aspectos formales de la escritura en prosa de san juan de ... · personalidad y en el contenido de...

A S P E C T O S F O R M A L E S D E LA E S C R I T U R A E N P R O S A D E S A N J U A N D E LA C R U Z A LA L U Z D E S U

S U P U E S T A P E R S O N A L I D A D O B S E S I V A

F. JAVIER ÁLVAREZ R O D R Í G U E Z

Servicio de Psiquiatría Hospital de León

R E S U M E N

Presentamos u n estudio sobre aspectos formales de la prosa de san Juan de la Cruz a la luz de su personal idad obsesiva. Tras analizar los rasgos característicos propios de la escritura del obsesivo, especialmente la tendencia a la repet ic ión de palabras y construcciones, comprobamos la existencia de esta marcada tendencia iterativa en la prosa del místico español.

P A L A B R A S CLAVE

San Juan de la Cruz, prosa, repet ición, personal idad, obsesiva.

A B S T R A C T

We present a study about formal aspects o f St. John of the Cross' prose according to his obsessive personality. We analyzed the obsessive personal i ty at the wr i t t ing , pr inc ipal ly the tendency to repet i t ion, and w e prove this strong iterative trait in the Spanish mystic's prose.

K E Y W O R D S

St. John of the Cross, prose, repet i t ion, personality, obsessive.

CAUCE. Revista de Hlo/t^üty su Didáctica, n.° 20-21. 1997-98/págs. A6I-S74

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F. JAVIER ALVAREZ RODRÍGUEZ

R É S U M É

Nous présentons u n étude au sujet des aspects formels de la prose de saint Jean de la Croix à la lumière de son personnalité obsessionenelle. Après avoir analysé les traits caractéristiques de l'écriture obsesionnelle, fondamentalement la tendence itérative, nous véri f ions la présence des mêmes dans la prose d u myst ique espagnol.

M O T S - C L É

Saint Jean de la Croix, prose, itérative, personnalité, obsessionnelle.

El e s t u d i o d e l a f i g u r a d e s a n J u a n d e la C r u z c o m o e s c r i t o r , y m á s

c o n c r e t a m e n t e c o m o p r o s i s t a , p u e d e l l e v a r s e a c a b o d e s d e m u y d i f e

r e n t e s á n g u l o s : l i t e r a r i o , t e o l ó g i c o , p s i c o l ó g i c o . . . C a b e i g u a l m e n t e a b o r

d a r d i c h o a n á l i s i s d e s d e e l p u n t o d e v i s t a p s i q u i á t r i c o , e s d e c i r , e s t u d i a r

a s a n J u a n d e la C r u z a l a l u z d e s u p s i c o p a t o l o g í a . P r e c i s a m e n t e e s t e e s

e l t e m a o b j e t o d e l a t e s i s d o c t o r a l q u e , c o n e l t í t u l o Mística y depresión:

San Juan de la Cruz, h e m o s d e f e n d i d o r e c i e n t e m e n t e e n e l

D e p a r t a m e n t o d e F i l o l o g í a H i s p á n i c a d e la U n i v e r s i d a d d e L e ó n .

Al l í s e a n a l i z a d e m a n e r a e x t e n s a y d e t a l l a d a la p s i c o p a t o l o g í a p a d e

c i d a p o r s a n J u a n d e la C r u z , c o n d o s c o n c l u s i o n e s f u n d a m e n t a l e s a e s t e

r e s p e c t o : s a n J u a n d e la C r u z p a d e c í a d e d e p r e s i o n e s e n d ó g e n a s , d e p r e

s i o n e s q u e a s e n t a b a n s o b r e u n a c l a r a p e r s o n a l i d a d o b s e s i v a .

D e j a m o s al l í c l a r a m e n t e e s t a b l e c i d o c ó m o la p e r s o n a l i d a d o b s e s i v a

d e s a n J u a n d e l a C r u z s e d e s p r e n d e , p o r u n a p a r t e d e l o s a b u n d a n t e s

d a t o s b i o g r á f i c o s q u e a p u n t a n e n e s t e s e n t i d o , p e r o t a m b i é n d e l c o n t e

n i d o d o c t r i n a l d e s u t e o l o g í a e s p i r i t u a l , t o d a e l l a c a r a c t e r i z a d a p o r u n a

e n o r m e r i g i d e z y t r e m e n d a i n f l e x i b i l i d a d p r o p i a s d e l c a r á c t e r o b s e s i v o .

P u e s b i e n , l o s r a s g o s p r o p i o s d e la p e r s o n a l i d a d o b s e s i v a s e m a n i

f e s t a r á n n o s ó l o e n l o s d a t o s b i o g r á f i c o s d e l e s c r i t o r q u e p r e s e n t a d i c h a

p e r s o n a l i d a d y e n e l c o n t e n i d o d e s u o b r a l i t e r a r i a , s i n o q u e a s i m i s m o

p o d r e m o s c o n s t a t a r e s t a p e r s o n a l i d a d o b s e s i v a e n l o s r a s g o s f o r m a l e s d e

s u e s c r i t u r a .

É s t e , y n o o t r o , v a a s e r e l o b j e t o d e l p r e s e n t e a r t í c u l o : e l e s t u d i o

d e la p e r s o n a l i d a d o b s e s i v a d e s a n J u a n d e la C r u z a l a l u z d e l o s r a s

g o s f o r m a l e s d e s u e s c r i t u r a , e s d e c i r , d e t e r m i n a r s i a t r a v é s d e l a n á l i s i s

d e l o s m i s m o s p o d e m o s c o n c l u i r t a m b i é n q u e n u e s t r o m í s t i c o p o s e í a

d i c h a p e r s o n a l i d a d .

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ASPECTOS FORMALES DE LA ESCRITURA EN PROSA DE SAN JUAN DE LA CRUZ

Antes de pasar dicho anál is is formal , repasemos brevemente cuáles s o n las características que l os especialistas en psicopatología atr ibuyen al lenguaje del obses ivo.

Según M. L o r e n z 1 , en la escri tura de l os obses ivos encontraríamos l o s s iguientes elementos característicos:

a. Punto de vista circunscrito. b. Observaciones faltas de colorido. c. Busca más el resaltar las relaciones que conseguir una descripción. d. Son muy frecuentes las repeticiones, disyunciones, especificaciones y

modificaciones.

Para Veron y S l u z k i 2 , a s u vez, el lenguaje de l o s obses ivos se caracteriza por:

a. E l alto número de repeticiones. b. La tendencia a corregir y completar las frases una vez enuncia

das. c. Marcada redundancia en el lenguaje que, a causa de las repeti

ciones, acaba perdiendo valor comunicativo.

Montserrat -Esteve 3 , resumiendo d iversos trabajos, concluye que el lenguaje de l os obses ivos se caracteriza por:

a. Tendencia a repetir palabras, construcciones e ideas. b. Tendencia a repetir, corregidas y ampliadas, ideas previamente

expuestas. c. Tendencia a la duda con dificultad para decantarse por una u otra elec

ción y el consiguiente uso exagerado de conjunciones disyuntivas y copulativas.

d. Preocupación por lo accesorio y concreto. e. Preocupación por las clasificaciones, divisiones y esquemas. f. Todo lo anterior lleva a que el lenguaje del obsesivo se vuelva redun

dante, con escaso valor comunicativo.

A la l u z de estos rasgos que hemos descrito como prop ios de la escri tura del obses ivo, vamos a i r repasando las obras de san Juan de la Cruz en s u aspecto puramente formal para ver s i somos capaces de determinar en el las la existencia de dichos rasgos.

1. Lorenz, M.: "Expressive behavior and language patterns", Psychiatry, 18 (1955): 353-66.

2. Veron, E. y Sluzki, C: Comunicación y neurosis. Buenos Aires: Editorial Instituto, 1970.

3- Montserrat-Esteve, S.: "El lenguaje del enfermo obsesivo", Estados Obsesivos (Ed: Vallejo Ruiloba). Barcelona:, Salvat, 1995, 55-70.

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F. JAVIER ALVAREZ RODRIGUEZ

R E P E T I C I O N E S LÉX ICAS

A n a l i z a m o s e n p r i m e r l u g a r la r e p e t i c i ó n d e p a l a b r a s , s i u n a p a l a b r a a p a r e c e , o n o , r e p e t i d a m u c h a s v e c e s . I n m e d i a t a m e n t e c o n s t a t a m o s q u e s e t r a t a d e u n r a s g o m u y c a r a c t e r í s t i c o d e n u e s t r o a u t o r .

E n e f e c t o , e n 2S 4, 3 4 e n c o n t r a m o s u n a t í p i c a c o n s t r u c c i ó n s a n j u a -n i s t a a b a s e d e la p a l a b r a s ciego y e l v e r b o ver q u e s e r e p i t e n c a d a u n a d e e l l a s c u a t r o v e c e s :

El ciego, si no es b ien ciego, n o se deja b ien guiar del mozo de ciego, sino que, por u n poco que ve, piensa que por cualquiera parte que ve, por allí es mejor ir, porque n o ve otras mejores; y así puede hacer errar al que le guía y ve más que él, porque, en f in , puede mandar más que el mozo de ciego.

O t r o e j e m p l o c a r a c t e r í s t i c o d e r e p e t i c i ó n d e p a l a b r a s l o e n c o n t r a m o s e n 3S 17 , 1 d o n d e r e p i t e e l l e x e m a goz- n a d a m e n o s q u e d i e z v e c e s :

La pr imera de las pasiones del alma y afecciones de la vo lun tad es el gozo [...] porque nunca la vo luntad se goza sino cuando la cosa le hace aprecio y da contento.

Esto es cuanto al gozo activo, que es cuando el alma entiende distinta y claramente de lo que se goza, y está en su mano gozarse y n o gozarse. Porque hay otro gozo pasivo, en que se puede hallar la v o l u n tad gozando sin entender cosa clara y distinta, y a veces entendiéndola, de qué sea el tal gozo, n o estando en su mano tenerle o n o tenerle. Y de éste trataremos después. Ahora diremos del gozo en cuanto es activo y voluntar io de cosas distintas y claras.

El m í s t i c o r e p i t e u n a y o t r a v e z la p a l a b r a gozo e n u n i n t e n t o s i e m p r e i m p o s i b l e d e e x t r a e r la s u s t a n c i a t o d a d e l v o c a b l o .

O t r a m u e s t r a d e r e i t e r a c i ó n d e d o s p a l a b r a s , baga y cauterio e n e s t e c a s o , l o t e n e m o s e n LB 2, 6:

Habiendo el alma hablado con el cauterio, habla ahora con la llaga que hace el cauterio. Y, c o m o el cauterio era suave, según ha d icho , la llaga, según razón, ha de ser conforme el cauterio. Y así llaga de cauterio suave será llaga regalada, porque , siendo el cauterio de amor ella será llaga de amor suave, y así será regalada suavemente.

4. Todas las citas de san Juan de la Cruz están tomadas de la Decimotercera Edición de las Obras Completas de san Juan de la Cruz de la Biblioteca de Autores Cristianos, publicada en Madrid en 1.991. Utilizamos las siglas y signos convencionales que ofrece dicha edición para su localización.

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S i n d u d a e l e j e m p l o m á s l l a m a t i v o d e la t e n d e n c i a o b s e s i v a a r e p e

t i r u n a m i s m a p a l a b r a l o e n c o n t r a m o s e n C A 35, 5. N o s e n o s o c u l t a q u e

s a n J u a n e s t a b a a b s o l u t a m e n t e e n a m o r a d o d e la h e r m o s u r a d e l a s c r i a

t u r a s , r e f l e j o p á l i d o d e la B e l l e z a d i v i n a . T a m p o c o s e n o s e s c a p a n l o s

e c o s t r e m e n d o s q u e e s t a p a l a b r a e v o c a e n s a n J u a n d e la C r u z , q u i e n

c o n t a n s ó l o o í r l a e n b o c a d e F r a n c i s c a d e la M a d r e d e D i o s p o c o m e n o s

q u e c a e e n é x t a s i s . E n e f e c t o , u n d í a l e p r e g u n t a f r ay J u a n a la h e r m a

n a F r a n c i s c a 5 : "¿En q u é t r a e la o r a c i ó n ? " , y e l l a r e s p o n d e : " E n m i r a r la

h e r m o s u r a d e D i o s y h o l g a r m e d e q u e la t e n g a " . V i v e e s t a r e s p u e s t a c o n

ta l i n t e n s i d a d i n t e r i o r q u e d u r a n t e d í a s s e l e v e a b s o r t o y e n t u s i a s m a d o ,

y c o m p o n e l u e g o l a s c i n c o ú l t i m a s e s t r o f a s d e l Cántico espiritual.

P e r o e s q u e , n i a u n a s í : e l a u t o r , c o m e n t a n d o e l v e r s o Y vamonos a

ver en tu hermosura, r e p i t e n a d a m e n o s q u e ¡ v e i n t e v e c e s ! la p a l a b r a

h e r m o s u r a e n t a n s ó l o n u e v e l í n e a s :

Que quiere decir: hagamos de manera que por med io de este ejercicio de amor ya d icho l leguemos a vernos en tu hermosura; esto es, que seamos semejantes en hermosura, y sea tu hermosura de manera que, mi rando el uno al otro, se parezca a t i en tu hermosura y se vea en tu hermosura, lo cual será t ransformándome a m i en tu hermosura; y así te veré y o a ti en tu hermosura, y tú a mí en tu hermosura, y tú te verás en m i en tu hermosura, y y o me veré en t i en tu hermosura; y así parezca y o tú en tu hermosura, y parezcas tú y o en tu hermosura, y m i hermo

sura sea tu hermosura y tu hermosura m i hermosura, y seré y o tú en tu hermosura, y serás tú y o en tu hermosura, porque tu hermosura misma será m i hermosura"(CA. 35, 5).

E n c o n t r a m o s a q u í a s a n J u a n i n t e n t a n d o a p r e h e n d e r la a b s o l u t a

H e r m o s u r a d i v i n a d e la q u e d i s f r u t ó e n o t r o m o m e n t o y , s i n c o n s e g u i r

l o , r e p i t e u n a y o t r a v e z e l m i s m o v o c a b l o . La d a n z a e n t r e tú y yo, e n t r e

mi hermosura y tu hermosura, v a a d q u i r i e n d o u n r i t m o m á s y m á s r á p i

d o h a s t a v o l v e r s e c a s i f r e n é t i c o . R e i t e r a e l m i s m o l e x e m a hermosura

j u n t o c o n l o s m o r f e m a s yo, tu, tú, mi, mí y ti, c o n f u n c i o n e s d e p r o

n o m b r e o d e a d j e t i v o , q u e s e s u c e d e n i n c a n s a b l e m e n t e h a s t a c o n v e r t i r

e l p á r r a f o , c a s i , e n u n t r a b a l e n g u a s . C o m e n t a n d o e s t e p u n t o , F e d e r i c o

R u i z 6 s e ñ a l a :

Sin violencias, lo dice claramente el verso desnudo y sin encarecimientos. Quiere traducir lo a otro lenguaje, en otros términos. Pero n o

5. Crisógono de Jesús: Op. cit.. 1991, 192. 6. Ruiz, Federico: Introducción a san Juan de la Cruz. Madrid: B.A.C., 1968, 119.

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halla términos que lo sustituyan, y así, en vez de traducir, repite casi treinta veces "hermosura", en distintas combinaciones.

Y a h e m o s s e ñ a l a d o q u e e l v o c a b l o h e r m o s u r a t i e n e e s p e c i a l e s c o n

n o t a c i o n e s p a r a s a n J u a n d e la C r u z , y q u e e s o p o d r í a e x p l i c a r e n p a r t e

u n e m p l e o t a n r e i t e r a t i v o . P e r o e s q u e e n C B 3, 4 8 e n c o n t r a m o s o t r o

e j e m p l o e n e l q u e s e r e p i t e e l v e r b o entender y e l s u s t a n t i v o entendi

miento ¡ h a s t a c a t o r c e v e c e s e n t a n s ó l o d o c e l í n e a s ! :

»¡Oh - d i r á s - , que n o entiende nada distintamente, y así no podrá ir adelante!» Antes te d igo que, si entendiese distintamente, no iría adelante. La razón es porque Dios a qu ien va el entendimiento excede al [mismo] entendimiento; y así es incomprehensible e inaccesible al entendimiento, y, por tanto, cuando el entendimiento va entendiendo, n o se va l legando a Dios, sino antes apartando. Y así, antes se ha de apartar el entendimiento de sí mismo y de su inteligencia para allegarse a Dios, caminand o en fe, creyendo y n o entendiendo. Y de esa manera llega el entendimiento a la perfección, porque por fe y no por otro med io se junta c o n Dios; y a Dios más se llega el alma n o entendiendo que entendiendo. Y, por tanto, n o tengas de eso pena, que si el entendimiento [no] vuelve atrás - q u e sería si se quisiese emplear en noticias distintas y otros discursos y entenderes, sino que se quiere estar oc ioso - , adelante va, pues que se va vaciando de todo lo que en él podía caer, porque nada de el lo era Dios, pues, c o m o habernos dicho, Dios n o puede ca[b]er en él.

D e n u e v o e n LB 3, 7 8 e n c o n t r a m o s la r e i t e r a c i ó n d e l s u s t a n t i v o Dios

d e t a l f o r m a i n s i s t e n t e , q u e r e s u l t a dif íc i l a l c a n z a r la c o m p r e n s i ó n d e l

p á r r a f o :

[...] porque estando ella aquí hecha una misma cosa con él , en cierta manera es ella Dios por part ic ipación; que aunque n o tan perfectamente c o m o en la otra vida, es c o m o di j imos, c o m o sombra de Dios. Y a este talle, siendo ella por med io de esta sustancial t ransformación sombra de Dios, hace ella en Dios por Dios lo que él hace en ella por sí mismo, al m o d o que lo hace, porque la vo luntad de los dos es una, y así la operac ión de Dios y de ella es una. De donde, c o m o Dios se le está dando con l ibre y graciosa vo luntad , así también ella, teniendo la vo luntad tanto más l ibre y generosa cuanto más unida en Dios, está dando a Dios al mismo Dios en Dios, y es verdadera y entera dádiva del alma a Dios.

Y, f i n a l m e n t e , e n LB 1, 6 r e p i t e la p a l a b r a vida, y s u s v a r i a n t e s , n a d a

m e n o s q u e 1 8 v e c e s :

Y así, estando esta alma tan cerca de Dios, que está transformada en l lama de amor, en que se le comunica el Padre, H i jo y Espíritu ¿qué in creíble cosa se dice que guste u n rastro de vida eterna, aunque n o perfectamente, porque n o lo lleva la condic ión de esta vida? Mas es tan

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subido el deleite que aquel llamear del Espíritu hace en ella, que la hace saber a qué sabe la vida eterna. Que por eso llama a la l lama viva; n o porque no sea siempre viva, sino porque le hace tal efecto, que la hace vivir en Dios espiritualmente y sentir vida de Dios, al m o d o que dice David: M i corazón y m i carne se gozaron en Dios vivo (Ps 83,3). N o porque sea menester decir que sea vivo, pues siempre lo está, sino para dar a entender que el espíritu y sentido vivamente gustaban a Dios hechos en Dios, lo cual es gustar a Dios vivo; esto es vida de Dios y vida eterna. Ni dijera Dav id allí: Dios vivo, sino porque vivamentele gustaba, aunque no perfectamente, sino como u n viso de vida eterna.

Y así, e n esta l l a m a s iente el a l m a t a n vivamente a D i o s y le gusta c o n

t a n t o s a b o r y s u a v i d a d , q u e d ice : ¡Oh l l a m a d e a m o r viva!

R E P E T I C I Ó N D E C O N S T R U C C I O N E S M O R F O S I N T Á C T I C A S

La r e p e t i c i ó n u n a y o t ra vez d e la m i s m a e s t r u c t u r a m o r f o s i n t á c t i c a

es o t r o de los t razos f o r m a l e s d i s t i n t i v o s de la escr i tu ra d e l o b s e s i v o .

Pues b i e n , e n c o n t r a m o s t a m b i é n este rasgo de f o r m a p r o f u s a e n la o b r a

san juanis ta . E f e c t i v a m e n t e , s o n e l a b o r a c i o n e s t íp icas d e su p r o s a a q u e

l las e n las q u e r e p i t e u n a y otra v e z la m i s m a c o n s t r u c c i ó n , v a r i a n d o e n

cada o c a s i ó n a l g u n o d e los c o m p l e m e n t o s . C o n s i g u e c o n e l l o u n a

c a d e n c i a d e m o n o t o n í a , c o n i n d e p e n d e n c i a de los p o s i b l e s l o g r o s r e t ó

r i cos q u e n o e n t r a m o s a ana l i zar c o m o tales:

Pongamos e jemplo en todas las potencias: p r ivando el alma su apet i to en el gusto de todo lo que el sentido del o ído puede deleitar, según esta potencia se queda el alma a oscuras y sin nada. Y privándose del gusto de todo lo que al sentido de la vista puede agradar, también según esta potencia se queda el alma a oscuras y sin nada. Y pr ivándose del gusto de toda la suavidad de olores que por el sentido del olfato el alma puede gustar, n i más n i menos según esta potencia, se queda a oscuras y sin nada. Y negando también el gusto de todos los manjares que pueden satisfacer al paladar, también se queda el alma a oscuras y sin nada. Y, f inalmente, mort i f icándose el alma en todos los deleites y contentamientos que del sentido del tacto puede recibir, de la misma manera se queda el alma según esta potencia a oscuras y sin nada. De manera que el alma que hubiere negado y despedido de si el gusto de todas las cosas, mort i f icando su apetito en ellas, podremos decir que está c o m o de noche, a oscuras, lo cual n o es otra cosa sino u n vacío en ella de todas las cosas (1S 3, 2).

E n este e j e m p l o , el a u t o r r e p i t e hasta c i n c o veces la m i s m a c o n s

t r u c c i ó n : se s i rve para e l l o d e la c o n j u n c i ó n c o p u l a t i v a y, así c o m o d e l

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F. JAVIER ALVAREZ R O D R I G U E Z

v e r b o privar, d e l s u s t a n t i v o gusto o la a c c i ó n d e gustar, d e l a d j e t i v o o

a d v e r b i o todo y d e l v e r b o poder, p a l a b r a s t o d a s e l l a s r e p e t i d a s c i n c o

v e c e s . R e i t e r a i g u a l m e n t e la c o n s t r u c c i ó n según esta potencia se queda el

alma a oscuras y sin nada, h a s t a c u a t r o v e c e s .

O t r o c a s o b i e n s i g n i f i c a t i v o d e r e p e t i c i ó n i n s i s t e n t e d e la m i s m a

c o n s t r u c c i ó n s i n t á c t i c a n o s l o o f r e c e e n LB 3, 6. N ó t e s e a s i m i s m o la r e i

t e r a c i ó n d e l a c ó p u l a y :

[...] porque siendo él omnipoten te , hácete b ien y ámate con o m n i p o tencia; y siendo sabio, sientes que te hace b ien y ama con sabiduría; y s iendo inf in i tamente bueno , sientes que te ama c o n bondad; s iendo santo, sientes que te ama y hace mercedes con santidad; y siendo él justo, sientes que te ama y hace mercedes justamente; s iendo él miser i cordioso, p iadoso y clemente, sientes su misericordia y p iedad y clemencia; y siendo él fuerte y subido y del icado ser, sientes que te ama fuerte, subida y del icadamente; y c o m o sea l i m p i o y p u r o , sientes que c o n pureza y l impieza te ama; y c o m o sea verdadero, sientes que te ama de veras; y c o m o él sea l iberal , conoces que te ama y hace mercedes con l iberal idad sin a lgún interese, sólo por hacerte b ien; y c o m o él sea la v i r t u d de la suma h u m i l d a d , con suma b o n d a d y con suma estimac ión te ama.

O t r o e j e m p l o t í p i c o d e r e p e t i c i ó n d e l m i s m o e s q u e m a m o r f o s i n t á c -

t i c o , l o l e e m o s e n 1S, 4, 5, 6, 7 y 8, d o n d e r e p i t e n a d a m e n o s q u e s i e t e

v e c e s i g u a l c o n s t r u c c i ó n :

[...] que t o d o el ser de las criaturas, comparado con el in f in i to [ser] de Dios, nada es [...]. Toda la hermosura de las criaturas, comparada c o n la inf ini ta hermosura de Dios, es suma fealdad [...]. Y toda la b o n d a d de las criaturas del m u n d o , comparada con la inf ini ta b o n d a d de Dios, se puede l lamar malicia [...]. Y toda la sabiduría del m u n d o y habi l idad humana, comparada c o n la sabiduría inf inita de Dios, es pura y suma ignorancia [...]. Y todo el señorío y l ibertad del m u n d o , comparado c o n la l ibertad y señorío del espíritu de Dios, es suma servidumbre, y angustia, y cautiverio [...]. Y todos los deleites y sabores de la vo lun tad en todas las cosas del m u n d o , comparados con todos los deleites que es Dios, son suma pena, to rmento y amargura [...]. Todas las riquezas y g lo ria de t o d o lo cr iado, comparado con la riqueza que es Dios, es suma pobreza y miseria.

O t r o s c a s o s m u y c a r a c t e r í s t i c o s d e i t e r a c i ó n d e la m i s m a e s t r u c t u r a

s i n t á c t i c a s o n l o s d i v e r s o s d i c h o s q u e e n c o n t r a m o s a d o r n a n d o l a s u b i d a

d e l Monte de perfección7:

1. San Juan de la Cruz: Obras Completas. Madrid: B. A. C . 1991, 190-5.

368


Para venir a gustarlo todo n o quieras tener gusto en nada. Para venir a saberlo todo

n o quieras saber algo en nada. Para venir a poseerlo todo no quieras poseer algo en nada. Para venir a serlo todo no quieras ser algo en nada. Para venir a lo que no gustas has de ir por donde no gustas. Para venir a lo que no sabes has de ir por donde no sabes. Para venir a poseer lo que n o posees has de ir por donde n o posees. Para venir a lo que n o eres has de ir por donde n o eres.

Cuando reparas en algo dejas de arrojarte al todo. Para venir del todo al todo has de dejarte del todo en todo, y cuando lo vengas del todo a tener has de tenerlo sin nada querer.

Ni esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro. N i eso - n i eso - n i eso - n i eso - n i eso - n i eso.

Cuanto más tenerlo quise con tanto menos me hallé. Cuanto más buscarlo quise con tanto menos me hallé. Cuando ya n o lo quería téngolo todo sin querer. Cuando menos lo quería téngolo todo sin querer. No me da gloria nada. No me da pena nada.

R E P E T I C I Ó N D E C O N J U N C I O N E S C O P U L A T I V A S Y D I S Y U N T I V A S

E n s u i m p o s i b i l i d a d p a r a e l e g i r a c a u s a d e s u t e n d e n c i a p a t o l ó g i c a a l a d u d a , e l o b s e s i v o p r e f i e r e a s u m i r t o d a s l o s o p c i o n e s a n t e s q u e v e r s e o b l i g a d o a o p t a r p o r u n a d e e l l a s . E s o t r o d e l o s r a s g o s m á s c a r a c t e r í s t i c o s d e la e s c r i t u r a d e l o b s e s i v o , q u e p r e f i e r e ir i n c l u y é n d o l o t o d o , d e f o r m a s u c e s i v a , a b a s e d e cc>pulas o d i s y u n c i o n e s a n t e s q u e d e s p r e n -

369

F. JAVIER ALVAREZ R O D R I G U E Z

derse d e a l g o . V e a m o s a l g u n o s e j e m p l o s e x t r a í d o s a q u í y a l lá d e las

o b r a s d e l m í s t i c o :

[...]no puede dejar de oir y ver y oler y gustar y sentir (1S 3, 4).

[...] de memoria , o entendimiento, o vo luntad , o aplicar el sentido, o apet i to, o noticia, ojugo, o gusto (LB 3, 41).

[...] cuando se ase a a lgún entender, o sentir, o imaginar, o parecer, o vo luntad , o m o d o suyo, o cualquiera otra cosa o obra propia (2S 4, 4).

[...] n o tiene el alma que hacer ni que querer, n i que n o querer, n i que desechar, n i que temer (2S 31 , 2).

[...] n i esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro - n i esotro-,

n i eso - n i eso - n i eso - n i eso - n i eso - n i eso s .

R E P E T I C I Ó N S I M U L T Á N E A D E L E X E M A S , C O N J U N C I O N E S Y E S T R U C T U R A S

Hasta aqu í h e m o s a n a l i z a d o e j e m p l o s de r e p e t i c i ó n d e pa labras , d e

c o n j u n c i o n e s y de c o n s t r u c c i o n e s p o r s e p a r a d o . A h o r a b i e n , l o m á s f r e

c u e n t e es q u e este u s o i t e r a t i v o o c u r r a d e m o d o c o n j u n t o y e n t r e m e z

c l a d o , es deci r , c o m b i n a n d o a l t i e m p o los tres e l e m e n t o s c i t a d o s , l o q u e

n o s d a u n a p r o s a t íp ica de san J u a n d e la Cruz , p o r m o m e n t o s m a c h a

c o n a e ins is ten te . E j e m p l o d e e l l o l o e n c o n t r a m o s e n C B 3 4 , 5 :

[...] de la tórtola se dice que, cuando no halla a su consorte, ni se asienta en ramo verde, ni bebe el agua clara ni fría, ni se pone debajo de la sombra, ni se junta con otra compañía. Pero en juntándose con él , ya goza de todo esto. [...] porque con tanto amor y sol ic i tud le conviene andar, que n o asiente el p ie del apetito en ramo verde de algún deleite, ni quiera beber el agua clara de alguna honra y gloria del m u n d o , ni la quiera gustar fría de a lgún refrigerio o consuelo temporal , ni se quiera poner debajo de la sombra de algún favor y amparo de criaturas; no quer iendo reposar nada en nada n i acompañarse de otras aficiones, g imiend o por la soledad de todas las cosas hasta hallar a su Esposo en c u m p l i da satisfacción.

I g u a l m e n t e e n C B 10, 8 r e p i t e u n a y o t ra vez los t é r m i n o s l u m b r e y

o j o s , aunqLie a h o r a , al m e n o s así n o s p a r e c e a n o s o t r o s , c o n m e n o s g r a

cia:

8. Ibidem, 190-5.

3 7 0

ASPECTOS FORMALES D E LA ESCRITURA EN PROSA D E SAN J U A N D E LA CRUZ

Demás de que Dios es lumbre sobrenatural de los ojos del alma, sin la cual está en tinieblas, l lámale ella aquí por af ic ión lumbre de sus ojos, al m o d o que el amante suele l lamar al que ama lumbre de sus ojos, para mostrar la af ic ión que le tiene. Y así es c o m o si dijera en los dos versos sobredichos: pues los ojos de m i alma no t ienen otra lumbre, n i por naturaleza n i por amor, sino a t i , véante mis ojos, pues de todas maneras eres lumbre de ellos. Esta lumbre echaba menos Dav id cuando con lástima decía: La lumbre de mis ojos, ésa n o está conmigo .

E n C B 3 8 , 3 t e n e m o s o t r a r e i t e r a c i ó n d e m o n e m a s , s i n t a g m a s y es t ruc turas o r a c i o n a l e s :

[...] así entonces le amará también c o m o es amada de Dios; porque, así c o m o entonces su entendimiento será entendimiento de Dios, su v o l u n tad será vo luntad de Dios, y así su amor será amor de Dios. Porque, aunque allí no está perdida la vo luntad del alma, está tan fuertemente unida con la fortaleza de la vo luntad de Dios con que de él es amada, que le ama tan fuerte y perfectamente c o m o de él es amada, estando las dos voluntades unidas en una sola vo luntad y u n solo amor de Dios. Y así, ama el alma a Dios con vo luntad y fuerza del mismo Dios, unida c o n la misma fuerza de amor con que es amada de Dios.

H a l l a m o s e n 1 N 2, 6 o t r o e j e m p l o d e r e i t e r a c i ó n o b s e s i v a d e la e s t r u c t u r a s in tác t ica cuanto más... tanto más, j u n t o c o n o t ras i t e rac iones :

Porque cuanto más fervor l levan y cuantas más obras hacen y gusto t ienen en ellas, c o m o van en humi ldad , tanto más conocen lo m u c h o que Dios merece y lo poco que es todo cuanto hacen p o r él; y así cuanto más hacen tanto menos se satisfacen; que tanto es lo que de caridad y amor querrían hacer por él , que todo lo que hacen no les parezca nada; y tanto les solicita, ocupa y embebe este cuidado de amor, que nunca advierten en silos demás hacen o n o hacen; y si advierten, todo es, c o m o d igo , creyendo que todos los demás son m u y mejores que ellos.

E n C B 1 , 12 e n c o n t r a m o s o t r o h e r m o s o e j e m p l o d e r e p e t i c i ó n l é x i ca y s in tác t ica , así c o m o d e r e i t e r a c i ó n s e m á n t i c a :

Quiero decir que nunca te quieras satisfacer en lo que entendieres de Dios, sino en lo que n o entendieres de él; y nunca pares en amar y deleitarte en eso que entendieres o sintieres de Dios, sino ama y deleítate en lo que n o puedes entender y sentir de él.

C i e r t a m e n t e esta t e n d e n c i a a la r e p e t i c i ó n d e p a l a b r a s , y d e o t ras es t ruc turas m o r f o s i n t á c t i c a s , t íp ica de la p r o s a san juan is ta , h a s i d o a b o r d a d a d e s d e o t r o s p r i s m a s y , c ó m o n o , d e s d e e l á n g u l o d e l es t i lo l i t e r a r i o . E n e f e c t o , b a s á n d o s e p r i m o r d i a l m e n t e e n este rasgo i t e r a t i v o , se

3 7 1

F. JAVIER ALVAREZ RODRIGUEZ

h a h a b l a d o d e la e x c e s i v a p r e o c u p a c i ó n d e s a n J u a n d e la C r u z p o r l o

f o r m a l y d e s u p o s i b l e p e r t e n e n c i a a l m a n i e r i s m o .

El m o v i m i e n t o m a n i e r i s t a , s e g ú n E. O r o z c o 9 , s e b a s a e n " c o m p l i c a

d o s a d e m a n e s , q u e n o s e r e s p o n d e n , s i n o q u e s e r e p i t e n " , e s d e c i r , e n

e l f e n ó m e n o i t e r a t i v o q u e a q u í v e n i m o s c o n t e m p l a n d o . M a r í a L u i s a

C a t u r l a 1 0 r e f i r i é n d o s e a e s t a m a r c a d a t e n d e n c i a a la r e i t e r a c i ó n d e l e s t i

l o m a n i e r i s t a , i n d i c a : " M a s t o d a f o r m a r e i t e r a d a e s r i g o r i m p u e s t o : la v i d a

e n l i b e r t a d n o s e r e p i t e " .

C a r a c t e r i z a d o a s í e l m a n i e r i s m o p o r s u rígida t e n d e n c i a f o r m a l i s t a

q u e l e l l e v a - e n t r e o t r a s c o s a s - a u n a f o r z a d a r e i t e r a c i ó n , n o e s d e e x t r a

ñ a r q u e d i s t i n t o s a u t o r e s h a y a n v i s t o e n s a n J u a n d e la C r u z c l a r a m e n t e

r e f l e j a d o d i c h o e s t i l o : e s l a m i s m a r i g i d e z q u e n o s o t r o s v e n i m o s c a l i

f i c a n d o , d e s d e o t r o á n g u l o d e v i s i ó n , c o m o r e p e t i c i ó n o b s e s i v a .

O b s e r v a m o s d e n u e v o c ó m o u n m i s m o f e n ó m e n o r e s u l t a i n t e r p r e t a d o y

e x p l i c a d o d e s d e u n e n f o q u e d i s t i n t o .

P r e c i s a m e n t e r e f i r i é n d o s e a l e s t i l o r e i t e r a t i v o q u e s e o b s e r v a e n s a n

J u a n d e la C r u z , E r m a n n o C a l d e r a 1 1 a f i r m a : " N a d i e p o n e e n d u d a q u e

e s e v o l v e r s o b r e e l m i s m o v o c a b l o , e s e n a r r a r q u e g i r a s o b r e s í m i s m o ,

r e s p o n d e n a e x i g e n c i a s d e c o m u n i c a c i ó n y d i d á c t i c a s , p e r o n o s e p u e d e

n e g a r la p r e s e n c i a d e u n g u s t o p o r c i e r t a o s a d í a f o r m a l q u e p a r e c e p r e

v a l e c e r e n d e t e r m i n a d o s m o m e n t o s . E n m u c h o s c a s o s , d e t o d a s f o r m a s ,

s o n m u y e v i d e n t e s l o s r a s g o s c a r a c t e r í s t i c o s d e l m a n i e r i s m o " .

Y t r a s a f i r m a r q u e l a e s c r i t u r a d e s a n J u a n d e la C r u z m u e s t r a " u n a

a d h e s i ó n c l a r a a l a s t é c n i c a s e x p r e s i v a s y a l a s d i r e c t r i c e s t e ó r i c a s d e l

m a n i e r i s m o d e l o s ú l t i m o s a ñ o s d e l s i g l o X V I " 1 2 , a p o r t a E r m a n n o C a l d e r a

d o s e j e m p l o s d e s u " a c o g i d a d e d e t a l l e s m a n i e r i s t a s [...] e n l o s q u e a f l o

r a u n c o n s c i e n t e f o r m a l i s m o " 1 3 . P u e s b i e n , a m b o s e j e m p l o s s o n m u e s

t r a s t í p i c a s d e l o q u e n o s o t r o s v e n i m o s c a r a c t e r i z a n d o c o m o i t e r a c i ó n

l é x i c a p r o p i a d e l o b s e s i v o . El p r i m e r o s e r e f i e r e a LB 3 , 3 , e n e l q u e la

p a l a b r a lámpara a p a r e c e u n a y o t r a v e z :

Y así, en todas [las] lámparas part icularmente el alma ama inf lamada de cada una y de todas ellas juntamente, porque todos estos atributos son u n ser, c o m o habernos d icho. Y así, todas estas lámparas son una lámpara que, según sus virtudes y atributos, luce y arde c o m o muchas

9. Orozco, E.: Manierismo y Barroco. Madrid: Ediciones Cátedra, 1975, 42. 10. Ibidem, 42. 11. Caldera, Ermanno: "El manierismo en san Juan de la Cruz", Prohemio: (1970):

336. 12. Ibidem, 334. 13. Ibidem, 335.

3 7 2


lámparas. P o r lo cua l el a l m a e n un s o l o acto d e la no t ic ia d e estas lámparas ama por cada una, y e n e s o ama por t o d a s jun tas , l l e v a n d o e n a q u e l acto c a l i dad d e a m o r por cada una, y d e cada una, y d e t o d a s juntas , y por t o d a s jun tas .

El s e g u n d o e j e m p l o q u e a p o r t a E r m a n n o C a l d e r a s e r e f i e r e a l a s d o s

ú l t i m a s l í n e a s d e C B 2 , 3 4 e n l a s q u e t a m b i é n a p r e c i a m o s u n a c l a r a r e i

t e r a c i ó n d e l a s p a l a b r a s vida y muerte:

¡Oh muerte!, y o seré tu muerte, q u e e s c o m o si dijera: y o q u e s o y la vida, s i e n d o muerte d e la muerte, la muerte q u e d a r á a b s o r t a e n vida.

S e a c o m o f u e r e , e s t a t e n d e n c i a o b s e s i v a d e s a n J u a n d e la C r u z a

i n s i s t i r u n a y o t r a v e z e n e l m i s m o l e x e m a o e n i g u a l c o n s t r t i c c i ó n s i n

t a g m á t i c a , s e t r a d u c e e n m u c h a s o c a s i o n e s e n c o n s t r u c c i o n e s l l e n a s d e

b e l l e z a , r i t m o y c a d e n c i a q u e s e a p r o x i m a n a l l e n g u a j e p o é t i c o . D e

h e c h o l a p r o p i a p o e s í a d e s a n J u a n d e la C r u z p r e s e n t a , a m e n u d o , e s t o s

r a s g o s i t e r a t i v o s q u e l e c o n f i e r e n u n a e n o r m e b e l l e z a , c o m o s e ñ a l a

D á m a s o A l o n s o 1 4 : " P o d e m o s c o m p r e n d e r a ú n m e j o r la i n q u i e t a d o r a

b e l l e z a y l a f u e r z a i n t e r i o r d e e s t o s v e r s o s , la o s c u r a n o c h e d e l a l m a y

d e l o s s e n t i d o s e n q u e n a c i e r o n , la b u s c a obsesionante, i n c e s a n t e , q u e

p a r e c e m e d i d a p o r e s e e s t r i b i l l o q u e c a e r í t m i c a m e n t e c o m o u n a r e i t e

r a c i ó n d e p e s a d i l l a : a u n q u e e s d e n o c h e " [El s u b r a y a d o e s n u e s t r o ] .

E n c o n t r a m o s t a m b i é n e n s u p r o s a e j e m p l o s d e n o t a b l e h e r m o s u r a

a b a s e d e i t e r a c i o n e s c o p u l a t i v a s , j u n t o c o n r e i t e r a c i ó n d e p a l a b r a s y d e

la e s t r u c t u r a m o r f o s i n t á c t i c a , e n p e r f e c t a s i m i l i c a d e n c i a , q u e c o n s i g u e n ,

e n o c a s i o n e s , d o t a r a l p á r r a f o d e u n r i t m o c l a r o q u e l o a p r o x i m a a la

p r o s a p o é t i c a . A s í , e n C B 3 6 , 12 :

P o r q u e el m á s p u r o p a d e c e r t rae m á s í n t i m o y p u r o e n t e n d e r , y por c o n s i g u i e n t e m á s p u r o y s u b i d o gozar , p o r q u e e s d e m á s a d e n t r o saber .

O t r o l o g r a d o e j e m p l o d e r e p e t i c i ó n d e l a s m i s m a s p a l a b r a s , p e r o

- s o b r e t o d o - d e la m i s m a c o n s t r u c c i ó n e n e s t e c a s o , e n u n a r í t m i c a y

s i m i l a r c a d e n c i a , l o e n c o n t r a m o s e n e l p r ó l o g o d e Cántico, c u a n d o s a n

J u a n d e la C r u z n o s e x p l i c a l a i m p o s i b i l i d a d d e d a r a e n t e n d e r " c o n a l g u

n a m a n e r a d e p a l a b r a s " l o q u e f u e c o m p u e s t o e n a m o r e i n t e l i g e n c i a

m í s t i c a . S e t r a t a d e la e s c u e t a , c l a r a y b e l l a d e f i n i c i ó n d e la i n e f a b i l i d a d

m í s t i c a q u e t a n f a v o r a b l e m e n t e i m p r e s i o n ó a J o r g e G u i l l e n 1 5 :

14 Alonso, D.: La poesía de san Juan de la Cruz. Madrid: Editorial Aguilar, 1966, 170.

15. Citado por Cuevas, C: Presencia de san Juan déla Cruzad.: Paredes Núñez). Granada: Universidad de Granada, 1993, 23.

3 7 3


Porque ¿quién podrá escribir lo que a las almas amorosas, donde él mora, hace entender? Y ¿quién podrá manifestar con palabras lo que las hace sentir? ¿quién, f inalmente, lo que las hace desear? Cierto, nadie lo puede; cierto, n i ellas mismas, por quien pasa, lo pueden (CB pró l . , 1 ) .

R e s e ñ e m o s t o d a v í a u n ú l t i m o e j e m p l o e n e l q u e e l m í s t i c o i n t e n t a

e x p r e s a r n o s - m e d i a n t e b a l b u c e o s q u e s e r e p i t e n - l o i n d e c i b l e d e la h e r

m o s u r a d i v i n a , l o g r a n d o u n a g r a n b e l l e z a m e r c e d a d i c h a s i t e r a c i o n e s :

[...] u n n o sé qué que se siente queda por decir, y una cosa que no se conoce quedar por descubrir, y u n subido rastro que se descubre al alma de Dios quedándose por rastrear, y u n altísimo entender de Dios que no se sabe decir (CB 7 , 9 ) .

B I B L I O G R A F Í A

A L O N S O , D. ( 1 9 6 6 ) : La poesía de san Juan de la Cruz. Madr id: Editorial Aguilar. CALDERA, E. ( 1 9 7 0 ) : "El manier ismo en san Juan de la Cruz", Prohemio, 1 , 3 3 3 -

5 5 .

C R I S Ó G O N O DE JESÚS ( 1 9 9 1 ) : Vida de san Juan de la Cruz. Madr id: B. A. C. CUEVAS, C. ( 1 9 9 3 ) : Presencia de san Juan de la Cruz (Ed.: Paredes Núnez) .

Granada: Universidad de Granada. LORENZ, M. ( 1 9 5 5 ) : "Expressive behavior and language patterns", Psychiatrv, 1 8 ,

3 5 3 - 6 6 .

MONTSERRAT-ESTEVE, S. ( 1 9 9 5 ) : "El lenguaje del enfermo obsesivo", Estados Obsesivos (Ed: Vallejo Ruiloba). Barcelona: Salvat, 5 5 - 7 0 .

O R O Z C O , E. ( 1 9 7 5 ) : Manierismo y Barroco. Madrid: Ediciones Cátedra. Ruiz, F. ( 1 9 6 8 ) : Introducción a san Juan de la Cruz. Madr id: B. A. C. SAN J U A N D E LA C R U Z ( 1 9 9 1 ) : Obras Completas. Madr id: B. A. C.

V E R O N , E. y SLUZKI , C. ( 1 9 7 0 ) : Comunicación y neurosis. Buenos Aires: Editorial Instituto.

3 7 4

aspectos formales de la escritura en prosa de san juan de ... · personalidad y en el contenido de...

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