1.º congresso nacional de arquitectura 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma...

15
ARQUITECTURA 19482018 1.º CONGRESSO NACIONAL DE 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 19482018 REVELAR O PATRIMÓNIO COLEÇÃO FORTE DE SACAVÉM

Upload: others

Post on 03-Jul-2020

5 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

ARQUITECTURA1948–2018

1.º CONGRESSO NACIONAL DE

1.º CONGRESSO NACIONAL DE

ARQUITECTURA1948–2018

R E V E L A R O PAT R I M Ó N I O

C O L E Ç Ã O F O R T E D E S A C AV É M

Page 2: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

38

REFLEXÕES SOBRE O 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA SERGIO FERNANDEZ

50

O «CONGRESSO DE 48»: DE A CANÇÃO DE LISBOA À ARQUITETURA PORTUGUESAJORGE FIGUEIRA

OBRAS EM ARQUIVO

64

BAIRRO CAMÕES ANOUK FARIA DA COSTA

66

ESTAÇÃO FLUVIAL SUL E SUESTECATARINA OLIVEIRA

68

STANDARD ELÉTRICADEOLINDA FOLGADO

8

O FORTE DE SACAVÉM HOJEPAULA ARAÚJO DA SILVA

10

REVELAR O PATRIMÓNIO 1 DEOLINDA FOLGADO

1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA

14

O CONGRESSO DE 1948. TUDO O QUE É SÓLIDO, UM SÉCULO DEPOISJOSÉ ANTÓNIO BANDEIRINHA

28

O CONGRESSO E «OS VERDES ANOS» CINQUENTA ANA TOSTÕES

72

FÁBRICA PORTUGUESA DE ARTIGOS ELÉTRICOS (FAPAE) DEOLINDA FOLGADO

74

GARE MARÍTIMA DE ALCÂNTARAPAULA TERENO

76

SEMINÁRIO DOS OLIVAIS PAULA NOÉ

78

COMPANHIA INDUSTRIAL PORTUGAL E COLÓNIAS (CIPC)/ A NACIONALDEOLINDA FOLGADO

80

TERREIRO DO PAÇO DE VILA VIÇOSAANOUK FARIA DA COSTA

82

LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) CATARINA OLIVEIRA

84

INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL PAULA FIGUEIREDO

88

PAVILHÃO DO RÁDIO, INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA (IPO) PAULA FIGUEIREDO

90

IMÓVEL DE RENDIMENTO NO BAIRRO DAS COLÓNIAS PAULA TERENO

92

CASINO DA PRAIA DA ROCHA MARIA RAMALHO

94

EDIFÍCIO PARA A FOSFOREIRA PORTUGUESACATARINA OLIVEIRA

Page 3: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

38

REFLEXÕES SOBRE O 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA SERGIO FERNANDEZ

50

O «CONGRESSO DE 48»: DE A CANÇÃO DE LISBOA À ARQUITETURA PORTUGUESAJORGE FIGUEIRA

OBRAS EM ARQUIVO

64

BAIRRO CAMÕES ANOUK FARIA DA COSTA

66

ESTAÇÃO FLUVIAL SUL E SUESTECATARINA OLIVEIRA

68

STANDARD ELÉTRICADEOLINDA FOLGADO

8

O FORTE DE SACAVÉM HOJEPAULA ARAÚJO DA SILVA

10

REVELAR O PATRIMÓNIO 1 DEOLINDA FOLGADO

1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA

14

O CONGRESSO DE 1948. TUDO O QUE É SÓLIDO, UM SÉCULO DEPOISJOSÉ ANTÓNIO BANDEIRINHA

28

O CONGRESSO E «OS VERDES ANOS» CINQUENTA ANA TOSTÕES

72

FÁBRICA PORTUGUESA DE ARTIGOS ELÉTRICOS (FAPAE) DEOLINDA FOLGADO

74

GARE MARÍTIMA DE ALCÂNTARAPAULA TERENO

76

SEMINÁRIO DOS OLIVAIS PAULA NOÉ

78

COMPANHIA INDUSTRIAL PORTUGAL E COLÓNIAS (CIPC)/ A NACIONALDEOLINDA FOLGADO

80

TERREIRO DO PAÇO DE VILA VIÇOSAANOUK FARIA DA COSTA

82

LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC) CATARINA OLIVEIRA

84

INSTITUTO DE MEDICINA TROPICAL PAULA FIGUEIREDO

88

PAVILHÃO DO RÁDIO, INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA (IPO) PAULA FIGUEIREDO

90

IMÓVEL DE RENDIMENTO NO BAIRRO DAS COLÓNIAS PAULA TERENO

92

CASINO DA PRAIA DA ROCHA MARIA RAMALHO

94

EDIFÍCIO PARA A FOSFOREIRA PORTUGUESACATARINA OLIVEIRA

Page 4: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

96

TRIBUNAL JUDICIAL DE ÉVORA PAULA NOÉ

100

PROJETO-TIPO PARA A CONSTRUÇÃO DAS CASAS DO POVO PAULA NOÉ

102

ESTAÇÃO DE LATICÍNIOS DE PAÇOS DE FERREIRA PAULA FIGUEIREDO

104

ESTAÇÃO AGRONÓMICA NACIONAL PAULA TERENO

106

POUSADA DE SAGRES PAULA NOÉ

108

MUSEU NACIONAL DE ARTE POPULARPAULA TERENO

112

O ESTÁDIO DE LISBOA E A TRIBUNA DE HONRA MÁRIO FORTES

116

BAIRRO NOVO DOS PESCADORES ANOUK FARIA DA COSTA

118

EDIFÍCIOS DA PRAÇA DO JUNQUEIRO ANOUK FARIA DA COSTA

120

PISCINAS DA PRAIA DAS MAÇÃS PAULA FIGUEIREDO

122

RESTAURANTE- -ESPLANADA NA PRAIA DAS MAÇÃS PAULA FIGUEIREDO

126

BAIRRO DA CAIXA DE PREVIDÊNCIA DO PESSOAL DA SODA PÓVOA DEOLINDA FOLGADO

128

BAIRRO DO PESSOAL DA COMPANHIA CIMENTO TEJO DEOLINDA FOLGADO

130

CINEMA ALVALADEPAULA TERENO

132

IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSNA COVILHÃ PAULA NOÉ

134

LAR DOS OPERÁRIOS DE MÁQUINAS DA JAE ANOUK FARIA DA COSTA

136

IGREJA PAROQUIAL DE ALMADA CATARINA OLIVEIRA

138

CENTRO PAROQUIAL DE ALMADA CATARINA OLIVEIRA

140

CENTRO PAROQUIAL DE SÃO SEBASTIÃO PAULA TERENO

142

IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSEM LISBOA PAULA TERENO

14 4

MOSTEIRO DE SANTA MARIA DO MAR PAULA FIGUEIREDO

146

IGREJA PAROQUIAL DE ÁGUASPAULA NOÉ

149

BIOGRAFIAS &BIBLIOGRAFIAS

Page 5: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

96

TRIBUNAL JUDICIAL DE ÉVORA PAULA NOÉ

100

PROJETO-TIPO PARA A CONSTRUÇÃO DAS CASAS DO POVO PAULA NOÉ

102

ESTAÇÃO DE LATICÍNIOS DE PAÇOS DE FERREIRA PAULA FIGUEIREDO

104

ESTAÇÃO AGRONÓMICA NACIONAL PAULA TERENO

106

POUSADA DE SAGRES PAULA NOÉ

108

MUSEU NACIONAL DE ARTE POPULARPAULA TERENO

112

O ESTÁDIO DE LISBOA E A TRIBUNA DE HONRA MÁRIO FORTES

116

BAIRRO NOVO DOS PESCADORES ANOUK FARIA DA COSTA

118

EDIFÍCIOS DA PRAÇA DO JUNQUEIRO ANOUK FARIA DA COSTA

120

PISCINAS DA PRAIA DAS MAÇÃS PAULA FIGUEIREDO

122

RESTAURANTE- -ESPLANADA NA PRAIA DAS MAÇÃS PAULA FIGUEIREDO

126

BAIRRO DA CAIXA DE PREVIDÊNCIA DO PESSOAL DA SODA PÓVOA DEOLINDA FOLGADO

128

BAIRRO DO PESSOAL DA COMPANHIA CIMENTO TEJO DEOLINDA FOLGADO

130

CINEMA ALVALADEPAULA TERENO

132

IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSNA COVILHÃ PAULA NOÉ

134

LAR DOS OPERÁRIOS DE MÁQUINAS DA JAE ANOUK FARIA DA COSTA

136

IGREJA PAROQUIAL DE ALMADA CATARINA OLIVEIRA

138

CENTRO PAROQUIAL DE ALMADA CATARINA OLIVEIRA

140

CENTRO PAROQUIAL DE SÃO SEBASTIÃO PAULA TERENO

142

IGREJA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUSEM LISBOA PAULA TERENO

14 4

MOSTEIRO DE SANTA MARIA DO MAR PAULA FIGUEIREDO

146

IGREJA PAROQUIAL DE ÁGUASPAULA NOÉ

149

BIOGRAFIAS &BIBLIOGRAFIAS

Page 6: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

REVELAR O PATRIMÓNIO 1DEOLINDA FOLGADO COORDENADORA DO PROJETO REVEL AR O PATRIMÓNIO

Em meados de 2015, através do Decreto-Lei n.º 102, de 5 de junho, o Forte de Sacavém passava para a esfera da Cultura, ao ser incorporado na Dire-ção-Geral do Património Cultural (dgpc). Em março de 2018, os serviços do Forte de Sacavém e o próprio edifício, por via do Despacho n.º 2952/2018 (alteração do Despacho n.º 11142/2012, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 158, de 16 de agosto), determinavam que competia à Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial (dpimi) da dgpc a direção desta nova estrutura orgânica flexível. Esta incorporação, ainda que integrasse na Divisão algumas áreas funcionais já aí desenvolvidas, como a do inventário, por exemplo, trouxe, um sem-número de frentes de trabalho, desde a ges-tão do edifício à dos arquivos e respetivos sistemas que aí se encontravam.

A intuição aproximara-se um pouco do que Hesíodo descrevera no seu poema de O Trabalho e os Dias. Se neste caso o poema é dirigido ao irmão do autor, Perses, dado ter ocorrido uma desavença relacionada com a repartição desigual da herança paterna, na qual este levara vantagem indevida, no caso da «herança do Forte de Sacavém» a vantagem imereci-da caberá integralmente à dpimi, sendo que seguramente com o Forte de Sacavém não houvera um irmão despeitado, pois o estado da herança era periclitante e complexo.

Como atribuir uma nova aura ao sítio? Como lhe atribuir uma digni-dade perdida como consequência dos vorazes tempos da contemporaneida-de, cujas avulsas mudanças estruturais deixam, por vezes, num semiletargis-mo ou semiabandono, serviços ímpares para o país? Como recuperar gestos de trabalho e saberes de técnicos que já não existiam? Ou como recuperar os ânimos descrentes?

Estas questões, entre outras, são por vezes atribuíveis ao património cultural nas suas diferentes espessuras, nos seus diferentes estados físi-cos. Questões sempre associadas ao universo da gestão nas suas múltiplas frentes, desde a manutenção, à intervenção, à recuperação, ou ao próprio investimento contínuo, nomeadamente ao nível dos vários sistemas tecno-lógicos, recursos essenciais para a vitalidade normal dos serviços com esta dimensão e escala.

Por oposição a um quadro ideal, o real fizera com que desenhasse um modesto e esperançoso projeto. Um projeto que recuperasse o tempo perdi-do. Uma espécie de Atlanta do inconformismo. Uma Atlanta que reavivasse a esperança dos que aí permaneceram, muitas vezes de um coletivo trabalho anónimo, mas cujos rostos e olhares existem, e experientes mantiveram essa possibilidade de trabalho.

O Revelar o Património nasce, assim, naturalmente. Para uma estrutura que se adivinhara muitas vezes agonizante, havia

que mostrar o que parecera ter sido esquecido. Todos, decerto, conhecem já, mas não custa voltar a libertar uma espécie de Grito de Munch!

Esta pequena aventura tornou-se possível porque as diversas e os diversos colegas assim o quiseram também, a par da direção da dgpc, evi-dentemente. Trata-se de um trabalho dos que laboram todos os dias na

Divisão, uma espécie de ensaio multidisciplinar, dos arquivos ao inven-tário, da arquitetura à arqueologia, à história da arte, à arquitetura ou ao urbanismo, e à própria edição. Afinal, tudo existe no Forte de Sacavém, no Património Cultural.

Outros parceiros fundacionais e fundamentais foram sem dúvida a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, na pessoa de Duarte Azinheira e de Paula Mendes, que sem hesitações aderiram a um projeto que terá neste primeiro número a sua materialização em formato de edição.

E como é de um projeto de comunicação que se trata, os designers assumem-se como mestres criativos fundamentais para a afirmação do Revelar o Património, neste caso, o ateliê Silvadesigners.

E de que trata o Revelar o Património?Procura ser um projeto com um adn próprio, com uma motivação

intrínseca de fidelizar um público o mais diverso possível através de várias ações, nomeadamente da realização de encontros ou debates anuais subor-dinados a um tema, de uma publicação, também anual, que, embora sujeita à mesma temática, não irá plasmar esses encontros, e, sempre que se mostrar possível e viável, a realização de uma «curta exposição». Na publicação ou-sou-se ainda, destacar este edifício da arquitetura militar, designando-se de «Coleção Forte de Sacavém», garantindo, assim, essa identidade relacional entre o espaço e o maior arquivo nacional de património cultural e arquitetura.

Para o desenvolvimento deste projeto conta-se ainda com os mais variados especialistas e estudiosos dos diversos temas que em cada ano forem abordados.

Françoise Choay alude nos seus estudos ao conceito nómada de pa-trimónio cultural. Michel Lacroix refere-se, no seu Livro O Princípio de Noé, a uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva, claro está, de que tudo o Homem pretende salvar. O Forte de Sacavém trata-se, efetivamente, de um grande repositório da memória, de uma Arca de Noé da contemporaneidade, que o Homem procura salvar para conhecer e, numa espécie de dialética, conhecer para salvar.

O primeiro tema de trabalho deste Revelar o Património, que decorreu em 2018, relacionou-se com a herança dos arquitetos modernos, dos arqui-vos para o projeto e deste, muitas vezes, para a obra. No Forte de Sacavém encontram-se, neste momento, em depósito cerca de trinta e seis espólios e arquivos pessoais de arquitetos, designers ou artistas plásticos, cuja produção ocorreu entre os anos de 1922 e 2007.

Assim, uma vez que o arquivo do Forte de Sacavém integra vários espólios dos arquitetos que participaram, nomeadamente com intervenções várias, no 1.º Congresso Nacional de Arquitectura, o qual constituiu um marco fundamental na história da arquitetura portuguesa do século xx, o primeiro tema do Revelar o Património prendeu-se, precisamente, com a valorização da documentação, para que esta possa, através da seleção de algumas das suas obras, permitir uma melhor compreensão dos homens e atores do congresso. Procurou-se, deste modo, promover e divulgar os arquivos e os espólios documentais existentes no Forte de Sacavém, bem como os projetos e as ações de estudo e de inventário do património desenvolvidos.

Esta publicação estrutura-se, fundamentalmente, em duas seções. Uma contém textos de enquadramento temático, neste caso da autoria dos arquitetos Ana Tostões, Jorge Figueira, José António Bandeirinha e Sergio Fernandez. O outro, mais extenso, é dedicado às obras dos arquitetos que participaram no 1.º Congresso Nacional de Arquitectura e cujos espólios es-tão depositados no Forte de Sacavém, vivendo essencialmente de imagens, como peças desenhadas e fotografias de maquetas, ou seja, dos espólios que estão depositados no Forte de Sacavém.

Nesta primeira viagem seguem connosco os arquitetos Carlos Cham-bers Ramos, Guilherme Faria da Costa, Jorge Segurado, José Cottinelli Telmo, Miguel Jacobetty Rosa, Nuno Teotónio Pereira e Porfírio Pardal Monteiro.

Page 7: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

REVELAR O PATRIMÓNIO 1DEOLINDA FOLGADO COORDENADORA DO PROJETO REVEL AR O PATRIMÓNIO

Em meados de 2015, através do Decreto-Lei n.º 102, de 5 de junho, o Forte de Sacavém passava para a esfera da Cultura, ao ser incorporado na Dire-ção-Geral do Património Cultural (dgpc). Em março de 2018, os serviços do Forte de Sacavém e o próprio edifício, por via do Despacho n.º 2952/2018 (alteração do Despacho n.º 11142/2012, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 158, de 16 de agosto), determinavam que competia à Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial (dpimi) da dgpc a direção desta nova estrutura orgânica flexível. Esta incorporação, ainda que integrasse na Divisão algumas áreas funcionais já aí desenvolvidas, como a do inventário, por exemplo, trouxe, um sem-número de frentes de trabalho, desde a ges-tão do edifício à dos arquivos e respetivos sistemas que aí se encontravam.

A intuição aproximara-se um pouco do que Hesíodo descrevera no seu poema de O Trabalho e os Dias. Se neste caso o poema é dirigido ao irmão do autor, Perses, dado ter ocorrido uma desavença relacionada com a repartição desigual da herança paterna, na qual este levara vantagem indevida, no caso da «herança do Forte de Sacavém» a vantagem imereci-da caberá integralmente à dpimi, sendo que seguramente com o Forte de Sacavém não houvera um irmão despeitado, pois o estado da herança era periclitante e complexo.

Como atribuir uma nova aura ao sítio? Como lhe atribuir uma digni-dade perdida como consequência dos vorazes tempos da contemporaneida-de, cujas avulsas mudanças estruturais deixam, por vezes, num semiletargis-mo ou semiabandono, serviços ímpares para o país? Como recuperar gestos de trabalho e saberes de técnicos que já não existiam? Ou como recuperar os ânimos descrentes?

Estas questões, entre outras, são por vezes atribuíveis ao património cultural nas suas diferentes espessuras, nos seus diferentes estados físi-cos. Questões sempre associadas ao universo da gestão nas suas múltiplas frentes, desde a manutenção, à intervenção, à recuperação, ou ao próprio investimento contínuo, nomeadamente ao nível dos vários sistemas tecno-lógicos, recursos essenciais para a vitalidade normal dos serviços com esta dimensão e escala.

Por oposição a um quadro ideal, o real fizera com que desenhasse um modesto e esperançoso projeto. Um projeto que recuperasse o tempo perdi-do. Uma espécie de Atlanta do inconformismo. Uma Atlanta que reavivasse a esperança dos que aí permaneceram, muitas vezes de um coletivo trabalho anónimo, mas cujos rostos e olhares existem, e experientes mantiveram essa possibilidade de trabalho.

O Revelar o Património nasce, assim, naturalmente. Para uma estrutura que se adivinhara muitas vezes agonizante, havia

que mostrar o que parecera ter sido esquecido. Todos, decerto, conhecem já, mas não custa voltar a libertar uma espécie de Grito de Munch!

Esta pequena aventura tornou-se possível porque as diversas e os diversos colegas assim o quiseram também, a par da direção da dgpc, evi-dentemente. Trata-se de um trabalho dos que laboram todos os dias na

Divisão, uma espécie de ensaio multidisciplinar, dos arquivos ao inven-tário, da arquitetura à arqueologia, à história da arte, à arquitetura ou ao urbanismo, e à própria edição. Afinal, tudo existe no Forte de Sacavém, no Património Cultural.

Outros parceiros fundacionais e fundamentais foram sem dúvida a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, na pessoa de Duarte Azinheira e de Paula Mendes, que sem hesitações aderiram a um projeto que terá neste primeiro número a sua materialização em formato de edição.

E como é de um projeto de comunicação que se trata, os designers assumem-se como mestres criativos fundamentais para a afirmação do Revelar o Património, neste caso, o ateliê Silvadesigners.

E de que trata o Revelar o Património?Procura ser um projeto com um adn próprio, com uma motivação

intrínseca de fidelizar um público o mais diverso possível através de várias ações, nomeadamente da realização de encontros ou debates anuais subor-dinados a um tema, de uma publicação, também anual, que, embora sujeita à mesma temática, não irá plasmar esses encontros, e, sempre que se mostrar possível e viável, a realização de uma «curta exposição». Na publicação ou-sou-se ainda, destacar este edifício da arquitetura militar, designando-se de «Coleção Forte de Sacavém», garantindo, assim, essa identidade relacional entre o espaço e o maior arquivo nacional de património cultural e arquitetura.

Para o desenvolvimento deste projeto conta-se ainda com os mais variados especialistas e estudiosos dos diversos temas que em cada ano forem abordados.

Françoise Choay alude nos seus estudos ao conceito nómada de pa-trimónio cultural. Michel Lacroix refere-se, no seu Livro O Princípio de Noé, a uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva, claro está, de que tudo o Homem pretende salvar. O Forte de Sacavém trata-se, efetivamente, de um grande repositório da memória, de uma Arca de Noé da contemporaneidade, que o Homem procura salvar para conhecer e, numa espécie de dialética, conhecer para salvar.

O primeiro tema de trabalho deste Revelar o Património, que decorreu em 2018, relacionou-se com a herança dos arquitetos modernos, dos arqui-vos para o projeto e deste, muitas vezes, para a obra. No Forte de Sacavém encontram-se, neste momento, em depósito cerca de trinta e seis espólios e arquivos pessoais de arquitetos, designers ou artistas plásticos, cuja produção ocorreu entre os anos de 1922 e 2007.

Assim, uma vez que o arquivo do Forte de Sacavém integra vários espólios dos arquitetos que participaram, nomeadamente com intervenções várias, no 1.º Congresso Nacional de Arquitectura, o qual constituiu um marco fundamental na história da arquitetura portuguesa do século xx, o primeiro tema do Revelar o Património prendeu-se, precisamente, com a valorização da documentação, para que esta possa, através da seleção de algumas das suas obras, permitir uma melhor compreensão dos homens e atores do congresso. Procurou-se, deste modo, promover e divulgar os arquivos e os espólios documentais existentes no Forte de Sacavém, bem como os projetos e as ações de estudo e de inventário do património desenvolvidos.

Esta publicação estrutura-se, fundamentalmente, em duas seções. Uma contém textos de enquadramento temático, neste caso da autoria dos arquitetos Ana Tostões, Jorge Figueira, José António Bandeirinha e Sergio Fernandez. O outro, mais extenso, é dedicado às obras dos arquitetos que participaram no 1.º Congresso Nacional de Arquitectura e cujos espólios es-tão depositados no Forte de Sacavém, vivendo essencialmente de imagens, como peças desenhadas e fotografias de maquetas, ou seja, dos espólios que estão depositados no Forte de Sacavém.

Nesta primeira viagem seguem connosco os arquitetos Carlos Cham-bers Ramos, Guilherme Faria da Costa, Jorge Segurado, José Cottinelli Telmo, Miguel Jacobetty Rosa, Nuno Teotónio Pereira e Porfírio Pardal Monteiro.

Page 8: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

LOCALIZAÇÃOENTRONCAMENTO, EN3 A OESTE

DA ESTAÇÃO DE CAMINHO-DE-FERRO

PROMOTORCOMPANHIA DOS CAMINHOS-

-DE-FERRO PORTUGUESES

CLASSIFICAÇÃOSEM PROTEÇÃO LEGAL

COAUTORIALUÍS CUNHA

DATA INICIAL1924

DATA FINAL1927

PROJETOCONSTRUÍDO

COTTINELLI TELMO

BAIRRO CAMÕES

COTTINELLI TELMO

1

BAIRRO CAMÕES

Bairro formado por trinta e duas habitações e uma escola primária, projetado para os funcionários do Caminho-de-Ferro Português (cp).

Implantado junto à en3 constitui-se, ainda hoje, como um conjunto autónomo com o perímetro delimitado por muretes e acesso único, marcado por portão. Inspirado nos princípios da cidade--jardim, o bairro estrutura-se a partir de um eixo principal cortado perpendicularmente por dois eixos secundários, onde se alinham as fachadas principais das casas térreas e de dois pisos com quintal e entrada alpendrada.

As tipologias habitacionais foram projetadas à semelhança da diversidade e da especificidade das tarefas dos funcionários que integravam os quadros da cp: habitação individual para «pessoal graduado» (casas com cinco divisões / casas com cinco divisões, em que uma delas é um quarto com entrada separada no topo / casas com cinco divisões, em que dois quartos têm uma entrada separada, uma em cada topo), casas com quartos individuais e instalação sanitária comum para seis e oito agentes e casas com dormitórios para quinze e vinte agentes. AFC

6

7

➀ANTEPROJETO

– HABITAÇÃO DO PESSOAL GRADUADO,

5 DIVISÕES + 1 QUARTO – PLANTA, ALÇADOS DE

FRENTE E DE TOPO, 1932. DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE

COTTINELLI TELMO.

➃ADAPTAÇÕES [HABITAÇÃO

PARA PESSOAL GRADUADO, 5 DIVISÕES + 1 QUARTO], PLANTA, ALÇADOS PRINCIPAL, LATERAL ESQUERDO E LATERAL DIREITO,

POSTERIOR, 1932. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE COTTINELLI TELMO.

➄ADAPTAÇÕES [HABITAÇÃO

PARA PESSOAL GRADUADO, 5 DIVISÕES + 1 QUARTO], PLANTA, ALÇADOS PRINCIPAL, LATERAL ESQUERDO E LATERAL DIREITO,

POSTERIOR, 1932. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE COTTINELLI TELMO.

➅ DORMITÓRIO PARA

6 AGENTES – PLANTA, ALÇADOS DE FRENTE E DE LADO, 1932. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO

DE COTTINELLI TELMO.

➆DORMITÓRIO PARA

15 AGENTES – PLANTA, ALÇADOS DE FRENTE E DE LADO, S.D. DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE

COTTINELLI TELMO.

➁ANTEPROJETO

– HABITAÇÃO DO PESSOAL GRADUADO, 5 DIVISÕES – PLANTA,

ALÇADOS FRENTE E DE TOPO, 1932. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE COTTINELLI TELMO.

➂ANTEPROJETO

– HABITAÇÃO DO PESSOAL GRADUADO,

5 DIVISÕES + 2 QUARTOS – PLANTA, ALÇADOS

DE FRENTE E DE TOPO, 1932. DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE

COTTINELLI TELMO.

8

5

4

2 3

➇ADAPTAÇÕES [HABITAÇÃO

PARA PESSOAL GRADUADO, 5 DIVISÕES + 2 QUARTOS], PLANTA,

ALÇADOS PRINCIPAL, LATERAL ESQUERDO E LATERAL DIREITO,

POSTERIOR, 1932. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE COTTINELLI TELMO.

Page 9: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

LOCALIZAÇÃOLISBOA, ALVALADE

AVENIDA DO BRASIL

PROMOTORMINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS

CLASSIFICAÇÃOMONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO,

PORTARIA N.º 740-Z/2012, DR , 2 .ª SÉRIE, N.º 248 (SUPLEMENTO), DE 24-12-2012

DATA INICIAL1949

DATA FINAL—

PROJETOCONSTRUÍDO

PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO

LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL

(LNEC)

➀ALÇADO PRINCIPAL, S.D.

DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO.

➁ALÇADO LATERAL

NASCENTE, S.D. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO.

➂CORTE C-D, S.D. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO.

LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL (LNEC)

O edifício-sede do Laboratório Nacional de Enge-nharia Civil foi projetado pelo arquiteto Porfírio Pardal Monteiro no final dos anos 40 do século xx, numa encomenda estatal que visou criar um espaço físico dedicado à investigação científica e tecnológica, enquadrado na ampla política de edificação de obras públicas do Estado Novo.

O imponente edifício desenhado por Pardal Monteiro vai ao encontro da tipologia que o arquiteto desenvolveu em outras obras públicas, como a Biblioteca Nacional ou o Instituto Superior Técnico: um grande volume central ladeado por dois corpos mais baixos, marcados pela abertura regular de janelas, onde impera o betão armado, pontuado por panos murários de cores fores.

O conjunto de desenhos apresentado inclui a planta geral do terreno a ocupar, com o plano original de edifícios, os alçados principal e laterais do edifício-sede, bem como vários cortes, com medidas, deste espaço, onde são visíveis algumas áreas internas, como o anfiteatro. CO

➃CORTE C-D, S.D. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO.

➄CORTE 9-10 E CORTE

10-9, S.D. DGPC/ ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO.

➅PLANO DO CONJUNTO,

S.D. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE PORFÍRIO PARDAL

MONTEIRO.

PORFÍRIO PARDAL MONTEIRO

1

2

3

4

5

6

Page 10: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

LOCALIZAÇÃOLISBOA, SÃO DOMINGOS DE BENFICA,

RUA PROFESSOR LIMA BASTO

PROMOTORINSTITUTO PORTUGUÊS PARA

O ESTUDO DO CANCRO

CLASSIFICAÇÃOMONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO

/ ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO, PORTARIA N.º 389/2013, DR , 2 .ª SÉRIE,

N.º 115 DE 18 JUNHO 2013

DATA INICIAL1929

DATA FINAL1933

PROJETOCONSTRUÍDO

CARLOS CHAMBERS RAMOS

PAVILHÃO DO RÁDIO, INSTITUTO PORTUGUÊS

DE ONCOLOGIA (IPO)

CARLOS CHAMBERS RAMOS

➀ALÇADO PRINCIPAL,

[1929]. DGPC/ ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

➂ALÇADO LATERAL

DIREITO, [1929]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

➃PLANTA, TERCEIRO PISO, [1929]. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

➁ALÇADO POSTERIOR,

[1929]. DGPC/ ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

PAVILHÃO DO RÁDIO, INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA (IPO)

O Pavilhão do Rádio é uma parte fundamental do complexo do ipo de Lisboa, por ser o local onde se encontravam armazenados os elementos químicos de risco, e onde se procedia às novas terapias de tratamento. Para a sua construção, em 1929, o arquiteto encarregado do projeto e um dos médicos especialistas na área, Marck Anahory Athias, visitam vários centros de radiologia e de tratamento do cancro, em França, na Suíça, na Dinamarca, na Alemanha, em Itália e em Espanha, retirando destas viagens muitas das soluções modernas e depuradas escolhidas para o projeto.

Trata-se da primeira construção europeia de um pavilhão destinado à radioterapia que obedece aos mecanismos de proteção estabelecidos no II Congresso Internacional de Radiologia, ocorrido em 1928, em Estocolmo, de entre as quais se desta-ca a introdução de sais de bário no betão, com a mesma função protetora das tradicionais espes-sas camadas de chumbo.

É um edifício de linhas simples, que introduz em Portugal as tendências modernistas da Europa central, de quatro pisos, com cobertura em terraço e fachadas regulares, animadas pela abertura dos vãos, que denotam a sua estrutura interna, nomeadamente nas áreas de circulação. PF

➄PLANTA, QUARTO PISO,

[1929]. DGPC/ ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

➅CORTE, [1929]. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA),

ESPÓLIO DE CARLOS CHAMBERS RAMOS.

1

2

34

5 6

Page 11: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

DATA INICIAL1963

DATA FINAL1966 ( INAUGURAÇÃO)

PROJETOCONSTRUÍDO

LOCALIZAÇÃOOEIRAS, QUINTA DO

MARQUÊS

PROMOTORMINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, DIREÇÃO-GERAL

DOS EDIFÍCIOS E DOS MONUMENTOS NACIONAIS (DGEMN) DELEGAÇÃO DAS NOVAS INSTALAÇÕES

PARA OS SERVIÇOS PÚBLICOS

CLASSIFICAÇÃOINCLUÍDO NA ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO PROVISÓRIA DO NOVO PROCEDIMENTO DE CLASSIFICAÇÃO DA QUINTA

DE RECREIO DOS MARQUESES DE POMBAL, INCLUINDO OS SISTEMAS HIDRÁULICOS EXTERIORES À PROPRIEDADE,

EM OEIRAS E CARCAVELOS, ANÚNCIO N.º 83/2014, DR, 2 .ª SÉRIE, N.º 69, DE 08-04-2014

JORGE SEGURADO

ESTAÇÃO AGRONÓMICA NACIONAL

JORGE SEGURADO

➀VISTA GERAL, 1963. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO

DE JORGE SEGURADO.

➁PAVILHÃO DE GENÉTICA EM CONSTRUÇÃO, 1961.

DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JORGE

SEGURADO.

➂INSECTÁRIO, 1962. DGPC/

ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO

DE JORGE SEGURADO.

➃RESERVATÓRIO, 1964.

DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JORGE

SEGURADO.

ESTAÇÃO AGRONÓMICA NACIONAL

Criada em 1936, no âmbito da reforma do Ministério da Agricultura preconizada por Rafael Duque, como o organismo da Administração Central do Estado respon-sável pela investigação científica e pela cooperação técnica na área da agricultura, a estação funcionou primeiramente no claustro do Mosteiro dos Jerónimos, tendo, em 1941, sido transferida para instalações projetadas de raiz pelo arquiteto Carlos Rebello de Andrade, na Quinta da Aldeia, na Bobadela. Cedo se percebeu que esta propriedade seria insuficiente, não tendo possibilidade de expansão, o que levou o Estado a adquirir outro local para a sua instalação. Em 1961 é afeta à estação a pro-priedade agrícola, com mais de 130 ha, da Quinta do Marquês de Pombal, em Oeiras, ficando o projeto das novas instalações a cargo do arquiteto Jorge Segurado.

Trata-se de um conjunto arquitetónico, implantado numa encosta suave, junto à ribeira da Lage, constituído por nove pavilhões — Central (em posição domi-nante, alojando a direção e o Departamento de Fitopatologia), de Genética, Insetário, Estação de Quarentena, Mesologia e Química, Fitofarmacologia, Fisiologia Vegetal e, por fim, a cantina — e um reservatório de água. Do ponto de vista arquitetónico este é um projeto de compromisso entre um modernismo funcional, presente nos amplos vãos retilíneos dos volumes paralelepipédicos que constituem o conjunto, e um certo gosto neotradicionalista, que lhe conferem alguma familiaridade com o edificado da Bobadela, presente nos socos revestidos a alvenaria de pedra e nos telhados de quatro águas. PT

➄PAVILHÃO DE GENÉTICA, ALÇADO POENTE, 1959.

DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JORGE

SEGURADO.

➅PAVILHÃO DE GENÉTICA, CORTE ALÇADO NORTE

U-T, ALÇADO SUL, ALÇADO NORTE, CORTE ALÇADO SUL R-S, 1959.

DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JORGE

SEGURADO.

➆INSETÁRIO, ALÇADOS

NASCENTE E SUL, 1959. DGPC/ARQUIVO DO FORTE

DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JORGE

SEGURADO.

1

2 3

4

5

6

7

Page 12: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

MIGUEL JACOBETT Y ROSA

PROJETOPARCIALMENTE CONSTRUÍDO

PROMOTORMINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS

E COMUNICAÇÕES

CLASSIFICAÇÃOEM ESTUDO

DATA INICIALC. 1939–1940

DATA FINALINAUGURADO EM 1944

LOCALIZAÇÃOOEIRAS, DAFUNDO

MIGUEL JACOBETT Y ROSA

O ESTÁDIO DE LISBOA E A TRIBUNA DE HONRA

O ESTÁDIO DE LISBOA E A TRIBUNA DE HONRA

A construção do Estádio de Lisboa no vale do Jamor tinha subjacente uma estratégia de feição territorial, orientada para a qualificação urbanísti-ca e ambiental da zona de Lisboa. Destinava-se à realização de eventos desportivos e para lazer dos lisboetas. Vicissitudes várias condicionaram a conclusão atempada do Stadium projetado de origem por Caldeira Cabral e Wiesner, e continua-do por Jacobetty Rosa.

O Estádio de Lisboa, centro desportivo, foi inaugu-rado a 10 de julho de 1944, passados quatro anos da data prevista. Desta obra inacabada destaca-se o Estádio de Atletismo, cujas bancadas se integram de forma notável no relevo, aproximando-se da cumeada. Estas últimas, centradas a poente pela Tribuna de Honra de Jacobetty Rosa, abrem-se sobre o vale do Jamor.

A implantação, a abordagem classicista, a pedra branca e os restantes materiais de eleição da tribu-na, bem como as propostas para o «monumento ao olimpismo e ao desporto» e para a pira olímpi-ca, denunciam pretensões de monumentalidade, diluídas pela vastidão da paisagem projetada por Caldeira Cabral e Wiesner.

Esboços e perspetivas evidenciam contrastes profundos entre a rigidez depurada deste edifício, que se destaca pelos gigantes do volume central, sobrelevado sobre os laterais vazados que se prolongam por colunatas, e a feição tradicionalista ou até regionalista de outros projetados por este arquiteto para o complexo. Assumem-se, assim, contrastes intencionais entre pavilhões e cenários, apenas atenuados pelo desenvolvimento da vegetação frondosa dos jardins, áleas, orlas e mata então plantados. MF

➃PRAÇA DA MARATONA:

BILHETEIRAS, ESBOÇOS, S.D., ARQUIVO FORTE

DE SACAVÉM.

➄EDIFÍCIO ANEXO DOS JOGADORES: PORTÃO

DE VEDAÇÃO PRINCIPAL, MARÇO DE 1941, ARQUIVO

FORTE DE SACAVÉM.

➅TÉNIS: MOBILIÁRIO

PARA A SALA DE CHÁ, PORMENORES, S.D., ARQUIVO FORTE DE

SACAVÉM.

➆VARIANTE DAS PORTAS

DA TRIBUNA DO TÉNIS: PORMENOR DA

CARPINTARIA E DA SERRALHARIA, 22 DE DEZEMBRO DE 1941, ARQUIVO FORTE DE

SACAVÉM.

➇TÉNIS, PERSPETIVA,

S.D. , ARQUIVO FORTE DE SACAVÉM.

➈ESTAÇÃO CAMINHO-

DE-FERRO (DEMOLIDA), ALÇADO, S.D., ARQUIVO

FORTE DE SACAVÉM.

➂TRIBUNA DE HONRA,

ESTÁDIO DE ATLETISMO, EDIFÍCIO ANEXO

DOS JOGADORES, PRAÇA DA MARATONA

E MONUMENTO AO OLIMPISMO E AO DESPORTO (NÃO

CONSTRUÍDO), ALÇADO, S.D. ARQUIVO FORTE

DE SACAVÉM.

➀TRIBUNA DE HONRA,

PERSPETIVA DA FACHADA NASCENTE, 1939, FORTE

DE SACAVÉM.

➁PIRA OLÍMPICA

(NÃO CONSTRUÍDA), PERSPETIVA, 1941,

ARQUIVO FORTE DE SACAVÉM.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Page 13: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

JOÃO GUILHERME FARIA DA COSTA

EDIFÍCIOS DA PRAÇA DO JUNQUEIRO

DATA INICIAL1957 (PROJETO)

DATA FINAL—

PROJETOCONSTRUÍDO

LOCALIZAÇÃOCASCAIS, CARCAVELOS, PRAÇA DO

JUNQUEIRO

PROMOTORCOMISSÃO DE INICIATIVA

DA PRAIA DA ROCHA

CLASSIFICAÇÃOSEM PROTEÇÃO LEGAL

EDIFÍCIOS DA PRAÇA DO JUNQUEIRO

Conjunto residencial multifamiliar, de promoção privada, com comércio no piso térreo, situado a cerca de 200 m a norte da Praia de Carcavelos. Os blocos habitacionais, de quatro pisos, implan-tam-se em bandas paralelas formando uma praça de 110 m por 80 m, cortada ao centro pelo eixo viário de ligação da praia a Carcavelos.

O projetista teve duas preocupações na implan-tação e distribuição dos blocos: por um lado, a de criar uma praça «fechada», apenas cortada por um eixo, protegendo-a do vento, e, por outro, de apro-ximar os ângulos dos blocos habitacionais sem, no entanto, os juntar, permitindo uma ventilação adequada nos edifícios de topo.

Os blocos residenciais têm projetos «tipo», enqua-drando-se nas soluções habitacionais exigidas pela Direção-Geral dos Serviços de Urbanização: blocos tipo A, situados a nascente e poente da praça (rés-do-chão: duas lojas comerciais e habi-tação para porteira; duas habitações por piso, com três quartos, sala, cozinha com despensa, uma casa de banho, quarto e casa de banho para empregada) e blocos tipo B, situados a norte e a sul da praça (unicamente residenciais, com duas habitações por piso, comportando cada dois quartos, sala, cozinha com despensa, uma casa de banho, quarto e casa de banho para empregada). AFC

JOÃO GUILHERME FARIA DA COSTA

➂CONJUNTO DOS ALÇADOS PRINCIPAIS DOS BLOCOS

COMERCIAIS (TIPO A), ALÇADO LATERAL (TIPO B)

E CORTE TRANSVERSAL (TIPO B), [1957]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JOÃO GUILHERME

FARIA DA COSTA.

➀CONJUNTO DOS

ALÇADOS PRINCIPAIS VOLTADOS A SUL (TIPO B),

[1957]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE JOÃO GUILHERME FARIA DA COSTA.

➁CONJUNTO DOS

ALÇADOS PRINCIPAIS VOLTADOS A NORTE

(TIPO B), [1957]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE JOÃO GUILHERME

FARIA DA COSTA.

➃EDIFÍCIOS DO TOPO

NOROESTE, PLANTAS DO RÉS-DO-CHÃO (TIPO A E

B), [1957]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE JOÃO GUILHERME FARIA

DA COSTA.

➄EDIFÍCIOS DO TOPO

NORDESTE, PLANTAS DO RÉS-DO-CHÃO (TIPO A E B),

[1957]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE JOÃO GUILHERME FARIA

DA COSTA.

➅EDIFÍCIOS DO TOPO

NORDESTE, PLANTAS DOS ANDARES (TIPO A E B), [1957] DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE

JOÃO GUILHERME FARIA DA COSTA.

1

2

3

4

5

6

Page 14: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

PROJETOPARCIALMENTE

CONSTRUÍDO

LOCALIZAÇÃOCASCAIS,

SASSOEIROS, AVENIDA GONÇALVES ZARCO

PROMOTORCONGREGAÇÃO

DAS BENEDITINAS MISSIONÁRIAS

CLASSIFICAÇÃOSEM PROTEÇÃO LEGAL

COAUTORIANUNO PORTAS

DATA INICIAL1958

DATA FINAL1986 (AMPLIAÇÃO)

NUNO TEOTÓNIO PEREIRA

MOSTEIRO DE SANTA MARIA DO MAR

➀ESBOÇO, PERSPETIVA DO

PROJETO NA ÍNTEGRA, 1960. DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE NUNO

TEOTÓNIO PEREIRA.

➁ESBOÇO, CORTE E

ALÇADO DO PROJETO NA ÍNTEGRA, [1960]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE NUNO TEOTÓNIO

PEREIRA.

➂ESBOÇO, ALÇADO DO

PROJETO NA ÍNTEGRA, [1958]. DGPC/ARQUIVO

DO FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE NUNO

TEOTÓNIO PEREIRA.

MOSTEIRO DE SANTA MARIA DO MAR

Em 1958, Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas foram convidados para apresentar um projeto de um cenóbio para a Congregação das Beneditinas Missionárias, em Sassoeiros, numa área que se começava a urbanizar, estando previsto que a ca-pela viesse a servir de paroquial para a população que ali se fixava.

O projeto apresentado previa a construção de uma enorme capela, uma área pública, com catequese, um dispensário, uma sala de conferências, uma hospedaria e uma zona de reclusão, em torno de um pequeno pátio. A escassez de verbas e o prolongamento da obra originaram um corte no projeto inicial, considerado pela congregação demasiado ambicioso. Assim, foram construídos dois módulos, correspondentes à prevista área pública, onde se instalaram, provisoriamente, a capela, os dormitórios das irmãs e uma peque-níssima hospedaria. Em 1986, este espaço sofreu algumas ampliações, com a construção de um corpo a sul, onde se instalou o dormitório e uma zona de trabalho.

Resultou num projeto amputado, de linhas simples, composto por módulos em losango, que se interligavam, não tendo sido construída a im-ponente mole da zona regral, com forma poligonal e pátios internos, que se unia à capela. Esta mole dominaria o conjunto, com áreas hierarquizadas, destinadas ao público e aos hóspedes, comportan-do capela lateral, confessionários e as sacristias de fora e de dentro, com mesa de altar em eixo, sobre supedâneo quadrado de ângulos truncados e retrocoro, com acesso pela Casa do Capítulo. PF

➃ESBOÇO, PLANTA DO

PRIMEIRO PISO DO PROJETO NA ÍNTEGRA,

1960. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE NUNO TEOTÓNIO PEREIRA.

➄TELAS FINAIS, PLANTAS

DOS EDIFÍCIOS A CONSTRUIR NA 1 .ª FASE,

1960. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE SACAVÉM

(SIPA), ESPÓLIO DE NUNO TEOTÓNIO PEREIRA.

➅ESBOÇO, DESENHOS DO INTERIOR DAS CELAS E

DO CORO, [1960]. DGPC/ARQUIVO DO FORTE DE

SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE NUNO TEOTÓNIO

PEREIRA.

➆ESBOÇO, DESENHO DAS

CELAS E ALÇADO DO DORMITÓRIO, [1960]. DGPC/ARQUIVO DO

FORTE DE SACAVÉM (SIPA), ESPÓLIO DE NUNO

TEOTÓNIO PEREIRA.

NUNO TEOTÓNIO PEREIRA

1

4

5

6

72 3

Page 15: 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA 1948 › ... › 10361020191205154246763.pdf · uma espécie de síndrome da Arca de Noé em relação ao património cultural, numa perspetiva,

REVELAR O PATRIMÓNIO COLEÇÃO FORTE DE SACAVÉM

1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA

1948-2018

N.º 1 – 2019

DIRETORA-GERAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Paula Araújo da Silva

PRODUÇÃO EDITORIAL

Divisão do Património Imóvel, Móvel e Imaterial

Forte de Sacavém (SIPA)

DIRETORA

Deolinda Folgado

EQUIPA EDITORIAL

Maria João Reis Martins, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Paula Tereno, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

AUTORES – 1.º CONGRESSO NACIONAL DE ARQUITECTURA

Ana TostõesJorge Figueira

José António BandeirinhaSergio Fernandez

AUTORES – OBRAS EM ARQUIVO

Anouk Faria da Costa (AFC), DGPC/DPIMI, Forte de Sacavém

Catarina Oliveira (CO), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Deolinda Folgado (DF), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Mário Fortes (MF), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Maria Ramalho (MR), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Paula Figueiredo (PF), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Paula Noé (PN), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

Paula Tereno (PT), DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

CURADORIA DOS ESPÓLIOS

Cátia Taveira Martins, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

TRATAMENTO DIGITAL E CONTROLO DE QUALIDADE

DAS DIGITALIZAÇÕES

João Nuno Reis, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

TRANSFERÊNCIA DE SUPORTE/DIGITALIZAÇÃO DOS ESPÓLIOS

Arlindo Homem, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

FOTOGRAFIA

Arlindo Homem, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

José Paulo Ruas, DGPC/DPIMI. Forte de Sacavém

DESIGN GRÁFICO

Silvadesigners

REVISÃO DO TEXTO, PRÉ-IMPRESSÃO, IMPRESSÃO

E ACABAMENTOS

Imprensa Nacional – Casa da Moeda, S. A.

DISTRIBUIÇÃO

Imprensa Nacional – Casa da Moeda, S. A. / HT – Dist. Comercialização

de Produtos Culturais

EDIÇÃO

Direção-Geral do Património CulturalImprensa Nacional – Casa da Moeda, S. A.

ISBN

………………………………….

DEPÓSITO LEGAL

……………………………………

N.º DE EDIÇÃO

………………………………….

PROPRIEDADE

Direção-Geral do Património Cultural (DGPC)

Palácio Nacional da Ajuda 1349-021 Lisboa

Tel.: + 351 213 614 200E-mail: [email protected]

www.patrimoniocultural.gov.pt www.monumentos.gov.pt