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S VMM AD O A P O S T O L A D O ,

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S E R M A MD O A P O S T O L O

5 . b a r t h o l o m e v

Q V E T % E q O F 0 t a t : ) % e

Lomento Craveiro da Companhia de le fus daTronjincia do ^ra^ly no Collegio da

^dhicL em 14. de Agojlo de 166

D E U -O a e s t a m p a O P.Fr. A N T O N IO C R A V E IR O . Prègador, & R eligiofo Capucho da Ordem de noflo

Serafico Padre S. Francifco da Provincia de Granada.

EM COIM ERA.Com todas aslicen§as neceffarias.

N a Officina de J O A M A N T U N E S

A n n o d e M . D C . X C l l .

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Elegit díiodecm > quos & Apojloìos nomimvit. Lue, 6 .

Evangeiho da elei^ao dos d oze ApoÌloIos càta hoje na MiiTa a Igreja Sata, &: cotti efte Evangeiho celebra, &c folemniza a voca- 9aò 3 a miiTaó, a v id a , a doutrina, os mila- gresj o martyrio, o merccimentOi o premio, a Vitoria j o triumpho do gloriofo Apof- tolo de Chrifto S.Bartholomeu. Parece a ca­

fo: 6c he proflindo myA-eric. Parece acafo valerfe a Igreja do Evagelho dos d oze A poftolos para celebrar efte Apoftolo: porque narealidade nao achou a Igreja eni todo o Evan­geiho obras ¡ ou ac^oés delle A poftolo fagrado 5 para Ihas poder cantar. So achou feu nome cfcrìto , 6c fua eleicaò coni OS m ais, de que fe pode valer. E afllm para tratar de- fte sò langou mao do E vangeih o , em que fe trata de todos.Aonde d iz S. Lucas e m o cap. 6. que elegeo C h iflo d oze D ifcipulos5aosquaes chamou Apoftolos. P e d r o ,A n d re, D io g o jjo á o j& o s m a is p o r é m ifto que parece acafo ,en- cerra grande myftcrio : 6: he que S. Bartholom eu, per fi sò confiderado, he todo o Apoftolado de Chrifto. H e hü so em o nom e, Se faó d oze em as obras 3 he hum sò em o nu­mero, 6c faó doze no algarifmo. H e emfim de tal forte hum Apoftoloj que val por rodos os Apoftolos. hlcgit duodecim.

Manda D eosaM oyfeSjqueacom panhado com os mais velhosd opovoentreno palacio a falar com Pharao K e y

o~E yi x.o. Ingredihistu 3&fenioresIfrael ad Regem Exod. . iypíi- V ai M oyfes fallar a Pharao , & leva sámente fcuir- t i i a o ¿ - Q p { ] g Q JyigYcfjÍfíiiitMoyfcSjé^ AdYo% ad Fha- raonem. Aonde eftáo aquellos ve íh o s,q u e Deosm andou a M o y f e s c o m p a n h e i r o s ? Mand'alhe D é o s, que leve configo todos os homens de refpdto , que havia na- queilepovo; SenioresIfrael, E quando vai ao p ago ,leva

A 2 hum

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^ ; Sermao do Âpoftolohum SÒ homem configo ? Moyfes, '& Jaron ? Añlm obede­c e M oyfes 3 a o q Déos Ihe ordena ?Af]inî. Porqaiiîm fa zo q Deos Ihe manda. Arao ainda q era hü s6 v e lh o , tinha o fa- b er, 6c a prudencia de todos. Era hum em o num éro, &: era

Caietan. todos no preftimo: por iflo M oyfes em lugar de todos leva configo efte so. Loco feniornm fiibrogaUts cft Aaron ad le- gatiomm ¡ difíe Caietano. H a homcns no m undo, que mui­ros juntos valem menos que hum sô j 6c ha homcm no mun­do 5 que fendo hum s ô , val mais que inuitos.

H oje trata oEvangelho fagrado do todos os Apodolos ju n to s, Sc a Igreja Santa fe aproveita, & lança miio de hum sò:d eh u m sò Bartholomeuj porque efte sò val por todos:

m Parece que quer dizer a Igrcja as palavras de Jofepho, quâ- ^vitaS. ¿Q cfcreve deile Santo: Mtht faits eji nnus Bartholom^ens Bcrtholo- Amim me bafl:a, 5c fobeja hum so Bartholomeu

p o r.t& o s 3 &■ na verdade bafta, & fatisfaz à Igreja : porque Bart&lom eU j no nome, & na pefToa he hum sô A p oilo lo} n avâ lo r 3 na fortaleza, na grandeza do efpírito 3 no officio 4 pòftoIico 3 he todo o Apoftolado. N o nome, & na peiToa, he sòmente Bartholomeu. N asob ras^ & n o valorsh e Bar- tholomeu 3 he F ed ro , he Andre j he Jacobo 3 he Joaó 3 he Philippe 3 he M atheus, he T hom e, he Diogo3 he Simao, he T adeU she M athias: he em firn a fumma do numero do A poftolado de Chrifto. 'Qartholomans m us pro omnibus. Efta he a materia do Sermao 3 paracqua! pegamos a graça ao divino Efpirito por interceflaó da Senhora.

A V E M A R I A .Elegit diiodecim, quos ò ' Apojlolos nomina'vit. Luc.6.

S u p p o rto que havemos de tratar de todos os Santo® Apoftolos, para pregar sò de S. Bartholameu3paramo' ftrar que sò em S. Bartholameu eftao os Apoftolos todos

juntos 3 hiloshemosdividindo empares de dous em dousj para fer o Sermao mais fuccinto, 6c naó caufar faftio ao ait- ditorio,

Opri-

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- O prímeíro A poftolo he Pedro, o fegundo he Andre ani- s . Pedro bosirmáos. T etrtm ^ & Anáremn fratrem ejns. Pedro em S. Andre Latini quer dizer^ pedra: &: a Pedro fez C h n fto pedra, para nelle ,com oem pedra viva 5 fundar a fu l Igreja. Tu es Pe­tras fuper hanc pctram ¿edificaba Ecclefiam nieam. Pedra de fundamento he pedra forte, pedra dura, pedra firme.Ilio fignifica Pedro firmeza, & fortaleza: Andre em G rego, heom efm o que Fírilis, fortis, heros. Varonil, forie, mag­nanimo: Bartholomeu rambem he pedra de fundamento,& pedra de fortaleza, aíTmi Ihe chama Jofepho; Tu espre- y tiojhs ille lapis, ab amtdari lapide iUomtffus qno Ecclejiam tuam Chrifttis ¿edifaavit. Bartholomeu tamben^ he varo­nil 3 fo rte , magnanimo 3 6c como tal [ d iz Jofepho ] fahio à campanha, a defafiar os contrarios 5 venceo os inimigos. Tanqmm genero fus miles adverfus hofttle belltm profilmt ¡ & lofeph. 5-. ipfosqmdem hofles validijjime percujjit. Em que mollraraó P ed ro , & Andre feu anim o, fea b río , feu esfor90? Entao o moítraraó , quando valerofamente crucificados morre- ráo Pedro em Rom a foi crucificado com a cabefa para baixo 5 & com os pés para fima. Andre em Achaya foi cru­cificado com a cabe9a para fim a, & com os pés para bai­xo. Pedro fez da C ru z caminho para camínhar ao C e o ,Andre fez da C ru z cadeira magiñral para enfinar a ferra : citava Pedro coni os pés para o C e o , como quem ja hia fu- bindo : Capite in terram verfo volmfti cructfigi, tanqmm qni k terta in caliim iter faceres d iz Chryfoftom o. ] Eílava chryfofi. Andre com os pés para aterra como aíTentado em cadei-

enfinando. m cruce pendens doceb'at populum [ d iz a l- * greja.] E Bartholomeu em que moílrou a fortaleza ? Em feresfolado vivo em o R e y n o d e Armenia. Vio)o Bartho- hm^opellem crudeltter átrahijuffit : D e fuá pelle fez carro­sa para fubir a o C eo . D e fuá pelle fez cadeira m agiftral, para enfinar a terra. A hi enfinava a paciencia j a fortaleza,6c o amor.

A 3 Po-

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6 Sermao do ÂpojioloPorcm a valentia de Barthoiüineu leva muifa ventagcm

ao csforço de Pedro > 6c ao brio de Andre. U a razao he, porque P ed ro , 6c Andre depois de crucificados inorreráo, 6c acabaraô de penar 5 Bartholomeu depois de csfolndo vi- v e o j& c o m e ç o u de novo a padecer j ío i neceílario, que o golpe da cfpada Ihe apartaíTe avida : ïnjjit capiit abfcindij qtfo inmartyrio íiniwam'Deoreddidit. P edro, 6: Andre cm hum tem poeftavâo v iv o s, em outro tempo eílavaó mor­ros. Bartholomeu nomefmo tem poeílava v iv o , 6c morto. H um homem esfolado, he hum homem m orto, 6c com tu- do Bartholomeu esfolado eílava vivo rvivia morrendo, 6c morria vi'y^ndo} morrendo v iv ia , porque nao acabava de m orrcr, vivendo morria , porque continuava em penar >

Zetim. cadaver vivo chama S. Zenon ao Aíartyr va lcro fo jfa laá Ccrm de A p oílolo Santo. P ed ro , 6c Andre apartaváoSanéio avidadam orte. Bartholomeuajuntava am orte com a vi- Archadio da : pois eíle he o maior anim o, o bno mais alentado, o

esforço mais generofo: A viíla da fortaleza de Bartholomeu defaparece toda a mais fortaleza. Per;

§. I.Qnefe Pedro, ó" Andre morrem Valerofos ven- cendo, Bartholomeu mais que valerofo morre, vive juntamente tnumphando.

V é S .J o a ó e m feu Apocalypfe hum livre táo myíleriofa-mente fechado, que nao liavía induílria que o le fle , nemforça que o abriíTe : chorava o P rofeta , vendo que nao ha-via quem rompeíTe aquelles fellos 3 6c que ficaflem ocultosmyílerios táo foberanos. Dece hum C ortezáo do C eo a confolar ao A poílolo , 6c diz afllm : N e fíeveris : Ecce vicit Leode Tribu luda apenre Ubrtm ¿rfolvere feptem Jignacnla ejiís.N a o choréis Profeta Santo, porque vos fago a fabeí*, qu^o Leao vencèdôr do T rib u de luda com fua fortaleza ha deabrir eíle livro. T orna a olhar o Profeta, 6c v è a hujii cordei^

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ro juntamente v iv o , &: m orto, abrindo aquelle liv ro , a cu- ja fortaleza cantaváo a galla os Cortezáos da Gl'Drk. jp ocs.6 agnranfianUmtanqmm occi[mn-, & aperiíijjet l im m , üíídivin:oce7n Jn g eíon m , & fmwrumdicentmmvoce magna: áignnsejl agnns accipe?'e fortitiídinem : D igno he o Cordei- ro de t o d a a fortaleza : qucrcm d izer: viva a fortaleza doCordeiro. Sctlicet ut omnes kiídent Agni virtntem , CT' forti- ' **

D iz ó Douto a Lapide.Prodigiofo myftcrio : promctefe a fortaleza do Leao em

abrir aquelle livro;m oílrafe> & aplaudefe a fortaleza do Cordeiro depois do livro aborto? H e por ventura o Leao hum, & o Cordeiro outro ? N a o por certo ; o mefmo he o Leáo que o C ord eiro , porque hum , & outro he o mefmo Chrifto. Pois porque razaó a fortaleza, com que fe ouve o ¿eáOj defaparece, 6c sò a fortaleza, com que fe ouve o C o r­deiro 5 fe aplaude? A razáo h e , porque como Lcaó^abrio Chrifto o livro de feu C orpo fantililmo cm a C r u z , 6c morreo com fortaleza vcncendo : 6c como Cordeiro fo y tal fuá fortaleza,q ue efteve m orto, 6c v ivo juntamente triumphando : eíTa era a poílura, em que o Cordeiro eíVava:Agmmftantem tanquam occijfnm. Dtcttiir leo [ d iz a GloHa^ p~opter fortitndmem, quít morte fuá diaboium v iá t : dicitur ciojf.6. ügmts ratioM mmolationis, ó" Jtans, quta furrextt ad 'vitam ^mmortalem. Qiiando J^eao em' fuá morte fo rte , 6c vale- rozo vencia. Qiiando Cordeiro em o mefmo facrificio,^ais que valerofo da mefma morte triumphava porque so mefmo tempo eílava v iv o , 6c m orto: grande fortaleza

vencer a m orte, 6c o inferno, morrendo ; mas morrer ''ivendo, 6c viver morrendo i v ive r, 6c morrer juntamentetriumphando, eíTa he a maior fortaleza. Pois defaparya afortaleza do Leáo á v i ík da fortaleza do Cordeiro. F i-

^^^ lla menos celebrada, 6c cíla mais aplaudida Dig- agnuí^qui occifiis eJi, acapere fortmdmem : ideft ut

laudent virtutm 3 & fortm á in m agm Grande foi aforra*

L

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8 Sermío do Jîpojiolofortaleza de Pedro. Grande oeslbrço de Andre, em mor- rcrem ambos crucificados vencendo, mas'muito maior foi a fortaleza de Bartholomeu em m orreri& : viver csfokdo juntamente triumphando : pois aquella, inda que grande, fiq u e ojeem filen cio36ceftaporm aisinfigne mereça ojeo aplaufo : Vtcit k o , Mgms eft agnns.

O tercciro A p oilo lo he Sant-Iago, o quarto he S Joao: ambos irmaos : lacobm ii &loanem . A elles p oz Chrifto

Sat-Ugo nom e, Boanerges. Qiie na lingua H ebraica, 6c Syria- ca ,q u erd izerfilh o sd etro vào : Hoceftfiltj tronitni. Forao eftes Apoftolos trovoens na Prègaçao Evangelica ; toavaò em o mundo , 6c atroavâo o univerfo. S. Bartholonmitam bem toou,6catrooucom fuaprègaçàoao mundo : T«

hCepho es [ d iz lofepho ] divin^egraüæ Uiha, magna loqnentiæ pr^co: Cupra. 6cfeosfilhos do trovaofao os rayos, rayo foi Bartholo-

nieu 5 o quai o mefmo foi apparecer, que vencer, fulminar que triumphar. Salve Bartholom^e _ d iz o mefmo Autor _i lius magni tomtrui fulgur y quoâ in rota, hujíis mundi app 'rmJiiy&idoloruminjamamdeftrtíxtJit'.'DQOs vos falve.Bar­tholomeu fa^rado, rayo do trováo d ivin o , que apparecen doneftem undodeíliruiílesaoDem onio. Eíte trovao,eit£ rayo excedeo com muita ventagcm aos trovoens , 6c rayos dos dous fagrados Apoftolos : 6c a razáo he porque Santia­go moílrou fuas forças nas palavras, que fa lou , S. loaó nas palavras, que falou, 6c no Evangelho, que efcreveo , com que atroou ao mundo : lacobus pcrfonuit verbis , loannt

Gre? verbts, &fcriptis intonando : In prmapto erat V rhum [ diz i»- Naz.. ora Gregorio N azianzeno.] Sant-Iago com fuas palavras ve^ ttoncí. ceo a dous feiticeiros H erm ogenes, 6c fÜ eto . S. Joao cocontra feus efcritos venceo OS Hereges Cerinthios, 6c Ebionita > Arrian, que negaváo a divindade de Chrifto : 6c por iíTo contra

tes efcreveo a geraçâo do Eterno Verbo : In principio ^ Verbum. Mas Bartholomeu, fem palavras, nem eferito^ ceo os mefmos Demonios : Sant-lago, 6c S. loaó vencí'^^^

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èirnas mßgnemejusflellam. P o is fe a E ítre lk j & aC o Iu m n a ambas faó luzes de D é o s,q u e m aistem aE ílrelIad elu z, que a columna de luz para que fe levante com o titulo de infigne? A razao he, porque có a columna de luz alumiava Déos as trevas : &: com aeftrella,dastrevas formava a luz com a columna da lu z , alumiava Déos as trevas d an oite efcurajparaopovoatinar com ocam inho: Erat columna mtrateneiri'asílkmmans y á izW w g o Y i^ o ñ m . C o m a luz daeíirella, das trevas formava a lu z : porque as eftrellas pom.c.i. eráo as trevas dos M a go s, adoraváo como gentiosasE Í- trellasj& fendo para todos luzes as eftrellas, so para os jentios eráo trevas de feus erros : Quare M agi, qmrefiella^ . - diz S. Pedro C h ry fo lo g o ] ut per Cbriflum ipfa materia

trrmsßeret falutis occa/io : eráo as eftrellas para os M agos as ■' * trevas de feus enganos, 6c Déos deílas mefmas trevas fez lu^Zes para alumiar aos M agos : para que a materia do engano fofle a occafiaó do verdadeiro conhecimento.

Pois por iífo efta Eílrella de luz he a mais infigne q todas as mais luzes 5 6c mais eftrellas de Déos : Infignem ejus fie l- faw; porque com as mais luzes alumia D éos as trevas > 6c com efta das mefmas trevas faz rcfplandecer a luz : ipfa Jnatermerrorisßeretfalutisoccaßo. B e m dizia eu lo g o ,q u e ^áo tinháo comparagáo as luzes de S. P h ilip e, & Sant- Ugo-com a lu z de S. Bartholom eu, porque fe aquelles Apoftolos com as luzes da verdade defterraráo as trevas

enganos, efte fagrado A poftolo com as mefmas trevas, mefmas trevas dos enganos tirou a lu z da verdade;

q iella luz ferágrandei mas efta fe levanta hoje com o bra- infine; hißgmmejusfhllatn.

^ % tim o A poftolo he S. Matheus, o oítavo he S. T h o - ^' ^ m h a u m , & Thotnam: Matheus em H ebraico , quer ^

^ ze r [ áQniim D ef ] D om , dadiva^ merce, 6c favor de D éos sXhcmc. nome mefma lingoa quer dizer [ntendoeu,(^y(;fQÍ T h om e oabyfm o dasm erces,¿c'dos

B 3 rcga-

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S tr m h äd Jpoflólo regalósde-Efeosi-pdrquefeabji'm ohebm efm o que lugar

^ P proíundó'j-tinde fe ajnntáo as agoas. C o m o lé a Lfcritum. *• j e ^ b r ^ erantfiiper.faciem a b )J fi ,& Spiritus DetferebäUir

fitfe raquas.Thomc^nixou naquclle abyímo profundo de favores-dc Deosjns Chagas de lefu C h riílo , aonde fe ajun- tao5& :d on d e m anió.as agoas de feusfavores. Hamuetis

fíteron. aquasífigaiídiodefonttbusSal'V iitm s. Matheus tcveofavor de D ees eni os olhosde C h rifto : com os olhos o vio C hri- fto ,p ü b lica n o ,& . com .os olhos o transformou em Apo- ftölo^: F id it hvminem ßdentem in ulonio M atthanni- mmmi> ÍThome teve o^íkvohdfe Déos cm as Chagas de Chriftojcom as Chagaso-bufcou incrédulo 36c converteo em fíel. Ve- nlt lejhs dixit'Tíwniíe. In fer digittim tnum M e ¡ ó" "vide

loan; 2o. j^aniis meosy & aßer m m tm tuam mitte in latus m eum \& ^7 ' n d t effe mcreduius ß d fidelis. Pofém Bat-tholomeiv gozou

multo maior favor j porque fe Chrifto deu aviftadeféus olhos a M atheus, Se as Chagas de feu fantiíTimo C orpoa T h om e :.a.Bartholomeu todo inteiro fe deu. T)eus ípfe ho-

lofepho ?m fa¿ius.[.áix]oÍ& ^ho^ceU berrtm tim Apöjlolutn B arth o lr fupra. m a iim d e k g it‘,ami€Uf/iqüeßbi w r u m ^ & -ßdelem cooptaiHt:

Efcolheo Chi'ifto a éfte celeberrimo A p o fto lo , éc deufelhe como amigo .'.quemltí da como amigo, em tudo da quanto goza , nada pata fi relerva; & quem fe dá a fy m efm o, nao ihe.fka.m aísquedar. Defta forte fe deu Chrifto a Bartho­lomen; Pois nao fe compárem Matheus^Sc Thom>e cóm Bar- tholomeu fagrado em receber de D cos favores. Por.

§ -4 -■ ,§Í^feChriflodeuaM atheu$3& a Thom osfavores de feus olhos ,-de fuas Chagas, ¿t-ß uLado i a Bartholomeu deu muito mais, porque

fe lb f deu todo com todos osfeus favores.Achafe o povo com fede afligido no meio de hum de*

17 zerco 3 riianda DeOs ä M oyfes tpque com a vara ¡emhum^pedraj para apedi'a daragoa; Égoflabo tbicm\imtej^f^

pe'

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20 l i .

Sao Bartholomeu? - J ■pek'am ypercv.ties p etra p i,& ixtintik ea aqua. TocaTVIó'^ fes a pedra, fahc a agoa , bebe o pavo. Em outra occafiào torna o povo a ter fed e , torna. M oyfes por mandado de Deos a tocar em outra pedra, fahem defta pedra muitas agoas em copiofa abundancia , Se fica celebrada na Efcri'- tura efta divina largueza; Egrejf¿e:ftmt aqn£-ìargijjima'\Maior f:^vor fez Deos ao povo neitafegunda, do quenà primeira pedra. O favor foy grande corno mercè da mao de Deos. Porèm efte fegundo favor real^ou o atributo da grandeza da liberalidade divina, d iz a Efcrittura: Aqtfie argijjim¿e. A qui fe ofíerece a duvida. Se com a agòada

primeira pedra bebeo o p o v o , Se ficou todo fatisièito j fe com a agoa da fegunda pedra ficou tambem fatisfeico todoo povojfe em hiia, & outra pedra fo ia agoa milagrofa;, porq razao efta fegunda agoa ha de fer mais c e le b r a d a & fe ha-de levantar com-obrazaó da mefma largueza liberalidade divina ? A razào dà o A poftolo S. Paulo na primeira Epi- , ftola aos Corinthios : Bikbant de fpirituali confeqnente eos

ipetra,petra m itm erat Chrifius. A primeira pedra deu a •£ua^agoa3porèm nao fedeu a fy m e fm a ilà fico iie m o fé u Í monte Horebj appareceo Deos em ella : En egoftabe ihtJ-R em dando a fua agoa, logo Deos fe auzentou ; a iegunda pe­dra deu a fua agoa , & deufe tambem a fy mefma > & eftn pe­dra era Chrifto era figura, o qual depois de dar a fiia ago a ,

■ ibi feguÌJidoj &.acompanhando o p o v o por todo aqiielledezertojdandoj& repetindoéftedivino 'beneficio : Conjè-q ente eospetraypetra autem erat Chrtjins: Pois logo com '■azáo he mais celebrada a fegunda , do que a primeira agoa,

^ mais aventejàda em favores a feguìidai que a primeira pedra : com razao fe ^levanta ei^a*.fegunda dadiva- dom a oftenta^aò da largueza. A qu a larg^ma: porque o favor, q fe faz com algiìa referva > nao he dos favores o maior j mas o favor j que fe dà' pom o mefmo dpm tarío fem refer- va^ráo algüa , he q maior .favor idbíCfavoregj v\M atto, eu

Chri-

lO.

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I ó Serm h do ApoftoloCht-irfto: a Matheu^j quando ncílccm prcgou a viíla de feus olhos. Vtdit: multo deu a T hom e, quando Ihe dcu o to­que de fuas Chagas: Mitte mamm utam. ^ías muiro mais deu a Bartholomeu i porque todo fe Ihe dcu. AMatheitSj6c a T h o m e d e u o s feusíkvoresj rcfervandofe a fy , aBartho- lameu deufe como amigo todo a fy mcí mo com todos os

S. Simm fiivores : A m ictm jib i vemm^ó'fidelcm coopt^vít. S,Thad. ^ A poftolo h e S . SimáOj o dccimo he S.Judas

Thadeo. Smone?n qui n catur Zelotes, ¿r ludam lacobi, Sintáo íe chama Chananeu j & Zelotes j Chanancu he no* me Heboraico^Zelotes he nomeGrcgoiambos figniíicao Ze- lo z o , nomcem que fe declara o amor, ludas fe chama Tha- d e o jq u e em G rego quer dizer Mammeus. H om em cheo de peitos, 6c os, pcitos íaó o fymbolo do amor. Por iifo a Igreja Ihe canta ,o Evangeiho do amor. mando'vo* bis 5 nt diUgatts iniicem, T iveráo eftes dous Apoftolos amor de peitos. T iv erá o os pcitos cheos de doutrina ce- le ft ia l,a queS. Paulo chama leite ; Lacvobispejfumdedi. E com efte Leite celeftial nutriráo a multas almas, Poréqi o amor, 6c charidade do A poftolo Bartholomeu leva mul­ta ventagem aos peitos deftes Apoftolos. E a razáohej porque fe a charidade de S lm áo, 6c Thadeu fe deixou ver em os peitos , a de Bartholomeu fe vio cm todo o Apofto-' lo : nos olhos no ro fto , na lingoa > ñas máos , 6c nos pés. C o m os olhos abrazados em amor dava vifta aos olhos cegos; com a hngua abrazada em amor^ dava fciencia as l i rÉuas ; com as máos abrazadas em amor 3, tirava as almas ao

demonio de fuas proprias máos ; com os pés abrazado'’ ftipra. em amor., corría 3 6c defcorría o mundo dando a todos re'

medio. Aíiim o efcreve Jofepho de Bartholomeu fagradc?-O díVífws oculos per quos multorum oculi pat^aBifunt eTantperfidia tembris obfcurati'. Olmguam divinam ¡ex falntaris potus effluxiií Omanus qtue animas ipfas ¿diabdi tnanibus eripuermai O beatos pedes adanimarum adeptiof ^ ^

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Sao Bartholomeu. 9aos homens endemoninhados ,falando. Bartholomeu ven­ceo os mefmos Demonios semente apparecendo : §^ afl fíilgur afparmjlt, & idolorim infaniam deflrímfti. Entrou Bartholomeu em húa Cidade de Arm enia, aonde era ado­rado o Demonio Aftaroth. L o g o o Demonio ficou emmu- decido, 6c prezoj cativo, &: aforrolhado com húa cadea de fogo. Entrou em outra cidade, aonde outro Demonio vivia entronizado, 3c logo á vifta de Bartholomeu cahio por ter­ra o Demonio, totalméte deftruido: & por efta razáo fe pin­ta S.Bartholomeu com o Demonio aos pés prezo,ór aforro­lhado como defpojo do triumpho defte fagrado^ Apoftolo.Nao fo i necefiario,q Bartholomeu fallaftejnem q Bartholo- meu efcrevefle,nem q feu so, ou foido fe ouvifie j baftou ap- parecer 5 para vencer, baftou fua prefença , para a k a n p r a Vitoria, baftou a vifta defte ra y o , para c o n fe r ir o trium­pho. Pois n a o tem coniparaçao as forças de San t-Iago ,5c de S. loaó com as de Bartholomeu. Por;

§. 2.I g ¡uefeSant-T a^ o,& S.Ioaofoaoyó'atroaocom

trovoms com as palavras vencendo, S. Bartho- ¡ kmeucomo rayo so com a preferidaferéorea

umphaudo,F.ftavaEl-R eySaúl com hum Dem onio no corpo: vinhaDavid tocava fua cithara, cantava doces, Scalegres poefias;^ fahia o Dem onio do corpo del'R eySauI. D a v id tollebat i.Reg.ifí^ytharam, &percutiebat m m u J m , & refocillabatur Saúl, & 23.

■ habebat ^recedebat enim abeofpintus malus. T om áo^ í'hihftcus a Arca do T cftam en to, levaóna ao tem plodo feu D a g á o , poem no mefmo tron o, aonde eftava

! y l^cmonio , eis que o Demonio cahe logo por terrafeitopedaços diante da Arcafagrada. Ecce Vagonjacebatff'onus in Urram ante À ru ìm D m m i. Ajunta o Autor das»^aravilhas da Saecada Eicriptura. Fra6ius in centim partes

^ repe-

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, I o Strm h' ào. Apaftòlore^ef'itur. Em cém pedaços desfeitoyem -çem partes def- truido fícou ali o Demonio. Pois como aiîîm ?' David nao póde vencer hum endemoninhado > fenao taqgendo , 6c cantando i ÔC a Arca desfaz o mefmo D em onio, fomente appareceiido? Sim. P orq David tinha as forças, 6c a valentía lío fom da:-cithara,6c ñas palavraSj6c aA rca fagr^daba-

Bafil om prefença para moítrar a valentia, 6c as forças.j T D avid tantim loquehatur, ó* hofiis víncebatur [ d iz S. Ba-

l l l io j cum regno in àæmonem vires accepit. ,Dagon jacebûi fra^íiis ante Arcam Donm i. D a v id , 6c a Arca fagrada am* bos tinháo esforço contra o poder do Diabo : porém a Da­vid eralhe neceílario tanger, cantar, 6c M iar. A Arca divi' na baftavalhe apparecer. D avid foando, 6c falando ven­cia. A Arca sòmente apparecendo triumphava. Bpm dizia

• eu lo gojq u en âotem co m paraçâo asfb rças do Sant-Iago¡ $c S. Idáo com as de S. Bartholomeu, porque fe Sant-Iago ¡ 6cS. lo á o vencem. endemoninhados, .como trpyóes foan­do: Bartholomeu deftroe os mefmos Demonios, como rayo apparecendo. ^ a fifu lg u r apparmfit 3 & idolum defirnxífii'

SPhilfpe ^ quinto A p b ílo lo heS. Philippéjofefícto he Sant-Ia- PhtHippum, '& lacobum.Álpbíei. P1iilip{5e

Menor, H ebraico , quer dizer. Oí lampadis. Boca de alampada, ou Emifen. b o cad elu z. Porque com a lu z d e fuadoutrina,quefahii apHd Cor,¿c\üiz boca , ’ alumiou a terra; os ejus:veint fteU Lap illumtnavit. D iz Emiífeno. Sant-Iago M enor fe cha­

ma A lp h e u , o qual em H ebraico, quer d iz e r , T>&ñít£, w - Do£íúr, D o u to r, 6c M eftre : tudo íignifica lu z de Doutrift*

I Evangelica. Eftes fagrados A poílolos com a luz de fuá do¡í- < trina alumiaráo a terra. S. Philippe aluniio« a SGy|:h* * Sant-Iago M enor a Paleílina, 6c Terra Santa. BarthojQi^^ Santo-tambeni alumiou a o mundo : foi alampada de« ^ .ta s lu ze s jfo i raía da luz d o S o l jE ftrella do S o ld iv in ^ affim:lhe chama lofcpho. T u m mtreum cmddarum

fmpra, - Spiritui 'Son íL 'Tu ts á ív m óo ts radms, . qmfinnqf^l

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tes permeahas.yVelut ftella tenebras âeftrmbas. Porem a lu z de S. Bartholomeu leva muita ventagem ás luzes deftes Apoílolos. E a raZao h e , porque S. P h ilip p e, 6c Saat-Iago com as luzes apagáráo as trevas, 6c S. Bartholomeu com as trevas afcendeo as mefmas luzes. S. Phillippe > 6;: Sant-Ia- go com as luzes da verdade defterraráo as trevas da menti­ra ,6c S. Bartholomeu com as mefmas trevas da mentira ‘ mamfefta as luzes daverdade : F o i o cafoj que pregando S. Bartholomeu a Doutrina Evangelica a Polym io R e y de Armenia, Ihe diíTe, qué para melhor aceitar efta verdade, quería que o mefmo Demonio A ftaroth, a qué o R e y ado­rava, a diííefle por fua boca. V a i Bartholomeu ao templo do Id o lo , vai com elle o R e y , 6c a R ainha, 6c feus íllhos > concorrem todos os povos para ver a ïnà^vilha : manda Bartholomeu ao Demonio, que confeflelíVerdade, 6c def- cubra'feus* enganos. Fala o D em onio, que até entáo efta- va mudo por virtude do A poftolo, 6c d iz que he verdade y que elle Aftaroth nao he Deos ^fenao Demonio 6c que como tal éftapre¿:o pelos miniftros do'verdadeiro D e o a , ' cujofilho he Ieifu'Chriftb,o'4ual morreó cruíriñcado pe­los peccados do m undo, 6¿ maridóu feus Apoftólos pelo mundo aprégar efta verdade, 6c que Bartholomeu he hum delles Î 6Í que elle Aftaroth como Demonio inímigo do genero humano > tém enganado a tckio aquélle poyo toni ftlis fdlfos enredos i fín^iiidó'qiie'épa DeosV pèlm a- ò 'R è y , '

Rainha, 6cfeusfillios-ificáo todos admirados, envergo-- ïihados, corridos de dar culto à tal enganó ;'lançâô cordas 30 Id o lo , dâo com o Demonio em terra,v e m com feus olhos fahir daquellé Idolo ao Demonio em figura de hüm

rofto lo n g o 5barba lat^a',olhÍós cennlando fo ^ o ,' rtanzes vaporando fumo, feridó,-6c negro, &-prezq por to­das as partes com correntes do Inferno. Apparecern ' muí-/ tas Cruzes pelas paredes,dqtém plo: V a i ò Demònio’ def-' terrado por mandado do Ápoftdlo^: ^aelamáó t o d o s ‘p o r '

B 2 Déos

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1 2 Sermao do ApoftoloDeos verdadeiro a C h riílo ; converrefe o R e y com doze Cidades do R eyno > recebem o fanto Bautifmo: licáo Chri- ftáos verdadeiros 3 & livres dos enganos, &: enredos diabó­licos.

Porrentofo cafo ! Admíravel Prodìgio ! H e a , luz de Bartholomeu luz de outra qualidade ¡ H e hCía luz proten- to fa , nao só com a luz deíVerra as trevas, mas com as mef- mas trevas dà luz : enfína a verdade com o mefmo pay da mentira. N o v o m odo de dar lu z , &: de alumiar aterra.

- Pois bem fe v e ,S e fe p r o v a ,que a luz dé S. Philipe,& : Sant-Iago com a do noíío A poftolo nao tem comparaçao algüa. Por;

§• 3-fe S. P/ifilipe, ¿r Sant-Iago com as lusses

da verdad^ d^sfazem as trevas dos enganos,S. Bartholomeu com as mefmas trevas dos en* ganos moftra as lusxs da verdade,

C ^ iz D eos levar aos fílhos de Ifrael pelos dezertos da Ara­bía à terra de prom iiïaô, & fez huma fermofa lu z em figura de colonna, que osguiou, & encaminhou até à ter-

Kxod 13 prometida ; Dominus autem pracedebat eos per dkm tn 21, columna nuhis, per noEíem m columna ignis, ut dux ^ e t itine-

ris, Q iiiz Deos trazer a feu conhecim ento, & a fua prefen- ça os M agos do O riente, & fez hua Eftrella de lu z , que os alum iou, & encaminhou até o Portal de B elem , aonde

Matth.’L c jir ifto eftava : Vidtmus ftellam ejus , ó ’ venimus. StelU antecedebateosiufquedumvemensfiaretfupra^ubi erat puet Ambas eftas lu ze s , a colum na, 6c a eftrella, foráo luzes fei- tas por D e o s, para alumiar aos homens 5 porém a luz de' ftaÉftrelIa levou muita ventagem à luz daquella colum­na. Efta lu z da Eftrella, ou efta Eftrella de lu z, foi hüa & h ú a Eftrella infígne i & levou a palma a todas a s luzes,

Tfxt.Gr, & Eftreilas de Deos, AlÍlm Ihe chama o T e x to Grego.^ dpnus

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Sao Bartholomeu. 1 7reEfaviafrogreáientes. O s dous A poílolos Sím aó, 6c T h a- deo tiveraó peítos para amar, Bartholomeu teve o lh o s, bo­ca , lingua, m áos,& : pés abrazados em amor para a todos bem fazer ! Pois nao tem que ver os peítos de Sim aó, &Thadeu com o amor de Bartholomeu. Por:

§ . 5 .gw f aonáe os olhos, boca, Imgm , rofto, maos, & fes abt'az.aáos de amor ajjíftem : os pettos por mais abra- zados que eftejío 3 dejaparecem.

V io o Profeta S .Ioaó em feu Apocalypfe húa reprefenta- çâo do Filho de Deos admiravel. Eftava cingido pelos peitos com húa cinta de o u ro , feus olhos erao duas cha­mas de fogo 3 feus pés eráo como de metal abrazado, fuas jp^caL i máos eftavaó cheas de eílrellas, feu rofto era hum S o l, Óc ig. de fuá boca fahia húa efpada. Vidi Jimtkm filio hómims pracinttum ad mamillas zona aurea, ocnlt ejus tanquamflam- maignis ^pedes ejífs Jimiles avrichalco in camino tenis arden- tis,jactes ejnsjicut Sol j habebat in dextera fuá Jiellasfeptem,

de ore ejnsgladms aciitus exibat, Efta figura, em que o GhJJ.6, F ilh o de Deos fe m oftrava,era reprefentaçao do fogo do am or, em que ardia. H e expofiçao da Glofa. E logo fe of- ferece a duvida. Se o Filho de Deos quer fazer oftentaçao,6c galla de feu am or, paraque moftra os p és, as m áos, 6c os olhos, 6c para que efconde os peitos ? Fr¿ectn6íum ad ma- millas? O s peitos parece que havia de moftrar, Se tudo o fliais efconder i porque os peitos faó o fym b o lo d o am o r: Ptaanc- poís fe efta taó amorofo, para que oculta os peitos, 6c faz oftentaçao dos p és, das m áos, 6c dos olhos ? A razaó h e , porque o am or, que fe reprefenta nos peitos, he hum amor enternecido, 6c talvez infereçado porque o leite dos pei-

j com que hüa máy cria a íeu filh o , fe he para o filho fu- fervat. ftentOjferve para a máy de a liv io , porque he carga,qu e Ghjf.ínt. defcarrega &: p e z o , que lança fora : porèm o am or, que fe moftra no caminhar dos p és, no obrar das m áos, no vigiar

Q dos

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r8 Sermh'do.JpoJiòìodos olhbs i'he' aníor-deferítere^ado, defveladp, & • cuida-* dofo ; nefta - rèprefentagaó efta-va o 'Filho' de .Déos def- ve lad o , cuidadofo, dadivofo, éc liberal, fazcndq officio A- poftolico5enílrundoaOínundo5por ilio de fua boc-a fahia huma cfpada 3 que he a.-pala’í'ra de Déos. Gladms exihat -d oreejus. Gladtttmfpiritus^-qtwdefiVerbumDet [ d iz o Apo- í lo lo ] E quiz eíie Senhormoftrarj que oam or de q mais nefte officio fe prefava, nao era o amor j que Ihe defcarre- gava os peitosj fenaó o am or, que o : carregava de cuida- d'OSí nao era o amor que o ^ i a nos peitos enternecido, fe nüo o am or, que nos p és, ñas m áos, 6c ríos d lhos^ íazia cuidadofo, & defvelado. Por iflb apertava com a-cinta, &: encobria os peitos : por iífo dcfcobria patentes os pés, as niáos,& os olhos abrazados: que fe nos peitos m oftrava,4 como amante bem quería^ nos pés, ñas m áos, 6c nos olhos moftrava a aíFeigáo, com que defvelado amava. Pois defa- paregaò os peitosvaparegaó sòmente os pès, as m ío s , 6c os olhos. Tr^ecinñumadmamillas. Bem dizia eu lo g o , que à viíla do amor de S. Bartholom eu, fica aperderde v iilao amor de S .S im aó ,6 cS . Thadeo. Porque fé eiles Apoflroi los Santos tiveraó peitos, para amorofamente querer : Bar­tholomeu, naó sò teve peitos, mas pès, & m áos, ^ lingua,

S Mathi ^ para defveladamente amar. O divinos oculos\ 0Ofan¿fasmanus\ O beatospedesi ■ '

tholomeu, O undecimo A poftolo he S. Mathias : o qual entrou ¡t)bY€ em li^ ar de Judas : Mathias em Hebraico quer d iz e r , VdY dos. ^us Domini: o piqueno do Senhor. Chamafe piqueno?

p orq u efo io u ltim o d o s Apoftolos-, poriflo-fé Ihe canta'O Evangeiho do^^ÌQ^tnos-y-RevelafU-eaparvulis'. ibi^elcito em lugar de grande Apoftolojpor fer humilde Difcipulosfoí piqueno por humilde ; 6c por humilde montou a taiit grandeza na divina elei^aa, que quando a forte a elle che* gou, para hav^rde chegar, fubìo. Cahio,diz o T e x to

AS.i, d o , a forte fobre Machias :Cedditforsfuper Mathiaj^t'-bio>

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biO jd iz o T e x to SyriacOja Mathias efta Ìoxic. -.Afitndtt júTí W Encontrados textos. Se caliio 5 cDiho fu - ^Ho ? Se fubio como'deceo ? O calo foi ; que cftava S. M a- thiaS por piqueno, & por humilde tao avultado, tao gran­de 5 que o xnefmo foi cahir a forte da divina eleigaó fobre feii merccimento que fubir de ponto a tao alto mereci- mento a forte : a forte , que nelle cahio he quc «eve a boa forte 5 porque em lugar de decer à baixeza de huni piquenoj qual Mathias fe ju lg a v a , fubio de ponto à altura , & alteza de hum grande 3 qual o A poftolo era: Cectdttfirs.-Afiendit fws. O grandezadahum ildadejquem te cónhecera bem !- GrandetbiM athias por piqueno, por humilde na divina eleicaó j porèm com fua licenza o noflb grande A poftolo Bartholomeu gloriofo ficou mais avantejado : porque fe Mathias fo i grande na divina elei^aò por piqueno , & por hum ilde5 Bartholomeu foi o.maximona h o n ra,por fe ro ininim oem fua propria eftima. Aiììm o efcreve Jofepho : glmprius idiota, fauperem vitam agebat ., ex pifcmm pifca- lofcpho twe hommum pifcator ejt faófi Sy ìterreflri cakftts eva/ity mi .ramo maximiis. Era Bartholomeu pobre, humilde pefca^ dorjhomem fimpleK:,éc idiota, &: em fua eftimagaó entre to­dos era ominimo,mas por efte finto abatiméto o fublimou Deos a tao a lto , que entre todos o fez maximo. E mini momaximus. E alììm havia de lèr, para fe obfervar a iguala dadedajufti^a.Por: , ■ ' §. 6. ■ ' ‘ ■ i '

■ ■ ¡V pelo fer 'piquena por humilde ft'medenà caja de Deos 0 Jer grande na efiima, pelo fer mimmo fe ha de m em o fer maximo na hom'a.

filcgeD eos a David para R e y de Ifrael , & por efta razaó d io nome de grande: Egotnli te\utéffes:dmfkpà^'^po-

nieum yfecique tiòi nomengrande. '^\e^c>T)üos Móy^' fes para feu Énibaixador para hir ao^Egypto, para a^de-3 m iraopovo : &: por efta eJei^aóì cxfflz ohom em ' maKr/no em todo-aquelle K eyno, Fuitqne, MKgfesÌ vir^fnagnns (%iàlde

Q i '

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2 O Sîrmto do APoftoloin terra c^^giptì. Magnus v a U e , tdeft maxitnus, diz L ypo-;

I mano. E tao maximo o fez D e o s, que p fez feti fubiVitutO' 2^ na honra da divindadeem todo aquelle imperio com todo Lypoman o poder divino. Ecce conftitm te Deum Pharaonis ? Don- in Cat. de nafce efta ventagem de honra ? N afce da igualdade da- Exod.y.i quella juftiça d ivin a,q u e peza os merecimentos decada

bum dos hom ens, dà a cada hum o premio conforme feus merecimentos. Reddit unicuique ju x ta opera fua. A

Pfalm. D avid fez Deus homen grande, porque David era pi- quenOj . & p orp iqu en oh u m ild e;andava retirado da cor­te feito paftor de ovelhas ; Adhuc reliqms efi parvulus, & pafcit ùves. A M oyfes fez homem maximo ; porque M o y­fes fe fez o m inim o, o mais piqueno, o mais hum ilhado,

i.Re^.16 o mais abatido em o feu conhecimento. ^ ifu m e g o , ut 11. vadam ad Fharaonem^ E quem fon [ dizia M oyfes a Deos '

para taó grande embaixada? Q u iz dizer [ d iz o Douto a l.a- pide ] eu fou o mefmo que nada: Ego nullus fu m , & plane

Cornei, Pois por iflo D avid fica o grande de feu R e y n o , 6cA LiifJhi M oyfes o maximo em o mundo : porque ao merecimen-

to de piqueno correfponde o premio de grande j & ao merecimento de minimo fe deve a gloria de maximo : £ farvo magnus e minimo maximus. K a o ha logo que admi­rar, que Bartholomeu feja o maximo,Sc Mathias feja o M ag no no Apofl:olado de Chrifto:porq acada hum fe deilribuio a honra,q mereceo. Mathias feja o magno,porq foube fer pi- queno:Bartholomeu feja o m axim o, porq foube fer o mini­mo : feja Mathias no Apoftolado de Chrifto o pofitivo das grâdefas:feja Bartholomeu fuperlativo das hoviiS.Mathias e parvo magnus extitit\Bartholomaus e minimo maximus evafi'

Ainda me fica hiia duvida. Mathias fo i eleito por Apt>" fl:o lo> qu eq u erd izer,fervo mandado. Ideftmijfus. Com® todos os mais A poftolos : E lep t duodecim, quos & Apoftolo nominavit. Barriiolomeu foi eleito para o s îto Apoftolado? nao sò como A poftolo fervo , mas com o A poftolo am ig^

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& m iü rod o feio de C hrillo. Deas iúfe homo faBus f d iz /ofepho Jifepho ] celeberrimum Apofiolum Bartholorntetm àeìegit fupra. ammmqueJibi verum , & fidelem cooptavit. Pois claro eftá

§. 7-^ue o eleito por Déos fomente para feti

fervo fica menos avultado, & q Déos elege por fervo^ér por amigoM ñas horas o mais crecido.

O mefrno DavidjSc o mefmo M oyfes nos provao efta ver­dade. Foi David o homem magno em as honras, M oyfes o máximo em as divinas grandezas, ambos d e fa m a , &:no^ me : David menos avultado, M oyfes mais engrandecido.E qual he a razao? D à a razao preciofa a fagrada Efcritu- ra. David teve para com Déos merecimento de fervo , para fervo foi eleito. Elegit D avid fervum fuum. M oyfes teve para com D eos,a lém de fervo , merecimento de amigo 5 £f.cíef\< p a r a feu amigo foi efcolhido por Dcos. D ileBus Deo Moy- fes. Elegit ettm ex omm carne: Pois claro e ftá , que o mere­cimento de amigo he maior que o do fervo 5 &c que o pre­mio ha de fer premio de amigo; por iíTo M oyfes com o ami-* go foi de Déos ñas honras mais avultado, 6c D arid co­mo fervo menos engrandecido. P or iflb Bartholomeu fan- to por fervo , & por amigo de Déos excede ñas honras a todos os outros fervos: Maxmiis evadt.

T e v e Bartholomeu com ventagem as prerogativas , 6cexcellencias de todos os mais A p o fto lo s , foi hum com ­pendio ventajofo de todo o facro Apoftolado > nelle como cniefpelho lu zid o fedeixa ver com realces todo o fagra­do C ollegio : mas ainda tem outra ventagem , com que ex- ^edcj nao so a todos os Apoftolos, mas a todos os M arty- *’es Santos, 6c nefta grandeza nenhum com elle iguala ; nem sinda fe aíTbmelha j que he fer esfolado vivo : Bartholomaus quer dizer^/íZí^y«/« filho do regó ; porque aífim como o ferro do arado fazendo regos na terra rom pe,6cesfoIaa

C 3 ter-

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2 2 Stfmtoào Apoftdoterrajl& .Ihe a^ientTànlias;n;iîIm-Baiîiïblomcn fènJdo esiÎAlidO'*ci>m» b-\fc£i‘0. do ■cütXilk'j^i^laíì:ròll a îiît€i‘k)t' terra defita iwilie fligrada: T o d o s o s Apoftoios ;,' &: Mrtrr'v res Santos morreraó com a fua pelle jhuns tiveraó a pel­le fen d a , outros apelle cortada j outres a pelle pre-gada, outros a pCÌie'tritdijOutfÒs a pqlle.añáda, outres á^^Íc"^quei- niada, outres a ^ellcfei^da^outrQS á^^éile'Yipedi'Cjad^, ou­tros a pelle rafgada todos ácabar'ao, & ’riiorrerió' com a lüa pelle. So bartholonie’Bi teve a pelle inteíramente esfela- da>& nao morreo com a faa -pelle. .Pois à viílad ifto digafe com m uita’razaó. A ;rj;:..; >• ■

§jiepormorreresfúladoy¿f'*v¡verfempelleem , Jeu martyrioy he Bartholomeu fo ^ e todos esc-

£ÜkiM^-ntoha.outroynem.noCeCy^^- fiwzlhauU'jiÚQteve Éüihlnlomeu prirnúro a

qmmJegutr^nem ouvefegudo^q opudejfe imitar.

D o Santo Job dííle Dees, que era unico, 6c hum só y 6c- naó tínha femelliante: - Non eft fimilis'Ct m ' terra. E ^ u e teve Job mais que todos.para fer entretodos unice^i& hum s ó ,?

lob.'Z, Tevehum exceíTo notavelem feus torm entosj6c fe iq u e confumidas as carnes de feu corpo j Ihe fícousómente a pel­le fobre os beiços. PelU mea cnn¡miptis carnéus adhicítt os menniyó' úereÍicíafimt tantummoáo labia arca dentes meos. H e exaggeraçao do tormento, ficar jo b sómente com a pel­le fobre os beiços; gaftada teda a mais pelle; por iiïo he hum sôjôc unico entre todos : 6c nao ha outre femeJ hante. Pois

lob. 19. J< b nao tem femelhante, por naó Ihe fícar em feu tormén^ to mais que a pelle dos beiços: Non eji fímilts ei in terra, QP® femelhantc pór ter Bartholomeu quado nem nos beiços Ih remanece a pelle ? H e o unico entre todos, he a Pheniz dos Apeílolosjhe o inaior primor de todos os Álartyres Santos.I^aó ha outro femelhante na terrajnem ha outro femelhante

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Sao Bartholomeu. 2 3n o C c o : N o n ejiinventusJimilisilii. O Profetaillias fubin- d o o a C c o largou.acapa na terra em as niaos deE lizeu., por hir defembarngado : Jofepli largou a capa ñas máos da adultera 3 por confervariua p ureza, a Efpofa largou o manto ñas máos dos Ibldados, por biifcar a feu Efpofo: Jonathas largou a tunica a David em prova de feu amor: Bartholomeu fobre todos nao deu tim ica, nem m anto, nem capa 3 mas largou a propria pelle na terra 3 para voar a oC eO jpara ir defembaracadojpara fubir mais puro spa­ra achar a Deos E fp o fo , para gozar a Deos amigo. Non eft Jimihsetinterrra. N áohaoutrofem elhante no C e o , para nos defender de todos noíTos inimigos. Pintefe S. Bartholo- meu com a fua pelle esfolada cm o feu brago efquerdo, 6c có o cutellojcom q foi esfoladojCm a fua maó direita : o cutel- ío ferve de efpada 3 6c a pelle de rodella: os mais Santos tem na mao direita o inílromento de feu martyrio como efpada, mas faltalhe a rodella j tem na máo efquerda huma palma em final de fua viftoria : Bartholomeu eftá armado para nos defender com o efpada, 6c rodella : a fua pelle he a rodellajaqualjuntam enteheapalm a. R odella contra nof- fosinim igossécpalm ade feus triumphoSi na mefma pal­ma ,en i que goza os triumphos 3 nos oíFerece os focorros> porque allÍm como foube vencer, nos fabe patrocinar > ma­yormente fe formos feus aífeigoados, feus d evos, feus fer­ros, alcanzándonos de Deos nefta vida muita graga 3 6cc.

L A U S D E O .

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