4 elirua jeim, £, m111 u ii dmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00886.pdf · dos exércitos...

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4 ¦ * K r -a/ < h <\ elIRuA JEim, £, M111 U ii d Publica-se ás Terças c Sexlas-fuiras na lypograpbio du J. J. Lopes, óculo so reccbum assignalüras por 1 anno, c G mezes, pagas adiantado. Os annuncios proprioiiionte dos Srs. assií-oai.lcs pa- Bao 40 reis por linha, quaesquer ou- trás publicações scráõ feitas por ajusto. üé) cet ot- -Lo pCÒ J11 ns Joie g —o -o-i>- o- /ío,tcro/,'/-;s-DiVERSOS. ! O t. PREÇ03 DA ASBZGr^TUEA. Por anno10#>00f> » semestre6$000 CCM PORTE PELO CORSEIO- Por anno11 ©000 » semestre0*335500 FOLHA AVULSA 2Í0 RÉIS. ilniio B^ BJcstciTo- iWçii-tfoira «*» tle-Julho de 18*1. mw mm mi ¦¦in iiiTMTiinm" Tir**i—•¦--¦•» , 0 DESPERTADOR. DÍ2STERH0, 23 DB JULHO. DIVERSAS OCCDllttENCIASi I^allecimoiitOS.— Depuis de a- turados e longos padeeitnentos falleceu e se- pultou-se no dia 22 do corrente a Sra. D. Joana Leopoldiaa de Medeiros Gaignettü, consorte do Sr. João de Deos Gaiguette. Também falleceu hontem a Sra. D; Lu- cinda Rosado Souza, consorte do Sr. Maria- no José da Rosa, cujo enterro terá lugar ho- je. Damos nossos pezamo- aos iiiconsolaveiá viúvos e parentes de ambu.s as finados. CUegaàa.— OS. Francisco, paque- te da linha intermediária entre a curte du Império e esta capital, chegouante-lioutem de manhã, sendo portador de jornaes da sua procedência, datados até 16 do corrente. As uecurreucias que nos parecem de mais importância de que tratão o Diário 0IJicial e Jornal do Commercio, são as que, por agora, aqui transcrevemos. Pur portarias de 3 e (5 do corrente, do mi- nisterio da guerra, foi nomeado para o lugar dVdiroctor da colônia militar de Sauta The- reza, nesta provincia, o capitão honorário do exercito Zeferino Antônio Ferreira, e ex onerado do lugar de ajudante do ordens da presidência o alferes reformado do exercito Jorge Rodrigues Sidreira. _ Por portaria de 3 do dito mez, do mi- nisterio da agricultura, commercio e obras publicas, foi de r.iuido o engenheiro Pedro Luiz Taulois da com missão em que se acha nesta provincia. Dor portaria da mesma data foi nomea- do o engenheiro Luiz Manoel de Albuquer- que Gulvão íiscal das obras publicas geraes desta mesma provincia. Km data de 13 do corrente foi expedi- do pelo ministério do império o seguinte avi- so ao presidente desta provincia: « Hio dc Janeiro, em 13 de Julho de 1871. lllm. o Exm. Sr.—Examinados os actos da assembléa legislativa dessa província, promulgados nos anuos de 18(39 e 1870. de- claro a V. Ex. que é digno de reparo o art. 20 da loi ii. C2I de 11 de Junho iU 18159. quo autorisa a câmara municipal de Joio- ville a adoptar provisoriamente as posturas da câmara municipal du villa de llajahy, não constando (pie tenha precedido proposta daquella câmara, como exigo o art. 10,§4." do acio addiciüüal. <c Cumpre, portanto, que V. Ex. informe com a possível brevidade, se fui observada essa formalidade essencial. «( Deos guarde a V. V.x.— João Alfredo Corna de Oliveira.— Sr. presidente da pro- vincia de Santa Calharina. » A respeito de noticias do Exterior são mi- nuciosas as (pie dão os correspondentes do Jornal do Commercio, relativas á viagem de SS. MM. Imperiaes, entrada triuinphal dos exércitos allémàés em Berlim, estado das cousas na França, etc , etc; e porque nos falte espaço sutiiciente neste numero, limitárao-nos a transcrever as noticias resu- midas do desembarque de SS. MM. II. em Portugal e sua partida para a llespanha. Mo, 1(3 de Julho de 1871. Pelo paquete francez Amazone, entrado hontem da Europa, com folhas portuguezas até27 do passado, tivemos noticia da via- gem de Suas Magestades Irnperiàes. Suas Magestades, como sabemos, sahiram de Lisboa a 22 pelo caminho de ferro, com direcção á llespanha. No mesmo dia chega- ram ao presidente do conselho de ministros, marquez de Ávila e de Rulama, os telegram- mas seguintes: " Santarém, ás dez horas e quarenta mi- nutos. ** Exm. presidente do conselho de minis- tros. Sua Magestades os Imperadores do Brasil chegaram bem á estação da cidade de Santarém, pouco depois das dez horas. •• Foram alli recebidos pelas auturidades civis, judiciaes, ecclesiasticas, pela câmara municipal epor numeroso concurso de povo, sendo por todos victoriados com vivo euthu- siiismo. '• Os augustos viajantes, depois de breve demora, proseguiram, dando signaès de sa- tisfação peia maneira por que foram recebi- doá.--0 governadorcivil, Marquez do Cesim- bra. " - Entroncamento, onze horas e cinco mi- nutos. " Ao Exm. marquez d'Ávila e de Bojaraa, presidente do conselho dc ministros. Suas Magestades Imperiaes chegaram ao entrou- cainento ás onze horas. Foram muito festeja- dos na Alhandra, em SanUrem, e aqui. Sua Magestadé o Imperador toma minuciosas '.n- formações de todo o paiz percorrido. Suas Magestades almoçaram dento do trem real. Visconde de Chancelleros. " " Abrantes, três horas e dezoito minutos da tarde.. . " Exm. presidente do conselho de mmis- tros. Suas Magestades Imperiaes continuam a passar sem novidade. Visconde de Clian- cdleros." ** Elvas, 22, quatro horas e quarenta e cinco minutos da tarde. " Exíii. marquez d'A)ila e de Rolama, presidente do conselho de ministros. Suas Mngeslades Imperiaes chegaram sem riòvi- dade ás três horas e um quarto a esta cida- de. Parlem agora para Radajoz. Visconde de Chancelleros.," Suas Magestades chegaram a Badiijoz no mesmo dia 22 ás 5 horas du tarde, sem no- «toado. Foram recebidos pelo governador e autoridades civis, militares e ecclesiasticas. A guarda de honra foi feita por um destaca- mento da guarda civil. Atélíadajoz foram Suas Magestades acom- punhadas pelos Srs. ministros das obras pu- blica?* e seu secretario, o Sr. Monta Vas- couctdlos, conselheiro Francisco Chamiço, cumtiiendador Portulegre, cônsul geral do Brasil em Lisboa, e outros conselheiros. De Badajoz alé Mudrid acompanhou os angus- tos viajantes o Sr. conselheiro Lisboa, mi- uistro do Brasil. Suas Magestades chegaram a Madrid a 24. ü rei Amadeu foi coinprimental-o,; no hotel de Pariz, onde Suas Magestades se hospedaram por .algumas horas, conservan- w. &m. do o mais rigoroso incógnito. Depois segui- ram pura Bayunna, onde chegaram a 26. Relativameiite á estada de Suas Magesta- desem Lisboa, encontramos mais^alguns pormenores, que transcrevemos dos jornaes. " O Sr. Rebello da Silva, que por se achar muito iucòmmodado, ua sua quinta em San- tarem, não pôde vir comprimentar o Impera- dor, escreveu ao Sr. conselheiro Lisboa, mi- nislro do Brasil nesta corte, e ao Sr. conse- lheiro Portalegre cônsul brasileiro nesta ca- pitai, para ambos pedirem licença áSua Ma- "¦estado Imperial pura lhe ser dedictidoj o volume da" Historia de Portugal," (pio o distineto eseriptor concluiu ha pouco. " O Sr. Brito Aranha pediu licença ao Im- peradur do Brasil paru lhe dedicar uma inte- ressante e útil obra destinada ás; escolas. Sua Magestadé Imperial acolheu benigna- mente o pedido e concedeu a licença impe- irada, tratando o Sr. Brito Aranha com bas- tante distineção porque o conhecia pelos se- us artigos publicados no Archivo Pilloresco.n FOLHETIM. SEGREDOS DE UM CEMITÉRIO pon LÉOX GOZLAX. Traduzido em mlyar por'"*. (*) VOLUME II. X. CONVADÍSCENSA DE TANC1UÍD0. Pela porta fluvial entram os peixes, e pela da estrada us pessoas que os comem. Ü cam- po, que nejp togar é aprasivel, coutribue muito par» a bellezu daquellas cubanas, abrigadas pòr grandes canaviaes, salgueiros e frondosos alamos que vegetam uaquellas n«-uas, e a cuja sombra se vão redimir os •unautes, pós lindos dius do verão, outono e primaverj, enamorando-se juntamente dos encantos d't- natureza.B#. Quand., lacly Uleomour e sir Archibald Caskil mvaram ia saiu do fundo, cujas ja- nellas doavam para o Sena. eslava debai- xodeu.r. caramanchão, coberto de tolhas de brioníu enrubecidus pelas toscas do m- veruo, >>m par inimoso vindo de Paris, para fortalecer o coração e o estômago. A joven costureira riu-se ás gargalhacas, metteuílo o garfo em uma caldeirada poi- xe, digna da meza de Nèptuuo. A linda rapariga mostrava ao mesmo tem- EXTRAUIDAS. F: interessante a noticia seguinte, queso te na Opinião Ccmercadora: Comosií bscmve a msTOitu. —Le-se no Novo Mundo: « Para mostrar como se mente pola im- prensa, damos aqui a Iraducçãp de uma uo- ticia (pie se. 16 uo periódico Union and Ame- rican, do Naslivide, uma tias cidades mais importantes do Tcnnessee. Um soldado con- federado fui para o Brazil quando acabou a nossa guerra e levou na sua companhia a mulher ednas filhas, uma de 10 e outra de 12 anuos de idade. Elle era um homem il- lustrado, fora pregador (so foi elle quem cs- crev eu islo, na verdade que elle ainda é pré' nndor), fora pregador no condado de Monl- goríioíy; 'lemiesseo, mas ioda via não linha aqucllas qualidades dc que precisa um tio- moiii para fazer carreira em um lugar como o Brazil, e o caso d que, elle dentro em pou- co eslava sem nada e fali ido. Ora, seguido as leis do Brazil, os filhos de um cidadão que não pôde pagar o (piedeve,ebtão sujei- (*) Vide o üi:s['i:nrAuor. n. ^ po, e como se houvesse despejado uma cai- xa de jóias, duas fileiras de delicados dente.-., uns olhos muitos vivos como pérolas, os ca- bellos lourose anuelíados cahindo-lhe em madeixas com fitas cò-de cereja, e os seus vhne annos de idade. O mancebo, (pie lhe fazia companhia debaixo du caramanclulode briouias, não era menos jovial nem mais moco do que ella. Aquelle quadro de liberdade tão exacto, porém tãu uovo paru lady Glenmour, eu- cheu-ude admiração, abalou-a cumo se ti- vera recebido n:ua declaração de amor, su- hitido-lhe ás faces um rubor ligeiro. Ficou por alguns instantes á junella para bem observul-o, tingindo olhar para us ame- nas colunas de Sévros e de Bolonha. Como ella não commuiiicou asirArchi- bald Caskil a sua agradável descoberta, elle não se deu por achado, apezar de ler visto tudo. eassentaram-se á mesa conversando em musas mui diversas. Nesseulmóço marítimo, lady Glenmour comeu com o apetite da costureira que se achava no jardim; comeu da caldeirada lia- guado normando, saborosíssimos cadózes fri- tos, e bebeu, sem fazer caretas, dous ou três copos de vinho verde ! ruscante de veras!... Ora adeus ! soube que nem robucadus ! Al- moçar, respirando o campestre cheiro do le- no,*dos sargaços, do alcatrão e da água do rio, em uma mesa coxa, cuja toalha cooria metade, e com garfos de chumbo ! Dologar onde estavam almoçando, podi- ain disfruetar as vastas campiiuis, as ama- r-liadas videiras, o Sena deliciosamente on- deudo, coberto de barcos, os moinhos de Meudon velejando em ^nii impetuosa rota- cão. um céo de roza.- e o sói no seu brilho do outono, as pontes de ferro e de madeira, os suberbos castellos, e uscabanas de colmo ! Sir Caskil esgotou a musa om discursos cara- pestres, exaltou a egloga, o idvllio; recitou versos de Pope, exultando d alegria u be- be.nlo sempre. Levantou-se. segundo o uso inglez, na oceasião do postre, para recitar um speeck ou discarsode banquete. teudo em punho o facetado copo, disso em tom sulemni', meio alegrete, naquelle estado de embriaguez ingleza que não outra em linha de conta, e alé passa pur tempe- rança aos olhos du grande nação: «'Sun apenas .um prosaico negociauto do « Cabo; porérn não trocaria este almoço por « uma ou (lua.-; coroas: o numero dellas é in- « differente. Que régio decreto vale a cal- « deiradaqitecome«iQS;1 O rei diz: « Eu o «rei!») Eu, sir Archibald Gaskil, digo: « Comi perfeitamente 1 » Qual de nós está « com o estômago mais satisfeito 1 Orei não « diz senão o (pie apraz a seus ministros; e « eu tenho o direito de dizer tudo quanto « lhes não apraz, se assim é do meu agrado. « Porém, o que me agrada agora mais que « tudo, é beber, setn conta, á saúde do meu a amigo lord Gleuinour e sua esposa, e ádori « amigos de ambos. » Çir Archibald Caslcil calou-se para beber como um ôdre, no meio de grandes visadas do lady Glenmour, que auuca tinha visto em sua vida um homem embriagado. VT Al. MAIS DE UMA SURITU^A, E MAIS DE UMA. T\;i:ntii{A. Lady Glenmour observava, com iôteros-* .saute curiosidade, aquella abominável de- grudaçAo da iotelLigencia. Vendo «ir Archi- bald Caskil q,uasi udorinecido, tirou áo seu indispensável o jornal inglez, e poz-se á ja- nella fingindo que o lia, olhando para o lo- gar onde, antes de almoço, tinha visto os dous jovens numerados parisienses. Os dons aaiantes aindu estavam, porém tinham acabado de comer; ladyGleatnpur, envergonhada, recuou cautelosa, abrindo logo o jornal. Que excellentes leques s5o os jurnaesin;5*lezes! Por baixo das palpebras, que lha ser**ÍHm de trincheiras, sir Caskil observava lady Glenmour com olhos que, assim se devo crer, ni5.o estavam turvos. ²Oh ! meu Deus! exclamou ella de re- pente; sir Archibald Caskil'? ²Milady ! respondeu sir Cus-íll. ²Lestes o jornal ? ²Ainda não, miiady. ²Traz um artigo... um singular artigo ! ²Curioso, milady ? Mas qu« fabtdo mos- trues ! —- Sim, não ha duvida, mui curioso para 1 mim.... I —Pura vós? I —Sim.... sir Caskil, par* mim.... Nfio vera o meu nome neste artigo; tumbem era I c que faltava ! porém de tal modo seexpres- \ aa, «pie bem vejo ser do mim que se trata. ²Creio qiifl não é cegredo, acerescentou sir Archibald Caskil\istoscr negocia de jornal. ²Vou ler-tos o tai artigo, disse mui aba- Inda lady Glenmour; porém agora que vejo que nada vos pôde interessur, porque não estaca ao facto dos costumes de certa socie- dade.... Ah ! deveras ó ridículo.... injurio- so

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Page 1: 4 elIRuA JEim, £, M111 U ii dmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00886.pdf · dos exércitos allémàés em Berlim, estado das cousas na França, etc , etc; e porque nos falte

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elIRuA JEim, £, M111 U ii dPublica-se ás Terças c Sexlas-fuiras na

lypograpbio du J. J. Lopes, óculo so

reccbum assignalüras por 1 anno, c G

mezes, pagas adiantado. Os annuncios

proprioiiionte dos Srs. assií-oai.lcs pa-

Bao 40 reis por linha, quaesquer ou-

trás publicações scráõ feitas por ajusto.

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PREÇ03 DA ASBZGr^TUEA.

Por anno 10#>00f>» semestre 6$000

CCM PORTE PELO CORSEIO-

Por anno 11 ©000» semestre 0*335500

FOLHA AVULSA 2Í0 RÉIS.

ilniio B^ BJcstciTo- iWçii-tfoira «*» tle-Julho de 18*1.

mw mm mi ¦¦in iiiTMTiinm" Tir**i —•¦--¦•»

, 0 DESPERTADOR.DÍ2STERH0, 23 DB JULHO.

DIVERSAS OCCDllttENCIASi

I^allecimoiitOS.— Depuis de a-

turados e longos padeeitnentos falleceu e se-

pultou-se no dia 22 do corrente a Sra. D.

Joana Leopoldiaa de Medeiros Gaignettü,

consorte do Sr. João de Deos Gaiguette.

Também falleceu hontem a Sra. D; Lu-

cinda Rosado Souza, consorte do Sr. Maria-

no José da Rosa, cujo enterro terá lugar ho-

je.Damos nossos pezamo- aos iiiconsolaveiá

viúvos e parentes de ambu.s as finados.

CUegaàa.— OS. Francisco, paque-te da linha intermediária entre a curte du

Império e esta capital, chegouante-lioutem

de manhã, sendo portador de jornaes da sua

procedência, datados até 16 do corrente.

As uecurreucias que nos parecem de mais

importância de que tratão o Diário 0IJicial e

Jornal do Commercio, são as que, por agora,

aqui transcrevemos.Pur portarias de 3 e (5 do corrente, do mi-

nisterio da guerra, foi nomeado para o lugar

dVdiroctor da colônia militar de Sauta The-

reza, nesta provincia, o capitão honorário

do exercito Zeferino Antônio Ferreira, e ex

onerado do lugar de ajudante do ordens da

presidência o alferes reformado do exercito

Jorge Rodrigues Sidreira._ Por portaria de 3 do dito mez, do mi-

nisterio da agricultura, commercio e obras

publicas, foi de r.iuido o engenheiro Pedro

Luiz Taulois da com missão em que se acha

nesta provincia.— Dor portaria da mesma data foi nomea-

do o engenheiro Luiz Manoel de Albuquer-

que Gulvão íiscal das obras publicas geraesdesta mesma provincia.

— Km data de 13 do corrente foi expedi-do pelo ministério do império o seguinte avi-so ao presidente desta provincia:

« Hio dc Janeiro, em 13 de Julho de 1871.— lllm. o Exm. Sr.—Examinados os actosda assembléa legislativa dessa província,promulgados nos anuos de 18(39 e 1870. de-claro a V. Ex. que é digno de reparo o art.20 da loi ii. C2I de 11 de Junho iU 18159.quo autorisa a câmara municipal de Joio-ville a adoptar provisoriamente as posturasda câmara municipal du villa de llajahy,não constando (pie tenha precedido propostadaquella câmara, como exigo o art. 10,§4."do acio addiciüüal.

<c Cumpre, portanto, que V. Ex. informecom a possível brevidade, se fui observadaessa formalidade essencial.

«( Deos guarde a V. V.x.— João AlfredoCorna de Oliveira.— Sr. presidente da pro-vincia de Santa Calharina. »

A respeito de noticias do Exterior são mi-nuciosas as (pie dão os correspondentes do

Jornal do Commercio, relativas á viagemde SS. MM. Imperiaes, entrada triuinphaldos exércitos allémàés em Berlim, estadodas cousas na França, etc , etc; e porquenos falte espaço sutiiciente neste numero,limitárao-nos a transcrever as noticias resu-midas do desembarque de SS. MM. II. emPortugal e sua partida para a llespanha.

Mo, 1(3 de Julho de 1871.Pelo paquete francez Amazone, entrado

hontem da Europa, com folhas portuguezasaté27 do passado, tivemos noticia da via-gem de Suas Magestades Irnperiàes.

Suas Magestades, como sabemos, sahiramde Lisboa a 22 pelo caminho de ferro, comdirecção á llespanha. No mesmo dia chega-ram ao presidente do conselho de ministros,marquez de Ávila e de Rulama, os telegram-mas seguintes:

" Santarém, ás dez horas e quarenta mi-nutos.

** Exm. presidente do conselho de minis-tros. Sua Magestades os Imperadores doBrasil chegaram bem á estação da cidade deSantarém, pouco depois das dez horas.

•• Foram alli recebidos pelas auturidades

civis, judiciaes, ecclesiasticas, pela câmaramunicipal epor numeroso concurso de povo,sendo por todos victoriados com vivo euthu-siiismo.'• Os augustos viajantes, depois de brevedemora, proseguiram, dando signaès de sa-tisfação peia maneira por que foram recebi-doá.--0 governadorcivil, Marquez do Cesim-bra. "

- Entroncamento, onze horas e cinco mi-nutos." Ao Exm. marquez d'Ávila e de Bojaraa,

presidente do conselho dc ministros. SuasMagestades Imperiaes chegaram ao entrou-cainento ás onze horas. Foram muito festeja-dos na Alhandra, em SanUrem, e aqui. SuaMagestadé o Imperador toma minuciosas '.n-

formações de todo o paiz percorrido. SuasMagestades almoçaram dento do trem real.— Visconde de Chancelleros. "

" Abrantes, três horas e dezoito minutosda tarde. . .

" Exm. presidente do conselho de mmis-tros. Suas Magestades Imperiaes continuama passar sem novidade. — Visconde de Clian-cdleros."

** Elvas, 22, quatro horas e quarenta ecinco minutos da tarde.

" Exíii. marquez d'A)ila e de Rolama,

presidente do conselho de ministros. SuasMngeslades Imperiaes chegaram sem riòvi-dade ás três horas e um quarto a esta cida-de. Parlem agora para Radajoz. — Viscondede Chancelleros.,"

Suas Magestades chegaram a Badiijoz nomesmo dia 22 ás 5 horas du tarde, sem no-«toado. Foram recebidos pelo governador eautoridades civis, militares e ecclesiasticas.A guarda de honra foi feita por um destaca-mento da guarda civil.

Atélíadajoz foram Suas Magestades acom-

punhadas pelos Srs. ministros das obras pu-blica?* e seu secretario, o Sr. Monta Vas-couctdlos, conselheiro Francisco Chamiço,cumtiiendador Portulegre, cônsul geral doBrasil em Lisboa, e outros conselheiros. DeBadajoz alé Mudrid acompanhou os angus-tos viajantes o Sr. conselheiro Lisboa, mi-uistro do Brasil.

Suas Magestades chegaram a Madrid a24. ü rei Amadeu foi coinprimental-o,; nohotel de Pariz, onde Suas Magestades sehospedaram por .algumas horas, conservan-

w. &m.

do o mais rigoroso incógnito. Depois segui-ram pura Bayunna, onde chegaram a 26.

Relativameiite á estada de Suas Magesta-desem Lisboa, encontramos mais^algunspormenores, que transcrevemos dos jornaes.

" O Sr. Rebello da Silva, que por se acharmuito iucòmmodado, ua sua quinta em San-tarem, não pôde vir comprimentar o Impera-dor, escreveu ao Sr. conselheiro Lisboa, mi-nislro do Brasil nesta corte, e ao Sr. conse-lheiro Portalegre cônsul brasileiro nesta ca-

pitai, para ambos pedirem licença áSua Ma-"¦estado Imperial pura lhe ser dedictidoj ovolume da" Historia de Portugal," (pio odistineto eseriptor concluiu ha pouco." O Sr. Brito Aranha pediu licença ao Im-

peradur do Brasil paru lhe dedicar uma inte-ressante e útil obra destinada ás; escolas.Sua Magestadé Imperial acolheu benigna-mente o pedido e concedeu a licença impe-irada, tratando o Sr. Brito Aranha com bas-tante distineção porque o conhecia pelos se-us artigos publicados no Archivo Pilloresco.n

FOLHETIM.

SEGREDOS DE UM CEMITÉRIOpon

LÉOX GOZLAX.

Traduzido em mlyar por'"*. (*)

VOLUME II.

X.

CONVADÍSCENSA DE TANC1UÍD0.

Pela porta fluvial entram os peixes, e pelada estrada us pessoas que os comem. Ü cam-

po, que nejp togar é aprasivel, coutribuemuito par» a bellezu daquellas cubanas,abrigadas pòr grandes canaviaes, salgueirose frondosos alamos que vegetam uaquellasn«-uas, e a cuja sombra se vão redimir os•unautes, pós lindos dius do verão, outono e

primaverj, enamorando-se juntamente dosencantos d't- natureza. #.

Quand., lacly Uleomour e sir ArchibaldCaskil mvaram ia saiu do fundo, cujas ja-nellas doavam para o Sena. eslava debai-xodeu.r. caramanchão, coberto de tolhasde brioníu já enrubecidus pelas toscas do m-veruo, >>m par inimoso vindo de Paris, parafortalecer o coração e o estômago.

A joven costureira riu-se ás gargalhacas,metteuílo o garfo em uma caldeirada dè poi-xe, digna da meza de Nèptuuo.

A linda rapariga mostrava ao mesmo tem-

EXTRAUIDAS.

F: interessante a noticia seguinte, quesote na Opinião Ccmercadora:

Comosií bscmve a msTOitu. —Le-se noNovo Mundo:

« Para mostrar como se mente pola im-prensa, damos aqui a Iraducçãp de uma uo-ticia (pie se. 16 uo periódico Union and Ame-rican, do Naslivide, uma tias cidades maisimportantes do Tcnnessee. Um soldado con-federado fui para o Brazil quando acabou anossa guerra e levou na sua companhia amulher ednas filhas, uma de 10 e outra de12 anuos de idade. Elle era um homem il-lustrado, fora pregador (so foi elle quem cs-crev eu islo, na verdade que elle ainda é pré'nndor), fora pregador no condado de Monl-goríioíy;

'lemiesseo, mas ioda via não linhaaqucllas qualidades dc que precisa um tio-moiii para fazer carreira em um lugar comoo Brazil, e o caso d que, elle dentro em pou-co eslava sem nada e fali ido. Ora, seguidoas leis do Brazil, os filhos de um cidadão

que não pôde pagar o (piedeve,ebtão sujei-

(*) Vide o üi:s['i:nrAuor. n. ^

po, e como se houvesse despejado uma cai-xa de jóias, duas fileiras de delicados dente.-.,uns olhos muitos vivos como pérolas, os ca-bellos lourose anuelíados cahindo-lhe emmadeixas com fitas cò-de cereja, e os seusvhne annos de idade. O mancebo, (pie lhefazia companhia debaixo du caramanclulodebriouias, não era menos jovial nem maismoco do que ella.

Aquelle quadro de liberdade tão exacto,

porém tãu uovo paru lady Glenmour, eu-cheu-ude admiração, abalou-a cumo se ti-vera recebido n:ua declaração de amor, su-hitido-lhe ás faces um rubor ligeiro.

Ficou por alguns instantes á junella parabem observul-o, tingindo olhar para us ame-nas colunas de Sévros e de Bolonha.

Como ella não commuiiicou asirArchi-bald Caskil a sua agradável descoberta, ellenão se deu por achado, apezar de ler vistotudo. eassentaram-se á mesa conversandoem musas mui diversas.

Nesseulmóço marítimo, lady Glenmourcomeu com o apetite da costureira que seachava no jardim; comeu da caldeirada lia-guado normando, saborosíssimos cadózes fri-tos, e bebeu, sem fazer caretas, dous ou trêscopos de vinho verde ! ruscante de veras!...Ora adeus ! soube que nem robucadus ! Al-moçar, respirando o campestre cheiro do le-no,*dos sargaços, do alcatrão e da água dorio, em uma mesa coxa, cuja toalha cooriasó metade, e com garfos de chumbo !

Dologar onde estavam almoçando, podi-ain disfruetar as vastas campiiuis, as ama-r-liadas videiras, o Sena deliciosamente on-deudo, coberto de barcos, os moinhos deMeudon velejando em ^nii impetuosa rota-cão. um céo de roza.- e o sói no seu brilho do

outono, as pontes de ferro e de madeira, ossuberbos castellos, e uscabanas de colmo !Sir Caskil esgotou a musa om discursos cara-

pestres, exaltou a egloga, o idvllio; recitouversos de Pope, exultando d alegria u be-be.nlo sempre.

Levantou-se. segundo o uso inglez, naoceasião do postre, para recitar um speeckou discarsode banquete.

teudo em punho o facetado copo, dissoem tom sulemni', meio alegrete, naquelleestado de embriaguez ingleza que não outraem linha de conta, e alé passa pur tempe-rança aos olhos du grande nação:

«'Sun apenas .um prosaico negociauto do« Cabo; porérn não trocaria este almoço por« uma ou (lua.-; coroas: o numero dellas é in-« differente. Que régio decreto vale a cal-« deiradaqitecome«iQS;1 O rei diz: « Eu o«rei!») Eu, sir Archibald Gaskil, digo:« Comi perfeitamente 1 » Qual de nós está« com o estômago mais satisfeito 1 Orei não« diz senão o (pie apraz a seus ministros; e« eu tenho o direito de dizer tudo quanto« lhes não apraz, se assim é do meu agrado.« Porém, o que me agrada agora mais que« tudo, é beber, setn conta, á saúde do meua amigo lord Gleuinour e sua esposa, e ádori« amigos de ambos. »

Çir Archibald Caslcil calou-se para bebercomo um ôdre, no meio de grandes visadasdo lady Glenmour, que auuca tinha vistoem sua vida um homem embriagado.

VTAl.

MAIS DE UMA SURITU^A, E MAIS DE UMA.T\;i:ntii{A.

Lady Glenmour observava, com iôteros-*.saute curiosidade, aquella abominável de-

grudaçAo da iotelLigencia. Vendo «ir Archi-bald Caskil q,uasi udorinecido, tirou áo seuindispensável o jornal inglez, e poz-se á ja-nella fingindo que o lia, olhando para o lo-

gar onde, antes de almoço, tinha visto osdous jovens numerados parisienses.

Os dons aaiantes aindu lá estavam, porémjá tinham acabado de comer; ladyGleatnpur,envergonhada, recuou cautelosa, abrindologo o jornal. Que excellentes leques s5o osjurnaesin;5*lezes!

Por baixo das palpebras, que lha ser**ÍHmde trincheiras, sir Caskil observava ladyGlenmour com olhos que, assim se devocrer, ni5.o estavam turvos.

Oh ! meu Deus! exclamou ella de re-

pente; sir Archibald Caskil'?Milady ! respondeu sir Cus-íll.Lestes o jornal ?Ainda não, miiady.Traz um artigo... um singular artigo !Curioso, milady ? Mas qu« fabtdo mos-

trues !—- Sim, não ha duvida, mui curioso para

1 mim....I —Pura vós?I —Sim.... sir Caskil, par* mim.... Nfio

vera o meu nome neste artigo; tumbem era

I c que faltava ! porém de tal modo seexpres-

\ aa, «pie bem vejo ser do mim que se trata.Creio qiifl não é cegredo, acerescentou

sir Archibald Caskil \istoscr negocia de

jornal.Vou ler-tos o tai artigo, disse mui aba-Inda lady Glenmour; porém agora que vejoque nada vos pôde interessur, porque nãoestaca ao facto dos costumes de certa socie-dade.... Ah ! deveras ó ridículo.... injurio-so

Page 2: 4 elIRuA JEim, £, M111 U ii dmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00886.pdf · dos exércitos allémàés em Berlim, estado das cousas na França, etc , etc; e porque nos falte

O DESPERTADOR.

tos a ser vendidos como escravos, e o pro-dueto da verba deve serapplicado ao paga-menio do suas obrigações.

« O pobre homem tinha-se liaturalisiidocidadão brasileiro, e. pois, levo de vôr suasduas (ilhas, quasi mocas, levadas ao merca-do de escravos e vendidas em hasta publica.O preço que ellas p.odozirão foi 1.200 dol-lars (2:íl)U$ ; o o pai, se puder rcsMluiresla soiiima. lem direito de recompral-ns.

« lista historia é do mesmo gênero de fie-çao, sómeiile mais imprudente, do que umaque circulou h,i dons annos, aqui o na Lu-ropa, a respeito de uma resurreição quecm dous decapitados em Minas-GeMies ope-rou o dr. Lourenzo y Gomez—uma dasgrandes celebndados médicas brazileiras!»

Excentricidade ingleza*—-Com eslaepi-graplie, lô-se o seguinte no Constitucionaldo Maranhão:

« Em um dos lugares mais concorridos deLondivs allraliia a allenção publica, não hamuiio lempo. o seguinte aneuncio:

« Arlc de mend-gar cm seis lições. O pro-fessor li. lío.inay eoiiimunica que acabadoabrir um collegio para o ensino lheoricu opratico da mendieidade cm tudo quanto li-ver de |og;limo.

« Todo e qualquer indivíduo, dotado demediana iniell:geiici.i, podo, cm um corsode seis lições, íicar em esiad.o de viver foi-gadampiile ácusla do publico, sem receiosde revoluções políticas. As condições doprofessor são em extremo moderadas.

o Recebe igualmente crianças paia edu-car, por módica pensão, e, mediante preçosconvencionados, indica as melhores ruasnos bairios mais caíilalivos.

« O professor Ronnay possuo grandequantidade deallcsladòso cicairizesde fe-rida de bala, e outras, imitando perfeita-mente o natural. Também se incumbo defornecer cães aos cegos, e, finalmente, Indoquanto ó necessário para esta lucrativa in-d u si tia.»

Pantélegrapüo de Caselli.—¦ O padreCaselli, italiano, inventou um lelegrapíioautomático, que em breve substituíra o ie-legraplio geralmente adoplado. O inventordeu uo seu apparelho o nome de paulólegra-pho. Kslc apparelho tem vantagens decidi-das sobre o tclegranho de Morsc.

lim primeiro lugar, elle annulla Iodos osinconvenientes deste '.'I imo, c em segundolugar, o numero dos recados pode ser muilomaior. O pniitéiograplio faz 300 emissõesde correnle por segundo de lempo, emquan-lo que o de Mor?.<? apenas pode enviar íí; oprimeiro tratismilte sem dilíiculdade 30 re-cados, de 20 palavras cada um, no espaço detuna hora; no systema de Morse, uma loiraexige iemis ões, e portanto não é possíveltransmiilir po.' hora senão 20 recados de 20palavras.

Mas, não é somente nisto que consiste aexcelleiicia do novo systema. Por meio dopanlólegraplio póde-se Iransiniltir aulogra-

Que sociedade, milady? perguntou sirArchibald Caskil, que teria dado um queijode ouro, para adivinhar aquillo que tantocustava a declarar-se-lhe.

Uma sociedade incrível, extravagante,desaforada, que ha em Londres... a socieda-de dos Temíveis.

Com effeito, não conheço tal sociedade,milady. E o que faz essa sociedade ?

Compõe-se de soduetores escolhidos,de homens perigosos, de homens. ...

Mas que relação pude ter a vossa pes-soa, iniladv, com essa sociedade, com esseclub?

Meu marido, dizem, era membro delia,bem corno um certo conde de Madoc, o aífa-mado conde de Madoc... esse de quem porahi se falia!

Desculpae-me, milady, atalhou o sup-posto sir Archibald Caskil, apezar de estaranóioso de saber o que continha o artigo dojornal inglez; mas pelo que é afamadoo con-de de Madoc ?

Dizem que por muitas cousas; pela suabelleza toda viril, pelo seu modo delicadis-simo, e merecimento de espirito, sobretudopela summa habilidade com que seduz, pelasua rara elegância, optilencia e coragem

Quantos dotes ! exclamou sir Archi-bald Caskil. Parece incrível que caibam tan-tos a um homem. •

E entretanto é isso uma pura verdade,sir Caskil.

Então chegasles a conhece-lo, milady?Nunca o vi.... Porém consenti, sir Cas-

kil, que vos leia o tal artig-o, já que mos-traes desejo de conhecel-o.. .

« Podemos assegurar que, ha já algumas« semanas, não está em Veneza o afamado

phicamcirie recados, planos, musica, relra-los, desenhos, pinturas coloridas.

Puoto-esculptuiu. —Tal é|o nome que sedeu a nina das mais admiráveis invençõesda noS"<a épocha. tão nulavel cm prodígios!

O inventor, que se chama Francisco Wd-leme, resolveu o seguinte problema: phoio-gcapilar o modelo, e servir-se das provasphotogni|jliicas para as transformar em es-tatu a de uma prodigiosa semelhança ! Náodiremos do processo senão o necessário parafazer-se idéa dessa maravilhosa invenção.

A sala onde se faz a operação ó circular;a luz entra por cima, e pôde graduar-se ;ivontade. O modelo secolloca sobre um pe-dcslal no centro da sala, eé cercado por 2iobjeciivos siiuados na mesma circunifereii-cia; as câmaras obscuras estão nu exteriordo reeinlo. Distribuídas as chapas sensíveisem Iodos os ..pparelhos, e o modelo esco-IIlido a sua positn,os apparelhoso phologra-phão so 2i ponlos de visla.

As provas (pie resullão desla serie deoperações são numeradas por ordem, se-gundo a pos cão relaiiva, poslas em qua-d ros, e Iransporlad.iS para outra sala ondedeve clVccliiar-seo Irabalho de esculpiu ra.

A prova nègaiiva n. 1 é submettida aum apparelho de augmenlo, c a imagem po-siiiva apparece com a dimensão que se querdar á cslauia, A matéria lei i ea que se queresculpiar é posla em um apparelho circulardividido em 2í parles como a circumferen-cia dos objcclivos: o inde.x desle apparelhocorresponde ao n. 1, e o liraço de um pau-lographo munido de um buríl de esculptortraça na massa lerrea o < oniornoda imngem,^eesie é acompanhado cuidadosamente peloburil que arma o segundo braço do pauto-grapho; e assim por diante aló as 2í pro-vas. Trinta e seis, 40, <Í8, ül), em lugarde 24, diminuiria certaliiéiiiè a duração daoperação; porém, o inventor pensa ea pra-tica jíisiifica que o n. 24 é perfeilamenlesuflHeule. Depois deste Irabalho, um ope-rador aperfeiçoa a obra á mão. Basta umsó dia para fabricar uma eslalua desta na-íureza.

Sccrctnria «Ia Frovisscin.

EXPKDIliNTE 1)0 DIA 11 DE JULHO DK 1871.

Acro.—Concedendo dez por cento de seusvencime;.los ao 1." oílicial da secretaria daitssemblóa legi-daliva provincial PeregrinoSer vila de S. Thiago.

Communicoii-se á fazenda provin-ciai sob 11. 21o.

Portaria. —Dando Ires niezes'delicençaao capitão do 1." batalhão (Pilifaiilaria daguarda nacional deS. José, João Luiz Fei'-reirade Mello.

Co min um cou-se ao commandantesuperior da ca pilai, de.

A' thesouraria, n. 317.—Commimicaque em datado 21 do mez findoo direetor

« conde de Madoc, tenda alli chegado a no-« tida do que lhe havia suecedido, e da po-a sição tristissima em qne so achava. »

Porém que tendes, sir Caskil ?Nada.... milady.... nada: entornei o

copo, quando ia a perguntar-vos se o nomedo co ide de Mandoc esla por extenso nesseartigo.

Por extenso, sir Caskil.Dignae-vos continuar, disse sir Archi-

bald Caskil, sentindo subir-lhe á cabeçãofogo da cólera....

Comtudo, sorrio-se no intimo (Palma. Sea affrmKa estava alli, também alii estava avingança. Bem podia ter paciência.Eu continuo, disse lady Glenmour.

E contiauou:« .... te ido alli cheg-ado a noticia da posi-« ção tristissima em que se achava. Era sa-« bido que o conde de Madoc o lord Glen-« mour, membros da sociedade dos Temíveis,« requestando ao mesmo tempo u na donzeüa« altamente collocada e uma cômica fran-« cezí>...i »

A donzella altamente collocada, soueu! atalhou vivamente lndy Glenmour.

A cômica é Moussellrae, e o conde deMadoc sou eu, cogitou sir Archibald Caskil.E uma cômica ! repetio com desdémde rainha lady Glenmour, machucando ojornal inglez. Ignorava isso.... Nada se medisse. E quem ra'o teria dito ?...

Que invenção, milady !... E o resto....o resto.... por quem sois!

Eil-o, respondeu lady Glenmour repri-mindo a sua indignação; eil-o.

Leu mais:« Lord Glenmour teve a habilidade, a

« gloria e a felicidade de esposar-se com a

das colônias llajahy e Principe D. Pedro,João Dclzi. reassumiu a direcçâo dasmenci-onadas colônias.

A'fazenda provincial, n. 214.—Remei-le o calculo das despezas a fazer-se com ospresos (pie entearem para a cadôa da villade llajahy no trimestre de Julho á Selem-10.

1)0 SECRETARIO INTERINO.Ao juiz municipal supplènlede S. Sebas-

Uão. —Declara, em resposta ao oüicio do22, (pie não forão remeti idas as leise deci-soes do governo por não ter sido esse lermocoutcmplado Da distribuição d'ellas.

Dia 12.Acto.— Nomeando o cidadão Anlonio Jo-

só da S Iva Ih-ssa para o cargo de subdele-gadod.i cidade da Laguna, e mandando fi-car sem elíciio o aclo de 27 de Julho desleanno que nomeava para aquelle cargo o ei-dadào Anlonio da Silva Dessa, visto nãoexistir cidadão algum com aquelle nome.

Comihu.iiicoii-seuo dr. chefe de po-licla sob n. 138.

A' thesouraria, n. 318. —Communicaque o cirurgião reformado do corpo de saúde<lue ercilo, José lvlixde Moraes, foi ex-onerado do cargo de medico da colônia mi-lilar de Santa Thereza por ler sido nomea-do administrador das dldas da Imperatriz.

Deu-se conhecimento ao direetordaquella colônia.

A' mesma. n. 310.-Manda pagar a Li-vramenlo Filho èv Vieira a quantia doí)4íS9')0 rs. de gêneros fornecidos á canho-neira Araguary.

A'mesma, n. 320.—Manda pagar a Ma-noel Machado de Souza a quantia de 4S800rs. piovci:inle de sustento dado ao recrutado exercito Veríssimo Borges dos Sa. tos.

Ao capitão do porto, n. 86.—Romellecopia do oílicio do dr. chefe de policia co-brindo a reclamação do amanuense externoda policia acerca dos navios que entramneste porto sem darem entrada na secreta-ria de policia.

Ao juiz do direito de S. Francisco —Ro-metle um periódico Provincia n. 50. parainformar á presidência sobre o— apedido—coulido ifciquèlki folha.

cer elogios a nenhum desses mandões, e porisso não servio ao Sr. Bandeira do Gouvêa;hoje tem turiferarios á custa da — barba,longu; os cofres da provincia, apezar de ex-haustos, dão para isso.

Estamos convencidos que só por dinheiropoderá elle ter incensadores.

E que lhe faça bom proveito.Veremos por quanto tempo se agüenta o

servidor de S. Ex'.

CORRESPONDÊNCIA.

Os incensadores do Sr. Bandeira de Gou-vêa não cessão de gritar que o Despertadorfaz opposição porque S. Ex. retirou destejornal a publicação do expediente. E' o seucavallo de batalha !

Nos por nossa vez dizemos: Se lhe teceiselogios, é porque elle vos paga, e desde quecesse o pagamento, nem meia linha escreve-reis em sua defeza.

O Despertador servio apenas para fazerpublicações ofliciaes; nunca escreveu umalinha sequer, em artigo edictorial, para to-

« donzella nobre,não tendo remédio o sober-« bo conde de Madoc, senão contenlar-se« (triste gloria !) cou ser amante da cômica. »

Concordemos, interrompeu lady Glen-mour, em que a derrota é bem vergonhosa,e mais vergonhosa se torna por ser muitocômica.

Muito cômica, milady, muito cômica,disse sir Archibald Caskil.despontando-lhe oriso comasconvuisões (los músculos da face.

« Desbonrado, p-oseguio lady Glenmour,« corrub) de vergonha por causa dessa af-« frotita, quê deu muito que fatiar tiliima-« mente na Inglaterra, e com especialidade« em Londres; o conde de Madoc foi occttl-« tando-se de cidade em cidade, esperando« talvez viver desconhecido em Veneza. En-« gaiiou-se: alli se soube asua historia. O« conde foi satyrisádò é ridicularíiádoj como« havia sido em Londres: brigou, porque 6« valente e muito destro em manejar quaes-« quer armas; ferio os seus contratos; mas« o que se lucra em luctar com o ridículo da« opinião publica ? Sahio de Veneza, e pro-« vavelmente foi oceultar-se em alguma das« ilhas do archi pelado grego.E' de crer que lá esteja, disse sir Ar-chibald Caskil. rogando com o gesto a ladyGlenmourparaqueconcluis.se.

Continuou:« Tranquillisem-se pois todos os maridos:

« o galanteio do conde de Madoc teve final-« mente o seu Y/aterloo. »

Certo que é um heróe completo o nossoquerido Glenmour ! exclamou sir Caskil,com o rosto tão pallido quanto estava o delady Glenmour. De certo, milady, não hanenhum mal naguillo rpie acaba bem, comodiz o nosso William Shakspeare Felicito

Sr. direetor do Despertador.

Permitia que um obscuro leitor do seu in-teressante jornal oecupe um pequeno espa-ço era suas columnas, afim de manifestar oseu pensamento sebre o seguinte recente fa-cio:

Depois da chegada do paquete Calderon,alguns individuo-s residentes nesta capitalreceberam circular lithogruphada, dirigidapelo Sr. barão da Laguna (Lamego), pediu-do com palavras melífluas para ser incluídona lista tríplice para senador, a qual circu-lar, por casualidade, veio ter-me ás mãos.

Depois de a ler, não pude deixar de ex-clamar inseiisivelmente: —Pois o Sr. barãoda Laguna,tão altamente collocado por seusserviços ao Paiz, se rebaixa á vir mendigardo povo catharinense um voto para mais seelevar !... E depois ! ?...

Depois, pouco ou nada se importará (comoo tem feito) que este povo seja feliz ou des-graçado !....

Não reconhece o Sr. barão a sua grandepobreza intellectual !?...

Não se vexará de entrar nesse primeirotemplo do Império, ha perto de 50 annos er-guido, para ser oecupado (como tem sido alóo presente) pelo saber secundado de serviçosrelevantes? ! !...

Depois de ter-me assim exprimido por ef-feito da impressão que causou em meu es-pirito a leitura de tal peça, com socego equietnção puz-me a reflectirsobreo facto, domodo seguinte;

—O procedimento desse personagem é ex-traordinario no caso em questão; porque,tendo elle á seu serviço um directorio todocomposto das primeiras capacidades e influ-encias da capital, á este, e só á este, incum-bo formar a lista tríplice e reraettel-a ásjuntas nas diferentes localidades da provin-cia, recommendando-lhes o emprego dospossíveis e ató impossíveis esforços paraconseguir-se completo triumpho, como sue-cedeu por oceasião das eleições para deputa-

a lord Glenmour Foste o preço da suagrande victoria.

Victoria sem combate, sir Caskil, disselady Glenmour fazendo um gesto de regiaaliivez.

Como assim, milady ?Se eu nunca vi em rainha vida, como

já vos disse, esse afamado conde de Madoc !Com effeito, isso tira muito ao méritoda victoria c.lcançada pelo uosso queridoGlenmour.

Se houve rivalidade, não chegou ellaao meu conhecimento.... sir Caskil

Em summa, sejamos justos, proseguioo conde de Madoc: lord Glenmour em todo ocaso havia de ser o preferido..., Não estáagora aqui o conde de Madoc, a quem pode-rieis vexar.

Ao menos, sir Caskil, 'devia-se

teraguardado a minha preferencia, já que sediz que houve rivalidade Oomprehendoagora, cogitou então lady Gleiunour, asuafrieza, a sua indifferença, as snias subidasattencões que eu daria por.... tà.ip, elle nãome ama, acata-me ! Casou coiv,';^o por cal-culo de vingança, por orgulho, pêlo simplesprazer de esmagar um rival.... Porém, disseella em alta voz, temendo com a demoradosuas reflexões mostrar-se por deracuá agasta-da, tendes razão: não ha nenhum, mal na-guillo (pie acaba bem.

Dizeis bem, milady.... Olhae ! quemseja completamente feliz, não existe senão...E sir Archibald Caskil fingio procurar no

céo e no horisonte, esse feliz de todo cá naterra; depois, descendo, como po:- acaso, avista para baixo da janella, disse:

Completamente felizes, são aquelles....[Continua.)

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Page 3: 4 elIRuA JEim, £, M111 U ii dmemoria.bn.br/pdf/709581/per709581_1871_00886.pdf · dos exércitos allémàés em Berlim, estado das cousas na França, etc , etc; e porque nos falte

O DESPERTADOR.

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dos á assembiéa g*eral, e nao ser elle próprioa dirigir prévia recommendnçao do seu no-me! E qual a razüo porque não indicou osdous candidatos puni completar a lista '? !...JSera porque o Sr. barão pouco se lhe dá queseja Pedro ou Paulo.... nobre uu plebeu....conservador ou liberal, com tanto que o seunome entre na lista, pela certeza de ser elleo preferido ?!...

Sim, é tudo isto e ainda mais — porquejá nada confia nos membros escolhidos e re-escolhidos do eterno directorio de uma euti-dade extiacta por si mesma — o grêmio con-servador. — S. Ex. está convencido que elle

próprio desbaratou o partido conservador na

provincia de Santa Cathariua, insuflando oseu estooteado compadre á praticar des-atinos escandalosos, como os que eslüo bamuito no domínio do publico. E para com-

pletara sua obra de destruirão, pôz á frenteda administração um magistrado inepto, semcritério e pouco senso !

Deos nos defenda quo no século das lu-zes, a provincia de Santa Catharina façasubstituir o senador Mafra, que apezár denlo ter freqüentado as universidades euro-

pêas, possuía bastante illustração, cuja pro-va temos no faeto de ter eíTeetivãmenteoecupado o cargo de 1 .* secretario du sena-do, pelo Sr. Lamego, que só àllég.a serviços;

que vive em effectiva escuridão IOs sous serviços, que ninguém contesta,

estão sobejamente remunerados pelos pode-res do Estado; contente-se com isso que não_ pouco, o mais ó demasiado egoísmo queuão se deve tolerar.

Contando, Sr. Director, com o favor dainserção destas linhas, mais obrigado lhe se-rà o que assigna

Uni calharinense imparcial.

AO F-JS5LÍCO.

No arligo á pedido publicado na Regene-ramo do penuliimo numero sob a epigrapho— Sinopsi da questão l.duardo Salles e as-signado por um Estrangeiro vem declinado onus*o humilde nome.

Desenhando o Estrangeiro o quadro dosacontecimentos com as cores que mais a pro-priadas lhe parecerão á produzir cíTeilocontrario á realidade, foge rom matreirasagacidade de declarar os arligo'. dessa le-gislação e desse direito mnri.imu, que blaso-na saber de cor e salteado,

Não fazemos a injustiça de pensar que oEstrangeiro procurasse encobrir se com omaulo de uma supposln nacionalidade, para•com arliiicio vender droga repugnante porexnellente cosmolióo; mas julgamos, quequerendo campar do sapienle encarou aquestão suuei (icialnienle o não foi mais doque um p iría-voz, que ohedoceo passivo aoimpulso do som que lhe imprimirão.

Se o Estrangeiro não ó leigo, ó Ioda viapela sua prcsumpçào, mai- que ignoranlevulgar, pois querendo incensar podremeiiloaos sacerdotes da seiencia jurídica, com do-trinieiilo nosso, fingo não saber que o nossoproceder teve o apoio desles.

Mostrando, como juiz commereial sup-pleule, ao Sr. Dr. Crespo, que não encoiUra-va na lei uma disposição que permillisse umleilão particular ua hypoíhese do carrega-meulo do pataeho AdolpM, este Sr. disse-nos (e appelUmos parnfo seu cavullio.ismo)«pio lambem assim julgava na sua opiniãoparticular, mas que sou cliente queria oulracousa o assim não entendia.

Moslratido-nos resolvido a seguir osim-pulsos deno.su consciência fumada na lei,esahendo iljâpp a parle interessada, coireoao dislinclo advogado o Sr. Dr. Mafra, paraesle dizer o que julgava sobre o assumplo.

Obtendo este os autos para esclarecer-sc, levou-os para casa c lendo estudado aquestão, e naturalmente o direito mnrilimo.firmou um parecer que leve a bondade demostrar-nos. abundando finalmente na fra-ca opinião do leigo juiz (appeUamos Iam-bem pira o cavallieirismo de S. S.)

O requerimento (jue o Sr. Eduardo Sal-los pedio para fazer o seu advogado o Sr.DotiU' Crespo ao in-qieclor d'a!fandi-ga e(jue ussignott o supposlu capião do paiachu

Adolpho, foi trazido á nossa casa pelo mes-mo Sr. Salles, declarando que por delica-doza queria mostrai-nos. porque ia de eu-rontro ao nosso despacho, e que nâo linhacom isso intenção de offender-nos e quemandara fazer por seu iiiulu próprio, dis-eordando delle o seu próprio advogado o re-ferido Sr. Doutor Crespo.

Estabelecida a verdade nosle ponto, como

quem a próza como o seu unicu br -são pre-cioso, accoilamos a censura ào Estrangeiro,com a resignação devida, sentindo enlreiantoque seja nella implicitamente envolvidosos disiinclds advogados, sacerdotes cultiva-dores da legislação, do direito commereiale marítimo, seiencias estas não monopolisa-das nem cultivadas Jielos leigos juizes, os

quaes justamente nâo derem entender drüasnempatavina.

Fm lodo o caso perguntaremos ao Eslran-ogjro:—„cha em sua sapiência, que o pro-duelo da venda do carregiuienlo do paládioAdolpho. devera ser entregue, cume fd, aesse capitão ? que a lei lhe dava a faculda-de para isso ?

Acha que esse capitão podia consignar o

que uão lhe pertencia, o que não linha tituloalgum para pulei' dispor ?'Tirando

os corollarios de um principioabsurdo, o inadmissível í»or iniquu, acha

que as bus do Brazil attlorísüo sophismaslão cavillüsus ?

Si o illustre Estrangeiro nào so escondern.is trevas e vier com o seu nome ã luz, ei-lar a integra dos artigos dessa legislação edesse Direito, que diz saber, e quizer mos-Irar o nos-o ei ro na parle que nos loca. commuito gosto aceitaremos essa honra, diseu-lindo o sustentando o nosso neto; se poróinentende, qne o juiz; leigo devia obedecer os

precedentes antigos, encafurnados nos car-lorios, em semelhantes processos, lendo emvelha elrnçadaeai ilha, enlão diremos, queisso muilo íonge de nos oífender vem corro-borar a consciência que lemos de ser melhorinlerprelc da moralidade da lei (jue S. S.

que a quer estrangeirar,FV li/.mente, em tempo opporluno, será

decidida, pelos poderes superiores, estamagna questão, e permitia o Eslrangeiro quedecli e do seu juízo, para os volos dos su-periures juizes insuspeitos, quo a hao de

julgar com esclarecido critério,Se o Estrangeiro lem um circulo de novos

apologistas que pensão hoje diversamentede homem, que os arranchem para entoaremcm coro feslivo hyuinos á iininoralidade,ficando nós de parle a lamenta r a sorte av.i-ra que produz o azar de lão tristes versati-lidados.

José Delfino dos Santos.

Desterro em 21 de Julho de 1871.

A Regeneração no seu ultimo numero,mais bem avisada, não mimosouu os seusleitores com os artigos que trouxe us seusdous números anteriores dedicados em parteao Commcrciante da Provincia. fcssa peçaespecial nios.ni polo seu impei feilo torneadoe deixa visível a mão chailalica e polinidade seu obreiru cGigiando a imagem de seusegundo red.iclor.

Predicando a moralidade contra suppos-los abusos u seu aulor, no desvaneio de so-berbü esporlula, que já se apresenta em

perspectiva scdtictora á encher o seu vasiohyiiigasl.io, procura oecullar cm my^le-rio-os eefolhos, que é elle propiio um sai-caslico epigramma ã sua apregoada mural.

I-undoem almoeda a consciência e cerlode lão degradante papel, procura cum ritii—culus subterfúgios desviar os olhos do pu-blico, já cansados de terá vista o triste ic-tabulo onde deslaca-se o agradável busto desua figura ingente empunhando a peniiaabaslaidada.

No primeiro paidieiro que encontrou, pro-cura esconder-se lamentando o iiiáü fado desua clienlella, porém, presentindo-se de-vassnilo vai .no arligo assignado por um—Commcrciante- da Provincia procurarmaterial, amassando o grosseiro emboçu,onde acoberto maldiga o duro fado c venhacom capeiosos sophismas angariar |>ioselilosna classe commereial.

Diz o articulista cuin o invento de umanova logiea, referindo-se ao Commerciante,que aquelle que dirige doeslos á sua classe,embora com especial applicaçâo, tem-a im-plicilamenle insullado e por tanto é indignode pertencer a ella edeve ser riscado desua cominutibão.

para o commercio inteiro como um argu-nieiito nbslrãclo, sujeito portanto á impor-lanei; das banalidades. Não devo ser assimporém o aulor da peça que,seguindo os seusargumenlos.tem irresistivelmenlo de obede-rer as conseqüências lógicas de seus racio-cionius.

Goncrelando os argumentos do articulistac determinando a espécie applicíivel, vamosatitorisados por esle dizer:—A classe á queporlcncois é aqtiella que lem o domínio domundo oflicial e ó ella quem descreve a com-plicada orbita em que tem degyraro pia-neta social. Vemos, porém, a cada passo<pie empreslacs a esse governo,composto dehomens da vossa classe, desde os latrocíniosaló os aclos da mais crassa ignorância cselvagoria.

Logo, obedecendo ao rigor de vossa lo-gira ecoheicncia, deveis despedir-vos dessaclasse porque ella não 6 merecedora de lerem seu seio tão distiucto varão emquanlonão venha pensar injustamente comu vós,procurando arruar-vos á primeira valia,como se lusseis nojosas fezes dessa corporação.

Vazemos justiça ao articulista julgandoque os sous argumentos são filhos de irre-lleclidos assomos e não qüizemos portantoresponder-lhe logo debaixo da primeira im -

pressão' ilo lédio que n.s causou porquenão queri.imos peccar no mesmo (pie aquicensuramos.

Quaiilo a mh, sempre coherenle comidéas razoáveis, tomamos semp-e o termomédio, desprezando esles adjeclivos hypet-bolicos. que olíendein sempre as pessoasque deílcs usão quando se desce ao modoreal de sua applicaçâo. Se a congregaçãode vossos collegas juulasse-so nj.bilrnr.i-amente fantasiando um atlcnlado, como lim do expulsar-vos dessa classe, nósbradaríamos com Iodas as forças contra oacto il\ mais inqualificável violência do

quererem esbulhar-vos do vosso amadopergiuninho, titulo único que tendes rocom-memhhcl aos olhos da sociedade. listamosliersiiadidoqiie o arliculisla, prega paia os

papal vos ou iucatilos, ou então para fazerelíeüo iroillrii feira, lotamos persuadidosainda (quem te não conhece quo te compre)que não se queira suicidar abraçando-sohypociilamenle á sua escarnea e irrisórialógica.

Se, tomando a nuvem da Provincia porJiiuo.quiz intencional, malévola e impru-deulemenle envolver em alusão grosseira áquem se conserva cm modesto recaio sem

polliiir-se, descanco nessa illusao, que opalheiro ininiundoqtie fòr buscar ba de ser-vir para cobrir o leito que tizer para nelledeitar-se e assim como se lem predilecçãopara talhar camisolas, hão de eslas teremsua serventia, para enrolar-se u'alguuicasco descibellado eexquisilo.

Felizmeiíie n'um ligar pequeno comoeste, não é preciso muila perspicácia paracouhecer-se os homeí.s e as cousas e o pu-blico assim como os próprios collegas quevivem em comniunhãocom o arliculisla temtodos intima convicção que elle está inleri-ormenlo contenlissimo com as autoridades,

que salvando a lei e cohibindo o abuso, deuoceasião que fosse comprado com maior lan-ce em hasta publica, por preço ínfimo, paradefender ostensivamente o seu cliente, o ra-fado arliculisla, que já definhava inauidona ultima phase financeira.

Ucracliio.

lambem que o capitão ó quem fui o recebe-dor.

Logo, ou o Estrangeiro e o in. peclor men-tem. ou monte enlão o honrado negocianteapotheosado pelo Estrangeiro.

— Quem fatiará a verdade ?O curiow.

S. Francisco.

Os abaixo firmados faltaria, k justien se.não viessem publicamente testemunhar, queo lllm. Sr. Francisco Xavier Caldeira, (du-rante o tempo que exerceu o cargo de Pro-motor Publico desta comarca, só propugnoupelos interesses da justiça, sem atfeiç.ão nemódio, tendo semj)reem vista (conforme 6 pu-blico nesta cidade) coadjuvar as autoridadespara,no desempenho de seus deveres, eleva-rem a justiça ú seu maior explendor.

Rio deS. Francisco 20 de Julho de 1871.

Francisco da Costa PereiraBento da. Costa PereiraAntônio Francisco CaldeiraAlexandre Ernesto d'OliveiraFrancisco Machado da LuzM. T. de YasconcellosAntônio Augusto RibeiroJ. P. M. da PaixãoHermelino Jorge de LinharesJosé Estevão de Miranda e OliveiraJoaquim José da SilveiraJosé Estevão do Nascimento e OliveiraJoão Augusto d'OliveiraManoel Gonçalves da RosaJosé Emygdio iSobregaJoão Domingilés das NevesSalvador Antônio Alves MaiaP.'~ Anlonio Francisco NoaregaEustacliio Francisco Gomes RaposoGustavo Luiz LebonFrancisco Germano d'AzevedoJoão Juvencio de Souza ConceiçãoAnselmo Pinheiro RibasJoão Antônio Caldeira.

B.Bl?2*^58D»-U.

Somei ian!e quixolada ficará para nós e

0-; donos do carregamento do paládioAdolpho mandarão ao f.illecido negociante oSr. I). Jacinlho Vera, no ultimo paquete,plenos poderes para esle icceber o producloda venda do dilo carregamento.

Pergunta-se agora aos defensores de an f-baçíior ridículos philaulropicos: — era en-ião o Sr. Eduardo Salles o consignatariodos donos do canegamenlo?

O observador imparcial.

SSiiíre Scy-1» e -JSia^yBírtis.

OSr. E. Salles disse no seu depoimentoao Sr. Dr. chefe de policia, que elle é

quem linha recebido (.'alfândega o pròdu-elo da venda du carregamento do pala-cho Adolpho e que fura quem passara orecibo. O inspector informou ao Sr. chefede policia oflirialmcnle que o capitão f. i

quem recebeu essa quantia e quem passarao recibo. O Estrangeiro da Regenerarão diz

rara S. Ex. o Sr. rrcsiiicnte da provincia.o íllm. Sr. Direclor ila .azciiila provin-

ciai verem e providenciarem sobre aproposta da carta que abaixo sc

transcreve.PUBLICA. FÔRMA.

Cidade, vinte nove de Abril de mil oito-centos setenta e um. — Illustrissimo senhorgoares. — Tendo vossa senhoria deixado deinventariar por fallecimento de sua mulherD. Antonia, os bens coustuntes d'uma rela-ção em meu poder, inclusive uma quantia,que reunidos sobem a soiutna regmlar; tendopois de fazer dous appellos, um h fazenda euutro á quem de direito fôr para reparar-seo gravame praticado; antes de o fazer, lem-bro-me convidal-o a vir entender-se comidopara ludo harmonisar-se, como melhor foi*possível, passo este que outro não o ciaria.Decididamente espero-lhe até o dia primeirode Maio entrante, findo qual prazo, nãocomparecendo, forçar-tne-ba aos appellosreferidos, afastando dü mim qualquer res-ponsabilidade. Não o constranjo, faca o quemelhor entender, apenas lembro o arranjopossível. — Do de vossa senhoria seu atten-to, o procurador de Manoel Fernandes da(jasl!l _ Firmino Manoel de Paula. — Nu-mero oito. — Réis, duzentos, por não baversello adbesivo, pagou duzentos reis. SãoFrancisco vinte e um de Julho do mil oito-centos setenta e um. — Azevedo.—Conceição.— Reconheço tanto a letra do escripto retro,como a firma, será própria de Firmino Ma-noel de Paula. Rio de S. Francisco aos viu-te e um de Julho de mil oitoceutos setenta oum. Em fé de verdade [estava o aiffiml pu-blico). — O tabellião José Estevão de Miran-da e Oliveira.

Admirem o caracter do homem honesto.

José Antônio da Moita, Vital José daMoita. Joaquim José da Moita, Manoel An-loiiioda Moita (ausentes), I). Angélica Ca-rulina da Moita, I). Maria Leo|)ohlina daMolia, D. Amélia Carolina da Motla Rires,e Anlonio Tires Comes, lendo recebido atrisle noticia tio fallecimento de sua irmã ocunhada D. Loop- Idiua Carolina da MoitaRodrigues, residente em Santa Isabel, pro-vineia do Itio Grande do Sul, convidão aosseus |iarenies e amigos para assistirem ámissa que mandão celebrar por sua alma,uo dia 2í! do correnle ás 8 horas da manhãna igreja do Menino Deos.

Desterro 22 tlè Julho de 1871.

unn-iin ll MO—BB————

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O DESPERTADOR)

VARIEDADES.

fi»aBVC5$ K REIS.

Iv.ossu.tli ou os liunairtcos.

11.a

O DIA OOS ESPONSA.ES.

Deixa-nos beber, o embriagar-nos, coii"cluio Conrudo, já que só nos vapores da cm-briaguez é (pie pudemos vèr a salvação da pa-iria.

E demais, replicou Emcrico n um tommais triste, (pio anloveinos nós. jovens palito-Ias, mais que unia existência d"cxili« e do.prisão ?... Deixa-nos pois alguns dias antes

para a inocidado e para o prazer IAcabava o mancebo de pronunciar estas pa-

lavras, quando entraram Helena Olmits e suasduas filhas adu|ilivas,já prómptas para a oen-nioniaquü ia colobrar-se.

Helenatrazia um vestido, que nâõj li.nlialargado desde que enviuvara. Ainda não linhaperdido a gravidade melancólica, que estoacontecimento havia impresso cm suas feiçò-cs. Mas nâo obstante essa recordação, o seufeliz amor malernal, a paz, o encanto continuoque reinavãu no seu interior, tiiiháo-lhe atira-hido o sorriso aos lábios, o mesmo as suas fa-ces tinham ulgum tanto de colorido.

Fez aos amigos de seu filho graciosos com-primeulós, cm quanto que as suas duas tiltinsadoplivüs, calçavão as luvas o pegaváo nusramos para snhir.

M.illiildo eslava vestida do branco: mas oseu vestuário ainda que simples, linha muitaelegância c apuiamenlo. Teria vinte annos o oseu ro.slo era admirável; a Mia bollcza. linhaum não soi quo do clima em que se havia des-envolvido; pura, elhoroa como as mulheres

-do Norte, linha a suavid.ide voluptuosa das doOriento. O caracter, traoquillo, doce o bom,de <pio a didara a natureza, era perfeito umtodos os pontos de vista, som ter violentos osimpulsos do coração; cia espiriluosü e intuirligenle, sem força do espirito, nem grandesade intelligencia.—Mathilde apreciava as suaspróprias vantagens lambem como uma oulra.Segund.i ella mesmo dizia, o quo ella amavamais sobre a lerra era sua mãe ãdopliva que'tinha começado a sua felicidade, Rlanfrodoque a eemplelava, sua irmã que a partilhava.

Kva, mais nova dois annos que sua lima.,não ora lão regularmente bella. Âirosa, deli-cada o morena, ninguém nella repararia cs-latido junto de Maíhildo, soiuio vendo-a mui-Ias vozos, cdcscohriudo-lhe os encantos maissecrelos. O seu rosto eslava longe da perfei-ção o do brilho (pie formão o lypo ideal; masum olhar de seus olhos, tinha ás vezes um ;U-Iraclivo tão verdadeiro como ioda a belleza deum rosto perfeito. Sueeedia o niosuio em qunn-to ao sou caracter; menos doce o meiga quesua iiiíiá, linha uma expansão mais generosa,uma coragem mais completa. Mostrando damesma forma menos espirito, monos graçanas conversações ordinárias, linha ás vezespensamentos liuos, c rasgos d * i n le 11 i g e n ei a a d -niiravcis h'uma menina ainda lão nova. — Anatureza de Mathilde era (ruma pôr uniformoe doce como a.npparcncja cTum bello dia; ade Evo era, como a noite, composta do som-bras o ost•cilas.

N'esle momento em quanto Mathilde dava,•dianted'uin espelho, um ultimo geilo ao seu«vestido tinha Eva calçado ligeiramente as lu-\as, o offerecia já o braço á sua mãe adopli-\a.

Maíhildo, ao entrar, linha lançado um oiliara cada um dos mancebosque alli se nchavâoreunidos: Eva apenas doilou um para Manlredo; bello o puro olhar, em que o amor douma irmã se revelava com ioda a sua innoccn- I¦cia o ardor.

— Manfiodo, disse Helena Olmus a seu li-illio. dispondo-so para sahir, vamos á igrejapara assistir ao primeiro sermão do quaresma<lo abbade Wakiil em Santo Eslevào... Só do-jiois do oflicio é quo abençoará o vosso anel<lo uupeias... por isso, vindo ler eomniisco-com os vossos amigos doutro do uma horapouco mais ou menos os nossos parentes.lambem já forão convidados.

Manfrcdo inclinou-se silenciosamente, hei-i jouamáo do sua mãe ca do Maíhildo, e

acompanhou as damas alé á poria da sala.()s seus amigos convidaram-no a sahir comelles em quanto linha aquelles momentos li-vros.- Em tempos du revolta, os homens ca-•recem do so verem o communicarom maisbastas vezes. As casas são muilo estreitas; re--corre-so às praças publicas. Nu entanto estedia, de que Manfredo contava os instantes de-"baixo

diurna impressão myslcriosa e profundaadiantava-so velozmente.

Erão enlão Ires horas.

III.

0 PEHISTYLO DA IGHlJA.

Acabamos do dizerque n'estes dias. cm De-brcczin, passava-se a maior parto do tempo ao

ar livre. Manfrcdo c os seus amigos pararamna praça do Santo Estevão, o dentro om pou-eu se viránl rodeados d'outros jovens da cida-de. formando enlão já um grupo considerável-.Um recomcliogado interrompeu bruscamcnloa sua conversação risonha dizondo: ^

-Senhores. e>tais aqui mui sucegados adiscutir... a fallar do prazeros... vattia-moDeos!... Não sabeis enlão o que suecade ....mais dois jornaes suspensos!

Órgãos deinoora ticos ! disse Emcrico.Mas', meu Deos ! disse Karoly, martyri-

so-ims muito embora o governo auslúaeo porIodos os meios, tire-nos mesmo o nossu sao-guo... se tanto lho aprouvor... mas deixe-nospensar, o dizer o que pensamos.

Se já nào lemos imprensa, replicou o os-luilanlo que trouxera a funesta noticia, nemjornaes, nem publicidade de qualidade algu-ma,sor-nos-lia niisler exprimir a no>sa opini-ào a tiros de espingarda!

Parece que estas palavras fizeram nascer ai-guina observação no espirií:) do Manfredo,porquo*!irou a carteira e escreveu n'eUu algu-mas linhas...

~ E ainda isto não é ludo, senhores! Othcalro está fechado por ordem.

Quo vcjamo ! disse Jorge. E'necessárioquo um governo seja beca fraco.

Para ler medo d'um especlaculo... d umrápido espelho! disse Karoly.

D'uma iilnsão I... duma sombra ! con-cluiü Salvador.

Demais tornou o estudante, ha especta-culos muito mais perigosos... o da execução,por exemplo... o diz-se que vão ser condem-nados á morlo dois dos nossos soidad-js poloconselho militar.

Yiclimus da sua dedicação :;dísse karo-lv.' — Ilavia-so pedido, disso Eraerifiiv que astropas húngaras viessem ds guarniçâo paraDobreczin, em logar dos corpos austríacos...

Nada mais justo, disse Conrado.Não só, continuou Emorico, nos recu-

saráo islo, mas até metiem n!üih conselho deguerra alguns soldados que toem desertadodas praças austríacas para virem a Dübreeiin.

Elles serão eotidoninàdos, disse Salva-dor; abrlY-se-ihe-ha uma cova, e ó assim quelho é rostiluida a sua lerra natal.

Oh! isso requer vingança, disse Conra-do.

Dei\ae-os, dei\ae-os, disse Karoly, lal-vez islo seja uma ventura. Corre por todo oexercito húngaro que o sangue derramadonas suas fileiras o desobriga do seu ju ramon-lo de fidelidade ao rei,

E então, exclamou Emcrico, que forçapara o partido democrático, so esle ganhava oexercito !

A estas palavras, Manfrcdo, que as escuta-va com a mais sé;ia attencão, tirou pela se-gunda vez a carteira, onde escreveu um apon-lamento. Sem notar islo, Emcrico, que haviaalgum tempo observava o sou amigo, e quooslava acostumado .-uo que esto lhe permiUiudo ler no seu pensamento, disse-lhe:

Oue silencio, Manfredo ! como eslás ab-sorlo !... Por ventura não goslarás que abra-cornos com tanto ardor a causa do nosso des-graçado paiz, lu que sempre ai vergaste em leupeito os seiitimeniüs mais patrióticos... Olha— iiiterromnou elle, ao ver chegar uns novospersonagens-eis ahi os teus parentes quevoem para assistir á ecremonia.

Os que Emcrico designava eram Ires ho-meus de idade madura, cujo vestuário, so bemque decente, tinha alguma cousa do desalinhoo sem cc''irái)flij dos artistas. Eram homensque só tinham na mira o negoem o o ganho.No entanto os jovens estudantes continuavamcom os seus clamores, eiilhusiamavam-io coma sua própria indignação, o bradavam cmcoro:

Sim, é a mais odiosa, a mais execrávelliraniÜH I Semelhante siluaçáo é inlolora-vel i... E se não podemos vingar-nos, ao me-nos peguemos cm armas para morrer.

Senhores., senhores ! — que barulho fa-zcis, diz Javarino. fabricante (lo pannos, rar-regando o sobrolho. Já vos ouvia ao fundo dapraça.Mas ninguém pôde siípporlar similhanlcscoisas! coelinuava a exclamar Emcrico.

-— Antes morrer ! repelia ainda ECarüly.4 — E quem vo-lo impede, senhores... mor-

rei muilo embora se assim o quereis... lor-nou Javarino; mas isso não é motivo para ai-Irahir aqui um esquadrão de dragões.

Oue nos imporia ? exclamou Conrrado.Que vos importa ! Oh ! o com essa pa-

lavra insensata que arruiflaos o paiz,que o des-ponhais na miséria !... Que vos importa?lambem eslou por essa, a vós que nada possu-is!... Mas cada uma das vossas revoltas nilcr-rompe o nosso commercio...

Susponde o curso do dinheiro, disse lio-rio, o segundo dos rcccmchegados que eracambista.

Obriga a fechar as nossas fabricos o of-íicinas! continuava Javarino... E uma fabricaque se fecha, são Ircsenlas famílias reduzidasà mingua;compreliendcis, senhores?

É os nossos campos! diese Zombar, rico

lavrador,— cobertos do searas á força do Ira-balho e suor? IV para quo elles sejão calcadosaos pés de eavallüs e incendiados nas guer-ras civis .'

(Continua.)

EDITAL.A Câmara Municipal desta capital faz pu-

blico, que precisa contractiir o fornecimentode medicamentos aos presos doentes exis-len-es na cadôa desta cidade, durante o ex-eicieto corrente.

ü contraclo será feito com (piem por me-npr quantia se propozer mensalmente, de-vendo os proponentoa apresentarem suas

propostas em cai Ia fechada nesta secretariaalé 28 do corrente mez.

E para que chegue á noticia de quemconvier, so mandou publicar o presente.

Secretaria da câmara municipal da cida-de do Deslerro, IS de Julho do 1371.

O presidente—Jachitlio Pinto da LuzO secretario — Domingos G. da Siloa Peixoto.

PRECISA-SE COMPRARuma negrinha de 10 á 11 annos, sadia; narua Formosa n. 23. 3 — 2

ÀRIÂ E COHFQTA

ÂFáKUrS€lI©S.

«MIM fflfCATÜAMWJSSlDE NAVEGAÇÃO ?&?£•£& A VAPOR. «aesse

Mdlltfo BMW MIS

Por aulorisação de S. Ex. o Sr. presiden-leda provincia faço constar que o vapor ha-

pirobà mudouas s«as viagens para os diasseguintes: slihirádo porlo da cidade da La-

guna para esle porlo nos dias G e 20, e d'es-te porto para o d'aquella cidade nos dias 8 e22 de cada mez..

Cidade do Deslerro 21 de Julho de 1871.

O agenteFranciu-o Duarte Silva Junior.

AM MÍMli E LO

50 RUA DO PRÍNCIPE 50

Lenços com barras de côr e para luto a50O rs.

Ditos bordados e rendados a 320 rs.Ditos de linho. em caixas, a 7$oOO.Camisas de chita franceza a IJfGOO.Ditas de morim a 2^í)!)0.Ditas de riscado a 1^280.Duas de ílanella a ííiptfüO; superiores a

o$5l)0.brande pnreão de collcles para senhora,

de 3$í)l)00 á 9©0l)0.Luvas de seda, encorpadas, brancas o

pretas o í$8l)0\Espelhos redondos de chumbo.Cabeções com punhos para senhora a

1ÍS)200';Carreteis de linha a 300 a dúzia.Camisas para senhora.Rendas Onas de tolas as larguras e qiiali-

dades, de 40 rs. para cima.Ditas de crochet de Iodas as qualidades.Grande quantidade de brinquedos, hoiic-

cas, etc.Bonels de panno fino a 2$, :J£p20Ü c

2$500. .

Abotoadtiras para punhos c coltples.Grande sortimonlo de paletols de lã de

Iodas as dimensões.Dilo dito de rapas de lã de 6$)á li^OÜO.Dito ddo de mantas.Chalés a 1$, 3$, 6$ e 9pOÔ;: ca-

pas a I2®0üü.Veslidus de là com capa para criança a

9P7t)0ÜÜ.Capas de lã para criança a !<#>, Bjf), G^p

e 7^)000.Saias de lodosos tamanhos.Corpinhose cabeções.Carhenez para setihora.de ljjpá 5^000.Meias de lã para senhoras e crianças.

d ti

M ARI ANO JOSÉ DA COSTA

9 LA11G0 illi PALÁCIO 9Nesta casa encontra-se diariamente diver-

sas massas frescas, tanto brasileiras comofrancezas, folhados, pasteis de nata, de cio-me, ele. ele.

Grande e \ ariado sorlimenlo de cxcellen-tes doces secco:-. pai acha, como sejão — pãode 16 torrado, dito coberto com assucar, la-recos, ciYquin-holas, sequilhos, croquetesloprados, ditos ^'ameutloasinglezes, biscou-tossorlidos, francezcs, brazileiros, porlu-gue:'.es e paraguayos; bolinhos d'ararula íi-nos, etc. ele, á preço de SUO rs. a libra.

Cfarkiièlies e hiscoutos americanos a GiOrs., libra. Buliichiulias.irnraruia a 180 rs.,libra., dita americana a 400 rs., libra.

FraÜnas, confeilos de aniz e amêndoascobertas a 1^)280 rs., libra.

Birricasde farinha de trigo de diversasmascas — grande quantidade de bolacha,roscas á Darão, para qualquer encommen-da que se faça.

Aprómplno-so empadas com camarões,

gallinha, etc. etc; bandejas de doces parabailes, e ludo mais (pie fór concernente ao

esliibelecimcnlo;Única casa nesla praça onde se faz o ver-

dadeiro e cxccllenie pão francez, e muitas

outras qualidades, mais ou menos cosidos,

a gosto dos fregue/es.— Sendo encommen-da de mais de uma arroba se fará rcducçâo

nos preços.Pede e espora portanto a concorrência

publica, e especialmente de seus ficguey.es

e amigos, certos de que serão servidos comesmero e promplidão.

KOYWEMO1871—.in.no

Hfe B» POMO.20.

ENTRADAS.

Do Rio de Jaueiro, com 48 borr.s vapor Cal-deron, comra. 1 .'.tenente-Miguel AntônioPestana, passags.: alferes Joaquim Ma-eivado do Souza, Dr. Joaquim dos Reme-•dio.s Monteiro, tenente Maximiúno Leite,André Carlos Ebel, Manoel Antônio Fer-nandeá, Jacob Krieger, Alexandre M. Cas-tro.

a' in.Do Rio derjaneiro, com 13 dias,{jj>atacho na-

cional Paquete d1 llajahy de 1(15 tons., ca-pitilo Joaquim Josó da Silva, equip. 9,carga carvão.

a' 23.Do Rio de Janeiro pelos portos com G dias

du viagem.sendo 5 horas do ultimo porto,vapor S. Francisco, comm. Rodrigues Lsa-ae, passags.: Amaro José Coelho, D. Fe-lisberti S. d'Andrade e 1 filha, FranciscoBereiihauser, Pedro Anastácio Ferreira,Dr. Joaquim da Silva Raihiillio sua senho-ra e 1 escrava, Kuiilio Boeeker e 1 filho,Luiz Roloíl'.

sahida Á 21.Para Montevidéo vapor Calderon, passags.:

Pascoal Dunei, Antônio N.Hoiiflige, Agos-linho José Arnào, Jacintho Toegne, Hele-

. na Witera e sua filha, Gonçalves Domin-gos Antônio, José Dama/.io^a Silva, Se-raíim José Ferreira, Caldi!U> FranciscoPaula,Manoel Amancio Paclieço, Luiz An-tonio Silveira, Auncleto José da Silva.

a' 24.Para o Rio de Janeiro e portos, vapor S.

Francisco, passageiros:. Victorino de Me-nezes, Igtlacio José de Abreu, João LuizGuines de Miranda, e os estrangeiros Sa-bino Trepoded Ismazei, Frederico Fnsen-dhcc, Geraldino Geovani, Ernesto Beh.sse 2 guardas polieiaes.

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NA MESMA RUA N. Typ. de J.J. Lopes, rua da Trindade n. 2.

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