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A influncia das coloraes capilares por oxidao no primeiro trimestre gestacional1. Amanda Luiza Dorice - Acadmica do curso de Visagismo e Terapia Capilar da Universidade Anhembi Morumbi

2. Aparecida Maria Francisco de Magalhes - Acadmica do curso de Visagismo e Terapia Capilar da Universidade Anhembi Morumbi

3. Jair da Silva Batista - Acadmico do curso de Visagismo e Terapia Capilar da Universidade Anhembi Morumbi

4. Yandra Corra Peres- Acadmica do curso de Visagismo e Terapia Capilar da Universidade Anhembi Morumbi

5. Celso Martins Junior Orientador especialista6. Ana Carolina Ribeiro Co-orientadora - mestreContato

1. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]. [email protected]

RESUMOEste trabalho mostra a relevncia dos estudos clnicos e cientficos realizados para o esclarecimento dos profissionais da rea da sade e beleza e das gestantes com relao ao uso e manuseio de coloraes capilares por oxidao. Para mostrar os benefcios e malefcios causados por substncias utilizadas em coloraes capilares, realizaram-se inmeras pesquisas com diferentes metodologias de avaliao em artigos cientficos. A pesquisa baseou-se em revises bibliogrficas para maiores esclarecimentos sobre o tema abordado. O objetivo deste estudo o esclarecimento de duvidas sobre o uso de coloraes capilares por oxidao, durante o primeiro trimestre de gestao, tendo como foco principal avaliar a sade da me e do feto. PALAVRAS-CHAVE:Colorao capilar; gestao; toxicologia; cosmticos.INTRODUONo perodo gestacional ocorrem inmeras mudanas nas mulheres; entre elas mudanas hormonais, comportamentais, fsicas e psicolgicas. (KEDE & SABATOVICH, 2009)

Pode haver reflexos em sua autoestima, tendo em vista que no podem realizar procedimentos estticos como antes da gravidez, entre estes procedimentos esto tambm s coloraes capilares (MACEDO, 2004).Sem a comprovao cientifica, Macedo (2004), fala da contaminao por iodo devido s coloraes, os esmaltes e cosmticos no indicados para gestantes em seu primeiro trimestre gestacional. Sendo assim foi realizado um estudo piloto, que analisava a urina de voluntrias antes e depois do processo de colorao; e observou-se que aps o uso da mesma, a urina apresentava-se com alteraes nos nveis de Iodo, tendo a normalizao estabelecida aps 72 horas. Nos processos qumicos capilares ocorre vaporizao de gases e inalao deles por parte de quem os utiliza e aplica. Alguns estudos tentam provar que os fetos podem sofrer influncia direta ou indireta das qumicas contidas nas coloraes capilares e sugerem que os produtos qumicos txicos em suficientes quantidades aumentam os riscos de efeitos adversos da sade das mulheres e bebs, que podem ser absorvidos atravs do couro cabeludo. (NAKAMURA, 2007).Segundo Couto (2010), no pr-natal e na gestao a exposio de agentes cancergenos, mesmo em nveis baixos foi relatado que pode ser prejudicial formao do feto. Com o uso das coloraes foi relatado na literatura, sem nenhuma comprovao cientifica, que potencializa no desenvolvimento de neoplasias em adultos, pois em crianas no houve relatos. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste trabalho de extrema importncia para o esclarecimento dos profissionais de sade e beleza, tendo em vista que no h at o momento amplos estudos especficos sobre o assunto.OBJETIVOO objetivo deste trabalho o esclarecimento de duvidas sobre o uso de coloraes capilares por oxidao, durante o primeiro trimestre de gestao. Mostrando os benefcios e malefcios causados por estes, a me e o feto. MTODOSEssa uma pesquisa descritivo-exploratria de carter qualitativo, com estudos baseados em referncias bibliogrficas e livros de estudos criados por pessoas com interesse em comum nesse assunto. Descrito por apresentar as principais definies da influencia da colorao por oxidao nos primeiros trimestres gestacionais apresentados por Segundo Couto (2010), Kede & Sabatovich, (2009), Nakamura (2007), Macedo (2004), entre outros. Exploratrios por buscar saber se nociva a sade durante o primeiro trimestre gestacional.

DISCUSSO Desenvolvimento da gestao em 12 semanasSegundo Resende & Monteiro (2011), os espermatozoides (gametas masculinos) alcanam o vulo (ocito, gameta feminino) atravs do semm; que o liquido que nutre os espermatozoides. A contrao vai impulsionando por movimentos prprios da calda, aps 5 minutos a inseminao. Quando fecundado o vulo, inicia-se o processo embrionrio e fetal ilustrado na figura 1.

Figura 1Desenvolvimento do ovo em 12 semanas

Fonte: MOORE, 20041 semana medida que o ovo passa pela trompa, em direo ao tero sofre rpidas divises mitticas. Apos o 3 dia penetra na cavidade uterina.

A clula do trofoblasto comea invadir o epitlio do endomtrio. De acordo com a figura 2 (RESENDE & MONTEIRO, 2011).

Figura 2 Processo mittico e instalao do ovulo na parede uterina

Fonte: (www.perinatal.com.br/2012)Figura 2 mostra o processo de mitose celular, desde o momento da fecundao do vulo, at o fim da primeira semana, onde inicia-se o processo de implantao na parede do tero (www.perinatal.com.br, 2012).

2semana: quando ocorrem vrias transformaes do embrio bi laminar.De acordo Moore (2004) ao fim da segunda semana, o embrio j est bem protegido dentro do endomtrio, pois ocorre o surgimento das vilosidades corinicas primrias. 3semana: Perodo rpido de desenvolvimento.

Figura 3 Feto de trs semanas Fonte: MOORE 20044 a 7 semanaPerodo embrionrio formao de curvatura ceflica caudal e lateral e sequncia continuas. Conforme figura 4

Figura 4: Feto de cinco semanas Fonte: http://www.perinatal.com.br/2009/secao.asp?id=7&id2=548a 12 semana O crescimento do perodo fetal, tendo j aparncia humana. O feto possui o aparelho digestivo, respiratrio circulatrio e urinrio praticamente pronto para uma vida uterina. De acordo com a figura 5

Figura 5 DESENVOLVIMENTO DO FETO Fonte: (www.sitiodamulher.com)Alteraes durante o perodo gestacional segundo Kede e Sabatovich (2009) Alteraes Hormonais: Mudanas hormonais so as mais perceptveis, pois na gestao se forma um novo rgo endcrino, a placenta; esta produz vrios hormnios e influncia a produo de outros pela hipfise. Os sintomas desta alterao hormonal podem ser percebidos desde os primeiros dias de gravidez. Alteraes fisiolgicas relacionadas pele e anexos: muito comum em gestante observar uma pigmentao geral ou localizada na pele, pois este rgo tambm sofre alteraes fisiolgicas relacionada a gravidez. Os mamilos, arolas, axilas, pescoo e genitlia externa se tornam mais escuros. Os melanclicos aumentam em numero, tamanhos e atividade. As unhas tambm sofrem alteraes.

Nos pelos ocorrem comumente o hirsutismo, mais ainda em mulheres com pelos escuros e nas que j apresentavam pilificao abundante antes da gravidez. Durante este perodo aumenta a quantidade de cabelos angenos e diminui a queda (telgeno). Aps o parto ocorre o eflvio telgeno, que pode durar de 5 meses a 1 ano.

Existem raros casos em que na gestao ocorre alopecia de padro masculino ou rarefao difusa, mas aps o parto ocorre uma normalizao dos padres de crescimento. Essa queda reversvel, mas pode provocar alteraes psicolgicas.Segundo Rotta (2008) as alteraes do tecido conjuntivo em cerca de 55 90% das mulheres, sofrem de uma disfuno durante a gestao e estiramento ou estrias gravdicas, no segundo ou terceiro trimestre. A manifestao destas, pode se dar atravs de uma colorao rsea ou prpura. A causa exata ainda desconhecida, mas alguns estudos sugerem que ela estava relacionada ao distrbio adrenocortical. Com o tempo a pigmentao das estrias tende a diminuir tornando-as cor da pela ou mais clara.

A secreo sebcea tambm aumenta na gravidez, acredite-se que isso se d pela atividade da hipfise; no perodo de lactao a secreo sebcea continua. No ultimo trimestre gestacional a secreo sebcea tende a aumentar, nesse perodo onde os estrgenos que suprimem a atividade sebcea esto aumentados. Alteraes da glndula crina: A atividade das glndulas crinas aumenta, entretanto a sudorese palmar significamente diminuda.De acordo com Cce & Festa (2001) as alteraes Vasculares devido aos altos nveis de estrgenos circulante durante o perodo gestacional. Os angiomas em aranha se manifestam em 66% das gestantes de raa branca, tem aparncia de ramificaes localizada na parte superior do tronco e frequentemente aparece na face. O eritema palmar acorre com frequncia neste grupo, sendo 70% em gestantes de raa branca e 30% em gestantes de raa negra. Tambm por conta das alteraes vasculares ocorrem edemas na face, membros inferiores e mos, que so mais comuns no inicio da manh. Segundo Kede & Sabatovich (2009) no perodo gestacional as alteraes na mucosa ocorrem devido hipertrofia gengival, em 80% delas sofrem de gengivite, algumas podem at sangrar e doer, principalmente em gravidas que no tem uma boa higiene bucal. Existe uma associao em 2% ao pulis da gravidez ou granuloma gravidarum, que se traumatizado (lesionado) pode sangram abundantemente. Nestes casos a vitamina C uma aliada para o controle dessa alterao. A formao do folculo piloso e sua ligao com a rede sangunea

Segundo Halal (2011)a formao do folculo se d atravs de um crescimento da epiderme no sentido da derme, ou seja, uma invaginao da camada epidrmica para dentro da derme. De acordo com Junqueira e Carneiro (2008) o pequeno espao de tecido drmico em formato de cone que encontra a epiderme chamado derme papilar, ela realizar a irrigao sangunea do folculo piloso, atravs de vasos sanguneos capilares, que tem como funo levar os nutrientes e oxignio para o bulbo capilar.

Figura 6: Camada da pele

TRABULO, C. 2012A figura acima mostra que na camada drmica da pele existe irrigao sangunea.A figura abaixo de nmero 7 mostra a invaginao da epiderme para a derme. Existe um aprofundamento da primeira camada para a formao do folculo piloso.

Figura 7 Desvendando o sistema nervosoBEAR, M.F. & PARADISO, M. A., 2002

Ainda para o autor at o final dos anos de 1990 acreditava-se que as clulas-tronco do couro cabeludo cresciam da raiz, atravs de pesquisas realizadas na universidade da Pensilvnia comprovou-se que as clulas-tronco esto na verdade localizadas sob a glndula sebcea, e ai que o eixo capilar se inicia. Da inicia-se um processo chamado queratinizao, onde o citoplasma das clulas recm-formadas substitudo por uma protena chamada queratina, nesta fase as clulas perdem seu citoplasma e seu ncleo.

Inicialmente as clulas-tronco so produzidas e empurradas para o folculo, quando este se enche de clulas, uma coluna de clulas queratinizadas emerge do topo do folculo e sai do couro cabeludo. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2008). Caractersticas do tecido epitelial

Segundo Junqueira e Carneiro (2008) a formao das clulas epiteliais apresentam variaes desde as clulas colunares altas at clulas pavimentosas. Estes tecidos apresentam pouca matriz extracelular por terem clulas justapostas. Um exemplo pode ser bales de borracha comprimidos a um espao limitado. Alergias De acordo com a Grafof (2011), qualquer tratamento qumico pode desencadear reaes alergnicas a gestante isso, porque o corpo dela est em constantes transformaes hormonais, a pele pode ficar muito hidratada e por isso que o corpo absorve com mais rapidez os produtos qumicos aumentando as chances de alergias. A colorao nociva por conter amnio, substncia que, em contato com o couro cabeludo materno, transmitido pela circulao sangunea, podendo causar m formao fetal e at aborto. Alergia tambm causada pela inalao ou cheiro de amnio, iodo e peroxido de hidrognio esto que contidos na frmula da colorao causando alergias respiratrias. Por isso o aconselhvel nesses casos no colorir os cabelos nessa fase os rgos fetais esto em maior formao. De acordo com Corra (2012) pessoas alrgicas a colorao de cabelo que sofrem com a substncia parafenilenodiamina, que base de quase todos os produtos para colorir os cabelos. Segundo Reis, (2011) o parafenilenodiamina representa um alergnico potencialmente perigoso porque, usado mais frequentemente com tintura de cabelo, sensibiliza uma rea de grande reatividade com manifestaes locais de eczema, queda de cabelos e sintomas generalizados de urticria e angioedema. Alm disso, pelo fato do produto ficar impregnado no cabelo, a sua ao e prolonga por dias ou semanas, sendo de difcil controle pelo mdico, gerando muito desconforto ao paciente, reduo de sua capacidade produtiva, danos estticos e riscos a sade pela possibilidade de infeces secundrias na rea eczematizada. Alergia a corantes: sintomasDe acordo com Corra (2012) a gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa, os sinais de uma reao alrgica so notados no prazo de 24 horas aps a aplicao do corante de cabelo. Prurido couro cabeludo um dos sintomas mais comuns de reao alrgica a partir de um corante de cabelo. O couro cabeludo pode apresentar sinais de formao de espinhas ou blister. Dermatite no couro cabeludo uma queixa comum entre os usurios de corantes capilares. Em alguns casos, dermatite de contato no fica restrita linha do cabelo, mas tambm se espalha para a testa e do pescoo. Podem at afetar o rosto, uma forma grave de manifestar alergia a colorao de cabelo pode, em forma de olhos inchados. Erupes e inchao tambm so visto em outras partes do corpo. A pessoa que aplicou a colorao de cabelo tambm pode sentir febre e uma sensao nauseante e pode ter tambm dificuldade para engolir os alimentos. Coloraes capilares por oxidaoSegundo Carvalho (2010)as cores vistas pelos olhos so analisadas pelo crebro. A cor do cabelo se d pela presena de grnulos de melanina presentes no crtex. Esses pigmentos so de trs tipos: a eumelanina pigmento granulado azul, feumelanina pigmento difuso que vai do laranja ao amarelo e tricosiderina pigmento vermelho. Juntos estes pigmentos em diversas quantidades ou concentraes determinam a cor natural dos cabelos.De acordo com Halal (2011) colorao por oxidao a colorao que tem o poder de penetrar no fio de cabelo, e depositar pigmento ou retir-los do fio, essa reao qumica ocorre no crtex do cabelo Toda colorao por oxidao, clareia apenas pigmentos naturais (melanina). Essa colorao a sobreposio de duas cores, a cor do cabelo (natural ou artificial) que ser a base a ser colorida, mas os pigmentos trazidos pela colorao. De acordo com Pinheiro e Terce (2008) O processo de colorao dos cabelos so baseados em sistemas oxidativos, so formados por substncias intermedirias ou precursoras de cor e acopladores. Estas substncias intermedirias funcionam como corantes apenas depois de oxidadas (H2O2), ligando-se aos acopladores e produzindo a cor desejada. Este processo baseia-se, portanto em reaes de precursores - pigmentos, que ocorrem no interior da fibra capilar sob condies especficas, estas reaes geralmente ocorrem em meio alcalino (amnia) PH 8 a 10. A amnia promove a tumefao e dilatao das cutculas que facilita a absoro dos corantes e do perxido de hidrognio. Ajustando as propores de oxidante (H2O2), precursores e acopladores, podem-se obter tonalidades mais claras ou escuras. Composio qumica da colorao por oxidaoSegundo Frana (2011) as coloraes por oxidao tem como resultado as reaes qumicas entre pequenas molculas primrias de acoplamento como o parafenilenodiamina (PPD), o paraaminofenol (PAP), o ortoaminofenol (OAP) e o parafenilenodiamina sulfatado (PPDS) e molculas consideradas modificadoras como metaaminofenol (MAP), resorcinol (RCN), naftol (NA) 4-clororesorcinol (4CLR), 4-amino2hidrxitolueno (AHT), 2-amino4hidrxietilamino-anisole sulfato (AHEAS), 2-4-diaminofenoxietanol HCL (2-4-DAPE), entre outras, reagindo entre si, forma molculas maiores, obtidas de misturas com amnia, e que ficaro de certo modo aprisionadas no crtex dos fios de cabelos.Reaes das coloraes por oxidaoDe acordo com Souza (2011) coloraes por oxidao, so consideradas permanentes dento resistncia em mdia a 24 lavagens, permitindo a cobertura total dos fios brancos. Coloraes desse tipo em geral requerem o uso de hidrxido de amnia como substncia alcalinizante, para reagir com a melanina natural dos fios de cabelos e promover o seu clareamento, e tambm no dispensam o uso de perxido de hidrognio, a ser utilizado como substncia oxidante e acidificante. Os corantes de oxidao so constitudos por bases de acoplamento e por modificadores de reao de baixo peso molecular, que vo sofrer oxirreduo no interior do crtex capilar e proporcionar o polmero colorido responsvel pela colorao. As coloraes de oxidao reduzem os tons de cores naturais, permitem a tintura em cores-fantasia cobrindo em at 100% dos fios. Segundo o Souza (2011) para obter resultado, as coloraes de oxidao precisam ser trabalhadas em faixas de PH acima de 9,0, e necessitam de substncia alcalinizante como o hidrxido de amnio ou a monoetanolamina, para que ocorra a reao de oxirreduo. As coloraes por oxidao promovidas em meio fortemente alcalino e oxidante iro dilatar as cutculas dos cabelos, permitindo que as bases e os acopladores de baixo peso molecular penetrem facilmente na estrutura interna dos fios. No transcorrer do processo de oxidao, a molcula se polimeriza internamente, originando polmeros coloridos, e sofrerem aumento o seu peso molecular, o que, consequentemente, ir evitar que a cor seja removida. Substituies do hidrxido de amnio por monoetalonamina Segundo Souza (2011), existe outro tipo de as coloraes demipermanentes, que no utilizam amnia para promover a reao oxidativa. As tinturas que no utilizam amnia contm a molcula de monoetanolamina (MEA),que menos agressiva, mas tambm menos oxidativa, e se encaixam na categoria de tinturas amnia-free, consideradas tinturas demipermanentes.A monoetanolamina (MEA), utilizada como molcula alcalinizante, em substituio amnia, que promove baixo efeito clareador e no tem capacidade para reduzir tons, pode resistirem mdia , a 12 lavagens. A MEA , sem dvida, uma opo menos agressiva, mas no ir proporcionar 100% de cobertura dos fios brancos. Hidrxido de Amnio De acordo com Cardoso (2012) o hidrxido de amnio uma base fraca representada pela frmula qumica (NH4OH), nico composto desse grupo que no possui metal em sua composio. Esta substncia um produto da ionizao da amnia e, por isso, somente existe em (base solvel) soluo aquosa, assim como na reao. O hidrxido de amnio um composto muito voltil, incolor, de cheiro amargo e altamente penetrante, se decompe a temperaturas a partir de 450C, liberando os gases hidrognio e nitrognio, que so txico, corrosivo, sensvel ao calor e incompatvel com vrios tipos de substncias tais como, cidos, oxidantes fortes, perxidos, acrolena, aldedo actico, hidrazina, ferrocianeto de potssio e grande parte dos metais, entre outros.Na produo descoloraes capilares, o hidrxido de amnio utilizado como reagente pela indstria qumica, e tambm em produtos branqueadores de tecidos, fertilizantes agrcolas, explosivos, borrachas, couro, sabo amoniacal, lubrificantes, cermicas e detergentes. Efeitos adversos sade relacionada a hidrxido de amnioSegundo Cardoso (2012) essa substncia altamente nociva sade humana. Por liberar amnia, o hidrxido de amnio sufocante e bastante irritante aos olhos, aparelho respiratrio superior, pele e mucosas. Os efeitos provocados so fortes, devido o composto dependendo do tempo de exposio e podendo variar de leves irritaes at srias leses. Quando inalado, pode provocar dificuldades para respirar, queimaduras, espasmo brnquico, edema pulmonar, reteno da urina, entre outras variaes; o contato com a pele e olhos pode ocasionar dor, rubor, irritao e at queimaduras graves; caso ingerido pode causar uma corroso do esfago e inflamao do peritnio (camada serosa responsvel pela reduo do atrito entre as vsceras), apresentando sintomas como: dores na boca, no trax e no abdmen, vmitos, tosse e desmaio.

Exposies repetidas ao hidrxido de amnio geralmente causam tosse, respirao ruidosa e ofegante, laringite e bronquite crnica. Os rgos mais afetados pela contaminao por esse produto so o estmago e os pulmes. O hidrxido de amnio no considerado uma substncia cancergena. Perxido de Hidrognio e seus efeitos adversos sade.

De acordo com (ALVES 2011) o composto Perxido de Hidrognio conhecido popularmente como gua oxigenada, soluo aquosa cuja frmula H2O2, que se classificam conforme a concentrao. Nos rtulos podemos observar oxidantes de 10 volumes= 3% de perxido de hidrognio, 20 volumes= 6% de perxido de hidrognio, 30 volumes= 9% de perxido de hidrognio, 40 volumes= 12% de perxido de hidrognio, para o uso cosmtico em coloraes capilares, de acordo com a legislao brasileira. Entretanto essa substncia pode ser encontrada em maiores concentraes para outras finalidades; sendo que, quanto maior o volume mais concentrada ser a soluo. Quando a concentrao de perxido de hidrognio muito alta (100 volumes), a soluo apresenta aspecto viscoso. Neste caso usada em laboratrio e indstrias. Se a concentrao for de 10 volumes, usada como agente bactericida dos ferimentos externos e em gargarejos, por que possui ao antissptica. Tambm pode ser utilizada como alvejante de tecidos, e como descoloraste de pelos e cabelos. usado como conservante em indstrias alimentcias, como bactericida e fungicida de sementes na agricultura, para restaurar pinturas a leo, na restaurao de cores brancas escurecidas pela ao de alguns poluentes atmosfricos. Efeitos principais: corrosivo para a mucosa, os olhos e a pele. A gravidade das leses e o prognostico da intoxicao. So: irritao do nariz de e da garganta e tosse. No caso de exposio repetida ou prolongada, risco de dor de garanta, de sangramento pelo nariz. Podendo atacar os brnquios. A maneira que a fragrncia extrada Segundo Halal (2011) os produtos que tm fragrncia ou perfume, indicam que substncias naturais ou sintticas utilizadas para conferir a fragrncia especifica a um produto cosmtico de acordo com as fragrncias que atribuem, aumentam ou combinam so ingredientes de produtos cosmticos que podem ser obtidas de fontes sintticas ou naturais por meios de processos qumicos ou fsicos, incluindo aromas qumicos, leos essenciais, extratos naturais, destilados e resduos oleosos. Corantes na coloraoSegundo Pedro, (2000), os corantes podem ser classificados em orgnicos e inorgnicos, tem suas funes distintas de acordo com sua classificao.

Segundo (Halal, 2011), normalmente cores insolveis so popularmente conhecidas como pigmentos, entretanto, esta informao incorreta, tento em vista que pigmentos so de origem natural, no podendo ser quimicamente modificado em laboratrio. Os corantes artificiais so produzidos de maneira qumica industrial para atuar na colorao da fibra capilar.Podem ser usados em associao com outros componentes para proporcionar efeitos pticos que podem refletir um leve brilho ou cor intensa como o caso da matria prima Mica que se trata de um grande grupo de silicatos hidratados de alumnio e potssio, sendo este um produto colorante inorgnico.Outros exemplos so os corantes puros, que na cosmetologia so usados para correes ou como aditivos corantes; Neste caso pode-se citar o Yellow 6 CI 15985 que se trata do amarelo puro; Curry Red tambm um corante orgnico monoazo que representa a cor vermelho intenso, pode ser usado para colorir os fios ou em outros produtos cosmticos como xampus, condicionadores e sprays.

No Brasil, a Resoluo n 79, de 28 de agosto de 2000, estabelece a lista de corantes identificada pelo nmero do Colour Index, denominao, cor e campo de aplicao, dividindo este ltimo em quatro sees: (1) permitidos para todos os tipos de produtos; (2) permitidos para todos os tipos de produtos, exceto rea dos olhos; (3) permitidos exclusivamente em produtos que no entram em contato com mucosas; e (4) permitidos em produtos que tenham breve tempo de contato com a pele e cabelos, as coloraes capilares por oxidao devem seguir est norma para poder ser comercializada. (PEDRO, 2000)A influncia da colorao na sade da gestante e do fetoSegundo Kokol (2010) a neoplasia(neo= novo +plasia= formao) o termo que designa alteraes celulares que acarretam um crescimento exagerado destas clulas, ou seja, proliferao celular anormal, sem controle, autnoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequncia de mudanas nos genes que regulam o crescimento e a diferenciao celulares. A neoplasia pode ser maligna ou benigna.

J para Couto (2011) em sua pesquisa ele relata um possvel aparecimento de neoplasias em gestantes devido o uso dessas substncias, mesmo em nveis reduzidos, a exposio prejudicial ao desenvolvimento fetal. Alguns compostos qumicos presentes nas coloraes capilares podem ser absorvidos por inalao ou por contato com a pele, podendo desenvolver patologias drmicas, no trato respiratrio ou at mesmo neoplasias. Estas substncias podem levar ao acmulo de alteraes em genes que regulam o processo de diferenciao, proliferao, reparo e apoptose, levando aquisio de um fentipo maligno em que as clulas se imortalizam e deixam de exercer suas funes normais no organismo. O desenvolvimento de cncer est relacionado com o uso de colorao capilar e outros cosmticos. Em 1979, Ames e colaboradores observaram que certos componentes utilizados em coloraes capilares eram mutagnicos em clulas bacterianas. Outros estudos foram realizados nas dcadas de 70 e 80, observando ausncia, associando a neoplasia. Estudos realizados na Europa analisaram a exposio por coloraes em adultos e linfomas com poucas estimativas de riscos. De acordo com Couto, (2010) o desenvolvimento de leucemias por componentes qumicos presentes nas coloraes ainda so desconhecidos. O que se sabe o acmulo de mutaes em loci reguladores das diferentes etapas do processo de diferenciao, proliferao, reparo e apoptose podem evoluir para o processo de carcinogenese. A anlise de clones leucmicos pode, portanto, fornecer informaes sobre o momento em que ocorreu a transformao maligna e quais so os mecanismos moleculares envolvidos. Neste intuito que so enfocadas as pesquisas para compreender a origem das leucemias.Desta maneira, foi possvel determinar a magnitude de associao entre exposies maternas selecionadas, como uso de tinturas de cabelo e produtos de alisamento capilar antes da gravidez, durante a gestao (1, 2 e 3 trimestre) e no perodo de lactao, com o desenvolvimento de leucemias em lactentes. Contaminaes por iodoDe acordo com a pesquisa realizada por Macedo, (2004) as gestantes que fazem uso de coloraes capilares podem sofrer contaminao por iodo; entretanto, no h indcios de problemas relacionados ao feto e a gestante. As mulheres que no podem se submeter a procedimentos estticos tendem a ter reflexos em sua autoestima, sendo esta, imensamente prejudicada em relao a sua autoimagem antes do processo de gestao. Existem enormes privaes durante este perodo, no qual restringe inmeros procedimentos de embelezamento, dentre estes esto tambm s coloraes capilares. Sem a comprovao cientifica, o autor fala da contaminao por iodo devido s coloraes, os esmaltes e cosmticos no indicados para gravidas em seu primeiro trimestre gestacional. Sendo assim foi realizado um estudo piloto, que analisava a urina de voluntrias antes e depois do processo de colorao; e observou-se que aps o uso da mesma, a urina apresentava-se com alteraes nos nveis de Iodo, tendo a normalizao estabelecida aps 72 horas.

Nos processos qumicos capilares ocorre vaporizao de gases e inalao deles por parte de quem os utiliza e aplica.Absores do peroxido de hidrognio em gestanteSegundo Nakamura (2007) em um processo de colorao ou descolorao capilar so absorvidos baixos nveis de peroxido de hidrognio. Em sua pesquisa foi realizado testes em animais com doses de 100 vezes mais altas do que o que seriam usadas normalmente na aplicao humana, tambm no foram observados alteraes significativas no feto. Os procedimentos de colorao j estudados sofrem variaes pelo tempo em que a cor permanece em contato com o couro cabeludo e o cabelo. As coloraes permanentes por oxidao recebem maior ateno e incluem uma variedade dos produtos qumicos. Descolorir e colorir o cabelo exige o uso do perxido de hidrognio. Por isso, o tempo de exposio colorao, o sincronismo e a frequncia do uso durante a gravidez so fatores importantes a serem relevados.Segundo Bedin e Zitron (2011) os usos das coloraes no causam mal algum. Eles alertam o uso depois do primeiro trimestre gestacional, onde ocorrem 20% dos abortamentos.

Frana (2011) especialista em vigilncia sanitria explica que a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) comprova a teoria dos especialistas acima e comenta que todas as substancias passam por um controle. Antes de comercializar a ANVISA avalia todas as substancias, se tiverem uma concentrao acima do permitido o dado no registrado e no recomenda o uso de coloraes para prevenir o nvel de absoro das substancias no organismo.O ginecologista e obstetra Lister (2011) acredita que a gravidez um perodo onde, no custa nada fazer um sacrifcio, e menciona: Nesse perodo o bom senso primordial para ter uma vida normal. No primeiro trimestre gestacional no se deve usar nenhum tipo de colorao, porque no temos certeza de que no so nocivos. Tudo que se tem dvida proibido, por segurana. Colorao permanente proibida at a hora do parto. Amnia perigoso, qualquer contato com essa substncia arriscado. O tcnico qumico Martins JR (2011), diretor da Associao Brasileira de Cosmetologia, comenta: coerente e seguro considerar tantas mudanas fisiolgicas que acontecem na gravidez. A gestante, assim como o feto, no deve se expor a qualquer tipo de risco ou grau de irritabilidade excessivo. Concluso Atravs dessa pesquisa, observou-se que o uso de coloraes capilares por oxidao e substncias contidas na mesma, podem favorecer mudanas ou alteraes das funes fisiolgicas das gestantes e o processo de embriologia fetal. Este estudo visa esclarecer duvidas em relao ao tema, mostrando que no primeiro trimestre gestacional onde ocorrem inmeras mudanas com a gestante e consequentemente ao feto.

Os estudos realizados destacam evidncias que no perodo em que o feto est sendo formado, o uso de coloraes por oxidao e outras qumicas capilares, so potencialmente alergnicas, devido exposio, s substancias como: hidrxido de amnio, perxido de hidrognio, fragrncias e corantes.

As substncias citadas acima so passveis a alergias e contaminaes, e que podem trazer riscos a sua formao, e a sade da gestante, de acordo com a constncia e o grau de exposio.Observa-se em alguns estudos que os fetos podem sofrer influncia direta ou indireta das substncias qumicas existentes nas coloraes capilares e sugerem que os produtos qumicos txicos em suficientes quantidades aumentam os riscos de efeitos adversos da sade das mulheres e bebs, que podem ser absorvidos atravs do couro cabeludo ou por inalao, quando ocorre a evaporao da matria.

Existe tambm o fator de contaminao das coloraes em seu processo de fabricao, tendo em vista que so fabricadas em grande escala em indstrias que desenvolvem outros produtos qumicos. Estes podem conter resduos txicos e alergnicos.Entretanto no existem concluses cientificas que as substncias efetivamente prejudiquem e/ou desenvolvam patologias no grupo estudado; sugerem-se maiores estudos a respeito deste tema.

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