totemismo

Post on 14-Apr-2017

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Spiritual

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“Totemismo”

DIMENSÃO FENOMENOLÓGICA

FUNCIONALIDADE DOS SERES

INVISÍVEIS

FUNCINALIDADE HUMANA

ELEMENTOS AUXILIARES

Espíritos dos antigos,Espíritos espirituais,

Espíritos bons,Espíritos maus,

Espíritos a-éticos,Espíritos ñ espirituais

Homens Humanos, Homens Mágicos, Homens EspirituaisHomens SagradosHomens InspiradosHomens Místicos

Homens Inumanos

CRENÇAS

TOTEMISMO, VENERAÇÃO ANCESTRAL,

FETICHISMO, ANIMISMO, ENCARNAÇÃO, deuses e

deusas, DEUS, ESPÍRITOS A-ÉTICOS, etc.

ATOS DA PROVIDÊNCIA

Destino e Controle da Vida, Pré-destino, Acaso, Sorte, Comunicação Normativa, Força Superior Mágica,

Força Inferior Mágica, Força Superior Pessoal, Força

Inferior Pessoal

O QUE ESTÁ POR TRÁS DOS NOSSOS ATOS

“TOTEMISMO" é um conjunto de ideias e práticas baseadas na crença da existência de um parentesco místico entre seres humanos e animais, objetos naturais, plantas, e até, em casos raros, com fenômenos da natureza.

O conceito refere-se a uma ampla variedade de relações de ordem ideológica, mística, emocional, genealógica e de veneração entre grupos sociais ou indivíduos específicos e animais ou outros objetos naturais, que constituem o totem.

O termo deriva da palavra “ototeman”, do idioma dos índios falantes das línguas algonquianas, do leste dos Estados Unidos. A raiz gramatical ote indica uma relação de sangue entre irmãos e irmãs, filhos da mesma mãe, que não podem se casar entre si. 

SÍMBOLOS CLÂNICOS Ñ-TOTÊMICOS DE TRIBO XINGUANA

(KUIKURO) – O KUARUP

Mas o mais importante trabalho sobre o assunto é do sociólogo francês Émile Durkheim (1858 – 1917), que define o totemismo como a primeira representação sistêmica que o homem fez do mundo e de si mesmo, onde é possível obter uma visão do mundo. Ainda segundo Durkheim (e Wagner), a filosofia e a ciência originaram-se da religião, sendo assim, o totemismo ofereceu rica contribuição para a organização das construções intelectuais do homem.

Há muitas teorias e hipóteses relacionadas ao totemismo: A primeira foi proposta pelo etnólogo escocês John Ferguson McLennan, que buscou entender o totemismo numa perspectiva ampla. Em The Worship of Animals and Plants (1869; O culto de animais e plantas), McLennan não tentou explicar a origem específica do fenômeno do totemismo, mas sim indicar que toda a raça humana passou pelo estágio totêmico num momento remoto de sua evolução.

O primeiro relatório preciso sobre o totemismo na América do Norte foi escrito por um missionário metodista, Peter Jones, ele mesmo um Ojibwa, que morreu em 1856 e cujo relatório foi publicado postumamente.

De acordo com Jones, o Grande Espírito tinha dado toodaims (totens) aos clãs Ojibwa, e por causa deste ato, os membros do grupo estão relacionados entre si e por esse motivo não podem se casar entre si.

No período de grande florescimento da sociologia e antropologia cultural, nas primeiras décadas do século XX, o totemismo atraiu muita atenção. Uma das mais intensas discussões foi sobre a ligação entre totemismo e religião, negada por alguns, como o americano Alexander Goldenweiser, e afirmada por outros, como o francês Émile Durkheim.

Em 1916, o americano Franz Boas afirmou que o totemismo era uma unidade "artificial", só existente no pensamento dos etnólogos. Essa opinião foi partilhada pelo britânico Radcliffe-Brown. O crítico mais incisivo do totemismo, que negou até mesmo a realidade do fenômeno, foi Claude Lévi-Strauss.

Em Le Totémisme aujourd'hui (1963; O totemismo hoje), ele concluiu que o totemismo não passa de uma expressão simbólica, que permite ao indivíduo um melhor entendimento da realidade social e da diferenciação de clãs e papéis.

Alguns exemplos

Alguns exemplos de totemismoWiradjuri, Austrália Entre os Wiradjuri, povo aborígene que tradicionalmente viviam em New South Wales, na Austrália, clãs totêmicos são divididos entre dois subgrupos matrilineares. O totem grupo, chamado "carne", é transmitido pela mãe. Em contraste com isso, totens individuais pertencem apenas aos homens de medicina e são repassados patrilinearmente. Tal totem individual é chamado bala, "companheiro espiritual", ou jarawaijewa, "a carne que está dentro dele." Há uma estrita proibição contra comer o totem. A violação do tabu traz consigo doença ou morte. Diz-se: “Comer seu jarawaijewa é o mesmo que se você tivesse que comer a sua própria carne ou a de seu pai." O homem de medicina se identifica com o seu totem pessoal. Cada ofensa ou lesão contra o totem tem seu efeito automático sobre o homem que comete.

Nem, Papua Entre os Nor Papua de Nova Guiné, grupos exogâmicos patrilineares estão distribuídos por várias aldeias e estão associados a animais, especialmente peixes. Eles acreditam que eles nascem de totens, e torná-los um tabu.

As crianças têm a oportunidade de decidir durante sua iniciação se eles vão respeitar o totem paterno ou materno. Cada grupo de parentes tem um lugar santo para que o animal totem traga as almas dos mortos e para o qual as almas das crianças também são ensinadas a vir.

Totem animais são representados em diversas manifestações: como criaturas espirituais, em flautas sagradas, em disfarces, e nas figuras conservadas em casa de cada um. No final de cerimônias de iniciação, os totens são imitados pelos membros do grupo.

Iban, Malásia Entre os Iban de Sarawak, o totemismo indivídual tem sido a tradição. As pessoas sonham com um espírito de um ancestral ou um parente morto; este espírito aparece em uma forma humana, se apresenta como um ajudante e protetor, ou como um animal no qual ele se manifesta.

O Iban passa a observar os maneirismos destes animais e a reconhecer no comportamento dos animais a personificação de seu espírito protetor. Às vezes, os membros da tribo também carregam consigo uma parte do tal animal. Não só este animal particular, mas a toda a espécie, é dado o devido respeito.

Refeições e oferendas de sangue também são apresentados ao espírito animal. Os jovens que desejam obter um espírito protetor para si dormir sobre os túmulos de personalidades importantes ou procuram a solidão para que eles possam sonhar com um espírito ajudante. Apenas algumas pessoas podem nomear animais totens para si próprias.

Birhor, Índia Povo tradicional que se organiza em grupos patrilineares, totêmicos e exógamos. De acordo com uma lista imperfeita de 37 clãs, 12 são baseados em animais, 10 em plantas, 8 no sistema de castas hindus, e o resto em objetos.

Os totens são passados dentro do grupo, e contos sobre as origens da tribo sugerem que cada totem tinha uma conexão fortuita com o nascimento do ancestral do clã.

O Birhor pensar que há uma similaridade temperamental ou física entre os membros do clã e seus totens. Proibições ou tabus são por vezes cultivadas a um grau extremo. No que diz respeito a comer, matar ou destruí-los, os totens de clãs são considerados como se fossem membros humanos do grupo. Além disso, acredita-se que uma ofensa contra os totens através de uma quebra de tabu vai produzir uma diminuição correspondente no tamanho do clã.

MAS ENTÃO....1. O TOTEMISMO EXISTE?

2. O QUE É O TOTEMISMO? COSMOVISÃO OU RELIGIÃO?

3. COMO IDENTIFICÁ-LO?

4. TOTEMISMO E A “FORÇA DA VIDA”

5. QUE RELEVÂNCIA TEM O TOTEMISMO PARA O TRABALHO MISSIOÁRIO DE COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO?

A Força é descrita por Obi Wan Kenobi como: “Um campo de energia

criado por todas as coisas vivas: ela nos cerca, nos

penetra; ela mantém a galáxia coesa; Ela provém

de tudo; Ela é tudo."

A Força é vida, e vida é Força. Alguns pensam na Força como uma entidade

sensível, dotada de pensamento inteligente — quase como se fosse um tipo de deus — enquanto

outros consideram-na algo que pode ser manipulado

e usado simplesmente como se fosse uma

ferramenta.

“A FORÇA ESTEJA COM VOCÊ!”

(AVATAR) EYWA, a árvore das almas: o centro de conexão entre todas as criaturas onde a força da vida mais se manifesta.

Força da Vida

“A força da vida permeia e une todas as criaturas”

CONCLUSÕES SOBRE O TOTEMISMO1. Relação de parentesco místico entre uma Comunidade (totemismo

étnico, clânico, familiar, etc...) ou indivíduos, e elementos da natureza (animais, plantas, objetos ou fenômenos naturais)

2. É basicamente uma cosmovisão, que, contudo, gera um sistema religioso de veneração regrado por normas e tabus.

3. Pode ser representado por um símbolo totêmico material (escultura, trançado, peles) ou apenas por um símbolo imaginário.

4. Sociedades clânicas e de descendência matrilinear têm se mostrado mais frequentemente totêmicas, mas há exceções.

5. Diferentes tipos de relação totêmica podem coexistir numa mesma sociedade e cultura.

6. A relação entre homens e elementos naturais se dá e é mantida por uma força de vida que flui entre os pares e os vitaliza. (conceito filosófico, relacional, binário)

7. Em uma cosmovisão totêmica, normalmente o universo é aético, pois todas as partes partilham da mesma força vitalizadora impessoal, aética.

8. É comum que grupos totêmicos sejam também grupos com um senso de moral diluído, e seu universo é habitado por seres aéticos.

9. Grupos totêmicos tendem a ser fatalistas. As ligações totêmicas podem ser observadas, identificadas e manipuladas, mas é uma manipulação limitada, sobre verdades pré-definidas, de forças e elementos mágicos.

10. Uma sociedade totêmica é em algum nível mágica, onde os homens descobrem e manipulam os segredos da força da vida e seus códigos que a fazem funcionar e transitar pela natureza.

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