V A L L E - I N C L Á N Y C I R O B A Y O :

S O B R E U N A F U E N T E D E S C O N O C I D A

D E TIRANO BANDERAS1

A Marcos A . Morinigo , m i maestro.

E n t r e l a Gente del 98 t a n g r á f i c a m e n t e e v o c a d a p o r R i c a r d o B a ­

r o j a , aparece d o n C i r o B a y o y S e g u r ó l a , " e l ú l t i m o a v e n t u r e r o espa­

ñ o l d e l a v i e j a , n o b l e c e p a " 2 . E r a d o n C i r o " u n v i e j o h i d a l g o q u i j o ­

tesco" 3 q u e " t e n í a t i p o f ís ico y e s p i r i t u a l de u n h o m b r e d e l s i g l o

x v n " ( P . B A R O J A , p . 119), u n " m a g n í f i c o c o m p u e s t o de s o l d a d o , de

v i a j e r o , de poeta , de asceta, de b o h e m i o , d a n d o a esta p a l a b r a s u sen­

t i d o m á s n o b l e " ( R . B A R O J A , p . 85). S e g ú n P í o B a r o j a , d o n C i r o era

" u n p o c o a b s u r d o y a r b i t r a r i o " (p. 118), o b s e r v a c i ó n m u y j u s t i f i c a d a ,

p u e s sabemos q u e se t o m a b a c i e r t a s l i b e r t a d e s c o n s u p r o p i a b i o g r a ­

fía. P o r e j e m p l o , e s c r i b i ó " d o s v e r s i o n e s de sus andanzas j u v e n i l e s ,

n i n g u n a de las dos exacta , a u n q u e e n a m b a s h a y r a s t r o de sucesos

v e r d a d e r o s " 4 . A d e m á s , p a r a l a n o t a b iográf ica q u e él m i s m o m a n d ó

a l a E n c i c l o p e d i a E s p a s a - C a l p e , se l e o c u r r i ó l a h u m o r a d a de e n v i a r

u n a f o t o g r a f í a de s u p a d r e e n vez de u n a p r o p i a . Y es este r e t r a t o

de d o n A d o l f o B a y o , b a n q u e r o m u y c o n o c i d o , de q u i e n C i r o e r a

h i j o n a t u r a l ( P . B A R O J A , p . 118), e l q u e aparece e n l a E n c i c l o p e d i a

a l f r e n t e d e l a r t í c u l o d e d i c a d o a C i r o B a y o .

N o es de e x t r a ñ a r q u e u n h o m b r e de v i d a t a n i n q u i e t a y n o v e ­

lesca — c a r l i s t a y p r i s i o n e r o de g u e r r a a l a e d a d de dieciséis años ,

m a e s t r o r u r a l e n l a A r g e n t i n a , v i a j e r o p o r E u r o p a e H i s p a n o a m é r i c a ,

y a p i e y s i n d i n e r o p o r t i e r r a s de C a s t i l l a , A n d a l u c í a y L e v a n t e ,

a u t o r de obras p i n t o r e s c a s — f u e r a a m i g o de d o n R a m ó n d e l V a l l e -

I n c l á n .

C o m o t e s t i m o n i o de esta a m i s t a d , í n t i m a y d u r a d e r a , V a l l e - I n -

c l á n i n c l u y ó a C i r o B a y o e n s u o b r a e s p e r p é n t i c a Luces de Bohemia

1 Este trabajo se leyó, e n u n a versión a b r e v i a d a , ante l a P h i l o l o g i c a l Assoei-

a t i o n of the Paci f ic Coast, r e u n i d a e n C l a r e m o n t , C a l i f o r n i a , los días 28 y 29 de

n o v i e m b r e de 1958. 2 R I C A R D O B A R O J A , Gente del 98, B a r c e l o n a , 1952, p . 85. 3 P í o B A R O J A , Desde la última vuelta del camino. Memorias, I V : Galería de

tipos de la época, M a d r i d , 1947, p . 118. 4 M . C A R D E N A L , " E l p e r e g r i n o escr i tor d o n C i r o B a y o y de Seguróla" , Clav,

1952, n ú m . 17, p . 33.

74 J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , X I V

c o n e l n o m b r e de D o n G a y 5 . A d e m á s , e n 1932, a l d e s c r i b i r a u n a n ­

t i g u o a m i g o l a t e r r i b l e p e n u r i a e n q u e v i v í a , V a l l e e v o c ó de l a

s i g u i e n t e m a n e r a e l m o m e n t o e n q u e e x p u s o s u a p r e m i a n t e s i t u a c i ó n

e c o n ó m i c a a sus h i j o s :

H i j o s míos, vamos a empeñar el reloj . Después de comernos estas

c ien pesetas, se nos i m p o n e u n ayuno s in término conocido. N o es cosa

de comprar u n a cuerda y ahorcarnos en reata. N o he sido n u n c a

sablista y q u i e r o m o r i r s i n serlo. Creo que los amigos me ayudarán,

c u a n d o menos p a r a alcanzaros plazas en los asilos. Y o me acogeré

a l A s i l o Cervantes. A l l í tengo u n amigo: D . C i r o B a y o ( F E R N Á N ­

DEZ A L M A G R O , p. 269).

P e r o h a y o t r o h o m e n a j e , q u i z á m á s c o n m o v e d o r , y e n t o d o caso

m á s caracter ís t ico de s u m a n e r a de ser, q u e V a l l e - I n c l á n o f r e n d ó a

d o n C i r o . P a r a Tirano Banderas, u n a de sus obras maestras , V a l l e

se i n s p i r ó e n Los Mar añones de C i r o B a y o , t e j i e n d o e n t r e las p á g i n a s

de su p r o p i a n o v e l a p a l a b r a s y frases q u e le p r o p o r c i o n ó e l l i b r o de

su a m i g o . Y n o só lo esto, s i n o q u e Los Marañones s i r v i ó d e engarce

e n t r e Tirano Banderas y otras fuentes q u e h a b í a de u t i l i z a r V a l l e ,

d e m o s t r á n d o l e a l m i s m o t i e m p o , c o n s u ' ' r a n c i o y a n i m a d o castel la­

n o " 6 , l a m e j o r m a n e r a de a p r o v e c h a r l a s .

E n e l Diccionario de literatura española se h a escr i to ú l t i m a m e n ­

te q u e C i r o B a y o es u n " e s c r i t o r más i n t e r e s a n t e p o r s u v i d a q u e p o r

s u o b r a , y a q u e t i e n e a v e n t u r a s c o m o las de c u a l q u i e r a d e sus n o v e ­

l a s " 7 . E s t e j u i c i o , a d e m á s de ser u n o de los m á s n e g a t i v o s q u e se

p u e d a n p r o n u n c i a r sobre l a o b r a de u n a u t o r , s o b r e sus esfuerzos

m á s c o n c r e t o s y afanosos p o r s o b r e v i v i r , p o r n o m o r i r d e l t o d o , es

u n o de los m e n o s d i g n o s de las p á g i n a s de u n d i c c i o n a r i o d e litera­tura. P u e s n o es m á s q u e u n a i n v i t a c i ó n a pasar p o r a l t o , a d e s d e ñ a r

l a t r a n s f i g u r a c i ó n art ís t ica de l a v i d a d e l a u t o r , s u v e r d a d t r a s c e n d e n ­

t a l , s u v i s i ó n p e r s o n a l de l a v i d a h u m a n a y sus c i r c u n s t a n c i a s , p a r a

prestar , e n c a m b i o , m á x i m a a t e n c i ó n a s u r e a l i d a d a n e c d ó t i c a . A

m e n o s q u e sea c o n e l p r o p ó s i t o de a l e n t a r a a l g ú n e s t u d i o s o a e m ­

p r e n d e r u n a b i o g r a f í a d e l a u t o r , es u n a m a n e r a h a r t o d e f i c i e n t e de

e v a l u a r sus m é r i t o s l i t e r a r i o s . Y es — d i c h o sea de p a s o — u n proce­

d i m i e n t o c r í t i c o a l c u a l se d e b e q u e se c o n o z c a n t a n m a l las obras de

otros escr i tores d e m a y o r i m p o r t a n c i a , c o m o Q u e v e d o , L o p e de V e g a

o T o r r e s V i l l a r r o e l , c u y a g r a n d e s d i c h a l i t e r a r i a es h a b e r t e n i d o v i ­

das interesantes . P e r o l o q u e se lee e n e l Diccionario de literatura

5 R A M Ó N D E L V A L L E - I N C L Á N , Obras completas, 3* ed., P l e n i t u d , M a d r i d , 1954,

t. 1, p p . 897-900; M . F E R N Á N D E Z A L M A G R O , Vida y literatura de Valle-Inclán,

M a d r i d , 1943, p p . 208-209, n . 1. 6 V A L L E - I N C L Á N , Luces de Bohemia, en Obras completas, ed. cit . , t. 1, p . 897. 7 Diccionario de literatura española, 2* ed., M a d r i d , 1953, p . 80. E n e l m i s m o

art ículo se h a b l a d e las Leyendas amenas de C i r o B a y o . S o n , s i n d u d a , sus Le­

yendas áureas del Nuevo Mundo, entre las cuales se i n c l u y e n Los Marañones.

J N K ^ M , X I V V A L L E - I N C L Á N Y CIRO B A Y O 75

española n o es s i n o e l eco de u n a especie de a c t i t u d o f i c i a l h a c i a

C i r o B a y o . P o r q u e este escr i tor , " p r o s i s t a d e r a r o m é r i t o " ( F E R N Á N ­

D E Z A L M A G R O , p . 209, n . 1), c u y o Lazarillo español8 m e r e c i ó e l p r e m i o

F a s t e n r a t h de l a R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a e n c o m p e t e n c i a c o n El árbol de la ciencia de P í o B a r o j a , n i s i q u i e r a se m e n c i o n a e n las co­

n o c i d a s h i s t o r i a s de l a l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a de V a l b u e n a P r a t , H u r t a d o

y P a l e n c i a y Á n g e l d e l R í o .

P o r ser así e l d e s t i n o l i t e r a r i o de C i r o B a y o , n o m e parece n a d a

e x t r a ñ o q u e , a l ras trear las fuentes de Tirano Banderas y , e n p a r t i c u ­

l a r , las referentes a l t i r a n o L o p e de A g u i r r e y s u r e b e l i ó n c o n t r a e l

r e y F e l i p e I I , a n a d i e se le h a y a o c u r r i d o c o n s u l t a r Los Marañones d e C i r o B a y o , q u e es p r e c i s a m e n t e u n a "espec ie d e n o v e l a históri­

c a " 9 p u b l i c a d a e n 1913 sobre esa figura " p o é t i c a m e n t e sa lva je"

( B A Y O , p . 243). P a r a d a r u n a i d e a d e l a c o m p l i c a d a s i t u a c i ó n q u e

existe c o n respecto a las fuentes de Tirano Banderas, r e s e ñ a r é l o q u e

se h a escr i to s o b r e e l s a n g u i n a r i o r e b e l d e L o p e d e A g u i r r e e n r e l a ­

c i ó n c o n e l i g u a l m e n t e feroz Santos B a n d e r a s .

R e f i r i é n d o s e a las obras de V a l l e - I n c l á n b a j o e l e n c a b e z a d o de

" I n f l u e n c i a s y o r i g i n a l i d a d " , d e c l a r a José A . B a l s e i r o q u e v a a seña­

l a r p a r a Tirano Banderas u n " p r e c e d e n t e e p i s ó d i c o q u e n o h a s i d o

o b s e r v a d o p o r n i n g u n o de sus c r í t i c o s " 1 0 . L u e g o , e n s u b r e v e análisis

d e l a n o v e l a , c i t a este c o n o c i d o f r a g m e n t o :

—¡Hi ja mía, n o habés vos servido p a r a casada y gran señora,

como pensaba este pecador que h o r i t a se ve e n e l trance de quitarte

l a v i d a que te d i o hace veinte años! N o es justo quedes [sic] en e l

m u n d o p a r a que te gocen los enemigos de t u padre— . . . Y sacando

d e l pecho u n puñal , tomó a l a h i j a de los cabellos p a r a asegurarla,

y cerró los ojos. — U n m e m o r i a l de los rebeldes dice que l a cosió de

[sic] q u i n c e puñaladas (BALSEIRO, p p . 168-169).

S e g ú n B a l s e i r o (p. 169), este c u a d r o " t i e n e u n p r e c e d e n t e d i r e c t o , i n ­

d i s c u t i b l e , e n e l l i b r o I , c a p í t u l o v i , de Las inquietudes de Shanti Andía, d e P í o B a r o j a , escr i to dieciséis años antes (1910)" . A c o n t i ­

n u a c i ó n ofrece c o m o p r u e b a e l s i g u i e n t e t r o z o :

L a s tropas d e l rey, unidas c o n algunos desertores de A g u i r r e ,

f u e r o n acorra lando a l capitán vasco como a u n a bestia feroz, para

d a r l e muerte .

Q u e b r a n t a d o , cercado, c u a n d o se v i o i r r e m i s i b l e m e n t e perdido ,

L o p e , sacando su daga, l a h u n d i ó hasta e l p u ñ o en e l corazón de su

h i j a , que era todavía u n a niña.

8 M . C A R D E N A L escribe — n o s i n c ier ta e x a g e r a c i ó n — q u e e l Lazarillo español

"es e l m e j o r l i b r o e n p r o s a d e l s i g l o " (art. c it . , p . 38, n . 9). 9 C I R O B A Y O , Los Marañones, M a d r i d , 1913, p . 7. 1 0 J . A . B A L S E I R O , Blasco Ibáñez, Unamuno, Valle-Inclán, Baroja, cuatro in­

dividualistas de España, C h a p e l H i l l , 1949, p p . 136 y 139.

7 6 J O S E P H H . S I L V E R M A N J N K F H , X I V

" — N o q u i e r o — d i j o — que se convierta en u n a m a l a mujer , n i que p u e d a n l l a m a r l a , jamás, l a h i j a d e l T r a i d o r " ( B A L S E I R O , p. 169).

E n e l m i s m o c a p í t u l o de Las inquietudes, B a r o j a ref iere q u e u n

t a l D o m i n g o de C i n c u n e g u i , a u t o r de u n o s Recuerdos históricos de Lázaro, escr ib ió a lgo s o b r e L o p e de A g u i r r e c o n i n f o r m e s sacados de

l a h i s t o r i a d e l P e r ú y de V e n e z u e l a . E l f r a g m e n t o q u e c i t a B a l s e i r o

f o r m a p a r t e de u n o s datos históricos sacados p o r B a r o j a de l a o b r a

d e C i n c u n e g u i " p a r a d a r u n a i d e a d e m i t e r r i b l e a n t e p a s a d o " 1 1 ,

L o p e de A g u i r r e . P o r l o d e m á s , B a r o j a a ñ a d e (p. 40) q u e hay o t r o s

m a t e r i a l e s históricos sobre A g u i r r e e n " e l l i b r o de casa de m i a b u e l a ,

a u n q u e c o n m u c h o s más deta l les y c o m e n t a r i o s " .

A p r i m e r a v is ta , es p o s i b l e p e n s a r q u e V a l l e - I n c l á n , a l e s c r i b i r e l

s a n g r i e n t o desenlace de s u n o v e l a , l e y ó y q u i z á r e c o r d ó e l e p i s o d i o

d e Las inquietudes de Shanti Andía12, a u n q u e d i f í c i l m e n t e se p o d r í a

p e n s a r e n u n " p r e c e d e n t e d i r e c t o , i n d i s c u t i b l e " . S i e n d o Tirano Ban­deras u n a n o v e l a de a m b i e n t e a m e r i c a n o , y L o p e d e A g u i r r e u n a

figura bastante c o n o c i d a , ser ía r a r o — a u n q u e p o s i b l e — q u e V a l l e -

I n c l á n n o a c u d i e r a a fuentes histór icas m á s d irectas y a m p l i a s d o n d e

p u d i e r a t e n e r a m a n o " m u c h o s m á s deta l les y c o m e n t a r i o s " . Y el

h e c h o es q u e V a l l e - I n c l á n sí b u s c ó y e n c o n t r ó tales m a t e r i a l e s , u t i l i ­

zados q u i z á p o r B a r o j a t a m b i é n , c o m o i n d i c a e n t r e otras cosas l a

frase " h i j a d e l T r a i d o r " .

E n 1950, J . I . M u r c i a d e s c u b r i ó q u e V a l l e - I n c l á n h a b í a a p r o v e ­

c h a d o dos crónicas de I n d i a s — l a Jornada del rio Marañan de T o r i -

b i o d e O r t i g u e r a y l a Relación verdadera de todo lo que sucedió en la jornada de O magua y Dorado d e F r a n c i s c o V á z q u e z — p a r a l a crea­

c i ó n d e l ú l t i m o c a p í t u l o de Tirano Banderas13. E n 1953, E m m a S u ­

s a n a S p e r a t t i P i n e r o e s t u d i ó d e t e n i d a m e n t e las dos crónicas señala­

das p o r M u r c i a , d e m o s t r a n d o q u e V a l l e - I n c l á n las u t i l i z ó n o só lo

e n e l ú l t i m o c a p í t u l o de Tirano Banderas, s i n o e n " d i s t i n t o s episo­

d i o s y m o m e n t o s d e l r e l a t o " 1 4 y c o m o m a t e r i a p r i m a p a r a l a c r e a c i ó n

d e " t res de sus figuras f u n d a m e n t a l e s " ( S P E R A T T I , p . 29): e l C o r o n e -

l i t o d e l a G á n d a r a , F i l o m e n o C u e v a s y Santos B a n d e r a s . E s , p o r l o

t a n t o , a todas luces p r e c i s o descar tar c o m o e r r ó n e o e l " p r e c e d e n t e

1 1 P í o B A R O J A , Las inquietudes de Shanti Andía, M a d r i d , 1911, p . 38. 1 2 S i hemos de creer a B a r o j a —y las p r i m e r a s pa labras de sus Memorias son:

" Y o n o tengo l a costumbre de m e n t i r " — , V a l l e - I n c l á n leía sus " l i b r o s c u a n d o

aparec ían , y yo n o leía los s u y o s . . . " (Desde la última vuelta del camino. Me­

morias, I : El escritor según él y según los críticos, M a d r i d , 1944, p . 63). E s p e r o

p u b l i c a r d e n t r o de poco u n a n o t a sobre B a r o j a y Val le-Inc lán. 1 3 J . I . M U R C I A , " F u e n t e s d e l ú l t i m o c a p í t u l o de Tirano Banderas", BHi, 52

(1950), 118-122. L a s dos crónicas f u e r o n p u b l i c a d a s p o r M . S E R R A N O Y S A N Z en

Historiadores de Indias, t. 2 (NBAE, v o l . 15). 1 4 E . S. SPERATTI P I N E R O , " A c e r c a de dos fuentes de Tirano Banderas", NRFH,

7 ( 1953)' P- 536- Véase a h o r a La elaboración artística en ''Tirano Banderas",

M é x i c o , 1957, p . 12. Ci taré s iempre p o r este l i b r o .

N R F H , X I V V A L L E - I N C L A N Y CIRO BAYO 77

d i r e c t o , i n d i s c u t i b l e " d e B a l s e i r o . E l pasaje q u e él cre ía d e r i v a d o

de Las inquietudes de Shanti Andia está i n s p i r a d o e n l a Jornada del rio Marañan y, c o m o v e r e m o s , e n Los Marañones de C i r o B a y o .

B i e n s a b i d o es q u e e n l a b ú s q u e d a de las fuentes l i t e r a r i a s los

l a u r e l e s se d a n a l e r u d i t o q u e primero d e s c u b r e los p l a g i o s , a d a p t a ­

c i o n e s o r e f u n d i c i o n e s hechos p o r u n a u t o r 1 5 . P o r eso q u i s i e r a h a c e r

c o n s t a r , pues n a d i e l o h a h e c h o hasta a h o r a , q u e y a e n 1927 E d u a r d o

G ó m e z de B a q u e r o n o t ó de paso l a semejanza e n t r e los ú l t i m o s m o ­

m e n t o s de Santos B a n d e r a s y los de L o p e de A g u i r r e 1 6 . A u n q u e n o

1 5 P o r esto prec isamente P . P . R O G E R S , autor de u n a n o t a sobre " A Spanish

versión of the «Mateo Falcone» t h e m e " , MLN, 45 (1930), 402-403, se v i o o b l i ­

gado a confesar u n o s meses más tarde, e n " M é r i m é e a n d Val le-Inclán a g a i n " ,

MLN, 45 (1930), 529, que " D r . A . H . K r a p p e has recent ly c a l l e d m y a t t e n t i o n

to the fact that the subject of m y short art ic le [ a r r i b a c i tado] has b e e n treated

b y Professor A . G . S o l a l i n d e , «Prosper M é r i m é e y Val le-Inc lán», RFE, 6 (1919),

389-391. M y note , t h e n , was n o t h i n g m o r e t h a n a r e p e t i t i o n , w h i c h I regret very

m u c h " . L a n o t a de R o g e r s es algo más que p u r a repet ic ión, pues c i t a dos artícu­

los i m p o r t a n t e s p a r a e l es tudio d e l tema de " M a t e o F a l c o n e " , n o sólo e n Méri­

m é e y Val le-Inclán, s ino en otros c u a t r o escritores. E s interesante n o t a r , de paso,

q u e los mater ia les sacados p o r Val le-Inclán d e l cuento de M é r i m é e p a r a el

dramát ico desenlace de Un cabecilla t r a t a n también de l a m u e r t e v i o l e n t a de

u n a m u j e r a m a n o s de u n m i e m b r o de su p r o p i a f a m i l i a : e n Tirano Bande­

ras u n a h i j a es m u e r t a p o r su p a d r e , y e n Un cabecilla u n g u e r r i l l e r o m a t a a su

esposa. H u e l g a d e c i r q u e las c ircunstancias en u n o y o t r o caso son bastante

dist intas . 1 6 E n " L o p e de A g u i r r e y l a c o n q u i s t a d e l D o r a d o " ( F o l l e t o n e s de El Sol,

14 de j u l i o de 1927), reseña de l a monograf ía de E . J o s , La expedición de Ursúa

al Dorado y la rebelión de Lope de Aguirre ( H u e s c a , 1927), observó G Ó M E Z DE

B A Q U E R O que "las numerosas re lac iones y los d o c u m e n t o s l i t e r a r i o s de l a época

q u e e l Sr. Jos c i ta e n l a a b u n d a n t e bibl iograf ía de su l i b r o , m u e s t r a n l a pro­

f u n d a impresión q u e dejó e l c a u d i l l o ' de los M a r a ñ o n e s . R e c i e n t e m e n t e , V a l l e -

I n c l á n h a i n c o r p o r a d o g e n i a l m e n t e a l a figura de su « T i r a n o Banderas» a lgunos

rasgos y episodios d e l final de a q u e l o t r o t i r a n o de l a época c o l o n i a l española" .

— V a r i o s meses después, en o t r a reseña d e l l i b r o d e J o s ( " U n fantasma d e l D o ­

r a d o " , ROcc, 20, 1928, 45-56), M . F E R N Á N D E Z A L M A G R O m e n c i o n ó también l a

re lac ión entre e l ú l t i m o trance de los dos t i ranos y a ñ a d i ó q u e "las fuentes

de Val le-Inclán son, e n g r a n parte , de carácter histórico, y n o t a b l e m e n t e rela­

c ionadas c o n A m é r i c a . . . " (p. 55). — E n su reciente l i b r o Ciencia y osadía

sobre Lope de Aguirre, S e v i l l a , 1950, ofrece E . J o s u n o s detal les pintorescos para

l a h i s t o r i a de Tirano Banderas y l a v i d a de su creador. A l reseñar brevemente

las úl t imas c o n t r i b u c i o n e s a l a bibl iograf ía sobre A g u i r r e , d ice J o s que había

pensado estudiarlas d e t e n i d a m e n t e " s i n descuidar t a m p o c o e l tras lado de algu­

nos episodios de l a h i s t o r i a d e l «Peregrino» a l a famosa n o v e l a « T i r a n o B a n ­

deras» d e l i n o l v i d a b l e d o n R a m ó n d e l V a l l e Inc lán, h e c h o q u e nos reveló en

carta p a r t i c u l a r e l maestro de l a crítica l i t e r a r i a d o n E d u a r d o G ó m e z de B a ­

q u e r o , y que hemos p u n t u a l i z a d o e n ta l n o v e l a . E s t a c u r i o s a c i r c u n s t a n c i a de

h a b e r u t i l i z a d o V a l l e I n c l á n u n a de las relaciones de l a e x p e d i c i ó n m a r a ñ o n a ,

l a de Vázquez-Almesto según p u d i m o s c o m p r o b a r , fue l a causa de que e l autor

de las «Sonatas» y de los «Esperpentos», resul tara u n o de los p r i m e r o s lectores

de nuestro l i b r o a p a r e c i d o p o c o después que Tirano Banderas, y en su t e r t u l i a

l i t e r a r i a h a b l ó de él c o n expres iones gratas y francas, a u n q u e n o conocía al

7 8 J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , X I V

c o t e j ó las crónicas y l a n o v e l a — t r a b a j o m e r i t o r i o q u e r e a l i z ó M u r c i a

y q u e a m p l i ó E m m a S p e r a t t i c o n s u m a p e r s p i c a c i a y b u e n gusto—,

es G ó m e z de B a q u e r o q u i e n m e r e c e n u e s t r o r e c o n o c i m i e n t o p o r ha­

b e r i n d i c a d o antes q u e n a d i e , q u e y o sepa, l a c o n e x i ó n e n t r e Santos

B a n d e r a s y L o p e de A g u i r r e 1 7 .

G r a c i a s a u n a s cartas d i r i g i d a s p o r V a l l e - I n c l á n a d o n A l f o n s o

R e y e s a fines de 1923, se sabe q u e y a e n a q u e l l a é p o c a estaba t raba­

j a n d o e n Tirano Banderas. P a r a E m m a S p e r a t t i , estas cartas i n d i c a n

q u e " e l l i b r o de V a l l e n o fue u n a i m p r o v i s a c i ó n s i n o u n traba jo

m e d i t a d o y d o c u m e n t a d o — p o r l o m e n o s s u a u t o r b u s c ó afanosa-

autor . E l o g i o s q u e nos transmitió o t r a p e r s o n a l i d a d l i t e r a r i a , e l p o e t a F e r n a n d o

González . Y q u e nos ratificó más tarde e l m i s m o V a l l e I n c l á n c u a n d o fu imos a

v e r l o tras los recios barrotes e n q u e se h a l l a b a p o r sus franquezas polít icas, poco

gratas p a r a los gobernantes d e entonces" (p. 4). E s cur ioso q u e Jos pasara p o r

a l t o l a Jornada del río Marañan de T o r i b i o de O r t i g u e r a c o n respecto a Tirano

Banderas, y q u e t a m p o c o se acordara de Los Marañones de C i r o B a y o , c i tado

e n La expedición de Ursúa al Dorado... (pp. 9 y 34). — G r a c i a s a las valiosas

or ientac iones de A n t o n i o A l a t o r r e y E m m a Susana S p e r a t t i P i n e r o he p o d i d o

resolver este p e q u e ñ o p e r o confuso p r o b l e m a bibl iográf ico. 1 7 E n 1943 F E R N Á N D E Z A L M A G R O , Vida y literatura de Valle-Inclán, p . 244,

a p u n t ó c o n t o d a c l a r i d a d q u e l a fuente de inspirac ión p a r a l a escena " e n que

B a n d e r a s , y a p e r d i d o , a p u ñ a l a a u n a h i j a s u y a . . . b r o t a i n d u d a b l e m e n t e de las

crónicas e n q u e se r e l a t a n l a v i d a y l a m u e r t e de L o p e de A g u i r r e , recogidas

p o r S e r r a n o y Sanz e n sus Historiadores de Indias". A m a n e r a de p r u e b a ofreció

dos trozos d e " l a l l a m a d a Relación Hernández" y de l a Relación anónima, tam­

b i é n estrechamente r e l a c i o n a d o s c o n e l h o r r i p i l a n t e suceso: " V i é n d o s e solo

— A g u i r r e — , fue a d o n d e estaba su h i j a c o n u n a m u j e r m u y h o n r a d a y le d i j o :

«Encomiéndate a D i o s , q u e te q u i e r o matar». L a h i j a d i j o : «¡Ay, padre mío,

e l d i a b l o os engañó!» «Hija, cata all í a q u e l C r u c i f i j o y e n c o m i é n d a t e a D i o s . . . »

Q u i s o d i s u a d i r l e l a m u j e r , q u i t ó l e e l arcabuz; p e r o c o n su daga, A g u i r r e d i o de

p u ñ a l a d a s a su h i j a , q u i e n , e n c o m e n d á n d o s e a D i o s , decía: «Basta ya, padre

mío», y así l a acabó de m a t a r " (FERNÁNDEZ A L M A G R O , p . 244). — "Éste — L o p e

de A g u i r r e — , a l ver q u e sólo le q u e d a b a n c i n c o o seis soldados, entró e n el

fuerte d i c i e n d o q u e i b a a ver a su h i j a , p o r q u e «cosa q u e y o t a n t o q u i e r o n o

venga a ser co lchón de bel lacos». A l a n u n c i a r su propósi to , se le abrazó l a h i j a ,

d i c i e n d o : « N o m e matéis, p a d r e mío , que e l d i a b l o os e n g a ñ ó » . E l t i r a n o le d i o

tres puñaladas , d a n d o gritos d i c i e n d o : « ¡Hi ja mía!» (ibid.). — P o r m e d i o de u n a

carta d e F e r n á n d e z A l m a g r o (5 de m a y o de 1958), he s a b i d o q u e estos trozos

p r o c e d e n de l a e r u d i t a o b r a de J o s , La expedición de Ursúa al Dorado...,

p p . 241 y 250. Es i m p o r t a n t e tener e n c u e n t a q u e los citados fragmentos f o r m a n

parte d e u n o s resúmenes extractados p o r Jos de las dos re lac iones manuscritas

y que c o n t i e n e n n o sólo pa labras auténticas de los m a n u s c r i t o s , sino> también

frases de su p r o p i a h e c h u r a . — R A M Ó N G Ó M E Z DE L A S E R N A , i n v e n t o r y recopi­

l a d o r de var ias ingeniosísimas versiones de c ó m o p e r d i ó e l brazo Val le-Inclán,

p i e n s a e n L o p e de A g u i r r e c o n re lac ión a V a l l e - I n c l á n p o r m o t i v o s de otra

índole : " V e í a m o s e l brazo de d o n R a m ó n , v i v o , a l final d e l largo paseo de ci-

preses, p o r e l q u e se paseaba, retrácti l , p r e n s i l , semoviente , c o m o e l pedazo de

l a c o l a de l a l a g a r t i j a cercenada. E r a c o m o l a m a n o c o n s t r i c t o r a de a q u e l arrostra­

d o español — L o p e de A g u i r r e — que desgajada y f lotante e n los ríos de América ,

i b a s e m b r a n d o e l p á n i c o y l a a m e n a z a " (Don Ramón María del Valle-Inclán,

2* ed., B u e n o s A i r e s , 1948, p . 54).

N R F H , X I V V A L L E - I N C L A N Y CIRO B A Y O 79

m e n t e l a d o c u m e n t a c i ó n " ( S P E R A T T I , p . 149, n . 2). A m i j u i c i o ,

m á s q u e d o c u m e n t a c i ó n b u s c a b a V a l l e fuentes de i n s p i r a c i ó n ; l o

q u e l e h a c í a f a l t a p r i n c i p a l m e n t e n o e r a e l d e t a l l e e r u d i t o , u n corpus

g r a n d e d e m a t e r i a l e s histór icos , s i n o u n a serie de datos, mat ices , g i r o s ,

frases, e p i s o d i o s , anécdotas , rasgos evocadores , q u e p u d i e r a i n c o r p o ­

r a r a s u l i b r o , e n r i q u e c i é n d o l o s y a c u ñ á n d o l o s todos c o n u n s e l l o

i n c o n f u n d i b l e m e n t e suyo. C o n d e c i r esto, n o q u i e r o d a r a e n t e n d e r

q u e V a l l e - I n c l á n i m p r o v i s a r a o q u e m a n e j a r a a t r o c h e y m o c h e los

m a t e r i a l e s q u e c o n s u l t a b a . L o ú n i c o q u e deseo s u b r a y a r es q u e le ía

y se d o c u m e n t a b a c o n i n t e n c i o n e s art íst icas y n o e r u d i t a s . L o q u e

V a l l e h a p r e s e n t a d o e n Tirano Banderas n o es h i s t o r i a , e r u d i c i ó n

n o v e l a d a , s i n o l a impresión, l a v i t a l i z a c i ó n p o é t i c a de u n a r e a l i d a d

h i s t ó r i c a , l a g e n i a l i n t u i c i ó n de u n a m a n e r a de ser h i s p á n i c a e n t ie­

r r a s a m e r i c a n a s , t r a n s m u t a d a s p o r u n a m a g n í f i c a v o l u n t a d de esti­

l o 1 8 . Y esto n o se h a r e a l i z a d o a base d e i m p r o v i s a c i o n e s , s i n o p o r

m e d i o d e tenaces y d i s c i p l i n a d o s esfuerzos, c o m o t a n a d m i r a b l e m e n ­

te h a d e m o s t r a d o E m m a S p e r a t t i 1 9 .

S o b r e las fuentes de V a l l e - I n c l á n , l l a m a d a s (desde d i s t i n t a s pers­

p e c t i v a s críticas) i n f l u e n c i a s , p l a g i o s , i m i t a c i o n e s , préstamos, a d a p t a -

1 8 " A m e n u d o , e l poeta somete a su m o d a l i d a d p r o p i a de vis ión n o sólo

cosas reales, s ino también personal idades de e x i s t e n c i a históricamente ob je t iva .

E l p o e t a n o trata e l m a t e r i a l histórico y l e g e n d a r i o , c o m o n a t u r a l i s t a , ajustán­

dose a l a r e a l i d a d t r a s m i t i d a , s ino q u e l a t r a n s f o r m a a v o l u n t a d . . . E l n a r r a d o r

u t i l i z a u n personaje c u a l q u i e r a c o m o vaso p a r a sus p r o p i a s i n t u i c i o n e s y sensa­

ciones; los contornos históricos n o h a c e n más q u e d a r l e ocasión p a r a entregarse

a e x p a n s i o n e s absolutamente personales" ( E . R I C H T E R , " I m p r e s i o n i s m o , expre­

s i o n i s m o y gramática" , en El impresionismo en el lenguaje, 3* ed., B u e n o s A i r e s , l95&> P P - 9o-9i)-

1 6 E n e l reciente l i b r o de G . G Ó M E Z DE L A S E R N A , España en sus episodios

nacionales, M a d r i d , 1954, h a y u n a c o m p r o b a c i ó n gráfica de l a e x t r a o r d i n a r i a

d i l i g e n c i a c o n que V a l l e se p r e p a r a b a p a r a a lgunas d e sus creaciones l i terar ias

(véase, sobre todo, l a i m p r e s i o n a n t e l i s ta de obras q u e uti l izó p a r a sus novelas

históricas, p p . 61-62; y cf. t a m b i é n las observaciones de A Z O R Í N sobre e l asce­

t i s m o y l a l a b o r i o s i d a d de Val le-Inc lán, en las Obras completas de Val le-Inc lán,

t. 1, p p . x i i y x v i i , o e n las Obras completas d e l p r o p i o A z o r í n , t. 9, M a d r i d ,

1954, 1255-1256 y 1263-1264). E s t o reve la c u a n ociosa es l a observación de C .

C L A V E R Í A , de que " n o fue Val le- Inc lán h o m b r e capaz de serios estudios de n i n ­

g ú n g é n e r o " (RPh, 2, 1948-49, p . 60, n . 87). A d e m á s de ser u n a aseveración

m u y exagerada, parece c o n f u n d i r l a e r u d i c i ó n c o n e l arte. V a l l e hacía l i t e r a t u r a

( p r e d o m i n i o de l o i n t u i t i v o , afect ivo, s u p r a r r a c i o n a l ) y n o filología ( p r e d o m i n i o

de l o i n t e l e c t u a l , crítico, r a c i o n a l ) . J u z g a r l e , pues, según las exigencias de l a

filología e q u i v a l e a quejarse de q u e t a l o c u a l e r u d i t o n o sea capaz de i n v e n t a r

u n a t r a g e d i a o n o v e l a "de n i n g ú n g é n e r o " . P o r o t r a parte , sus estudios e r a n

más q u e suficientemente serios p a r a l a p r o d u c c i ó n de obras de altísima c a l i d a d

poét ica , c o m o b i e n sabe Claver ía . L a v e r d a d es q u e V a l l e , c o m o a q u e l l a v i u d a

h e r m o s a de q u i e n h a b l ó D o n Q u i j o t e a S a n c h o e n S i e r r a M o r e n a (Parte I ,

cap. 25), sabía m u y b i e n l o que necesitaba. L a e r u d i c i ó n q u e él tenía a su dis­

pos ic ión, q u e h a b í a pescado sabe D i o s d ó n d e , le servía tan b i e n c o m o a q u e l

h o m b r e soez, bajo e i d i o t a q u e sabía, s i n embargo , t a n t a filosofía o más q u e

Aristóteles p a r a l o que a l a v i u d a le hacía fa l ta .

8o J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , X I V

c i o n e s , casos de contaminatioy se h a escr i to a b u n d a n t e m e n t e y , e n l a

m a y o r í a d e los casos, e n defensa de los p r o c e d i m i e n t o s d e l a u t o r 2 0 .

A q u í sólo se d i r á q u e V a l l e - I n c l á n , c o n u n espír i tu c o m p l e t a m e n t e

r e n a c e n t i s t a , v e í a l a i m i t a c i ó n c o m o u n m é r i t o , c o m o u n p u n t o de

p a r t i d a p a r a m á s altos y audaces v u e l o s de su p r o p i a i m a g i n a c i ó n .

L a l i t e r a t u r a e r a u n a de sus fuentes de i n s p i r a c i ó n m á s r icas y va­

r i a d a s . F u e r a de q u i e n f u e r a , l a p a l a b r a escr i ta , t a n t o c o m o l a v i d a

m i s m a , e r a m a t e r i a p r i m a d e s u arte , p á b u l o i n d i s p e n s a b l e de su

n u m e n . L a o r i g i n a l i d a d p a r a V a l l e - I n c l á n , p a r a c u a l q u i e r a u t é n t i c o

a r t i s t a , n o es m á s q u e u n a m a n e r a i n é d i t a de c o m b i n a r m a t e r i a l e s

t r i l l a d o s o exót icos p a r a f o r m a r u n a t o t a l i d a d n u e v a . E s l a m a n o de

n i e v e q u e sabe a r r a n c a r a las viejas cuerdas u n a m e l o d í a ú n i c a .

P e r o v o l v a m o s a h o r a a Los Marañones de C i r o B a y o p a r a v e r

c ó m o esta o b r a , c o m p l e t a m e n t e i g n o r a d a p o r los especial istas e n Ti­rano Banderas, le s i rv ió de p a u t a a V a l l e - I n c l á n , p r o p o r c i o n á n d o l e

i m p o r t a n t e s p a l a b r a s y frases y g u i á n d o l e e n l a o r g a n i z a c i ó n de los

y a m e n c i o n a d o s m a t e r i a l e s cronís t icos . D o n d e más c l a r a m e n t e se h a

v i s t o l a p r e s e n c i a de las c r ó n i c a s e n Tirano Banderas es e n s u epí­

l o g o . V a m o s , pues , a cote jar sus p á g i n a s c o n las a p r o p i a d a s de las

c r ó n i c a s y c o n los ú l t i m o s c a p í t u l o s de Los Marañones. E n l a Relación verdadera de todo lo que sucedió en la jornada

de Omagua y Dorado l e e m o s los s igu ientes párrafos q u e d e s c r i b e n

las p e r i p e c i a s de l a v i d a d e L o p e de A g u i r r e p o c o antes de s u m u e r t e :

P a r t i d o y a e l t i r a n o de V a l e n c i a . . ., y c a m i n a n d o p a r a B a r q u i -simeto, en e l c a m i n o se le h u y e r o n ocho o diez soldados y se fueron a l monte; y visto p o r e l t i ra n o , blasfemaba y renegaba y hacía bra­muras y d i j o sospirando: " ¡ O h , pese a tal , qué b i e n he d i c h o yo que me habíades de dejar a l t i e m p o de l a mayor necesidad! ¡Oh, profeta Antoñico , que profetizastes l a verdad, que si yo a t i te h u b i e r a creí­do, n o se me h u b i e r a n h u i d o estos marañones!" Y esto decía p o r u n m u c h a c h o , l l a m a d o A n t o ñ i c o , que servía a l d i c h o t i rano, e l cua l le quería m u c h o ; y e l m u c h a c h o le decía muchas veces que n o se fiase en los marañones, que se habían de h u i r y d e j a r l o . . . (p. 473^6).

E n Tirano Banderas este f r a g m e n t o t i e n e l a s i g u i e n t e f o r m a :

E n l a p r i m e r a acomet ida se desertaron los soldados de u n a avan­zada, y desde l a torre fue visto de l T i r a n o :

—¡Puta m a d r e ! ¡Bien sabía yo que a l t i e m p o de m a y o r necesi­d a d , habíais de rajaros! ¡Don C r u z , tú vas a sal ir profeta!

2 0 H a y u n caso, s i n e m b a r g o , q u e di f íc i lmente se p o d r í a l l a m a r o t r a cosa

q u e p l a g i o . Se trata de u n p o e m a q u e V a l l e r o b ó descaradamente a su p r o p i o

p a d r e . Véase C . V . A U B R U N , " L e s debuts l ittéraires de V a l l e - I n c l á n " , BHi, 57

(1955), 331-333. E n su excelente m o n o g r a f í a sobre " V a l l e I n c l á n y l a l i t e r a t u r a

g a l l e g a " , J . R U B I A B A R C I A , s i n d i s p o n e r de los mater ia les consultados p o r A u b r u n ,

observa q u e " l a p r i m e r a y más i m p o r t a n t e i n f l u e n c i a sobre e l V a l l e Inc lán pre

escritor habrá s i d o . . . su p r o p i o p a d r e . . . " (RHM, 21, 1955, p . 97)-

INKÍ'H, XIV V A L L E - I N C L Á N Y CIRO B A Y O 8l

E r a n tales dichos p o r q u e el fámulo rapabarbas le soplaba fre­cuentemente en l a oreja cuentos de traiciones (ed. Opera omnia, M a d r i d , 1927, p. 359).

V e a m o s a h o r a l a v e r s i ó n de C i r o B a y o :

Salió L o p e de A g u i r r e de la c i u d a d de V a l e n c i a , y, camino de B a r q u i s i m e t o , se le huyeron ocho o diez soldados.

— j O h , pese a t a l ! —suspiró—. B i e n sabía yo me habíais de dejar a l t i e m p o de m a y o r necesidad. ¡Oh, profeta A n t o n i o , que profe­tizaste l a verdad, que si te h u b i e r a creído, no se me h u b i e r a n h u i d o estos marañones!

Esto decía p o r q u e u n su paje, A n t o n i o , le amonestaba siempre que n o se fiara de sus soldados, que se habían de h u i r y dejarle solo (p. 219).

L o p r i m e r o q u e se d e b e o b s e r v a r es l a c o n c e n t r a c i ó n de los m a ­

ter ia les croníst icos y l a semejanza f o r m a l (v isual ) de s u p r e s e n t a c i ó n

e n B a y o y e n V a l l e - I n c l á n . L o s dos h a n s u p r i m i d o las p a l a b r a s n a r r a ­

tivas q u e p r e c e d í a n a l a e x c l a m a c i ó n v i o l e n t a d e l t i r a n o . A d e m á s , s i

l a c r ó n i c a r e z a " q u é b i e n h e d i c h o y o " , V a l l e p r e f i e r e l a frase de

B a y o , " b i e n sabía y o " ; s i l a c r ó n i c a —cas i s i e m p r e m á s a m p u l o s a —

p o n e " a l t i e m p o de l a m a y o r n e c e s i d a d " , V a l l e - I n c l á n s igue a B a y o

y s u p r i m e e l a r t í c u l o . L a frase de l a c r ó n i c a " y esto d e c í a p o r u n

m u c h a c h o " sufre u n m i s m o l i g e r o c a m b i o s i n t á c t i c o e n B a y o y en

V a l l e - I n c l á n : se r e e m p l a z a por c o n porque. D o n d e l a c r ó n i c a t i e n e

" l e d e c í a m u c h a s veces", a secas, y B a y o , a l g o m á s e x p r e s i v a m e n t e , " l e

a m o n e s t a b a s i e m p r e " , V a l l e - I n c l á n p o n e " l e s o p l a b a f r e c u e n t e m e n t e

e n l a o r e j a " , q u e r e v e l a c ó m o sabe s u p e r a r sus fuentes , e n este caso

c o n u n a i m a g e n i n t e n s a m e n t e gráfica. N ó t e s e , a s i m i s m o , l a magní f ica

i n t e n c i o n a l i d a d q u e h a y e n l a i n v e r s i ó n de l a frase " q u é b i e n he

d i c h o y o q u e m e h a b í a d e s de d e j a r a l t i e m p o d e l a m a y o r necesi­

d a d " , t r a n s f o r m a d a e n Tirano Banderas e n esta o t r a : " ¡ b i e n sabía

yo q u e a l t i e m p o de m a y o r n e c e s i d a d , h a b í a i s de r a j a r o s ! " L a d i s l o ­

c a c i ó n de l a frase t e m p o r a l — " a l t i e m p o d e m a y o r n e c e s i d a d " — , e l

c a m b i o de s u p o s i c i ó n esperada, lóg ica , i n f o r m a t i v a , s u b r a y a su va­

l o r e m o c i o n a l , l a a n g u s t i a y v e h e m e n c i a d e B a n d e r a s a l v e r a sus

so ldados a c o b a r d a r s e , rajarse, p r e c i s a m e n t e e n ese m o m e n t o c r í t i c o 2 1 .

S i g a m o s o t r a vez las p a l a b r a s de Tirano Banderas:

2 1 D . A l o n s o h a observado que " e n castel lano n o hay u n o r d e n preestable­

c i d o : cada m o m e n t o expres ivo t iene e l s u y o . . . A cada instante , e l h a b l a n t e

elige i n s t i n t i v a m e n t e e l o r d e n p a r a cada expres ión: «A las siete v i e n e e l coche

a buscarnos», i n d i c a u n interés vehemente p o r l a h o r a , q u e n o existe en «el

coche v i e n e a las siete a buscarnos»" (Poesía española, 2* ed. , M a d r i d , 1952,

p. 53). E n La lengua poética de Góngora, 2* ed. , M a d r i d , 1950, A l o n s o escribe

q u e " u n a m i s m a p e r s o n a e m p l e a órdenes de p a l a b r a s d e t i p o m u y d i s t i n t o

según e l oyente a q u i e n se d i r i g e , l a i n t e n c i ó n e x p r e s i v a e n u n m o m e n t o d a d o ,

o l a i n t e n s i d a d d e los sent imientos que e x p r e s a " (pp. 177-178). E n t r e los órdenes

de co locac ión estudiados p o r E . L E R C H en " T y p e n d e r W o r t s t e l l u n g " , Fest-

82 J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , X I V

A todo esto no dejaban de tirotearse las vanguardias, atentos los insurgentes a estrechar e l cerco p a r a estorbar c u a l q u i e r intento de sal ida p o r parte de los sitiados. H a b í a n dispuesto cañones e n ba­tería, pero antes de a b r i r e l fuego, salió d e las filas, sobre u n b u e n cabal lo , e l C o r o n e l i t o de l a Gándara . Y c o r r i e n d o el campo a riesgo de su v i d a , daba voces i n t i m a n d o l a rendición. Injuriábale desde l a torre el T i r a n o :

—¡Bucanero cabrón, he de hacerte fusi lar p o r l a espalda! Sacando l a cabeza sobre los soldados al ineados a l p ie de l a torre,

les d i o orden de hacer fuego. O bedec i e r on, pero a p u n t a n d o tan alto, que se veía l a intención de n o causar bajas:

—¡A las estrellas tiráis, h i jos de l a chingada! E n esto, d a n d o u n a arremetida más larga de l o que cuadraba a l a defensa, se pasó a l campo enemigo e l M a y o r d e l V a l l e (pp. 359-360).

P a r a e n c o n t r a r a lgo semejante e n las c r ó n i c a s , es prec iso a c u d i r

p r i m e r o a l a Jornada del río Marañan, d o n d e se lee:

A este t iempo, P e d r o A l o n s o , que a n d a b a a l a vista en u n b u e n cabal lo, d a b a voces a los t iranos amonestándoles que dejasen e l m a l c a m i n o que l levaban y que se pasasen a l rey y gozasen del perdón general y l i b e r t a d . L o p e de A g u i r r e le m a n d ó t i rar de arcabuzazos a él y a los demás contrarios y que les diesen u n a r u c i a d a convi­dándolos a perdigones, d i c i e n d o a P e d r o A l o n s o que era u n t r a i d o r fement ido y que le había de d a r l a más c r u e l y afrentosa muerte que jamás se v i d o . Juntáronse las haces, y l a nuestra tiró u n arca-buzazo a L o p e de A g u i r r e , de que l e m a t a r o n l a yegua e n que an­d a b a y q u e d ó a p ie d i c i e n d o : " ¡ A q u í , marañones, m u e r a n estos enemigos!" A esto d i s p a r a r o n u n a r o c i a d a de arcabucería p o r alto, p o r n o hacer daño a los nuestros (p. 40 ib) .

L a s dos ú l t i m a s frases croníst icas de las cuales se d e r i v a e l c i t a d o

f r a g m e n t o de Tirano Banderas p r o v i e n e n de l a Relación verdadera, l o c u a l d a u n a i d e a de l a c o m p l e j a c o n t e x t u r a d e l pasaje v a l l e i n -

c l a n e s c o :

"Marañones , a las estrellas t iráis" (p. 4796). Y d a n d o u n a vez u n a arremet ida más larga de l o que solía ha­

cer, se pasó a l campo de Su Majestad, d i c i e n d o a v o c e s . . . (p. 478a, n . 2).

schrift für Karl Vossler, H e i d e l b e r g , 1922, p p . 85-106, se e n c u e n t r a " l a i m p u l s i ­

v a " , e n la q u e " a n t e p o n e e l q u e h a b l a l a representac ión q u e le interesa subje­

t i v a m e n t e " (Lengua poética, p . 180, n . 1). S e g ú n D . L . B O L I N G E R , " the point oí the u t t e r a n c e [la frase] is t o w a r d the e n d " ( " M e a n i n g f u l w o r d o r d e r i n S p a n i s h " ,

BdFS, 8, 1954-55, p . 48); e n l a frase de V a l l e - I n c l á n e l p u n t o es rajaros, v o c a b l o

h e n c h i d o de sabor a m e r i c a n o y de u n a d e n s i d a d psicológica sólo implíc i ta e n

l a p a l a b r a dejar. Véanse también " L i n e a r m o d i f i c a t i o n " , PMLA, 67 (1952),

1117-1144, y " E n g l i s h p r o s o d i c stress a n d S p a n i s h sentence o r d e r " , H, 37 (1954),

152-156, dos i m p o r t a n t e s estudios de B O L I N G E R sobre e l o r d e n de las palabras .

H a y b ib l iograf ía sobre e l tema en C . B A L L Y , E . R I C H T E R , A . A L O N S O , R . L I D A , El impresionismo en el lenguaje, 3* ed. , B u e n o s A i r e s , 1956.

JL 1 A-VA JL JL, j f V i V V A L L E - I N C L A N Y CIRO B A Y O 83

V e a m o s a h o r a estos m i s m o s pasajes e n l a v e r s i ó n de C i r o B a y o :

P o r tácito acuerdo, d i l a t a r o n l a bata l la hasta l a mañana. L l e g ó ésta, y A g u i r r e , a l frente de sus marañones, presentó b a t a l l a a los realistas. A l p r i n c i p i o , v i e n d o que el terreno era favorable a l a ca­ballería de Paredes, se replegó a l a barranca del r ío; pero, l levado de su ímpetu, n o p u d o contenerse, y sacó sus arcabuceros a l a sa­bana, desplegando l a b a n d e r a negra. T a n cerca estaban los dos bandos combatientes, que se veían las caras y podían hablarse. A riesgo de su v i d a salió a l m e d i o P e r o A l o n s o Galeazo, en u n b u e n cabal lo, d a n d o voces a sus antiguos camaradas, amonestándoles se pasaran a l rey y gozasen d e l perdón general. A esto contestaba L o p e de A g u i r r e , voci ferando que era u n tra idor fement ido y le había de d a r l a más crue l y afrentosa muerte que jamás se v i o .

Juntáronse las haces, y a l a p r i m e r a roc iada de perdigones, de los c inco arcabuces que tenían los realistas, m a t a r o n l a yegua que m o n t a b a A g u i r r e y quedó a p i e gr i tando: —¡Aquí, marañones! ¡Mue­ran esos enemigos!

Obedecieron, p e r o d i s p a r a n d o tan alto, que se veía l a intención de no hacer daño, como que sólo h i r i e r o n u n cabal lo de los leales.

—¡Marañones! A las estrellas tiráis — d i j o p o r todo A g u i r r e — , y procedió a desarmar algunos de los que tenía p o r sospechosos.

E n esto, e l capitán de su p e q u e ñ o escuadrón, D i e g o T i r a d o , d a n d o u n a arremet ida más larga de lo que solía hacer, se pasó a l campo contrar io g r i t a n d o . . . (pp. 226-227).

A i c o m p u l s a r estos textos, l o q u e sal ta a l a v i s t a es l a p r o f u n d a

d e u d a de V a l l e - I n c l á n p a r a c o n C i r o B a y o , q u i e n le s i r v i ó d e b a ­

q u i a n o e n t r e l a m a r a ñ a de las dos crónicas . E l " p r o c e s o c o m b i n a t o ­

r i o y s e l e c t i v o " ( S P E R A T T I , p . 18) m a n i f e s t a d o e n este pasaje de Los Marañones s u b r a y ó p a r a V a l l e las frases m á s c o n m o v e d o r a s y las pe­

r i p e c i a s más adecuadas . G r a c i a s a l a o r g a n i z a c i ó n de C i r o B a y o , V a l l e

p u d o c o n c e n t r a r e n e l e p í l o g o de Tirano Banderas p a l a b r a s e i n c i ­

dentes dispersos e n d i s t i n t a s partes de las crónicas . U n p e q u e ñ o de­

t a l l e d e m o s t r a r á l a v o l u n t a d de e s t i l o de B a y o f r e n t e a las c r ó n i c a s

y, t a m b i é n , l a d e l i c a d a s e n s i b i l i d a d de V a l l e - I n c l á n a l e x a m i n a r los

d i v e r s o s m a t e r i a l e s q u e t e n í a a s u d i s p o s i c i ó n . E n l a Relación ver­dadera se e n c u e n t r a e l s i g u i e n t e pasaje:

Y vuel to e l t i r a n o a su fuerte, y b i e n descontento, comenzó a v i t u p e r a r sus soldados y capitanes, l lamándoles cobardes y p a r a poco, y decía as imismo: "Marañones , a las estrellas tiráis" (p. tfgb).

C o m o se ve, l a d r a m á t i c a e x p r e s i ó n " a las estrel las t i r á i s " carece

a q u í d e fuerza , p u e s se c o l o c a d e s p u é s d e l r e l a t o de l a b a t a l l a , c u a n d o

L o p e de A g u i r r e y sus s o l d a d o s están o t r a vez e n c e r r a d o s e n s u f u e r t e .

P e r o e n Los Marañones y e n Tirano Banderas se p r o n u n c i a e n p l e n a

b a t a l l a , e n u n m o m e n t o c u l m i n a n t e de f u r i a y f r u s t r a c i ó n , d o n d e se

a p r o v e c h a s u e x t r a o r d i n a r i a c a r g a a f e c t i v a c o n l a m á x i m a ef icacia

8 4 J O S E P H H . S I L V E R M A N i \ j v r n , A i v

artíst ica. T a m p o c o se d e b e pasar p o r a l t o l a i n v e r s i ó n de l a frase

" M a r a ñ o n e s , a las estrel las t i rá is" , q u e e n Tirano Banderas se c o n ­

v i e r t e e n e l f r e n é t i c o g r i t o " ¡ A las estrellas t iráis , h i j o s de l a c h i n g a ­

d a ! " P a r a V a l l e - I n c l á n (o p a r a Santos B a n d e r a s ) , e l v o c a t i v o t i e n e

m e n o s i m p o r t a n c i a q u e l a m a l a p u n t e r í a i n t e n c i o n a l , s í m b o l o de re­

b e l d í a y de l a i n e x o r a b l e d e r r o t a d e l t i r a n o . L a intens i f i cac ión i m ­

p r e c a t o r i a s igue j u s t i f i c a d a m e n t e a l r e c o n o c i m i e n t o de l a t r a i c i ó n y

c o b a r d í a de sus so ldados .

C o m o e n e l o t r o pasaje e s t u d i a d o , a q u í t a m b i é n se e n c u e n t r a n fra­

ses q u e V a l l e h a t o m a d o d i r e c t a m e n t e de Los Marañones o q u e h a n

r e s u l t a d o de u n a m á s p e n e t r a n t e i n t e r p r e t a c i ó n d e l l é x i c o de las cró­

nicas , de a c u e r d o c o n las o r i e n t a c i o n e s d e B a y o . L a s frases " a r iesgo

de s u v i d a " y " e n esto" n o a p a r e c e n e n las crónicas . L a frase cronís­

t i c a "se pasó a l c a m p o de S u M a j e s t a d " es e n Los Marañones "se pasó

a l c a m p o c o n t r a r i o " y e n Tirano Banderas "se pasó a l c a m p o e n e m i ­

g o " . D o n d e l a c r ó n i c a p o n e s i n más " d i c i e n d o a P e d r o A l o n s o " , B a y o

a u m e n t a e l c o n t e n i d o e m o c i o n a l e s c r i b i e n d o " c o n t e s t a b a . . . vocife­

r a n d o " . V a l l e - I n c l á n , c o n l a p a l a b r a " i n j u r i á b a l e " , casa l a b r e v e d a d

c o n l a e m o t i v i d a d , a ñ a d i e n d o , p o r l o d e m á s , e l e l e m e n t o de v i l i p e n ­

d i o . L a o r a c i ó n de l a c r ó n i c a , " A esto d i s p a r a r o n u n a r o c i a d a de

a r c a b u c e r í a p o r a l t o , p o r n o h a c e r d a ñ o a los n u e s t r o s " , c a m b i a nota­

b l e m e n t e e n Los Marañones: " O b e d e c i e r o n , p e r o d i s p a r a n d o t a n a l t o ,

q u e se v e í a l a i n t e n c i ó n de n o h a c e r d a ñ o , c o m o q u e s ó l o h i r i e r o n

u n c a b a l l o de los lea les" . V a l l e a d o p t a casi l i t e r a l m e n t e l a v e r s i ó n de

B a y o : " O b e d e c i e r o n , p e r o a p u n t a n d o t a n a l t o , q u e se v e í a l a i n t e n ­

c i ó n de n o causar b a j a s .

E x a m i n e m o s a h o r a e l t r á g i c o y s a n g u i n a r i o desenlace de l a no­

v e l a , c u a n d o , v i é n d o s e so lo y acosado p o r sus e n e m i g o s , e l t i r a n o

m a t a a s u h i j a p a r a q u e n o l l e g u e a ser " c o l c h ó n d e b e l l a c o s " ( E .

J o s , op. cit., p . 250):

—¡Hi ja mía, no habés vos servido p a r a casada y gran señora, como pensaba este pecador que h o r i t a se ve en el trance de quitarte l a v i d a que te d i o hace veinte años! ¡ N o es justo quedes en el m u n ­d o p a r a que te gocen los enemigos de t u padre, y te b a l d o n e n l la­mándote h i j a d e l chingado Banderas!

O y e n d o tal , s u p l i c a b a n despavoridas las mucamas que tenían a l a loca en custodia. T i r a n o Banderas las golpeó e n l a cara:

— ¡So chingadas! S i os dejo con v i d a , es p o r q u e habés de amor­tajármela como u n ángel.

Sacó d e l pecho u n puñal , tomó a l a h i j a de los cabel los 2 2 para asegurarla, y cerró los ojos. — U n m e m o r i a l de los rebeldes dice que l a cosió con q u i n c e puñaladas (pp. 361-362).

2 2 E s t a frase n o se e n c u e n t r a e n l a Relación verdadera n i e n l a Jornada del

río Marañan. A l parecer , su fuente es o t r o texto u t i l i z a d o p o r V a l l e , las Elegías

de varones ilustres de Indias de J u a n de Caste l lanos , e legía X I V , canto 4

(BAAEE, t. 4, p . 1666). E l trozo a l u d i d o describe l a m u e r t e d e doña Inés de

N R F H , X I V V A L L E - I N C L A N Y CIRO B A Y O 85

E n l a Jornada del río Marañan este e p i s o d i o t i e n e l a s i g u i e n t e f o r m a d e t a l l a d a :

— " H i j a mía m u y amada, b i e n pensé yo casarte y verte g r a n se­ñora; no lo han q u e r i d o mis pecados y gran soberbia, siéndome l a f o r t u n a tan contrar ia como has visto en esta bata l la donde todos se pasan a l rey y m e v a n dejando solo. Confiésate, h i j a mía, con D i o s , y ponte b i e n con Él, que n o es justo que quedes e n e l m u n d o p a r a que ningún bel laco goce de tu b e l d a d y hermosura, n i te ba l ­done l lamándote h i j a de l t ra idor L o p e de A g u i r r e " . L a triste d o n ­cel la se le hincó de r o d i l l a s , d e r r a m a n d o muchas lágrimas dicién-dole: "Señor y padre mío, ¿yo tengo l a c u l p a de lo que vos habéis hecho? N o será justo que deis semejante pago a h i j a tan que­r i d a y que tanto os h a servido. Y o me meteré m o n j a adonde no me vea e l cielo, n i e l sol , n i l u n a , pues mis pecados y los vuestros m e h a n traído a tan miserable y triste t iempo. A l l í rogaré a D i o s p o r vos y p o r m í " . Estas y otras palabras le decía l a más que infor­t u n a d a doncel la , con muchas lágrimas que derramaba de sus ojos, a l o cual le a y u d a b a n las dos dueñas que con e l la estaban hincadas de rodi l las delante des te m a l a v e n t u r a d o y terr ible t i rano, suplicán­dole que se doliese de su p r o p i a sangre; pero n o fue posible, antes •las amenazó diciéndoles que si más le rogasen las había de matar , y vista su crueldad, p r o c u r a r o n dejarle con su h i j a , huyéndose l o me­j o r que p u d i e r o n a l campo d e l rey. A esto comenzó a dar a su h i j a muchas puñaladas, con que l a dejó m u e r t a , estando presente A n ­tón L l a m o s o . . . (pp. 401^-4020).

L a v e r s i ó n de B a y o , a u n q u e n o t a n c o n c i s a n i d r a m á t i c a c o m o l a

d e V a l l e - I n c l á n , y a p r e l u d i a s u c o n c e n t r a c i ó n , s u i n t e n s i d a d y s u

p l a s m a c i ó n d r a m á t i c a :

— H i j a mía m u y amada, b i e n pensé casarte y verte gran señora;

p e r o n o l o han q u e r i d o mis pecados. Y a ves cómo todos se pasaron

y me h a n dejado solo. Confiésate con D i o s , que no es justo quedes

e n e l m u n d o p a r a q u e n i n g ú n bel laco goce de t u be ldad, n i te ba l ­

done l lamándote h i j a de l t r a i d o r A g u i r r e .

L a triste d o n c e l l a se le h incó de r o d i l l a s suplicándole l lorosa:

A t i e n z a , l a amante de P e d r o de O r s ú a : " P u e s c o m o t a l , e l pérfido L l a m o s o , /

asiéndola del áureo cabello j (¿qué haces, o c r u e l facineroso? / ¿no ves u n es­

p e c t á c u l o tan bel lo?), / a l fin c o n e l c u c h i l l o sanguinoso / cortó las venas de su

b l a n c o c u e l l o . . . " E n l a Relación Hernández, p u b l i c a d a p o r E . J o s , se describe

l a m u e r t e de d o ñ a Inés c o n estas pa labras : " e l u n o le d i o d e agujazos y el

o t r o la tomó por los cabellos y le d i o sobre ve inte p u ñ a l a d a s y ansí acabó

l a p o b r e señora, que era l a m a y o r lást ima d e l m u n d o " (op. cit., p . 237). E s

i n t e r e s a n t e n o t a r que A . U S L A R - P I E T R I , e n u n a reciente novel ización de l a v i d a

d e L o p e de A g u i r r e (El camino de El Dorado, B u e n o s A i r e s , 1947), i n c l u y e tam­

b i é n este detal le a l d e s c r i b i r l a m u e r t e de E l v i r a , l a h i j a de A g u i r r e : " Y a l a

t e n í a as ida p o r los cabe l los" (p. 313).

86 J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , X I V

—¡Señor y padre mío! ¿Vais a matar a h i j a tan q u e r i d a y que tanto os h a servido? D e j a d m e v i v i r ; yo me meteré m o n j a y rogaré a Dios p o r vos y p o r mí.

Dos dueñas que l a acompañaban, u n i e r o n sus ruegos a l de el la , p i d i e n d o a A g u i r r e que se d o l i e r a de u n a h i j a tan hermosa; pero todo en balde, antes L o p e amenazó a las dos que si más le rogasen las había de m a t a r también. H u y e r o n despavoridas, dejándole a solas con su h i j a . L o p e de A g u i r r e cerró los ojos y d i o de puñala­das a l a j o v e n hasta dejar la m u e r t a (p. 229).

A d e m á s de h a b e r l e d a d o a V a l l e - I n c l á n u n e x c e l e n t e m o d e l o

p a r a l a a b r e v i a c i ó n de este e p i s o d i o final, C i r o B a y o e l a b o r ó unas

v a r i a n t e s finísimas q u e V a l l e s u p o encajar e n s u n o v e l a . A s í e l adje­

t i v o despavoridas, q u e n o aparece e n las crónicas ; l a o m i s i ó n de l a

c o n j u n c i ó n que e n " n o es j u s t o quedes e n e l m u n d o " ; y , finalmente,

l a frase " c e r r ó los o j o s " q u e B a y o h a b í a a ñ a d i d o a los i n f o r m e s de l a

c r ó n i c a . C o n u n t o q u e r e a l m e n t e g e n i a l , V a l l e - I n c l á n a c a b a l a esceni­

ficación d e l asesinato c o n este " c e r r ó los o jos" , es d e c i r , antes de q u e

se e fec túe de v e r d a d l a m u e r t e de l a m u c h a c h a . L u e g o , e n t r e b u r l a s

y veras, c o n u n j u e g o d e p a l a b r a s h a r t o i r ó n i c o , V a l l e p r o y e c t a los

deta l les de l a m u e r t e h a c i a l a h i s t o r i a : "Un memorial de los rebeldes dice q u e l a cos ió c o n q u i n c e p u ñ a l a d a s " . E n efecto, p e r o este m e m o ­

r i a l n o fue escr i to p o r n i n g ú n r e b e l d e c o n t r a e l r é g i m e n de Santos

B a n d e r a s , s i n o p o s i b l e m e n t e p o r u n r e b e l d e de c a r n e y h u e s o , u n

s o l d a d o y d e s e r t o r de las fuerzas de L o p e de A g u i r r e , F r a n c i s c o Váz­

q u e z , a q u i e n se a t r i b u y ó l a Relación verdadera e n u n m a n u s c r i t o

de l a é p o c a ( S P E R A T T I , p p . 12-13). A q u í , pues, V a l l e - I n c l á n q u i s o

l l a m a r l a a t e n c i ó n s o b r e u n a de las fuentes m á s i m p o r t a n t e s de Ti­rano Banderas, t a l vez e n s o n de b u r l a o desaf ío c o n t r a " l a estrechez

m e n t a l de c i e r t o s cr í t i cos e s p a ñ o l e s " 2 3 . E n c a m b i o , pre f i r ió c a l l a r s u

d e u d a p a r a c o n s u a m i g o C i r o B a y o . Y l a v e r d a d es q u e casi todos

los e l e m e n t o s q u e , s e g ú n E m m a S p e r a t t i (p. 12), V a l l e - I n c l á n a p r o ­

v e c h ó de las c r ó n i c a s p a r a " d i s t i n t o s e p i s o d i o s y m o m e n t o s d e l r e l a ­

t o " y p a r a l a c r e a c i ó n d e l C o r o n e l i t o de l a G á n d a r a , F i l o m e n o C u e ­

vas y Santos B a n d e r a s , se e n c u e n t r a n t a m b i é n e n Los Marañones2*.

2 3 S P E R A T T I , op. cit., p . 37; véase también E . A N D E R S O N I M B E R T , Los grandes

libros de Occidente, M é x i c o , 1957, p . 221. 2 4 U n b u e n n ú m e r o de los a m e r i c a n i s m o s u t i l i z a d o s e n Tirano Banderas,

salvo los de M é x i c o , se e n c u e n t r a n e n e l Vocabulario criollo-español sud-ameri-

cano ( M a d r i d , 1910) de C I R O B A Y O . E l Manual del lenguaje criollo de Centro y Sudamérica ( M a d r i d , 1931), es u n a versión retocada y a u m e n t a d a d e l Vocabula­

rio criollo-español. — A l a aseveración l igeramente despect iva de C . C L A V E R Í A

sobre e l c o n v e n c i o n a l i s m o d e l v o c a b u l a r i o a m e r i c a n o d e Val le - Inc lán (art. cit .) ,

habría q u e contestar c o n l a i n t e l i g e n t e conclusión de E m m a S p e r a t t i : " . . .nos

apartar íamos de su a c t i t u d l i t e r a r i a si nos colocáramos frente a V a l l e c o n ce­

rradas exigencias filológicas. E n su h a b l a de A m é r i c a sólo debemos ver u n ins­

t r u m e n t o f o r j a d o de r e a l i d a d y fantasía c o n q u e u n art ista c u m p l e su intenc ión

f u n d a m e n t a l " (op. cit., p . 110).

NRFH, XIV V A L L E - I N C L A N Y CIRO B A Y O 8 7

C o n esto n o p r e t e n d o i n s i n u a r q u e V a l l e p u d o p r e s c i n d i r de las cró­

n i c a s 2 5 , s i n o sólo h a c e r v e r q u e e l l i b r o d e B a y o s i e m p r e estaba a l l í

p a r a s e r v i r l e de n e x o y p a u t a : u n e s l a b ó n i m p o r t a n t í s i m o e n l a ca­

d e n a q u e nos c o n d u c e h a c i a u n a m a y o r c o m p r e n s i ó n d e l arte d e

V a l l e - I n c l á n e n Tirano Banderas. A l g o m á s m u y d i g n o de m e n c i o n a r s e es e l e x t r a o r d i n a r i o efecto

l o g r a d o e n Tirano Banderas p o r m e d i o de s u s t i t u c i o n e s léx icas q u e

d a n t o n o a m e r i c a n o y a c e n t ú a n l o b r u t a l m e n t e p l e b e y o . L a e x c l a ­

m a c i ó n " O h , pese a t a l " u s a d a e n l a c r ó n i c a y e n Los Marañones es

e n Tirano Banderas e l v i o l e n t o y c r u d o " ¡ P u t a m a d r e ! " E n l a cró­

n i c a y e n Los Marañones se l l a m a a P e d r o A l o n s o dentro de la na­rración " u n t r a i d o r f e m e n t i d o " . V a l l e - I n c l á n , e n c a m b i o , p o n e las

p a l a b r a s " ¡ B u c a n e r o c a b r ó n ! " , d i r i g i d a s a l C o r o n e l i t o de l a G á n d a r a ,

e n b o c a de Santos B a n d e r a s , h a c i é n d o l e g r i t a r h i s t r i ó n i c a m e n t e desde

l a t o r r e l a a m e n a z a v i v i d a y c o n c r e t a " ¡ H e de hacer te f u s i l a r p o r l a

e s p a l d a ! " , q u e e n l a c r ó n i c a y e n l a v e r s i ó n d e B a y o f o r m a p a r t e

t a m b i é n d e l a n a r r a c i ó n : " l e h a b í a de d a r l a m á s c r u e l y afrentosa

m u e r t e " . E s t e a f á n d e m a y o r d r a m a t i s m o e n V a l l e - I n c l á n es caracte­

r ís t ico d e todos los f r a g m e n t o s q u e h e i d o c o m p u l s a n d o . A s í , l a frase

" ¡ O h , p r o f e t a A n t ó n i c o , q u e profet izaste l a v e r d a d , q u e s i yo te h u ­

b i e r a c r e í d o n o se m e h u b i e r a n h u i d o estos m a r a ñ o n e s ! " — i g u a l e n

l a c r ó n i c a y e n B a y o — d a l a sensac ión de u n apostrofe m o n o l ó g i c o .

E n Tirano Banderas t o d o esto se r e d u c e a " ¡ D o n C r u z , t ú vas a s a l i r

p r o f e t a ! " O t r o e j e m p l o se e n c u e n t r a e n e l ú l t i m o f r a g m e n t o es tudia­

d o . E n l a c r ó n i c a y e n Los Marañones, e l d i á l o g o e n t r e L o p e de

A g u i r r e y las dos d u e ñ a s está n a r r a d o , v i s t o i n d i r e c t a m e n t e , m i e n t r a s

q u e e n Tirano Banderas aparece p u e s t o e n a c c i ó n , v i v i d o ante nues­

tros ojos. S i A g u i r r e las a m e n a z a c o n l a m u e r t e , B a n d e r a s las g o l p e a

e n l a c a r a d i c i é n d o l e s b r u t a l m e n t e : " ¡ S o c h i n g a d a s ! s i os dejo c o n

v i d a es p o r q u e h a b é s de a m o r t a j á r m e l a c o m o u n á n g e l " .

Se l e h a b r á o c u r r i d o a a l g u i e n p r e g u n t a r p o r q u é o m i t i ó V a l l e -

I n c l á n las p a l a b r a s r e a l m e n t e c o n m o v e d o r a s c o n q u e l a h i j a d e l t i ­

r a n o r u e g a p o r s u v i d a , p e r o es q u e e n Tirano Banderas l a j o v e n es

u n a p o b r e l o c a , i n c a p a z de r a c i o c i n a r , y V a l l e n o s l o r e c u e r d a justa­

m e n t e c o n l a frase " . . . s u p l i c a b a n d e s p a v o r i d a s las m u c a m a s q u e

t e n í a n a l a l o c a e n c u s t o d i a " .

E n e l p r ó l o g o a Los Marañones, e x t r a ñ a d o de q u e n o h u b i e r a

s u r g i d o e n E s p a ñ a q u i e n , " a l o W a l t e r Scott , [ h u b i e r a ] n o v e l a d o los

anales d e l a c o n q u i s t a i n d i a n a q u e t a n t o se p r e s t a n a los v u e l o s de

l a f a n t a s í a " (p. 6), C i r o B a y o p r o f e t i z ó c o n n o t a b l e h u m i l d a d que*

e n caso de n o h a b e r a c e r t a d o él e n s u l i b r o , h a b r í a de v e n i r o t r o

q u e l o h i c i e r a m e j o r . E s t e o t r o sería V a l l e - I n c l á n , q u i e n , r i n d i e n d o

2 5 N o cabe l a m e n o r d u d a de q u e V a l l e ut i l izó las crónicas. Baste m e n c i o n a r

u n deta l le , entre var ios , q u e fa l ta e n Los Marañones: e l e p i s o d i o de l a caída

d e l a espada c o m o m a l agüero (SPERATTI, op. cit., p . 23).

88 J O S E P H H . S I L V E R M A N N R F H , XIV

h o m e n a j e a sus fuentes c o n e l c a r i ñ o y e l c u i d a d o de s u g e n i o , for jó

esa m a r a v i l l o s a t o t a l i d a d art íst ica, Tirano Banderas, s íntesis de A m é ­

r i c a . . . y E s p a ñ a 2 6 .

J O S E P H H . S I L V E R M A N

U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a , L o s A n g e l e s .

2 6 Sobre L o p e de A g u i r r e tengo n o t i c i a s de tres obras de ficción anteriores

a Los Marañones. E n u n t o m o d e l v e n e z o l a n o A D O L F O B R I C E Ñ O P I C Ó N , Teatro

andino. Colección de piezas dramáticas, París-Méjico, 1903-1904, se i n c l u y e u n

m e l o d r a m a t i t u l a d o El tirano Aguirre (pp . 19-190). L a pieza, centrada e n los

amores de l a h i j a de A g u i r r e c o n u n c o r o n e l de las fuerzas de Ursúa, se repre­

sentó e n M é r i d a e l 30 de d i c i e m b r e de 1872. H a y o t r o d r a m a d e l c o l o m b i a n o

C A R L O S A R T U R O T O R R E S l l a m a d o Lope de Aguirre, q u e se estrenó en B o g o t á

e n 1891 (E . J o s , La expedición de Ursúa al Dorado..., p p . 9 y 34). A l pare­

cer, n o existe n i n g ú n e j e m p l a r de esa o b r a e n los Estados U n i d o s . Según u n a

n o t a d e R I C A R D O P A L M A e n Mis últimas tradiciones peruanas y cachivachería,

B a r c e l o n a , 1906, p . 293, " e n 1881 tenía e l a u t o r escrita g r a n parte de u n a larga

n o v e l a histórica t i t u l a d a Los Marañones, c u y o m a n u s c r i t o desapareció e n e l i n ­

c e n d i o d e M i r a f l o r e s " . L a n o t a a c o m p a ñ a u n breve texto sobre " L o p e de A g u i ­

r r e e l t r a i d o r " . M o d e r n a m e n t e A R T U R O U S L A R - P I E T R I h a n o v e l a d o l a v i d a de

L o p e d e A g u i r r e en El camino de El Dorado. P e r o él h a p r e f e r i d o seguir las

crónicas casi p u n t o p o r p u n t o , p r e s e n t a n d o artíst icamente u n m a t e r i a l histórico

c o n s a b i d o , m i e n t r a s V a l l e recreó l a h i s t o r i a , b u s c a n d o en l o c i r c u n s t a n c i a l va­

lores y fuerzas eternamente vigentes y auténticos que supo revestir de u n a no­

table perfección f o r m a l y e j e m p l a r .