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Meio: Imprensa País: Portugal Period.: Semanal Âmbito: Interesse Geral Pág: 34 Cores: Cor Área: 18,00 x 25,30 cm² Corte: 1 de 10 ID: 85631719 26-03-2020 estaque é 'Vit. o DOSSIE: 1 a - IA (•‘ 011 . •:_str•a .> e' - ••••• .. „rt . '3' • • Et> ,_. e. ' i : :.. , W.•), t? i »...?: ""7 .7. .74, .1; 1. .• , ' I ter:: ) .1 lt ' l •-• nt4.,, -•-, i4,, ; .; 2 ,-.., 1 4 .4‘',ENct. . 1', '• ,;/„.• fi, r i o Na i ; ,?"-. ar -tis';',.« . ' •.' 0 ',,- • , .' 44 "•‘`'.! • :fia ..,; 4. e oa h f is c E .4.kitke 1 7 : o Akt ••• •• I é> :.:j t V) '‘ íra tY ' . a .4 4 b• .. .1 e ' ..1, S i. 4 ,.' ) ' k '•-s•,..-. 4-. •• , 5.. 4 1 -• ....••at ti. . k. ,. 1 :. lims , 44 7 r• ,, ; '.." ,, te», -...,,, :- * et.' 'S r , i4e.,4 ;, , .y1" d l, ' %/HO. st •••,' •• : C °:,: e ." .• ,S,‘? X g. . C( %, ,, t 4.-4 ., ........ . 4 . , ...„ aT i ..,•••...• . , ''t •t% : k 6". ' 5. 1 , . < ti- $ st ' ., N. „, e ' ,z• ..: 3/4 >oi .. t „t . f",,i t :: ••••'• r? rty , ": ;;S e ...,t i 257te ;- ,-• 7,C ;:í::;». - ''''s .4; ". t. .... $. it. . at .. le. 1 . ....., . 4k.„,„ e 9. j tot :t. ,• , % 4 ••• ` •(-', it ;3; 4 1., ' ‘'14t 402. 071i, •• ' ''''' -1s_4à1 H ... -. •• . 1/41 4 7:4,47 . . s 7 . IS ' ‘ . • • IS < 4 . . .... : 1,. ' a '' SS5 1 * :••• 44( t jest.à.~.7f_4, % sc' t N o / ,.. 4 4 ' 1 41 )7 t42..1 , 41X vi L• re 44: • otEr e ••• tri GUIA. EMPRÉSTIMOS, POUPANÇA, IMOBILIÁRIO, SALÁRIOS E MUITO MAIS Vk . " z , ti' 4 o' Et flt•7 ' st et; t1): ? + ` . 1' X. ; ," 0: 11 ... . 1/4 „ttr, " '‹* :•+: -• - 7•Ni ••• 4 4 4 •2 1 •41,.. r 4 ••• ••• , It. it-s , 411-; 4. 4, . -••„. , ••• ••••• ri s •• e 4. . j. ç 4t 44 'til f ç4) .; $.3•*. ; • . 4> ‘3; \SI ••••••• <,* ti \ , . c f•-iN 's i t ç . t 4 t 4>, 14. ef, 4•• C IS I 4`. - 1 at• '•- 3ti.,E' t •;&;', ... .•-• .;.1,-:1:34L :s'a4 .,„. .44, •• ,. p , . ••• ,,•• , . tr.c 4_ . .i.y. . . ii, pós::: c :, . ." ,,t2: 14e? .. * , ‘:: :‘.". j - t : ''/- e' , z. ‘" .• ji, , r ;• 4 ' " kif Ift ' e •• P * ,4 ••? 4. .etey* u ..- . 4, xey., - ..... - - t ni> ir - s t , e.- ;."-z.3. , ;,-. ,,- -..- :" ,:e- k. . I. , ; ., 0C$ 1$ cill›.,,e4 , ".4 :b . :4 .. 11t .k ... 44 . r ••• .. .,„ -3 "s t•i ;1 ,,c'' ,;•tit .j. 4 : :e sti.- '.7:3 ,..' . .,. . S NX- . . - t %::- r i ...`t:1) k• }.d i re t , iit r e. a &4 4 ej. 1- ,` S, . e 4. 7 ,` t 14 1.: 7 •-.% ..-- 7 * $ h'. , "0°. %. 0 44." r. ' , S, .., ..... ' •:. '''', .• t a 0.• - '''' . e3t t r- 4g _a 4.... ;:c.• .‘ $ - "S. ' ," 1 ,i, •••:4,..t, -r2, -P e •J, „•• Jt. ..•-•,• •.r. :4 i •••i• d , ,./.t. - e ; ••• , •••••• - : •,.- .5." c...•1:te 't it lit. , ,,41 .. .4. 11 .1 , ' •• .4 \ .: 4;"-•.&•412. 1 ,` 1 &>,) " 'ter: -1 4. •-•-• -7 '',.;;',4 ., :h ..; ...i;• ' ' eri r i .4t• e 1 a t , ‹É" "st it 41 s 4.7 4 S.4 4. ..•• . , 0 1; m: .1. 1•• : et. ' 4 t i 'e „, z, .; t)"): • • r" -. . r e93 . 4 . ` M yLi 4: j 7 J a et 1. r ...• t.• r a , ‘": ), .4 1 r, • • , ' "`'• .07 44. Ir 7.".•! 4(2'. , ' ' ‘•• 4'; ' N. O..., »,, '47¡.••• ••• ..‘ : > . t‘ ..C . •• 6 .7 1/44,‘• I 41b ',„,. 47'4. 1' i,„ - ...7 ..4 .4^, r ' ••••1 •-••'• I: v 44. '?... s. fi t, . . .• ‘,,, , 1/4 '. ‹,)1• ,p; ' e vi "' \ ; , •• ••.•-k s , -1 1W .. ,eh r -:•.•,.,.. z., -.‘ •:--. ..1 .s.. '%-' z.. ->. . - -• .• 1 . . •.• .. t i: .., . „Si : • ...*•••;:: -1 , j.t . . t .5'1'. .. s . l '. ..• CP', - ' 4,,,,Ct4:, -- 41%..1.• - r . , . ,-; „ '4. ::', z •-• ••••*: tf» , ..5,:•'.7 .. , i4 1 NI» War C. i n et ..a 4:. > 4 ^ 414 1.4 11. ' Sb I 7 1, ‘4. s -• g!`"4111^ s . se- 14- . ?».A• -•••• •••••• ,••••txkl-f % d. 4: - •fi 4 Z., :er or' e . se, .51 ,f ç !II I •:* e 41 4: ••••• l• • • sal 1 -t; ••••• 4 •• •!•• a. klIfiS *. a. :z• ir G

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

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Meio: Imprensa

País: Portugal

Period.: Semanal

Âmbito: Interesse Geral

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A covid-19 está a impor um desafio económico nunca

visto, que terá efeitos fortes nos seus

rendimentos. Saiba oque pode fazer.

Por Bruno Faria Lopes

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Nil o meio da incerteza de uma crise inédi-ta — gerada por um vírus cujo combate não tem fim à vista — há uma certeza:

"Com a queda de produção vamos ter uma quebra de rendimento", explica à SÁBADO Fernando Ale-xandre, investigador da Universi-dade do Minho. A queda não vai ser só aquela que irá ser sentida por quem vai entrar em lay-off (a receber 65% do salário base bruto) ou pelos milhares de pessoas que vão perder o emprego. Vai ser de todos. "Já disse aqui aos meus cole-gas da faculdade que não contem com um dos subsídios de férias", revela Fernando Alexandre. O avi-so não é a brincar.

A contenção do vírus para travar a crise de saúde pública está a ge-rar uma segunda onda de crise: a económica. O duplo choque abrupto e brutal na procura (com pessoas que gastam menos) e na oferta (com empresas fechadas) está a gerar previsões inéditas: a Universidade Católica, por exem-plo, prevê como cenário central uma queda de 10% do produto in-terno bruto este ano, mais do que durante todo o período da troika. O desemprego, nesse cenário, sal-ta para mais de 14%.

Em várias vertentes dos rendi-mentos das famílias há uma certe-za de choque negativo, embora a dimensão e o tempo de recupera-ção sejam nesta fase uma incógni-ta. As recomendações e orienta-ções que vai encontrar abaixo, ci-tando especialistas, são feitas no meio de grande incerteza, sobretu-do quanto ao papel que o Estado (primeiro financiados nesta crise) e a banca (a segunda linha) vão ter. São pistas para se adaptar ao que aí vem — sendo que, nesta fase, ainda ninguém sabe dizer ao certo o que aí vem.

IMOBILIÁRIO Siga todas as notícias

sobre a crise da Covid-19 em www.sabado.pt

O cenário pouco animador "Neste momento está tudo pa-

rado", diz Pedro Coelho, admi-nistrador da Square Asset Mana- O

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DERÁ SUBIR PARA OS 1496

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Destaque OR DOSSIE

O gement, que gere uma carteira de dezenas de milhões de euros em imobiliário. "Não há visitas a casas e não há notários para fazer escrituras", explica. Os proprietá-rios que querem vender não abrem as portas de casa a estranhos, os compradores também não se me-xem e só metade dos notários está a funcionar e com limitações. En-tre os agentes há. muita preocupa-ção. O congelamento afeta tam-bém os negócios já contratualiza-dos e ainda por finalizar — há mi-lhares de contratos promessa com escrituras pendentes.

O que vai acontecer aos preços das casas? Os analistas, gestores e agentes ou-vidos pela SÁBADO destacam a difi-culdade de fazer previsões no meio de tanta incerteza, mas de um modo geral não parecem ter dúvidas: o mercado vai cair pela primeira vez desde os anos da troika. O choque nos rendimentos de milhares de pessoas vai reduzir a procura do-méstica — que até aqui excedia a oferta de casas centrada nas usadas — e deverá aumentar a pressão ven-dedora de quem precisa de liquidez ou de quem não consegue, depois das moratórias concedidas pelos bancos, suportar os empréstimos.

"Nos últimos anos foram conce-didos montantes muito significati-vos de crédito pelos bancos, muito próximos do limite da taxa de es-forço", diz Nuno Rico, da De-co/Proteste, que admite preocupa-ção com a subida prevista no de-semprego. A situação será um teste também para quem investiu com crédito da banca em imobiliário para alojamento local. "Vendemos dezenas de apartamentos assim", conta João Nuno Magalhães. O di-retor-geral da Predibisa, no Porto, admite que o segmento de luxo aguente e que o produto para a

o Problemas na economia

António Costa e Mário Centeno enfrentam dificuldades: a crise

de saúde pública está a gerar uma segunda crise de efeito difícil de

prever - a económica

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Âmbito: Interesse Geral

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Arrendamento Rendas vão cair, mas contratos não serão longos

"Os tempos adivinham-se di-

fíceis e a fonte de rendimento

que tinha alterou-se drastica-

mente. (...) Estamos certos de

que o poderemos auxiliar a en-

contrar uma solução adequada

ao seu caso. Poderá passar por

transitar de alojamento local

para arrendamento de longa

duração". A mensagem de um

agente imobiliário de um fran-

chisado da Remax, lida pela SÁ-

BADO, chegou no dia 23 à caixa

de mensagens de um proprietá-

rio de alojamento local em Lis-

boa, que viu o negócio desapa-

recer em dias. Os agentes, pres-

sionados para fazerem negócio,

já se estão a mexer - e o arren-

damento pode ganhar. "É de

esperar que haja um impulso

neste mercado", diz Ricardo

Guimarães. A queda esperada

no preço das casas e a situação

no AL vão ditar uma redução

do preço das rendas novas -

mas não um alongamento dos

prazos. Os proprietários que

não venderem não deverão ar-

riscar prazos longos, devido ao

receio sobre as mudanças cons-

tantes na lei e ao risco desta op-

ção para os senhorios.

Imobiliário vai sofrer A covid-19 veio pôr fim a um ciclo

efervescente de recuperação e valori-

zação do imobiliário, focado em Lis-

boa e no Porto, que arrancou em 2014

414

classe média sofra mais, mas esta visão não é consensual.

Para Ricardo Guimarães, que li-dera a Confidencial Imobiliário, a crise de 2008 mostrou que os aba-los grandes são sentidos em todos os segmentos. Ninguém quer fazer previsões numéricas. "Vai depen-der do tempo que isto [a incerteza induzida pela pandemia] durar", diz Pedro Coelho. João Nuno Ma-galhães acrescenta o papel da banca. "Isto vai acender as luzes vermelhas nos bancos", avisa. Na China, um mercado diferente, o novo coronavírus levou a quedas superiores a 30% no volume de vendas — e a quedas nos preços, ainda por divulgar.

valorizações que vão ocorrer agora — e concorda que, para quem pos-sa, esta vá ser uma fase boa para comprar. Para quem esteja no polo oposto, sob pressão financeira para cumprir a dívida, é sempre melhor falar com o banco antes de vender (leia a parte do crédito mais à frente neste trabalho).

mesmo cenário. O Governo, o Ban-co de Portugal e a Associação Por-tuguesa de Bancos estão a finalizar um decreto-lei sobre moratórias no pagamento de prestações dos cré-ditos de pessoas e pequenas e mé-dias empresas, mas nem todos se-rão beneficiados. Há, depois, outro efeito. A resposta dos bancos cen-trais à crise económica, anunciando mais injeção de dinheiro na econo-mia, fez mergulhar ainda mais as taxas de juro. que deverão ficar ne-gativas por mais tempo.

DIVIDAS AO BANCO A intervenção do Estado

O MERCADO IMOBILIÁRIO "É UMA MA-

RATONA", MAS DOIS ANOS PO-

DEM SER SU-

FICIENTES PARA RECU-

PERAR

O impacto da paralisação eco-nómica está a deixar milhares de pessoas sem liquidez para cumprir as suas obrigações com o banco —um gerente de um balcão no centro do país, de um dos maiores bancos, conta que "o telefone não tem pa-rado" com pedidos de clientes para acederem à moratória no paga-mento dos créditos. A associação de defesa do consumidor Deco narra o

O que fazer? Se puder, não venda Ricardo Guimarães recorda o exemplo da última crise para ilus-trar o seu ponto: quem não for for-çado pelas circunstâncias a vender, deve ficar quieto. "Quem vendeu na crise porque assumiu que a ausên-cia de compradores e expectativas iria durar arrependeu-se", diz. Os próximos meses prometem ser du-ros, mas "o mercado imobiliário é de longo prazo, é uma maratona", lembra este analista. O diretor da Confidencial admite, sempre subli-nhando a incerteza que rodeia estas previsões, que dois anos podem ser suficientes para recuperar das des-

Quem pode beneficiar? O decreto-lei que o Governo está a preparar vai definir o mínimo O

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Destaque O GOSSIE

mento base bruto) ou para quem tenha perdido o emprego. As pes-soas terão de pedir ao banco a mo-ratória, apresentando um formulá-rio simples atestando a sua situação laboral e que não têm dívidas à Se-gurança Social e ao Fisco. Pequenos empresários por conta própria es-tão também entre os abrangidos. A lei pode ainda mudar, mas em prin-cípio o regime será para os mais prejudicados pelo impacto econó-mico da covid-19. A lei cria um chão comum e não impede cada banco de ir mais longe: a Caixa Ge-ral de Depósitos, por exemplo, já anunciou que irá alargar a morató-ria ao crédito ao consumo. Se não puder aceder a este regime há ou-tros caminhos possíveis.

Crédito Os bancos vão fechar a torneira?

HÁ UMA VIA IMPORTAN-

TE A SEGUIR: FALAR COM

O BANCO ANTES DE

ENTRAR EM INCUMPRI-

MENTO NO CRÉDITO

O que todos os bancos terão de fa-zer para aliviar as obrigações fi-nanceiras das pessoas — a ideia base é que as pessoas deixem tem-porariamente de pagar a prestação. Até ao fecho desta edição, a versão de trabalho mais recente da lei ain-da em redação punha a moratória a durar pelo menos seis meses, es-tando o Governo ainda a estudar se seria estendida até ao final do ano. A ideia — num documento ainda sujeito a eventuais mudanças — é suspender o pagamento de capital e de juros, mas só no crédito à ha-bitação, empurrando o prazo do crédito para a frente.

No caso dos particulares nem to-dos podem aceder. A moratória será para quem está em regime de lay- off (a receber 66% do venci-

Fale com o banco antes de não conseguir pagar Para o período após a moratória —

ou para quem não seja abrangido pela moratória e esteja sob pressão financeira forte — há uma via im-

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, não espera que a ban-

ca mude de forma drástica os critérios para concessão de cré-

dito às famílias. O consultor fi-

nanceiro Rui Cunha Santos par-

tilha o ponto de vista: a banca terá muita liquidez, fornecida pelos bancos centrais e custo muito baixo, e o crédito é o ne-

gócio onde podem fazer mar-

gem financeira. Mas um geren-

te de um balcão de um grande banco no centro do País, ouvi-

do sob anonimato, admite que possam ser apertados critérios como a taxa de esforço elegível (o peso da prestação no rendi-

mento), mas não tinha ainda di-

retrizes sobre o que fazer. A in-

certeza é enorme: uma queda brutal da economia vai dinami-

tar as carteiras de crédito e o capital da banca. O efeito é difí-

cil de prever.

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Créditos à habitação A Caixa Gerai de Depósitos foi o primeiro banco a anunciar uma moratória de seis meses para os créditos à habitação e consumo.

Falta conhecer o decreto-lei do Governo.

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QU DADE

pessoa que pediu 38 mil euros de crédito pessoal para pagar dívidas de cartões e um descoberto autori-zado de 6 mil euros passou de uma taxa média de juro de 16% para 8% - é passar de 1.700 euros para 840 euros mensais.

-

QUEM TIVER UMA HIPO-

TECA COM UM SPREAD ACIMA DE 1,5% DEVE RENEGO-

CIAR COM O BANCO

QUEM QUI-

SER PEDIR UM CRÉDITO A TAXA FIXA

TEM UMA OPORTUNI-

DADE DOU-

RADA - VÃO CAIR ABAIXO

DOS 2%

Taxa fixa: uma oportunidade única Chamam-se taxas swap e servem de referência à taxa de juro nas hi-potecas a taxa fixa. O impacto da covid-19 voltou a fazer mergulhar estas taxas até quase ao zero abso-luto - isto significa que quem quiser pedir um crédito a taxa fixa tem uma oportunidade dourada. As ta-xas fixas vão cair bem abaixo dos 2% - há bancos, como o BPI, a faze-rem 1,75% para os melhores clien-tes. Vai ficar a pagar mais do que com taxa variável (que está negati-va), mas vai "blindar" a prestação mensal a uma taxa baixa por muito tempo - está a fazer um seguro a bom preço.

Se a crise presente não lhe tiver roubado toda a margem este é um "extra" de despesa mensal que pode valer a pena para dormir des-cansado. Nota final: a taxa fixa só compensa para períodos longos e para quem não tiver margem para amortizar antecipadamente (a co-missão sobre amortizações anteci-padas é de 2% na taxa fixa e de 0,5% na variável). Caixa, Bankinter, BPI, Novo Banco e Unión de Credi-tos Inmobiliarios são exemplos de bancos com opções a 30 anos. Se tiver um crédito recente com spread baixo e taxa variável consi-dere também mudar para este se-guro - pergunte que taxa lhe ofere-ce o seu banco e peça uma simula-ção para perceber se pode acomo-dar esse gasto adicional.

Desemprego a subir A taxa de desemprego pode

superar 14% este ano - a despe-

sa da Segurança Social, que financia outros apoios de emergência, vai explodir

portante a seguir: falar com o banco antes de entrar em incumprimento no crédito. "O poder negocial de quem já incumpriu é muito menor", explica Nuno Rico, analista da De-co/Proteste. Caso o banco não res-ponda saiba que o pode obrigar a fazê-lo ao abrigo do PARI, o Plano de Ação para a Prevenção do In-cumprimento. "O banco fica obriga-do a apresentar uma solução de pa-gamento alternativa para tentar evitar o incumprimento", diz Nuno Rico. Pode ser o próprio banco a acionar o PARI, caso perceba sinais de degradação financeira no clien-te. Se a dificuldade em pagar for real o banco terá incentivo em fle-xibilizar para não afundar o cliente. Se o banco mesmo assim não der resposta faça queixa ao regulador, o Banco de Portugal. Lembre-se: an-tecipe dificuldades e comunique. Faz diferença.

ciar a perder o cliente", explica Nu-no Rico. Rui Cunha Santos, consul-tor da Doutor Finanças, empresa que reorganiza e renegoceia crédi-to e outros produtos financeiros, prevê que este interesse da banca aumente num tempo em que es-casseiam outros produtos para ge-rar lucro. "Nas renegociações as pessoas já pagaram parte do crédi-to e o rácio de financiamento sobre a garantia até é mais atraente", ex-plica. Olhe também para os seguros de vida do seu crédito à habitação - pode também renegociar aí e transferir para outra instituição. Se não o quiser fazer por si saiba que há empresas que comercializam esse serviço, como a Doutor Finan-ças ou a Reorganiza.

A hora "h" para renegociar... A descida das taxas de juro para va-lores ainda mais baixos e por mais tempo oferece uma via importante de poupança para as famílias que tenham créditos à habitação e ao consumo por renegociar - estas prestações são das despesas fixas maiores das famílias e este é o tem-po para apertá-las.

Quem tiver uma hipoteca com um spread acima de 1,5% deve re-negociar com o banco - o spread mais baixo em vigor, para os me-lhores clientes, está em 1%. A forma de fazê-lo é recolher ofertas alter-nativas de outros bancos e apre-sentá-las ao seu banco. "Na maio-ria dos casos o banco prefere nego-

... e para refinanciar créditos pessoais Na vertente de crédito ao consumo o caminho não é renegociar - a taxa é fixa - mas refinanciar: con-trair um novo empréstimo que pa-gue os créditos anteriores (pes-soais, do cartão de crédito, desco-bertos bancários autorizados) a taxa mais elevada. A poupança mensal é grande. O exemplo narra-do por Cunha Santos para a SÁBA-DO em setembro passado "man-tém-se atual", diz o consultor. Uma

POUPAR INVESTIR O mundo a afundar O O impacto da paralisação eco-nómica está a afundar as bolsas mundiais - a portuguesa está em mínimos de 1993 e a norte-ameri-cana no valor mais baixo em quatro anos. Os fundos que investem em ações e em dívida (obrigações) O

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o Ajuda europeia

O governador do Banco de Portu-

gal, Carlos Costa, juntou-se ao gru-

po dos que pedem um financia-

mento europeu conjunto para su-

perar a crise gerada pela covid-19

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Impacto nos bancos O impacto da crise no capital dos bancos será enorme e gera outra

frente de incerteza

O estão a sofrer perdas pesadas, in-cluindo os PPR mais agressivos. As taxas de juro estão a acentuar os valores muito baixos.

Apesar de tudo, não entre em pânico É difícil assistir à desvalorização diária do património investido sem reagir — vários investidores estão a fazer isso, vendendo nesta fase de pânico e pondo tudo em liquidez (o "dash for cash"). Contudo, para quem tiver um plano automático de poupança numa carteira diver-sificada e não precise de desblo-quear esses fundos, o conselho é

Reforma Quando deve mudar de PPR

para não vender e para manter os reforços, caso estes sejam de pe-quenas quantias. "Não entre em pânico vendendo indiscriminada-mente todos os ativos", recomenda João Sousa, analista financeiro da Deco. "É muito difícil fazer previ-sões sobre a evolução das bolsas a curto prazo, sobretudo numa altura histórica e inédita como esta. Po-rém, no longo prazo, as oscilações de curto prazo tenderão a diluir--se", acrescenta numa nota divul-gada pela associação, na qual reco-menda "não ir atrás das subidas ou descidas repentinas".

As crises das empresas tecnoló-gicas em 2000 e financeira em 2008 são exemplos de quedas enormes, seguidas de recupera-ções efusivas. David Almas, ana-lista financeiro e autor da news-letter de finanças pessoais "Tlim", partilha este ponto de vista. "O mercado caiu 33% desde o pico e para voltar a esse pico terá de su-bir 50%", explica. "Se o investidor acreditar que o mercado vai vol-

"NÃO ENTRE EM PÂNICO VENDENDO INDISCRIMI-

NADAMENTE TODOS OS

ATIVOS", RE-

COMENDA JOÃO SOUSA

C Mercados em queda

As bolsas caíram mais de 33% desde o pico e a praça de Lisboa

está em mínimos de 1993

Se tiver aplicado dinheiro num PPR que investe em ações e estiver perto da idade de re-

forma - 57 anos ou mais - esta é a altura para mudar para um PPR mais conservador, reco-

menda a Deco/Proteste. Tem menos tempo para recuperar eventuais perdas até à reforma e deve reduzir o risco, passando para um PPR com capital garan-

tido. Se tem tempo mantenha a estratégia - mesmo que o me-

lhor PPR agressivo do mercado, o Alves Ribeiro, esteja a cair quase 12% (nota: valorizou mais de 15% no ano passado).

tar a esse pico dentro de seis anos, por exemplo, a taxa de re-torno anual será muito boa, de 6,9%", acrescenta. A crise abre também uma oportunidade para afinar a gestão da carteira — pode aproveitar eventuais menos-va-lias para trocar de fundo de in-vestimento, para um melhor que tinha em vista, sem ter de pagar o imposto.

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esse fundo — por exemplo, com uma ordem de transferência de 5% do or-denado que aterra na sua conta, para uma conta poupança.

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DEVO PAGAR A PRESTA-

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TUGUESES FAZEM A ES-

COLAS, UNI-

VERSIDADES OU GINÁSIOS

Não tem fundo de emergência? Faça um Esta crise está a testar a liquidez das famílias portuguesas e é exemplifi-cativa sobre a necessidade de ter um fundo de emergência que seja líqui-do — numa conta a prazo, por exem-plo. Para muitas famílias atiradas para uma situação de pressão gran-de esta não é altura para fazer um fundo — simplesmente não conse-guem. Para quem tem margem, con-tudo, e não tem ainda liquidez asse-gurada para cobrir no mínimo as despesas de seis meses (ou de um ano se for trabalhador independente) este é o tempo para desenhar esse fundo — não só por segurança, mas porque lhe permite não ter de tomar medidas lesivas (como vender com perdas, por exemplo, ou contrair créditos pessoais caros) para fazer face às despesas. A poupança men-sal que conseguir amealhar pode ser desviada de forma automática para

serviço está a ser feita. Se não esti-ver, como é o caso de uma creche ou da piscina, então não há lugar a pagamento, segundo o Código Civil. Se houver algum tipo de prestação — aulas virtuais, por exemplo — Ca-tarina Monteiro Pires aponta que existe espaço à negociação entre as partes, tendo como ponto de partida ovolume do serviço que é prestado face à situação normal. A Deco par-tilha do mesmo ponto de vista e dei-xa uma sugestão a todas as partes no caso das escolas. "Sem prejuízo dos direitos dos pais, deve haver bom senso e compreensão por este momento extraordinário e imprevi-sível que vivemos. Não faz sentido que as instituições e demais presta-dores de serviços exijam o paga-mento de novas mensalidades, nem que os pais vão a correr exigir reem-bolsos, enquanto não há maior defi-nição relativa ao resto do ano es-

colar, letivo e desportivo". O

Escola fechada: devo pagar? o É uma pergunta que milhares de pessoas estão a fazer a escolas e universidades privadas, empresas de transporte escolar, ginásios ou institutos de línguas: o que fazer ao pagamento se não há serviço? O primeiro passo é ler o contrato que assinou com a escola ou o prestador de serviço, explica Catarina Montei-ro Pires, advogada da Morais Leitão, que tem uma tese de doutoramento sobre incumprimento perante a al-teração de circunstâncias. "Se o contrato tiver uma cláusula sobre o encerramento e sobre o que fazer ao pagamento então é essa que pre-valece", indica. Nos casos em que o contrato seja omisso há que ver se o estabelecimento está fechado por imposição da lei do governo (de 23 de Março) para travar a covid-19. Se for esse o caso — como é nas esco-las, ginásios, universidades, etc. — há depois que ver se a prestação do

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As outras moratórias A EDP ou a Galp suspenderam os cortes

Entre as despesas fixas a que não se pode fugir estão as chama-

das utifities: água, gás e eletricida-

de. Todas as empresas anuncia-

ram a suspensão do corte dos ser-

viços caso não haja pagamento. Para já estas são suspensões com prazo curto - a EDP suspendeu os cortes por duas semanas. Fonte oficial da empresa diz que a EDP Comercial "tem vindo a comunicar aos seus clientes a possibilidade de flexibilizar o prazo e modo de pagamento das faturas, sempre que seja manifestada essa necessi-

dade". Esta flexibilização passa pelo "diferimento da data de pagamen-

to" e do "parcelamento do valor em dívida, sem juros". No gás, a. Galp responde que além da sus-

pensão do corte - determinada pelo regulador, a ERSE - está "a de-

senhar planos de pagamento ade-

quados às necessidades concretas de cada cliente". Nas águas, a flexi-

bilidade varia de município para município, sendo que todos deixa-

ram de cortar o serviço. Se estiver em dificuldades comunique-as à empresa - e tente chegar a acordo.

o Comprar e vender casa

Se puder, não venda a sua casa. Já para quem possa, esta deverá ser

uma boa fase para comprar. Se esti-

ver sob pressão para cumprir a dívida, fale com o banco antes de vender

O Faça orçamentos para decidir São vários os inquéritos que reve-lam uma percentagem elevada de inquiridos que não sabem ao certo quanto gastam por mês, muito me-nos onde (a Cetelem, o braço de crédito ao consumo do BNP Pari-bas, apontava para 8096). Para poupar em tempo de dificuldades é essencial começar por perceber exatamente onde gasta e, para isso, precisa de ser rigoroso na orça-mentação: quanto ganha e quan-

o Turismo afetado

Vale 10% do emprego na economia e está a ser eviscerado. A recuperação dependerá do fim da crise de saúde

- e do impacto da recessão

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POUPAR SEM ORÇAMEN-

TAR PODE SER CORTAR ÀS CEGAS. É ESSENCIAL PERCEBER

EXATAMEN-

TE QUANTO GASTA

E ONDE

OS BANCOS TAMBÉM

DISPONIBI-

LIZAM FER-

RAMENTAS DE GESTÃO DOS EXTRA-

TOS. A MAIS COMPLEXA É A DABOX, DA CAIXA

to/onde gasta. Se tiver várias contas bancárias é difícil fazê-lo numa fo-lha de cálculo, mas há ferramentas que o ajudam. O Boonzi, por exem-plo, é uma aplicação que o ajuda a compilar e catalogar as despesas de várias contas através do simples "arrastar" do extrato (copy e paste das operações) para a folha da aplicação. Esta depois separa por categoria de gasto, permitindo fixar metas por categoria, antecipar quanto dinheiro sobra no final do mês ou perceber porque fica no vermelho todos os meses.

O programa custa 40 euros na versão mais cara (há uma versão light gratuita). Os bancos também disponibilizam ferramentas de gestão dos extratos, permitindo (desde a entrada em vigor da nova diretiva europeia de pagamentos) na generalidade dos casos reunir informações de outros bancos em que tenha conta. A mais completa é a Dabox, lançada pela Caixa Ge-ral de Depósitos, que é gratuita e a que pode aderir mesmo se não for cliente da Caixa: permite centrali-zar a gestão dos extratos e fixar também objetivos de poupança por categoria. Poupar sem orça-mentar pode ser cortar às cegas. Orçamente. O

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O CONTÁGIO 4f OS PAÍSES QUE ESTÃO A DERROTAR A PANDEMIA DIÁRIOS DO CORONAVÍRUS