GEOGRAFIA - AGRICULTURA 11º Ano

Beatriz Martins Costa 1

Agricultura

Tradicional Países Sub-Desenvolvidos

(África, América Latina, Ásia)

OBJECTIVO: Assegurar a subsistência do agregado familiar.

SISTEMA DE CULTURA: Policultural.

TÉCNICAS AGRÍCOLAS: Muito rudimentares.

DEPENDÊNCIA DE FACTORES: Depende essencialmente dos factores naturais e demográficos e não de factores económicos.

POSIÇÃO FACE AO MERCADO DE PRODUTOS: O mercado não é tido em conta.

CÁLCULO ECONÓMICO: Não existe (não paga ordenados, gasóleo, etc.).

ESTRUTURA DO CUSTO DA PRODUÇÃO: Unicamente o trabalho.

% DE AGRICULTORES NA POPULAÇÃO ACTIVA: Elevada.

PRODUTIVIDADE: Baixa.

Moderna Países Desenvolvidos

(Europa, América do Norte, Austrália, Nova Zelândia, Japão)

OBJECTIVO: Assegurar a maximização do lucro monetário.

SISTEMA DE CULTURA: Monocultural.

TÉCNICAS AGRÍCOLAS: Modernas, forte mecanização.

DEPENDÊNCIA DE FACTORES: Depende essencialmente de factores económicos e não dos factores naturais e demográficos.

POSIÇÃO FACE AO MERCADO DE PRODUTOS: Elevado grau de participação no mercado.

CÁLCULO ECONÓMICO: Existe (faz-se contas ao gasóleo, electricidade, ordenados).

ESTRUTURA DO CUSTO DA PRODUÇÃO: Muito complexa (gastos de natureza salarial, tecnológica e financeira).

% DE AGRICULTORES NA POPULAÇÃO ACTIVA: Baixa (Portugal ±6%).

PRODUTIVIDADE: Alta.

A agricultura praticada em Portugal até 1986 era Tradicional, tendo a partir desse ano sofrido uma actualização em certas regiões do país, como é exemplo o Alentejo.

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Morfologia Agrária

Entre-Douro-E-Minho Alentejo

Estrutura Fundiária Minifúndios

Terrenos de pequena dimensão (menores que 5 ha).

Latifúndios Terrenos de grande dimensão (superiores a

50 ha).

Forma da Propriedade Irregular

Não tem forma geométrica. Regular

Terrenos com forma geométrica.

Existência ou não de Vedações Fechados

Campos vedados. Abertos

Campos não vedados.

Sistema de Cultura

Entre-Douro-E-Minho Alentejo

Variedade das Culturas Policultura

Cultiva-se mais que uma espécie. Monocultura

Cultiva-se apenas uma espécie.

Aproveitamento do Solo Extensivo

Uso de técnicas de pousio. Intensivo

Solo permanentemente ocupado

Necessidade de Água Sequeiro/Regadio

Agricultura que apenas usa a água das chuvas.

Sequeiro/Regadio Agricultura que para além da água da chuva,

utiliza sistemas de rega complementares.

Rendimento

PrRe dim

oduçãoAgrícolan entoAgrícola

ÁreaCultivada

Produtividade

PrPr

oduçãoAgrícolaodutividadeAgrícola

HorasDeTrabalho

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Fragmentação das Explorações Agrícolas A disparidade e a irregularidade ao nível da repartição do solo agrícola fica a dever-se a factores de ordem natural, histórica e social.

Maior Fragmentação do Solo:

Entre-Douro-E-Minho;

Beira Litoral.

Devido a: Relevo acentuado; Elevada concentração demográfica; Elevadas taxas de natalidade e

consequente partilha das terras por herança;

Fertilidade dos solos; Amenidade térmica.

Menor Fragmentação do Solo:

Alentejo.

Devido a: Relevo pouco acentuado; Fraca concentração populacional; Doação das terras pelos monarcas

aos fidalgos, cavaleiros e ordens religiosas;

Clima seco; Solos mais pobres.

Emparcelamento

É um agrupamento de pequenas parcelas, de forma a constituir conjuntos mais vastos que viabilizem a introdução de tecnologias modernas, de forma a aumentar o rendimento e a produtividade. Esta prática é uma solução para o problema da estrutura fundiária típico da região de Entre-Douro-E-Minho.

Vantagens do Emparcelamento:

Pode levar ao aumento da produtividade e do rendimento; Mecanização racional de um maior número de explorações agrícolas; Introdução de novas culturas e de novas tecnologias; Diminuição do tempo e esforço empregues na agricultura; Diminuição dos custos de produção.

As deficiências estruturais da agricultura Portuguesa

As características da população agrícola revelam a diminuição da mão-de-obra.

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Razões da diminuição da população agrícola: Progresso tecnológico (mecanização agrícola); Êxodo rural motivado pela procura de trabalho noutros sectores de actividade (primeiro

na indústria e depois nos serviços e comércio); Envelhecimento da população agrícola; Fraca capacidade activa deste sector – sobretudo para as populações mais jovens; Redução do número de explorações e do agregado familiar.

A agricultura portuguesa

Esta tendência só se inverteu na última década com a retracção da superfície agrícola relativamente às outras classes consideradas.

O número de explorações diminuiu; A média de superfície por exploração aumentou de 6,9 hectares para 9,29 mostrando

uma tendência para o emparcelamento; O número de parcelas diminuiu cerca de 35%; A estrutura de utilização dos terrenos também sofreu alterações aumentando a

percentagem de explorações de maior dimensão; Diminuiu o número de explorações arrendadas; A área de superfície irrigada diminuiu; Existe uma tendência geral para a diminuição das culturas praticadas. Resulta das

alterações introduzidas pela PAC (Política Agrícola Comum) preconizando incentivos à não produção de acordo com a aptidão do solo.

Os problemas do actual uso do solo em Portugal

A superprodução; A degradação e poluição dos solos e o agravamento dos processos erosivos; A irregularidade climática; As características da mão-de-obra agrícola; A introdução de trangénicos ou OGM (Organismos Geneticamente Modificados).

Vantagens da adesão de Portugal á União Europeia em 1986:

A mecanização da agricultura com redução dos activos; O alargamento das produções de regadio; A electrificação das explorações; Florestação; Modernização e construção de novos caminhos rurais; Promoção do emparcelamento; Desenvolvimento da formação profissional dos agricultores e da investigação agrária; Encorajamento à pré-reforma dos agricultores mais idosos; Incentivo ao associativismo agrícola.