01 arcadia barcense otoño 2010

Upload: a-carlos-ferreira-d

Post on 04-Jun-2018

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    1/12

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    2/12

    Pgina 2

    Fotografas: Olmo Gmez.

    F o t o g r a f a d e M a r a C a s a m a y o r

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    3/12

    H

    H

    I

    I

    R

    R

    O

    O

    S

    S

    H

    H

    I

    I

    M

    M

    A

    A . P o r M n i c a G o n z l e z .

    E L M I E D O N O E S S L O P S I C O L G I C O . E L P E O R D E T O D O S E S

    E L Q U E S E P U E D E V E R . E L M I E D O R E A L .

    E l m i e d o T o d o s e n t e n d e m o s p o r m i e d o a q u e l l o q u e n o s a t e r r a

    Y e n e s t a s f e c h a s s o l e m o s r e c o r d a r e l q u e s e p u e d e s e n t i r c u a n d o a l g u i e n

    n o s p e r s i g u e , c u a n d o l o s m u e r t o s v u e l v e n p a r a h a c e r j u s t i c i a , c u a n d o

    s e n t i m o s q u e n o s o b s e r v a n a l i r c a m i n a n d o p o r l a c a l l e A u n q u e l a m a y o r a

    d e e s t o s m i e d o s s o n p s i c o l g i c o s , t a m b i n e x i s t e n m i e d o s q u e s o n r e a l e s

    U n m i e d o q u e s u p e r a a l a m u e r t e Q u p e n s i s s i o s r e c u e r d o e l a t a q u e

    c o n u n a b o m b a a t m i c a a l a c i u d a d d e H i r o s h i m a ? Q u p e n s i s s i o s

    r e c u e r d o q u e t r e s d a s d e s p u s s e r e p e t i r a l a m i s m a b a r b a r i e c o n o c i e n d o

    s u s c o n s e c u e n c i a s s o b r e N a g a s a k i ?

    L a b o m b a e s t a l l a c a s i 6 0 0 m e t r o s s o b r e e l c e n t r o d e H i r o s h i m a ,

    7 0 . 0 0 0 p e r s o n a s m u r i e r o n a l i n s t a n t e a u n m i l l n d e g r a d o s c e n t g r a d o s ; e l

    r e s t o f a l l e c i p o r l a o n d a e x p a n s i v a , q u e n o d e j u n e d i f i c i o e n p i e y q u e

    c a r b o n i z h a s t a l o s r b o l e s e n u n r a d i o d e 1 2 0 k i l m e t r o s . U n o s m i n u t o s

    m s t a r d e , e l h o n g o a t m i c o a l c a n z a u n a a l t u r a d e t r e c e k i l m e t r o s ,

    p r o v o c a n d o u n a l l u v i a c i d a q u e m a t a a m i l e s d e p e r s o n a s e s c a p a d a s d e l a

    e x p l o s i n i n i c i a l . E l 8 0 % d e l a c i u d a d h a b a d e s a p a r e c i d o . H u b o m i l e s d e

    c a s o s d e i n c i n e r a c i o n e s s b i t a s , c a r b o n i z a c i o n e s y q u e m a d u r a s m u y g r a v e s

    a m s d e d i e z k i l m e t r o s d e l a z o n a d e l e s t a l l i d o .

    L o s r e s u l t a d o s i n m e d i a t o s e r a n d e v a s t a d o r e s , y d a s d e s p u s l o s

    m d i c o s s e g u a n t r a t a n d o a l o s s u p e r v i v i e n t e s q u e a p a r e n t e m e n t e t e n a n

    s i m p l e s q u e m a d u r a s , y q u e e n r e a l i d a d m o r a n d e f o r m a e n i g m t i c a

    l i c u n d o s e p o r d e n t r o . N u n c a s e h a b a v i s t o n a d a s e m e j a n t e : l a c a r n e s e

    p u d r a a l c o n t a c t o c o n l a a g u j a , l o s g l b u l o s b l a n c o s e s t a b a n d e s t r o z a d o s .

    L o s q u e s o b r e v i v i e r o n a l a b o m b a f u e r o n l l a m a d o s H i b a k u s h a , u n a s

    3 6 0 . 0 0 0 p e r s o n a s c o n g r a v e s d e s f i g u r a c i o n e s , c n c e r , y d e t e r i o r o g e n t i c o ,

    q u e e r a n v c t i m a s t a m b i n d e s u s p r o p i o s c o m p a t r i o t a s , q u i e n e s c r e a n q u e

    l a r a d i a c i n e r a c o n t a g i o s a , e v i t n d o l o s a t o d a c o s t a . E l m i e d o a n o s e r

    a c e p t a d o p o r l a s o c i e d a d a u n d e s p u s d e h a b e r s o b r e v i v i d o a a l g o a s

    a u n d e s p u s d e h a b e r p a s a d o e l T E R R O R d e u n a e x p e r i e n c i a a s E s a l g o

    q u e s u p e r a c u a l q u i e r i d e a d e l m i e d o q u e T p u e d a s i m a g i n a r t e

    L a c i u d a d a r d a a m i a l r e d e d o r . M i s h e r i d a s e r a n l e v e s . L l e v a b a

    c r i s t a l e s c l a v a d o s e n l a e s p a l d a . F u i d e l a s p o c a s p e r s o n a s q u e , e s t a n d o a

    t a n e s c a s a d i s t a n c i a d e l e p i c e n t r o , l o g r s a l v a r s e . S i n e m b a r g o l a b o m b a

    d e s t r o z m i v i d a d e u n a f o r m a q u e n u n c a p u d e i m a g i n a r . E l G o b i e r n o m e

    r e c o n o c i c o m o u n h i b a k u s h a Y n u n c a p u d e f o r m a r u n a f a m i l i a . P e n s a r o n

    q u e e n f e r m a r a y m o r i r a p r o n t o . O t r o s t e m a n q u e p u d i e r a t e n e r h i j o s c o n

    d e f o r m a c i o n e s . P a r a m , l a b o m b a h a s i g n i f i c a d o l a s o l e d a d , T e r u k o S u g a .

    P o r q u e e l m i e d o a q u e t u v i d a s e a d e s t r u i d a a t e r r a m s q u e u n

    f a n t a s m a V e r d a d ? M i e d o a e s o s d a s e n l o s q u e h u b o t a n t o s m u e r t o s ;

    m i e d o a l o q u e p u e d a n p e n s a r l a s p e r s o n a s q u e s o b r e v i v i e r o n U s a m o s l a

    i g n o r a n c i a c o m o m e d i o p a r a e s q u i v a r e l m i e d o C e r r a m o s l o s o j o s a n t e

    a q u e l l o q u e n o s a t e r r o r i z a Y m u c h a s v e c e s , h a s t a g i r a m o s l a c a r a p a r a n o

    v e r e l m i e d o e n e l r o s t r o d e q u i e n t e n e m o s d e l a n t e P o r q u e n o h a y m i e d o

    m s r e a l q u e a q u e l q u e d a a d a i n t e n t a m o s e v i t a r

    Pgina 3

    CCHHAASSQQUUIIDDOOSS..PPoorrMMaannuueellaaTTeeuullnn..Oy pasos tras ella. Obviamente no eran

    reales y no se dara la vuelta paracomprobar que no haba nadie. Eso ya losaba ella. Era el miedo.

    -Cmo se te ocurre? pens mientrasse abrochaba la cazadora en la puerta de lacasa de su amiga. No habra sido tan difcil

    pedir que te acompaen; pero ya es tarde;ahora sabrn que tengo miedoQu ha sido eso? Nada, no ha sido nada

    se intent convencer. Pero y si lo fuese?Qu es lo peor que podra ser? Naturalmente, Freddy no. Estpidaspelculas de terror! Quin me manda venirsola a casa despus de un maratn dePesadilla en Elm Street? Aunque esto esirracional: un hombre quemado vivo que sededica a asesinar a adolescentes ensueos? Por favor! Es evidente que esimposible; pero entonces por qu tengo

    miedo? Por qu quiero echar a correr? Sinduda estar volvindome loca.

    Instintivamente iba aumentando el ritmo de sus pasos. Asustada comoestaba, slo poda pensar en llegar prontoa casa. Con esa idea se meti por un atajoque pasaba por una pequea arboleda;tardara unos diez minutos en llegar acasa.

    El camino estaba muy oscuro; tan soloiluminado por los rayos de luna que secolaban entre las ramas desnudas de los

    rboles.Slo se oan chasquidos a su alrededor;pero los ignor pensando que eranproducto de su imaginacin. Ese fue el mayor error de su vida

    Y el ltimo. La del 13 de enero del 2006fue la ltima noche que vieron a aquellania de diecisis aos.

    Y t, ignorars los pasos a tu espalda,o enfrentars tu destino y mirars?

    FotografasCarlosFerreira

    Fotografas Carlos Ferreira

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    4/12

    Pgina 4

    DDeeccmmooeenneellSSttuuddiiooAArraavvaalllleennssiiaappaarreecciieerroonnlloossffaammoossoosslleeggaaxxoossddeellaaAArrccaaddiiaaccoonnggrraannssuussttooppoorrppaarrtteeddeettooddoosslloossmmoonnxxeessyyrreeggoocciixxooddeelloossnniiooss..Peregrinos que cansados estaris de transitarLos senderos esotricos como en peli d'Avatar,

    Escuchad aquesta historia terrible e singularQu'acaeci 'n'El Barco qual podis imaginar.

    Estbanse no scriptorium como se solaEmpezar todos los cursos con alguna porfa,Cuando algun propuso, assaz por vida ma,

    Fazer publicain de culto y homila.

    Ensenhemos sin pelusa a todo este ganado,Importancia d'escriptura p'alcanzar el suyo grado.

    Que algunos slo usan de la su diestra manoPara trficos ilcitos y mandar mensaxes vanos.

    Fagamos manuscrito, para ans les ensearA no escribir en tuentis sin reglas que guardar.

    Que tenga este legaxo bendiin del Padre AbatE aparesca idea clarita en la santa PGA.

    Furonse los monxes a fazer la sua licin,Olvidados del proyecto, que ya ave otro montn;Ms quiso non deixarlo l'Abat d'Orientain,

    Que pensar mucho las cosas es la su obligain.

    Fagamos manuscripto con priesa e con premura,Por mostrar talentos novos ocultos na clausura,

    Que bien sabe l'alumnanza fazer de coisa escura,Msica, cuento e foto de gtica apostura.

    Conxuremos el silencio e l'atavica pasin,Que en viniendo con cabreos la muy Santa Inquisiin,Diremos que esto es cosa d'aquel culto anglosaxn,

    E chorradas Halloweesas de la prfida Albin.

    E ans abates varios deixaron la quietud,dos textos comerciantes, e da mente, la salud,Xuntaronse a fantasmas y espectros perdularios,Vampiros, calaveras e prfidos osarios.

    E armaron tanto rudo, en faziendo sus diabluras,Qu'el mesmo Satans sali da sua clausura:

    Qu vainas son aquestas que tanto me conxuran?,Os vais a enterar presto das mas jartaduras.

    Como se ya non tive bastante c'os romnticos autores,Decadentes, simbolistas, pa que agora estes gores,Co's Crepsculos e drculas, guijas e temblores,m'acomoden seus pedantes tecnolgicos terrores.

    E por cima vienen estos con revista horrorsima,A tocarme las pelotas e a ponerme en la mismsima;Com Msica de Lokus, lacrimosas metalsimas,Nmeros de bestias con sus rimas oscursimas.

    Vos convoco, dixo l'ngel, a volver a la espesurade los textos ortodoxos, qu'inventar coisa dura.Y si non fazieres caso de la mia invocatura,Vos espero, pincho en mano, con la tal publicatura.

    Quedronse contritos con la tal invocacin,pues daba miedo or al muy bestia Rey Cabrn,Mas no ficieron caso, e con ibrica pasindeclarse guerra santa a la falta dacentuain.

    Comenzse aquesta vaina con terrores muy festivosd'ilusiones e de llantos, de motivos confundidos;en buscando paradoxa entre jogos e assassiniosen la absurda complacencia deste mundo tan fodido.

    Mas despus d'aquestas burlas, encontrronse de frentecon dolor real e absurdo del maltrato muy crecientede mugeres e de nias con la frmula indecentede los celos e violencias de los mrbidos demente

    Por ello ac monstramos, con gran comedimiento,El nuestro palimpestro lleno dencantamiento.Que sobre'l pergamino se grabe con aciertola nuestra intelligentsia e nosso pensamiento.

    E diga humildemente Arcadia la Barcense:Al pblico, atenin, que aquesta es la primera;Quiz fagamos bien quando la segunda fuera.Captatio benevolentiae y empiese esta quimera.

    E L V I E J O C A S E R N

    P o r V i r g i n i a C e r r a d a .

    M e a c e r c a b a a l v i e j o

    c a s e r n , y a c a d a p a s o q u e

    d a b a , m i s p u l m o n e s s e

    c o n g e l a b a n . E r a g r a n d e ,

    t e n e b r o s o , e s c a l o f r i a n t e

    A b r l a p u e r t a y u n a r f a g a

    d e v i e n t o g o l p e m i c a r a

    p r o d u c i n d o m e m i l e s d e

    t e m b l o r e s p o r t o d o e l c u e r p o .

    D e c i d a d e n t r a r m e e n

    a q u e l l a o s c u r i d a d s i l e n c i o s a ;

    r e c o r r l a c a s a c o n e l m a y o r

    c u i d a d o , i l u m i n n d o l a c o n

    u n a p e q u e a v e l a q u e h a b a

    c o n s e g u i d o e n c e n d e r

    t o r p e m e n t e c o n u n a c e r i l l a .

    C o m e n c a s u b i r l a s

    e s c a l e r a s d e c a r a c o l ; m i

    c o r a z n e s t a b a d e s b o c a d o ;

    s u d o r e s f r o s b a a b a n m i

    c a r a , d e b i d o a l m i e d o q u e

    s e n t a D e p r o n t o , u n r u i d o

    i n h u m a n o r o m p i e l s i l e n c i o .

    A l l e s t a b a e l l a , s e n t a d a e n

    u n a m e c e d o r a e n m e d i o d e

    u n l a r g o y o s c u r o p a s i l l o ;

    i l u m i n a d a p o r u n p e q u e o

    r a y o d e l u n a , c o n s u p i e l

    b l a n c a y f r a c o m o e l m r m o l ,

    s u l a r g o v e s t i d o y s u s o j o s

    r o j o s q u e r e f l e j a b a n l a

    v e n g a n z a y e l h o r r o r .

    S e l e v a n t d e p r o n t o y s e

    d i r i g i h a c i a m . C o m e n c a

    c o r r e r s e g u i d a p o r s u s g r i t o s

    p i d i n d o m e a u x i l i o . C u a n t o

    m s m e a l e j a b a , e l l a g r i t a b a

    m s y m s a l t o . E l p n i c o

    i n v a d a m i c u e r p o ; n o s a b a

    q u h a c e r n i a d n d e i r

    T r o p e c y m e c a p o r l a s

    e s c a l e r a s q u e h a b a n s a l i d o

    a m i e n c u e n t r o . S u p o n g o q u e

    m e q u e d i n c o n s c i e n t e .

    S o n e l d e s p e r t a d o r . T e n a

    q u e p r e p a r a r m e p a r a i r a l

    I n s t i t u t o . C u a n d o l l e g u a l a

    p u e r t a , n o m e l o p o d a c r e e r :

    h a b a u n c a r t e l c o n l a f o t o d e

    u n a n i a , l a m i s m a n i a d e l

    s u e o . E s t a b a m u e r t a . L a

    h a b a n a s e s i n a d o a q u e l l a

    m i s m a n o c h e , m u y c e r c a d e

    m i c a s a e n e l v i e j o

    c a s e r n .

    M

    M

    A

    A

    L

    L

    T

    T

    R

    R

    A

    A

    T

    T

    O

    O

    .

    . CChhaarrooAAlloonnssoo..A c a b a d a d e c e n a , t o m e l v a s o , y e n l a f o r m a d e a s i r l o a d i v i n s u p e n s a m i e n t o : m i p a z t e n i e g o , m i

    v i o l e n c i a t e d o y . P o r e s o n o m e c o g i d e s o r p r e s a e l e s t a l l i d o d e m i p r o p i a b o c a . O b l i g a d a a c o m u l g a r e l

    p a n d e s u i r a , g e m c o n e l s a b o r d e l a s a n g r e . P a d r e , p o r q u m e h a s a b a n d o n a d o ? S i n e m b a r g o , a

    m i s o d o s a t u r d i d o s p o r e l g o l p e s l o l l e g e l b a l i d o d e u n c o r d e r o e n e l a r a d e s a c r i f i c i o s d e l a a l i a n z a

    n u e v a y e t e r n a . A q u e l l o r e b a s a b a e l c l i z d e l o s o p o r t a b l e ; c e r r l o s o j o s y d e c i d e n t o n c e s q u e a q u l l a

    i b a a s e r n u e s t r a l t i m a C e n a .

    - A l g u n o d e v o s o t r o s m e v a a v e n d e r e s t a n o c h e .

    - S e r y o , M a e s t r o ?

    C o m p l a c i d o , s u m a n o s e r e l a j . C i r i n e o d e m i c a r g a o t r a s v e c e s , a q u e l g e s t o n o t u v o e l e f e c t o

    a c o s t u m b r a d o d e d e v o l v e r a l a o v e j a a l r e d i l d e l P a d r e . A l g o b r i l l s o b r e l a m e s a y l o a s . L a l a n z a d a e n

    e l c o s t a d o s a l p i c m i c a r n e d e u n a s a n g r e q u e n o e r a l a m a . N a d a m s r e c u e r d o ; s l o l a v o z q u e m e

    a n u n c i q u e e s t a r a l i b r e d e s e n t a r m e a s u d i e s t r a p o r a c t u a r e n d e f e n s a p r o p i a .

    Fotografa de Mara Casamayor

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    5/12

    A partir de aquel momento todo cambiar.Ella dejar de creer en aquellos cuentos dehadas que tanto le gustaban desde nia.

    E

    E

    L

    L

    A

    A

    T

    T

    A

    A

    Q

    Q

    U

    U

    E

    E

    D

    D

    E

    E

    L

    L

    O

    O

    S

    S

    V

    V

    I

    I

    V

    V

    O

    O

    S

    S

    M

    M

    U

    U

    R

    R

    I

    I

    E

    E

    N

    N

    T

    T

    E

    E

    S

    S

    P

    P

    O

    O

    R

    R

    E

    E

    _

    _

    P

    P

    _

    _

    M

    M

    ,

    ,

    A

    A

    N

    N

    D

    D

    Y

    Y

    G

    G

    A

    A

    R

    R

    C

    C

    A

    A

    G

    G

    R

    R

    A

    A

    N

    N

    A

    A

    D

    D

    O

    O

    .

    .

    VE O P O R L A C A L L E A U N A Z O M B I S I N D I E N T E S

    .

    AN D A N D O P O R M I B A R R I O

    ,P A S E A N D O E N T R E L A G E N T E

    .

    E L L A S O L O P A S A P O R D O N D E N O H A Y B U E N A M B I E N T E .

    E L L A N O E S T V I V A , S L O E S T C A L I E N T E .

    TI E N E U N A T U M B A A L L A D O D E L C E M E N T E R I O

    ;

    CO M O E S D E C A R T N V I E J O

    ,N O L E H A C O S T A D O D I N E R O

    .

    SU F R E C O M O T O D O S U N M A L P A C T O C O N L A M U E R T E

    .

    EL L A N O E S T V I V A

    ,S L O E S T M U R I E N T E

    .

    B S C A T E U N T R A B A J O , L E D I C E U N A V I E J A .

    E L L A L A E C H A U N A M I R A D A Q U E L A D E J A P E R P L E J A .

    VI S T E M S D E C E N T E

    ,L E D I C E L A G E N T E

    ;

    Y E L L A L E S A D V I E R T E Q U E N O T I E N T E N A L A S U E R T E .

    YA N O Q U E D A N C E R E B R O S N I E N L A C A R N I C E R A

    ;

    C O N L A A Y U D A D E T O D O S F U E E L H O R R O R D E C A D A D A .

    Y A N O Q U E D A N V I V O S , N I T A M P O C O G E N T E ;

    A H O R A S L O H A Y S I T I O P A R A L O S V I V O S M U R I E N T E S .

    TE N E M O S U N A T U M B A A L L A D O D E L C E M E N T E R I O

    ;

    C O M O N O E S T A M O S M U E R T O S ,

    N A D I E N O S Q U I E R E D E N T R O.

    SA L I M O S Y B E B E M O S S I N E N C O N T R A R S E N T I D O A L A V I D A

    .

    U N A V I D A D U R A , C R U E L Y A B U R R I D A .

    S E R P I E N T E S V E N E N O S A S .

    P o r S i l v i a M a r t n G .

    Las serpientes son importantes en elecosistema, ya que realizan un importantecontrol sobre las poblaciones de roedores,que pueden transmitir graves enfermedadesadems de provocar prdidas en laagricultura.

    Por otro lado, las especies venenosas sonun peligro para el ser humano, el ganado ylos animales domsticos.

    Existen varios aspectos que nos ayudan adiferenciar a las especies venenosas de lasque no lo son. Por ejemplo, las especiesvenenosas suelen tener la cabeza triangular,a diferencia de las no venenosas, cuyaforma suele ser ovalada.

    Sin embargo, una excepcin seran lasboas, que tienen la cabeza triangular y noson venenosas.

    Las pupilas de las especies venenosas (yde las boas) son elptico-verticales, mientrasque en el resto son redondas.

    Las escamas tambin son diferentes.La mayor parte de las picaduras, si la

    persona esta de pie, se realizan en laszonas de codos y manos, y entre las rodillasy los pies. Por este motivo, debern ser laszonas a proteger para evitarlas.

    Las serpientes venenosas tienen, aparte,dos dientes especiales en la parte anteriorde la mandbula superior, de donde sale elveneno. Este veneno se produce englndulas salivales modificadas, que sellaman glndulas ponzoosas.

    Pgina 5

    E

    E

    L

    L

    L

    L

    O

    O

    B

    B

    O

    O

    Y

    Y

    S

    S

    U

    U

    S

    S

    M

    M

    I

    I

    T

    T

    O

    O

    S

    S

    R

    R

    E

    E

    A

    A

    L

    L

    E

    E

    S

    S

    O

    O

    r

    r

    i

    i

    g

    g

    e

    e

    n

    n

    d

    d

    e

    e

    l

    l

    h

    h

    o

    o

    m

    m

    b

    b

    r

    r

    e

    e

    l

    l

    o

    o

    b

    b

    o

    o

    y

    y

    l

    l

    i

    i

    c

    c

    a

    a

    n

    n

    t

    t

    r

    r

    o

    o

    p

    p

    a

    a

    .

    .

    P

    P

    o

    o

    r

    r

    E

    E

    v

    v

    a

    a

    H

    H

    e

    e

    r

    r

    r

    r

    e

    e

    r

    r

    o

    o

    .

    .

    E x i s t e n v a r i a s e x p l i c a c i o n e s p o s i b l e s p a r a e l o r i g e n d e

    l o s m i t o s d e l h o m b r e l o b o . N o e s e x t r a o p e n s a r q u e a u n a

    p e r s o n a q u e v i v i e r a e n u n o d e l o s b o s q u e s d e E u r o p a h a c e

    7 0 0 u 8 0 0 a o s p u d i e r a h a b r s e l a c o n f u n d i d o c o n u n

    h o m b r e l o b o . L a s e n c a s h u n d i d a s y s a n g r a n t e s , e n

    c o m b i n a c i n c o n u n v e l l o e x c e s i v o , s o n s i g n o s d e g r a v e

    e s t a d o d e d e s n u t r i c i n ; a l g o q u e e n l a p o c a d e b a s e r

    h a b i t u a l e n t r e l a g e n t e p o b r e . P u e d e q u e l o s p r o s c r i t o s d e

    l o s p u e b l o s , e n s u l u c h a p o r l a s u b s i s t e n c i a , s e m o v i e r a n

    c o m o l o b o s o i m i t a r a n s u s m t o d o s d e c a z a , e n s u a f n d e

    a l i m e n t a r s e . Y e s m u y p r o b a b l e q u e p a r a p r o t e g e r s e d e l

    f r o s e s i r v i e r a n d e p i e l e s d e a n i m a l e s , a m e n u d o d e l o b o s ,

    p o r s u s e x t r a o r d i n a r i a s c u a l i d a d e s a i s l a n t e s .

    O t r a t e o r a s u g i e r e q u e l a s p s i m a s c o n d i c i o n e s d e l

    a l m a c e n a m i e n t o d e l g r a n o e n a q u e l l a p o c a p o d r a n h a b e r

    p r o v o c a d o u n a s e r i e d e r e a c c i o n e s a l u c i n g e n a s . E n t a l

    c a s o , e s p o s i b l e q u e u n a l i m e n t o d e c o n s u m o t a n c o r r i e n t e

    c o m o u n a r e b a n a d a d e p a n p u d i e r a h a b e r c o n t e n i d o

    s e m i l l a s d e c e n t e n o e n m a l e s t a d o , q u e i n d u j e r a n a l a

    v i s i n d e h o m b r e s l o b o .

    H o y e n d a , s e r e c o n o c e l a e x i s t e n c i a d e l a l i c a n t r o p a ,

    u n t i p o d e e s q u i z o f r e n i a p o r l a c u a l e l e n f e r m o c r e e s e r u n

    a n i m a l s a l v a j e , c o n f r e c u e n c i a u n l o b o o u n h o m b r e l o b o .

    L o s l i c n t r o p o s e m i t e n a u l l i d o s y g r u i d o s y l l e g a n a

    m o r d e r e l m o b i l i a r i o c o m o s i s e t r a t a r a d e u n a p r e s a . L a s

    p e r s o n a s a f e c t a d a s d e e s t a e n f e r m e d a d " v e n " l a

    t r a n s f o r m a c i n a u n q u e s o l o o c u r r e e n s u m e n t e

    L o s p a c i e n t e s d e e s t a e n f e r m e d a d n o s l o c r e e n

    t r a n s f o r m a r s e e n l o b o s , s i n o t a m b i n e n o t r o s a n i m a l e s

    p e l i g r o s o s , c o m o t i g r e s , b f a l o s , l e o p a r d o s . . . E s t a

    e n f e r m e d a d e s p o c o f r e c u e n t e e n p a s e s i n d u s t r i a l i z a d o s .

    Foto de Olmo Gmez.

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    6/12

    113377..PPoorrMMnniiccaaGGoonnzzlleezz..

    Hay instantes que se graban en la memoria. Hay momentos que no tienen duracin real.El da que me anunciaron que mi vida terminara en horas, puede ser un buen ejemplo.Mi hermano padeca cncer de pulmn. A mi tambin me lo diagnosticaron haca unos meses;pero no era grave; los mdicos decan que asistiendo una o un par de veces al mes a la clnicapara que me dieran mi tratamiento, acabara desapareciendo y podra llevar una vida normal.Pero nada es normal cuando tienes un cncer.Llor mucho por mi hermano; habra dado lo que fuera porque pudiera salvarse. Haba nochesque me quedaba charlando con l hasta que consegua dormirse. Estaba lleno de cables y vaspor todas partes; cada da tena peor aspecto; pero sobre todo, en sus ltimos das de

    vida. Apenas poda respirar con sus propios pulmones; le costaba hablar.No entiendo cmo le pudo haber tocado a l; slo era un nio; un nio inocente, corriente, que,aunque haca sus travesuras, nunca caus dao a nadie. Es duro or hablar a un nio depocos aos acerca de su muerte y ms an si es tu hermano.l era consciente que le quedaba poco tiempo; pero no le daba miedo; nunca haba temido ni lamuerte ni a los espritus ni a los cementerios; palabras que la mayora de los nios de suedad teman incluso pronunciar.Cundo l todava no estaba ingresado, probbamos en casa cmo comunicarnos con losmuertos; buscbamos en libros, leamos artculos de algunas revistas. l deca que noquera perder el contacto conmigo cuando ya no estuviera aqu.En una ocasin intentamos hablar con mi abuela paterna, que falleci hace varios aos.Sucedieron cosas muy raras; pero nunca conseguimos sacar nada en claro.Hice un trato con mi hermano la noche anterior a su muerte: hara todo lo que fuera porseguir comunicndome con l, no tendra miedo, y seguira adelante; y l... intentara noasustarme. No poda soportar pensar que en tan slo 24 horas ya no podra hablar con l, nopodra verle ni tocarle. Pero el da lleg. 13 de Diciembre.Por la maana fui al hospital con mi padre; mi madre ya estaba all, pues nos pidi quedarse

    con l esa noche.No sabamos cuntas horas seguira viviendo, as que decidimos despedirnos. Uno a uno.Primero mam, entre sollozos que no poda controlar. Despus pap. Y por ltimo yo; era miturno. Entr en la oscura sala respirando hondo.Mi hermano no me miraba, tena la vista fija en la ventana, como buscando algo afuera, en lacalle. No lloraba; tampoco se le notaba respirar Yo no tena mucho que decirle; era como si lohubiramos dicho todo a lo largo de las noches anteriores. Me sent, y me mir. Tena los ojosde un extrao color rojizo; la piel, plida, y los labios, con heridas. El da anterior no tena eseaspecto. Los mdicos no lo vean normal, pero lo dejaban pasar. Su voz tampoco era la misma;pero haba algo que me deca que tena que ver con mi hermano.Solamente habl de nuestro estpido trato. No s cmo poda pensar que iba a tener miedo oque iba a olvidarlo.Haba algo extrao en su mirada, en su actitud. Y no paraba de repetir lo del trato; una yotra vez; as que me sal de all dando un portazo. Estaba harta de escuchar las mismasfrases.A veces, mi hermano se pona en plan insoportable, y ahora incluso apunto de morir. Ya me

    despedira de l ms tarde, pens, cuando se me pasar el cabreo.Baj a la cafetera, y apenas media hora ms tarde, una enfermera se acerc a comunicarmeque mi hermano haba muerto horas antes de lo previsto. Cuando entraron en su habitacin,yaca sobre la cama con un aspecto muy extrao, como si en realidad hubiera muerto hacevarios das. A decir verdad, esa era su teora de los das anteriores; slo que algo nocuadraba: su corazn segua latiendo y hablbamos. Es verdad que todos los objetos de lahabitacin estaban siempre tirados por el suelo cuando yo llegaba.Los das pasaron despus de la muerte de mi hermano, y empezaron a ocurrir cosasextraas, sucesos inexplicables en aquella sala de hospital. La gente mora a las pocas horasde ingresar, la enfermedades se adelantaban, y algunos enfermos juraban y perjuraban habervisto cosas raras en la estancia.Con el tiempo, me toc a m hospitalizarme. Tena una curiosidad terrible por entrar en la sala137, donde haba estado mi hermano. As que el da que me toc mi primer tratamiento, pedque me lo agenciaran all.Todo transcurri de forma normal los primeros quince minutos: las enfermeras meengancharon al trasto ese, como habitualmente hacan con la gente que tena mienfermedad. Pero despus de un rato, me dejaron sola en la sala. Enchufada a aquella

    mquina, consegu sacar de la mochila algunas cosas que haba trado de casa: el amuleto deAdrin, nuestro libro acerca del ms all, y algunos otros objetos que seguramente meserviran para contactar con l. Todo lo que me dijo que necesitara.Aunque yo haba discutido con l el da en que muri, quera cumplir nuestra ltima promesa;as que me puse a ello.Hice cuanto deca en el libro acerca de contactar con un ser querido fallecido, pero lo nico queconsegu fue que las mquinas empezaran a pitar descontroladamente. Comenc apreguntarme si no podra terminar ocurrindome lo que a todos aquellos enfermos que sehaban buscado la ruina en esa misma habitacin. Pero intentaba tranquilizarme recordando laspalabras de mi hermano: no temas, intentar no asustarse. Yo crea que l no sera capazde hacer nada en mi contra, ramos hermanos; yo no era como todos los dems enfermos.Continu con mis invocaciones en el libro, subiendo paso a paso por las casillas estrelladasque, con dibujos y letras retorcidas, indicaban el peligro creciente de todo aquello.As estaba pasando. Cada vez que yo pasaba a una siguiente orden, suceda alguna cosa: unruido extrao, un objeto que se mova, un trasto se caa, el viento golpeando la ventana conms fuerza, mi mquina pitando ms rpido. Pero yo le estaba cogiendo el gusto al riesgo.

    Hasta que llegu a la ltima pgina de aquel libraco. Insltale, deca all. Yo no querahacerlo, era mi hermano. Pero la nica manera de llegar al nivel final, de acabar el juego,pareca ser ese. Enfdale, Dile que le odias, Dile que te quieres morir, recomendaba elmgico texto. Y eso hice; mi hermano me lo pidi, y yo se lo promet.No s muy bien lo que pas entonces; slo s que me despert y me haban cambiado de sala;era otra, estaba segura.Mis padres lloraban desconsoladamente a mi vera. El mdico entr. Me tocaba morir esa noche.

    Pgina 6

    F o t o g r a f a s d e M a r a C a s a m a y o r

    F o t o g r a f a d e O l m o G m e z

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    7/12

    Pgina 7

    D

    D

    E

    E

    L

    L

    T

    T

    E

    E

    R

    R

    R

    R

    O

    O

    R

    R

    F

    F

    A

    A

    N

    N

    T

    T

    S

    S

    T

    T

    I

    I

    C

    C

    O

    O

    A

    A

    L

    L

    T

    T

    E

    E

    R

    R

    R

    R

    O

    O

    R

    R

    R

    R

    E

    E

    A

    A

    L

    L

    PORCARLOSFERREIRA.E s d e u n a i r o n a c r u e l q u e v e i n t i c i n c o d a s d e s p u s d e u n a s c e l e b r a c i o n e s l d i c a s d e l t e r r o r

    f a n t s t i c o , r e l a c i o n a d a s c o n l a e n t r a d a d e l o t o o , n o s t o p e m o s c o n l a f e c h a e n q u e l a c o m u n i d a d

    i n t e r n a c i o n a l h a d e c i d i d o r e c o r d a r s e a s m i s m a c a d a a o l a e x i s t e n c i a d e u n t e r r o r r e a l , c o n s u

    s u f r i m i e n t o m s q u e r e a l y t o d o s u e q u i p a j e d e a b s u r d o e i n d i g n i d a d .

    E l 2 5 d e n o v i e m b r e d e 1 9 6 0 , e n u n a i s l a d e l C a r i b e d o n d e h o y l a s c l a s e s m e d i a s d e l a s

    s o c i e d a d e s o p u l e n t a s s u e l e n p a s a r s u s l u n a s d e m i e l , f u e r o n a s e s i n a d a s c o b a r d e m e n t e t r e s

    m u j e r e s , t r e s h e r m a n a s a l a s q u e s u p u e b l o , s u s v e c i n o s , l l e g a r o n a l l a m a r " l a s m a r i p o s a s " . L o s

    a u t o r e s d e l c r i m e n , u n d i c t a d o r y s u s q u i t o d e p s i c p a t a s s i c a r i o s . E l m o t i v o , s i m p l e m e n t e

    a t r e v e r s e a d e c i r e n v o z a l t a l o q u e p e n s a b a n . T r e i n t a y n u e v u e a o s d e s p u s , e s e m i s m o p a s

    s o l i c i t a a l a O r g a n i z a c i n d e N a c i o n e s U n i d a s q u e e s e d a s e c o n v i e r t a e n r e f e r e n c i a d e l a l u c h a

    c o n t r a t o d a f o r m a d e v i o l e n c i a h a c i a l a s m u j e r e s . Y a s e s ; e l 2 5 d e n o v i e m b r e d e c a d a a o

    r e c o r d a m o s q u e h a y u n a c a n t i d a d i n u m e r a b l e d e m u j e r e s p o r t o d o e l m u n d o s u f r i e n d o t o d o t i p o d e

    a t r o p e l l o s y c r m e n e s p o r e l s l o h e c h o d e s e r e s o , m u j e r e s . A c o s o l a b o r a l , a g r e s i n s e x u a l ,

    m u t i l a c i o n e s , l a p i d a c i o n e s , a s e s i n a t o s p o r c e l o s , e x p l o t a c i n s e x u a l , s e c u e s t r o s , y u n

    v e r g o n z o s s i m o e t c t e r a q u e p a r e c e n o t e n e r f i n .

    L a s n a c i o n e s f i r m a n t e s d e a q u e l a c u e r d o e n l a O . N . U . s e c o m p r o m e t i e r o n a l u c h a r c o n t o d o s

    l o s m e d i o s d i s p o n i b l e s c o n t r a e s t a l a c r a c u l t u r a l ; p e r o l o s d a t o s , a l b o r d e d e l c o m i e n z o d e l a

    s e g u n d a d c a d a d e l s i g l o X X I , s i g u e n s i e n d o d e v a s t a d o r e s .

    A r c a d i a B a r c e n s e h a q u e r i d o t o m a r e s t e e x t r a o e n c u e n t r o d e e f e m r i d e s p a r a i r d e u n

    e x t r e m o a l o t r o ; p a r a p o n e r s o b r e l a m e s a d e q u i e n e s n o s l e a n e l a b s u r d o t r g i c o c o n e l q u e

    c o n v i v i m o s , y m s c o n c r e t a m e n t e , e l t e r r o r d i a r i o y m u y r e a l e n e l q u e v i v e n t a n t a s y t a n t a s m u j e r e s .

    C o n l a s o n r i s a s e s g a d a p o r l a t r i s t e z a p r o f u n d a y p e r m a n e n t e , o f r e c e m o s e s t o s t e x t o s e

    i m g e n e s c o m o e n m e d i o d e u n v a l l e q u e s e s e p a r a y a c e r c a d o s f e c h a s : u n a p a r a r e r y o t r a p a r a

    l l o r a r .

    B a s t a y a d e t e r r o r r e a l !

    C

    C

    U

    U

    E

    E

    N

    N

    T

    T

    O

    O

    S

    S

    D

    D

    E

    E

    M

    M

    E

    E

    D

    D

    I

    I

    A

    A

    N

    N

    O

    O

    C

    C

    H

    H

    E

    E

    .

    .

    P

    P

    o

    o

    r

    r

    A

    A

    l

    l

    e

    e

    j

    j

    a

    a

    n

    n

    d

    d

    r

    r

    o

    o

    G

    G

    o

    o

    n

    n

    z

    z

    l

    l

    e

    e

    z

    z

    G

    G

    o

    o

    n

    n

    z

    z

    l

    l

    e

    e

    z

    z

    .

    .

    N u n c a p o d r o l v i d a r a q u e l l a n o c h e e n l a q u e l o s s u s u r r o s d e l o s r b o l e s y e l c o n s t a n t e u l u l a r d e l o s b h o s n o s h a c a n t e m b l a r c o m o a

    d b i l e s c r a s q u e e s t a b a n a p u n t o d e m o r i r p o r s u d e p r e d a d o r . E l m i e d o n o s c o r r a p o r l o s h u e s o s a l a m i s m a v e l o c i d a d q u e n u e s t r o

    c o r a z n b o m b e a b a l a s a n g r e u n a y o t r a v e z b u m b u m ! b u m b u m ! P r e s t b a m o s a t e n c i n a l a m o n i t o r a d e l c a m p a m e n t o d e v e r a n o e n e l

    q u e l l e v b a m o s a p e n a s u n o s d a s , d u r m i e n d o e n t i e n d a s d e c a m p a a , h a c i e n d o e x c u r s i o n e s p o r e l c a m p o y j u g a n d o c o m o l o c o s p o r l o s

    e x t e n s o s p r a d o s . P e r o e s a n o c h e f u e d i f e r e n t e .

    O s n a r r a r c o m o b u e n a m e n t e p u e d a u n a d e l a s h i s t o r i a s q u e n o s c o n t L a u r a .

    J a v i e r c o r r e t e a b a p o r l a c a s a d e s u a b u e l a , e n l a c u a l s e i b a a q u e d a r a d o r m i r p o r p r i m e r a v e z e n s u c o r t a v i d a ; a p e n a s t e n a 8 a o s .

    S u s p a d r e s s e h a b a n i d o d e v a c a c i o n e s y l e d e j a r o n s o l o c o n l a a n c i a n a . A J a v i e r l e e n c a n t a b a e s t a r c o n a q u e l l a m u j e r d u r a n t e e l d a ; p e r o

    c u a n d o e l s o l d e s a p a r e c a p o r e l h o r i z o n t e , e l p e q u e o n o d e j a b a d e p e n s a r e n l o s m a l o s q u e a p a r e c a n e n s u s d i b u j o s a n i m a d o s

    p r e f e r i d o s , a c o m p a a d o s d e l a s b e s t i a s d e l a s t i n i e b l a s . E s a n o c h e e s t a b a m u y c a n s a d o , d e b i d o a l a j e t r e a d o d a q u e h a b a t e n i d o , y s e f u e

    a l a c a m a p r o n t o , m i e n t r a s s u a b u e l a v e a u n o d e e s o s p r o g r a m a s d e c o t i l l e o s q u e t a n t o l e g u s t a b a n .

    A l p r i n c i p i o l e c o s t u n p o c o d o r m i r s e , p e r o a l f i n a l l o c o n s i g u i . E n a l g n m o m e n t o d e l a n o c h e h o n d a , o y u n r u i d o e x t r a o y s e

    s o b r e s a l t ; p e r o p e n s : t r a n q u i l o , J a v i , n o e s n a d a ; s e g u r o q u e s e t r a t a d e u n a v e n t a n a m a l c e r r a d a o a l g n r u i d o d e l a t e l e . A p e s a r d e s u

    i n t e n t o d e c a l m a r s e , y a n o p u d o d o r m i r s e , h a b a p e r d i d o e l s u e o . S e t u m b b o c a a r r i b a , m i r a n d o a l t e c h o d e l a c a s a d e s u a b u e l a l l e n o d e

    h u m e d a d e s , i m a g i n a n d o d e v e z e n c u a n d o q u e u n v a m p i r o p o d r a f c i l m e n t e v e n i r a s u c a m a j u s t o e n e s e m o m e n t o y m o r d e r l e h a s t a

    d e j a r l e s i n s a n g r e . S e l e v a n t p a r a i r a l b a o , y c u a n d o s a l i d e l p e q u e o c u a r t i t o h m e d o , l e p a r e c i v e r u n a e x t r a a s o m b r a d e t r s d e s ;

    s e d i o l a v u e l t a , p e r o n o h a b a n a d a . S u c o r a z n p a l p i t a b a a g r a n v e l o c i d a d . T r a t d e c a l m a r s e ; p e r o n o p o d a . E n e s e m o m e n t o d e s e c o n

    t o d a s s u s f u e r z a s e s t a r e n s u c a s a c o n s u s p a d r e s . N o o b s t a n t e , l o s g r i t o s q u e d a b a n l o s t e r t u l i a n o s d e D E C e n l a t e l e l e r e c o r d a r o n q u e

    e s t a b a e n c a s a d e s u a b u e l a ; a s q u e s e d i s p u s o a b u s c a r l a . B a j l a s e s c a l e r a s c o m o a l m a q u e l l e v a e l d i a b l o , y c o r r i h a c i a e l s a l n t o d o l o

    r p i d o q u e p u d o . A l l v i o e l b u t a c n d o n d e s e s o l a s e n t a r s u a b u e l a , j u s t o e n f r e n t e d e u n a t e l e v i s i n q u e c h i l l a b a c o n e l v o l u m e n a t o d o

    t r a p o . S e a c e r c d e s p a c i o a l a s i e n t o v a c o , s i n t i e n d o s u p u l s o r e p i q u e t e a r e n l a g a r g a n t a . D e r e p e n t e , u n a m a n o h e l a d a l e a t e n a z

    f u e r t e m e n t e e l c u e l l o ; a p r e t a b a m u c h o , c a d a v e z m s ; a l g u i e n l o e s t a b a e s t r a n g u l a n d o . J a v i s e a h o g a b a . T e n a q u e h a c e r a l g o y r p i d o .

    S i n s a b e r m u y b i e n c m o , l e p r o p i n u n a f u e r t e p a t a d a e n l a e n t r e p i e r n a a s u a g r e s o r , y s a l i c o r r i e n d o p o r p a t a s h a c i a l a p l a n t a d e a r r i b a .

    S u b i l a s e s c a l e r a s c o m o s i n o f u e r a n e s c a l e r a s , y s e l a n z d e c a b e z a h a c i a l a p u e r t a t o d a v a a b i e r t a d e s u h a b i t a c i n . P e r o u n a i m a g e n

    m a c a b r a l e p a r a l i z e l c u e r p o : s u a b u e l a e s t a b a c o l g a d a d e l c u e l l o c o n u n a s o g a . Y a h a b a n m a t a d o a l a b u e n a s e o r a ; l s e r a e l s i g u i e n t e .

    S u b i h a s t a e l d e s v n y a l l s e e s c o n d i d e t r s d e u n m o n t n d e c a j a s .

    Q u i e n q u i e r a q u e f u e r a a q u e l l a s o m b r a e n o r m e , s e d e s l i z a b a p o r l a c a s a c o m o s i l a c o n o c i e r a d e s i e m p r e . Y a e n e l d e s v n , s e p u s o a

    b u s c a r c u i d a d o s a m e n t e e n c a d a r i n c n . Y p r e c i s a m e n t e e s e e s m e r o l e h e l a b a l a s a n g r e a l n i o . S i l o c o g a , s e g u r a m e n t e t e n d r a u n f i n a l

    a s d e l e n t o y m e t i c u l o s o .

    A q u e l e n g e n d r o o s c u r o n o t a r d m u c h o e n p e r c i b i r l o s m o v i m i e n t o s d e J a v i e n t r e l a s c a j a s q u e h a b a a l f o n d o . F u e h a c a a l l c o n l a

    m i s m a t r a n q u i l i d a d h o r r i p i l a n t e . J a v i e r p o d a o r e l s u e l o d e m a d e r a v i e j a c r u j i r b a j o l o s p i e s d e a q u e l l a m o n t a a e n o r m e s e d i e n t a d e

    s a n g r e . C u a n d o y a c a s i l o t e n a e n c i m a , e l n i o s a l i d e u n s a l t o d e e n t r e l a s c a j a s , e n t r e g r i t o s y t r o p e z o n e s , y c o r r i c o n l o q u e l e

    q u e d a b a d e f u e r z a h a c i a l a s e s c a l e r a s , c o n t a n m a l a s u e r t e q u e r e s b a l , y a h o r a m i s m o s u c u e r p o v a r o d a n d o e s c a l o n e s a b a j o , s i n s a b e r

    m u y b i e n q u s u e r t e l e e s p e r a u n a v e z q u e p a r e .

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    8/12

    Pgina 8

    R E F L E X I N P E R S O N A L S O B R E E L M A L T R A T O

    P o r C r i s t i n a H o y a

    E s r e p u l s i v o .

    E l h e c h o d e q u e a l g u i e n d o b l e g u e l a v o l u n t a d d e o t r a

    p e r s o n a , y d e q u e a d e m s e m p l e e l a f u e r z a o c u a l q u i e r o t r o

    m t o d o v i o l e n t o p a r a e l l o , e s l a m a y o r b a j e z a e n l a q u e s e p u e d e

    c a e r .

    H u m i l l a r a u n a p e r s o n a e s e l p e o r c a s t i g o a l q u e s e l a

    p u e d e s o m e t e r , p u e s s e l a d e s p o j a d e s u s v a l o r e s , d e s u

    c o n f i a n z a , d e s u l i b e r t a d . S e l e a r r e b a t a n l a f e l i c i d a d y l a s g a n a s

    d e v i v i r , y s e l a h a c e s e n t i r i n s i g n i f i c a n t e .

    C u a l q u i e r p e r s o n a q u e v e j e d e e s t a m a n e r a a o t r a ,

    l l e g a n d o h a s t a l o s p e o r e s e x t r e m o s , p i e r d e t o d a s l a s v i r t u d e s

    q u e p u d i e r a t e n e r ; n o v a l e n a d a ; s e c o n v i e r t e e n a l g u i e n i n d i g n o

    y c a r e n t e d e v a l o r e s .

    E s d i f c i l i m a g i n a r q u e s l o q u e p u e d e p e n s a r , q u e s l o

    q u e p u e d e s e n t i r a l g u i e n c u a n d o s a b e q u e l e e s t a m a r g a n d o l a

    v i d a a o t r a p e r s o n a . M s d i f c i l a u n e s s a b e r c m o s e p u e d e

    d i s f r u t a r c o n e l d o l o r a j e n o ; u n d o l o r q u e s e p o d r a e v i t a r

    s i e m p r e .

    Q u i z e s t o s c o m p o r t a m i e n t o s h a c e n s e n t i r b i e n , m s

    f u e r t e o s u p e r i o r a l m a l t r a t a d o r , o t a l v e z a l g u n o s e s i e n t a u n a

    m i e r d a .

    S e a c o m o s e a , e l m a l t r a t o e s r e p u g n a n t e . N o h a y

    d e r e c h o .

    HHOOMMOOPPEERRTTEERRRRIITTUUSS.. Por Rodrigo Martn.

    Tal vez, en las interminables noches de la infancia denuestra especie, un avispado homo sapiens observ asus compaeros de clan, encogidos en un rincn de sucueva, temblando de fro y de miedo por todas lasamenazas reales e imaginarias que poblaban aquel mundotan hostil. Y nuestro homo sapiens lo entendi a la

    perfeccin. Este miedo era un arma cargada de futuro. Ya lo mejor supo ge3stionar ese miedo, dosificarlos,administrarlo. Haba nacido el liderazgo y el terror comoeficiente mtodo de control social.

    Y desde entonces nada ha cambiado.Exageraciones?

    En Europa ante el espejo el historiador JosepFontana haca una sntesis de los momentos msimportantes de la historia europea desarrollando la tesisde que esta identidad siemrpe se ha haba construido conel miedo al 0tro. Los persas, los brbaros, elcampesinado Siempre alguien a quien temer. Unaamenaza para conexionar al grupo. El miedo como

    pegamento social.El miedo, el terror. Eso s, podramos pensar que en

    nuestro mundo racional e ilustrado hemos superado esostemores, aunque como dijo una escritora inglesa Yo nocreo en los fantasmas, pero me dan miedo. Cada poca,tambin la nuestra, crea y se alimenta de sus propiosmiedos. Miedo a Ben Laden, casi un arquetipo de villanocuyo carisma se ha ideo reduciendo poco a poco, miedo alcambio climtico sabiamente aprovechado por vendedoresde humo como Al Gore, que ha entendido que siempreser ms rentable asustar con un glaciar derretido quecon el hambre en el mundo, miedo a la gripe A, ejemplo de

    paranoia controlada, miedo a la crisis, miedo a lucharcontra la crisis. Miedo, como escribi Erich From, a lalibertad. Y de ah slo hay un paso para dejarse acunarpor el totalitarismo.

    En definitiva, somos unos primates temerosos Esese el precio de la mortalidad? Las religiones organizadas,por supuesto, han sabido construir sus imperiosterrenales con ese terror. Y Cmo no temer al Dios delAntiguo Testamento o al Dios omnisciente y hermtico dellos calvinistas? Tenemos la tentacin, el pecado, lapenitencia, el purgatorio, el infierno. Miedo en esta vida,miedo en la otra vida

    Pero dejemos la teologa y la metafsica. Es buenotener miedo, recordar que uno est vivo y es vulnerable.Nuestra cultura ha creado ficciones para ayudarnos aconvivir con el terror. Desde el divino Poe hasta StephenKing, el placer del escalofro siempre nos ha acompaado.Ah tenemos el vampiro como smbolo de una sexualidadreprimida, convertido hoy por culpa de la sagaCrepsculo es un conservador defensor de la virginidad(los mormones no deberan escribir novelas de vampiros,est claro), o el hombre lobo, que representa nuestranaturaleza animal, hobbesiana. O el zombi, smbolo denuestro miedo a la masa impersonal, a perder nuestraindividualidad.

    As que, ya que no podemos vivir sin nuestro viejocompaero de viaje, el terror, al menos intentemos que elviaje sea divertido. Pero no olvidis lo que deca uno delos replicantes de Blade Runner: Es una experiencia vivircon miedo. Eso es lo que significa ser un esclavo.Representacin del Grupo de Teatro del I.E.S. "Aravalle"

    F o t o g r a f a d e M a r a C a s a m a y o r

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    9/12

    C a m i n d e c i d i d a m e n t e , d e j a n d o a t r s e s e a n t r o c o n s u r u i d o ( n o , n o e r a m s i c a ) , s u l u z m a r e a n t e y s u s

    v e n d i d o s a l a d e g r a d a c i n . P o r q u h a b a h e c h o c a s o a l a s p r o p u e s t a s d e a c u d i r , s i s a b a d e s o b r a q u e n o m e

    g u s t a b a e s e a m b i e n t e ? I g n o r f i n a l m e n t e m i r a b i a y d e j a m i m e n t e o c u p a r s e d e t e m a s e n l o s q u e p e n s a m o s

    s i n a p e n a s d a r n o s c u e n t a y q u e p a r e c e n c i r c u l a r p o r n u e s t r a c a b e z a c o m o s i t u v i e r a n v i d a p r o p i a . A v a n z a b a

    a u s e n t e a t r a v s d e l a s c a l l e s c o m o u n a a u t m a t a d e s t i n a d a a s e g u i r e l c a m i n o a c a s a . C u a n t o a n t e s l l e g a r a ,

    m e j o r ; y a e r a t a r d e y n o q u e r a p e r d e r m s v a l i o s a s h o r a s d e s u e o p o r u n a e s t u p i d e z . E s t a b a t a n a b s o r t a e n m i s

    p e n s a m i e n t o s y t a n d e s p r e o c u p a d a d e l o q u e m e r o d e a b a , q u e n o p u d e o r l a p u e r t a d e a q u e l c o c h e q u e s e a b r i

    y d e j e s c a p a r u n o s p a s o s r p i d o s . F u i i n c a p a z d e p e r c i b i r c o m o s e a c e r c a b a e l s o n i d o e x t r a a m e n t e . N o m e

    p r e o c u p p o r c r e a r u n a i d e a d e p e l i g r o e n m i c a b e z a . N o h a s t a q u e u n a m a n o a p r e t m i b o c a y u n b r a z o r o d e

    m i s b r a z o s j u n t o a m i c i n t u r a .

    A b r l o s o j o s a p r e s u r a d a m e n t e , y s e n t u n p r o f u n d o v r t i g o q u e n o d e j l u g a r p a r a m s s e n s a c i o n e s

    d u r a n t e u n i n s t a n t e . T o d o m i c u e r p o s e a l t e r . E l c o r a z n p a r e c a q u e r e r e s c a p a r d e m i p e c h o , y l a a d r e n a l i n a m e

    d e s t r o z a b a l o s n e r v i o s h a c i n d o m e t e m b l a r e h i p e r v e n t i l a r d e s c o n t r o l a d a m e n t e . U n s o l l o z o d e a n g u s t i a e m p e z

    a e s c a p a r d e m i s p u l m o n e s y e l p n i c o p a r e c a i n t e n t a r m a t a r m e . P e r m a n e c a s d u r a n t e u n p e r i o d o d e t i e m p o

    i n d e f i n i d o . T a r d u n r a t o e n d a r m e c u e n t a d e q u e e s t a b a s e n t a d a e n u n a s i l l a , c o n l a s m a n o s a t a d a s p o r d e t r s ,

    d e s n u d a . N o p u e d o d e s c r i b i r n a d a m s d e l l u g a r e n e l q u e m e e n c o n t r a b a y a q u e l a o s c u r i d a d e r a t a l q u e m i s

    p u p i l a s f u e r o n i n c a p a c e s d e , a n d i l a t n d o s e e x a g e r a d a m e n t e , r e c o g e r a l g n r e s q u i c i o d e l u z .

    O u n a p u e r t a d e j a n d o p a s o a a l g u i e n , q u e l a v o l v i a c e r r a r p e r m i t i n d o m e e s c u c h a r u n a s c a d e n a s ;

    h a b a u n c a n d a d o . D e e s t o m e e n t e r m s t a r d e , a l i g u a l d e q u e e s t a b a e n u n a o s c u r a d e p e n d e n c i a d e u n

    a l m a c n a b a n d o n a d o d e m i c i u d a d .

    N o t c m o a l g u i e n v i n o d e s d e l a p u e r t a , q u e e s t a b a a m i e s p a l d a , h a s t a e n f r e n t a r s e a m . L o p u d e s a b e r

    p o r q u e m i e n t r a s r o d e a b a l a s i l l a a c a r i c i m i p e l o d e j a n d o e s c a p a r u n a r i s a c a s i i m p e r c e p t i b l e . E s t o m e h i z o , n o s e

    p o r q u , p e r m a n e c e r t o t a l m e n t e s i l e n c i o s a e i n m v i l , y a g u z a r t o d o s l o s s e n t i d o s , c o m o c u a n d o u n n i o e n s u

    c a m a i m a g i n a t e r r i b l e s m o n s t r u o s a c e c h n d o l e . N o t q u e s e e s t a b a d e s v i s t i e n d o . E s o m e h o r r o r i z .

    E m p e z a t o c a r m e . P r i m e r o , e l c u e l l o , l u e g o , l o s p e c h o s ,

    d e s p u s , e m p e z a b a j a r u n a s m a n o s q u e i m a g i n

    s u c i a s y a s q u e r o s a s e n d i r e c c i n a m i o m b l i g o , a u n q u e

    n o e r a a l l a d o n d e s e d i r i g a n . P e r o c u a n d o n o t q u e

    a p r o x i m a b a s u c a r a p a r a l a m e r m e , a l g o e n m d e s p e r t

    d e g o l p e h a c i n d o m e t e n s a r t o d o s l o s m s c u l o s y c a

    i n s t a n t n e a m e n t e a l s u e l o h a c i a a t r s , c o n l a s i l l a a t a d a

    a m i e s p a l d a . L e v a n t r p i d a m e n t e d n d o m e g o l p e s

    c o n t r a l a p a r e d y h a c i n d o m e d a o c o n m i s a t a d u r a s ,

    e n t o n c e s l m e a g a r r d e l o s b r a z o s h a c i n d o m e g r i t a r y

    e m p e z a d i s f r u t a r d e m i c u e r p o . N o . E r a t e r r o r f i c o , n o

    p o d a p a s a r m e . N o . N o ! g r i t . M e r e v o l v

    r e p e n t i n a m e n t e c o n u n a f u e r z a s o b r e n a t u r a l y c a a l

    s u e l o p r o v o c n d o m e d o l o r e s i n s o p o r t a b l e s . M e g r i t

    P u t a ! M e l e v a n t j u n t o c o n l a s i l l a y m e t i r

    b r u t a l m e n t e o t r a v e z c o n t r a e l s u e l o .

    E l d o l o r f u e t e r r i b l e e n m i e s p a l d a , p u e s p a r t l a s i l l a c o n e l l a . P e r o e l a s q u e r o s o p e r s o n a j e h a b a

    s i d o t a n i m b c i l d e h a c e r u n n u d o q u e d e p e n d a d e u n a b a r r a d e l a s i l l a a l a q u e e s t a b a a t a d o , y a h o r a s e

    h a b a d e s e c h o .

    L a s e p a r a c i n d e m i c u e r p o d e e s e a r m a t o s t e p a r e c i l i b e r a r m e . T r a j o c o n s i g o u n a l i v i o y u n a

    s e n s a c i n d e l i b e r t a d q u e i n u n d a r o n p o r c o m p l e t o m i a t e r r a d a m e n t e y m i d o l o r i d o c u e r p o . C a s i m e

    o l v i d d e l v i o l a d o r . M e e m p u j c o n t r a l a p a r e d q u e e s t a b a d e t r s d e m y s e d i s p u s o a c o n t i n u a r c o n l a

    s a t i s f a c c i n d e s u s d e s e o s , p e r o l e g o l p e y p u d e l i b e r a r m e d e s u s m a n o s , m e l a n c a l e x t r e m o o p u e s t o

    d e l a s a l a . E n t o n c e s m e d i c u e n t a d e q u e i g u a l q u e y o n o p o d a v e r l e l t a m p o c o s a b a d n d e e s t a b a y o .

    E m p e c a p e n s a r . T o d o l o q u e e x i s t a p a r e c i a u s e n t a r s e d u r a n t e u n m o m e n t o y s l o h u b o u n a c o s a .

    R a b i a . M e a g a c h y r a s t r e r p i d a m e n t e e l s u e l o c o n l a s m a n o s , h a c i n d o m e c o n u n a p a t a d e l a s i l l a

    d e s t r o z a d a . S u p e q u e l s e e n c o n t r a b a a n e n e l m i s m o l u g a r y m e a b a l a n c l a n z a n d o a t a q u e s f u r i o s o s

    e n t o d a s d i r e c c i o n e s c o n l a r u d i m e n t a r i a a r m a . L e a c e r t u n g o l p e b r u t a l e n l a s i e n q u e l e t i r a l s u e l o . M e

    d i c u e n t a d e q u i n t e n a e l p o d e r . L e d o t r a v e z e n l a e s p a l d a , h a c i n d o l e g r i t a r . O t r a v e z . O t r a v e z . L a

    p a t a d e s i l l a s e p a r t i , p e r o e s t o n o m e h i z o c e s a r , m e d i o a n m s f u r i a . T e n a q u e m a t a r l o . H i j o d e p u t a !

    G r i t c o n v o z d e s g a r r a d a , m e p u s e s o b r e l y l e d i u n p u e t a z o e n l a b o c a , n o t a n d o c o m o s e p a r t a n s u s

    s u c i o s d i e n t e s . C a b r n , t e v o y a m a t a r ! V o l v a d a r l e c o n m s f u e r z a . G r i t y l e g o l p e e n l o q u e c i d a p o r l a

    v e n g a n z a h a s t a q u e a g o t m i s f u e r z a s . D e s p u s m e t e n d e n e l s u e l o y s i m p l e m e n t e m e d e s v a n e c p r e s a

    d e e s a s o b r e c a r g a e m o c i o n a l .

    E s t c l a r o q u e m u r i , e s m s , t r a s e l p r i m e r g o l p e e n l a c a b e z a q u e d e n c o m a , s e g n

    i n v e s t i g a c i o n e s p o s t e r i o r e s . E n c o m a , a m i m e r c e d , c a b r n . N o m e a r r e p i e n t o d e h a b e r c o m e t i d o u n

    h o m i c i d i o a p e s a r d e l t i e m p o q u e h a p a s a d o .

    V o l v e r a a m a t a r l o .

    Pgina 9

    V I O L A C I N . P o r O l m o G m e z .

    Fotografa de Mara Casamayor

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    10/12

    EL ESCONDITE. Por Paula Andaluz.

    Slo escuchaba aceleradas y los chasquidos de ramas y hojas secas alpisarlas. stos se producan cada vez ms deprisa, porque apuraba su paso.Llevaba un vestido blanco muy pomposo y unos zapatos de charol haciendojuego. Hora de detenerse y mirar hacia algn lado; observar, buscar cualquierque le permitiera situarse, orientarse. Nada; el juego se le haba ido de lasmanos. Horas antes sus padres y ella haban ido a casa de su abuela, a hacerla visita mensual. All solan juntarse con el resto de la familia. Despus de

    comer, todos los nios salan a jugar por los alrededores de la gran finca endonde la abuela viva. Hoy tocaba jugar al escondite. ngela era la mspequea y siempre le tocaba el peor papel en los juegos, porque jugaran alo que jugaran no tena la habilidad tan desarrollada como sus primos, y ellosse aprovechaban de ello. Harta y siguiendo el juego, se haba saltado lasnormas y se haba adentrado en el bosque, donde estaba prohibido acudirsin el acompaamiento de un adulto. Ella quera dar una leccin a susprimos; un importante error que le terminara costando caro.

    All estaba sentado encima de una roca, manchada de arriba abajo, portodos los tropezones que se haba metido, y con el lazo que llevaba en lacoleta desecho. Para colmo, la noche se estaba imponiendo y la oscuridad loestaba envolviendo todo. Empez otra vez a caminar; pero a lo lejos escuch

    un gran aullido que la hizo ponerse muy nerviosa. No saba qu hacer. Losaullidos cada vez eran ms constantes y los escuchaba ms cerca. No veanada, ya que la espesura de los rboles esconda la luna. De repente, unosojos tremendamente grandes y rojos se posaron en ella. No poda casirespirar, de la presin que tena en el pecho por la horrible imagen que tenadelante. Empez a correr y a correr; pero pareca era como en esos sueosen los que intentas avanzar, y no puedes. Ella senta cada vez ms cerca aesa espeluznante figura; no lograba librarse de ello.

    Tras la carrera, llego a un claro, y sin saber cmo, se empez a hundir enel suelo que estaba pisando. Cay en un gran hueco, de gran profundidad.Estaba histrica. A pesar de la altura a la que se encontraba el suelo en elque haba corrido antes, la cada sorprendentemente no haba sido muy

    dolorosa, y no se haba hecho demasiado dao. No vea nada, pero se habatranquilizado un poco, ya que no haba ninguna seal de que el ser de losojos rojos estuviera por all. Se puso de pie y entonces se dio cuenta de quepisaba en blando, y de que haba un olor insoportable. Progresivamente, laluna llena ilumin el hueco en el que se hallaba, y pudo ver con total claridadque estaba dentro de un agujero lleno de cadveres; cuerpos desguazadosde todo tipo de animales medio podridos. Empez a chillar; pero grito msfuerte aun cuando se dio cuenta de que tambin haba manos humanas;vea manos de personas!, cadveres de gente tambin en proceso dedescomposicin; caras deformadas con ojos abiertos como platos, y cuerposcubiertos con largas y muy sucias tnicas, imposibles de identificar. Muchosde aquellos cuerpos estaban sin cabeza. Los que s las conservaban, las

    tenan envueltas en oscuras capuchas de pao rodo. Mirando con cuidado,a pesar de su espanto, se dio cuenta de que lucecitas rojas salan de loshuecos oscursimos de aquellas capuchas, y comenz a escuchar, ms all desu respiracin colapsada, lo que parecan ser oraciones o lamentos, pero conpalabras indescifrables. Aquello no era su idioma. La nia grit y grito enaquel escondite profundo, en el que muy seguramente nadie podraencontrarla nunca.

    Pgina 10

    E L P E Z P I E D R A . P o r E v a S n c h e z H e r n n d e z .

    E s u n p e z q u e h a b i t a e n l a s a g u a s d e l O c a n o P a c f i c o y e n l o s a l r e d e d o r e s d e A u s t r a l i a . E s u n o d e l o s p e c e s m s

    v e n e n o s o s q u e e x i s t e n . E l c o n t a c t o c o n l a s e s p i n a s d e s u s a l e t a s , q u e c o n t i e n e n u n p o t e n t e v e n e n o n e u r o t x i c o , p u e d e s e r

    d i r e c t a m e n t e m o r t a l p a r a l o s s e r e s h u m a n o s . P o r s e r d e c o l o r v e r d e y m a r r n , t i e n e u n p e r f e c t o c a m u f l a j e , p o r l o q u e

    p u e d e s e r p i s a d o d e f o r m a a c c i d e n t a l . A l c l a v a r n o s u n a e s p i n a , a p a r e c e u n d o l o r i n t e n s o , q u e s e e x p a n d e p o r t o d o e l

    m i e m b r o , y a l c a n z a s u m x i m o n i v e l e n u n a h o r a . E s t e d o l o r l o c a l i z a d o s e a c o m p a a d e d o l o r d e c a b e z a , v m i t o s ,

    h i p e r t e n s i n a r t e r i a l , y e n o c a s i o n e s , a r r i t m i a s c a r d i a c a s , p a r l i s i s m u s c u l a r y p a r a d a c a r d i o r r e s p i r a t o r i a . S i l a p e r s o n a

    s o b r e v i v e , l a c u r a c i n e s l e n t a . A n u a l m e n t e s e d a n m i l e s d e c a s o s d e p i c a d u r a s m o r t a l e s d e p e z p i e d r a .

    LA LLEGADA DEL OTOO. Por Alba Garca.

    Cada vez son ms los adeptos a la recoleccin de hongos

    en nuestra comarca. Las setas pueden ser un manjar en nuestra

    mesa o convertirse en un arma letal si no las identificamos

    correctamente. En otoo, solemos escuchar noticias sobre

    envenenamientos y muerte causadas por la ingesta de setas

    venenosas. Algunas son fciles de identificar, otras ms

    complicadas y se pueden confundir fcilmente con setas

    comestibles. Es importante informarse sobre las caractersticasde estos seres vivos.

    Los hongos son seres vivos hetertrofos; por lo tanto,

    adquieren sus biomolculas orgnicas a partir de las

    biomolculas de otros seres vivos. Algunos hongos que por sus

    caractersticas no son txicos podran serlo si se encuentran en

    superficies contaminadas. Aunque este hecho no parece tener

    relacin con ninguna de las intoxicaciones, conviene tenerlo en

    cuenta. En nuestros campos contamos con ejemplares de

    hongos muy venenosos que conviene identificar correctamente:

    Amanita phalloides: la cicuta verde, como se la conoce

    vulgarmente; es la responsable de la mayor parte de los casos

    de intoxicacin por hongos en nuestro pas. Su veneno es tan

    potente, que puede provocar la muerte tras la ingesta de un

    solo ejemplar. El veneno de la amanita phalloidesataca a lasclulas del sistema nervioso central, hgado o msculos,

    destruyndolos, y sus efectos aparecen entre seis y doce horas

    despus de su ingesta. Los sntomas ms frecuentes son

    nuseas y vmitos, diarrea sanguinolenta, clicos Cuando

    aparecen, algunos rganos han sufrido ya daos importantes,

    por lo que es esencial acudir al hospital lo antes posibles.

    Amanita muscaria: la matamoscas, tiene la virtud de

    paralizar a los insectos que entran en contacto con ella; de ah

    su apodo. Igual que la phalloides, la amanita muscariacrece

    en entornos muy variados, en todas las cotas y asociada a las

    races de los rboles; normalmente, hayas, pinos negros o

    abedules. Aparece a finales de verano y principios de otoo en

    toda Espaa. Su veneno tiene un efecto principalmente

    neurotxico de consecuencias graves, aunque nonecesariamente mortales. Adems, es txica para el intestino e

    hgado, y tiene propiedades alucingenas. Los sntomas que

    provoca son gastrointestinales (vmitos, clicos, etc.) y se

    manifiestan unas dos horas despus de su ingesta.

    Boletus Satans: este hongo de grandes dimensiones es

    menos peligroso de lo que anuncia su nombre. La seta de

    Satans no es, como se crea antiguamente, letal, pero s posee

    cierta toxicidad. Suele crecer en los claros de los bosques junto a

    las races de encinas, hayas y robles. Es poco comn, pero suele

    crecer en zonas de media altura de las montaas o en las

    partes ms altas de tierras bajas. Su veneno resulta

    especialmente txico cuando se consume cruda, e indigesto

    una vez cocida. Produce trastornos gastrointestinales con

    vmitos y diarreas, que se manifiestan poco despus de suconsumo.

    Otra seta menos peligrosa es la lactarius torminosus; es

    el nscalo falso, por el estrecho parecido que guardan ambas

    especies.

    Es muy importante ser conscientes de los peligros que

    pueden entraar estos seres vivos si nos adentramos en su

    mundo sin los conocimientos adecuados.

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    11/12

    Pgina 11

    R E L A T O S C O R T O S . A u t o r e s v a r i o s .

    " A p a r t i r d e a q u e l m o m e n t o t o d o c a m b i a r . E l l a d e j a r

    d e c r e e r e n a q u e l l o s c u e n t o s d e h a d a s q u e t a n t o l e

    g u s t a b a n d e s d e n i a " .

    " N a c i a l m i s m o t i e m p o q u e s u s u e r t e m o r a " .

    " N o t e p r o m e t o n a d a ; a h o r a q u i t a r m i m a n o d e t u

    c u e l l o , y y a v e r e m o s " .

    " E l l t i m o h o m b r e s o b r e l a t i e r r a d e s p e r t s i n

    s o b r e s a l t o . S e s e n t a c a n s a d o . A t i n a m i r a r a s u l a d o

    a l s e n t i r u n a b r i s a t i b i a a c a r i c i a n d o s u r o s t r o . S u p o q u e

    l e s o b r a b a t i e m p o p a r a e l e g i r l a s p a l a b r a s " .

    " N o m e m i r e s a s , s a b e s q u e t e g u s t a . F i n a l m e n t e ,

    r e s p i r a r s h o n d o y l o h a r s . D i o s ; c m o o d i a s e l b r i l l o

    d e m i s o j o s ! "

    " E x i s t i u n s a b i o q u e u n d a s e l e v a n t y n o s u p o q u e

    p e n s a r " .

    " S o n e l d e s p e r t a d o r p e r o y a l l e g a b a t a r d e " .

    " E l d e s i g u a l s i l b i d o d e l a c a f e t e r a i t a l i a n a , e l b a l i d o

    q u e j u m b r o s o d e l a s o v e j a s , t u s p u p i l a s d e f i n i t i v a m e n t e

    d i l a t a d a s "

    " L a s p u e r t a s d e l c i e l o s e a b r i e r o n d e g o l p e y S a n

    p e d r o , a s u s t a d o , s e l l e v l a s l l a v e s a l a c a b e z a " .

    " Y a a l d e s p e r t a r , t e d i s t e c u e n t a d e q u e y a n o q u e d a b a

    n a d a , d e q u e n u n c a h u b o n a d a , s l o t u p r e t e n s i n

    i n f a n t i l d e e x i s t i r A h o r a c i e r r a l o s o j o s y v u e l v e a l

    c l i d o s i l e n c i o " .

    " A y e r m e e n c o n t r a m i a b u e l a r e c i n m u e r t a y l e

    p r e g u n t :

    - P e r o a b u e l a , N o c r e e s q u e e r e s m u y m a y o r p a r a

    a n d a r s o l a p o r a h ?

    Y m e c o n t e s t :

    - P e r o n i e t a , Y t n o c r e e s q u e e r e s m u y p e q u e a p a r a

    m a t a r m e s i n s a b e r q u e h o r a s a n t e s t e h a b a e n v e n e n a d o

    l a c e n a ?

    Y l a m i r c o n c a r a d e a s o m b r o " .

    A L T E R N A T I V A A U N A I D E A M U Y B U E N A

    " A y e r m e e n c o n t r a m i a b u e l a r e c i n m u e r t a , y l e

    p r e g u n t :

    - P e r o , a b u e l a N o c r e e u s t e d q u e e s t m u y m a y o r p a r a

    m o r i r s e s i n a v i s t a r ?

    Y e l l a m e c o n t e s t :

    - Y t u n o e r e s m u y p e q u e a p a r a m a t a r m e s i n a v i s a r ?

    Y o n o p u d e s i n o m i r a r l a c o n m i m e j o r c a r a d e

    a s o m b r o " .

    " T u s p u p i l a s d e f i n i t i v a m e n t e d i l a t a d a s " .

    " S l o s q u e m e d o r m , y t o d a v a e s t o y e s p e r a n d o " .

    " V a m s a l l t u i m a g i n a c i n d e l o q u e p u e d e s

    i m a g i n a r ? "

    EL MIEDO. POR OLMO GMEZ.El mecanismo que desata el miedo se encuentra, tanto en personas como

    en animales, en el cerebro, concretamente en el sistema lmbico, que es elencargado de regular las emociones, la lucha, la huida y la evitacin del dolor, yen general de todas las funciones de conservacin del individuo y de laespecie. Este sistema revisa de manera constante (incluso durante el sueo)

    toda la informacin que se recibe a travs de los sentidos, y lo hace mediantela estructura llamada amgdala cerebral, que controla las emociones bsicas,como el miedo y el afecto, y se encarga de localizar la fuente del peligro.Cuando la amgdala se activa se desencadena la sensacin de miedo yansiedad, y su respuesta puede ser la huida, la pelea o la rendicin. Se haencontrado que la sensacin de miedo est mediada por la actuacin de lahormona antidiurtica (o vasopresina) en la amgdala cerebral y la del afectolo est a la de la hormona oxitocina, tambin en la amgdala. Est en estudio unantagonista selectivo de la vasopresina, el compuesto SSR149415, que bloqueala sensacin de miedo social miedo hacia otros animales de la mismaespecie- pero no otros tipos de miedo; los frmacos que bloquean el miedosocial por antagonismo de la vasopresina es posible que nunca se comercialicen

    dada las misiones, biolgicas y de otros tipos, que tiene tal tipo de miedo en elfuncionamiento de las sociedades animales incluida la humana (es de destacarque el etanol inhibe la produccin de vasopresina); estudios con resonanciamagntica de la amgdala cerebral estn encontrando datos que indican quelos llamados psicpatas sociales sufren atrofia de las amgdalas cerebrales loque les provocara la prdida del miedo social y del afecto que las caracteriza.

    Es interesante sealar que el miedo al dao fsico provoca la misma reaccinque el temor un dolor psquico.

    La extirpacin de la amgdala parecen eliminar el miedo en animales, perotal cosa no sucede en humanos (que a lo sumo, cambian su personalidad y sehacen ms calmados), en los que el mecanismo del miedo y la agresividad esms complejo e interacta con la corteza cerebral y otras partes del sistemalmbico.

    El miedo produce cambios fisiolgicos inmediatos: se incrementa elmetabolismo celular, aumenta la presin arterial, la glucosa en sangre y laactividad cerebral, as como la coagulacin sangunea. El sistema inmunitariose detiene (al igual que toda funcin no esencial), la sangre fluye a losmsculos mayores (especialmente a las extremidades inferiores, enpreparacin para la huida) y el corazn bombea sangre a gran velocidad parallevar hormonas a las clulas (especialmente adrenalina). Tambin se producenimportantes modificaciones faciales: agrandamiento de los ojos para mejorar lavisin, dilatacin de las pupilas para facilitar la admisin de luz, la frente searruga y los labios se estiran horizontalmente.

    Como el sistema lmbico fija su atencin en el objeto amenazante, loslbulos frontales (encargados de cambiar la atencin de una cosa a otra) se

    desactivan parcialmente. Durante un ataque de pnico la atencin conscientequeda fijada en el peligro, y si los sntomas fisiolgicos como el ritmocardaco, y si los sntomas fisiolgicos como el rito cardaco o la presinsangunea son interpretados por el sujeto como una confirmacin de larealidad de la amenaza se produce una retroalimentacin del miedo, que impideuna ponderacin del autntico riesgo. Esto sucede, especialmente, en el casolas fobias: la atencin del fbico es incapaz de prestar atencin a otra cosa ymagnifica el peligro ante la incomprensin de los presentes.

    La consolidacin en la memoria de un episodio de miedo intenso (o de untrauma) no es inmediata. Segn los investigadores Min Zhuo, Bao Ming Li yBong Kiun Kaang, la activacin de los receptores NMDA (que son las molculasque reciben las seales bioqumicas que provocan un efecto fisiolgico

    concreto) provocan que en esos receptores se produzca una huella en lasclulas cerebrales. En concreto, sera la subunidad molecular llamada NR2B laque servira de marca de memoria. En experimentos realizados con ratones, elbloqueo de la RN2B en la corteza prefrontal produjo la desaparicin de lareaccin a un miedo previamente experimentado.

  • 8/13/2019 01 ARCADIA BARCENSE Otoo 2010

    12/12

    MMIIEEDDOOSSAARRAAVVAALLLLEENNSSEESS..AAlluummnnaaddooqquueeppaassaabbaappoorraallll..

    Miedo a que le pase algo, a no estar a su lado cada da (L)Miedo a las mariposas.Miedo a no tener amigos (Nosotras estaremos siempre contigo,tonta)Miedo a los conserjes.Miedo a la gente que no piensa Jos Carlos, el de Lengua-.Miedo a las camisetas del Orientador Charo, la de Lengua-.Y a sus reuniones. Qui suis-je? (La de Francs, fijo).Miedo al to de la Feria de Ganado: Quita guapa que te pongo tibia.Miedo a perder a mi ninah!! T q E.M.G.Miedo a las lminas de plstica deMiedo a los pervertidos :DMiedo a que se nos olvide que somos todos seres de luz.Miedo a la ignorancia humana (ste ha ledo a Jos Carlos).Miedo a los ejercicios de Leonor (y yo).Miedo a las pelusas con dientes.La vida es una puta mierda (Andy) Pues la ma mola!Miedo a quedarme sin Bea y Celia.

    Mi mayor miedo: El miedo!Miedo al miedo de tener miedo.Miedo a la muerte.Miedo a algunas personas.Miedo a los test del Orientador.Miedo a Lengua.Miedo a la lengua.Miedo a no tener miedo; si no tuviera miedo, sera un psicpata.Miedo a algunas miradas.Miedo a otras personas.Miedo a la reforma laboral (Rodrigo, el de Sociales).Miedo a Direccin.Miedo a que me metan en esta seccin.

    AARRCCAADDIIAABBAARRCCEENNSSEESSOOMMOOSS::REDACCIN:Alba Garca Garca: [email protected] Gonzlez: [email protected] Hoya: [email protected] del Ro Martn: [email protected]

    Jess Gutirrez: [email protected] Casamayor: [email protected] Gonzlez Catn: [email protected] Andaluz: [email protected]

    Roberto Bermejo: [email protected] Jos Gonzlez: [email protected] Cerrada Oyamburu: [email protected]

    REPORTAJE:Ana Santos Garca: [email protected] Martn: [email protected] Martnez: [email protected]

    Eva Herrero: [email protected] Sanchez: [email protected] Teuln: [email protected] Martn: Vallejo [email protected] Gutirrez: [email protected]

    EDICIN:Luis Solera Galloso: [email protected] Martn Calle: [email protected] Hernndez: Hernndez [email protected]

    ILUSTRACINIrene Jimnez: [email protected] Casamayor: [email protected] Prieto Jimnez: [email protected] Martn Prez: [email protected] Prieto Alonso: [email protected]

    LOCUCINCarlos Jimnez Garca: [email protected] Hernndez Escudero: [email protected] Garca de las Heras: [email protected] Teuln: [email protected] Aliseda Garca: [email protected]

    ASESORAMIENTOCarlos Ferreira: [email protected]

    Charo Alonso: [email protected]

    Pgina 12

    LLAAPPEESSAADDIILLLLAA..PPoorrSSiillvviiaaMMaarrttnn..Llegaba a casa, era tarde y esperaba que sus padres

    tambin se hubieran retrasado. Por suerte eso pareca haberpasado. Pero al encontrarse delante de la puerta de su casa,un escalofro le recorri el cuerpo, sus manos temblaban, lavoz no le sala de la garganta: algo suceda dentro.

    Dud en abrir la puerta o salir corriendo, pero algo leimpulsaba para ir dentro de la casa.

    Una vez en el interior, vio algo espeluznante: su gran

    amigo y compaero no ladraba, estaba con los peloselectrocutados; sus ojos se encontraban fuera de sus rbitas.Haba sangre por todas partes. Su nerviosismo aumentaba;estaba aterrorizada. Subi a su habitacin y plas!, un ruidoensordecedor la dej paralizada en el centro de la escalera. Lasangre se le qued helada, no podra seguir. Se preguntabaQu habra pasado en su casa esta tarde? Seranfantasmas? Brujera? No poda seguir sin saber qu suceda.Subi a la segunda planta; todo pareca normal. Perorepentinamente, un fuerte grito se oy a sus espaldas. Salicorriendo, gritando ella tambin; no paraba de correr y cadavez corra ms deprisaTropez y cay al suelo. Una sombrase acercaba cada vez ms. Una mano casi familiar iba a

    tocarla. Ella grit y se despert. Luca estaba empapada desudor, respiraba con dificultad. Slo pasado un rato, se diocuenta de que haba sido un mal sueo. Una pesadilla, sedijo. Entonces se acost de nuevo; pero ya no pudo dormir.

    Con el inestimable apoyo del Equipo Directivo y la Jefatura de Estudiosdel I.E.S. "Aravalle".

    Fotografa de Mara Casamayor

    I

    I

    m

    m

    p

    p

    r

    r

    e

    e

    s

    s

    i

    i

    n

    n

    :

    :

    I

    I

    D

    D

    E

    E

    M

    M

    F

    F

    O

    O

    T

    T

    O

    O

    C

    C

    O

    O

    P

    P

    I

    I

    A

    A

    S

    S

    S

    S

    a

    a

    l

    l

    a

    a

    m

    m

    a

    a

    n

    n

    c

    c

    a

    a

    .

    .