aula 01 historia da danca
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8/15/2019 Aula 01 Historia Da Danca
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HISTÓRIA DA DANÇAA dança é uma das maneiras
encontradas pelo ser humano de expressar suaarte e movimentos e ainda é essencial para acontribuição na história da arte. É importante quevocê compreenda esta análise histórica sobre adança e os respectivos pensamentos filosóficosque influenciaram suas manifestações, emdiferentes grupos sociais.
A dança é entendida como umamanifestação cultural a partir das formaçõessimbólicas de cada sociedade, numa relaçãodialética entre o homem, a cultura e a sociedade.
A dança faz parte da humanidadedesde tempos imemoriais. Esta manifestaçãoesteve presente em quase todas as civilizações.Antes de polir a pedra, construir abrigos, produzirutensílios, instrumentos e armas, o homem batiaos pés e as mãos ritmicamente para se aquecer ese comunicar.
Na Pré-História, a dança e amúsica eram usadas para representar situações emuitas delas ficaram registradas nas paredes decavernas rupestres.
Figura 1: A Dança na Pré-História
Os primeiros registros encontradossobre a dança datam do período paleolíticosuperior, época em que o homem preocupava-seapenas em procurar alimentos e lutar pela suasobrevivência. Neste período, vestia-se com a pelede animal, incorporando suas características einstintos selvagens, como forma de proteção,ludibriando o inimigo com o intuito de abatê-lo.
A dança imita os passos dos animaiscom o fim de atraí-los ao perímetro de tiro; simulatambém seu acasalamento, no intuito demultiplicar a espécie. Os homens, nesse período,acreditavam no princípio de que o semelhanteatrairia o semelhante.
Por meio da imitação, os povosprimitivos imaginavam atingir seus objetivos ousatisfazer suas necessidades mais imediatas. Porexemplo, dançavam ao redor da fogueira para queo sol brilhasse mais tempo, imitavam o trovão paraprovocar chuva e assim por diante.
A Dança no OrienteÉ importante verificar como a dança
se apresenta na civilização oriental. Desse modo,você conhecerá nesta seção a dança em trêsgrandes civilizações orientais: a Índia, a China e oJapão.
Na Índia, a dança segue os conceitosde energia, sabedoria e arte. Nasce de uma raizdivina que produz e coordena a vida. Expressa aintegração de elementos opostos espírito –matéria, gerando o ritmo da natureza que tantopassa pela concentração mística quanto pelasensualidade.
A dança de Shiva exprime as cincoatividades divinas: 1) a criação contínua do mundo;2) a manutenção deste universo que se conservaatravés da dança; 3) a destruição, pois as formas sedestroem para que outras possam nascerinfinitamente; 4) a reencarnação, pois a dança deShiva mostra o percurso através de diversas vidas;5) a salvação, pois cada um toma consciência doque é por toda eternidade.
Inspirada na atividade divina, adança na Índia segue quatro estilos ou correntescoreográficas que se associam à concepção dedrama: Bharat Natyam, Kathakali, Manipuri eKathak.
Na antiga China, a dança teve lugarprivilegiado na corte imperial.
O imperador dispunha de oito gruposde dançarinos, cada um deles formado por oitomembros.Não se podia alterar a numeração referente a rosa-dos-ventos: oito ventos sopram do céu, passandopor oito portas para chegar à terra e favorecer asabedoria do imperador.
Os ritos e a música, bem como aterra e o céu, baseavam-se em dois princípiosopostos, o Yin (feminino) e o Yang (masculino), decujo equilíbrio resultava a harmonia.
Havia, também, inúmeras dançaspopulares. Dançava-se no ano novo lunar, nascolheitas, nas festas, em torno de deuses paraalcançar graças.
A Ópera de Pequim revive antigaslendas até os dias de hoje, refletindo crenças ecostumes populares.
No Japão, os imperadores eramhomenageados no estilo clássico representandocrenças e tradições deste país.
As danças populares integravamfestas como a do plantio do arroz, da noite doretorno das almas, da floração das cerejas, dabarca das lanternas.
CE ARDALIAO AMÉRICO PIRES
Prof° Esp. Leonardo Delgado
Aula 01: HISTÓRIA DA DANÇA
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Nô e Kabuki são as duas danças datradição japonesa.
Nô é uma dança expressiva,executada por homens mascarados aos quais cabetambém a interpretação de papéis femininos.Trata-se de um espetáculo de fundo religioso. Adança se caracteriza por movimentos de extremalentidão.
O gênero Kabuki surgiu no séculoXVII como um divertimento para ricoscomerciantes cujo poder rivalizava com o danobreza. Codificado em 1692, o Kabuki tornou-semonopólio masculino. As peças caracterizam-sepor enredo rocambolesco, juntando o natural e osobrenatural: lutas de samurais, revolta deoprimidos, amores ilícitos, assassinatos, vingança,interferência de espíritos, rivalidade entrefeiticeiros, perseguição demoníaca.
Mais do que outros países orientais,o Japão abriu-se à influência estrangeira. Dessemodo, o tradicional e o moderno convivem na suacultura, refletindo-se no teatro.
No oriente, a dança é consideradacomo símbolo do ato de viver e como fonte detoda cultura.
A Dança na Grécia AntigaNa Grécia Antiga, a dança ainda
podia representar algo muito importante naeducação e no culto de algumas religiões. Oteatro nessa época também passou a contarcom cenas onde os atores dançavam durante osatos. Surgiram também as sátiras e comédiasgregas. Quando o território grego foi tomadopelos romanos, suas danças também passaram ainfluenciar esse povo.
Mas seu declínio se dá com adecadência grega e o domínio romano, em que adança passou a ser parte apenas de rituaisreligiosos.
Os romanos contratavamprofessores gregos para ensinar coreografias aseus filhos e, desse modo, a dança romana foimarcada pela repetição de movimentos alheios,por pantomimas e danças imitadas de outrospovos.
Essa forma de manifestaçãorealizada pelos romanos levava a uma
fragmentação da dança, que ocorria pela divisãodo Homem – corpo – mente - alma -, nas culturaschamadas ‘civilizadas’.
A Dança na Idade MédiaA partir do século IV, o cristianismo
se tornou a religião oficial do Império Romano e asdanças que continham coreografias que infringiamas diretrizes católicas foram banidas dasociedade. Nesse período, houve uma identificaçãoentre a Igreja e o Estado representando um
desdobramento de profunda significação histórica,que influenciaria a civilização ocidental ao longodos mil anos seguintes.
No final do século XIV, a Europaexperimentou duas poderosas revoluções, oRenascimento e a Reforma.
O termo Renascimento aponta parao retorno de valores artísticos e científicos da
Antiguidade clássica e qualifica um período dedesenvolvimento cultural muito rico, que começouno final do século XIV, no norte da Itália, e dalidifundiu-se rapidamente pelo resto da Europa.
A Reforma deu um fim à unidade queexistira no interior do cristianismo por mais de milanos. Guerras religiosas entre católicos eprotestantes na Europa viriam a caracterizar oséculo e meio que se seguiria.
Figura 2: A Dança na Idade Média
O Rei Luís XIV incentivou o baléna França e deu apoio para manifestaçõesculturais. No século XV, na Itália, o balé nasceu docerimonial da corte e dos divertimentos daaristocracia, a partir de então, o balé espalhou-sepor toda a Europa.
Figura 3:Balé Clássico
Durante o Renascimento, aproblemática do homem foi pensada sob ainfluência dos filósofos medievais e dareinterpretação dos pensadores da AntiguidadeGrega.
Houve uma celebração do corpo quese revelou na busca de perfeição das formascorporais, orientada por um ideal de racionalidade,
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de beleza e de proporção, que se traduz uma buscado homem universal.
A Dança na Pós- ModernidadeNo final do século XIX e no início do
século XX, certezas seculares vacilavam. Todos osdogmas eram colocados em questão nas artes, nasciências, nas sociedades e nas religiões.
No início dos anos 1900, a dançacontemporânea começou a ser inserida nos salõese escolas de dança. Atualmente, não existe apenasum estilo crescendo sozinho, ele acaba sofrendoinfluência ritmos como o rock e o jazz. Além disso,existe a influência das danças típicas no cotidianode milhões de pessoas no mundo queexpressam sua cultura por meio da dança.
Desse modo, podemos afirmar que adança é uma manifestação cultural do ser humano.Para entender o seu significado que lhe atribuemos diversos povos, torna-se necessário relacioná-laà cultura e, consequentemente, a educação como
forma de transmissão cultural.A cultura é uma dimensão do própriohomem e se constitui a infra-estrutura dacomplexidade social. O ser humano se torna aolongo do processo de humanização um sujeitocultural, simultaneamente produtor e produto decultura.
Em sentido profundo, a grandediferença entre o processo de hominização ehumanização é que esta começa quando aaprendizagem se torna historicamente possível.Nesse sentido, há uma coincidência entre o inícioda humanização, da história, da cultura e daaprendizagem.
A dança é parte integral desseprocesso, pois é inseparável a relação da dançacom a história da humanidade, a cultura, aaprendizagem, a educação. A cultura é osignificado expresso pelo significante, linguagem,mas supondo, ambas, um significando que é aprópria existência.
Cada ser humano pode criar osentido de suas ações, mas deve fazê-lo dentro doseu meio cultural. Pois, não é possível negar que omeio cultural molda a inteligência das pessoas eoferece condições para cada um fazer brilhar suasqualidades. E, do mesmo modo, o ser humano no
processo de criatividade influencia o meio cultural,mantendo uma relação dialética entre o sujeito e omundo.
Porque cada sujeito é, e difere emsua própria essência, mas também é e se iguala emsua existência. É nesse sentido que a dança seinsere no universo cultural, expressandosignificados através de movimentos significantes,representando a existência humana.
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