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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE FORMAÇÃO CONTINUADA: REFLEXÃO SOBRE AS TÉCNICAS DE ENSINO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA AÇÃO PEDAGÓGICA DO DOCENTE. Por: Aryana Maria Colombo de Souza Orientador Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Rio de Janeiro 2010

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    FORMAO CONTINUADA: REFLEXO SOBRE AS TCNICAS DE ENSINO E SUA CONTRIBUIO PARA AO PEDAGGICA

    DO DOCENTE.

    Por: Aryana Maria Colombo de Souza

    Orientador

    Prof. Dr. Vilson Srgio de Carvalho

    Rio de Janeiro

    2010

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

    FORMAO CONTINUADA: REFLEXO SOBRE AS TCNICAS DE ENSINO E SUA CONTRIBUIO PARA AO PEDAGGICA

    DO DOCENTE.

    Apresentao de monografia Universidade

    Candido Mendes como requisito parcial para

    obteno do grau de especialista em..Orientao

    Educacional e Pedaggica.

    Por: . Aryana Maria Colombo de Souza

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a todos os educadores do Instituto A Vez do Mestre que me

    inspiraram a prosseguir com minha carreira acadmica e aos velhos e novos

    amigos, particularmente a Joicy Jaqueline, Elane que me ajudaram com textos

    e livros para elaborar esse trabalho, meus queridos pais e irmos que me

    ajudaram sempre e a Deus por me dar sade e f para sempre recomear.

  • 4

    DEDICATRIA

    Dedica-se essa monografia aos meus pais, irmos e amigos que

    contriburam com a confeco dessa monografia.

  • 5

    RESUMO

    O trabalho monografia objetiva refletir sobre a importncia das

    estratgias e tcnicas de ensino no desenvolvimento da aprendizagem em sala

    de aula. Tal tema relevante por considerar que as estratgias e tcnicas de

    ensino so um importante passo para o favorecimento do alcance dos objetivos

    educacionais pelo aluno e tambm um instrumento colaborativo que auxilia o

    docente a gerar novas situaes de aprendizagem. Como as estratgias e

    tcnicas de ensino esto associadas ao papel do orientador educacional, o

    planejamento e o impacto do tecnicismo na educao esses conceitos estaro

    presentes ao discutirmos a utilizao das estratgias e tcnicas de ensino na

    sala de aula.Sabemos que, alm desses aspectos citados, as estratgias e

    tcnicas de ensino reflete sobre a formao continuada dos professores ao

    desenvolver o conhecimento de diversas estratgias ou tcnicas de ensino

    que contribuam para o aprendizados dos alunos.Nesse sentido,Orientador

    Educacional dever mudar essa perspectiva mostrando que essas estratgias

    e tcnicas de ensino so um importante instrumento norteador da ao

    pedaggica do docente, por considerar a diversidade cultural e social de cada

    aluno e como tambm favorecer o desenvolvimento das diversas facetas do

    docente ao propor atividades educativas que estimulem o reflexo crtica e

    contextualizada a vez e voz dos alunos ao argumentar conceitos em um

    trabalho em grupo ,oportunizar aprendizagem com o outro; enfim propiciar

    prticas sociais democrticas consubstanciando aprendizagens colaborativas.

  • 6

    METODOLOGIA

    O trabalho monogrfico procurou investigar sobre a relevncia da

    utilizao das estratgias e tcnicas de ensino baseado em uma leitura

    preliminar de publicaes acadmicas na biblioteca da Universidade A Vez do

    Mestre sobre o tema. Depois, da coleta de dados sobre o tema, h uma

    investigao tericos sobre o objeto e o problema da pesquisa, pautados em

    investigaes de livros e artigos acadmicos. Desse modo, o trabalho

    monogrfico foi elaborado atravs de uma pesquisa bibliogrfica para a

    obteno do conhecimento para solucionar o problema atravs da busca de

    referncias sobre o assunto estudado em publicaes anteriores.

  • 7

    SUMRIO

    INTRODUO 8

    CAPTULO I - Tecnicismo pedaggico: um breve histrico 10 CAPTULO II - Tcnicas e estratgias de ensino: critrios e formas de utilizao em sala de aula. 18 CAPTULO III A ao do orientador Educacional no cotidiano escolar. 29 CONCLUSO 37 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40 NDICE 43 FOLHA DE AVALIAO 44

  • 8

    INTRODUO

    O presente trabalho monogrfico procura investigar a relevncia das

    tcnicas e estratgias de ensino como elementos norteadores para o

    desenvolvimento da aprendizagem dos educandos na sala de aula e para o

    desenvolvimento de uma ao pedaggica crtica e democrtica por parte do

    docente. A utilizao de estratgias ou tcnicas de ensino est associada ao

    impacto do tecnicismo educacional na educao, a prtica educativa do

    docente a ao do Orientador Educacional, o planejamento. Entendemos que,

    abordar sobre esse tema aprofundar reflexes sobre as estratgias de ensino

    e, conseqentemente, a formao de professores para que contribua para o

    desenvolvimento de pesquisas acerca da utilizao das estratgias de ensino

    para a melhoria da aprendizagem dos alunos.

    O uso de estratgias ou tcnicas de ensino representa uma nova

    perspectiva sobre prtica educativa do docente, o que nos leva a refletir sobre

    o conceito de que a docncia no pode ser somente limitada ao domnio de um

    contedo, como tambm essa docncia no pode ser analisada sob o

    pressuposto do para que serve e como ensinar determinada contedo.

    A partir dos textos lidos e das discusses em sala de aula no perodo da

    ps-graduao no Instituto A Vez do Mestre pude perceber que as estratgias

    ou tcnicas de ensino so importante instrumento para o desenvolvimento da

    aprendizagem pautado em um objetivo e na execuo desse objetivo.

    Alm desses aspectos, as estratgias ou tcnicas de ensino refletem sobre

    ao do Orientador Educacional e a importncia do planejamento para

    adaptao dessas tcnicas aos objetivos educacionais e para o surgimento de

    novas prticas educativas pautadas na realidade do educando.

  • 9

    Segundo Luck(2008), o Orientador Educacional deve propor uma ao

    pedaggica continua e integrada ao currculo escolar , privilegiando a atuao

    do docente atravs de um papel ativo e de relevncia.

    Diante destas duas perspectivas, esta pesquisa se prope a aprofundar

    reflexes sobre estratgias ou tcnicas de ensino e, conseqentemente a ao

    pedaggica para que contribua para o desenvolvimento de pesquisas acerca

    da construo de novas estratgias e tcnicas de ensino que contribuam para

    o desenvolvimento de prticas educativas que assegurem a aprendizagem dos

    alunos.

  • 10

    CAPTULO I

    O TECNICISMO PEDAGGICO: UM BREVE HISTRICO

    Ao tratarmos de tcnicas de ensino, sugerido o tecnicismo, e esta

    tecnologia por muitas vezes associada ao desenvolvimento, e

    conseqentemente a modernizao: sendo algumas dessas tcnicas associadas

    ao capitalismo, distinguindo-se dos horizontes que pregam preocupao com a

    sociedade e com o homem que nela vive, ou seja, tais conceitos tm uma

    significao distinta: a modernizao, o desenvolvimento, a tecnologia no podem

    ser destacados do para qu e a quem servem.

    As tcnicas de ensino so principal componente do processo pedaggico-

    escola que estabelecem relaes com a dinmica da relao social (professor e

    aluno), sendo um importante instrumento colaborativo das atividades de

    aprendizagem. Diferentemente, o tecnicismo que apenas interessava-se com a

    dimenso tcnica da educao escolar.

    Para Arajo (2008), os fundamentos do tecnicismo remotam no incio do

    sculo XX com as teorizaes de Frederick W. Taylor e Henri Fayol e

    posteriormente com a pesquisa sobre controle e comunicao entre animais de

    Norbert Wiener , a partir da publicao de sua obra , Cybernetcs,em 1948 com a

    anlise de sistemas de Von Bertalanffy , de Boulding , de R. Gagne,sobre as

    concepes de ensino ligadas utilizao de recursos audiovisuais com a

    psicologia comportamentalista de educao de B.F.Skinner.

    Segundo Mesquita (2008), o perodo do 1956-1961 com a reformulao do

    plano de metas de Juscelino Kubistschek aconteceu a primeira experincia de

    planejamento governamental no Brasil. Com esse plano , tambm pela primeira

  • 11

    vez no pas. se introduz formalmente a educao com um dos setores prioritrios

    para o desenvolvimento econmico (ZAINCO,2000,p.132).

    Alguns anos depois, no governo de Jnio Quadros a educao ganha um

    novo significado, pois pra manter o desenvolvimento industrial do pas era

    necessrio um plano educacional, com a ascenso cultural do povo. Como afirma

    Ribeiro(1993),com a ampliao do conceito de educao e de sua importncia

    para o desenvolvimento econmico surge a necessidade de planejar a educao

    em articulao com o planejamento econmico , social e global.

    Segundo Arajo (2008) a dcada de 60 e 70 , havia a um expectativa nesse

    tecnicismo pedaggico devido o aparecimento de um instrumentao

    tecnologicamente bem eficiente ou por mecanismo de conduo de determinadas

    tcnicas associadas a palestras , cursos e treinamentos, instrumentao e os

    benefcios dessas tcnicas no processo ensino aprendizagem. Essa

    instrumentao somente se fez possvel devido participao do Brasil no

    processo de modernizao.

    Como tambm, nessa poca houve uma necessidade de renovao os

    recursos humanos devido modernizao do pas. Com o conhecimento de que

    diversas teorias psicolgicas, pedaggicas, de comunicao utilizada na Europa

    que serviam de base para o desenvolvimento do trabalho escolar, resultando na

    reduo de custos e tempo. O sucesso da aplicao dessas teorias nesses

    pases foi um fator determinante para introduo das mesmas no sistema escolar

    brasileiro, sobretudo devido aos altos ndices de evaso e repetncia nesse

    mbito.

    Na dcada de 80, houve um grande nmero de crticas ao tecnicismo

    auxiliadas pelos benefcios proporcionados pelas teorias crtico-reprodutivistas

    como tambm pela discusso sobre as mesmas. O tecnicismo e as prticas

    pedaggicas fundadas na utilizao de recursos tecnolgicos ou no passaram

    ser vistas com um paradigma pouco confivel e, portanto no recomendvel

    pratica doente, passando a ser tornar alvo de anlise e criticas de diferentes

    campos do conhecimento. Com essas inmeras crticas ao tecnicismo, houve um

    processo de Com essas inmeras crticas ao tecnicismo, houve um processo de

    desvalorizao da dimenso tcnica do ensino. E, o tecnicismo e a dimenso

    tcnica do ensino passaram a ser vistos como elementos associados

  • 12

    Devido a crise do Brasil moderno e com a critica a racionalidade objetivista ,

    a sociedade analisou a pedagogia tecnicista como neutra e eficiente aplicvel a

    quaisquer situaes. Com a tcnica sendo supervalorizada no mbito do

    tecnicismo, certos componentes do processo pedaggico passaram a ser

    subordinados dimenso tcnica: a relao pedaggica tornou-se descentrada e

    distinta da realidade do aluno o que acabou afetando a relao professor e aluno.

    1.2 A Didtica e os fundamentos para uma pedagogia tecnicista.

    Como relatamos anteriormente devido a crescente industrializao do pas

    e o fracasso do modelo escolanovista na educao surge uma nova proposta

    educacional denominada tecnicismo pedaggico ou pedagogia tecnicista.

    Segundo afirma Saviani (2007), o fracasso da Escola Nova, deu o impulso para a

    da Escola Tecnicista no cenrio educacional brasileiro, no entanto, esse evento

    favorecido pelo golpe militar ocorrido em maro da dcada de 1964.

    Com uma nova configurao poltica e social e o fracasso da Escola Nova

    preciso adequar o sistema educacional a poltica e economia do regime de

    ditadura e insere; [...] na escola um modelo de racionalizao do sistema de

    produo capitalista (LIBNEO, 1993,p.29).Desse modo, o modelo tecnicista de

    educao implantado e legitimado por duas Leis de Diretrizes e Bases da

    Educao Nacional: a LDB 5.540/68(Reforma do Ensino Superior) e LDB 5.692/71

    (Reforma do ensino de 1 e 2 grau),atual Ensino Fundamental.

    Essa nova proposta educacional baseia-se no pressuposto da neutralidade

    cientifica e das premissas da eficincia, da produtividade e da racionalidade.

    Sendo assim, passou-se a defender a reordenao do processo educativo de

    maneira a torn-lo objetivo e operacional(SAVIANI,1984,p.15).Essa nova

    configurao social foi uma conseqncia do que ocorreu no trabalho fabril , visto

    que a sociedade modificou sua forma de trabalho passando do modelo artesanal

    para o modelo industrial. Esse novo modelo, o trabalhador adaptou-se ao

    processo de trabalho que passa a ser organizado de forma parcelada, sendo

    assim, o produto passou a ser decorrente da forma como foi organizado o

    processo(ALTO,2005,p.1).

  • 13

    Sendo assim, na tentativa o de entender as exigncia de trabalho da poca,

    a pedagogia tecnicista buscou planejar a educao de modo a dot-la de uma

    organizao racional capaz de minimizar as interferncias subjetivas que

    pudessem pr em risco a eficincia(SAVIANI,1984,p.96).

    A principal caracterstica da pedagogia tecnicista a padronizao dos

    sistemas de ensino atravs de planejamentos formulados previamente formulados

    e que devem ser apropriado s diferentes modalidades de prticas pedaggicas.

    Tambm apresenta como elemento principal, a organizao racional dos meios,

    posicionando o professor e o aluno em posies secundrias.

    Essa concepo pedaggica, o objetivo principal treinar os alunos para o

    mercado de trabalho (a industria).Sendo assim, o aluno considerado um

    recipiente, em que so depositados as informaes. Nessa perspectiva, o

    planejamento ocupa um papel fundamental e indispensvel.

    planejador (os tcnicos) quem determina os programas, o

    currculo, os objetivos a serem alcanados de forma que o

    desempenho seja maximizado com economia de tempo,

    esforos e custos (MIZUCAMI,1986,p.28).

    Nesse perodo, o controle da educao por tcnicos ultrapassa a viso de

    reduo de custos e de tempo. Nessa concepo pedaggica, o educador

    apenas um executor de um ensino programado por pessoas alheias realidade

    social e escolar do Pas e no um agente de sua prpria prtica. Vasconcelos

    (1999) afirma que, com a introduo do tecnicismo na educao brasileira, o

    professor deixou de planejar suas aulas. Visto que, nos livros didticos traziam um

    planejamento pronto, que induzia o professor apenas copiar e cumprir-lo. A

    avaliao tambm ganhou outro significado, j que estava diretamente ligada aos

    objetivos pr estabelecidos no programa, passando a ocupar lugar central no

    processo educativo e consistia em verificar se o aluno havia aprendido, ou melhor,

    atingido a meta alcanada.

    Essa concepo de educao centrada nos

    meios e, o sucesso da aprendizagem depende das

  • 14

    tecnologias de ensino. A avaliao vai captar a

    produtividade dos alunos aferindo, desta forma a

    eficincia e eficcia do ensino (FERNANDES,

    2002,p.29).

    Sendo assim, nessa pedagogia tecnicista, o professor e o aluno passam a

    assumir papis semelhantes, esses assumem condio de executores do

    processo cuja concepo, planejamento, coordenao e controle ficam a cargo de

    especialistas supostamente habilitados, neutros, objetivos e imparciais (SAVIANI,

    1984, p.17).

    Segundo Alto (2005), esse pressuposto baseado num dos paradigmas

    da Psicologia: o behaviorismo ou comportamentalismo que, assistem por

    coerncia,a tecnologia educacional como grande percussora do tecnicismo.Essa

    corrente valoriza a experincia planejada como base para o conhecimento.Um dos

    principais representantes dessa corrente de pensamento Skinner.

    Skinner (1972) afirmava que a sociedade atual aquela em que se implanta

    um planejamento cultural e social. Para ele a cultura representada pelos usos e

    costumes dominantes, pelos comportamentos que se mantm pois so

    reforados, na medida em que servem ao poder econmico e poltico.

    Sob essa premissa, o controle e diretivismo do comportamento humano so

    considerados inquestionveis. Nesse sentido, o individuo tem o papel de manter-

    ser passivo e submisso ao que dele esperado, pois o conhecimento resultado

    da experincia. (MIZUKAMI, 1986).

    Com essa viso, a funo da educao transmitir conhecimentos assim

    como comportamentos ticos, prticas sociais, habilidades consideradas bsicas

    para manuteno e controle do ambiente cultural e social (MIZUKAMI,1986). Para

    que isso ocorra, a escola passaria a ser uma agncia educacional que controla os

    comportamentos dos indivduos que se pretenda instalar e manter.

    Skinner analisa que em uma situao de aprendizagem, por meio da

    resposta que o sujeito fornece e pelo esforo estabelecido por essa resposta,

  • 15

    que se avalia a probabilidade dessa resposta ocorrer novamente, e, deste modo

    controlar o comportamento (OLIVEIRA, 1973). Logo, a aprendizagem ocorre

    devido ao reforo, principalmente pelas contingncias do reforo.

    Skinner ressalta o reforo positivo como o principal tema de sua teoria.

    Desse modo, a funo do professor arranjar as contingncias do reforo de

    modo a possibilitar e aumentar a probabilidade da ocorrncia de um resposta

    aprendida(OLIVEIRA,1973,p.53). E no aluno, as contingncias consistem em

    apresentar um estmulo reforador sempre que ele apresentar uma resposta igual

    ou semelhante aquela desejada pelo professor.

    Para Oliviera (1973), essa pedagogia, o professor dispe de trs formas

    para arranjar e combinar o reforo e as contingncias. So as trs formas: a)

    encadeamento: consiste no arranjo das condies de reforo de maneira que

    uma cadeia de respostas seja aprendida. O aluno realiza passo a passo a tarefa

    solicitada pelo professor, assegurando-se que um passo dado seja contingente ao

    que o precedeu e, para prosseguir preciso que tenha completado corretamente o

    passo anterior; b) modelagem: refere-se a aprendizagem de hbitos motores

    que, no incio se aproximam de uma cpia e melhoram conforme so executados

    se tornam prximos ao modelo apresentado; c) enfraquecimento: ocorre quando

    a resposta controlada por um estmulo passa a ser emitida mesmo quando o

    estmulo original se apresenta enfraquecido.

    Segundo Skinner, h dois tipos de respostas: respondentes e operantes.

    Reflexos respondentes so atos reflexos, respostas enunciadas e que so

    estimuladas a se repetir, por meio de estmulos particulares. Sendo, uma resposta

    repetida e fixa. Reflexos operantes so os tipos de repostas que o individuo

    apresenta como o resultado de um estmulo. Em situao de aprendizagem, esse

    estmulo deve ser reforado.Destaca-se que em situao de aprendizagem:

    [...] o sujeito participa ativamente, quer respondendo , quer

    completando espaos em branco, respondendo questes, ou

    simplesmente, aprende operando em ambiente estimulador, e essa

    atividade reforada pelo feedback, pela correo de respostas ou

    simplesmente pelo reforo provindo da oportunidade de prosseguir

    adiante (OLIVEIRA,1973,p.59).

  • 16

    Nessa teoria, cada espcie de comportamento encontra-se um tipo de

    aprendizagem ou condicionamento. O comportamento respondente est

    associado ao condicionamento operante, e acompanhando o comportamento

    operante est o condicionamento operante.

    A teoria proposta por Skinner, o reforo o elemento primordial. A resposta

    desejada precisa ser desenvolvida por um reforador. Esse reforador pode ser

    um elogio verbal, uma boa nota ou um sentimento de realizao e satisfao

    crescente. Tambm, nessa teoria so enfatizados os reforadores negativos. Tais

    reforos podem ser estmulos que resultam no aumento da freqncia de uma

    resposta e quando ele retirado, o resultado alcanado so respostas reduzidas.

    Como tambm Skinner analisou a importncia do uso do controle positivo

    do comportamento, mas ele constatou que a punio e o controle aversivo

    so utilizados em situaes escolares e familiares. Em algumas escolas, as

    medidas aversivas como: repreenso, a crtica e os exames so utilizados

    como uma ferramenta de ameaa para que os alunos sejam coagidos a

    estudar. Conseqentemente, o aluno somente estuda para escapar dessas

    medidas e o professor detm todo p der e autoridade sobre o

    comportamento do aluno.

    Ao professor cabe planejar e desenvolver situaes de aprendizagem nas

    quais o aluno apresente um desempenho maximizado, considerando os fatores de

    tempo de economia de tempo, esforo e custo na mesma proporo.O importante

    arranjar as situaes de maneira que as respostas so dadas pelo sujeito sejam

    reforadas e tenham sua probabilidade de ocorrncia aumentada (OLIVEIRA,

    1973, P.50-51).

    Desse modo, os estudantes recebem muitos incentivos e recompensas por

    executar bem as tarefas, provocando uma grande competitividade entre eles. A

    educao fica reduzida a um propsito: saber fazer.Conseqentemente, o aluno

    torna-se competente em qualquer assunto, devendo dividir seu material didtico a

    passos a ser cumpridos.

  • 17

    Contudo, a questo central da pedagogia tecnicista a valorizao das

    tcnicas. H uma reorganizao do processo educativo para torn-lo objetivo ,

    operacional eficiente. Assim, as escolas tornaram-se instituies burocratizadas

    que exigem dos professores a operalizao dos objetivos como um instrumento

    para medir comportamentos observveis e vlidos porque podem ser mensurveis

    (ALTO,2005,p.5).

    A pedagogia tecnicista baseada nos pressupostos da teoria

    comportamental de Skinner, a aprendizagem ocorre porque devemos reconhecer

    a resposta, a ocasio em que as respostas e as conseqncias das respostas.

    Para Skinner (1972), ensinar meramente o arranjo de contingncia de reforos

    nos quais os alunos aprendem. Por conseguinte, a ao pedaggica resume-se na

    difuso de conhecimentos e respostas para que controlar o comportamento e as

    respostas dos estudantes atravs de aparelhos mecnicos, eletrnicos e

    propostas pedaggicas com o enfoque sistemtico, tais como: instruo

    programada, estudo dirigido, tele-ensino, mltiplos recursos audiovisuais, micro

    ensino, teste de mltipla escolha, entre outras. Tais propostas facilitariam uma

    maior aquisio de comportamentos desejveis.

  • 18

    CAPTULO II

    TCNICAS E ESTRATGIAS DE ENSINO: CRITRIOS

    E FORMAS DE UTILIZAO EM SALA DE AULA

    Ainda hoje, na rea da educao os termos mtodo, tcnica ou estratgia

    de ensino so freqentemente vistos como sinnimos.H distines sobre os

    significados entre esses dois termos. O vocbulo methodos que significa

    caminho para se chegar a um fim (LIBNEO ,1994). E o significado do termo

    de tcnica concebido pelo dicionrio Larousse Cultural, ou seja, o conjunto de

    recursos e meios culturais, utilizados na confeco de um arte e em nosso

    caso, a realizao de uma arte que se denomina docncia. So exemplos de

    tcnicas: recurso audiovisuais, dinmicas de grupo, aulas expositivas, aulas

    prticas, uso do quadro-negro, internet, ensino por projetos, leituras, pesquisa,

    estudos de caso , visitas tcnicas .( MASETTO,2003) .

    Na educao, mais especificamente no campo da Didtica, usa-se o termo

    estratgia de ensino por demonstrar um conjunto terico formado por

    pressupostos, princpios e procedimentos que orientam o trabalho pedaggico.

    Sendo assim, o mtodo abriga elementos conceituais e operacionais que

    permitem a concretizao da ao pedaggica.(FARIAS,2008).Para

    Anastasiou(2004) as estratgias de ensino so a arte de aplicar ou explorar os

    meios favorveis e disponveis para alcanar concretizao dos

    objetivos.Para autora , a adoo das estratgias de ensino lembra o mtodo

    dialtico:

    [...] O docente deve propor aes que desafiem ou

    possibilitem o desenvolvimento das operaes

  • 19

    mentais. Para isso, organizam-se os processos de

    apreenso de tal maneira que as operaes de

    pensamento sejam despertadas, exercitadas,

    construdas [...]. Nisso, o professor dever ser um

    verdadeiro estrategista, o que justifica a adoo de

    termo estratgia, no sentido de estudar, selecionar,

    organizar e propor as melhores ferramentas para

    que estudantes se apropriem do conhecimento

    (ANASTASIOU, 1994, p.69).

    O termo estratgia de ensino conceito mais abrangente do que tcnica

    por indicar meios nos quais o docente utiliza em sua sala de aula para o

    desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Segundo Masetto (2003), as

    estratgias de ensino constituem-se em:

    [...] uma arte de decidir sobre o conjunto de disposies que

    favoream o alcance dos objetivos educacionais pelo aprendiz,

    desde a organizao do espao de sala de aula com suas

    carteiras at a preparao do material a ser usado, por exemplo,

    recursos audiovisuais, visitas tcnicas, internet ect.,ou uso de

    dinmicas de grupo, ou outras atividades individuais

    (MASETTO,2003,p.86).

    A principal caracterstica nos conceitos de tcnicas ou estratgias de

    ensino a instrumentalidade. Todas as tcnicas so instrumentos, como tais,

    devem ser adequados a um objetivo e serem eficientes para a concluso deste.

    Desse modo, as tcnicas os estratgias de ensino possuem um carter

    instrumental. Visto que, a maneira de utiliz-la que define o seu potencial;

    conhec-las no garante o seu sucesso.

    Sob essa perspectiva, as tcnicas de ensino podem ser utilizadas com a

    perspectiva do tecnicismo, da Escola nova ou da escola libertadora.. Para o

    autor Arajo(2008) , toda a tcnica tecida e envolvida por determinados

  • 20

    ideais educativos . Desse modo , no tcnica que define o ideal educativo ,

    mas o oposto. Assim , possvel realizar uma aula expositiva sem ser

    tradicional.

    Desse modo, a escolha de um a estratgia de ensino ou tcnica no

    um ato neutro desligado dos fins educativos e do mtodo adotado. Segundo

    FARIAS (2008), o docente optar por mtodo dialtico, as estratgias e ensino

    deveram possibilitar ao aluno desenvolver a capacidade de problematizar,

    analisar e fundam posies e intervir de forma critica sobre a realidade que o

    cerca. De formas oposta, se o docente escolher um mtodo baseado na

    pedagogia tradicional, as tcnicas de ensino devero estimular a memorizao,

    a assimilao descontextualizada e a reproduo de modelos.

    Segundo Veiga(1993), essas associaes metodolgicas so envolvidas por

    determinador ideais pedaggicos, ou seja, existe uma correlao entre as

    tcnicas de ensino, mtodos e fins educativos.

    1.2 - Refletindo sobre as tcnicas e estratgias de ensino na ao

    pedaggica.

    A escolha de um tipo tcnica ou estratgias de ensino a ser utilizadas

    evidencia, a princpio, a intencionalidade do ato de ensinar. Portanto, a escolha

    deve analisar, alm dos fins educativos, o contedo programtico, s

    caractersticas dos alunos, os recursos materiais e tempo disponvel para

    estudo.

    Segundo Farias(2008), na escolha de uma estratgia de ensino preciso

    analisar as particularidades de cada rea de conhecimentos (Linguagens,

    Cincias, Histria. Geografia, Matemtica, ect),a natureza do contedo

    (conceitual, atitudinal e procedimental) e fases do estudo(introduo,

    aprofundamento e culminncia),o tempo, o espao fsico,recursos materiais

    disponveis, o conhecimento das estratgias de ensino, bem como o domnio

    do uso destas para poder utiliz-las na sala de aula e o perfil intelectual da

    turma de alunos. Logo, a relao social entre o docente e aluno, as operaes

  • 21

    mentais que devero ser construdas e desenvolvidas devero ser o parmetro

    de adaptao das atividades realidade social desses sujeitos.Como afirma

    Anastasiou(2004,p.70), o conhecimento dos alunos essencial para a escolha

    da estratgia, com seu modo de ser,de agir,de estar,alm de sua dinmica

    pessoal.

    H um grande nmero diversificado de estratgias de ensino, como

    recorremos a sistematizao de Veiga (2008),Masetto(2003), Anastosiou(2004)

    e Faria (2008) identificamos algumas: debate, estudo de caso, pesquisa,

    dramatizaes, seminrios, jri simulado, painel, frum, oficina, estudo de

    textos, estudo do meio, trabalhos de grupo, discusso em meios

    informatizados, portflio, dinmicas de grupo,estudo dirigido,debate e

    exposio oral.

    Desse grupo, destacaremos aquelas estratgias de ensino mais comuns no

    cotidiano escolar, tais como: exposio oral, estudo de textos, estudo dirigido,

    seminrios e pesquisa.

    v Exposio oral.

    A exposio oral feita pelo docente um das estratgias de ensino mais

    freqentes no mbito escolar. Por ser muito utilizada, essa tcnica de ensino

    consiste no professor expor, transmitir, explicar aos alunos contedos, dados e

    informaes. Tal estratgia presente no Brasil desde o plano pedaggico

    jesutico tem como caracterstica pela nfase na linguagem oral, na

    estruturao lgica de um assunto e na transmisso de determinados

    contedos.(Lopes,1993).

    Segundo Faria (2008) essas caractersticas ressaltam um aspecto que

    tem sido muito criticado sobre esse procedimento de ensino: a relao

    unilateral e autoritria do professor com o saber e com os alunos, tpica de uma

    educao bancaria como afirmaria Paulo Freire. Contudo, essa tcnica

    baseada em uma configurao tradicional com a ausncia de vnculos entre a

    pratica educacional escolar e pratica social dos alunos, pode ser modificada

    somente se o docente optar por um abordagem critica , progressista e

  • 22

    transformadora(Saviani,1985).Desse modo, essa tcnica apenas superar sua

    marca tradicional se assumir o dilogo como fundamento de dinmica . Pois,

    nem uma exposio dialogada, na qual orientada a pratica social dos alunos ,

    por sua problematizao e a anlise (Lopes,1993).

    De acordo com Freire e Shor(1986) o ensino dialgico contrape-se ao

    ensino autoritrio , transformando a sala de aula em um ambiente favorvel

    reelaborao e a produo de novos conhecimentos.Numa aula expositiva

    dialgica, o professor considera como ponto de partida a experincia dos

    alunos relacionado com o assunto a ser estudado. Os conhecimentos so

    questionados e revistos pelos alunos baseados na reflexo desses sobre a

    realidade vigente. O fundamento dessa nova viso da tcnica que somente

    partindo-se do concreto possvel chegar a um compreenso rigorosa da

    realidade(Freire e Shor,1986).

    Segundo Veiga (2008) a dimenso instrumental da aula expositiva

    dialgica possvel especificar alguns elementos desencadeadores do

    processo dialgico entre o professor e o aluno, tais como: problematizar,

    questionar fatos, situaes, fenmenos e idias por meio de alternativas que

    levam a compreenso do problema, de suas implicaes e de caminhos para

    soluo destes. Desse modo, os alunos sero estimulados a trazer problemas ,

    identificar alternativas de soluo e por conseguinte, com essa nova tcnica , o

    aluno e o professor reelaboraram e produziram novos conhecimentos.Segundo

    Freire e Shor (1983) , com a problematizao gerada no aluno a curiosidade ,

    na qual leva a percepo critica da realidade.

    De acordo com Freire e Shor (1983), outro elemento dinamizador da

    aula expositiva dialgica a pergunta. Visto que, a produo e a reelaborao

    de conhecimentos inicia-se atravs da indagao. Desse modo, somente a

    partir de uma pergunta, buscam-se respostas.

    Para Veiga (2008), a dimenso dialgica de a aula expositiva objetiva

    transformar essa tcnica em uma atividade que desenvolve a produo e

    reelaborao de novos conhecimentos. O docente adotando-a na sala de aula

    estar praticando uma educao transformadora, na qual h valorizao da

    experincia e dos conhecimentos previsto dos alunos; a produo de novos

  • 23

    conhecimentos atravs da anlise crtica estimula o pensamento critico dos

    alunos atravs dos questionamentos e das problematizaes.

    v O estudo de textos e o estudo dirigido.

    O estudo de texto, tambm uma estratgia de ensino bastante presente

    no cotidiano escolar. Segundo Azamuja e Souza (1993,p.49), essa tcnica de

    ensino enfatiza que estudar um texto trabalhar nele de modo analtico e

    crtico, desvendando-lhe sua estrutura ,percebendo os recursos utilizados pelo

    autor para transmitir uma mensagem ,descobrindo os eu objetivo ,antevendo

    hipteses ,testando-as ,confirmando-as ou refutando-as.

    No estudo de texto, desenvolve-se a interpretao. Sendo, o significado

    de interpretar muda. O aluno elaborar uma nova compreenso sobre esse

    baseado nas relaes sociais e no contexto em que est inserido. Para que

    essa estratgia de ensino desenvolva a analise crtica nos alunos, o professor

    ao escolher os textos, deve considerar as condies de aprendizagem dos

    alunos BM como o acesso a esse material. Segundo Farias (2008,p.137), a

    definio de formas diversificadas de sistematizao do estudo feito contribui

    para a consolidao do aprendizado, o que pode se concretizado mediante a

    elaborao de resumos, resenhas, esquemas, grficos, perguntas, dentre

    outras possibilidades.

    O estudo dirigido outra estratgia de ensino que desenvolve a

    capacidade de interpretao e anlise dos alunos.Segundo Veiga(2008),o

    estudo dirigido sofreu influncia da Pedagogia tecnicista , da dcada de 60,

    baseado em um modelo sistemtico do processo de ensino que preocupa-se

    com as modificaes comportamentais e com a aquisio das habilidade de

    estudar. Ainda hoje, essa tcnica vista pelos docentes como um mero roteiro

    de perguntas com respostas prontas que sero transcritas pelos alunos

    literalmente do texto.

  • 24

    Para Veiga(2003), o estudo dirigido, pode ser um boa ou m tcnica

    dependo de para que se prepara e de como se prepara. Sendo assim, o

    sucesso dessa tcnica depende do seu planejamento, como tambm o

    emprego dessa tcnica. Ao escolher essa tcnica de ensino necessrio

    considerar as determinaes sociais que incorporam as metodologias

    didticas, para que o professor no faa a escolha emprica, a fim de evitar a

    seleo de tcnicas isoladas e neutras para alcanar os objetivos

    propostos(Martins,1989,p.45).

    Contudo, essa tcnica de ensino tambm muito difundida no mbito

    escolar pode ser utilizada em perspectiva critica exigindo que aluno possa

    analisar o texto de forma efetiva. Segundo Veiga (2008, p.81) para que o

    estudo dirigido tenha essa perceptiva, esse deve apresentar os seguintes

    objetivos:

    a) Provocar os alunos criticamente a respeito do que a realidade indica,

    buscando na leitura os fundamentos das questes levantadas.

    b) Aprofundar o contedo do texto didtico para alm das informaes

    superficiais e da mera opinio.

    c) Buscar a conexo entre texto didtico e seu contexto vinculando tambm ao

    texto do autor e do leitor, ou seja, proporcionar a leitura polissmica.

    d) Desenvolver no aluno a reflexo, a criticidade e a criatividade.

    e)Capacitar os alunos leitura de textos ou livros didticos necessrios sua

    instrumentalizao,ou seja,apropriao das ferramentas de carter histrico

    ,matemtico,cientifico,literrio,artstico,tecnolgico,ect.

    O estudo dirigido de um texto, um livro deve ser direcionado para a

    ampliao do conhecimento. Tanto o estudo de textos e o estudo dirigido

    permitem ao aluno extrair e explorar conceitos-chave;elaborar

    perguntas;propor alternativas de soluo para um dado problema;apontar

    posies e coment-las (Farias,2008.p.138).Desse modo, desenvolvidos no

    aluno habilidades de interpretao prpria e anlise critica do mundo que

    cerca.

  • 25

    v Debate.

    O debate uma tcnica a de ensino que objetiva o aluno expressar em

    pblico, apresentando ideais, suas reflexes, suas experincias e vivncias,

    dialogar, ouvir os outros, respeitar opinies diferentes da sua, a argumentar

    e defender suas prprias posies(Masetto,2003,p.100).

    Segundo Farias (2008), para que haja sucesso nessa tcnica, preciso que

    o tema em analise seja conhecido por todos; o professor domine bem o

    assunto sobre o qual ser o debate; o professor dever prepara cm

    antecedncia a atividades, indicando fontes, textos, livros, revistas, sites

    para os alunos pesquisarem o tema; os alunos deveram participar,

    respeitando a fala dos outros alunos; haver regras para o funcionamento

    do debate, tais como: o tempo total da atividade, o tempo da fala , replica ,

    trplica e o momento para os questionamentos.

    O professor ser o papel de mediador do debate, apresentado o tema,

    intervindo a qualquer momento, comentando sobre tema ou questionado

    sobre este, garantindo a organizao e oportunizando a todos o direito de

    todos a expor seus argumentos, definindo mecanismo de controle do uso do

    tempo e de modo a garantir que atividade seja concluda no tempo

    determinado.

    Esta tcnica de ensino estratgia muito importante para os alunos,

    pois eles sentem que sua oratria valorizada e encontram nessa atividade

    um espao para socializar suas reflexes, pensamentos e compreender que

    as relaes sociais estimulam o desenvolvimento do aprendizado.

  • 26

    v Seminrios.

    Segundo Veiga (2008), a palavra seminrio vem da palavra grega seminariu

    que significa viveiro de plantas onde se fazem as sementeiras. Isso significa que no

    seminrio deve ser a ocasio de semear idias onde favorecer a germinao

    (Dicionrio da Lngua Portuguesa de Aurlio Buarque de Holanda). Sendo assim, o

    seminrio visto como uma tcnica de ensino, na qual os alunos se renem em

    grupo para estudar, investigar, analisar, um ou dois temas, com a superviso de

    um professor.

    Um das caractersticas do seminrio a oportunidade em que os alunos

    desenvolvem suas habilidades de investigao, senso crtico e a independncia

    intelectual. O conhecimento estudado o e investigado pelo prprio aluno, pois

    este visto como o sujeito do seu processo de aprendizagem. Outra caracterstica

    de que a participao do professor escassa. O professor no aquele que

    conduz o processo de ensino. Nesse caso, o papel do professor de um

    coordenador do seminrio. O professor deve coordenar as diversas etapas do

    seminrio para que se estimule o dialogo crtico, objetivando socializar as

    questes suscitadas em sala de aula utilizando o questionamento como forma de

    conduzir o seminrio.

    Desse modo, a dinmica do seminrio atua de forma diferenciada para o

    professor e o aluno. Segundo Farias (2008), a preparao consiste na

    apresentao do tema, definio dos objetivos, dos procedimentos a serem

    considerados e das fontes de pesquisa. Nesse momento, no qual h a leitura,

    anlise e a coleta de dados e a sistematizao de idias que sero discutidas na

    execuo do seminrio. Na plenria, que indica a concretizao do seminrio,

    consiste na discusso do tema, seguido da apresentao do relatrio escrito,

    caber ao professor tecer comentrios sobre cada apresentao, bem como

    realizar uma sntese no final.

    O seminrio, com as demais estratgias estimula a capacidade de

    pesquisa, anlise, de interpretao, e sntese dos alunos e a produo de novos

    conhecimentos atravs do exerccio da oralidade e da sistematizao escrita da

    reflexo sobre o tema. Como tambm, os pontos positivos e negativos dessa

  • 27

    tcnica so verificados que, tais aspectos no so inerentes ao processo e sim a

    quem deles participa. Logo, o sucesso dessa tcnica como uma ferramenta que

    estimula a autonomia progressiva dos alunos caber a deciso do professor

    baseado em sua reflexo sobre os fins educativos.

    v Pesquisa.

    Para Gatti (2002) a pesquisa o ato pelo qual procuramos obter o

    conhecimento sobre alguma coisa. Sendo assim,consiste um importante

    estratgia de ensino que proporciona a construo de novos conhecimentos e

    contribui para o desenvolvimento da habilidade de questionar, coletar, analisar

    dados , fundamentar questes e elaborar propostas(Farias,2008,p.142).

    Segundo Masetto (2003, p.105), essa tcnica permite o desenvolvimento de

    outras aprendizagens, tais como:

    Tomar iniciativa na busca de informaes, dados e materiais

    necessrios para o estudo;

    Entrar em contato com as mais diferentes fontes de

    informao (livros, revistas, peridicos, msicas, fotos ect.) e com os

    mais diversos ambientes informativos (bibliotecas,internet,sites ect),

    com especialistas sobre o tema;

    Selecionar, organizar, comparar, analisar, correlacionar dados

    e informaes;

    Fazer inferncias segundo dados e informaes, levantar

    hipteses, chec-las, comprov-las, reformul-las e tirar concluses;

    Comunicar os resultados obtidos com clareza, ordem,

    oralmente ou por escrito.

    Segundo Farias (2008), a pesquisa como estratgia de ensino no

    cotidiano escolar no pode ser vista como o rigor de uma investigao

    cientfica. Contudo, pressupe uma preparao, um acompanhamento

  • 28

    sistemtico por parte do professor e a publicao de resultados. No Ensino

    Fundamental, a utilizao da pesquisa proporciona o desenvolvimento de

    habilidades tais como: observar, colher dados, registrar informaes e

    analisar fatos.

    Desse modo, essa tcnica de ensino requer o planejamento, o

    acompanhamento, fases importantes para a mediao do professor com

    aluno, sempre considerando as condies de aprendizado destes. Visto

    que, a definio do tema a serem estudadas, as questes que norteiam

    esse tema, a explicitao dos objetivos e com a pesquisa dever ser

    conduzida so elementos que pedem um planejamento prvio.

    Tais estratgias de ensino acima descritas exigem a preparao, o

    acompanhamento por parte do docente diante da realizao destas. O

    sucesso da utilizao dessas tcnicas est associado diversidade desse

    procedimento, os ideais pedaggicos, as caractersticas dos alunos, os

    contedos programticos e os recursos materiais como j foi dito

    anteriormente nesse captulo.

    Nos ltimos anos, houve o crescimento de novas e diversas

    estratgias de ensino como teleconferncias, os chats ou bate-papos, as

    listas de discusso, o correio eletrnico via internet ampliando os espaos e

    oportunizando ambientes virtuais de aprendizagem.

    importante refletirmos que as estratgias ou tcnicas de ensino so

    importante instrumento, contudo apenas a sua utilizao no garante a

    soluo para os problemas de aprendizagem dos alunos. O docente deve

    refletir sobre sua prtica educativa ao utilizar uma estratgia de ensino,

    tornando-se assim, um sujeito ativo e responsvel sobre a gesto de

    situaes e aprendizagem.

    Sendo assim, outro desafio da ao docente priorizar uma prtica

    educativa crtica, democrtica e que desenvolva emancipao dos docentes

    baseada em atividades em grupo que garantam a vez, a voz dos alunos, a

    trocas de saberes entre o professor e aluno, construo de novos

    conhecimentos tanto para o professor quanto para aluno baseados no

    dialogo e na reflexo critica e contextualizada.

  • 29

    CAPTULO III

    A AO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO

    COTIDIANO ESCOLAR

    O cotidiano escolar apresenta a diversidade de prticas educativas,

    aes desenvolvidas em seu interior por seus protagonistas para que haja o

    funcionamento da escola, caber ao orientador analisar os possveis

    confrontos existentes nessas relaes sociais e buscar ajudar o aluno a

    entender as relaes presentes na sociedade. Para Grinspun(2006),

    estudando as relaes e fatos cotidianos nos leva a compreenso da

    reciprocidade/cumplicidade das diferentes situaes que o cotidiano

    abrange.

    Segundo Grinspun(2006), o cotidiano escolar devemos considerar o

    senso comum das relaes sociais presentes neste mbito. Neste ambiente

    est implcito uma cultura escolar, a cultura que cada um carrega de seu

    contexto social, a linguagem que o individuo utiliza, os usos e os costumes,

    o saber/fazer que o indivduo possui os saberes que esto dispostos na

    realidade, frutos da cincia, das questes morais, dos saberes/poderes da

    poltica vigente, todas as demais aes que implicitamente respondem pelo

    espao que ocupados no cotidiano (Grinspun,2006,p.58).

    Desse modo, conhecer o cotidiano escolar nos proporciona

    compreender tanto a questo do individuo, como o do grupo, das

    construes coletivas que se produzem dentro e em torno da escola. Visto

    que, quanto mais compreendermos os mecanismos da prtica social que se

    instalam no cotidiano escolar, teremos melhores condies para analisar as

    rupturas e as rotinas que acontecem no cotidiano.

    Logo, orientador educacional sempre esteve atento os episdios do

    cotidiano, pois so neles que ocorrem os fatores que desencadeiam os

    acontecimentos nas escolas ou na famlia influenciando os estudos ou o

  • 30

    comportamento dos alunos, as prticas educativas do professores. Sendo

    assim, o orientador movimenta as questes coletivas presentes na escola,

    considerando que o coletivo formado de indivduos que pensam , criam e

    agem de forma diversa.

    A atuao do orientador dever considerar os pressupostos do

    projeto politco-pedaggico com o auxilio com todos os profissionais escola

    para elaborar uma viso objetiva sobre os acontecimentos presentes no

    cotidiano escolar, considerando que cada escola pblica ou particular, de

    determinado segmento de ensino ter sua particularidade e singularidade.

    Para Grinspun(2006,p.61),a educao se utiliza determinados

    processos para atingir objetivos, o cotidiano revela esses processos tanto

    luz de quem produz,como de quem o recebe. Assim devemos avaliar que o

    cotidiano no somente um acmulo continuo de aes ou prticas na

    sociedade, mediadas por valores, vontades e desejos;devemos entender

    como so produzidas essas prticas.

    Desse modo, a atuao do orientador educacional refletir sobre

    esse cotidiano, procurando desvel-lo, revelando o que est oculto;analis-

    lo priorizando que importante para a formao dos indivduos;refleti-lo,

    interrogando sobre as ambigidades, diferenas e desigualdades

    presentes;compreend-lo,contextualizando as relaes sociais.

    A orientao educacional atua no cotidiano escolar e para ele,

    colaborando e participando da construo de um projeto poltico-

    pedaggico da escola, promovendo a discusso coletiva entre os

    profissionais da escola, mediando aes inovadoras, provocar estudos,

    investigaes sobre o cotidiano escolar e propondo novas estratgias de

    ensino e desenvolvendo o trabalho coletivo.

    O papel do orientador educacional est vinculado com o cotidiano da

    escola, cultura escolar, visto que, sua ao deve estar vinculada com cada

    um dos segmentos da escola. Para Grinspun(2006,p.111),cita algumas

    possibilidades atuao do orientador junto com cada profissionais que atua

    na escola:

  • 31

    Junto com os alunos: auxili-los atravs de uma pratica

    pedaggica que estimule a participao, desenvolvendo sua

    capacidade criticar e fundamentar sua critica, de optar e assumir

    suas escolhas. O orientador trabalho com aluno para seu

    desenvolvimento pessoal, visando participao dele na

    realidade social.

    Junto direo: colaborar com a direo atravs de aes

    administrativas, tais como: organizao das turmas, do numero

    de alunos, da distribuio dos alunos nas turmas, as atividades

    complementares, enfim toda prtica educativa que organiza a

    infra-estrutura da escola.

    Junto aos pais e comunidade em geral: estimular a

    participao dos pais nos projetos oferecidos na escola.

    Junto aos funcionrios da escola : colaborar na valorizao de

    suas tarefas,considerando necessrios para a organizao da

    escola,sejam eles inspetores,jardineiros,serventes,ect.

    Junto aos professores: participar e colaborar na construo do

    projeto poltico pedaggico da escola, atravs de seu currculo.

    Trabalhar junto com os professores a reflexo critica sobre a sua

    pratica pedaggica, propor novas estratgias de ensino, novos

    mtodos avaliativos e ect.

    O orientador educacional dever envolver-se com a comunidade,

    procurando construir um projeto poltico-pedaggico baseado na realidade

    socioeconmica-cultural da escola objetivando a transformao dessa e da

    sociedade.

    Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (9394/96) que definiu

    formao dos profissionais da educao, est colocado no artigo 64 que a

    formao de profissionais de educao para administrao, planejamento,

    organizao,inspeo,superviso e orientao educacional para educao

    bsica,ser feita em curso de graduao em pedagogia ou em nvel de ps-

    graduao, a critrio da Instituio de ensino ,garantida nesta formao a

    base comum nacional

  • 32

    Desse modo, com a lei 9394/96 que contemplou a relevncia da

    formao desse profissional e da importncia de sua atuao na escola e

    na formao dos docentes que atuam nesta. Antigamente, com a lei

    5692/71, o Orientador Educacional era visto como um profissional que

    auxiliava os alunos em seu rendimento escolar.

    Nessa nova perspectiva pautada pela nova lei 9394/96, o Orientador

    educacional atua como um mestre, ajudando os professores na

    compreenso da prxis educativa. Sendo assim, o orientador educacional

    estimularia um novo conceito sobre a relevncia da formao continuada

    para ao pedaggica do docente. Nessa perspectiva, o professor torna-se

    um pesquisador de sua prtica, produzindo novos saberes em seu espao

    de trabalho, a escola.

    Ao propor novas estratgias de ensino aos docentes, o orientador

    educacional estar desenvolvendo junto com o professor a construo de

    uma escola de qualidade, na qual os professores participam, refletem sobre

    suas prticas educativas e aprendem.

    Segundo Paiva (2003), a escola que considera a participao dos

    professores, reflete sobre si e destaca a importncia da atuao das

    pessoas no desenvolvimento de nova escola, Emancipatria, de Qualidade

    e Reflexiva.

    Dessa forma, a organizao de uma nova escola considera a

    formao continuada do docente e o espao da reflexividade compartilhada

    como ambiente no qual os professores e outros profissionais que interagem

    nas relaes sociais da escola atuem como aprendentes na construo de

    novos caminhos necessrios qualidade do ensino pretendido.

  • 33

    1.2 A Relevncia do Planejamento na utilizao de uma tcnica

    de ensino, na atuao do Orientador Educacional e do Docente.

    O ato de planejar para o Orientador Educacional implicar definir sentido,

    rumos e as perspectivas de sua atuao. Segundo Luck(2008), o orientador

    educacional que atua baseado na ausncia de um planejamento em suas

    aes, age sem nenhum compromisso poltico,com a transformao da escola.

    Com a falta de um plano de atuao, os alunos, pais e professores

    desconhecem o significado da atuao da orientao educacional na escola,

    promovendo situaes desgastantes para todos e para o desenvolvimento do

    projeto poltico pedaggico da escola com um todo. Como tambm mediante

    carncia de um planejamento, o orientador educacional conduz pratica de

    atividades que no esto relacionadas sua formao, promovendo aes

    sem direcionamento claro e objetivo.

    Para Luck(2008,p.38), orientador educacional atuando com uma prtica

    pedaggica planejada poder:

    Garantir a natureza peculiar da prtica da Orientao

    Educacional;

    Estabelecer uma imagem positiva da Orientao Educacional;

    Dar prtica profissional um carter sistemtico e contnuo;

    Demonstrar a importncia e relevncia da Orientao Educacional

    para o desenvolvimento da pratica pedaggica escolar com um todo.

    Tais aspectos podem ser considerados como uma matriz para concepo

    de que o planejamento adequado contribui efetivamente modificar as

    dificuldades presentes no cotidiano escolar, em vez de neg-las, estaramos

    analisando dialogicamente.

  • 34

    Segundo Luck(2008,p39), com um planejamento apurado de suas aes

    possibilita ao orientador educacional obter maior e melhor controle de

    circunstncias e de situaes , em vez de ser controlado por elas.

    Para o docente, o planejamento seria um instrumento de organizao de

    sua prtica, sendo assim um meio para facilitar e dinamizar o trabalho

    pedaggico. Segundo Farias (2008,p.106), o planejamento um ato; uma

    atividade que projeta , organiza o fazer docente no que diz respeito aos seus

    meios,fins, forma, contedo.O professor refletindo sobre o seu trabalho estar

    ajustando dos contedos programticos e as estratgias de ensino.

    Contudo, ainda h uma resistncia por parte dos professores ao

    planejamento devido aos resqucios de um resqucio de uma prtica

    pedaggica adotada, sobretudo, nos anos da ditadura, pautado no tecnicismo

    educacional. Nesse perodo, prevaleceu a padronizao e controle do trabalho

    dos docentes, destacando a tcnica e os formulrios em detrimento dos

    contedos e dos fins educacionais. Nessa abordagem de planejamento, houve

    o desenvolvimento de prticas docentes individualistas, fragmentadas e

    promotoras de um ensino que privilegia a reproduo de contedos.

    Com a reabertura poltica nos anos seguintes, essa tendncia foi

    abrandou-se do cenrio educacional, houve o prevalecimento de criticas ao

    planejamento burocrtico delineando-se um movimento de denncia ao carter

    alienado dos processos de organizao da escola e do ensino, questionando

    as aes pedaggicas, em particular, a prtica do planejamento

    (Candau,1983).

    Segundo Farias (2008, p.106), a dcada de 90, foi o cenrio da

    reconfigurao do tecnicismo marcado pela globalizao e neoliberalismo.

    Nesse cenrio poltico e socioeconmico contribui para a desmobilizao de

    grupos e categorias de trabalho precarizando as situaes de trabalho.

    Compreender que o ato de planejar uma ferramenta de organizao

    eficaz para ao pedaggica do docente, implicando ao orientador educacional

    apresent-lo como um instrumento necessrio para a construo de trabalho

    coletivo dos professores e os profissionais que atuam na escola.

  • 35

    Sendo assim, o planejamento uma ao reflexiva, contnua. Uma

    atividade constante baseada na avaliao sobre os docentes pretendem fazer

    para atingir os objetivos. Desse modo, torna-se um ato poltico, pois exige do

    docente que escolha opes metodolgicas, estratgias de ensino e teorias.

    Com o planejamento, o docente procura rever aes e condies;

    escolher qual estratgia de ensino contribui para o desenvolvimento da

    aprendizagem dos alunos; racionalizar o tempo;distanciar-se do improviso e da

    rotina; assegurar a coerncia e a continuidade do trabalho pedaggico.

    Desse modo, o docente ao planejar sua prtica questiona-se sobre os

    princpios que devem orientar sua prtica, tais como: a flexibilidade, a

    participao, a formalizao, a coerncia, a objetividade e a ousadia.

    Ao adotar como um dos traos delineadores do planejamento, a

    flexibilidade o docente dever ter uma postura aberta quanto s correes,

    avaliao e replanejamento de estratgias de ensino que privilegiam a

    aprendizado dos alunos; o carter participativo ser fundamental para prtica

    do planejamento porque considera que o ato um processo coletivo de

    construo de idias; a coerncia, outro delineador do planejamento de ensino

    destina-se a relacionar concordncia entre os diferentes elementos que

    compem o mesmo plano (objetivos,contedos,estratgias de ensino, recursos

    e avaliao); os vrios planos de ensino entre si (de curso, de unidade e de

    aula);os planos de ensino e o Projeto Poltico-Pedaggico;a objetividade e

    ousadia refletem sobre a necessidade de projetar novas aes voltadas para a

    transformao do cotidiano escolar(Farias,2008,p.108).

    Segundo Albuquerque (2005), planejar no um ato neutro, portanto,

    essa atividade abrange as vises e idias de mundo dos profissionais que

    atuam na escola. O professor um dos profissionais responsveis por

    organizar trabalho educativo no mbito escolar e da sala de aula. Desse modo,

    o planejamento visto como um espao para que ele exerce seu poder de

    interveno sobre os rumos do fazer pedaggico, atravs da sua participao

    na construo, atualizao e reviso do Projeto Poltico-Pedaggico, como

    tambm na ao didtica.Os outros profissionais que atuam na escola

    responsveis pela direo, coordenao pedaggica e orientao educacional

  • 36

    da unidade de ensino atuam no planejamento institucional ou escolar, mediante

    a elaborao do regimento, do Projeto Poltico-Pedaggico.

    Todos profissionais da escola atuam nos diferentes nveis de planejamento, o

    orientador educacional como profissional autnomo e reflexivo, deve convidar

    os professores e nos demais sujeitos da comunidade escolar a participarem na

    construo de um planejamento participativo e contextualizado com as

    demandadas da escola,desses profissionais como prtica a ser consolidada.

  • 37

    CONCLUSO

    O presente trabalho monogrfico objetiva analisar a relevncia das

    estratgias de ensino na ao pedaggica do docente e do orientador

    educacional. Inicialmente, o referido trabalho monogrfico procurou refletir

    sobre o impacto tecnicismo na educao que desenvolveu uma concepo

    tradicional de ensino priorizando a transmisso de contedos e a nfase nas

    tcnicas e na produtividade. A pedagogia tecnicista pautada nas teorias

    comportamentalistas de Skinner(1972), modificar o papel do docente em

    sala de aula,o professor transformou-se em um mero executor de um ensino

    planejado por tcnicos. Desse modo, o docente foi perdendo o hbito de

    refletir sobre sua pratica educativa, escolher estratgias ensino baseadas na

    aprendizagem do aluno e de planejar.

    Sendo assim, h uma resistncia por parte dos docentes ao

    planejamento e o uso das estratgias de ensino devido aos resqucios desse

    tecnicismo educacional. Desse modo, caber ao Orientador Educacional

    mostrar ao docente que planejamento refletir sobre o que, para qu, e

    com qu e o qu ensinar e sobre os resultados dessas aes

    empreendidas e compreender que as prticas de ensino devem ser

    pautadas em estratgias de ensino pautadas na atividade intelectual dos

    alunos por meio da problematizao, anlise e confrontao das idias com

    o cotidiano em que estes esto inseridos.

    Aps relatar o impacto do tecnicismo educacional no ensino, o presente

    trabalho monogrfico procurou refletir sobre as estratgias de ensino mais

    recorrentes no cotidiano escolar. Tais estratgias de ensino so importante

    instrumento de trabalho, se estas forem preparadas, avaliadas e destinadas

    o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.

    Desse modo, o papel do orientador educacional ser estimular uma nova

    concepo do docente sobre essas estratgias; desenvolver no professor o

    conhecimento de vrias tcnicas ou estratgias, bem como o domnio

    destas; o professor desenvolva a capacidade de adaptao das diversas

  • 38

    tcnicas, modificando-as de acordo com o aproveitamento pelos alunos

    individualmente ou em grupos; estimular a criatividade do professor para

    criar novas tcnicas que respondam as necessidades dos alunos.

    Logo, orientador educacional dever analisar o professor no apenas

    como um profissional que atua na escola, mas tambm como um educador

    que possui clareza quanto aos objetivos educacionais que se pretendem

    com seus alunos, um profissional responsvel por suscitar situaes de

    aprendizagem.

    O referente trabalho monogrfico finaliza suas reflexes ao destacar a

    ao do orientador educacional e relevncia do planejamento em sua ao e

    na prtica do docente. A ao do orientador educacional no cotidiano escolar

    trabalhar junto com os profissionais da escola objetivando a promoo de

    uma ao coletiva que objetive a construo de um Projeto Poltico-

    Pedaggico, revelando a viso de mundo da escola.

    O presente estudo monogrfico tambm destaca sobre a importncia do

    planejamento, visto que ao planejarmos sobre a instituio escolar constitui-

    se em projetar-se para o futuro, definindo objetivos, estratgias, recurso para

    que se alcance esse fim. H um sentido poltico no planejamento, pois, este

    fixa idias as serem concretizadas baseado nos interesses dos profissionais

    que atuam na escola. Para Melo ( 1974), o planejamento em educao

    pressupe refletir sobre idia do homem em sua problemtica social , sendo

    assim analisa-se a poltica presente no planejamento voltada para as

    questes intra-escolares como tambm as questes da sociedade como um

    todo.

    Desse modo, o planejamento somente poltico porque prever aes

    para alcanar determinados fins educativos como tambm pressupe a

    participao de todos nesse processo. Portanto, o planejamento um

    espao no qual aonde todos os profissionais da escolar refletem sobre aes

    educacionais que visem promoo de escola democrtica.

    O planejamento deve ser entendido como um elemento organizador do

    trabalho pedaggico. Desse modo, o docente deve utiliz-lo como um

    espao no qual definir o fazer pedaggico e didtico, refletindo sobre quais

  • 39

    estratgias de ensino ir utilizar para devolver aprendizagem dos alunos.

    Por isso, o docente no deve desvincular-se desse instrumento pedaggico

    que representa o elemento norteador de sua prtica pedaggica

    Para o orientador educacional, o ato de planejar significar atuar com o

    compromisso, superando as dificuldades do cotidiano baseada em ao

    pedaggica crtica que procurar estabelecer articulaes sobre ao

    pretendida, relacionando-a em sentido amplo; antecipar e controlar o

    aparecimento das dificuldades e control-las baseadas no desenvolvimento

    dos objetivos propostos; promoo do desenvolvimento do interesse dos

    docentes na realizao das aes pedaggicas e desenvolver o potencial

    dos educandos.

    Desse modo, ao refletirmos sobre a utilizao das estratgias de ensino

    ou tcnicas como elementos norteadores para o desenvolvimento da

    aprendizagem dos alunos, analisaremos tambm o papel do docente, do

    orientador educacional nesse processo e a importncia do planejamento na

    ao pedaggica.Logo, esse estudo monogrfico procurou contribuir para a

    reflexo sobre as estratgias de ensino como suporte para a construo de

    novas metodologias de trabalho, baseado no dilogo e na reflexo crtica

    contextualizada.

  • 40

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    ALTO, Anair. Processo Tecnicista. In: ALTO, Anair; GASPARIN, Joo Luiz;

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  • 43

    NDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMRIO 7

    INTRODUO 8

    CAPTULO I

    Tecnicismo pedaggico: um breve histrico 10

    1.2- A Didtica e os fundamentos da pedagogia tecnicista 12

    CAPTULO II

    Tcnicas e estratgias de ensino: critrios e formas de utilizao em sala de

    aula. 18

    1.2 - Refletindo sobre as tcnicas e estratgias de ensino na ao pedaggica.

    20

    CAPTULO III

    A ao do Orientador Educacional no cotidiano escolar. 29

    CONCLUSO 37

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40

    NDICE 43

  • 44

    FOLHA DE AVALIAO

    Nome da Instituio:Universidade Candido Mendes Ps-Graduao Lato

    Sensu - Instituto A vez do Mestre

    Ttulo da Monografia: Formao Continuada : Reflexo sobre as tcnicas de ensino e sua contribuio para a ao pedaggica do docente.

    Autor: Aryana Maria Colombo de Souza

    Data da entrega:

    Avaliado por: Conceito:

    AGRADECIMENTOSRESUMOO trabalho monografia objetiva refletir sobre a importncia das estratgias e tcnicas de ensino no desenvolvimento da aprendiMETODOLOGIAO trabalho monogrfico procurou investigar sobre a relevncia da utilizao das estratgias e tcnicas de ensino baseado em umSUMRIOCAPTULO I1.2 - Refletindo sobre as tcnicas e estratgias de ensino na ao pedaggica.CAPTULO IIIFOLHA DE ROSTO2AGRADECIMENTO 3FOLHA DE AVALIAO