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Mercadoria Valor-de-uso Valor-de-troca Mercantilização das relações sociais Trabalho concreto e abstrato Fetichismo da mercadoria PROF. MOISÉS AULA: KARL MARX 2/3 TEORIA DO VALOR - I

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Page 1: TEORIA DO VALOR -I · 2016. 6. 16. · “Os valores de uso são aqui apenas e em geral produzidos porque e na medida em que são substracto material, portadores do valor de troca

•Mercadoria• Valor-de-uso• Valor-de-troca• Mercantilização das relações sociais•Trabalho concreto e abstrato• Fetichismo da mercadoria

PR

OF.

MO

ISÉS

AULA: KARL MARX 2/3TEORIA DO VALOR - I

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MATERIALISMO HISTÓRICO E DIALÉTICOP

RO

F. M

OIS

ÉSREVISÃO: Aula: Marx 1/2

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1. MERCADORIA

PR

OF.

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ISÉS

TEORIA DO VALOR

KARL MARX

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MER

CAD

OR

IA

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Os objetos só são mercadorias por sua duplicidade, por serem ao mesmo tempo objetos úteis e veículos

de valor.

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Utilidade

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Uma mercadoria é tão boa quanto a outra, se é igual o valor-de-troca.

R$ 500,00= =

== R$ 2,00

O que as mercadorias têm em comum?

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Como determinar o Valor das Mercadorias?

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Qualitativo Quantitativo

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2. MERCANTILIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS

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MO

ISÉS

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2. MERCANTILIZAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS

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OF.

MO

ISÉS

Sociedades capitalistas:

MERCADORIA – HUMANO – MERCADORIA

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3. Duplo caráter do trabalho materializado na mercadoria:

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Por mais que possa parecer absurda existe nessa prática um segredo:

O segredo da Mercadoria

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3. FETICHISMO DA MERCADORIAP

RO

F. M

OIS

ÉS

* Caráter fantasmagórico da mercadoria

- Encobrir as características sociais do trabalho

- Feitiço (encanto) da mercadoria

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De olhos atentos para seu momento histórico bem como para o que estava por vir, William Shakespeare, em “Timão de Atenas”, afirma, pela boca de um de seus personagens, que “o ouro torna o preto branco, o feio belo, o injusto justo, o vil nobre, o velho jovem, o covarde valente”. E mais: “coloca os ladrões nos bancos dos senadores. É ele que transforma na jovem noiva a viúva velha e gasta”.

Analise tal afirmação e, em seguida, relacione-a com práticas sociais típicas da sociedade capitalista.

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Leia atentamente e faça o que se pede:

“Os valores de uso são aqui apenas e em geral produzidos porque e na medida em que sãosubstracto material, portadores do valor de troca. E para o capitalista trata-se de duas coisas. Emprimeiro lugar, ele quer produzir um valor de uso que tenha um valor de troca, um artigodestinado à venda, uma mercadoria. E, em segundo lugar, quer produzir uma mercadoria cujovalor seja superior à soma das mercadorias requeridas para a sua produção, dos meios deprodução e da força de trabalho para os quais ele adiantou, no mercado de mercadorias, o seurico dinheiro. O capitalista não quer apenas produzir um valor de uso, uma utilidade social, masuma mercadoria; não apenas valor de uso, mas valor; e não apenas valor, mas também mais-valia.” (O Capital I, 5º capítulo, “Processo de trabalho e processo de valorização», p.215)

Relacione os conceitos de mercantilização da vida social e de alienação para explicara seguinte frase:

“A depreciação do mundo dos homens aumenta em razão direta da valorização do mundodas coisas.” (Manuscritos Econômicos e Filosóficos)

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Leia o trecho:

O que eu sou e consigo não é determinado de modo algum, portanto, pela minha individualidade. Sou feio, mas posso comprar para mim a mais belamulher. Portanto, não sou feio, pois o efeito da fealdade, sua força repelente, é anulado pelo dinheiro, (Marx, 2004, p. 159; grifos do autor.)

i) O dinheiro tem a aparência de fim, mas é meio. O poder das pessoas é o poder do dinheiro que possuem.

ii) O dinheiro possui a propriedade de comprar tudo, de apropriar objetos para si.

iii) O dinheiro é onipotente e tem um caráter universal.

iiii) O dinheiro é a única mercadoria que pode ser trocada por qualquer outra, é um equivalente universal no mundo das mercadorias.

Analise os trechos com as práticas sociais típicas da sociedade capitalista.

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Para Marx, a mercantilização da vida social pressupõe que, com a hegemonia do capital como relação social, tudo se transforme em mercadoria. Assim, assiste-se à supremacia do valor-de-troca sobre o valor-de-uso, o que implica em inúmeras dimensões destrutivas para a produção capitalista.

O homem também se converte em mera mercadoria, tão somente força de trabalho, mero nexo muscular da produção. Aqui os efeitos danosos da mercantilização dos homens somam-se à degradação contínua de sua humanidade decorrente do estranhamento de que é vítima nas relações capitalistas de produção. Submetido ao confisco dos instrumentos de produção, do conhecimento e do controle do processo produtivo os homens reduzem-se a uma produção baseada em gestos simples, repetitivos, imbecilizantes e desumanizadores. Torna-se cada vez mais coisificado, miserável e explorado a medida em que – inversamente – cresce a riqueza produzida por seu trabalho.