20151217 – banqueiro andré esteves libertado – adv. kakay

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20151217 – BANQUEIRO ANDRÉ ESTEVES LIBERTADO – ADV. KAKAY Urgente: Teori liberta André Esteves Brasil 17.12.15 14:10 Em decisão monocrática, Teori Zavascki acaba de revogar a prisão preventiva do banqueiro André Esteves. A segunda turma encerrou a sessão sem votar o HC, cabendo ao ministro decidir. Kakay colocou a champanhe para gelar ontem. Pelo visto, os embargos auriculares continuam dando resultado. 25 de Outubro de 2011 às 11:58 "A vida dá, nega e tira": artigo do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay) 0NENHUM Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterAndré MouraPUBLICADO PORAndré Moura Repórter Antônio C. de Almeida Castro Foto: Divulgação Veja mais PI:Sogra é baleada e filho morto por homem contratado por seu genro PI:Sogra é baleada e filho morto por homem contratado por seu genro Seringa que ajuda a tapar ferimentos a bala em segundos Seringa que ajuda a tapar ferimentos a bala em segundos Um quarto da economia do Brasil se concentra em apenas 7 cidades Um quarto da economia do Brasil se concentra em apenas 7 cidades Preso em SP homem que enterrou 'garota de programa' viva no PI Preso em SP homem que enterrou 'garota de programa' viva no PI Gráfico mostra os 15 aplicativos mais usados pelos brasileiros Gráfico mostra os 15 aplicativos mais usados pelos brasileiros PMDB do Senado planeja movimento para tirar Temer da presidência PMDB do Senado planeja movimento para tirar Temer da presidência Presidente Dilma inaugura museu considerado patrimônio histórico Presidente Dilma inaugura museu considerado patrimônio histórico "STF deu grandeza necessária ao impeachment", afirma ministro Idoso de 73 anos é detido pelo abuso sexual de uma menina de 11 Idoso de 73 anos é detido pelo abuso sexual de uma menina de 11 Empregados tentam matar patrão com tiros e facadas em Salvador Empregados tentam matar patrão com tiros e facadas em Salvador

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ANDRÉ ESTEVES

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20151217 – BANQUEIRO ANDRÉ ESTEVES LIBERTADO – ADV. KAKAY

Urgente: Teori liberta André Esteves

Brasil 17.12.15 14:10Em decisão monocrática, Teori Zavascki acaba de revogar a prisão preventiva do banqueiro André Esteves. A segunda turma encerrou a sessão sem votar o HC, cabendo ao ministro decidir.

Kakay colocou a champanhe para gelar ontem. Pelo visto, os embargos auriculares continuam dando resultado.

25 de Outubro de 2011 às 11:58"A vida dá, nega e tira": artigo do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay)0NENHUMCompartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterAndré MouraPUBLICADO PORAndré MouraRepórter Antônio C. de Almeida Castro Foto: Divulgação

Veja maisPI:Sogra é baleada e filho morto por homem contratado por seu genroPI:Sogra é baleada e filho morto por homem contratado por seu genroSeringa que ajuda a tapar ferimentos a bala em segundos Seringa que ajuda a tapar ferimentos a bala em segundosUm quarto da economia do Brasil se concentra em apenas 7 cidadesUm quarto da economia do Brasil se concentra em apenas 7 cidadesPreso em SP homem que enterrou 'garota de programa' viva no PIPreso em SP homem que enterrou 'garota de programa' viva no PIGráfico mostra os 15 aplicativos mais usados pelos brasileirosGráfico mostra os 15 aplicativos mais usados pelos brasileirosPMDB do Senado planeja movimento para tirar Temer da presidência PMDB do Senado planeja movimento para tirar Temer da presidênciaPresidente Dilma inaugura museu considerado patrimônio históricoPresidente Dilma inaugura museu considerado patrimônio histórico

"STF deu grandeza necessária ao impeachment", afirma ministroIdoso de 73 anos é detido pelo abuso sexual de uma menina de 11 Idoso de 73 anos é detido pelo abuso sexual de uma menina de 11Empregados tentam matar patrão com tiros e facadas em SalvadorEmpregados tentam matar patrão com tiros e facadas em Salvador

Quando fomos chamados para tratar da calúnia que se abateu sobre o Jivago Castro, em Teresina, julgamos um enorme exagero o que ouvíamos sobre o massacre generalizado que era imposto pela chamada mídia social no Piauí. Atraiu-nos para a causa o grande apreço e os laços familiares que possuímos com esse estado.

Ao conhecermos a causa, devemos confessar que nos assustamos. A morte de uma moça de dezenove anos de idade é sempre um drama humano. A morte violenta em circunstancias não esclarecidas é, mais do que isso, uma incomensurável tragédia. Há que se ter um cuidado redobrado, pois a dor de quem perde uma filha não encontra eco em nada no mundo. O respeito aos familiares deve ser um dogma.

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Ao nos aprofundarmos nos fatos ficamos estarrecidos e preocupados com os rumos que podemos estar prestes a enfrentar com a força da chamada mídia social. Nosso cliente, Jivago Castro, não conheceu a moça, nem suas amigas, nem ninguém do seu relacionamento próximo. A sua empresa era responsável por realizar as fundações da futura sede do Tribunal Regional do Trabalho, que fica ao lado da obra onde se deu a morte. Algumas notas levianas e irresponsáveis de um jornalista conhecido por sua fluidez, deram ensejo ao começo de um calvário da família de Jivago Castro.

Em um primeiro momento fomos chamados para processar este jornalista, mas, em pouco tempo, como um rastilho de pólvora, o jornalista voltou a sua insignificância, tal a dimensão que tomou a versão espalhada maldosamente. Como costuma ressaltar o grande colega Nazareno Thé, não há nenhum fiapo de indício, absolutamente nada que ligue Jivago ao fatídico evento. Ele, porém, vendo a sua honra achincalhada e a sua família sofrer em público, tomado da indignação própria dos inocentes, procurou a imprensa e se humilhou, tirou a camiseta para mostrar que não estava machucado, como irresponsavelmente dizia uma coluna, clamou por sua inocência e mostrou que queria ser investigado. Atitude de um homem que sabe ser inocente e que estava possuído pela ira santa dos injustiçados. Jivago entregou imagens de câmeras de segurança, além de seu sigilo telefônico para demonstrar que nunca tinha falado com a Fernanda, submeteu-se a coleta de material genético, enfim colocou-se no olho do furacão para provar que nada devia.

Ai veio o inacreditável. O Ministério Público é a instituição mais importante, sob certos aspectos, no tripé que sustenta o Poder Judiciário, pois é ele que detém o poder de denunciar. Convém lembrar que os magistrados não podem agir de oficio. O Juiz só poderá julgar alguém se a Promotoria de Justiça apresentar uma denúncia formal. Em outras palavras, o Ministério Público é o dono da ação penal. Sua responsabilidade é, portanto, muito grande. Não poderia, pois, um representante dessa instituição acompanhar um caso de mídia e se permitir fazer brincadeiras na televisão, chacotas, insinuações.

Não poderia o Promotor de Justiça se permitir, ainda, fazer pronunciamentos públicos sem indicar os fundamentos que dão suporte à sua posição. Não poderia, jamais, um Promotor de Justiça semear irresponsavelmente a revolta e a discórdia na população, sobretudo, se estiver baseado em obscuras especulações. Imagine-se se um juiz fizesse isto? E mais: imagine-se um Ministério Público que, de antemão, desclassifica o trabalho da Policia?! Chegou-se ao cúmulo de se afirmar que não aceitariam um relatório que não fosse em um determinado sentido preconcebido pela Promotoria de Justiça! Ora, compete ao Ministério Público aceitar ou não a conclusão da Policia. Esta é a regra constitucional, mas jamais desclassificá-la de antemão, em um claro desrespeito a instituição e ao Estado Democrático de Direito. Tampouco, poderia o Ministério Público realizar uma investigação paralela, para a qual não possui competência. Para nenhum ocupante de cargo público, essa conduta seria permitida. Para um membro do Ministério Público essa postura é ? além de uma irregularidade séria - uma grave desonra à Justiça.

Criticamos institucionalmente esta postura, além do evidente bis in idem na investigação, afinal um fato não pode originar dois processos, dois inquéritos. No mesmo dia, um Promotor de Justiça nos instigou pela mídia para que tomássemos atitude! Ora isto seria fazer o demagogo jogo do inimigo. Se a esta altura não levarmos nosso cliente para depor no Ministério Público, mesmo certos de que o que fazem é inconstitucional, é porque sabemos que vão afirmar que ele está se omitindo por ter alguma responsabilidade. E, ao contrário: não só ele não tem, como é o maior interessado em esclarecer de vez esta situação. Responderá a qualquer chamado seja por respeito à instituição do MP, que é maior do que qualquer abuso dos seus membros, seja por respeito à sociedade do Piauí, e por crer que a verdade tem uma força inexorável e florescerá.

Que se recolham as armas da maledicência e do voluntarismo. As insinuações sobre orgias, tráfico de mulheres, bacanais denigrem a honra de uma família enlutada que já passa por uma dor que não tem fim. Vamos dar a investigação o respeito que ela merece. Todos podem ser objeto de uma investigação em um Estado Democrático de Direito. Ninguém está acima da lei. E, felizmente, o Jivago foi investigado à exaustão e nada, absolutamente nada pode ou poderá ser apontado contra ele, por não existir absolutamente nada. Mas contra a leviandade sem rosto que vem de uma massa amorfa, não há remédio, nem há direito.

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Em 21 de abril desse ano, escrevemos na Folha de São Paulo sobre a importância que tiveram estas redes sociais na luta contra as ditaduras no mundo árabe, pois lá não havia liberdade de imprensa, nem partidos organizados, nem uma sociedade forte. Indagávamos, contudo, que tipo de impacto teria esse tipo de mobilização em uma sociedade que tenha os seus princípios democráticos consolidados. E é o que vemos aqui na prática.

Não temos medo da investigação e consideramos que devemos prestar contas de todos os atos a sociedade. Não obstante, clamamos por uma reflexão: vamos preservar o principio da presunção de inocência, do devido processo legal: não só na investigação, mas em todo espaço público de discussão. Vamos, ainda, resgatar a racionalidade e a ponderação no trato do Caso Fernanda Lages para não aumentar a incomensurável dor da família da moça e o sofrimento de outras famílias que se viram envolvidas nesse singular drama humano. E vamos lembrar que o mundo vive, como gostamos de dizer, nestes momentos como se estivesse num jogo de mascara. Quando vêem um poderoso, um rico ou um político sendo preso ou processado, regozijam-se, são tomadas por um frenesi íntimo indizível e inconfessável. Pouco importa se foram desrespeitados os direitos fundamentais. Veste-se a máscara da hipocrisia, da desfaçatez.

Porém, a vida dá, nega e tira. E pode ser que um dia, nas curvas que ela faz, a desgraça de uma injustiça bata à porta daquele que desprezou os mais elementares princípios de direito, e o próprio, ou alguém da sua família, se veja às voltas com uma arbitrariedade.

Aí o cidadão veste a máscara do devido processo legal, do direito à ampla defesa, do contraditório.

Pagina do EHOMEPERFILCATEGORIAS »LINKS Tomaz Bastos e Kakai, advogados de poderosas quadrilhasPor Enock Cavalcanti em Direito e Torto - 20/05/2012 1:44

Antonio Carlos Kakai, ADVOGADO

CRIMINOSO, PORÉM LEGALPOR GILVAN ROCHA

http://www.gilvanrocha.blogspot.com.br/

Existe certo número de criminalistas cujos serviços custam fortunas, dentre eles destacam-se Tomaz Bastos e Antonio Carlos – Kakai. Esses senhores transitam nos tribunais superiores e, no caso de Tomaz Bastos, ex-ministro do governo Lula e advogado do mensalão, transita facilmente além dos tribunais, no Palácio do Planalto. O prestígio deles é tanto que dificilmente um ministro do judiciário se negará a um convite de Tomaz Bastos para um jantar regado a finos vinhos. E esse fato funciona como um handcap, em favor dos seus pleitos. Dessa forma os bandidos endinheirados que são os mais perniciosos, os que mais prejudicam os interesses da sociedade, tendem a ficar a salvo, quando a sua causa é patrocinada por esses senhores da “elite de criminalista”.

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A imprensa noticiou que Tomaz Bastos, foi contratado pela quadrilha de Carlinhos Cachoeira pela soma de 15 milhões de reais. Temos certo número de bandidos, profundamente anti-sociais, que gozam de liberdade em função do papel criminoso que desempenham esses senhores “criminalistas”. Paulo Maluf, Orestes Quércia, Daniel Dantas. São esses malfeitores, amparados, de um lado, por uma legislação generosa com os ricos, e por outro, pelo trabalho “brilhante” desses causídicos, comprados a peso de ouro.Assim funciona o sistema capitalista, penalizando os pobres e afagando os ricos. Agora está em pauta o julgamento do MENSALÃO. Tomaz Bastos tem trabalhado incansavelmente para inocentar essa quadrilha que funcionou sob o comando do sinistro José Dirceu.Muitos expedientes estão sendo levados a cabo para minimizar a pressão popular que exige do Supremo Tribunal Federal, um julgamento que venha a punir esse grupo de larápios que arquitetaram e executaram grandes furtos em nome da necessidade de assegurar a governabilidade, ao mesmo tempo que permitia a alguns o enriquecimento pessoal, como foi o caso de Antonio Palocci, que fez uma grande fortuna traficando influências, e a denuncia que foi feita contra ele, foi vergonhosamente arquivada.

BLOG DO GILVAN ROCHA

CORRUPÇÃO05/MAR/2015 ÀS 15:334COMENTÁRIOSAécio contrata o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o KakayAécio Neves contrata Kakay para acompanhar os desdobramentos da segunda fase da Operação Lava Jato. O advogado é considerado um dos maiores criminalistas do país e foi responsável pela absolvição do publicitário Duda Mendonça no julgamento do mensalão

aécio neves kakay lava jatoAssim que soube que foi citado, Aécio Neves contratou Kakay para acompanhar desenrolar da Operação Lava Jato (Pragmatismo Político)O senador Aécio Neves (PSDB-MG) contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, mais conhecido como Kakay, para acompanhar o desenrolar das investigações da nova fase da operação Lava Jato. Aécio teve o seu nome citado pelo doleiro Alberto Youssef em seu depoimento de delação premiada e chamou Kakay, tido como um dos maiores criminalistas do país, para descobrir quais haviam sido as citações feitas pelo doleiro.SAIBA MAIS: Aécio Neves recebia recursos desviados de Furnas, denunciou doleiro YoussefKakay disse, nesta quinta-feira, que o Ministério Público “insistiu” em perguntas sobre Aécio Neves (PSDB-MG) com Alberto Youssef.“Soube como tinha sido o depoimento e que, na verdade, tinham insistido, o MP, em perguntas sobre Aécio em momentos distintos: o primeiro pouco antes das eleições e o segundo agora em fevereiro”, afirmou Kakay.As denúncias diziam respeito a um esquema de propinas existente na estatal elétrica de Furnas e que seriam repassadas ao PP. Apesar de não citar nomes, Youssef teria dito que o dinheiro era repassado a Aécio por intermédio “da sua irmã”. O tucano possui duas irmãs, Angela e Andréa, sendo que esta última trabalhou no governo de Minas Gerais e também na campanha presidencial de Aécio em 2014.Arquivamento

Nesta terça-feira (3), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos contra 54 pessoas incluindo parlamentares e autoridades, investigados pela Operação lava Jato da Polícia Federal que apura denúncias de corrupção na Petrobras. Janot também pediu o arquivamento de sete inquéritos, dentre eles o de Aécio NevesAcompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

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Os 15 advogados mais poderosos do BrasilOs mais renomados e reconhecidos advogados do País, em seis áreas do direitoComp. (41288) Pinar (0) Comp. (449) Comp. Tuítar Assine já!Se todos têm direito à defesa, logo todos têm direito a um advogado. A depender do tamanho da conta bancária do cliente, é possível ter os melhores à disposição. GQ consultou os mais tradicionais escritórios brasileiros* para saber quem são os advogados mais renomados, reconhecidos e poderosos do país, em seis áreas do direito.SAIBA MAISOs 10 CEOs mais inspiradores do Brasil7 pessoas que fizeram fama e bilhões sem ter um diploma(*Os escritórios consultados foram Trench, Rossi e Watanabe; Demarest; Pinheiro Neto;Machado, Meyer, Sendacz e Opice; Levy & Salomão; Leite, Tosto e Barros; Duarte Garcia, Caselli Guimarães e Terra; Martinelli; e Silveira, Athias, Soriano de Mello, Guimarães, Pinheiro e Scaff.)

Márcio Thomaz BastosDireito PenalMárcio Thomaz Bastos (Foto: GQ)No início dos anos 2000 Thomaz Bastos já ostentava a fama de ser um dos mais renomados criminalistas do Brasil. Já defendeu o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, e o médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por ter abusado sexualmente de clientes de sua clínica de fertilização. Também acusou os assassinos do seringueiro Chico Mendes, Darly e Darcy Alves Ferreira, e o algoz de Sandra Gomide, o jornalista Antônio Pimenta Neves – atuou como assistente da promotoria em ambos. Em 2003, sua extensa biografia foi ampliada ao assumir o Ministério da Justiça. Desde então, boa parte da cúpula petista, a começar pelo ex-presidente Lula, não dá um passo sem consultá-lo. A proximidade com a política rendeu-lhe a condição de um dos advogados mais bem pagos do país. Prova disso é a aquisição da sede própria do escritório que mantém com dois sócios, um andar inteiro de um prédio de alto padrão na Avenida Faria Lima, em São Paulo, por R$ 2,8 milhões. Especula-se que só a defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira tenha custado R$ 15 milhões em honorários. De homicidas a bicheiros, Bastos, hoje com 79 anos, costuma dizer que só recusa casos de acusados de crimes violentos contra crianças.

Pierpaolo Cruz BottiniDireito PenalPierpaolo Cruz Bottini (Foto: GQ)Desde o fim de 2012, o jovem advogado Bottini pode exibir em seu currículo o feito de ter conseguido a absolvição de seu cliente, o ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), no ruidoso processo do mensalão. Com um detalhe: foi o único dos poucos réus que escaparam da condenação com o voto favorável do implacável relator da ação e presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Para Pierpaolo, o mensalão pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira de criminalista. “Teve gente que assistiu à minha sustentação pela TV Justiça e me ligou para me contratar”, conta. O trabalho foi árduo. Na véspera do início do julgamento, o advogado costumava colocar o filho, de apenas 6 meses, sentado no sofá para treinar o que diria aos 11 ministros no plenário do tribunal – a ponto de muitos acreditarem que a primeira palavra do menino seria “mensalão”. Apesar do êxito de sua atuação, a carreira do criminalista de 37 anos é recente. Começou logo após sua saída do Ministério da Justiça, junto com seu mentor, Márcio Thomaz Bastos. Pelas mãos do então ministro da Justiça foi levado a integrar a equipe do primeiro mandato do governo Lula. De tão jovem, o time montado pelo ex-ministro foi apelidado de “berçário de Thomaz Bastos” na Esplanada dos Ministérios.

Francisco MüssnichOperações financeirasFrancisco Müssnich (Foto: GQ)

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Os últimos meses na vida de Müssnich foram de muito trabalho. Seu escritório foi escolhido pelo Comitê Organizador Local da Copa, o que o colocou à frente de todas as questões jurídicas do segundo maior evento esportivo do mundo. Qualquer contrato do COL – até a compra de material de escritório – passou pelo escritório. Antes da Copa, ele já havia atuado para a CBF e seu ex-presidente, Ricardo Teixeira. Aos 59 anos, é conhecido por ser um solucionador de problemas e por ter participado de alguns dos mais ruidosos negócios ocorridos no Brasil. Um deles foi com André Esteves, o banqueiro que em 2006 vendeu o Banco Pactual para o suíço UBS por US$ 3,1 bilhões e três anos depois o recomprou por US$ 2,5 bilhões. "Não adianta ser competente, tem que ter estrela, como o Esteves”, diz. Ele também atuou na venda da Brasil Telecom, em 2008. Durante cinco dias, chegou a tomar banho no escritório do cliente e foi paracasa só duas vezes. “Me considero um workaholic, mas tento fazer disso uma coisa prazerosa."

Arnoldo WaldDireito CívelArnoldo Wald (Foto: GQ)Todo mundo conhece alguém que tenta recuperar parte dos rendimentos da poupança perdida durante os planos econômicos das décadas de 80 e 90 na Justiça. Afinal, são 400 mil processos em todo o país e uma conta de R$ 150 bilhões a ser paga pelos bancos, caso os poupadores saiam vitoriosos. O que poucos sabem é que, na outra ponta da maior disputa judicial em andamento no país, está Arnoldo Wald. O advogado, de 81 anos, defende a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) na ação que corre no Supremo e que dará a palavra final sobre a validade da correção das cadernetas, feita por um índice abaixo da inflação. A correção da poupança é certamente o maior caso em que Wald atua, mas ações bilionárias não são exatamente uma novidade para ele. Apenas um de seus clientes – a Varig – pleiteia no Supremo uma indenização de R$ 6 bilhões da União pelos prejuízos causados pelo congelamento de preços das passagens aéreas durante os anos 80 e 90.

Jairo SaddiContratos comerciaisJairo Saddi (Foto: GQ)Foi na década de 90, em meio à crise que levou vários bancos à falência, que Saddi recebeu o telefonema de um banqueiro perguntando se estava indo almoçar. Já no restaurante, o cliente disse que não havia jantado no dia anterior e não tinha dinheiro para o almoço. “Todos os seus bens estavam bloqueados pela Justiça.” Saddi pagou a conta do hoje ex-banqueiro, um dos muitos com quem conviveu na carreira. Pelas mãos do advogado já passaram 40 liquidações de bancos, a maior delas envolvendo R$ 2,7 bilhões. Somente no caso do falido Banco Santos, Saddi representa clientes com R$ 1 bilhão a receber. Especialista em direito bancário, autor de nove livros e presidente do conselho da escola Insper Direito, ele já atuou para todos os grandes bancos do país. Daí porque coleciona histórias curiosas como a do almoço pago ao banqueiro falido. Ou quando foi padrinho do casamento do maior credor de um banco com a filha do ex-banqueiro devedor. O relacionamento começou no auge do litígio e ainda resultou em um acordo entre credor e devedor.

Édis MilaréDireito AmbientalÉdis Milaré (Foto: GQ)Até agora a Justiça contabiliza 23 ações civis públicas abertas contra a construção de Belo Monte, a terceira maior usina hidrelétrica do mundo. Em todas elas, o consórcio Norte Energia, responsável pela obra, conta com a experiência de Édis Milaré na defesa do projeto. Aos 70 anos, ele é um dos mais reconhecidos advogados da área de meio ambiente do Brasil – além de Belo Monte, atua para Vale, Suzano e Camargo Corrêa. Mas nem sempre foi assim. Milaré passou boa parte de sua carreira do outro lado do balcão, como promotor do Ministério Público de São Paulo. Lá, foi o responsável pela proposição da primeira ação civil pública destinada a ressarcir, aos cofres públicos, os prejuízos causados por danos ambientais provocados por empresas, ainda em 1983. A ação, aberta contra uma empresa que asfaltava a recém-construída estrada Rio-Santos e, na explosão de uma pedreira, acabou atingindo um duto da Petrobras, espalhando óleo pelos cursos d’água e manguezais da região de Bertioga, não deu em nada. Mas inaugurou uma nova era para o Ministério Público de todo o país, que passou a atuar também na defesa do meio ambiente. Em 1995, Milaré deixou o MP e passou a advogar. "Estou em outra posição, mas sem trair meus princípios", diz

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o advogado, que garante não serem poucos os trabalhos que recusou em sua carreira. "A primeira pergunta que faço é: você está disposto a resolver o problema?"

Marcelo FerroDireito CívelMarcelo Ferro (Foto: GQ)Entre seus clientes estão nada menos do que cinco das maiores construtoras do país: Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez e Odebrecht. No caso da Odebrecht, Ferro advoga para várias empresas do grupo e frequenta a casa da família baiana – embora isso se deva mais a uma relação de parentesco (seu irmão é casado com uma irmã de Emílio Odebrecht). Não é o caso da amizade com Abílio Diniz, ex-dono do Grupo Pão de Açúcar e presidente do Conselho de Administração da Brasil Foods. Foi Ferro quem defendeu Diniz na disputa com Arthur Sendas, então dono do Grupo Sendas, que se associou ao Pão de Açúcar em 2003. Os dois ícones do varejo brasileiro se engalfinharam numa disputa societária em 2007 que culminou na venda do Sendas ao grupo paulista em 2011. Na época, Diniz achou Ferro jovem demais (hoje tem 50 anos). Depois do litígio, nunca mais largou o advogado, acionado em todas as disputas que patrocina. Entre elas, o litígio com a ex-dona do Ponto Frio, Lily Safra. "Em matéria de briga, sou advogado do Abílio." Antonio Carlos de Almeida CastroDireito PenalAntonio Carlos de Almeida (Foto: GQ)Ele tem fama de petista pela proximidade com o ex-todo-poderoso José Dirceu. Mas, aos 56 anos, sua contabilidade acusa a defesa de 17 ministros do governo FHC e de apenas 8 de Lula. Conhecido como Kakay, é o criminalista mais requisitado de Brasília, onde o que não falta é serviço. José Sarney e a filha Roseana, Demóstenes Torres, Marconi Perillo e Antônio Carlos Magalhães são apenas alguns dos que deixaram sua defesa nas mãos dele. Ao custo, claro, de honorários milionários que garantem o caríssimo estilo de vida do advogado, dono de uma mansão à beira do Lago Paranoá, em Brasília, cuja porta de entrada é guardada por um rinoceronte esculpido em bronze e que abriga uma adega de dois andares e 4 mil rótulos. De Paris, onde passa parte de suas férias, Kakay conta que sempre quis “viver do crime”, mas aceita advogar em outras áreas do direito se o caso é interessante. Talvez essa abertura tenha motivado um empresário paulista a procurá-lo para fazer sua defesa no processo de divórcio que travava com a ex-mulher, magoada pela descoberta de uma amante. A ex contratou Priscila Fonseca, renomada advogada de família conhecida por limpar o cofre de ex-maridos. E o empresário implorou para que Kakay o defendesse. Diante da recusa, ofereceu 20% dos R$ 3 bilhões que mantinha no exterior em caso de vitória. Mais uma resposta negativa e o empresário, desesperado com o risco de perder metade de sua fortuna, apelou: “Se você não me defender vou matá-la”. “Bem, aí é minha área”, respondeu, em tom de brincadeira. Ele não pegou o caso, mas nenhum crime aconteceu. Sérgio BermudesDireito CívelSérgio Bermudes (Foto: GQ)Qual é o pior cliente que um advogado pode ter? Hoje, certamente, um deles é Eike Batista, que sonhava ser a pessoa mais rica do mundo em 2015 e, no ano passado, perdeu US$ 28,8 bilhões, tornando-se um devedor. Pois Bermudes, de 68 anos, é quem tem a árdua tarefa de auxiliar o empresário a equacionar suas dívidas e sair do buraco. O advogado é o responsável pelo pedido de recuperação judicial da OGX, empresa de petróleo de Eike Batista que em 2008 fez uma das maiores ofertas de ações da história da bolsa de valores brasileira, captando R$ 6,7 milhões, e que, em outubro do ano passado, informou ao mercado que não pagaria suas dívidas. Com isso, no entanto, o advogado não se preocupa. Ele conta que já foi pago com rapadura pela mãe de um rapaz que não tinha dinheiro para bancar a defesa e com sonhos recheados de camarão, feitos por uma cliente desalojada de sua casa. Mas diz que, de cliente abastado, nunca levou calote. “Os ricos sempre me pagaram, graças a Deus!”

José Roberto OpiceDireito FinanceiroJosé Roberto Opice (Foto: GQ)

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Se hoje a Ambev é a empresa brasileira com maior valor de mercado, superando os US$ 110 bilhões, parte desse sucesso deve-se a Opice, sócio do Machado Meyer, Sendacz e Opice Advogados, um dos maiores escritórios do país. Foi ele quem orquestrou, em 2004, a fusão da companhia com a belga Interbrew, que culminou na criação da maior fabricante de bebidas do mundo. Nada na operação foi fácil, conta o advogado responsável pela primeira união de uma gigante brasileira com uma estrangeira. O grau de dificuldade de uma operação desse porte é enorme, mas não chega a ser novidade para Opice. Ele foi um dos principais advogados do consórcio de empresas contratado pelo governo em 1997 para moldar a venda da Vale. Isso em um momento em que privatização era palavrão e gerava enorme polêmica. “Foi muito dramático”, diz. A dedicação fora do comum e o intenso ritmo de trabalho era costume. No mesmo ano, participou da venda do Bamerindus ao HSBC. “Criamos um banco em 24 horas”, conta. A última grande operação em que atuou – a venda do Grupo Ipiranga por R$ 4 bilhões – rendeu-lhe um problema na coluna. Aos 68 anos, Opice tem hoje uma rotina mais leve e já prepara sua aposentadoria, que deve ocorrer em dois anos. “O advogado de negócios tem um limite de idade.”

Paulo ValoisDireito da InfraestruturaPaulo Valois (Foto: GQ)Quando se preparava para escolher a profissão que seguiria, Valois ficou entre o direito e a diplomacia. Optou pela primeira carreira, mas não se esquivou da segunda. Aos 48 anos, passa metade de seu tempo viajando e apresentando o Brasil a investidores estrangeiros. Não como embaixador, mas um dos advogados do país que mais entende de petróleo e gás, setor que deve atrair R$ 458 bilhões em investimentos até 2018. A especialização de Valois ocorreu por acaso – seu primeiro estágio foi na Interbras, trading de petróleo da Petrobras. Depois passou pela Shell e estudou na França e nos Estados Unidos. Em 1997, quando a Lei do Petróleo expandiu a atuação de empresas privadas, abriu o primeiro escritório dedicado à área de recursos naturais do mercado brasileiro. Hoje é sócio do L.O. Baptista, Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira, Agel Advogados e tem, em seu currículo, a vitória pelo livre acesso ao gasoduto Bolívia-Brasil travada entre suas clientes BG e Enron e Petrobras. Nelson EizirikDireito dos Contratos comerciaisNelson Eizirik (Foto: GQ)Menos de uma semana antes do anúncio da fusão entre o Itaú e o Unibanco, em 3 de novembro de 2008, um pequeno grupo de advogados foi chamado para redigir e revisar os contratos que criariam o maior banco do Hemisfério Sul. Entre eles estava Nelson Eizirik, hoje com 64 anos, um dos maiores especialistas brasileiros em sociedades anônimas, posição que disputa com seu sócio, Modesto Carvalhosa, ambos titulares da banca Carvalhosa e Eizirik Advogados. Ele conta que a fusão foi feita em apenas um fim de semana. Nesse período, ficou à disposição das famílias Moreira Salles e Setubal para finalizar o negócio, engendrado em completo sigilo ao longo de meses, sempre em reuniões na mansão de um dos executivos do Itaú, que ganhou o codinome de “hotel” para evitar o vazamento da operação. Autor de 20 livros e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários, Eizirik, acostumado a lidar com as mais complexas questões societárias, diz que a união dos dois concorrentes foi tranquila. “Foi tão pacífico que não tinha quase nada para fazer.”

José Luís de Oliveira LimaDireito PenalJosé Luís de Oliveira Lima (Foto: GQ)Aos 47 anos, Oliveira Lima tornou-se um dos criminalistas mais requisitados do país durante o mensalão. É de Juca, como é chamado, a defesa do réu mais importante do processo: José Dirceu. O ex-chefe da Casa Civil de Lula chegou a ele por indicação de seu tio, o criminalista José Carlos Dias, ex-ministro da Justiça de FHC. Em 2006, quando o Ministério Público ofereceu denúncia à Justiça acusando um esquema de compra de votos no Congresso, Dirceu procurou Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para se aconselhar. Diante do viés político do caso, Kakay recomendou contratar um advogado próximo aos tucanos – e indicou José Carlos Dias. Já comprometido com a defesa do Banco Rural no processo, o tio indicou Juca. Foi um salto em sua carreira, mas também sua maior derrota. “É inegável que foi uma derrota, e sofro com ela”,

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admite. Hoje amigo de Dirceu, Juca o visita na prisão pelo menos uma vez por semana e diz que o momento mais difícil foi ter que entregá-lo na cadeia. “Nunca tinha passado por isso.”

Carlos Ari SundfeldDireito da InfraestruturaCarlos Ari Sundfeld (Foto: GQ)Qualquer brasileiro com mais de 35 anos se lembra da patética situação de ter que entrar numa fila para comprar uma linha telefônica e aguardar anos até ser contemplado. Se hoje bastam apenas alguns dias para viabilizar isso, boa parte do mérito é de Sundfeld. O advogado é o autor da Lei Geral de Telecomunicações, em vigor desde 1997, que permitiu a privatização da Telebras, a abertura do mercado e a criação da primeira agência reguladora do país, a Anatel. A missão de reformular a lei foi dada pelo já falecido Sérgio Motta, o ministro das Comunicações de FHC, com um pedido especial para que dispensasse a Anatel de fazer licitações, o que contrariaria a Constituição. A resposta do jurista foi a criação do pregão, mecanismo inédito que, de tão eficiente, foi estendido a todo o governo pouco tempo depois. Aos 53 anos e do alto de sua sabedoria sobre o setor de telecomunicações, Sundfeld parece não usufruir de sua criação: “Não tenho celular e nem sei de cor o telefone de casa”.

Arnaldo Malheiros FilhoDireito PenalArnaldo Malheiros Filho (Foto: GQ)Se existisse um top of mind para classificar os criminalistas mais lembrados, Malheiros Filho estaria, sem dúvida, no topo da lista. Considerado um dos melhores do país, o advogado já defendeu Paulo Maluf, Orestes Quércia e Fernando Henrique Cardoso, além do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, para quem advoga no processo do mensalão. Como advogar para personagens tão diversos e controversos? “Tendo uma atitude profissional e nenhum envolvimento com a política”, diz ele. Apesar da quantidade de políticos no portfólio de clientes, é no meio empresarial e financeiro que o advogado se sobressai. Defendeu a já falecida Eliana Tranchesi, a ex-dona da butique de luxo Daslu, presa em 2005 por sonegação fiscal na ruidosa Operação Narciso, realizada pela Polícia Federal, e o banqueiro Edemar Cid Ferreira, o ex-dono do falido Banco Santos. Hoje Malheiros tem seu ganha-pão defendendo clientes abastados, mas nem sempre foi assim. Ele conta que certa vez recebeu indicação por um juiz para defender um réu que, abordado por quatro policiais, atirou em todos e acabou preso com 30 quilos de maconha. Ao visitá-lo no Carandiru, o cliente disse que na verdade tinha 60 quilos da droga, e que a outra metade, escondida, seria do advogado se ele o tirasse da prisão. Malheiros acabou saindo do caso.