso al drama de la vidamexicana; pero no por l imitada su intervención deja de ser impor tan te . El ind ioes como esas sustancias "catal í t icas" queprovocan reacciones químicas con sóloes tar p resen tes . Ninguna cosa mexicana

[nótese que según esto los " indios" no

Page 156: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 156/180

1 5 4 ensayos

son mexicanos] puede sustraerse a esteinflujo, porque la masa indígena [indife-renciada] es un ambien te denso que loenvuelve todo lo que hay den t ro delpaís. Consideramos, pues , que e l ind ioes el "binterland" del mexicano.2 1

Las discriminaciones raciales se han ligado

a las discriminaciones genéricas.

Racismo y sexismo. En el deci r de los racist a s , l a m u j e r , p a s i v a p o r n a t u r a l e z a , s e g ú no p i n a n , a u n q u e p r i n c i p a l m e n t e r e p r o d u c t o r a d e l a e t n i c i d a d o c u l t u r a , t a m b i é n

j u e g a u n p a p e l m e n o r y d e g r a d a d o e n lah e r e n c i a . A j u i c i o d e W . K . B r o o k s :

. . .el padre, más móvil , más responsable,más conocedor de la vida real, más sufriente , más ex p er imen tad o , más an d ar i eg o ,transmite al ser nuevo las condicionesque personalmente ha conquis tado , lasfacultades desenvueltas. . . , el hábito almovimiento, la tendencia a lo mejor e ignorado, la incl inación a la pesquisa y al

cam bio. . . , la inqu ietud saludable d e la aspiración. La madre da todos los elementos conservadores de la especie; el padre,todos los elementos revolucionarios. Lam adr e, los caracteres genera les y fi jos; elpadre, la tendencia de variarlos y acrecerlos.22

En teoría, los prejuicios racistas autom ati

zan la sensibilidad o a i s t h e s i s ; en la práctica,

no es así.

Racismo y belleza. La r e l ac ión sen s ib l e o es t é t i ca co n a lg o o a lg u i en s ig n i f i ca q u e seh a n c o n v e r t i d o e n u n f in , y n o s ó l o s o nu n m e d i o , e s t o e s , q u e e l percipiente c o l o c ae n p r i m e r í s i m o l u g a r e l g u s t o ( o d i s g u s t o )q u e e x p e r i m e n t a , y q u e l o i n d u c e a v a l o r a r e l e s t í m u l o ( e s e a l g o o a l g u i e n ) c o m ob e l lo (o f eo ) . S i só lo u t i l i zá ramo s to d o y at o d o s c o m o u n m e d i o , s i n d i s f r u t a r e l p r e

sen t e , n o v a ld r í a l a p en a v iv i r . Pa ra d i s f ru

t a r l a b e l l e z a d e u n s e r h u m a n o n e c e s i t a m o s c o n t e m p l a r l o , o b s e r v a r l o a t e n t a m e n t e . N o o b s t a n t e , e l r a c i s m o h a l o g r a d op r e j u i c i a r n o s h a s t a e l n i v e l ( a p a r e n t e ) d e

p a r a l i z a r n u e s t r a s c a p a c i d a d e s p e r c e p t i v a sy d i s c e r n i m i e n t o p r o p i o : a s í , l a v a r i a c i ó ne n l o s r a s g o s f í s i c o s d e c a d a p e r s o n a e st a n g r a n d e q u e e s i m p o s i b l e e n t e n d e r l aa p r e c i a c i ó n d e q u e a l g u i e n n o p u e d e d i s t i n g u i r l o s i n d i v i d u o s d e u n a ( s u p u e s t a )r aza . N i e s f ác i l en t en d er q u e en l a s so c i e d a d e s a b i e r t a m e n t e ra c i s ta s s e v e a n c o m o" n e g r o s " a i n d i v i d u o s c o n u n a c o l o r a c i ó ny u n o s r asg o s fac i a l es d e " b l an co " , só lo

p o r q u e d e c l a r ó q u e t e n í a u n a n t e p a s a d oa f r i c a n o .

A s i m i s m o , e n l a e s t e r e o t i p a d a p e r s p e c t i v a r ac i s t a , l a g en t e " b l an ca" es l a más h e r m o s a , y l a d e m á s e s h o r r i b l e . E n s u sMemorias, f r a y S e r v a n d o T e r e s a d e M i e r ,d e f e n s o r d e l o s a b o r í g e n e s y e d i t o r d e l aBrevísima relación de la destrucción de las In

dias, d e L a s C a s a s , e s c r i b i ó q u e Ñ a p ó l e s l er e c o r d ó u n " p u e b l o d e i n d i o s " , p a r t i c u l a r

m e n t e s u s m o r e n a s y f e a s m u j e r e s , y d e la n t i r r a c i s t a M a r t í s o n e s t a s p a l a b r a s : " D et o d o s l o s h o m b r e s p r i m i t i v o s , e s e l m á sb e l l o y e l m e n o s r e p u g n a n t e " — 2 3 T a l e sp r e j u i c i o s d i s c u r s i v o s e s t á n e n c o n t r a d i c c i ó n c o n l a s p r á c t i c a s : l a g e n t e s e a t r a e , s eg u s t a y s e m e z c l a . E l l o h a s i d o b a s t a n t en o t o r i o e n M é x i c o . U s a n d o c r i t e r i o s d u d o s o s , p e r o q u e r e c o g e n l a r e v o l t u r a q u eh u b o , H u m b o l d t r e g i s t r ó s i e t e " c a s t a s " :

l o s " b l a n c o s " e s p a ñ o l e s y l o s n a c i d o s e nA m é r i c a ; l o s " m e s t i z o s " d e s c e n d i e n t e s d e" i n d i o " y " b l a n c o " ; l o s " m u l a t o s " , d e" b l a n c o s " y " n e g r o s " ; l o s " z a m b o s " , d e" n e g r o s " e " i n d i o s " ; l o s " i n d i o s " o " r a z ab r o n c e a d a " ; y l o s " n e g r o s " a f r i c a n o s . Ya n o t ó ta m b i é n q u e e n la N u e v a E s p a ñ ah u b o e s p a ñ o l e s , " i n d i o s " y l o s d e " r a z am i x t a " , m e z c l a d o s d e e u r o p e o s , a m e r i c a n o s y " m a l a y o s " o a s i á t i c o s q u e a r r i b a r o n

d e b i d o a la c o m u n i c a c i ó n e n t r e A c a p u l c o

Page 157: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 157/180

maría rosa palazón m. 1 5 5

y l a s i s l a s F i l i p i nas . F r anc i s co de l a Mazae n u m e r a c o m o " ca s ta s " d e a q u e l t ie m p o :" i n d i o " , " m u l a t o " , " p a r d o " , " e u r o p e o " ," a m e r i c a n o " , " c a s t i z o " ( " m e s t i z o " c o n e s

p a ñ o l a ) , " e s p a ñ o l " ( c a s t i z o c o n e s p a ñ o l a ) ," m o r i s c o " ( " m u l a t o " c o n e s p a ñ o l a ) , " c h i n o " ( " m o r i s c o " c o n e s p a ñ o l a ) , " s a l t aa t r á s " ( " c h i n o " c o n j u d í a ) , " l o b o " ( "s a lt aa t r á s " c o n " m u l a t a " ) , " j í b a r o " , " a l b a r a z a -d o " , " c a m b u j o " y o t r o s m á s , h a s t a l l e g a r a l" n o t e e n t i e n d o " . 2 4

E n s u m a , t o d o s , i n c l u y e n d o a l o s a b o r í g e n e s , e s t a m o s m e z c l a d o s , y s e g u i m o sa p o r t a n d o n u e s t r a c o n t r i b u c i ó n g e n é t i c a

a l p a í s . C o n s i g u i e n t e m e n t e , d e s d e e l p u n t o d e v i s t a b i o l ó g i c o , l a p a l a b r a " m e s t i z o "e s v a g a . Si c o n e l la t r a t a m o s d e d e s i g n a r l am e z c l a d e c u l t u r a s a b o r í g e n e s y e u r o p e a s ,d e b e r í a m o s p r e c i s a r q u e , e n l o s i n i c i o s d el a C o l o n i a , los hermanos escogieron entre las

etnias dominantes y las dominadas o aboríge

nes ( p r o c e s o q u e d e b i ó a b a r c a r v a r i a s g e n e r a c i o n e s ) . Y s i a e s t o a ñ a d i m o s q u et o d a e t n i a i n c o r p o r a e n s u a c e r v o l a i n f o r

m a c i ó n q u e r e c i b e , l o c u a l n o e q u i v a l e aa c u l t u r a r s e , i n f e r i m o s q u e " m e s t i z o " t a m p o c o e s u n a c a t e g o r í a e t n o l ó g i c a e x p l i c a d -v a , y q u e h a c r e a d o q u i m e r a s .

En México, la categoría de "m estizo" es re

dundante o equívoca biológicamente, y poco

explicativa desde la perspectiva etnológica: en

cubre la etnogénesis de quienes optaron (vo

luntariamente o no) por la cultura dominante,

y su separación de quienes optaron (volunta

riamente o no) por la dominada.

E n l a a c t u a l e t a p a d e g r a n d e s m i g r a c i o n e s , d e a g u d i z a c i ó n d e l a s d i s t a n c i a s e c o n ó m i c a s e n t r e c la s e s y p a í s e s , d e l as e p a r a c i ó n e n t r e l a s e t n i a s y n a c i o n a l i d a d e scen t r a l e s y pe r i f é r i ca s , de l o s au t o r i t a r i smosy de l a c r ec i en t e an i mos i dad r ac i a l , hechosq u e p r e s a g i a n d e s a s t r e s , h e m o s d e a s u m i rl a co r r e sponsab i l i dad mor a l sob r e l o s e f ec t os de nues t r a acc i ón , e s t ab l ece r l a s base s

g e n e r a l e s p a r a u n a é t i c a i n t e r s u b j e t i v a q u e

e n c u e n t r e f o r m a s d e c o n v i v e n c i a q u e p o d a m o s a c e p t a r ( p o r e j e m p l o , t r a t a r s i e m p r ea l o t r o c o m o u n f in , n o s ó l o c o m o u n m e d i o : K a n t ) , a s a b i e n d a s d e q u e e s in a d m i s i

b l e q u e u n a p e q u e ñ a m i n o r í a d e i n d i v i d u o sy de pa í ses acapare l a r iqueza , los b ienes yl os s e r v i c i os mund i a l e s , en t an t o l a mayor í ae s t á en l a pobr eza y e l de sampar o , y a s a b i e n d a s d e q u e h e m o s d e d e f e n d e r n o s d e lam a s i ñ c a c i ó n q u e t r a t a d e a j u s t a m o s a u ns o l o p a t r ó n d e e x i s t e n c i a y a l r a c i s m o .

La filosofía po dría establecer las bases for

males (suficientemente generales y abstractas)

de una ética de convivencia intersubjetiva, co

mo, por ejemplo, el deber de tratar siempre alotro como fin en sí mismo, y n o sólo como un

medio (que es una máxima moral y un princi

pio de la estética). De esta manera, combatiría,

en la medida de sus posibilidades, a teorías y

prácticas enajenantes como las del racismo.

N O T A S

1 Ponencia presentada para la "ConferenciaJosé Mar t í , Hombre Universa l " , La Habana , 7al 10 de abril de 1992.

2 "En Joa n de r O s" , en Folklore de Catalunya / Ron dallística, Joan Amades , comp. , Edi torial Selecta, Barcelona, s/a, pp. 1-5.

3 José Martí , Obras completas, 2, 2a. ed., Editorial de C iencias Sociales, La Hab ana , 1975, p. 298.

4 L.C. Dun n y Th . Dobzhansky, Herencia, raza y sociedad, t rad. de Enrique Bel t rán, México,Fondo de Cul tura Económica , 1986 (Brevia

rios, 8), p. 1 44.5 José Martí , Obras completas, 10, op. cit., p. 56.6 Samuel Ramos, "Psicoanálisis del mexica

no" , en Obr as com pletas, I/Hip ótesis/El perfil delhombre y la cultura en M éxico/Psicoanálisis... Másallá de la moral de Kant, Apéndice, prólogo deFranci sco Lar royo, 2a . ed . , Coordinac ión deHumanidades , UNAM, México, 1985 (NuevaBibl ioteca M exicana, 41) , p. 121 .

7 Según cá lculos de F ern and o Nav ar ro y No-r iega, Catálogo de los curatos y misiones de la Nueva España (primer tercio del siglo XIX), aún eranma yoría en 1820. Segú n la Historia de América

Page 158: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 158/180

156 ensayos

Española (Madrid, 1924), de Carlos Pereyra, yano lo eran al real izarse la independencia.

8Obras completas, 3, op. cit., p. 78.

9 E n Obras-II/Teatro, ed . y no tas de JacoboChencinsky, prólogo de Ubaldo Vargas Mart í

nez , Cent ro de Estud ios Li terar ios , UNAM,México, 1965 (Nueva Biblioteca Mexicana, 8),p p . 285-344.

10 Los datos sobre las relaciones entre esclavi tud y raza, y este úl t imo dato sobre los mayas, los tomé de Los cimarrones de C uba, d eCabino de la Rosa Corzo, Editorial de CienciasSociales, La Habana, 1988 (Historia de Cuba).Sobre el tema se edi tó Razas, clases sociales y vida política, en el México colonial (1610-1670), d eJonathan I . I s rael , Fondo de Cul tu ra Económica, México.

11 Val Woodward, "Cociente intelectual (IQ)y racismo científ ico", en La biología como armasocial, trad. de C. López-Fanjul de Arguelles,Editorial Alhambra, Madrid, 1982, p. 69 (el ensayo abarca las pp. 68-98. Del mismo autor he utilizado "R acismo científ ico", en ibid., pp. 98-102).

12 Balibar sost iene que necesariamente losdiscursos nacionaliza dores d e t ipo familiarizante acaban en la xenofobia, en Race, nation, clas-se / Les identités^ambigües, 2a. ed., La Decouverte,París, 1990 (Wallerstein es coautor de este lib r o ) . Muchos otros coinciden con estas apreciaciones . Un an teceden te impor tan te del l ib rode Bal ibar es S tephen S te inberg , The EthnicMyth / Race, Ethnicity and Class in América, u p-dated and expanded ed i t íon wi th a new ep i lo gue by the author, Beacon Press, Bostón, 1989.

13Política, versión española e introducción de

An to n io Gómez Ro b led o , Co o rd in ac ión d eHumanidades, UNAM, 1963 (Bibliotheca Scrip-to ru m Graeco ru m e t Ro man o ru m Mex ican a) .

14 Tomo una f rase de Val Woodward , op .cit., p . 68 .

15

La primera cita es de Martí, "Escenas nor

teamer icanas" , en Obras completas, 11, op. cit., p .72. La segunda es del Ulises criollo, de Jos é Vasconcelos, en La novela de la revolución mexicana,selección, introducción general , cronología histórica, prólogo, censo de personajes, índice de

lugares, vocabulario y bibl iografía de AntonioCastro Leal, Aguilar, México, 1965, t . I. , pp.793-794.

16 José Mart í , Obras completas, 10, op. cit., p .287.

17 Véanse los análisis de las variaciones raciales en las etnias y naciones humanas en R.C. Lewontin, The Genetic Basis of EvolutionaryChange, Co lu mb ia Un iv er s i t y P ress , Nu ev aYork, 1974 (Columbia Biológica! Series, núm.XXV).

18Obras com pletas, 12, op. cit., p. 205.

19 Gabino de la Rosa en la obra ci tada (pp.121-142) dice que se acostumbraba a poner laprocedencia é tn ica de los c ima rrones ju n t o asu nombre; pero que es to es muy impreciso ,debido a la ignorancia etnológica de la época,a que había autoidentif icaciones falsas o imposibles de ser entendidas fuera de la región africana, o a que se usaba el topónimo de factoríasde las costas, de poblados a los que se llevabaal cautivo, de.. .

20 José Mart í , Obras com pletas, 6, op. cit., p.16.2 1

Samuel Ramos, "Psicoanálisis del mexicano" , en op . cit., pp. 121-122.2 2 Martí , Obras completas, 13, op. cit., p . 426 .2 3

Obras completas, 8, op. cit., p. 329.24 Alejandro von Humbold t , Ensayo político

sobre el reino de la Nueva España, estudio prel iminar, revisión del texto, cotejos, notas y anexos de Ju an A. Or teg a y Me dina, 2a . ed . ,Editorial Porrúa, México, 1973 (col . "SepanCua ntos. . ." , 39), p . 51. Y Francisco de la Maza,La ciudad de México en el siglo XVIII, Fo n d o d eCultura Económica, México, 1968 (Presencia

de México, 2), p. 18.

Page 159: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 159/180

raquel gutiérrez estupiñán ' 157

INVERSIÓNDEL DISCURSO

PATRIARCALEN TEMBLOR

Ro sa Mo n te ro , Temblor, EditorialSeix-Barral, Biblioteca Breve,México , 1990, 251 pp .

Esta novela presenta una visiónde la vida en nuestro planeta

después de un acc idente nuclear .Se ha operado una reorganizac iónde la sociedad y de los papelesque an ter iormente se habían as ignado a los m iemb ros . £1 re la to d elos hechos de la vida de AguaFría, desde que mu ere su Anter ior(especie de mentora), cuando ellaentraba en la adolescencia —hayuna bel la descr ipc ión del momento en que empieza a menstruar—hasta unos d iez años más ta rde ,

cuando espera un hi jo, ofrecen inn u merab l e s p u n to s q u e merece r ían ser com entado s. No obstan te ,por la brevedad de esta nota, destacaré un aspecto que me parecere levante para una lec tura feminista de esta novela: el hecho deque se presenta una sociedad enla cual las mujeres tienen la primacía.

Desde el principio, Agua Fríamira con cierta conmiseración a

los hombres , porque no son másque eso; su padre fue un ser comple tamente gr i s , mient ras que sumadre era doctora en ingenier ía .Durante su estancia en el Talapot(lugar donde se adiestraba a lasfuturas sacerdotisas y a los escasosfuturos sacerdotes), se hace también evidente que las mujeres t ienen privi legios sobre los hombres;por ejemplo, sólo a ellas se les enseña la h ipnosis , a rma poderosaen aquellos t iem pos y de la cual se

servirá Agua Fría más de una vez.El pod er que de te n tan las m ujeres

se debe principalmente a la maternidad y a su rechazo de la violencia, la cual es considerada unrasgo negativo e inher ente a la naturaleza masculina.

En este sentido, podríamos hablar de una inversión del discursopatriarcal . Un excelente ejemploes el pasaje en el que Pedernaldiscute con Agua Fría sobre la in

justicia de los privilegios femeninos . Los argumentos de la mujery los del hombre están invert idos,en forma no exenta de rasgos caricaturescos:

... un día, Pedern al le dijo:

—No es justo que tú, por sermujer, tengas la posibilidad depasar al Círculo Interior y queyo, sólo por ser hombre, no latenga.A lo que ella responde:—Siempre ha sido así, ésa es

la norma... Es evidente que tenéis ciertas limitaciones (p. 5 2).

La caravana de comerciantes lamaneja una mujer, quien a su vezmuestra preferencia por su hi ja

sobre su hi jo. Sin embargo, pareciera que, a medida que Agua Fríaavanza hacia el norte en su búsqueda de una vieja mujer sabiaque pueda deci r le cómo detenerla invasión de la niebla —la nada—que amenaza con borrar lo todo ,esta fuerza femenina se va diluyendo, hasta que en la t ribu de losUrn a d esap a rece co mp le t amen te(pp . 182 y ss.) El calificativo de"primit ivos" que se da a los miembros de este grupo social se debea que entre ellos la mujer está sometida al hombre, no t iene derecho a portar armas, es la sirvientadel marido (¿suena esto demasiado familiar?). No obstante, tieneuna ventaja sobre los otros gruposhumanos: la de reproduci rse connormal idad , y es que uno de losgrandes problemas que enfren taba la población era la disminuciónalarmante de nacimientos . A pesar de su estancia en esta tribu,

Agua Fría nunca se da por vencida, y, al final, vuelve a tomar las

riendas y decide nueva m ente p orsí misma lo que quiere hacer.

De manera que e l feminismo deesta novela no se debe tanto a quelos hombres ocupen un lugar secundario en la sociedad, sino enponer de rel ieve la posibi l idad deque las mujeres predominen sobre el los tanto en el gobierno como en e l saber , e l manejo dearmas de todo t ipo, etcétera. Estasi tuación se l lega a poner en ent red icho den t ro de la misma novela , pues hay momentos en queAgua Fría se ve sometida por elhom bre , p or d iversos mot ivos . Casi siempre es por la fuerza, más

que por la razón; por e jemplo ,cu an d o Mo (u n h o mb re q u e l eofrece refugio en el pueblo l lamado Renacimiento , donde la pro tagonis ta pasa una temporada) laobliga a cazar o cuando la golpizaq u e l e p ro p in a Zao ( su mar id oUrna) el día de la boda. Pero aunque conoce la in fer ior idad de suscompañeros , Agua Fría en n ingúnmomento rechaza la re lac ión sexual . Los hombres no s iempre actúan con violencia ante el la: Mo y

Zao t ienen rasgos de gran ternura,lo cual el la no deja de reconocer.

Por otra parte, la novela contiene reflexiones sobre la vida, sua terrador no sen t ido ("Dent ro delos l ímites de la razón, que es loúnico que tenemos, la existenciaes irrazonable", p. 170), pero frente a esto se proyecta la grandezadel ser humano en su afán de vivir y luchar a pesar de ese conocimiento. De hecho, la vida que se

descr ibe en Temblor es un test imonio de fe en la capacidad de sobrevivir a todo, y la conciencia deq u e m u c h o s e r r o r e s c o m e t i d o spor la humanidad an ter ior vo lverán a ser comet ido s por la nueva .

Habría que ver con cu idado loque esta novela le debe, por ejemplo, a La historia interminable, d eMich ae l E in d e . Pe ro e l i n t e ré ssubsiste: no hay que olvidar queTemblor pertenece ya a l corpus d e

la l i teratura escri ta por mujeres.Raquel Gutiérrez Estupiñán

Page 160: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 160/180

Page 161: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 161/180

ernesto vargas gil 159

posibi l idad de renacer más tardea ia conciencia y libertad del ser.

Se cierra el ciclo narrativo con"Las dos Américas" , en donde serecoge el d iar io de un marinero

genovés , e l cual voluntar iamentedecide cambiar la his tor ia al quedarse en el paraíso recién vislumbrado , acordando no dar par te a lmundo y sobre todo a los ReyesCatól icos de España, promotoresde su gran travesía por los maresdel Pacífico. Aventura que culmina 500 años después con el inevit a b l e d e s c u b r i m i e n t o d e e s a s

tierras, esta vez no por tos europeos , s ino por unos j aponeses quesin reparo alguno se dan a la taread e invadir, con la civilización en Samano , un lugar ( e l ú l t imo de l

mundo) que has ta en tonces per manecía aún como un edén: vir gen, natural y lozano.

En El naranjo o los círculos del

tiempo el lector es guiado por unFuentes que cree firmemente enque a la historia hay que darle él

suficiente tiempo para aprehenderla, entendiéndola en forma dinámica, sin origen ni fin, sin máscaras,

p e r o , sobre tod o, sin mentiras . Enesta obra sobresale la belleza estil ís t ica y el tono eminentementepoét ico c on el que Fuentes le da anues t ro pasado y t r ad ic ión una

voz y una cara, creando his tor iasdentro de la propia his tor ia , quedando manifiestas en la obra lase te rnas p regun tas de l t r ashumarhumano: ¿quiénes somos?, ¿haciadónde nos dirigimos? y, f inalmente , ¿qué r ecordamos?

Ernesto Vargas Gil

Page 162: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 162/180

Page 163: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 163/180

160 notas universitarias

T E R C E RIN F O R M E

DEL RECTORDE LA B U A P

El día 27 de agosto de 1993, enel nuevo audi tor io del Área

de la Salud, se conoció el TercerInforme de Labores del rector, l icenciado José Dó ger Cor te , antee l Conse jo Univer s i t a r io de l aBUAP y contando con la presen

cia de des tacadas personal idades ,entre las que se encontraban elgobernador del es tado de Puebla,Manuel Bartlett Díaz; varios rectores de universidades de los estados; doc to rados Honoris Causa d ela BUAP; y distinguidos universitar ios .

El licenciado Dóger destacó loscompromisos adqu i r idos por suadminis tración al tomar poses iónde su cargo hace tres años; los lincamien tos para l a e laborac ióndel P lan Gen eral de Desarrol lo ylos proyectos ins t i tucionales enque participa la BUAP con relación a los proyectos nacionales demodern izac ión de l a educac iónsuper io r . E l r ec to r ana l izó losavances que se han logrado en loque respecta a la nueva es tructurade la Universidad, la docencia, lainvestigación y la difusión. En elcaso del posgrado, cabe des tacarla creación de siete maestrías y

dos doctorados . Se ha reorganizado la adminis tración. Se ha ampliado su infraestructura. Se hanotorgado doctorados a inves t igadores como Héctor Azar Barbar ,Pablo González Casanova, Gonzalo Agutrre Beltrán, Jaime G. de laGarza Salazar, Rafael López Ran-gel, Ruy Pérez Tamayo y DentónCooley, entre otros .

Sobre la revista Dialéctica, el rector dijo: "Una revista que ha gozad o d e l a a c e p t a c i ó n , n o s ó l onacional , sino internacional , había

sido suspendida su edición en losúltimos cinco años. Este rectorado tuvo a bien impulsar su aparic ión , ed i tando los números 21 ,22, doble 23-24, y se encuentran

en prensa el 25 y 26, inaugurándose con estos números la segunda époc a de la revista. No está p ordemás señalar que ésta resurge enuna etapa en la cual caen los mitos y real idades de la Europa delEste, lo que obligó a la revista areflexionar sobre nuevos e importantes temas . Dialéctica cuenta conun Consejo Nacional e Internacional, as í como un des tacado grupode investigadores del más alto ni

vel internacional".

E L LICENCIADOJ O S É D Ó G E RC O R T E ,RECTORDE LA U APPARA UN N UEVOPERIODO

El d ía 23 de s ep t iembre de1993 se llevaron a cabo los

comicios para la elección de rector de la Univers idad Autónomade Puebla, resul tando ganador ell icenciado José Dó ger C or te , pa raun nuevo per iodo de t res años .

Estas elecciones se efectuaron bajo las nuevas reglas acordadas porel Consejo Universitario Constituyente, que definen que la eleccióndel rector deberá ser real izadapor los m iembros de l Conse joUniversitario a partir de una votación previa entre los diversos sectores . De esta forma, se superó laetapa de la votación universal, directa y secreta, que implicaba se-r i o s p r o b l e m a s p a r a u n averdadera solución democrát ica,dadas las asimetrías existentes en

tre los sectores que conforman laUnivers idad ( t rabajadores administrativos, trabajadores académicos y es tudiantes) , as í com o ent relas escuelas con una mayor población frente a las de menor. La revista Dialéctica felicita cordialmenteal l icenciado José Dóger Cor te yle desea que e n los próximos añosla UAP logre nuevas y más promisorias etapas en su desarrollo académico y organizat ivo.

RUY PÉREZ

T A M A Y O ,D O C T O RHONORIS CAUSAD E LA BUAP

En septiembre de 1993 fue entregado el doctorado Honoris

Causa de nues tra univers idad alreconocido inves t igador Ruy Pérez Tamayo. El doctor Pérez Tam a y o n a c i ó e n T a m p i c o ,Tamaulipas, en 1924; realizó susestudios profesionales de medicina en la UNAM y sus estudios deposgrado en la Washington Uni-versity, de St. Louis, en la especial idad de inmunología. E l doctorPérez Tamayo ha escrito 11 librossobre su especial idad, entre losque des tacan Principios de patología, Mechanisms o/Disease, Inmuno-patología, Molecular Pathology of

Connect Tissues y Patología molecular, subcelular y celular. Ha contr i b u i d o a l a e l a b o r a c i ó n d e 3 2libros; ha escrito 18 de divulgación y más de 400 artículos. Entrelas muc has dis t inciones que ha recibido, destaca el Premio Nacional de Ciencias; es miembro de ElColegio Nacional y de la Jun ta deGobierno de la UNAM. Le fueo t o r g a d o e l d o c t o r a d o HonorisCausa por la Universidad de Yucatán y es m iembro de l Conse jo

Asesor del Conacyt. Ruy Pérez Ta-

Page 164: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 164/180

notas universitarias 1 6 1

m a y o e x p r e s ó , a l r e c i b i r l a d i s t i n c i ó n d e l a B U A P :

Señor rector de la Univers idad Autónom a de P ueb la , s eñores m iem b r o s d e l p r e s i d i u m , q u e r i d o s

amigos poblanos , señoras y señor e s ; "Si no fuera por la generos idad

que desde s iempre ha caracterizado a mis amigos poblanos , es ta cerem onia t endr ía hoy pa ra m í e lca rác te r de un sueño in fan t i l ei r rea l i zab le . Digo sueño in fan t i lporq ue a lguna vez m i m ad re m e harecordado que cuando yo e ra unn iño pequeño y a lgunas pe rsonasmayores e impert inentes me pre-gun taban qué que r ía s e r cuandofuera grande, yo contes taba congran firmeza e ignorancia: "¡Pícoto,

chango y pol ic ía!" . He olvidado loque quería decir picota, y a u n q u emi vida ha s ido muchas cosas , meenorgu l lezco de nunca habe r s idopolic ía ; respecto a lo de chango,tengo m is dudas , porque nues t rosprimos biológicos s iempre me haninspirado s impatía y c ierto respeto,per o nada más . Y digo su eño irreal izable porque e l honor que hoyme confiere la Univers idad Autónoma de Puebla nunca formó parte de mis más desbocadas fantasíasacadémicas . Ahora que es tamos en-t re am igos , no t engo pud or a lgunoen confesar que en mis años de es-tudiante soñé que a lgún día l legar í a a s e r p rofesor t i tu la r , queescribiría libros de texto, que ten-dría muchos a lumnos y que a lgu-nos Degarían a ser muy famosos, yque a l f inal quizá me nombraríanprofesor dis t inguido, eméri to o a lgo parecido, en un acto preferiblem e n t e pnrnortem.

Pero la vida es inexorable , y hoym e presen ta con e s te inespe radopero m uy b ienven ido y aprec iadod o c t o r a d o Honoris Causa de la Uni

v e r s i d a d A u t ó n o m a d e P u e b l a .Desde luego , pa ra un m iem bro dela comunidad univers i taria , e l doc-torado es e l máximo grado académ i c o q u e p u e d e c o n f e r i r u n aunivers idad, que sólo es rebasadopor e l doc tor Honoris Causa.

Recordemos que la palabra doctor viene de la voz la t ina doscere,que significa enseñar. La historiade e s te nom bram ien to e s in te re sante y se remonta a la Edad Media , cuando en e l norte de I ta l iasurgieron las primeras es tructurassocia les que pronto se conocerían

c o m o universidad. A pesa r de que

comúnmente se cree que univers idad se refiere a universalidad, eltérmino se deriva de la palabra latina universitas, que significa gremio,y que ya desde e! siglo XI se usabapara referirse a grupos de artesanos , como alfareros o sopladoresde vidrio, o a oficios comunes, como sas tres o barberos . Bajo es tetérmino se ampararon los es tudiante s de e sos t i em pos , cuando seun ie ron en con t ra de sus enem igostradicionales: los caseros, los dueños de tabernas y los l ibreros . Enesos tiempos, en Bolonia, agobiados por los altos precios de las hab i t ac iones y de los l ib ros , loses tud ian te s s e reun ie ron en unauniversitas y amena zaron a los casero s , taberneros y l ibreros con i rsede Bolonia a otra c iudad cercana,llevándose el negocio con ellos, silos precios no se ajustaban a susposibi l idades . La amenaza surt ióefecto y los caseros, tab ern ero s y libreros aceptaron las condicionesde la universitas. Entonces, los estudiantes se volvieron en contra desus otros enemigos de s iempre: losprofesores . Como es tos pobres diablos vivían de los sueldos que lespagaban sus a lumnos , tuvieron queaceptar reglamentos impuestos porellos y se vieron excluidos de la comunidad estudiantil, o sea, de launiversitas. Es interesante regis trar

que en las primeras univers idadeslos profesores no tenían cabida.S in embargo, la reacción de losprofesores no se hizo esperar , y sedio en la Universidad de París, aunque entonces todavía no tenía esenombre. En París , los profesoresform aron su prop io grem io y lo llam a r o n coüeghim. Com o e ra de e s p e r a r s e , l o s m i e m b r o s d e l auniversitas no tenían acceso a l coüeghim, a menos que pasaran un exam en , que en tonces , no só lo l e spermit i r ía ingresar a l coUegium, sino también dar c lases en la misma

o en otrasuniversitas.

El certificadode aprob ación d e ta l exam en se conoc ió com o ticentia docentis, lo ques ignifica "permiso para enseñar" ,pe ro que represen ta e l an teceden tel ingüís t ico e his tórico de nues trasl icencia turas y doctorado s .

Aunque yo m e rec ib í de m édicoen 1950, ya desde 1948 había empezado a e jercer mi licentia docentisen mi propia Escuela de Medicina,por lo que es te año es toy cumpliendo 45 años de profesor. Ingresé como ayudante , pero a los t res

meses de iniciado el curso el profe

sor t i tular fa l leció y yo me quedécon el gru po; aclaro qu e d profesor murió de un infarto a l miocardio y que, a pesar de los rumoresque cor r i e ron en tonces , yo no tuvenada que ve r con t an in faus to

acon tec im ien to . De acue rdo conmis predicciones , he tenido grannúm ero de a lum nos , m uchos m uybuenos , y t am bién he t en ido l aenorme sat is facción de que prontose t ransformaran en mis amigos .Para un buen profesor, la mejor delas experiencias es darse cuenta deque con e l t iempo algunos de susa lum nos lo supe ran en su p rop iocam po, lo que s ignifica que ha contr ibuido a l progreso. En cambio, e lp rofesor que só lo qu ie re clonarse yproducir fenocopias , y que no reconoce y has ta res iente que a lgún

a lum n o lo rebase , no l e hace hono ra su licentia doscendi. Así es comoyo he entendido s iempre es te aspecto de la carrera académica, yqu ie ro c ree r que e s en g ran pa r tepor e l lo que la Univers idad Autónoma de Puebla me confiere hoyes ta nueva licentia doscendi p e r oa h o r a Honoris Causa. Quis iera agradecerle a la Univers idad Autónomade Puebla y a sus autoridades es tahonrosa dis t inción, y a todos misbuenos am igos pob lanos que hoynos acom pañan , su gene rosa p re senc ia en e s te ac to . P e ro dec i r

"muchís imas gracias" no es sufic iente , aunque lo di jera muchís im a s v e ce s . M i a g r a d e c i m i e n t otendrá que adopta r o t ra fo rm a , ypienso que la mejor es e l compromiso de seguir hacien do has ta e l fi nal lo que me ha t ra ído has ta aquíhoy, o sea , seguir e jerc iendo duran te los próximos 150 años mi licentia doscendi, p e r o , d e a h o r a e nadelante , enal tecida con es te Honoris Causa.

Page 165: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 165/180

Page 166: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 166/180

notas universitarias 1 6 3

£1 tem a gene ral del Colo quiofue "La situación actual de la filosofía en la sociedad y la enseñanza", conformado por c inco mesasde trabajo: 1. Interdiscipl inarie-

dad y filosofea; 2. Lugar y funciónactual de la. filosofía en la sociedad;3. Situación actual de la enseñanzade la filosofía; 4. Historia y prospectiva de la filosofía; y 5. Retos ycorrientes actuales de la filosofía.

Con relación al primer tema, sedestacó la importancia de establecer una relación más estrecha ent re la f i losofía y las d is t in tasdiscipl inas, tanto científicas comoartísticas, y de la vida cotidianaque posibi l i te superar la parcial i-zación del saber y revalorar las diversas act ividades humanas comoformas dist intas, pero no contrapuestas, de relacionarse los hombres en t re s í y con e l m und o.

Por k) que respecta al lugar y alpapel que desempeña la fi losofíaen la sociedad, se puede decir quehay un consenso con relación aque la filosofía debe tener y asumir u na pos ición .más releva nteen nuestra sociedad. Esto es así

debido a que ex is te una variedadde cuest iones com o la de la demo cracia, la ecología, los grupos marginados, cuest iones ontológicas yepistemológicas, surgidas a part irde investigaciones en diversas discipl inas, que requieren ser planteadas con claridad y buscar lasrespuestas correspondien tes . Poresta razón, la filosofía tiene uncamp o ab i e r t o p a ra q u e p u ed aasumir un papel relevante en lasociedad.

En torno a la si tuación de la enseñanza de la filosofía, se planteótoda una gama de experiencias yde propuestas teóricas y metodológicas para que el proceso enseñanza-aprendizaje, en especial dela filosofía, sea más efectivo y selogren las metas propuestas . Además , se protestó por la el iminación de materias filosóficas en losplanes de estudio del nivel mediosuperior y superior , p ropu gná n

dose rescatar esos espacios a par

tir de un trabajo cada vez más serio y responsable.

En la mesa sobre Historia yProspectiva de la Filosofía se abordaron diversos temas y autores,

como el marxismo, el feminismo,el surrealismo, el existencialismo,la lógica y otros, que expresan lavariedad de inquietudes y de posturas de los part icipantes.

Por úl t imo, con relación a losretos de la filosofía, se consideróque éstos son muy variados, destacándose los siguientes: a) establece r l a s med iac io n es n ecesa r i a spara vincular las investigacionesfilosóficas con la actividad docente ; no ver la docencia como algoirrelevante o como un cast igo, sino como una ac t iv idad fundament a l p a ra l a fo rmac ió n d e l o sjóvenes y la realización de la filosofía; b) reconquistar espacios perdidos sobre la base de mostrar laimportancia de la fi losofía mediante el t rabajo serio y profesional; c) lograr que se nos tome encuenta en la toma de decisionesque nos afectan, tanto en el ámbito profesional , como en el de la

convivencia social.Por lo anterior, considero que

el Coloquio fue una actividad relevante y, pese a los esfuerzos queconlleva su organización, los resultados son sat isfactorios, y esperoque se sigan l levando a cabo, buscando que sean cada vez mejores.

Ramón Gómez Sánchezde la Barqu era

D I P L O M A D OEN ESTÉTICA

CONTEMPORÁNEA

La Dirección General de Educación Superior, en coordinación

con la Facultad de Filosofía y Letrasde la Beneméri ta Univers idad Autónoma de Puebla , dent ro de suprograma Verano de ExcelenciaAcadémica, organizó el Diplomad o en Es t é t i ca Co n temp o rán ea ,l levado a cabo del 7 de jun io al 25

de agosto de 1993. El Dip lomadose planteó con los objet ivos deo f rece r e s tu d io s d e ex ce l en c i aacadémica sobre temas contemporáneos relativos a la estética, actual izar los conocimientos sobrefi losofía en general y sobre estét ica en particular, fortalecer el nivelacadémico de los estudiantes, delos profesores y de los investigadores de la BUAP, todo esto conla in tención , no só lo de p rom ove rlos estudios sobre esta área, sino

de enriquecer las invest igacionesy los estudios sobre estét ica en elseno de nuest ra un ivers idad .

El Diplom ado estuvo consti tuidopor dos conferencias magistrales,t res módulos y dos seminarios .Cada módulo con durac= n de 15días y cada seminario con durac ión de una semana.

Con la finalidad de que el Diplomado cumpliera con el objet ivo de excelencia académica , se

buscó que los maestros que lo impart ieran fuesen personas dedicadas específicamente a esta área deestudios y con producción de textos sobre los mismos temas.

Así, el Diplomado comenzó con dosconferencias magistrales sustentadas por e l doctor Rene Schérer ,proveniente de la Universidad de París, Francia. Las conferencias se llevaron a cabo los días 2 y 3 de junio de1993. Dichas conferencias fueron:

"La comunicación y expresión del arte " y "La modernidad en cuestión".

Page 167: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 167/180

164 notas universitarias

El pr imer módulo fue impart i do por e l doctor Adol fo SánchezVázquez , p res t ig iado m aest r o e in vest igador de la UNAM, quien haescri to varios l ibros sobre estét ica.

Queremos destacar e l ú l t imo deés tos , t i tulado Invitación a la estética , publicado por Editorial Gri jal-b o . El mó d u lo d i r i g id o p o r e ldoctor Sánchez Vázquez tuvo portem a central "C inco calas en la naturaleza del arte". Los temas espec í f icos que se desarro l la ron eneste módulo fueron: e l a r te comorelación con la real idad, el arteco mo co n o c imien to , e l a r t e co moexpresión , e l a r te como s i s temasemiótico e informativo y el arte

como lenguaje . Con es tos temasse d io un panorama genera l y extenso de lo que es la estét ica, suscampos de es tudio , as í como surelación con otras áreas del conoc imiento .

El pr imer seminario fue impart ido por la maestra Silvia DuranPayan , qu ien , además de ser ca tedrát ica de la UNAM, es asesoranacional de Educación Art í s t icadel Inst i tuto Nacional de Bellas

Artes . Este seminario: "La invest igación en la estética", tuvo la final i d a d d e s e n t a r l a s b a s e sme to d o ló g i cas p a ra l a e l ab o ra ción, por parte de los part icipantes, de los trabajos o ensayos queen cada módulo y seminario se requi r ie ron para la evaluación delos a lumnos. El seminario tuvo ,además, la finalidad de servir como h i l o co n d u c to r t emá t i co en t retodos los módulos y seminarios .

El segundo módulo fue impart i do por e l doctor Valer iano Bozal ,d e l a Un iv e rs id ad Co mp lu t en sede Madrid. El doctor Bozal ha escr i to también varios l ib ros sobreestét ica. Su úl t ima publicación esMimesis: las imágenes y los cosos,editado por la Casa Visor, de Madrid . Este módulo tuvo como tem a c e n t r a l : " L a s c a t e g o r í a ses té t icas de la modern idad". Como temas específicos: introducciónsobre la noción de modern idad y

el lugar de lo estético: el gusto

moderno a par t i r de la noción degusto y los orígenes de la modernidad; las categorías de la sensibil idad: categoría estét ica, t rad ición,mo dern idad d e h is tor ic idad de las

categorías estéticas; lo bello y losublime sobre la base de los estudios de B urke y Kant; lo sublime ylo patét ico como categorías posi t i vas y negativas de la sensibilidad;lo pintoresco, los placeres de laimaginación y los placeres de ladiversidad en Addison; lo grotesco , la función tradicional de la sátira, la sátira y comicidad, y logrotesco de la naturaleza.

El segundo seminario fue impart ido por la doctora María NoelLapoujade , qu ien es ac tua lmentela coordinadora del Colegio de Filosofía de la UNAM, y ha publica-d o Filosofía de la imaginación,edi tado por Sig lo XXI Edi tores .Este módulo tuvo como tema general "La imaginación estét ica enlas vangu ardias del siglo XX". Lostemas part icu lares que se t ra taronfu e ro n : l a rev o lu c ió n k an t i an aacerca del sujeto, la noción de síntesis en el pensamiento kantiano y

su función en la estética, las relaciones de la estét ica kantiana conla filosofía surrealista, Van Cogh:lo maravilloso cotidiano y la filosofía del Dada a pesar de l Dada.

El tercer y úl t imo módulo estuv o a ca rg o d e ! d o c to r Bo l ív a rEch ev e r r í a , q u i en se en cu en t racoord inando ac tua lmente una invest igación sobre "Cultura barroca en América Latina". El tema

central d e este m ód ulo fue "El sistema de las artes en la historia",abordando como temas especí f i cos la tem por alid ad social: tiempoext raord inario , t i empo co t id iano

y tiempo festivo; la fiesta, el rito,el arte y la especialidad de lo estético; lo artístico como totalidad yel sistema de las artes; el sistema delas artes en la historia; el arte moderno cont ra e l a r te de la modernidad; y los problemas actuales de lavida art íst ica en Am érica Latina.

El Diplomado contó con la asistencia de más de cuarenta part icipantes de d is t in tas d isc ip l inas ,com o música , danza , a rqu i tec tura ,literatura, letras, psiquiatría, historia y, desde luego, filosofía, bajola coordinación de la maestra Silvia Duran Payan, quien contribuy ó , j u n t o c o n e l p e r s o n a l d eapoyo de la Dirección de Educación Superior y de la Facultad deFilosofía y Letras, a lograr que este Dip lomado cumpl iera con losobjet ivos trazados.

De esta forma, podemos afirmar que acontec imientos de es tanatura leza rea lmente ayudan , no

sólo a elevar el nivel académicode los docentes de nuest ra un iversidad, sino también a vitalizar yproyectar nuestra inst i tución como una de excelencia y vanguardia de los temas más actuales quese debaten, tanto a nivel nacional ,como in ternacional .

María del Carmen García Aguilar

El Consejo Editor ial de Dialéctica fel ici ta calurosamenteal d o c t o r Roberto Hernández Oramas , codirec to r de esta revis ta, por haber s ido designado vicerrector de Docencia de la BUA P.

Puebla, octubre de 1993

Page 168: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 168/180

notas universitarias 1 6 5

N U E V AMAESTRÍA E N

LITERATURAM E X I C A N A

Antecedentes

O Ninguna univers idad de la región centro-sur de ANUIES ofrece esta especialidad.O El acervo bibliográfico de las

bibliotecas "José María Lafragua**y Palafoxiana no ha sido suficientemente exp lo rado . E l lo permi tehacer investigaciones literarias regionales que nos permit i rán rescat a r , r e v a l o r a r y d i f u n d i r e s t ariqueza cultural.O Es te posgrado permite abr ir l í neas de investigación en el áreade Li teratura Mexicana que aúnno han s ido es tudiadas en profund idad y que b r indan la opor tun i dad de redactar nuevos capí tulosde la historia general de la literatura mexicana, poniendo énfas isen el conocimiento de la l i teratura regional de Pueb la.CJ La Benemérita Universidad Aut ó n o m a d e P u e b l a c u e n t a c o nprofesores e inves t igadores capacitados en esta disciplina del Áreade Ciencias de la Educación y Humanidades , tanto en el Ins t i tu tode Ciencias , en el Ins t i tu to deCiencias Sociales y Humanidades ,

y en la Facultad de Filosofía y Letras. Ade más , se cuen ta con la aseso r ía de espec ia l i s t as de o t r asins t i tuciones nacionales , como laUNAM, UAM, El Colegio de México, UJAT, U de G, UV, UEM, einternacio nales , com o las univers idades de Essex, Warwick, La Habana , P laya Ancha , Cen t ra l deVenezuela, Pennsylvanía, Valen-cía , Barcelona y la Academia deCiencias de C uba. Tod os el los hanmanifes tado su interés por cola

bora r en es te posgrado .

O El grupo promotor de es te proyecto forma par te de la plantaacadém ica del Colegio de Lingüística y Literatura Hispánica, el cualha generado proyectos de inves t i gación y posgrado en es ta área deconoc imien to .(3 E l número de eg resados de lColegio de Lingüística y Literatura Hispánica es el más alto de laslicenciaturas que se ofrecen en laFacultad de Filosofía y Letras, locual garant iza la presencia de unbuen número de es tud ian tes in te resados en cursar es ta opción deposgrado, ya que en es ta área deconocimiento sólo se cuenta con

la maestría en Ciencias del Lenguaje, con sus dos especializacio-nes: Lingüística y Semiótica.

Objetivos

C3 Formar profes ionales al tamente capaci tados para desempe ñar seen la docencia e investigación dela l i teratura mexicana.□ Enca minar los es tudios hacia lareflexión sobre el contexto cultural en que se inser ta el fenómenoliterario.O Enfocar el conocimiento de lal i teratura m exicana desd e las pers pectivas de las principales tendencias actuales de la crítica y la teoríaliterarias, así como desde las másmodernas técnicas de los es tudiosetnográficos.LJ Propiciar la formación de especialistas en el manejo de textos de

los siglos XVI, XVII y XVIII (conservación, clasificación, paleografía), así como de investigadores delos diversos periodos de la literatura mexicana, tanto en su relacióncon la l i teratura hispanoamericana como con otras l i teraturas .

Mapa curricular

C u r s o p r o p e d é u t i c o

■ L i te ra tu ra Mexicana(Preconquis ta y Conquis ta)

■ P rocesos Cu l tu ra les en México(La Conquis ta)

■ Aná li si s L i te ra rio(Narrat iva breve: e l cuen to)

P r i m e r s e m e s t r e

■ L i te ra tu ra Mexicana , I(Siglos XVI a XVIII)

■ P rocesos Cu l tu ra lesen M éxico, I

■ Anál isis del Tex to Li terar io , I■ Mé todos y T écn icas de la

Investigación

S e g u n d o s e m e s t r e

■ L i te ra tu ra Mexicana, I I(Siglos XIX y XX)

■ Procesos Culturales en México, II■ Anál is is del Tex to Li terar io , I I■ G é n e r o s L i te r a ri o s

T e r c e r s e m e s t r e

■ S e m i n a ri o O p t a t iv o , I■ S e m i n a ri o O p t a t i v o , 2

■ S e m i n a ri o O p t a t iv o , 3

C u a r t o s e m e s t r e

■ S e m i n a ri o O p t a t iv o , 4■ S e m i n a ri o O p t a t iv o , 5■ S e m i n a r io O p t a t iv o , 6

S e m i n a r i o s o p t a t iv o s

II Seminar io de Crí t ica

Sor juanina■ Anál is is Grama tical de Textos

Literar ios■ Seminar io sobre Juan Rulfo■ Seminar io sobre Rosar io

Castellanos■ T eor ía de la Nove la de Car los

Fuen tes■ S e m i n a ri o s o b r e El luto humano■ Escr i toras Mexicanas de los

Sesenta■ Nar ra tiva Mexicana de F in

de Siglo■ Las Poetas del S iglo XIX

Page 169: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 169/180

CUADERNOS /

AMERICANOS^

Leopoldo Zea

Filosofar a la altura del hombreDiscrepar para comprender

NUEVAÉPOCA

C O N ! E N I D 0

DESDE EL MIRADOR DE CUADERNOS AMERICANOSJoño AlminoJorge Carpizo McGregorAndrzej Dembicz

Carlos M. Tu r Donati

V ^ r 1 Síh'ia Dutrénit BielousV ^m -i1 .LJ

^ R ■ . S ^ u f l H I H Andrés Ordóñez

^^^^^■ flUHn^ i

^ ^ ^ ^ ^ H E f t j s ^ ' - ? ; 1 Cintio Vitier

^ • H ^ ^ ^ ^ l RADIOGRAFÍA DE U' T ' # $ 3 ^ ^ ^ ^ ^ ^ H Roberto Fernández

" r i ^ H H n ^ l Retamar<j¡t^^

;9§¥ j íteterG. tarfe

^^m. - j J H h L l Nidia Bureos

^ H ' . L V ^ B K H^ ^ k f i ü B ^ j H Liliana Irene Weinberg^ ^ ^ m | l v ; ^^m 1

Naturalezas muertasAmérica Latina y sus problemasEstudios latinoamericanos en Polonia /Retos y proyeccionesCrisis social, xenofobia y nacionalismo

en Argentina, 1919Visiones de la crisis nacional queinfluyeron en el programa delmovim iento obrero-popular uruguayo(1958-1965)El fin de una historia / La comunicaciónintercultural y el nuevo ordeninternacional en formaciónLatinoamérica: integración y utopía

l PAMPA SESENTA AÑOS DESPUÉSDesde el M artí de Ezequiel Martínez

EstradaLas soledades de Martínez EstradaUn documento inédito de MartínezEstradaEzequiel M artínez Estrada y eluniverso de la paradoja

^ ^ ^ ^ T ■ I DOCUMENTOS/EL DESCUBRIMIENTO PUESTO EN DÉCIMAS9 H H £ f e £ : J Judith Orozco^ H H 0 & V ' : ^ ^ f l l y Fernando Nava

HHH

El Sistema de Cristóbal Colón y laBiografía de Colón, una muestra depoesía popular mexicana / Sistema deCristóbal Colón / Biografía de C olón

MS

Bfv¿"

-.«

ti*,*¡r"É*jg2¿

Page 170: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 170/180

Cemos /Memoria es una publicación mensualdel Centro de Estudios del Movim iento O brero y Socialista, A.C .

Suscripciones y correspondencia: CE M OS, A .C ; Monterrey, 159; colonia R oma;

delegación Cuauhtémoc; 06700 M éxico, D .E; teléfonos 564 64 49 y 564 94 42

Page 171: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 171/180

utopíasCultura y medios de comunicación

Nueva c ultura y religiónen las sociedades industriales

íioy Terrón

C ultura de m ediosVicente Romano

Medios y concienciaWerner Seppmann

Breves d atos para ver la publicidadde una m ane ra sospechosa

Marión C Q O

Estructura social y culturalescolar en España: génesis

histórica y desarrollos actualesRafael Jerez Mir

Crí t ica de la política

La reform a políticaManuei Monereo

Dem ocracia y crisisde la representación política

Pietro Ingrao

¿Necesita lapolítica revolucionariaalgunas "verdade s fund amen tales"?

Herbert Walloschek

Sie te tesis sobre lademocracia mínimaPedro Chaves

Sujetos sociales y políticosde la transformación

+ iüccio Mogr/

>ivilo 1993

yápelesf i m i i i i f — i ¡i ■ ii i1.000otas. • REVISTA DEINVESTIGACIÓNMARXISTA

E l m a r x i s m od espués d e l d i luvio

Después deldiluvio y antes de la revoluciónManuel Ballestero

Algunas reflexiones sobre el marxismoy su evolución

Nelson M art íne zEl marxism o de la elección racional:

¿Merece la pena?Ellen Meiksins

El socialismo y el marxismo:¿Crisis de la teo ría o crisis de la política?

Abd el Az iz Lab ibEl pensamiento de la izquierda

en Am érica Latina después de 1989Gabriel Vargas

Las concepciones antropológicasde Marx y Engels

Francisco José Mar tíne zSocialismo y mercado

Luis Mar tíne z

Política e identidad colectiva:Notas para una lectura posmarxistade la cuestión nacional

Ram ón MaizEl debate s obre la l ibertad en Europa

tras lasegunda guerra mundialMiguel Manzane ra

FUNDAaONW-i

* INVESTIGACIONES^MARXISTASd Alame da, 5 ,2" ¡zqda. • 29014 Mad rid • Teléfono y fax 420 13 88

Page 172: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 172/180

HOMINESDesde Puerto Rico, Homines publica artículos sobre el país yotras partes de Am érica Latina.

Con una visión amplia de las ciencias sociales, esta revistaexamina aspectos interdisciplinarios de la historia, economía,folklore, a rte, educación, política, sociología, baile, teatro, sobrela mujer, antropología, arqueología y relaciones internacionales,entre otros.

Homines es una revista para investigadores, maestros,coleccionistas y todas la mujeres y hombres interesados en latransformación de la sociedad.

Pida una muestra de Homines por sólo 8 dólares US osuscríbase y recíbala cóm odamente por correo dos veces al año .

TARIFAS DE SUSCRIPCIÓN

(2 números al año)• Puerto Rico $15,00• El Caribe, los Estados Unidos y Centroamérica 22,00• Sudam érica, Europa y otros 25,00• Muestra de un ejemplar 8,00

Nombre

Dirección

Llene este cupón y envíelo con su pago, cheque o giro aDirectora Revista Homines • Universidad Interamericana

Decanato de Ciencias SocialesApartado 1293; Hato Rey; Puerto Rico 00919

Page 173: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 173/180

STEVEN LUKESFive Fables About Human RightsRICHARD ROTTHSTEIN

Immigpation DilemmasROBERTDAHL

llls of the SystemHAROLDMEYERSON'

The Conflicted PresidentRUTH ROSEN

Domestic DisarmentMARKTUSHNET

Idols of the RightJEFFFAUX

Industrial Policy

Surent$6 ,00 / F A L L 1 99 3

POLITICS ABROAD: Tom Naim on Bosnia; Ada m Ashforthon Soweto; Shlomo Avineri on Islam; Robert Danielsand Zhores Medvedev on Russia; Günter Grass on Cuba;

Anson Rabinbach on GermanyALSO: Articles and reviews by Todd Gitlin, ChristopherHitchens, Tamar Jacoby, Sven B lfkets, David Maybury-Lewis and Nicolaus Milis

Remembering Irving Howe

Internat ionale Zei tschri í t für Phi losophie • Revista Internacional de Fi losofíaRevue Internat ionale de Phi losophie • Internat ional Journal of Phi losophy

C ONC ORDIA 23Josef Estermann *- Individualitát bei Levinas

Rolf Kühn * Kraft, Person und LebenRainer Marten ** Heidegger und die Griechen

Ricardo Salas ** Langage, herméneutique, libérationArturo A. Roig ** Mis tomas de posición en filosofíaEnrique Bocardo *+ On Rawls's Decisión Procedure for Ethics

V e r la g d e r A u g u s t i n u s - B u c h h a n d l u n g

Artic les on: IRONY • GENDER • TRAGEDY • FOUCAULT and others

LINDA ALCOFF • Foucault as Epistemologist ** ERMANNO BENCIVENGA • The Irony ofltPAULINE KLEINGELD • The Problem atic Status of Gende r-Ncutral Language in the H istory

of Philosophy: The Ca se ofKant »■ ELLIOT L. JURIST • Tragedy In/And/Of HegelVOL. XXV, N° 2, WINTER 1993

PUBLISHED WTTH T H E COOPE RAT ION O F T H E DE PART ME NT O F P H I L O S O P H YO F BARUCH COL L E GE O F T HE CIT Y UNT VERSIT Y O F NE W YORK

Page 174: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 174/180

dialécticaO Nu ev a ép o ca 0 A ñ o 15 □ Nú m ero 2 1 □ I n v i e rn o d e 1 9 91

E D I T O R I A L

Por un a nueva a lternativa para e l pen sam iento crí tico

ENSAYOS• ¿De qué socialismo hablamos? / Adolfo Sánchez Vázquez • 1989: revolución

popular en el Este / Enrique Semo • Doce tesis sobre la crisis del socialismo

realmente existente / Michael Lowy • Socialismo y revolució n en Ce ntro am éric a /

Carlos Figueroa Ibarra • La crisis del socialismo real, retos pa ra el m arxi sm o /Enrique de la Garza Toledo • M arx ism o y filosofía al final del siglo X X / Gabriel

Vargas Lozano • Ma rx y el estalinism o (¿Extinción o vigencia de M arx?) /Mario Solazar Valiente

ARTÍCULOS• Las elecciones del 18 de agosto y la democracia de mercado / Gabriel Vargas

Lozano • Cuba: ¿hay una salida? / Lucio Oliver

INFORMACIONES• Conferencia de Académicos Socialistas / Betania Alien • El pensamiento de M arx

en los umbrales del siglo XXI • IV Sim posio de Filosofía Contemporánea• C onferencia de la Izquierda Socialista • El Socialismo en el Umbral del Siglo X XI

CRÍTICA DE LIBROS• Crónica de un derrumbe / Gabriel Vargas Lozano • ¿Saltar al reino de la libertad? /

Jorge Turner • Valiente mundo nuevo / María Teresa Colchero

Page 175: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 175/180

dialéctica3 Nueva é poc a O Añ o 15 O Nú m ero 22 CJ Primave ra de 1992

E D I T O R I A L E S

• El TL C y las reform as constituciona les: ¿hacia un liberalism o social? /Gabriel Vargas Lozano • Cuba, encrucijada de Am érica Latina

ENSAYOS• Paradigmas y ciencias sociales: una aproximación / Pablo González Casanova

• América Latina: esbozo de defensa de lo sustancial / Sergio Bagú

• Reflexiones sobre e l a traso me xicano / Ramón Eduardo Ruiz • De revoluciónsocial a revolución política inconclusa / Paz en El Salvador / Ma rio Solazar

Valiente • La transparencia democrática / Carlos González Duran

UNIVERSIDAD Y MODERNIZACIÓN• La diversificación institucional en Puebla, 1970-1990 / Educación superior /

Ricardo Moreno Botello • La UAP y la modernización / Roberto Hernández O ramas

CONTROVERSIA

• Cuba: hay una salida / Pablo Guadarrama González • E l Coloquio "Los grandescambios de nuestro tiempo" • Nota introductoria • Liberalismo y socialismo I Adolfo

Sánchez Vázquez • Lo que nos dejó la posguerra fría  Carlos Figueroa ¡barra

• La m undialización productiva y el Estado deAmérica Latina /Lucio Oliver

• Liberalismo, democracia y socialismo /Gabriel Vargas Lozano

NOTAS

• Don Sergio M éndez Arceo: un pensamiento para la liberación / Francisco Piñón G

• Doctorados Hono ris Causa de la U AP: Pablo González Casanova, Gonzalo Aguirre

Beltrán y Héctor Azar Barbar / José Dóger Corte y M aría Teresa Colchero

INFORMACIONES VARIAS• Presentaciones de Dialéctica en la ciudad de México, Monterrey,

Morelia, Toíuca y Las Villas (Cuba)

CRÍTICA DE LIBROS• H aberrnas y la teoría discursiva de la moral / Santiago Castro-Góm ez

• El recurso del miedo / Sergio T ischler

Page 176: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 176/180

dialécticaD N u e va é p o c a O A ñ o 1 6 □ N ú m e r o 2 3 / 2 4 O Invierno de 1992-primavera de 1993

E D I T O R I A L E S

• El t riunfo de C linton y México • La izquierda hoy • A quin iento s a ño s . . .

ENSAYOS• ¿Ciudadanos o subditos?: los textos de historia /Juan Brom • Capitalismo

versus capitalismo / SolArguedas • El m arxism o de spué s del f in de losc omun is mos / Immanuel Wallerstein • La izquierda hoy en Am érica Latina /

Juan ValdésPaz • Después del "socialismo científico" / Luis ViUoro • Despuésdel derrumbe: es tar o no a la izquierda / Adolfo Sánchez Vázquez • Ser deizquierda hoy / Eduardo Montes * Por un a nueva izquierda: e l Foro "Las luchasem ancip ado ras de f in de s iglo" / Rubén Trejo y Alfredo Velarde* ¿Es aún posible

el socialismo? / Gabriel Vargas Lozano • Una historia casi sin historia / SaúlIbargoyen / Estados Un ido s: el dilem a de la izqu ierda y la falta de alterna tivas /

Pablo A. Pozzi • La revolución destituida: acerca del destino de losm ovim ientos cívicos en lo que fue la RDA / Wolfgang Bautz

DOCUMENTOS• El trauma que nos une / Reflexiones sobre la Conq uistay la identidad latinoamericana / Raúl Páramo O rtega

NOTAS Y NOTICIAS• R igoberta Menchú : un Premio N obel a la dignidad de los oprimidos / Mercedes

Durand • II informe del licenciado José Dóger C orte, rector de la B UAP• V Encuentro N acional sobre Filosofía Novohispana • I informe del licenciado

Alfonso Vélez Pliego, director del ICSH • Inauguración de las oficinas de Dialéctica

• Doctorado Honoris Causa a Severo Martínez Peláez / Carlos Figueroa ¡barra

CRÍTICA DE LIBROS• La izquierda en la encrucijada / Gabriel Vargas Lozano

• Ética y liberación / Mario Rojas Hernández• Tina Modo tti, retrato de un m onstruo / Carlos Figueroa Ibarra

Page 177: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 177/180

dialécticaO Nueva époc a O Año 17 □ N úm ero especia l 26 O Verano de 1994

En colaboración con el Inst i tuto "Gramsci", de Roma,y la Sociedad Internacional "Gramsci"

G R A M S C I , H O YGramsci hoy en Am érica Lat ina

P R E S E N T A C I Ó N , G A B R I E L V A R G A S

I N T R O D U C C I Ó N , D O R A K A N N O U S S I

Gramsci en nuest ro t iempo /Hegemonía e i n t e rdependenc i a

G I U S E P P E V A C C A

Gramsci , in térpre te de lo mo de rn oF R A N C E S C A I Z Z O

Gram sci, el nue vo capitalismoy el problema de la modernizaciónM A R I O T E L Ó

Individual idad y conformismoC L A U D I A M A N C I N A

Gramsci entre Croce y Bujarin:sobre la estructura de los Cuadernos 10 y 11

G I A N N I F R A N C I O N I

El corporativismo tecnocráticoen una perspect iva internacionalA L F R E D O S A L S A N O

Rena cimiento y reformaen los Cuadernos..., de Gramsci

M I C H E L L E C I L I B E R T O

Page 178: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 178/180

& ¿ S ^ P *fk.

%pm¡$ ^»A* YZ

£ fr*>*%#tLqjomada

«Ss

EDICIONES

SERIE EL AHUIZOTEEl 5a ntos contra

la Tetona Mendoza

Volúmenes I y IIJisy Trino

Prólogo de Carlee MonsiváisEl Tataranieto del Ahuizote

Ahumada, El Fisgón, Helguera,Luis Fernando, Magu,

Rocha y Ulises

Prólogo de José Agustín

SERIE ATRÁS DE LA RAYAPor mi madre, bohemios

Carlos Monsiváis, Alejandro Britoy Rafael Barajas (El Fisgón)

Memorial del *60 /Relato a muchas voces

70 autoresSelección, edición y prólogo

de Daniel Cazes

SERIE PAPELES DE EDUCACfÓNValores y metas de laeducación en México

José Cueli (coordinador)y 21 autores

SERIE DISIDENCIAS

Salvador Nava:las últimas batallasAlejandro Caballero

Prólogo de Carlos Monsiváis

Guanajuato:espejismo electoral

Ricardo Alemán AlemánPrólogo de OctavioRodríguez Araujo

Sonora '91: historiade políticos y policías

Roberto ZamarrlpaPrólogo de Alvaro Cepeda Neri

Las elecciones de 1991:la recuperación oficial

Silvia Gómez Tagle(coordinadora)

Búsquelos en librerías o cómprelos con descuento en Bulderas, 6&¡ Centro

Page 179: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 179/180

Premio Anua l de Ensayo L i t e ra r io H ispanoamer icano

Lya Kostakowsky

E

1994r

n cumplimiento de la voluntad de don Luis Cardoza y Aragón —quien constituyó un fondopara otorgar anualmente el Premio de Ensayo l i terario Hispanoamericano "LyaKostakowsky" —, el Comité Técnico designado por él para administrar dicho fondo, decidir lostem as del concurso y designar a los Jurad os correspondientes convoca al Premio Anual deEnsayo Literario Hispanoamericano "Lya Kostakowsky" 1994, de acuerdo con las siguientes

B A S E S

Primera. El concurso queda abierto a la participación de escritores que en forma individual ocolectiva presenten un ensayo inédito, en español, de por lo menos 50 cuartillas a dobleespacio. El Comité Técnico ha decidido que el tema para el Premio correspondiente a 1994 sea"Siete ensayos de interpretación de la real idad latinoamericana", en homenaje a José

Carlos Mariátegui, con motivo del centenario de su nacimiento. El texto podrá comprender lossiete temas o alguno de ellos ("La evolución económica", "El indio", "La tierra'*, "La educaciónpública", "La religión", "La literatura" y "Los problemas regionales").

Segunda. El monto del prem io, único e indivisible, es de 25 mil dólares o su equivalente enmoneda nacional al momento de su entrega.

Tercera. El Comité Técnico se reserva dura nte un año el derecho de publicar , en u na primeraedición, el ensayo premiado.

Cuarta. Los trabajos deberán ser presentados por cuadruplicado, antes del 31 de enero de1 9 9 5 , con pseudónim o y, en sobre cerrado apar te, la identificación del autor o autores , sudomicilio y, en su caso, su teléfono y fax.

Quinta. Los señore s Sergio Bagú, Pablo González Casanova y Darcy Rtbetov han acep tadoIntegrar el ju ra do del Premio 1994, cuyo fallo ser á ina pelable .

Sexta . La decisión del jurado se dará a conocer en mayo de 1995 . El jurado podrá declarardesierto el concurs o.

Sépt i ma. El premio se rá entregado dentro de los t res m eses siguientes al anuncio del veredicto,en el lugar que el Comité Técnico señale.

Octava. No se devolverán los originales ni las copias de los trabajos recibidos.

Novena. Las si tuaciones no previstas en la presente convocatoria será n res uel tas por el Jurado .

D é c i m a . Los originales y las copias deberán enviarse a:Fu nd ació n C ultural "Lya y Luis Cardoza y Aragón", A.C.Callejón de las Flores, 1; esquina con Puente San FranciscoBarrio del Niño Je sú s, Coyoacán04 000 México. D.F.Teléfono y fax 554 40 10

Ciudad de México, lo. de marzo de 1994

E l Comi té T écn ico : Fernando Benítez, Olga Costa, ^José Chávez Morado, Gabriel García Márquez, PabloGonzález Casanova, Eugenia Huerta, Em ilio Krieger, Rigoberta Menchú, Augusto Monterroso,Vicente Rojo

Page 180: Dialéctica, nº 25, primavera 1994

8/3/2019 Dialéctica, nº 25, primavera 1994

http://slidepdf.com/reader/full/dialectica-no-25-primavera-1994 180/180

siglo

veintiunoeditores