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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E GESTÃO ESCOLAR
GESTÃO E LIDERANÇA: PARA UMA APRENDIZAGEM DE EXCELÊNCIA
LUCIANE DE FÁTIMA DE ALMEIDA
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
BRASNORTE/2012
AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA
METODOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL E GESTÃO ESCOLAR
GESTÃO E LIDERANÇA: PARA UMA APRENDIZAGEM DE EXCELÊNCIA
LUCIANE DE FÁTIMA DE ALMEIDA
ORIENTADOR: PROF. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Especialização em Metodologia do Ensino Fundamental e Gestão Escolar”.
BRASNORTE/2012
RESUMO
A escola do tema dessa monografia se deu devido a necessidade de
continuar ampliando os conhecimentos relacionados à gestão escolar. A abordagem
comportamental da liderança parte do movimento das relações humanas que
focaliza o indivíduo e não sua tarefa. Neste caso enfatiza ainda que a Liderança
possa ser aprendida e flexível e que não existe um estilo certo de Liderança. Através
de uma metodologia de pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, cujo
instrumento de coleta de dados foi a entrevista realizada por meio de questionários
direcionado aos pais, professores, diretor, agente administrativo e técnico
administrativo. Os quais possibilitam as seguintes constatações: A escola tem em
seu campo primordial, acerca da gestão com vista a liderança do processo
educacional, necessitando uma reflexão, sobre o processo de organização. A
gestão escolar constitui-se em componente finalizante no processo coletivo de
construção do planejamento, organização e desenvolvimento de um projeto político-
pedagógico, para se ter assim, um ensino de qualidade. Nesta perspectiva, a escola
também forma e organiza os sujeitos sociais, constituindo-os cidadãos capazes de
pensar por si só, incentivando posturas que venham a construir posicionamentos na
prática social e estruturas mais amplas da sociedade. O papel do gestor apresenta-
se como fundamental para o aumento da competitividade. Evidenciando que suas
ações devem ser voltadas para as metas da instituição e nunca para o seu
engrandecimento individual, pois os seus resultados dependem das atividades,
capacidades, competências e habilidades de um grupo de outros profissionais, os
quais precisam ser valorizados enquanto capital humano, que é fundamental para o
aumento da competitividade.
Palavra chave: Gestão. Democrática. PPP. Participação. Comunidade. Escola
.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
CAPÍTULO I
COMO PROMOVER A GESTÃO E LIDERANÇA
NAS ESCOLAS..........................................................................................................06
CAPÍTULO II
LIDERANÇA EDUCACIONAL - INSTRUMENTO BÁSICO PARA APRENDIZAGEM
E QUALIDADE...........................................................................................................20
2.1 Tipos de Liderança...............................................................................................24
2.1 Organização Escolar e Gestão Educacional........................................................27
CAPÍTULO III
ONDE AS AÇÕES SÃO VOLTADAS PARA UMA APRENDIZAGEM
DE EXCELÊNCIA.......................................................................................................31
3.1 Gestão e Aprendizagem dos Alunos....................................................................32
3,2 Comunidade X Escola – Um novo Desafio para a Gestão
e Liderança.................................................................................................................33
3.2 Salas de Aula – Ambiente Gestão e Decisão pedagógica...................................35
CONCLUSÃO.............................................................................................................37
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................39
ANEXO.......................................................................................................................43
INTRODUÇÃO
A Gestão Escolar como processo inerente a qualquer instituição escolar,
viabiliza a organização, mobilização e articulação de todas as condições técnicas,
humanas e financeiras para garantia do sucesso do aluno, cujo objetivo é fazer da
escola uma instituição efetiva.
Ao fazermos um passeio na história da Educação brasileira verificamos que
o termo Gestão é enfatizado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) ao determinar que um dos princípios que rege o Ensino é a Gestão
Democrática Art. 3º Inc.VII. Ainda define que as Unidades Escolares devem
estabelecer Normas para o desenvolvimento da Gestão Democrática e estas por sua
vez de acordo com as peculiaridades de cada sistema.
Um dos objetivos mais importantes é centrarmos nossa atenção ao sentido
social da Educação onde a participação na Gestão da Escola implica no poder de
tomar parte no processo Educacional, podendo dar-se em variadas possibilidades
que são desde a capacidade de liderança de cada Gestor onde há grau de
integração dos grupos envolvidos.
A fim de discutirmos esse processo dentro da Escola Municipal Maria
Cândida de Lima, Distrito de Água da Prata, Brasnorte – MT, é que elaborei este
trabalho estruturando em três unidades tendo como destaque a Gestão Democrática
como um ato político – pedagógico, a liderança escolar como instrumento para a
melhoria da aprendizagem e principalmente as ações da escola visando uma
aprendizagem de excelência.
No primeiro capítulo analisa como promover a gestão e liderança nas
escolas.
No segundo Capitulo o papel da Liderança dentro das organizações
humanas e sua relação com as lideranças nas escolas, como que apesar dos
estudos teóricos para descrever Liderança, ela é um fenômeno amplo que abrange
as relações sociais, desafiando pesquisadores empenhados em encontrar razões
que justifiquem a existência de um líder.
No terceiro e último capítulo, o modelo de Gestão da Escola Municipal Maria
Cândida de Lima”, está completamente voltada para as ações pedagógicas que
visam a busca constante da aprendizagem de excelência , e no trabalho coletivo
cujas metas são determinadas de forma clara e participativa do envolvimento da
comunidade Escolar.
Parti para um trabalho de pesquisa baseado na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, aos conceitos teóricos de HAWHORNE1, citado por CHIAVENATO
(2003), sobre as Relações Humanas e principalmente pelos depoimentos e
entrevistas com os colegas e professores através de pesquisas de campo (In loco)
realizado na própria Escola.
Acredito que este trabalho não deve ser concluído, pois apenas abri um
espaço para questionamentos sobre a possibilidade de acreditar que deve existir
uma Escola pública democrática e de qualidade, onde haja espaço para o diálogo, a
compreensão e o envolvimento de todos com a Educação como então sonha nosso
ilustre escritor Paulo Freire.
1 Nathaniel Hawthorne (1804 a 1864 ), foi um escritor americano, maior contista de seu país.
Realizou experiências que analisou a competência dos operários no âmbito da produção.
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1. COMO PROMOVER A GESTÃO E LIDERANÇA NAS ESCOLAS
Ao analisar a Gestão Escolar, TILLMANN (2008, p. 13), numa perspectiva
democrática, “tem características e exigências próprias e para efetivá-la observamos
procedimentos que promovam o envolvimento, o comprometimento e a participação
das pessoas, tornando-se necessário o exercício de funções que fortaleçam” a
atuação dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
O modelo democrático de gestão, segundo TILLMANN (2008, p. 14), explica
que:
[...] deve abranger o exercício do poder, incluindo os processos de planejamento, a tomada de decisões e a avaliação dos resultados alcançados nas escolas e nos sistemas de Ensino. A Gestão Democrática tem por objetivo envolver todos os segmentos interessados na construção de propostas coletivas de Educação.
Os processos de Gestão da Escola vão além da Gestão administrativa, com
a finalidade de estimular a participação de diferentes pessoas e articular aspectos
financeiros, pedagógicos e administrativos e atingir um único objetivo que é
promover uma educação de qualidade que:
Abranja os processos formativos que se desenvolve na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas Instituições de Ensino e pesquisas; nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e especialmente nas manifestações culturais (LDB - Lei nº 9394/96, Art.1º).
Na concepção de Educação como formação humana contida no texto da
LDB e só podemos colocá-la em prática em nossas escolas se toda comunidade
envolver-se nas tomadas de decisões. Torna se de fundamental importância ouvir a
opinião de todos os segmentos com o intuito de descobrir como fazer da escola um
espaço em que todos realmente estejam unidos pelos mesmos objetivos, criando ali
um lugar diferente.
Transformar a escola num lugar onde se desenvolvam experiências e
competências, segundo TILLMANN (2008, p. 16), é essencial sua
Contribuição para melhorar a sociedade, além de um desafio de todos. Dentre todos, os Gestores escolares diretamente responsáveis pela Gestão da Escola acham-se mais comprometidos com esse desafio, onde a principal finalidade do seu trabalho é tornar realidade para toda uma Educação Básica de qualidade.
Os objetivos fundamental da Gestão Democrática no Ensino público,
segundo SANTOS (2011, p. 15), “é assegurar igualdade de condições de acesso e
permanência dos alunos na Escola, a defesa do pluralismo de idéias e a garantia, de
um alto padrão de qualidade do ensino dentre outros.”
Diversas são as concepções sobre Gestão e democracia, cujo fundamento
está vinculada à função social que a Escola deve cumprir. Inicialmente, com base
em TILLMANN (2008, p. 07), defino “Gestão democrática como um tipo de Gestão
Política Pedagógica e administrativa orientada por processos de participação da
comunidade escolar.”
Nesse sentido FREIRE e FREITAS (2002, p. 18), explicam que
os princípios de gestão democrática do ensino público, estabelecidos na Constituição Brasileira, foram regulamentados pela LDB. Ao estabelecer a Gestão Democrática do Ensino, o texto constitucional institui ao mesmo tempo, o direito e o dever de participação de todos os que atuam nos sistemas e nas Escolas publicas.
O próprio artigo 206, a Constituição Federal, defende a Gestão Democrática
do Ensino público,
[...] entre os sete princípios necessários para ministrar o ensino no país e por extensão, para gerir as Escolas públicas. Igualdade de condições, liberdade de pensamento, pluralismo de idéias, gratuidade do ensino, valorização dos profissionais de ensino e garantia de padrão de qualidade, que ela articula à gestão democrática do ensino, garantindo o direito da participação das pessoas, na intervenção de construção de políticas educacionais. Os princípios estabelecidos na Constituição Federal dependem de nossas ações cotidianas para se tornarem realidade, cabendo aos gestores colocá-los em prática (DOURADO, 2001, p. 07).
DOURADO (2001, p. 07) desta ainda que:
Ao incentivar a participação de todos na gestão do ensino das Escolas públicas, somos movidos por vários objetivos educacionais que precisam ser definidos com a participação do todos os segmentos da Escola. Destaco ainda que a Gestão Democrática constitua um meio necessário para atingir os objetivos definidos e almejados coletivamente pelos diversos segmentos da Escola, sem deixar de lado a relação entre o resultado desejado e o caminho a ser percorrido, ou seja, a relação entre a Gestão das Escolas e as finalidades da Educação.
Instrumentos como artigos, entrevistas publicadas em revistas de circulação
nacional, assim como livros escritos por diferentes educadores, são instrumentos
que comprovam a importância dos objetivos relacionados a uma Educação de
qualidade. Destacamos ainda que o direito de todos à Educação Escolar básica de
qualidade constitui um dos valores que orientam a Gestão das Escolas publicas,
tornando se realidade quando observamos os princípios educacionais no cotidiano
das Escolas.
Para COSTA e MEDEIROS (2002, p. 11), a gestão democrática dos
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sistemas de ensino e das Escolas públicas requer a participação coletiva da comunidade Escolar na administração dos recursos financeiros, de pessoal, de patrimônio, na construção e implementação dos projetos educacionais.
Nesse sentido, segundo COSTA e MEDEIROS (2002), a gestão democrática
é viabilizada mediante procedimentos de Gestão capazes de:
• Propiciar o comprometimento dos envolvidos;
• Decidir e implementar de forma participativa, as idéias acordadas;
• Estabelecer procedimentos institucionais adequados à igualdade de participação
de todos os segmentos da comunidade Escolar;
• Articular interesses coletivos, de forma a melhorar o Projeto Pedagógico, a
qualidade do Ensino e o clima organizacional;
• Estabelecer mecanismo de controle público das ações efetuadas;
• Desenvolver um processo de comunicação claro e aberto entre as comunidades
local e escolar.
Para COSTA e MEDEIROS (2002) e DOURADO (2001), implica ainda
repartir o domínio, descentralizando e para tanto deve ser incentivada a aquisição
de conhecimento e considerar relevante a opinião das pessoas envolvidas. Além de
ampliar a confiança entre os vários segmentos da comunidade Escolar, auxiliando o
aprimoramento das competências básicas imprescindíveis à sua atuação efetiva, tais
como saber ouvir e comunicar suas idéias.
O processo de Gestão Democrática na Escola produz também, segundo
DOURADO (2001, p 8), efeitos culturais “importantes, ajudando a comunidade a
reconhecer o patrimônio das Instituições educativas como Escolas, bibliotecas,
equipamentos denominados bens públicos”, portanto comum a todos que devem
zelar pelo seu uso e conservação adequada.
A manutenção e o desenvolvimento dos patrimônios públicos requerem,
segundo DOURADO (2001, p. 8), condições como:
a) Recursos financeiros adequados regulares e bem gerenciados, de modo, a oferecer ao mesmo, uso, acesso e permanência nas escolas a alunos em condições sociais desiguais; b) Transparência administrativa e financeira com o controle público de ações e decisões. Desse modo, cabe ao Gestor informar com clareza e em tempo hábil sobre temas relevantes, apresentar relação dos recursos disponíveis e prestações de contas atualizadas, promoverem o registro preciso e fácil das decisões tomadas; c) Processo participativo de tomada de decisões, implementação, acompanhamento e
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avaliação. Verifica-se que o cotidiano de trabalho das Escolas tem por referência um projeto pedagógico construído coletivamente e o apreço as decisões tomadas pelos órgãos colegiados representativos.
Nessa concepção Gestão Democrática do processo de ensino implica uma
modo de atuar coletivo, proporcionando aos membros das sociedades local e
escolar, oportunidades, as quais, estão citadas por DOURADO (2001, p. 8),
“reconhecer que existe uma discrepância entre a situação real e o que gostaríamos
que fosse; Identificar essas possíveis razões e elaborar um plano de ação para
minimizar ou solucionar esses problemas.”
Há, segundo BUZO; MACHADO (2012), um conjunto de ações e
responsabilidades necessárias para realização da gestão democrática e compartilhar
as ações é tarefa importante para garantir o envolvimento de todos os agentes no
cotidiano escolar. Portanto os gestores devem ter uma concepção ampla de gestão
e participação entendendo ainda que as questões pedagógicas, administrativas,
financeiras e de organização e conservação da unidade Escolar devem envolver
maior número de agentes possíveis.
Muitas ações são compartilhadas por pessoas que atuam em cargos e
funções diferentes, criando assim, segundo Dourado (2001, p. 09), “condições para
o debate e aprendizado mútuo dessas pessoas fortalece o sentimento de grupo de
integração e aprendizado da vivência democrática”.
Para Dourado (2001, p. 9), a organização de um sistema de Ensino é bem
melhor quando o trabalho ocorre em equipe, e esta precisa articular-se com pais,
alunos, professores e com os diversos “órgãos e instituições responsáveis pelos
múltiplos aspectos envolvidos na educação básica, como os Conselhos Escolares,
associações de pais e até os grêmios estudantis”.
O acompanhamento e a fiscalização dos recursos públicos aplicados na
educação são, segundo DOURADO (2001, p. 09), de “responsabilidade de todos os
cidadãos e quanto como gestor precisam estar informados sobre quando e como
esses recursos estão disponíveis e chegam a nossa escola ou município.”
Diante da responsabilidade pelo acompanhamento dos recursos públicos
DOURADO (2001, p. 10) comenta que a,
Participar das decisões de como os recursos podem ser gastos ou apenas zelar pela sua aplicação é tarefa de todos e o mais importante é saber que existem outros órgãos envolvidos pelo acompanhamento e fiscalização dos
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recursos públicos aplicados na Educação como os tribunais de contas, os Conselhos Escolares e os municipais e o Fundo de Manutenção de Desenvolvimento do Ensino Fundamental (FUNDEF).
Portanto, as prioridades da escola, segundo TILLMANN, (2008, p. 08), e a
“organização do calendário e do horário de atividades e a definição de novos
conteúdos e atividades de ensino dizem respeito a todos também, por esse motivo o
processo de tomada de decisões devem ser compartilhados.”
Nesse sentido COSTA (2002, p. 15), comenta que
os diversos segmentos da comunidade escolar ou local, podem e devem participar das reuniões administrativas e pedagógicas, auxiliando na tomada de decisões desde a fase do planejamento até a implementação e avaliação.
A Gestão Escolar, na concepção de COSTA (2002, p. 12) de essencial
constituir
um modo de articular pessoas e experiências educativas, atingir objetivos da Instituição Escolar, administrar recursos material e humano, planejar atividades, distribuir funções e atribuições. Em síntese estabelece intencionalmente, contatos entre recursos humanos administrativos, financeiros e jurídicos na construção do Projeto Político Pedagógico da Escola.
A gestão democrática por sua vez, segundo DOURADO (2001), demanda,
dentre outros a participação e o conhecimento da sociedade escolar nas atividades
realizadas na Escola.
Envolver as comunidades local ou escolar é tarefa complexa, pois articula interesse, sentimentos e valores diversos. Compete à equipe gestora pensar e desenvolver estratégias para motivar as pessoas a se envolver e participar na vida da escola. As possibilidades de motivações são várias desde a concepção e o uso do espaço escolar até a organização do trabalho pedagógico (DOURADO (2001, p. 10).
Na edificação de ambiente gestão escolar participativa e mobilização de
pessoas, demanda de algumas estratégias, segundo FERREIRA (2000), tornam-se
fundamentais como estas, por exemplo:
• Criar ambientes físicos confortáveis para assembléia e reuniões;
• Delegar responsabilidade ao máximo possível de pessoas;
• Desenvolver projetos educativos voltados para a comunidade em geral, não só
para os alunos;
• Destacar a importância da integração entre as pessoas;
• Estar atento as solicitações da comunidade;
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• Estimular os participantes a se responsabilizar por trazer, pelo menos uma
pessoa para o próximo encontro;
• Garantir a palavra a todos;
• Mostrar a responsabilidade e a importância do papel de cada um para o bom
andamento do processo;
• Ouvir com atenção o que os membros da comunidade têm a dizer;
• Respeitar as decisões tomadas em grupo;
• Ressaltar a importância da comunidade na identidade da Unidade Escolar;
• Saber ouvir as opiniões;
• Submeter o trabalho desenvolvido na Escola as avaliações dos órgãos
colegiados e da própria comunidade.;
• Tornar a escola um espaço de sociabilidade;
• Tornar o espaço escolar disponível para a comunidade.
• Valorizar a presença de cada um e de todos;
• Valorizar o trabalho participativo;
Na concepção de COSTA (2002) e DOURADO (2001), este conjunto de
sugestões não é exaustivo e pode agregar a outras atividades que o gestor
possivelmente colocará em prática, ajudando no desenvolvimento da comunidade
escolar e dos conselhos para a construção de uma Escola mais democrática. O
desafio para gestores de escolas públicas, é promover na prática cotidiana a
efetivação de um projeto pedagógico inovador e que atenda aos interesses
coletivos.
Desenvolver gestão democrática nas escolas significa, segundo
MACARENCO (2006, p. 15), construir e manter um bom relacionamento entre escola
e comunidade e isto requer uma liderança escolar forte e democrática. Significa
ainda compartilhar a gestão de pessoas, distribuindo-a entre todos os “segmentos
envolvidos, transformando-a numa gestão participativa capaz de atender as
necessidades dos alunos no processo ensino-aprendizagem, onde além de construir
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conhecimentos também prepara para a vida social” e para o exercício da ética e da
cidadania.
O Gestor líder, segundo DOURADO (2001) e MACARENCO (2006), é
aquele que volta suas ações para os bons resultados da educação, objetivo este que
é buscado pela divisão de tarefas e pela integração de idéias e ações, solidificando
um compromisso com a comunidade envolvida. O compartilhamento de um mesmo
propósito entre Escola e comunidade, em torno de uma educação de qualidade,
nasce a partir da liderança e pode manifestar-se por meio de projetos e ações que
promoverão uma gestão conjunta e de parcerias capaz de realizar sonhos quase
impossíveis e distantes de serem alcançados.
Nesse sentido MACARENCO (2006, p. 213), comenta que:
Saber chamar e envolver a família e a comunidade, respeitando suas opiniões, discutindo democraticamente suas idéias e promovendo a realização de um trabalho integrado são, requisitos indispensáveis ao exercício da liderança compartilhada e competente em gestão escolar. É preciso refletir sobre a participação da comunidade dentro da Escola, num processo em que tenham o poder de decidir e agir como sujeito da própria história.
É preciso ainda romper com o modelo tradicional de educação através do
cultivo da participação do trabalho coletivo e da realização do bem comum. É preciso
ainda possibilitar momentos da democracia na escola para que se torne uma prática
efetiva, consolidada e possível de ser efetivamente vivenciada.
Para CASASSUS (2005) e MACARENCO (2006), é interessante ver o que
ocorre com o processo de gestão democrática do ensino, segundo ele ela ocorre
entre as demandas da sociedade e do sistema, quando afirma que:
O processo de gestão tem por finalidade a interação, ocorre como uma organização a abreviação de gerenciamento de contexto com que se encaixa, é dependente da representação de contexto é importante para manter a visão geral do orientador msrcos princípiuos ou de gestão, a constante transformação em representação do contexto, como a organização é representada, e o modo de pensar sobre gestão (CASASSUS, 2005, p. 200) 2
Em análise da trajetória das mudanças produzidas pelos processos de
gestão democrática de ensino, é possível verificarmos que foi elaborada uma série
2 Texto original: La Gestión ocorre como um processo de interacción de una organización com su
contexto la foma de gestión que se adapta, es dependiente de la representación del contexto lo importante a retener de la resena de los princípiuos o msrcos orientadores de la gestión, em la constante transformación en la representación del contexto, en la manera como es representada la organización, y em la forma de concebir la gestion. (p. 15).
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de transformações que ocorrem no âmbito da organização e em torno da concepção
que ela opera.
A concepção da organização segundo CASASSUS (2005), vai de um plano
abstrato ao concreto cuja preocupação é compreender o funcionamento de uma
organização no plano comunicativo e emocional. É possível ainda observarmos que
as transformações vão desde uma concepção rígida, abstrata e na perspectiva
normativa até outras que vão progressivamente flexibilizar o contexto educacional,
representando mais concretamente.
Ao analisarmos a situação vigente no Brasil, a Constituição Federal (1988)
determinou diversas leis centralizadas na institucionalização de mecanismo de
participação que garantissem a democracia e os direitos individuais, expandindo o
conceito de cidadania. A Constituição Federal assegura entre seus maiores
princípios, o direito a democracia direta, por intermédio de plebiscitos referendos de
iniciativa populares e conselhos co-gestores, além da democracia representativa, por
meio de eleições e dos processos de descentralização.
Apesar de a Constituição Federal apresentar possibilidades de práticas
participativas, é pouco as experiências municipais que conseguiram fundamentar e
implementar essas práticas. A maioria deles vale se somente de instituições
obrigatórias, vinculadas à transferência de recursos, como os Conselhos Municipais
de Saúde e de Educação, pressupostos para que o município receba recursos do
FUNDEF e do SUS – Sistema Único Saúde e Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental. (VILASBÔAS, 2006)
Na opinião de VILASBÔAS (2006), os Conselhos de Gestão de políticas
públicas vem passando por questionamento sobre seu funcionamento, pois ao
mesmo tempo em que devem propor ações e políticas públicas e controlar o Estado
do desempenho dessas ações, diversos pesquisadores tem questionado o quanto
esses conselhos promovem maior diálogo entre o Estado e a sociedade ou o quanto
acabam por ser tomadas por elites locais ou tem seu conteúdo esvaziado por falta
de incentivo à participação.
Com relação à participação a LDB Lei de Diretrizes e Bases/96 contempla
em seu Artigo 14, o seguinte:
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Art 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na Educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios;
I – Participação dos profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico da Escola;
II – Participação das comunidades escolar e local em Conselhos escolares ou equivalentes.
Partindo desses aspectos, CASASSUS (2005) e MACARENCO (2006), os
mecanismos de participação que as instituições Escolares vêm conseguindo para
envolver a população e dialogar com ela os processos de Gestão democrática da
educação.
Os principais aspectos que as unidades escolares priorizam com a iniciativa
dos gestores, segundo VILASBÔAS (2006) e DOURADO (2001), é a participação
democrática nos processos decisórios, destacando-se a maior possibilidade de
organização a respeito da elaboração do Currículo Escolar, do Projeto Político
Pedagógico e do Regimento Escolar. Isto faz com que a prática pedagógica
desenvolva uma aprendizagem mais ativa e desafiadora.
Por isso, afirma que.
O maior desafio das Escolas em relação ao envolvimento da Comunidade Escolar em suas decisões é fazer com que esta seja participativa, pois em conformidade com o gestor Escolar, deve oferecer a possibilidade dos pais participarem de decisões, porém muitos se comprometem timidamente com essa forma de participação. Em relação ao registro do envolvimento e a contribuição de pais ou responsáveis, alunos e funcionários no que tange a construção da democracia no universo escolar, verificamos que nas Escolas públicas a maioria das decisões deveriam ser tomadas em assembléias gerais, com a participação dos colegiados (Conselhos Deliberativos e Grêmios Estudantis), cujas situações os alunos poderão ser ouvidos. (MACARENCO, 2006, p. 43).
Na gestão democrática participativa, segundo SILVA JUNIOR (1993), os
professores estão profundamente comprometidos com o ser humano, pois somente
com apoio de gestores comprometidos será possível desenvolver na escola um
currículo integrado, atualizado e voltado para a realidade de cada aluno.
Os argumentos no debate teórico a respeito da participação democrática na
gestão educacional, segundo STEFANELLO, (2012, p. 36), “configuram uma série
de elementos, incluindo normas de comportamento, formações pedagógicas,
sistema de avaliação e outros.”
A respeito dos êxitos da Escola em seu percurso de gestão participativa,
segundo PARANDEKAR; OLIVEIRA; AMORIM (2008), destaca-se que esta veio em
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substituição aos regimentos outorgados, proporcionando uma abertura para que
houvesse mais planejamento, incluindo mudanças como do sistema de avaliação
que de media anual no Ensino Seriado passou para elaboração de relatórios e/ou
fichas de conceitos no Ensino para Ciclo.
Uma das deficiências do processo democrático na Educação, segundo
STEFANELLO, (2012), ainda é a formação dos professores que atualmente exercem
suas atividades didáticas baseados na sua formação da antiga Lei 5692/71 que criou
profissionais conteudistas, preocupados com sua disciplina demonstrando pouco
interesse na formação integral do aluno como propõe o ensino por ciclo.
Mas em um contexto educacional em que muitos profissionais se vêem
obrigados a buscar alternativas de trabalhos para melhorar renda familiar e cujo
sistema de governo não demonstra muito interesse em oferecer uma remuneração
digna aos profissionais de educação, ainda há nas famílias uma credibilidade
quando vêem na educação a única maneira de seus filhos garantirem um futuro
melhor, especialmente com apoio de programas de incentivos como ENEM,
PROUNI e outros.
A transformação da escola, com início na substituição da figura autoritária do
diretor pelo estabelecimento de sua escolha através da eleição direta, o
compartilhamento de responsabilidades entre a comunidade escolar, permitindo o
protagonismo individual e coletivo assim como a criação de novas instâncias, foram ,
segundo MORAES; ALMEIDA; SILVA (2009), marcos cujo processo educativo gerou
o aumento do diálogo-interação entre a sociedade e o Estado.
Os educadores britânicos ficaram impressionados ao visitarem os colégios
do Brasil em contextos socialmente difíceis. O diretor escocês, Charles Mcateer,
citado por MORAES; ALMEIDA; SILVA (2009), disse ter ficado impressionado
quando observou que com tão poucos recursos, as escolas brasileiras fazem muito,
também destacou a criatividade e improvisação dos profissionais da Educação,
lembrando ainda a habilidade dos gestores em envolver, no trabalho escolar as
famílias dos alunos, maximizando os poucos recursos.
Observou ainda Raymond Tarleton, diretor da Escola South Dartmoor
Community College, do Reino Unido, Comentando. “Os alunos brasileiros a primeira
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vista, comparados com os do Reino Unido, parecem não tem nada, mas na verdade,
eles tem tudo.” (SERPA, et al. 2007, p. 17).
Afirmam ainda que muitos problemas sociais dos países sejam semelhantes,
mas a forma com que todos os pais lidam com eles é que faz a diferença. A
capacidade do envolvimento da comunidade com a Escola é característica do Brasil,
pois em alguns paises é praticamente zero, e se torna um desafio que eles têm que
aprender com o Brasil.
A respeito desse assunto Ary César da Silva, Gerente da Grande
Florianópolis – SC afirma ainda “tenho convicção plena que se o diretor for um líder,
a grande maioria dos problemas das Unidades escolares se resolverá.” (SERPA, et
al. 2007, p. 18).
Percebe-se que a participação das escolas no Projeto Liderança, segundo
MORAES; ALMEIDA; SILVA (2009), fortalece o compromisso com a Gestão
Democrática, para o incentivo de novas lideranças e, sobretudo para que esforços
sejam convertidos para melhoria da qualidade do ensino. Trocar experiências e com
isso possibilitar que novas práticas sejam vivenciadas é um forte elemento que
contribui para que novas mudanças sejam promovidas no espaço escolar.
Conhecer os problemas das escolas, segundo VILASBÔAS, (2006) e
DOURADO (2001), é fonte de inspiração e motivação, pois ao mesmo tempo em que
mostram que existem problemas estruturais e comuns a todos, mas que os gestores
com suas habilidades e práticas, devem encontrar soluções de formas de minimizar
os efeitos das questões, como número reduzido de funcionários, poucos recursos
financeiros, rotatividade de professores e outros. Neste contexto concluímos que é
preciso com urgência estabelecermos formas mais eficazes de acompanhar e
trabalhar os problemas da Escola, partindo de dados concretos, sistematizados e
acompanhados de um plano de ação com clara e transparente divisão de
responsabilidade.
Muitas vezes somos questionados de como vão os índices de aprovação ou
reprovação, os resultados do ENEM ou do PROUNI. Percebemos claramente que
apesar de ciente dos índices e de trabalharmos com essa questão, falta-nos a
sistematização e organização deste trabalho a fim de que mudanças concretas
sejam promovidas. Outro importante fator é a questão da Liderança que podem
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agregar valores positivos a Escola, baseados na troca de experiências, no respeito
às práticas diferenciadas e, sobretudo no compromisso gerado cotidianamente, para
que possamos fazer um trabalho efetivamente comprometido com a formação e
aprendizado dos alunos.
Para ser um bom Gestor e Líder, faz parte de seus atributos, segundo
DOURADO (2001), à capacidade de dialogar, de administrar conflitos e de promover
valores humanos na Gestão Escolar, como em todas as atividades que envolvem
relacionamento humano, é inevitável o surgimento de conflitos, mas esse fato não é
necessariamente ruim, depende de como lidamos com ele. Permitir que os conflitos
apareçam, faz parte de uma boa estratégia de gestão.
O melhor caminho para se descobrir se há um conflito real e, para
administrá-la caso exista, é sempre o diálogo. Dialogar em busca de uma solução
significa procurar primeiro os pontos de convergência, que sempre existem. O bom
gestor e líder, segundo D’OLIVEIRA (2007), sabe dialogar com a comunidade e
fazer com que aconteça o diálogo entre os seus vários componentes. Ele tem
sempre o desejo de aprender e sabe que é possível aprender com todos, sejam
alunos, professores, funcionários de qualquer idade e vivência anterior.
A Gestão através do diálogo, segundo DOURADO (2001), promove os
valores humanos, pois se apóia na dignidade de cada membro da comunidade que
paralelamente, á promove. A reflexão sobre valores compartilhados e a busca de
objetivos comuns tecem o pano de fundo para a resolução dos conflitos.
Segundo GARCIA (2012, p. 35), Professora da Universidade de Brasília,
desabafa:
A troca de experiências entre gestores, sob os pontos tratados acima, pode ser de grande valia para abordagem de questões concretas. Comunidades de aprendizagem... Tem contribuído amplamente para esse intercâmbio e constituem uma importante experiência de diálogo, que pode ser trazida para o seio de cada comunidade Escolar.
Progressivamente, segundo ROCHA, CARNIELETTO, PEIXE (2007), nas
duas últimas décadas as organizações escolares ganharam visibilidade em
decorrência da crise mundial das escolas e da necessidade de rever a qualidade
educativa em função das demandas da atualidade. As reformas educacionais
desencadeadas em quase todos os paises trouxeram novas perspectivas
17
curriculares e a necessidade de modelo de gestão mais democrática, configurando
uma Escola mais autônoma em relação aos sistemas centralizadores.
Apesar de lentas, algumas mudanças podem ser identificadas, entre elas o
aumento de investimentos em políticas públicas de formação de Gestores
educacionais. São esses gestores que poderão criar um novo local de trabalho,
onde venham liderar mudanças e partilhar informações e poder, num modelo
organizacional que promova a qualidade educativa.
As Escolas e seus Gestores estão sendo estimulados à iniciativa locais,
parcerias e relações inovadoras, de modo que exercitem a autonomia e concretizem,
com eficácia, respostas às necessidades de sua comunidade educativa. Esse
caminho vai ao encontro das ações das empresas que, conscientes de sua
responsabilidade social, buscam investir em projetos que possam desenvolver
avanços que contribuam para introdução de inovações e mudanças no contexto
escolar.
Os gestores, segundo BUZO; MACHADO (2012), devem criar condições e
estratégias que supram os recursos adequados à consecução da eficácia, sem
descartar no trajeto a perspectiva humanista e política que distingue a organização
escolar das demais. Não se trata de transformar a Escola num empreendimento
direcionado à formação de mão-de-obra e ferramenta para reprodução social,
descaracterizando-a da essência de seu projeto político pedagógico. Trata-se,
porém, de trazer para a gestão e gestores uma perspectiva capaz de acompanhar a
velocidade simultânea dos avanços atuais, contemplando as contradições e rupturas
próprias dos cenários de mudanças.
Concluímos então que talvez estejamos diante da construção de um novo
paradigma de gestão educacional, no qual se inscrevem parcerias com outras
instituições nos projetos que envolvam novas tendências; práticas e procedimentos
alinhados as exigências da atualidade como a caracterização de um novo local de
trabalho através do uso de redes de comunicação e por último uma visão e/ou
análise às parcerias de natureza distintas como escolas abertas para a comunidade,
cidades educadoras, escola cidadã e outros.
Nessa perspectiva, iniciativas voltadas à formação devem tornar-se mais
freqüentes e sistemáticas nos sistemas públicos e privados, não apenas como forma
18
de instrumentalizar inovações, mas como forma de provocar mudanças para definir
patamares sobre os quais edificarão novos avanços num processo continuo de
implementações que, sobretudo, dependem da ação e da liderança dos gestores.
Assunto que abordaremos no segundo capítulo.
19
2. LIDERANÇA EDUCACIONAL - INSTRUMENTO BÁSICO PARA
APRENDIZAGEM E QUALIDADE
É possível, segundo VEIGA (1996), afirmarmos que no Brasil, a gestão
escolar se inspira nos princípios da democracia representativa, segundo a qual todos
os segmentos da comunidade escolar, são convidados a participar na tomada de
decisões e no desenvolvimento das atividades gerais da escola, sejam elas de
caráter pedagógico e/ou administrativo. Afirmamos, no entanto, que tal inspiração
esteja sendo efetiva e concretamente realizada, de modo que as Unidades
Escolares, conveniadas por tal projeto, busquem novas soluções para seus
problemas.
O que costumamos observar e os estudos confirmam é que ainda são
recentes os esforços dirigidos a novas experiências. Parecia distante o tempo em
que havia um esforço à democratização, como possibilidade de acesso à escola de
qualidade, a escola inclusiva, alegre, atrativa ou de tantos objetivos que quisermos
acrescentar.
Os discursos e programas de governo, assim como a Legislação vigente,
segundo PAZ (2005), insistem em idealizar que a participação democrática é
fundamental para efetivação da boa formação escolar, mas não são suficientes para
provocar mudanças que dependem da superação de crenças e práticas autoritárias
arraigadas no caso de tais discursos não encontrarem definição na política do
governo, podem ter um efeito devastador e contra isso devem se opor com firmeza
os governos democráticos.
Há, portanto, novos desafios a vencer, e uma reflexão sobre essas
novidades instaladas na escola pública, ao longo dessas últimas décadas,
possibilita, segundo MORELLATO; DERÓBIO (2011), aquilatar dificuldades, mas
também possibilidades de realização da democratização do ensino. Por essa razão,
necessário se faz continuar aprofundando as práticas de gestão democrática escolar
e mais que isso, construir mecanismos de controle e desempenho da qualidade na
gestão, ou seja, é preciso construir metas e indicadores de excelência na gestão
escolar.
Eleição de diretores, descentralização de recursos às unidades escolares,
eleição de Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar, elaboração coletiva do
Projeto Político Pedagógico (PPP), são, segundo SOUZA (2006), práticas e
dispositivos instalados na escola pública, com a finalidade de se construírem forças
democratizantes. Ao chegarem ao interior da escola, essas mudanças passam por
um processo de adequação ao modelo burocrático de administração vigente, onde
há a exigência de um trabalho cada vez mais participativo. Tais mudanças
permanecem como novidades instaladas, asseguradas legalmente e apropriadas
pelo discurso, mas na prática travestidas, incapazes de mudar totalmente a lógica
interna da administração da escola, as relações de poder e o Projeto Político
Pedagógico que servem de referência ao gestor escolar.
Os gestores aqui entendidos como todos aqueles que lideram os processos
escolares, seja o diretor, o coordenador pedagógico, os membros do conselho
Deliberativo da Comunidade escolar e qualquer um que demonstre capacidade de
liderar e conduzir, segundo SOUZA (2006), não tem sido capazes de desencadear
práticas participativas que decorram do sentido pedagógico das relações de troca,
das deliberações coletivas e do próprio reconhecimento da comunidade escolar.
O que deve reconhecer é que a comunidade escolar se convença dos bons
efeitos da participação efetiva dos assuntos da escola, de todas as conquistas
processuais e essencialmente da autopromoção como confirma (DEMO, 2001, p.
18), ou como afirma BORDENAVE que a participação:
É um processo que mistura a prática, a técnica, a invenção e a teoria (...). Na aprendizagem da participação o aprendiz fica sabendo como detectar tentativas de manipulação, sintomas de dirigismo e de paternalismo, a superar a improvisação, o espontaneísmo e a demagogia, a distinguir a verdadeira participação da simples consulta ao povo (1994, p. 27).
Uma multiplicidade de problemas existentes hoje na escola, quando se
avalia o processo de implantação da gestão democrática, segundo BORDENAVE
(1994), está relacionada à inexperiência de uma prática que implique rearranjo nas
relações de poder. A comunidade escolar deve-se empenhar na promoção de um
novo tipo de participação em que não restem dúvidas sobre a importância específica
de cada um de seus segmentos no processo de elaboração de desenvolvimento do
Projeto Político Pedagógico.
Somente quando for possível, segundo AGUIAR (2009), a comunidade
escolar reconhecer-se na produção coletiva da Escola e os órgãos de instância
maior conquistar credibilidade e confiança da comunidade escolar é que ficará mais
21
clara a relação entre gestão democrática e qualidade de ensino. Somente nessas
circunstâncias a gestão da escola poderá ser qualidade como prática social de
colaborar no processo de transformação cultural e de reconstrução da consciência
democrática. É preciso reconhecer que a democratização da escola pública ainda é
uma tarefa desafiadora e somente através dos mecanismos democráticos é que será
possível sua efetiva adoção. Uma escola democrática se caracteriza pela
capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças étno-socio-culturais, apostando
na permanência e no sucesso de todos os alunos. Uma escola democrática realiza a
educação como prática de liberdade, almejando a transformação de indivíduos.
A escola é o lugar das interações ativas, recíprocas, forjadoras de personalidades que saibam criar significações, fazer a tradução da realidade e dar respostas aos problemas novos. (TORRES, 1999, p. 18).
Segundo TORRES (1999) a Escola é o lugar que
Quer a continuidade social, não no sentido de reprodução física e da cultura estandardizada que está aí, mas de uma nova síntese, pessoal e particular... Enfim num sentido precisamente político. (p. 19).
Os escolanovistas e também grandes personalidades da política e da
Educação, como Gramsci e Paulo Freire, segundo AGUIAR (2009), confirmam essa
interação pedagógica, assentada na perspectiva da renovação, como única
possibilidade de uma efetiva educação de qualidade.
As pessoas, segundo MACARENCO (2006), sentem-se estimuladas com a
expressão “Liderança” e querem saber do que é feito um líder. Gestões de todos os
níveis e em todos os órgãos interessam-se por essa questão, pois acreditam que a
resposta proporcionará melhora no desempenho das instituições e no sucesso das
carreiras dos gestores e que através da aquisição de habilidades transformarão um
gestor Escolar num verdadeiro Líder.
Segundo BATEMAN e SNELL (1998), “a liderança pode ser entendida como
uma convocação de habilidades possuídas pela minoria. Porém é algo que pode ser
aprendido por qualquer um, ensinando a todos e não deve ser negado a ninguém.”
Mas o que realmente vem a ser Liderança? Para inicio de conversa,
segundo BATEMAN e SNELL (1998), líder é alguém que influencia os outros a
atingir metas e quanto maior o numero de seguidores, maior a influencia e quanto
mais bem sucedida a realização de metas importantes, há mais evidencia de
liderança. Acredita-se que esta definição aplica-se apenas para captar o estimulo e a
22
perplexidade dos estudiosos e seguidores quando deparam com um grande Líder
em ação, ou o que fazem para alcançar a fama.
Num trabalho apresentado no curso de “Organização, sistemas e métodos”
da Faculdade Integrada de Campos Sales, LARA et al (2000), afirmam que: Os
líderes excepcionais têm visão, conduzem pessoas e organizações em direções que
sozinhos não seguiram. Podem lançar empreendimentos, formar culturas, ganhar
guerras e até mudar o curso dos ventos.
Na concepção LARA et al (2000), os líderes são:
são estrategistas que agarram oportunidades que outros deixam de perceber, mas também detalhistas apaixonados e atenciosos às pequenas realidades fundamentais que podem realizar ou destruir planos. No contexto histórico, a compreensão do que representa a liderança nos dias atuais exige o conhecimento prévio dos caminhos pelos quais passaram as teorias administrativas ao longo do tempo (p. 05).
A “Teoria Comportamental” também denominada Era Industrial Clássica
compreende o período de 1950 a 1990 com ênfase nas pessoas com a teoria das
relações humanas. Essa abordagem surgiu com os resultados da experiência de
HAWHORNE apud CHIAVENATO (2002), na década de 30 quando pesquisou os
efeitos das condições ambientais sobre a produtividade do pessoal no sentido de
valorizar a necessidade da humanização no ambiente de trabalho e a importância da
democratização no sistema organizacional.
As conclusões de HAWHORNE apud CHIAVENATO (2002), foram que o
trabalho é uma atividade tipicamente grupal, o operário não reage como indivíduo
isolado, a tarefa da administração é formar líderes capazes de compreender,
comunicar e persuadir. O ser humano é motivado essencialmente pelo trabalho em
equipe.
Com o impacto da “Teoria das Relações Humanas”, CHIAVENATO (2002),
afirma que os conceitos antigos como organização formal, disciplina e
departamentalização, cedem lugar para novos conceitos como organização informal,
liderança, motivação e grupos sociais. A maior contribuição da Teoria das Relações
Humanas no ambiente de trabalho foi o tratamento mais humano dado às pessoas e
a adoção de uma administração mais participativa em que as pessoas possam ter
um papel mais dinâmico dentro do grupo.
23
No Sistema Educacional também não foi diferente, pois com a
democratização do Ensino que através da formação dos colegiados deu autonomia
as Escolas para formular suas propostas de trabalho. Através das eleições
escolares, segundo CHIAVENATO (2002), transformou os profissionais em líderes
educacionais e continua buscando a participação da comunidade através da gestão
participativa. Enfim, autonomia e liderança na gestão escolar, será no futuro a
garantia do sucesso escolar e ferramentas necessárias para o desempenho eficiente
do processo ensino-aprendizagem.
Liderança, na concepção de LARA et al (2000), é o processo pelo qual um
indivíduo influencia outros a realizar os objetivos desejados. Dentro de uma
organização Institucional o processo de liderança tem a forma de um gestor que
influencia seus colegas a realizarem os objetivos definidos pela Instância maior que
no caso das Escolas Públicas é a Secretaria de Estado de Educação. Existem dois
tipos diferentes de liderança em qualquer organização: aqueles que são definidos
também denominados líderes formais e aqueles que agem como líderes de maneira
informal, ambos exercem o mesmo comportamento de liderança.
2.1 TIPOS DE LIDERANÇA
Um líder “formal”, segundo CHIAVENATO (2002), é alguém que foi
oficialmente investido de autoridade e poder organizacional, recebendo o título de
gestor, diretor, presidente e/ou coordenador. O poder é determinado pela posição
ocupada dentro da Instituição e as políticas de promoção organizacional são feitas
para garantir que as pessoas com habilidades técnicas e de liderança ocupem
posições de poder.
Um líder “informal”, segundo CHIAVENATO (2002, p. 68), não terá o
mesmo título de
liderança oficial, mas exercerá uma função de liderança que apesar da pouca autoridade, designação de poder, posição ou até mesmo responsabilidade pode pelo mérito de um atributo pessoal influenciar outros a exercer a função de liderança.
Neste aglomerado de teorias relacionadas a liderança surgem algumas
conclusões de ordem prática para que um gestor possa dirigir as pessoas. HOUSE e
DESSLER (1974), propõem quatro tipos específicos de liderança que são:
24
• Líder Apoiador – aquele que se preocupa com os assuntos, bem-estar e necessidade dos seus subordinados;
• Líder Diretivo – aquele que conta aos subordinados exatamente o que pretende fazer;
• Líder Participativo – aquele que consulta os subordinados a respeito das decisões encorajando-os a participar delas e ainda utiliza as idéias dos liderados;
• Líder Orientado para metas ou resultados - aquele que formula os objetivos claros e desafiadores para os subordinados e os motiva a alcançá-los. (p. 46).
Uma das mais antigas explicações de liderança é, segundo LARA et al
(2000), a abordagem genética, a crença de que a habilidade de liderança é
transmitida geneticamente, ou seja, de pai para filho. Mas com as mudanças que o
mundo sofre constantemente a teoria da Liderança genética fracassou, pois com o
surgimento da Liderança Industrial nos séculos XVIII e XIX, líderes que não
pertenciam à realeza, conseguiram poder e influência devido apenas as suas
habilidades pessoais e a criatividade.
Apesar dos vários estudos e expressões diferentes para descrever as
dimensões da Liderança, geralmente são conhecidas como orientações de tarefas
e/ou funções para funcionários. A primeira dimensão segundo LARA et al (2000),
consiste nas ações exercidas pelo líder que é atribuir tarefas, organizarem o
trabalho, coordenar e avaliar o desempenho dos mesmos. A segunda consiste em
ações que caracterizam a maneira como o líder se relaciona e se aproxima dos seus
colegas ou dos funcionários.
Conclui-se que a abordagem comportamental da liderança parte do
movimento das relações humanas que focaliza o indivíduo e não sua tarefa. Neste
caso enfatiza ainda que a Liderança possa ser aprendida e flexível e que não existe
um estilo certo de Liderança.
A Liderança é necessária em todos os tipos de organização humana,
especialmente nas Instituições escolares. O gestor escolar, segundo MARQUES,
(2010), precisa conhecer a motivação humana e saber conduzir esses profissionais
para desenvolver bem sua liderança. O sucesso da escola depende da Liderança do
diretor segundo ASSIS, apud LÜCK (2009): “A Liderança do diretor de uma Escola
pública se expressa mediante sua atuação positiva e orientação ativa e bem
informada, tendo como foco o sucesso escolar.” (p. 05).
25
O surgimento da Liderança, segundo LÜCK (2009), é um fenômeno
extremamente amplo que abrange as relações sociais e há muito tempo vêm
desafiando historiadores, sociólogos, políticos e psicólogos, todos empenhados em
encontrar razões que teoricamente justifiquem o surgimento de um líder.
Dentre os estudos 03 (três) teorias se fizeram conhecidas devido aos
trabalhos apresentados por HANSEY e BLANCHARA (1986, p. 10), que são:
• A Teoria Inatista que defende a tese do líder inato, na qual fatores relacionados com a hereditariedade determinam a sua existência, onde as influências do meio são minimizadas e desprezadas por eles.
• A Teoria Sociológica que afirma que o líder é função do meio social, e só alcança prestígio e aceitação por representar os ideais da coletividade naquela determinada situação.
• A Teoria do Campo Social que estabelece que a liderança seja uma relação funcional entre membros de um grupo na qual o líder adquire prestígio através de uma participação ativa e pela demonstração de suas capacidades.
Para a primeira teoria segundo COSTA (2009), a Liderança é um atributo da
personalidade que torna o líder reconhecido como tal em todas as situações. A
segunda, também não encontra meios de justificar porque somente a determinadas
pessoas a sociedade confere delegação de autoridade ou adquirem prestígio. E a
última dá evidências de que as qualidades do líder devem coincidir com as exigidas
no momento pelo campo social, sendo a mais coerente para explicação do
surgimento do líder.
Nos livros sobre liderança na gestão Escolar e ainda sobre processos de
formação de gestores há vários conceitos sobre liderança, uma delas me chamou a
atenção pela simplicidade das palavras. No texto liderança como prestação de
serviços, ALMEIDA e ALMEIDA (2006), afirmam que “Liderança é a capacidade de
servir com vistas ao bem-comum. É o poder de servir e ser reconhecido nesse
serviço.” (p. 79).
Como o autor mesmo diz, liderança é o caminho que nos leva a sermos
reconhecidos, mas reconhecidos em que? Nos serviços, nos projetos, na
capacidade de liderá-los, na competência e habilidades para solucionar os
problemas e/ou conflitos gerados no contexto escolar.
A partir do século XXI, segundo COSTA (2009), as escolas vêm dialogando
com diversas teorias e movimentos sociais, uma delas é o que é ser gestor na
atualidade? Sabemos que gestor não é mais aquele diretor que fica na porta da
26
escola punindo as pessoas, impondo suas idéias e decidindo tudo individualmente.
O bom gestor deve ser um profundo conhecedor e interprete da Lei, para que ele
possa servir sua comunidade e resolver seus problemas.
Os novos significados sobre gestão são construídos na própria comunidade
escolar, nos projetos de ensino e que fazem parte de uma realidade cada vez mais
mutante em termos de educação. Um bom gestor deve ser um estudioso, um leitor
que segundo Paulo Freire (2002):
busca continuamente ler e interpretar a realidade conjuntamente, sem se despir de seus sonhos. Enfim ele deve ser o planejador político pedagógico da escola, seja pela posição privilegiada que ocupa, seja pela sua formação ou grau de representatividade. (p. 85).
A escola não é só o aluno, nem só o professor ou o gestor, ela é, segundo
COSTA (2009), uma cultura que envolve todos esses agentes. A escola é uma
estrutura de aprendizagem, cuja finalidade não é mais apenas fazer o aluno
aprender, mas sim de transmitir valores da sociedade, formando gerações para a
cultura, a vivência e domínio dos conceitos, mas especialmente para a leitura e
escrita do mundo que nos cerca.
A escola ainda pode ser, segundo COSTA (2009), um espaço de criação e
construção de uma sociedade melhor, onde todos são importantes, professores,
alunos, gestores, pois ela é resultado da atuação de todos esses sujeitos, cujas
forças, às vezes contraditórias, mas dialógicas, é do diálogo entre os segmentos da
comunidade escolar, e da sociedade que construímos a história da educação.
2.2 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E GESTÃO EDUCACIONAL
Nas duas últimas décadas, segundo LARA et al (2000), as organizações
escolares ganharam visibilidade em decorrência da crise mundial da escola e da
necessidade educativa, em função das demandas contemporâneas. As reformas
educacionais desencadeadas em todos os países trouxeram novas perspectivas
curriculares e no seu bojo, a necessidade de modelos de gestão mais participativos
e mais democráticos na figura de uma escola mais autônoma em relação aos
sistemas centralizadores.
Nesse contexto, parece emergir um novo paradigma organizacional em que
se alinham inovações de toda ordem incluindo novas relações institucionais, como
27
parcerias inusitadas, cooperação técnica e absorção de voluntariado corporativo ou
comunitário. Novas linguagens, ferramentas e até novos interlocutores que nem
sempre são aceitos de imediato pelos educadores.
Apesar de lentas, segundo COSTA (2009), algumas mudanças podem ser
identificadas, entre elas, o aumento de investimento em políticas públicas de
formação de gestores educacionais. São esses novos gestores que poderão criar
um novo local de trabalho, aonde venham liderar mudanças e a partilhar
informações e poder com novas tecnologias, num modelo organizacional que
promova a qualidade educativa.
As escolas e seus gestores, por aproximações sucessivas, segundo
ROSSETTO (2006), estão sendo estimulados a iniciativas locais, parcerias e
relações inovadoras, de modo que exercitem a autonomia e concretizem, com
eficácia, respostas às necessidades de sua comunidade educativa. Esse caminho
vai ao encontro das ações das empresas que conscientes de sua responsabilidade
social, buscam projetos em que possam investir e desenvolver parcerias e cujos
avanços e realizações têm contribuído para introdução de inovações e mudanças no
contexto escolar.
Cientes desses elementos podem concluir que talvez estejamos diante da
construção de um novo paradigma de Gestão Educacional que segundo Leila
RENTRAIA (2009), escreve que:
• Participação, em parceria com empresas e instituições do terceiro setor, nos
projetos que envolvam novas tendências;
• Práticas e procedimentos, alinhados às exigências e velocidade
contemporâneas, caracterizando um novo local de trabalho, pelo uso de redes e
sistemas de comunicação;
• Visão e análise perspectiva no que diz respeito a parcerias de naturezas
distintas, levando-se em conta conceitos como: escolas abertas nos finais de
semana; cidades educadoras, aprendizagem cooperativa em outros espaços de
conhecimentos.
Nessa direção, segundo IANNONE (2012), iniciativas voltadas à formação
devem tornar-se mais freqüentes e sistemáticas na agenda de sistemas públicos e
privados, como forma não só de instrumentar à introdução de inovações, como
28
também de provocar mudanças para definir patamares sobre os quais edificarão
novos avanços, num processo contínuo de negociações e implementação que,
sobretudo, depende da ação e da liderança dos gestores.
O papel do gestor neste momento de transição, segundo Iannon (2006), é de
suma importância, pois é ele quem vai abrir a porta para que surjam novas idéias,
para que se fortaleça o ânimo dos docentes, despertando por meio de uma liderança
democrática, o interesse, à vontade e proporcionando um espaço para que
alcancem o conteúdo educacional.
Um gestor de qualidade hoje, além de praticar atividades de liderança com
eficácia, deve, segundo IANNONE (2012), saber lidar e incentivar pessoas, saber
planejar e saber pensar, acima de tudo, ter preparo administrativo e visão
empresarial. Acreditamos ainda que um bom gestor deva falar a linguagem do “p”:
preparar-se, planejar, pensar, praticar, participar, programar, promover, perceber,
ponderar, produzir, além de ter prudência pra neutralizar preconceitos, punir se for
necessário, buscando sempre pontos de convergência no grupo e obedecendo aos
princípios de igualdade. Não esquecendo ainda que, é preciso saber lidar com
pressões internas e externas vinda de pais, professores, políticas, paradigmas,
passageiros e profissionais de várias áreas.
O maior desafio de um gestor líder, segundo ROSSETTO (2006), é
organizar para ser produtivo, mas como fazer isso sem cair em formulas arcaicas ou
receitas milagrosas que só tem aumentado o índice do fracasso do ensino no País.
Descartes, segundo IANNONE (2012), aconselhou-nos a dividir um problema em
tantas partes quantas forem necessárias para sua compreensão, ou seja, é preciso
analisar minuciosamente cada setor da escola. Certificar-se de como as coisas estão
sendo feitas desde o ingresso da criança no primeiro ano de escolaridade, incentivar
e capacitar os profissionais da educação através de uma formação continuada e
acima de tudo, é preciso ter coragem de expor o problema, enfim dar a cara à tapa.
Abrir para discussão e neutralizar ações verdadeiramente concretas, buscando onde
está o desvio e não escondê-los debaixo do tapete com medo de parecer um gestor
frágil ou incompetente.
Colaboradores são importantíssimos, portanto, devemos procurá-los, pois
muitos profissionais são calados por falta de oportunidades e podem ter grandes e
brilhantes sugestões, apostemos neles. Devemos ainda, segundo ROSSETTO
29
(2006), buscar aperfeiçoamento sempre para toda a equipe, começando pelo próprio
administrador, pois a qualidade depende da formação e da atualização dos
conteúdos. Acompanhem a evolução e não tenham medo de ousar. Essas regras de
auto-ajuda são atitudes importantes que podem otimizar a prática e elevar a
qualidade da escola.
É preciso ainda, segundo VENDRAMINI (2000), saber separar as coisas
necessárias das desnecessárias, tornando o ambiente escolar funcional e prático,
facilitando a identificação dos problemas e a possível solução. Diante disso, o gestor
passa a ser a peça de engrenagem de tudo que está ao seu redor, passa a ser a
chave de um processo de mudança e de avanços na área educacional.
É o que esperamos de um gestor contemporâneo.
30
III - ONDE AS AÇÕES SÃO VOLTADAS PARA UMA APRENDIZAGEM DE
EXCELÊNCIA
A Escola Municipal Maria Cândida de Lima, fundada no ano de 1989, no
Distrito de Água da Prata, município Brasnorte a 610 Km da capital do Estado,
Cuiabá. Situada a Rua Mato Grosso, a beira da Br Mt 170 destino Norte do Estado,
com o objetivo de beneficiar os alunos carentes cujas famílias trabalhadores braçais,
oriundos da zona rural e funcionários de fazendas, comporta quase 200 alunos
provenientes da própria comunidade, alguns de sítios e de fazendas circunvizinhas
(Fazendas: 9 de Julho, Tombador, São Bernardo, Gimatter, Hermínia e Curupai).
A Escola leva este nome em homenagem ao mãe do colonizador da
Comunidade, o Senhor José Cândido de Lima, a qual se chamava Maria Cândida de
Lima.
A Escola mantém uma linha pedagógica sócio-interacionista, o que permite
intervir, sempre que necessário, na superação das dificuldades enfrentadas no seu
cotidiano.
O foco do trabalho é voltado para a realidade dos alunos e suas vivências
assim ao sair da escola, eles estão preparados para um desempenho capaz de dar
continuidade, com sucesso aos estudos.
A equipe de gestão atual (2011), que boa parte do sucesso do processo
ensino-aprendizagem foi possível graças ao trabalho dos professores, que exercem
a função com responsabilidade e ética, construindo com seus alunos relações de
confiança, solidariedade e respeito. A diretora conta que “semanalmente”, na hora
atividade e em projeto intitulado “Café literário”, os professores participam de
estudos organizados por assuntos, conforme as necessidades do grupo e
acrescenta: “Como não é possível separar” a dimensão intelectual da emocional os
estudos são encaminhados contemplando valores, comportamento, dinâmica de
auto-conhecimento, inter-relacionamento e auto-estima, ao mesmo tempo em que se
examinam teorias educacionais e conteúdos
A gestão democrática baliza o relacionamento entre os profissionais, na
busca por valores e crenças organizacionais como generosidade, transparência,
honestidade, comprometimento e participação de atitudes que favorecem a
construção de um “ambiente saudável e aprazível motivador e construtivo”. A
medida que estas atitudes começam a fazer parte do cotidiano de professores,
funcionários, alunos e pais, suprimem-se os comportamentos negativos, restando
pouco espaço para críticas, reclamações e condutas indesejadas no ambiente de
trabalho.
3.1 GESTÃO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
Na Escola Maria Cândida de Lima a eficiência da gestão verifica-se através
da aprendizagem dos alunos. Para otimizar e diversificar a prática docente, a direção
da Escola ampliou as possibilidades de aquisição de conhecimentos e habilidades
dos alunos por meio de vários projetos, avaliados bimestral e anualmente, o que
permite as adequações necessárias para que os objetivos propostos sejam
atendidos. O revigoramento das propostas pedagógicas privilegia a reorganização
dos conteúdos, o plano de recuperação dos alunos com apoio dos pais ou
responsáveis, a realimentação dos projetos educacionais como o da informática
tanto para os profissionais quanto para os alunos, o combate ao uso de drogas, a
violência na família e a prostituição infantil, o recreio dirigido, a olimpíada da
matemática, o resgatando culturas, a feira do conhecimento e outros.
Ações como projetos de reformas e pequenos reparos realizados na rede
física, transformando os espaços em ambiente de alfabetização, construção da
quadra de esportes, a reorganização do material didático pedagógico, aquisição de
materiais de expediente pedagógicos, adicionaram qualidade nos resultados
pedagógicos como um todo.
O modelo de gestão coletivo, com as metas determinadas de forma
participativa e clara, fortalece o compromisso de todos os envolvidos. Segundo o
depoimento de uma diretora para a revista Gestão em Rede:
A experiência da gestão coletiva favorece o exercício da cidadania, a partilha de conhecimento e talentos, levando os profissionais à consciência de grupo e à construção da autonomia profissional e intelectual; ao assumir uma nova postura frente às necessidades da escola, o profissional se prepara para compartilhar essa experiência com os alunos (LUCK; FREITAS; KABUSTIAN, 2006, p. 23).
É importante enfatizarmos que todas as ações e procedimentos e
encaminhamentos do grupo tem como guia a legislação vigente, a proposta
32
pedagógica e o regimento da escola, como também as decisões coletivas das
reuniões pedagógicas.
Os professores ainda destacam que graças aos valores, princípios e forma
de gestão adotada, os desafios educacionais são resolvidos naturalmente e as
soluções são encontradas no coletivo. “Os resultados pedagógicos e educacionais
são atingidos e superados em virtude da participação efetiva de todos nós
profissionais da escola no processo de construção da prática pedagógica”, enfatiza a
professora da escola Teresinha de Jesus do Nascimento.
A eficiência da prática pedagógica acaba por determinar ações imediatas
diante dos problemas existentes na escola, como por exemplo, as dificuldades de
aprendizagem detectadas em alunos que faltam constantemente as aulas, as aulas
de reforço são indicadas e o apoio dos pais é importante.
Os principais aspectos que tornam a escola eficaz são resultantes de um
modelo de gestão coletiva, pois a participação implícita neste modo de
administração restabelece no grupo a autonomia e a consciência de que a solução
existe e ela está em cada um dos envolvidos, também desperta o sentido de dever,
avivando o senso do direito de ser respeitado, ouvido e ver suas idéias colocadas
em prática. Destaco ainda que a aprendizagem dos alunos e a satisfação dos pais
são as principais conquistas da escola diminuindo as taxas de evasão e repetência.
3.2 COMUNIDADE X ESCOLA - UM NOVO DESAFIO PARA A GESTÃO E
LIDERANÇA
É na convivência universo escolar, que deve ser levado em conta quando
refletimos ou propomos ações para promover a integração escola x comunidade,
como processo fundamental para fortalecer as lideranças escolares e a gestão
democrática e participativa nas unidades escolares. Não podemos esquecer que
quando falamos em comunidade escolar não nos referimos apenas a comunidade
interna composta pelos profissionais da educação e alunos, mas principalmente as
famílias desses alunos que se dedicam a variadas atividades, mas devem manter
relações pessoais com a escola as quais seus filhos estudam.
33
O processo de integração família – escola torna-se cada vez mais
necessário diante dos inúmeros problemas sócio-econômicos, culturais e
educacionais que provocam outros problemas mais graves como violência social,
clientelismo, corrupção política e principalmente baixos níveis de qualidade de vida e
nossos alunos inseridos nesse meio. Esses inúmeros problemas provocam
mudanças extremas nas relações familiares.
A permanente ausência dos pais e mães que trabalham fora e a
desestruturação familiar causada por separações e abandono, alcoolismo, drogas,
miséria, violência doméstica somando-se ao próprio desinteresse e/ou incapacidade
em educar seus filhos, deixando para escola mais essa tarefa que é desenvolver a
educação integral do aluno que é o desempenho do processo ensino-aprendizagem
abrangente envolvendo a área cognitiva afetiva e psicomotora dos alunos.
A mudança no papel da educação, segundo PAULA e SCHNECKENBERG
(2008), resulta também na necessidade da evolução do papel dos professores e
gestores escolares que, por sua vez, dependem de complexo entendimento e
conscientização da sua profissão, da implantação de políticas públicas valorizando
seu trabalho e da oferta de qualificação permanente.
Devido às causas e conseqüências se interpenetrarem, segundo
ROSSETTO (2006), a integração família-escola se torna emergencial, batendo as
portas das unidades escolares para atender as necessidades de democratização da
sociedade, para entendimento e compreensão das diferentes perspectivas sociais e
modo de vida, pela urgência na prevenção da juventude com envolvimento com
drogas e violência e especialmente pela emergência de integrar o currículo escolar
às demandas da vida social e/ou profissional de cada indivíduo.
Atualmente o conceito de cidadania, segundo VENDRAMINI (2000), torna-se
cada vez mais onipresente, caracterizando uma sociedade responsável por si
mesma, madura e que não depende mais de um governo público paternalista.
Sabemos que na maioria das vezes aprendemos de forma dolorosa, que os
problemas sociais podem atingir qualquer um, pois ninguém está mais salvo das
conseqüências das distorções e mazelas da sociedade. Portanto há que se ter
responsabilidade social e somente os processos participativos produzem
significados concretos e duradouros no desenvolvimento social e individual. Esses
conceitos como cidadania, responsabilidade social e participação podem ser
34
estimuladas e fortalecidas pela educação, ou seja, pelos processos pedagógicos
educacionais realizados pela escola.
Estudos teóricos e em especial experiências práticas bem sucedidas,
segundo BRASIL (2009), demonstram que as melhores estratégias para constituir
formas de organização que envolve parcerias efetivas entre família e escola são
aquelas desenvolvidas por meio de associações, conselhos escolares, trabalho
voluntariado de pais e mães, escolas abertas, promoção de palestras, seminários e
de atividades culturais e artísticas envolvendo a comunidade. É importante
lembrarmos que todas as escolas públicas por força da legislação devem ter uma
associação ou conselho escolar – órgão deliberativo que funciona como braço
financeiro para o recebimento dos recursos financeiro e na maioria das vezes os
gestores escolares não percebem o potencial que esses órgãos tem como foco
aglutinadores de iniciativa de integração e parcerias entre escola e comunidade.
3.3 SALAS DE AULA - AMBIENTE DE GESTÃO E DECISÃO PEDAGÓGICA
O processo ensino-aprendizagem é muitas vezes simplificado, tendo em
vista as limitações dos profissionais que assumem a responsabilidade por promovê-
lo ou realizá-lo, assumindo a compreensão e competência de maneira a facilitar a
sua própria atuação. No entanto, segundo BUENO et al (1998), é importante
reconhecermos que se trata de um processo complexo e dinâmico por envolver de
forma interativa, inúmeros aspectos e/ou fatores orientados por idéias e concepções
diversas. A manifestação de todos esses aspectos aponta para o fato de que o
processo ensino-aprendizagem é intrincado, o que vai demandar do educador um
esforço contínuo na determinação dos métodos e ações que possam promover com
a maior competência possível, a formação dos alunos e sua aprendizagem.
Dentre os elementos e aspectos mais evidentes do processo ensino x
aprendizagem, segundo LIBÂNEO (1998), destacam-se:
• Os alunos com seu contexto sócio-econômico-cultural, necessidades e
motivações pessoais e de saúde e experiências sociais.
• Os professores com seus valores, formação, conhecimentos, habilidades e
atitudes, expectativas quanto à aprendizagem e desenvolvimento dos alunos e
35
ao próprio trabalho para essa promoção, a natureza de sua experiência
profissional, nível de comprometimento com seu trabalho e sensibilidade em
relação aos alunos como pessoas.
• As condições físicas e materiais da escola, em termos de qualidade de seu
espaço físico, bem como da variedade das estimulações pedagógicas.
• A cultura e clima organizacional da escola, que traduz a sua orientação no
trabalho cotidiano e o seu modo de ser e de fazer, que vai desde os ambientes
mais burocratizados e autoritários, até os informais e livres de orientações claras
e seguras.
• As formas e características de liderança e gestão escolar exercida pela direção e
equipe pedagógica da escola, que em boa parte determinam a cultura e clima
organizacional da escola.
• A capacidade de envolvimento dos pais no acompanhamento da aprendizagem
pelos filhos e da comunidade na estimulação para a aprendizagem.
Por esses e muitos outros aspectos, o processo ensino-aprendizagem é
complexo que envolve e exige múltiplas responsabilidades e depende, portanto, de
variadas habilidades, conhecimento e atitudes do professor para que ele possa a
cada momento tomar decisões bem orientadas, a partir de uma visão conjunta de
todos os elementos presentes. O trabalho do professor envolve desse modo,
habilidades de gestão pela qual se torna capaz de equilibrar os elementos inter-
atuantes no ambiente pedagógico, beneficiando seus alunos em aprendizagem.
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CONCLUSÃO
Ao refletir sobre alguns aspectos relacionados à Gestão Democrática, situo
primeiramente a função primordial da Escola que é a garantia da prática pedagógica
efetiva, visto que ela é um espaço historicamente construído para a concretização da
prática social da Educação.
A Gestão Escolar tem como princípios básicos o compartilhamento da
responsabilidade, o autocontrole dos processos, a autonomia e a competência, o
conhecimento, o domínio dos objetivos, estratégias e metas que levam ao alcance
dos mesmos mais principalmente a “liderança da Gestão pela busca constante de
parceria na comunidade num esforço contínuo de melhoria do processo ensino
aprendizagem”.
A construção, manutenção e o bom relacionamento das relações entre
Escola e Comunidade requerem, antes de qualquer coisa, uma liderança escolar
forte e democrática. O envolvimento de todos os seguimentos da comunidade
escolar é que irá caracterizar uma gestão participativa capaz de atender as
necessidades de aprendizagem do aluno, além da construção de conhecimento,
pois irá prepará-lo para a vida social e profissional, mais especialmente para o
exercício da ética e da cidadania.
O Gestor Líder é aquele que volta suas ações para os bons resultado da
educação e esse objetivo é buscado pela divisão de tarefas, mais principalmente
pela integração de idéias a ações capazes de solidificar um grande compromisso
com a comunidade. A integração do propósito comum entre escola e comunidade
em torno de uma educação de qualidade nasce a partir da liderança que se
manifesta por meio de projetos e ações, que vão deliberar numa gestão participativa
capaz de realizar sonhos que de inicio pode parecer impossível de acontecer.
É nesse contexto de sonhos e ações a ser realizados que Escola “Maria
Cândida de Lima” permitiu repensar suas ações, fortalecendo aquelas consideradas
positivas e que tem contribuído para a eficácia da escola e aquelas precisam
melhorar, superando as dificuldades encontradas.
O projeto político pedagógico é a chave da Gestão Escolar. Todo ano ele
deve ser reformulado e somente com a prática pedagógica, graças às inovações
provocadas pela popularização dos computadores, a Escola está deixando de ser
apenas local onde se acumulam conhecimentos, e sim transformar-se num ambiente
voltado a reflexão, cabendo ao Gestor criar situações de aprendizagem que possam
servir para o resto da vida do aluno.
O reforço para alunos com dificuldades de aprendizagem e realizado
semanalmente pelo próprio professor da turma, em horário oposto ao horário das
aulas. Com isso começaram a desenvolver melhor a leitura e a escrita, pois
conheciam as letras mais não conseguiam juntar as silabas e formar palavras e
perceberam que “a leitura é uma das principais maneiras de satisfazer a nossa
curiosidade” constato isso como coordenadora pedagógica.
Outra iniciativa louvável e que muito nos contribuiu resultados satisfatórios
foi o Projeto Café literário, citado anteriormente, desenvolvido por alunos e
professores que muito beneficiou no desenvolvimento da leitura e do senso crítico
de cada leitor. O projeto desenvolvia-se de maneira que aluno e professor deveria ler
um livro de sua preferência e explicá-lo em encontros semanais.
Concluímos que uma escola dinâmica e Democrática que oferece ensino de
qualidade deve ser bem administrada e antenada com os anseios da comunidade e
necessita de uma proposta pedagógica séria e de uma prática condizente com a
teoria: Resumindo uma boa proposta poderá garantir o sucesso da administração
escolar e ausência dessa proposta significa o fracasso Escolar.
A comunidade escolar acredita ter dado os passos iniciais e criado as
condições para definir, os princípios, diretrizes e proposta de ação de seu projeto da
Escola, como catalisadora de vida social. Tem também a certeza de que está
trilhando um caminho já percorrido, mas com um novo jeito de caminhar, que reflete
em novos significados a sua prática educativa.
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ANEXO
Diagnóstico da Escola
Questionamento, levantados no Final do Ano 2011, válido como Avaliação
Institucional
1 – A Comunidade Escolar é em sua maioria, itinerante ou fixa?
2 – Quais são seus valores religiosos, morais, materiais e intelectuais?
3 – Quais as condições socias econômicas e necessidades desse grupo?
4 – Como o perfil da Comunidade afeta os estudantes?
5 – Com que conhecimento eles chegam à Escola?
6 – Que condições familiares e culturais facilitam ou dificultam seu relacionamento e
seu desempenho escolar?
7 – Qual é a missão da Escola? Ela está afinada com as mudanças da Educação?
8 – Os conteúdos abordados buscam inserir o aluno no mundo do Trabalho?
9 – Os recursos didáticos estão coerentes com a metodologia adotada?
10 – Qual a função do livro e dos materiais didáticos?
11 – O horário de funcionamento atende os interesses de aprendizagem dos Alunos.
12 – A organização dos horários prevê encontros de professores para o
planejamento de atividades interdisciplinares?
13 – Os alunos têm acesso a todos os espaços de aprendizagem e recursos
didáticos?
14 – As instalações físicas criam um ambiente acolhedor?
15 – A Gestão dos recursos financeiros é eficiente, transparente e democrático?
16 – Os alunos são incentivados a participar de agremiações?